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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 12 pág. 15 pág. 20 pág. 22 pág. 26 pág. 28 pág. 29 pág. 31 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ESPECIAL > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 20 a 26 de julho de 2012 Ano 11 N.º 540 1,00 Euro Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno André Ferreira Publicidade Novo acordo ortográfico Almeida Henriques, secretário de Estado Almeida Henriques, secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, em entrevista ao Jornal do Centro Regional, em entrevista ao Jornal do Centro “Nunca me furtei a desafios e acima de tudo ponho o meu país e ponho o meu distrito e o meu concelho.” Publicidade | págs. 8 a 10 Publicidade

Jornal do Centro - Ed540

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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> ESPECIAL

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário20 a 26 de julho de 2012

Ano 11N.º 540

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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Novo acordo ortográfico

∑ Almeida Henriques, secretário de Estado Almeida Henriques, secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, em entrevista ao Jornal do Centro Regional, em entrevista ao Jornal do Centro

“Nunca me furtei a desafios e acima de tudo ponho o meu país e ponho o meu distrito e o meu concelho.”

Pub

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praçapública

palavrasdeles

rA cultura não é uma ilha no país”

José Rui MartinsDiretor artístico da ACERT

(Entrevista ao Jornal do Centro)

rPenso que os cida-dãos devem começar a temer pela sua segu-rança [nos cuidados de saúde]”

Nuno Terra LopesVogal da Secção Regional do Centro da Ordem dos

Enfermeiros(Entrevista ao Jornal do Centro)

rSó faremos coligação quando ela for para o bem do con-celho e para bem dos dois partidos”

Hélder AmaralPresidente da Comissão Política Distrital de Viseu do CDS-PP,

eleito no passado sábado(Agência Lusa, 14 de Julho)

rQuer queiramos quer não o Politécnico é a nossa âncora”

Almeida HenriquesSE Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional,

em entrevista ao Jornal do Centro

Forca, que toponímia?Forca é uma aldeia anexa da fre-

guesia do Carregal em Sernance-lhe, espraia-se como um oásis pela vertente norte da Serra da Lapa e é rica em pastos e outras culturas, sendo que a sua população se dedi-ca na sua grande maioria à agricul-tura. Mas o seu nome nunca gerou paixões, e agora as placas exibem o nome de Aldeia de Santo Este-vão seu padroeiro por iniciativa dos seus habitantes, mas nas ins-tituições de direito Forca continua a ser a correta designação. Mas de onde vem tão original nome? Aba-de Vasco Moreira em “Cernance-lhe e seu Alfoz”, assegura que as-sim é da existência do instrumento onde os condenados por graves de-litos conheciam o triste desfecho da morte por enforcamento. Dr. Abílio Louro de Carvalho em “Da varan-da do Távora” já adianta história mais fantástica, teria aqui sido re-cuperado nos montes circundantes, Manuel Pires o último condenado à forca em Portugal que aqui se en-

contrava acoitado, julgado e con-denado no Tribunal de Caria que hoje é a Vila da Rua e onde ainda se encontra o Pelourinho e a Casa da Câmara e da Cadeia, efectuou penitência na Igreja do Convento em Moimenta da Beira sendo de-pois executado na Rua. Na história escrita por António Torrado e leva-da à tela em ”O último condenado à morte” de 2009 com Ivo Canelas no principal papel, dá como certa a pertença deste epíteto a Francis-co Mattos Lobo, enforcado em 16 de Abril de 1842 no Cais do Tojo a Santos-o-Velho, o que se verá já a seguir que é de todo falacioso. Em Bragança conta-se a história de

amor com fim trágico de José Jor-ge, incriminado na morte da amada por pretendente ciumento, e exe-cutado também ele pela forca em 1843. O Padre José Adão dos Santos Álvares descreveu em 1844 na Re-vista Universal Lisbonense o ante-penúltimo enforcamento em Por-tugal de José Fernandes Begueiro e a Câmara Municipal de Montale-gre editou em 1983 pela mão de José Jorge Álvares Pereira o 3° Caderno Cultural, com o título “Último en-forcado em Montalegre” transcre-vendo o relato e todos os pormeno-res possíveis do acima referido. No 1º Volume do Dicionário dos mais Ilustres Trasmontanos e Alto Du-rienses coordenado por Barroso da Fonte assegura-se que depois desse enforcamento só houve mais dois em Portugal, Manuel Pires de Cernancelhe em 8 de Maio de 1845 e José Maria conhecido pelo “Cal-ças” em Chaves em 19 de Setembro de 1845. A pena de morte por cri-mes políticos seria abolida em 1852

e por crimes civis em 1867, o que nos tornou dos primeiros países do mundo a fazê-lo e devo dizê-lo, julgo ser grande motivo de orgu-lho! Mas voltando a Forca, do que me aprouve apurar, afirmo agora que Manuel Pires não terá sido o último mas o penúltimo enforcado, quanto à existência de uma forca na aldeia nada o parece corroborar além da afirmação do Abade Vasco Moreira em 1929, de qualquer das formas, e uma vez que o nome For-ca não pode implicar outros signi-ficados nem comtempla nenhum sinónimo, me parece que a sua to-ponímia residirá numa destas duas situações, que apesar de repudiado pelos seus habitantes me parece digno e de grande conteúdo históri-co, considero-o até extremamente identitário e original, podendo ser aproveitado em benefício próprio como curiosidade para visitantes. Aldeia de Santo Estevão não me pa-rece tão curioso nem tão original, mas é só a minha opinião.

A minha caixa de correio elec-trónico lotou com a quantidade de mensagens que recebi comentando o meu último artigo de opinião, pu-blicado nesta coluna.

Uns elogiam-no. Outros arrasam-no (me). Durmo bem para ambos os lados. Mas, obrigadinha.

Tenho direito a ser jovem, ter opi-nião e poder expressá-la.

Não ando a reboque nem a soldo de partidos e penso pela minha ca-beça. E se calhar, pensar pela nossa cabeça, para alguns é um embaraço-so incómodo.

Creio que todos nós, os que nas-cemos no pós 25 de Abril, desconhe-cemos realidades terríveis – como a privação da liberdade de expres-

são – e nos tornámos uma fran-ja da população mais irreverente mas, ao mesmo tempo e de modo desconcertante, mais acomodada. Ou seja, dada áquilo que é cómodo. Porém, os tempos que vivemos, com ondas de choque geradas pelos vam-piros do neo-liberalismo global, são portadores de imensa novidade, que nem sempre é boa, de imenso repú-dio, que é salutar e de muita mudan-ça, que se exige necessária.

As políticas hoje em vigor estão podres. Cambaleiam ao peso das suas quatro décadas dos mais obtu-sos abusos. Os políticos, em geral, não honram a confiança do voto. Frequentemente se perdem na cupi-dez ou no parolismo. Por vezes nas

duas, em simultâneo. Viver na auro-ra do século XXI ao cheiro bafiento do século XIX e ao som plangente do fadinho da mariquinhas, não é destino desejado. Nem arejado.

Hoje, é imperioso não ir por aí e “correr à pedrada” a corja de trau-liteiros que, no seu casulo artificial, deixou de perceber o tempo e está manietado ao modo herdado dos avoengos visigodos e espartilhado na arrogância de Viriato e nos sa-lamaleques da subserviência e da conveniência mais venal.

E nós (oh… quanto isto é inexpli-cável!) mesmo despojados de ilu-sões, das derradeiras vestes e dos últimos sonhos, continuamos a tro-tar, balindo harmoniosamente, para

o açougueiro, que nos rapa o pelo, nos bebe o sangue, nos come a car-ne e rói os ossos.

Temos o que merecemos? Res-pondam-me os da geração de 80, se conseguirem, de preferência com actos de cidadania interventiva e menos “caroço”!

Stop. Eu quero mudar!Opinião

Sofia [email protected]

Opinião

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

O que representam os teus avós?Importa-se de

responder?

Os meus avós são uma companhia muito boa e eu gosto de estar com eles. Os meus avós têm 18 netos e distribuem amor por todos, eu como sou o que moro mais perto, visito-os mais vezes.

Tenho uma relação muito próxima com os meus avós, so-bretudo com o meu avô, porque joga futebol comigo. É nor-mal os meus avós irem de férias comigo, isso mostra a gran-de união familiar.

Ao fim-de-semana visito os meus avós. Apesar de morarem longe, vou sempre ter com eles. A minha avó teve muitos fi-lhos e todos vão visitá-la

Tenho uma boa relação com os meus avós. O meu avô tem um café e nós, os cinco netos, gostamos de ajudar. Nas férias, vamos todos juntos.

Bernardo Calheiros9 anos

Miguel Marques13 anos

Carolina Albuquerque10 anos

Ana Manuel10 anos

estrelas

José Alberto FerreiraPresidente da AFV

Na porfiada iniciativa de dar con-tinuidade ao Tom de Festa, José Rui Martins, o rosto da ACERT, con-cretiza o 22º Festival de Música do Mundo, apesar das graves limita-ções orçamentais.

Hélder AmaralPresidente da Comissão Política

Distrital de Viseu do CDS-PP

números

480Desde o ano de 2000, o dis-

trito de Viseu perdeu 480 ser-viços públicos.

José Rui MartinsDirector Artístico da ACERT

O autarca Hélder Amaral regres-sou à liderança da Comissão Polí-tica Distrital de Viseu do CDS/PP, eleito no sábado em lista única, com um projeto ambicioso para as próxi-mas autárquicas.

Desde 2002 a liderar os destinos do futebol distrital, foi reconduzido até 2015, mantendo uma posição de defesa dos clubes locais e de rein-vindicação perante a tutela.

Brotado há trinta anos, o Cine-ma na Cidade volta agora a acla-rar e inspirar quatro poucas mas benditas noites de Verão viseenses, numa já tradição do regresso, data-do de 2009.

Com ele, reaparecem os Jardins Efémeros, erigidos, não plantados, porque são efémeros, não criam raízes, são aparição, quiçá mira-gem. Este projecto, cuja materiali-zação periódica se quer mais pere-ne do que o conceito que lhe subjaz, completa um ano, agora, na sua se-gunda edição.

A efemeridade acende na minha lembrança, e reacende indefinida-

mente, Floriram por En-gano as Rosas Bravas, e Camilo Pessanha do prin-cípio ao fim, e a sua Clep-sydra, incorruptível, ine-xorável, pavorosa, letal.

Estes Jardins tinham que ser Efémeros para nos arrebatarem, tinham que acabar antes de poder-mos fixá-los - “Imagens que passais pela retina/Dos meus olhos, porque não vos fixais?”… – para os guardarmos como ténue poeira cara aos sentidos, “Estranha som-bra em movimentos vãos”, como

recordação enublada de um sonho, como talvez realidade…

E, embora saibamos que tem

mão humana, que é, aliás, só mãos e braços e troncos nus e corpos inteiros humanos, é qua-se inevitável pensar que foi, em Viseu, por engano que floriu a Praça D. Duarte, ou que são as oliveiras, as hortenses, os ar-bustos a insurgirem-se contra uma quietude qualquer, a cha-marem o sol às suas cores; que, há, afinal realmente, uma Rebe-lião das Tílias.

Da varanda da Casa do Tem-po, parece a Sé uma ilha remota

- “Quem as esparze – quanta flor! – do céu,/Sobre nós dois, sobre os nossos cabelos?”

Pionés/Punaise Do que é efémero

Margarida Assis Estudante

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

“Há estrelas mortas que ain-da vivem porque a sua luz f icou aprisionada no tempo.”

Cosmópolis, Don DeLillo

Há, no agir, uma relação com

imenso mimetismo. Se de muitas imitações mais

não vem do que um cómico psi-tacismo, de outras rompe a mais inaudita violência e, enfim, há

imitações que, se não na totali-dade, pelo menos na essência, se tornam em actos louváveis.

Viseu agita-se numa onda vi-gorosa de manifestações de ín-dole mais ou menos cultural. Se bem que a noção de cultura pos-sa ser mais abrangente que a Via Láctea…

Giríssimo é ler no ar as ondas de ufania. É entender que a cul-tura – o que quer que tal seja – se

tornou um paradigma estimado, acarinhado, estimulado.

E entender que os políticos o entenderam, com o seu olho fi-nório para captar franjas eleito-rais emergentes e muito alhe-adas/desi ludidas – por lega l desconfiança – das suas costu-meiras (ou costaneiras?) atitu-des.

E então quando a cultura vi-vif ica, gera animação, traz ri-

Editorial Os homens e as coisas

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Gil Peres, C.P. n.º 7571 [email protected]

Tiago Virgílio Pereira, T.P. n.º 1574

[email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoRua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP 3500-680 Repeses, ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

António [email protected]

Fernando [email protected]

O humor é, sem margem para dúvidas, e cada vez mais na de-primida “pólis” onde escolhe-mos viver, uma das chaves para a compreensão da cultura local. O humor é uma das formas mais nobres de criação artística e basta ler Oscar Wilde ou Evelyn Waugh para o confirmarmos. Um gran-de humorista, para o ser, terá de possuir um relacionamento fran-co com a vida pois o humor deriva da nossa consciência pessoal, do saber rir das nossas imperfeições, sendo indissociável das nossas tra-gédias e dramas, tanto colectivos como pessoais. Em cada época da história social e humana o pensa-mento cria e derruba paradigmas

e o humor soube evoluir de acordo com espirito de cada época. Contu-do, e apesar de o humor ser larga-mente teorizado e discutido, ain-da há quem não o entenda como forma de arte ou de pensamento e pior ainda, quem falhe na sua com-preensão. Existem subtilezas en-tre apenas ser cómico, ser irónico ou satírico! Para Sócrates a ironia é uma espécie de “docta ignoran-tia”. S. Tomás de Aquino vê na iro-nia uma forma de obtenção de be-nevolência alheia pelo fingimento de falta de méritos próprios. Com Kant a ironia passa a ser conside-rada alguma coisa aparente que, como tal, se impõe ao homem vul-gar ou distraído. Já a sátira, como

mostra Gil Vicente, é mais corro-siva e implacável, serve para mos-trar indignação, para punir abusos, denunciar preconceitos, injustiças, etc… A capacidade de influência do humor, grosso modo, é deter-minada pela personalidade do ou-vinte ou receptador da mensagem e distingue-se das restantes for-mas de comunicação pela possibi-lidade de independência em rela-ção qualquer dialéctica e também pela possibilidade de ausência de qualquer função social ou mesmo sentido. Ou seja, se “há tantos hu-mores como humoristas” então na cidade o humor devia ser parte do conceito de cidadania, não con-cordam? Se o humor é tão impor-

O humor é…Opinião

A política de saúde do actual go-verno caracteriza-se por um con-junto de opções programáticas e não conjunturais. Por outras pala-vras: mesmo sem o pretexto da cri-se e o Pacto de Agressão, as opções do governo seriam do mesmo tipo. Quando muito apenas os sectores e prazos poderiam ser diferentes. Os objectivos do governo PSD/CDS são claros: por um lado, privatizar o

essencial da prestação de cuidados de saúde, o que dá lucro. Por outro, reduzir o papel do Estado à promo-ção e ao financiamento, o que dá prejuízo.

Se dúvidas pudessem existir so-bre este objectivo, basta recordar-mos o aumento dos custos para os utentes, o encerramento de cuida-dos de proximidade, a desorgani-zação que se vive em muitas insti-

tuições públicas de saúde. E os re-sultados pretendidos pelo governo aí estão: no final do primeiro tri-mestre do ano, foi anunciado um crescimento de 15% nas idas às ur-gências nos hospitais privados. No mesmo período houve uma redu-ção de 300.000 idas às urgências nos hospitais e Cuidados de Saúde Primários.

A campanha desencadeada na co-

A importância de um Centro de Saúde

Pensaro quotidiano

A. GomesProfessor de Filosofia

1. O uso intensivo de mensagens curtas através de telemóveis (vul-go, sms) irá (está a) modificar a língua. A língua escrita, num cur-to prazo, e, inevitavelmente, a lín-gua falada, num prazo não muito mais longo. São imprevisíveis as consequências da quase ausência de acentuação nos sms, do cará-ter telegráfico das mensagens, das abreviaturas exigidas pelo espaço reduzido…

Abreviaturas comuns no género de pk em vez de porque fazem es-

tragos, se mais não for porque nos desabituam de ver as palavras bem escritas. Mas não são, entendo eu, o mais grave (tenha, aqui, grave o sentido que tiver). Graves são as alterações que passam duradoura-mente para a língua, escrita ou fala-da; “tá”, substituto de “está”, talvez seja o exemplo mais comum dessas alterações: o verbo tar passou dos telemóveis para as folhas dos tes-tes escolares e parece ter já uma boa implantação no “mercado” da escrita, sobretudo a mais jovem, e

da própria oralidade.2. A pontuação, quando não está

completamente ausente, ocupa poucos dos carateres limitados dos sms. Pouco usada naquele que é um dos meios de escrita mais utiliza-dos pelos jovens, a pontuação per-de importância em outras situações de escrita mais formal.

Não será essa a razão única ex-plicativa das deficiências de pon-tuação que, cada vez mais, correm pelos textos; aliás, os seus autores têm, em muitos casos, mais idade

XVII. o vocativo

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

queza e sensação… a vida torna-se uma festa. Tão pulsante que até nos faz esquecer que somos uns pobre-tanas, indigentes, insolventes e co-niventes.

A festa é amiga e caridosa com a pobreza. E não são tão lindas, se bem que efémeras, as lágrimas luminosas de um estralejado foguetório?

“Como situar-me em face desta luz, que, em bom rigor, não existe?” (idem, ibidem)

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

tante não devia ser parte também dos critérios de definição da qualidade de vida dos cidadãos? Não se mede a feli-cidade de Nações? Porque não medir o humor das mesmas Nações? Mas lon-gínquos vão os anos de S.Tomás e hoje somos parte de uma Europa cinzenta, de contribuintes exauridos de um País sem piada e com cidadãos adormeci-dos de uma Cidade onde ainda dá gos-to viver, mas que deixou de saber rir de si própria.

Formatados por décadas de poder la-ranja, onde apesar de tudo foram cres-cendo muitas anedotas, a Cidade fica de mau humor quando se questiona, critica, interroga, pergunta porquê ou se lança uma piada de bolso.

