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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 16 pág. 25 pág. 28 pág. 30 pág. 32 pág. 34 pág. 37 pág. 39 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > EM FOCO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 28 de fevereiro a 6 de março de 2013 Ano 11 N.º 572 1 Euro 0,80 Euros Distribuído com o Expresso. Venda interdita. “Dão Lafões é uma região forte que exporta mais de mil milhões de euros por ano” Novo acordo ortográfico Nesta edição N t di ã Casas Remodeladas, Energias Renováveis & Eficiência Energética C572282013 . Textos:Micaela Costa| Grafismo:Marcos Rebelo suplemento Paulo Neto Agora com novo preço x xx Pedro Saraiva, presidente da CCDRC, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8 a 10 Ganhe até 2500€ + Noite de Núpcias na Pousada de Viseu VENHA CASAR CONNOSCO 2 e 3 | MARÇO | 2013 POUSADA DE VISEU GPS: 40 39' 15"N 7 54' 44"W Sábado: 14H30 - 22H30 Domingo: 14H30 - 19H30 O seu casamento merece o melhor. Juntámo-nos para que este dia seja único e inesquecível. Conheça as nossas propostas de Glamour... ENTRADA LIVRE ENTRADA LIVRE facebook.com/venha.casarconnosco

Jornal do Centro - Ed572

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Jornal do Centro - Ed572

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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510 - 028 Viseu · [email protected] · w w w.jornaldocentro.pt |

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> EM FOCO

> CULTURA

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário28 de fevereiro a 6de março de 2013

Ano 11N.º 5721 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

“Dão Lafões é uma região forte que exporta mais de mil

milhões de euros por ano”

Novo acordo ortográficoNesta ediçãoN t di ã

Casas Remodeladas,

Energias Renováveis

& Efi ciência Energética

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Textos: Micaela Costa | Grafismo: Marcos Rebelo

suplemento

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∑ Pedro Saraiva, presidente da CCDRC, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8 a 10

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praçapública

palavrasdeles

rUma verdadeira reforma administrativa tinha que partir do estudo da história”

João Inês VazHistoriador

(Declarações ao Jornal do Centro a propósito das comemora-ções dos 500 anos do “foral novo”, 25 de fevereiro)

r Moimenta da Beira e os concelhos limítrofes são respon-sáveis por cerca de metade da produção nacional de maçã”

José Eduardo FerreiraPresidente da Câmara de Moimenta da Beira, em declarações

ao Jornal do Centro.

r Tabuaço perdeu cerca de seis por cen-to de residentes, desde os Censos 2001”

João RibeiroPresidente da Câmara Municipal de Tabuaço

(Lusa, 19 de fevereiro)

r VALORIZAR é um programa de discrimi-nação positiva centrado nos territórios do inte-rior, que tem uma série de medidas disponíveis e uma delas é uma medida de estímulo a uma micro empresa que queira fazer um investi-mento no interior”

Pedro SaraivaPresidente da CCDRC, em entrevista ao Jornal do Centro

Com alguma inocência have-rá ainda quem pense que a As-sembleia da República é um lu-gar estimável onde se reúnem os eleitos populares para tratar so-beranamente dos interesses da Nação e do do Povo que lhe sub e sobrejaz.

Porém, ultimamente, aquele ór-gão tem momentos em que mais parece uma taberna das Rua Es-cura onde gente bem aconche-gada, na vã glória dos insensa-tos, entre dois carapaus de esca-beche, meio quartilho de briol e uma isca de fígado de cebolada, deixa ouvir uns arrotos a ressum-brar o fel acanalhado de uma gas-trite de difícil erradicação.

Até já ouvi falar de uma Comis-são de Ética, mas creio que era boato. O que decerto boato não foi saiu da boca de um senhor de-putado do PSD eleito pela Guar-da (que tanta e tão boa gente viu nascer), o qual do alto de seu es-tatuto, estribado na sua ciência jurídica e no fulgor esplendente dos seus 45 invernos, vociferou contra aqueles que como seus pais o conceberam e educaram, contra quantos, no seu distrito, lhe concederam o voto, contra os milhões de cidadãos, mais velhos do que ele que há muito lutam por um país onde ele possa car-pir seus dislates e expandir suas diatribes. Até e mesmo contra um largo leque de ministros do PSD, partido que lhe deu guarida e voz. Numa intervenção do mais fino recorte e distinto quilate, o de cujus assim falou: “A nossa pá-tria foi contaminada com a já co-nhecida peste grisalha” e assim se finou: ““Se assim não for, en-velhecemos e apodrecemos com o País.”

A metáfora “peste grisalha” para se referir aos idosos é de uma má criação, falta de civis-

mo e de dignidade, grosseria, boçalidade, insensibilidade e in-gratidão representativas de uma qualquer deformação de espírito onde o espirituoso se confunde com a canalhice.

Quanto ao apodrecer com o país, senhor deputado, o senhor será e mais breve do que aqui-lo que pense, sem bravatas nem ilusões, um velho. Um cidadão velho. Fisicamente velho, por-que moralmente parece estar já atacado de Alzheimer. E não apodrecerá com o país porque o país já vive num charco féti-do, pútrido criado pelos políti-cos que nos têm governado nos últimos anos.

Senhor deputado, senhores eleitores do senhor deputado, quando ele for pela sua circuns-crição a esmolar votos, tenha a coragem e a coerência de se di-rigir aos seus eleitores mais ve-lhos com o tratamento que lhes deu na Casa do Povo: “Votai em mim, peste grisalha!”. Senhores eleitores da Guarda dar o voto a quem não nos defende antes nos ofende é contribuir para o apo-drecimento da Nação e para a di-fusão da peste política sem tento na língua, sem lucidez na cabeça e com fel na glote. Gente desta, num país civilizado, deveria ser interditada de entrar na Assem-bleia da República por onde tan-tos e tão eloquentes representan-tes do Povo passaram, fazendo

ouvir suas vozes, seus argumen-tos, seus credos, suas crenças, com elevação, educação, emoção e ponderação. A Guarda pode ser feia, pode ser fria, mas é farta e sede de um distrito beirão senho-ril e orgulhoso de seu passado e do seu presente. A excepção con-firma sempre a regra.

Por Viseu, Hélder Amaral já tem um “Compromisso com as pessoas”. Está de parabéns, ele e as pessoas com quem se compro-meteu, com quem se empenha, a quem promete. A seguir, decer-to, vem o Projecto. Finalmente surgirá, num cronograma apri-morado, O candidato. Para já, em fórmula “chic a valer”, dá confe-rência de imprensa, em hotel 5 estrelas, com pequeno- almoço continental no menu.

Senhor deputado, a coisa não se podia resolver no João da Eu-ropa ou no Pinto Ladrão?

Junqueiro, do alto da sonda-gem que lhe dá inequívoca vitó-ria contra Américo Nunes, Cesá-rio e Mota Faria cavalga a onda e, em chouto curto, anda no terreno com afincamento a fazer o traba-lhinho de casa. Muitos serão os escolhos… mas mais forte será a persistência que lhe dá alento.

No PSD as reuniões sucedem-se, os consensos ausentam-se e as caturrices permanecem. Se calhar é por serem sempre os mesmos… Se um candidato emer-

ge com alguma credibilidade, saem de imediato, do vetusto ar-mário, os esqueletos pesadíssi-mos do costume. A certeza é que ninguém já quer o 3º e o 4º lu-gar, pois as sondagens prenun-ciam dois vereadores! Ainda ve-remos Ruas, como Egas Moniz, a suplicar a Almeida Henriques seu perdão… e a “engolir” Cesá-rio com seu novo aliado. Adivi-nhem quem? Isso é que vai ser um chupar de Rennies.

Há dias, enquanto um minis-tro falava na televisão, um gru-po de três jovens sentado a uma mesa ao lado da minha comenta-va: “Será que o tipo se ganza?”. Outro adiantava: “Só pode! Olha o ar esgazeado dele…” e o tercei-ro rematava: “A minha garina, qu’inda vai na tanga destes gajos, diz que um tipo assim deve ser um tédio: só buracos e não acer-ta em nenhum!”

Assim vêem os jovens a gover-nança. Claro está, quando não cantam as “fevereiras” ao Rel-vas…

A moda desta semana é o NIF do Primeiro-Ministro a ser pos-to por milhares de contribuintes nas facturas pagas das compras feitas. Uma ironia…

A notícia habitual é a de um ex-ministro do PSD, Arlindo de Carvalho ser um dos acusados no caso BPN e implicado numa nova burla superior a 100 milhões de euros. Uma avaria…

As más notícias são: a nossa dí-vida ir já em 125% do PIB e o nú-mero de desempregados ter che-gado aos 17,3%. Duas calamida-des…

A boa notícia: o Grupo PSA de Mangualde vai abrir o 3º turno criando mais 300 postos de tra-balho. Valham-nos os gauleses! Uma promessa cumprida…

Imp®udências Parlamentares…Editorial

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

Jornal do Centro28 | fevereiro | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

O que pensa do “Projeto 80” apresentadona Escola Secundária Alves Martins?

Importa-se de

responder?

Parece-me bastante interessante. Fiquei contente que te-nha sido apresentado na minha escola. Estou a pensar con-correr, com os outros alunos da Associação de Estudantes, porque é uma alternativa para os jovens e aposta no empre-endedorismo.

Cativou-me bastante. Acho que, de certa forma, está rela-cionado com a minha área de estudo - Humanidades - e vou participar.

Penso tratar-se de uma boa ideia. É claro que tenho de me informar melhor sobre todas as condições e objetivos e, por esse motivo, ainda não sei se irei participar.

Acho que todas as medidas amigas do ambiente e de redu-ção do impacto ambiental são bem vindas e esta é mais uma. Agrada-me bastante e vou participar.

Camila RamirezEstudante

Jéssica CunhaEstudante

José CoelhoEstudante

Joana LoureiroEstudante

estrelas

Hélder AmaralPresidente da Distrital de

Viseu do CDS/PP

O entusiasmo e a competência deste professor universitário dão à Região Centro um interlocutor de muita proximidade com os centros de decisão.

Guilherme AlmeidaVereador da Câmara

Municipal de Viseu

números

300Foram os novos postos

de trabalho criados pela laboração do 3º turno, no Grupo PSA Mangualde.

Pedro SaraivaPresidente da CCDRC

Alvo de notícias que alegam ha-ver semelhanças entre a sua tese de mestrado e uma outra, não tem sido convincente a argumentar a sua verdade, um dia antes da apre-sentação pública da dita, já dada ao prelo.

O deputado 5 em 1 já tem um “compromisso” para Viseu. Fal-ta-lhe apenas um projeto e O can-didato.

Desde o sucesso do “Levanta-te e ri” que o humor tomou conta da televisão, e os humoristas ganharam espaço para os seus textos e representações em vá-rios programas, o legado Herman José ressuscitou e agora todos os dias solta-mos gargalhadas. O português é tipi-camente gozão, fazendo piadas acer-ca daquilo que mais lhe dói, “Ó Relvas vai estudar” é já um clássico, e muitos outras punchlines ficarão na memória. Como em quase tudo, poderia esperar-se que o exagero em número pudesse levar à banalização e ao aparecimento de coisas menos boas, mas felizmente não. Melhor do que qualquer outro ca-nal esteve a RTP, arriscando com o hu-mor caótico e cáustico que vimos em

“O último a sair” e podemos ver agora, brilhantemente, em “A Odisseia”. A nova grelha da RTP é talvez este ano, uma das melhores de sempre, paira a dúvida se para combater a privatização, mas a verdade é que desde que se dis-tanciou da perigosa novela e decidiu apostar numa produção nacional de alta qualidade, está na moda com pro-gramas como o “5 para a meia-noite”, mas não só, surgiram também pro-gramas em que com uma pitada con-trolada de humor, muita cultura, infor-mação e história, nos mostram o que é afinal serviço público, são exemplos

“Depois do adeus”, “Conta-me história” e “Quem é que tu pensas que és?”. Com a ajuda da Academia RTP que tem vin-

do a lançar ideias fantásticas e inova-doras, a RTP tornou-se também a mais inclusiva de todas as televisões, tendo muitos dos seus programas legenda-dos e com tradução para linguagem gestual. Do outro lado, a televisão pri-vada, com grelhas em que consegue ter 5 telenovelas seguidas, e programas de entretenimento com conteúdos nulos que empurram séries premiadas como

“Downton Abbey” para horários ina-cessíveis. Esbanja talentos como Mar-co Horácio e João Manzarra, em pro-gramas que ficam a meio do caminho entre o entretenimento de qualidade e a total idiotice, que apenas valem o que valem pela presença dos seus apresen-tadores e convidados e a sua hercúlea

capacidade de se distanciarem do pa-rolo básico. A maior percentagem de audiência vai mesmo para o parolo bá-sico e para as telenovelas, mostrando o resultado de 2 décadas de televisão amorfa a nível cultural que criou te-lespectadores nada exigentes, a RTP tentou nos últimos anos mudar essa tendência, e este ano a sua grelha é a prova de que esse esforço é para conti-nuar. A audiência em programas como o “5 para a meia-noite” já é considerá-vel, alguns sketches de personagens recorrentes são já objecto de culto, e o Raminhos é o maluco do momento. A RTP está na mó de cima, faz mais ser-viço público, tem mais e melhor humor, e está sem dúvida de parabéns.

Humor para todos os gostosOpinião

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Jornal do Centro28| fevereiro | 2013

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Criar uma marca significa asso-cia-la a valores positivos. A qualida-de de vida é sem dúvida um valor a que deveremos associar a nossa re-gião e em particular Viseu, a capital de distrito. Por esta razão é um pri-vilégio termos, pela 2ª vez conse-cutiva, a cidade com melhor quali-dade de vida. Tal aconteceu porque houveram muitas coisas bem-feitas

e traduz a satisfação dos cidadãos, o melhor de todos os indicadores. No entanto a qualidade de vida só é sus-tentável se formos capazes de atrair investimento, empresas, promover a qualidade do nosso ensino e envol-ver os cidadãos.

De diversos pontos de vista em Viseu as práticas têm sido corretas. É fácil circular na cidade, os espaços

verdes são abundantes, temos dis-ponibilidade de serviços e de bens, temos bons serviços de assistência social, bons serviços de saúde, boas escolas, bons espaços de desporto e recriação. As questões imateriais como a segurança e o civismo são muito relevantes e apreciados pelos cidadãos.

Onde podemos melhorar? Nada

Viseu pela positiva - Participação cívica

Estamos na Quaresma. Época de cariz religioso ligado à reflexão so-bre a ressurreição, ao renascimento da vida, à renovação.

É quase primavera. Após o frio que cura as carnes das reses que se matam, a sorça que seca nas chami-nés, nos varais vizinhos às lárias que penduram os caldeiros onde cozem morcelas e ossos das alheiras, apare-cem os primeiros abrolhos com tre-meluzentes gotículas matinais a en-feitar o frio branco que tudo cobre. É o renascimento cheio de cio, de pujança, que segue nos dias de mão

dada com o sol. Quanto mais alto um, mais forte o outro. Deixam de se ouvir os miados da gataria já refaste-lada de serenatas e orgias nocturnas e começam a sentir-se os trinados vibrantes da passarada. Chega um novo ciclo.

Esta certeza de que as coisas as-sim se passam, no repetir dos anos, afaga-nos pela certeza de que, afi-nal, depois dos frios passados e dos incómodos da chuva, vêm dias me-lhores, mais alegres, vêm os verdes dos campos, o cheiro dos pastos e das flores e presencia-se esta me-

tamorfose que faz explodir a vida de vida.

A nós, cidadãos desta ponta da Eu-ropa, vai-nos ser difícil sair deste “Inverno” em que nos mergulharam. Tivemos um “Verão” muito longo, com toda a gente em férias perma-nentes, a gastar o que pediram em-prestado e não o que amealharam, em casinos e jogos de sorte-ou-azar, nas esplanadas a empanturrarem-se de lagosta quando só tinham fun-dos para os tremoços e a viajar em executiva. A banca, sempre aten-ta aos gostos de cada um, foi célere

Quaresma

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

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Micaela Costa, (estagiária) [email protected]

Tiago Virgílio Pereira, C.P. n.º 9596

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Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoAvenida Alberto Sampaio, 1303510-028 ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

O povo começa a identificar as Ma-rias Antonietas do nosso regime e, se a Justiça funcionasse, teriam - não a guilhotina - mas a barra do tribunal à sua espera, assim que estalasse a Re-volução.

Não esperemos um golpe de estado. Desta vez, não há classe que tome con-ta do trabalho a fazer. Seremos nós.

Milhares de facturas foram passa-das em nome de Passos Coelho, umas tantas começam a ser passadas em

nome de Miguel Relvas, esse aspiran-te a Maquiavel que, ao tentar ter uma fuga honrosa do ISCTE, acabou por se ridicularizar na sua posição muito própria do “Rei vai nu”. Nem mesmo com carros de gama alta este regime tem a dignidade com que Assis justi-ficava tamanhos gastos com a frota automóvel, e o desprezo, o asco, que grassa na população Portuguesa por certos governantes, teve o seu expo-ente máximo na expulsão de Miguel

Relvas do ISCTE.Fomos criadas/os a olhar para os

grandes símbolos da nossa Nação e da nossa Democracia com uma reve-rência vestida de inspiração. Inspira-mo-nos nos símbolos que compõem a nossa Nação e o Regime vigente como reconhecimento do legado de quem, antes de nós, já o havia ajudado a cons-truir… por nós.

As comunidades têm destas coisas – uma função social de projecção do

“Se o povo não tem pão, que coma brioches”Opinião

1. Viseu Marca: Nas últimas se-manas foi lançado o desafio para se criar uma marca que represente e promova a identidade de Viseu. A resposta mais ajuizada a este pedido muito pós-moderno, surgiu através das palavras de Dalila Rodrigues: “A ideia de reduzir um lugar à expressão de uma marca parece corresponder, desde logo, a um exercício de nega-ção da diversidade e das possibili-dades desse lugar”. Não podia estar mais de acordo. O valor intrínseco de cada local afirma-se constante-mente na sua diversidade, na sua ca-pacidade de gerar uma ampla gama de representações simbólicas e pe-las infinitas oportunidades que, esse local, nos proporciona. Ao catalo-

gar ou reduzir a cidade a um logoti-po e/ou a uma referência, corremos o risco de estreitar as suas fronteiras limitando assim o seu potencial. A melhor marca Viseu é ela mesmo, Viseu e as suas gentes. A notorieda-de da marca Viseu será o que dela, os eleitores, quiserem fazer no próximo mês de Outubro. “Vender” cidades não é comparável a vender gelados. Não desejo viver dentro das frontei-ras da marca Viseu, tal como o Perna de pau vive na marca Olá. Opto por viver numa cidade que marca. Todo este texto serve para deixar um avi-so: caros amigos, não há maior risco de que se transformar um local num cliché de si próprio.

2. Candidatos de Vinil: Em épo-

ca de crise, fruir de uma tarde de ócio sem me cruzar com política não é ta-refa fácil. O leitor não acredita? Sem necessidade de passar recibo, adian-to a explicação. Num destes Sábados, avancei confiante rumo ao café mais próximo de casa, já comodamente sentado, com jornais a ocuparem a mesa, ouço alguém lançar um defini-tivo: “Na política é vira o disco e toca o mesmo”. De repente, sinos tocam na minha cabeça, lanço um olhar de contestação e comento com os meus botões: “Este cavalheiro não conhe-cerá Obama? Nunca ouviu falar de Boris Johnson?” Rapidamente com-preendo o que me separa do orador. Além de 4 mesas, o que nos separa é o suporte musical. Deixei o leitor

Marca Viseu, Candidato 2.0, Funicular

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

João Cotta Presidente da AIRV

Opinião

Jornal do Centro28 | fevereiro | 2013

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Page 5: Jornal do Centro - Ed572

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

como ouvir os cidadãos. Com uma pe-riodicidade definida, devíamos ouvir os cidadãos sobre as suas necessida-des, anseios e sugestões e prioridades para o futuro. Esta forma de democracia participativa ajudaria certamente a me-lhorar a qualidade das opções, receber sugestões inovadoras dos munícipes e fomentar a participação cívica. O envol-vimento dos cidadãos é cada vez mais

importante e produz resultados notáveis. O referido inquérito deve ouvir a opinião dos cidadãos sobre temas como urbanis-mo, equipamentos necessários, transpor-tes públicos, acesso à informação, oferta cultural, necessidades sociais, escolares, de saúde, participação cívica, o seu grau de satisfação entre outros temas.

Os dados resultantes deste inquérito serão tratados por forma a obtermos in-

formação e conhecimento sobre o nos rodeia. Os seus resultados serão comu-nicados aos cidadãos. As necessidades, anseios e sugestões dos cidadãos poderão ser a base dos planos de desenvolvimento e das políticas de longo prazo.

Aumentar a “ porosidade” do poder po-lítico a todos os cidadãos é uma necessi-dade. Com a divergência de perspetivas, a probabilidade de obtermos ideias ino-

vadoras em todos os domínios serão ele-vadíssimas. Teremos maior participação cívica. Não se trata de um referendo mas sim de um inquérito muito abrangente e estatisticamente muito válido. As de-cisões caberão sempre aos executivos camarários, democraticamente eleitos e legítimos. E associaremos Viseu a ou-tro valor positivo, o envolvimento das pessoas.

em promover formas de empréstimo tão distintas como diferentes eram os gostos e, quase nunca, as necessidades das pes-soas. Lá, naquela miríade feita para cada um, estava o funil, largo, suave, abran-gente, como a armadilha da formiga-leão. Ninguém se lembrou de que após o Verão vem, sempre, o Inverno. Que é preciso fa-zer lenha para guardar e cevar o bácoro preparando-o para a matança. Que se de-vem pôr mais uns cobertores na cama e fazer todas essas tarefas que, na privação da calidez, nos permitem alcançar algum conforto. Durante todo esse Verão sem-pre estiveram a acompanhar-nos os mes-

mos que agora nos querem vender lenha, gás e a energia que precisamos para nos mantermos vivos.

