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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 12 pág. 16 pág. 18 pág. 20 pág. 22 pág. 26 pág. 27 pág. 29 pág. 31 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 4 a 10 de julho de 2013 Ano 12 N.º 589 1 Euro 0,80 Euros Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Novo acordo ortográfico Paulo Neto Agora com novo preço x xx “Se nada for feito, este governo será “Se nada for feito, este governo será o coveiro da economia portuguesa” o coveiro da economia portuguesa” Basílio Horta, deputado independente pelo PS e candidato à Câmara Municipal de Sintra, em entrevista ao Basílio Horta, deputado independente pelo PS e candidato à Câmara Municipal de Sintra, em entrevista ao Jornal do Centro Jornal do Centro | págs. 8, 9 e 10

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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510 - 028 Viseu · [email protected] · w w w.jornaldocentro.pt |

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário4 a 10 de julho de 2013Ano 12

N.º 589

1 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Novo acordo ortográfico

Paul

o N

eto

Agora com

novo preçoxxx

“Se nada for feito, este governo será “Se nada for feito, este governo será o coveiro da economia portuguesa”o coveiro da economia portuguesa”∑ Basílio Horta, deputado independente pelo PS e candidato à Câmara Municipal de Sintra, em entrevista ao Basílio Horta, deputado independente pelo PS e candidato à Câmara Municipal de Sintra, em entrevista ao

Jornal do CentroJornal do Centro | págs. 8, 9 e 10

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praçapública

palavrasdeles

rSe não se pode fazer política em instituições públicas, os empresá-rios oferecem as suas instalações para que se possa fazer política”

Hélder AmaralCandidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Viseu,

em declarações à Lusa

rO empreendedoris-mo é um dos melhores antídotos para comba-ter os tempos difíceis”

Pedro SaraivaPresidente Comissão de Coordenação e Desenvolvimento

Regional do Centro(Apresentação do Clube Business Angels Viseu Dão Lafões,

26de junho)

rTalvez não tives-se havido “Guimarães Capital da Cultura” se eu não tivesse entra-do para a secretaria de Estado naquele momento”

Almeida HenriquesCandidato do PSD à Câmara Municipal de Viseu,

rEstamos a pagar 8 mil milhões de juros, mais do que aquilo que gastamos com a Educação e Saúde”

Basílio HortaDeputado independente pelo PS e

candidato à Câmara Municipal de Sintra,em entrevista ao Jornal do Centro

«Todos sabemos que ser professor é já por si uma profissão itinerante, provavelmente a mais itinerante das funções sociais do estado. Que o di-gam os professores dos quadros de zona pedagógica que nunca conhe-ceram outra condição que não a da mobilidade. Ou mesmo os contrata-dos que certamente reclamam a es-tabilidade que a mobilidade possa conferir.»

Li este naco saboroso de “lan-gage de bois” (linguarejar políti-co, senhor deputado) no blogue “O Olho do Gato”. Já não sou si-derável nem de estarrecer com tretas de servidores da nação, mas de repente pensei se esta-ria perante a verdade factual ou uma partida do Alex. Como o Alex não seria disso capaz, mas sempre perplexo, fui em busca do artigo original. E lá estava es-carrapachado o citado… Bom, dizer que é preciso ter lata, é re-dutor. Dizer que é preciso ser subserviente, é tautológico. Di-zer que é preciso ser insensato, não faz jus à “coisa”. Dizer que é preciso ser pouco decente, é um eufemismo…

A primeira verdade que nos ocorre é a que substanciou a ati-tude do deputado Pedro Alves ao sair do ensino (creio que foi professor e sindicalista activo) para se tornar servidor da na-ção, talvez para não desempe-nhar a “mais itinerante das fun-ções sociais do estado”. Depois, sabendo que itinerante quer di-zer errante, ambulante, viajan-te, percebi, de repente, eu que fui professor de todos os graus de ensino durante 38 anos, quão pouco errei, deambulei, viajei… Terei sido, pois, um mau docen-te. E depois, esta de ser “a mais itinerante das funções sociais do estado”, deixou-me também ciente de quão enganado ando,

pois julguei que esse era atributo e apanágio dos deputados-sobe-e-desce, dos autarcas que cor-rem mundo na diáspora lusitana, como um que me lembro de má-memória ali dos lados de Azu-rara, de secretários de estado e de alguns ministros do governo. Mas devo estar enganado, por-que estas devem apenas ser as mais itinerantes das funções do estado (sem social, que é o refe-rente à satisfação dos indivíduos de uma sociedade, neste contex-to, absolutamente insatisfeitos).

E devemos congratular-nos porque os professores de qua-dro de zona pedagógica só co-nhecem a mobilidade, sendo esta o “carácter do que se pode mover ou ser movido” ou até a “inconstância, instabilidade, vo-lubilidade”. Devemos congratu-lar-nos que é dirigir felicitações a alguém, felicitar, regozijar, sentir alegria… porquê, senhor

deputado da nação? Se fosse com algo de positivo… ainda vería-mos esteio e substância para o regozijo, mas neste caso… O se-nhor deputado faz festa com a desgraça, a fragilidade e a pre-cariedade dos outros?

E quando se refere, exceden-do-se na “mística da coisa”, aos “contratados que certamente reclamam a estabilidade que a mobilidade possa conferir”, eu fico sem ar e perco o parco neu-rónio disfuncional que possuo face à teoria do mal-o-menos subjacente enunciada. A única estabilidade que a mobilidade pode conferir, se não falarmos de paralíticos, tem de ser mes-mo a capacidade de andar sem cair, a firmeza, a segurança, a solidez, a constância, a perma-nência (o antónimo da “coisa”, percebe?). E aqui chegado pen-sei: O senhor deputado da na-ção gosta de desopilar, gosta de

fazer análise itinerante, gosta de mostrar quanto pensa, aprecia a jactância de um bom acto elocu-tório “chic a valer”, não de um Dâmaso Salcede, que era cali-no, mas de um portentoso e fero Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas… o senhor deputado é, aliás, a eloquência no seu estado original, como bem temos cons-tatado pelas suas refulgentes in-tervenções parlamentares.

Senhor deputado da nação, os professores, em Portugal, que têm vindo a ser diabolizados por lulus e cratos, sócrates e co-elhos, dispensam agora essa sua defesa (?) “gauche” (desajeitada, senhor deputado), que mais não seria senão um insulto, se não fosse por si proferida… Assim, é anedota.

O pudor é um belo adereço. Adorne-se com ele, se encontrar à medida da sua dimensão.

O nosso Calisto…Editorial

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

Jornal do Centro04 | julho | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Que cortes fezno seu orçamento de férias?

Importa-se de

responder?

Este verão, todos.

Tenho vindo a fazer cortes nos gastos com as férias há já alguns anos, como a maioria dos Portugueses. Aproveito os dias de férias para descansar, pôr a leitura em dia e estar com a família, dando preferência a destinos nacionais.

No ano passado já não tive hipótese de ir de férias. Este ano, como desempregado que sou, não vou de novo. O ordenado mal chega para as despesas diárias.

Infelizmente, em tudo. Estou desempregada e o meu mari-do está de baixa.

João Pedro SantosEmpresário da restauração

Pedro EscadaTécnico de Markting

Manuel Luís SilvaDesempregado

Isabel SantosDesempregada

estrelas

Paulo VarelaCEO da Visabeira

Global SGPS

Muitas ideias se ouvem aos can-didatos autárquicos, mas, até ago-ra, a “taça” da originalidade vai para José Junqueiro ao pretender mudar o gabinete de presidente da câmara para a rua Direita.

João CaiadoDiretor do

Agrupamento Viseu Sul

números

606Número de pessoas que

integram o dispositivo de combate a incêndios no dis-trito de Viseu.

José JunqueiroCandidadto do Partido

Socialista à CâmaraMunicipal de Viseu

Gestor escolar com firmadas provas ao longo de muitos anos, João Caiado foi eleito diretor do “mega” Agrupamento de Escolas Viseu Sul, que vai de Repeses a Silgueiros.

Ao aceitar liderar o movimento impulsionador dos Business An-gels em Viseu, este gestor de topo disponibiliza à comunidade a sua experiência empresarial profis-sional e os seus conhecimentos de gestor.

É reconhecida a necessidade a nível nacional de políticas de longo prazo, que geram confiança e estabilidade. Estas políticas unem, dão coesão, dão previsibilidade e são indispensáveis num país credível. Infelizmente não existem, com as consequências sabi-das por todos.

Também a nível regional era impor-tante um acordo deste género entre os principais partidos políticos regionais, PSD, PS, CDS, PCP e BE. Parece difícil mas deverá ser tentado, mesmo com os partidos mais à esquerda, em geral mais avessos a acordos deste tipo. A região de Viseu poderia dar o exemplo deste domínio.

Esta Magna Carta deve ser orienta-

da para o desenvolvimento económico, social e cultural da região de Viseu. To-dos sabemos que não estamos unidos em torno de causas regionais comuns. Os políticos eleitos, em particular os deputados, são em geral meros segui-dores das políticas ditadas pelos seus partidos, esquecendo os interesses dos eleitores.

Cada partido tem as suas propos-tas em áreas específicas e concretas. Mas existem causas maiores que de-vem ser objecto desta Magna Carta. Este acordo seria uma base comum de defesa dos interesses regionais, a nível nacional e internacional. Os autarcas e os deputados estariam vinculados a um conjunto de prin-

cípios, objectivos e valores que, em última instância, norteariam a sua actividade.

Estamos a falar de uma estratégia re-gional para o investimento, para o ensi-no, para a saúde, para a cultura e para a área social. Este acordo de princípios, com objectivos definidos, deveria ser a voz comum de todos os eleitos.

Temos uma região geograficamente pequena, tudo é próximo, tudo é vizi-nho. Por que razão temos estruturas e serviços redundantes, que a médio pra-zo não são sustentáveis? Os autarcas eleitos poderão certamente melhorar a vida dos seus cidadãos realizando mais projectos pela partilha de recur-sos. Nem todos podem fazer tudo, mas

juntos é possível fazer mais.Os partidos políticos a nível nacional

regem-se pela manutenção do poder a qualquer custo, pela táctica imediata e não pela estratégia futura. Para as cú-pulas a realidade fora de Lisboa conta pouco ou nada.

Os deputados eleitos também se vin-culariam a esta Magna Carta. Em todas as circunstâncias, os deputados teriam estes objectivos e princípios, acima de quaisquer outros. Seria o compromis-so deles com quem os elegeu e neles depositou a sua confiança.

Parece impossível de concretizar? Mas será o primeiro passo para a res-tauração da confiança dos cidadãos na classe política.

Viseu pela positiva – Magna Carta da Região de Viseu

João Cotta Presidente da AIRV

Opinião

Jornal do Centro04| julho | 2013

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Antes de mais devo dizer que não sou professora do 1º ciclo, a vulga Pri-mária, mas durante este ano letivo que agora se finda, fui formadora do Ensi-no Secundário Profissional e explica-dora de várias disciplinas a alunos do 2º e 3º ciclo. Se no início me enerva-va a má preparação daqueles que ti-nha em mãos, mais tarde decidi tentar compreender o porquê, com o intuito de conseguir realmente ajudar…e as verdades com que me deparei não são fáceis de divulgar. Entendi e concluo

sem sombras de dúvidas que temos dois tipos de problemas diferenciados, que quando de mãos dadas se tornam irreversíveis: uma instrução primá-ria completamente insatisfatória e o total desapego e indiferença dos pais relativamente ao percurso dos filhos. Exploremos a primeira, com factos concretos, quem sai da primária hoje em dia não sabe onde nascem e desa-guam os rios, não sabem os distritos/regiões/serras/paragens e apeadeiros (esta é compreensível já que é política

há muito tempo acabar com o meio de transporte mais bonito e limpo que já existiu), não sabem fazer contas de dividir com 2 números ou mais no di-visor, não sabem a tabuada, não pra-ticam o cálculo mental, não sabem o que é uma cópia ou um ditado. Eu tam-bém não gostava de cópias, e chegava a adormecer em cima dos cadernos…tal era o volume de deveres…e o meu pai lá me ajudava…uma das vantagens de termos uma letra muito parecida. O caderno de duas linhas é hoje uma

Instrução primária ou primitiva?

Como prometido, escrevo para falar do momento que se vive no Brasil. Porém falar do Brasil é falar da Turquia, dos BRIC e da génese humana. A população bra-sileira resolveu sair à rua e pro-testar contra o actual estado de coisas. O mesmo na Turquia. Tal avalanche poderia ser, aparen-temente, exagerada, tendo em conta o facto destes países emer-

gentes estarem em plena fase de crescimento económico, com vi-síveis melhorias do nível de qua-lidade de vida.

Também na China e na Rússia sentem-se, de forma mais ténue e espaçada, movimentos que indiciam uma aspiração por me-lhores condições de vida e maior liberdade. A Rússia, sabedora da deterioração social e produti-

va com o fim abrupto da URSS, olhou para o caso chinês e tem agido de forma a criar válvulas de escape às tensões na sociedade. Tal é perceptível de forma mais evidente na China. Começou ao nível económico com a introdu-ção de “bolhas capitalistas” que permitiram, lentamente, atingir o actual poderio económico chinês. A Rússia, como a China, esperam

Que em Portugal se faça Brasil

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

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Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

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GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Quando era rapazote, havia o hábito, mais ou menos criticável, de interromper as falas dos cole-gas dizendo com vigor:

- Aldra !Era uma forma menos crespa

de chamar a atenção a alguém que se estava a começar de “es-ticar” na narração de um facto, incrementando a verdade com aditivos aderidos e que se des-tinavam, a mais das vezes, a dar lustro, brilho e cor ao que se que-ria dizer, revertendo toda a aten-

ção em favor de quem contava. Assim, o “aldra” punha algum tempero na conversa evitando desmandos ou a desacreditação de uma pessoa que, não queren-do mais do que ter as atenções postas em si, caía na tentação de “f lorear” o conto.

Foi o que me saiu da boca, há poucos dias atrás, quando a ou-vir uma notícia, na rádio, sobre o estado crítico de “Madiba”. Ma-diba, ou Nelson Rolihlahla Man-dela , é uma personalidade de

cariz inquestionável. Um luta-dor. Um Homem de grande es-tatura e que marcou, com a sua vontade e arreigamento aos seus ideais, uma época e um Povo, de tal forma que a sua constância e persistência o tornaram um marco referencial e transversal a todo o resto do Mundo, valen-do-lhe que a ONU tenha criado o Dia Internacional Nelson Man-dela, como forma de relevar, a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia. Mas, há sem-

Aldra !

Opinião

Opinião

Há uns dias, passei por uma se-nhora e, numa conversa contex-tualizada, a senhora afirmava-me a pés juntos que nada tinha que ver com a sua sede de con-celho porque era “muito longe”. O seu concelho e a sua freguesia e, quem sabe, o seu mundo, eram só uma coisa: a sua pequena lo-calidade no Portugal profundo.

A sua freguesia deixara de ser

concelho no século XIX, antes, muito antes, da senhora ter nas-cido e sabido o que era o mundo. Mas para ela não havia conce-lho ou freguesia. Tudo o que ha-via era a sua terra, fosse lá o que fosse, e o voto na sua terra, fosse lá para que fosse.

Fui apanhada desprevenida na conversa, o me acontece cada vez menos. Por todas as coisas

que esperava, esta aconteceu-me desta vez a título de uma grande chamada de atenção, daquelas que o quotidiano nos faz só para que não embarquemos em barcas próprias de mares romanescos e assentemos os pés na terra árida da realidade.

Mas quem de bem é que pode-ria fazer um país à margem do país? Ninguém de bem nem por

A minha terra é o único mundo na terra

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

David Santiago

Jornal do Centro04 | julho | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

coisa “vintage”, e é só olhar para a caligra-fia dos alunos para ver que devia voltar a estar na moda! Tudo isso que me custava horrores quando o que eu queria era brin-car, agradeço hoje de mãos postas, pois foi isso que me levou a ter uma caligrafia per-feitamente compreensível e equilibrada, e a nunca passar pela vergonha de alguém me corrigir uma palavra que fosse. Quan-do tenho testes e exames para corrigir, cor-rijo em média 3 a 4 dezenas (sim, dezenas) de erros, não porque seja minha obriga-ção, mas porque sinto a minha paixão pela

língua portuguesa a ser apunhalada sem dó nem piedade. Quando dou explicações de matemática seja em que ciclo for (2º ou 3º), tenho sempre que (re) avivar tudo o que compete ao 1º ciclo, e aí pergunto-me: mas que raio aprenderam vocês em 4 anos? Mas é literalmente pergunta retórica. Ago-ra analisemos a segunda conclusão, os pais não se preocupam com o percurso escolar dos filhos, quando digo isto entenda-se que todos eles querem que os seus filhos sejam os melhores, no entanto não parecem fazer o melhor para que isso aconteça. Dar gad-

gets não é dar conhecimento! Devem-se dar coisas quando se trabalhou para elas: objetivo-recompensa. Entregam os filhos à escola logo pela matina e vão buscá-los ao final do dia, sem paciência para os ou-virem, entenderem, ou averiguarem das suas necessidades, a escola pode e deve ser muita coisa, mas nunca por motivo algum deveria substituir os pais como estes tanto querem. A escola deve servir para formar, incutir respeito e educação, sentimentos de partilha, de entendimento e solidarie-dade para com todos, diferentes, iguais ou

parecidos. Mas se esses valores não são ex-plorados e cultivados em casa, nada pode transparecer na escola! Se um pai é des-respeitoso para com um professor, nunca mais o seu filho terá respeito a quem o en-sina. Na minha altura, os pais iam à esco-la pedir para os professores arrearem nos filhos à mínima provocação, hoje os pais fazem esperas com os filhos para arrea-rem nos professores…o primário passou a primitivo, não sei quando aconteceu nem porquê, mas tem consequências, e não são nada boas, tal como as notas.

seguir um processo de pequenos pas-sos que evite grandes manifestações ou revoluções que ponham em causa a evolução alcançada.

Contudo em sociedades mais aber-tas os fenómenos acontecem de forma espontânea e imprevisível. No Brasil as pessoas mostram que, apesar da ca-pacidade económica e dos milhões de pessoas retiradas da pobreza, preten-dem melhorias no acesso à educação,

à saúde, no fundo algo aproximado do estado-social. Na Turquia as pessoas aspiram a uma maior liberalização nos costumes, depois do retrocesso mais recente de Erdogan, talvez por já não aspirar uma entrada na UE.