Em Itália Beppe Grilo atirou-se à

“casta” dos políticos, às multinacionais, à comida de lixo, contra tudo e contra todos e com um humor tal que nas úl-timas autárquicas de Maio obteve 15% dos votos do eleitorado. Robert Casti-glion é o novo presidente da Câmara de Sarego graças a uma campanha bem-humorada que custou 600 apenas. Os partidários de Grillo são jovens, têm emprego, são casados, têm filhos, estão cansados dos políticos corrup-tos e querem a renovação e a limpeza da política italiana. Nos EUA Obama, no jantar de correspondentes da Casa Branca, ri-se de si próprio, das suas po-líticas e dos adversários…

Então, porque não desejar que a ci-dade de Viriato seja local de reconhe-cida qualidade de vida, mas também a

urbe onde os habitantes trocam sorri-dentes bons dias pela manhã, pela tar-de e à noite se juntam para beber um copo, partilhar uma risada e discutir seriamente o futuro comum? Porque não dar a conhecer Viseu como o con-celho onde todos têm espaço de ex-pressão das suas expectativas, dos seus problemas, das suas ideias e tudo isso num clima bem-humorado que só a confiança no futuro permite? Porque não fazer da cidade um imenso “Jardim Efémero” onde com espirito se discute que Viseu queremos para filhos e ne-tos? Leon Eliachar dizia que o humor é a arte de fazer cócegas no raciocínio dos outros… que bom seria que quem governa permitisse que tal aconteça!

Mas a realidade é outra. Permitam

que a finalizar deixe um exemplo ilus-trativo do atrás referido. Se porventura num dado fórum politico da cidade me passasse pela cabeça anunciar que em Viseu só cresceram nestes últimos anos duas coisas, o “banco de terras” e as empresas do Dr Almeida Henriques arriscava-me certamente a que me pro-pusessem na Assembleia Municipal como “persona non grata”, mas já se pelo contrário afirmasse que valia mais apostarem no Dr José Costa como can-didato do que no previsível “dispensá-vel remodelável” governante arranca-ria uma valente gargalhada da plateia. Percebem agora o drama de uma cida-de que não se sabe rir de si própria e porque é o humor uma das chaves para a compreensão da sua cultura?

municação social de que era possível, em saúde, fazer mais e melhor com muito menos dinheiro, revelou-se um comple-to embuste. O governo sabia, e sabe, que esta é uma tese há muito experimentada noutros países com resultados catastró-ficos para as populações.

O governo de Passos Coelho e Paulo Portas sabe que desde o início do ano centenas de milhares de portugueses deixaram de recorrer aos cuidados de

saúde. Porque deixou de ser necessário? Não! Tal facto deve-se a uma política que nega o direito ao acompanhamento mé-dico, que elimina ou reduz a dimensão preventiva e o acesso ao diagnóstico, que coloca em risco de vida e à falta de qua-lidade de vida de muitos doentes devido às restrições que estão a ser impostas ao Serviço Nacional de Saúde. Deve-se ao aumento brutal das taxas moderado-ras, ao retirar de apoios ao transporte de

doentes não urgentes, ao encerramento serviços e valências hospitalares, ao ra-cionar a utilização dos meios fundamen-tais ao tratamento dos doentes.

Um exemplo muito pessoal. No últi-mo fim-de-semana de Junho fui atingi-do por uma infecção bacteriana. Sába-do desloquei-me ao Centro de Saúde do meu concelho, Penalva do Castelo. Es-tava aberto o que nem sempre aconte-ce. Foi de imediato feito o diagnóstico, o

primeiro tratamento, fui medicado. Caso estivesse encerrado teria ido ao Hospi-tal de Viseu (30km). Em alternativa es-peraria por segunda-feira. Em qualquer dos casos o resultado provável seria um internamento hospitalar devido ao agra-vamento da infecção. Estou certo que situações como esta se repetem aos mi-lhares por esse país fora. E demonstram bem a importância de cuidados de saúde de proximidade.

que os telemóveis. Pontuar um texto requer um tal conhecimento da (e uma sensibilidade para a) língua – mesmo quando esse conhecimento e essa sen-sibilidade já se tornaram reflexos – que só pode gerar uma certa condescendên-cia, em relação a essas deficiências. Até porque pontuar é um ato com uma com-ponente de subjetividade muito forte – e vou deixar entre parêntesis a “péssima” pontuação dos livros de Saramago…

3. É nas redes sociais (com caracterís-ticas de escrita próximas das dos sms) onde é mais visível quanto a pontuação

sofre. No Facebook, por exemplo. Particularmente quando o número

de “amigos” do Facebook atinge várias centenas, não é fácil passar um dia sem aniversários. As mensagens de felici-tações ao (e de agradecimento do) ani-versariante são a amostra de que o vo-cativo está a perder a vírgula que lhe foi atribuída, sabe-se lá há quanto tem-po. Em tendencialmente 100% das ce-lebrações, escreve-se “Parabéns Luís”, em vez de “Parabéns, Luís” e “Obrigado Maria”, em lugar de “Obrigado, Maria”. E parece ser assim o correto, incluindo

a competentes professores de Língua Portuguesa.

4. Os próprios responsáveis pelos cha-mados meios de comunicação parecem desconhecer a importância de separar devidamente (quero dizer, através de vírgula) o vocativo, dos outros termos sintáticos: para dar um só exemplo, além do que figura no “Adeus checos” da ima-gem – a RTP todos os dias nos informa através de um “Bom dia Portugal” – um programa, também ele, sem vírgula.

Um d i a d e s te s , u m a c e n a d e documentário, num canal televisivo,

mostrava um diálogo entre dois jovens que comiam pêssegos. Às tantas, um deles insistiu com o outro, que não que-ria comer mais; segundo a legenda, ter-lhe-ia dito: “Come mais um rapaz!”. A diferença entre este incentivo e o que, presumivelmente, terá sido dito em in-glês (algo no género de “Come mais um, rapaz!”) é muito grande. Ainda que a única diferença visível seja apenas uma minúscula vírgula, a do vocativo.

Nota: pode concordar ou discordar deste texto no blogue O meu baú (http://omeubau.net/vocativo/)

Jornal do Centro20 | julho | 2012

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abertura texto ∑ Tiago Virgílio Pereirafotografia ∑ Nuno André Ferreira

“Tom de Festa”∑ Tributo a Zeca Afonso e espírito de voluntariado são as características marcantes num ano de dificuldades

Festival de Músicas do Mundo em Tondela

Como uma matriz dife-rente de todos os festivais, o “Tom de Festa” – Festival de Músicas do Mundo – um dos mais antigos do género no país, arranca para a sua vigésima segunda edição. A organização ponderou não avançar com o evento, devido ao corte no apoio fi-nanceiro pela Direção Ge-ral das Artes. Contudo, a união dos elementos da As-sociação Cultural e Recre-ativa de Tondela (ACERT) e de outras associações do concelho fez a força. E nos dias 26, 27 e 28 deste mês, começa mais um “Tom de Festa”.

Sob o tema “Terra da

Fraternidade”, o conceito deste espetáculo é” por um lado um sonho, e por outro uma surpresa e uma feli-cidade incrível”, disse José Rui Martins. O concerto tri-buto a José Afonso, marca-do para o dia 28, reflete o es-pirito da ACERT. “Achamos que ele é um dos fundadores da ACERT mas, por incrí-vel que pareça, nunca tínha-mos feito um espetáculo de homenagem ao José Afon-so, nestes 36 anos. Partici-pamos em muitos e o nosso trabalho reflete o espírito do Zeca transversalmente”, explicou o diretor artístico. Este espetáculo, será a es-treia pública do “Grândola

Vila Morena”. Contará com uma banda base composta pelos músicos do Trigo Lim-po e uma grande orquestra de convidados. Estão a ser preparados arranjos para mais de 30 músicas. “Não é um tributo, pois o Zeca é um dos músicos que esta-rá continuamente no palco. Ele, decerto, queria que fi-zéssemos um concerto e é o que vamos fazer com to-dos que adiram à sua músi-ca. O Zeca Afonso é uma fi-gura de charneira da músi-ca portuguesa e mundial, se ele tivesse nascido na Amé-rica seria o Bob Dylan. Os espanhóis dizem que a mú-sica deles mudou depois de

o ouvirem e foi ele quem in-troduziu os ritmos africa-nos na Europa, nos anos 60 e 70”, explicou.

O “Tom de Festa” é úni-co no país. Não tem verten-te comercial, levita à volta do voluntariado e funciona como um local de encontro de pessoas da região com outras de fora. Movimen-ta cerca de uma centena de pessoas que apoiam a pro-dução, a organização, rece-bem os artistas e constro-em o espetáculo. Ao longo do ano, a ACERT teve de re-pensar a sua forma de ges-tão. Passou por remodela-ções profundas e dolorosas. “Ao fim de 36 anos de ativi-

dade posso dizer que o fi-nal do ano passado foi o mo-mento mais angustiante de todos que aqui trabalham, na medida em que tivemos de fazer uma coisa que jul-gámos nunca fazer, ter mui-to trabalho, muito atividade, a ACERT ter um serviço pu-blico testado e atestado no âmbito regional e nacional e alguns de nós prescindirem de um coração da vida da ACERT. Com toda a certe-za, devido ao corte no apoio da Direção Geral das Artes, esta edição foi a mais difícil de fazer”, referiu.

A pensar nos públicos, a ACERT decidiu baixar o preço dos bilhetes, em rela-

ção ao ano passado. O “Tom de Festa” assenta

no voluntariado das pesso-as e das associações “vizi-nhas” e, em 2012, apresen-ta um cartaz “que honra, de uma forma particular, a ACERT nestas 22 edições”.

A falta de apoio à cultura pelo Governo foi criticada por José Rui Martins. “Se acham que o desenvolvi-mento de um povo se faz sem esta ferramenta essen-cial estão muito enganados. Cultura não é festas, folclo-re ou arraiais mas sim uma identificação de um povo aos seu valores, à autoes-tima e à identidade”, con-cluiu.

A José Rui Martins, diretor artístico da ACERT, no arranque de mais um “Tom de Festa”

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TOM DE FESTA 2012 ABERTURA

Tem a palavra

José António Jesus Vice-presidente da Câmara Municipal de Tondela, responsável pelo pelouro da Cultura

“É um regresso e um encontro da própria ACERT”

r

∑ Consciente das dificuldades económicas das associações, em particular das culturais, o município de Tondela está atento e vai manter os apoios essenciais à sobrevivência das organizações e eventos, como o “Tom de Festa”. José António Jesus, responsável pelo pelouro da cultura, aplaude o espírito de sacrifício e de voluntariado de todos os envolvidos no festival e lembra que a oferta cultural é uma das bandeiras do concelho.

1. O que representa o “Tom de Festa” para o concelho?O município tem uma estratégia de desenvolvimento e promoção cultural que

passa pelo apoio e estímulo a um conjunto de atividades e instituições culturais do concelho nas várias áreas: dança, teatro e expressões. O estímulo à produ-ção local é relevante não só para a formação de públicos mas também para que possa ser dado um espaço criativo para aqueles que aí se queiram estabilizar. Em paralelo, há um conjunto de eventos anuais que são bandeiras do concelho como a “Queima e o Rebentamento do Judas” e o “Tom de Festa”, sem esquecer, noutro contexto, a “Ficton”. Por isso não podíamos deixar de apostar e incenti-var esta edição do “Tom de Festa”. Sem esta atividade, haveria uma perca muita significativa das ofertas culturais, mas também de uma referência regional da oferta cultural que temos para apresentar à nossa região.

2. Apesar das dificuldade que económicas que a ACERT teve para realizar esta edição, a Câmara nunca negou apoio, porquê?

Nós temos uma relação de parceria com a ACERT que não se esgota no apoio financeiro mas sim no apoio permanente das várias problemáticas que vão sur-gindo. Sabemos que todo o movimento associativo passa por dificuldades, em especial a ACERT, que teve de reformular a sua estrutura e equipa, em função dos cortes sofridos pela Administração Central. Estamos a acompanhar essa evolução, mas também sabemos que a ACERT tem tido indicadores de produ-ção muito significativos se tivermos em conta que muitos profissionais da casa deixaram de ter uma relação de entidade patronal e passaram a ter uma rela-ção colaborativa e voluntária. Isto mostra que há um arregaçar de mangas, um erguer de vontades, no sentido de contornar este tempo de crise. Mas, não é possível viver desta forma eternamente. Mantemos o apoio à atividade regular da oferta formativa, educativa e cultural que o espaço Novo Ciclo apresenta ao longo do ano.

3. Teme que a menor qualidade do cartaz atraia menos gente ao concelho?O cartaz apoia-se numa grande força que estou convicto que será capaz de su-

perar todas as dificuldades e eventuais restrições. Essa força é o voluntariado. Grande parte deste cartaz tem um forte envolvimento de instituições locais de outras associações culturais, que será uma mostra da força do associativismo do concelho. Também estarão presentes uma série de nomes de referência nacional, que farão que Tondela, na “Terra da Fraternidade”, será um marco de afirmação destes rostos. É um cartaz diferente, mas não necessariamente menor quando comparado em termos qualitativos, mas ao ser diferente é capaz de atrair os va-lores do voluntariado e da solidariedade, que são as matrizes basilares de todo o movimento associativo. É um regresso e um encontro da própria ACERT.

4. Qual o orçamento da Câmara para o festival?É um orçamento que andará nos valores de um terço, daquilo que era a refe-

rência financeira para esta organização. Não podemos esquecer a componen-te voluntária que não é mensurável. Há também um trabalho logístico de apoio através das brigadas municipais e outros serviços do município que não está contabilizado. O apoio financeiro é o mesmo do ano passado e será de cerca de 20 mil euros.

ATom de Festa: 22º Festival de Músicas do Mundo

O quê:

Novo Ciclo ACERT, em TondelaOnde:

26, 27 e 28 de julho

Quando:

5 euros para associados da ACERT e reformados. 7, 50 euros para o públi-co geral. Entrada livre, dia 26

Preço dos bilhetes:

Dia 26, 21h30, na cidade - “Em Viagem pela Cidade”. Um espetáculo teatro-musical de rua, uma produção do trigo limpo teatro acert com actores e músicos voluntários: Coro Polifónico da Casa do Povo de Tondela; Banda da Soc. Filarmónica Tondelense; “Os Cestos” grupo de t. amador (Nandufe) ; Grupo de Teatro da ADCR de S. João do Monte e Teia (Arca, Alvarim)

23h30, na ACERT - Karrossel. “Põem todos a andar à roda! É para dançar”.

baile músicas do mundo + porco no espeto

Dia 27, 21h30, na ACERT - Luis Pastor: “¿Qué Fue de los Cantauto-res?”

Celebrando os 40 anos de carreira com um original concerto com surpresas imperdíveis.

FIL’MUS (ACERT): Fil’mus é um espectáculo cine-musical e comple-to que promete encantar públicos de todas as idades.

SEBASTIÃO ANTUNES: As tradições representam uma raíz de sa-ber.

Dia 28, 21h30, na ACERT - “Terra da Fraternidade”: Concerto de tri-buto a José Afonso, 40 anos da primeira interpretação pública de “grân-dola vila morena” edição portuguesa do concerto da galiza maio’12. Banda base: A Cor da Língua, ACERT + convidados: Cantos da Liber-dade, Carlos Clara Gomes, Couple Coffee, Chévere, Fran Pérez Narf, Francisco Falhais, João Afonso, júlio pereira, Lourdes Guerra, luís Pas-tor, Manuel Ffreire, Najla Shami, New Sketch, presença das formigas, Sebastião Antunes, Sés & Bocixa, Trigo Limpo Teatro ACERT, Uxía , Vitorino , Zeca Medeiros

Encerramento: DJ Johnny Red + VJ MeccaSons do Mundo e Vídeo numa maratona de encerramento.

Programação:

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“Há um ano atráséramos um país à beirada bancarrota”

Quais são os dossiês relevan-tes que tem em mãos e cuja responsabilidade decisória lhe compete?Sou secretário de estado

adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, o que significa que faço o acompanhamento político dos diferentes dossiês do ministério, nomeadamen-te em reuniões de secre-tários de estado, quer em representação do ministé-rio da Economia e Empre-go quer na preparação dos próprios conselhos de mi-nistros. Em termos de ma-térias temáticas, o “prato forte” da minha responsa-bilidade é a gestão do qua-dro dos fundos comuni-tários, numa componente muito forte, quer do ponto de vista da economia, quer do ponto de vista do desen-volvimento regional o que me permite ter quase 10 mi-lhõe de portugueses como destinatários das políticas do meu ministério e da mi-nha secretaria de estado porque, para além da eco-nomia tenho o desenvolvi-mento regional, que me põe em contacto com os empre-

sários e com os autarcas e tenho ainda sob minha res-ponsabilidade a área do consumidor. Na área do QREN, num ano de acção enquanto membro do go-verno fiz já duas reprogra-mações. Quinze dias depois de estar em funções, esta-va a entregar em Bruxelas a primeira reprogramação técnica, que foi o primeiro passo de todo este trabalho que desenvolvi nos fundos estruturais ao longo deste ano. Qual foi o efeito que teve? Foi o aumento imedia-to da comparticipação das taxas comunitárias, isto é, Portugal passou a ver a sua comparticipação aumen-tada para 85 % ao contrá-rio dos 70 % que tinha an-teriormente, o que levou a que só aqui, nesta operação inicial, nós tivéssemos tido uma injecção na economia, por via dos fundos comuni-tários, quase na ordem dos 700 milhões de euros. De-pois, avancei para a repro-gramação estratégica que entregarei em Bruxelas 2ª feira. Portugal tem cla-ramente duas prioridades que são entendidas por to-

das as pessoas: por um lado é combater o desemprego, que tem vindo a crescer de uma forma exponencial, e por outro lado poder esti-mular a economia.

