36
| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 12 pág. 17 pág. 20 pág. 21 pág. 23 pág. 26 pág. 28 pág. 29 pág. 32 pág. 33 pág. 34 pág. 35 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ESPECIAL > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > EMPREGO > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 07 a 13 de Outubro de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 499 1,00 Euro Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno André Ferreira A reforma da administração local discutida à mesa, no Jornal do Centro especial Animais de Estimação Curiosidade S. Francisco de Assis “apadrinha” Dia Mundial do Animal Realizou-se a 4 de Outubro Orgulho “A Litas é tudo para mim” Conheça a história desta dona ‘babada’ SOS Animal tem atendimento 24 horas por dia Hospital disponibiliza vasto leque de serviços 17 NESTA EDIÇÃO “Não é pela eliminação de freguesias que se poupa dinheiro” | páginas 8 a 10

Jornal do Centro - Ed499

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal do Centro - Ed499

Citation preview

Page 1: Jornal do Centro - Ed499

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 12pág. 17pág. 20pág. 21pág. 23pág. 26pág. 28pág. 29pág. 32pág. 33pág. 34pág. 35

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> ESPECIAL> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS> EMPREGO> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário07 a 13 de Outubrode 2011Sexta-feiraAno 10N.º 499

1,00 Euro

Pub

licid

ade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

o A

ndré

Fer

reira

∑ A reforma da administração local discutidaà mesa, no Jornal do Centro

especial Animais de Estimação

O Dia Mundial do Ani-mal já passou (celebra-se a 4 de Outubro), mas nun-ca é demais pensar e agir em prol das necessidades dos companheiros de es-timação.

Apesar de a data ser assi-nalada desde 1930, em mais de 45 países, ainda conti-nuamos a assistir a inúme-

ros crimes e torturas con-tra os animais, sobretudo porque estes não se conse-guem defender sozinhos. Assim, mais do que pensar nos bichinhos que temos em casa, importa reflectir sobre aqueles que continu-am a sofrer às mãos huma-nas e a ser explorados, mui-tas vezes sem que a socie-

dade se aperceba.A Declaração Universal

dos Direitos do Animal foi – através de uma proposta de Georges Heuse, secre-tário-geral do Centro In-ternacional de Experimen-tação de Biologia Humana e cientista ilustre - procla-mada pela UNESCO a 15 de Outubro de 1978 e todos so-

mos chamados a contribuir para que a mesma seja res-peitada.

CuriosidadeO Dia do Animal come-

mora-se a 4 de Outubro em homenagem a S. Francisco de Assis, por ser a data do seu falecimento.

Franciscus van Assisi

nasceu em Assis, velha ci-dade de Itália, situada na região da Úmbria, em 26 de Setembro de 1182. Após ter passado por um período em que esteve gravemen-te doente decidiu passar a ajudar os mais carenciados. Franciscus amava os ani-mais e protegia-os, che-gando a comprar pássaros

engaiolados só para os ver voar de novo, em liberda-de. Morreu a 4 de Outubro de 1226 e, dois anos depois, foi santificado.

Em 1929 no Congresso de Protecção Animal em Viena, Áustria, foi decla-rado o dia da morte de São Francisco de Assis como o Dia Mundial do Animal.

S. Francisco de Assis“apadrinha” Dia Mundial do Animal

Realizou-se a 4 de Outubro

Publicidade

Reza o saber popular que o cão é o melhor amigo do Homem. Entre os dois criam-se laços de cumpli-cidade ímpares e sem cobranças (bem, talvez um biscoito de vez em quando…). Há casos em que a re-lação é tão forte que pode mesmo assemelhar-se à que se estabelece entre uma mãe e o filho.

É o que acontece com Sophie Rodrigues e Litas, uma cadela ar-raçada de cão d’água, que até her-dou o sobrenome da dona.

Conheceram-se em Abril de 2010 e, desde então, são inseparáveis. “O primeiro olhar até nem foi muito positivo mas, no dia seguinte, já nin-guém ma tirava”, começa por contar a dona que, desde criança, está ha-bituada a lidar com animais. Este é um gosto que recebeu dos pais que têm “dois cães e sete gatos”.

Sobre a sua amiga de quatro pa-tas, Sophie realça algumas caracte-rísticas: “é muito gulosa, brincalho-na, esperta, exigente e territorial”.

“É tudo para mim e uma compa-nheira de todas as ocasiões”, descre-ve, frisando que, tal como acontece

com os humanos, é nos momen-tos de aflição que vemos como os outros nos fazem falta. “A Litas es-teve doente e, além de eu também ter ficado, percebi o quanto gosto dela”, conta.

OrgulhoPassado o susto, a dupla voltou a

rotina habitual. “Sou sempre rece-bida à porta e mal tiro a chave para entrar no prédio ela começa logo a ladrar. Se é de dia vai buscar a tre-la, enquanto se já estiver escureci-do senta-se na cama, na dúvida se

haverá ou não passeio”, acrescenta Sophie, deliciada com as peripécias da petiz.

Além de não largar a dona “um segundo” quando estão em casa e de dormir enroscada à cabeça da dona, a Litas – também tratada por Litinhas – adora andar de carro, onde já tem lugar cativo e direito a cinto de segurança próprio.

A experiência com a sua compa-nheira de quatro patas tem corrido tão bem que a jovem considera mes-mo a hipótese de aumentar a ‘prole’ e adoptar mais um cão.

