44
Publicidade |Telefone:232437461·Fax:232431225·BairroS.JoãodaCarreira,RuaDonaMariaGracindaTorresVasconcelos,Lt10,r/c.3500-187Viseu·[email protected]·www.jornaldocentro.pt| pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 16 pág. 18 pág. 21 pág. 26 pág. 28 pág. 31 pág. 36 pág. 40 pág. 43 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ECONOMIA > DESPORTO > SUPLEMENTO > SUPLEMENTO >PASSEIOSDEVERÃO > CULTURAS > ESPECIAL > ESPECIAL > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 29 de Julho de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 489 1,00 Euro Publicidade Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. O mês de Setembro traz aos portugueses mais um “prémio”: as portagens nas auto-estradas construídas para funcionarem Sem Custos para o UTilizador Nuno Ferreira | páginas 6 e 7 Ei-las!

Jornal do Centro - Ed489

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal do Centro - Ed489

Citation preview

Page 1: Jornal do Centro - Ed489

Pub

licid

ade

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02 pág. 06 pág. 08pág. 10pág. 16pág. 18 pág. 21 pág. 26pág. 28 pág. 31pág. 36pág. 40pág. 43

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> ECONOMIA> DESPORTO> SUPLEMENTO> SUPLEMENTO> PASSEIOS DE VERÃO> CULTURAS> ESPECIAL> ESPECIAL> SAÚDE> CLASSIFICADOS> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário29 de Julho de 2011Sexta-feiraAno 10N.º 4891,00 Euro

Pub

licid

ade

Pub

licid

ade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

∑ O mês de Setembro traz aos portugueses mais um “prémio”: as portagens nas auto-estradas construídas

para funcionarem Sem Custos para o UTilizador

Nun

o Fe

rrei

ra

| páginas 6 e 7Ei-las!

Page 2: Jornal do Centro - Ed489

praçapública

palavrasdeles

rNoventa e nove por cento do Museu do Quartzo é interactivo

Américo NunesVice-presidente da Câmara Municipal de Viseu

(Conferência de imprensa após reunião publica do executivo, 21 de Julho)

r(...) primeira coisa que fiz foi ir à Câmara de Carregal do Sal e dizer ao presidente, olhos nos olhos: a minha família considera-o o grande responsável pelo estado da Casa do Passal”

Aristides de Sousa MendesPresidente do conselho geral da Fundação Aquilino Ribeiro

(neto do cônsul)(Sic Notícias, 20 de Julho)

rNem o Presidente da República está a ser honesto ao afirmar que é imperioso que o interior tem de ganhar vida. Este flagelo tem décadas a cobrir os seus flancos”

Carlos AndradeRedactor principal da Gazeta de Sátão

(Gazeta de Sátão, 22 de Julho)

rNesta primeira fase vamos apurar todos os factos e concluir se há enfermeiros envolvidos [no caso da micro-câmara no WC do Hospital de Viseu]”

Sérgio DeodatoPresidente do Conselho Jurisdicional da Ordem dos

Enfermeiros(Lusa, 27 de Julho)

“Não há poder maior no mundo que o do tempo: tudo sujeita, tudo muda, tudo acaba.”

Padre António Vieira

Samuel Goldwyn, um produtor de ci-nema, que esteve por de trás da criação da Paramount, disse um dia: “Nunca faças previsões, especialmente sobre o futuro”.

Só nos preocupamos com o futuro, em tempos de crise - foi aliás, por isso, que ela surgiu - é uma esperança vã. Só imaginamos que um dia será pior do que o outro. Estamos demasiado ator-mentados pelo presente e dependentes do passado.

Conforme escreveu Baptista-Bastos: “O medo inunda-nos. O medo de perder o emprego, o medo de termos de voltar a emigrar, o medo do presente e do fu-turo. O medo social, o pior de todos os medos.” (Jornal de Negócios 2011).

Este medo é o rótulo do futuro próxi-mo. Um horizonte expressivo na vida de cada um de nós. Falar no amanhã é imaginar uma vida diferente, repleta de agruras.

A angústia é a via do futuro. Escreveu Paul Valery: “O problema

com o nosso tempo é que o futuro já não é o que era.”

Pois não! O futuro está à mercê do presente e do passado, é um facto. Mas, esse enigmático tempo vindouro, tem sempre uma densa imprevisibilidade. Por exemplo: que futuro vamos ter, quando esta crise se atenuar? Sim, ate-nuar, uma vez que, as crises são impe-recíveis.

De qualquer forma, a curiosidade hu-mana tentou sempre artifícios vários, para poder prever o futuro. Mais por bisbilhotice, do que propriamente para tentar evitar males maiores. Para tal, recorreu desde a bola de cristal, à as-tronomia, à precognição, à premonição, passando até pela matemática, sempre entendida nessa perspectiva.

No mundo gestionário criou-se mes-mo a prospectiva estratégica, que con-cebe o futuro, ou melhor, vários futuros formulados em cenários. Esta formula-ção é considerada, quando o futuro não pode ser extrapolado do passado. A ad-ministração pública, por exemplo, no quadro da concepção de políticas pú-blicas, utiliza esta ferramenta enquanto valor de planeamento.

Mas não foi a isto que viemos. Falar de futuro sim, mas não de forma im-pressível.

Tentar perceber o futuro em função do passado. Isso sim. Mas há um risco, que deve ser valorizado. António Lobo Antunes foca-o: “Descobri também que o passado é a coisa mais imprevisível do mundo, não pára de se transformar.” (Visão, 3/3/2011)

O futuro tem muito de passado, con-forme escreveu Millor Fernandes, “Passado: futuro usado” (Dicionário de Ideias Feitas).

No que me toca, relativamente ao fu-turo, sou um optimista. Não alinho em escatologias que vêem o futuro como um ponto final na vida, por entre cha-mas densas e altaneiras.

Não! Não, sou desses. Gosto de viver no futuro. Confesso,

que não declino o passado, recorrendo moderadamente a essa ponte chamada saudade, mas, sinto-me bem no futuro, gosto de viver lá.

Aí convivo com todos os meus dese-jos, mesmo que irreais.

Nesse futuro que habito não há crises. Sinto-me realizado.

“Antigamente o futuro era muito me-lhor”, como dizia o comediante Karl Valentin. Antes imaginávamos o futuro mais risonho, paradisíaco.

Deixemo-nos de lamechas. Há que inventar o futuro. Há que inventar um futuro. Limpo. Só com matéria-prima de sonho, imaginação e criatividade. Valorizar a responsabilidade e a exi-gência. Repensar as pessoas no centro

do futuro.Recentemente falecido, Diogo Vas-

concelos, era um verdadeiro agente do futuro, que nos deixa um legado impor-tante, quanto à construção deste futuro, que ambicionamos expurgado do pas-sado. Em entrevista à revista CX (Ano II 2º 11 – Nº 4), Vasconcelos dizia que “a tecnologia não resolve problemas, as pessoas, sim.”

Já o aqui escrevemos: a crise pode ser uma janela de futuro. Oportunidade única de alicerçar uma vida mais sus-tentável.

É ainda Vasconcelos a dizê-lo na ci-tada entrevista: “Está na altura de Por-tugal fazer um restart, de usar a cri-se como oportunidade para que possa emergir mais forte.”

O futuro é pois possível. Acreditemos piamente nisso. Mas

construi-lo não passa por hipotecar a nossa liberdade. Passa, isso sim, por dar um novo rumo ao conhecimento, por recuperar os afectos, por vislumbrar a felicidade, enquanto lídimo propósito de vida terrestre.

O futuro de ontem já não interessa. Criemos o de hoje e o de amanhã.

Opinião

O Futuro foi ontem

José Lapa Técnico Superior do IPV

Já o aqui escrevemos: a crise pode ser uma janela de futuro. Oportunidade única de alicerçar uma vida mais sustentável”

Jornal do Centro29 | Julho | 2011

2

Page 3: Jornal do Centro - Ed489

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Que livro leva na bagagempara as férias de Verão?

Importa-se de

responder?

“O Caminho para a Vida”, é um texto clássico de tradição tibetana. Trata-se de um guia prático para uma abordagem pacífica da vida.

Sérgio Gorjão Director do Museu Grão Vasco

Não vou ter muitos dias de férias mas, em Agosto vou levar comigo “Portugal o Sabor da Terra”. Acho que numa fase em que questionamos o futuro do país, é preciso co-nhecermos a nossa identidade e reforçar os nossos valo-res.

João Carlos Figueiredo Deputado (PSD)

estrelas

Carolina SilvaEscola FC

São jovens, mas nadam como gente grande. A Sara é de Queirã, é nadado-ra na Associação dos Trabalhadores da CM Vouzela, e é Campeã Nacio-nal Infantis nos 100 metros costas, e vice-campeã nos 200 costas e nos 100 mariposa. O Rui, é de Viseu, nada no Académico, e foi Bronze nos 100 ma-riposa. Mais duas promessas de Viseu numa modalidade que ainda vai con-seguindo os seus campeões.

Elísio Fernandes Director Financeiro do Grupo

PSA Peugeot Citroën

números

1700Cerca de 1700 jovens, 300

dos quais estrangeiros, par-ticipam a partir de segunda-feira e até 7 de Agosto, num acampamento em Arca, no sopé da Serra do Caramulo. O evento assinala o centenário da criação do primeiro grupo de escoteiros em Portugal.

Sara Sousa / Rui FigueiredoNatação

Expressivo gesto de uma grande empresa: O Centro de Produção de Mangualde do Grupo PSA ofe-receu um Citröen ao IPV para que os seus alunos da Escola Superior de Tecnologia, ao vivo, possam estudar toda a tecnologia que o constitui. Gestos que fazem a di-ferença...

Tem apenas 16 anos mas já concretizou o sonho de vestir a camisola de um dos me-lhores clubes de futebol feminino da Euro-pa, o Atlético de Madrid. A jovem jogadora do Escola FC de Molelinhos esteve a treinar no clube espanhol e representou o Atlético num torneio. É mais um valor que desponta no Escola, como as internacionais Francis-ca, Neide, Catarina, Noémia, ou a sub-19 Mi-caela. Preocupante é saber que o clube tem o futuro em risco por falta de apoios.

Estou a pôr em dia a leitura dos jornais do fim-de-semana para me manter actualizado.

Fernando Sebastião Presidente do IPV

“O Clube de Bilderberg” vai ser o meu parceiro de férias, mas só em Setembro.

António MouraEmpresário

Jornal do Centro29 | Julho | 2011

3

Page 4: Jornal do Centro - Ed489

PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

DirectorPaulo Neto, C.P. n.º TE-251

[email protected]

Redacção (redaccao@

jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Gil Peres, C.P. n.º 7571 [email protected]

José [email protected]

Tiago Virgílio [email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Directora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedacçãoBairro de S. João da CarreiraRua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lote 10 r/c3500-187 Viseu • Apartado 163Telefone 232 437 461Fax 232 431 225

[email protected]

Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008KPR – Gestão, Consultoria e Intermediação, Lda e SHI SGPS SA

GerênciaAlbertino Melo e Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesapara o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Nas últimas autárquicas Fernando Ruas, aderiu a este fenómeno, mas com facilidade se percebeu que os seus assesso-res de comunica-ção que ficaram com o “serviço” tinham como única directiva replicar vezes sem conta os chavões de cam-panha”

Depois do sucesso da estratégia de cam-panha de Barack Obama durante as elei-ções americanas de 2008, que utilizou as redes sociais como Facebook, MySpace, YouTube, Flickr e Twitter – também o inte-resse da classe política portuguesa por este marketing político se acentuou de forma significativa. Nas últimas eleições presiden-ciais portuguesas, se bem se recordam, tam-bém os candidatos se “degladiaram” nesse terreno da Web 2.0. Cavaco Silva não ga-nhou apenas as eleições propriamente ditas, como também saiu vitorioso na Internet, pois foi o candidato que melhor soube ex-plorar as redes sociais.

Muitos dos políticos portugueses perce-beram então, que “o resultado da presença na rede pode ser superior ao esperado” e a ela aderiram com facilidade. Mas se a ade-são é simples, a má utilização das redes so-ciais pode ser contraproducente para os políticos. É certo que “quando um político comenta numa rede social a música que está a ouvir, ele humaniza a sua figura e aproxi-ma-se do eleitor”, mas se pelo contrário usa uma linguagem incorrecta, se veta ou mo-dera os comentários sem critério aparente ou, se entra em conflito com ideias anterio-res ou pessoas, descontruirá a sua imagem numa fracção de segundos, antes mesmo que se aperceba que a internet é o termô-metro da opinião pública.

Situemo-nos agora, por terras de Viriato, onde estas novas ferramentas que possibili-tam e deviam estimular o debate com a so-ciedade, afinal parecem não ser, salvo raras excepções, mais do que uma outra forma de “politicar”. Acreditando tratar-se de um po-tente megafone em tudo semelhante ao do feirante das terças feiras que, repete vezes sem fim o desconto de 5 euros na compra de 6 pares de cuecas, o político local assim usa a rede sem perceber que, no conjunto dos destinatários da mensagem existe uma “in-teligência colectiva” crítica e consciente já vacinada para esta inábil propaganda!

Nas últimas autárquicas Fernando Ruas, aderiu a este fenómeno, mas com facilidade se percebeu que os seus assessores de co-municação que ficaram com o “serviço” ti-nham como única directiva replicar vezes sem conta os chavões de campanha. O cida-dão que “através da conta de twitter” procu-rava sensibilizar o candidato (mas também Presidente) na altura, para uma solução da falta de água, que se fazia sentir no seu bairro, já terá certamente o seu problema resolvido mas, ainda estará à espera da res-posta do outro lado da Internet! Na página do HI5, no Twitter, no Facebook o mural e a timeline eram preenchidas com comentá-rios laudatórios colocados por falsos perfis criados para o efeito. Ainda recentemente um dos seus discípulos presentes na rede perante uma aparente incómoda questão colocada no mural do seu Facebook optou por repetidamente apagar o post que um dos munícipes ali colocou relevando total falta de sentido democrático e desrespeito por aqueles que o elegeram. E esta política de rede na região é sintomática... sempre

que há eleições os “paladinos da cidadania” aumentam exponencialmente e diariamen-te nas redes sociais, prontos para criar “ru-ído” na comunicação e perturbar o espaço de comício que o político local faz na rede! José Junqueiro, no seu blogue, perfil de Fa-cebook e Twitter, habituado a outros cor-redores do poder e com outras assessorias mais especializadas, passava repetidamente a mensagem de que tudo ia bem por terras da beira para agora se concentrar na ideia que tudo vai mal ao mesmo tempo que, in-terage bem e muito com comentários “ali-nhados” e pouco e duro com comentários “desalinhados”.

Em resumo, não chega dizer-se próxi-mo dos cidadão por estar nas redes sociais uma vez que para que isso aconteça é pre-ciso efectivamente que o político escreva o que pensa, que ouça e que responda ao de-bate. Recolher seguidores, começar a pas-sar mensagens “políticas de choca”, não interagir, tentar impor ideias, não observar a comunidade são tudo formas incorrectas do uso da rede. É preciso que seja capaz de gerar discussão em torno das suas propos-tas políticas e que responda a todas as ques-tões com cordialidade; que não crie nem alimente falsos perfís e que sobretudo, de-monstre aos seus seguidores porque o de-vem continuar a fazer!

Nas redes, tal como na vida real, se a men-sagem do político é vazia, o seu mural ou a timeline, só espelham banalidades...

Um dia, os políticos, perceberão o erro e farão diferente!

Redes Sociais

Opinião

Fernando Figueiredo

4 Jornal do Centro29 | Julho | 2011

Page 5: Jornal do Centro - Ed489

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Editorial

1 - A estabilidade e a pacificação social, por ve-zes, em países onde o equilíbrio económico im-pera omnipotente, são bruscamente agitadas e da superfície calma daquelas águas glaciares tão frias e remansosas, irrompe a besta, o monstro de um qualquer loch ness da Alta Escócia. Só que desta vez, para tranquilidade das comunidades is-lâmicas, tem malares salientes, é loiro e de olhos azuis. De facto, os lagos nunca foram muito de fiar… A mortandade foi tão gratuita quão calami-tosa. E porém, as centenas de crianças que mor-rem diariamente de desnutrição na Somália, Eti-ópia, Quénia, Djitoubi… são apenas números nas estatísticas frias da ONU e já não agitam nenhum lacustre local…

2 - António José Seguro, o eterno adiado, parco em palavras e de modos suaves tornou-se, final-mente, Secretário-Geral do PS, com 67,95% de votos contra 32,05% do sempre-à-frente, aguer-rido e palavroso Francisco Assis, homónimo do frade mendicante da Perugia, numa das eleições mais concorridas desde a que opôs José Sócrates, Manuel Alegre e João Soares, em 2004. Foi a vi-tória do aparelho? Ou a sua derrota?

3 - João Lima, o viseense que incluiu o grupo de fundadores do PS, na República Federal Alemã, em 1973, teceu, no nosso último número, duras críticas aos membros do apparatchik socialista lo-cal. Se José Junqueiro foi o presidente da Federa-ção de Viseu durante os longos últimos anos, ser-lhe-iam dirigidas as críticas? De qualquer modo, foi uma reflexão a doer, esta que o histórico so-cialista lavrou nas nossas páginas…

4 - Finalmente ocorreu a Assembleia-Geral da Agência de Desenvolvimento Regional Lusitâ-nia. Em breve esperamos ter acesso à acta onde foi exarada a aprovação das suas contas e a sua extinção para ser integrada na Comunidade In-termunicipal Dão-Lafões (o que quererá dizer extinguir para integrar?). A partir daqui e mal a ela acedamos, dela daremos conhecimento aos nossos leitores, a fim de, todos juntos, podermos dilucidar os contornos mais misteriosos deste tão oneroso quão moroso processo.

5 - Das fileiras colaterais do PSD surge um es-pontâneo nos tentaderos. José Costa, docente do IPV auto-perfilou-se como candidato autárquico. Mota Faria, presidente da Distrital, na sua prover-bial sensatez, escusa-se a comentar. O presiden-te da Concelhia, parco em palavras, considera-a “pouco oportuna”. É sempre salutar o surgimen-to de um candidato exógeno à estrutura político-partidária, marginal às determinações do “apa-relho” e assumido no seu desejo autárquico. Em-bora, como o espontâneo que se lança à arena, entre os nomes doirados do cartaz, geralmente, se não cativa os aficionados com uma faena audaz, em vez de sair em ombros, acaba na esquadra da guardia civil mais próxima, ali para os lados de Covadonga…

6 - O edil de Moimenta da Beira, José Eduardo ou é ou vai ser o próximo presidente do Conse-lho de Administração da FAR, Fundação Aquili-no Ribeiro, instituída pelo juiz conselheiro Aníbal Aquilino Fritz Tiedemann Ribeiro, filho primigé-nito do escritor, em 25 de Julho de 1988. Os seus planos para o futuro da FAR estão elencados na entrevista dada esta 3ª feira, dia 27, em Soutosa. Desejamos-lhe as maiores felicidades. O degrada-do abandono a que a Fundação está votada agra-dece reconhecido.

7 - Sete dias tem a semana e por aqui nos queda-mos. Nestes dois últimos meses o Jornal do Cen-tro mudou. Cresceu. Fora da tutela de um grande grupo empresarial português e nas mãos de vi-seenses. O próximo número, de 29 de Julho, será, assim o esperamos, o último editado nestas ins-talações, pois vamos mudar para um local mais adequado em condições, modernidade e localiza-ção, naquele que vaticinamos ser um novo ciclo do nosso semanário.

Até para a semana, Caro Leitor!

Um semanário… cada sete dias

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

[email protected]

Publicidade Publicidade Publicidade

Se José Junqueiro foi o presidente da Federação de Viseu durante os longos últimos anos, ser-lhe-iam dirigidas as críticas?

Jornal do Centro29 | Julho | 2011

5

Page 6: Jornal do Centro - Ed489

abertura textos ∑ José Lorenafotos ∑ Nuno Ferreira

O anunciado processo de cobrança de portagens nas quatro autoestradas SCUT (Sem Custos Para o Utilizador) deve avançar em Setembro próximo. Quem o diz, em declarações recentes à agência Lusa, é uma fonte ligada às negociações de um dos mais controversos as-suntos da actualidade para os portugueses.

A cobrança de porta-gens nas SCUT A22 (Via do Infante, no Algarve; A23 (Guarda - A1), no interior centro; A24 (Viseu - Cha-ves) e A25 (Vilar Formoso - Viseu - Aveiro) chegou a es-tar prevista para ser aplica-da no passado mês de Abril. Todavia, o anterior governo do primeiro-ministro José Sócrates suspendeu a me-dida devido à crise política

entretanto desencadeada e que levou à realização de eleições antecipadas que re-sultaram na eleição de Pas-sos Coelho, depois da queda dos socialistas.

Tudo está a postos nas referidas vias rápidas, com perfil aproximado ao que são as autoestradas. Os pór-ticos - as portagens futu-ras, nas quais estão coloca-dos sistemas de detecção de “chip’s” e de fotografia ou gravação digital de matrícu-las, para posterior cobrança em lojas dos CTT ou na rede PayShop - estão colocados ao longo das vias e os dispo-sitivos de detectção prontos a funcionar.

Apenas falta a ordem su-perior para que as diferen-tes concessionárias iniciem todo o processo de cobran-

ça.Espera-se apenas que se-

jam publicados em Diário da República os preços a prati-car na cobrança das porta-gens para que, após um mês, as empresas concessioná-rias possam iniciar o proces-so de cobrança. A medida não tem sido bem recebida em Portugal.

Desde o surgimento de movimentos de cidadãos, autarquias e empresas (ou empresários), vários têm sido os sinais contrários à co-brança. A justificação pren-de-se, em primeiro lugar, com a ausência de alternati-vas para a maioria das loca-lidades próximas das SCUT que, em alguns casos, viram mesmo retiradas as possibi-lidades de deslocações cur-tas ou médias.

Por outro lado, os custos de deslocação para as em-presas que escoam e fazem transitar os seus bens pelas citadas SCUT aumentam de tal forma, que a ameaça da falência e do desemprego

começa já a pairar em cen-tenas delas.

EXPLICAÇÃO. As empre-sas construtoras das SCUT contratualizaram há anos com os sucessivos gover-

nos uma forma de espalhar as vias e, depois, isentar de custos os seus utilizadores, já que alternativas deixa-riam de existir nos habituais itinerários, compostos por estradas nacionais e até já pelos itinerários principais. Mas este processo não cor-reu bem.