Em pequenos, contavam-nos a história de La Fontaine, em que cigarra e formiga viviam de formas diferentes, uma sem-pre a trabalhar e a outra, à portuguesa, cantando o fado da desgraça da sua vida, mas sempre a cantar. Mais tarde apare-ceu uma versão em que a formiga, farta de ver a cigarra na folia e sem necessi-dade de trabalhar, por viver à sua custa, e sabendo que ela se iria encontrar com o La Fontaine, lhe mandou um recado: - Diz-lhe que vá para “a pata que o pôs”!

Afinal, descobriu-se agora que as formi-gas desapareceram, emigrando, para não terem de continuar a alimentar as cigar-ras, e que estas estão a morrer à fome, gritando como possessas que lhes dêem ajuda, culpando-se umas às outras das se-renatas sem fim e achando que o seu pa-pel era cantar sendo as formigas a maior culpa da sua desgraça, por se recusarem a entendê-las. Hão-de vir a descobrir que é preciso trabalhar. E que será preciso alguém que ensine as cigarrinhas a fazê-lo. Poderão, nessa altura, descobrir que quem sabe trabalhar, ou já cá não está, ou que, não se expõe a mais enxovalhos.

Verificarão que só cá ficaram elas, as ci-garras, e… os do chicote, que lhes hão-de marcar as costas até que aprendam.

Cantem, as cigarras, o “Grândola Vila Morena” ou o “Oh tempo, volta pra trás”, a primavera dos Portugueses vai tardar a chegar. As cigarras têm que reformular os seus sindicatos de “starlets” e encos-tar as suas “musas” aos museus. Têm de perceber que é preciso “meter a viola no saco”, arregaçar as mangas e deitar mãos à obra. Senão, é sabido que, sendo Inver-no, não cantam…!

Pedro Calheiros

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

futuro que é do mais natural que pode ha-ver. Afinal, todas as espécies asseguram a sua continuidade, e a Humanidade não é excepção. Quando pensamos um mundo melhor, não o pensamos no estrito tempo da nossa linha de vida. Pensamo-lo de for-ma universalista e futurista, o nosso e o dos próximos a vir.

As marcas físicas da nossa existência enquanto geração e enquanto época, os edifícios que construímos, os escritos, as bandeiras, os bustos, todo esse património

material fornece referências visíveis ao pa-trimónio imaterial que construímos – a(s) comunidade(s). O culto do simbólico é uma ferramenta de transmissão das aprendiza-gens dessas comunidades. E, por isso, o ca-runcho humano que torna a AR carcomida revolta. Revolta porque vandaliza esse le-gado. Porque é uma heresia ao sagrado que nos é comum a todas/os, uma violação dos nossos laços de comunidade.

Mas, do alto da sua presunção, o Regi-me vai nu e não sabe. A classe política não

dá conta que se passeia de fato e gravata no meio da putrefação do regime. A clas-se política não se apercebe que mantém cerimónias, protocolos, senhor deputado, senhora deputada, obrigado senhor presi-dente, como está senhor primeiro minis-tro e ministro de estado, e tretas afins, com um cenário totalmente desadequado a este fausto e a esta pompa. E o ridículo é visível, para quem, como a criança da história, des-mascara o Regime. Run, Relvas, run,

As/os que, por seu turno, batem palmas,

que acreditam que o Regime veste o man-to mais bonito que a história original pode-ria conceber, acreditam que virão brioches em vez de pão. Deixam-se ser gozadas/os pelos guardiães do regime, num beija-mão feito de cacique e

empregos políticos. Mas ninguém sobre-vive a comer brioches que não vêm. E esse será o ponto de viragem.

confuso? Passo a esclarecer. O supraci-tado cidadão será da geração de 50, logo cresceu a ouvir música em vinil. No seu tempo, a música ouvia-se no lado A e lado B, sendo que não raras vezes, por erros na gravação, o que se ouvia no lado B era uma repetição do lado A. A política, de então, aproveitou a moda e “virar o disco e tocar o mesmo” passou a ser prática comum. Esse modo de viver a política chegou aos dias de hoje, encontrar divergências de fundo entre o PS e o PSD tornou-se tarefa apenas acessível aos mais atentos monges enciclopedistas. Entretanto, a minha ge-ração cresceu num mundo em constante mutação, do CD para o MP3 até ao Itu-nes. A nossa experiência musical começa ao ouvir o single de avanço, caso a amos-tra satisfaça o gosto, partimos em busca

do restante álbum, sendo que apenas se guardam as músicas que fazem abanar a cabeça; se não agrada damos uso à tecla delete assunto encerrado, venha o próxi-mo artista. Já a política, do ponto de vista do novo receptor, também passa por uma análise crítica constante ao que é dito e ao que é feito. Conteúdo e forma sobre análise constante, sem piedade na análi-se ou simpatia na escolha final. O mundo evoluiu, a carteira começou a queixar-se, a consciência deu sinais de vida, as novas gerações são mais esclarecidas. Nas próxi-mas eleições autárquicas, é expectável que as candidaturas entendam essa mudança, mas também devem ter em conta que uma significativa parte do eleitorado, que vota-rá em 2013, ainda não tinha idade para vo-tar, ou não era nascido, em 1989. Poderá

ser wishful thinking, mas tal como o vinil é uma recordação do passado, procurada apenas por coleccionadores, o caciquismo e o ruísmo em breve serão artigos de co-leccionador. Políticas de vinil não sedu-zem a geração 2.0.

3. Política de Transportes: Confesso que sinto uma certa curiosidade em saber que propostas nos vão ser apresentadas pelos candidatos autárquicos, de modo a resolver o “Problema Funicular”. Recapi-tulemos, este meio de transporte sem cus-to para o utilizador, considerado “A obra do regime”, custou aos contribuintes per-to de 5, 2 milhões de euros. Apesar da sua taxa de utilização reduzida, abaixo dos 15%, os mesmos contribuintes que o paga-ram continuam, todos os anos, a financiar o seu funcionamento e manutenção num

valor provavelmente superior à centena de milhar de euros. Pensar numa privati-zação será absurdo, se entendermos estes números de exploração como desastro-sos e a taxa de utilização como ridícula. Além do buraco financeiro, o funicular teve a capacidade de se transformar num estorvo para a organização da Feira de S. Mateus, pois é causa de diversos cons-trangimentos à circulação naquele espaço. Qualquer candidatura que se queira afir-mar como alternativa séria terá de apre-sentar uma resposta credível para este problema. Vão optar por ignorar o elefan-te na sala da vereação dos transportes?

Miguel FernandesPolitólogo

[email protected]

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abertura textos e fotos ∑ Micaela Costa

Projeto ∑ Comunidade Intermunicipal anuncia próximos passos para o projeto “Modernização Administrativa”

CIM coloca Dão Lafões em redeO futuro e as próximas

alterações ao programa, de Modernização Admi-nistrativa, na Comunidade Interminicipal, esteve em discussão no passado dia 21, no seminário “Moder-nização Administrativa na Região Dão Lafões - O Pró-ximo Passo”.

Na generalidade dos pa-íses desenvolvidos, tem-se assistido, nas últimas déca-das, a transformações pro-fundas nas Administrações Públicas, a grande maioria ligadas ao abandono de mo-delos de gestão burocráti-cos e à sua substituição por um novo paradigma, assen-te na orientação dos servi-ços públicos para os cida-dãos/clientes.

Neste sentido surge o programa “Modernização Administrativa” que visa criar condições para uma Administração Pública mais eficiente e eficaz, com vantagens para os cidadãos e para as empresas, com a redução dos custos de con-texto, a oferta de um novo modelo de distribuição de serviços públicos, qualifi-

cando o atendimento aos cidadãos e às empresas e melhorar o acesso por par-te destes a esses serviços.

O referido programa co-meçou a ser implementado na CIM Dão Lafões, em 2010 e passou pela criação de um balcão único, físico e online, nos 14 municípios na área do urbanismo, de uma rede de fibra óptica, centrais de comunicação, instalação do Sistema de In-formação Geográfica (SIG) e várias formações para ca-pacitar os funcionários para estes novos serviços.

Na ação, Carlos Mar-ta, presidente da CIM Dão Lafões, referiu que o próxi-mo passo é a preparação da candidatura ao COMPETE, com o objetivo de dotar de mais serviços municipais o balcão único: “Pretendemos a evolução do balcão único, com mais serviços munici-pais, e com a possibilidade de pagamentos ‘online’”. Ou-tra das implementações diz respeito ao SIG, “um sistema de informação geográfica supramunicipal para todos os municípios da CIM e ain-

da um serviço “open-office”. Mais “formações que prepa-rem os funcionários munici-pais ao exercício das novas funções é também crucial”, acrescentou.

Na sessão esteve também presente Feliciano Barreiras Duarte, secretário de Esta-do Adjunto do Ministro Ad-junto e dos Assuntos Par-lamentares, que defendeu “que o paradigma do cida-dão estafeta está a dar os úl-timos dias”. Para Feliciano Duarte a concentração de vários serviços num só lo-cal é uma mais -valia, “as pessoas preferem concen-

trar tudo num só sítio e não se importam de perder uma manhã ou uma tarde para resolver os problemas que muitas vezes demoravam semanas a fio”.

O governante afirmou ainda que “no momento di-fícil que a economia mun-dial, europeia e portuguesa atravessam, é cada vez mais necessário serem estabele-cidas pontes que permitam agir em rede”, pois “é na ação conjunta que podemos al-cançar uma maior e melhor eficiência e prestar um me-lhor serviço ao cidadão”.

Feliciano Barreiros

Duarte apresentou ainda o novo projeto “Quiosque do Cidadão”, “um novo de-safio que tem como obje-tivo fazer chegar os servi-ços prestados pela loja do cidadão, a localidades que pela sua dimensão e densi-dade populacional não jus-tificam uma mobilização de recursos para a instala-ção de uma Loja do Cida-dão”, programa este que foi lançado em cinco con-celhos piloto do

qual Mortágua (no distrito de Viseu) faz parte.

Para o secretário de Esta-do a estratégia do Governo “passa também pela aposta numa administração ele-trónica mais célere e efi-caz, que poupe tempo aos utentes e que esteja ao seu serviço, apostando cada vez mais na interoperabilidade e na dinamização de atos”.

∑ O programa pretende que “os 14 municípios da região estejam em rede, de forma a prestar me-lhores, mais rápidos e mais baratos servi-ços às populações e empresas”.

Carlos MartaPresidente da CIM Dão Lafões

Progama de ModernizaçãoAdministrativa

do

Viseu

Cinfães Resende Lamego

Armamar Tabuaço

S. João da Pesqueira

Penedono

Sernancelhe

Moimenta da Beira

Tarouca

Vila Nova de Paiva

Satão

Penalva do Castelo

Mangualde

Nelas

Carregal do Sal

S. Comba Dão Mortágua

Tondela

Vouzela

Oliveria de Frades

S. Pedro do Sul

Castro Daire

Aguiar da Beira

A Carlos Marta (presidente da CIM Dão Lafões); Feliciano Barreiras Duarte (secretário de Estado); Américo Nunes (Vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu)

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MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA | ABERTURA

Na ação esteve pre-sente Bá rba ra Sa n-tos, representante da Agência para a Moder-nização Administrati-va (AMA).Criada com o objetivo de garantir a continuidade de ini-ciativas já em curso do programa de Moderni-zação Administrativa, a AMA pretende “contri-buir para a transforma-ção profunda da relação entre a administração pública portuguesa e os cidadãos e empresas”, explicou Bárbara San-tos.

Uma das iniciativas já em vigor, desde 1999, é o “Simplex”, “um progra-ma de simplificação ad-ministrativa e legislativa que pretende tornar mais fácil a vida dos ci-dadãos e das empresas na sua relação com a Ad-ministração”, reiterou. Bárbara Santos fez ain-da referência à adminis-tração eletrónica como “braço armado” da sim-plificação, “fornecendo as infraestruturas trans-versais que permitem

dar corpo às medidas de simplificação, como é o exemplo do cartão do cidadão, que já co-bre cerca de 70% da po-pulação”, acrescentou. Bárbara Santos adiantou que vai ser novamente relançado o programa “Simplex” ainda que um pouco diferente, “em vez de existir um programa nacional e um progra-ma autárquico, passa a haver apenas um. E para o cidadão isso é indife-rente ele quer é ser bem atendido, de forma rápi-da e eficiente”.

Quanto ao futuro do programa de Moderni-zação Administrativa, Bárbara Santos, afirmou que se perspetivam mu-danças, “o futuro não é cortar o que já foi feito pois existe uma impor-tante mudança de estra-tégia e de caminho, que temos de trabalhar”. Na intervenção defen-deu a importância de “uma avaliação conti-nua para potenciar uma melhoria dos serviços implementados”.

“O futuro não écortar o que já foi feito”

A Célia Pestana, diretora no município do Seixal

São vários os municípios que adotaram o programa de Modernização Admi-nistrativa. O Seixal é exem-plo disso mesmo e deu o seu contributo pela voz de Célia Pestana, diretora no municí-pio. “As dificuldades e resis-tências às transformações, foram notórias numa fase inicial”, afirmou. “Tivemos que envolver as pessoas, de diferentes profissões, graus de responsabilidades e após essa fase inicial chegámos à conclusão que as diferen-tes atividades, muitas delas mais técnicas, foram encai-xando como um puzzle”.

Um dos objetivos da Mo-dernização Administrati-va é fomentar a mudança comportamental dos cola-boradores da administração pública, e esse foi o foco do trabalho do município, “ali-ámos a estratégia global da organização com a estraté-gia de gestão do conheci-mento, criámos incentivos de estímulo para a participa-ção dos colaboradores”.

A introdução do progra-ma foi feita de forma gradu-al, “começámos por criar o

balcão único, serviços on-line, entre outros serviços”. As várias transformações implementadas pela Mo-dernização Administrati-va e ao nível do domínio informático levou o mu-nicípio do Seixal a investir numa nova plataforma on-line. “Constatamos que a intranet, plataforma online de informação que tínha-mos, já não respondia às ne-cessidades atuais. Criámos assim a “Wiki”, onde toda a informação está guarda-da e acessível aos trabalha-dores”. Para além de uma “fonte de armazenamen-to” de informação, a Wiki, potenciou a mudança com-portamental dos trabalha-dores. “O que pretendemos é a interação de todos, onde podem dar a opinião, de forma a melhorar o traba-lho da Câmara”. Para Célia Pestana a adoção do projeto de “Modernização Admi-nistrativa” foi também uma forma de sublinhar que “a administração local tem pessoas competentes pre-cisamos é de uma lideran-ça ativa”.

“A administração local tem pessoas competentes precisa-mos é de uma liderança ativa”

A José Tribolet, presidente da direção do INESC

José Tribolet, presiden-te da direção do Instituto Nacional de Engenharia de Sistemas e Computado-res (INESC), apresentou na ação o Plano global estra-tégico de racionalização e redução das tecnologias de informação e comunicação (PGERRTIC) e as tecno-logias de informação e co-municação (TIC) na admi-nistração local. O PGERR-TIC foi um programa pedido pelo Governo e que visa congratular a dinâmi-ca de trabalho, a melhoria da administração pública central e local, potenciar as TIC, na mudança e mo-dernização administrativa, e estimular o crescimento económico com o objetivo de racionalizar e reduzir custos. Para José Tribolet, a implementação destas mu-danças têm que ser feita de uma forma racional e dei-xou na sua apresentação várias soluções. “ É funda-mental uma arquitetura de informação, um plano que esclareça as necessidades e sobretudo as medidas a tomar”, afirmou.

“Para criar uma rede in-formática é importante que se perceba de que for-ma cada entidade pode co-laborar, é preciso fazer um desenho, uma arquitetura de informação. Antes de criar qualquer coisa é pre-ciso que se saiba o que se vai criar e com quem se vai interagir”. Sublinhando a necessidade de as várias en-tidades comunicarem entre si “as várias entidades têm que dar o seu contributo, de nada serve criar uma rede sem que todos estejam in-terligados, corre-se o risco

de se perder informação, faltar informação e pior que tudo gastar dinheiro de for-ma irresponsável”.

José Tribolet alertou ain-da para o uso racional das base de dados, dando pri-mazia à sua recolha, atua-lização e validação. “A falta de atualização de bases de dados é um problema grave e que atrasa em muito esta modernização administra-tiva. Há bases de dados que não são alteradas há anos e a isso chama-se perder di-nheiro, porque foram gas-tos milhares de euros para que fossem criadas e hoje estão vazias e desatualiza-das”.

José Tribolet referiu ain-da a importância de aliar as universidades a este processo de moderniza-ção, “ponham as universi-dades a trabalhar em con-junto com as entidades, po-nham-nos a trabalhar em redes informáticas, em base de dados. É uma ajuda fun-damental e que merece ser explorada”.

No seu discurso, salien-tou que o papel das infra-estruturas informáticas são “a “casa das máqui-nas” para o bom funcio-namento da administra-ção pública”. Alertando para a falta de recursos que as CIM podem apre-sentar, “as CIM não vão ter dinheiro para ter infra-estruturas informáticas sustentáveis, por isso é fundamental que exis-tam infraestruturas cen-trais eficientes e com co-laboradores capazes e que trabalhem em prol do de-senvolvimento e da mo-dernização”.

“De nada serve criaruma rede sem que todosestejam interligados”

A Bárbara Rosa Santos, vogal do conselho diretivo da AMA

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à conversa entrevista e fotos ∑ Paulo Neto

“Estamos todos os dias a aplicar um milhão de euros na região”

Quais, em traços gerais, as áre-as de intervenção deste órgão a que preside, a CCDRC?O próprio nome quase que

dá a resposta: é uma entida-de pública que tem por mis-são coordenar e desenvolver um determinado território. É essa a nossa vocação e razão de ser. Qual é o nosso terri-tório? Um conjunto de 100 concelhos que são apoiados com os fundos comunitários através do nosso programa operacional. O nosso traba-lho diário aqui é o de puxar por estes 100 concelhos, por estes cerca de 2 milhões 327 mil habitantes numa ópti-ca de evolução positiva, do ponto de vista de qualida-de de vida, de investimen-to, de sustentabilidade e de estímulo às dinâmicas po-sitivas que queremos que existam cada vez mais na região, de esbatimento de assimetrias territoriais, que também são muito fortes no contexto da actual Re-gião Centro. Por isso, de um lado, existe a CCDRC propriamente dita onde te-mos componentes de orde-namento de território, por-que criar sustentabilidade quer também dizer ter boa gestão de solos, temos uma área de ambiente, que se preocupa com os impactos ambientais e com o acompa-nhamento também do que é a qualidade ambiental na região, temos uma rede de monitorização da qualida-de do ar, com dados que são públicos, temos uma área de fiscalização para garan-tir que há cumprimento in-tegral de todos os aspectos regulamentares, nomeada-mente na área ambiental, te-mos uma área de apoio às autarquias e às comunida-des intermunicipais, com forte componente jurídica e também financeira. Por exemplo, as freguesias têm algumas fragilidades e cada vez recebemos mais solici-tações para apoio do pon-to de vista técnico. Depois temos uma área de pensa-

mento, mais de médio pra-zo e de desenvolvimento re-gional, propriamente dito. Estas são as valências prin-cipais da CCDRC que estão desmultiplicadas no pró-prio território. Veja-se este mapa. É um território vas-to onde estão os 100 conce-lhos. Encontra um alfinete em cada concelho que eu já visitei. Já fiz mais de meta-de dos concelhos. Hoje vou terminar o dia em Idanha à Nova. Acho que presidir à CCDRC é muito ter esta lógica de proximidade ao território, ir ao local, ouvir os agentes no seu próprio contexto, o que nos ajuda a perceber os seus anseios, as suas expectativas, como é que podemos alavancar dinâmicas de crescimento nesse território.

Concluo então, que não é ape-nas um homem de gabinete…Acabei de lho tentar com-

provar da forma mais visí-vel, com grande dedicação pessoal, quer em número de horas, quer em desgaste físi-co, mas sempre com o maior prazer. Para eu já ter visita-do institucionalmente mais de 50 concelhos, quer dizer que estou a visitar dois por semana e já não estou a con-tar com visitas a concelhos onde já estive anteriormen-te. Tenho procurado manter essa cadência por achar que é por essa via que se encon-tram as melhores soluções, e por isso mesmo, a própria CCDRC, para além de ter os seus espaços em Coimbra, onde está a sede, tem tam-bém divisões sub-regionais. Naturalmente que uma de-las em Viseu, mas também em Aveiro, Leiria, Castelo Branco, Guarda. Temos es-tas front-offices disponíveis para o serviço da Região numa lógica de proximi-dade. A outra componente que se interliga com esta é a circunstância de, em simul-tâneo, presidir à CCDRC e presidir também ao Progra-ma Operacional, à estrutu-

ra de gestão do programa operacional Mais Centro. É um programa operacio-nal que está desenhado para 2007-2013 e tem uma dispo-nibilidade total de mil e sete-centos milhões de euros de Fundos Comunitários à dis-posição da Região através deste programa operacio-nal regional. Para ter uma ideia do que isto representa em termos de alocação de meios para a Região, várias métricas podem ser usadas mas a que é mais simples de entender significa que esta-mos todos os dias, e em 2013 queremos continuar nesse ritmo, a aplicar um milhão de euros em cada dia, na Re-gião, de fundos estruturais. Nos tempos que correm é um recurso inestimável e faz toda a diferença do mun-do ter esta cadência de apli-cação de fundos estruturais, seja junto de agentes públi-cos, seja junto de agentes privados. Mas é preciso tam-bém entender que a CCDRC não se esgota na gestão dos fundos estruturais. Estamos a terminar a aplicação de um ciclo de fundos estrutu-rais com grande sucesso na região, com taxas de execu-ção, das maiores a nível na-cional, em termos deste tipo de fundos. A nível regional somos aquela que apresen-ta maior taxa de execução e isso é também mérito dos promotores, da equipa de gestão que está aqui insta-lada e dos promotores, que fazem a diferença. São eles que fazem os projectos. Se não houvesse bons promo-tores com bons projectos, não conseguíamos ter esta cadência de aplicação.