“A Litas é tudo para mim”

Conheça a história desta dona ‘babada’

Cirurgias de emergência e or-topédica – incluindo cesarianas e atendimento a politraumatizados e a casos de intoxicação, cuidados de medicina interna e apoio ao domicílio são alguns dos servi-ços que pode encontrar na SOS Animal – Hospital Veterinário de Viseu, localizada na Aveni-da Cidade de Aveiro. A unidade presta atendimento 24 horas por dia, tendo sempre pelo menos um médico e um enfermeiro disponí-veis, e reúne condições para que o seu companheiro de quatro patas possa, sem valores acrescidos, fi-car internado.

O apoio à criação de animais e os cuidados aos de grande porte – como cavalos, bovinos, ovinos e porcinos – e aos exóticos, são ou-tras das valências da estrutura, a funcionar desde 2009. O facto de possuir protocolos com outras unidades permite receber e en-viar doentes de e para outras zo-nas do país, quer para segundas opiniões, como para tratamentos

mais especializados. A juntar ao vasto leque de ser-

viços está também uma equipa de oito pessoas, na qual a vertente humana é muito marcante. Este é um dos pontos que, paralelamen-te aos preços acessíveis, contri-bui para a grande afluência que se regista na SOS Animal e que, de acordo com o médico veterinário e director clínico do espaço, Abel Fernandes, são sinónimo de que “o trabalho é reconhecido”.

Mas para que os problemas te-nham um final feliz, o clínico avisa que é importante “as pessoas não protelarem e levarem o animal ao hospital quando se suspeita de pa-tologias que podem ser graves e colocar a sua vida em risco”.

A trabalhar na área há cerca de 10 anos e habituado a lidar com a ‘bicharada’ desde pequeno, Abel Fernandes fala com orgulho da sua profissão e realça o agrade-cimento que recebem não só por parte dos donos, mas também dos animais.

SOS Animal tem atendimento 24 horas por dia

Hospital disponibiliza vasto leque de serviços

textos ∑ Andreia Mota

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

17

NESTA EDIÇÃO

“Não é pela eliminação de freguesias que se poupa dinheiro”

| páginas 8 a 10

Page 2: Jornal do Centro - Ed499

praçapública

palavrasdeles

rNão me verão outra vez em campanha elei-toral.”

Fernando RuasPresidente da Câmara de Viseu, Entrega de Donativos do Pro-

grama Prohabit, 29 de Setembro

rUm Concelho soli-dário é aquele que quando olha para o parceiro não assobia para o lado.”

Fernando RuasPresidente da Câmara de Viseu, Entrega de Donativos do Pro-

grama Prohabit, 29 de Setembro

r… o PS continua na rota do bem falante que usava fatos caros que, bem caladinho, assentou arraiais longe da crise!”

Celso NetoProfessor, Diário de Viseu, 4 de Outubro

rPropomos para os bombeiros o mesmo tratamento que existe para os demais agentes de protecção civil, PSP, GNR, Forças Armadas e INEM”

Rebelo MarinhoCandidato a presidente da Liga de Bombeiros Portugueses(Apresentação da candidatura em Viseu, 30 de Setembro)

A ética é hoje cosmé-tica, meio de dissuasão, termo útil para enflorar discurso, pla-card político, por excelên-cia.”

“A ética é substituída pelo cálculo das consequências.”

Quem o diz é o Papa Bento XVI, acomodado (no caso vertente in-comodado) na boca do lobo: o Bun-destag (Parlamento) alemão. Fez bem! É que não havia cenário mais propício, para falar de ética, que não fosse, no covil político mais reclamado, dos dias que correm. Talvez, porque este lobo seja real e, não se dissimula em pele de cor-deiro, o Santo Padre, sentiu neces-sidade de propalar a ética.

Nos intrincados dias que correm, é sempre bom lembrar, que há re-gras a respeitar, que há convi-vências a preservar, que há exi-gências a sobrepor.

O “vale tudo”, afinal, não vale nada. Sempre conduziu à emi-nência da indigência humana. A história é testemunha ocular, dos desmandos e pérfidos actos, a que conduziu. A actual cri-se é paradigma que baste, para exemplificar esta premissa. Por isso: falar de ética é manter vivo o espírito da dignidade humana.

Mas, há sempre um proble-ma que espera por si. A ética é hoje cosmética, meio de dissua-são, termo útil para enflorar dis-curso, placard político, por ex-celência.

Bem esteve, a estrela do entrete-nimento, Teresa Guilherme, quan-do há uns anos, em inaudita entre-vista, desabafou, que “quem tem ética passa fome”. Faça-se justiça, à sua honestidade, à sua verticalidade, em assumir um modo de vida. Afi-nal, a sua não ética, declarada, não é assumida pela maior parte dos praticantes desta forma de ética. E, dizer a verdade, é praticar ética.

Até, por que, já todos estamos

cansados de saber, que a actual cri-se não foi criada pelo deficit. Ela nasceu, desenvolveu-se e emanci-pou-se, na mentira. Ao longo dos últimos anos, enganaram-nos e en-ganamo-nos. A mentira motiva-da pela cobiça, o egoísmo e a am-bição desmedida, só podia dar no que deu.

Aliás, fico perplexo com os ata-ques desferidos contra Alberto João Jardim, por ter varrido para debaixo do tapete as dívidas. É que todos fizeram o mesmo. A oculta-ção foi procedimento trivial, em toda esta triste história, perante a obnubilação da classe política. O que se exige agora, não é chamar mentirosos a estes gestores incom-petentes (para ser meigo na adjecti-vação), mas sim, responsabilizá-los sem apelo nem agravo.

Depois, é bom que se diga: há di-vidas e dívidas. Sem crédito o país não se tinha desenvolvido, as pes-soas não tinham melhorado a sua qualidade de vida. O problema co-meçou, na desmesurada utilização do crédito, na bondade em atribuí-lo e promovê-lo, na falta de rigor em concedê-lo, na ausência de fis-calização quanto à sua utilização.