Houve necessidade de co-brar a passagem nas SCUT, porque as operadoras não aguentaram os custos acor-dados com o Estado. Em Outubro de 2010 começou a cobrança nas SCUT do lito-ral Centro e Norte do País, mesmo com a contestação natural das populações pró-ximas.

Pelas SCUT que agora vão passar a ser cobradas a con-testação também chegou, com a realização de mani-

Portagens “a doer” em

Sete mil empresas podem vir a encerrar nos distritos de Viseu, Guarda e Castelo

Branco se as SCUT passarem a ser cobradas aos utilizadores - conclui estudo do Movimento

de Empresários P’la Subsistência do Interior

Jornal do Centro29 | Julho | 20116

Page 7: Jornal do Centro - Ed489

PORTAGENS NAS SCUT | ABERTURA

Setembro

De Viseu para:

Classes Mangualde Vouzela Castro Daire Lamego Régua Guarda

Ligeiros 1,20 2,50 2,80 5,80 6,40 6,40

Pesados 3,40 6,70 7,40 15,20 16,80 16,80

De Vilar Formoso para:

Classes Guarda Mangualde Viseu Aveiro

Ligeiros 3,40 7,60 8,80 16,00

Pesados 9,40 21,30 24,70 44,40

De Lamego para:

Classes Régua Vila Real Viseu Chaves

Ligeiros 1,40 3,60 5,80 7,80

Pesados 3,60 9,50 15,20 20,40

De Covilha para:

Classes Fundão Guarda Castelo Branco

Ligeiros 1,60 4,25 4,50

Pesados 4,20 11,20 11,80

De Guarda para:

Classes Vilar Formoso Covilhã Fundão Viseu Castelo Branco Torres Novas

Ligeiros 3,40 4,25 5,00 6,40 7,70 16,70

Pesados 9,40 11,20 13,00 16,80 20,20 43,70

festações, marchas lentas e até de recolha de abaixo-assinados com milhares de assinaturas individuais, de autarquias e empresas en-tregues na Assembleia da República a fim de evitar a continuação do processo de cobrança.

O grande destaque da contestação vai para o Mo-vimento de Utentes Contra as Portagens nas A23, 24 e 25. Há alguns anos que se tem esforçado em informar as populações sobre o proces-so e até de reunir com enti-dades oficiais para as sen-sibilizar sobre possíveis in-justiças que serão cometidas com a aplicação das novas disposições, que até chegam a ser postas em causa em ter-mos constitucionais.

A mais recente contesta-

ção à introdução de porta-gens surgiu através do Mo-vimento de Empresários P’la Subsistência do Inte-rior. Trata-se da união de cerca de 50 empresários, acompanhados por todos os movimentos da classe instalados nos distritos da Guarda, Castelo Branco e Viseu.

Num estudo realiza-do recentemente o movi-mento conclui, entre mui-tas outras realidades, que perto de sete mil empresas podem vir a encerrar nos três distritos. O mesmo do-cumento aponta para um número de 18 mil desem-pregados e de um cenário de “miséria social em toda a região onde deverão ser aplicadas as cobranças aos utilizadores das SCUT”.

Os preços das novas portagens das SCUT A22, 23, 24 e 25 já foram calculados por um sem número de entida-des. A estimativa é feita a partir dos preços que actual-mente estão a ser cobrados em SCUT do norte do país e na SCUT entre Aveiro e Albergaria-a-Velha, ou seja, de oito cêntimos por quilómetro.

Recorde-se que a mais antiga concessionária de auto-estradas - a Brisa - cobra na A1 (Lisboa - Porto) o preço de 6,7 cêntimos por quilómetro.

As vozes contrárias às novas portagens insurgem-se contra os sucessivos governos que as lançaram por cau-sarem situações de injustiça em Portugal. “O governo actual”, dizem, “terá que renegociar o processo com as empresas concessionárias das SCUT”. “É que”, acres-centam muitos especialistas, “este processo nem chegou a ter a permissão do Tribunal de Contas”.

Os preços das novas portagens

Valores em euros

Jornal do Centro29 | Julho | 2011 7

Page 8: Jornal do Centro - Ed489

A que fim se destina a Funda-ção Aquilino Ribeiro?Os objectivos são tornar

acessível ao público a obra do mestre e, através da aces-sibilidade pública à obra, ao ambiente e aos seus objec-tos, contribuir para a divul-gação das “terras do demo”, da obra e da cultura em ge-ral.

Mantêm-se desde a sua cria-ção?Sim. É incentivar a cul-

tura a partir do prisma do mestre, centrado nas “ter-ras do demo”. Ele não escre-veu apenas sobre as “ter-ras do demo” e nas “terras do demo”. A Fundação não esconde nada sobre a obra, mas pretende realçar e iden-tificar a obra com a região, até porque essa identifica-ção é perfeita, o mestre des-creveu-a de forma ímpar. Aquilino é uma parte signi-ficativa da nossa identida-de.

Por exemplo?Retratou de forma ímpar

a nossa serra. Há aspectos gastronómicos dos quais fala da forma vincada, a pró-pria caça… Há um manan-cial que tem que ser explo-rado e a Fundação tem que servir como âncora para fa-zer essa exploração.

Esse lado de Aquilino Ribeiro não se encontra exposto na Fundação actualmente. Pode vir a estar futuramente?Pode. Temos aqui objec-

tos que são os da memória do mestre. O que pretende-mos é manter a memória, mas mostrar o que ainda te-mos, nomeadamente na ser-ra, na caça e na gastronomia. A Fundação Aquilino Ribei-

ro tem que ser um pólo dina-mizador disso tudo. A vinda dos municípios (três) para a fundação é para que possa alicerçar-se como uma ex-pansão para o país, para a re-gião e para o próprio mun-do.

A Fundação Aquilino Ribeiro tem sido alvo de várias críticas ao seu funcionamento. Mesmo assim, acha que os objectivos traçados se concretizaram?Foram-se concretizando,

agora, a nossa vontade é me-lhorar todos os dias. Não há que lamentar o passado da Fundação

Como nasceu a ideia de proce-der à alteração dos estatutos, que permitiu inclusive a eleição do presidente?A ideia de proceder à al-

teração dos estatutos foi um enquadramento e uma cir-cunstância. A circunstância foi o falecimento da doutora Josefa (mulher de Aquilino Fritz Tiedemann Ribeiro, fi-lho mais velho do escritor e fundador da instituição) que era presidente em exercício. Com o seu falecimento, a Fundação ficou sem presi-dente, porque o cargo era, segundo os seus estatutos, vitalício. Havia agora que re-solver a questão estatutária.

A continuidade da Fundação estava posta em causa, se não fossem alterados?Estava posta em causa a

permanência estatutária da própria Fundação, na medida em que os estatu-tos não previam uma for-ma de substituição do seu presidente que era vitalício. Aproveitou-se esta circuns-tância para dar àFundação uma outra visão e é aí que

entram os municípios. Os três concelhos das “terras do demo” acham que têm um papel a desempenhar na Fundação e que esta tem muito a dar a esta região. Essa é a razão pela qual os três municípios aceitaram fazer parte do conselho de administração.

Qual é a composição do conse-lho de administração?É composto pelos três mu-

nicípios (Moimenta da Bei-ra, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva) e por mais dois membros.

De que forma a Fundação se vai abrir e tem insistido?A melhor forma é dar as-

sento aos três municípios no concelho de administra-ção e, mais do que isso, fa-zer com que cada um dos presidentes o seja rotati-vamente presidente [por dois anos]. Isto dá a noção real de abertura estatutá-ria, mas dá também obriga-ções a quem desempenhar o cargo. Não tenho dúvi-das de que os municípios se envolverão e mais, uma fundação de índole cultu-ral não pode alhear-se da necessidade financeira que também existe. Esta aber-tura ajuda também a resol-ver esse problema, porque a questão financeira se vier a colocar-se será melhor re-solvida tendo na base três municípios do que tendo apenas um, tanto para can-didaturas, como para finan-ciamentos próprios.

Quais são as competências do presidente?É a administração geral da

Fundação. E é o que estamos a fazer, arranjando formas de virar a Fundação para o

exterior através das novas tecnologias.

No início desta conversa fala na necessidade da Fundação se expandir ao mundo. Pressu-põe que a Fundação vai passar a estar nas redes sociais?Terá muito brevemente

uma acessibilidade fácil a partir da internet. Será uma comunicação mais periódi-ca e mais constante com os interessados no que se pas-sa aqui dentro. Depois, para além dos grupos de visitan-tes, nós próprios organizar-mos aqui eventos, como o exemplo da “Noite Republi-cana” (em 2010), que servem também para dar a conhe-cer a Fundação àqueles que por ventura ainda não a co-nheçam.

Quer adiantar outros projectos perspectivados para o Plano de Actividades?Eu creio que o que pode-

mos fazer a partir da Fun-dação é voltar a publicar al-gumas das obras do mestre e fá-lo-emos julgo que num prazo relativamente curto também para que a Funda-ção possa ter essa função de divulgar ainda mais a obra. No fundo o que estamos a fazer, é, por um lado, o apro-veitamento do potencial que é o mestre Aquilino Ribeiro para a região e, em simultâ-neo, fazendo a divulgação da obra.

Abrir a fundação ao mundo é o imediato?Exactamente. Depois,

para os próximos anos, é fa-zer com que tenha uma vida própria, possa servir como âncora ao desenvolvimen-to dos três municípios e que a partir da Fundação pos-samos promover o mestre,

possamos promover a Fun-dação, e crescer à volta do mestre. Temos vinhos com nome do mestre, temos bi-blioteca com o nome do mestre… e vamos ampliar esta intensidade. Há algum tempo atrás foi realizado um documentário que teve pro-jecção local, que vamos le-var às escolas em Setembro, e que pode integrar a nos-sa região numa rota de es-critores centrada regional-mente em Aquilino Ribeiro. A região não se pode dar ao

luxo de desperdiçar o mes-tre aquilino Ribeiro, nem tão pouco de o utilizar me-nos. Há anos atrás houve os chamados “serões da Beira”, nós podemos implementar os “serões aquilinianos”. Isto tem as suas dificuldades de tempo e tem os seus custos, mas não podemos deixar de o fazer.

Há alguma razão especial para ter sido eleito o primeiro pre-sidente?Só a ordem alfabética, pri-

Semanalmente, “À Conversa” resulta de um trabalho conjunto do Jornal do Centro e da Rádio Noar. Pode ser ouvida na íntegra na Rádio Noar, esta sexta-feira, às 11hoo e às 19h00, e domingo, às 11h00. Versão integral em www.jornaldocentro.pt

Entrevista ∑ Emília AmaralFotografia ∑ Nuno Ferreira à conversa

José Eduardo Ferreira, de 48 anos, natural de Alvite, presiden-te da Câmara de Moimenta da Beira (PS) desde 2009, acu-mula desde Junho o cargo de presidente da Fundação Aquilino Ribeiro (FAR). Na Casa Museu da Fundação, sentado numa das cadeiras de Aquilino, explicou como é que um autarca chega finalmente a presidente de uma fundação que, aos olhos de quem está de fora, considera ter funcionado quase como uma instituição fantasma. Dirigindo-se a Aquilino sem-pre como “o mestre”, enuncia as linhas gerais de actuação do seu mandato de dois anos. Abrir a FAR ao mundo e fazer dela uma “aposta cultural” é um dado adquirido: “Estamos a trabalhar para colocar a Fundação online”.

“A região não se pode dar ao luxo de

Jornal do Centro29 | Julho | 2011

8

Page 9: Jornal do Centro - Ed489

JOSÉ EDUARDO FERREIRA | À CONVERSA

meiro Moimenta da Beira, a seguir Sernancelhe e depois Vila Nova de Paiva.

Um dos órgãos da Fundação é o seu conselho técnico con-sultivo (15 elementos). Quem o integra? É constituído por pessoas

que possam aportar à Fun-dação algum valor técnico-científico, mas ainda não está reformulado, existem membros que ainda estão em funções mas há-de ser alargado e estamos a pen-

sar nos convites que fare-mos para esse efeito.

Elementos da família?Pode ser e pode não ser.

Haverá sempre académicos neste conselho técnico con-sultivo. Estamos a pensar

Quais as suas funções? Acompanhar de uma for-

ma uma pouco mais dis-tante do que o conselho de administração a actividade da fundação e estabelecer contributo para o seu de-

sempenho. Nós temos mui-ta vontade de manter o meio académico muito próximo da Fundação. Queremos ele-mentos interessantes e inte-ressados.

Qual o Património actual da Fundação Aquilino Ribeiro?O que se pode ver é a Casa

Museu, onde os visitantes podem contactar com aque-le que é o ambiente do mes-tre, também a Casa do Al-deão onde se podem ver ob-jectos artesanais do tempo

do mestre, a própria Biblio-teca onde existem obras. Para além destes bens ma-teriais, o que mais temos do mestre são os bens imate-riais, o que se pode ler na-quilo que ele não escreveu.

Não está aqui tudo.Não está, até porque não

tínhamos aqui as melhores condições para as conser-var. Temos algumas obras e temos a casa de onde se pode partir para o ambien-te do mestre, a serra (ser-

ra da Lapa e serra da Nave) aqui ao lado, a aldeia, o rio Paiva, e aos concelhos vizi-nhos, vemos a Barrelas (Vila Nova de Paiva e temos o am-biente do mestre, vamos à Lapa (Sernancelhe) e te-mos o ambiente do mestre. Aquilino Ribeiro é isto tudo. Esta aposta cultural tem que vender cultura, mas tem que vender outros produtos. Esta Fundação só sobreviverá e funcionará se a conseguir-mos abrir, senão não há hi-pótese, mas estou convenci-do que vamos conseguir.

Além do património ficou um legado de cerca de 400 mil euros da anterior direcção. O que vai fazer com esse dinhei-ro?O legado existe, o que

vamos fazer é rentabilizá-lo a favor da Fundação e o nosso objectivo é não o delapidar. Temos que dar sustentabilidade à funda-ção e isso não pode pas-sar por lapidar património, pelo contrário, deve passar se criar sustentabilidade e é isso que estamos a fazer.

Vai avançar com alguma can-didatar destinada a financiar o projecto?Existiu uma candidatura

(projecto de reabilitação ao Programa do QREN do an-terior presidente da Câmara de Moimenta da Beira) que não mereceu a aprovação. Vamos insistir nessa candi-datura ou reformulá-la (que incluirá um auditório e uma sala de estudo). Mas vamos fazer o que tem que ser fei-to para lá das dificuldades que possa haver na aprova-ção de projectos de maior dimensão.

De onde vêm as receitas pró-

prias?De juros, de proveitos, dos

próprios direitos de autor, das visitas à Fundação.

Os subscritos de Aquilino Ribeiro doados temporaria-mente à Biblioteca Nacional podem regressar a Souto-sa?O que nos importa é que

a obra e os manuscritos se-jam conhecidos, se é através de originais ou de cópias, o que importa é manter os manuscritos em bom esta-do. Neste momento não te-mos aqui condições para os ter e enquanto não tivermos seguramente não regressam porque é mais importante mantê-los em bom estado. Se alguma vez houver con-dições físicas encaremos essa hipótese.

Está cumprido o objectivo da primeira reunião no Governo Civil de Viseu, que juntou autarcas, o filho vivo do escri-tor e outras individualidades envolvidas na reformulação dos estatutos?Não tinha tanta certeza

que nesta altura pudéssemos dizer que se tinham concre-tizado todos os objectivos por dificuldades de diver-sa ordem. Temos muito que andar mas foi possível com bom senso de várias entida-des e de várias pessoas.

Qual é para si a obra de Aquilino Ribeiro mais importante?É difícil distinguir a mais

importante (pensa). Distin-go “Quando os Lobos Ui-vam”, pela mensagem. Eu gosto dele por considerar o livro de maior intervenção do mestre.

E a de que mais gosta? “O Homem da Nave”.

desperdiçar o mestre Aquilino Ribeiro”

Fundação Aquilino Ribeiro. Uma das casas do escritor, que restaurou em Soutosa, Moimenta da Beira, onde passou vários períodos da sua vida e escreveu algumas das suas mais significativas obras. Fundada pelo filho mais velho Aníbal Aquilino Fritz Tiedemann Ribeiro em 1988, tem como objectivo tornar acessível ao público obras de arte, livros, objectos pessoais e o ambiente em que escrevia Aquilino. Num impasse estatutário desde a morte da presidente vitalícia, as três autarquias das “terras do demo” e um gru-po de cidadãos juntaram-se para dar um rumo ao espaço cultural. Nas fotos onde se vê o interior da Casa Museu fica por conhecer o quarto do escritor, entretanto desaparecido, mas que a nova direcção promete recuperar.

Jornal do Centro29 | Julho | 2011

9

Page 10: Jornal do Centro - Ed489

região

As câmaras municipais de Viseu, Lamego e Castro Daire estão a recuperar o troço do distrito de Viseu daquele que é conhecido como o Caminho Portu-guês Interior de Santiago de Compostela.

A iniciativa tem âmbito interconcelhio e está a ser empreendida por um con-junto de municípios entre Viseu e Chaves. De acor-do com investigadores, o Caminho Português Inte-rior de Santiago estende-se entre os concelhos de Viseu e Chaves, passando por Castro daire, Lamego, Peso da Régua, Santa Mar-ta de Penaguião, Vila Real e Vila Pouca de Aguiar.

No sentido de recuperar

e dinamizar os troços do Caminho Interior de San-tiago, as autarquias refe-ridas estão a desenvolver acções desde o início de 2010.

O objectivo será o de permitir, já em Setem-bro, o percurso total em inauguração a definir e a passagem de peregrinos e estudiosos pelas an-tigas vias que levam ao santuário de Santiago de Compostela, o local sim-bólico onde no século IX foi descoberto o túmulo do apóstolo Tiago e que, depois, passou a ser local de peregrinação para os católicos.

A recuperação do Ca-minho Interior de Santia-

go já se iniciou em todos os concelhos do centro e norte do país, tal como fi-cou definido com a assina-tura de um protocolo con-junto a 7 de Abril de 2011 em Vila Pouca de Aguiar.

De Viseu a Lamego, em breve se poderá caminhar pelos antigos trilhos com os rituais adquiridos ao longo de séculos. O cami-nho foi delineado em pon-tos que haviam desapare-cido ou estavam cobertos por vegetação e nele es-tão a ser construídos al-bergues para receber os peregrinos que agora des-cobrem uma das antigas vias que leva a Santiago de Compostela.

Em Viseu o caminho

atinge os 40 quilómetros de extensão, incidindo particularmente em zo-nas rurais. Todos os per-cursos estudados para se-rem arranjados e limpos levaram à delimitação e recuperação de antigas vias romanas.

As autarquias envol-vidas na limpeza e va-lorização de todo o per-c u rso f i zera m sub -meter ao prog ra m a Proder candidaturas para a comparticipação d a C o m u n i d a d e Europeia nos trabalhos. A comparticipação para cada uma das iniciativas poderá ultrapassar os 50 por cento.

Recorde-se que os ca-

minhos de Santiago es-tão reconhecidos em Espanha e França pela Unesco como patrimó-nio de interesse e da hu-manidade.

A utilização de anti-gas escolas primárias, entretanto desactivadas, é uma das alternativas que Viseu, Castro Daire e Lamego estão a utilizar para construir albergues para os novos peregrinos de Santiago.

O desenvolvimento tu-rístico, com a atracção ao pequeno comércio local, de toda a região atraves-sada é uma das vantagens do empreendimento.

José Lorena

A As poldras do rio Paiva, perto da praia de Folgosa, em Castro Daire, fazem parte do Caminho Interior de Santiago

Caminho Interior de Santiago pronto em SetembroRecuperação ∑ Viseu, Castro Daire e Lamego refazem percurso milenar até Santiago de Compostela

“CÃOMINHADA”EM CASTRO DAIRE

O Centro Veterinário de Castro Daire vai comemorar o primei-ro aniversário de for-ma original e, para isso, propõem uma “cãomi-nhada”, no dia sete de Agosto, a partir das 16h30. “Ofereça saúde a si e ao seu melhor amigo e ve-nha passear uma tarde agradável na natureza”, é o slogan escolhido pela clínica. “Preten-demos interagir com os clientes e transmi-tir informação correcta de como passear o cão em zonas abertas, para isso optamos por fazê-lo fora da clínica em espaços verdes”, disse o veterinário Gonça-lo Santos ao Jornal do Centro. O veterinário aconse-lha os donos a apre-sentarem-se de “calças compridas, fato-de-ba-nho e toalha”, uma vez que a festa é também para eles e o passeio vai culminar na praia fluvial de Fulgosa. Vão ser entregues brin-des aos animais e, du-rante essa tarde, a ali-mentação fica a cargo do Centro Veterinário de Castro Daire. A inscrição é obrigató-ria e gratuita e pode ser feita por qualquer pes-soa, mesmo para aque-les que não são clien-tes. A concentração está marcada para a frente da clínica, junto ao Intermarché. TVP

José

Lor

ena

Jornal do Centro29 | Julho | 201110

Page 11: Jornal do Centro - Ed489

VISEU | REGIÃO

GNR de Viseu espera mais militares este anoCríticas∑ Autarcas de Tondela e Oliveira de Frades preocupados com falta de efectivos

Os presidentes das câma-ras municipais de Tondela e Oliveira de Frades estão preocupados com a falta de efectivos da GNR em al-guns pontos dos seus con-celhos.

As inquietações foram apresentadas nos últimos dias e tê a ver com o encer-ramento do posto territo-rial da GNR do Caramulo (Tondela) e com a redução esperada do número de mi-litares, de 17 para 15 no final deste mês, na unidade de Oliveira de Frades.

O presidente da Câma-ra Municipal de Tondela, Carlos Marta, acusa mes-mo o comandante do Co-mando Territorial de Viseu da GNR de ter tomado a de-

cisão de encerrar o posto do Caramulo e de estar a “criar um clima de insegu-rança na região” serrana. Marta reclama mesmo a re-visão de critérios de distri-buição de meios da guarda

e solicitou já uma reunião com o ministro da Admi-nistração Interna.

Em Oliveira de Frades, o autarca Luís Vasconcelos, teme que comecem a apa-recer actos de vandalismo

e criminaliadade no conce-lho e quer que a GNR seja reforçada, pelo menos, nas noites de fim-de-semana no concelho.

José Lorena

A Tondela e Oliveira de Frades reclamam mais efectivos da GNR

Publicidade

HOSPITAL DE VISEU QUEBRA O SILÊNCIO

O Conselho de Admi-nistração do Hospital de Viseu emitiu um comu-nicado, na quarta-feira, a comentar o escândalo da microcâmara encontra-da numa casa-de-banho do serviço de Neuroci-rurgia.