Quando me fala em promoto-res, estamos a falar de empre-sários, autarquias…Sim, de empresários, de

autarquias, associações de municípios, IPSS’s, portan-to qualquer entidade, den-tro do Mais Centro. Depois há medidas para o sector pú-blico, outras mais direccio-

nadas para o sector privado, mas diria que todos os agen-tes regionais que têm projec-tos relevantes podem tê-los apoiados, enquadrados em sede de Mais Centro. Estou a falar de Centros de Saúde também e aí já é a própria ARS a promotora de candi-daturas, temos intervenções em escolas, em zonas indus-triais. Temos apoios direc-tos ao investimento feitos por empresas e grupos de empresas e, muito recente-mente, vale a pena dizê-lo aqui e até tendo em conta o território geográfico de in-tervenção do vosso jornal, em estreita sintonia com o Governo foi lançado o pro-grama VALORIZAR. É um programa de discriminação positiva centrado nos terri-

tórios do interior, que tem uma série de medidas dis-poníveis e uma delas é uma medida de estímulo a uma micro empresa que queira fazer um investimento no interior. É levar a óptica da coesão territorial construída através da discriminação positiva até ao extremo, e ainda bem que assim é, por-que desta tal Região Centro com 100 concelhos, tenho pela primeira vez uma me-dida que estimula o inves-timento por parte de micro empresas em metade do ter-ritório: 59 concelhos são ele-gíveis e há os remanescentes 41 que não são elegíveis, por-que sendo concelhos do lito-ral, se entende que não têm tanta necessidade deste tipo de apoio. Fico muito conten-

te por ter sido possível dese-nhar esta medida que já está a aceitar candidaturas desde o dia 18 de fevereiro.

E já tem muitas candidatu-ras?Estamos a começar a re-

ceber as primeiras, estamos agora a divulgar…

E têm mais ou menos um tecto?Temos. Esta medida é

particularmente ajustada às circunstâncias. Estamos em momentos difíceis, em que há taxas de desempre-go elevadas. Apesar de a Região Centro ser a região do país com menor taxa de desemprego, eu não fico fe-liz, porque ela, ainda assim é alta, mas somos a região

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que aguentou melhor o em-bate da crise, desse ponto de vista. Somos também uma região que exporta mais do que aquilo que importa. Sempre foi assim e há mo-tivos para ter orgulho nes-ta Região Centro, mas, ain-da assim, há uma taxa de desemprego muito elevada e há dificuldade em haver atractividade em determi-nados territórios. Esta me-dida é muito simples, visa apoiar um pequeno investi-mento de uma micro empre-sa do interior, desde que isso se traduza na criação de um posto de trabalho que seja. Trata-se de micro empresas com menos de 10 trabalha-dores e que terão um siste-ma específico de incentivos à sua disposição, muito des-

complicado, o formulário é muito simples de preencher, são sete páginas. A análise e também muito expedita e célere, justamente porque queremos por esta via, e ago-ra respondo à outra parte da questão, poder vir a apoiar com 7,5 milhões de euros 750 projectos de micro empre-sas no interior. Quer dizer também, que não é nenhum projecto per si que vai criar muitos postos de trabalho, mas se tudo correr como es-peramos e, agora, só depen-de da dinâmica de adesão dos promotores, nós não po-demos substituir-nos à dinâ-mica das micro empresas, tentámos criar um sistema muito ajustado à sua própria realidade, estaremos a criar 750 postos de trabalho em micro empresas do interior da Região Centro e portan-to acho que é uma medida que está muito bem dese-nhada à luz do actual con-texto em que vivemos e tam-bém da realidade da Região Centro onde há ainda mui-tas assimetrias territoriais e com medidas de discrimi-nação positiva deste tipo es-tamos a atenuar a intensida-de dessas assimetrias. Este é um exemplo concreto de um dos sistemas de incen-tivos que acabámos de lan-çar e que cruza muito a pers-pectiva do desenvolvimento económico com a compagi-nação do desenvolvimento económico e coesão terri-torial. Estamos todos de pa-rabéns. O Governo incluí-do e o secretário de estado Almeida Henriques foi um dos grandes dinamizadores deste programa a nível na-cional. Nós estamos a ser grandes embaixadores des-ta mesma medida a nível re-gional, indo também para o território, disponibilizando-nos junto das associações empresariais, apelando tam-bém ao contributo dos ór-gãos de comunicação social, porque sabemos bem que as micro empresas têm mais dificuldade em aceder à in-formação. Precisam de ser encorajadas, perder o medo. É um sistema simples e to-dos estaremos disponíveis para ajudar as micro empre-sas a fazerem candidaturas ao programa Valorizar.

Então o Programa Valorizar é um dos macro objectivos que se propõe alcançar neste seu mandato?Já está neste momento no

terreno, desde o dia 18 de Fe-vereiro e vem complemen-

tar uma lacuna. Nas outras áreas tradicionais de siste-mas de incentivos ainda te-mos também possibilidade de acolher candidaturas. Está em aberto e qualquer empresa pode candidatar-se. Esta é uma nova medida com esse cariz de novidade e uma novidade muito ajus-tada a uma realidade que me preocupa muito a mim e a muita gente que conhece a Região Centro, que é a ne-cessidade de criar uma Re-gião Centro mais coesa do ponto de vista territorial. Naturalmente que no caso concreto de Dão-Lafões, es-tamos a falar de uma sub re-gião que está dentro dos ter-ritórios que o VALORIZAR abarca, através desses siste-ma de incentivos específi-cos, sendo grandes as nossas expectativas para a Dão-La-fões, esperando que apresen-tem um número muito sig-nificativo de candidaturas. Este veículo complementa todos os outros em que esta-mos a dar grande prioridade ao estímulo, ao investimen-to, à criação de riqueza, cria-ção de postos de trabalho e acréscimo de exportações. São prioridades nacionais e objectivos desdobrados a nível regional, com um pon-to de partida que nos pode considerar orgulhosos, que é estarmos a falar de uma região, contrariamente ao todo nacional, que já nos habituou, de há muito a esta data, a exportar mais do que aquilo que importa. O que nos proporciona elementos interessantes para querer ir ainda mais longe em termos de ambição futura…

Estamos ainda a falar dos qua-dros comunitários vigentes ou estamos já a falar dos próximos quadros comunitários?Nalguns casos, estamos a

fazer a ponte entre uma coi-sa e outra. Por exemplo. Este Programa VALORIZAR, se correr bem em 2013, prova-velmente, teremos aí funda-mentação para que em 2014-2020 seja o tipo de medida a replicar, vendo aqui um pi-loto que possa crescer no fu-turo…

Disse-me “se correr bem”. Se correr mal só poderá ser impu-tável aos promotores e à sua falta de empenhamento…Eu sou um optimista nato.

Quero admitir que vai cor-rer bem. Do nosso lado vai ser feito um esforço enorme nesse sentido. A máquina está toda montada. Só pode

correr mal se não houver um volume de adesão que justi-fique até um reforço even-tual da verba no futuro. Va-mos agora testar a procura. Como é uma iniciativa nova, ela está devidamente dese-nhada a pensar nas neces-sidades concretas do desti-natário, a tal micro empresa do interior, e tudo faremos para que haja uma adesão muito forte.

Isso poderá ser uma forma de atrair investimento para a região Dão-Lafões?Também para a Dão-La-

fões e para qualquer um dos 59 concelhos que são elegí-veis e na expectativa de com isso esbater as assimetrias. Para fazer um pouco a pon-te entre o presente e o futu-ro, há um outro elemento que cada vez mais nos dei-xa optimistas em relação ao futuro, que passou relativa-mente desapercebido mas que não pode deixar de or-gulhar quem vive conscien-temente na Região Centro: Nós, no final de 2012, fomos reconhecidos no contexto europeu como sendo a Re-gião Centro uma das regiões mais inovadoras da União Europeia. Há, digamos, um campeonato regional da inovação, que é monitoriza-do periodicamente, de 3 em 3 anos por uma entidade in-ternacional e nós pela pri-meira vez conseguimos este feito, que é um feito muito difícil de alcançar.

Em que se centra, fundamen-tal e essencialmente, essa inovação?O ranking usa um conjun-

to de indicadores que anali-sam um território. Que tipo de produção de conheci-mento é que está a aconte-cer nesta região? Que tipo de conversão de conhecimento em valor económico é que sucede? Qual é o tipo de in-vestimento que as empre-sas já estão a fazer na área da inovação? Eu diria que é o reconhecimento de mui-tas apostas que se levaram a fazer há 10, 20 anos atrás em incubadoras de empresas, em parques de ciência e de tecnologia, em aproximação entre instituições de ensino superior e o mundo econó-mico. O despertar também das empresas para investi-rem cada vez mais nas áreas da inovação, no desenvolvi-mento da investigação e de-senvolvimento tecnológico. É a resultante de toda esta capacidade para trabalhar-

mos nestas áreas e em con-junto. Cada vez mais vejo na região gente a trabalhar em parceria estreita com ou-tras entidades. E isto expli-ca como é que conseguimos este resultado fantástico e a subida de divisão. Porque há 4 divisões no campeo-nato europeu de inovação tecnológica e nós, em 2012, não só passámos a estar no Top 100, mas também passámos à 2ª divisão des-te campeonato. E porque é que isto faz bem a ponte en-tre passado, presente e fu-turo? Porque estar bem na inovação quer dizer que eu estou bem no caminho das outras vertentes. A inova-ção antecipa o crescimento económico. Se eu estou bem na frente da inovação, isso significa que no futuro isso vai ter tradução em termos de volumes de investimen-to, crescimento económi-co e de postos de trabalho, por um lado. Por outro lado, significa também que para 2014/2020 devemos conti-nuar a trabalhar nesta tecla e ambicionar estar um dia na 1ª divisão do campeonato de inovação regional.

Decorre daqui o fomentar desta colaboração entre as em-presas e o ensino superior para estarmos mais capacitados e interventivos no terreno?Sem dúvida nenhuma.

E essa assenta na linha das grandes prioridades em que estamos a trabalhar para 2014/2020, que se desen-volvem à volta de um mote que adoptámos e se chamar CRER 20 20, com duplo sen-tido, há aqui o jogo de um acrónimo e também uma convicção: Acreditamos no futuro da Região Cen-tro, mas acreditamos que isso passa por reforços de competitividade, crer numa competitividade responsá-vel, estruturante e resilien-te. Porque tem a ver com uma competitividade que visa criar qualidade de vida, sustentabilidade ao longo do tempo e robustez para en-frentar algumas tempesta-des que possam surgir pela frente, em termos de contex-to macro-económico nacio-nal e internacional. E por-tanto, a linha de rumo que temos vindo a traçar nesta dinâmica de discussão mui-to participada, é desde logo a aposta neste desígnio cen-tral para a região, com esse mesmo duplo significado, e depois queremos que todos sejam bem-vindos à discus-

são. E por isso mesmo, no site da CCDRC pode clicar em CRER 20 20 e dar a sua própria opinião: “Eu acho que se podia fazer mais isto ou mais aquilo…” E estamos a receber várias dezenas de contributos, muito singelos mas muito relevantes atra-vés desse canal de comuni-cação aberta.

20 20 pode ser até 2020 e uma classificação máxima?Não me tinha lembrado

dessa terceira leitura, mas ao aproximarmo-nos de ambições deste tipo, como queremos estar na linha da frente, a prazo, não me com-prometo com uma dead line específica, pois sei como é difícil subir à primeira divi-são do campeonato europeu da inovação regional, mas é que nós estamos já a fa-lar de escalas de exigência muito elevadas e são essas que nos permitem acreditar num bom futuro para a re-gião e para aqueles que quei-ram aqui habitar e conviver. E tem sido muito gratifican-te constatar, ao longo des-tes meses, que a região está amadurecida para perceber a relevância destas mensa-gens. Os parceiros têm ade-rido, nós temos conversado imenso com instituições de ensino superior, instituições de interface, autarquias, em-presários, associações em-presariais e há um ambien-te propício à interacção e ao diálogo, nas reuniões que temos mantido, nas con-clusões a que temos vindo a chegar, que me deixa es-tar optimista relativamen-te à capacitação que já exis-te na região para construir este mesmo futuro com am-bição.

CRER 20 20, entre muitas ou-tras coisas, terá que aumentar forçosamente a qualificação da oferta de trabalho…Terá que aumentar duas

coisas: a qualificação da po-pulação – isso explica parte das dificuldades com que o país se confronta hoje, conti-nuamos a ter um capital hu-mano muito menos quali-ficado do que a generalida-de dos países com os quais nos queremos comparar. A região não pode deixar de querer ir muito mais lon-ge do ponto de vista do ní-vel de habilitações literárias dos seus cidadãos: ter 40% da população entre os 30 e os 34 anos com com forma-ção superior terminada até 2020…

PEDRO SARAIVA | À CONVERSA

Pedro Saraiva. Um bei-rão de Coimbra com suas raízes na Guarda, cate-drático da Universidade de Coimbra, na área da engenharia química e ad-ministrador da Sociedade Portuguesa de Inovação, Pedro Saraiva, foi depu-tado do PSD, é presidente do conselho consultivo do Clube de Empresários de Coimbra e membro do conselho consultivo do Exploratório Infante Dom Henrique e da co-missão de estratégia da Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica.É ainda membro do Con-selho para a Qualidade e Avaliação do Instituto Politécnico de Castelo Branco e foi vice-reitor e pró-reitor da Universidade de Coimbra.Entre outros, também exerceu o cargo de mem-bro do conselho de ad-ministração do Biocant (Centro de Inovação em Biotecnologia) e foi con-sultor da Presidência da República para o Ensino Superior, entre 2006 e 2009.

Jornal do Centro28| fevereiro | 2013

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À CONVERSA | PEDRO SARAIVA Porém, não é propício o con-texto, com os cortes sucessi-vos e generalizados no ensino superior…O ensino superior tem

sido um bom exemplo de so-lidariedade com o momento difícil que o país atravessa. Agora, logo que este método crie outro tipo de condições, temos que pensar com que tipo de recursos vamos con-seguir vencer a necessidade de grande crescimento na qualificação da nossa popu-lação. Essa é uma área. Ob-viamente que tudo isto só acontecerá se tivermos bons projectos empresariais. Isso significa trabalhar noutros tabuleiros. Um é o do em-preendedorismo, tema que me é particularmente grato. Temos cada vez mais gente que cria bons projectos e os

leva para a frente, concreti-zando-os e criando postos de trabalho e complemen-tarmente, a necessidade que há também de apoiar e de estimular quem, estando já no terreno, quer expandir a sua actividade, abrir no-vos mercados, desenvolver novos produtos… Estes são temas que já estão no topo das actuais prioridades, mas estarão cada vez mais, em 2014/2020, de forma reforça-da na agenda das coisas que a região vai ter que encarar com muita convicção. A re-gião está cada vez mais pre-parada para esse desígnio, essa orientação e é também para isso que a CCDRC quer trabalhar e colaborar, ser vista cada vez mais como o parceiro na sua missão ao dispor da região, para que ela possa ultrapassar com sucesso esses mesmos de-safios. Por isso mesmo, de-pois de uma reflexão inter-na, lançámos recentemente o que chamámos o “O Nos-

so Nónio – Crer no Centro de Portugal”. É um livro de bolso para cada colabora-dor da CCDRC saber o que é que nos move, como é que queremos ser vistos, como é que queremos ser um motor da coordenação e do desen-volvimento da Região Cen-tro. É pois, mais uma forma de comunicação.

E a Região Dão Lafões?É uma região com dinâ-

micas muito interessan-tes, com ingredientes mui-to fortes à luz das priorida-des que já aqui definimos e onde encontramos muitos bons exemplos concretos, desde a agricultura e alguns dos produtos endógenos que são referência em qual-quer parte do mundo. Estou a lembrar-me da maçã Bra-

vo de Esmolfe, o vinho e a marca Dão que está cada vez mais bem lançada nos mer-cados internacionais como marca de referência. Dão Lafões nunca deixou de ser uma zona industrializada e com algumas das maiores e melhores empresas da re-gião, abertas a mercados in-ternacionais e a contribuir para este bom desempenho de exportações emanadas a partir da Região Centro. Há em múltiplos sectores de ac-tividade empresas que são os melhores embaixadores da região e estão situadas na Dão Lafões. E a região tem que ter consciência dis-so. Tem que ter orgulho na sua capacidade de criação de riqueza. No actual con-texto da reorganização das NUTS III, houve a preocu-pação de na Região Centro reorganizar um mapa que criasse sub-regiões cada vez mais fortes. No caso da Dão-Lafões, a dimensão e o leque de agentes já existen-

tes, manteve a região como já se encontrava, porque ela já tinha os ingredientes ne-cessários para enfrentar os desafios do futuro. Chegá-mos de forma consensuali-zada a um mapa muito es-tabilizado com 8 NUTS III, todas elas com valências de ensino superior no seu pró-prio território. É importan-te enfrentar o futuro jogan-do com esses trunfos. Dão-Lafões não é excepção, tem dimensão crítica, tem um Instituto Politécnico cada vez mais próximo da so-ciedade, tem pois, também, do ponto de vista de produ-ção e de transferência de conhecimento capacidade para o fazer… Dão-Lafões é uma região que fica, em termos populacionais bem posicionada, com 267 mil ha-

bitantes. A maior sub-região com que ficaremos é a de Coimbra com 460 mil ha-bitantes, temos Aveiro com 370 mil, depois está Leiria, a oeste e a seguir vem Dão-Lafões, que está mais ou me-nos a meio da tabela em ter-mos populacionais.

Estamos a falar da Dão-Lafões que comporta 14 municípios, mas temos também a Asso-ciação de Municípios do Douro Sul e Cim Douro-Sul que têm mais 10 municípios. Também estão sob alçada da CCDEC?Sim, desde que abarquem

os 100 concelhos integran-tes da minha região. Era saudável, não impondo ne-nhum tipo de solução, que houvesse algum tipo de con-vergência entre as áreas de abrangência geográfica do movimento associativo em-presarial e o que é a região e o que são as suas sub-regi-ões. Mas percebemos que há lógicas instaladas e um passado a respeitar. Temos

vindo a trabalhar um pouco nesse sentido, com o movi-mento associativo empre-sarial. Do ponto de vista de outros indicadores que acho essenciais no plano populacional – e já vimos que a Dão-Lafões é uma re-gião forte – é no nosso mapa, também, uma das sub-regi-ões que exporta mais de mil milhões de euros por ano, o que mostra que tem um conjunto de empresas a tra-balhar muito para o merca-do internacional. Há muitos casos sintomáticos de como a Dão-Lafões pode e deve continuar a ajudar-nos nes-te imperativo regional e na-cional de exportar cada vez mais e substituir importa-ções por produtos nacionais, que é outra forma de criar saldo positivo da balança co-

mercial e no que diz respeito a valências do ensino supe-rior, conta com mais de sete mil alunos, mostrando que está bem dotada desse capi-tal humano jovem. Para ter estes alunos terá natural-mente um ratio de docen-tes e de investigadores ade-quado. Esperamos muito da Dão Lafões nesta capacida-de de geração de conheci-mentos, de investigação e de desenvolvimento tecno-lógico. É uma das sub-regi-ões em que a Região Cen-tro acredita imenso, para enfrentar quer o presente, quer os desafios que se ofe-recem para 2014/2020, até do ponto de vista de alguns domínios diferenciadores, consideramos que a fileira agrícola, a fileira florestal, turismo, as tecnologias da informação e da comuni-cação… são domínios onde a Região Centro já se dife-rencia e pode continuar a diferenciar-se. E ao falar em saúde e bem-estar, te-

mos toda a actividade ter-mal que é uma referência absoluta na Dão-Lafões. Há a convicção que Dão-La-fões também está muito ali-nhada enquanto sub-região com os domínios que acre-ditamos vão fazer a diferen-ça na afirmação da Região Centro no mundo. Eu pró-prio, enquanto pessoa que tem a responsabilidade má-xima de pensar e trabalhar para esta fantástica região, acredito muito em Dão-La-fões-Lafões como sendo uma sub-região que nos vai ajudar imenso em todo este conjunto de desafios mui-to interessantes que temos pela frente.

Para concluir, deixa-nos uma palavra de estímulo aos nossos empresários e investidores?

Com certeza! Aos empre-sários, aos investidores e à população em geral: O nos-so grande desafio, que te-mos vindo a vencer passo a passo, mas com passos de-cisivos e determinantes, é um desafio colectivo de nos sentirmos todos mobiliza-dos para construir soluções e trabalharmos em conjunto na definição, construção e implementação dessas mes-mas soluções. Neste período de 2014/2020, devem-se mo-bilizar os 2 milhões e 300 mil habitantes da Região Cen-tro. Eu devo demitir-me da ideia de que alguém vai fa-zer o futuro por mim. Dei-xo uma mensagem de espe-rança, esta região é muito forte, andou por aqui o nos-so Viriato, o que é um orgu-lho. Já passámos por muitas coisas difíceis. Depois das Tormentas há sempre uma Boa Esperança. O Cabo das Tormentas só se tornou no da Boa Esperança porque alguém o dobrou. Há que

fazer por isso. Precisamos da boa ajuda de toda a gen-te para perceber as dificul-dades actuais, mas que isso sirva sobretudo de estímulo para querer fazer futuro. E fazer futuro trabalhando em conjunto, mais do que estri-tamente para o seu pequeno umbigo. E é esse movimen-to fantástico de congrega-ção de vontades que eu sinto que a Região está amadure-cida para desenhar e a Dão-Lafões também, porque há interacções que não exis-tiam há vinte anos atrás, am-bições que não existiam. Se alguém me dissesse há vinte anos atrás que a Região Cen-tro ia ser uma das 100 mais inovadoras da Europa, não acreditaria. Estamos no bom caminho e queria transmitir esse sinal de esperança e de

optimismo bem fundamen-tado. Não estou a querer criar ilusões de que tudo está bem. Não está e nem me sinto confortável com taxas de desemprego supe-riores a 10%, embora sendo das menores do país. Ir à luta e travar batalhas difí-ceis que somos capazes de ganhar. Há empresas a ga-nhá-las e o cidadão comum deve contribuir com um pequeno gesto que pode ajudar a fazer a diferença. Fala-se muito da necessi-dade de aumentar o saldo da balança comercial. Eu, como consumidor, quan-do vou a um supermerca-do e escolho comprar uma maçã de origem nacional ou não nacional estou mo-destamente a contribuir ou não para um objectivo co-lectivo. E é nesse sentido que entendo que ninguém se deve excluir de dar o seu melhor em prol do futuro da Região Centro e de Por-tugal.