Também, no alheamento da autori-dade política, que nada escrutinou, deixando-se tutelar pela especula-ção. Por isso, ficou manietada.

Contudo, estou em crer, que a ética ainda se impõe, como re-ferencial de relacionamento e de responsabilização. Digo isto, por-que a ética está hoje desvaloriza-da. Num interessante estudo (A Ética na Administração Pública, UTL/2008) Pereira Soares, explica porquê: “No mundo actual, base-ado na crença tecnológica, temas como a ética aparecem usualmen-te como antiquados e desapropria-dos, dada a reflexividade com a re-ligião, com a sociedade e diferen-tes culturas ou com a consciência individual, o que lhe retira carác-ter científico.”

Francesco Alberoni, autor a que ultimamente tenho faltado à cha-mada, escreve em O Altruísmo e a Moral (1988), que “quando es-tendemos o raciocínio moral a ra-zões impessoais, entramos na éti-ca pública”. Daí a importância, de não perdemos de vista, a fiscaliza-ção interactiva da política. Porque: também temos de nos criticar, por isso. A voz popular costuma di-

zer, que temos os políticos que me-recemos.

A política é apenas um meio da ética pública, daí que Alberoni sustente, na referida obra, que há neste contexto, um querer: o de existir honestidade de intenções, sem egoísmos, condicionalismos, ameaças fraudes ou enganos. E, se é isto que todos pretendemos levar a sério, “a ética pública signi-fica querer realmente essas coisas, não limitar-se a dizê-lo. Significa negar, da forma mais categórica, a primazia da política e do suces-so.” (Idem)

Face ao exposto a ética ainda vale a pena.

Aliás, devemos entender, que nesta esquina da história, que va-mos transpor, sem saber o que vamos encontrar do outro lado, a ética garante os lautos valores da democracia, consagra a liberda-de e promove a autonomia da so-ciedade.

E nós, só (?) temos de criar uma ruptura com o conforto, até porque ele vai cada vez ser mais exíguo. Para isso, é necessário subsidiar, com uma grande dose de mentali-dade, o nosso comportamento.

Opinião

Ética pública

José Lapa Técnico Superior do IPV

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

2

Page 3: Jornal do Centro - Ed499

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Acha que há Juntas de Freguesiaa mais no distrito de Viseu?

Importa-se de

responder?

Acho que sim, principalmente porque em metade delas não se vêem obras feitas, além de ser difícil falar com os pre-sidentes dessas mesmas Juntas de Freguesia. E, em tempo de crise, temos de acabar com os “tachos”!

Sim, em Viseu e em todo o país. Na realidade tivemos a idea de descentralizar o poder, mas os custos desta acção são demasiados, além do que, a criação de jobs for the boys é demasiado fácil!

Acho um exagero a quantidade de Juntas de Freguesia. Com a crise que o nosso país atravessa, não há necessidade de su-portar uma despesa tão abusiva. As Juntas, muitas delas, são perfeitamente dispensáveis.

Sem dúvida que sim. Tendo em conta a actual crise é ne-cessário poupar mais. A maior parte dos assuntos poderia ser tratado nas Câmaras Municipais.

Rui AlmeidaAdministrativo

Pedro PrazeresComercial especializado

Ana Isabel TeixeiraEducadora de Infância

Ivo SilvaLojista

estrelas

Coronel de Infantaria Artur Carabau Brás

Comandante do RIV

Não obstante os tempos de crise vi-vida e alguns prejuízos, continua a apostar em eventos como o simpático “Festival do Caldo”, em defesa da gas-tronomia local e da nossa rica saúde.

Vitor PaneiraClube Desportivo de Tondela

números

38.384Número de pessoas que já

partilhou cultura no Teatro Ribeiro Conceição.

José ErnestoConfraria dos Saberes e

Sabores

Em seis jogos apresenta, com lim-peza, seis vitórias; quatro no Cam-peonato e duas na Taça de Portu-gal!

Oriundo de Freixo de Espada à Cin-ta, de 53 anos de idade, vem do lugar de assessor do Major General Direc-tor do Instituto de Defesa Nacional. Desejamos o maior sucesso nas no-vas funções.

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

3

Page 4: Jornal do Centro - Ed499

PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

1. O homem demorou milénios a tornar-se sedentário. A encontrar o lugar, o seu eixo crucial, para se instalar. Procurou os férteis va-les, os córregos anchos de água e peixe, as florestas que davam pro-tecção, madeira e caça, os montes que lhe davam a alongada visão sobre as planícies e onde ergueu as atalaias da defesa.

Este f im-de-semana passa-do fui à freguesia da Gralheira, concelho de Cinfães. A Serra do Montemuro inóspita, descabela-da, ventosa foi outrora terra per-dida de pastores e de transumân-cias beiroas. Hoje, está semeada com um vasto e metálico “pomar” de antenas eólicas, gigantescas ventoinhas que atroam os ares já sem falcões, com um silvado zuni-do pouco consorciado com a paz das alturas, a dança das giestas, da carqueija e a imobilidade pas-

mada do granito.As ordens religiosas das primí-

cias da nacionalidade não logra-ram erguer tão alto a sua fé. E os vales do Paiva, do Vouga, do Tá-vora… foram-lhes mais propícios à fixação e à catequização.

Os monumentos, na Gralheira, são os homens, rijos, crestados pela canícula dos estios e pela ventosa algidez das invernias longas; são os seus rebanhos de cabras; as suas vacas poderosas, pródigas e nédias; os seus poden-gos vigilantes, amparo de bordões contra as já raras lupinas investi-das das famélicas alcateias.