Para a administração “é tempo da justiça ac-tuar para que se encon-tre o autor ou autores dos lamentáveis factos”. No mesmo comunicado pode ler-se ainda que “é de interesse geral, que se crie em torno do caso, a prudência, a descrição e o sossego, que devem rodear todas as investi-gações em curso, para apuramento das respon-sabilidades”. O caso re-monta ao dia 13 de Julho, quando um auxiliar fazia a limpeza ao WC e en-controu um aparelho que pensou ser uma bomba. A PSP de Viseu está a ouvir os funcionários do serviço. As investigações prosseguem. TVP

∑ O C o m a n d o Territorial da GNR de Viseu “está a ouvir os autarcas e os cidadãos que estão preocupados com as recentes alterações fí-sicas e de efectivos”, disse ao Jornal do Centro o te-nente-coronel Paulo Fer-nandes, relações públicas daquela força militar.

“Vamos testar até ao fim do Verão as modifi-cações feitas mas o Co-mando Territorial espera reforçar os efectivos ainda este ano com novos solda-dos que estão a acabar os estágios”, garantiu.

GNR ouve cidadãos e autarcas

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Jornal do Centro29 | Julho | 2011 11

Page 12: Jornal do Centro - Ed489

REGIÃO | VISEU | MANGUALDE

O antigo dirigente do Blo-co de Esquerda em Viseu, Alexandre Azevedo Pinto entregou este mês a ficha de inscrição para se tornar mili-tante do Partido Socialista.

Alexandre Pinto confir-mou ao Jornal do Centro a inscrição, aguardando a aceitação por parte dos ór-gãos do Partido Socialista, mas não quis adiantar as razões que o levaram a fa-zer-se militante do PS, de-pois de um percurso de 13 anos com um papel inter-ventivo de defesa da cida-dania em várias frentes.

“Nesta altura estou de fé-rias, não vou adiantar mais nada, assumirei uma posi-ção política oficial em Se-tembro”, afirmou Alexan-dre Pinto.

A notícia apanhou de sur-presa alguns militantes do PS que se terão mostrado “incomodados” com a de-cisão. No entanto, para ou-tros socialistas não foi uma

surpresa, pela postura que Alexandre Pinto terá tido em vários fóruns partidá-rios realizados nos últimos tempos defendendo que há um momento novo em Portugal, em que a esquer-da tem que assumir uma nova realidade política.

O presidente da Federa-ção socialista, confirmou que a inscrição está na sede do PS Viseu para ser ava-liada. João Azevedo acres-centou que o ex-dirigente bloquista é “um homem de

intervenção na defesa dos interesses de Viseu” e, por isso, é bem-vindo: “Natu-ralmente que o PS perce-be que é receber um bom quadro”.

Sobre os mais reservados à entrada de Alexandre Pin-to na família socialista, o di-rigente lembrou que “o PS não pode ser um partido de reserva mental, nem avaliar uma pessoa pela sua posi-ção partidária do passado”.

Emília Amaral

A Antigo dirigente do BE de Viseu entregou ficha de militante este mês

Alexandre Pinto no PSReacções ∑ Presidente da Federação do PS diz que é “um bom quadro”

Publicidade

foto legenda 7dias MORTE Viseu. Jorge Rafael Olivei-ra morreu num acidente de viação, na rotunda do Palá-cio do Gelo, em Viseu, quan-do ia entregar uma pizza a sua casa pedida pelo irmão.O jovem de 19 anos estava em serviço e deslocava-se num motociclo da pizza-ria Torre Di Pizza, quando embateu contra um veículo ligeiro. O acidente ocorreu às 20h30 de sábado e dei-xou a freguesia de Frago-sela em estado de choque. O jovem teve morte ime-diata, os familiares querem justiça.

DROGA Mangualde. Três operações resultantes de um inquérito que teve início numa denún-cia de consumo e tráfico de droga numa escola no con-celho de Mangualde, resul-taram na detenção de 13 in-divíduos, com idades com-preendidas entre os 17 e os 48 anos. Esta foi uma inicia-tiva conjunta do Núcleo de Investigação Criminal do destacamento da GNR de Mangualde, apoiado pelo Núcleo de Investigação de Viseu, pelos militares do destacamento territorial de Mangualde e pelo destaca-mento de trânsito de Viseu. Mais de 4 quilogramas de haxixe e 35 gramas de hero-ína foram algumas das dro-gas apreendidas.

O bar das escadinhas de Santo Agostinho, obra emblemática entre a avenida Alberto Sampaio e a rua Cândido dos Reis, em Viseu, está completa-mente ao abandono, depois dos concessionários o terem abandonado e entregue à Câmara Municipal de Viseu, a proprietária do espaço.

A autarquia decidiu recentemente voltar a apro-veitar o espaço, mas desta vez não terá a mesma utilização: ali será continuada a rede de locais pú-blicos de estudo e espaços internet de Viseu.

O projecto está concluído e até já foi adjudicado pela Câmara à construtora Irmãos Almeida Cabral, que em breve inicia as obras de adaptação a sala de estudo e espaço internet da cidade. JL

Nun

o A

ndré

Fer

reira

∑ Economista

∑ Fundador do Bloco de Esquerda (BE) Viseu, em 1998

∑ Candidato à Câmara de Viseu pelo BE

∑ Candidato a deputado pelo BE

∑ Fundador do Movi-mento de Intervenção e Cidadania

∑ Integrou a direcção da primeira Campanha de Manuel Alegre à pre-sidência da República

∑ Integra o Movimen-to de defesa do Centro Histórico de Viseu

∑ Participou na can-didatura de Fernando Nobre durante cinco meses

Perfil

José

Lor

ena

Jornal do Centro29 | Julho | 201112

Page 13: Jornal do Centro - Ed489
Page 14: Jornal do Centro - Ed489

REGIÃO | TEM A PALAVRA JOÃO AZEVEDO

Publicidade

Um comentário à vitória de António José Seguro…É um novo ciclo que vai

aparecer no Partido So-cialista. Era um resulta-do esperado pela maio-ria dos militantes do PS e cria um entusiasmo que importa referir, porque prepara já o momento de reconquista da confiança dos portugueses. O país precisa de um PS forte, organizado, respeitando a sua matriz ideológica e as suas raízes sociais, o seu progressismo, mas também a sua pluralidade interna.

Quer com isso dizer que não existiam essas condições an-tes de António José Seguro?Não! Num processo que

teve cerca de seis anos e momentos de muitas di-ficuldades económico-fi-nanceiras, surgiram mui-tas vicissitudes a quem liderou e o ex- Secretá-rio-Geral do PS e ex-Pri-meiro-Ministro enfren-tou diariamente momen-tos de imensa dificuldade que o levaram a tomar medidas difíceis e impo-pulares, que por vezes extravasaram da nossa raiz ideológica. Acresce, o facto de ter estado tão

absorvido com a gravi-dade dos problemas, que lhe tirou precioso tempo para olhar o PS de uma forma mais intensa, per-manente e eleitoralista. O que pode ter levado a que muitas pessoas pen-sassem que o PS tinha perdido a emotividade e expressividade do maior partido da esquerda por-tuguesa.

Surgiram algumas críticas ao processo eleitoral. Que lhe apraz referir?O processo eleitoral

correu de uma forma pa-cífica, com uma discus-

são interna substantiva, mas que, certamente, os tempos por que hoje pas-samos deixaram, de al-gum modo na sombra, retirando ao cidadão co-mum a exacta visão da grande e elevada disputa que decorreu no seio do PS, com todo o respeito pelas regras democráti-cas e com abertura e diá-logo entre as partes.

Em linhas gerais, o que distinguiu a candidatura de Seguro da de Assis?Antes de mais, importa

referir que são dois altos quadros do PS, de funda-

mental importância para a vida democrática do partido. António José Se-guro é aquele que neste momento é mais relevan-te no aspecto da prepa-ração da vida organizati-va do PS, para poder dis-putar, daqui a dois anos e meio, as eleições au-tárquicas. É sem dúvida, também, aquele que gera mais proximidade junto do eleitorado do PS e do eleitorado que não é do PS. No momento em que não é tão fácil dar ouro nem prata, o facto de sa-ber ouvir e de saber deci-dir é fundamental. Antó-

nio José Seguro conhece verdadeiramente os re-cantos deste país, conhe-ce verdadeiramente as pessoas deste país e tem o dom de saber federar em torno de si as muitas sensibilidades que exis-tem no PS e na socieda-de civil.

Essas qualidades faltavam a Francisco Assis?Francisco Assis é um

homem diferente de An-tónio José Seguro; um ho-mem com uma retórica brilhante com um refle-xo semântico, em debate, muito poderoso, mas que

João Azevedo e o Secretário-Geral João Nuno Azevedo, 36 anos, casado, com dois fi-lhos, presiden-te da Câmara Municipal de Mangualde, enquanto presidente da Federação de Viseu do Parti-do Socialista, a propósito dos resulta-dos eleitorais de 6ª e sábado passados para Secretário-Geral do PS, aqui, à fala com o Jornal do Centro.

Paul

o N

eto

Jornal do Centro29 | Julho | 201114

Page 15: Jornal do Centro - Ed489

TEM A PALAVRA JOÃO AZEVEDO | REGIÃO

Publicidade

do PSnão congregou a vontade dos eleitores.

Houve quem falasse em candidatura de esquerda e candidatura de direita. O que significa, internamente, essa dicotomia?Isso é uma falsa ques-

tão! António José Se-guro e Francisco As-sis têm uma matriz ide-ológica profundamente identificada e perfeita-mente enquadrada no Partido Socialista. Se me disserem que defender a decisão da escolha dos candidatos do PS às au-tárquicas pelos militan-tes, ou também, pelos mi-litantes e pela sociedade civil, é uma diferença entre direita e esquerda, então acredito que um se posiciona mais à esquer-da e outro mais à direi-ta. Não obstante, eu dis-cordo em absoluto desta perspectiva.

Então, na vox populi, qual era o candidato mais à esquer-da?Aceitando essa premis-

sa, que para mim, insis-to, é uma falácia, seria – e isto é um modo con-dicional – António José Seguro.

Qual o candidato de João Azevedo?António José Seguro.Que benefícios advêm

desta vitória para a Fede-ração do PS/Viseu?

Se entrevisto na ópti-ca do trabalho de mili-tância do PS no distrito, que foi ao longo dos anos tido como excelente, o benefício é o mesmo que existia no passado. Havia uma óptima relação pes-soal e política com José Sócrates e há uma exce-lente relação política e pessoal com António José Seguro.

Seguro, em declarações

recentes afirmava buscar “soluções técnicas que combatam a corrupção em Portugal”. No entanto, os maiores casos de corrupção surgiram durante o governo de Sócrates…Foram noticiados no

governo de José Sócrates, o que é diferente. Antó-nio José Seguro, tal como eu, defendemos com de-nodo que se criem instru-mentos que inviabilizem por completo a corrup-ção em Portugal.

Que mensagem quer deixar aos militantes/simpati-zantes do PS no distrito de Viseu?Uma mensagem de es-

perança, e confiança nes-te novo líder. De esperan-ça, também em Portugal, de confiança no nosso País e nos portugueses. Todos os militantes de-vem ter a responsabilida-de de perceber que hoje o PS precisa mais deles do

que eles do PS. Ou seja, o Partido precisa de se reu-nificar em torno dos prin-cípios basilares consagra-dos na sua história e na sua genuína matriz social. Para atingir tal desiderato, urge uma forte união, um poderoso empenhamento e muita esperança num futuro próximo, em que qualquer ambição pesso-al se afogue na ambição colectiva. No Partido So-cialista construiu-se, des-truiu-se, reconstruiu-se, re-destruiu-se e, está na hora exacta da nova e to-tal reconstrução para, e desse modo, muito em breve sairmos vitoriosos das lutas que iremos tra-var, nomeadamente nas autárquicas, onde apre-sentaremos candidatos de grande qualidade e ca-risma para liderar projec-tos concelhios do maior alcance e sucesso.

Paulo Neto Paul

o N

eto

www.palaciodogelo.pt

24 PRÉMIOS SEMANAIS

NUM TOTAL DE 13.650€

VALOR INDIVIDUAL DOS PRÉMIOS:

500€, 250€, 100€ E 50€

ENTRE 14 DE JULHO E 1 DE SETEMBRO,UMA COMPRA PUXA A OUTRA.

No Palácio do Gelo Shopping, as compras são como as cerejas:quanto mais compras fizer, mais compras pode ganhar!

Ao efectuar, no mesmo dia, compras de valor igual ou superior a 25€,habilita-se a ganhar vales de compras semanalmente.

Consulte o regulamento do concurso publicitário nº 1/2011, autorizado pelo Governo Civil de Viseu,no balcão de informações ou no site www.palaciodogelo.pt

Jornal do Centro29 | Julho | 2011 15

Page 16: Jornal do Centro - Ed489

economia

Publicidade

Grupo Visabeiracresce 10 por cento em 201030 anos ∑ A par da consolidação destaca-se a abertura da nova sede do Grupo no Palácio do Gelo Shopping

No ano em que come-morou três décadas de actividade, o grupo Visa-beira de Viseu apresenta no seu relatório de contas de 2010 um crescimento de 10 por cento em rela-ção a 2009, ultrapassando a fasquia dos 510 milhões de euros de volume global de negócio consolidado. Esse aumento é superior a 14 por cento se comparado com o ano de 2005.

De acordo com o rela-tório, “o Grupo conseguiu uma melhoria significa-tiva na generalidade dos indicadores e rácios de actividade”, demonstran-

do “o incremento da efi-ciência operacional, o ri-goroso controlo financei-ro e uma gestão orientada para os resultados”.

“O ano de 2010, apesar da manutenção do cenário de crise económica a ní-vel internacional e do cli-ma macroeconómico ad-verso que vem matizando os últimos exercícios do grupo, consubstanciou-se como um exercício em que o Grupo Visabeira ultra-passou, uma vez mais, má-ximos históricos, tendo-se superado na generalidade dos indicadores”, escreve o presidente do conselho

de administração, Fernan-do Nunes na sua mensa-gem publicada no relatório de contas.

A celebração dos 30 anos em 2010 fica também marcada pela abertura da nova sede, nos pisos supe-riores do Palácio do Gelo Shopping

O Grupo é hoje um dos maiores empregadores da região de Viseu mas, trans-formado numa holding multinacional, tem hoje presença activa em nove países com destaque para Moçambique e Angola.

Emília Amaral AO turismo é uma das apostas com a inauguração de novas unidades

A discoteca “Ice Club”, situada no Palácio do Gelo, em Viseu, celebrou o primeiro aniversário. Muitas surpresas, glamour, show de percussão, ani-mação e live performances preencheram uma noite em que o azul foi a cor dominante.

As festas no “Ice Club” têm sido muito apreciadas pelo público, devido aos artistas musicais que têm visitado o espaço.

O “Ice Clube” apresenta-se hoje como uma alternativa válida para os notí-vagos da cidade de Viseu.

foto legenda

Nun

o A

ndré

Fer

reira

16 Jornal do Centro29 | Julho | 2011

Page 17: Jornal do Centro - Ed489

INVESTIR & AGIR | NEGÓCIOS

Publicidade

Citroën de Mangualde cede carrinha para estudo aos alunos do IPVInédito ∑ Empresa ajuda estudantes de mecânica da Escola Superior de Tecnologia a melhorar conhecimentos

O Centro de Produção de Mangualde do Grupo PSA ofereceu uma via-tura à Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) destinada à utilização em actividades pedagógicas, numa iniciativa inédita.

O processo desenvol-veu-se na sequência de um pedido feito por um docente e alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu ao Grupo PSA de Mangualde para a cedência de um sistema de ar condicionado. Como não foi possível respon-der a tal pedido, a Citroën de Mangualde, numa de-monstração de vontade e espírito de colaboração, firmou um protocolo com

o IPV, que veio permitir a oferta do veículo a diesel.

Destinada exclusivamen-te a fins pedagógicos, a car-rinha de cinco lugares que não vai circular fora do pe-rímetro da escola, possibi-litará aos alunos dos cur-sos do Departamento de Mecânica da Escola Supe-rior Tecnologia e Gestão de Viseu estudar e aplicar conhecimentos ao nível do sistema de ar condiciona-do, ventilação, suspensão, motor, habitáculo, entre outras componentes.

Pedro Rodrigues, vice-pre-sidente do IPV, recebeu das mãos do director financeiro do grupo PSA, Elísio Fernan-des, a chave do carro.

Tiago Virgílio Pereira APrimeiro donativo de uma empresa à escola Superior para fins pedagógicos

JUMBO APOSTA NA VEN-DA DE MANUAIS ONLINE

O Jumbo criou um sítio na internet - www.reservadeli-vrosjumbo.pt - onde se po-dem adquirir manuais esco-lares com um “click”.

Mesmo em período de fé-rias é necessário assegurar o regresso às aulas e esta é mais uma forma de o fazer, sem listas de espera.

A criação do sítio vai de encontra às necessidades do cliente, que tem cada vez menos tempo disponí-vel. Pretende uma operação sem falhas pelo que apresen-ta um conjunto de funciona-lidades que visam a simplifi-cação, evitar filas de espera e executar as reservas com calma e a qualquer hora do dia são os objectivos.

No site estão disponíveis cerca de 2.000 livros, do 1º ao 12º ano de escolaridade e de diversas editoras.

O tempo de entrega dos livros estima-se que seja en-tre duas a três semanas, me-diante a disponibilidade ma-nifestada pelas editoras. A entrega é feita na loja Jumbo que é escolhida no momento da reserva. TVP

17Jornal do Centro29 | Julho | 2011

Page 18: Jornal do Centro - Ed489

desportoVisto e Falado

Cartão FairPlayÉ mais um valor seguro

no futebol feminino distri-tal que desponta no Esco-la FC, de Molelinhos. Ca-rolina Silva, de apenas 16 anos, cumpriu um estágio no Atlético de Madrid, um clube que é uma referên-cia no futebol feminino da Europa. Carolina teve mesmo a oportunidade de representar o clube espa-nhol num torneio. Não é para todas. Brilhante.

Cartão Fairplay Pensar, agir e mostrar

obra. Um conjunto de pes-soas uniu-se em torno de um objectivo e colocou de pé o I Torneio de Viseu de Futebol de Praia. O apro-veitamento do campo que existe no complexo des-portivo do Fontelo demos-tra que, desde que haja ca-pacidade de iniciativa, as coisas podem acontecer, sem precisar de grandes apoios financeiros. Nem sempre os torneios caros são os melhores. Foram 50 jogadores a jogar volei de praia no Fontelo, em Viseu. A repetir no futuro.

Cartão Vermelho Semana após sema-

na sobram ecos de clubes em dificuldade. Depois do Santacombadense que não vai competir em séniores, é agora o Carvalhais que corre risco de fechar por-tas. Não se inscreveu nas competições de futebol e o futuro é negro. Pode-remos estar perante ape-nas a ponte do iceberg. Preocupante.

Visto

Carolina Silva

Escola FC

I Torneio de Viseu

Voleibol de Praia

Carvalhais

Futebol

Vítor [email protected]

Gil

Pere

s

A Académico de Viseu vai ser uma das 5 equipas de Viseu na série C

Futebol

O ano dos derbisII Divisão ∑ Tondela e Cinfães III Divisão ∑ Com o Canas de Senhorim agora são seis

Oito equipas nos na-cionais de futebol em 2011/2012 fazem história na modalidade em Viseu.

Às sete já com direito desportivo alcançado na época passada, juntou-se a promoção administrati-va do Canas de Senhorim, que assim preenche uma das vagas na III Divisão motivadas pela desistên-cia de alguns clubes.

Garantidos, desde logo,

vários dérbis distritais ao longo da temporada.

Na II Divisão, Tondela e Cinfães vão competir numa zona que de Cen-tro só tem praticamen-te o nome, uma vez que grande parte das equipas são do Norte.

Quanto à III Divisão, o Sporting de Lamego deverá ficar na série B, enquanto que na série C ficarão as restantes cin-

co equipas – Académico de Viseu, Canas de Se-nhorim, Oliveira de Fra-des, Penalva do Castelo e Sampedrense.

Perspectiva-se, por isso, uma competição interessante a vários ní-veis. Desde logo o des-portivo, em que, para além de uma mão cheia de dérbis, aumenta as possibilidades de Viseu lutar pela subida à II Di-

visão Nacional, onde o Académico de Viseu se assume como um dos principais candidatos.

Não será igualmen-te de menosprezar a vertente económica. Deslocações mais cur-tas implicam menores custos, aos quais se alia a perspectiva de, pelo me-nos nos dérbis, haver as-sistências interessantes aos jogos.

Terminou em festa, com uma jantar de confraterni-zação no Lanxeirão do IPJ, a edição de 2011 da Liga So-sel Seguros em futebol de 7.

O jantar, e entrega de pré-mios, aconteceram depois da realização do jogo da fi-nal entre as formações da Loja dos Campeões e da Es-trela Vermum.

Um jogo entre uma das equipas mais experientes,

a Loja dos Campeões, com jogadores como Tó Lopes (melhor guarda-redes do torneio), Rui Lage, Tó Jó ou Carlos Santos para men-cionar alguns, e o Estrela Vermum constituída por jo-vens jogadores que alinham em clubes como Viseu e Benfica ou Carvalhais.

A Loja dos Campeões venceu (9 - 3) levando o tro-féu para casa.

Na véspera, sábado, a

Viservice havia vencido a Paulos Auto por 7 a 0 fican-do em terceiro lugar.

Quanto a prémios indi-viduais, Pedro Saraiva da Paulos Auto foi considerado Melhor Jogador enquanto o melhor marcador da prova foi Lopes da Viservice.

Em jeito de balanço final, a certeza que este é já um torneio obrigatório no “de-feso” de Verão no futebol viseense.

Liga Sosel Seguros 2011 - Futebol 7

Loja dos Campeões levou a “taça”

VISEU DOMINOU CIRCUITO DOMUS P&PJoão Vinagre, do Clube de Golfe de Viseu, ven-ceu o Torneio de Viseu do Circuito Domus Pitch and Putt, que decorreu no Golfe Montebelo. Por equipas, Viseu saiu tam-bém vencedor, com a segunda posição a ser ocupada pela formação do Clube de Golfe da Quinta das Lágrimas, e em terceiro a formação do Clube de Golfe de Cantanhede. A formação viseense fez mesmo o pleno com três dos seus jogadores a ocupar as posições do pódio. Além de João Vinagre, que ven-ceu a prova com um total de 54 pancadas, Luís Al-buquerque foi segundo, com 55, e no lugar mais baixo do pódio ficou José Manuel Santos com 56 pancadas.