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região

A Câmara Municipal de Mangualde tem aberto a consulta e discussão pú-blica até 4 de abril o novo Plano Diretor Municipal (PDM) do concelho.

“As diferentes entida-des que constituem a Comissão Técnica de Acompanhamento da revisão do PDM limi-tam a inclusão de solo como urbano. É funda-mental consciencializar para esta realidade, por-que nem todos os terre-nos têm que ser urbanos, são cada vez mais preci-sos terrenos para a agri-cultura e para a floresta”, adianta a autarquia numa nota enviada à impren-sa, dando conta das prin-cipais alterações no pla-no de revisão do PDM do

concelho de Mangualde.A mesma nota refere

que “existem muitas ca-sas para vender ou alugar e, nesse sentido, urge tra-var a nova construção, é essencial a recuperação de edifícios antigos”. “O nosso património históri-co tem de ser preservado e valorizado”, conclui.

Neste processo de con-sulta, quem não estiver de acordo com o enqua-dramento dos seus pré-dios na revisão do PDM em curso, poderá efetuar uma participação/suges-tão/pedido de esclareci-mento por escrito, atra-vés de impresso próprio, na página da internet da câmara ou pessoalmente nos serviços (gabinete do PDM). EA

Novo PDM de Mangualde preserva terrenos agrícolas

O presidente da Câma-ra de Moimenta da Beira quer avançar com a cons-trução de quatro peque-nas barragens de regadio no concelho, próximas das manchas dos poma-res, de modo a permitir que a produção de maçã aumente de forma signi-ficativa.

“O objetivo passa por aproximar as barragens da área a regar, de modo a reduzir o custo dos sis-temas de rega”, explicou José Eduardo Ferreira.

As barragens serão construídas na freguesia de Pêra Velha e Caria. E duas na freguesia de Le-

omil. A proposta, que pode sofrer alterações, já foi feita ao Ministério da Agricultura e, em poucos anos, a ideia passará por “colocar as produções com as mesmas condi-ções dos competidores”. Com a construção des-tas estruturas, o autarca espera que o concelho aumente em 30 por cen-to a produção de maça. “Moimenta da Beira e os concelhos limítrofes são responsáveis por cerca de metade da produção nacional de maça. Con-tudo, não conseguiremos dar resposta à produção que o país precisa, se não

criarmos os mesmos ins-trumentos que os nossos competidores estrangei-ros”, referiu o autarca.

Os custos para a cons-trução destas quatro bar-ragens de regadio ain-da não estão definidos. Segundo José Eduardo Ferreira, “sairá mais ba-rato do que a construção de apenas uma grande barragem” contudo, o JC sabe que a obra não avan-ça sem o apoio do QREN. As barragens vão propor-cionar uma série de mais valias, nomeadamente nos locais onde não se produz maça por falta de água. Do ponto de vista

ambiental, e numa altu-ra em que se esgotam as águas subterrâneas, “terá um grande impacto, na medida em que a água das chuvas de inverno será usada no verão”.

O anúncio foi feito re-centemente, durante uma reunião regional do Con-selho Consultivo da CAP (Confederação dos Agri-cultores de Portugal) que se realizou pela primeira vez em Moimenta da Bei-ra, e que juntou cerca de 40 organizações agríco-las da região do Douro e Trás-os-Montes.

Tiago Virgílio Pereira

Autarca de Moimenta querconstruir quatro barragens de regadioObjetivo ∑ Aproximar as barragens da área a regar de modo a reduzir o custo dos sistemas de rega

A Anúncio aconteceu durante uma reunião regional do Conselho Consultivo da CAP

O candidato do PS à Câmara de S. Pedro do Sul nas próximas elei-ções autarquicas, Vitor Figueiredo vai promover um ciclo de conferências, denominado “Um Novo Futuro Para S. Pedro do Sul”, com o objetivo de discutir ideias e analisar os “problemas estrutu-rais do concelho e pro-

curar soluções, que se-jam a base da construção do programa eleitoral do Partido Socialista”, anun-ciou em conferência de imprensa.

A primeira conferência está marcada para o dia 2 de março e será subordi-nada ao tema “Agricultu-ra, Florestas e Desenvol-vimento Rural”. EA

Ciclo de conferências socialistas

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SÁTÃO | LAMEGO | REGIÃO

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O antigo edifício do cen-tro de saúde de Sátão vai receber o posto territorial da GNR, devendo para tal ser ampliado e adaptado ainda este ano.

O presidente da Câma-ra, Alexandre Vaz lem-bra que “a GNR está ins-talada há várias décadas num edifício do municí-pio, uma antiga capela do Solar dos Albuquerque que não reúne o mínimo de condições”.

Uma vez desocupado o antigo edifício do centro de saúde no centro da vila, a Câmara decidiu aprovei-tar os apoios do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e do Mi-nistério da Administração Interna para instalar con-venientemente a GNR.

O concurso público para as obras de amplia-ção e adaptação do edifí-

cio já foi realizado, com um valor base de cerca de um milhão de euros, ten-do a candidatura mais bai-xa sido de 738 mil euros. Posteriormente terá de ser aberto um outro con-curso para o mobiliário e a componente informá-tica.

Caso o processo venha a decorrer normalmente, o autarca, Alexandre Vaz estima que as obras pos-sam começar em maio ou junho, estando concluídas um ano e meio depois.

Este projeto faz parte do pacote de 20 protoco-los assinados na semana passada entre o Ministé-rio da Administração In-terna e 17 autarquias, no âmbito do programa de reabilitação de edifícios para as forças e serviços de segurança, apoiado pelo QREN. EA

GNR de Sátãovai para o antigo centro de saúde

No início do próximo ano vai ser possível per-correr a pé o “eixo Barro-co”, em Lamego, compos-to pelas históricas aveni-das Dr. Alfredo de Sousa e Visconde Guedes Teixei-ra. As obras já arrancaram, num investimento supe-rior a 2,5 milhões de euros, e pretendem garantir a re-qualificação e a valoriza-ção paisagística desta zona da cidade. Esta intervenção integra um projeto públi-co de regeneração urbana –“ Viver Lamego” – que a Câmara de Lamego tem em execução em parceria com associações e escolas do concelho.

Orçado em 10 milhões de euros e comparticipa-do pelo QREN, o “Viver

Lamego” integra traba-lhos já executados na rua da Olaria e Encostinha e outras intervenções, mais avançadas, no Bairro do Castelo e no Largo da Feira, com o objetivo de potenciar a componente turística e comercial da cidade.

“Este projeto nas-ce da necessidade de requalificar o nosso cen-tro urbano. Queremos a criação de valor económi-co e de condições de inclu-são social que combata a desertificação e ajude a fi-xar a população, sobretu-

do os jovens. A interven-ção no eixo Barroco vai olhar para o futuro, mas também vai ler o passado nas suas múltiplas etapas. Acredito que revoluciona-rá a qualidade de vida da cidade”, explicou Francis-co Lopes, presidente da au-tarquia lamecense.

Na apresentação públi-ca do projeto, o secretá-rio de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvi-mento Regional, Almeida Henriques, realçou a im-portância de aplicar bem os fundos comunitários: “Os fundos comunitários são o único instrumento que hoje o Governo pode utili-zar”, afirmou,

Tiago Virgílio Pereira

Lamego aposta na requali-ficação do centro histórico“Viver Lamego”∑ Projeto orçado em 10 milhões é comparticipado pelo QREN

A Francisco Lopes e Almeida Henriques visitaram algumas intervenções do projeto “Viver Lamego”

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REGIÃO | CASTRO DAIRE | VISEU | TONDELA

Rica carne picada!

Opinião

As crises alimentares pa-recem suceder-se em ca-tadupa. Se o problema da BSE (vacas loucas) produ-ziu uma imensidão de do-cumentos, orientações e decisões no sentido de per-mitir desenvolver um sis-tema de segurança alimen-tar adequado à resolução do problema, a recente ce-leuma com a carne de vaca/cavalo veio pôr a nu as debi-lidades do sistema.

Muito se tem escrito so-bre o assunto. A presença de carne de cavalo parece ser vestigial e o seu con-sumo não afecta o ser hu-mano. No entanto, a fraude detectada demonstra que o sistema é muito permis-sivo.

Nos momentos de es-trangulamento económi-co e financeiro, muitas fa-mílias têm vindo a apostar em refeições fáceis de con-feccionar, com rentabilida-de acrescida. A utilização massiva da carne picada é disso um notório exemplo.

Após a divulgação do estudo desenvolvido pela DECO, que arrasa por com-pleto a qualidade da carne picada, muitas questões se poderão levantar.

Do ponto de vista da se-gurança alimentar, os re-sultados obtidos devem ser analisados numa ver-tente microbiológica e no processo de conservação da carne.

Num total de 34 amos-tras recolhidas em talhos da grande Lisboa e do gran-de Porto, 25% das amostras continham Salmonella, Lis-teria monocytogenes e 35% encontravam-se contami-nadas com microrganis-mos de origem fecal (oriun-dos das fezes), com especial destaque para a E coli. Se para algumas pessoas estes nomes pouco acrescentam, importa elucidar que são os microrganismos pato-génicos mais frequentes de encontrar nas toxinfecções alimentares.

Se a presença desta vasta e preocupante quantidade de microrganismos é por muitos considerada intole-rável, a ocorrência de sul-fitos e seus derivados a fi-gurarem nos rótulos com os códigos de E220 a E228, veio alarmar muita gente e muitos órgãos. Os sulfitos são utilizados na indústria alimentar como conservan-tes, em doses máximas até 150mg/Kg de produto, uma vez que retardam o desen-volvimento microbiano, re-velando ainda capacidade antioxidante, inibindo os processos oxidativos (escu-

recimento dos alimentos). A sua utilização até à data encontra-se restringida aos produtos hortícolas e frutas frescas, congeladas, seca-das, aos cereais, açúcares, xaropes e bebidas fermen-tadas, com especial desta-que para o vinho.

Segundo esse estudo, a sua presença encontrava-se numa concentração mui-to elevada, o que conduz a situações de dores de ca-beça, náuseas, problemas cutâneos e digestivos para os consumidores.

A juntar a este possível flagelo, importa ainda re-ferir que a existência de proteína de baixo valor nutricional derivada do te-cido conjuntivo (branco) assumia proporções supe-riores a 20%. Assim, tudo indica que a ementa está completa.

Várias entidades com responsabilidade no sector já vieram a terreiro referir que o estudo não é repre-sentativo, que o controlo da cadeia alimentar está asse-gurado e que aparentemen-te esta é uma amostra bas-tante distinta do panorama nacional. Todos nós dese-jamos que assim seja. No entanto, creio que alguns devem ter as orelhas a fer-ver, e bem!

Não será muito difícil al-vitrar que estas carnes pica-das hipoteticamente já têm algum tempo, foram ma-nuseadas em condições hi-giénicas débeis, conserva-das provavelmente durante muito tempo a temperatu-ras muito superiores a +2ºC, tendo levado um banho de sulfitos para lhes conferir uma aparente frescura.

Com o propósito de não sermos surpreendidos em nossas casas com estes presentes, é recomendável a escolha das peças de car-ne a picar in loco. Estas de-vem denotar um odor neu-tro, cor vermelha viva, sem zonas escuras. A picadora necessita de se apresentar limpa e higienizada. A sua confecção deverá ocorrer o mais rápido possível, com tempos de cozedura (fer-ver) pelo menos de 30 mi-nutos.

Muito mais se poderia verter. Por agora, ficamos por aqui a aguardar novi-dades.

Acautelem-se.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

A Câmara de Castro Daire assinalou no domin-go, o seu Dia do Autarca. Com estas comemorações que vão já na quarta edi-ção, o executivo de Fer-nando Carneiro pretende prestar uma homenagem a todos os antigos e atu-ais autarcas, que servem o concelho.

Nas celebrações do Dia do Autarca de 2013 for-ma homenageadas: a tí-tulo póstumo, António Augusto Pinto Vicente e José Inácio Carneiro; e ainda Rui Ferreira Mar-ques, José Mões e Secun-dino da Silva Carvalho.

Na sessão solene, rea-lizada no Centro Muni-cipal de Cultura, o presi-dente da Câmara Muni-cipal, Fernando Carneiro,

referiu que este “é um evento transversal a toda a comunidade castrense onde são homenageadas personalidades de todos os quadrantes políticos e com diversas ideologias.

O autarca salientou ain-da “o referencial que re-presenta cada autarca para aqueles que o elege-

ram”, acrescentando que “esta proximidade com as pessoas e o conhecimen-to das suas necessidades e expectativas são uma das maiores características de cada autarca que marcam a diferença para com os outros políticos”.

Emília Amaral

Dia do autarca celebrado em Castro DaireHomenagem∑ Cinco personalidades destacadas este ano

A Cerimónia decorreu no Centro Municipal de Cultura

FISCALIZAÇÃOViseu. Durante o fim de semana, a PSP efetuou operações de fiscaliza-ção rodoviária, no âmbito da condução sob influên-cia de álcool. Nesse senti-do, no dia 23, pelas 22h15, a PSP deteve, em Viseu, um homem de 34 anos, com taxa de alcoolemia de 2,50 gramas de álcool por litro de sangue. No domingo, mais três in-divíduos com 58, 35 e 22 anos, acusaram 1, 49 g/l; 1,44g/l e 1,56g/l respeti-vamente. Durante a ope-ração, foram fiscalizados 160 automóveis.

BUSCAS/DETENÇÃOTondela. No âmbito de di-ligências de inquérito, o Destacamento Territorial da GNR de Santa Comba Dão efetuou, no dia 25, três buscas domiciliá-rias nas localidades de Tonda e Póvoa do Meio - Tondela, por suspeita de existirem naqueles lo-cais, materiais provenien-tes de várias ocorrências de furto. Foram apreen-didos 2 reboques, 1 tam-pa saneamento em ferro fundido com as inscri-ções “CMT”, 1 contentor de lixo em metal de cor cinzento, com caracterís-ticas iguais aos existentes na Ecopista, 1 rolo de rede metálica vulgarmente co-nhecida por malha sol, 1 máquina de sulfatar em cobre, 226 blocos de ci-mento, 8 prumos metáli-cos, 1 motor de rega, 1 ca-çadeira de calibre 12 com 2 canos sobrepostos, 1 cartucho deflagrado do mesmo calibre e vários cartões multibanco. Foi detido um indiví-duo por posse de arma de fogo proibida. A GNR continua a investigar o caso.

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Forais Manuelinos (distrito de Viseu)Concelhos Foral Ano

Armamar “Destruido por um incêndio no edifício da Câmara”

Carregal do Sal Oliveira do Conde 1516

Castro Daire Alva, Cabril, Castro Daire, Couto da Ermida, Moção, Mões,

Parada-Meã, Pinheiro, Reriz

1514

Cinfães São Cristóvão de Nogueira,

Tendais, Ferreiros de Tendais, Sanfins

1513

Lamego Foral dado à cidade de Lamego (original na Torre do Tombo)

Mangualde Terras de Tavares, Terras de Azurara 1514

Moimenta da Beira Caria, Pêra (hoje freguesia de Peravelha) 1514

Mortágua Mortágua 1514

Nelas Foral de Senhorim 1514

Oliveira de Frades Não tem

Penalva do Castelo Castelo de Penalva

Penedono Foral Pena do Dono 1512

Resende S. Martinho de Mouros, Aregos, Resende 1514

Santa Comba Dão Mosteiro, Óvoa, Pinheiro de Ázere, Santa Comba Dão, São

João de Areias

1514

S. João da Pesqueira S. João da Pesqueira, Castanheiro do Sul 1514

S. Pedro do Sul Santa Cruz da Trapa, Sul

Sátão Silvã, Ladário (hoje aldeia de Sátão) 1514

Sernancelhe Foral de D. Manuel I a Sernancelhe 1514

Tabuaço Valença do Mosteiro de S. Pedro das Águias, Terra do Távo-

ra, Castanheiro

1514

Tarouca Castro Rei (hoje Tarouca), Ucanha, Mondim da Beira

Tondela Terras de Besteiros

Vila Nova de Paiva Fráguas 1514

Viseu Novo Foral de Viseu 1513

Vouzela Foral de Lafões 514

REGIÃO

A Câmara Municipal de Viseu divulgou um vasto programa que as-sinala ao longo do ano de 2013 os 500 anos da outorgação do Foral de D. Manuel I à cidade, através de um leque de ações, inseridas na pro-gramação cultural do município: 6º. Festival de Música da Primave-ra, Festival de Teatro Jo-vem, Marchas dos San-tos Populares, ciclo de conferências; exposi-ções; concertos; edições municipais (sendo a Agenda 2013 o primeiro suporte gráfico editado), entre outras. O primei-ro evento foi o desfile de Carnaval das escolas do primeiro ciclo do conce-lho, a 9 de fevereiro.

No distrito, tal como Viseu, também o muni-cípio de Cinfães está a celebrar os 500 anos da atribuição do foral de D. Manuel à vila. Penedono já assinalou a data no ano passado, altura em que o foral Pena do Dono com-pletou 500 anos. No en-tanto, a maioria dos fo-rais novos atribuídos por D. Manuel I àquele que é hoje o distrito de Viseu completa 500 anos ape-nas em 2014.

Por todo o país cele-bra-se o “foral novo” de D. Manuel I com exposi-ções e diversos eventos. A exposição “o foral novo-registos que contam his-tórias” está na Torre do Tombo, em Lisboa, até ao

fim de abril.O que se celebra então

de tão importante neste tempo histórico que ainda hoje faz mover os conce-lhos? O 500 ano da refor-ma dos forais, conduzida pelo rei D. Manuel I, que representou uma reforma de fôlego, entre 1495 e 1520 e mudou o espaço político do reino.

Para o historiador vise-ense, João Inês Vaz “tra-tou-se de uma grande re-organização administra-tiva do país em sentido único, quer dizer, no sen-tido da centralização do poder”.

“Esses forais novos ex-tinguiram alguns con-celhos, criaram outros e levaram a uma reorga-nização efetiva da admi-nistração do país, no sen-tido da centralização e do poder. Os forais manueli-nos mais não são mais do que uma lista de impostos que as pessoas passaram a pagar ao rei”, acrescenta.

Em ano de reorganiza-ção administrativa, o his-toriador diz que indepen-dente da tomada do po-der pelo rei na altura, foi uma reforma corajosa e em nada se pode compa-rar com o que está a acon-tecer atualmente: “Nes-sa altura havia coragem para fazer as coisas e nes-ta altura o Governo não tem coragem para fazer nada efetivo. Tem medo das eleições e o rei não era eleito. Uma verdadei-ra reforma administrativa

tinha que partir do estu-do da história”, refere.

O historiador partilha da opinião de outros crí-ticos, de que, apesar de proliferarem eventos da data histórica por todo o país, a maioria deles orga-nizados pelas autarquias, não se estuda com rigor a história de cada concelho. O quadro apresentado ao lado resulta de um con-tacto feito a cada câmara municipal. Poucas foram as que deram a informa-ção pretendida na hora e outras não chegaram mesmo a responder.

João Inês Vaz acrescen-ta que algumas autarquias estão a esquecer-se de fo-rais que também foram outorgados por D. Manuel I e dá o exemplo de Viseu: “Espero que Viseu não se esqueça do Foral de Barreiro (hoje zona de Vil-demoinhos), do Foral dos Coutos de Santa Eulália e do oral de Ranhados, por exemplo”, todos outorga-dos por D. Manuel.

A deficiente informa-ção sobre a matéria es-casseia também nas es-colas. Durante o cortejo de Carnaval de Viseu, o Jornal do Centro pergun-tou a vários alunos se sa-biam porque se disfarca-vam este ano de rei ou de rainha da corte. Nenhum soube responder. Na sala de aula, o assunto não ti-nha ainda sido tema de análise.

Emília Amaral

“Foral novo” de D. Manuel foi há 500 anosReorganização administrativa ∑ O distrito de Viseu nessa época

A Foral de D. Manuel I à cidade de Viseu em 15 de dezembro de 1513

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educação&formação

Com um brilho no olhar e um sorriso de felicidade por ser o único aluno do dis-trito de Viseu a participar na fase final (nacional) das Olimpíadas Portuguesas de Matemática 2013, Pedro Miguel Pires Coelho, de 12 anos, estudante do Colégio Imaculada da Conceição - Viseu (CIC) assume-se “surpreendido” por ser ele a representar Viseu e mais “nervoso” pela responsabi-lidade acrescida: “Não es-tava a contar ir, mas agora é uma responsabilidade”.

Pedro Coelho prepara-se agora para rumar até Albu-feira, onde nos dias 14, 15, 16 e 17 de março, irá juntar-se aos 90 finalistas de todo o país e assim disputar o me-lhor lugar na sua categoria (júnior).

Para o Pedro seria “mui-to bom” trazer a medalha

para Viseu, mas a partici-pação traz-lhe outras mais-valias. “Permite conhecer outros lugares e conhecer outros alunos, acho que vai ser bom”, acrescenta.

Pedro Coelho, natural de Viseu, frequenta o CIC desde o 5º Ano do Ensino Básico. Sempre participou nas Olimpíadas, nunca ti-nha sido apurado, este ano considerou a prova “mais fácil”. No público e no priva-do tem sido um aluno de ex-ceção a todas as disciplinas. Tímido, de poucas palavras, mas sempre sorridente, en-colhe os ombros quando se lhe pergunta o que faz para ser bom aluno. Já sobre a técnica e o segredo para o mérito comprovado a ma-temática tem a resposta na ponta da língua. “Não é um segredo, apenas gosto, não se torna uma obrigação é

até engraçado. É um desa-fio para mim ter de resolver os problemas mais difíceis”, responde.

Ainda não sabe o que quer ser no futuro, mas termina com uma mensagem para o presente dos estudantes: “Pratiquem mais porque hoje, mais do que nunca, há exercícios em todo o lado”.