Pequeninas as capelas. Uma ou outra igreja mais alargada no con-tinente de fé. O homem da Gra-lheira está perto do seu Deus e conhece-o pelos seus agrestes ri-gores, fazendo de cada penedia ou lapa abrigo e santuário, como os

druidas de antanho.O homem de hoje nomadiza-se,

de novo. Nesta cultura do eféme-ro espartilhada pela tirania do tempo, o homem deixou de ser de um sítio, alienou a terra como fon-te de riqueza e poder, renegou a casa e alberga-se nos quartos do mundo. Leva na bagagem os ténis, as jeans, o portátil, o telemóvel e o cartão de crédito. E insatisfeito, busca sempre algures, na polifór-mica aldeia de hoje, o vale de on-tem, a estepe do presente, o alto pico ou o deserto do futuro.

De novo, neste antropocentris-mo mesclado de atopia, o homem desenganado das suas ilusões, persiste, ainda, na quimera da utopia, junto ao Nilo ou nos An-des, na Amazónia ou no Tibete. De preferência longe do seu seme-lhante ou na busca da semelhança no ser mais primevo, mais genuí-

DirectorPaulo Neto, C.P. n.º TE-251

[email protected]

Redacção (redaccao@

jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Gil Peres, C.P. n.º 7571 [email protected]

José [email protected]

Tiago Virgílio [email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Directora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedacçãoRua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP - 3500-680 Repeses, Viseu• Apartado 163Telefone 232 437 461Fax 232 431 225

[email protected]

Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008KPR – Gestão, Consultoria e Intermediação, Lda, SHI SGPS SA e Paulo Neto

GerênciaAlbertino Melo, Paulo Netoe Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesapara o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Editorial Da agreste Gralheira aos sinos de Hemingway

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

[email protected]

A maioria dos atentos leitores do Jornal do Centro, para não me tor-nar pretensioso ao afirmar da tota-lidade, poderão, porventura ao te-rem lido a última edição, nutrido a esperança de que, nestas próximas linhas encontrariam resposta ajus-tada a todo o chorrilho de disparates e inverdades (esta palavra admito, tem a sua piada) que o Sr Jorge Car-valho ali entendeu verter, ao mesmo tempo que me brinda com inusitado “mimo”. Acontece que a ideia por ele sugerida, de um “frente a frente” me causa tanta adrenalina e impõe um medo tal que, nem quando a Na-ção me chamou à missão NATO no Iraque acredito ter vivido, além de que a idade, ensinou-me o meu avô, merece respeito mesmo quando não se dá a tal. Por outro lado sinto pre-cisar de tempo para recuperar do trauma pois nem em adolescente ao ler “Amor de Perdição” me recordo de verter tanta lágrima como ago-ra depois de ter lido tanto queixu-me deste ex-responsável pela Feira de São Mateus, da qual cuja opinião pessoal, boa ou má, se bem se recor-dam, deixei vertida nas folhas deste mesmo prestigiado Órgão de Comu-nicação Social e de cara destapa-da e à civil porque tendo, sem falsa modéstia, sempre vestido a farda do Exército com orgulho, competência e profissionalismo quando entendi ser hora de sair o fiz pelo meu pró-prio pé e com direito a homenagem pública! Com outros pelos vistos pa-rece que tal não aconteceu desta for-

ma... de modo que, antes que caia algum esqueleto dos armários da Expovis, deixemo-nos de coisas sem importância e passemos a assuntos sérios bem mais relevantes da vida da Cidade!

Permitam que acrescente alguma reflexão a outros diagnósticos sobre o desenvolvimento da Cidade, por sinal até bem elaborados na minha modesta opinião, que também por aqui neste Jornal têm surgido, pri-meiro vindos da Praça de D. Duarte, agora reescritos a rosa na Rua 5 de Outubro e por este andar daqui a mais uns anos serão apresentados na sede local laranja, sem que, contudo nos deixem outro sinal, que não os o dos objectivos políticos que perse-guem. Que os tempos são difíceis já o sabemos, que este modelo de ges-tão local do alcatrão e betão são in-sustentáveis e, que é preciso encon-trar novas soluções também é lugar comum aceite pelo que, nem é pre-ciso ser economista para se perceber que sem indústria não há emprego, sem emprego não há consumidor, sem consumidor não há comércio e sem comércio a cidade definhará num ciclo fechado cujos resultados nem é bom tentar imaginar. Importa pois, em tempo acautelar este cená-rio e, nessa matéria, acredito que as Associações Empresariais podem desempenhar um papel significativo em favor das economias locais, se ganharem uma dimensão que faça delas elos de articulação com o ex-terior, com o Estado e a Administra-

ção e com as politicas públicas que servem de enquadramento a esse sector, ou seja, as economias locais não são já só o resultado de condi-ções materiais de localização ou logísticas mas também de condições institucionais e de protagonismos diferenciados. É sabido que a região apesar de alguma homogeneidade apresenta efeitos locacionais con-trastantes e dinamismos próprios que, resultam da diversidade das es-truturas e das diferentes capacida-des de representação e negocial, sendo que por exemplo, com facili-dade se identificam e distinguem os argumentos de atracção industrial utilizados em Viseu dos assumidos em Tondela ou Mangualde. Tradu-zindo o conceito, permito-me apos-tar que o preço por m2 em Viseu em qualquer das áreas industriais ultra-passará em mais ou próximo de 20 vezes o valor do investimento em áreas daqueles concelhos vizinhos além das ofertas de especialização e negociação, que naqueles locais se verificam e como tal, não é de admi-rar que os resultados sejam também eles díspares com o prejuízo a situ-ar-se do lado de Viseu. Perante esta realidade haverá quem a procure minimizar ou contrariar atirando com relativa facilidade com a fria es-tatística numérica dos Censos, que apontam um significativo cresci-mento populacional de Viseu ao in-vés do que se acontece nos conce-lhos citados em paralelo mas, com igual facilidade se apura que o prin-

Opinião À atenção do Investidor... e não só!