FUTURO EM RISCO NO CARVALHAIS Um enorme ponto de interrogação paira sobre o futuro do Carvalhais Futebol Clube. Com a anunciada saída do pre-sidente Paulo Marques, não se vislumbram novos corpos sociais. O clube nem sequer cumpriu os prazos de inscrição das suas equipas de futebol. Poderá fazê-lo até fi-nal deste mês mas com multa e dinheiro não abunda, com alguns jo-gadores a queixarem-se de não terem recebido todas as verbas refe-rentes à última época.

A A equipa vencedora do torneio

Jornal do Centro29 | Julho | 2011

18

Page 19: Jornal do Centro - Ed489

DESPORTO | MODALIDADES

Ralicross Sever de Vouga

Hugo Lopes, Bernardo Maia e Ivo Rosa querem o pódio

Ambição de bons re-sultados é como os três pilotos de Viseu que co-mepetem no Campeona-to de Ralicross encaram a prova que se vai disputar este fim-de-semana em Sever do Vouga.

Na Divisão 5, Ivo Rosa quer levar o seu Peuge-ot 205 GTi aos primeiros lugares e regressar ao pódio que lhe fugiu por muito pouco em Castelo Branco.

Quanto aos “miúdos” Hugo Lopes e Bernardo Maia, que disputam o troféu de Iniciação, para jovens pilotos com ida-des entre os 13 e o 15 anos, depois dos 2º e 3º luga-res em Castelo Branco, querem agora chegar ao ponto mais alto e relan-

çar a corrida pela vitória no campeonato.

O maior conhecimento que têm da Pista do Ro-çário poderá dar-lhes al-guma vantagem, mas a luta promete voltar a ser animada.

No global, a prova de

Sever do Vouga, organi-zada pelo Vouga Sport Clube, promete ser uma das melhores da tempo-rada, estando prevista a participação de um gran-de número de pilotos nas diversas categorias em competição. GP

Gil

Pere

s

A Hugo Lopes foi segundo em Castelo Branco

Natação - Nacionais Infantis

Rui Figueiredo e Sara Sousa medalhados

A nadadora vouzelense Sara Sousa, natural da fre-guesia de Queirã, é a nova campeã dos 100 Costas, em Infantis.

A atleta da Associação dos Trabalhadores da Câ-mara Municipal de Vouzela alcançou ainda o segundo lugar nos 200 Costas e nos 100 Mariposa e um quar-

to lugar nos 100 Livres du-rante os campeonatos que se realizaram nas Piscinas do Estádio Universitário de Lisboa. Rui Figueiredo, do Académico de Viseu, subiu ao pódio na prova dos 100 Mariposa, nos Nacionais de Infantis, disputados nas Piscinas do Estádio Uni-versitário de Lisboa. O na-

dador viseense alcançou a medalha de bronze, ao na-dar a distância no tempo de 1m04,66s.

Estiveram presentes 483 nadadores em representa-ção de 93 clubes.

A equipa do académico foi constituída por Francis-co Antão, André Moura e Rui Figueiredo.

A Nadador viseense foi terceiro nos 100 m mariposa

Vale a pena dar cá um salto.

PREÇOS REDUZIDOS A 5 MINUTOS DE VISEUA25—SAÍDA 20

CAFETARIA

DIAMANTE

Preços reduzidos, para quem gosta de andar na moda.

Publicidade Publicidade

Jornal do Centro29 | Julho | 2011

19

Page 20: Jornal do Centro - Ed489

MODALIDADES | DESPORTO

Publicidade

Futebol

De Viseu para Valência, via Braga

Cristiano Figueiredo, guarda-redes de 20 anos que pertencia aos qua-dros do Sporting Clube de Braga é uma das transfe-rências do defeso. Foi con-tratado pelo Valência para terceiro guarda-redes.

Nascido na Alemanha, Cristiano Pereira pas-sou pela formação do Académico de Viseu e do Penalva do Castelo, de onde se transferiu para o Sporting de Braga. Chega agora a um dos principais clubes de Espanha.

O jovem é internacional pela selecção de Sub-21 e vai ser o terceiro guarda-redes do terceiro classifi-cado da última edição da liga espanhola.

Cristiano foi notícia quando, com apenas 16 anos, foi titular em dois jo-

gos na baliza do Penalva do Castelo, na II Divisão Nacional.

Carlos Agostinho foi o técnico que deu a oportu-nidade ao jovem de mos-trar o seu valor.

Frente ao Oliveira do Hospital, Cristiano não deixou dúvidas a Vital, ac-

tual treinador de guarda-redes no Sporting, na al-tura no Sporting de Braga, que de imediato fez ques-tão em levar o atleta para a cidade dos arcebispos.

Cristiano vai agora de-fender o Valência B, equi-pa da II Liga espanhola. GP

Esgrima - Campeonato da Europa

Joaquim Videira foi 58º em Sheffield

Joaquim Videira termi-nou na 58ª posição a sua participação na competi-ção individual de Espada do Campeonato da Euro-pa de Esgrima, realizado em Sheffield, no Reino Unido.

A competição de espa-da masculina contou com a participação de 101 atira-

dores em representação de 33 países.

Na fase de poules, o ati-rador viseense obteve duas vitórias, nos cinco comba-tes disputados. No quadro de 128 eliminou o também português Filipe Pequi-to vindo a ser afastado no quadro de 64 frente ao ho-landês Bas Verwijlen.

O atleta viseense está as-sim longe da sua melhor forma e das vitórias e re-sultados alcançados em provas da Taça do Mundo de Esgrima, onde já venceu várias etapas, bem como nas competições interna-cionais de selecção, onde tem no currículo uma par-ticipação olímpica.

A Atirador viseense longe dos resultados que já conseguiu

A Cristiano despontou no Penalva do Castelo

DR

Jornal do Centro29 | Julho | 2011

20

Page 21: Jornal do Centro - Ed489

Viseu

Vila Nova de Paiva

Satão

Penalva do Castelo

Mangualde

Nelas

Carregal do Sal

S. Comba Dão

Tondela

Vouzela

Oliveria de Frades

S. Pedro do Sul

Castro Daire

Aguiar da Beira

COMUNIDADE INTERMUNICIPALDA REGIÃO DÃO LAFÕESSu

plem

ento

A Comunida-de Intermunici-pal da Região

Dão Lafões fo i criada em 2008 e resul-

tou da conversão da Associação de Municípios com o mesmo nome.

A plataforma é formada por 14 autarquias: Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire,

Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, São Pedro do Sul, Sátão, Santa Comba

Dão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela.Entre os seus principais objectivos estão a articulação dos

investimentos de interesse municipal na óptica da preparação

de candidaturas ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) 2007-2013, a promoção da sociedade do conhecimento através dos diferentes instrumentos a esta associados, e a apos-ta e utilização das novas tecnologias de informação e comunica-ção.

Construir com os associados as prioridades de intervenção que contribuam para que a Dão Lafões se torne uma região inovadora, empreendedora, atractiva e competitiva, possibilitando o seu cres-cimento sustentável e a sua coesão económica e social, é outra das prioridades da CIMRDL.

Inovação e criatividade, cooperação e confiança estão entre os valores que distinguem a associação, cujo primeiro grande pro-jecto – a Ecopista – já se encontra disponível para usufruto da população.

Comunidade Intermunicipal

pretende uma região inovadora e competitiva

Criada em 2008

A Ecopista do Dão foi construída ao lon-go do antigo ramal ferroviário, numa ex-tensão de 49,2 quilómetros, e permite ligar os concelhos de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão. As cores vermelha, verde e azul distinguem, no piso, o ter-ritório pertencente a cada um dos con-celhos.

A requalificação da infra-estrutura e do património edificado implicou um inves-timento superior a 5 milhões de euros, dividido entre os municípios envolvidos e contou com o apoio do Quadro de Re-ferência Estratégico Nacional, através do Programa Mais Centro.

Os primeiros sete quilómetros criados no concelho de Viseu serviram de piloto ao projecto e o resultado foi um equipa-mento “bonito, agradável e muito interes-sante”, conforme faz questão de carac-terizar o presidente do Conselho Execu-tivo da CIMRDL, Carlos Marta, que dirige também o município de Tondela.

O autarca não esconde também “o or-gulho e a satisfação” com que a popula-ção “acolheu e aderiu” à Ecopista, que se apresenta como uma proposta não só do ponto de vista recreativo, mas tam-bém como uma infra-estrutura desporti-va. O objectivo passa agora por divulgar o equipamento e, consequentemente, a região em Portugal e no estrangeiro. Pretende-se que este seja um elemento catalisador no âmbito do Turismo de Na-tureza e Touring Cultural e Paisagístico.

Depois da caminhada inaugural que reuniu dezenas de personalidades e ci-dadãos anónimos, está previsto um novo passeio pela Ecopista. A data provisó-ria é 13 de Agosto, sendo a bicicleta o meio escolhido para percorrer os quase 50 quilómetros de distância. Esta será a primeira de um conjunto de iniciativas de animação do espaço, cujo esboço do plano estratégico deverá ficar conhecido até ao final do mês.

Beleza paisagísticaPedalar, deslizar de patins em linha ou

simplesmente caminhar são apenas al-gumas das propostas para conhecer a Ecopista. Durante o percurso, há tempo para desfrutar do enquadramento céni-co e paisagístico ímpar, enriquecido pe-las terras de cultivo, a vinha e a floresta, além dos encantos inerentes aos centros urbanos.

A Albufeira da Aguieira, em Santa Comba Dão, e a Serra do Caramulo, em Tondela, são dois dos destinos indissociáveis da envolvente paisagística. Já em Viseu me-recem destaque o património arquitectó-nico e histórico.

D e p o i s d a c o n c l u s ã o d o p i s o betuminoso, aguarda-se agora a recupe-ração das antigas estações (na de Figueiró foi instalada a Junta de Freguesia) e apea-deiros, que poderão ser transformadas em zonas de merenda, espaços multifuncio-nais ou parques de campismo.

Ecopista é já um caso de sucessoUm espaço de lazer

Nun

o Fe

rrei

ra

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 489 DE 29 DE JULHO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

Textos:

Andreia Mota

Grafismo:

Marcos Rebelo

Page 22: Jornal do Centro - Ed489

Jornal do Centro29 | Julho | 201122

COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DA REGIÃO DÃO LAFÕES

A Comunidade Inter-municipal da Região Dão Lafões (CIMR-DL), que engloba 14 concelhos e um terri-tório com quase 300 mil pessoas, parece estar condenada a ser um caso de sucesso. No final de 2010 foi a principal CIM da Região Centro e os bons resultados são para manter, assim como a aposta em áreas como novas tecnologias, moder-nização administrati-va e acessibilidades. Este é um aspecto frisado pelo presi-dente do Conselho Execut ivo, Car los Marta, que faz tam-bém um balanço da plataforma e fala de novos projectos.

Que balanço faz dos três anos de actividade da Comunidade Inter-municipal da Região D ã o L a f õ e s ( C I M R -DL)?O balanço é muito po-

sitivo, tendo em conta as dif iculdades iniciais de implementação de uma Comunidade Intermunici-pal que vai gerir um terri-tório com quase 300 mil pessoas e 14 concelhos.

Conseguimos cumprir todos os prazos e planos que estavam previstos, e, no final de 2010, fomos a principal CIM da Região Centro, ou seja, aquela com melhores resultados do ponto de vista financei-ro e da execução dos pro-jectos; e a segunda a nível nacional. Só este dado já nos permite dizer que os resultados ultrapassaram as nossas melhores ex-pectativas.

Por outro lado, conse-guimos um conjunto de projectos alternativos para a região e para os municí-pios, o que vai trazer, nos

próximos anos, um reforço da coesão territorial e da capacidade de interven-ção, individual e colectiva, da CIM Dão Lafões.

Qual a importância que a plataforma tem para a região?Acima de tudo prende-

se com a possibi l idade dos 14 municípios esta-rem reunidos numa úni-ca entidade e poderem ter políticas globais para os problemas das popu-lações.

Quais têm sido as gran-des áreas de preocupa-ção?Novas tecnologias, mo-

dernização administrati-va, acessibilidades, Re-des Urbanas de Inovação e Competit ividade, par-que escolar, equipamen-tos colectivos e áreas de localização empresarial. São as áreas de maior in-tervenção e capacidade de resposta, nomeada-mente ao nível da apre-sentação de candidatu-ras, e da sua execução fí-sica e financeira.

Qual o montante que foi investido?T ínhamos um p l ano

aprovado de cerca de 73 milhões de euros para os 14 municípios, indepen-dentemente dos projec-tos alternativos que foram candidatados directamen-te pela CIM ao Mais Cen-tro ou ao POVT - Progra-ma Operacional Valoriza-ção do Território. Isso faz com que, neste momento, o volume de investimento seja bastante superior a esse valor.

E s t a m o s a f a l a r d e quantos projectos?Provavelmente serão

mais de 100 os projectos que estão em desenvol-vimento ou em perspec-tiva de se iniciarem, por forma a dar resposta aos anseios dos municípios e das populações.

A maioria do financia-mento ainda provém do

Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). O montante é suficiente?Não é suficiente, mas

julgo que é um bolo que permite responder a al-gumas das necessidades mais prementes dos mu-

nicípios. O desafio está agora do nosso lado, de modo a executarmos bem estes investimentos e a podermos aceder a novos recursos financeiros.

Neste campo, podemos dizer que a CIM reúne as condições para, no âmbi-

to dos novos regulamen-tos que foram negociados entre o anterior Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses, aceder à bolsa de mérito e trazer mais recursos e meios para a região.

Como disse há pouco, a CIM Dão Lafões teve os melhores resulta-dos da Região Centro ao nível da execução f i n a n c e i r a e f í s i c a , sendo a segunda a ní-vel nacional. Como se explicam estes bons

“CIM podem adoptar tarefas de coordenação Carlos Marta defende novos desafios para as autarquias

Carlos Marta, presidente da CIMRDL

José

Lor

ena

Page 23: Jornal do Centro - Ed489

Jornal do Centro29 | Julho | 2011 23

COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DA REGIÃO DÃO LAFÕES

na Segurança Social, Saúde e a Educação”

resultados?Em primeiro lugar, de-

ve-se ao bom trabalho de cada um dos muni-cípios, que foram capa-zes de candidatar pro-jectos, encontrar recur-sos f inanceiros e de os executar no terreno. Não

podemos esquecer tam-bém a excelente ar ticu-lação que tem sido fei-ta pela CIM Dão Lafões, n o m e a d a m e n te p e l o secretário executivo e a equipa que trabalha com ele, num esforço de co-ordenação global e de

proximidade com os mu-nicípios.

Uma das preocupações foi a caracterização do território abrangido pela Comunidade In-termunicipal. Quais as conclusões do relató-

rio?O Estudo de Enquadra-

mento Estratégico, reali-zado pela empresa por-tuguesa Parque Expo, foi feito logo após a constitui-ção da CIMRDL. O traba-lho permitiu identificar as principais dificuldades e vir tualidades do território e as apostas necessárias de modo a que ganhasse notoriedade. Dentro das possibilidades e dos re-cursos f inanceiros que estão à nossa disponi-bilidade, estamos a ten-tar cumprir o plano, valo-rizando o que temos de bom, nomeadamente o Turismo, o Termalismo, as Energias Renováveis e o Sector Automóvel. Esta-mos a falar de tudo o que diz respeito à melhor ia da competit ividade dos municípios, das popula-ções e das empresas e à criação das infra-estru-turas necessár ias para a concretização desses objectivos.

A l g u m a s c o i s a s j á f o r a m f e i t a s , m a s a v e r d a d e é q u e o s dados provisórios do Census apontam para u m a d i m i n u i ç ã o d a população na região. C o m o c o m b a t e r a desertificação?Este é um p rob lema

nac iona l. Com excep-ção dos grandes centros urbanos, onde existem muitos imigrantes, todo o território perdeu popu-lação.

Este facto deve-se, por um lado, à emigração, que decorre das dificul-dades e da crise que se sente no país; e, por ou-tro, à diminuição da nata-lidade. Tem de haver uma grande política a nível na-cional, conjugada com os municípios, de modo a in-verter esta tendência.

A fusão de municípios pode ajudar ou agudi-zar este problema?Tem-se vindo a falar de

reforma administrat iva. Mas, antes de chegar aos municípios e às fregue-

sias – que são quem cria menos despesa e des-perdício, há muito a fazer do ponto de vista nacio-nal, com instituições e or-ganismos públicos que não fazem sentido. Estes serviços podem ser fei-tos com maior competên-cia e proximidade pelas autarquias, que são mui-to importantes para a co-esão nacional.

O trabalho das CIM não pode ser afectado pelo clima de conten-ção que se vive?Por um lado sim, mas

acredi to que pode ser também uma opor tuni-dade. Dou como exem-plo o fecho dos governos civis, que pode constituir uma opor tun idade de assumirem algumas das suas competências. Nes-te processo de reforma administrativa, parece-me viável as CIM adoptarem tarefas de coordenação de áreas como a Segu-rança Social, a Saúde, o Ordenamento do Ter r i-tório e a Educação. São aquelas que, na minha opinião, podem exercer com todo a legitimidade política e democrática.

Referiu-se à Rede Ur-bana para a Competi-tividade e Inovação, cujo protocolo foi as-sinado no final do ano passado. Como está o projecto?Apesar de ser um pro-

cesso complexo, porque em muitos casos falamos de projectos imater iais, todos os municípios ace-deram, em tempo útil, à candidatura da platafor-ma electrónica do Mais Centro. Neste momento aguardamos a aprovação e a formalização dos con-tratos de financiamento, de modo a que o proces-so se possa desenvolver com toda a normalidade e estar no ter reno nos próximos tempos.

Que mais-val ias vai trazer para a região?Trata-se de uma rede

i novado ra, compet i t i -va e, sob re tudo, uma nova forma de interven-ção autárquica no nos-so ter r i tór io. São áreas impor tantes que procu-ram o empreendedoris-mo, a competitividade, a inovação e, sobretudo, o desenvolvimento de pó-los de investimento e de tecnologia que são a for-ça de cada um dos mu-nicípios. São exemplos o empreendedorismo so-c ia l em Santa Comba Dão, a área v i t iv in ícola em Nelas, o sector auto-móvel em Mangualde, o termalismo em S. Pedro do Sul, a área cultural em V iseu, e a b iotecnolo-gia e saúde em Tondela. São áreas que procuram atrair para a região mais-valias, talentos e a cria-ção de novo emprego e, consequentemente, de ri-queza.

Falta espírito de ris-co ou faltam condi -ções para quem tem ideias?Ac tu a lm e n te, qu e m

tem ideias consegue ver aprovados, pelas estân-cias locais, regionais ou nacionais, os seus pro-jectos. O QREN é um ex-celente instrumento para isso, mas é preciso que as pessoas estejam dis-poníveis para correr r is-cos individuais e colec-tivos.

Próximos projectos da CIM?Estamos a fazer uma

candidatu ra mui to im-portante para a eficiência energética nos 14 muni-cípios, procurando dimi-nuir custos da iluminação e dos edifícios públicos. Com tantos projectos em andamento é preciso fa-zer uma pequena para-gem, de modo a conso-lidarmos o trabalho que estamos a realizar, para depois voltarmos a dar um salto qualitativo, em função do que va i ser a realidade social, eco-nómica e f inanceira do país.

Page 24: Jornal do Centro - Ed489

Jornal do Centro29 | Julho | 201124

COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DA REGIÃO DÃO LAFÕES

A adopção de novos modelos de mobilidade e a procura de soluções mais positivas para o meio ambiente estiveram no centro do desenvolvi-mento da E3DL, uma iniciativa ligada à Eficiência Energética e Ambiental nos Centros Urbanos.

O projecto - liderado pela Comuni-dade Intermunicipal da Região Dão Lafões (CIMRDL) e executado pelos municípios de Mangualde, Viseu e Tondela - conta ainda com a colabo-ração, na qualidade de parceiros as-sociados, do Instituto Politécnico de Viseu (Escola Superior de Tecnologia de Viseu) e da empresa IBERFER, SA. Serão investidos 630 mil euros.

Melhorar a qualidade do ambien-te nos três centros urbanos e cr iar uma rede de pontos de abastecimen-to para veículos eléctricos ou híbridos na região, com recurso à produção fotovoltaica estão entre os objectivos

a conquistar e que permitirão tam-bém promover a utilização de viatu-ras eléctricas junto da população e do sector empresarial.

A elaboração de um diagnóstico da situação dos municípios envolvidos e desper tar a eco-consciência dos munícipes são outras das ver tentes do projecto.

Promover hábitos mais amigos do ambiente

Entre as actividades que a Comu-nidade Intermunicipal da Região Dão Lafões tem vindo a desenvolver está a implementação de programas de formação direccionados para os pro-fissionais da administração pública dos 14 municípios que compõem a associação.

O projecto pretendeu preparar as entidades autárquicas, e so-bretudo os seus recursos hu-manos, para encontrarem uma resposta de elevada qualidade,

rigor, eficiência para os novos desa-fios.

Recursos humanos das autarquias receberam formação

Dãoestás depro-

blicaem a

ar

fios.

Simplificar o relacionamento dos cidadãos e em-presas com os 14 municípios da NUT I I I Dão Lafões, aumentando a qualidade dos serviços públicos prestados numa lógica de eficiência, modernidade e transparência. A importância desta medida levou a CIMDRL, enquanto orga-nismo supramunicipal, a apresentar uma can-didatura comum ao Programa Mais Centro.

Espera-se que o projecto, que irá envol-ver um montante de 3,5 milhões, 70 por cento dos quais f inanciáveis, per-mita aumentar o número de ser-v iços on-l ine à disposição dos utentes, a diminuição dos cus-tos e a simplif icação de proces-sos. A melhoria dos serviços pres-tados e uma comunicação mais ef icaz entre instituições e utentes são outros dos objectivos que o programa,já aprovado, prevê.

A criação de um Balcão Único de Atendimento e de uma Plataforma multicanal de comunicações es-tão entre as ver tentes materiais do processo, que abrange a ava-liação da satisfação dos utentes e a difusão de boas práticas.

Modernização Administrativaentre as prioridades

A Promoção do Empreendedorismo na Região Dão Lafões é uma das preo-cupações da Comunidade Intermunici-pal. Esta foi, aliás, a designação esco-lhida para um projecto que teve como principal objectivo contribuir para a pro-moção do desenvolvimento local e da coesão social.