A diretora de Turma, Pa-trícia Ferreira adianta que o CIC tem vindo a apostar nas disciplinas de matemática e de português, no sentido de “preparar os alunos o me-lhor possível. Essa prepara-ção especial passa por in-cluir as duas áreas em ações extracurriculares do colé-gio, através do clube CIC mat, em aulas suplementa-res e colocando exercícios nas plataformas da escola.

Emília Amaral

É o melhor deViseu a matemáticaOlimpíadas∑ Pedro Coelho foi o único selecionado no distrito para

a final em Albufeira

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O Museu Etno-gráfico de Várzea de Calde, em parce-ria com o Cearte (Centro de Formação Profissional do Artesanato) e a Coo-pera-tiva do Linho de Várzea de Calde está a promover até 18 de março o Curso de Borda-dos Tradicionais Portugue-

ses. O curso visa potenciar a formação na identificação e caraterização dos princi-pais bordados portugueses, dando a conhecer o percur-so histórico de cada um de-les e desenvolvendo técni-cas tradicionais de elabora-ção de diversos pontos. EA

Formaçãoem bordados

As Olimpíadas Portuguesas de Matemática são um concurso de problemas de matemática que se realiza anualmente e no qual podem participar os alunos dos diferentes ciclos do ensino básico e do secundário. O principal objectivo da Socie-dade Portuguesa de Matemática é promover e incentivar o gosto pela matemá-tica. O concurso tem três eliminatórias. Na fase final estão 90 alunos do norte, centro e sul do país divididos pelas categorias júnior (6.º e 7.º anos), A (8.º e 9.º anos) e B (10.º, 11.º e 12.º anos).

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EDUCAÇÃO & FORMAÇÃO

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Depois de realizado um es-tudo prévio, assente na re-alidade da escola Infante D. Henrique, em Repeses, Viseu, e direcionado aos en-carregados de educação, em que se concluiu que os pais não participavam ativamen-te nas atividades escolares e num maior acompanhamen-to dos educandos devido à falta de tempo, ao desencon-tro de horários entre a esco-la e atividade laboral, à falta de conhecimento para uma melhor intervenção e à utili-zação recorrente de uma lin-guagem especifica e técni-ca, nasceu, em 2010, o projeto “Pais e Professores em For-mação/Ação” para suprir es-tes e outros entraves e desen-volver estratégias para apro-ximar os pais da escola.

“Todas as realidades esco-lares vivem o mesmo drama: o pouco envolvimento das famílias relativo à realidade escolar. Contudo, desde que

cheguei a esta escola, há 20 anos, senti que havia a preo-cupação dos diretores de tur-ma e do diretor João Caiado, do ‘agora’ Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique, em desenvolver estratégias para aproximar os pais da es-cola. Foi esta conjugação de vontades e parcerias que fo-mos desenvolvendo que nos levou a este caminho”, expli-cou Maria Martins, docente de Educação Musical e coor-denadora do projeto.

“Pais e Professores em Formação/Ação” é inovador na medida em que reconhe-ce que “não só os pais preci-sam de formação, mas tam-bém a escola”. Reuniram-se representantes de pais de to-das as turmas e decidiu-se quais as temáticas a abordar em cada sessão mensal. A 13ª aconteceu no passado dia 23 e debateu-se a problemáti-ca da droga. O bullying é o tema em discussão na pró-

xima sessão, que contará com o contributo de profis-sionais especializados. Ma-ria Martins faz um balanço “muito positivo”.

A Escola Superior de Edu-cação de Viseu (ESEV) é par-ceira no projeto. Segundo o docente Alberto Cartagena, “os pais são fundamentais na educação dos filhos pelo que, a formação e a partici-pação na vida escolar vai ser determinante no sucesso dos alunos”.

Em jeito de conclusão, Martinho Loureiro, presi-dente da Associação de Pais da Escola Infante D. Henri-que, realçou o espírito de en-treajuda e partilha. “Todos ganhamos com os momen-tos de discussão e partilha de ideias. Aprender com a expe-riência e saber dos convida-dos torna este projeto único e essencial”.

Tiago Virgílio Pereira

Escola Infante D. Henrique aposta na formação de pais e professores“Pais e professores em Formação/Ação”∑ Aproxima encarregados de educação à escola. Grande adesão nas sessões mostra balanço positivo

A Coordenadores e participantes do projeto “Pais e Professores em Formação/Ação”

É no novo e moderno audi-tório da escola que se reali-zam as sessões. O espaço tem capacidade para 100 lugares e tem sido pequeno para al-bergar tantos interessados. “É uma obra que muito nos orgulha e que serve na perfei-ção os interesses da escola”, referiu João Caiado, diretor do Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique.

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EDUCAÇÃO & FORMAÇÃO

“Projeto 80”apresentado em Viseu

A Plateia constituída por individualidades e estudantes atenta à apresentação

Sob o slogan “o mundo está a pedir o teu oiten-ta”, a Escola Secundária Alves Martins (ESAM), em Viseu, foi o palco es-colhido para a primeira apresentação a nível na-cional do “Projeto 80”. João Grancho, secretário de Estado do Ensino Bási-co e Secundário, marcou presença no evento que decorreu sem apupos.

O “Projeto 80” é um pro-grama de âmbito nacional, de dinamização do mo-vimento associativo nas escolas que procura pro-mover a educação para a sustentabilidade, empre-endedorismo e cidadania democrática. Em Viseu, profissionais de diferen-tes áreas debruçaram-se sobre as temáticas de res-ponsabilidade social e de cidadania, gestão eficien-te de recursos e ambiente. Adelino Pinto, diretor da ESAM, mostrou-se muito

agradado com a escolha da escola para a apresen-tação da iniciativa. “Cos-tumo dizer que Lisboa e Viseu distam 300 quiló-metros e que por esse mo-tivo é difícil que a cidade seja escolhida para a apre-sentação de projetos des-ta importância. Fico feliz que se tenham lembrado de nós”, referiu durante a intervenção direcionada para uma plateia de cer-ca de 200 estudantes. A ESAM tem preocupações ambientais e de cidadania e tem vindo a desenvolver ações de sensibilização com o Centro Hospitalar Tondela/Viseu e o Clube Bioterra.

Podem candidatar-se ao “Projeto 80” as asso-ciações de estudantes do ensino básico e secun-dário que desenvolvam um ou mais projetos de sustentabilidade que pro-movam a gestão eficien-

te de recursos, a diminui-ção da pegada carbónica e hídrica, a biodiversidade, o empreendedorismo, a economia verde e a ino-vação social, bem como o voluntariado ou outras formas de cidadania e par-ticipação pública. As can-didaturas decorrem até ao dia 31 de maio. A primeira fase termina a 15 de março. A segunda fase vai ter um roadshow do projeto, em que serão visitadas esco-las das capitais de distrito do país.

O “projeto 80” é pro-movido pelo Governo, em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente, a Direção Geral da Edu-cação, do Instituto Portu-guês do Desporto e Juven-tude, a Quercus e o Green Project Awards. E apoia-da pela ADENE, Amb3E e Sociedade Ponto Verde.

Tiago Virgílio Pereira

ESAM∑ Foi o palco escolhido para dar a conhecer a iniciativa que visa dinami-

zar o movimento associativo e promover a educação para a sustentabilidade

A Câmara Municipal de Vouzela atribuiu oito bol-sas de estudo a alunos do ensino superior relativas ao letivo letivo em curso.

A deliberação foi apro-vada na reunião de câmara de 15 de fevereiro. As bol-sas situam-se entre os 75 e os 125 euros mensais e fo-ram concedidas mediante critérios de notas obtidas e

rendimentos familiares. O incentivo da autarquia

tem como objetivo possi-bilitar uma “efetiva igual-dade de oportunidades no sucesso escolar dos alunos do concelho e de assegurar a continuidade dos estudos a alunos com dificuldades financeiras”, adianta a ve-readora da Educação, Eu-génia Liz em nota enviada à imprensa.

“Estamos conscientes das dificuldades financei-ras que algumas famílias do concelho atravessam, por isso estes subsídios são encarados por este execu-tivo como fundamentais, na medida em que propor-cionam apoio àqueles que, não obstante a situação fi-nanceira da família, pre-tendem concluir a sua for-mação profissional”, con-sidera a autarca. EA

Câmara de Vouzela compensa alunos do ensino superior

A Escola Superior de Educação Jean Piaget do Campus Universitário de Viseu vai promover o semi-nário “Novas Metodologias de Iniciação à Leitura-Es-crita”, dia 9 de março, entre as 9h00 e as 17h00.

Para a organização, “a questão da iniciação à leitura e à escrita é uma temática que ganha, inclu-sivamente, um novo fôlego, à medida que se torna evi-dente a relação entre algu-mas metodologias e pro-blemas como a dislexia e a disgrafia”.

No seminário mestres e estudantes de mestrado de áreas como a Educação Básica (1.º Ciclo), a Educa-ção Especial ou a Música — principais destinatários desta iniciativa — irão aprender um novo método de leitura-escrita que uti-liza e incorpora conheci-mentos das neurociências e dos meios informáticos.

Neste seminário con-

duzido pelo especialista, Alberto Barros de Sousa, os formandos tomarão contacto com novos mo-dos de aprendizagem da leitura e escrita, proces-sos e procedimentos de uma aprendizagem ade-quada, benefícios de uma aprendizagem centrada na descoberta, bem como estratégias de ação sobre problemas de dislexia e disgrafia.

Do programa fazem par-te temáticas como: meto-dologia audiovisual; cara-terísticas da escrita e da leitura; compreensão da leitura; neuropsicologia da fala-leitura-escrita; disle-xias; métodos de leitura, entre outros.

A inscrição deverá ser feita até 2 de março. A en-trada é livre para alunos e antigos alunos do Instituto Piaget, e tem um valor de cinco euros para profissio-nais e estudantes de outras instituições.

Novos métodos de iniciação à leitura-escrita em seminário

CONCURSO “JOVENS CIENTISTAS EINVESTIGADORES”DÁ PRÉMIOSATÉ 5 MIL EUROS

Estão abertas as inscri-ções para a 21ª edição do concurso “Jovens Cien-tistas e Investigadores”, promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). O obje-tivo passa por promover os ideais da cooperação e do intercâmbio entre jovens cientistas e investigadores e estimular o aparecimento de jovens talentos nas áre-as da ciência, tecnologia, investigação e inovação.

Destina-se a todos os es-tudantes a frequentar o en-sino básico, secundário ou primeiro ano do ensino su-perior, com idades compre-endidas entre os 15 e os 20 anos. Pretende incentivar fomentar o espírito com-petitivo nos jovens, através da realização de projectos/trabalhos científicos inova-dores, integrados em pro-cessos educativos regula-res. Os projetos devem en-quadrar-se numa das áreas de estudo: Biologia, Ciên-cias da Terra, Ciências do Ambiente, Ciências Médi-cas, Ciências Sociais, Eco-nomia, Engenharias, Físi-ca, Informática/Ciências da Computação, Matemá-tica e Química. E devem ser submetidos online até ao dia 19 de abril.

Os trabalhos vencedo-res recebem prémios que variam entre os 1.500 e os 5.000 euros.

CURSO DE APICULTURA EM MANGUALDE

Mangualde vai acolher um curso de apicultura de 7 de março a 16 de junho. A formação, organizada por Harald Hafner com o apoio da Câmara Municipal, irá decorrer no auditório da autarquia e na Quinta do Modorno em horário pós laboral. A atividade alvo deste curso, a apicultura (ciência, ou arte, da criação de abelhas com ferrão), é re-conhecida como uma via empreendedora de criação de sustentabilidade econó-mica familiar. Harald Haf-ner, que participará no cur-so, é um apicultor austríaco há muito radicado em Por-tugal.

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Casas Remodeladas, Energias Renováveis& Efi ciência Energética

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Textos: Micaela Costa | Grafismo: Marcos Rebelo

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suplemento

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SUPLEMENTO | CASAS REMODELADAS, ENERGIAS RENOVÁVEIS && EFICIÊNCIA ENERGÉTICAEFICIÊNCIA ENERGÉTICAJornal do Centro28 | fevereiro | 2013

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Remodelar, reconstruir, recuperar, re-abilitar e reutilizar são os cinco “r’s” que

norteiam o trabalho da Viskott. Esta empresa, s i tuada na Quinta da

Longra, na estrada Viseu-Sátão, tem uma longa experiência, e

presta todo o tipo de serviço, na área da remodelação e reconstrução civil para ha-bitações e espaços comer-ciais.

Renovação de interiores, alteração de pavimento, pin-tura de edifícios, colocação

de tetos falsos, renovação de fachadas, isolamento tér-mico, impermeabilização e renovação de telhados são algumas das obras que a

empresa leva a cabo.José Custódio, responsável

pela empresa, explica que a remo-delação de uma habitação é uma boa

opção. “Muitas vezes aquilo que procu-ramos numa casa nova, pode ser feito na casa onde habitamos. O isolamento tér-

mico, por exemplo, pode ser a resolução para o problema das elevadas contas da luz”. Para José Custódio a reabilitação de habitações e espaços comerciais é

“adaptar o espaço, de forma mais econó-mica e personalizada”.

O responsável lembra ainda que “ao remodelar uma habitação, ou um espa-ço comercial, é fundamental que se opte por soluções sustentáveis e eficientes, como é o caso da impermeabilização ou o isolamento térmico”.

Para isso a Viskot t elabora estudos que elucidam os clientes quanto aos gas-tos e sobretudo quanto ao valor que po-dem poupar com uma remodelação cons-ciente, disponibilizando uma vasta gama de produtos e materiais.

A Viskot t está no mercado nacional desde 2004 e começa agora a entrar no mercado francês. “Trabalhamos há vários anos na construção, a crise não nos assusta, ajuda-nos a querer fazer mais e até a procurar outros mercados, como é o caso da França”, explica José Custódio.

PORQUÊ MUDARDE CASA SE A PODE RENOVAR?

Procurar casa nova ou construir casa de raiz começa a deixar de ser a primei-ra opção para quem procura um espaço para viver. A divergência entre as casas novas e usadas, a diferença ao nível dos impostos e as dif iculdades em aceder a créditos são alguns dos fatores que deixam na dúvida milhares de pessoas.

Comprar e remodelar casas antigas ou simplesmente dar um novo ar à casa onde já se habita passam a ser a escolha de eleição. Por um lado pelo aspeto económico e por outro porque, muitas vezes, as al terações à atual habitação são o suficiente para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes.

A escolha de um isolamento adequado, t ransformar espaços pequenos em espaços mais amplos, priv i legiar a luz solar e adotar compor tamentos susten-táveis, são algumas das práticas fundamentais que deve ter em conta, se está a pensar em ter um “novo” espaço para viver.

Instale-se de forma confor tável e f ique atento às dicas que lhe deixamos no suplemento desta semana!

REQUALIFICAR É A SOLUÇÃO

Remodelabilitar e re

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Lonte

pela delação

opção. “Muramos numcasa onde

Procurar casa nova ou construir casa de raiz começa a deixar de ser a primei-ra opção para quem procura um espaço para viver. A divergência entre as casasnovas e usadas, a diferença ao nível dos impostos e as dif iculdades em acedera créditos são alguns dos fatores que deixam na dúvida milhares de pessoas

táveis, são algumas das práticas fundamentais que devevv ter em conta, se está a pensar em ter um “novo” espaço para viver.

Instale-se de forma confor tável e f ique atento às dicas que lhlhlhlhlhlhhhhhhhhhhhhhhhe eeee e eee e e eee ee eee eeeee deixamos no suplemento desta semana!

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SUPLEMENTO | CASAS REMODELADAS, ENERGIAS RENOVÁVEIS && EFICIÊNCIA ENERGÉTICAEFICIÊNCIA ENERGÉTICAJornal do Centro28 | fevereiro | 2013

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A o r emode l a r a c a s a ou o espaço comerc i a l é im-p o r t a n t e q u e d ê a l g u m a a t e n ç ã o a o s s i s t e m a s d e a q u e c im e n t o e a r r e f e c im e n t o d o l o c a l . A s o p ç õ e s sus t en t áve i s , c omo a s ene rg i a s r enováve i s , s ão a s g r andes a l i adas pa ra a nova e t apa .

O fa to r económico, a p revenção e o cu idado com o me i o amb i en t e s ão o mo te pa r a que na ho r a de e s -co lhe r se op te po r opções ma is amigas do amb ien te e da sua c a r t e i r a .

E x i s t em inúmeras van t agens em esco lhe r a s ene r-g i a s r enováve i s , de i xamos a l gumas :

- P o d e m s e r c o n s i d e r a d a s i n e s g o t á v e i s à e s c a l a humana compa rando aos combus t í ve i s f ó s se i s ;

- O seu impac to amb ien t a l é menor do que o p rovo -c ado pe l a s f on t es de ene rg i a c om o r i gem nos c om-bus t í ve i s f ó s se i s ( c a r vão , pe t r ó l eo e gás ) , uma vez que não p roduzem d i óx i do de c a r bono ou ou t r os ga -

ses com “e fe i t o de e s t u f a”;- O f e r e c e m m e n o s r i s c o s d o q u e a e n e r g i a

nuc l ea r ;- P e r m i t e m a c r i a ç ã o d e n o v o s p o s t o s d e

t r aba lho ( i n ve s t imen t o s em zonas des f avo -re c i das ) ;

- P e r m i t e m r e d u z i r a s e m i s s õ e s d e C O 2 , me lho r ando a qua l i d ade de v i d a ( um a r ma i s l impo ) ;

- R e du zem a dependênc i a ene r gé t i c a da no s s a soc i edade f ace aos combus t í ve i s f ó s se i s ;

- C onfe rem au tonomia energé t i ca a um pa ís , uma vez que a sua u t i l i z ação não depende da impo r t aç ão de combus t í v e i s f ó s se i s ;

- C o n d u z e m à i n v e s t i g a ç ã o d e n o v a s t e c n o l o g i a s q u e p e r m i t a m u m a m e l h o r e f i c i ênc i a ene rgé t i c a .

ENERGIAS RENOVÁVEIS NO “NOVO” LAR

As energias renováveis são, nos dias de hoje, um assun-to incontornável. É por todos sabido que com o aumento da eletricidade, e do gás natural, os consumidores foram obrigadas a rever o tipo de aquecimento.

A Chamilar conquistou uma for te presença no mercado da biomassa, sendo esta a única renovável que apresenta um balanço económico positivo derivado aos seus benefí-cios ambientais. Foi fundada em 1988, inicialmente orien-tada para o fabrico de fogões de sala standar t, lareiras e recuperadores de calor. Mais tarde a empresa alargou a sua atividade e apostou na impor tação e distribuição de energias renováveis.

Atualmente apresenta uma vasta gama de ser viços e produtos sempre com o se lo das energ ias renováveis , como é o caso do aquecimento central, energia solar, cal-deiras de biomassa e salamandras a lenha e pellets.

Nos dias que correm, a palavra poupança está muito presente na mente dos consumidores. “Para aquecer uma habitação, com pellets ou lenha, é cerca de duas a três vezes mais económico do que aquecer com gasóleo ou gás. Comparado o aumento dos custos de gasóleo, gás e eletricidade, o preço dos pellets têm-se mantido cons-tante. O confor to e a funcionalidade dos nossos produtos simplificam a gestão energética da habitação, reduzindo o custo de consumo, e melhorando a qualidade de vida”, ex-plica Andreia Oliveira, responsável pelo depar tamento de comunicação e marketing da Chamilar. “Ao investir num equipamento a pellets ou a lenha, consegue-se amortizar o investimento no prazo de 2 anos”, acrescenta.

A Chamilar “ t rabalha com uma equipa qual i f icada e competente, melhorando continuamente a qualidade dos ser v iços prestados, desde o pr imeiro contac to com o cliente até à concretização da sua necessidade”, explica Andreia Oliveira.

Disponibil iza um ser viço de revenda que é apoiado e

CHAMILAR SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS E ECONÓMICAS acompanhado por uma equipa de comerciais, “a nossa rede de revendedores es tá presente nas pr inc ipa is c i-dades e regiões do país”. São instaladores profissionais, qualif icados e a Chamilar oferece-lhes todo o apoio que necessitam para garantir a qualidade do serviço de insta-lação e assistência técnica”. Um serviço de apoio e acom-panhamento ao cliente final, assistido por um engenheiro, que faz o levantamento da obra, elaborando orçamentos adequados a cada caso. E ainda, um serviço de assistên-cia técnica, que permite dar garantias aos equipamentos vendidos, assim como acompanhar o desempenho dos produtos.

A instalação do equipamento deve ser efetuada num lugar idóneo a permitir as operações normais, de aber-tura e manutenção do mesmo.

O ambiente deve ser:- Predisposto às condições ambientais de funcionamento- Dotado de alimentação eléctrica 230V 50 Hz (EN73-23)- Predisposto com sistema adequado de evacuação dos fumos- Dotado de ventilação externa- Dotado de sistema de ligação à terra conforme CE

Cuidados a ter:- O equipamento deve ser ligado a uma conduta de fumos, ou

a uma conduta vertical que possa descarregar os fumos no ponto mais alto da moradia

- Os fumos são sempre derivados de combustão de essências da madeira, portanto se saem em contacto ou próximo as paredes podem sujá-las

- Prestar atenção porque, por serem pouco visíveis mas muito quentes e provocam queimaduras em contacto

- Antes de posicionar o equipamento, deve-se realizar o furo para a passagem dos tubos de fumos e o furo para a tomada de ar externo

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A F u t u r ve r d e é u m a e m p r e -sa da região de Viseu criada em 2 010 , na á r ea

das energias renováveis enquanto soluções de

aquecimento. A ideia surge com

a necessidade de aproveitarem todo o material que é usado para fazer queimadas. “Sempre me perguntei porque é que as pessoas fazem queimadas. A verdade é que podemos reaproveitar esse material para ou-tros fins, como aquecimento”, explica António um dos responsáveis pela empresa. “Ao aproveitar os resídu-os do quintal, desde relva, podas que são a origem do pelletes, podemos investir numa máquina e assim produzir para utilizarmos no aquecimento. Não existe desculpa, só estraga quem quer”, acrescenta.