Qual o breve ponto de situa-ção dessas políticas?No âmbito da minha

área, para além do QREN e desta programação, que se tem que fazer no domí-nio dos fundos estruturais, centrei a minha acção em três grandes eixos. Por um lado o financiamento da economia, por outro lado a promoção das expor-tações e por outro lado a revitalização das empre-sas. Só temos um caminho a seguir que é o de fomen-tar as nossas exportações. E desse ponto de vista, a eco-nomia tem-se comportado bem. As nossas empresas têm reagido muito bem. Por um lado à situação de dimi-nuição da procura interna, por outro lado à necessida-de de procurarem novos mercados. Nós hoje temos mais 3 mil empresas a ex-portar em Portugal do que as que tínhamos há um ano

atrás e se olharmos para o volume das nossas expor-tações, apesar de alguma estabilização/estagnação que se verifica nos merca-dos europeus, verificamos que os nossos empresários se têm estado a virar essen-cialmente para o Atlântico. Eu diria que depois de al-guns anos virados de costas para o Atlântico, os nossos empresários estão a desco-brir os novos mercados e o próprio Governo acaba por colocar no centro das suas políticas consolidar a nossa posição europeia. Os nos-sos grandes mercados estão na Europa. Neste momento apesar do crescimento ex-tra comunitário, a Europa representa para nós cerca de 70% das nossas expor-tações, o que é significativo. Mercados como o espanhol, o alemão, o francês, o italia-no, o holandês, são merca-dos extremamente fortes para Portugal, do ponto de vista das suas exportações, mas não deixa de ser claro, no último trimestre há um ligeiro decréscimo de 4% para Espanha, de 3% para Alemanha, o que significa

que temos que estar muito atentos e consolidar a nossa posição na Europa, mas so-bretudo abrir novos merca-dos. Dentro do próprio Go-verno há uma concentração de esforços entre a Econo-mia e os Negócios Estran-geiros. Há uma prática de diplomacia económica, que foi iniciada por este gover-no, de responsabilização dos nossos diplomatas. Os nossos embaixadores são hoje os verdadeiros repre-sentantes do Estado lá fora. Estamos a iniciar uma nova mentalidade, a de pôr os nossos diplomatas cada vez mais a trabalharem para a nossa economia. Nesta área, tenho essencialmente so-bre minha responsabilida-de na Economia, o conti-nente africano e a América latina, que são dois merca-dos de crescimento natu-ral, No continente africano essencialmente com Ango-la, que é um mercado natu-ral para os portugueses e na América latina, por exem-plo, tenho acompanhado muito de perto a nossa en-trada nos mercados da Co-lômbia onde, na primeira

visita que fiz, com o mi-nistro Paulo Portas, tínha-mos 5 ou 6 empresas e nes-te momento já temos mais de 20. Presido também à Comissão Mista Portugal-Venezuela com uma forte comunidade portuguesa, da qual há que tirar parti-do. Há que aproveitar estes novos mercados. E de facto, neste último trimestre, até finais de Maio, estávamos a crescer 24,9% nos merca-dos extra comunitários. O que significa que nos últi-mos dois anos duplicaram. Temos um peso de quase 30% nesses mercados. Nes-te momento difícil que esta-mos a atravessar Portugal tem três responsabilidades: credibilizar a sua imagem internacional e o Governo deu aqui um grande passo, porque após este primeiro ano a comunidade inter-nacional voltou a acredi-tar em Portugal; por outro lado uma perspectiva muito centrada na arrumação das contas, a terceira vertente é a das reformas estruturais. E aqui há que reconhecer o grande esforço que o mi-nistério da Economia tem

entrevista ∑ Paulo Netofotos ∑ Nuno André Ferreira à conversa

António Almeida HenriquesSecretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional

António Almeida Henriques nasceu em Viseu, em 1961. É advogado e dedicou os últimos vinte e cinco anos à atividade empresarial e ao associativismo empresarial em diversos sectores.Deputado nas IX, X e XI legislaturas, foi Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD na XI Legislatura, com a coordenação da área económica, tendo sido também Vice-Presidente da Comissão de Assuntos Económicos da Assembleia da República e Vice-Presidente da Delegação portuguesa à Assembleia Parlamentar da OSCE.Foi Vice-Presidente da Confederação da indústria Portuguesa (CIP), Presidente do Conselho Empresarial do Centro-Câmara de Comércio e Indústria (CEC-CCIC) e Presidente da Associação Industrial da Região de Viseu.É Presidente da Assembleia Municipal de Viseu e da Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal Dão-Lafões.

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ALMEIDA HENRIQUES | À CONVERSA

feito. Muitas das reformas estruturais feitas neste pri-meiro ano estão focalizadas no ministério da Economia. Desde logo a reforma da le-gislação laboral feita com o IVA depois de um acordo de concertação social que é extremamente importan-te para a vida do país. A re-forma do licenciamento in-dustrial concluída e em fase de implementação, que vai permitir criar quase um sis-tema de licenciamento zero para os industriais. A refor-ma do código de insolvên-cias e de recuperação de empresas que acabou por ser desenvolvida na verten-te do programa Revitalizar. Por outro lado, a reforma do sector dos transportes que foi desenvolvida pelo meu colega de Viseu, o Sér-gio Monteiro, A lei da Con-corrência que também foi revista com o Tribunal da Concorrência em Santa-rém. Criar um clima mais amigo do investidor e das empresas e ao mesmo tem-po criando patamares para ajudar as empresas. Entrá-mos em funções e logo na primeira semana instituí-mos a iniciativa “Empresas à Sexta”. Todas as sextas-feiras passo o dia fora. Já corri o país e um terço dos municípios e já se contam por largas centenas as em-presas com quem eu inte-ragi, para ter um sentido de como está o tecido empre-sarial e até para ajudar a de-satar alguns nós que todos os dias surgem.

O financiamento às empresas é outro tema quente, com empresas a fecharem portas a um ritmo preocupante. Que soluções podem hoje as em-presas encontrar?Há um ano atrás éramos

um país à beira da banca rota, com dificuldade de acesso ao mercado, com os financiadores interna-cionais a saírem do nosso mercado e a obrigarem a um esforço da própria ban-ca, substituindo-se a esses investidores, nomeada-mente no sector empresa-rial do estado. Um ano de-pois o que é que se verifica? Verificamos que a banca está mais aberta e começa a ter mais liquidez para po-der financiar as empresas e com uma nova filosofia. A CGD ainda a semana pas-sada lançava uma linha de 1500 milhões de euros para a revitalização de empre-

sas. Há alteração que deri-va da confiança dos mer-cados e da necessidade de criar mecanismos alterna-tivos de financiamento. O Governo procurou duran-te esta ano criar políticas para ajudar as empresas. A linha PME-Crescimen-to é um bom exemplo dis-so. Tem menos de 5 meses de funcionamento e mais de 90% de utilização. Esta-mos a falar de uma linha de 1500 milhões de euros que reforçámos acerca de duas semanas com mais 1000 milhões de euros. É uma linha estruturada, virada para a liquidez das empre-sas, alicerçada numa lógica de garantia, isto é, a banca empresta o dinheiro, as em-presas têm que criar condi-ções para que esse dinhei-ro seja disponibilizado e ao mesmo tempo, temos pos-to um enfoque importante nas empresas exportadoras. Metade desta linha Investe PME-Crescimento é virada para as empresas exporta-doras. Outra vertente onde procurámos actuar foi na do Capital de Risco em Por-tugal, com a reestruturação dos capitais de risco do Es-tado. Procurámos também, nesta reestruturação do QREN, virá-lo para a ver-tente das empresas. Esta-mos a falar num acréscimo de 705 milhões de euros de incentivos para as em-presas. Estamos a falar de 137 milhões de euros vi-rados para os fundos de revitalização espalhados por todo o território. Fala-mos também em colocar micro crédito para apoio à micro e pequena empresa. Estamos a falar num con-junto de mecanismos que significam, a par da linha Investe Qren. Temos tam-bém uma linha de 1000 mi-lhões de euros em que di-reccionámos 500 milhões que tínhamos para inves-timento produtivo, entran-do a banca com outros 500 milhões, numa perspectiva de partilha que temos pro-curado, que é de corrermos riscos com a banca para po-dermos financiar a econo-mia na Investe QREN para poder financiar o investi-mento produtivo. A filoso-fia da Investe QREN é cla-ramente uma bandeira. Vai ser lançada esta semana. Com a aprovação em Bru-xelas desta reprogramação, na 2ª feira, é lançada na 4ª feira a linha Investe QREN

que disponibiliza estes 1000 milhões de euros. Muitas das empresas hoje chegam à banca e não conseguem financiamento para o seu projecto de inovação, de exportação, de projectos já aprovados nos diferen-tes incentivos. Agora vão passar a ter, porque há uma partilha de risco entre o Es-tado e a própria banca e isto foi uma linha negociada en-tre mim e a própria banca. Por cada euro da banca o Estado arrisca também um euro e garante 37,5% do ris-co que a banca está acorrer através da garantia mútua. Criar políticas ao invés de estar a transferir dinheiro de uma forma cega. O Es-tado não vai meter dinhei-ro directamente nas em-presas. Vai criar condições para que o mercado funcio-ne de forma consistente. Há uma mudança de paradig-ma. Ao criarmos o Gabine-te de Crise no primeiro mi-nuto percebemos que não podemos actuar de forma voluntarista. Daí os progra-mas Revitalizar, o Investe QREN. Exportações, in-vestimento e revitalização é um triângulo em que es-tamos a apostar.

Hoje, o processo de insolvên-cia de uma empresa pode ser encarado como solução e não como fim da empresa?A criação do Programa

Revitalizar é algo que de-fendo há 10 anos, tal como existe nos EUA, que não empurrasse as empre-sas em dificuldades para uma situação de insolvên-cia. Já se perderam milha-res de empresas neste país pelo facto de não existir o Revitalizar. Nos últimos 10 anos menos de 1% das em-presas que se apresentaram à insolvência conseguiram recuperar. O que é fran-camente pouco. Quantas boas empresas se não per-deram? Por outro o lado, o Estado fala a várias vozes. Muitas vezes, nestes pro-cessos, encontramos o Fis-co e a Segurança Social a fa-lar a duas vozes. O IAPMEI a falar a uma terceira voz. Neste Revitalizar tem três grandes parâmetros: o legislativo, de procedimen-tos do Estado e de financia-mentos. Alterar o Código de insolvências e recupe-ração de empresas, aligei-rando os prazos e criando o PER, o Plano Especial de Revitalização, traba-

lho feito entre o ministério da Economia e o da Justi-ça. Permite a uma empre-sa que veja que está em di-ficuldades, antecipar a sua apresentação ao tribunal juntamente com um cre-dor e apresentar o seu pla-no de recuperação, evitan-do ir para uma situação de insolvência e é no contex-to de assembleia de credo-res que se vai procurar uma maioria. E se essa maioria viabilizar o plano a mino-ria tem que o aceitar. Isto é, no fundo, a empresa ganha um novo fôlego através do processo da revitalização e pode até fundir-se com ou-tra empresa, pode vir um novo sócio para a centrar na empresa. Este processo tem que decorrer ao longo de 60 dias permitindo à em-presa encontrar um novo fôlego para a sua própria vida. O PER existe para em-presas que voluntariamen-te se vão apresentar, junta-mente com os seus credo-res, para se revitalizarem. Outras empresas chegaram a uma situação que já não têm hipóteses. E é bom que o processo seja rápido para não se perderem os activos. Há uma dificuldade, liqui-de-se. Nós temos outro pa-radigma: viabilize-se! Do ponto de vista legislativo há mais uma actualização que fizemos e vai entrar agora em vigor a 1 de Agosto: re-forçámos os processos ex-tra judiciais. O antigo PEC que existia no IAPMEI pas-sou a chamar-se SIREV. Se a empresa tem um proble-ma pontual, por exemplo com o Fisco ou com a Segu-rança Social pode utilizar a intermediação do IAPMEI para chegar a um acordo. Ou com dois bancos, para a resolução de problemas pontuais através de siste-mas extra judiciais. Tam-bém estamos a alterar a le-gislação dos administrado-res de insolvência. Ele hoje está virado para a liquida-ção do património; nós va-mos é premiar a recupera-ção do património. Há um terceiro patamar: depois de revitalizada uma empresa e reestruturada como é que ela pode ganhar um novo fôlego se não tiver uma in-jecção de capital novo? É aí que surge a ideia de criar os Fundos de Revitalização que serão lançados também a concurso público até final deste mês. Era preciso con-cluir a reprogramação do

QREN para podermos li-bertar 110 milhões de euros de fundos comunitários e ao mesmo tempo concluir a negociação da banca que vai também participar com 110 milhões de euros nestes fundos. No caso concreto da Região Centro estamos a falar de um fundo concre-to de 80 milhões de euros que será lançado a concur-so e permitirá às empresas que foram reestruturadas de buscarem o seu novo fô-lego através dos fundos de revitalização. É uma cla-ra mudança de paradigma na sociedade portuguesa para o qual eu tenho a ex-pectativa, não de ser usado massivamente mas de for-ma a poder permitir recu-perar empresas. Este pro-grama ainda não tem dois meses e já temos 34 proces-sos em tribunal. As empre-sas e os trabalhadores vão ser o tónus deste país. O Governo pode fazer tudo bem feito, mas se a Econo-mia não ajudar… É preciso desmistificar o risco. Até para levar mais jovens a tornarem-se empreende-dores

A Lei dos Compromissos está a gerar polémica com autarquias e a ANM. Há lógica para essa conflitualidade?Este Governo tem tido

uma preocupação muito grande: dialogar de forma muito estreita com a ANM. Os municípios, passado o patamar da infraestrutu-ração têm que se concen-trar mais na perspectiva de valor dos territórios. Não estarmos à espera do euro milhões, do grande inves-timento mas rentabilizar todo o pequeno investi-mento, é um paradigma de mudança. Muitas ve-zes olhamos para a flores-ta sem olhar para a árvore. Temos que nos concentrar também na árvore. Há inú-meras oportunidades. Por exemplo, no mercado ex-terno, ainda não tínhamos redescoberto a América la-tina, com tantas comunida-des e uma ligação históri-ca tão forte e só as estamos a descobrir agora. Mesmo em África, com a vocação natural que temos para es-ses territórios, só agora os estamos a descobrir… Se eu puder ganhar a minha vida à porta da casa, eu não vou à procura noutro lado. O país tem demonstrado uma ati-tude de grande resiliência;

os empresários têm pega-do nas malas e vão. Está no nosso ADN. Com 900 anos de História temos um dos ADN’s mais ricos do mun-do, com uma mistura de sangues que mais nenhum povo tem. Eu chamo mui-tas vezes aos nossos empre-sários os nossos novos na-vegadores. Esse é o cami-nho. Mas ainda acerca da sua pergunta… Nós temos que gerir com rigor. Uma autarquia quando lança um concurso tem de saber de onde vêm os meios para o seu financiamento. Os re-cursos não são ilimitados. Não é admissível que o Es-tado, ao longo destes anos, tenha atirado para uma si-tuação de insolvência mi-lhares de empresas porque não paga a tempo e horas. Isto só se consegue com finanças sãs. Finanças sãs implica o quê? Quando eu decido fazer uma obra te-nho de saber de onde vem o dinheiro. A Lei dos Com-promissos não é nada mais do que isso.

A reprogramação do Qua-dro de Referência Estratégi-ca Nacional (QREN) tirou à Região Centro 60 milhões de euros. Tal facto levou à demissão do seu presiden-te Norberto Pires, que en-tendia que os cortes exigi-dos eram demasiados face aos 13 milhões que ele pro-punha e em consequência de haver obras já firmada no âmbito do Programa Operacional Regional do QREN. Qual a sua respon-sabilidade neste controver-so processo?

Isso é completamente falso. Uma falácia absolu-ta. Uma mentira. Nenhuma Região perdeu um cêntimo que tinha. Houve sim uma refocalização. Se nós apro-veitámos a reprogramação do QREN para focar a nos-sa atenção no combate ao desemprego, na formação para a empregabilidade e no apoio à economia. Temos que animar a economia e combater o grande flagelo do desemprego e essas são as grandes prioridades. Do ponto de vista prático ne-nhuma região perdeu um cêntimo. No caso da Região Centro até lhe digo mais: vai beneficiar de um fun-do de revitalização de 80 milhões para o qual só vai fazer um esforço de 5 mi-lhões. Só aí já está a ganhar 75 milhões. O Norte, para o mesmo fundo vai fazer um

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À CONVERSA | ALMEIDA HENRIQUESesforço de 40 milhões. A suspensão do acto de aber-tura de concursos liberta agora 130 milhões de euros no âmbito desta reprogra-mação para novos projec-tos das autarquias locais, dos quais o centro benefi-cia de 50 milhões, bastante acima das outras regiões. O Centro está em condições de seguir em velocidade de cruzeiro o seu caminho. A Região Centro tem 1100 mi-lhões de euros do ponto de vista das autarquias apro-vados e tem 420 milhões de execução. O que significa que há aqui um esforço su-perior a 700 milhões que as autarquias da Região Cen-tro têm de fazer só para exe-cutar os projectos que têm neste momento aprovados. No quadro de limitações que temos actualmente, há aqui decerto projectos que não vão ter capacidade de ser executados, porque fo-ram superdimensionados e precisam de ser reprogra-mados em baixa. A ANM põe um comunicado cá fora a aprovar e dar uma vota-ção favorável. Por outro lado, a Região Centro sai a ganhar deste processo. Se há pessoas que procuram às vezes ter protagonismos fáceis, procurando deitar areia para os olhos e a meio de um processo vir para o terreno lançar confusões, eu não posso fazer comen-tários em relação a isso. A Região Centro, no contex-to do país, sai claramente a ganhar nesta reprogra-mação. E já agora digo-lhe: grande presidente que vai ter na CCDR a partir do dia 16, Pedro Saraiva.