Infere-se de todas estas movimenta-ções que a natureza humana, apesar das diferenças culturais, identitárias e geográficas é mormente a mesma. Mais do que a Primavera Árabe estas

manifestações podem, de facto, propi-ciar mudanças inesperadamente glo-bais. A conjuntura internacional po-derá reflectir um novo paradigma no que concerne ao método de produção e organização da sociedade nos países emergentes. Veremos como irão rea-gir países como a Indonésia, Coreia do Sul ou México.

2-Em Portugal tudo na mesma. Fi-cámos a saber (eu não sabia), por Se-

guro, que os Fundos Imobiliários e os Bancos estão isentos do pagamento de IMI, enquanto as pessoas, esmi-fradas pela fadiga fiscal, são obriga-das a pagar IMI’s injustos porque de-sadequados ao real valor das casas. Enquanto uns lutam pela criação do estado-social outros vêem-no esmo-recer perante o ataque dos seus pró-prios governantes. Resta esperar que em Portugal se faça Brasil.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

pre a tentação de, quando se trata de uma figuraça como a deste Homem, “pintar a “manta” e deduzindo-lhe, adrede, os erros, fazer deles uma es-pécie de Glória Imaculada, alva e asséptica. Já os chineses dizem que ao fazer-se uma árvore genealógica, volta não volta , poda-se-lhe uma pernada. Assim é, de facto. O Madi-ba é mais um entre tantos seres, com virtudes e defeitos, com altos e bai-xos, angariando empatias e antipa-tias, fazendo dele uma personagem mais humana e menos endeusada,

apesar de, mais uma vez adrede, lhe esconderem as negatividades. É, no entendimento da maioria, uma refe-rência positiva e simpática. E disso dá conta a imprensa que, muitas ve-zes inf lamada pela necessidade de “esticar a massa”, comete patetices que a descredibiliza e fragiliza, ac-cionando, em automático, uma atitu-de de desconfiança.

Um destes dias, informando sobre o crítico estado de saúde de Madi-ba, uma jornalista afirmou que uma tuberculose que ele teria contraí-

do no período em que esteve na ca-deia, em 1988, era a principal causa da sua condição sanitária, nem se lembrando, ou sabendo, do surto de bacilo de Koch que atingiu a África naquela altura. Logo me saiu um al-dra, espontâneo, mas acintoso, ao contrário daqueles da minha era de rapazola. Este era muito sentido e de profunda reprovação.

Será que a jornalista quereria que o pobre Madiba, com 94 anos feitos, estivesse em condições para alinhar nos 100 metros barreiras nas olimpí-

adas da Etiópia? Poupem-me a mais “aldras”, tretas

e manhosices. Ora agora, o Madi-ba, de 94 anos, estar a sofrer de uma tuberculose contraída há 25 anos! Há-de ir um dia, sim. De preferên-cia quando ele quiser, dada a idade que tem. Mas não queiram que uma pessoa nascida em 1918 morra cheia de saúde.

Já não há, mesmo, pachorra para o género.

Pedro Calheiros

bem podiam algum dia ter feito isto – alfabetizado a população para ler a propaganda do regime enquanto o regime seguia sozinho, deixando as pessoas fora dos seus processos administrativos, burocráticos e po-líticos.

Os grandes objectivos da alfabe-tização passavam, essencialmente, pela mobilidade social que tal pro-porcionava, ao tornar as/os cidadãs/

ãos mais independentes e autónomos na sua interacção com o código uni-versal da linguagem escrita. Mas, na realidade, o que temos é um Portu-gal cheio de mortos-vivos, que des-conhecem o que são e o que fazem, que desconhecem o seu papel no sis-tema político que, ao fim e ao cabo, é o nosso ecossistema.

Privou-se Portugal, deliberadamen-te, de conhecimento e de consciência

política, privou-se a pessoa portu-guesa, a chamada cidadã ou cidadão, de saber, entender e ter acesso ao seu papel na organização social. Fez-se de Portugal um país de animais, pois só os animais obedecem ao seu ins-tinto e aos ciclos do dia e da noite, da vida e da morte, sem a questionar, mudar e intervir no imediato.

As bestas que fizeram de nós cor-deiros, e que nos condenaram a este

estado de sobrevivência cruel, fize-ram daquela senhora, nos seus ainda poucos sessenta anos, uma senhora que obedece aos ciclos que outros traçam – sem perguntar, sem saber.

Não há crime maior que condenar um país ao embrutecimento e à in-consciência, ao marasmo do escuro e do vazio, à animalidade do instinto e do ciclo natural. Silvia Vermelho, do Portugal profundo.

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abertura

“Dinheiro há, assim haja bons projetos e bons em-preendedores”. Dito des-ta forma nem parece que se está a falar de um país a passar por uma crise pro-funda. Mas o presidente da Comissão de Coorde-nação da Região Centro (CCDRC), Pedro Saraiva explicou que ultimamente a banca lhe tem “transmiti-do a ideia de que já há mais liquidez do que houve no passado, é agora uma ques-tão de preço, de qualidade e de risco dos projetos apre-sentados”.

Também do lado dos incentivos comunitários, Pedro Saraiva reforçou que “ainda há dinheiro para aplicar”, inclusive nas áre-as da inovação, do empre-endedorismo qualificado, da investigação e desenvol-vimento, no setor da inter-nacionalização e, em par-ticular, na área dos incen-tivos para microempresas do interior: “Falta termos cadeia acrescida de bons projetos”.

O presidente da CCDRC

falava na cerimónia de constituição do Clube Bu-siness Angels Viseu| Dão Lafões, no passado dia 26 de junho, que passa a ser presidido pelo vice-presi-dente do grupo Visabeira, Paulo Varela.

Os clubes Business An-gels surgem como uma al-ternativa à banca para o fi-nanciamento de projetos inovadores que queiram nascer no mercado, ao dis-ponibilizar ainda um con-junto de apoios comple-mentares, como formação e outros (ver caixa).

O presidente da Fede-ração Nacional de Asso-ciações Business Angels (FNABA), Francisco Ba-nha seguiu a mesma linha de pensamento de Pedro Saraiva ao adiantar que a FNABA tem dinheiro para apoiar novos e válidos pro-jetos de investimento o que é preciso é grande capaci-dade empreendedora.

“Ainda temos disponível cerca de 29 milhões dos 42 milhões, até junho de 2015. Na região [Dão Lafões] há

grande capacidade empre-endedora. Encontraremos alternativas para dinamizar alguns dos projetos”, sus-tentou.

A FNABA, criada em 2000, disponibilizou nes-sa altura um fundo com “42 milhões de euros” para in-vestir em novos projetos. Nos últimos 28 meses fo-ram realizados 96 investi-mentos em 71 startups (ge-radores de emprego) com menos de três anos, no

montante global de 12,7 mi-lhões de euros.

Numa altura em que es-tão constituídos clubes de Guimarães ao Algarve, Francisco Banha defendeu a criação de instrumentos adequados na sua ativida-de para “uma maior inter-venção junto do ecossiste-ma empreendedor”.

Pedro Saraiva acrescen-tou que os clubes Business Angels têm a vocação de suprir lacunas ao nível do

financiamento, têm risco associado”, têm um apoio não financeiro, mas têm uma outra particularida-de importante para a re-gião: “Eles têm uma base territorial local. Em Boston são quase ao nível de bair-ro, cada freguesia tem um clube Business Angels que reúne semanalmente com uma grande intimidade ge-ográfica”.

Para o presidente do Clube Business Angels de

Viseu, a nova estrutura será “mais um caminho alterna-tivo numa organização de gente que já é empreende-dora”. Paulo Varela consi-derou que permite “colocar à disposição mais um con-junto de ferramentas que se transformem em negócios concretos e que sirva de motivação para os jovens que têm de se abalançar”.

O Clube de Business An-gels Viseu| Dão Lafões foi constituído através da Co-munidade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões e da As-sociação Empresarial da Região de Viseu (AIRV).

Durante a cerimónia de constituição formaliza-ram a adesão ao clube, João Cotta, presidente da AIRV, Paulo Varela, vice-presi-dente da Visabeira e ainda os empresários, José Coe-lho, Adelina Sousa e Pedro Santiago.

Em Viseu, o Clube Busi-ness Angels vai funcionar na sede da AIRV, no Parque Industrial de Coimbrões.

Emília Amaral

∑ Facultar aos investidores a escolha de oportunidades de investimento nas áreas em que pretenderem atuar, bem como a sua participação em empresas que possuem necessidades financeiras e em projetos empresariais com potencial de desenvolvimen-to, crescimento e valorização.

∑ Facultar aos empreendedores o encontro com um conjunto de investidores priva-dos para que possam angariar, além de capital, propósitos que transmitam a sua expe-riência dentro de um determinado setor, designadamente conhecimentos técnicos ou de gestão bem como o acesso a redes de contactos.

∑ Promover a intervenção dos Business Angels com aconselhamento empresarial aos empresários.

∑ Promover o conceito Business Angels, organizando conferências, congressos, se-minários e outros eventos locais, nacional e regionais.

Business Angels em Viseu

Objetivos

Mic

aela

Cos

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Jornal do Centro04 | julho | 20136

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BUSINESS ANGELS | ABERTURA

A primeira razão é, sobretudo, porque penso que esta é mais uma excelente iniciativa e por-que considero também que é através do empre-endedorismo e do empreendedorismo “apadri-nhado”, entre outras entidades pelo clube dos Business Angels, que se vai fazer a continuida-de do sucesso da Região Centro.

Apesar de esta constituir já uma região bas-tante empreendedora mas que, ainda assim, tem um desemprego elevado, apesar de ser hoje a região do país com menor taxa de desemprego ou uma região que consegue estar entre as 100 regiões mais inovadoras da europa, é por isto mesmo que eu considero que não faço mais do que a minha obrigação, dentro do que leio como sendo as grandes prioridades da região, ao vir “apadrinhar”, ao vir dar força, ao vir dar cora-gem às pessoas que aqui se juntaram e que que-rem ajudar a concretizar os sonhos, os projetos de criação de riqueza que várias pessoas ou entidades podem, a partir de agora, submeter à apreciação do Clube de Business Angels.

Este clube, ao ficar agora ao serviço da re-gião de Viseu e Dão Lafões merece, portanto, a minha atenção pessoal pois penso que esta é, sobretudo, uma ótima forma de ocupar o meu tempo ao estar aqui no lançamento de mais um excelente exemplo de afirmação da capacidade empreendedora na região Centro.

Tendo a CCDRC um território

de intervenção tão vasto, onde decerto existem

tantas boas iniciativas,

porque decidiu apoiar pessoalmente

esta em concreto?

Este clube está inserido no nosso plano regional de empreende-dorismo e portanto, advém também, daquilo que nós conhecemos de outras regiões do país e de outras latitudes no panorama inter-nacional.

Entendemos que ele era essencial para alavancar iniciativas de empreendedores, de diferentes personalidades, de pessoas e jovens do distrito e, por isso, julgo que conseguimos tal como noutros proje-tos, uma boa parceria quer com o Instituto Politécnico, com os cen-tros de emprego, com as associações de desenvolvimento, e com a AIRV no sentido de contactar as pessoas que, em termos nacionais e internacionais, trabalham nesta área para também em Viseu, po-dermos montar uma estrutura com estas características que permita de facto apoiar novas iniciativas, não só a constituição de empresas mas também o seu desenvolvimento e para que um conjunto signi-ficativo de pessoas, que também tem experiência nesta área, possa investir alguns dos recursos que tem disponíveis para apostar em novas ideias e novas áreas de negócio que são seguramente muito importantes para o futuro da nossa região.

Nós temos um plano de ação para o empreendedorismo que, na-turalmente, abarca várias iniciativas. Uma delas, o concurso de ideias e negócios das nossas escolas, quer básicas, secundárias ou profissionais, com muito sucesso que já vai no seu segundo ano e que, no primeiro ano deu 120 ideias e no seu segundo ano 130 ideias de negócio, poderão vir a ser naturalmente aproveitadas mas, tam-bém, no concurso ideias de negócio vocacionado e virado já para a população, numa articulação perfeita com as entidades que referi e com as quais queremos promover um diálogo constante, que possa permitir que um potencial investidor possa rapidamente ter aces-so a apoio logístico e a apoio de investimento para a concretização destas ideias.

É sabido que foi um dos grandes

impulsionadores deste projeto.

Quando avançou com a criação

do clube foi fácil convencer os

outros parceiros e entidades da

viabilidade desta ideia?

Pedro Manuel Tavares SaraivaPresidente da Comissão de Coordenação e

Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC)

Carlos MartaPresidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões

Este “ecossistema” é o que temos e é obvia-mente atendendo à nossa realidade que temos que lutar. Hoje ele podia ser melhor mas, tam-bém, podia ser muito pior. Considero, sobretu-do, que ao termos boas empresas, bons autarcas, bom ensino, jovens qualificados, boas vias de comunicação, temos tudo aquilo que é neces-sário para esta ideia “singre”.

Quando falamos de um ecossistema estamos a falar de relações. Como aqui foi dito este clube nasce “fruto” de um conjunto de relações, não nascemos sozinhos. De facto, da articulação da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões, da AIRV, do Instituto Politécnico de Viseu podemos vir a criar aqui uma boa rede de comunicação e uma plataforma de entendi-mento que irá, sem dúvida, ajudar a desenvol-ver esta região.

Se tivéssemos um poço de petróleo aqui ao lado, isso ajudaria um pouco mais mas, não ten-do isso, esta realidade obriga-nos a um maior trabalho para que esta região no futuro seja ain-da mais empreendedora.

O “ecossistema” económico desta

cidade é o ideal para o fomento do

empreendedorismo?

É fundamental porque, felizmente, conseguimos fazer todo este trabalho numa época onde havia maior criação de riqueza. Portanto, o trabalho foi feito antecipadamente e agora todo o tecido empreen-dedor nacional, os jovens empreendedores nacionais que hoje obri-gatoriamente têm que encontrar oportunidades no mercado vão pre-cisar muito de todas estas infraestruturas de apoio que foram criadas nomeadamente dos Business Angels.

Neste momento tendo o país, nomeadamente o continente, cober-to com clubes constituídos formalmente e contando com pessoas com muita experiência empresarial, como é o caso agora de Viseu,

esta realidade vai ser um suporte fundamental para aqueles que pre-tendem empreender e tendo uma adequada estrutura de capitais des-de o arranque. Isso é fundamental.

Portanto, o futuro faz-se construindo, faz-se por nós e eu acredito que esta dinâmica que já tem alguns anos se possa propagar de forma positiva no mercado.

Não me surpreendeu, portanto, que aqui em Viseu se juntassem pes-soas e entidades com tamanha proeminência no campo dos negócios, uma vez que estas pessoas são grandes empresários que estão perma-nentemente a identificar oportunidades. Sendo esta uma oportunida-de para estes desenvolverem novos negócios, entrar em novas áreas de negócio sem que tenham que ser eles a liderá-los e também de, de alguma forma, retribuírem à sociedade uma parte daquilo que esta sociedade lhes deu, algum do seu tempo e algum do dinheiro através da afetação de algum do seu capital a estes projetos.

Como é que se pensa

fazer vingar o empreendedorismo, o capital de risco e os Business Angels

na conjuntura económica atual?

João CottaPresidente da Associação Empresarial da

Região de Viseu (AIRV)

Francisco BanhaPresidente da Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA)

A principal razão, tal como referi na minha intervenção, tem a ver com o contributo que penso que eu, pessoalmente, poderei dar ao excelente trabalho que já aqui está a ser feito, quer pela Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões, quer pela própria Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), no sentido de promover o empre-endedorismo na região.

Tendo em consideração a experiência e os conhecimentos que fui adquirindo ao longo da minha vida empresarial enquanto gestor, penso que é uma oportunidade única para partilhar algo daquilo que fui aprendendo com as pesso-as da região tentando criar, ao mesmo tempo, as condições e o incentivo para que apareçam bons projetos, criativos e inovadores e para que, juntos, os possamos desenvolver em parceria com todo o trabalho que está a ser feito por esta rede de empreendedorismo, esta rede regional que já está a funcionar e que tem vindo a fazer um trabalho excelente ao nível da própria formação escolar nestes concelhos.

Penso que isto é o passo seguinte, digamos, deste processo que visa criar um verdadeiro espírito empreendedor na região.

É evidente que, tendo algumas ocupações que me obrigam a estar em diferentes geografias, incumbências que fazem com que tenha que viajar regularmente para fora de Viseu e para fora do país, a passar mais de metade do meu tempo fora de Portugal, este meu compromisso não será, obviamente, uma tarefa fácil mas, também, como foi dito nós acaba-mos por encontrar sempre tempo para fazer aquilo que é importante e para fazer as coisas de que gostamos

Qual é a motivação

pessoal que leva o CEO da Visabeira

Global SGPS a liderar este

movimento que pretende ajudar à

criação de novas empresas?

Paulo VarelaPresidente do Clube de Business Angels

de Viseu | Dão-Lafões

Jornal do Centro04| julho | 2013 7

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Como é que se passa da democracia cristã ao socia-lismo?Eu continuo democrata

cristão. Fui fundador do Partido do Centro Demo-crático Social (CDS), não do Partido Popular. O que aconteceu é que este parti-do, retomado recentemen-te pelo Paulo Portas, se-guiu uma linha, que é res-peitável, mas que não é a linha da fundação. E hoje, o partido, já não tem ne-nhum dos fundadores, eu fui dos últimos a sair. O meu divórcio não foi liti-gioso, tenho até amizade pelas pessoas que estão, o Hélder Amaral, por exem-plo, que foi o meu número dois na campanha aqui em Viseu, mas ele seguiu ou-tro caminho neste gover-no. Talvez se sinta confor-tável a não pagar o subsí-dio de férias que o Tribunal Constitucional manda pa-gar, talvez se sinta confor-tável a limitar as reformas, talvez se sinta confortável a matar a economia, como está a acontecer. Eu não po-deria estar neste partido. Quanto ao Partido Socialis-ta (PS)… Há uma coisa que se chama lealdade. Eu fui presidente da AICEP desde 2005 até 2011, tive uma liga-ção com o governo, nome-adamente com o primeiro-ministro, e sempre fui tra-tado exemplarmente. Na altura em que fui convida-

do para ser deputado inde-pendente era uma cobardia dizer que não. Gostando eu da política, do parlamento e do serviço público, enten-di dizer que sim. Sinto-me muito confortável como in-dependente, não sou socia-lista, sou democrata cristão dentro do grupo parlamen-tar socialista e agora como candidato à câmara apoia-do pelo PS.