Com um custo de 388 mil euros, 80 por cento dos quais alvo de financiamen-to, o programa visa o reforço da dinâmica empresarial da Região Dão Lafões, as-sim como o aproveitamento de sinergias entre os diversos níveis de ensino.

O fomento e a captação de activida-des económicas geradoras de rique-za e criadoras de emprego; a aposta em factores de inovação para o teci-do económico, social e institucional; a valorização dos recursos endóge-nos da região e a promoção de iniciati-vas de empreendedorismo, nomeada-mente jovem, são outras das vertentes abrangidas pelo projecto.

Pretende-se com a intervenção gerar dinâmicas que permitam inverter a ten-dência de despovoamento e afirmar a região como criadora de novos facto-res de excelência, de modo a que seja convidativa para novos públicos.

Com a aposta da CIM Região Dão Lafões, que decorrerá até 2015, po-

derão vir a ser criadas 40 novas em-presas.

Dar visibilidade a ideias empreendedorasé uma das apostas

A C r i a t i -v i dade, Ta l en-

to e Qualificação; a Competitividade e Co-

esão; e o Marketing Territorial e Afirmação Externa são os três vectores de orientação da Rede Urbana para a

Competitividade e Inovação Viseu| Dão Lafões. A plataforma contempla 16 pro-jectos, num investimento total de apro-ximadamente 9 milhões de euros, aos quais corresponderá um financiamento de cerca de 5,8 milhões.

Durante os próximos quatro anos es-pera-se a criação, por exemplo, do pro-jecto Criar e Promover a Marca Viseu |

Dão Lafões, de um Sistema Regional Avançado de Formação; de um Pólo de Biotecnologia, Saúde e Produção (Tondela); de um evento bienal para a Promoção e Divulgação das Energias Renováveis; de um Centro de Inovação e Dinamização Empresarial (Mangualde); e de um Pólo de Criatividade, Cosméti-ca e Bem-estar (S. Pedro do Sul). O Pólo

de Empreendedorismo Social é uma das apostas para Santa Comba Dão.

A rev i ta l ização do quar tei rão en-tre a Rua Dr. Luís Ferreira e a Rua D. Duarte (Viseu) enquanto Pólo de Cria-tividade e Novas Tecnologias é outra das medidas. O Teatro Viriato deverárealizar ainda um Festival Cultural: o “Viseu A…”.

Recursos Endógenos promovidos em rede

diversos níveis d

to

A v idade

Viseu

Vila Nova de Paiva

Satão

Penalva do Castelo

Mangualde

Nelas

Carregal do Sal

S. Comba Dão

Tondela

Vouzela

Oliveria de Frades

S. Pedro do Sul

Castro Daire

Aguiar da Beira

Page 25: Jornal do Centro - Ed489
Page 26: Jornal do Centro - Ed489

passeios de verão

Passeio ∑ O Jornal do Centro deambulou pelas Terras do DemoPorque a vida também

tem aspectos apelativos que merecem ser gozados e por-que nos foram proporcio-nados alguns, de imediato os quisemos partilhar com os nossos leitores, a títu-lo de mera sugestão, uma ideia para fim-de-semana ou um simples passeio do-mingueiro.

A Finiclasse, concessio-nária da prestigiada marca Mercedes Benz, cedeu-nos gentilmente um magnífico veículo: o novíssimo Coupé da Classe C 220 CDI BlueE-fficiency.

O percurso escolhido foi uma espécie de Rotei-ro Aquiliniano, pela Lapa, Carregal, Tabosa e Ser-nancelhe. A gastronomia cingiu-se à Casa do Avô, de Pedro Loureiro e Hotel Rural Convento da Sra. do Carmo, em Freixinho.

Antes de deixarmos as imagens falarem por si, va-

mos por partes e comece-mos pelo veículo. Um cou-pé de 4 lugares com uma es-tética fluida, desportiva e de belíssimo traço estilísti-co. Um interior onde predo-mina a excelente qualida-de de acabamentos, desde o tablier moderno e infor-mativo, aos estofos em pele, desportivos e muito confor-táveis, à caixa automática 7G Tronic plus de 7 veloci-dades de uma eficácia suave e pujante, ao mesmo tempo, assim o condutor a queira utilizar de modo desporti-vo ou económico, o Start & Stop a adjuvar aos baixos consumos de gasóleo, um chassis exemplar em rigi-dez estrutural, uma suspen-são que absorve todas as ir-regularidades das estradas como se elas nem existis-sem, com um sistema mul-tilink, na traseira que confe-re uma estabilidade notável. Além disso, um motor com

força em qualquer regime, um consumo excepcional-mente baixo, um sistema de navegação integrado que não nos deixa perder, um ar condicionado à altura dos 36º graus exteriores de hoje, e etc, etc, etc… 10 pá-ginas não me chegariam, se as tivesse, para vos falar deste automóvel. O Novo Classe C Coupé está à ven-da ao público a partir de: 41 035 euros - C 180 CGI BE, e 46 298 euros - o C 220 CDI BE que ensaiámos. O único problema foi ao fim do dia, depois de o entregar são e salvo, pegar no Peugëot 1.4 HDI de serviço…

Saídos de Viseu, rumá-mos ao Sátão pela estra-da antiga de Mangualde, que deixámos em direcção ao Ladário, Rio de Moi-nhos. Estamos na zona demarcada do Dão, com vinhedos por todo o lado. Pela EN 229 fomos às Ro-

mãs e desviámo-nos para uma visita ao Senhor dos Caminhos. Daí, seguimos a Aguiar da Beira e subi-mos ao planalto da Lapa onde existe o Santuário da Senhora com esse nome, a oitocentos metros de alti-tude, surgido com a desco-berta, em 1493, da sua ima-gem, debaixo de uma gran-de lapa, laje ou lapêdo, pela pastorinha Joana. Às suas espaldas, no século XVI, os Jesuítas construíram o Colégio, por onde passa-ram reitores ilustres como Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo, autor do “Elu-cidário”, o primeiro dicio-nário português e alunos tão notáveis como Aquili-no Ribeiro (ler “Uma Luz ao Longe”, 1948). Depois de uma visita ao Santuário, ho-menagem à sua padroeira e passagem pelo penedo dos penitentes, descemos à Ta-bosa onde deparámos com

o último convento femini-no cisterciense de Portugal e onde decorreu a acção do conto “Valeroso Milagre”, integrado em “Estrada de Santiago” (1921). À sua direi-ta fica Carregal, terra onde nasceu o escritor, a 13 de Se-tembro de 1885, portas aden-tro do Pátio dos Sanhudos e a montante da Igreja do Es-pírito Santo onde oficiava seu pai, o Padre Joaquim Francisco Ribeiro. Os seus primeiros anos são retrata-dos no romance aqui decor-rido, “Cinco Réis de Gente” (1948). Descemos a Vila da Ponte e subimos a Sernan-celhe, cujo primeiro foral foi atribuído a 26 de Outu-bro de 1124. Visita à Biblio-teca Abade Vasco Moreira e à Igreja Matriz construída no século XII, de costas vol-tadas para o Solar dos Car-valhos, datado do século XVIII.

O apetite despertado,

tocámos a almoçar à Sar-zeda, na Casa do Avô, do Pedro Loureiro. Acolhi-mento amistoso e simpá-tico, boas entradas, com pontuação mais alta para as feijocas, uma posta arouquesa muito apalada-da e tenra, culminada por uma tripla sobremesa de pudim de coco, abade de priscos e leite de creme. Os preços oscilam, com bebi-das incluídas, em torno dos 17 Euros. Ao fim, após um passeio pelas margens da Barragem do Távora, se-guimos ao Freixinho, pela EN 226, localidade conhe-cida pelas suas célebres ca-vacas e onde se situa o Con-vento da Nossa Senhora do Carmo, fundado em 1704 por João de Gouveia Cou-tinho. Hoje transformado em Hotel Rural, mudou de mãos recentemente. A Dª Virgínia, da Quinta de San-to Estevão, em Aguiar da

Um breve Roteiro Aquiliniano

texto e fotos ∑ Paulo Neto

A Pátio do Convento N. Srª do Carmo

Jornal do Centro29 | Julho | 201126

Page 27: Jornal do Centro - Ed489

PASSEIOS DE VERÃO

Beira sendo a nova proprie-tária, não deixa por mãos alheios os seus créditos e, propõe, diariamente um menu buffet, com entra-das variadas, prato do dia e sobremesas diversas por 8,5 Euros, numa sala re-quintadamente apresen-tada e que correspondia à antiga capela e sacristia do Convento. Todo o espaço é acolhedor e propicia um fim-de-semana idílico ou repousante, com quartos duplos a 59 Euros e indivi-duais a 49. Um bom pretex-to para um fim-de-semana revigorante a conhecer as plurais belezas e rico pa-trimónio deste tão beirão Concelho…

Infelizmente o tempo en-curtou-se rapidamente e já não pudemos degustar o consagrado cabrito assado do Restaurante Flora. Fica para a próxima visita…

As imagens têm uma elo-quência que não nos assis-te. Com elas vos deixamos, e com a certeza de que es-tes ingredientes juntos nos propiciam um dia diferen-te, variado e rico em emo-ções.

A As feijocas da Casa do Avô

A A tripla sobremesa do Pedro Loureiro

A Santuário e Colégio da Lapa

A O Pátio dos Sanhudos - Carregal

A Igreja Matriz de Sernancelhe (Séc. XII)

A Junto à Domus Municipalis de Sernancelhe

A Apetecível mesa no Hotel do Freixinho

A A antiga capela, hoje restaurante do Freixinho

A Um dos quartos do Hotel Rural

PublicidadePublicidade

Jornal do Centro29 | Julho | 2011 27

Page 28: Jornal do Centro - Ed489

culturas

VISEUFORUM VISEU (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 17h50, 21h10, 00h25*Transformers 3(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 16h40, 19h10, 21h50, 00h15*Ressaca 2(M16) (Digital)

Sessões diárias às 21h00, 00h10*Pirata das Caraibas: Por Es-tranhas Marés(M12) (Digital)

Sessões diárias às 10h50 (Dom.), 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20*Carros 2(M6) (Dob.) Digital

Sessões diárias às 11h00 (Dom.), 13h20, 15h35O Panda do Kung - Fu 2(M6) (Dob.) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 15h55, 18h20, 21h20, 23h45*Os Pinguins do Sr. Popper (M6) (Dob.) Digital

Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h30, 00h30*

O Harry Potter e os Talis-mãs da Morte Parte 2(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h10 (Dom.), 14h00, 16h10, 18h30Caçadores de Dragões(CB) (Dob.) Digital

PALÁCIO DO GELO (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 13h50, 16h30, 19h10, 21h50, 00h30Super 8(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 16h35, 18h50, 21h20, 23h30Dylan Dog: Guardião da Noite(CB) (Digital)

Sessões diárias às 10h45 (Dom.), 13h20, 16h00, 18h40Carros 2(M6) (Dob.) 3D Digital

Sessões diárias às 13h10, 15h20, 17h35, 19h50, 22h00, 00h25Professor Baldas(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h10, 00h10O Harry Potter e os Talis-mãs da Morte Parte 2(M16) 3D DigitalSessões diárias às 21h25, 00h20A Melhor Despedida de Sol-teira (M12) (Digital)Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 21h30, 23h50Hanna(M12) (Digital)

Legenda: * Sexta e Sábado

Arcas da memóriaexposVISEU

∑Instituto Piaget

Até dia 30 de Julho

Exposição “Reinventan-

do a Digressão”, de Mário

Vitória.

TONDELA

∑Museu Terras de Besteiros

Até dia 21 de Agosto

Exposição de pintura de

Alexandre Magno.

SANTA COMBA DÃO

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Setembro

Exposição “Viagem pela

História da Imprensa San-

tacombadense”.

LAMEGO

∑Museu de Lamego

Até dia 30 de Setembro

Exposição “Homenagem

às Artes Populares”,

da artista Alexandra As-

sunção Correia.

VILA NOVA DE PAIVA

∑Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até dia 31 de Julho

Exposição de escultura

“As Igrejas do Meu Con-

celho”.

roteiro cinemas

Mestre Zé Aveleira visto por Aquilino

Estreia da semana

Super 8– No Verão de 1979, um grupo de amigos na peque-na localidade do Ohio, testemu-nham um catastrófico desastre de comboio enquanto filmavam um filme em super 8 e depressa se apercebem que afinal não foi um acidente.

Destaque

“Chamam-lhe Mestre Zé”… Não passava ainda da casa dos trinta quan-do Aquilino Ribeiro, seu admirador e ami-go, com o mesmo enge-nho e arte que Mestre Zé punha no lavrar da pedra, talhava em letra de forma o vero retrato desse Boitaca de aldeia nesse humílimo e es-pantoso livro que cha-mou “ALDEIA”, onde

descreve a gesta herói-ca e sofrida dos herdei-ros dos pastores e cam-poneses que há tão pou-co tinham descido dos castros da Beira ou ain-da por lá moravam. Zé Aveleira, José da Costa Pinto de seu nome, ho-mem de bom parecer, “Sansão nazareno”, ca-belos ao jeito de Anti-noo, diz o livro, “largo de ombros” , “espí-rito atilado, tão fecun-do nos conceitos como pronto a reagir”, alvenel como outro não houve a talhar pedras em pe-dreira, a içar, cantan-do, pedraria de igreja ou casa de lavrador ou brasileiro, cantador ao desafio com aquela voz “que faria a fortuna de um tenor”, “fecundo em manha”, como Ulisses, ei-lo, esculpido em cor-

po inteiro, corpo e alma captados pelos olhos de águia de Aquilino.

De Mestre Zé, além deste retrato, ficaram de Aquilino outros dizeres. E pedras alçadas de va-randas, muros altos de cercados, arcos de igre-ja ou de capelas, e ficou a memória de seus ditos, a vida efabulada, larga família construída, uma casa levantada, pedra-ria generosa, largo eido plantado de vinha, de horta e de roseiras, he-rança, um estilo regis-tado no brando picar da cantaria, na dimensão vasta dos silhares como se fossem de muralha, nas janelas abertas para beber o ar da serra. Ei-la, em Soutosa, bela e forte, beiroa, como o chão, à beira da estrada, aberta e recolhida, de face para a rua que voltada sobre o Norte tem agora o seu nome, por memória.

Ei-la, mora lá gente que abre a porta, se ba-ter e Mestre Zé a gen-te tanto pode descobri-lo na largueza honrada da fachada, na vista que temos cá de fora, como dentro, na mansa devo-ção de uma família ou na fotografia de um Ál-bum de retratos.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

O Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, recebe ama-nhã, pelas 21h30, “The Dixie Boys”. A banda portuense caracteriza-se pela performance em palco típica dos anos 50, no visual e nas músicas.

D “The Dixie Boys”

Só o cartaz é revelador de que a edição da Feira de S. Mateus vai marcar pela di-ferença: Tony Carreira (15 Agosto), Aurea (21 Agosto), Pedro Abrunhosa (27 Agos-to), Jorge Palma (2 Setem-bro), Orelha Negra (3 Se-tembro), Orquestrada (10 Setembro). E, para cumprir a promessa da internacio-nalização do cartaz, a banda inglesa dos anos 80 James que regressa a Viseu mais de uma década depois. Já no final da feira, os franceses Nouvelle Vague (17 Setem-bro) são uma estreia.

“É um cartaz muito trans-geracional, globalizante, em que procurámos escolher muito daquilo que se faz em termos de música, procu-

rámos internacionalizar e procuramos que os jovens se voltem novamente para a Feira de s. Mateus através da diversão, do lazer e da cultura”, confirma o admi-nistrador da Expovis, José Moreira.

O ex-vereador a organizar a primeira edição sob a sua orientação, destaca ainda as alterações na arquitectura do recinto com a deslocalização do palco principal agora de costas para a Sé permitindo visualizar o coração do cen-tro histórica, uma vez que é transparente. “Recuperá-mos o projecto inicial que o Polis tinha previsto”, recor-da. Outra das novidades é a criação de um segundo pal-co “cheio de projectos cultu-

rais de Viseu”, integrado no espelho de água do recinto.

Este ano, os visitan-tes vão poder desfrutar de uma grande avenida em “L”agora mais liberta en-tre a Porta de S. Mateus, e a Porta do Sol Poente junto ao Multiusos. No rol de novida-des está a integração no re-cinto do relvado do centro comercial Forum junto ao rio, onde ficará a “Praça das Artes”.”Será um espaço de todos, mas disponibilizado para os agentes culturais que queiram intervir di-rectamente na feira. Falta-va essa abertura aos agen-tes culturais”, admite José Moreira.

Emília Amaral

Nouvelle Vague e James internacionalizam feiraNovidades∑ Dois palcos, Avenida em “L” e Praça das Artes

A Banda francesa Nouvelle Vague é uma estreia

Jornal do Centro29 | Julho | 2011

28

Page 29: Jornal do Centro - Ed489

CULTURAS

Sérgio Lucas, natu-ral de S. Pedro do Sul e vencedor da 2ª edição do programa televisivo “Ídolos”, vai apresentar o seu primeiro livro de poesia intitulado “Ca-

maleão”, com o carimbo da editora “Mosaico de Palavras”.

A apresentação está marcada para amanhã, pelas 18h00, no Auditó-rio do Balneário Rainha

D. Amélia, nas Termas de S. Pedro do Sul.

Um euro da venda de cada exemplar vai re-verter a favor das insti-tuições APPACDM, AS-SOL e APCV. TVP

O m u n i c í p i o d e Tondela adquiriu o an-tigo cinema “Cine Tejá”, para proceder a obras de remodelação.

O edifício tem mui-ta tradição na cultura e no cinema no conce-lho. Aí, vai nascer uma

oficina de construção de cenários para espec-táculos, no âmbito da candidatura realizada à Rede Urbana de Com-petitividade e Inovação – “Economias Criati-vas”, como já tinha sido avançado pelo Jornal do

Centro. A ACERT será um dos parceiros.

O projecto de requa-lif icação do edifício está já concluído, em breve vai ser lançado a concurso público para a execução das obras. TVP

Oficina de cenários cada vez mais real

Destaque

Já são conhecidos os f ilmes premiados do primeiro ano assumi-do por inteiro do Festi-val de Curtas de Viseu – Vistacurta. A cerimónia da entrega dos prémios aconteceu na Praça D. Duarte. A curta “May-be”, de Pedro Resende, arrecadou o prémio de melhor ficção e melhor filme Vistacurta 2011. “Tipografia Minerva da Beira”, de Luís Belo foi o melhor documentário, “João Torto”, melhor animação, Yann Thual o realizador. Para a ca-tegoria de melhor fil-me experimental, “Su-burbia: Somewhere_Anywhere”, de José Crúzio.

O melhor f ilme es-colar – Prémio Insti-tuto Piaget, “Book Do-mination” foi para o 1º turno da Oficina de Multimédia do 12ºQ , da Escola Secundária Alves Martins. Mafalda Matias arrecadou o

prémio da categoria Sub-21- Prémio Movijo-vem, com “A Linha de Vida”. Foram entregues ainda duas menções honrosas nas categorias de ficção e animação. Ana Seia de Matos com “O Desaparecimento do Sr. Constâncio” ganhou a primeira e Graça Go-mes com “Brincarolas” a segunda.

“À Flor da Pele”, de

Miguel Castilho foi a curta que reuniu mais votos dos cibernautas.

Para a organização do evento - a Empó-rio e o Cine Clube de Viseu – “a consolida-ção do sector cultural e criativo da região foi conseguido, através do audiovisual”.

Tiago Virgílio [email protected]

Festival de Curtas de Viseu entrega prémiosVistacurta ∑ “Maybe” é a vencedora

A Entrega de prémios ocorreu no dia 21 de Julho

Variedades

Artista sampedrense lança livroLiteratura

Jornal do Centro29 | Julho | 2011

29

Page 30: Jornal do Centro - Ed489

CULTURAS

Cul-de-Sak significa beco sem saída ou gol-pe de sorte, é também o nome da empresa de Sandra Oliveira, mento-ra do projecto dos Jardins Efémeros. A empresária identifica-se com a se-gunda definição da pa-lavra, uma vez que “vê sempre uma oportuni-dade onde há uma ame-aça”.

A primeira edição dos Jardins Efémeros, que ocorreu de 21 a 24 de Ju-lho, “revolucionou” a zona histórica da cida-de de Viseu. A ideia da mentora de 41 anos, em “querer mostrar um novo olhar da cidade, dinami-zando o centro históri-co”, foi totalmente con-seguida. “ Nem parece

que estamos em Viseu”, disse ao Jornal do Cen-tro António Vaz, um jo-vem visitante do espaço. O epicentro da novidade, a praça D. Duarte, foi cor-tado ao trânsito, os bares tinham mais gente e até os restaurantes enche-ram. A ideia foi impor-tada de Itália. “Quando fui a Milão, à feira Inter-nacional de Design, vi lá um pequeno espaço com uma instalação de árvo-res e som e decidi trans-portá-lo para a minha cidade”, explicou a tam-bém designer de interio-res Sandra Oliveira.

O passo seguinte foi contactar com a organi-zação do “Cinema na Ci-dade”, promovido pelo Cine Clube de Viseu

e já habitual em altu-ra de Verão na terra de Viriato. “Achei que esta ideia poderia comple-mentar a programação cinematográfica e as-sim atrair mais pessoas ao centro histórico que está cada vez mais mor-to a nível de movimento e de negócios, fazendo as pessoas fruir de ou-tra maneira”, contou. A parceria e a disponibili-dade da empresa “Cria Verde” foi fundamental, pelo trabalho de colocar todo o jardim, um rio e uma ponte de madei-ra na praça e de não ter cobrado nada por isso. “Vieram as plantas pré-determinadas e de for-

ma organizada”, avalia-das em 90 mil euros.

A grande aposta, pas-sava por atrair dife-rentes tipos de públi-co: “Havia velhinhos a guardar lugar para ver o concerto das guitar-ras”, disse Ana Paula. Se considerarmos que todo o projecto e a logística foi pensado desde Maio, deste ano, e posto em prática por uma ques-tão de cidadania, dirão os mais cépticos: “até nem foi mau”.

Para o ano há mais, pelo menos é a vontade de quem fruiu e de quem produziu.

Tiago Virgílio Pereira

Destaque

Castro Daire vai receber o 2º Estágio Nacional de Orquestra de Sopros. O estágio vai decorrer de 22 a 26 de Agosto de 2011 e culminará com um concerto final no Auditório do Centro Municipal de Cultura de Castro Daire.