O que pensa para o futuro do ensino superior na região de Viseu?Nenhuma região pode

ter futuro sem ter por um lado um tecido empre-sarial forte e um sistema científico-tecnológico for-te. Viseu, se quer ter futu-ro e tem condições para o ter, é este o momento certo para fazer grandes opções de fundo, até por causa dos fundos comunitários. Esta-mos no final de um quadro e vamos programar 2014-20220. É um dos últimos pe-ríodos em que Portugal vai ter oportunidade de fazer algum tipo de investimen-tos: deixar já apontado o caminho para a redinami-zação do porto de Aveiro e da Figueira da Foz em li-gação com a ferrovia para

a Europa é um caminho fundamental; deixar equa-cionado como é que vamos resolver um dos principais problemas de acessibilida-de que Viseu tem, que é a ligação a Coimbra. Este é o momento certo para o dei-xar definido. Na mesma em relação ao Ensino Superior. Numa lógica de estímulo ao empreendedorismo fa-zer uma boa relação entre os estabelecimentos que te-mos. Quer queiramos quer não o Politécnico é a nossa âncora. Se nós temos essa âncora há que a potenciar e temos que procurar à vol-ta do Politécnico, raciona-lizando o que temos em Viseu, encontrar com prag-matismo caminhos para o futuro que levem a que saia valorizado o Ensino Supe-rior local no sentido de ca-minhar ao mesmo tempo para um ensino universitá-rio, mas ao mesmo tempo não esquecendo as novas dinâmicas actuais. Viseu tem que entrar numa lógi-ca das indústrias criativas, entrar nas lógicas de inova-ção, tem que apanhar este comboio de uma vez por todas. Este é um trabalho que tem que ser feito entre todos. Não podemos partir do zero. Há que potenciar o que temos e ver também os condicionalismos que o país atravessa. Eu estou no Governo a desenvolver um trabalho nacional, mas nunca me esqueço da mi-nha condição de cabeça de

lista por Viseu. Está sempre presente. Tenho um grande amor a Viseu. Toda a gen-te o sabe. A minha vida foi feita aqui, nos seus diferen-tes vectores e se puder com o meu modesto contributo dar uma ajuda para que Viseu fique melhor e os meus filhos tenham futuro aqui, darei sempre o meu melhor e tenho procurado dá-lo. O projecto Veiga Si-mão continua a ser um pro-jecto muito actual. A lógica de puxar pelos estabeleci-mentos de ensino existen-tes em Viseu, criar aqui uma valência universitária numa perspectiva interna-cional, ensino bilingue, pro-curar encontrar duas áreas de excelência em que Viseu possa marcar… este é o ca-minho do Ensino Superior em Viseu, com pragmatis-mo, com os pés assentes na terra e sem construção de castelos no ar. Passando pelo IPV, âncora de desen-volvimento de um concei-to novo de Ensino Superior em Viseu

Afirmou na tomada de posse que “Viseu tem 10% do Go-verno”. Um ministro em dez. Três secretários de estado em trinta. Não obstante, até ao momento, os viseenses e a região ainda não perceptibili-zaram quais as vantagens daí advenientes ao nível de polí-ticas públicas de desenvolvi-mento regional. A afirmação foi uma mera “boutade”?Temos que prosseguir

políticas nacionais enquan-to governantes de um país. Mas não deixa de ser ver-dade que Viseu tendo três secretários de estado e um ministro neste Governo, isso lhe dá uma voz e isso é perceptível Se falar com os diferentes autarcas e as diferentes empresas verifi-cará que nós temos tido um papel de proximidade e ob-viamente que esta percep-ção da região dá-lhe algum peso. Eu diria que quando Viseu não tem ninguém em lugares de destaque as pessoas referem: Viseu não tem peso porque não tem ninguém em lugares de destaque, depois quan-do os tem, tendem a desva-lorizar…

É candidato a Viseu nas próxi-mas autárquicas?Eu estou a desempenhar

a função de Secretário de Estado Adjunto da Econo-mia e do Desenvolvimento Regional. Mostrei ao lon-go da minha vida que tenho um grande espírito de mis-são. Nas diferentes funções que tive, como presidente da AIRV, como presidente do Conselho Empresarial do Centro. Nestes últimos dez anos como presidente da Assembleia Municipal de Viseu e até como pre-sidente da Assembleia da CIM. O que lhe digo é: o meu espírito de serviço a Viseu dá-me abertura para e em função da evolução futura, poder ou não, den-

tro de uma lógica de mis-são, servir o meu país e ser-vir a minha região. Nunca me furtei a desafios e acima de tudo ponho o meu país e ponho o meu distrito e o meu concelho.

A s e s c o l h a s d o P S D centram-se em si, Carlos Marta, Américo Nunes, Mota Faria… sem esquecermos a candidatura espontânea e legítima de José Costa. Quem está, afinal, na “pole position” para este Grand Prix?Não faço a mínima ideia.

Eu não estou na “pole posi-tion”. O PSD tem grandes responsabilidades em Viseu. Geriu e muito bem os desti-nos do concelho nestes últi-mos 24 anos. O Dr. Ruas ca-tapultou Viseu para o lugar de ser a melhor cidade para viver, pela segunda vez con-secutiva; fez crescer Viseu em 20 mil habitantes e hoje Viseu é apontado como um modelo de crescimento no interior do país. Isto é um legado de muita responsa-bilidade. Isto significa que o PSD terá que escolher um projecto para esta segunda fase em que Viseu poderá continuar a ter uma lide-rança do PSD. Terá que ser muito cuidadoso na esco-lha e muito cuidadoso no projecto. Isto é o que acho relevante. Não é o Almeida Henriques. Não são as pes-soas. O importante é que se consiga um projecto mobi-lizador que permita a Viseu

continuar um caminho de crescimento e dar um novo salto e honrar o legado de Fernando Ruas.

O actual autarca viseense, Fernando Ruas, diz querer ter uma palavra nas escolhas do partido e para tal, ter um envelope com dois ou três no-mes, o que seria decisivo para o envolvimento da sua pessoa na campanha. É um desses dois ou três nomes? Acha legítima essa interferência?Não faço ideia de quais

são nomes que o Dr. Ruas tem no envelope. O que acho é que o Dr. Fernando Ruas é fundamental no pró-ximo processo autárquico em Viseu. E depois do tra-balho que fez em prol de Viseu, deve de facto ter uma palavra a dizer e estar na primeira linha do apoio de uma candidatura que o PSD apresente à câmara de Viseu.

Aparece agora uma afirma-ção em que Fernando Ruas admite ser candidato daqui a quatro anos. Tal afirmação traduz-se num condicionalis-mo terrível para um candidato que preveja desenvolver um projecto sério num mínimo de dois mandatos. Admitiria ser candidato, à par-tida, a um mandato único?Em democracia as elei-

ções ganham-se nas ur-nas. Meio ano em política é uma eternidade, quanto mais cinco anos.

Jornal do Centro20 | julho | 2012

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O “Banco BIC Tesouraria - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Tesouraria” (“Fundo”) é um fundo de investi-mento harmonizado constituído de acordo com a legislação e regulamentação portuguesas e gerido pela Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. O presente documento tem fins meramente informativos, não devendo ser interpretado como uma solicitação à subscrição de unidades de partici-pação do Fundo. A subscrição de unidades de participação do Fundo implica riscos que se encontram descritos na docu-mentação legal do Fundo, nomeadamente no prospecto completo e no prospecto simplificado. Informação disponível na sede da referida entidade gestora (Av. da Liberdade 229, 3.º, em Lisboa) ou na sede da entidade depositária, Banco BIC Português, S.A. (Rua Mouzinho da Silveira, 11/19, em Lisboa), bem como nos seus Balcões e Centros de Empresas.

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região

A Biblioteca Munici-pal de Mangualde dis-põe de um novo espaço dedicado à igualdade de género.

No “Espaço pa ra a Igualdade”, criado pela autarquia em parceria com a Promover Con-sultores, encontram-se

cerca de 100 obras, entre livros e documentos es-pecíficos, sobre igualda-de de género, não discri-minação e informação em matéria de direitos. Os documentos foram oferecidos pela Comis-são para a Cidadania e Igualdade de Género e pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego.

O espaço surgiu no âm-bito da implementação do Plano para a Igualda-de da Câmara Municipal. Para o executivo “consti-tui um centro de recur-sos disponíveis para a comunidade”. EA

Biblioteca de Mangualde cria espaço igualdade de género

A Câmara Municipal de Viseu vai avançar com a requalificação da mar-gem direita do Rio Dão junto às Termas de Al-cafache. O investimen-to de 768 mil euros (537 de fundos comunitá-rios) integra a requali-ficação das duas princi-pais praias fluviais e de um percurso pedestre, num total de 15 mil me-tros quadrados, devendo estar concluído no verão do próximo ano.De acordo com o presi-dente da Câmara Muni-cipal de Viseu, Fernando Ruas, o objetivo é apro-veitar “um recurso en-dógeno de primeira ca-tegoria” para atrair mais gente, sendo a estância termal a única do conce-lho.A obra era há muito rei-vindicada pelas popula-ções, mas Fernando Ruas justificou que este é o momento certo, com o programa respetivo que “possibilita fazer uma in-tervenção de fundo”, ao referir-se ao Programa de Valorização económi-

ca de Recursos Endóge-nos (PROVERE).O presidente da admi-nistração das Termas de Alcafache, Jorge Lou-reiro lembrou ao Jornal do Centro que “O proje-to só foi possível na par-te privada, pela cedência de terrenos das Termas e de outros particulares, através de um protocolo de comodato com a Câ-mara, com a cedência a título gratuito, durante 30 anos, desses espaços privados. Para o respon-sável “esta cedência teve como fim a realização de uma obra com impacto muito significativo nes-ta localidade. Era a única maneira possível de ter um projeto apoiado numa candidatura ao programa PROVERE, em terrenos particulares com inves-timentos públicos”.O responsável pela equi-pa projetista, Alexandre Maia, explicou que nas praias haverá interven-ção nos acessos, com sinalética e pavimenta-ção, e serão criadas in-fraestruturas de apoio,

como balneários, chur-rasqueiras e parque de merendas. Os açudes também serão melhora-dos e o espelho de água aumentado.No espaço público, está prevista a repavimenta-ção quase total da área, a duplicação do número de lugares de estaciona-mento, novo mobiliário urbano e sinalética. Se-gundo o projetista, esta área inclui a zona de esplanadas e cafés, que deverá deixar de ser con-siderada uma rua, para se assumir como uma pra-ça, “onde as pessoas vão para ficar, porque lá há eventos e gente”.O objetivo do percurso pedestre, com uma lar-gura de quatro metros e uma extensão de 311 me-tros, é que possa ser usa-do por todos, “mesmo por pessoas com mobili-dade reduzida”, ficando com piso idêntico ao da ecopista do Dão.

Emília [email protected]

Zona de Alcafache requalificadaViseu∑ Intervenções nas praias, espaço público e percurso pedestre

A O objetivo da investimento de 768 mil euros é atrair mais gente às termas

VILAR SECO

TEM NOVA CRECHE

E CENTRO

DE DIA

O ministro da Solida-riedade e da Segurança Social, Pedro Mota So-ares inaugurou no do-mingo, dia 15 , o novo edifício Creche e Cen-tro de Dia do Centro P a r o q u i a l de V i l a r Seco, em Nelas.

A obra candidatada ao programa PARES, c ustou cerca de 63 8 mil euros, contou com uma comparticipação do PARES de 202 mil e u r o s , e d e 2 1 2 m i l eu ros da Câ m a ra de Nelas. O valor restan-te foi assumido pelo Centro Paroquia l de Vilar Seco, com apoio da Junta de Freguesia local. EA

22º Festival de Músicas do Mundo ACERT

TERRA DA FRATERNIDADE

TOMDEFESTA

TONDELA26 27 28JUL’12

26 JUL · QUI · 21:30 (NA CIDADE)“EM VIAGEM PELA CIDADE”ESPECTÁCULO TEATRO-MUSICAL DE RUAUMA PRODUÇÃO DO TRIGO LIMPO TEATRO ACERT COM ACTORES E MÚSICOS VOLUNTÁRIOS

ÁS 23:00 (NA ACERT)KARROSSEL BAILE MÚSICAS DO MUNDO + PORCO NO ESPETO

27 JUL · SEX · 21:30LUIS PASTORFIL’MUS (ACERT) SEBASTIÃO ANTUNES

28 JUL · SÁB · 21:30TERRA DA FRATERNIDADECONCERTO DE TRIBUTO A JOSÉ AFONSO*A COR DA LÍNGUA + CONVIDADOS (BANDA BASE)CANTOS DA LIBERDADE · CARLOS CLARA GOMES COUPLE COFFEE · CHÉVERE FRAN PÉREZ NARFFRANCISCO FANHAIS · JOÃO AFONSO · JÚLIO PEREIRALOURDES GUERRA · LUIS PASTOR · MANUEL FREIRE NAJLA SHAMI · NEW SKETCH · PRESENÇA DAS FORMIGAS SEBASTIÃO ANTUNES · SÉS & BOCIXA TRIGO LIMPO T. ACERT · ÚXIA · VITORINO ZECA MEDEIROS

ENCERRAMENTODJ JOHNNY RED + VJ MECCAEXPOSIÇÕES: FOTOGRAFIA, ARTES PLÁSTICAS E DOCUMENTAL · FEIRA DE PRODUTOS LOCAIS VISTA CURTA’12 FESTIVAL DE CURTAS DE VISEUSSESESESESESESSESESESES BABABABABABABABASTSTSTSTSTSTSTSTIÃIÃIÃIÃIÃIÃIÃIÃOOOOOOOO AAAAAAAANNNNNNNNNNNNNNNNNNTUTUTUTUTUTUTUTUTUTUNNNNNNNNNNESESESESESESESESESES VISTVISTVISTVISTVISTVISTVISTVISTVISTVISTA CUA CUA CUA CUA CUA CUA CUA CUA CUA CURRRRRRRRRRTA’1TA’1TA’1TA’1TA 1TA 1TA 1TA 1TA 1TA 12222222222RRRRRRRRRRRRRR FESTFESTFESTFESTFESTFESTFESTFESTFESTFESTIVALIVALIVALIVALIVALIVALIVALIVALIVALIVAL DEDEDEDEDEDEDEDEDEDE CURTCURTCURTCURTCURTCURTCURTCURTCURTCURTASASASASASASASASASAS DEDEDEDEDEDEDEDEDEDE VISEVISEVISEVISEVISEVISEVISEVISEVISEVISEVISEUUUUUUUUUUUVVVVVVVVVV

Co-financiamento A ACERT é uma estrutura financiada por MecenasApoio Organização

Associação Cultural e Recreativa de TondelaRua Dr. Ricardo Mota, s/n; 3460-613 Tondela+351 232 814 400

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REGIÃO | Tabuaço, Mangualde, Viseu

MORTETabuaço. Na EN311, em Pinho, Boticas, um mi-n iautoca rro, com 20 pessoas, despistou-se e caiu para um penhasco de 50 metros. O veícu-lo capotou e várias pes-soas foram projectadas. M a r i a de Fát i m a , 5 1 anos, natural de Perei-ro, Tabuaço, foi cuspida pela janela e teve mor-te imediata. Oito pes-soas f icaram fer idas com gravidade e dez sofreram escoriações. Uma menina de quatro anos escapou ilesa. O acidente aconteceu às 11h15, de domindo, dia 15 , por causas desco-nhecidas. Maria de Fá-tima foi a enterrar, na terça-feira.

INCÊNDIOMangualde. As chamas lavraram cerca de 10 hectares de mato, pi-nhal e eucaliptal, du-rante toda a tarde de segunda-feira, na fre-guesia de Alcafache, em Mangualde. O aler-ta foi dado às 14h00 e rapidamente dezenas de meios operacionais e aéreos se deslocaram ao local. O fogo come-çou junto ao Rio Dão, a juzante das Termas de Alcafache e depressa as chamas alastraram para a área circundan-te. Contudo, o primei-ro “gra nde i ncêndio de Verão” desta zona do pa í s , n ão pôs em risco as populações e as habitações. “Havia umas quintas, mas ain-da afastadas do local, mas é natura l que os donos zelem por aqui-lo que é deles”, disse José António, segundo comandante dos Bom-beiros Voluntários de Mangualde. Às 19h00, o fogo foi dado como do-minado a todo o seu pe-rímetro.

A Secção Regional do Cen-tro da Ordem dos Enfer-meiros (SRCOE) confirma que há instituições no dis-trito de Viseu a pagarem 3,5 euros à hora a enfermei-ros contratados, nomeada-mente em algumas insti-tuições privadas.Na sequência da denúncia tornada pública de que ha-via a nível nacional enfer-meiros a queixarem-se de receberem menos de qua-tro euros hora, por causa da parte cobrada pelas em-presas de serviços, quando o valor de referência é de 10 euros, a SRCOE está a realizar um périplo pelas instituições “visando veri-ficar se existem condições que permitam o melhor exercício da profissão”, se-gundo Nuno Terra Lopes, vogal da SRCOE.De acordo com o responsá-vel, os casos de enfermei-ros contratados a menos de quatro euros à hora fo-ram identificados em ins-tituições de saúde privada, desconhecendo até à data a contratação em serviços públicos no distrito.

“Esta situação é alarman-te e insuportável”, co-menta o dirigente, admi-tindo que perante a con-juntura de “desemprego, desmotivação, baixas re-munerações, precariedade e insegurança, falta de con-dições para o exercício da profissão, os grandes pre-judicados são os utentes”.“Temos relatos de enfer-meiros que são, sozinhos, responsáveis pela vida de mais de 40 pessoas em si-multâneo”, exemplifica, assumindo que está em causa a segurança dos do-entes: “Apesar da elevada competência e sacrifício dos enfermeiros em exer-cício, começam a não ter a possibilidade de, em ter-mos numéricos, garantir a qualidade e segurança aos seus utentes”.Para Nuno Terra Lopes, “a política das baixas re-munerações decorre de várias razões” e avança com o “planeamento de-ficiente por parte da tu-tela no que diz respeito à disponibilização de va-gas para o curso superior

de enfermagem”, que “em conjunto com a desregu-lação da oferta no ensi-no privado, resultou num desequilíbrio” entre a ofer-ta e a procura.Por outro lado, o enfer-meiro diz que “ a cultu-ra de gestão em Portugal é tendenciosa e centrada no modelo médico, des-promovendo todos os ou-tros profissionais, e lembra que nesta matéria a Ordem dos Enfermeiros (OE) está a trabalhar no sentido de propor a alteração do mo-delo de financiamento do setor, para que se englo-bem também indicadores do exercício profissional dos enfermeiros”.Nuno Terra Lopes mostra-se ainda preocupado com a emigração em média de 10 enfermeiros por dia em Portugal, segundo dados da OE, ao lembrar que o Estado está a investir na formação de enfermeiros e, depois “deixa que emi-grem a custo”.

Emília [email protected]

Ordemconfirma enfermeiros a ganhar 3,5 eurosà hora em ViseuConsequências∑ “Está em causa a segurança dos utentes”

A Nuno Terra Lopes, vogal da Secção do Centro da OE está a realizar périplo pelo distrito

Jornal do Centro20 | julho | 201214

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Dia dos Avós comemora-se a 26 de julhoA 26 de julho assinala-

se em Portugal o Dia dos Avós, uma jornada que pretende reconhecer o “papel fundamental dos avós ao nível mais res-trito da família, quer no plano mais alargado da sociedade em geral”. A

data é vivida desde 2003, por instituição do Parla-mento.

Além de ser uma come-moração simbólica, trata-se de um dia que preten-de consciencializar para o papel que os avós de-sempenham na vida dos

netos e dos filhos, bem como a sua importância para a sociedade. Numa altura em que tanto se questionam os valores fa-miliares, a data permite alertar para o legado que os seniores deixam às ge-rações mais jovens, sem

esquecer a importância de reconhecer as suas próprias necessidades.

A data escolhida para a celebração prende-se com o facto de ser tam-bém o dia dos pais de Ma-ria e avós de Jesus Cristo, Santa Ana e São Joaquim,

considerados os padroei-ros de todos os avós.

Numa altura em que se assinala o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, como forma de assinalar o 10.º Aniversá-rio do Plano de Ação das

Nações Unidas sobre En-velhecimento, esta é mais uma oportunidade para promover o encontro en-tre avós e netos e refor-çar a solidariedade entre gerações, de modo a criar uma sociedade para to-dos.

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ESPECIAL | AVÓS

Embrace Life assinala com caminhadana Ecopista

Uma caminhada por uma boa causa. Este é o mote de uma iniciativa que está a ser promovida pela Embrace Life e que propõe um passeio pela Ecopista para comemo-rar o Dia dos Avós.