Fernando [email protected]

Por cá, o facto de termos tanta rotunda florida e lotes de terreno ainda vazios no Parque Industrial de Coimbrões deve, salvo melhor opinião, talvez significar que não saímos sequer do primeiro estádio”

Os monumentos, na Gralheira, são os homens, rijos, crestados pela canícula dos estios e pela ventosa algidez das invernias longas”

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

4

Page 5: Jornal do Centro - Ed499

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

no e ainda preservado pelas imperme-áveis fronteiras geográficas.

Os Marco Polos de hoje, imbuídos do vitruviano espírito do “cinquecen-to”, num renascimento humanista tar-dio mas possível e em contradição com a imobilidade graciosa das ninfas de Botticelli.

As vidas, no corropio da passa-gem, dilatadas no tempo, tornaram-se curtas para a ânsia da descoberta. As naus de hoje não temem procelas nem cabos de tormentas. A tormen-ta é interior e passageira do e no ho-mem em busca de uma verdade que o salve. É Charlie Chaplin no “Vaga-bundo” fugindo das “Luzes da Cida-de”, “O Aventureiro” em ruptura com “Os Tempos Modernos” dos Estados ainda Unidos. A sobreviverem à cri-se de 1929 que arrastou à falência dez mil bancos e levou à fome e à desgra-ça milhões de pessoas. A memória é curta e a analogia perigosa, mas estes

anos 30 estremeceram de tal modo o mundo, que tudo foi posto em causa, verdades seculares incluídas, forta-lecendo o nazifascismo europeu e a eclosão dos fundamentalismos.

Percebemos hoje o homem sem to-pos. Na Gralheira ou nos Himalaias nega-se a ser a mera peça da engre-nagem do sistema que corrói em cada dia que passa e na inóspita solidão, ao encontrar-se a si próprio, renova-se, talvez, na sua esperança e ilusão per-didas, ou que, ainda, recusa perder…

2. Tempos houve em que a solida-riedade não era um vão clique no fa-cebook. Lembro-me do sino tocar a rebate quando o fogo se alteava ou perigo se acercava, e do povo, esque-cidas as quezílias, inimizades, rivali-dades e ódios, acorrer aos magotes, as mulheres com baldes cheios de água, os homens com o varapau numa mão, a seitoira na outra. Hemingway es-creveu, em 1940, sobre a Guerra Civil

de Espanha, “Por Quem os Sinos Do-bram”, alertando-nos, no seu intróito, que eles dobram por todos nós.

Hoje, os sinos já não tocam a rebate e o campanário da Igreja deu lugar à si-rene dos bombeiros. A deslocalização da crença redentora na fé para a “su-perioridade” da intervenção humana. O tempo da saudação “Salve-o Deus!”, transfigurado no “Olá!” fugidio e anó-nimo.

Aquilino, no Capítulo II de “Andam Faunos pelos Bosques” (1926) dá-nos um imenso fresco da solidariedade entre homens e do movimento da massa humana para enfrentar e com-bater o mal cadente:

“De nascente, a escalar a serra da Lapa ou as lombas do Carregal, rom-piam as populações ribeirinhas do Távora…”

“Do setentrião avançavam os ho-mens de Tarouca, Mondim e Sever com os párocos à cabeceira…”

“De noroeste haviam-se aparelhado para a acometida as povoações bár-baras de Várzea da Serra, Almofala, Monteiras e Quijó…”

“A todo o sul, das margens do alto Vouga, acudiram ao apelo (…) Ferreira das Aves (…), Tojal, Avelal, Mioma, Rãs…”

“Na ra ia sudoeste , o a lvoroçoateara-se às tribos bravias de Pinhei-ro, Outeiro, Aldeia Nova, Águas Boas, Quintela da Lapa…”

“Mais adentro da periferia, as al-deias paivotas de Segões, Forles, Ca-brasais, Lamosa, Granja, Vila Chã, levantaram-se com grande fúria e de-nodo…”

… E é talvez por ser esta a geografia que trago no sangue, e é talvez por se-rem estes os espaços das minhas an-darilhanças de ontem e de hoje… que ainda sei, sinto e pressinto que no do-brar dolente de cada sino ecoa a sina de todos nós…

cipal núcleo urbano da região aproveita do que de favorável acontece na vizi-nhança mas nada faz para retribuir esse mérito aos vizinhos. Ou seja, no dia que a Citroën Mangualde ou a Huf em Tondela por exemplo se virem obrigados a despedir pessoal (cruzes, canhoto!) o drama social ficará a cargo dos autarcas desses concelhos mas, a maioria desses trabalhadores em principio continuarão a manter a sua localização habitacional e familiar em Viseu, não havendo portanto necessidade de grande intervenção social da política local e cenário similar dificil-mente terá lugar no concelho porquanto se a única empresa viseense de dimensão passasse por drama semelhante ainda as-sim acabaria por ultrapassar a esfera lo-cal. Assim sendo, parece daqui resultar que os agentes colectivos locais não são apenas um produto derivado da lógica exógena de organização de economias e não se podem limitar a ser meros instru-mentos funcionais dos interesses de re-gulação macroeconómica e como tal, as Associações como a AIRV terão que ser a expressão da inovação e mesmo de in-teresses estratégicos da industria local, valorizando fora dela o que é mais quali-ficante do tecido produtivo que represen-ta e filtrando para dentro o que lhe pode aumentar a sua capacidade competitiva mas onde o Poder Local também terá que ter papel preponderante. Há quase que uma “correlação probabilística” (J. Reis, 1988) onde cabe ao Poder Local uma po-sição activa nas situações em que o inves-timento local se revela mais estático por forma a que se aumentem as possibilida-des de emprego implicando a atracção de