D 2º Estágio Nacional de Orquestra de Sopros

Projecto de intervenção no espaço público foium sucessoJardins Efémeros ∑ Zona histórica teve

mais gente e mais animação, sem carros

O TEMPO E O MODOJoão Luís Oliva

Uma minoria absoluta

Não, não se vai falar de política; de autocracias ou despotismos, por mais es-clarecidos ou iluminados que sejam. O pretexto aqui é outro: esteve em exibi-ção no Teatro Viriato, de 6 a 9 de Julho, a peça de te-atro N40º3W7º5 ROSSIO, criação colectiva de mais de uma vintena de vise-enses (porque aqui vivem ou por cá circulam), com concepção, direcção e en-cenação de Fraga. Releve-se que para a maior parte dessas pessoas - também actrizes e actores da cena - este era o primeiro con-tacto com o teatro e com o palco; outros, poucos, ti-nham sido alunos do Prof. Jorge Fraga, que rege ca-deiras de expressão dra-mática na ESEV, do Insti-tuto Superior Politécnico de Viseu; isto é, o mes-mo Fraga encenador, mas agora num desempenho docente.

Ora, nem o Teatro Viriato nem Fraga são da-dos a amadorismos; nem são frenéticos voluntá-rios da “animação cultu-ral”, parceiros jantantes de folclóricas confrarias regionais ou compulsivos adeptos de experiências comunitárias, só por se-rem comunitárias. Então, como é? …

É que isto de amadores e amadorismo tem que se lhe diga, para lá das seme-lhanças etimológicas e semânticas: amador, po-dendo também referir-se a quem desenvolve uma actividade sem competên-cia ou zelo, qualifica so-bretudo um desempenho por amor, por prazer, sem dependências materiais e profissionais desse de-sempenho; e amadorismo, embora possa indicar uma prestação desinteressada, a maior parte das vezes designa uma atitude pou-co cuidada, pouco rigoro-sa; enfim, pouco conscien-te da importância que, de facto, tem. E este foi um trabalho de amadores… sem amadorismos.

Quanto ao encenador,

não se resiste a contar um pequeno, mas significati-vo, episódio, testemunha-do de perto: Raul Solnado, emblema multiforme do palco e do teatro, de férias sorrateiras em Viseu, ia assistir no IPJ a uma ses-são do Cineclube; Fraga entrou e, passando pelo actor, cumprimentou-o discretamente, sendo re-tribuído com um abraço igualmente discreto. Com tanta discrição que o ami-go que acompanhava Sol-nado, talvez temendo a sua já notória falta de me-mória (menos de um ano depois morreu), mas certo da sua gentileza em sem-pre responder a um cum-primento, segredou-lhe, a seguir: “É o Fraga; dirigiu-te no Teatro da Trindade, quando encenou O Mag-nífico Reitor.” E a respos-ta veio, imediata, com bo-nomia: “Obrigado por te preocupares com a minha velhice, mas quem algum dia trabalhou com o Fra-ga nunca o esquece; nem a ele, nem ao rigor e à com-petência do que faz. Só me surpreendeu vê-lo em Viseu mas, de facto, este ‘gajo’ tanto está bem aqui como em Nova Iorque”.

Pois bem, este é Fraga, andarilho, que pode estar em Viseu ou em qualquer outro sítio, estrangeiro em qualquer lugar, que é a me-lhor forma de se ser autóc-tone. Sempre com a cons-ciência universal de que teatro é texto e som, corpo e movimento, problemati-zação e bem-estar.

Num mundo - que não é só viseense, português ou europeu - de gosto pa-dronizado, de unanimis-mos cacofónicos e repe-tidores, num horizonte de consensos acríticos, o que vale mesmo, embora muito pouco se pratique, é pensar no que se vê e sente; no que se faz, para que se faz e como se faz. A criação artística e as prá-ticas culturais têm, aí, um lugar insubstituível; e Fra-ga é parte dessa minoria absoluta.

∑ A parte artística – arte contemporânea - esteve sempre aliada aos Jardins Efémeros. A sexta-feira foi o dia “mais forte” com “Duas Guitarras e uma Cida-de”, um espectáculo musical e vídeo num tributo à cidade. Os workshops e os contadores de histórias animaram diariamente o espaço.

Actividades paralelas

Jornal do Centro29 | Julho | 2011

30

Page 31: Jornal do Centro - Ed489

Festival Internacional de Danças Populares 1 a 7 de Agosto

textos ∑ Andreia Motagrafismo ∑ Marcos Rebelo

José

Lor

ena

especial Andanças31Jornal do Centro

29 | Julho | 2011

Coodenadas GPS: 40.787268,-8.111858A partir de Lisboa ou do Porto, apanhar a A1 e sair

na A25 em direcção a S. Pedro do Sul. Seguir a direc-ção de Carvalhais.

É possível viajar de autocarro, beneficiando do acordo Andanças/Rede-Expressos, com desconto no preço da viagem e compra a partir da loja online. A saída é em frente às bombas de gasolina, em S. Pedro do Sul, a partir das quais a autarquia disponibiliza transporte para o recinto. É mais um passo para a redução do impacto ambiental do Andanças.

Se ainda não é este ano que se consegue livrar da viagem de carro, procure no site www.deboleia.com e pesquise “andanças” – aqui poderá oferecer e pro-curar boleias para o festival.

Comochegar?

O festival inclui dois locais diferentes de acam-pamento: um comum e outro mais sossegado, ade-quada a famílias que gostam de silêncio. Há ainda um espaço para caravanas, mas que não dispõe de acesso à electricidade.

Entre as possibilidades estão também a Pousada da Juventude em S. Pedro do Sul, e o conjunto de pensões e hotéis localizados nas Termas, onde o descanso se alia a uma paisagem magnífica.

Onde dormir?

Aproveite a visita à região para conhecer os inú-meros locais de passagem obrigatória. E porque o turismo, o lazer e o conhecimento andam de mãos dadas, este é um mergulho na história e na cultura do concelho que não vai querer perder.

Mesmo ao lado de Carvalhais está a maior estân-cia termal do país: as Termas de S. Pedro do Sul, que oferecem saúde, beleza e bem-estar. A exuberân-cia natural das serras da Freita e Arada permitem usufruir das águas límpidas dos rios Vouga e Paiva e descobrir inúmeras aldeias típicas de granito e xisto, do vasto património arqueológico e dos des-portos de aventura, nomeadamente o Bioparque do Pisão. A gastronomia, cujas receitas passaram de geração em geração e promovem os produtos endó-genos, são outra área que promete fazer as delícias dos visitantes.

perder

- 7 dias de atividades - 19 horas de programação diária - 830 artistas - 135 bailes e concertos - 120 oficinas de dança - 80 oficinas para crianças - 30 países representadosN

úmer

os

• Música• Música• Danças• Danças• Relaxamento• Relaxamento• Ofi cinas• Ofi cinas• Actividades Paralelas• Actividades Paralelas• Ecologia• Ecologia• Pequenas Andanças• Pequenas Andanças

Page 32: Jornal do Centro - Ed489

ESPECIAL | ANDANÇAS

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Jornal do Centro29 | Julho | 201132

O q u e d i s t i n g u e o Andanças?O Andanças é um Fes-

tival que já está conso-lidado naquilo que é a sua essência: a dança e a música tradicional. Es-tes dois elementos são privilegiados e surgem numa comunhão que tem muito a ver com a tradição artística e com a vontade de salvaguar-

dar o que de melhor há em cada país, de modo a que também os par-ticipantes – os ‘andan-tes’- possam estar mais sensíveis para estas ar-tes. Trata-se de um en-contro multicultural a nível mundial, dado que recebe participantes dos ‘quatro cantos’ do Mun-do.

As actividades desen-

volvem-se em duas ver-tentes: os workshops são feitos durante o dia, com os melhores especialis-tas de cada conceito; en-quanto a prática se de-senvolve, noite dentro, nos bailes.

É um festival onde não se vem observar mas, fundamentalmente, par-ticipar e aprender. Daí que seja único a nível do pais.

O Andanças tem vin-do a ser diversificado ao longo das últimas edi-ções, com outras com-ponentes muito impor-tantes, nomeadamente

aquela que foi a sua ban-deira ao longo dos últi-mos anos e que outros fest iva is começaram a fazer: a preservação ambiental. Apostamos no ‘descartável zero’ e na promoção das ener-gias alternativas, além de eliminarmos os des-perdícios das refeições. Como que prevendo já a crise, adoptámos o lema de que não devemos gas-tar mais do que aquilo que são as necessidades básicas. Ao nível dos re-cursos, o consumo de água e de energia são monitorizados e há um

reaproveitamento de to-dos estes elementos.

Quais são as novidades deste ano?O festival tem como

tema uma palavra ambí-gua: a pausa. A escolha visa permitir algumas re-flexões e equacionar va-riáveis novas nas próxi-mas edições. A pausa es-tará na base de algumas conversas e palestras.

O festival vai ter novi-dades ao nível da sua or-ganização interna. Con-tinuamos a contar com muitos – cerca de mil – voluntários, mas vamos

ter alguns serviços em outsourcing. A alimenta-ção e a limpeza já são em parceria com uma em-presa, mas continuamos a contar com a ajuda dos voluntários e de alguns funcionários requisita-dos nas freguesias vizi-nhas. Por isso, mantém-se a componente de fo-mentar o negócio local.

As infra-estruturas se-rão também mais aco-lhedoras. Pela primei-ra vez, haverá zonas de lazer e de descanso com condições superiores às que havia até agora. Será alargada toda a área

Adriano Azevedo fala de um certame único. Muita música, dança e animação são esperados em Car-valhais, S. Pedro do Sul, no âmbito do Andanças, que promete receber milhares de pessoas entre os dias 1 e 8 de Agosto naquela que é a sua 16ª edição. Para Adriano Azevedo, vice-presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, entidade colaboradora do cer-tame organizado pela Associação Pé de Xumbo, este é um evento que já se afirmou na região, no país e no Mundo, sabendo responder aos desafios colocados pelo ambiente e pela sociedade.

“AoAndanças

vai-se participar

e aprender”

Hug

o Li

ma

José

Lor

ena

Page 33: Jornal do Centro - Ed489

ANDANÇAS | ESPECIAL

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Jornal do Centro29 | Julho | 2011 33

do espaço criança, com polivalência de activi-dades e vamos melhorar também a componente de apoio aos pais. Quem tem crianças em tenra idade terá ao seu dispor educa-dores e monitores.

Os chamados “Anda-mentos” vão manter-se disseminados um pouco por todas as freguesias do concelho. Através da co-laboração do CLDS have-rá novos percursos, na al-deia para fumentar e dar visibilidade aos produ-tos locais. Os visitantes, mediante uma pré-ins-crição, poderão experi-mentar, por exemplo, fa-zer broa no forno a lenha e aproveitar para partici-par numa refeição como se fazia antigamente, em que as brasas eram apro-veitadas para cozinhar outros produtos tardicio-nais. O mesmo se aplica ao mel, aos legumes, às adegas tradicionais, etc. Os próprios residentes vão disponibilizar as suas habitações e mostrar ao visitante, de uma forma pedagógica e promoven-do a produção nacional, as tarefas com que lidam diariamente.

Haverá uma maior liga-ção às Instituições Parti-culares de Solidariedade Social, que estão a prepa-rar um conjunto de mate-riais que serão usados du-rante o festival, quer para decorar alguns espaços como para o desfile final.

Será dada uma maior importância àquilo que são os concertos na Igre-ja, que decorrem a partir das 21 horas e até por volta da meia-noite e são aber-tos ao público.

O preço dos bilhetes também sofreu altera-ções. A organização de-cidiu privilegiar o terri-tório contíguo ao festival, nomeadamente os distri-tos de Viseu e de Aveiro. Na quarta-feira, todos

os residentes dos muni-cípios vão pagar apenas 10 euros, e não os 25 que custam os passes diários (crianças até aos 12 anos não pagam).

O conceito do Andanças tem vindo a crescer anual-mente. Como se explica este fenómeno de sucesso?Quem vai ao Andanças

e fica mais do que um dia, dificilmente não deixa de repetir a experiência. É diferente ir apenas à noi-te ou participar na dinâ-mica do festival. Sem se aperceberem, as pessoas, mesmo as mais introver-tidas, são integradas pe-las actividades. As pro-postas são tão diversas e simples que os andantes acabam por se envolver na dança, na música, na ginástica que se faz de manhã, nos passeios à Serra, nas propostas de aventura, sem esquecer a descoberta da zona en-volvente, como o Biopar-que e as Termas.

Este crescimento deve-se não só à fidelização de andantes como àqueles que vêm porque tomam conhecimento através dos amigos, da Comuni-cação Social, ou das re-des sociais.

As despesas também contribuem para este fac-to uma vez que os preços são bastante inferiores aos praticados noutros eventos, dado que não se paga o parque de campis-mo, os serviços de higie-ne e limpeza, as oficinas ou os bailes. A alimenta-ção também tem custos mais simbólicos.

É um festival vanguar-dista, mesmo em relação à sociedade.

Os efeitos na região são notados apenas no Verão ou prolongam-se ao longo do ano?O impacto é sentido

durante algumas fases do

ano. Há pessoas que aca-bam por regressar a S. Pedro do Sul e, na semana anterior ao festival, é fre-quente os pais virem co-nhecer o terreno e as con-dições de segurança antes de deixarem os filhos par-ticipar no festival.

Depois há outras pes-soas que voltam porque consideram que o local tem condições para a re-alização de encontros, quer seja de universida-des, escolas, empresas ou escuteiros. A própria di-nâmica do Bioparque aca-ba por ter um pouco a ver com o Andanças. Isto é bem sintomático dos efei-tos que o mesmo tem.

A vertente turística tem sido bastante valorizada…Isso deve-se ao facto de

a Região Centro ter uma grande apetência turísti-ca, quer seja pela diversi-dade do território como dos produtos. Mas o que mais atrai os turistas ac-tualmente são os even-tos e, embora já tenha-mos algumas iniciativas com projecção nacional e internacional – o Festi-val do Bacalhau, a Regata dos Moliceiros, a Feira de S. Mateus, o Festival da Paisagem, a competição internacional de surf na Figueira da Foz e Ria de Aveiro – estamos aquém do que seria desejável. Assim, é importante potenciar os nossos even-tos, para que este seja um destino de referência.

O Andanças já contri-bui em larga escala, não só por ser um festival que dura uma semana, mas pelas suas característi-cas de internacionaliza-ção, dado que atrai gru-pos de todo o Mundo, no-meadamente espanhóis, franceses e italianos, que já vêm passar oito dias no Andanças e outros tan-tos na região. Isso é mui-to importante para levar o

nome de S. Pedro do Sul, de Viseu, de Dão Lafões e do Centro a todo o país e não só.

Toda a região sai bene-ficiada e o que nos inte-ressa, em termos turís-ticos, é que tenha pulso suficiente para ser um destino de eventos e para promover os seus recur-sos endógenos.

No ano passado partici-param cerca de 20 mil visitantes. Quais são as expectativas para este ano?É difícil contabilizar o

número de participan-tes, porque independen-temente do número de dias em que estejam no certame, só contam uma vez. Depois, não são con-tabilizados os convites, os voluntários, os grupos de artistas, nem os par-ticipantes das activida-des paralelas. Tudo isso faz com que tenham sido bem mais de 20 mil os participantes.

O nosso desejo é que, independentemente do número, as pessoas apa-reçam e se sintam bem.

A preocupação ambiental, tal como já foi dito, tem sido uma prioridade. Este ano vai manter-se a moni-torização da poupança?Sim, o nosso objectivo

é apostar no aperfeiçoa-mento. Mesmo que haja um aumento de partici-pantes, temos como má-xima que cada ano tem de ter um consumo infe-rior ao anterior, quer em termos de litros de água como de electricidade.

Falou-se na possibilidade de transformar o recinto num espaço com actividades e animação permanentes. Como está esse projecto?Já esteve mais longe. A

verdade é que estão a ser dados alguns passos nes-se sentido.

Tudo depende da ver-tente f inanceira e dos projectos que existam no actual Quadro de Refe-rência Estratégico Nacio-nal. Apesar de terem sido apresentadas, sem suces-so e sem motivo cabal, duas candidaturas nos últimos anos e de a anti-ga ministra do Ambien-te ter citado o Andanças como um certame de re-ferência ao nível das boas

práticas ecológicas, ti-vemos algumas difi-culdades em avançar com o projecto.

Queremos conti-nuar a apostar nes-ta idei a pa ra que haja um espaço de

dinamização de even-tos permanentes e com

diversas filosofias, quer sejam artísticas, cul-

turais ou de ne-gócios.

tes, porque independen-temente do número dedias em que estejam nocertame, só contam umavez. Depois, não são con-tabilizados os convites,os voluntários, os gruposde artistas, nem os par-ticipantes das activida-des paralelas. Tudo issofaz com que tenham sidobem mais de 20 mil os participantes.

te ter citado o Andançascomo um certame de re-ferência ao nível das boas

práticas ecológicas, ti-vemos algumas difi-culdades em avançarcom o projecto.

Queremos conti-nuar a apostar nes-ta ide i a pa ra que haja um espaço de

dinamização de even-tos permanentes e com

diversas filosofias, quer sejam artísticas, cul-

turais ou de ne-gócios.

João

Hen

rique

s

José

Lor

ena

Page 34: Jornal do Centro - Ed489

ESPECIAL | ANDANÇAS

José

Lor

ena

José

Lor

ena

José

Lor

ena

João

Hen

rique

s

Jornal do Centro29 | Julho | 201134

Há concertos, bailes, oficinas para todos. Há danças de pares, danças de roda, em filas, ou como guiar alguém. O objectivo é usar o espaço em har-monia com os outros, im-provisar ou dançar em simultâneo com mais de 100 pessoas. As palavras ficam de fora e o ritmo é a base da partilha.

Mais de meia centena

de estilos diferentes estão disponíveis nas 120 ofici-nas de dança (num total de 30 países representa-dos).

Ao longo do dia os monitores partilharão com o público os movi-mentos e técnicas que me-lhor conhecem e, à noite, sobem ao palco para de-monstrar todo o trabalho que fazem fora do festi-

val. Na área dos espectácu-

los, os destaque vão para Al’Shams, Filho Perdi-do, as Danças Indianas, Folkzitas, Kilandukilu e Wonderful Kova M (Pro-grama Escolhas).

O salão fora do recin-to, o terreiro do mastro e as cinco tendas são os es-paços privilegiados para descobrir propostas como

os bailes do improviso, Pantomina, Les Valseu-zes, Karrosel, Magmell, Míscaros, o Baile de Val-sas Mandadas, Três Tris-tes Trilos, Baile Alentejo, Com Tradições, Toques de Caramulo, Grupo Et-nográfico “Os Espartei-ros” de Mouriscas, ou Alafum. Há ritmos para todos os gostos e para dançar noite dentro.

Dança

A música merece, tal como a dança, honras da casa no festival promovi-do pela Associação Pé de Xumbo, com o apoio da Câmara Municipal de S. Pedro do Sul, do Centro de Promoção Social de Carvalhais e da Junta de Freguesia de Carvalhais. Aos bailes juntam-se os concertos no Palco Alto e as noites animadas pelas sugestões de DJ’s. No to-tal, contabilizam-se mais de 135 propostas.

De referir são também os concertos na Igreja de Carvalhais, onde os sons confluem num ambien-te intimista. Ensemble de Música Barroca, Gui-tarra Portuguesa com João Manso, Sebastião Antunes, Os Homens da Luta, Cantares do Gerês e Pássaro de Gonçalo Mi-ragaia estão entre os con-certos previstos.

No salão, a propos-ta vai para uma maior interacção entre artistas

e espectadores. Entre os convidados estão Daniel Peces e Elisabete Pin-to, Rascanya, Karrossel, Rémi Decker, Associação Gaita de Foles, a Presença das Formigas e Si que Bra-de.

E porque a aprendiza-gem nunca é demais, os andantes terão a opor-tunidade de partilhar e aprofundar conhecimen-tos nas oficinas de instru-mentos. O adufe, a gaita-de-foles, a gaita miran-

desa e transmontana, os instrumentos de cordas profissionais, a pandei-reta tradicional galega, a percussão portuguesa e do sul de Itália poderão ser descobertos ao longo do festival.

E não se surpreenda se, de repente, encontrar um grupo a tocar de forma espontânea. As Jam Ses-sions são já uma tradição. Traga o seu instrumento de eleição e participe”.

Música

Pensar o corpo de uma outra forma é o desa-fio lançado nas oficinas meditativas e de relaxa-mento, onde se procura encontrar o equilíbrio de cada um. Nas oficinas de expressão o objectivo é outro: serão partilhadas técnicas que servem para

aprender a fazer, cons-truir, ou tal como o nome indica, exprimir. As pro-postas são variadas pas-sando pelo teatro, artes plásticas, técnicas de ma-labares, construção de origami, bricolage, entre outras.

RelaxamentoA Pausa, tema desta edi-

ção do Andanças, convi-da ao descanso e à partilha de experiências e de Pala-vras. Parar para reflectir. Conversas e debates, con-tos à fogueira, animações de rua... Mas há uma no-vidade: o cinema ao ar li-vre, que pretende recupe-

rar uma prática antiga das aldeias, mas recorrendo às tecnologias actuais. A fa-chada da Igreja foi o local escolhido para a activida-de.

Os contos e as histórias também prometem marcar presença, através dos se-rões em redor da fogueira.

A Palavra

A pausa é a base também para o convívio com a re-gião envolvente. Assim, há passeios, sessões de contos e actividades agrícolas na aldeia de Carvalhais, com o intuito de criar oportu-nidades para conhecer as pessoas e os produtos lo-cais. Há ainda saídas para

descobrir aves silvestres, plantas medicinais e para aulas de fotografia ao ar li-vre.

Os Andamentos mantêm-se como parte estruturante da programação. Desco-brir a região, conviver e saborear as vivências das populações estão entre as

oportunidades dadas aos participantes. Desta vez, as propostas são as saí-das para as aldeias de Ma-nhouce, Rompecilha e Fu-jaco, a 2, 4 e 6 de Agosto, respectivamente.

De salientar que, pela primeira vez, num dos sete dias do festival e em

nome da boa vizinhança, os residentes dos distri-tos de Viseu e Aveiro vão poder entrar no recinto a um preço mais acessível. No dia 3 de Agosto (quar-ta-feira) será cobrado um bilhete de apenas 10 euros (o bilhete diário custa 25 euros).