Tendo como local de encontro as traseiras do Tribunal, a caminhada será realizada no dia 28 deste mês, pelas 9 ho-ras, e pretende reunir avós, netos e todos os familiares que queiram associar-se à iniciativa, cujo objetivo é o de ce-lebrar a experiência de vida e o valor da experi-ência adquirida, ao mes-mo tempo que se promo-ve o convívio com a Na-tureza.

“Abraçar a Vida” é o desaf io que a empre-sa, sediada no Bairro de Santo Estevão, em Viseu, lança a propósito

da efeméride.Especializada em apoio

domiciliário, a Embra-ce Life disponibi l iza acompanhamento per-manente e especializa-do a seniores e depen-dentes, assegurando ta-refas como supervisão de medicação, auxílio na higiene pessoal diá-ria, limpeza da habita-ção, realização de ativi-dades lúdicas e de bem-estar físico e psicológico ou acompanhamento em deslocações.

Idas ao médico ou mes-mo ao supermercado, à farmácia e ao cabeleirei-ro já não precisam de ser um transtorno, uma vez que a empresa dispõe de uma equipa de profissio-nais prontos a assegurar todas as necessidades dos utentes. A Embrace Life conta ainda com um serviço de enfermagem

ao domicílio, o que per-mite um melhor acompa-nhamento dos tratamen-tos e do estado de saúde do doente.

O apoio psicossocial, a formação e auxílio aos cuidadores e familiares, o auxílio nas refeições, a reabilitação motora e a estimulação sensorial são outros dos serviços, com vista a promover um ambiente seguro e ade-quado à condição especí-fica de cada pessoa.

A par das atividades do dia a dia, a Embrace Life, onde pode encontrar apoio específ ico para doentes de Alzheimer, Parkinson e outras de-mências, pretende ser também uma empresa de afetos, onde os utentes e os familiares terão sem-pre um miminho e uma porta aberta para a parti-lha de experiências.

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“Festa do Diados Avós”em Penedono

FESTANOESPAÇOINTERGERAÇÕES

O dia é especial, por isso, nada melhor do que muita festa para o assinalar. A proposta é da Delegação de Viseu da Associação Nacional de Aposentados Pensio-nistas e Reformados – MODER P, que está a preparar, para 26 deste mês, um convívio onde avós e netos têm encon-tro marcado.

O certame realiza-se no Espaço Intergera-ções, na Rua da Senho-ra da Piedade.

A Câmara Munici-pal de Penedono vai celebrar, a 26 de ju-lho, o Dia dos Avós. A efeméride será as-sinalada com uma jor-nada dedicada a avós e netos, onde não fal-

tará amizade, parti-lha e, acima de tudo, um convívio em fa-mília.

A “Festa do Dia dos Avós” terá lugar no Santuário de Santa Eufémia.

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AVÓS | ESPECIAL

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Até 1995, a legislação portuguesa não dava quaisquer direitos aos avós, no caso de separa-ção dos pais ou da morte de um. A partir daí, foram estabelecidos dois princí-pios: o de relacionamento com o neto, dividido en-tre a relação pessoal pro-priamente dita e as infor-mações sobre a vida do menor; e o do direito da criança a conviver com os avós, como forma de de-senvolvimento da sua per-sonalidade e identidade.

Assim, o direito de os menores conviverem com os seus ascendentes pas-sou a ser consagrado na lei que reconhece a im-portância para a crian-ça do conhecimento e da relação com a família alargada. Essa confirma-ção é dada pelo Artigo 1887.º-A, aditado pela Lei

n.º 84/85, de 31 de agosto do Código Civil, de acor-do com o qual “os pais não podem injustificadamen-te privar os filhos do con-vívio com os irmãos e as-cendentes”.

Mas tal preceito le-gal veio colocar algumas questões, nomeadamente se esse direito deve ser in-tegrado nos casos em que há necessidade de regu-lação do poder paternal. Por outro lado, muitas vo-zes têm interrogado se os avós têm o direito legal-mente reconhecido de re-clamar o convívio com os netos.

O superior interesse da criança tem sido apontado como a base para nortear as leis e todas as decisões administrativas, judiciais ou outras.

Foi também com esta premissa que o Supremo

Tribunal de Justiça insti-tuiu em 1998 um Acórdão sobre a matéria. Pode ler-se no documento:

“I – O Art.º 1887.º-A do CC, aditado pela Lei n.º 84/95, de 31/08, consagrou não só o direito do menor ao convívio com os avós, como reconheceu, tam-bém, um direito destes ao convívio com o neto, que poderá designar-se por “direito de visita”.

II – Em caso de conflito entre os pais e os avós do menor, o interesse deste último será o critério de-cisivo para que seja conce-dido ou denegado o “direi-to de visita”.

III – Presumindo a lei que a ligação entre os avós e o menor é benéfica para este, incumbirá aos pais – ou ao progenitor sobrevi-vo ou que ficou a deter o poder paternal – a prova

de que, no caso concreto, esse relacionamento ser-lhe-á prejudicial.”

Um aspeto relevante do Acórdão é o facto de se reconhecer que “os avós têm em relação aos netos um papel complementar ao dos pais, embora de na-tureza diferente. Enquan-to os pais assumem uma função predominante-mente de autoridade e de disciplina em relação aos filhos, o papel dos avós é quase exclusivamente afe-tivo e lúdico, satisfazen-do a necessidade emocio-nal da criança de se sentir amada, valorizada e apre-ciada”.

Cumprindo-se a juris-prudência, está assegura-do aos menores o direito a beneficiarem do patrimó-nio humano, cultural e so-cial que os avós têm para oferecer.

Lei reconhece benefíciospara os menores

∑ Os avós têm direito a faltar até 30 dias seguidos, após o nascimento de neto(a), fi-lho de adolescente com idade até 16 anos, que viva com eles. Estes dias podem ser par-tilhados entre eles e são gozados em subs-tituição do pai e da mãe da criança. Nesta situação, têm direito a um subsídio no valor de 100 por cento da sua remuneração de re-ferência.

Os avós podem, ainda, faltar, em substi-tuição dos pais da(s) criança(s), para pres-tar assistência inadiável e imprescindível a neto(s), nos casos de doença, acidente de neto(s) menor(es), deficiência ou doença crónica (independentemente da idade da criança). Nesta situação, têm direito a um subsídio no valor de 65 por cento da sua re-muneração de referência.

Sabia que…

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ESPECIAL | AVÓS

Actualize as suaspróteses dentárias

Opinião

Pedro Carvalho GomesCMDV Supreme Smile

Milhões de portugueses têm falta da maio-ria ou mesmo de todos os dentes. Para estes, a substituição das próteses dentárias por uma outra solução que elimine a necessidade de “co-las”, pode significar um novo nível de confor-to e facilidade na sua vida. A alternativa mais eficaz seria a prótese que utiliza os implantes dentários como suporte e para dar retenção, re-movendo assim a necessidade de utilização dos materiais adesivos de prótese para melhorar a retenção desta. Na verdade, a retenção e a esta-bilidade da prótese com implantes é muito su-perior à da prótese tradicional mesmo quando se utiliza esses materiais adesivos. Além disso, deixa de haver lesões nas gengivas provocadas pela instabilidade das próteses.

A utilização de implantes dentários permite devolver-lhe o seu sorriso e função mastigató-ria que outrora teve e que é de todo impossí-vel proporcionar com as próteses removíveis convencionais, mesmo com os materiais ade-sivos.

Estas próteses com implantes podem subs-tituir a totalidade dos seus dentes ou apenas parcialmente, dependendo dos dentes em falta. Além disso, as próteses sobre implantes podem ser fixas ou removíveis:

Próteses fixas sobreimplantes dentários

Esta solução consiste numa ponte dentária sobre implantes que é suportada por quatro ou mais implantes dentários, dependendo dos dentes em falta. Neste tratamento os implan-tes dentários funcionam de forma semelhan-te às raízes naturais e a sensação das próteses definitivas será muito semelhante à dos den-tes naturais.

Próteses removíveis estabilizada com implantes dentários

Uma prótese removível é uma outra forma de prótese suportada por implantes dentários, mas que é possível tirar pela própria pessoa, sendo mais semelhante às próteses conven-cionais. Esta prótese suportada por implantes dentários pode “encaixar” apenas em dois im-plantes dentários, conferindo um aspecto e funcionamento muito semelhante ao dos den-tes naturais.

Se necessitar de compor a sua prótese ou se estiver cansado(a) de utilizar as suas próteses, considere as alternativas de substituição de prótese e deixe que os materiais adesivos de próteses passem a fazer parte do passado.

É tempo de dizer adeus aos materiais adesi-vos de prótese e melhorar a sua qualidade de vida.

Os meus avós são muito importantes para a minha vida e só tenho pena de não poder passar mais tempo com eles, pois uns moram em Coimbra e os outros em Fornos de Algodres.

Helena Sofia12 anos

Sou avó de uma menina de três anos e esta é uma experiência fantásti-ca. Quando somos avós, as emoções são a dobrar e mais profundas do que quando se é mãe, uma vez que já acumulámos conhecimentos e os receios dão lugar à calma.

Por isso se diz que ser avó e ser mãe duas vezes, até porque já temos mais tempo disponível para aproveitar todos os momentos com os netos e para os “estragar” com mimos.

Dos meus avós só conheci a avó Maria, que tratávamos carinhosamente como Marquinhas. Era uma mulher séria, que não nos deixava sair da linha, mas também muito culta, inteligente, atenciosa, ligada à família, preocupa-da com os netos e carinhosa.Rosa Spoek

53 anos

Só tive oportunidade de conviver com as minhas avós e recordo-me das histórias que nos contavam, a maneira como falavam dos laços familiares, da sua infância e do trabalho árduo que havia antigamente. Por outro lado, não posso esquecer os presentes e o muito carinho que nos davam.

Sem dúvida que contribuíram para o meu crescimento cultural e en-quanto pessoa.

Ana Cristina Marques47 anos

Os meus avós...

Jornada de convívioem Mangualde

O Dia dos Avós vai s e r a s s i n a l a d o e m Mangualde com um “Ar-raial Sénior”, promovi-do pela Câmara Muni-cipal e pela Rede So-cial local, com o apoio dos Bombeiros Volun-tários, da Santa Casa da Misericórdia, do Agru-pamento de Escolas, da Unidade de Cuidados na Comunidade e da Guarda Nacional Re-publicana. No próximo dia 26 todos os olhares estarão voltados para a Nossa Senhora do Cas-telo, onde a partir das 11 horas são esperadas centenas de munícipes com 65 ou mais anos, acompanhados pelos netos, que também são

chamados a participar na iniciativa.

O programa tem iní-cio com uma missa so-lene, seguindo-se uma troca de merendas entre os presentes. Durante a tarde, os avós, individu-almente ou em grupo, serão convidados a dar o seu contributo para a festa protagonizando canções, anedotas, poe-mas, ou espetáculos de teatro. A animação será uma constante.

A participação é gra-tuita, mas sujeita a ins-crição prévia nas sedes das juntas de fregue-sia ou na Câmara Mu-nicipal de Mangualde, no Serviço de Ação So-cial.

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AVÓS | ESPECIAL

Apoio a doentes de Alzheimer é prioridade da Home Instead em Viseu

A aposta nas necessi-dades e na qualidade de vida da população sénior tem sido uma das prio-ridades da Home Ins-tead desde que se ins-talou, no ano de 2008, em Viseu, na Avenida Alberto Sampaio. A par-tir de então, os utentes têm ao seu dispor um le-que completo de servi-ços sem que haja neces-sidade de deixarem a sua

habitação, bens e zona de conforto. Evita-se, assim, o corte radical com aqui-lo que mais estimam.

Apoio durante a noi-te, preparação das refei-ções, limpeza da roupa, higiene pessoal, acom-panhamento em cami-nhadas, planeamento de visitas, e lembrança das horas da medicação são algumas das áreas abrangidas pela empre-

sa, que tem desenvolvi-do um acompanhamento específico e personaliza-do para pessoas com do-ença de Alzheimer. Esta valência resulta de um programa de formação específico desenvolvido nos Estados Unidos, em colaboração com a Ge-orge G. Glenner School of Dementia Care, uma conceituada associação especialista nestas áreas,

e permite aos CAREGi-vers agir perante as ne-cessidades e particulari-dades de um cliente com a Doença de Alzheimer.

O objetivo é o de ga-rantir aos utentes o apoio adequado às suas exigên-cias, pelo que os horários e os serviços são feitos à medida de cada um. Por outro lado, a Home Ins-tead pretende contrariar o sentimento de solidão,

comum a muitos idosos e ajudar as famílias a cui-dar dos seus membros.

Acreditando que o fu-turo do acompa n ha-m e n t o à p o p u l a ç ã o sénior passa pelo apoio domiciliário, a empresa dispõe de uma equipa es-pecializada em geriatria e formada para lidar com as mais variadas situa-ções e necessidades dos seniores.

A Associação Famí-lias lançou um con-curso a nível nacional destinado a assinalar o Dia dos Avós. “Um dia, no meu dia de Avô (Avó)…” é o mote da iniciativa que procura estimular o envelhe-cimento ativo e o di-álogo intergeracional, ao mesmo tempo que promove o valor dos seniores na família.

Os concorrentes, obrigatoriamente avós, podem criar o seu tex-to em prosa ou em ver-so, com um tamanho máximo de duas fo-lhas A4, só frente. Os trabalhos podem ser enviados pelo correio, correio eletrónico ou entregues em mão na sede da Associação. O prazo para participar termina no próximo domingo.

Os trabalhos apre-sentados a concurso poderão ser objeto de edição posterior, na página da Associação Famílias (www.a-fa-milias.org) ou noutro formato. O júri irá ele-ger os três textos mais relevantes e signifi-cativos das vivências dos avós e os vencedo-res serão conhecidos a 26 deste mês.

Associação

Famílias

promove

concurso

Jornal do Centro20 | julho | 2012 19

Page 20: Jornal do Centro - Ed540

economiaESTÉTICA E BEM-ESTAR COM “ALMA”, ABRE EM VISEU

Em Viseu, foi inaugu-rado no passado dia 13, o centro de estética e bem-estar “Alma”.

Localizado na Quin-ta das Fontainhas, local tranquilo e de fácil aces-so, com estacionamento, o novo espaço aposta nos serviços de depilação e-light, jet bronze, aplica-ção de gel UV e variados tratamentos “que vão de encontro às necessi-dades de cada pessoa”, referiu Ana Andrade Ramos. A gerente do “Alma”, aposta num ser-viço personalizado. Ana vê agora “um sonho con-cretizado” e não esquece o apoio incondicional do marido e das amigas. A gerente ambiciona revo-lucionalizar o conceito de bem-estar na cidade de Viseu.

JOANA MARTINS PODE SER A PRÓXIMA VJ DA MTV

A v i s e e n s e J o a n a Martins, vencedora da epata do MTV VJ Casting que decorreu no Forum Viseu, pode ser a próxima cara do canal de música.

A grande f inal está marcada para amanhã, dia 21 , pelas 15h00, no Forum Sintra. Para aju-dar a Joana a alcançar o sonho, pode votar através do sítio na internet: www.mtv.pt/vjcasting. Aurea, No Soul Family e Mikel Solnado vão colocar os 11 finalistas à prova. TVP

Feira de Caça da Nave regressa a Alvite

A II Feira de Caça da Nave, em Alvite, realiza-se no fim de semana de 21 e 22, pela mão da dire-ção da Associação de Ca-çadores de Alvite. Dois dias, em vez de um como aconteceu no ano passa-do, e mais de uma deze-na de atividades progra-madas, algumas pionei-ras no país, como a prova de trabalho de cães coe-lheiros, a corrida de gal-gos, a largada de perdi-zes e o concurso do me-lhor exemplar canino da feira.

Uma outra novidade é a libertação de um fal-cão, ave de rapina, um dos animais mais velo-zes do mundo, que em

voo picado chega a atin-gir velocidades superio-res a 300quilómetros por hora.

O cartaz volta a con-templar espaços exposi-tivos, todos ligados à ati-vidade cigética, venda de cães, uma mostra da fau-na selvagem com o coe-lho bravo, a perdiz ver-melha e o javali.

“Estreou-se apenas há um ano e conquistou logo o estatuto de maior Feira da Caça de todas as que se realizam de entre Douro e Mondego”, ga-rante a organização ao anunciar “uma segun-da edição ainda maior e mais diversificada. “Vai ser de excelência”, as-

segura Rui Clemêncio, presidente da direção da Associação de Caçadores de Alvite.

O presidente da Câma-ra de Moimenta da Bei-ra, José Eduardo Ferreira sublinha que o certame valoriza acima de tudo os recursos do território. “A caça é um bem eco-nómico com um valor significativo e um fator de valorização da nossa zona. Temos belíssimas serras, temos de aprovei-tar os nossos recursos e integrá-los nos roteiros turísticos”, enfatiza o autarca.

Emília [email protected]

Moimenta da Beira∑ Já considerada a maior mostra entre

Douro e Mondego

A Certame decorre dias 21 e 22, e conta com mais de uma dezena de atividades

“Todos Contam”:Portal do Plano Nacionalde Formação Financeira

Clareza no Pensamento

Um ano depois de ter sido anunciado, o Plano Nacional de Formação Financeira (PNFF) ga-nhou maior visibilidade graças ao lançamento, na semana passada, do seu portal na Internet: www.todoscontam.pt. O PNFF é da responsa-bilidade dos três regu-ladores financeiros por-tugueses - Banco de Por-tugal (BdP), Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e Instituto de Seguros de Portugal (ISP) - tem um horizonte temporal de 5 anos (2011-2015) e os se-guintes objetivos pronci-pais: melhorar conheci-mentos e atitudes finan-ceiras, apoiar a inclusão financeira, desenvol-ver hábitos de poupan-ça, promover o recurso responsável ao crédito, criar hábitos de precau-ção.

O p o r t a l a g o r a disponibilizado é ape-nas uma de várias for-mas de atuação previs-tas dirigidas a diversos grupos de destinatários (estudantes de todos os graus de ensino, traba-lhadores, “grupos vul-neráveis” - designação adotada no documento e que inclui desempre-gados, imigrantes, refor-mados com baixos níveis de rendimento e jovens sem escolaridade obri-gatória). Pretende ser um veículo de promoção da formação financeira da população portugue-sa e de uma cidadania financeira responsável, disponibilizando desde já um conjunto muito in-teressante de informa-

ções agrupadas nos se-guintes temas:

- Planear o orçamento familiar

- Fazer pagamentos- Poupar e investir- Criar uma empresa- Contrair crédito- Fazer um seguro- Prevenir a fraude

O portal disponibiliza ainda outros recursos igualmente interessan-tes e úteis: diversos si-muladores (orçamento familiar, poupança, cré-dito à habitação, crédito ao consumo, cartões de crédito, pensões da Se-gurança Social, encar-gos com produtos ban-cários, encargos com PPR, encargos para o investidor), brochuras temáticas dirigidas a pú-blicos específicos, infor-mação relevante conso-ante as diversas etapas da vida (estudar, come-çar a trabalhar, comprar carro, comprar casa, constituir família, pla-near a reforma, desem-prego, divórcio, doença) e um glossário com mui-tos conceitos financei-ros explicados de forma simples. É ainda possível subscrever uma news-letter.