Na sua intervenção, disse que “a candidatura de José Junqueiro é uma prova de coragem e de carácter”. Porquê?Porque não temos dúvi-

das que a candidatura do partido socialista e do José Junqueiro é difícil. Como é sabido o Partido Social De-mocrata (PSD) tem a Câma-ra de Viseu há vários anos, tem uma implementação muito grande no concelho. Portanto esta candidatu-ra do José Junqueiro é uma candidatura que faz a dife-rença, ganhadora, mas que nem por isso deixa de ser uma prova de coragem. É mais fácil ser candidato do Partido Socialista em ou-tros concelhos.

Vai acabar, ou não, a sua car-reira onde muitos começam, candidato a uma câmara, nes-te caso à Câmara de Sintra. Porquê esta prova de fogo?A Câmara de Sintra é

a segunda maior do país,

com cerca de 400 mil pes-soas. É uma câmara que tem agricultura, indústria, turismo, história, cultura e depois tem grandes desa-fios sociais. Nada melhor para um político que já não tem nada a provar, do que fazer esta aposta de dedi-cação ao serviço público e às pessoas. Estou disponí-vel para pôr toda a minha experiência e trabalho em prol dos cidadãos. Se acha-rem que é útil votarem em mim, serei eleito e dedicar-me-ei inteiramente a tentar ajudar a resolver os proble-mas. Não há nada melhor para um político em fim de carreira que acabar a ser-vir os outros, olhar e ver que a sua política foi útil, como fiz na AICEP, quan-do, por exemplo, a PSA em Mangualde esteva para se ir embora e fizemos com que ficasse. E se eu ama-nhã conseguir em Sintra que uma empresa não se vá embora, se conseguir atrair uma boa empresa, conseguir que uma família desarticulada seja ajuda-da pela câmara, conseguir espaços melhores onde as pessoas tenham qualida-de de vida, vou ficar muito satisfeito e é esta a razão da minha candidatura.

“Geração bem preparada e muito desempregada”. Como resolver isto?Retomando e estimulan-

do a economia. Se algumas pessoas deste governo ti-vessem que responder a essa pergunta a respos-ta era muito simples: com uma nova economia, dei-xar acabar as empresas e fazer outras, reformulan-do o Estado, pois o Estado presta serviço a mais.

Destruía-se tudo e o que ficava?Ficavam meia dúzia de

grandes empresas, muitas delas estrangeiras que já cá estão, muitas delas chi-nesas, angolanas, algumas brasileiras, que tomam conta da economia portu-guesa.

Os nossos governantes, mais que a governarem o país estão a governar empresas estrangeiras?Não poderíamos dizer

isso porque estaríamos a ofender as pessoas. Mas o que podemos dizer é que este modelo que está a ser seguido leva imensura-velmente a esse efeito. Ou seja, a economia fica do-minada por meia dúzia de grandes empresas, que de-pois levam consigo as mais pequenas. Há seguramente um preconceito ideológico neste modelo de economia de sociedade e de estado. Estamos a ver a economia a ser destruída, as empre-sas a fechar, o desempre-go a aumentar, a divida ex-

terna a aumentar, o défice não controlado e a resposta é “mais do mesmo”. Esta-mos a ver as entidades pa-tronais, as confederações que deviam ser a base de apoio deste governo que se diz de direita, a dizerem para o governo mudar de

rumo, e já nem falo dos sin-dicatos, e a resposta conti-nua a ser a mesma.

O governo é composto por um conjunto grande de ministros e secretários de estados. Há aqui um maes-tro, que pode ou não ser o

à conversa entrevista ∑ Paulo Neto / Micaela Costa fotos ∑ Paulo Neto

Basílio Horta nasceu em Lisboa em 1943. Foi o fundador do Partido do Centro Democrático Social (CDS), foi candidato à Presidência da Republica, ministro do Turismo e Comércio, ministro da Agricultura e Pescas, minis-tro de Estado, presidente do concelho de administração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), deputado independente do PS e é o atual candidato à Câmara de Sintra pelo Partido Socialista. Considera-se um democrata cristão, embora sinta que o rumo tomado pelo partido que ajudou a nascer já nada tem a ver com a sua fundação. Defende que os portugueses devem reivindicar os seus direitos e acredita que em Viseu palpita o coração da Nação. Em entrevista ao Jornal do Centro, Basílio Horta, passou em revista a situação empresarial da região de Viseu, falou do estado do país e da Europa e deixou claro que para se ter êxito, é preciso tentar.

“A economia é um pouco como abrir um paraquedas, ou se abre a tempo ou se tem uma queda brutal ”

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primeiro-Ministro, que rege tudo isto?Eu acho que o ministro

das Finanças, Vítor Gaspar, em conjunto com a sua equipa, é realmente o au-tor e executor desta estra-tégia. Creio que o primei-ro-ministro está cativo e

tem o seu destino junto a este ministro das Finanças. Mesmo dentro do seu pró-prio partido quando come-ça a ouvir as vozes disso-nantes, que se fazem ouvir publicamente, e já nem falo do CDS, continua a manter esta linha. Se nada for feito

este governo será o coveiro da economia portuguesa, uma pessoa não justifica nem desculpa as respon-sabilidades que o primeiro-Ministro e o governo têm. Porque se não concordam com o que têm, o melhor que podem fazer é substi-

tuir o ministro das Finan-ças, ou não votar nas me-didas propostas.

Como é que vê a apatia dos portugueses?Não sei se será apatia. As

pessoas estão a sofrer, es-tão com medo. Hoje, per-

der um emprego é uma tra-gédia, quem tem emprego, na situação em que está, fará tudo para não o perder. Mas creio que há limites, e não sabemos o que vai no espírito de muita gente, e aquilo que se está a passar todos os dias é suscetível de as pessoas começaram a irritar-se.

Irritar-se é o eufemismo de quê?De protestarem de uma

maneira mais visível, de fa-zerem mais greves gerais, pararem o país, de coloca-rem o Presidente da Repú-blica numa situação de ter que decidir alguma coisa. E o resultado destas eleições autárquicas pode ser uma demonstração pacífica da indignação das pessoas.

Proferiu que os investimen-tos que têm sido feitos são os da venda do património público…A EDP foi para os chine-

ses, a REN também para os chineses. Agora a PT que fundiu com a OI, os CTT vão para o Brasil, a GALP nas mãos dos Angolanos, a ANA com investimento francês, a TAP que tam-bém vai ser vendida (vem cá a ministra Dilma). Por-tanto a maioria das priva-tizações das grandes em-presas, que eram públicas, foram feitas atraindo inves-timento estrangeiro. Dizia Vítor Gaspar que isto é pro-va da confiança dos inves-tidores estrangeiros em Portugal. Mas não, a pro-va de confiança seria se os investidores o fizessem de raiz, tal como a Pescanova ou o IKEA. Agora comprar empresas que eram patri-mónio do estado não é a mesma coisa.

Estão a ir os “cachuchos”, fica a carne ou só o osso?O que está a acontecer

à independência nacional é algo que nos deve preo-cupar a todos. Houve um memorando de entendi-mento que foi assinado e o partido socialista ne-gociou e assinou, portan-to não é sério que o parti-do socialista, que assinou e concordou, venha agora dizer que coisas que estão no memorando não devem sair. Coisa diferente é dizer que o memorando foi assi-nado numa certa época do país e do mundo, que en-tretanto muita coisa mu-

dou e que agora é necessá-rio renegociar. E isso sim, se nós renegociássemos o memorando, noutras con-dições, devíamos ter posto em causa algumas privati-zações, nomeadamente a dos CTT ou da TAP, ou da REN, que são aspetos es-senciais de setores econó-micos ligados à soberania. Mas não foi renegociado, e como consta no memora-do, nada mais há a fazer.

A Europa de hoje é um descrédito? De que forma vê a exequibilidade de uma mudança e como poderia ser feita essa mudança?Não sei responder seria-

mente a isso, porque prever o futuro em águas tão agi-tadas é quase impossível. A Europa é uma construção democrata cristã e social-democrata, que foi feita no tempo de grandes políti-cos, de grandes líderes eu-ropeus, de corações gene-rosos e de visão alargada. O que aconteceu foi que, com o passar dos tempos, em vez de termos mais Eu-ropa tivemos menos Euro-pa e mais burocracia e foi isso que nos levou a este es-tado. A certa altura os paí-ses não tiveram políticas comuns, cada um fez a po-lítica que entendeu. Duran-te muito tempo toda a gen-te entendeu que a divida portuguesa era igual à ale-mã ou à grega. E foi quan-do os gregos, a certa altura, se enganaram no défice do Estado, e perceberam que tinham uma dívida muito maior que a que declara-vam, é que a Merkel disse que afinal já não era “nos-sa” mas grega. E foi aí que se percebeu que as dívidas não são todas iguais, e que a Alemanha começou a di-zer que deixaria de pagar - e muitas dessas dívidas fo-ram feitas em benefício da Alemanha – e, a partir da-qui, veio a política de sacri-fícios. Quando, na verdade, a resposta deveria ter sido de uma maior construção europeia. E se essa cons-trução existisse, haveria um Banco Central Euro-peu com outras funções, com uma política fiscal, de emprego e de investiga-ção, diferentes. Agora há quem defenda mais Euro-pa, para resolver este pro-blema, mas há países que já querem é menos, que que-rem sair. Temos um grande problema dentro da Europa

BASÍLIO HORTA | À CONVERSA

continua»

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À CONVERSA | BASÍLIO HORTA

que, na minha opinião, ou se muda, entrando numa Europa a sério, com polí-ticas europeias, com uma integração europeia, ou pode haver um desmem-bramento da Europa e o fim do euro.

Disse que é necessário que o governo saiba que o país está indignado. Como?Através de manifesta-

ções, de greves pois estes são os mecanismos da de-mocracia. Estas eleições podem ser outro gran-de momento, as pesso-as que estão descontentes com este governo só têm dois caminhos, ou votam no partido socialista ou se abstêm, mas a abstenção é o voto que conta para este governo, portanto o único voto que o Presidente da Republica não pode igno-rar é a vitória maciça do partido socialista.

Um comentário a esta sua afirmação: “Em Viseu palpita o coração da Nação”.Basta olhar para a Sé,

para o centro histórico, é aqui que está a Nação por-tuguesa, no interior rural, nacionalista, apegado aos valores. Aqui se percebe o que foi, o que é e o que pode vir a ser o povo por-tuguês. E é por isso que eu digo que em Viseu palpita o coração da Nação. E te-mos que estar preparados para tudo, há quem diga que a saída do euro é uma desgraça, realmente poderia ser uma desgraça, mas não nos pode-mos esque-cer que mui-

tos portugueses já saíram do euro: aqueles que pas-sam fome, que estão sem emprego e esses precisam de uma resposta.

O que é que conhece da rea-lidade empresarial da região Centro?Conheço várias coisas.

Há grandes empresas que estão aqui, na área dos ser-viços, de transportes, turís-ticas, do setor farmacoló-gico. Há sem dúvida mui-tas empresas de grandes dimensões em Viseu. A zona Centro, em conjunto com Aveiro é um fortíssi-mo contributo para o pro-duto interno bruto portu-guês.

Falava na PSA Mangualde. Como é que num contexto de crise, ainda se conse-guem manter empresas destas dimensões?Primeiro, conhecendo

o que é que a PSA espe-rava de Portugal, depois pegando no avião, ir a Paris e falar com o pre-sidente da PSA e dizer o que podíamos oferecer. Tendo uma mão-de-obra da melhor que há, muito melhor que a espanhola, com muito mais estabi-lidade e produtividade. Depois, quando a empre-sa quis alargar, haven-do um presidente da Câ-mara que percebeu e que cortou um caminho pú-blico para poderem alar-gar a empresa, foi preci-so um Governo que tivesse pago esse

caminho público, nou-tro sítio. Se não houves-se isto tudo a PSA tinha-se ido embora. Nós para termos empresas aqui, te-mos que perceber as rei-vindicações e responder bem àquilo que preten-dem, porque hoje em dia a competitividade é enor-me. Temos o exemplo da Pescanova que está com problemas na internacio-nalização e que se não estivesse aqui estava no Chile, o mesmo aconte-ce com a Embraer, que se não estivesse aqui esta-va em Espanha ou em In-glaterra.

Por outro lado, só nos últimos anos, empresas filiadas na Associação Co-

mercial

de Viseu, fecharam cerca de 600. Aqui, o que é que o governo pode fazer?A economia é um pou-

co como abrir um para quedas, ou se abre a tem-po ou se tem uma queda brutal e eu tenho receio que o momento de o abrir já tenha passado. Mas se ainda formos a tempo, deveriam acabar com a austeridade, renegociar rapidamente os prazos de pagamento da divida, renegociar os juros. Es-tamos a pagar 8 mil mi-lhões de juros, mais do que aquilo que gastamos com a Educação e Saúde. Que digam à Europa que nos estamos a afundar e que por este caminho não vamos conseguir pagar nada. Que coloquem di-nheiro na economia, que

ponham as pessoas a comprar, a ir aos ci-

nemas, aos restau-rantes, a ir às fá-bricas, claro que

não ao mesmo nível de ou-tros tempos, mas pelo me-nos retomar-se-ia alguma

economia. E, sobretudo que

ponham a eco-nomia na agen-

da, e isso signifi-ca pôr a procura in-

terna na agenda, que não deixem de fazer o

fomento das e x -

portações, a diplomacia económica, mas que não se esqueçam que 70% da economia está aqui den-tro e se não vêm isso, muito mais vai fechar.

Fala-se muito em interna-cionalização e procura de novos mercados. Soube-se agora que a segunda maior economia [França] entrou em recessão e a Alemanha está parada. E agora?Fomos nós quem co-

meçou esse caminho da diversificação de mer-cados. Agora temos que ir para fora da Europa, mas para isso não chega querer, temos que ter as empresas com competi-tividade para esses mer-cados. E para ter compe-titividade têm que existir produtos de melhor qua-lidade a preços mais bai-xos. Melhor qualidade em investigação e desenvol-vimento de produto, fato-res de produção, taxas de juros competitivas. Tem que haver crédito. Abrir portas sim, mas tem que haver quem depois quei-ra entrar, tem que haver, sobretudo, competitivi-dade interna.

Como é que se cria em-prego numa cidade como Viseu?Investindo. Não há ou-

tra maneira. Organizan-do os jovens, pondo em prática o empreendedo-rismo, percebendo quem quer aumentar a produ-ção e dar apoio a es-sas pessoas, fazer um “pack” de atração de investimento, entre tantas outras medi-das. Mas é preciso tentar, só assim se

terá êxito.

o voto que conta para este governo, portanto o únicovoto que o Presidente daRepublica não pode igno-rar é a vitória maciça dopartido socialista.

Um comentário a esta suaafirmação: “Em Viseu palpitao coração da Nação”.Basta olhar para a Sé,

para o centro histórico, é aqui que está a Nação por-tuguesa, no interior rural, nacionalista, apegado aos valores. Aqui se percebe o que foi, o que é e o quepode vir a ser o povo por-tuguês. E é por isso que eu digo que em Viseu palpita o coração da Nação. E te-mos que estar preparadospara tudo, há quem diga que a saída do euro é umadesgraça, realmente poderia ser uma desgraça, mas não nos pode-mos esque-cer que mui-

tos portugueses já saíram do euro: aqueles que pas-sam fome, que estão sem emprego e esses precisamde uma resposta.

O que é que conhece da rea-lidade empresarial da região Centro?Conheço várias coisas.

Há grandes empresas que estão aqui, na área dos ser-viços, de transportes, turís-ticas, do setor farmacoló-gico. Há sem dúvida mui-tas empresas de grandes dimensões em Viseu. A zona Centro, em conjunto com Aveiro é um fortíssi-mo contributo para o pro-duto interno bruto portu-guês.

gar a empresa, foi preciso um Governoque tivesse pago esse

filiadas na Associação Comercial

vamos conseguir pagar nada. Que coloquem di-nheiro na economia, que

ponham as pessoas acomprar, a ir aos ci-

nemas, aos restau-rantes, a ir às fá-bricas, claro que

não ao mesmonível de ou-tros tempos,mas pelo me-nos retomar-se-ia alguma

economia. E,sobretudo que

ponham a eco-nomia na agen-

da, e isso signifi-ca pôr a procura in-

terna na agenda, quenão deixem de fazer o

fomento dase x -

cados. E para ter competitividade têm que existirprodutos de melhor qua-lidade a preços mais bai-xos. Melhor qualidade em investigação e desenvol-vimento de produto, fato-res de produção, taxas de juros competitivas. Tem que haver crédito. Abrirportas sim, mas tem quehaver quem depois quei-ra entrar, tem que haver, sobretudo, competitivi-dade interna.

Como é que se cria em-prego numa cidade como Viseu?Investindo. Não há ou-

tra maneira. Organizan-do os jovens, pondo em prática o empreendedo-rismo, percebendo quem quer aumentar a produ-ção e dar apoio a es-sas pessoas, fazer um “pack” de atração de investimento, entretantas outras medi-das. Mas é preciso tentar, só assim se

terá êxito.

r A zona Centro, em

conjunto com Aveiro é um fortíssimo contributo

para o produto interno bruto português”

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região

A ex-presidente da Câ-mara Municipal de Castro Daire, Eulália Teixeira e os vereadores do seu executi-vo, António Giroto e José Manuel Ferreira foram ab-solvidos das acusações de terem usado dinheiro da autarquia em benefício próprio e do PSD, na cam-panha para as eleições au-tárquicas de 2005, em que a autarca foi eleita presidente do executivo.

A sentença foi conheci-da na quarta-feira, dia 26 de junho. O processo, que se arrastava desde 2011, re-sultou de denúncias anó-nimas relativas quer a fi-nanciamentos da campa-nha, quer a outros ilícitos que poderiam configurar os crimes de tráfico de in-fluências, participação eco-nómica em negócio, preva-ricação e corrupção.

Os três autarcas eram acusados pelo Ministé-rio Público dos crimes de peculato e abuso de po-der. Os crimes estavam relacionados com o facto de o pagamento de servi-ços prestados pela empre-sa “Sourcingest (Apoio a Organização de Empresas, Gestão Documental, Solu-ções Informáticas, Even-tos e Comércio a Retalho, Ld)” no âmbito da campa-nha eleitoral para as autár-quicas de 2005, ter sido fei-to pelo município de Cas-tro Daire.

O Tribunal de Castro Daire absolveu os arguidos da totalidade dos crimes de que estavam acusados. Se-gundo o Tribunal a empre-sa prestou apoio aos argui-dos na campanha eleitoral autárquica de 2005, mas não foi provado que esses serviços tenham sido pagos

pela autarquia.Para o advogado de defe-

sa da antiga presidente da Câmara de Castro Daire, Artur Baião foi uma boa decisão.