Passeios

O Andanças é um festi-val para todas as idades e que não esquece a presença de crianças e jovens.

As actividades para crianças, que são mais de 80, decorrem no Espaço Criança, no Carvalhal, um espaço aberto, rodeado de natureza, com quatro ac-

tividades em simultâneo, onde pais e filhos podem participar e também no Salão, que constitui um es-paço abrigado, para activi-dades mais sossegadas… ou não.

Yoga para crianças, ofi-cinas de dança e expres-são, construção de instru-

mentos, espectáculos, con-tos e bailes, são alguns dos exemplos.

Destaque também para a Casa dos Sonhos, onde os mais novos podem des-cansar enquanto os pais aproveitam a programa-ção diversificada e tenta-dora.

q çPequenas Andanças

Page 35: Jornal do Centro - Ed489

SENTEM-SE EM CASA,SENTEM-SE BEM.

EMBEIRALVIDA

RESIDÊNCIA HOSPITALAR

Fale connosco!Temos soluções à medida, ajustadas a cada caso.

COM TOTAL DEDICAÇÃO E CARINHO,OS SEUS AVÓS,

Page 36: Jornal do Centro - Ed489

saúdeHospital de Viseu faz divulgação mensal de dados desde AbrilMedida∑ Ministro da Saúde exige dados mensais de gestão dos hospitais e centros de saúde

Para a administração do Hospital S. Teotónio “não traz qualquer novidade”, a medida anunciada pelo Governo de os hospitais e centros de saúde pas-sarem a ter que disponi-bilizar mensalmente in-formação de gestão sobre o seu desempenho. Luís Viegas, relações públicas da unidade hospitalar de Viseu adiantou ao Jor-nal do Centro que “já era enviada todos os meses, por indicação da tutela, a execução orçamental”, desde 1 de Abril deste ano, altura em que o S. Teotónio passou a Cen-tro Hospitalar Tondela Viseu.

O ministro da Saúde anunciou na terça-feira, que quer os hospitais e centros de saúde a dispo-

nibilizar mensalmente in-formação de gestão sobre o seu desempenho.

Paulo Macedo assumiu assim “o compromisso do Governo” de divulgar mensalmente a informa-

ção de gestão sobre o de-sempenho das institui-ções, como taxas de rein-ternamento ou rácio entre consultas e urgências. O desempenho assistencial medido pela demora mé-

dia será outro dos indica-dores, bem como as taxas de poupança nas rúbricas de custos mais elevados.

Emília Amaral/[email protected]

A Casa da Cultura de Santa Comba Dão aco-lhe uma campanha de recolha de sangue, quar-ta-feira, dia 3 de Agosto, das 9h00 às 12h30 e das 14h30 às 17h30.

A organização lem-bra que podem doar sangue todas as pesso-as saudáveis, com peso igual ou superior a 50

quilos com idade com-preendida entre os 18 e os 65 anos, sendo para uma primeira dádiva o limite de idade de 60 anos.

A doação de sangue por mulheres pode ser feita de quatro em qua-tro meses. Os homens podem doar sangue de três em três meses.

Recolha de Sangue em Santa Comba

A Administração do Centro Hospitalar Tondela Viseu concorda mas “não é novidade”O g i n á s io Viva f i t Viseu acaba de lançar a campanha “Cuide de si este Verão”.

Com esta iniciativa o Vivafit permite a quem se increver no ginásio até 31 de Julho, começar a pagar só em Setembro. A primeira mensalida-

de surge como oferta, havendo ainda descon-tos especiais no valor da inscrição.

O vivaf it , uma das maiores redes de giná-sios nacional, f ica na Rua Mestre António Nelas, em Marzovelos/Viseu.

Vivafit lança campanha de Verão

Jornal do Centro29 | Julho | 201136

Page 37: Jornal do Centro - Ed489

SAÚDE

Radiação Ultravioleta com nível muito alto

Desde terça-feira que praticamente todo o restante território por-tuguês, inclusive o dis-trito de Viseu, tem apre-sentado um valor muito alto de radiação ultra-violeta (UV), de acor-do com o Instituto de Meteorologia (IM) cita-do pela Agência Lusa.

A exposição ao sol deve ser evitada sensi-velmente entre as 11h00 e as 16h00.

No nível muito alto, o IM aconselha a utili-zação de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, protetor solar e guarda-sol devendo também evitar-se a ex-

posição das crianças ao Sol, conselho que é alar-gado a toda a população no caso de nível extre-mo.

A radiação ultravio-leta pode causar graves prejuízos para a saúde se

o nível de UV exceder os limites de segurança, de acordo com o IM.

O índice desta radia-ção apresenta cinco ní-veis, entre o baixo e o extremo, consoante o ín-dice, que chega ao 11.

800 202 669SOS VOZ AMIGA

Implantesdentários

Opinião

Pedro Carvalho GomesMédico Dentista

Clínica Médica Dentária de Viseu, Supreme Smile

A implantologia é uma especialidade da Medicina Den-tária que possibili-ta repor dentes per-didos na cavidade oral, conferindo ao paciente uma sensa-ção de dentes natu-rais com quase total ausência de perío-dos de adaptação a um corpo estranho. A perda dentária de um ou dois dentes pode ser corrigida com a uti l ização de implantes den-tários, acabando com a necessidade de desgastar den-tes saudáveis para a elaboração de uma ponte f ixa sobre dentes. O implante dentário colocado na estrutura óssea dos maxilares fun-ciona como uma nova “raiz” (porção invisível do dente) onde, uma coroa met icu losa men-te elaborada, é co-locada repondo a estrutura dentária em falta. Por outro lado, quando a per-da dentária é mais extensa, a utilização de implantes den-tários possibilita o abandono das tra-dicionais próteses dentárias esquelé-ticas e acrílicas, que por vezes são causa de grande descon-forto para o pacien-te. Com a colocação de implantes existe não só uma mudan-ça estética drástica como um aumento da capacidade mas-tigatória.

Sabia que um pa-ciente tota lmen-te desdentado, re-abilitado com duas próteses tradicio-nais, só possui 1/3 da capacidade mas-tigatória que pos-suiria se essas mes-mas próteses esti-vessem suportadas por implantes den-tários?

A A imagem corresponde às previsões da semana

País∑ Calor que atinge o país obriga a medidas apertadas alerta o IM

Font

e: In

stit

uto

de M

eteo

rolo

gia

Jornal do Centro29 | Julho | 2011 37

Page 38: Jornal do Centro - Ed489

SAÚDE

A letargia da União Europeia e a E coli

Opinião

Assistimos nos dias de hoje a um profundo e galo-pante problema económico que se vai alastrando a toda a União Europeia, tardando esta em implementar medi-das concretas e assertivas para poder suster esta vaga especulativa.

De facto, em termos ali-mentares este último episó-dio em redor da bactéria E coli é a prova concreta que em mais um assunto algo delicado, a União Europeia não conseguiu dar uma res-posta cabal e atempada a esta situação. Se bem se re-cordam as autoridades ale-mãs apressaram-se a res-ponsabilizar os produtores espanhóis, afirmando que esta bactéria foi detectada em pepinos. Posteriormente e após estudos mais detalha-dos, o surto parecia estar cir-cunscrito a uma quinta ale-mã de produção de rebentos de soja em regime biológi-co, estando as mortes asso-ciadas ao seu consumo num restaurante alemão. Em face deste episódio e na busca in-

cessante de possíveis fontes da sua presença, esta foi ain-da detectada em hambúr-gueres franceses, comer-cializados por uma cadeia de distribuição alimentar, tendo-se agora chegado à conclusão que a sua origem está nas sementes de feno grego importadas do Egipto para a produção de soja. No caso português esta situa-ção acarretou enormes pre-juízos para os horticultores - o quilo de pepino chegou a ser vendido a 3 cêntimos. Assim importa perguntar, por quem e quando vão ser pagos estes elevados prejuí-zos? Vamos aguardar…

A bactéria E coli é um dos microrganismos mais estu-dados e parece possuir algu-ma capacidade de adaptação a diferentes alimentos, em particular a estirpe O104H4 causadora deste surto. No entanto, importa referir que este microrganismo patogé-nico encontra o seu habitat de preferência no trato in-testinal humano e nos ani-mais de sangue quente. Des-

te modo a sua presença em alimentos constitui por nor-ma um parâmetro de avalia-ção das condições higio-sa-nitárias dos manipuladores, dos utensílios, dos locais de transformação, bem como de toda a cadeia alimentar. Apesar de sermos porta-dores de E coli nos nossos intestinos, conseguimos conviver com normalida-de com esta bactéria. Esta situação modifica-se radi-calmente quando a sua con-centração excede por nor-ma 1.0 x 102 UFC/g ou ml (100 microrganismos por grama ou mililitro de ali-mento). A partir desta con-centração o nosso sistema imunitário tem dificulda-de em combater e travar o seu avanço o que despoleta uma intoxicação alimentar que poderá causar a mor-te.

Em face da legislação ali-mentar apertada existen-te na União Europeia, que visa o controlo de toda a cadeia alimentar, também conhecida como a políti-

ca “do prado ao prato” ba-seada em boas práticas de produção, transformação, bem como do seu respec-tivo controlo, este episódio não poderia ter ocorrido. Algo falhou neste aperta-do controlo. O surgimento desta política de controlo alimentar tem até aos dias de hoje um forte enfoque nos produtos alimentares de origem animal, tendo-se de algum modo menos-prezado toda a componente vegetal.

A par deste suposto con-trolo, verifica-se ainda que as populações nórdicas au-mentaram substancialmen-te a ingestão de produtos frescos na sua alimentação diária. Neste sentido, impor-ta deixar ficar vertidas algu-mas recomendações a fim de poder minimizar futuras situações. Por um lado de-vemos recorrer a produto-res e estabelecimentos que demonstrem de forma evi-dente que os seus produtos são controlados, por outro devemos pugnar por uma

desinfecção obrigatória dos alimentos de origem vege-tal antes da sua ingestão ou pelo seu processamento tér-mico no caso particular dos rebentos de soja.

O processo mais eficaz, de fácil aplicação e ampla-mente utilizado na obten-ção por exemplo de água potável, é a adição de cloro (hipocloríto de sódio, tam-bém conhecido por lixívia). A aplicação de pastilhas de cloro para a desinfecção de frutas e legumes é uma prá-tica recorrente nos restau-rantes. Nas nossas casas, no caso de não ser possível a sua aquisição, podemos ainda recorrer a produtos já comercializados para esse fim, cujo princípio re-cai na mesma substância (hipocloríto de sódio). No caso de não ser possível a sua aquisição, uma colher de sobremesa de lixívia por cada 10 litros de água resol-ve esta situação, devendo os alimentos aí repousarem durante 15 minutos, e serem posteriormente lavados em

água corrente.Deixo ficar aqui vertida,

uma simples prática ao al-cance de todos, que no caso de ter sido correctamente aplicada numa das fases do processo de produção de rebentos de soja, certa-mente poderia ter evitado não só os enormes prejuí-zos económicos, mas fun-damentadamente as mor-tes. São simples procedi-mentos como estes que os responsáveis por estas áre-as na União Europeia deve-riam ter disseminado com enorme celeridade. Tam-bém aqui pecámos por res-postas prontas e imediatas a um problema europeu e que continua a provocar mortes.

Em face deste episódio encontra-se proibida a im-portação de sementes, re-bentos e legumes do Egipto, até 31 de Outubro.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

Jornal do Centro29 | Julho | 201138

Page 39: Jornal do Centro - Ed489

SAÚDE

DECO alerta para a falta de legislação sobre tatuagens e pírcinguesEstudo∑ Maior consciência por parte dos profissionais, mas há ainda falta de interesse do estado de saúde dos clientes

Em Portugal não exis-te legislação sobre tatua-gens e pírcingues. O bom senso dos profissionais é a única garantia do clien-te ao falarem sobre os riscos, os cuidados e as contra-indicações para a saúde, uma prática que, segundo a DECO, não é seguida no país, revela a Agência Lusa.

A Associação Portu-guesa para a Defesa dos Consumidores (DECO) fez 46 visitas, durante os meses de Fevereiro e Março, a 29 estabeleci-mentos que exercem a actividade de realização de tatuagens e/ou pírcin-gues nas áreas da Grande

Lisboa e do Grande Por-to e concluiu que houve poucas melhoras desde o último estudo realiza-do em 2005.

“O presente estudo mostra maior consciên-cia por parte dos profis-sionais, que melhoraram na indicação dos possí-veis riscos para a saúde (…). Porém continuam a manifestar falta de in-teresse generalizada em apurar se o estado de saú-de do cliente é adequado para enfeitar o corpo”, lê-se no artigo da DECO, publicado na última edi-ção da revista “Teste Saú-de”.

Segundo a DECO, ne-

nhum dos profissionais contactados quis saber o estado de saúde do clien-te, apenas 18 indicaram bons cuidados de cicatri-zação e oito tatuadores afirmaram que o proces-so é indolor ou fugiram à questão.

A associação lembra que “quem sofre de doen-ças de pele, como a pso-ríase, alergias a pigmen-tos de tinta, ao metal das agulhas ou ao níquel dos brincos não deve fazer ne-nhuma das intervenções”, enquanto as “tatuagens estão interditas a hemofí-licos e epilépticos”.

Emília Amaral/Lusa A DECO conclui que houve poucas alterações desde 2005

FORLIFE ORGANIZA TORNEIO DE JIU-JITSU

O ForLife Desporto, Bem-estar & SPA, no Palá-cio do Gelo Shopping, em Viseu, promove no próxi-mo sábado, dia 30, a partir das 11h00, o 1º Torneio de Jiu-Jitsu ForLife (arte mar-cial de origem japonesa). A iniciativa pretende co-memorar o segundo ani-versário da prática da mo-dalidade naquele ginásio.

O 1º Torneio de Jiu-Jit-su ForLife contará com a presença de praticantes de todo o país, bem como de Valécio Senna, o director técnico da Escola de Lu-tas Senna, no Rio de Ja-neiro, que conta, no seu palmarés, com os títulos de campeão mundial e pan-americano desta arte marcial.

A acção decorre no piso 0 do Palácio do Gelo Shop-ping e a entrada é livre. Os primeiros combates estão agendados para a parte da manhã, estando o perío-do da tarde reservado às finais.

DR

Jornal do Centro29 | Julho | 2011 39

Page 40: Jornal do Centro - Ed489

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

CATARINA DE AZEVEDOMorada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email [email protected]

CARLA MARIA BERNARDESMorada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295JOÃO MARTINSMorada Rua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ANTÓNIO M. MENDESMorada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDEJOSÉ MIGUEL MARQUESMorada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email [email protected]

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Man-teiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morce-la como fazem nas Aldeias, Feijo-cas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 15 euros. Mora-da Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observa-ções Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Mo-rada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefo-ne 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos. Folga Terça-feira. Preço médio refeição 8,50 euros. Morada Quinta da Rama-lhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 962 723 772. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE BELOS COMERES (ROYAL)Especialidades Restaurantes Ma-risqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, bapti-zados, convívios, grupos.

TELHEIRO DO MILÉNIOQUINTA FONTINHA DA PEDRAEspecialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Do-mingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, bapti-zados e outros eventos) e Domin-gos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515-016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE A COCHEIRAEspecialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Ob-servações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Fol-ga Sábado (excepto Verão). Pre-ço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

RESTAURANTE EIRA DA BICAEspecialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Fol-ga 2ª Feira. Preço médio refei-ção 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilhari-gues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMARESTAURANTE SANTA RITAEspecialidades Bacalhau Espiri-tual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Fol-ga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fáti-ma. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http://santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresenta-ção do Jornal do Centro 5% des-conto no total da factura.

GUIA DE RESTAURANTES

ADVOGADOS / DIVERSOSIMOBILIÁRIO

VENDE-SET1 Jtº. Cidade c/pré – inst. A/C, estores elétricos, garagem c/ portão automático. 120.000,00€T. 969 090 018

T2 Dpx Qtª. Bosque novo c/ lareira, aquec. central, cozinha equipada, gara-gem. 170.000,00€917 921 823

T2 Qtª. Bosque c/ aquec. completo, lareira, arrumos, pré – inst. A/c, gara-gem, novo. 132.500,00€914 824 384

T3 Abraveses c/lareira, aquec. com-pleto, A/c, cozinha equipada, arrumos. 70.000,00€ 969 090 018

Moradia c/ cozinha equipada, aquec. completo, arrumos, churrasqueira. 180.000,00€917 921 823

Moradia c/450m2 área, aquec. central, copa, escritório, estores elétricos, chur-rasqueira. 200.000,00€914 824 384

IMOBILIÁRIOARRENDA-SET3 c/ 130m2 área, cozinha mob. e equipada, varandas, roupeiros, aquec. central. 360,00€969 090 018

T2 c/cozinha mob. e equipada, centro cidade, aquec. central, arrumos. 275,00€917 921 823

T2 c/boas áreas, todo mobilado, cozinha equipada, arrumos, Centro Cidade. 325,00€914 824 384

Moradia c/boas áreas, garagem, arrumos, varanda, logradouro. 300,00€ 969 090 018

T1 a 2 min. Cidade c/ cozinha equipada, boas áreas, roupeiro, boa exposição solar. 200,00€917 921 823

Moradia c/ cozinha equipada, aquec. completo, escritório, garagem p/5 carros, churrasqueira. 600,00€914 824 384

Moradia c/ aquec. completo, painéis solares, cozinha equipada, logradouro. 500,00€969 090 018

T4 Duplex c/ 200m2, cozinha mobilada e equipada, arrumos, centro cidade. 400,00€917 921 823

T2 c/110m2 área, cozinha equipada, aquec. completo, terraço, óptimo estado. 275,00€ 914 824 384

T0 Campo, quarto mobilado, cozinha equipada, boas áreas. 150,00€969 090 018

Moradia c/330m2, aquec. completo, lareira, cozinha equipada, churras-queira. 650,00€ 917 921 823

AS

CLASSIFICADOS Jornal do Centro29 | Julho | 201140

Page 41: Jornal do Centro - Ed489

EMPREGOEmpresa Multinacional em Viseu está a selecionar vendedores. Se és trabalha-dor e ambicioso, com vontade de vencer envia o teu currículo para o Jornal do Centro: ref. JC-484

Para o Distrito de Viseu. Empresa de Distribuição procura profissionais na área de vendas.T. 232 951 168

Centro de Emprego de TONDELA(232 819 320)

Empregado de mesa com formação ou experiência (prefe-rencial). Carregal do Sal – Ref. 587765894

Impressor de “offset” c/ expe-riência. Carregal do Sal – Ref. 587765814

Marceneiro c/experiência na área. Carregal do Sal – Ref. 587771391

Soldador por pontos com ou s/experiência. Carregal do Sal – Ref. 587769936

Copeiro preferência por candi-dato com experiência. Mortágua – Ref. 587768750

Cozinheiro com experiência profissional. Mortágua – Ref. 587768754

Empregado de mesa. Pretende-se candidato com expe-riência ou formação na área. Mortágua – Ref. 587768761

Empregado de quartos – hotelaria preferência por candi-dato com experiência. Mortágua – Ref. 587768748

Recepcionista de hotel. Pretende-se candidato com expe-riência ou formação na área e domínio de línguas. Mortágua – Ref. 587768776

Trabalhador florestal com experiência na limpeza de matas. Mortágua – Ref. 587770846

Carpinteiro de limpos com experiência profissional como carpinteiro/a de limpos, para de uma forma autónoma colo-car forro de madeira e outros elementos de carpintaria. Santa Comba Dão – Ref. 587765599

Empregado de mesa pode não ter experiência e que ajude tam-bém na cozinha (part-time: 2h/dia). Santa Comba Dão – Ref. 587757499

Engenheiro agrónomo / Arq. Paisagista. Santa Comba Dão – Ref. 587764799

Marteleiro com experiência mínima de 2 anos. Santa Comba Dão – Ref. 587772064

Cabeleireiro praticante de cabe-leireiro c/carteira profissional. Tondela – Ref. 587757565

Costureira, trabalho em série. Pessoas com experiência. Tondela – Ref. 587768480

Impressor de “offset” c/ expe-riência na área. Tondela – Ref. 587768257

Pedreiro de acabamentos com experiência. Tondela – Ref. 587766379

Servente - Construção civil e obras públicas. Candidato com ou s/experiência. Tondela – Ref. 587773490

Centro de Emprego de LAMEGO(254 655 192)

Enfermeiro. Tabuaço – Ref. 587759441

Serralheiro civil. Elaboração e montagem de estruturas metálicas (metalomecânica em geral). Moimenta da Beira – Ref. 587762479

Praticante de cabeleireira (com carteira profissional e pelo menos 1 anos de experiência): lavar; pentear; frisar; etc. Folgas: domingo e 2ª feira. Ordenado: 485.00 euros. Lamego – Ref. 587763573

Pedreiro. Lamego – Ref. 587767580

Servente - construção civil e obras públicas. Lamego – Ref. 587767587

Servente - construção civil e obras públicas. S. João da Pesqueira – Ref. 587771114

Geólogos e geofísicos. Armamar – Ref. 587771891

Condução de máquinas gira-tórias e retroescavadoras, com experiência e carteira pro-fissional. Sernancelhe – Ref. 587772954

Desenhador criador industrial. Lamego – Ref. 587773571

Designer gráfico para con-cepção e desenvolvimento de trabalhos gráficos diversos. Lamego – Ref. 587773590

Chefe de secção com 12º ano ou recém-licenciados com experien-cia em gestão de loja e liderança de equipas. Lamego – Ref. 587774086

Empregado de mesa. Moimenta da Beira – Ref. 587774458

Escriturário - Seguros (aten-dimento ao público e gestão de carteira de seguros, com carta de condução e no mínimo com o 12º ano). Lamego – Ref. 587775154

Pedreiro. Tarouca – Ref. 587775159

Servente - Construção civil e obras públicas. Tabuaço – Ref. 587775644

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL

(232 720 170)Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Serralheiro mecânico / traba-lhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Serralheiro civil. Deve ter experiência em ferro ou alu-mínio. São Pedro do Sul – Ref. 587758487

Empregada doméstica - casas particulares, com carta de con-dução. São Pedro do Sul – Ref. 587759222

Moto-serrista com experiência. Castro Daire – Ref. 587761907

Electricista com conhecimento de electricidade de baixa tensão. Castro Daire – Ref. 587762605

Carpinteiro de limpos. Castro Daire – Ref. 587764126

Servente - Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587754640

Costureira, trabalho em série. Vouzela – Ref. 587753835

Centro de Emprego de VISEU

(232 483 460)Electromecânico de AVAC. Viseu – Ref. 587773746

Licenciado em Economia ou Gestão de Empresas. Viseu – Ref. 587773742

Condutor manobrador de espa-lhador de betuminoso e/ou de moto niveladora. Viseu – Ref. 587774552

Cozinheiro. Bodiosa – Ref. 587772430

Empregado de Mesa. Bodiosa – Ref. 587772433

Auxiliar de limpeza. Bodiosa – Ref. 587772434

Administrativo com curso na área da gestão de empresas. Viseu – Ref. 587772585

Ladrilhador. Viseu – Ref. 587773793

Pedreiro. Viseu – Ref. 587773805

Pintor da construção civil. Viseu – Ref. 587773808

Motorista Internacional – Ref. 587774763

Técnico de vendas (imobiliária). Viseu – Ref. 587775042

Técnico de Vendas (área da construção civil - caixilharia). Distrito de Viseu – Ref. 587775195

Técnico de Vendas. Viseu – Ref. 587770785

Cozinheiro. Mangualde – Ref. 587771514

Pedreiro. Viseu – Ref. 587739175

CLASSIFICADOS

EMPREGO & FORMAÇÃOOFERTAS DE EMPREGO

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

ZÉ DA PINHAVende PinhaEntrega em casa

junto ao grelhador e à lareira.T. 967 644 571

ACÇÃO DEFORMAÇÃOEM ASSISTENCIAA SINISTRADOS

Os Bombeiros Volun-tários de Canas de Se-nhorim, vão promover uma acção de formação em Socorrismo durante o mês de Setembro.