O portal Todos Con-tam é um instrumento muito meritório e que deve ser amplamente di-vulgado, nomeadamente junto de estudantes dos diferentes graus de en-sino.

Nota: este artigo ficará disponível no blogue Clareza no Pensamento

(http://www.clarezanopensamento.blogspot.com)

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Rogério MatiasDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

A Associação de Desen-volvimento Local ADICES garantiu esta semana a rea-lização da segunda edição da Rota da Gastronomia, em outubro ou novembro des-te ano.

A primeira mostra decor-reu entre 14 de abril e 13 de maio, em colaboração com as autarquias de Carregal do

Sal, Mortágua, Santa Comba Dão e Tondela. Um trabalho em parceria com 14 restau-rantes dos concelhos, que contou com o apoio o Turis-mo Centro de Portugal.

O objetivo da iniciativa é promover a gastronomia e os produtos locais produzi-dos localmente, bem como outros recursos do território

como o património natural e a oferta turística.

A segunda edição vai pri-vilegiar os produtos endó-genos de outono tais como míscaros/cogumelos, casta-nha, lampantana, carolos e grelos.

A formação na restauração é outra vertente em destaque na próxima rota. EA

Nova Rota da Gastronomia

DR

DR

20 Jornal do Centro20 | julho | 2012

Page 21: Jornal do Centro - Ed540

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

DR

17 | 21:00

A FLECHA SAGRADASamuel Fuller

19 | 22:00

BELLEVILLE RENDEZ-VOUSSylvain Chomet

18 | 22:00

VISTACURTAFESTIVAL DE CURTAS DE VISEU

21 | 22:00

LE HAVREAki Kaurismaki

Publicidade

“DOCE VOUZELA” NO FINAL DO MÊS

O Festival de Doçaria “Doce Vouzela”, promo-vido pela Câmara Muni-cipal realiza-se nos pró-ximos dias 28 e 29.

Durante dois dias, a vila de Vouzela recebe-rá o melhor da doçaria regional. O certame vai contar com mais de 20 produtores de doces do concelho, mas também de Oliveira de Frades e S. Pedro do Sul.

A novidade no car-taz deste ano é o pri-meiro Encontro de Co-lecionadores de Paco-tes de Açúcar, dia 28 às 14h00, e a 2ª Exposição de Cake Design, inau-gurada às 18h00 do mes-mo dia.

A iniciativa inclui vá-rios espetáculos musi-cais, insuf láveis, ani-mação de rua, pinturas faciais e o comboio tu-rístico gratuito. EA

WORKSHOP DE COZINHA DE VERÃO

A Escola Profissional de Tondela (EPT) pro-move dia 24, às 17h00, um workshope com sa-bores de verão, sob a orienação do chef Luís Almeida.

Os participantes terão a oportunidade de con-fecionar saladas e pratos leves e saudáveis, uma das grandes opções nes-ta época do ano.

Para a EPT a proposta “é um apelo à arte culi-nária de todos os inte-ressados”.

MANGUALDE-FASHION EM SETEMBRO

A Câmara de Man-gualde realiza dia 6 de setembro, o MAN-GUALDEFashion 2012. Este primeiro desfile de moda pretende dinami-zar e promover as mar-cas e as lojas da cidade, envolvendo os vários re-presentantes de roupa e acessórios, ourivesarias e relojoarias, sapatarias, cabeleireiros maquilha-doras e óticas.

As inscrições para a pré-seleção de modelos estão abertas até dia 25 deste mês.

Douro Suldefine Estratégiade Desenvolvimentoe Plano de Ação

A O projeto vai ser coordenado pelo economista, Augusto Mateus

Os 10 municípios do Douro Sul vão avançar com uma estratégia de desenvolvimento assente nos recursos endógenos, como o vinho ou a fruta, para fixar a população na-quele território cada vez mais despovoado e ga-nhar dimensão.

O economista Augusto Mateus vai coordenar esta Estratégia de Desenvol-vimento e Plano de Ação, que vai custar cerca de 10 mil euros a cada um dos 10 municípios e deverá es-tar pronta até novembro.

A iniciativa, promovida pela Associação de Mu-nicípios do Vale do Dou-ro Sul (AMVDS) foi apre-sentada recentemente em Lamego. O presidente da AMVDS, António Borges, também presidente da Câmara de Resende (PS)

esclareceu que a ideia é “avaliar os instrumentos disponíveis para continu-ar a fazer crescer a região e, sobretudo, para a fazer crescer no sentido da sua qualificação, da criação de emprego e crescimento económico”.

O p r e s i d e n t e d e Lamego, Francisco Lopes concretizou que o objeti-vo é “definir iniciativas e projetos que possam ser estratégicos para o perío-do de programação 2014-2020”, referente ao próxi-mo quadro comunitário de apoio.

Augusto Mateus apon-tou como problemas des-te território a “dificuldade em fixar população e de ter atratividade”. “A ideia com que partimos para este trabalho é a de poder-mos ter mais valor acres-

centado sobre os produtos endógenos, como a agri-cultura, a gastronomia, os granitos, o Douro - tudo aquilo que faz a identida-de desta região”, afirmou Augusto Mateus, desta-cando a necessidade de a região fazer um esforço na internacionalização.

No ter r itór io dos municípios de Arma-mar, Cinfães, Lamego, Moimenta da Beira, Pe-nedono, Resende, São João da Pesqueira, Ser-nancelhe, Tabuaço e Tarouca vivem, segun-do os censos 2011, cer-ca de 74 mil pessoas. O Vale do Douro Sul detém uma representatividade de 2% no contexto da re-gião Norte em termos populacionais e econó-micos.

Emília Amaral/Lusa

Objetivo ∑ Fixar população num território despovoado

Em Aguiar da Beira de-corre este sábado, dia 21 a primeira edição da Feira Agropecuária. O certame integra-se na XI Feira das Atividades Económicas, que começou na quinta-feira e prolonga-se até do-mingo.

A ideia é convidar to-dos os produtores locais a venderem os seus produ-tos durante a manhã de sá-bado. A Câmara, entidade organizadora do evento, adianta que é “uma expe-riência” nova e, por isso, rodeada de “expetativas”.

XI Feira das Atividades Económicas de Aguiar da Beira destaca-se ainda pe-las alterações introduzidas este ano no recinto do cer-tame, que recebe mais de 100 expositores, e pelos concertos. Esta sexta-feira abre as portas às 19h00 e no palco destaca-se o con-certo dos Amor Electro, às 22h00. Sábado, é a noite o concerto de David Carrei-ra. O domingo é composto por variadas iniciativas, en-tre elas o cortejo etnográfi-co, às 18h00.

Centro de Atendimen-to Municipal (CAM). Este ano, a Camara de Aguiar da Beira juntou à progra-

mação da Feira das Ativida-des Económicas, a abertura do Centro de Atendimento Municipal. Um novo espa-ço de atendimento no edi-fício da autarquia, inaugu-rado na quinta-feira, cria-do para “tornar mais célere e eficiente o atendimento dos cidadãos, para além de ter também como objetivo a redução de custos”, lê-se numa nota enviada pela au-tarquia.

Este CAM está direta-mente ligado aos serviços camarários, permitindo, desde pagar a água até a elaboração de um processo de obras. A partir do CAM as pessoas serão igualmen-te encaminhadas, sempre que necessário, às várias di-visões administrativas e ao próprio executivo.

O projeto resulta de uma candidatura aos fundos co-munitárias, através da Co-munidade Intermunicipal Dão Lafões, da qual o con-celho faz parte.

O CAM engloba a for-mação de funcionários que vão trabalhar no espaço de atendimento aos muníci-pes, “de forma a estarem preparados para assumir esta modernização admi-nistrativa”, assume o execu-tivo de Aguiar da Beira. EA

Agropecuária junta-se à feira de Aguiar

21Jornal do Centro20 | julho | 2012

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desportoVisto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay Sala de visitas despor-

tiva de Viseu, o Comple-xo Desportivo do Fonte-lo tem este fim-de-se-mana intensa atividade, e em modalidades tão diferentes como o fute-bol, o voleibol e os des-portos radicais. Os es-paços estão lá, prontos para utilização, e haja eventos para lá realizar. Fica a faltar a prometida requalificação do Pavi-lhão Gimnodesportivo para que o complexo fique com mais condi-ções ainda. Pena que não sobre muito mais por onde se possa ex-pandir, e as necessida-des são cada vez maio-res.

Cartão FairPlay Mais de uma década

a comandar os destinos do futebol em Viseu é também sinónimo da confiança que a equi-pa que dirije tem sabi-do conquistar junto dos clubes filiados. confian-ça conquista-se com tra-balho e qualidade. Nes-se particular a Associa-ção de Futebol de Viseu tem estado (está) bem servida.

Cartão Amarelo Enraizou-se nos clu-

bes a ideia que as redes sociais são hoje meio de privilégio para comuni-car com sócios e adep-tos. Errado. Com isso , além de que nem toda a gente vai ao facebook, subalterniza-se, perigo-samente, o papel da im-prensa. Depois não se queixam.

Visto

FonteloViseu

José Alberto FerreiraPresidente AF Viseu

FutebolRedes Sociais

A O reeleito presidente aproveitou o discurso para alertar para os tempos difíceis que se adivinham

Associação de Futebol de Viseu

“O Estado, ingrato... ignora-nos”José Alberto Ferreira ∑ Desde 2002 na presidência, vai manter-se até 2015

Cáustico e crítico, mas acima de tudo realista, o discurso proferido por José Alberto Ferreira durante a cerimónia de tomada de posse na pre-sidência da Associação de Futebol de Viseu.

Os 10 anos que leva aos comandos do futebol dis-trital dão-lhe essa capa-cidade de diagnóstico da atualidade do futebol em Viseu. Vários anos de mandato que atravessam, de forma transversal, o “tempo das vacas gordas” e o de aperto de cinto de que padece o futebol, em

particular, e o pais em ge-ral.

Uma intervenção mui-to virada para as neces-sidades e os desafios que os clubes têm, e terão pela frente nos próximos tem-pos, mas, principalmente, para o papel do dirigente no desporto em Portugal.

Neste particular, apro-veitou para reivindicar a criação de “um estatuto do dirigente associativo benévolo” com deveres e obrigações, “mas com di-reitos”, frisou. Consideran-do que o “Estado, ingrato como é, e sempre foi” igno-

ra, legal e juridicamente o dirigente desportivo, pilar fundamental do desenvol-vimento do desporto em Portugal. E foi mais longe ao não esconder o seu “es-panto” por ainda existirem “dirigentes associativos voluntários, capazes de correr riscos pessoais de toda a ordem, em prol de um ideal, utopicamente cada vez mais distante.

O agora reeleito presi-dente da Associação de Futebol de Viseu, para o mandatao 2012 - 2015, não esqueceu o ano difícil que passou, e que, recordou,

“provocou o abandono de alguns associado” que re-presentavam clubes de fre-guesias mais interiores e que, em muitos desses ca-sos, “eram a única coletivi-dade desportiva” local.

Apesar de considerar que vem pela frente “um mar encapelado de dificul-dades”, reafirmou o desa-fio de continuar a promo-ver e desenvolver o futebol em Viseu, e a promessa de “continuar a ajudar os clu-bes neste período difícil a ultrapassar as suas dificul-dades”.

Gil Peres

Gil

Pere

s

“ENCONTRO DE ESCOLAS DE CICLISMO” EM MANGUALDEMangualde volta a re-ceber o “Encontro Na-cional de Escolas de Ciclismo”, já este fim-de-semana, dias 21 e 22 de julho. O encontro é uma iniciativa que pro-cura fomentar a prática do ciclismo de estrada e também do BTT. Em Mangualde são espera-dos cerca de 500 atletas num encontro onde par-ticipam todas as escolas de formação de ciclismo do país, no que é um dos mais importantes even-tos do calendário de competições jovens da Federação Portuguesa de Ciclismo. Mais uma vez, a Câmara Munici-pal de Mangualde vol-ta a associar-se a este encontro, no que para os seus responsáveis é “uma demonstração da aposta da autarquia na promoção do desporto no concelho”. Recorda-se que o “Encontro Na-cional de Escolas de Ciclismo” se realiza, pelo terceiro ano conse-cutivo, em Mangualde.

CONTRATAÇÕES E RENOVAÇÕES NO PENALVA DO CASTELO”Bruno Ferrary, Sérgio Fonseca, Gamarra e Cristóvão vão continuar a representar o Penalva do Castelo. Os quatro atletas já chegaram a acordo com a direção do clube e vão manter-se no plantel que este ano será liderado por Rogério Sousa, ex-atleta do Penalva e que na úl-tima temporada treinou os juniores do Viseu e Benfica. Para já há também três reforços confirmados para mais uma época na série C da III Divisão Nacional. Miguel Pereira, centro campista que jogava no Sátão está de regresso ao clube onde fez a sua formação. Joe Junior e Pedro Cruz são também reforços. Joe Junior es-tava no Mangualde en-quanto Pedro Cruz era guarda-redes do Viseu e Benfica.

Futebol

Nem que seja particular, há “grande” no FonteloO Estádio do Fontelo vol-

ta a receber um “grande” do futebol em Portugal. Desta vez é o Campeão Nacional, Futebol Clube do Porto que vem até Viseu para defron-tar os espanhóis do Celta de Vigo.

Uma partida de prepara-ção, organizada pela João Peres Sport, que vai dis-

putar-se a partir das 19h45 deste sábado, dia 21 de ju-lho.

Os bilhetes estão à venda na Associação de Futebol de Viseu, e amanhã, a par-tir das 14h00, nas bilhetei-ras do Estádio do Fontelo, com preços entre os 10 e os 20 euros.

É o campeão nacional

a jogar em Viseu, frente a uma equipa que já esteve no top em Espanha, e que este ano está de regresso à Liga. Expectativa sobre uma eventual estreia de Ja-ckson Martinez, o avança-do internacional colombia-no que o FC Porto contra-tou esta época .

GPA Jackson Martinez

Ultr

a.co

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MODALIDADES | DESPORTO

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As águas do Rio Douro, junto às Termas das Caldas de Aregos, em Resense, recebe-ram mais uma prova do Campeonato Nacional de Motonáutica. Um espectáculo que leva sempre muita gente até às margens do rio para ver em acção pilotos e máquinas num cenário natural de grande beleza e que dá sempre um enquadramento especial e único a este tipo de eventos. O Campeonato segue a 28 para uns quilómteros a Nor-te, em Cinfães..

foto legenda

VISEU 2001

Valter Canhoto contratadoO Viseu 2001 contratou

mais um jogador. O ala Valter Canhoto, que na época passada jogou no Operário, da I Divisão, chegou a acordo com o clube viseense.

Tem 29 anos e é consi-derado um jogador expe-riente, tendo sido com-panheiro de Balão, outro

dos reforços da tempora-da no Viseu 2001.

Antes de jogar no Ope-rário, Valter Canhoto vestiu a camisola de al-guns clubes da região de Lisboa que disputaram subidas de divisão, e é por isso encarado como um jogador que pode ser uma mais-valia para

a equipa, aliando à sua categoria, a experiência necessária para dar esse acréscimo de qualidade ao plantel.

A direção do Viseu 2001 adianta que vai ain-da contratar mais três jogadores: um pivot, um fixo e um universal.

GP

SkateDC Skate Challenge em Viseu

O novíssimo Skate Par-que de Viseu prepara-se, este fim de semana, 21 e 22 de julho, a segunda etapa do DC Skate Chal-lenge by MEO.

Os melhores atletas do País já confirmaram a sua presença nesta prova do Circuito que define os Campeões Nacionais de Street Skate nas catego-rias Profissional, Amador e Iniciante.

Depois do arranque do Circuito em Torres

Vedras, a competição chega agora a Viseu, num evento que, oficialmen-te, será a primeira prova a decorrer no recém inau-gurado Skate Parque Mu-nicipal, no Fontelo, e logo com um dos mais presti-giados eventos nacionais da modalidade.

“Muito skate, boas ma-nobras, música e muita animação”, é o que a or-ganização promete pra este evento.

A prova é aberta a todos

os skaters, independente-mente da idade, sexo e ní-vel técnico.

As inscrições decorrem no sábado, entre as 10h00 e as 12h00, dia em que se realizam as Eliminatórias de Iniciados, Amadores e Profissionais.

Domingo é dia de fi-nais, onde competem, a partir das 14h00, apenas os melhores classificados das eliminatórias.

GP

Gil

Pere

s

Fláv

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artin

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Voleibol de Praia

Torneio do Lusitano no FonteloDepois da relva , a

areia. A secção de volei-bol do Lusitano de Vil-demoinhos promove este fim de semana, 21 e 22 de julho, mais um torneio de verão.

É um torneio de Volei-

bol de Duplas de Praia, masculinas e femininas e vai ser disputado nos campos do complexo desportivo do Fontelo, em Viseu.

Um torneio aberto e que está a registar um

elevado número de ins-crições.

No fecho desta edição ultrapassava já as três dezenas, mas a organiza-ção esperava que nos úl-timos dias esse número aumentasse ainda mais.

Este tipo de eventos, por norma, no dia de prova regista sempre muitas inscrições.

No sábado serão os jo-gos de fase de grupos e no domingo decorrerão as finais. GP

A Lusitano apostado em promover o voleibol

A Recém inaugurado skate park de Viseu recebe prova oficial

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DESPORTO | AUTOMOBILISMO

CAMPEONATO OFFROAD DE PORTUGAL

Pilotos de Viseu em força em MontalegreO C a m p e o n a to d e

Offroad regressa este fim de semana, 21 e 22 de julho, para a quinta pro-va da temporada.

É a segunda das três passagens pelo circuito de Montalegre, em Vila Real e que representa a segunda prova da época em circuito misto de as-falto e terra do campe-

onato.Uma prova que vai vol-

tar a com a presença de vários pilotos de Viseu.