“[O Tribunal] Decidiu em conformidade e tomou em causa as regras quer do direito quer do interesse público. Acho que foi uma boa decisão”, adiantou.

Artur Baião lembrou que não ficou dito em tri-bunal que “foi a própria engenheira Eulália que, ao entender que havia diver-gência entre a faturação da empresa em causa e os ser-viços efetivamente presta-dos, tomou a iniciativa de recusar esse pagamento muito antes deste proces-so ser conhecido, sanando eventuais irregularidades formais”.

Eulália Teixeira consi-derou que, “perante tudo o que se presenciou durante o julgamento, era o resulta-do esperado” e “fez-se jus-tiça”.

“Estou convicta que a maioria das pessoas que nos conhecem e nos acom-panharam no trabalho autárquico era isto que es-peravam, porque sabem que jamais haveria atitudes do género”, reforçou. Con-siderando que ainda não é a hora de avaliar os prejuí-zos, entendeu que “este foi um momento menos bom” na sua carreira de autarca.

Márcio Santos, advogado de defesa dos antigos vere-adores, partilhou da mes-ma opinião de que foi fei-ta justiça “embora tardia-mente, porque as pessoas são sempre penalizadas pelo processo”. “Estas pes-soas ficaram claramente li-gadas a um processo-cri-me na sequência de factos que eram imputados na al-tura em que eram autarcas e, embora tenham sido ab-solvidas, perante a opinião publica, a dúvida vai existir sempre”, acrescentou.

Emília Amaral

Tribunal absolveex-presidente da Câmara de Castro DaireDecisão ∑ Não se provou que tivesse sido usado dinheiro

do município para pagar campanha autárquica

A Eulália Teixeira

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DESALOJADOOliveira de Frades. Um ho-mem ficou desalojado, na se-gunda-feira, na sequência de um incêndio numa habita-ção no concelho de Oliveira de Frades. De acordo com o Comando Distrital de Ope-rações de Socorro (CDOS) de Viseu, o incêndio urbano ocorreu por volta das 8h20, na povoação de Espindelo, na freguesia de Ribeiradio. “A habitação ficou comple-tamente destruída”, expli-cou, acrescentando que o homem desalojado será acolhido em casa de fami-liares. EA

INCÊNDIO Distrito. Dois incêndios em mato, que deflagraram na madrugada de sábado no distrito de Viseu, mobiliza-vam, quase duas centenas de bombeiros e 46 veícu-los operacionais. De acordo com dados da página eletró-nica da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Des-triz, no concelho de Olivei-ra de Frades, o incêndio em mato, com duas frentes, foi combatido por mais de 90 bombeiros, com o apoio de 23 viaturas. Em Meã, conce-lho de Vouzela, também la-vrou um fogo em mato com duas frentes ativas, desde as 2h38, combatido por mais de 100 homens e 23 veículos. Além dos dois incêndios no distrito de Viseu, considera-dos mais significativos, esti-veram em curso, mais sete fogos, totalizando nove. EA/Lusa

MORTOViseu. Uma mulher de 58 anos morreu e dois homens ficaram feridos, na quarta-feira, dia 26 de junho, num choque violento de duas viaturas ligeiras contra um camião, no IP5, em Viseu. A colisão ocorreu no sen-tido Viseu – Aveiro. A víti-ma mortal viajava numa das viaturas ligeiras. Uma hora depois, a circulação no anti-go IP5 encontrava-se ainda condicionada. EA

∑ Depois de ter sido vice-presidente do executivo de Castro Daire, Eulália Teixeira foi eleita presidente pelo PSD em 2005. Perdeu a Câmara em 2009 para o Partido Socialista e assumiu as funções de vereadora da oposição em regime de não permanência. Em ou-tubro vai abandonar a vida de autarca, esclareceu, não em consequência do processo, nem por falta de convi-tes “de pessoas do partido (PSD) e também de outros partidos”, mas em defesa da “renovação”.

Percurso de Eulália Teixeira

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Realizou-se na passada sexta-feira o tradicional arraial popular da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Viseu (APPACDM).

A este 13º Arraial, que contou com a presença de cerca de 650 pessoas entre parceiros, fornecedores, clientes, associados, colaboradores e amigos, asso-ciaram-se também várias entidades locais como a Câmara Municipal de Viseu e o Centro Distrital de Segurança Social que, assim, quiseram aderir a esta iniciativa e, sobretudo, a esta causa. PM

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REGIÃO | AUTÁRQUICAS 2013

Mudar o Gabinete do Presidente da Câmara Municipal para a Rua Di-reita, bem como as ins-talações da Universida-de Sénior, reestruturar o Mercado 2 de Maio, com o objetivo de “impulsio-nar o comércio de proxi-midade” e criar uma feira todos os sábados para ven-da de produtos frescos, de forma a “envolver os pro-dutores locais” foram as novidades da candidatu-ra do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal de Viseu.

As medidas foram apre-sentadas em mais um de-bate-conferência, desta vez com o tema “Comba-ter o desemprego, fomen-tar o investimento” que decorreu na Associação de Comerciantes do Dis-trito de Viseu.

Na ação José Junquei-ro fez-se acompanhar por Basílio Horta, depu-tado independente do

PS, candidato à Câmara de Sintra e ex-presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comér-cio Externo de Portugal, que comentou as medidas propostas pelo PS para es-timular a atividade eco-nómica das empresas e o combate ao desemprego.

Foram vários os comer-ciantes e apoiantes da can-didatura que marcaram presença em mais uma discussão pública do pro-grama eleitoral autárquico do partido socialista. Na sua intervenção, José Jun-queiro, sublinhou a im-portância da economia e do emprego, no desen-volvimento do distrito de Viseu, tendo por base o lema da campanha “Mais emprego, melhor futuro”.

Os setores empresariais e industrial foram outros dos temas debatidos e que para o candidato são áre-as onde pretende apostar. “Queremos ser o apoio

dos empresários…quere-mos seguir o caminho da industrialização”, subli-nhou.

José Junqueiro voltou ainda a lançar a debate as propostas eleitorais de uma das áreas estratégi-cas de programação da candidatura: economia, crescimento e emprego. Reiterando temas como a gestão dos parques in-dustriais, “através da tro-ca de metros quadrados por postos de trabalho e com facilidades fiscais”, a reforma fiscal munici-pal, a regeneração urba-na, o abrandamento fis-cal no IMI e IRS para as famílias e para as empre-sas na Derrama, a requa-lificação permanente dos recursos humanos, a Via-verde para o investimento e a criação de um centro de apoio à atividade eco-nómica.

Micaela Costa

Junqueiro quer gabinete da presidência na Rua DireitaMedidas ∑ José Junqueiro apresentou novidades e reforçou

o programa eleitoral

A Basílio Horta foi o convidado de mais um debate-conferência da candidatura do PS à Câmara de Viseu

“Alcançar com as pon-tas dos dedos as estrelas para permanecer com a ponta dos pés em ter-ra firme” foi a compa-ração escolhida por Al-meida Henriques, can-didato do Partido Social Democrata à presidência da câmara de Viseu, ao abraçar o desafio de fa-zer de Viseu o “terceiro polo cultural do país.

Este foi o desígnio “pri-meiro” apresentado na passada sexta-feira, du-rante a sessão do Fórum Participativo inteira-mente dedicada ao tema da cultura que contou com Dalila Rodrigues, Paulo Ribeiro e Fátima Eusébio como oradores convidados.

Perante um auditório que teve o mérito de jun-tar na Associação Co-mercial de Viseu mui-tos dos representantes das instituições cultu-rais do concelho, alguns artistas e programado-res culturais da cida-de, Almeida Henriques apresentou dez pro -

postas que irá assumir como compromissos no seu programa eleitoral a apresentar no próximo dia 13 de julho.

De entre os compro-missos avançados para a área da cultura desta-cam-se a criação de uma programação cultural em rede, que integre a conceção e o marketing de uma agenda cultu-ral municipal, a criação do Festival Internacio-nal da Música e da Dan-ça de Viseu e a criação do Festival de Literatura da Beira Alta, que possa potenciar as capacida-des literárias existentes na região.

O lançamento de uma secretaria das artes, a incubação de indústrias criativas no centro his-tórico, o apoio a coope-rativas culturais e ar-tísticas, o concurso de ideias criativas para a região, um apoio à inter-nacionalização de talen-tos através do programa

“Viseu Invest”, o estudo para a radicação do cen-

tro de investigação fol-clórica nacional e a cria-ção de um Conselho Mu-nicipal Consultivo para a Cultura são outras das apostas apresentadas por esta candidatura.

Naquela que o candi-dato considerou como a sua “passerel le de ta lentos”, foi objet i-vo “primeiro” auscul-tar o pensamento des-tas três figuras do pa-norama cultural, Dalila Rodrigues, vice-presi-dente do Centro Cultu-ral de Belém (CCB), Pau-lo Ribeiro, coreógrafo e Fátima Eusébio, coorde-nadora do Departamen-to dos Bens Culturais da Diocese de Viseu.

Alguns dos presentes lamentaram ao Jornal do Centro não ter ouvi-do da boca do candidato

“propostas concretas no âmbito da ação futura e provas de um apoio e de um compromisso verda-deiro com as entidades e instituições que hoje fazem cultura nesta ci-dade”. PM

Viseu vai ser o terceiropolo cultural do país

O candidato do CDS-PP à presidência da Câmara de Viseu, Hélder Amaral, defendeu que pretende apostar numa campanha que privilegie o contacto direto com empresários, associações e população.“Vou apostar num mo-

delo de rua a rua, porta a porta, empresário a em-presário, que privilegie o contacto direto com o maior número de pessoas possível”, sustentou.

No final de um dia de reuniões com agentes culturais e empresários, Helder Amaral explicou à agência Lusa que este tipo de encontros serve para testar “um conjunto de possíveis soluções”.

“Só precisa de fazer diagnóstico quem não conhece o concelho de Viseu. Por isso, o impor-tante é encontrar solu-ções para as dificuldades que me são transmitidas”,

revelou.O candidato do CDS-PP

avançou que o programa eleitoral irá dar priorida-de à economia, engloban-do o turismo e a agricul-tura, a cultura, educação e desporto e, ainda, a ação social.

Entre os compromis-sos de Hélder Amaral, está o não pagamento de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) na zona histórica da cida-de de Viseu, na condi-ção dos seus proprietá-rios realizarem obras que sejam necessárias nos edifícios.“Os proprietários que

não cuidam prejudicam toda a gente. Por isso, é preciso incentivar a que requalifiquem os seus edifícios”, alegou.

A última visita do dia foi a uma empresa do se-tor automóvel, com cerca de 45 anos de existência.

“A economia é uma das nossas prioridades”, disse o candidato, acrescentan-do que não terá tempo “de ir a todos os sítios”, mas que vai “tentar visitar o maior número de empre-sas que conseguir”.

Na sua opinião, fazer política nas empresas não é crime, já que são os em-presários que têm as solu-ções económicas.“Se não se pode fazer

política em instituições públicas, os empresários oferecem as suas instala-ções para que se possa fa-zer política”, concluiu.

As eleições autárquicas estão marcadas para o dia 29 de setembro e, no con-celho de Viseu, além da de Hélder Amaral, são já conhecidas as candidatu-ras de Almeida Henriques (PSD), José Junqueiro (PS), Francisco Almeida (CDU) e Manuela Antunes (BE). Lusa

Hélder Amaral aposta nocontato direto com as pessoas

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TONDELA | CASTRO DAIRE | REGIÃO

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Vários terrenos que se encontravam desocupa-dos na cidade de Tondela estão a ser usados para promover a agricultura, ganhando nova vida atra-vés de um projeto que dá formação nesta área a pessoas desempregadas ou com uma situação profissional instável.

“Hortinhas solidárias” resulta de uma parce-ria entre a Câmara de Tondela, o Instituto de Emprego e a Formação Profissional (IEFP) e a Confagri - Confedera-ção Nacional das Coo-perativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Por-tugal.

Dois meses depois do

arranque do projeto, será cumprido um dos objetivos do projeto: ins-tituições de solidarie-dade social e famílias carenciadas vão receber couves, o primeiro pro-duto resultante do traba-lho de 20 formandos.

“Quisemos juntar no mesmo projeto a forma-ção no setor agrícola, o ganho de competências dos formandos e tam-bém ajudar quem mais precisa no nosso conce-lho”, justificou à agência Lusa a vereadora da Câ-mara de Tondela, Carla Pires.

O projeto resultou da constatação de que havia pessoas que gostariam de

se dedicar à agricultura, mas “a sua formação de base não é ligada ao setor agrícola”. Outras até já ti-nham uma vivência nes-te setor, mas com o proje-to vão “valorizar os seus conhecimentos de modo a tornar a sua produção mais rentável”, no que diz respeito ao tipo de plan-tas, à maneira como se dispõem e como é feita a rega, exemplificou.

Segundo Carla Pires, as pessoas ganham compe-tências para melhorar a sua economia familiar, ao produzir o que vão con-sumir no dia-a-dia, e po-dem até vir a criar o seu próprio emprego.

Carla Pires avançou

que a ideia é “manter este projeto ao longo dos próximos anos, criando uma variedade e uma rotatividade de culturas e de formações, de manei-ra a que as pessoas efeti-vamente possam ter co-nhecimentos em várias áreas”.

Depois de, nesta pri-meira fase, o projeto ter apostado na formação no domínio da horticultura, a intenção é abraçar ou-tro tipo de culturas, mes-mo de sequeiro, para ten-tar dar uma formação o mais diversificada pos-sível”, explicou a verea-dora.

Emília Amaral/Lusa

“Hortinhas solidárias” nascem em TondelaProjeto∑ Dar formação a desempregados, promover a agricultura e ajudar instituições

Vai aquecer

Opinião

Os dados apurados pelo INE voltam a colocar o sector agroalimentar em destaque no que diz respei-to às exportações. No pri-meiro trimestre de 2013 e em comparação com o pe-ríodo homólogo, o sector cresceu 7%, mais do dobro da média nacional. Nestes três meses as exportações nacionais foram respon-sáveis pela diminuição do défice da nossa balança co-mercial em 730 milhões de euros.

Num recente estudo promovido pela DECO sobre o consumo em hipermercados, o Jumbo foi eleito o espaço deten-tor dos melhores preços. O Pão de Açúcar surge em segundo lugar na lis-ta das superfícies comer-ciais mais baratas, seguido do Continente e do Con-tinente Modelo. O estu-do em causa comparou 50.617 artigos em 81 conce-lhos. O cabaz criado para o efeito procurou retractar da melhor forma o actual espectro económico do país, dividido nas seguin-tes categorias: mercearia, drogaria, frutas, legumes, carne e peixe. Os produ-tos de marca própria fo-ram responsáveis por 20% do total das compras. Os preços mais baixos foram possíveis de encontrar nas grandes metrópoles (Lis-boa, Porto e ainda em Vila Real). Os mais caros regis-taram-se na Guarda e em Bragança.

E m r e l a ç ã o a o s hipermercados, talvez seja importante acrescen-tar que a promissora taxa criada em 2012, com o pro-pósito de financiar a fis-calização de toda cadeia alimentar, apenas conse-guiu apurar até à data 2 milhões de euros. As en-tidades pretendem no en-tanto obter um valor mui-to superior e próximo dos 18 milhões de euros. O va-lor angariado até ao mo-mento resulta apenas e só da generosa contribuição dos estabelecimentos de pequena dimensão. Neste sentido, muito dos artigos em análise poderão ainda não repercutir os custos de contexto desta taxa. Em re-lação a este assunto, o que se sabe é que o governo procura agora acelerar a sua cobrança nos grandes espaços.

A partir de 1 de Julho, em

empresas com facturação superior a 100 mil euros, passa a ser necessário for-necer à autoridade tribu-tária todos os dados para a emissão das guias electró-nicas destinadas ao trans-porte de mercadorias. Vá-rias associações ligadas ao sector da distribuição e do agroalimentar já vieram a público requerer a suspen-são destas novas regras de transporte, dada a buro-cracia que a operação irá acarretar. Em muitos casos, aludem a uma possível es-cassez de bens para os con-sumidores, ou a atrasos e prazos de entrega muito pronunciados. Por parte das autoridades, o que se pretende é o controlo e a diminuição drástica de muita da economia pa-ralela que habitualmente circula, uma vez que cada guia emitida irá redundar numa futura factura.

A ser assim, outros va-lores vão ser possíveis de apurar e provavelmente a diminuição dos impostos (IRC, IRS e IVA), defendi-da por todos os partidos, contribuintes, sindicatos e organizações patronais, poderá estar a ser cozi-nhada. No caso da restau-ração tratar-se-ia de um agradável bálsamo.

Por cá o tempo parece ter aquecido de forma no-tória. O ministro das fi-nanças, Dr. Victor Gaspar, apresentou a sua demis-são. Muitos gostariam que tivesse sido substituí-do pelo actual ministro da saúde, Dr. Paulo Macedo, um conhecedor profun-do do ministério com pro-vas dadas. Neste momen-to, o que todos almejam é uma nova e refrescan-te brisa vinda de vários quadrantes. O episódio dos swaps vai fazer correr ainda muita tinta. As con-dições meteorológicas que para alguns ditaram o nos-so abrandamento econó-mico já não se verificam, agora seguem-se os fogos. Até Outubro a temperatu-ra não deve abrandar e a ser assim muitas surpresas estarão na calha.

Aguardemos para ver o que aí vem.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

OS VERDESQUESTIONAM “ESTADO DE ABANDONO” DE ETAR DE CASTRO DAIRE

O grupo parlamentar Os Verdes questionou o Go-verno sobre o “estado de abandono” da Estação de Tratamento de Águas Re-siduais (ETAR) das Termas do Carvalhal, na freguesia de Mamouros, no concelho de Castro Daire.

Na pergunta que entre-gou na Assembleia da Re-pública, o deputado José Luís Ferreira questiona o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Territó-rio se “tem conhecimen-to da situação de abando-no da ETAR” e se ela “está dimensionada para a po-pulação e para atividades existentes nas Termas do Carvalhal”.

Uma delegação do parti-do ecologista Os Verdes es-teve recentemente no local, tendo constatado “o mau estado da ETAR e a falta de manutenção desta infraes-trutura, que se encontra ao abandono há largo tempo”, o que diz ser “percetível observando a maquinaria com parafusos caucionados e enferrujados”. EA/Lusa

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PA R C E I R O S I N S T I T U C I O N A I S

WWW.CINECLUBEVISEU.PT

A P O I O S D I V U LG AÇ ÃO

educação&formação

O jardim de Infância de Abraveses, do Agrupa-mento de Escolas Viseu Norte levou esta sema-na ao centro comercial Forum o resultado de um processo criativo que en-volve crianças, pais e pro-fessores.