Esta acção de forma-ção, de 21 horas, destina-se a todas as pessoas in-dividuais ou colectivas e visa dotar os formandos de conhecimentos teóri-cos e práticos que lhes permitam ministrar a primeira assistência a sinistrados.

A inscrição pode ser feita através do e-mail: [email protected]

GESTÃODE EMPRESASEM REGIMEPÓS-LABORAL

A Escola Supe-rior de Tecnologia e Gestão de Viseu (ESTGV) do IPV abre no próximo ano lectivo o curso de Gestão de Em-presas em regime pós-laboral.

“Este curso, idên-tico ao de Gestão de Empresas diurno, vem ao encontro das expectativas de muitos candidatos que há muito ansia-vam por ele”, adian-ta a direcção da es-cola em comunica-do.

A E S T G V t e m agora disponíveis dois cursos em re-gime pós-laboral ou nocturno, Con-tabilidade e Admi-nistração, com 40 vagas e Gestão de Empresas, com 35 vagas.

As candidaturas ao ensino superior decorrem até de Agosto.

NOVASESPECIALIZAÇÕES NA ESCOLA DE NEGÓCIO DAS BEIRAS

A Escola de Negócios das Beiras (ENB), em Viseu, em parceria com o Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA) vai promover os pós-graduações em Cisco Networking, Estratégia Empresarial: Liderança e Decisão, e Gestão de Re-cursos Humanos.

Em Parceria com o IPAM e com o objecti-vo de “reforçar a oferta na área do marketing, a ENB disponibiliza tam-bém as pós-graduações em Direcção Comercial e Vendas, Marketing Di-gital e Marketing Mana-gement.

Os seis cursos desti-nam-se a bacharéis, li-cenciados e/ou pessoas com experiência profis-sional relevante na área, sendo a candidatura va-lidade pelas respectivas instituições.

As inscrições estão abertas até 21 de Outubro, estando o arranque das especializações previsto para Novembro.

Jornal do Centro29 | Julho | 2011 41

Page 42: Jornal do Centro - Ed489

Estelina Maria Pais, 78 anos, viúva. Natural de Canas de Senhorim, Nelas e residente Póvoa da Pegada, Beijós, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 18 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Beijós.

António da Conceição de Brito, 71 anos, casado. Natural de Ferreirós, Tondela e residente Pardieiros, Beijós, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 18 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Beijós.

António de Figueiredo Abreu, 65 anos, casado. Natural de Currelos, Carregal do Sal e residente Parada, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 27 de Julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Currelos. Agência Funerária São BrásCarregal do Sal Tel. 232 671 415

Clementina de Ascensão, 91 anos, viúva. Natural e residente em Póvoa de Cervães, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 21 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Póvoa de Cervães.

David Soares, 86 anos, viúvo. Natural e residente em Contenças de Baixo, Santiago de Cassurães, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 26 de Julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Santiago de Cassurães.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Marco Filipe do Bento Lourenço, 28 anos, solteiro. Natural de Alenquer, Lisboa e residente em Vila Nova, Ventosa, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 23 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Ventosa.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Ernesto da Costa Coelho, 80 anos. Natural e resi-dente em Vila Nova, Campo. O funeral realizou-se no dia 24 de Julho para o cemitério de Campo.

António Ferreira Lino, 82 anos. Natural de São Cipriano e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 26 de Julho para o cemitério de novo de Viseu.

Agência Horácio Carmo & Santos, Lda.Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251

Maria Rosa Monteiro Fernandes da Silva, 53 anos, casada. Natural de Viseu e residente em S. José, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Viseu.

Hermínia Coelho do Anjos, 68 anos, solteira. Natural de Oliveira de Barreiros, São João de Lourosa e residente no Lar de S. Caetano, em Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Oliveira de Barreiros.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Fernanda Maria Silva Barreiros, 83 anos, viúva. Natural de S. Pedro de France, Viseu e residente em Caçador, Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Barbeita.

Delf im Monteiro Gonçalves, 74 anos, casado. Natural de Fragosela e residente em Espadanal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de Julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Fragosela.

Georgina Virtudes Alvaredo Martinez Mira, 98 anos, solteira. Natural de Lisboa e residente em Couto de Cima, Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de Julho, pelas 11.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Jorge Rafael Pereira Oliveira, 19 anos, solteiro. Natural e residente em Fragosela, Viseu. O funeral realizou-se no dia 26 de Julho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Fragosela.

Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

Maria de Jesus Ribeiro, 78 anos, casada. Natural de Pepim, Castro Daire e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Maria das Dores Marques, 82 anos, casada. Natural de Couto de Cima e residente em S. Cosmado, Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Couto de Cima.

Agência Funerária de FigueiróViseu Tel. 232 415 578

Maria do Patrocínio Rodrigues Bernardo, 93 anos, viúva. Natural de Rio de Loba, Viseu e residente em França. O funeral realizou-se no dia 22 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba.

Alcino Almeida Cardoso, 59 anos, casado. Natural de Parada de Ester, Castro Daire e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 23 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Parada de Ester.

Filomena da Conceição Pina, 82 anos, viúva. Natural de Lamego e residente em Cavernães, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Cavernães.

Manoel da Silva, 85 anos, casado. Natural de Repeses, Viseu e residente em Ranhados. O funeral realizou-se no dia 28 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Repeses.

António Alves da Silva Cardoso, 85 anos, viúvo. Natural e residente em Povolide. O funeral realizou-se no dia 28 de Julho, pelas 18.30 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA INSTITUCIONAIS

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 489 de 29.07.2011)

Jornal do Centro29 | Julho | 201142

Page 43: Jornal do Centro - Ed489

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu. Ou então use o email: [email protected] cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir iden-tificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selec-cionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

DEscreva-nos para:

FOTO DENÚNCIA

O registo do desepero de quem passa pelo IP3 e esbarra com obras nas pontes sobre a Barragem da Aguieira e em San-ta Comba Dão. As obras obrigam à circulação em sentido único e as filas tornam-se infindáveis.

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

HÁ UM ANO

Nins

Anunciou esta semana u

timento de 13 milhões de e

obras para o concelho nas

educação, ambiente, estra

vas tecnologias. É um inve

significativo em infra-es

destinadas à qualidade de

Carlos Marta

Presidente da Câmara

Municipal de Tondela

À conversaQuais são os resultados do estudo

sobre a saúde oral dos jovens da

região Centro?

Em termos de conclusão podemos

dizer que, um em cada cinco

adolescentes não escova os dentes.

Isso é mau ou muito mau?

É péssimo. Só um quatro dos

adolescentes (25%) escova os

dentes duas ou mais vezes por

dia. Uma outra nota, para dizer

que é espantoso, que 20% dos

adolescentes não fazem ideia do

que é o fio dentário.

O que mais o surpreendeu?

Esta questão do fio dentário.

Já encontrou razões para isso?

Provavelmente nunca ouviram

falar. Carlos Pereira, coordenador

do estudo sobre a saúde oral

dos jovens da região Centro

AAAAAnAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA unnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnciciiciiciiiicciciciciicccciccccicicciicciccicciiicccccciiciccciiccccicciooooooooouoooooooooooooooooooooooooooooooooooooo esta semanaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa uuuu uuuuu uuu

tttiititiittttiittititititiittiitiiiiiiitiimmmmmmmmmmemmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm nto dddddddeededdddddddedddddddedddddeeeeedddeeeeeedeedee 13 milhões deeeeeee ee

oooobbbobbbooobobobbbboobbbooobbboobooobbbobobooobbbbrrrarararaaaarrrrrraaarrrrararrrraraarrrraarrrraarrraraarrraaas para o concelhhlhhlhhhhhhlhhhhhlhhlhlhhhhhhhhhhhhhhlhhhhhhhllhhhhhhhooooooooooooooooooooooooooooooo ooooooooooooooooooooooooooo nnnnnnannnananas

eeeededddddddeedddddddddeeedddddddeeeeeedddddddeeddddeeeededddddeeeddddddddeeeeeddddddddeeeddddeeedddddeedddddduuuuuuuucucucucuuuuuuccuccuuuuucuccucuuuuccuuuucccuuucuuuuuucaaaaaçaaaaaaaaaaaaaaaaaçaaaa ão, ambienteeeeeetteeeeeeteteeeeetteeetteeeetteeeeettteeeeeeettteeeeee, ,,,,, ,,,,,,,,,, eeeseeseseeeeee trtra

vvvvvvvaaaaaaavvvvvvaaaaaaaavvvaaaaavvvvvaaaaavvvaaavvvvaaaaavavaaaaaavaaassssss sssss ssss sss ssssssssss tttetttetetttteetetetetetetetettttecnccncnccncncnnc llllololololloo ogogogogogogggoooogggiiiaiaiiiiiaiaiiiiiaaiaiaiaiaiiiaaaaiiiaiiaaaiiiiaaasssss.s.s.ssss.s.sss.s.ss...ssss..s. ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ uuuuuuuuuuuuuuuuuuu uuuuuuuuum m inve

sisisisiiiiiisiiisisiisisiissisisssssigngngngngggnggnnnnnnnngngngngngngnnnnnnnngngngngnnnnngnnngngnnnngngnngggggg ififiifffffffififififiifififiififiifiifiiiffiiifffffifififififffififififffififififififiifiiiffifiiffiifiiiiiciiciciciiciccciicicccccicicicccciciciiccccciiciicccciiccciciciccciiccc tttattaaataaattatataaaaatatatataaaatattataaaaattattaaaaaattatataaaaaattaaatataaattiiiiiiiiviiiiiviviivivivvvvivvvivivvvivvvivviviviiivivvvivivvvviivvivivvivooooooooooooooooooooooooo ooo ooo eeeeeeeemememememmeeeeememeeeemeeem iinfra-es

deddeddedeedded stststststsstiniinininnnn ddddddadadaadaadadadaddassasasasasasas àààààààà àà àà qqq qqqqqqq uuau lidaded de

CCCCCCarararCCCCCCCCCCCCCaaaCCCCCCaaaaaCCCCCCCaaaaaCCCCCaaaaarrCCCCCCaaaaarrlos Marta

PPPrePrPrePrePrePrePrePrePP sssididdddssiddddeeeeeenenntttttteenennntttteennntttennnnttnntennnteenntntt ddde ddddddddde eee dddddeeee dddddde ee dddee dee e ddda Ca Ca Caaaaaa Ca Caaaa Caaaaaaaaaaaaaa CCaaaa CCâmara

MMMMMuMMuMunMMuMMunMunnMunMunMMMMMMMuMMMMMunuunMMMMMunuuMunMMMMMMMuuuuunniiiccciiiicciicciciccciiccciiiciicciiiicciiiciipppaaalllppalalaaalpppaapalaaalppaaaaalpppaaalpalppaalpapppppppp ddddddddddddeeededdddededddddddddddd dddd TTTTTo ToTT ndela

O regressodo pânico

Pub

licid

ade

Pub

licid

ade

pág. 02

pág. 05

pág. 06

pág. 08

pág

pág

pág.

pág.

pág. 21

pág. 22

pág. 23

> PRA CA

>

>

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

30 de Julho de 2010

Sexta-feira

Ano 9

N.º 437

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

| páginas 6 e 7

Pub

licid

ade

| página 10

Oferta de bilhetesO Jornal do Centro oferece bilhetes

para o Festival “Andanças”, de 2 a 8

de Agosto. Ligue para 232 437 461,

responda acertadamente a uma

pergunta e ganhe um bilhete.

Bilhetes limitados.

DesportoOliveira de Frades

promovido na secretaria

à III Divisão Nacionalpágina 15

Abertura

Negócio das

discotecas e bares

prolifera em Viseupágina 5

RegiãoTondela de luto

por duplo

homicídiopágina 12

UM JORNAL COMPLETO

Revista100 Maiorese Melhores

Empresas do

Distrito de Viseu

p g

u

emprego

energiasrenováveis

ambiente

Edição: Esta revista é suplemento integrante da ediçãonº 437 de 30 de Julho de 2010 do semanário JORNAL DO CENTRO, e da edição de 30 de Julho de 2010 do diário i.Não pode ser vendida separadamente.

do Distrito de Viseu

veja também a edição online em www.jornaldocentro.pt

Nesta Edição

Nun

o Fe

rrei

ra

rro S. João dadaaaaaaaaaC CC C CCCCCCCCCCC CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCararaaaraaaaarararararrrarrrraaaararrarrrarrrrrraaaaaaarrrrrrrrrrrraaaaaaaaarrrrrrrrrarrrraaaaaaaaaaarrrrrrarrrrraaaaaaaaaaaararararrrrrrrrraaaaaaaaaaararrarararrraaaararararrrerererrerrrrrrrereeeeeerrrrrrrrereeeeeeeeeeeerrrrrrrrrrreeeeeeeeeeeeeeerrrrrrrrerrreeeeeeeeeeeeeeeerrrrerrrrrreeeeeeeeeeeeeeeeererrerrerrreeeeeeeeeeeerrerrrererereeeeererererereeeiriririririrrririrrririiriiiiiiiiiiiriiirirriiiiiirrrrrrririiiirrrrrrrrrriiriiirrrrrrrrrriiiiiirrrrrrrrrrraa,aaa,aaaaa,aaa,aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa,,,,,,,aaaaaaaaaaaaaaaa,,,,,,,,aaaaaaaaaaaaa,,,,,,,,aaaaaaaaaaaa,,,,,aaaaaaa,aaaaa,,,,,,aaaaa,,,,,,,,,,,,RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR RRRRR RRRRRRRRRRRRRR RRRRRRRRRRRRRRR RRRRRRRRRRRRuauauauauauuuuuuuuuuuu D Dona Maria

Nun

o Fe

rrei

ra

Nun

o Fe

rrei

ra

EDIÇÃO 437 | 30 DE JULHO DE 2010

∑ Estudo da Escola Superior de Saúde do Instituto

Politécnico de Viseu concluiu um em cada cinco adoles-

centes na região centro não lava os dentes e só um quar-

to dos adolescentes escova os dentes uma ou mais vezes

por dia. Para o coordenador do estudo, hoje director da

escola, o trabalho revelou um resultado “péssimo” para

a saúde oral dos jovens portugueses.

∑ Filho mata o pai e a madrasta a tiro de caçadeira, em

Póvoa de Baixo, concelho de Tondela.

∑ O compositor e maestro de Viseu, Jorge Abel apare-

ceu morto na piscina de sua quinta, em Parada de Gon-

ta, Tondela.

Medicina VeterináriaPreventiva

OPINIÃO

A melhor forma de oferecer uma vida saudável ao seu ani-mal de estimação é apostar na prevenção.

Gestos simples como a despa-rasitação externa, interna e a va-cinação são os melhores meios para prevenir muitas doenças e diminuir a sua prevalência na população animal.

Os parasitas podem transmitir doenças graves, potencialmente mortais, pelo que não deve es-quecer-se de desparasitar o seu cão ou gato com os produtos e a periodicidade aconselhada pelo seu Médico Veterinário.

A vacinação é o melhor méto-do para prevenir o aparecimen-to de inúmeras doenças infecto-contagiosas dos cães e gatos.

A partir dos 8-10 anos, deve-mos redobrar os cuidados, uma vez que os nossos cães e gatos entram no periodo Sénior. De-vem fazer análises periodica-mente, controlar o peso, a pres-são arterial, a glicemia, etc.

Informe-se com o seu Médico Veterinário e ofereça Saúde ao seu animal de estimação.

Rita BatistaMédica Veterinária do Centro Veterinário da Beira Alta

Leito

r ide

ntif

icad

o

Visita do Jornal do Centro ao ATL Learning

No dia 25 de Julho, pelas 10h30, nas instalações do Learning, recebemos a visita de dois representantes do Jornal do Cen-tro, o seu director Paulo Neto e a jornalista Emília Amaral.

Eles vieram falar-nos sobre o jornalismo, a sua utilidade e sobre as funções de um jornalista. Explicaram-nos o funcio-namento do jornal, como recolhiam as informações e tratavam as notícias.

Gostámos muito desta visita e um dia gostávamos de poder visitar a sua redacção!

Texto e Foto:Os alunos do Learning: Beatriz Mesquita/Beatriz Tavares/ Bernardo Figueiredo/ Carolina Neves/Margarida Campelo/Raquel Santos/Romão Mourato/Romeu Andrade/Tiago Durães

Jornal do Centro29 | Julho | 2011 43

Page 44: Jornal do Centro - Ed489

JORNAL DO CENTRO29 | JULHO | 2011Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 29 de Julho, sol. Temperatura máxima de 32ºC e mínima de 15ºC. Amanhã, dia 30 de Julho, sol. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 10ºC. Domingo, dia 31 de Julho, sol com céu nublado durante a noite. Temperatura máxima de 31ºC e mínima de 9ºC. Segunda, dia 1 de Agosto, Céu parcialmente nublado durante o dia. Possibilida-de de chuva durante a noite. Temperatura máxima de 34ºC e mínima de 11ºC.

tempo: sol

Sábado, 30Viseu∑ Animação nas Termas de Alcafache, com a participação do Rancho Folclórico do Caçador, às 21h30.

∑ Rota dos Moinhos de Água D’Alte, em Torredeita, às 17h30, junto á antiga estação dos Caminhos de Ferro.

Mortágua∑ XI Fim-de-Semana radical, a partir das 10h00 de sábado, com actividades em vários pontos do concelho. Para destinatários a partir dos 14 anos.

Domingo, 31Moimenta da Beira∑ Terceira edição da Feira das Tradições de Alvite. às 15h00 decorre o festival de folclore, às 17h00 tem início a mostra etnográfica de usos e costumes dos alvitanos, é ainda lançado o livro “O Fiado nas tabernas-espelhos das realidades:Alvito e rio de Onor”, servido um jantar típico e à noite actua o Grupo de Cantares da Cerdeira.

agenda∑ Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

A senhora MerkelRobert Musil, no seu “Homem sem Qualida-

des”, lembra que, para nos podermos amar uns aos outros, precisamos de um estado capaz de nos impor isso.

Musil refere uma evidência: quando a autori-dade do estado colapsa, a lei do mais forte inva-de as ruas e “proíbe” o amor. A história da ci-vilizada Europa está cheia desses exemplos de barbárie - o mais recente aconteceu há menos de 20 anos em Sarajevo.

Ora, desde a primavera do ano passado, quan-do foi necessário resgatar a Grécia, não tem pa-rado de aumentar o “desamor” entre os euro-peus.

O que os alemães, os checos,os holandeses e os finlandeses pensam dos países corruptos do sul não é agradável. A Focus alemã pôs na capa a Vénus de Milo a fazer um valente pirete aos gre-gos aquando do resgate de Maio de 2010.

Por sua vez, nos países do sul está na moda di-zer mal da senhora Merkel, lado para onde ela melhor dorme já que a elite política alemã já não sente, nem tem que sentir, nenhum complexo de culpa pelo pesadelo nazi – é que já passaram 66 anos sobre a morte de Hitler no seu bunker.

Regressando à ideia de Musil: se as pessoas precisam de um estado para as obrigar a ama-rem-se umas às outras, os estados que integram a “Europa” não precisarão de uma autoridade su-perior para os obrigar a fazerem o mesmo?

Infelizmente, a União Europeia - o primeiro “estado pós-moderno” do mundo (designação de Robert Kagan) - é dirigido por uma buro-cracia não-democrática, cara e impotente (Du-rão Barroso é uma irrelevância inventada pelo sr. Blair).

Sem surpresa, nestes últimos 15 meses de tur-bulência ninguém quis saber para nada do senhor Barroso, mas criou-se um mercado mediático es-pecialista na interpretação das palavras e dos estados de alma da senhora Merkel.

Porque são só os alemães a votar na Ale-manha?

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

A III edição do Festival de Doçaria “Doce Vouzela” e a II Feira Social do concelho vão acontecer este fim-de-semana na vila da região de Lafões. Os dois eventos vão ter lugar no largo froteiro ao dos Paços do Concelho.

Os dois certames são com-postos de provas e venda de doçaria - um dos expoentes máximos da oferta gastro-nómica de Vouzela, onde é famoso o seu “pastel” - , de uma acção de formação para mulheres desempregadas, promovida pela Associação Cultura, Conhecimento e Igualdade de Género e um programa musical variado para os dois dias.

No sábado, o cabeça-de-cartaz é o grupo Noiserv e no domingo actuam os Groove da Vila, um grupo da zona de Vagos, em Aveiro. Pelo meio, para além de ani-mação de rua, aparecem a Sociedade Musical Vouze-lense e o Rancho Folclórico de Vilar.

José Lorena

Festival ∑ “Doce Vouzela” e Feira Social

Vouzela oferece doçaria durante dois dias

Publicidade

A Pastéis de Vouzela - a atracção da doçaria local

PassatempoO Jornal do Centro tem bilhetes para o

ANDANÇAS, Festival Internacional de Dan-

ças Populares que decorre em S. Pedro do

Sul de 1 a 7 de Agosto. Para ganhar um, ligue

para o 232 437 461. Bilhetes limitados.