agentes e recursos exteriores. Inversa-mente quando o desenvolvimento local já resulta da intervenção relacional dos empresários a centralidade da Autarquia deve ser menor e dirigir-se para outras acções visando o bem-estar das popula-ções ou para áreas sócio económicas mais marginais e, neste casos, o protagonismo regulador das Associações terá que ser mais notório. Por cá, o facto de termos tanta rotunda florida e lotes de terreno ainda vazios no Parque Industrial de Coimbrões deve, salvo melhor opi-nião, talvez significar que não saímos se-quer do primeiro estádio e a letargia do Poder Local ao ignorar o necessário e in-dispensável equilíbrio sustentável e sus-tentado do tecido social do concelho po-derá a médio/longo prazo conduzir a gra-ves problemas sociais. É ainda aceite que nesta “economia local da informação” que a AIRV, no caso, deverá conduzir na região, que além da sensibilização do Po-der Local, também o ajuste de mentalida-de do empresário local terá que estar na sua linha de actuação. O empresário local por maior ou menor que seja a empresa terá ter uma visão “first things first” criando ao mesmo tempo uma estrutura de gestão que o liberte para a estratégia e para o futuro, investindo em simultâneo no produto que quer colocar no mercado mas também na sua formação e na dos seus colaboradores. Pelo que conheço da AIRV, não me enganarei muito se assu-mir que aquela Associação dotada de uma liderança atenta e de uma direcção com forte sentido de missão e técnicos bastante qualificados, estará disponível e apta a apoiar estas mudanças e afirma-

ção de mentalidades, a bem do sector em-presarial da região. A julgar pelas inicia-tivas que têm concretizado como a EAB, o prémio Inovação e Empreendedorismo, a EXPOTEC, a ENERVIDA, a co-mento-ria na candidatura apresentada pela Co-munidade Intermunicipal à Redes Ur-banas para a Competitividade e Inova-ção, a incubadora de empresas e o apoio às PME por micro crédito além da for-mação qualificada, o fomento da inova-ção tecnológica e aconselhamento téc-nico jurídico que empresta aos associa-dos e investidores em geral, a AIRV apresenta potencial para fazer crescer esta necessária relação de concertação e parceria que marcam fortemente as economias actuais, constituindo-se como um facilitador na concretização da vontade do investidor, uma ponte de di-álogo com o Poder Local e um parceiro na procura da solução financeira e téc-nica junto dos demais decisores e agen-tes intervenientes. Ora, se esta engrena-gem ainda não funciona sem atrito no Concelho tal ficar-se-á a dever então a uma deficiente visão de politica local que urge corrigir pois o Autarca actual esgotados que parecem estar os recur-sos financeiros e fechada que estará a torneira dos fundos europeus a breve trecho, terá que assumir uma nova pos-tura e ser mais capaz de gerir as vonta-des dos seus concidadãos e, em especial daqueles que acrescentam mais valia empresarial ao Município e dessa forma geradores de mais e melhor emprego, que em gerir dispendiosas obras e faus-tosas inaugurações! É este clique que terá que acontecer para que autarquia,

empresas e também o apagado meio aca-démico e naturalmente os cidadãos se envolvam num processo cativador de in-vestimento e gerador de emprego, o que representará por simpatia mais e melhor qualidade de vida. O investimento por si só não cai do céu e é preciso vencer a inércia do efeito centrífugo das rotundas e criar magnetismos de atracção, é pre-ciso que políticos inquietos, académicos conhecedores e empresários inovadores se liguem entre si e unam esforços para que o sustentado futuro aconteça já ama-nhã, criando emprego e garantindo o bem-estar a que a cidade nos habituou. São conhecidas as dinâmicas e capaci-dades da AIRV mas diga-me lá caro lei-tor, se lhe calhar em sorte o Euromilhões e entender investir em Viseu, conhece a política de acolhimento industrial? Exis-te algum esquema de incentivo à insta-lação empresarial nas zonas industriais locais? Está preconizada alguma forma de cedência ou venda de lotes a preços simbólicos, em função do número de pos-tos de trabalho criados? Existe algum be-neficio na derrama ou alguma isenção de taxas de licenciamento de obras para a construção de estabelecimentos indus-triais nessas zonas? Quando souber as respostas, estimado leitor, pondere a sua decisão, aconselhe-se na AIRV, pressione para que a mudança aconteça e se puder ajudar as gentes trabalhadoras da região não hesite e invista em Viseu ainda que os ventos do Rossio não sejam de feição... também esses terão que mudar um dia! Até lá, deixo-lhe um conselho que tam-b é m pro c u ro s e g u i r , j o g ue n o Euromilhões!

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

5

Page 6: Jornal do Centro - Ed499

abertura

O ministro dos Assun-tos Parlamentares, Miguel Relvas disse na segunda-feira que os números re-sultantes dos censos de 2011 são preocupantes porque ref lectem um desequilíbrio acentuado da distribuição da popu-lação. Na prática os por-tugueses estão a caminhar para os grandes centros do litoral e a abandonar o interior, criando regi-ões desertificadas. Os da-dos provisórios dos cen-sos realizados este ano re-velam que dois terços do território estão em fase de desertificação e Viseu não foge à regra (ver quadro página ao lado)

Para o Governo, a Re-forma da Administração Local é a medida imedia-ta que pode inverter a mé-dio prazo este flagelo na-cional. Os portugueses sabem, no entanto, que a medida foi imposta pela troika e visa como mui-tas outras, diminuir des-pesas.