O projeto chama-se “Brincar com Arte”. O ponto de partida des-ta vez foi a obra do pin-tor e ilustrador austría-co, Hundertwasser. As crianças desenham em papel e, depois, em con-junto com as educadoras,

o desenho é reproduzi-do para a tela. Graça Ma-galhães, dinamizadora do projeto, adiantou que, este ano, resolveram cha-mar os pais ao jardim-de-infância para colabora-rem também com uma obra de arte.

A exposição dos traba-lhos esteve patente até terça-feira no centro co-mercial Forum Viseu.

O projeto “Brincar com Arte” foi criado há quatro anos tendo, recentemen-te, sido alargado aos alu-nos mais novos. EA

“Brincar com Arte” recebido no Forum“Continuar o trabalho

que tem vindo a ser de-senvolvido de acordo com o projeto de intervenção continuidade na qualida-de”, foi o desejo de João Caiado no momento da tomada de posse do Con-selho Geral Transitório como diretor do Agrupa-mento Viseu Sul, para o quadriénio 2013 - 2017.

João Caiado referiu que pretende continuar a de-senvolver a qualidade do serviço público de educa-ção aprestado pelo agru-pamento, promover o su-cesso educativo e prevenir o abandono escolar, pro-mover a equidade social criando condições para a concretização da igualda-de de oportunidades para todos os alunos, indepen-

dentemente da escola do agrupamento que frequen-tam, lutar por assegurar as melhores condições de es-tudo e de trabalho a todos os elementos da comuni-dade escolar, cumprir e fa-zer cumprir os deveres e os direitos e incentivar a

participação de todos os membros da comunidade educativa.

Isabel Maria Neto das Neves foi eleita Subdireto-ra. Como adjuntos toma-ram posse Virgínia Maria Rodrigues, Vitor Almeida e José Pereira de Sousa.

Este “mega agrupamen-to” reúne, desde o ano passado, os agrupamen-tos de Silgueiros e Repe-ses, formando assim o Agrupamento de Escolas Viseu Sul.

Micaela Costa

João Caiado tomaposse no Agrupamentode Escolas Viseu Sul 2013 - 2017 ∑ Continuar a desenvolver a qualidade do serviço público de educação

é o principal objetivo

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O aluno, Nuno Vouga Ribeiro, do 12º ano do Agrupamento de Esco-las Latino Coelho, em Lamego, foi o vencedor da edição deste ano do Prémio Escolar Dr. Fer-nando Amaral, subordi-nado ao tema “O Pensa-mento Social do Dr. Fer-nando Amaral aplicado à Realidade Atual”.

O júri considerou que o seu trabalho “cumpriu os critérios de avaliação previamente divulgados

e a adequação ao tema proposto a concurso, de-senvolvendo, de modo pertinente, aquilo que seria o pensamento so-cial do Dr. Fernando Amaral, aplicado à rea-lidade atual”.

Nesta terceira edição, o valor pecuniário a atribuir ao vencedor foi de mil euros, entregue durante a sessão ordiná-ria da Assembleia Mu-nicipal de Lamego de 28 de junho. EA

Nuno Ribeiro vence prémio escolar Dr. Fernando Amaral

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economia

HOTEL DO CARAMULO LEVA GASTRONOMIA POR-TUGUESA A ITÁLIA

O Hotel do Caramu-lo e o seu chef, João Pe-reira foram convidados a representar a gastro-nomia portuguesa no “Popoli Pop Cult Fes-tival”, um encontro de cultura mediterrâni-ca com espetáculos de música e dança, mos-tras gastronómicas e artesanato de todo o mundo, que decorreu de 28 a 30 de junho, em Bagnara di Romagna, Itália.

“Para a mostra gas-tronómica o Chef João Pereira preparou um menu especial que re-presentasse , por um lado, a tradição à mesa portuguesa de norte a sul e, por outro, o que de mais emblemático se come no nosso país”, adianta a direção do Hotel do Caramulo em comunicado.

“Vitela assada à Dão Lafões” e “bacalhau à zé do pipo” foram dois pratos da região presen-tes nas várias sugestões de João Pereira. EA

Democracia Participativa

Clareza no Pensamento

Conta-se , que um prestigiado prémio no-bel de economia, um dia, numa das suas au-las, propôs aos seus alunos soluções para salvar uma empresa que passava por mo-mentos difíceis.

Depois de vários alu-nos proporem diferen-tes soluções para a em-presa, o professor quis saber, o que proporia um dos seus melhores alunos.

- Professor, primei-ro de tudo, o nível de endividamento da em-pre sa é dem a s i ado alto, logo fechava as fábricas que a empre-sa tem no México e em Portugal. Isto permi-tiria cortar cerca de 800 postos de traba-lho e poupar o equiva-lente aos juros da dí-vida. Cortava, ainda 20% nos postos de tra-balho das fábricas em Espanha…

- Basta! Vociferou o professor. – Basta! Vá imediatamente para a rua!

- Mas…professor … – respondeu o aluno, bastante cabisbaixo.

- Saia da sala imedia-tamente!

O aluno pegou nos livros e encaminhou-se para a porta. Quan-do estava para abrir a porta de saída, ouviu o professor, ainda visi-velmente enfurecido.

- Isto é para que sin-ta o mesmo que senti-riam aqueles que, in-justamente mandaria para a rua.

Lembrei-me desta história (perdoem-me por não me recordar do nome do nobelizado), agora que o nosso Go-verno se prepara para o maior despedimento coletivo de que há me-mória. Será feito, sem ter havido qualquer tipo de discussão pú-bl ica e sem a dev i-

da justif icação sobre os postos de trabalho a cortar. Se dispõem, internamente, dos nú-meros que permitirão justificar quais os ser-viços do estado que têm postos de traba-lho a mais, não os di-vulgam. Mais estranho é que é o mesmo Esta-do a exigir ao sector privado que constem de qualquer proces-so de despedimento, o ( s ) m o t i v o ( s ) justificativo(s). Seria de exigir o mesmo por parte do Estado. Ora, é precisamente o Go-verno a não querer dis-cutir que estado social podemos e queremos ter. O Governo avança apenas com um núme-ro de despedimentos para poupar despe-sa, sem que se saiba se toda essa poupança de despesa se traduzi-rá em poupança efeti-va. Convém lembrar que, para que toda a poupança em pessoal se torne efetiva, será necessá r io que não exista perda de ef i-ciência nos serviços prestados pelo Esta-do e que os danos co-laterais não mitiguem essa poupança. Tal só poderia ser verif ica-do, a partir da análise de estudos apresenta-dos e discutidos publi-camente. O Governo preferiu apresentar números dispersos: 3 0 0 0 0 , 5 0 0 0 0 , … , despedimentos. Úni-ca justificação: baixar a despesa pública. Pa-rece-me pouco para a maior reforma do Estado desde o 25 de Abril. Uma democra-cia participativa mere-ce mais.

José BastosDocente do Instituto Politécnico de Viseu

[email protected]

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)Júri atribui 36 medalhas aos “Melhores Vinhosdo Dão Engarrafados”

Quatro vinhos con-quistaram o Prémio Prestígio no IV Con-curso “Os Melhores Vi n hos do Dão E n-garrafados”, promovi-do pela Comissão Vi-tivinícola Regional do Dão (CVR do Dão). Vi-nha Paz, com um vinho branco e outro tinto, AllGO e CS Seabra fo-ram as marcas que ar-

recadaram o prémio principal . O júri de-cidiu ainda atribuir 13 medalhas de ouro e 19 medalhas de prata.

Durante o concurso, que decorreu nos dias 25 e 26 de junho, o júri avaliou 104 amostras de 34 produtores. “Um número bastante supe-rior ao do ano passado, uma vez que, em 2012,

o concurso teve a par-ticipação de apenas 53 vinhos. O aumento de participação denota a importância que este concurso tem atingi-do”, adianta a CVR do Dão numa nota à im-prensa.

O júri foi compos-to por dois elementos da Câmara de Prova-dores da CVR do Dão,

por quatro represen-tantes das Câmaras de Provadores do Institu-to do Vinho do Porto, das CVR’s da Beira In-terior, dos Vinhos Ver-des e da Bairrada, por um provador represen-tante da Confraria dos Enófilos do Dão e por duas provadoras e jor-nalistas da imprensa especializada.

Concurso∑ Em dois dias foram avaliadas 104 mostras.

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FORMAÇÃO

18 Jornal do Centro04 | julho | 2013

Page 19: Jornal do centro ed590

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

A Associação de Desenvol-vimento Dão, Lafões e Alto Paiva (ADDLAP) juntou, na passada sexta-feira, os prin-cipais responsáveis pela área da hotelaria e da restauração no evento “Mesas Primoro-sas” que marcou o encerra-mento da formação de téc-nico de mesa e bar.

Este curso estruturado em três unidades de cur-ta duração com uma car-ga horária total de 100 ho-ras, resultou de uma par-ceria entre esta entidade e a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), sendo financiado através do Pro-grama Operacional Poten-cial Humano (POPH) - que faz parte do QREN e tem fi-nanciamento comunitário.

Durante o “Mesas Primo-rosas”, ação que procurou traduzir num único evento aberto aos convidados, to-dos os conhecimentos vei-culados aos 20 formandos nas técnicas de serviço, na

preparação de bebidas e no serviço de vinhos, Jor-ge Loureiro, delegado de Viseu da AHRESP, revelou que este curso decorreu da identificação de uma opor-tunidade e da necessidade sentida pelos profissionais dos ramos da hotelaria e da restauração no sentido de aprender a utilizar novos produtos e novas técnicas, cada vez mais procuradas e “exigidas” pelos clientes.

“Também a dinamização dos vinhos, o realce da ex-celência dos vinhos do Dão, foi uma das apostas desta parceria, uma vez que se sabia existir nalguns res-taurantes e nos seus profis-sionais algum desconhe-cimento das marcas e das melhores referências regio-nais na área dos vinhos”, sustentou.

E n t e n d i d o p e l o s formandos como “uma boa forma de qualificação” que permitiu “ganhar novas competências e estar mais

preparado” para um mer-cado de trabalho “cada vez mais exigente”, este curso foi direcionado quer para os quadros de algumas das maiores empresas da re-gião quer, também, para jo-vens desempregados que já trabalharam ou tiveram no passado experiências nes-te ramo.

Quando “todas as entida-des envolvidas entendem que na região de Viseu exis-tem lacunas nesta área às quais importa responder

[…] esta associação, no âm-bito das candidaturas que submete ao POPH, procu-ra complementar os cursos ministrados pelo centro de emprego com formações mais simples e mais rápidas mas que são, contudo, mais centradas e que dotam os profissionais da hotelaria e da restauração das ferra-mentas necessárias ao seu trabalho diário”, referiu o presidente da ADDLAP, Guilherme Almeida.

“Temos tido a noção que,

nesta área em especial, tem havido uma elevada taxa de empregabilidade e, é sobretudo por isto que no momento em que fazemos as nossas candidaturas te-mos dado especial enfoque a estas temáticas. Nos ou-tros concelhos, Vila Nova de Paiva, Vouzela, Oliveira de Frades e São Pedro do Sul apostamos sobretudo em áreas como os produtos tradicionais, a agricultura, no turismo rural e na infor-mática […] uma vez que o POPH quando nos aprova as candidaturas tem a no-ção e sabe, através dos seus estudos, das necessidades mais prementes de cada um destes concelhos, sustentou o presidente.

A qualidade da formação ministrada, o empenho e a escolha criteriosa dos for-madores, a transversalida-de das temáticas, o aprovei-tamento dos saberes dos formandos e a experiência que esta associação de de-

senvolvimento tem nas can-didaturas, no planeamento e na execução deste tipo de ações, que no presente perí-odo de programação contou já cerca de duas centenas de formandos, foram no enten-der de Carlos Mões, respon-sável pela área de restaura-ção da Visabeira Turismo e Nelson Mota da Casa Arou-quesa, as razões para o su-cesso deste curso cuja pro-cura excedeu inicialmente as vagas previstas.

Ao Jornal do Centro e à margem deste evento, Jor-ge Loureiro, delegado de Viseu da AHRESP, referiu ainda que a reposição do IVA à taxa dos 13 por cen-to na restauração está no centro das preocupações desta associação ao mes-mo tempo que, anunciou, este assunto tem nos últi-mos tempos sido tema de intenso trabalho com o go-verno.

Pedro Morgado

“Mesas Primorosas” uniram hotelaria e restauração

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A ADDLAP encerra mais uma formação POPH

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19Jornal do Centro04 | julho | 2013

Page 20: Jornal do centro ed590

desporto

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CiclismoVISEU CONSAGRA VENCEDOR DA 75ª VOLTA A PORTUGAL

Foi oficialmente apre-sentada, no passado do-mingo 28, a Volta a Portu-gal Liberty Seguros 2013.

A 75ª edição decorre en-tre os dias 7 e 18 de agosto e vai terminar na cidade de Viseu.

A competição, que cele-bra este ano as Bodas de Diamante, vai ter um pe-lotão constituído por 18 equipas (seis nacionais e doze estrangeiras) e que têm pela frente 1607,2 km distribuídos ao longo dos onze dias de competição.

A Volta Liberty Seguros começa em Lisboa, com um contrarrelógio por equipas, passa pela região da Serra da Estrela e ter-mina em Viseu.

Percurso da Volta a Por-tugal 2013:

07 agostoPrólogo: Lisboa-Lisboa, 5

km (CRE)08 agosto01ª etapa: Bombarral-Avei-

ro, 203,3 km09 agosto02ª etapa: Oliveira de Aze-

méis-Viana do Castelo, 187,9 km

10 agosto03ª etapa: Trofa-Fafe, 164,4

km11 agosto04ª etapa: Arouca-Mon-

dim Basto (Senhora da Gra-ça), 181,4 km

12 agosto05ª etapa: Lousada-Olivei-

ra do Bairro, 177,3 km13 agostoDia de Descanso14 agosto06ª etapa: Sertã-Castelo

Branco, 180 km15 agosto7ª etapa: Termas de Mon-

fortinho-Gouveia, 176,3 km16 agosto8ª etapa: Oliveira do Hos-

pital-Seia (Torre), 166,3 km17 agosto9ª etapa: Sabugal-Guar-

da, 35,3 km (CRI)18 agosto10ª etapa: Viseu-Viseu,

130 km

Futebol

Filipe Moreira quer Académico ganhador na II LigaCom o plantel quase fechado

o Académico de Viseu já começou a preparar a nova época desporti-va 2013/2014.

A bola já rola no Estádio Mu-nicipal do Fontelo com os trei-nos diários orientados por Filipe Moreira.

O treinador, que levou a equipa na época passada à subida aos cam-peonatos profissionais de futebol, não esconde a ambição com que encara este início dos trabalhos no Académico de Viseu. Quando questionado sobre objectivos de manutenção, Filipe Moreira é ca-tegórico: “Eu não sei o que é manu-tenção, só sei o que é ganhar.”

Sobre as perspetivas para a nova temporada, afirmou estar a fazer tudo de acordo com aquilo que o clube estabeleceu como plano para esta época. “Para já, ainda estamos com poucos dias de treino. Daqui a um mês estaremos melhor. É um bebe que está a nascer”, acrescen-tou.

Filipe Moreira sublinhou ainda que espera “que haja muita alegria e paixão nas pessoas em voltarem aqui [Estádio do Fontelo] e em sen-tir o seu académico num patamar diferente”.

Os novos reforços foram apre-sentados esta segunda-feira, 1, em conferência de imprensa. Sabe-se agora que dos 23 jogadores que in-tegram o Académico de Viseu, 15 eram novas contratações, sendo que um dos atletas vem das cama-das de formação dos academis-tas. O médio, de 19 anos, Dino Be-sirovic, que jogou nas duas épo-cas anteriores nos juniores, é filho do conhecido jogador Nail Besi-rovic, que vestiu a camisola do Académico de Viseu (1992/1994) e ainda de equipas como Beira-Mar, Leixões, Espinho e Farense.

Eram 15 reforços, mas agora, no fecho desta edição, são apenas 14. Rui Burguette, lateral direito ex-Oriental foi apresentado, mas já não faz parte das escolhas de Fili-pe Moreira.

Na conferência foram ainda re-velados os jogos de apresentação do plantel. Destaque para o jogo de apresentação aos sócios, no pró-ximo dia 12, com os academistas a receberem no Fontelo o Sporting B, pelas 18h00. Jogam depois com o Chaves, dia 17, pelas 19h30. Já este sábado, no Campo 1º de Maio, os academistas têm uma primeira “pelada” frente a uma equipa de ex-jogadores do Académico de Viseu, em jogo no Fontelo pelas 17h00, seguindo-se, dia 10 um jogo con-tra uma formação de jogadores da empresa Bestfut.

Amanhã, 5, pelas 21h00 há nova Assembleia Geral para eleição de novos órgãos sociais no clube. Re-corde-se que, há duas semanas, a Assembleia foi anulada pois a atu-al direção recusou recandidatar-se por falta de garantias de apoios fi-nanceiros.

Micaela Costa

∑ Equipa técnicaTreinador principal – Filipe

MoreiraTreinador adjunto – Joaquim

RodriguesPreparador físico – Carlos

SimõesTreinador de Guarda-Redes –

Rui de Carvalho

∑ PlantelGuarda-RedesRicardo Janota – ex Atlético

Clube de PortugalRodrigão – ex Pêro PinheiroNuno Ricardo - RenovaçãoDefesasTiago Rosa – Lateral Direito -

ex Leiria SADJosé Augusto - Lateral Direito

– ex LeixõesPaulo Monteiro – Defesa Cen-

tral - ex Santa ClaraYuossuf – Defesa Central – ex

Académica de CoimbraTiago Gonçalves – Defesa

Central - RenovaçãoDiogo Vila – Defesa Central -

ex Naval 1º de Maio

Raul Martins – Lateral Es-querdo - ex Naval 1º de Maio

MédiosCapela – Médio Defensivo –

ex Oliveirense Ibraima – Médio Defensivo

- RenovaçãoNani – Médio Centro – ex

Desportivo de PortugalDino Besirovic – Médio

Centro – ex JúniorBruno Loureiro – Médio

Ofensivo - RenovaçãoTomé Mendes – Médio

Ofensivo - ex TondelaLeonel – Médio Esquerdo -

ex SertanenseRicardo Ferreira – Médio

Esquerdo - RenovaçãoLuisinho – Extremo Direito

– RenovaçãoZé Rui – Extremo Esquerdo

– RenovaçãoAvançadosOuatara – Avançado - ex

Académica de CoimbraSamir – Ponta de Lança – ex

Feirense

Académico 2013/2014

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Jornal do Centro04 | julho | 2013

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Page 21: Jornal do centro ed590

Rodrigo Correia, pi-l o to d e K a r t i n g d e Ol ivei ra de Frades , com ap en a s 9 a nos de idade, regressa já no sábado à compe-tição no Kartódromo de Viana do Castelo, depois do pódio con-quistado na segunda prova do campeonato, em Leiria.