José Cruz vai competir na Divisão 1 com o Peu-geot 306 Turbo 16, numa prova que está a despon-tar grande expetativa já que vai contar com um “reforço” da lista de ins-critos, o que promete ser

garantia de espectáculo.O piloto viseense tem

em Montalegre a sua ter-ceira corrida da época, num circuito de boa me-mória, já que foi onde conquistou o seu pri-meiro triunfo da tempo-rada.

Na Divisão 6, Hugo Lopes em Peugeot 106 e Bernardo Maia em Toyo-

ta Starlett, correm com ambições diferentes.

Enquanto Hugo Lopes luta pela vitória no Cam-peonato, e por ma n-ter a liderança no Tro-féu Ernesto Gonçalves, já Bernardo Maia quer afastar de vez os proble-mas mecânicos com que se debateu nas últimas corridas e que lhe retira-

ram muitas hipóteses de uma boa classificação fi-nal no Campeonato.

O piloto de São Pedro do Sul tem no entanto em aberto a luta pelo Troféu Ernesto Gonçalves.

Novidade em Monta-legre o regresso de José Dias, piloto de Cinfães que volta a competir na Divisão 5 com o Lancia

Delta HF Turbo.De fora fica João Olivei-

ra. O piloto de Mortágua tem um novo carro, um Peugeot 206 GTi da Di-visão 2, preparado pela Automotorsport, mas a estreia deverá acontecer apenas na próxima pro-va, no início de agosto em Sever do Vouga.

A José Cruz venceu prova anterior no circuito transmontano

Caramulo Motorfestival

Novidades em 2012A serra do Caramulo

vai receber entre 7 e 9 de setembro mais uma edi-ção do Caramulo Motor-festival .

É a sétima edição des-te evento que alia des-porto, aos passeios e ex-posições.

Em termos competi-tivos o Caramulo Mo-torfestival tem o ponto alto em mais uma edi-ção da Rampa do Cara-

mulo, pontuável para o Campeonato de Portu-gal de Montanha, além da Rampa Histórica do Caramulo.

Como novidade para a edição deste ano as pro-vas de regularidade que prometem levar ao even-to um grande número de entusiastas das provas para automóveis clássi-cos.

O evento concentra

mais de 700 veículos, en-tre carros e motos.

A organização, a cargo do Museu do Caramulo, promete que esta será a maior edição de sempre de um evento que tem vindo a crescer de po-pularidade.

No ano passado teve mais de 30 mil visitan-tes.

GP A Edição deste ano vai decorrer entre 7 e 9 de setembro

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culturasD João Simões em concerto acústico

O viseense João Simões atua no Reitoria Bar, ama-nhã, 21, pelas 22h30, para um dos últimos concer-tos em formato acústico, antes da apresentação do novo álbum.

expos Destaque Arcas da memória

Mário Matos “Pirolito”

Alfaiate de Viseu

Há quem guarde ain-da memória generosa de Mário Ferreira Ma-tos, nascido em Vilde-moinhos em 1898, “Pi-rolito” de apelativo, não sabemos bem por-quê, sabemos que era já herdo de família e ele o honrou. Herda de seu pai a casa e o ofí-cio, não à maneira dos mesteirais antigos, que ele aprende o ofício nos bancos da Escola, na prestigiada Academia Minister’s, em Londres, de onde traz o saber-fa-zer que lhe permite ar-regimentar clientela de luxo, cativada pela mestria da execução das roupagens, levada à boca da oficina para a tertúlia amena nas cal-mosas tardes da prima-vera ou do verão, quan-do a Praça fronteira da oficina, na Rua Formo-sa, se esvaziava. Almei-da Moreira a quem ves-tiu, estamos em crer, de fatos galantes, Almeida e Silva na sua austera roupa de pintor, Gilber-to de Carvalho, Aqui-lino Ribeiro que por ali vinha no verão e a quem o mestre talhava fatos de honra ou veste de caçador, Cristóvão Moreira de Figueiredo com as preciosas des-crições da sua Beira, Henrique Machado a enumerar uma vez mais o acrescento das suas colecções, ei-los à porta, esquecidos, que, de retratá-los, não hou-ve pintor que se lem-brasse.

Mário Matos é tam-

bém cidadão interven-tivo numa urbe ainda a crescer. Vereador da Câmara, activo parti-cipante da Comissão de Iniciativa e Turis-mo, Presidente da As-sociação Comercial de Viseu em mandatos vá-rios, sócio fundador do Clube Rotário de Viseu que, mais tarde, por iniciativa sua, haverá de levantar na Soutosa um expressivo Memo-rial a Aquilino Ribeiro por quem nutria singu-lar apreço, Mário Ma-tos permanece como esmaecida memória nesse chão mitificado da Rua Formosa de que ninguém contou ainda, quase nada, da história. Ainda que, mais tarde, tenha transferido a sua oficina para mais dis-tante lugar, a Avenida Gulbenkian, onde con-tinua a sentar-se com amigos e fregueses em demorada cavaqueira, onde prossegue, com prestígio, a carreira, onde os anos correm, operosos. Que sempre chega o fim, como por lei está traçado.

Não qu i s hon r a s maiores quando mor-reu. Não quis o mauso-léu antes erguido para o pai e seus irmãos. Ao rés da terra sentiu que era ali que ficava bem. Guardaram-se, pare-ce, os utensílios do ofí-cio. E a gente fica à es-pera que um dia no-los mostrem nesse modo de mostrar da lição que um bom museu pode fazer.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

Um fim de tarde de 3ª feira. A nave da Sé de Viseu repleta de um pú-blico atento e interessa-do para ouvir o Coro de Ariel College de Oxford. Com a presença de Dom Miguel de Bragança, da vereadora do pelouro da cultura e Álvaro Meneses, as quase duas dezenas de jovens de ambos os sexos, regidos pelo ma-estro e organista David Maw, proporcionaram um espectáculo de alto nível com um desempe-nho vocal e instrumen-tal de elevada categoria. Em complemento das peças corais de Charles Wood, Edward Bairstow, John Blow, William Har-ris, Monteverdi, Pedro de Cristo, Antonio Lotti, To-mas Victoria, Orlando de Lasso, John Stainer, Hen-ry Ley e Samuel S. Wes-ley, foram ainda tocadas duas peças de órgão a solo, por Tiffany Vong, com Bach e David Maw, com Louis Vierne.

O u v i m o s Á l v a r o Meneses, o presidente da direcção da Real As-sociação de Viseu:

Em que se insere esta ini-ciativa e que acções têm ainda programadas?A Real Associação de

Viseu completa 20 anos de existência. Até final do corrente ano a RAV irá efectuar outras ac-ções de âmbito cultural e também no campo da ref lexão política, inte-grando-as no programa de Comemoração do seu 20º Aniversário.

Que objectivos norteiam a RAV?Para além da prosse-

cução do seu objectivo principal de divulgar e esclarecer as razões do ideal monárquico, a RAV esforça-se por cumprir uma útil acção social, que além de ser consig-nada como objectivo es-tatutário, faz parte do seu sentido do dever en-

quanto associação de ci-dadãos empenhados e esclarecidos. Esta acção social, exercida para a promoção da Cultura, do conhecimento da Histó-ria Pátria e da divulgação da nossa e doutras regi-ões do país dirige-se so-bretudo para o exterior da associação, para a so-ciedade portuguesa que pretende servir.

E para hoje, dia 17, o que temos?O concerto de hoje

dará início a esse pro-grama, tendo nós a sa-tisfação de oferecer, a quem quiser assistir, um evento musical de boa qualidade. O Coro Oriel de Oxford visita o nos-so País e a RAV, através de contactos que man-tém em Oxford, teve o prazer de o poder trazer a Viseu. A Câmara Mu-nicipal, nomeadamente pelo pelouro da Cultu-ra, logo aceitou dar-nos apoio. PN

A Real Associaçãode ViseuConcerto∑ Coro de Ariel College - Oxford

VISEU

∑ Museu Grão Vasco/

Sé Catedral

Até dia 7 de outubro

Exposição “São Teotó-

nio. Patrono da diocese

e da cidade de Viseu -

ref. 1162-2012”.

∑ Palácio do Gelo

Até dia 31 de agosto

Exposição de três carros

alegóricos que desfila-

ram no cortejo das Ca-

valhadas de Vildemoi-

nhos.

∑ Welcome Center

Até dia 31 de julho

Exposição “S. Pedro do

Sul...ComVida”.

LAMEGO

∑ Teatro Ribeiro

Conceição

Até dia 31 de julho

Exposição “Aulas Vivas

na Biblioteca”, pelos alu-

nos de artes da Escola

Secundária Latino Co-

elho.

OLIVEIRA DE FRA-

DES

∑ Biblioteca Municipal

Até dia 31 de julho

Exposição de fotogra-

fia “Too Many Days Wi-

thoutThinking”.

VILA NOVA DE PAIVA

∑ Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até dia 30 de agosto

Exposição de mosaico

“Ressurgir do Mosaico”,

de Marco Conde.

Até dia 30 de agos-

to Exposição de foto-

grafia “Fotografia no

Douro: Arqueologia e

modernidade”, pelo Mu-

seu do Douro.

A Álvaro Meneses, presidente da RAV

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culturas O Auditório Municipal Carlos Paredes, em Vila Nova de Paiva, recebe a Tuna da Associação Huma-nitária dos Bombeiros Voluntários de Viseu, ama-nhã, dia 21, pelas 21h30. A entrada é livre.

D Vila Nova de Paiva recebe Bombeiros

Destaque

“Renascer para a vida - Um hino de alerta” é o título do novo livro de Alberto Vara Branco, lançado na semana passada no Instituto Portu-guês da Juventude, em Viseu, pela Chiado Editora.

O antigo professora da Es-cola Superior de Educação do IPV, espiritualista e retratista tem vindo a acentuar a sua dedicação à escrita desde que se reformou do ensino, bem como à espiritualidade.

Com esta obra, Vara Bran-co quer lançar um aviso à hu-manidade: “O mundo está a ser avassalado por uma onda de negatividade profunda, ao nível político, da educação e climático, ajudado pela incú-

ria do próprio homem”, afir-mou o autor durante a apre-sentação do livro, alertando que o ser humano está a ver “só o lado material, esque-cendo o lado espiritual”.

Com uma mensagem de “esperança” e de “confian-ça, porque a terra não vai de-saparecer, faz parte do uni-verso, vai sim modificar-se”, a obra adverte que é necessá-rio “chamar à atenção para a transformação que a terra está a ter”.

Graça Resende, que inte-grou a tertúlia de apresenta-ção do livro concluiu na apre-sentação que a obra remete os seus leitores para a urgên-cia de “uma mudança inte-

rior de cada um de nós”, sen-do “necessária uma purifica-ção e higienização do planeta e dos homens”.

“Este livro é uma linda his-tória de amor, sendo Jesus a personagem principal”, ter-minou Graça Resende.

Vara Branco está entre-tanto a escrever um outro li-vro chamado “As Conversas com a minha filha no plano espiritual” dedicado à filha que faleceu há algum tempo. Na cerimónia assumiu que a pintura retratista é outro tema ao qual se vai dedicar no futuro próximo.

Emília [email protected]

Hino de alerta em livroMensagem∑ Espiritualista chama atenção para os perigos da sociedade materialista

O Largo Dr. António de Sèves, em Leomil, Moimenta da Beira, vai receber o XXVII Festi-val Nacional de Folclo-re, no domingo, dia 22. O Rancho da Casa do Povo de Leomil é a en-tidade organizadora do evento que terá início às 15h00, com desfile entre a Casa do Povo e o largo

arborizado que bordeja a estrada nacional, sa-lão de visitas de Leomil. Aqui, haverá entrega de lembranças e seguir-se-ão depois as represen-tações dos grupos pre-sentes.

Além do Rancho Fol-clórico da Casa do Povo de Leomil, membro da Federação do Folclore

Português desde o ano passado, estarão presen-tes grupos federados, criteriosamente selecio-nados, nomeadamente: Rancho Folclórico de Torres Novas – Ribatejo; Grupo Típico O Cancio-neiro de Castelo Branco – Beira Baixa; Grupo Os Serranos de Belazaima do Chão – Baixo Vouga,

Beira Litoral e Grupo Folclórico As Lavradei-ras de Parada de Gatim – Minho.

Este é, de há largos anos a esta parte, um dos momentos altos das fes-tividades em honra do S. Tiago, protagonizado por este grupo de Folclo-re que no dia 28 de Maio totalizou 34 anos. TVP

XXVII Festival Nacional de Folclore

A Manuel Vara Branco apresentou o seu último “Renascer para a vida” no IPJ

“FestaPortuguesa Música eSabores da Região”

A A ssociação Do Desenvolvimento do Dão, La fões e A lto Paiva (ADDLAP) em parceria com a As-sociação Portugue-s a d e P a i s e A m i -gos do Cidadão De-f ic iente Menta l de Viseu (APPACDM), vai realizar a primei-ra Edição da “Festa Portuguesa – Músi-ca e Sabores da Re-gião”, hoje e amanhã, a pa r t i r das 18h00, n a s i n sta lações da APPACDM, em Re-peses.

A a b e r t u r a d o evento está marcado para as 18h00 desta sexta-feira com uma prova de vinhos e vi-sita aos expositores. P e l a s 2 0 h 0 0 , s e r á servido um jantar tí-pico e diversas atua-ções musicais.

Sábado, a exposi-ção abre à s 1 4 h0 0 . O Rancho Folclórico de Fail e o grupo de cantares de Farmi-nhão vão atuar du-rante a tarde.

A primeira edição da “Festa Portuguesa – Música e Sabores da Região” encerra às 17h00.

TVP

Variedades

Variedades

A partir de hoje, dia 20, e até dia 19 de agosto, o viseense Pedro Ribeiro, expõe as suas obras no Palácio do Gelo.

O que começou por ser um “fediver”, no início do ano, depressa se tornou num assunto sério e ago-ra, o artista quer mais. “Comecei por pintar al-guns retratos e as enco-mendas foram surgindo, hoje, pinto tudo o que o meu estado de espíri-to sugere, costumo cha-mar-lhe estados de alma. A verdade é que não con-sigo parar”, referiu.

O gosto pela pintu-ra surgiu em tenra ida-de mas a motivação e o empenho “só” aparece-ram em janeiro de 2012. As pinturas de Pedro Ri-beiro são em pastel e os desenhos em grafite. O autodidata vai apresentar quadros variados de mo-numentos, pessoas e pai-

sagens. A exposição, que durante o fim-de-sema-na estará no piso zero do centro comercial e que depois passará para a ga-leria do piso 1, não tem um tema específico.

É a primeira vez que o jovem artista expõe para tanta gente o que acarreta nervos e alguma ansieda-de. “É natural que esteja nervoso, mas ao mesmo tempo confiante que as pessoas apreciem o meu trabalho”, concluiu. TVP

Pedro Ribeiro expõe em Viseu

Exposição

O cantor, António Al-bernaz, natural de Viseu acaba de editar um CD comemorativo dos 40 anos de carreira. Neste seu último trabalho, o ar-tista a cantar há quatro décadas, opta pela ino-vação e pela inclusão de temas inéditos criados pelo conhecido compo-sitor Ricardo Landum e outros em colaboração com este.

“A boa disposição e a ironia mordaz são as notas dominantes deste CD” adianta António Al-bernaz.

O cantor sublinha que “não foram esquecidos

no trabalho, os emigran-tes”, a quem sempre foi “muito grato, as gentes do Minho e da Beira, os jovens e as novas tecno-logias”.

No trabalho desta-que ainda para a balada dedicada aos locutores radiofónicos, “Rádio So-lidão”.

António Albernaz celebra 40 anos de carreira

Música

DR

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culturasD Ex

De 4

Destaque

Já nos habituámos aos “sons” de Sernan-celhe. Ora das cordas das guitarras, ora dos violoncelos. Ora das teclas das concertinas, ora dos pianos… A autarquia local, numa sistematicidade quase mensal, brinda os es-pectadores que acorrem ao Auditório Mu-nicipal – sempre cheio – com concertos de elevadíssima qualidade.

Desta feita, por mãos do pianista local André Cardoso, vieram – a expensas pró-prias – a russa Olga Panova e a moldava Ecaterina Baranov. Músicas jovens, com um vasto CV, têm em comum os anos de estudo na École Normale de Musique de Paris, “Alfred Cortot”, onde obtiveram os diplomas superiores de concertista em pia-no e música de câmara; execução e concer-tista, respectivamente.

Ao âmago das Terras do Demo trou-xeram ainda uma “première” mundial: a apresentação da peça “Trois Esquisses”, do compositor contemporâneo russo Ki-rill Barov e executaram peças de Mussor-gsky, Shostakovich e, a quatro mãos, de Maurice Ravel.

Em pouco menos de uma hora, com a sua arte musical, fizeram vibrar um au-ditório, cujo público – maioritariamente jovem – se rendeu a tanta competência e virtuosismo.

Antes disso, o Jornal do Centro teve a oportunidade de conversar com as duas

pianistas.Foi por acaso, ou existe uma lógi-

ca a propósito da vossa comum pre-sença em Sernancelhe?EB: Na vida e na minha opinião, não há

acasos. Estamos em Sernancelhe porque nos conhecemos na ENMAC, em Paris, nas aulas do mesmo professor. Ficámos amigos, começámos a colaborar profissio-nalmente e André teve a ideia de organizar aqui este concerto. E cá estamos…

Conheceram-se onde e quando?OP: Em Paris, há mais ou menos seis

anos.

Têm o hábito de actuar conjunta-mente?EB: Há um ano que tocamos juntas. Ob-

tivemos o Diploma de Concertistas em Duo para piano. Foi com este objectivo que co-meçámos a trabalhar em conjunto. A par-tir do momento em que trabalhámos um ano assim, as ideias começaram a surgir. Somos muito diferentes como músicas, como pianistas e dotadas de diferente ati-tude musical. O nosso tocar é diferente, a nossa percepção do tempo também. A mú-sica, em geral, é formada pelo som e pelo tom. O som existe no tempo. A ideia mu-sical desenvolve-se no tempo. Cada mo-vimento entre o som e o tempo é já uma

percepção do tempo. Falamos de centési-mos de segundo. Quando tocamos juntas o público percebe as diferenças. A arte da interpretação é como a alta criação de um joalheiro.

Há relações musicais entre as esco-lhas desta noite?OP: Esta noite vou interpretar Mussor-

gsky e Shostakovich,EB: Tocarei Kirill Zaborov e, em con-

junto, Ravel. Três compositores russos e um francês. Diferentes épocas, estéticas e estilos, também.

De onde vem a vossa paixão pelo piano?OP: A palavra paixão inclui o amor e a

dependência. Não podemos desligá-las. Se tocamos desde a infância, torna-se um modo de viver. Passamos a ver o mundo que nos rodeia através do piano. Definimos os nossos dias em função do trabalho com o piano. É uma necessidade física. Sem pia-no, a vida seria vazia. Em média, passamos 4 horas por dia ao piano.