A verdade é que a refor-ma está em cima da mesa, depois de o Governo ter apresentado o “Docu-mento Verde”.

“A Reforma Adminis-trativa do Poder Local impõe-se, na actualida-de, como um pilar funda-mental para a melhoria da gestão do território e

da prestação de serviço público aos cidadãos”, lê-se no preâmbulo do dos-sier que dita as regras. Fica igualmente claro que “este choque reformista reforçará os municípios e as freguesias, mudan-do regras e, sobretudo, adaptando-as a um novo tempo”.

A Reforma da Admi-nistração Local terá qua-tro eixos de actuação. O sector empresarial local, a organização do territó-rio, a gestão municipal, intermunicipal e o finan-ciamento e democracia local.

De acordo com o Gover-no, o Documento Verde da

Reforma Administrativa Local - resultante da inte-ração com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e com a Associação Nacio-nal de Freguesias (ANA-FRE)”, além de deputa-dos da maioria (PSD e CDS) e outras persona-lidades - “visa sobretudo lançar o debate político, estabelecer os princípios orientadores e os crité-rios base, promovendo o estudo e a análise do su-porte legislativo em vigor. Muitos dos autarcas não pensam assim e vêem o documento com um dado adquirido e preocupante feito com régua e esqua-

dro sem ter em conta as especificidades de cada região (ver “à conversa” páginas seguintes) e sem economias para o Estado.

O actual executivo her-dou do anterior um com-promisso com a troika de reduzir as autarquias até julho de 2012 e pretende começar pelas Juntas de freguesia, embora a inten-ção seja passar a ter me-nos freguesias, menos ve-readores, menos empresas municipais e, no futuro, menos concelhos. Trinta e sete anos depois do 25 de Abril, o poder local prepa-ra-se para a revolução ad-ministrativa

O modelo proposto en-

caminha-se, para já, para uma diminuição signifi-cativa do número de fre-guesias. E Viseu como é que fica no mapa nacio-nal? Das 372 freguesias que existem actualmente, o distrito pode ficar ape-nas com 166 com a refor-ma (quadro ao lado). Con-celhos como Sernancelhe ou Lamego podem ficar reduzidos a duas ou me-nos freguesias.

Miguel Relvas recu-sa chamar-lhe extinção e prefere falar em reagru-pamento, porque na prá-tica a reforma permitirá criar novas freguesias, com ganhos adquiridos.

textos ∑ Emília Amaral

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Publicidade

Viseu perde mais de metade das freguesiasA Reforma da Administração Local começa pela reorganização das freguesias existentes no país. O distrito de Viseu pode perder 206, mas ficará com mais de 166 após os reagrupamentos necessários

Jornal do Centro07 | Outubro | 20116

Page 7: Jornal do Centro - Ed499

REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL| ABERTURA

APR ∑ Área Predominan-temente Rural - No mini-mo 500 habitantes por Junta de Freguesia.

AMU ∑ Área Maioritaria-mente Urbana - No Mini-mo 1000 habitantes por Junta de Freguesia.

APU ∑ Área Predominan-temente Urbana.

Classificaçãodas Freguesias

Nível 1A Tipologia de Nível 1

corresponde a municípios acima dos 500 habitantes por quilómetro quadrado.

Tipologia de Municípios

Publicidade

Reforma Administrativa: Muito mais do queagregar freguesias

Opinião

João FigueiredoDeputado / PSD

Presidente da Junta de Freguesiade Canas de Santa Maria (Tondela)

Recentemente apre-sentado, o Livro Verde da Reforma Administra-tiva do país, pretende-se constituir como uma ferramenta de discussão visando uma nova for-ma de governação do território português.

Hoje, ninguém tem dúvidas que necessita-mos de um novo para-digma para o Poder Lo-cal. O actual modelo está, comprovadamen-te, esgotado.

O Poder Autárquico (seja municipal ou fre-guesia) vive uma situ-ação insustentável: au-mento continuo de so-licitações ao mesmo tempo que se vê con-frontado com reduções drásticas das suas dife-rentes receitas.

A Reforma que ago-ra se inicia assenta em quatro eixos fundamen-tais: a) a Reforma do Sector Empresarial Lo-cal (cuja primeira me-dida já foi discutida no Parlamento); b) a reor-ganização do Território; c) a adopção de um novo modelo de Gestão Mu-nicipal, Intermunicipal e de financiamento dos Municípios e das As-sociações Intermunici-pais; d) a reforma da Lei Autárquica no âmbito da Democracia – Local.

Como podemos cons-tatar restringir a Re-forma Administrativa à questão da agregação de freguesias é, não só redutor, como profunda-

mente errado. Sabendo nós das dificuldades, já hoje, de muitas Câmaras Municipais em pagar os salários aos seus funcio-nários e tendo presente que, em Janeiro próxi-mo, ocorrerá um corte de 5 por cento das trans-ferências do Orçamento de Estado, percebemos que esta reforma é não só imperiosa como mui-to mais abrangente.

Este espírito refor-mista do Governo tem na sua génese, uma vi-são alargada e susten-tável sobre o futuro de toda a Administração Local.

Não podemos esque-cer que este processo foi iniciado pelo anterior governo. Os socialistas chegaram a anunciar a criação de um “Livro Branco” sobre esta ma-téria. Propunham-se, é bom recordar, extinguir freguesias com menos de 1000 eleitores. O Li-vro Verde, ora apresen-tado, parece-nos um do-cumento bem mais equi-librado e sensato, sendo um excelente ponto de partida para uma dis-cussão franca e aber-ta, visando o reforço do municipalismo como instrumento de gestão do território.