No Minho decorre a terceira prova do ano e penúltima do cam-peonato de 2013.

Rodrigo Correia está a disputar o Campeo-nato Nacional – Troféu do Futuro de Karting

2013 e compete com um kart de chassis Bi-rel e motor Puma 85.

A prova e Viana do Castelo, organizada

pelo Sport Clube do Por to , pont u a t a m-bém para os campe-onatos de Iniciação, Juvenis, Júnior, X30 e

X30 Shifter, num total de 18 corridas.

Rodrigo Correia e os restantes pi lotos da Categor ia Cade -te disputarão 9 voltas ao circuito, num total de 10 quilómetros, nas duas provas de quali-f icação, e 11 voltas na Final.

Os treinos e a pri-meira prova de qua-lificação são no sába-do, 6, e a segunda pro-va de qualificação, e a corrida f inal, no do-mingo.

Micaela Costa

MODALIDADES | DESPORTO

Automóveis

Moimenta “encheu”para o Nacional de Trial 4x4

O Campeonato Nacio-nal Trial 4x4, que decor-reu no passado domingo em Leomil, concelho de Moimenta da Beira, re-cebeu cinco mil espec-tadores.

Pedro Costa e Filipe Alves estrearam-se no lugar mais alto do pódio, tornando-se na terceira

equipa diferente a ven-cer esta temporada, con-cluída que foi a terceira jornada do Campeonato Nacional de trial 4x4.

A o r g a n i z a ç ã o d o evento esteve a cargo da secção de Todo Terreno do Clube Desportivo de Leomil.

O período da manhã

foi reservado ao prólo-go, para formação das grelhas de partida de cada c lasse . No CN-Trial4x4, a Nissan Na-vara de Pedro Costa foi mais veloz e garantiu a «pole», na frente do Su-zuki de Paulo Campos e do Jeep Proto de Ricardo Lourenço. MC

DR

Já começou a pré-épo-ca da equipa comandada por Vítor Paneira.

Depois de quase dois meses sem futebol, o plantel profissional ton-delense regressou ao rel-vado e já treina no Está-dio Municipal de Tábua.

De fora do plantel fi-cou Tomé, que chegou a acordo com o clube para a rescisão do con-trato que era válido por mais uma época, tendo assumido já compromis-so com o Académico de

Viseu.Os jogos amigáveis já

estão marcados e este sábado o Tondela rece-be o Beira-Mar, em Tá-bua, pelas 17h00. Dia 10, pelas 17h00, os ton-delenses deslocam-se à Covilhã para defrontar a equipa da casa, que de-pois recebem no dia 18, no local de estágio, em Tábua, também pelas 17h00. Dia 20, o jogo de apresentação, com o re-cém-promovido à I Liga, Arouca. MC

Automóveis

Rodrigo Correiaregressa à competição6 e 7 de julho ∑ Viana do Castelo é o próximo desafio para o jovem piloto de Lafões

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DR

Futebol

Tondela estreia-secontra Beira-Mar

Jornal do Centro04| julho | 2013

21

Page 22: Jornal do centro ed590

culturas

Nomes como TGB (de Sérgio Carolino, Mário Del-gado e Alexandre Frazão), e Paula Sousa Trio com a sua convidada especial Rita Martins, vão marcar pre-sença no 1º Festival de Jazz em Viseu, que decorre de 18 a 21 de julho. A iniciativa, da Associação Gira Sol Azul, promete trazer muita mú-sica e animação à cidade.

O Parque Aquilino Ri-beiro foi o palco escolhido para os principais concer-tos, contudo, e como subli-nhou Ana Bento da Gira Sol Azul, “o objetivo é atingir vários públicos e por isso o festival vai estender-se a outros pontos da cidade”.

O bar/restaurante Ma-ria Xica, o Brother’s Bar e o Lugar do Capitão, são os espaços comerciais onde o festival vai chegar, bem como às ruas da cidade e até ao comboio turístico. A ideia é “que as pessoas se-jam apanhadas de surpre-sa e disfrutem do evento”, acrescentou.

O evento, embora esteja na sua primeira edição, não é uma iniciativa pioneira na cidade. Como lembrou Ana Bento “as Quintas ao Jazz, no Lugar do Capitão, os workshops de jazz, bem como os “fins-de-semana de jazz” que integravam o programa Viseu Natural-

mente, têm mostrado que Viseu tem um público di-versificado, ávido de coisas novas e que está atento ao que se passa”.

Neste contexto, e por-que é o momento de “dar um salto maior”, a Gira Sol Azul em parceria com a Câ-mara Municipal de Viseu,

organizam quatro dias in-teiramente dedicados ao Jazz.

O 1º Festiva de Jazz conta ainda com a ajuda do Con-servatório de Música de Viseu, local onde decorrem os workshops de jazz.

Micaela Costa

D Tom Zé no Teatro Viriato O compositor brasileiro regressa a Viseu desta vez para apresen-tar o novo disco “Tropicália Lixo Lógico”. O concerto está marca-do para quarta-feira, 10, pelas 21h30, no Teatro Viriato.

roteiro cinemas Estreia da semana

Gru o maldisposto 2 – A nova e super divertida aventura com o (reformado?) super-vilão Gru, as suas adoráveis meninas, os hilariantemente imprevisíveis Mínimos… e um grupo de novas e escandalosamente divertidas personagens

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 13h50, 16h30, 19h00, 21h40, 00h15* WWZ: Guerra Mundial(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h10, 00h20*Homem de Aço(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h40, 19h05, 21h30, 23h55* Gru o maldisposto 2(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 16h55, 21h10, 00h05*Os estagiários(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h10, 19h20 Garfield - Um festival de comédia (M4) (Digital)

Sessões diárias às 21h50, 00h30*Bairro(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h40, 21h00, 23h30*Monstros: A Universidade VP(M6) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 11h00 (dom.), 13h30, 15h50, 18h10, 21h10, 23h30 Gru o maldisposto 2(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h10, 21h30, 23h50

Redenção(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* WWZ: Guerra Mundial(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 16h00, 18h40, 21h20, 00h00*Mestres da ilusão(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 17h00, 21h00, 00h10*

Homem de Aço(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 21h50, 00h30*Operação gerónimo: A caça ao Bin Laden(M16) (Digital)

Sessões diárias às (11h20 Dom.), 14h10, 16h40, 19h20Monstros: A Universidade(M12) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado

A Uma iniciativa da Girasol Azul com o apoio da Câmara de Viseu, Conservatório de Música e que integra a 5ª edição Workshop de Jazz

∑ Integrado no 1º Festival de Jazz estão os já conhe-cidos workshops de jazz, este ano na quinta edição. De 18 a 20, das 10h00 às 18h30, no Conservatório de Música de Viseu. Os estudantes, músicos, profissionais ou ama-dores, têm a oportunidade de participar numa forma-ção intensiva de três dias com uma componente prática muito forte. Orientado por sete músicos, do panorama nacional e internacional, o workhop pretende dotar os formandos da técnica instrumental e vocal especifica do jazz. As inscrições já estão a decorrer.

5ª edição Workshop de Jazz

expos

VILA NOVA DE PAIVA

∑ Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até 31 de julho, a exposição

de escultura e pintura, “Era

um Sonho...Era uma Noi-

te”, de Artur Aleixo

OLIVEIRA DE FRADES

∑ Biblioteca Municipal

Até 30 de agosto, a expo-

sição de peças decorativas

“Um Toque de Imagina-

ção”, de Edna Alvim.

VISEU

∑ Palácio do Gelo

De 13 a 26 de julho, a exposi-

ção de 25 fotos dos princi-

pais pontos de interesse da

cidade, numa “uma visão

do antes e do depois”

SANTA COMBA DÃO

∑ Casa da Cultura

Até 21 de julho, uma expo-

sição de fotografia, a “Dis-

tância que Existe…”, de Le-

andro Guardado

Destaque Arcas da memória

O pinheiro de S. João(Retorno à festa de

Vildemoinhos)

Os festejos estivais do nosso tempo que rememo-ram as festivas celebrações solsticiais de culturas de que a nossa ficou herdeira e devedora concentram-se, em sua natureza diversa, na alongada noite de véspera de S. João, nela confluindo as crenças à volta do orva-lho e da água, os banhos santos rituais, as práticas e sortes divinatórias com er-vas e plantas, as cascatas, os manjares cerimoniais, as cavalgadas, cavalhadas e jogos de canas, as rituali-dades à volta do fogo, estas porventura as mais expres-sivas.

Mais comum, nestes fes-tejos, é o costume das fo-gueiras, transversal que ele é a todo o território nacio-nal, ainda que com diferen-ças regionais, tais as da na-tureza da fogueira que pode ser grande e colectiva, pe-quena e familiar, as das er-vagens utilizadas, rosma-ninho, alecrim ou bela-luz, mas sempre, sempre ervas aromáticas, as da finalida-de cumprida que, tornando-se sempre lúdica, se acres-centa com as propriedades profiláticas obtidas com o saltar podendo o fumo evi-tar sarna ou sarampo, com as virtualidades propicia-tórias que têm a ver com casamento mais ou menos demorado e ainda com in-tenções divinatórias, tábua com doze mancheias de sal passadas sobre o lume indi-

cando a quantidade da água ressoada o curso anual das chuvas.

A queima do pinheiro também é diferente por aí fora. Em Vildemoinhos a ár-vore festiva implanta-se no Largo da aldeia. Um pinhei-ro adulto fincado no chão, mais de dez metros de alto, braçados de rosmaninho colhidos na Serra d’Alte, nos lados do Nascente, lá onde nasce o sol, prendem-se os molhos de rosmaninho com cordel nos braços cor-tados da copa arvorada, ou-tra pilha, perfumada, à sua volta, no chão, onde a festa, à volta, terá seu lugar.

Quase sobre a meia-noi-te, mordomo antigo, autori-dade agora chamada, uma chama atiçada e a luz de um sol primordial toca os corações da gente, alvoro-ça os sentidos e vá de bailar, às vezes até que a manhã se anuncie.

Bailes de roda, o fumo subindo, houve sempre bei-jos trocados e promessas, promessas de amor. E uma mesa posta, franca e aber-ta no chão de um terreiro, num topo de viela, numa rua estreitinha, duas mãos estendendo-nos fatia de pão, caneca de vinho, um jeito de mão que, na noite sagra-da, tem jeito de abraço.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

1º Festival de jazz em ViseuDe 18 a 21 ∑ Vários pontos da cidade recebem concertos e muita animação

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Page 23: Jornal do centro ed590

culturas

A Pedro Albuquerque pintou com gelado, na Gelataria da Praça, ao celebrar os 60 anos

Perfil ∑ Filho do conhecido mestre Albuquerque e influenciado pela mãe pintora amadora miniaturista, Pedro Albuquerque, autodidata, é dono de uma obra plural espalhada por todo o mundo e considerado um dos melhores especialistas da Europa em iluminuras e pergaminhos

Comemorou recentemente 60 anos de idade e 45 anos de carreira com a realização de trabalhos ao vivo em bares da zona histórica de Viseu. O que o motivou?Como 60 anos só se fazem

uma vez tinha que os marcar. Nos sítios onde passava fazia quadros. Comecei na Gela-taria da Praça a pintar com gelado, a seguir estive no bar Casa da Boneca, depois no Água Benta, fui ao Irish Bar, ao Obviamente Bar, passei pelo Sai De Rastos e termi-nei no Palato. Em cada um pintei um trabalho. Depois, sortearam-se os quadros pe-los presentes. Estava a fazer uma rápida e comecei a veri-ficar que afinal tinha tudo a ver com a onda aquiliana.

Com que imagem ficou deste trabalho pintado nos vários bares de Viseu?Que uma coisa é fazer

uma pintura em estúdio, ou-tra coisa é fazer ao ar livre. Fiz esta pintura rápida ao ar livre para dizer que não é fácil, não pelo facto de estar a fazer o quadro em público, mas pelo despertar cultu-ral e o interesse pela cultu-ra, ou seja, vê-lo nascer num período de tempo que tem que ser curto senão as pes-soas cansam-se.

Qual foi a receção?Se fosse, por exemplo, no

Algarve estava tudo cheio de gente à minha volta. Em Viseu não aconteceu isso.

Porquê?Tem a ver com a forma-

ção cultural das pessoas. Se perguntares a alguém se sabe quem é o Pedro Albu-querque, ninguém sabe.

Quem é Pedro Albuquerque?Em 1979 foi considera-

do o maior cartoonista do mundo na Bulgária, e Viseu não viu. Em 1994 vem no di-cionário enciclopédico da Lello & Irmão como um dos melhores especialis-

tas da Europa em iluminu-ras e pergaminhos, e Viseu não viu. O mesmo que tem um museu vivo nos Estados Unidos com o nome dele e Viseu também não viu…

Viseu trata mal os seus artis-tas?Trata, quando tem esta

outra coisa: Viseu tem a melhor nata em cultura nas várias áreas desde o Grão Vasco. Um dia fui a Caldas Rainha, encontrei o Museu Almeida e Silva e pensei para mim: em Viseu há um [pintor]. Entrei, comecei a ver a obra e verifiquei que era mesmo o Almeida e Sil-va de Viseu. Questionei lá os responsáveis que me ex-plicaram que o Almeida e Silva foi embora magoado com a cidade. Se eu quises-se fazer uma exposição co-letiva no Museu Grão Vasco barravam-me já a entrada.

Depois do livro “Aquilino sem Palavras” e da sessão de “pin-tura rápida”, que outros traba-lhos está a desenvolver?Estou a fazer uma obra –

está ainda no segredo dos deuses – que é monocromá-tica. Chama-se “Aura” do ál-bum de Miles Davis e vou fazer com essa obra o mes-mo circuito das outras. São trabalhos que medem 1,10 metros por 1,70 metros e dois metros por 1,30 metros. Vou dar a hipótese de pôr no Museu Grão Vasco, n o Museu de Lamego… ou vai para o Museu da Califórnia, ou para Montereau na Suíça se não os quiserem cá.

Voltou à monocromática?Eu sou um pintor de pes-

quisa, vou evoluindo dentro do meu conceito, tentando não repetir a pintura que os outros fazem. Nem vou an-dar uma vida inteira a pin-tar Viseu.

E depois da monocromática?Quero voltar ao figurati-

vo, embora o abstrato me tenha dado um certo gozo. O abstracionismo tem uma particularidade. O artista se desenhar bem e se sou-ber pôr luz cria abstratos espetaculares.

É dono de um enorme acer-vo parte dele guardado por colecionadores e amigos, mas como e aonde se pode conhecer a obra de Pedro Albuquerque?Não é fácil, mas também

não é difícil. Tenho uma galeria privada em casa onde recebo algumas pes-soas. Eu poderia expor a obra em público, mas era preciso que houvesse um espaço.

Gostava de ter a obra exposta em Viseu?Quem é que não gosta?

Não queria era entrar em controvérsia. Eu tenho acompanhado manifes-tações de pintura ao ar li-vre, porque sou apologista deste tipo de pintura. Em Viseu ninguém ousava pin-tar na rua e, sem querer, co-mecei a impô-la no concei-to de Mário Silva. Mas há uma novidade: está previs-to, em breve, abrir uma ga-leria no centro da cidade onde pode ser apreciada a obra de Pedro Albuquer-que e de toda a gente. A pri-meira exposição será mes-mo uma coletiva só de artis-tas de Viseu, de Almeida e Silva a Orlando de Oliveira. Isto é que é fazer a arte fun-cionar. Eu já venho a juntar obra desde os 21 anos e te-nho em vista criar uma fun-dação a quem quero fazer uma doação de obra.

Porquê uma fundação?Primeiro porque an-

dei uma vida intei-ra a juntar obra e é um crime não estar à vista. Se-gundo, aquela obra faz com que eu me complemen-te. Eu não troco uma obra por um carro, não troco uma obra por um ter-reno, para mim a obra tem que ser de acesso, as pesso-as têm direito a vê-la.

Emília Amaral

Entrevista

“Eu não troco uma obra por um carro”

Os atrasos e recuos na edição de um livro por causa dos direitos de au-tor foram o suficiente para o autodidata, Pedro Albuquerque, natural de Viseu, se servir do seu “imaginário espontâ-neo” como define o pro-dutor, José Luís Ferreira e criar não 26 quadros como inicialmente es-tava previsto, mas 220 obras e desenhar o li-vro “Aquilino Sem Pa-lavras”.

No ano em que está a assinalar 60 anos de ida-de e 45 anos de carrei-ra, Pedro Albuquerque espera que o livro seja editado até dezembro. Nesta altura encontra-se “pendurado na Tipo-grafia Beira Alta, pronto para sair”.

“Antes de Aquilino en-trar no Panteão pediram-me para fazer uns dese-nhos sobre a obra “O Malhadinhas” no mes-

mo estilo de D. Quixote. Houve umas guerras por causa dos direitos da obra e, enquanto es-tava à espera, fui conti-nuando a desenhar até que deixou se ser “O Ma-lhadinhas” e passou a ser o beirão”, revela.

Tudo começou há seis anos. À medida que ia lendo as obras do escri-tor das Terras do Demo, Pedro Albuquerque ia desenhando e o produ-to final retrata os am-bientes, as personagens, o escritor e muito mais: “Retrata o beirão. Tem o prefácio, o título e não tem mais uma palavra”, descreve.

“O que acho piada no Aquilino Ribeiro é a transcrição do beirão, por isso é que me deu gozo fazer o trabalho que fiz. Serve-se da lin-guagem do beirão para escrever muita coisa”, acrescenta. EA

Pedro Albuquerque lança “Aquilino Sem Palavras”

D Visitas especiais ao Museu Almeida MoreiraDecorrem sábado, 6, pelas 15h00, as visitas especiais ao Museu Almeida Moreia. As exposições a visitar são: “Almeida Moreira faces da vidacida-de”, por Henrique Almeida, “ Questões de Género“, por Graça Abreu.