EB: A interpretação é um processo que conjuga esforços racionais, emocionais e fí-sicos. Se retirarmos um destes parâmetros, o trabalho nunca terá êxito. Estamos em vias de treinar a técnica, de investir na emoção e de construir a ideia filosófica da peça. As três partes são um todo. Primeiro objectivo: compreender o que o composi-tor fez. Aquilo que ele estruturou. De se-guida, como cada um tem a sua compre-ensão musical, é preciso encontrarmo-nos na peça. É o renascer. É preciso adaptarmo-nos à peça.

Porquê Sernancelhe hoje? Conhe-cem já muito mundo, que opinião formaram acerca desta vila do inte-rior de Portugal?OP: É o destino. Um belíssimo desti-

no…EB: Tem especificidades que não vimos

noutros locais. Primeiro, as pessoas – em geral – e na primeira impressão, trata-se de pessoas muito directas, que têm um ca-lor interior e uma afectividade verdadei-ramente genuínas. Muito sensíveis. Mais sinceras, mais conectadas à sua maneira de ser. Genuínas. Pouco tempo tivemos para descobrir a terra, que numa primeira impressão nos atraiu.

Kirill Zaborov é um compositor contemporâneo russo. Esta noite te-remos o privilégio de uma “premiè-re” mundial com a interpretação de uma peça sua na actuação de Ecate-rina Baranov. De que se trata? Por-

quê aqui?EB: Travámos conhecimento com Kirill

através do nosso professor na “Alfred Cor-tot”. Kirill é um amigo dele que se tornou nosso amigo. “Trois Esquisses” trata-se de uma sequência lógica da nossa colabora-ção. Acabámos de completar esta peça. É o nosso primeiro concerto. Logo, é o exacto momento de a apresentar.

Ambas, Ecaterina e Olga, têm uma previsão de um percurso conjunto através da música sul-americana. Porquê esta opção? Quais composi-tores? EB: É uma paixão pessoal desencadeada

num momento de crise. Uma vontade de conhecer o mundo e outras culturas.

OP: Começámos a pesquisar ligações com contemporâneos vivos. Daí colabo-rarmos agora com Blas Emilio Atehortúa, um dos maiores compositores colombia-nos da actualidade. Alba Fernanda Triana, Guillermo Uribe Holguín… No fundo, o nosso projecto encerra um diálogo artís-tico entre a cultura latino-americana e a cultura russa.

Onde conheceram André Cardo-so? Façam-nos uma confidência… como se passam as coisas, entre ele e o piano?EB: Fomos todos colegas na “Alfred Cor-

tot”, em Paris. André e o piano têm uma re-lação soberba!

OP: André é uma pessoa que se entre-ga a fundo. Que busca a máxima compre-ensão. Tem uma lógica excepcionalmente desenvolvida que usa para aprofundar a compreensão musical. É muito minucioso, perfeccionista e filosófico. Qualidades que utiliza na sua interpretação. É um pianista excelente. PN

Em Sernancelhe, a globalização começa pela músicaConcerto ∑ Com as pianistas Olga Panova, russa e Ecaterina Baranov, moldava

Paul

o N

eto

Paul

o N

eto

D Rock in Troika na FNAC ViseuTrês gerações diferentes de ver e encarar a música, com o anseio principal que este programa venha a agradar a gregos e troianos, saciando, por um lado, os que gostam de Rock, aproximando, por outros que sem o conhecerem, o criticam e desprezam. O Rock in Troika realiza-se hoje, pelas 21h00, na FNAC Viseu.

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saúde e bem-estar

O enfermeiro, Carlos Edgar, natural de Santa Comba Dão vai lançar o seu segundo livro “O que Perguntamos sobre Saú-de”, dia 28, às 16h00, na Fnac Viseu.

Depois de “Saude24.net” lançada em 2011, sur-ge agora com uma obra

com as 1000 pergun-tas mais frequentes so-bre saúde, construída em 36571 minutos (25 dias) e através de 1820 pesqui-sas no Google®. “É uma nova obra, que aborda a questão das perguntas e a busca de informação so-bre saúde que fazemos na

web”, acrescenta o autor.Associado à sua expe-

riência na web, através da qual responde a mais de 2500 perguntas anu-almente, Carlos Edgar acrescenta em cada capí-tulo as principais pesqui-sas feitas no motor de bus-ca. EA

“O que perguntamossobre saúde” em livro

O Núcleo Regional do Centro da Liga Portu-guesa Contra o Cancro (LPCC) está a realizar, em Tondela, o exame gra-tuito mamográfico digital até início do mês de outu-bro, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00. A uma unidade móvel de mamo-grafia encontra-se junto

ao Centro de saúde da ci-dade.

As mulheres inscritas no Centro de Saúde são convocadas por carta para efetuar o rastreio, mas o programa está aberto à população feminina entre os 45 e os 69 anos, residen-te no concelho e interessa-da em fazer o exame.

Para marcações ou in-

formações adicionais, deve contactar-se o Cen-tro de Coordenação do Rastreio, através do tele-fone 239487495/6 ou do e-mail [email protected].

O exame mamográfico deve ser repetido de dois em dois anos, de forma a garantir uma prevenção eficaz. EA

Rastreio em Tondelaaté outubro

A Administração Re-gional de Saúde do Cen-tro (ARSC) confirmou que, durante este mês, pre-tende pagar às Misericór-dias “70 por cento da fatu-ração conferida” do mês de abril.

No passado dia 9, o de-putado do PS, José Jun-queiro de Viseu, após uma reunião com o secretaria-do distrital de Viseu das Misericórdias, denunciou

atrasos nos pagamentos a estas instituições por par-te da Segurança Social, tendo depois esclarecido que, afinal, é a ARSC que está em falta.

Contactada pela agência Lusa, a ARSC esclareceu que os pagamentos às Mi-sericórdias e instituições particulares de solidarie-dade social (IPSS) que com a entidade têm acordos no âmbito da Rede Nacional

de Cuidados Continuados Integrados, cumprem o estabelecido num despa-cho do secretário de Esta-do da Saúde, “que determi-na o pagamento mensal de 70 por cento da faturação apresentada e conferida”.

Segundo a ARSC, “este procedimento tem sido aplicado desde o início do ano, sem exceção, a todas as instituições da região Centro”. EA/Lusa

ARS promete pagar este mês

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CLASSIFICADOS

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295

JOÃO MARTINSMorada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753

FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANUEL COVELOwww.manuelcovelo-advogado.comEscritório: Urbanização Quinta da Magarenha-Rua da Vinha, Lte 4, 3505-639 Viseu Telefone/Fax: 232425409 Telemóvel: 932803710Email: [email protected]

MANGUALDEJOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Mantei-ga, Arroz de Carqueja, Cabrito As-sado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away.

SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE AVENIDAEspecialidades Cozinha Porgugue-sa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados.

CHEF CHINAEspecialidades comida chinesa. Fol-ga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Observações www.chefchinarestaurante.com

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Gre-lhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Fol-ga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observa-ções Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobre-mesa ou café – 6,50 euros.

RESTAURANTE CASA AROUQUESAEspecialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefo-ne 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-10-2011 pela revista Vinhos)

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

SANTA GRELHAEspecialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.san-tagrelha.com

A DIFERENÇA DE SABORESEspecialidades Frango de Chur-rasco com temperos especialida-des, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domin-gos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao do-micilio.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Obser-vações Jantares de Grupo.

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro e a sua publicação.

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IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 - 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

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CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE VISEURua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

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Assinatura anual do JORNAL DO CENTRO Agora por apenas 35€

Jornal do Centro20 | julho | 2012 29

Page 30: Jornal do Centro - Ed540

(Jornal do Centro - N.º 540 de 20.07.2012)

1ª Publicação

INSTITUCIONAIS

INSTITUCIONAIS

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 540 de 20.07.2012)

(Jornal do Centro - N.º 540 de 20.07.2012)

(Jornal do Centro - N.º 540 de 20.07.2012) (Jornal do Centro - N.º 540 de 20.07.2012)

Jornal do Centro20 | julho | 201230

Page 31: Jornal do Centro - Ed540

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 488 | 22 DE JULHO DE 2011

∑ A festa das chegas de bois

∑ A Ínsua e os seus encantos “escondidos”

∑ José Costa disponível para a CMV

∑ Quinta da Cruz à espera de conteúdos

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| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> REGIÃO

> ECONOMIA

> SUPLEMENTO> SUPLEMENTO

> DESPORTO

> PASSEIOS DE VERÃO

> CULTURAS

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário

22 de Julho de 2011

Sexta-feira

Ano 10

N.º 488

1,00 Euro

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licid

ade

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

∑ As chegas de bois são

uma tradição milenar nas

serranias a Norte. No

Montemuro a tradição está

viva e a raça Arouquesa

mostra o seu esplendor

Nun

o Fe

rrei

ra

| páginas 6, 7, 8 e 9

Touros com vidano MontemuroTouros com vidano Montemuro

No passado dia 30 de junho re-alizou-se, em Viseu, o ato de pos-se dos novos órgãos distritais do PSD, onde estiveram presentes os secretários de estado drs. José Cesário, Almeida Henriques e Sérgio Monteiro. Este, na sua alo-cução, referiu-se ao problema do IP3 deixando em aberto a possi-bilidade de nova autoestrada ou de duplicação do atual IP3. A opi-nião que aqui expresso preten-de ser um contributo para esta questão.

As estradas a construir devem ser competitivas. A solução esco-lhida deve ser suportada por es-tudos robustos de tráfego, custos de construção, de manutenção e de exploração. O caso da A14 entre Trouxemil e Montemor-o-Velho é claramente um caso de muito mau planeamento com consequências extremamente gravosas. Esta autoestrada não suporta a concorrência de uma estrada do século XIX, de má qualidade, como é a da Geria a Montemor-o-Velho.

A opção pela autoestrada entre

Viseu e Coimbra deve resultar de uma solução competitiva com o atual IP3. Neste caso, passaria a haver entre Santa Comba Dão e Viseu três estradas paralelas (EN2, IP3 e AE). Pessoalmente, defen-do a construção de boas estradas, que passem fora das localidades, com boas relações custo / quali-dade e com previsíveis baixas ta-xas de sinistralidade. Devem criar coesão intermunicipal e serem fator de desenvolvimento. Julgo que a análise deve ser alargada e integrada (v. g. rodovia / ferrovia e IP3 / IC12), procurando não só boa ligação de Viseu a Coimbra, mas também do sul do distrito a Aveiro e Figueira da Foz.

Em termos de ferrovia, para mercadorias, defendo a ligação da Figueira da Foz a Alfarelos, em bitola europeia, caso seja possí-vel. Ligaria à Pampilhosa e a Vilar Formoso. Em termos de rodovia, proponho a duplicação do IP3 en-tre os km 115 e 88 (norte de Santa Comba Dão) e a construção de um novo troço, de 27 km, que atravessaria o rio Criz e a ribeira

de Mortágua, passaria em Frei-xo, Cortegaça e Santo António do Cântaro, onde iniciaria a subida na vertente leste da serra do Bu-çaco e desceria na vertente oeste até ao km 55 do IP3 (Espinheira). De referir que nesta zona o nemá-todo dizimou todo o pinhal e há muita acácia. O IP3 entre os km 55 e 43 (cruzamento com o IC2) seria também duplicado. Estas obras deveriam ser financiadas de forma a não haver pagamen-to de portagem. A nova ponte no rio Criz, substituiria as pontes de Criz I e II e evitaria a utilização das quatro pontes do IP3 na albu-feira da Aguieira. Seria possível retornar ao atual IP3 (km 74),atra-vés da EN228 (Freixo) e evitar a ponte da foz do Dão.

O IC12 atravessaria o rio Dão e ligaria ao troço proposto de IP3 antes da ponte sobre o rio Criz (4 km). O troço até Cortegaça se-ria comum (IP3 e IC12), seguindo para a EN234 (km 49). Um novo troço ligando os km 49 e 45 da EN234 evitaria o Barracão. Um novo troço de 7 km, a norte da ser-

ra do Buçaco, entre a EM638 (Tre-zói – EN234) e o km 33 da EN234 (Barrô), evitaria Moura e Luso. A ligação a Anadia e Aveiro melho-raria com um troço de 2 km que evitaria Vila Nova de Monsarros. Evitar-se-ia também a Mealhada com um novo troço de 3 km entre a EN234 (km 31) e a EN1 (km 207). A ligação da EN1 (km 205) e o IP3 (km 45), num troço de 6 km, evi-taria quatro semáforos na EN1 e permitiria chegar mais depressa a Coimbra. Finalmente, poder-se-ia ir de Coimbra à Figueira da Foz, passando por Taveiro e Monte-mor-o-Velho, desde que se resol-vessem os problemas do Paul da Arzila e da rotunda do Almegue.

Esta proposta pode ser uma base de trabalho para chegar a melhores soluções, a executar de forma faseada. Contudo nenhu-ma proposta alternativa deve ser descartada à partida, mas tão só com base na análise do previsível outcome económico e social face aos respetivos custos.

José Matos CarvalhoCandidato pelo PSD à Câmara de Mortágua em 2009

IP3 – Que solução?

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Jornal do Centro20 | julho | 2012 31

Page 32: Jornal do Centro - Ed540

JORNAL DO CENTRO20 | JULHO | 2012Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 20 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 29 e mínima de 16ºC. Amanhã, 21 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 31ºC e mínima de 18ºC. Domingo, 22 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 32ºC e mínima de 18ºC. Segunda, 23 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 32ºC e mínima de 19ºC.

tempo

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

A evolução histórica mostra-nos que os humanos têm vindo a produzir cada vez mais informação e a guardá-la em cada vez menos espaço.

Os nossos avôs do Côa precisaram de uma gran-de rocha para representarem um animal de duas cabeças — na verdade a bicefalia é banda desenha-da com milhares de anos, é a representação gráfica do movimento da cabeça do macho a avaliar duas fêmeas. Mas repare-se: o suporte daqueles poucos bytes de informação pesa toneladas.

Ao longo dos séculos, os arquivos têm diminu-ído em peso e volume e estamos agora prontos para saltar para uma era pós-Gutenberg, a era do e-book, o livro electrónico. “A única razão para mantermos o uso de livros feitos a partir de árvo-res mortas é a nostalgia” — escreveu John Biggs, em Maio, no New York Times.

Como lembra David A. Bell, num artigo intitulado “A Biblioteca sem Livros”, uma cópia digital dos 33 milhões de volumes da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos cabe perfeitamente numa caixa de sapatos. Outro exemplo ainda mais avassalador: a Biblioteca Pública de Nova Iorque, exemplar fabuloso de design arquitectónico que ocupa dois quarteirões na Quinta Avenida, perde para um produto de design também fabuloso, já não em mármore mas em plástico, metal e vidro

— o iPhone, onde se tem acesso mais rápido e a um maior número de livros.

As bibliotecas têm que se saber reinventar, a começar pela Biblioteca Municipal de Viseu que precisa de pensamento estratégico e de capacida-de de adaptação aos novos tempos, e, convém não esquecer, num contexto orçamental cada vez se-vero. Este assunto, espera-se, deve ser pensado na campanha das próximas autárquicas e essa refle-xão deverá ter também presente a necessidade de se acabar com o vazio em que, infelizmente, caiu a ex-biblioteca da Casa Amarela, na Santa Cristina.

Artigo redigido sem observação do novo acordo ortográfico

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

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Sexta, 20Moimenta da Beira∑ Abertura das Festas de S. Tiago, em Leomil, que decorrem até dia 25.

Sábado, 21Viseu∑ Rota do Quartzo, na Freguesia do Campo, às 18h00, com duração prevista de uma hora e 30 minutos.

Viseu∑ Jogo de futebol entre o Futebol Clube do Porto e Celta de Vigo de Espanha, às 19h45, no Estádio do Fontelo. Um jogo de preparação da nova época.

Viseu∑ Workshop de dança tradicional, às 21h30, nas Termas de Alcafache, com a participação do Rancho Folclórico Verde Gaio de Lordosa.

agenda∑

PASSATEMPOSO Jornal do Centro oferece:

∑ Bilhetes para o Tom de Fes-ta, dias 26, 27 e 28 de julho, em Tondela.

∑ Bilhetes para o jogo Porto vs Celta de Vigo, dia 21 de julho, pelas 19h45, em Viseu.

Para ganhar um,ligue 232 437 461.

Válido para assinantes. Bilhetes limitados.

Emíli

a A

mar

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Bibliotecas

A ideia é original, decor-re pelo segundo ano con-secutivo e prova que é pos-sível devolver vida aos cen-tros históricos das cidades portugueses, fazendo deles mesmo um espaço de irre-verência.

No centro histórico de Viseu decorre até domingo a iniciativa “Jardins Efémeros”. Em seis locais específicos na zona antiga da cidade, estão espalhadas 100 toneladas de árvores e outros elementos arbóreos sobre o granito, transformando-a num jar-dim, com destaque para um pórtico na Rua do Comér-cio, onde assenta um jardim vertical constituído por 1.714 vasos de heras.

Questionar a cidade de Viseu e o seu centro histó-

rico sobre que caminho tra-çar no futuro é o objetivo.

A promotora da iniciati-va, Sandra Oliveira refor-çou durante a sessão de abertura, na terça-feira, que o evento só é possível gra-ças a um trabalho de parce-ria que foi articulado entre diversas instituições, e de-safiou os viseenses a visita-rem o centro histórico.

O apelo foi ouvido e na primeira noite dos “Jardins Efémeros” centenas de pes-soas passearam livremente pela zona antiga sem trân-sito, desfrutando da oferta da gastronomia nos bares e restaurantes, dos espetácu-los em palco, do cinema ao ar livre - um ciclo promovi-do pelo Cine Clube que co-memora 30 anos - e dos jar-

dins construídos por toda a parte.

“Já não via o D. Duarte tão bonito há muito tem-po”, comentava um grupo de senhoras encantadas com o que estava a aconte-cer. A estátua do rei nasci-do em Viseu, tantas vezes “despida” está até domin-go rodeada de árvores, de esplanadas e de pessoas.

Uma exposição de pintu-ra de Ana Seia de Matos na Funerária D. Duarte é um dos momentos que se desta-ca nos “Jardins Efémeros”, mas há concertos, teatro, workshops, conferências e muito mais a acontecer em pleno recinto, no talho, na mercearia, no hotel ou loja de ferragens.

Emília Amaral

”Jardins Efémeros” enchem Praça D. DuarteObjetivo ∑ Questionar a cidade e o centro histórico de Viseu

A O evento oferece cultura e irreverência até domingo