A Futurverde par te então da produção de pellets para a sua comercialização, passando igualmente

pela venda de todo o equipamento necessário para sistemas de aquecimento, granuladores e triturado-res para produção de pellets. “Procuramos oferecer ao cliente soluções económicas para aquecimento do-

méstico ou industrial”. “Esta é uma solução principal-mente quem quiser poupar”, afirma António. “Está pro-vado que os pelletes a nível económico custam 1/3 do gasóleo e 1/2 do gás. Em relação à matéria-prima não falta, pois a biomassa renova-se todos os anos”.

A Futurverde possui uma vasta gama de produtos que proporcionam uma solução rentável e acima de tudo amiga do ambiente. O produto chave da empresa são as pellets, uma matéria orgânica essencialmente proveniente de resíduos florestais, de limpeza de ma-tas, de jardins ou pomares, bem como dos resíduos de serrações. Dado o seu grau de compressão possui um grande poder calorífico. Pelas suas pequenas dimen-sões e pela otimização permitida pelos queimadores, que apenas queimam a quantidade necessária para manter uma determinada temperatura, permite consu-mos reduzidos e baixa quantidade de cinzas.

“Os desperdícios são variados e evitamos o abate de árvores para aquecimento, evitamos os incêndios por descuido, limpamos as matas fazendo a preven-ção, emitimos menos CO2, porque ao fazer queima-das no verão também liber tamos sem proveito”, afir-ma António.

Atualmente, a Futurverde, comercializa para todo o país, tendo igualmente agentes no estrangeiro.

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1. Plante. Jardins, hortas e vasos de plantas são impor-tantes para melhorar a quali-dade do ar do ambiente. Por isso, plantar é importante para deixar uma casa mais susten-tável. Opte por plantas oriun-das da zona/país onde mora, pois vão apresentar um de-senvolvimento melhor e me-nos cuidados, principalmen-te se forem as árvores. Já as hortas melhoram também a qualidade da alimentação.

2. Evite o uso de ar con-dicionado. Opte por deixar as janelas abertas ou usar o ventilador. Os aparelhos de ar condicionado utilizam muita energia para funcionar. Uma dica também é desligar o apa-relho cerca de uma hora antes de sair do local, já que nes-se tempo o ar permanecerá fresco.

3 . E s c o l h a b e m o s móveis. Quando for t ro-car de móveis, opte por pe-ças feitas de maneira sus-tentável e tente dar um novo uso para a peça antiga. Se não lhe for dar uso, ofere-ça ou venda a a lguém. Se não for possível reutilizar o móvel ant igo, tente enca-minhar diretamente para a reciclagem.

4. Opte por lâmpadas LED. Troque as lâmpadas por luzes de L ED. Podem ser mais caras, mas apre-sentam uma economia de até 40% em relação às lâm-padas f luorescentes e de até 88% com as lâmpadas incandescentes. A lém dis-so, as luzes LED duram cer-ca de cinco anos a mais que os outros dois modelos.

5. Na casa de banho. Uma mudança simples é es-colher um autoclismo com duas opções de quantidade de água l iberada por des-carga, pois ajuda a diminuir o consumo deste recurso.

6 . Fa ç a a m a n u t e n -ção da sua casa. Peque-nos vazamentos de água ou frestas de ar podem aumen-tar gastos com água e ener-gia.

7. Pinte o seu telha-do de branco. A in ic ia-t i va fa z com que os ra ios so la res se jam re f l e t i dos , d iminuindo o ca lor dentro da construção. Além disso, vár ias pesquisas mostram que a iniciativa pode ajudar a d iminu i r o aquec imento global.

8 . Privilegie os ele -trodomésticos de bai-xo consumo. Quando for comprar eletrodomésticos, escolha modelos que gas-tem pouca energia. Os ele-trodomésticos estão, na sua grande maioria, sinalizados com selos de eficiência.

9. Reutil ize a água. Um sistema de reutilização d a á g u a d a c h u v a e x i g e obras, mas o resultado final compensa. Pode reutilizar a água para lavar as calçadas e carros, por exemplo.

10. Melhore a ilumi-nação natural. Mantenha as cor tinas aber tas durante o dia e posicione móveis de uma maneira favorável. Por exemplo, coloque as escri-vaninhas per to das janelas, lateralmente, sendo possí-vel utilizar a luz do sol. As-sim, se gasta menos ener-gia elétrica

Remodelar também significa adotar novos hábitos!

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a necessidade de aproveitarem todo ousado para fazer queimadas. “Semprporque é que as pessoas fazem queimé que podemos reaproveitar esse mtros fins, como aquecimento”, explica responsáveis pela empresa. “Ao aproos do quintal, desde relva, podas qudo pelletes, podemos investir numa mproduzir para utilizarmos no aquecimedesculpa, só estraga quem quer”, ac

A Futurverde par te então da produpara a sua comercialização, passan

pela venda de todo o equipamento nsistemas de aquecimento, granuladores para produção de pellets. “Procuao cliente soluções económicas para a

FUTURVERDE É A ESCOLHAAMIGA DO AMBIENTE

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Depois do espaço reconstruido, de forma eficiente e sustentável, recorrendo a ener-gias renováveis, só falta o toque final, a de-coração.

A escolha dos cortinados, dos candeeiros, das mesas e das cadeiras e de tantos outros objetos pode tornar o “novo” espaço comple-tamente diferente. E, também neste proces-so, é importante que as escolhas sejam as mais acertadas.

O primeiro aspeto que deve ter em conta na decoração de interiores é a cor esco-lhida. Deve ter em conta a divisão onde a vai aplicar, as cores claras ajudam a tornar as divisões maiores porque refletem a luz, mas pode optar por pintar uma parede de cor di-ferente para dar um toque de originalidade. Pode ainda pintar ou aplicar rodapés da mes-ma cor da parede para aumentar a ilusão do tamanho da casa.

Se optar por cores claras nas paredes pode optar por móveis escuros para contras-

tar e inovar com móveis de cores diferentes como o vermelho, o verde e o rosa.

Para dar toques de cor pode utilizar a qua-dros e tapetes coloridos, pode ainda recorrer a mantas, almofadas e acessórios de cores vibrantes.

Na decoração de cozinhas deve escolher móveis de cores neutros, eletrodomésticos da mesma gama e depois brincar com acessórios coloridos como frascos de diferentes cores, para dar um toque de originalidade pode apli-car na parede azulejos de cores coloridas.

Nos quartos escolha um édredon colorido que combine com os tapetes e com os aces-sórios, os móveis devem ser no mesmo tom, mas pode ter um móvel estilo mais vintage de uma cor diferente, as cortinas nos quartos ajudam a tornar a divisão mais acolhedora.

Na casa de banho deve optar por cores cla-ras, mas atenção o branco é mais difícil de limpar, pode escolher acessórios e toalhas coloridas que combinem com o estilo do resto da casa.

DECORAR O “NOVO” ESPAÇO

A Mar teus, é uma empresa no ramo da decoração, em-bora disponibil ize atendimento na loja, situada na estra-da da Ramalhosa, em Gumirães, V iseu, a Mar teus desta-ca-se pelo trabalho personalizado, através dos serviços de decoração ao domicí l io.

Américo Mar t ins, proprietário da empresa, vai a casa dos c l ientes há mais de t r in ta anos. “Levamos a casa vár ias so luções, para que possam escolher a que me-lhor se enquadra no espaço pretendido. Esta é uma for-

ma de o cliente ter um serviço personalizado e diferente do habitual”.

A Mar teus tem uma vasta gama de produtos para de-coração, desde pape l de parede, móve is por med ida , tapetes, cor t inados, i luminação, sofás, colchões e tan-tos outros.

Para além da venda de soluções de decoração a Mar-teus faz ainda restauros. “Se formos a casa de um clien-te que tenha móveis ant igos, mas que possam ser rea-

proveitados, fazemos a restauração”.Amér ico Mar t ins re lembra a inda que na hora de es-

colher cores e tecidos é preciso ter em conta a luz e o tamanho das divisões. Quanto às tendências a resposta é mais di f íc i l , “depende sempre dos gostos do c l iente, não há uma tendência única. A cor bege continua a ser a grande escolha, embora nem sempre se enquadre e a mistura do clássico com o moderno é uma tendência do agrado de muitos cl ientes”.

DECORAÇÃO PERSONALIZADA COM A MARTEUS

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economia

Projetos em Tabuaço e Penedono criam mais de 200 postos de trabalho

O presidente da Câma-ra de Penedono, Carlos Esteves , considerou que o i nvest i mento anunciado para as mi-nas de ouro de Santo António é “uma opor-tunidade para o de-senvolv imento eco-nómico local”.

“A a s s i n a t u r a d o contrato de concessão experimental das mi-nas de Santo António, na Granja, deixa-nos recheados de expecta-tivas. São uma oportu-nidade para o desen-volvimento económi-

co local”, referiu.A empresa canadia-

na Colt Resources e o Governo assinam con-tratos de concessão experimental das mi-nas de tungsténio em Tabuaço e de ouro em Penedono, num inves-timento que ronda os 97 milhões de euros.

Estes dois projetos da Colt Resources - empresa que se de -dica à prospeção, ex-ploração e desenvol-vimento de projetos mineiros - permitirão criar mais de 200 em-

pregos diretos e mais de mil indiretos.

O a u t a r c a d e P e -n e d o n o s u b l i n h a que “este é um pro-j e t o o b j e t i v o , c o m cred ibi l idade”, que t r a z a o c o n c e l h o “grandes expectat i-vas” para os próximos quatro anos.

“Como sou um oti-mista, quero acreditar que muita coisa boa se irá passar. Pela infor-mação que tenho, vão criar-se muitos pos-tos de trabalho, que começarão a fazer-se

sentir dentro de ano e meio”, revelou.

Carlos Esteves ex-plicou que o concelho a que preside tem uma taxa de desemprego semelhante à média n ac ion a l , padecen-do também de algum despovoamento.

“Este novo investi-mento nas minas de ouro de Santo Antó-n io , desat ivadas há cerca de 60 anos, terá i n f luênci a pos it iva na sustentabi l idade da região”, concluiu. LUSA

Investimento de 97 milhões∑ Concessão experimental das minas de tunsté-

nio e de ouro

As exportações repre-sentaram, em 2012, 61% do volume de negócio do Grupo Vista Alegre Atlantis (VAA), anunciou hoje a empresa em comu-nicado enviado à Comis-são do Mercado de Valo-res Mobiliários (CMVM).

No exercício de 2012, as vendas da VAA ascende-ram aos 54,2 milhões de euros (um aumento de 0,6% face ao ano ante-rior). O motor deste cres-cimento foi uma vez mais o mercado externo, no qual as vendas aumenta-ram 7,4%. O EBITDA (lu-cros antes de juros, impos-tos, depreciação e amor-tização) do Grupo VAA atingiu os 2,5 milhões de euros, um crescimento de 152% face ao valor de um milhão de euros registado em 2011.

Este é o segundo ano consecutivo em que a área de exportação do Grupo VAA ultrapassa a perfor-mance do mercado nacio-nal, em resultado do re-direccionamento da acti-vidade do grupo para os

mercados externos. O principal mercado

de destino das exporta-ções da VAA foi França, seguida de Espanha, Itá-lia e Brasil. Realce para França, que ultrapassa Espanha como principal destino de exportação, e mercado no qual as ven-das foram canalizadas para o segmento de luxo. Em Itália, as vendas da VAA quase triplicaram. Já o mercado brasileiro representou 4,5% do to-tal das vendas do Grupo, e cresceu 26% em 2012, tendo o centro de distri-buição próprio entrado em funcionamento ape-nas em Julho.

O ano de 2012 foi assim um ano de continuidade do projecto de internacionali-zação da VAA, com a inau-guração de 2 showrooms, um em Nova Iorque e ou-tro na Índia; duas novas lo-jas, na Tunísia e Bielorrús-sia, e vários pontos de ven-da no Reino Unido através da parceria estabelecida com a cadeia retalhista House of Fraser.

Exportações valem 61% do volume de negócios do grupo Vista Alegre Atlantis

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25Jornal do Centro28 | fevereiro | 2013

Page 26: Jornal do Centro - Ed572

ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

A Câmara Municipal de Tondela pondera par-tir para a criação de um banco de terras no con-celho ou, em alternati-va, criar um projeto que permita disponibilizar terrenos agrícolas de forma gratuita a jovens que queiram investir na agricultura.

A ideia surge na se-quência do sucesso al-cançado com o merca-do de rua “Ao’Sabor” a decorrer todos os quar-tos sábados do mês, jun-to ao edifício dos Paços do Concelho, onde pro-dutores locais podem escoar a sua produção agrícola.

O vereador respon-sável pelo pelouro dos mercados e feiras, Pedro Adão adiantou ao Jornal do Centro no final da III

edição do Mercado dos Produtos Locais, que o sucesso da iniciativa “dá para perceber que é uma aposta certeira”, pela adesão dos produtores, pela adesão dos clien-tes e pela nova dinâmi-ca dada a um espaço da cidade pouco procura-do: “Os próprios comer-ciantes ganharam com a iniciativa”.

Pedro Adão contou que o número de produ-tores tem vindo a cres-cer de mês para mês. O evento arrancou com 15 participantes em dezem-bro de 2012 e, no sábado passado, já estiveram 36, prevendo-se que o mer-cado de rua de março ul-trapasse os 40 produto-res locais.

“Temos uma feira à se-gunda, mas este merca-

do de rua vai ao encon-tro do tipo de cliente que não tem oportuni-dade de ir à feira sema-nal e encontra ali, ao sá-bado, o que procura”, re-força o vereador.

Pedro Adão anuncia que o evento “Ao’Sabor” é o início de um proje-to mais alargado que a autarquia está a desen-volver para o sector. “A ideia é incentivar os pro-dutores a produzirem mais, diminuir o desem-prego através da criação de novos projetos e di-minuir o número de ter-renos abandonados no concelho”, referiu.

Com o alargamento do projeto do Mercado de Produtos Locais, a Câ-mara pretende a médio prazo pôr estes produto-res a abastecer clientes

“dentro e fora do conce-lho” a preços mais bai-xos.

A c u r t o p r a z o , o “Ao’Sabor” poder vir a ser alargado a outras ruas da cidade de forma a permitir que mais agri-cultores possam vender os seus produtos.

Além dos habituais produtores agrícolas e artesãos, o município decidiu convidar uma freguesia a participar em cada edição, servin-do assim como promo-ção do seu pequeno ter-ritório.

O próximo certame decorre no último sá-bado de março, dia 30, véspera de domingo de Páscoa.

Emília [email protected]

Câmara de Tondela prepara projeto para diminuirterrenos abandonadosIdeia ∑ Banco de terras ou cedência de gratuita de terrenos são hipóteses em cima da mesa

A O objetivo é alargar o Mercado dos Produtos Locais que decorre no último sábado do mês

Vamos fazer vendas de garagem?

Clareza no Pensamento

Todos nós já vimos em séries ou filmes o extraordinário hábi-to, implementado em algumas sociedades, da venda de garagem. A ideia de base é sim-ples: vender o que já não é necessário. To-dos nós temos em casa roupa, objetos em bom estado que já não uti-lizamos! O princípio é básico e consiste em vender todos esses objetos por um pre-ço simbólico de for-ma informal, normal-mente no jardim de casa , a todos os que estiverem interessa-dos, normalmente aos vizinhos.

Em Portuga l , por n o r m a n ã o t e m o s esse hábito, embora to do s con he ç a m o s feiras de objetos em segunda mão, velha-rias, populares, entre outras. As pequenas iniciativas de venda particular, talvez por uma questão cultural, ou mesmo outra, não têm grande impacto e são frequentadas por um número restr ito de pessoa s . No en-tanto, a atual conjun-tura económica, con-du z i rá à con sc iên-cia de que o planeta não aguenta o atual ritmo de consumo, o que por sua vez con-duzirá, à necessária e imperativa, mudança de hábitos.

Alguns portugueses já recorrem a sites de produtos em segunda mão para comprar e vender objetos, assim como a lojas de produ-tos em segunda mão, que começam a sur-

gir em todas as cida-des do país - em Viseu conheço pelo menos duas!

Ex istem zonas do país ondes as vendas de ga ragem estão a conquistar o seu es-paço e o seu mercado. Estas vendas surgem em zonas do país com elevado número de es-trangeiros residentes, pois estes são de um modo geral mais “de-sempoeirados” do que nós e não tem aqueles complexos, os que ini-bem este tipo de ini-ciativas.

C l a r o , q u e p a r a quem v ive cidades , nomeada mente , em apartamentos é difí-cil se não impossível realizar estas vendas. As limitações são ma-nifestamente desin-cent ivadora s . Nes-te contexto, o das li-mitações “naturais” a iniciativa pode ser de “âmbito global” e contar com o apoio do município para a disponibi l ização de espaço e infraestrutu-ras que permitam es-tes e outras iniciativas coletivas e sociais.

Por sugestão, Viseu c o n t a c o m u m e s -p a ç o p a r t i c u l a r e carismático para este t ipo de eventos – o “ant igo” mercado é um local privilegiado, pela sua localização e história.

Para que esta e ou-t ra s i n ic i at iva s te -nham sucesso o prin-cipal fator é o mesmo de todas as demais – A SUA PARTICIPA-ÇÃO E COLABORA-ÇÃO. Boa sorte!

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Madalena MalvaDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

DR

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Page 27: Jornal do Centro - Ed572

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

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PSA Mangualde cria terceiro turnocom 300 novos empregos diretos

A Direção do Centro de Produção de Mangualde do Grupo PSA anuncia a criação de uma tercei-ra equipa com 300 novos postos de trabalho diretos, a partir de Abril de 2013 e no mínimo até ao fim do corrente ano, de forma a responder à previsão das encomendas.

Esta decisão foi oficial-mente tomada dia 21 de Fe-vereiro pelo Grupo PSA, com base nas perspecti-vas de evolução do merca-do dos modelos fabricados em Mangualde, o Citroën Berlingo e o Peugeot Par-

tner. Estes modelos são lí-deres de mercado em toda a Europa no seu segmento. Em Portugal, os dois mo-delos são líderes com mais de 50% de quota neste seg-mento, que já representa quase metade das vendas de veículos comerciais li-geiros no nosso país.

Com a criação destes 300 novos postos de tra-balho diretos, a empresa passa a empregar 1150 cola-boradores e a ter como re-ferência uma produção de 285 veículos por dia. Estes novos colaboradores serão valorizados com 60.000

horas de formação.PSA Mangualde quer

assim honrar o compro-misso social em que pri-vilegia o recrutamento de colaboradores que no passado já trabalharam na empresa.

O recrutamento come-çará de imediato, a for-mação irá decorrer du-rante os meses de Mar-ço e Abril e a normal laboração da equipa no dia 29 de Abril.

O programa de referên-cia anual para 2013 passa a ser de 60.000 veículos, refletindo um aumento de

produção de 36% relativa-mente a 2012, ano em que foram produzidos 43.940 veículos. O valor das ven-das anuais deverá ultra-

passar os 500 Milhões de euros sendo aproximada-mente 95% para exporta-ção.

Além do impulso para o

emprego e o tecido econó-mico da região, este anún-cio representa um incre-mento importante da pro-dução nacional.

Produção ∑ Aumentará 36 por cento face a 2012

A João Matosinho e Elísio Oliveira são porta-voz de boas novas

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Page 28: Jornal do Centro - Ed572

desportoSegunda Liga

P J V E D GMGS1 Belenenses 69 29 21 6 2 54 232 Sporting B 51 29 13 12 4 46 293 Arouca 50 29 14 8 7 45 324 Leixões 46 29 12 10 7 34 265 Desp. Aves 45 29 11 12 6 34 326 Tondela 44 29 12 8 9 38 357 Santa Clara 43 29 11 10 8 42 348 Oliveirense 43 29 11 10 8 39 349 Portimonense 43 29 12 7 10 40 3810Penafiel 43 29 12 7 10 30 2511Benfica B 41 29 11 8 10 48 3912FC Porto B 41 29 10 11 8 36 3213U. Madeira 40 29 9 13 7 33 3114Naval 38 29 9 11 9 39 4015Atlético CP 33 29 9 6 14 31 4216Feirense 33 29 8 9 12 40 4517Marítimo B 31 29 9 4 16 24 3218SC Braga B 26 28 6 10 12 23 3419Sp. Covilhã 25 29 5 10 14 25 3820Trofense 25 29 5 10 14 21 3721Guimarães B 23 28 4 11 13 14 3122Freamunde 19 29 4 7 18 24 51

Leixões 1 - 0 Benfica BPenafiel 2 - 0 FC Porto BAtlético 1 - 1 Arouca

Oliveirense 2 - 3 Santa ClaraPortimonense 2 - 1 Marítimo B

Sporting B 5 - 1 FreamundeTondela 1 - 5 Belenenses

Desp. Aves 1 - 0 Naval 1º MaioGuimarães B - Sp. Braga BSp. Covilhã 1 - 1 TrofenseU. Madeira 3 - 0 Feirense

Naval 1º Maio - LeixõesBenfica B - Portimonense

FC Porto B - Sporting BU. Madeira - Tondela

Arouca - Marítimo BBelenenses - Desp. Aves

Feirense - OliveirenseTrofense - Atlético

Freamunde - Sp. CovilhãSanta Clara - Guimarães BSp. Braga B - Penafiel

30ª Jornada

Segunda Div. CENTROP J V E D GMGS

1 Cinfães 43 21 12 7 2 39 172 Ac. Viseu 40 21 11 7 3 28 153 Sp. Espinho 37 21 10 7 4 26 174 Operário 34 21 9 7 5 34 225 Anadia 33 21 10 3 8 23 216 S. João Ver 32 21 9 5 7 26 247 Pampilhosa 32 21 9 5 7 30 308 Bendica CB 30 21 7 9 5 32 259 Sousense 29 21 7 8 6 23 2110Coimbrões 27 20 6 9 5 27 2811 Nogueirense 27 21 7 6 8 22 2512Tourizense 21 21 5 6 10 19 2413Cesarense 20 21 5 5 11 16 2814Bustelo 18 21 3 9 9 15 2615Lusitânia 15 20 3 6 11 24 3916Tocha 11 21 2 5 14 15 37

Ac. Viseu 1 - 1 Benfica CBAnadia 0 - 1 Nogueirense

Cesarense 1 - 2 LusitâniaCinfães 2 - 0 Tourizense

Coimbrões 1 - 1 Sp. BusteloS. João Ver 2 - 2 PampilhosaSp. Espinho 1 - 2 Operário

Tocha 1 - 4 Sousense

21ª Jornada

Nogueirense - CesarenseBenfica CB - S. João Ver

Cinfães - Sp. EspinhoLusitânia - Operário

Pampilhosa - AnadiaSousense - Ac. ViseuSp. Bustelo - TochaTourizense - Coimbrões

22ª JornadaFutebol

Antevisão da próxima jornadaJogos∑ U. Madeira-Tondela (domingo, 11h15); Sousense-Académico (domingo, 15h00); Cinfães-Sp Espinho (domingo, 15h00)

O Tondela vai defrontar o União da Madeira, 13º classificado e quer acu-mular pontos, depois das duas derrodas sofridas nos últimos encontros.