A Pedro Albuquerque está a desenvolver um novo trabalho de monocromática

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Page 24: Jornal do centro ed590

culturas

João, Aderente

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A menos de um mês do início dos Jardins Efémeros, a cidade de Viseu não pára. Um programa feito por e para gente de Viseu e não só. Sete dias para ocupar a cidade. Orgaização faz ape-lo a criadores locais e con-certo inaugural vai ser na Igreja da Misericórdia

Os Jardins Efémeros es-tão a construir-se. O traba-lho do dia-a-dia ultrapas-sa a parte física, pois estes jardins são feitos de e para pessoas. De ideias, de par-tilhas e de momentos que marcam todos aqueles que os constroem. Um traba-lho final para ser usufruído de 22 a 28 de Julho, mas que até lá já está a acontecer um pouco por toda a parte.“Todos estão a dar o seu

melhor para se apresenta-rem à cidade”.

Quase uma centena de artistas e criadores estão a “viver e a sentir” a cida-de. Um dos projectos mais visíveis é o que está a ser feito na Rua Direita. Com a orientação da arquitec-ta Joana Astolfi, alunos do curso de Arquitectura da Universidade Católica de Viseu estão a transformar 15 lojas ao longo desta arté-ria que liga dois espaços ge-ográficos da cidade. Cente-nas de histórias já partilha-das, tesouros descobertos, espaços visitados, ideias discutidas e projectos que já começam a ter for-ma. “Momentos preciosos de rara sintonia artística e cumplicidade”, conforme explicam os intervenientes neste projecto que já está a dar uma nova vivência à rua que “Não acaba aqui”.

Outro trabalho que pre-tende deixar ficar uma marca é o que está a ser di-

rigido por Tiago Pereira. A Música Portuguesa a Gos-tar dela Própria (MPAG-DP) é o nome do projecto que o músico tem desen-volvido por todo o país e que, agora, em Viseu, está a trabalhar com os artistas locais. Nos últimos dias es-tão a ser captadas imagens e sons de várias expressões musicais, desde sons poli-fónicos, passando pelo ska, punk e fado.

O projecto final é o de ser elaborada uma banca de som da região de Viseu para ficar no projecto MPAGDP. Para os Jardins Efémeros será montado um espectáculo de música elec-trónica a partir destas reco-lhas que será apresentado ao público a 27 de Julho na Praça D. Duarte.

Criadores locaisAlém das 150 toneladas de

espécies arbóreas que vão transformar o centro his-

tórico de Viseu, estes Jar-dins também são feitos de instalações que convocam a região e o que de melhor ela tem. Inspirada na acti-vidade vitivinícola e cultu-ra popular, o gabinete de Arquitectura do Rossio e a DPX Design estão a tra-balhar numa instalação à qual foi dado o nome “En-tre Aduelas”. E precisamen-te porque são 120 aduelas, 200 caixas de vinho e uma parreira com videiras, além de madeira de pinho nacio-nal, os materiais utilizados para construir uma peça de 38 metros que ficará locali-zada nas “quatro esquinas”, no cruzamento entre as ruas Formosa e Direita. Um espaço para produtores do vinho Dão darem a conhe-cer o seu produto, um dos ex-libris da economia da re-gião, ao mesmo tempo que o público pode usufruir de provas e de música.

Também para ser usu-

fruído, mas por aqueles que gostam de comuni-car, o colectivo Luís Sei-xas e Tiago Lopes estão a construir o “Megafone”. A partir de barrotes e solho de madeira maciça em pi-nho nacional esta instala-ção ficará localizada no pe-nedo da Sé, Largo de SantoTeotónio, e servirá de palco para alguns dos concertos musicais que vão acontecer durante os Jardins.

Ainda para os criadores locais, a organização dos Jardins Efémeros tem feito o apelo para a participação em várias iniciativas que vão decorrer entre 22 e 28 de Julho. Entre ela, as dos mercados abertos e o pro-jecto “Nada a Fazer”.“Já recebemos candida-

turas de Londres e do Bra-sil, por isso, até agora esta-mos contentes com o ponto de situação. No Mercado de jovens criadores ainda temos lugares disponíveis

principalmente para as áre-as dos livros e música em 2.ª mão. Quanto ao Merca-do do Som, já temos várias candidaturas, mas gostáva-mos de ter mais de Viseu”.

OficinasEstes são alguns dos pro-

jectos que estão a ser pre-parados para ocupar Viseu e as suas gentes.

Uma pequena amostra do que está a acontecer (mui-tos artistas estão também a ultimar as suas perfor-mances) e do que vai estar disponível para o público. À semelhança das edições anteriores, estes Jardins têm nas oficinas o momen-to de maior partilha com o público. E este ano são mais de 20 e pensadas para to-dos os tipos de público in-dependentemente da ida-de, escolaridade e sector profissional. A fotografia, curso para agentes cultu-rais e artistas, dança cria-

tiva, yoga, desenho, teatro, cozinha natural, cinema, urbanismo e paisagismo, entre outras, são algumas das áreas. As inscrições já estão abertas e vale a pena espreitar o que há para fa-zer na página oficial dos Jardins Efémeros.

Ao longo dos sete dias de Julho, haverá ainda lu-gar para a música, confe-rências, teatro, dança e ci-nema, num programa feito de “ideias frescas”.

Na área da música as propostas são também elas diversificadas e vão ocupar espaços como o claustro da Sé e do Mu-seu Grão Vasco, o terraço sobre o funicular, a Pra-ça D. Duarte, o Mercado 2 de Maio e o Largo S. Teo-tónio.

Concerto Inaugural na Igreja da Misericórdia

O concerto inaugural terá lugar no dia 22 na Igreja da Misericórdia. Uma per-formance com David Cran-mer e imagem de André Cepeda. Entre os dias 5 e 7, os artistas estarão cá para os ensaios gerais. “A mi-nha proposta artística nes-te programa é um contraste entre, por um lado, a exube-rância e alegria do Barroco e, por outro, qualquer coisa mais sombria na música da escola francesa da segun-da metade do século XIX e da primeira do século XX.”, explica David Cranmer.“Esta é uma programação

e um projecto que reflec-tem um conjunto diversi-ficado de produções. Um projecto cultural a traba-lhar para a cidade”.

Sandra OliveiraProdutora e organizadora

do evento Jardins Efémeros

Movimentos “invisíveis” na preparação dos Jardins Efémeros

A Intervenções na Rua Direita já começaram. 15 lojas foram seleccionadas no âmbito do projecto “Rua Direita. Esta Rua não Acaba aqui”

A Instalação de homenagem ao vinho do Dão vai ter 38 metros de comprimento e construída com aduelas de pipos e madeira nacional

DR

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Page 25: Jornal do centro ed590

culturasO som e a fúria

Já somos 28

A data à qual escre-vo este texto (1 de Ju-lho) marca a adesão da Croácia à União Europeia, o primeiro protagonista da Guer-ra dos Balcãs a aderir àquela entidade. Pois é, mais um para o fol-clore europeu. Mais u m … em rece ssão desde 2009, com uma ta xa de desempre-go que ronda os 20% e com a dívida cota-da como “lixo” pelas agências de notação. Passamos a 28, cada vez mais próximos, se não em termos socio-políticos pelo menos em termos de crise económica.

Se os tempos fossem outros, a adesão seria motivo de festa para o povo croata. Mas a Eu-ropa está tão podre que apenas 7% dos croatas querem assistir ao fo-go-de-artifício em cele-bração da adesão. Bem vistas as coisas, a única mudança imediata para os Croatas ocorreu à meia-noite local, quan-do a inscrição “alfân-dega” foi retirada sim-bolicamente da fron-teira com a Eslovénia, até à data o único país da ex-Jugoslávia na UE, ao passo que foi coloca-do um placard alusivo à UE na fronteira com a Sérvia.

Para países como a Croácia, governados durante anos por elites irresponsáveis tercei-ro mundistas, a Euro-pa representa uma ilu-são: um quadro insti-tucional e político que, a mais ou menos lon-go prazo, assegurará o bem-estar e garantirá o Estado de Direito. Será mesmo assim? Infeliz-

mente, tenho angus-tiosas dúvidas…. Tal-vez assim fosse há dez anos, quando aquele país iniciou o processo de adesão. Hoje, dificil-mente a UE assegurará o bem-estar socioeco-nómico e mesmo polí-tico de um país. É uma questão de exemplos: quanto ao primeiro, em Espanha quase 55% dos jovens estão desem-pregados. Na Grécia… 85%! E, no resto da Eu-ropa, o panorama não é melhor: um em cada quatro jovens não tem emprego. Quanto ao segundo, já aqui escre-vi sobre o que se passa na Hungria em termos de reformas constitu-cionais. Já para não fa-lar na substituição de princípios-chave, na origem do “projecto europeu”, como a soli-dariedade, pelo medo, dúvida e desconfian-ça.

Enf im, as cabeci-nhas pensantes em Bruxelas devem assi-milar que a questão do alargamento não se re-sume à integração dos países candidatos (em linha de espera ficam a Islândia, a Turquia, a Macedónia, Monte-negro, Albânia, Sérvia, Kosovo e Bósnia). Im-porta olhar para os 27 e saber se serão capazes de ultrapassar as suas dificuldades, de salvar a sua coesão. Se assim não for, como poderá a UE ser capaz de re-ceber novos países no estado de pobreza em que se encontra?

Apesar de tudo, uma coisa é certa: a Croácia vira, deste modo, a página (e as costas) à Guerra.

Maria da Graça Canto Moniz

“Cinema nacidade”regressa de 22 a 25 de julho

Aproveitando a pau-sa na sua programação regular, o Cine Clube de Viseu sai à rua com mais uma edição da ini-ciativa “Cinema na Ci-dade”, de 22 a 25 de ju-lho.

No centro históri-co de Viseu, mais pro-priamente na Praça D. Duarte, vai poder ver-se filmes como “Ami-gos Improváveis” (dia 22), “A invenção de Hugo” (dia 23) e Moon-rise Kingdom” (dia 25).

“Cinema na Cida-de” é uma das ativida-des culturais com mais tradição, tendo sido a sua primeira edição em 1982.

Variedades

4.julho | 21h30 Mara Pedro apresenta

o trabalho “Fado Alma do Mundo” no Teatro Viriato em Viseu

5.julho | 21h30 Gala de Ópera com

Carla Caramujo, no Tea-tro Viriato

6.julho> 8h30 às 18h45A Praça da República,

a Rua Formosa, o Merca-do 2 de Maio e a Rua Di-reita, recebem o encontro de Artes “Encontrarte em Viseu 2013”

> 22h00 A Orquestra Ligeira do

Exército atua no Adro da Sé

Concertos

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em focoMais de uma centena de praticantes da canoagem, rumaram à Vila da Ponte,

em Sernancelhe, no passado domingo. A iniciativa que contou com a organi-zação da Associação de Canoagem de Aveiro e do Núcleo Desportivo e Cul-tural Vila da Ponte, trouxe à localidade a prova da Taça Regional Centro Ma-ratonas/Esperanças.

Taça Regional disputou-se em Sernancelhe

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A House Moments concluiu mais uma formação em contexto de trabalho/estágio, com três alunos do agrupamento de escolas de Carregal do Sal, Fábio Rocha, Jessica Silva e Filipa Gomes, na área de Técnico de Termalismo, tendo decorrido um jantar convívio num dos restaurantes da cidade. Esta é uma das váris formações ministradas e a decorrer no House Moments Saúde & SPA.

House Moments - Colaboradores e estagiários

DR

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Jornal do Centro04 | julho | 201326

A VI edição da Feira do Mirtilo de Sever do Vouga recebeu entre 30 a 40 mil visitantes e foram vendidas cerca de dez toneladas de mirtilo durante os quatro dias do evento. Nú-meros que para a organização, a cargo da AGIM - Associação para a Gestão, Inovação e Modernização do Centro Urbano de Sever do Vouga e da Câmara Municipal de Sever do Vouga, representam o consolidar de um evento que é já uma referência a nível na-cional no setor do mirtilo e o maior cartão turístico do concelho de Sever do Vouga.

Feira do Mirtilo consolida-se como evento de dimensão nacional

Page 27: Jornal do centro ed590

saúdesaúde e bem-estar

O Núcleo Regional d o C e n t r o d a L i g a Portuguesa Contra o Cancro (NRCLPCC) prepara-se para avan-ç a r c o m u m m e g a rastreio de cancro de mama no concelho de Viseu. A partir dia 26 deste mês e até abril de 2014, a NRCLPCC lança o apelo às mu-lheres do Concelho e com idade compre-endida entre os 45 e os 69 anos, para par-ticiparem no progra-ma , lembra ndo que

“o ca ncro da ma ma não pode ser evitado e a melhor resposta é o rastreio. O exame é rápido, gratuito e pode salvar a vida”.

“Atualmente em Por-tugal, com uma popu-lação feminina de cin-co mi lhões , surgem 4.500 novos casos de cancro da mama por ano, ou seja, 11 novos casos por dia. Morrem quatro mulheres por dia com esta doença”, alerta a NRCLPCC.

A Un idade Móvel

de Mamografia Digi-tal vai estar de portas abertas junto ao Cen-tro de Saúde de Viseu I , de segunda a sex-ta-feira, das 9h 00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.

A s mu l heres com inscrição atualizada no seu centro de saú-de receberão uma car-ta-convite com a indi-cação da data e hora de realização do exa-me.

Emília Amaral

Rastreio de cancro da mama em Viseu dura nove mesesDados ∑ Em Portugal morrem quatro mulheres e surgem 11 novos casos por dia.

800 202 669ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

SOS VOZ AMIGA

CHAMADA GRÁTIS

Jornal do Centro04| julho | 2013 27

Page 28: Jornal do centro ed590

SAÚDE

A importância da correcção

ortodôntica precoce

Opinião

Ana Granja da FonsecaOdontopediatra, médica dentista de crianças

CMDV Kids - [email protected]

A Organização Mun-dial de Saúde (OMS) con-sidera a má oclusão como o 3º maior problema den-tário de saúde pública. Muitos destes proble-mas, podem já ser obser-vados na dentição decí-dua e caso não seja rea-lizada nenhuma medida interceptiva, irão perma-necer na dentição mista (dentição em que há pre-sença de dentes de leite e definitivos) e na dentição definitiva.

O tratamento realizado na época na dentição de-cídua ou no início da den-tição mista (fase intercep-tiva) tem como objectivo minimizar ou eliminar problemas esqueléticos, dentários e musculares, antes que a erupção da dentição definitiva esteja completa. Este tratamen-to pode reduzir a neces-sidade de extracção de dentes definitvos e, por vezes, cirurgia ortogná-tica. O tratamento preco-ce visa assim desenvolver as condições normais de crescimento e desenvol-vimento da oclusão da criança, com o objectivo de evitar futuramente, se-veros problemas como, arcos dentários de peque-no tamanho, erupção in-correcta dos dentes da frente e mordida cruza-da (quando em contacto, os dentes inferiores ficam por fora dos dentes supe-riores, de um ou ambos os lados, diferentemente do normal.

A JS Clínica Médica lan-çou no passado sábado, em parceria com a Cáritas Diocesana de Viseu, o “pro-jeto Anima” que visa pro-mover a realização de con-sultas gratuitas à população carenciada do concelho de Viseu.

O anúncio do lançamen-to deste projeto foi feito pelo próprio médico Jorge Silva durante o evento de inauguração das novas ins-talações da JS Clínica Mé-dica que sofreram uma pro-funda intervenção visando a melhoria das condições existentes e o aumento da sua área total.

“Nós achamos que as empresas têm uma função social importante a desem-penhar. Há, infelizmente, cada vez mais pessoas que não têm acesso aos cuida-dos de saúde ou, quando estes lhes são oferecidos,

existe sempre o proble-ma da deslocação. […] Foi a pensar nesta nossa fun-ção social que resolvemos procurar um parceiro que nos desse o saber fazer, que nós não temos, na sinaliza-ção das pessoas que pre-cisam, onde é que elas es-tão, como havemos de che-gar até elas, e que pudesse promover o seu transpor-te até nós. No caso presen-te a Cáritas Diocesana de Viseu a quem muito agra-decemos”, salientou o clí-nico.

A prestação de cuidados de saúde não só no âmbi-to dos cuidados médicos mas também nas áreas da psicologia, da medici-na física e de reabilitação, da enfermagem, dos tra-tamentos de fisioterapia e da medicina dentária serão complementados no futu-ro com “ações de angaria-

ção de fundos que visam o financiamento e a aquisi-ção de material específico como cadeiras de rodas ou outras áreas da saúde que impliquem elevados custos de material médico serão o nosso contributo gracio-so para esta causa”, acres-centou.

“A duplicação do espa-ço total, a criação de mais

gabinetes de atendimento, a melhoria das condições existentes e uma quadru-plicação da zona de ginásio e fisioterapia” são algumas das melhorias a destacar resultantes desta interven-ção que marcou o 7.º ani-versário da clínica, revelou Jorge Silva.

Referindo-se a esta re-cente remodelação a ad-

ministradora, Ana Rita Sil-va, apesar de esperar um consequente aumento na procura dos serviços desta clínica, preferiu colocou a tónica na melhoria da qua-lidade do serviço prestado e na valorização da proxi-midade com os seus clien-tes sendo estas sim, no seu entender, as reais condi-ções que decerto impul-sionarão o crescimento futuro.

“Temos agora mais ho-ras de consulta para as di-versas especialidades por-que, finalmente, temos es-paço para garantir isso e, acima de tudo, na área da fisioterapia crescemos bas-tante tendo agora um giná-sio com outras condições que nos permitem sobretu-do tratar outro tipo de pato-logias”, destacou.

Pedro Morgado

JS Clínica médica“Anima” famílias carenciadasSaúde ∑ Protocolo com a Cáritas Diocesana garante cuidados de saúde gratuítos

A Ampliação das instalações permitem hoje ajudar os mais carenciados

DR

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Page 29: Jornal do centro ed590

CLASSIFICADOS

EnsinoSecundário

Cursos Científico-HumanísticosCiências e Tecnologias

Ciências Sócioeconómicas

Línguas e Humanidades

Cursos ProfissionaisTécnico de Apoio à Infância

Técnico de Energias Renováveis

Técnico de Gestão e Programação

de Sistemas Informáticos

Técnico de Multimédia

Técnico de Secretariado

Técnico de Gestão

cos

2013 / 2014

Ensino Básico

3º Ciclo7º, 8º e 9º anosEnsino Regular

e Ensino Artístico

Especializado

de Música e Dança

Cursos EFA Escolar

Nível Secundário

Tipo B

Tipo C

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Promotores ComerciaisRequisitos:- Profissionais com experiência na área comercial

(factor eliminatório);- Experiência e/ou conhecimento no sector bancário; - Disponibilidade para trabalhar em regime de

comissões a recibos verdes;- Residentes na área da acção do Crédito Agrícola Vale

do Távora e Douro (factor de exclusão);- Capacidade de atrair clientes, detecção de negócios;

proactividade e dinamismo;

Área de Acção:Concelhos de Trancoso, Aguiar da Beira,

Sernancelhe, Penedono, Moimenta da Beira, Tabuaço e Armamar

Contacto para Candidatura:[email protected]

Jornal do Centro04| julho | 2013 29

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CLASSIFICADOS

INSTITUCIONAIS OBITUÁRIOJoão Aires Alves Pereira, 77 anos, viúvo. Natural de Poiares, Vila Real e residente em Campo Benfeito, Gozende, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 28 de junho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Vila Seca de Poiares, Peso da Régua.

Agostinho de Almeida, 62 anos. Natural e residente em Savariz, Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Reriz.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Abel Loureiro Pereira, 79 anos, casado. Natural e residente em Casal Sandinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Alcafache.

Ilda dos Prazeres, 88 anos, viúva. Natural e residente em Gandufe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Espinho.

Maria de Lurdes Amaral Figueira, 87 anos, viúva. Natural e resi-dente em Santo André, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 30 de junho, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Mangualde.

Américo Ramos de Almeida, 76 anos, casado. Natural e residente em Freixiosa, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 30 de ju-nho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Freixiosa.

Fernanda dos Santos Coelho, 96 anos, viúva. Natural e residen-te em Santo Amaro de Azurara, Mangualde. O funeral reali-zou-se no dia 1 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Licínio Fernandes da Cal, 72 anos, viúvo. Natural e residente em Benfeitas. O funeral realizou-se no dia 27 de junho, pelas 11.00 horas, para o cemitério local.

Maria Laurinda Ferreira da Costa, 64 anos, solteira. Natural e residente em Ameixas. O funeral realizou-se no dia 27 de junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Paços de Vilharigues.

Joaquim Soares, 82 anos, casado. Natural e residente em Cerco-sa. O funeral realizou-se no dia 27 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Campia. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Ana Jesus Assunção, 80 anos, viúva. Natural de Tarouca e resi-dente em Quintela, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 27 de ju-nho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.

Agência Funerária Maria O. Borges DuarteTarouca Tel. 254 679 721

Joaquim de Oliveira Cardoso, 73 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de junho, pelas 11.00 ho-ras, para o cemitério novo de Viseu.

Maria Seliz de Almeida Sousa, 92 anos, viúva. Residente em Po-volide. O funeral realizou-se no dia 28 de junho, pelas 8.30 horas, para o cemitério local.

Olívia de Jesus, 88 anos, solteira. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de junho, pelas 15.30 horas, para o cemi-tério novo de Viseu.

José Gonçalves da Silva, 72 anos, casado. Natural de Mundão e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de junho, pe-las 18.00 horas, para o cemitério de Mundão.

Maria Cristina Pereira da Costa Pita Martins Rebelo, 70 anos, viú-va. Residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 30 de junho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Parada de Gonta.

Américo Lopes do Carmo, 84 anos, casado. Residente em Rio de Loba, Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de junho, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba.

Susana Maria Rodrigues da Silva Ribeiro, 43 anos, viúva. Resi-dente em Travassós de Cima, Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Rio de Loba.

Maria dos Prazeres Ferreira, 97 anos, viúva. Residente em Moça-medes. O funeral realizou-se no dia 3 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 590 de 04.07.2013)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 590 de 04.07.2013)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 590 de 04.07.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 590 de 04.07.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 590 de 04.07.2013)

Jornal do Centro04 | julho | 201330

Page 31: Jornal do centro ed590

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

Da leitura do artigo de opinião, que o Coro-nel Fernando Figueiredo, propôs à reflexão de todos os viseenses, apráz regis-tar, a convicção e defesa profunda do interesse pú-blico, conhecimento das matérias versadas, não só neste como outros artigos, a que já nos habituou.

Por razões que se pren-dem, não só com uma vida dedicada aos problemas do Concelho de Viseu, como de profissão, não podia fi-car indiferente, e tomar posição pública sobre tão importante assunto, pelo que deixo, neste local a mi-nha profunda admiração e gratidão ao autor.

Quanto aos temas versa-dos, procedi a uma análise aos assuntos no local, des-loquei-me à Câmara Mu-nicipal, (CM) onde con-sultei, os desigados Planos de Pormenor, (PP) em lin-guagem recente, Unidades Operativas de Planeamen-to e Gestão, (UOPG) con-sultei o novo regulamento e planta de ordenamento, que esteve em discussão pública e que guardo em casa.

Quanto ao UOPG 4.12, confirmei integralmente o que o citado, tão digna-mente refere, ou seja o Mi-nistro Valente de Oliveira e Primeiro Ministro (PM) Cavaco e Silva, proibiram determinantemente a exe-cutar as quatro faixas, pas-seios, separador central, e rotunda na Quinta do So-queiro (no designado es-paço dos Serviços Flores-tais)- Resolução do Con-selho de Ministros 173/95, quando da aprovação do PDM em 1995.

Qual não foi o meu es-panto, quando no novo re-gulamento, nada consta, mas escondido na planta de ordenamento, lá apa-recem as quatro faixas, rotunda, separador cen-tral e passeios etc...

Concordando com a análise feita no artigo em apreço, fica a dúvida, do que se pretende esconder com tal insistência?

Quanto ao Parque Line-

ar de Santiago, o mesmo faz parte do Plano de Por-menor da Cava de Viriato, mandado executar pelo Exmº Senhor Primeiro Ministro António Guter-res, através do Gabinete da Expo, ao Arqº Gonçalo Byrne, tendo sido aprova-do pela Câmara Munici-pal, Assembleia Municipal e homologado pelo Gover-no.Também por consulta na Câmara Municipal, ve-rifico, que o aprovado, não corresponde ao executa-do no local. Aliás é funda-mental esclarecer, alguns assuntos muito relevantes, ou seja porque razão fo-ram adjudicadas todas as obras e no local não se en-contram materializadas.

No local está a ser exe-cutado um parque infantil, cuja implantação constava em local que está por con-cluir. Também não consta qualquer alteração, no pla-no de pormenor, que per-mita a execução do parque infantil, onde está a ser exe-cutado. Deram uma res-posta esfarrapada, para o seu atraso, de que os equi-pamentos, não estavam conforme. Afirmo eu de que qualquer equipamen-to que se fabrica e referen-te aos parques infantis, es-tão todos certificados, pelo que seria importante saber o que se pretende esconder, ou então por em consulta pública o processo de con-curso, proposta adjudicada, a que toda a Administração Publica está vinculada, para que todos nós possamos ter conhecimento de toda a verdade.

Já agora deixo a ques-tão se o Arqº Byrne, deu autorizção para alteração do seu projecto e o mes-mo está publicado em D R, tendo em conta que não consegui descobrir tais elementos.

Quanto ao UOPG 1.9, a àrea verde em frente ao Hotel Montebelo, está consagrada a construção, seja no PP eficaz, seja na proposta de alteração, pelo que assiste ao seu proprie-tário, legitimamente cons-truir, quando entender.

O que não é admissivel é o Presidente da Câmara e o Presidente da Assem-bleia Municipal Drº Almei-da Henriques, andarem a enganar os viseenses, sen-do disso prova o pedido de esclarecimento da Depu-tada Municipal do BE, cuja resposta indica que tal es-paço estava negociado para espaço verde.

Porque se assim é, então terá que ser dada resposta aos viseenses, onde cons-ta a recepção provisória e definitiva da respectiva urbanização, em termos de Deliberações e Actas, acrescento eu, de vital im-portância para outros es-clarecimentos, que bem citados são naquele artigo de opinião.

Quanto à UOPG 3.10, que se localiza na Estação Agrária de Viseu, entre o Bairro da Quinta da Car-reira e o Parque Linear de Santiago, mais uma vez tenho que louvar a atitu-de do Coronel Figueiredo, com a qual concordo inte-gralmente e que natural-mente não vou repetir.

Seja neste, ou nos res-tantes assuntos, atrás des-critos e muitos outros não referidos, que naturalmen-te terão que ser objecto de debate, desde já faço um desafio a todos os interve-nientes na decisão final, Vereadores, Deputados Municipais, e porque não a Ministra da Agricultu-ra, Ambiente e Ordena-mento do Território, As-sunção Cristas, pela tute-la que tem nos assuntos versados, que sejam de-vidamente clarificados, para que a transparência e equidade, sejam a marca da nossa Câmara.

Aliás, seria importan-te até saber porque razão, são propostos outros es-paços da Estação Agrária para urbanizar.

Fica ainda público de-safio ao actual Presiden-te da A M, Drº Almeida Henriques, pelas funções que desempenha, e onde passam todos estes assun-tos, a esclarecer todos os viseenses, pois todos so-

CARTA DO LEITOR

Opinião sobre “Opinião do Coronel Fernando Figueiredo,Novo PDM, Velho Ciclo” de 20/06/2013

LAZER

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SUDOKU

DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 4 DIFERENÇAS)

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 538 | 6 DE JULHO DE 2012

∑ “Quero que o PS tenho um resultado histórico nas autárquicas de 2013” (João Azevedo)

∑ “Sernancelhe é, de facto, terra de cultura” (Carlos Silva)

∑ Assembleia encomenda estudo ao IPV para integrar proposta de reorganização das freguesias

∑ Moradores de loteamento protestam contra abertura de bar

∑ Certificado de Acessibilidade apresentado em Viseu

∑ Diretor (João Caiado) reune “mega” agrupamento na Aula Magna do IPV por falta de espaço

∑ Produtores de frutos vermelhos garantem escoamento (Mangualde)

53 | J

e o PS tenho um resultado históri

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pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 16pág. 16pág. 24pág. 27pág. 28pág. 30pág. 33pág. 34pág. 35

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> ECONOMIA> SUPLEMENTO> DESPORTO> EM FOCO> CULTURA> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário

6 a 12 de julho de 2012

Ano 11

N.º 538

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

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ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 538 DE 6 DE JULHO DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

suplementoEnsino Superior

Politécnico de Viseu constrói pontes para a vidaO Instituto Politécnico de Viseu (IPV) é cons-

tituído por cinco escolas superiores – Esco-la Superior de Educação, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, Escola Superior Agrária, Escola Superior de Tecnologia e Ges-tão de Lamego e Escola Superior de Saúde.

A qualificação de alto nível, a produção e di-fusão do conhecimento, bem como a formação cultural, artística, tecnológica e científica dos seus estudantes, num quadro de referência in-ternacional, fazem parte dos objetivos da ins-tituição que procura desenvolver e participar em atividades de ligação à sociedade. A este propósito merecem destaq 14 j t

cinco unidades orgânicas e que abrangem te-mas tão diversos como a energia biomassa, as práticas profissionais dos professores de Ma-temática, o contributo do Turismo Rural para o desenvolvimento local ou a gestão agronómica e ambiental de chorumes.

Dotado de uma rede formativa abrangente, o Politécnico de Viseu congrega a excelência da formação ministrada por um corpo docente qualificado, com condições ímpares de estudo e investigação.

Ao longo da sua existência, o organismo tem-se assumido como motor de desenvolvimento i ífi

tro lado, tem procurado apresentar-se como um centro de múltiplas formações. Construir pon-tes para a vida é um dos seus lemas.

Para isso, o IPV dispõe de condições que potenciam uma formação de excelência, onde os espaços sociais, de lazer e de apoio aos alunos, se conjugam em perfeita harmonia com as infraestruturas de ensino dos varia-dos cursos e áreas de investigação, equipa-das com o mais sofisticado material tecnoló-gico: laboratórios, salas de aula, centros de informática, centros de documentação e in-formação, biblioteca digital e campus virtual

ção na vida ativa, centro de artes (CAFAC), aula magna, estúdios de televisão, televisão on-line e, muito brevemente, do novo pavi-lhão multiusos.

Em termos de apoio apoio social merecem destaque as três residências de estudantes, refeitórios, bares e snack-bares, as bolsas de estudo e outros apoios educativos, bem como espaços de lazer e de bem-estar: campo de fu-tebol relvado, courts de ténis, campo de mini-golf, polivalentes descobertos, zonas verdes e parques de estacionamento.

No IPV os alunos têm ainda a possibilidade

NESTA EDIÇÃO

Novo acordo ortográfico

∑ João Azevedo, presidente da Federação do PS Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro João Azevedo, presidente da Federação do PS Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

“Há neste momento dois nomes ganhadores:

Manuel Maria Carrilho e José Junqueiro”

Pub

licid

ade

| págs. 6 e 7

mos chamados nas causas públicas, à participação ci-vica e transparência de to-das as decisões, ( e ao pa-gamento de impostos!!).

Não vou naturalmente, parafrasear um candidato, quando diz que a priorida-de “é libertar os cidadãos de Viseu da Câmara Mu-nicipal”, mas fazer um rep-to, para esclarecer estes e outros assuntos de tão ou maior gravidade, antes da aprovação final pela AM, é na àrea do território, que se desenvolvem as politi-cas activas de emprego, re-generação urbana, politi-cas sociais, e não politicas de betão etc...

O futuro de Viseu a isso nos obriga.

Viseu, 27 de Junho

António André

Jornal do Centro04| julho | 2013 31

Page 32: Jornal do centro ed590

A partir de sexta-fei-ra, dia 5 e até domingo, a zona do Castelo de Pene-dono (monumento nacio-nal) e toda a área envol-vente ganham os cheiros e a vivência dos tempos medievais. Durante três dias a vila volta a usufruir da Feira Medieval, um evento que, segundo a au-tarquia, tem ganho parti-cipantes de ano para ano.

A Feira Medieval sur-ge pela primeira vez em 2001, através de uma ini-ciativa da Escola EB 2/3 de Penedono, num certa-me que envolveu a comu-nidade escolar. No ano seguinte a autarquia foi contactada por promoto-res turísticos que preten-diam proporcionar aos seus colaboradores um dia medieval.

Para o presidente da Câmara de Penedono, Carlos Esteves tratavam-se de “sinais” que “evi-denciavam que era uma ideia a explorar”. E, des-de então, no primeiro fim de semana do mês de ju-lho, a autarquia, realiza o evento mais marcante do concelho.

“Sinto que esta é já uma marca. Somos um territó-

rio pequenino mas acredi-to que esta é uma feira que já se afirmou na região, no país e estamos até a pas-sar a fronteira, adiantou o autarca.

Este ano a Câmara es-tabeleceu uma parce-ria com Cidade Rodrigo (Espanha), que permite a troca de figurantes e ade-reços: “Há armas medie-vais que no fim de semana a seguir à nossa feira vão para lá e em contrapartida teremos cavaleiros vindos de Espanha”.

O centro histórico, de

características ímpares, vai ser percorrido por nobres, monges, cavalei-ros, guerreiros, mercado-res, almocreves, jograis e outros intervenientes. As tabernas vão encher-se de visitantes, as ruas vão ser animadas com os pregões das vendedei-ras, o som das ferramen-tas de artesãos e os sono-ros anúncios dos arautos completam o cenário, ha-vendo ainda espaço para uma ceia medieval.

Emília Amaral

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JORNAL DO CENTRO04 | JULHO | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 4 de julho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 35ºC e mínima de 21ºC.Amanhã, 5 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 33ºC e mínima de 22ºC.Sábado, 6 de julho, céu com periodos muito nublado. Temperatura máxima de 34ºC e mínima de 24ºC.Domingo, 7 de julho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 35ºC e mínima de 25ºC.Segunda, 8 de julho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 35ºC e mínima de 24ºC.

tempo

Sexta, 5Viseu∑ O Aqua-Bar Fontelo propõe durante o verão espetáculos musicais, nas noites de sexta e sábado. Esta sexta atuam os “Ray Band” e no sábado os “Rock 4 You”.

Sábado, 6Lamego∑ Rota de Santiago – Concelho de Lamego, percorrida durante dois dias. Primeiro dia, início na Vila do Mezio (ainda dentro do concelho de Castro Daire) e término em Lamego. No segundo dia, início em Lamego e final no Lugar do Torrão (Junto à ponte pedonal Lamego-Régua).

S. João da Pesqueira ∑ Espectáculo de teatro de rua inspirado na obra literária, “A viagem do elefante” de José Saramago, co-produzido pela companhia de teatro Trigo Limpo ACERT e pela Flor de Jara (Espanha), às 22h00, na Praça da República.

Domingo, 7Viseu∑ “Arraial Beirão”ao almoço, integrado na campanha de angariação de fundos para a continuação das obras da Igreja Madre Rita, em Jugueiros.

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

1. Na semana passada, lembrei aqui que, depois do “caso” da apresentação da candidatura de Hélder Amaral, estava em risco “a boa tradição da sala de vi-sitas da cidade, o Rossio, ser território livre de parti-darices”.

Aquela “boa tradição” está, de facto, em risco. O PCP-Viseu emitiu um comunicado a afirmar o seu direito inaleável à “liberdade de expressão” e apelidando de

“regulamento lei da rolha” o regulamento que discipli-na a propaganda aprovado em assembleia municipal em 2009.

A verdade é que aquele meu “partidarices” não foi feliz. “Nem parece de um democrata”, malharam-me com alguma razão num comentário no blogue Olho de Gato.

Eis o que penso: o espaço público pode e deve ser usa-do pelas organizações da sociedade e, portanto, pelos partidos. Os partidos não são “associações de malfeito-res”, como bem lembrou João Paulo Rebelo neste jornal. Hélder Amaral, ao fazer a sua apresentação à frente da câmara, esteve bem. Quem não esteve bem foi a câma-ra ao ter tentado impedir esse acto partidário.

Já quanto à parafernália propagandística — faixas, pendões, cartazes, bandeirolas e demais ruído visual que não esclarece ninguém –, o ideal era que continuas-se em vigor o “acordo de cavalheiros” que tem mantido o Rossio “território livre” dessas “partidarices”.

No que diz respeito à “sala-de-visitas” da cidade, o regulamento aprovado em 2009 foi o formalizar de algo a que só bastava um aperto de mão entre respon-sáveis partidários. De acordo, caríssimos cavalheiros do PCP?

2. Hélder Amaral é a melhor solução que o CDS tinha para a candidatura à câmara de Viseu. Ora, nestas últi-mas semanas, o candidato centrista tem parecido uma solução que anda à procura do problema. Enquanto dá tiros de pólvora seca.

Na “guerra civil” desencadeada à direita, Hélder Amaral tem-se focado no dr. Ruas, mas o seu problema agora está em Almeida Henriques.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Acordosde cavalheiros

Penedono∑ Feira Medieval arranca na sexta-feira e vai até domingo

agenda∑ “Sinto que já é uma marca”

DR