Frente ao Belenenses, primeiro classificado, os tondelenses sofreram uma pesada derrota por 5-1, na 29º jornada o que veio atrapalhar as contas da equipa de Tondela, que desceu para a sexta posi-ção. Antes do descanso, já o Tondela perdia por três, mas reduziu a des-vantagem com a marca-ção de uma grande pena-lidade em cima do minuto

45, convertida por Fonse-ca. No segundo tempo, a expulsão de Barros (76’) complicou ainda mais a tarefa ao Tondela, que viu o Belenenses marcar mais dois golos nos últimos cin-co minutos do encontro.

A equipa de Vítor Pa-neira mantêm-se com 44 pontos, a seis do Arou-ca, com 50. Domingo, pe-las 11h15, o Tondela vai à Choupana defrontar o União da Madeira.

A 22ª jornada da II Divi-são Centro joga-se domin-go pelas 15h00.

O Académico desloca-se a casa do Sousense. A

equipa academista com 40 pontos, mantem-se em segundo lugar, a três do Cinfães.

No passado fim de se-mana, o Fontelo recebeu um importante jogo que colocou frente a frente o Académico de Viseu e o Benfica e Castelo Branco. A equipa viseense não ar-recadou os ambicionados três pontos e acabou por empatar (1-1).

Os encarnados, mos-traram-se determinados a vencer no Fontelo e aca-baram mesmo por inau-gurar o marcador aos sete minutos. A igualdade sur-

giu aos 10 minutos, com Tiago Gonçalves a rema-tar de cabeça para o fun-do da baliza dos albicas-trenses.

O Cinfães continua a liderar a tabela da II Di-visão Centro e arreca-dou três pontos frente ao Tourizense (2-0). Esta vitória deixa o Cinfães com uma vantagem de três pontos em relação ao Académico.

Domingo, no está-dio Municipal Professor Cerveira Pinto, o Cinfães recebe o terceiro classi-ficado, Sporting de Espi-nho, pelas 15h00.

VISEU 2001PODE SUBIRÀ I DIVISÃO

O Viseu 2001 garan-tiu o primeiro lugar na série C do Campeona-to Naciona de Promo-ção em futebol femini-no, após ter derrotado o Cadima por 2-1.

Garantiu ainda a pos-sibilidade de subir à I Divisão com a presença na Fase Final.

No ano de estreia da equipa feminina do Viseu 2001 na compe-tição, este é um ótimo resultado.

À I Divisão sobem as duas equipas classi-ficadas na Fase Final, um mini-campeona-to a duas mãos, entre as vencedoras de cada uma das quatro séries.

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APRESENTAÇÃODE JOGOS DESPORTIVOS

Decorre hoje, dia 28, a cerimónia pública de apresentação dos VII Jo-gos Desportivos do Con-celho de Lamego. A ini-ciativa vai ter lugar no salão nobre da autarquia, a partir das 18h00.

A oitava edição de-corre entre os meses de março a junho.

A Lance do único golo dos tondeleses, aos 45 minutos.

DR29ª Jornada

Jornal do Centro28 | fevereiro | 2013

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MODALIDADES | DESPORTO

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Futsal

Viseu 2001 regressa às vitórias

Depois de ter desper-diçado dois pontos no último jogo caseiro, o Viseu 2001 deslocava-se a Leiria com a ambição de somar os 3 pontos e tentar recuperar na ta-bela classif icativa. O jogo começou da melhor forma para os viseen ses com Miguel logo aos 30 segundos a aproveitar um erro da defensiva lo-cal, inaugurando assim o marcador. A primeira parte foi muito tática. O Viseu 2001 geriu a posse de bola mas não contra atacava. Com muita pa-ciência conseguiu con-servar a vantagem até ao intervalo.

Na segunda parte o Viseu voltou a entrar muito bem. Cláudio no primeiro minuto arran-cou de forma fulguran-te exe cutando um exce-lente golo e ampliando a vantagem. Sucede que no minuto seguinte os locais reduziram para 1-2. O Viseu 2001 dispôs de algumas oportuni-dades mas não logrou marcar mais golos. Os visitados jogaram 5 mi-nutos com guarda redes avançado e com os vi-seenses tapados com 5 faltas durante o mesmo período. A defensiva vi-seense evitou cometer faltas e ganhou mais 3 pontos com todo o mé-rito, permitindo subir ao 3.º lugar da classifi-cação.

A equipa de arbitra-

gem de Leiria pareceu-nos infeliz neste jogo. De facto, o critério de nomeação de equipas de arbitragem da mesma associação de futebol do clube visitado (neste caso a AD Mata) numa fase em que começa a decidir-se o campeo-nato parece-nos preju-dicial para todos os in-tervenientes a começar para a própria equipa de arbitragem. Por mais sé-rios que sejam tais ele-mentos pareceram-nos discutíveis várias deci-sões: ao Viseu 2001 fo-ram apontadas 4 faltas na primeira parte (pre-cocemente), na segun-da parte foram aponta-das 5 (também precoce-mente). Não oferece dúvidas que pelo me-nos metade delas foram mal assinaladas. A falta-rem cerca de 2 minutos para o fim Cláudio no lado direito faz o passe e isola dois colegas. O Sr. árbitro interrompe o jogo para marcar falta sobre Cláudio quando ficavam dois viseenses para zero jogadores do Mata. O Viseu 2001 foi literalmente encosta do às cordas.

O próximo jogo do Viseu 2001 para o Cam-peonato será no próxi-mo Domingo dia 3 de Março no Pav. do Colé-gio da Via Sacra contra a AJAB - Tabuaço - um derby distrital que se espera emocionante.

Natação

Torneio põe à prova jovens nadadores Objetivo ∑ A prova permitiu aos atletas ganharem experiência em competição

Os jovens nadadores de Lamego estão de pa-rabéns. Conseguiram excelentes prestações durante a primeira jor-nada do Torneio de Na-tação Professor Afonso Saldanha que decorreu no início de fevereiro nas Piscinas Cobertas de Lamego. Esta compe-tição, associada ao cir-cuito municipal de esco-las de natação, tem uma vertente mais lúdica e é

dirigida a alunos mais novos.

A prova realizada na cidade de Lamego reu-niu cerca de 250 jovens e centenas de acompa-nhantes que “levaram uma excelente imagem da organização e uma ótima impressão das condições de realização destes eventos nesta in-fraestrutura desporti-va”. A sessão inaugural do Torneio de Natação

Professor Afonso Sal-danha foi aproveitada pelos jovens nadadores que integram as clas-ses de Aprendizagem e Aperfeiçoamento da Es-cola Municipal de Na-tação de Lamego para “começarem a ter uma primeira experiência na vertente de competição, preparando-se para a progressão natural en-quanto nadadores”.

Em simultâneo, as

mães dos atletas tam-bém f izeram questão de trabalhar em prol do sucesso organizati-vo desta iniciativa, co-locando os seus dotes culinários ao serviço do bar de apoio que es-teve aberto ao público durante a organização deste evento. No final, as receitas obtidas re-verteram a favor da Es-cola Municipal de Na-tação.

A Prova realizada na cidade de Lamego reuniu cerca de 250 jovens

Jornal do Centro28| fevereiro | 2013

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em focoJornal do Centro28 | fevereiro | 201330

Realizou-se em S. João da Pesqueira, coração do Dou-ro vinhateiro, a Festa dos Sa-beres e Sabores do Douro. O primeiro fim de semana - 23 e 24 - contou com almoço re-gional, a atuação da fanfarra dos Bombeiros Voluntários de S. João da Pesqueira, ran-cho folclórico e encontro de bandas. O certame continua no fim de semana de 2 e 3 e 9/10 de março. Estão previs-tos encontros de ranchos e concertinas e grupos de can-tares. O salão de exposições da Feira de Artesanato e gas-tronomia abre às 09h00 e en-cerra às 18h00.

Festa dos Saberes e Sabores do Douro

No dia 24, iniciou-se o Curso Mundial de Dirigen-tes Associativos da Diáspora, que conta com dirigentes associativos oriundos de 13 países da Europa. O evento, foi organizado pela Confraria de Saberes e Sabores da Beira, Grão Vasco, com o alto patrocínio do secretário de Esta-do das Comunidades Portuguesas. A abertura oficial do evento ocorreu no auditório do IPDJ de Viseu e contou com José Ernesto, almoxarife da confraria, José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Fer-nando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu e Natália Mendes, em representação do IPDJ de Viseu, bem como os representantes do Instituto Politécnico de Viseu e da Entidade Regional de Turismo do Centro.

Realizaram-se visitas de trabalho a algumas institui-ções onde houve contataram com diferentes realidades e experiências, conhecimento e informação diversa, que os deixou muito entusiasmados pelas ferramentas e conhe-cimentos que poderão levar e por em prática nas comuni-dades dos diferentes países de onde são oriundos.

Dirigentes Assocativos da Diáspora numa visita de trabalho em Viseu

Abriu ao público, no passado dia 21, a Academia da Poncha. O bar aposta na poncha, bebida tí-pica madeirense, como ex-líbris. Contudo, disponibiliza todas as bebidas de um qualquer tradi-cional bar. Decorado com uten-sílios típicos da ilha, a Academia da Poncha define-se como um espaço rústico e inovador na ci-dade de Viseu. O espaço situa-se na zona histórica, antigo Ga-leria Bar. Segundo Carlos Lucas e Gonçalo Soares, proprietários, o objetivo passa por “cativar to-dos os viseenses com Poncha de qualidade superior”.

Saboresda Madeira invadem Viseu

Tiag

o V

irgíli

o Pe

reira

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culturasD “et al.” apresentado em Viseu

O livro “et al.”, de Fátima Almeida, será apresentado na Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva, em Viseu, no sábado, dia 2, pelas 16h00. A apresentação do livro ficará a cargo de Maria de Jesus Cabral.

expos

roteiro cinemas Estreia da semana

Zarafa – Debaixo de uma árvore baobá, um velho conta uma his-tória às crianças que o rodeiam: a história da amizade eterna entre Maki, um rapazinho de 10 anos, e Zarafa, uma girafa órfã, um pre-sente do Paxá do Egipto ao Rei de França, Carlos X .

Destaque Arcas da memóriaA cor amareladas mimosas

A minha homenagem a Pierre-Auguste Renoir

Nesta natureza tortura-da, a dos homens e de ou-tros seres vivos, por fatais desencontros, vê-se, fora do tempo, o rebentar serô-dio das mimosas e dos pes-segueiros, vê-se a angústia dos poucos lavradores que ainda nos restam temen-do as geadas que poderão matar os frutos ao nascer. Ainda demora a Primavera, quentura de lãs como vés-tia para os caminhos onde a chuva cai gelada e esse es-panto das mimosas abertas e essa memória de um tem-po de infância, as procissões dos rapazes da minha ida-de cortando pernadas delas para os Ramos e aquela fes-ta de cor, de amarelo, de um iridescente amarelo como mancha especiosa de um sol original e agora as mi-mosas rebentando, não sei se elas adivinham esta tris-teza dos homens que corre por aí, não sei se elas vie-ram, tão cedo, desabrochar à beira dos caminhos para os alegrar, para dizer que ainda vale a pena ter espe-rança a quem tão pouco crê. E os pessegueiros. A leveza do tom róseo da sua cor, a impossível leveza daquela cor tal como a recordo das manhãs antigas da vinha de meu pai, manhãs lumi-nosas como aquelas que só Adão deve ter atravessado no tempo, que tempo não pode chamar-se, como nós chamamos, ao tempo em que passeava com Eva de mão dada no Jardim que Javé plantara e lhe oferece-ra e de que nos lembramos quando descobrimos a rés-

tia de mimosas na berma dos caminhos ou uma ces-ta de sumarentos frutos so-bre a mesa do meio dia.

Era meu fito, falando das mimosas, dos revérberos da luz que as embriaga, da intensidade da cor que as conforma, dizer que o meu texto era uma homenagem a Pierre-Auguste Renoir, ao lirismo doce das suas telas, à alegria que ele nos faz sentir quando olhamos as linhas harmoniosas das paisagens que compõe, os enlevados gestos das crianças, a ino-cente sensualidade das ra-parigas que se banham na limpidez dos lagos ou enxu-gam os cabelos ao sol. Ho-menagem, sim, ao pintor que a vida torturou, o corpo ma-cerado que conhecemos das fotografias antigas, mãos e pés desfeitos pela doença, os pincéis presos com tiras de gaze nas mãos tolhidas, os pacientes gestos de Aline, que tivera de ser uma mu-lher enamorada, as dores es-quecidas e as telas que con-tinuavam a encher-se de sol e os lagos onde a luz treme-luzia e as crianças que ves-tia de azul e as raparigas di-vertidas de Montmartre ou de Fontainebleau. E a cesta com sumarentos frutos que o filho lhe trouxe como pre-sente e os últimos gestos, trá-gicos e belos, do pincel mo-lhado que já não pôde pin-tar novo quadro. A minha homenagem a Renoir neste tempo tão sofrido.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

Criar um espetácu -lo em que a dança e as músicas tradicionais se cruzam com a música e a dança contemporâne-as é a proposta da coreó-grafa Filipa Francisco. O desafio foi lançado pelo Teatro Viriato ao Ran-cho Folclórico de Tor-redeita, que comemora 50 anos de atividade. “A Viagem” sobe ao palco do Teatro Viriato, em Viseu, no sábado, dia 2, a partir das 21h30 e domin-go, às 16h00.

“A Viagem” é o nome de um projeto com a co-munidade que está em circulação há um ano.

“Já trabalhámos com ou-tros grupos folclóricos e, ao longo destas últimas duas semanas, estivemos em Viseu, em horário pós-laboral, a trabalhar com o Rancho Folclórico de Torredeita”, explicou a coreógrafa.

A peça de dança “casa” igualmente profissionais e amadores na medida em que, vão subir ao pal-

co 18 músicos e 14 baila-rinos do Rancho e dois bailarinos e um diretor musical profissional. “Durante os ensaios, tem

sido bastante interessante ver a entrega das pessoas e descobrir novos talentos. Esta é uma bela coreogra-fia, com muita força, que pode ser vista por todos os públicos: os amantes do tradicional e do con-temporâneo”, concluiu Filipa Francisco.

Tiago Virgílio Pereira

“A Viagem” cruzao tradicionale o contemporâneoProjeto com a comunidade∑ Teatro Viriato, em Viseu, no sábado,

às 21h30, e domingo, às 16h00

VILA NOVA DE PAIVA

∑ Auditório Municipal Carlos Paredes

Até dia 31 de marçoExposição de escultura

“Coisas da Natureza”, de Adelino Cunha.

Até dia 31 de março

Exposição de desenho “Aldeia Estúpida”, de Luís Belo.

Até dia 31 de março

Exposição de artesana-to “Artesanato Sobral”, de Regina e Acácio Sobral.

Até dia 31 de março

Exposição de pintura “Verso e Reverso 2”, de Irene Decorações.

VISEU∑ FNAC

Até dia 1 de abrilExposição de fotografia “Arrefeceu a Cor Dos Teus Cabelos”, de Lara Jacinto.

SANTA COMBA DÃO

∑ Casa da Cultura

Até dia 28 de fevereiroExposição de lenços

emoldurados, presé-pios, marafonas e cai-xas “Marcas de Portu-gal”, da autoria de Ma-tilde Santos.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 13h10, 15h10, 17h10Zarafa VP(CB) (Digital)

Sessões diárias às 19h10, 21h50, 00h20*Cidade dividida(M12) (Digital)

Sessões diárias às 17h45A vida de Pi(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h35 Guia para um final feliz

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h55, 21h20, 00h15*Aguenta-te aos 40!(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 17h25, 20h50*, 22h00Django Libertado(M16) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 21h30 Argo(M12) (Digital)

Sessões diárias às 19h20, 21h40, 00h00*

Die Hard: Nunca é bom dia para morrer(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 00h10* Lincoln(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO

Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h25* O Impossível(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30,

17h00, 19h30, 22h00, 00h20* Die Hard: Nunca é bom dia para morrer(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h40, 00h30* Força anti-crime(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h10* (*Dom.), 14h00, 16h15, 18h30A bicharada contra ataca VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h40,

16h30, 21h20, 00h10* Criaturas maravilhosas(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h50, 21h10, 23h55* Quarta divisão(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 16h40, 19h20, 21h50, 00h15* O último desafio(CB) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado

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culturas A Casa de Lavoura e Oficina do Linho, Museu Etno-gráfico de Várzea de Calde, em parceria com o Cearte (Centro de Formação Profissional do Artesanato) e a Coope-rativa do Linho de Várzea de Calde promove até dia 18 de março o Curso de Borda-dos Tradicionais Portugueses, com a duração de 50 horas e em horário pós laboral.

D Curso de Bordados Tradicionais Portugueses

“Preocupo-me, logo existo!” no TeatroRibeiroConceição

Ao longo de 01h15 , Diogo Infante vai-se metamorfoseando em oito personagens dis-tintas, que se podem en-contrar atualmente em muitas cidades ociden-tais, apresentadas de forma caleidoscópica num confronto direto com o público, onde ta-bus e o absurdo de uma certa modernidade são expostos. “Preocupo-me, logo existo!”, che-ga no sábado, dia 2, ao Teatro Ribeiro Concei-ção, em Lamego, a par-tir das 21h30.

A universalidade do discurso e dos paradig-mas que representa, torna os textos de Bo-gosian profundamente atuais e pertinentes.

A apatia generaliza-da, a ausência e/ou a contradição dos discur-sos, a ganância, a vio-lência, o sexo, as dro-gas, a religião, a bana-lidade do quotidiano, e a procura de sentidos para a vida, são temas visados pelas suas per-sonagens.

Todas usam o artifí-cio do discurso direto para desabafar as suas frustrações e o público pode facilmente reconhe-cê-las ou identificar-se com elas.

O bilhete tem um cus-to único de 10 euros.

O som e a fúria

Uma história tomada de assalto pelos americanos

Domingo, 24 de feverei-ro foi noite de óscares. Vou arriscar dizer que me fal-tava ver o thriller do Ben Affleck, “Argo”, para ter a certeza que vai ganhar a categoria de melhor filme. Primeiro, porque é o filme que tem açambarcado mais prémios; segundo, porque é um filme de propaganda americana (quer dizer, CIA e Hollywood), um filme do politicamente correto. Mas,

“Argo” é uma fraude. Por três razões: primeira, está cheio de erros históricos, segun-do, quase que demoniza o povo iraniano e, terceiro, a sua natureza propagandís-tica – é uma historiazinha bonitinha que faz com que os membros do público se sintam como se só eles sou-bessem algo – sobre esse bi-cho estranho que é o povo Muçulmano – que a maioria do mundo não sabe. Enfim, é mais uma achega para o nosso vício em finais felizes. Mas, também, para verda-des nuas e cruas, já basta a vida, dirão alguns leitores.

“Argo” é uma historiazi-nha bonitinha de um agente da CIA, Tony Mendez (Ben Affleck), que monta um pla-no fantabulástico para salvar seis diplomatas americanos (escondidos na embaixada do Canadá) que escapa-ram a uma invasão do povo iraniano à embaixada dos EUA, no Irão revolucioná-rio de 1979. A conclusão? A CIA é uma agência de es-pionagem do caraças e, sim, os Canadianos são um povo porreiro. Nada de mais erra-do. O plano foi todo engen-drado pelo Canadá, disse re-centemente o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, no poder em 1979. Enfim, nada surpreendente de um esta-

do que tem uma capacidade incrível de tomar de assalto aquilo que não é seu.

Segundo, “Argo” dá ao es-pectador Ocidental um curso introdutório sobre a nature-za do povo iraniano, como se de uma espécie de conto de fadas se tratasse. Não só do regime, mas do povo em si: um bando de barbudos his-téricos e irracionais. O pon-to é: eles são os vilões. Todos eles, não há um que nos va-lha. No início do filme, em que se pretende apresentar o contexto histórico, há uma intençãozinha de revelar o imperialismo Norte-Ameri-cano mas logo logo é abafada. Nada mais se podia esperar de um Ben Affleck que, diz o mexerico, queria ocupar o lugar, em breve vago, do se-nador John Kerry.

Seria instrutivo saber mais sobre por que os estu-dantes iranianos estavam enraivecidos com os EUA? Poderia ser útil explicar que nem todos os irania-nos eram fundamentalistas islâmicos que apoiaram o Aiatolá Ruhollah Khomei-ni? Ou que a revolução ori-ginalmente incluía liberais democratas, feministas, na-cionalistas, socialistas e de trabalhadores? Mesmo que a intenção do filme não seja o tratamento da revolução, os personagens iranianos poderiam ter sido retrata-dos de forma mais soft, dei-xando espaço para nuan-ces. Mas Argo é o que é: um thriller pipoca que não se quer “perder” nesses deta-lhes. Claro, o melhor filme do ano.

Maria da Graça Canto Moniz

A Biblioteca Munici-pal de Mortágua cele-bra o nono aniversário, hoje, dia 28. A efeméride vai ser assinalada com uma tertúlia de poesia, pelas 21h00, que contará com a presença do poeta Arnaldo Silva e a parti-

cipação especial de José Machado Lopes, como convidado.

O público vai poder assistir à leitura de poe-mas, alguns deles musi-cados, que fazem parte da vasta obra poética do autor, e a uma conversa

animada em torno das palavras.

Arnaldo Silva nasceu em 1949, em Cedofei-ta, na cidade do Porto, onde completou o cur-so complementar dos li-ceus, tendo frequentado as Faculdades de Direi-

to, em Coimbra, e a de Filosofia, no Porto. Foi cronista / colaborador do Jornal de Notícias, durante sete anos, de-senvolvendo contatos com romancistas, poe-tas, pintores, músicos e escultores. TVP

Biblioteca de Mortágua celebra 9º aniversárioA FNAC Viseu homena-

geia Hergé, o autor de ban-da desenhada que faleceu há 30 anos, e apresenta uma das mais emblemáticas aventuras de Tintim, o re-pórter intrépido criado pelo belga, imortalizado no sé-culo XX como um ícone de

coragem e determinação. Da banda desenhada à im-prensa, da rádio à televisão e ao teatro e agora no cine-ma. O filme As Aventuras de Tintin - O Segredo do Li-corne, realizado por Steven Spielberg, “roda” amanhã, dia 1, pelas 18h00.

As Aventuras de Tintin -O Segredo do Licorne na FNAC

Destaque

José Manuel Sobral é um viseense nasci-do em 1952. É licencia-do em História pela Fa-culdade de Letras da Universidade de Lisboa. Trabalhou na pesquisa de terreno do projecto

“Vocabulário do Portu-guês Fundamental” e foi membro da equipa de investigação do “Atlas Linguístico da Europa” e do “Atlas Linguístico e Etnográfico de Portu-gal e da Galiza” no an-tigo Centro de Estudos Filológicos, depois Cen-tro de Linguística das Universidades de Lis-

boa. Exerceu o cargo de Assistente de História na Faculdade de Letras da Universidade de Lis-boa entre 1977-1984. Em 1984 entrou para o Ins-tituto de Ciências So-ciais da Universidade de Lisboa, onde é hoje Investigador Auxiliar. Doutorou-se em Antro-pologia pelo ISCTE em 1993.

Dedica-se ao estudo das estruturas sociais, e, no campo dos estu-dos rurais, tem analisa-do os processos envolvi-dos nas políticas do pa-trimónio.

Posteriormente de-bruçou-se sobre o na-cionalismo, que come-çou por estudar nas suas diversas teorias.

O seu último livro “Portugal, Portugueses – Uma Identidade Nacio-nal”, edição da Funda-ção Francisco Manuel dos Santos, investiga o

“estudo da formação e re-produção da identidade nacional portuguesa” e vai ser brevemente apre-sentado em Viseu, no dia 22 de março às 21h30 no Hotel Montebelo.

Paulo Neto

Portugal, Portugueses Uma Identidade NacionalJosé Manuel Sobral ∑ Um académico viseense

Teatro

Variedades

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saúde e bem-estarUtentes doCentro notificados

Os utentes que estão há mais de três anos sem frequentar o cen-tro de saúde a que per-tencem já estão a ser notificados por carta para informar se pre-tendem manter a sua inscrição ativa.

O aviso foi hoje fei-to pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), que esclarece que este con-tacto insere-se no pro-cesso de reorganização e atualização das listas de utentes dos médicos de medicina geral e fa-miliar.

A partir do momen-to em que recebe a car-ta, o utente, se o dese-jar, deve comunicar a sua vontade de perma-

necer inscrito no cen-tro de saúde, podendo fazê-lo presencialmen-te, por telefone ou por outro meio, diz ainda a ARSC.

“Apenas os utentes que não efetuem qual-quer contacto ao fim de 90 dias após o en-vio da carta deixarão de ter médico de famí-lia, passando o seu lu-gar a ser ocupado no ficheiro do clínico por novo utente”, adianta a ARSC. EA

O Centro Hospitalar Tondela/Viseu recebeu as II jornadas de Médicos Internos de Viseu. A iniciativa foi promovida pela comissão dos internos e pela direção do internato médico. Neste altura, há 170 médicos internos a tirar formação. Ermida Rebelo (na foto), presidente do concelho de ad-ministração referiu que “esta é uma oportunidade para os médicos, que não estão nos quadros, mostrarem o trabalho de internato”. TVP

foto legendaDECO DEFENDE CARNE PICADA SÓ À VISTADO CONSUMIDOR

A DECO desaconselhou o consumo de carne picada vendida a granel por consi-derar que esta pode causar problemas de saúde pública e reivindicou maior fiscali-zação por parte da ASAE e nova legislação para os ta-lhos.

A associação de defesa do consumidor fez um es-tudo com base em amos-tras de carne picada vendi-da a granel em 34 talhos das zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto e referiu “resultados alarmantes” na área da saúde pública e da higiene e conservação.

Outro dos problemas de-tetados tem a ver com a hi-giene e conservação do pro-duto estudado.

A DECO defende que seja retomada a prática da déca-da de 90 em que a carne só podia ser picada à vista e a pedido do consumidor.

Tiag

o V

irgíli

o Pe

reira

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Page 35: Jornal do Centro - Ed572

SAÚDE

Após ter sido confirma-do que os problemas de sono estão diretamente re-lacionados com a depres-são e ansiedade, um novo estudo publicado pela As-sociação Americana de Cardiologia e, divulgado pelo Centro de Terapias Chinesas em Portugal, re-vela que os episódios de insónia recorrentes au-mentam consideravel-mente o risco de ataques

cardíacos em pessoas sau-dáveis.

A investigação, que de-correu durante 11 anos e

envolveu 52.610 candida-tos adultos, confirmou que as pessoas com difi-culdade em adormecer na

maioria das noites apre-sentavam um risco 45% maior de sofrer ataques cardíacos. Os voluntários que relataram dificulda-des em dormir uma noite inteira apresentaram um risco aumentado de 30% e os que acordavam com um sentimento de cansaço mais do que uma vez por semana foram associados a um risco 27% mais ele-vado de ataque cardíaco.

Insónias aumentamrisco de ataques cardíacos

PERCURSOS PEDESTRES EM VOUZELA

A Câmara de Vouzela promove este ano nove per-cursos pedestres. O objeti-vo da autarquia é incentivar para a prática de exercício físico e, ao mesmo tempo, divulgar o património na-tural, arquitetónico e arque-ológico do concelho. O pri-meiro percurso realiza-se a 30 de março, no “Caminho de S. Miguel do Mato”.

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SAÚDE & BEM-ESTAR

Dentes Manchados e Amarelados – O que fazer?

Opinião

O problemaAs manchas superfi-

ciais devem-se ao chá, café, tabaco e desapare-cem com uma boa higie-ne oral. As intrínsecas surgem durante a forma-ção dos dentes, por defi-ciências vitamínicas ou metabólicas ou devido a alguns medicamentos. A cor natural dos den-

tes, quando amarelada, também afecta a estéti-ca do sorriso.

SoluçõesMicroabrasão - Méto-

do que consiste no jac-teamento de pequenos cristais sobre a super-fície dentária, possibi-litando a remoção de pequenas manchas in-

trínsecas fazendo um polimento da zona da mancha. Não é um tra-tamento muito duradou-ro.

Branqueamento Den-tário - Método que per-mite a alteração da cor natural dos dentes sem os danif icar. Pode ser rea l izado no consul-tório, em que um gel

branqueador é aplica-do nos dentes e activa-do por uma luz de uma lâmpada própria. É feito em apenas uma hora e dá óptimos resultados. Também pode ser reali-zado em casa, através da aplicação diária de uma goteira com gel, duran-te uma hora e meia por dia ou à noite enquanto

dorme, ao longo de uma a duas semanas.

Os dentes ficarão sem-pre naturalmente mais brancos, desde que a pessoa não fume, nem abuse de alimentos que pigmentem os dentes, como por exemplo o vi-nho tinto, molhos e café. Este tratamento pode implicar a substituição

de eventuais tratamen-tos dentários por outros que possuam a nova cor dos dentes.

A utilização de pas-tas de branqueamento dentário só por si só não tem eficácia, e o seu uso regular danifica a estru-tura dentária pelo fac-to de conter elementos abrasivos.

Pedro Carvalho GomesCMDV Supreme Smile

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Page 37: Jornal do Centro - Ed572

CLASSIFICADOS

INSTITUCIONAIS

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96

5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SULRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE VISEURua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

EMPREGO

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020

Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907

Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222

Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029

Condutor de máquina de escavação. Lamego - Ref. 587858819

Técnico de vendasRef. 587930405 – São Pedro do SulPara venda de espaços publi-citários Com viatura Própria

Técnico de comunicaçõesRef. 587968105 – Castro Daire. Com carta de condução (preferencialmente, pesados - com CAM); disponibilidade para deslocações no estran-

geiro (europa) e permanência de 6 meses; experiência ante-rior relevante em empresas prestadores de serviço para operadores de telecomunica-ções fixas.

Serralheiro mecânicoRef. 5879964825 – Oliveira de FradesCom experiência

Cortador de carnes verdes Ref. 587877191 – Tondela Com experiencia

Eletromecânico de eletrodo-mésticosRef. 587889139 – Tondela. Com experiencia em repa-ração de eletrodomésticos

CanalizadorRef. 587948990 – TondelaCom experiencia.

Trabalhador indiferenciado Ref. 587963305 – TondelaCom ou sem experiencia.Para trabalho sem serração de madeiras

CabeleireiroRef. 587968585 – TondelaCom experiencia.

Prensador de casacosRef. 587839124 – Carregal do Sal

Com experiencia a chefiar a secção

EstucadorRef. 587883929 – MortáguaCom experiencia em gesso projetado.

Técnico de vendasRef. 587886729 – Santa Comba Dão. Com ou sem experiencia, para venda porta-a-porta.

Motorista de pesados -mer-cadoriasRef. 587963267 – Santa Comba DãoCom experiencia de pesado com grua.

Empregado de balcãoRef. 587973746 – MortáguaBoa capacidade de relacio-namento com o público

Operador Serragem PedraRef. 587912774 - Tempo Completo - Viseu

Condutor Máquina EscavaçãoRef. 587968171 Tempo Completo - Mangualde

EstucadorRef. 587941905 – Tempo Completo - Viseu

Engenheiro Sistemas InformáticaRef. 587958045 - Tempo Completo – Mangualde

Cortador Carnes VerdesRef. 587947785 - Tempo Completo - Mangualde

Técnico Manutenção InformáticaRef. 587968444 - Tempo Completo – Mangualde

Empregado de MesaRef. 587966845- Tempo Completo - Viseu

PedreiroRef. 587971609- Tempo Completo – Mangualde

“Lacha” Cadela “Lacha” Cadela para doaçãopara doação

Idade: 14 mesesCor: CastanhoArraçada de

Podengo

Vacinas em diaVacinas em dia

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Américo Alves Agente de Execução Cédula 3394

EXECUÇÃO PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA Processo Nº. 320/06.0TBMBR Execução Para Pagamento de Quantia Certa N/Referencia: P.I. n.º 160/06 Data: 25/02/2013 Exequente: Manuel Salgado & Irmão, Lda. e Outros Executado: António Manuel Costa Sobral

ANÚNCIO Nos autos acima identificados foi designado o dia 20 de Março de 2013 pelas 14H00, no Tribunal Judicial de Moimenta da Beira, para a abertura de propostas que sejam entregues até ao momento na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra dos seguintes bens imóveis:

Verba 1: Prédio rústico sito no Lugar de Quintal dos Poços, freguesia de Souto, Penedono, constituído por cultura, fruteiras e amendoeira, com 340m2, onde se encontra implantada uma construção urbana, mas que ainda não está licenciada. Confronta de Norte e Nascente com João do Carmo Costa; Sul e Poente com caminho. Inscrito na matriz sob o artigo 64º e descrito na Conservatória do Registo Predial de Penedono sob o n.º 1112. Valor base: € 105.000,00 (sendo o valor a anunciar de € 73.500,00).

Verba 2: Prédio urbano sito no Lugar do Chão do Senhor, freguesia de Castainço, Penedono, constituído por uma casa de 2 pavimentos e terreno, com 163m2 cobertos e 877m2 descobertos. Confronta de Norte com bens do Casal, Sul com António Domingos Moreira, Nascente com Rua e Poente com bens da Fábrica da Igreja. Inscrito na matriz sob o artigo 351º e descrito sob o n.º 274.) Valor base: € 67.750,00€ (sendo o valor a anunciar de € 47.425,00).

Em relação às propostas, não serão aceites todas as que forem de valor inferior a 70% do valor base do bem em causa. Penhorados a António Manuel Costa Sobral, residente na Rua das Poças, Lugar do Souto, 3630-401 Penedono. É fiel depositário António Manuel Costa Sobral, que os deverá mostrar a pedido. As propostas enviadas pelo correio deverão conter, sob cominação de não serem consideradas, fotocópia do bilhete de identidade e número de contribuinte do proponente e/ou seu legal representante, bem como telefone de contacto. Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do solicitador de execução no montante correspondente a 20 % do valor base dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor. Sendo a proponente pessoa colectiva, deverá a referida proposta ser acompanhada por documento onde se possa aferir, sem margem para dúvidas, que quem a representa tem poderes para o acto. Houve reclamação de créditos por parte da Caixa Geral de Depósitos, SA., e Instituto de Solidariedade e Segurança Social, IP e Gomesindo Pires.

Está pendente oposição à execução Sim Está pendente oposição à penhora Não

O Agente de Execução,

(Américo Alves) (Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)

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CLASSIFICADOS

NECROLOGIALaurinda de Almeida, 91 anos, casada. Natural de Courinha, Mões, Castro Daire e residente em Ribolhinhos, Mamouros, Cas-tro Daire. O funeral realizou-se no dia 23 de fevereiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Mamouros.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Eduardo Duarte Monteiro, 88 anos, casado. Natural e residente em Codeçais, Ermida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 16 de fevereiro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Codeçais.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

Antónia do Carmo Nunes, 91 anos, viúva. Natural de Beijós, Car-regal do Sal e residente em Gandufe, Mangualde. O funeral reali-zou-se no dia 22 de fevereiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Espinho, Mangualde.

Maria da Glória Coelho, 91 anos, viúva. Natural de Fragosela, Viseu e residente em Ançada, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 22 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Maria Teresa Jesus Loureiro, 59 anos. Natural de Tibaldinho, Al-cafache e residente em Canedo do Mato, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 26 de fevereiro, pelas 15.30 horas, para o ce-mitério de Mangualde.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

José Anacleto Santos, 80 anos, casado. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 24 de fevereiro, pelas 16.30 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária PaisMangualde Tel. 232 617 097

Lourenço Francisco Carreiro, 86 anos, casado. Natural de Vila-rinho, Valadares e residente em Covêlo, Valadares, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 25 de fevereiro, pelas 15.00 ho-ras, para o cemitério de Covêlo.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

João Teixeira dos Santos, 70 anos, casado. Natural e residente em Vila Chã da Beira, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 24 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Vila Chã da Beira.

Agência Funerária Maria O. Borges DuarteTarouca Tel. 254 679 721

Manuel Castro Ribeiro, 77 anos, casado. Natural de Salzedas, Tarouca e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de fevereiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Maria Pires, 99 anos, viúva. Natural de Lamegal, Pinhel e resi-dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de fevereiro, pe-las 16.00 horas, para o cemitério de Lamegal.

José Rodrigues Pinto, 68 anos, casado. Natural de São João de Lourosa e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Abra-veses.

António Marques, 85 anos, casado. Natural e residente em Bodio-sa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Leopoldina Gonçalves de Matos, 89 anos, viúva. Natural e residen-te em Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 26 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Maria Rosa Santos Nogueira, 87 anos, viúva. Natural e residente em Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Abraveses.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

INSTITUCIONAIS

(Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 572 de 28.02.2013)

1ª Publicação

Jornal do Centro28 | fevereiro | 201338

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HÁ UM ANO

EDIÇÃO 520 | 2 DE MARÇO DE 2012

∑ Crise: Bombeiros de Viseu no “fio da navalha”

∑ “Sempre fui uma voz ativa ao nível da cidadania”

(Elza Pais)

∑ Maioria chumba proposta do PS para criar orçamento

participativo (Assembleia Municipal de Viseu)

∑ Vices do CCDRC escolhidos em Viseu

∑ Cadeia de Viseu vai passar para o Campo

∑ Eulália Teixeira vai a julgamento

∑ “O McDonald’s é um elemento dinamizador da

economia local” (Rui Moiteiro)

∑ Visabeira lança um novo projeto em Moçambique

∑ Guilherme Almeida e José Moreira disputam

concelhia do PSD

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> DESPORTO> EM FOCO> CULTURA> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> EMPREGO> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário

2 a 8 de marçode 2012

Ano 10

N.º 520

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

“Há 12 comissões

na Assembleia da

República e apenas uma é presidida

por uma mulher”

Pub

licid

ade

Novo acordo ortográfico

∑ Elza Pais, deputada do PS pelo distrito de Viseu,

em entrevista ao Jornal do Centro no âmbito do Dia

Internacional da Mulher | páginas 8 e 9

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Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

FOTO DA SEMANA

A mendicidade chega-nos de longe e encontra-se todos os dias às portas de mini-mercados, cafés, paste-larias, talhos e mesmo no seu interior. São sempre os mesmos rostos, numa estranha identidade com pe-dintes “organizados” oriundos de certos países da Europa do Leste.

Jornal do Centro28| fevereiro | 2013 39

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As comissões de utentes das antigas SCUT (vias sem custos para o utili-zador), convocaram para amanhã, dia 1 de mar-ço um protesto nacional pelo fim das portagens que, alegam, empobrecer as pessoas, as empresas e o Estado.

Francisco Almeida, em representação das comis-sões de utentes das A23/A24/A25 (as duas últi-mas, vias que atravessam o distrito de Viseu) adian-ta que “o protesto assumi-rá as formas que cada co-missão de utentes enten-der: pode acontecer que não seja igual em todo o

lado, mas será sempre fei-to na rua e em espaços pú-blicos”.

Ao todo estão agendadas 10 ações de protesto no centro e norte do país. Em Viseu haverá um Buzinão e marcha lenta no centro da cidade, com início às 18h00, na Avenida da Eu-ropa.

“O objetivo é pôr fim às portagens, ponto, pa-ragrafo, travessão”, lem-bra Francisco Almeida ao adiantar os três argumen-tos para tal reivindicação: a falta de alternativas às ex-SCUT, o facto de o Pro-duto Interno Bruto (PIB) estar abaixo da média na-

cional e a realidade des-tas regiões “deprimidas e altamente desfavoreci-das” com fraco poder de compra.

O porta-voz acrescen-ta que as portagens estão a asfixiar as empresas, a “empurrar muitos traba-lhadores para o desempre-go e a desgraçar os rendi-mentos familiares”.

“Sou abordado com fre-quência pelas empresas, na rua e no café por pesso-as que me procuram a pe-dir para continuar esta luta até que se acabem com as portagens”, termina.

Emília Amaral

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JORNAL DO CENTRO28 | FEVEREIRO | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 28 de fevereiro, aguaceiros. Temperatura máxima de 8ºC e mínima de 1ºC.Amanhã, 1 de março, éu pouco nublado. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 0ºC.Sábado, 2 de março, céu muito nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 2ºC. Domingo, 3 de março, céu muito nublado. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 3ºC.Segunda, 4 de março, chuva. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 5ºC.

tempo

Quinta, 28Viseu∑ Reunião ordinária da Assembleia Municipal de Viseu, às 14h00, no Solar dos Peixotos.

Sexta, 1 de marçoCastro Daire∑ Início das comemorações dos 135 anos dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire.

Sábado, 2 de marçoViseu∑ “Venha Casar Connosco” é o tema do evento que decorre durante dois dias na Pousada de Viseu, dedicado aos serviços de casamento, em parceria com empresas selecionadas do distrito.

Viseu∑ 3ª edição do “CAFÉ COM...” da Juventude Socialista de Viseu, às 21h30, no Hotel Príncipe Perfeito, com José Junqueiro, Miguel Ginestal e Joaquim Alexandre Rodrigues.

Viseu∑ A Câmara de Viseu apresenta o livro “et al.”, da autoria de Fátima Almeida, com chancela das Edições Esgotadas, às 16h00, na Biblioteca Municipal.

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Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Costuma-se dizer que “uma imagem vale mais que mil palavras” mas, se “Guernica” de Pablo Picasso deu origem a uma enorme biblioteca, já os milhões de fotografias de comida publicadas diariamente no Instagram, em vez de mil palavras, suscitam só uma: “braagghhhh!” “Uma imagem vale mais que mil palavras” será

uma síntese que não acredita no espírito de sínte-se? Uma comparação de poder? Não parece. Tanto há imagens poderosas como não. O mesmo com as palavras.

Imagens ou palavras são ideias que se consu-mam dentro da cabeça. “Ver” uma imagem é ter um pensamento sobre ela, e esse pensamento não existe sem palavras, o processamento de ideias dentro do nosso cérebro não se faz com bits, faz-se com palavras. Daí decorre que, quem tiver mais vocabulário, tem necessariamente mais ideias.

É por isso que o eduquês, ao fugir dos autores clássicos, ao procurar nas aulas uma linguagem similar à dos alunos, retira-lhes vocabulário, es-treita-lhes o seu mundo interior, diminui-lhes a possibilidade de gerarem ideias.

Um parêntesis para dizer do meu desaponta-mento com a incapacidade do actual ministro em combater o eduquês. Nuno Crato, ao contrário do que sempre escreveu e teorizou, chegado ao go-verno, em vez de focar as escolas no “produto” (os conteúdos que os alunos têm que aprender), fá-las gastar cada vez mais energias no “processo” (bu-rocracia, centralismo, nevoeiro regulamentar).

Mas regresse-se à dialética imagem-palavra: um dos cartazes do filme galego “Crebinsky” (com re-cente estreia nacional na Acert e no Cine Clube de Viseu) mostra uma “vaca com periscópio” ou, dito de outra forma, um “submarino com tetas”.

“Submarino com tetas”, três palavras somente, mas — como “as palavras são como as cerejas” - podem chegar às mil palavras, às mil ideias, às mil milhões, aos submarinos, ao mais célebre militan-te do CDS: Jacinto Leite Capelo Rego.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Imagens e palavras

Protesto∑ Ação nacional dia 1 de março

agenda∑

A Viseu: Buzinão e marcha lenta no centro da cidade, às 18h00

Luta contra as portagens de novo na rua

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