Acreditamos que esta reforma traduz o com-promisso deste gover-no com a modernidade e com a salvaguarda do futuro das nossas popu-lações.

A Tipologia de Nível 2 corresponde a municípios com mais de 100 habitantes e menos de 500 habitantes por quilómetro quadrado.

A Tipologia de Nível 3 corresponde a municípios com menos de 100 habitan-tes por quilómetro quadra-do.

Distrito de Viseu / Reforma da Administração Local

ConcelhosNúmero

de Freguesias actuais

Nº de Freguesias

que podem ser extintas (*)

Armamar 19 12 (7)

Carregal do Sal 7 3 (4)

Castro Daire 22 15 (7)

Cinfães 17 6 (11)

Lamego 24 24 (0)

Mangualde 18 8 (10)

Moimenta da Beira 20 12 (8)

Mortágua 10 5 (5)

Nelas 9 4 (5)

Oliveira de Frades 12 5 (7)

Penalva do Castelo 13 7 (6)

Penedono 9 4 (5)

Resende 15 11 (4)

Santa Comba Dão 9 2 (7)

S. João da Pesqueira 14 9 (5)

S. Pedro do Sul 19 7 (12)

Sátão 12 5 (7)

Sernancelhe 17 16 (1)

Tabuaço 17 13 (4)

Tarouca 10 8 (2)

Tondela 26 6 (20)

Vila Nova de Paiva 7 1 (6)

Viseu 34 20 (14)

Vouzela 12 3 (9)

Totais 372 206

Censos 2011 - Municípios de Viseu com decréscimo populacional superior a 10%

Fonte: INE Censos 2011 – Dados Provisórios

Viseu 2011 2001 %Armamar 5.853 7.492 -21,88%Vila Nova de Paiva 5.174 6.141 -15,75%Vouzela 10.552 11.916 -11,45%Penedono 3.053 3.445 -11,38%Penalva do Castelo 8.001 9.019 -11,29%São Pedro do Sul 16.935 19.083 -11,26%

Viseu, Lamego, Nelas, Santa Comba Dão

Armamar, Carregal do Sal, Cas-tro Daire, Cinfães, Mangualde, Moimenta da Beira, Mortágua, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Penedono, Resende, S. João da Pesqueira, S. Pedro do Sul, Sátão, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Tondela, Vila Nova de Paiva, Vouzela,

Nível 2

Nível 3

MUNICÍPIO ÁREA POP_Censos2001 POP_Censos2011Densidade

Populacional � 2011/2001 %NÚMERO TOTAL DE

FREGUESIAS

ARMAMAR 117,2 7.492 5.853 50 -1.639 -21,88% 19CARREGAL DO SAL 116,9 10.411 9.830 84 -581 -5,58% 7CASTRO DAIRE 379,0 16.990 15.382 41 -1.608 -9,46% 22CINFÃES 239,3 22.424 20.428 85 -1.996 -8,90% 17LAMEGO 165,4 28.081 26.707 161 -1.374 -4,89% 24MANGUALDE 219,3 20.990 19.879 91 -1.111 -5,29% 18MOIMENTA DA BEIRA 220,0 11.074 10.219 46 -855 -7,72% 20MORTÁGUA 251,2 10.379 9.864 39 -515 -4,96% 10NELAS 125,7 14.283 14.002 111 -281 -1,97% 9OLIVEIRA DE FRADES 145,3 10.584 10.245 70 -339 -3,20% 12PENALVA DO CASTELO 134,3 9.019 8.001 60 -1.018 -11,29% 13PENEDONO 133,7 3.445 3.053 23 -392 -11,38% 9RESENDE 123,3 12.370 11.371 92 -999 -8,08% 15SANTA COMBA DÃO 111,9 12.473 11.661 104 -812 -6,51% 9SÃO JOÃO DA PESQUEIRA 266,1 8.653 7.932 30 -721 -8,33% 14SÃO PEDRO DO SUL 349,0 19.083 16.935 49 -2.148 -11,26% 19SÁTÃO 201,9 13.144 12.423 62 -721 -5,49% 12SERNANCELHE 228,6 6.227 5.699 25 -528 -8,48% 17TABUAÇO 133,9 6.785 6.360 48 -425 -6,26% 17TAROUCA 100,1 8.308 8.050 80 -258 -3,11% 10TONDELA 371,2 31.152 28.953 78 -2.199 -7,06% 26VILA NOVA DE PAIVA 175,5 6.141 5.174 29 -967 -15,75% 7VISEU 507,1 93.501 99.593 196 6.092 6,52% 34VOUZELA 193,7 11.916 10.552 54 -1.364 -11,45% 12

* Freguesias que permanecem de acordo com a tipologia

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011 7

Page 8: Jornal do Centro - Ed499

A proposta de revisão do mapa administrativo é uma razia para o distrito de Viseu?Diamantino Santos: Se

olharmos para aquilo que foi publicado no “Docu-mento verde da Reforma Administrativa” e se enten-der-mos os critérios como um dado adquirido, é verda-de, mas o que eu acho é que o que aqui está são princí-pios que vão ajudar à discus-são. Não considero que seja uma razia, considero que seja uma necessidade de ha-ver uma reformulação, feita com base numa discussão muito ampla, muito alargada e consensual. Não pode ser imposta a filosofia, de que nunca concordámos, de ré-gua e esquadro, com crité-rios meramente geográficos e economicistas.

Fica no ar a ideia que desapare-cem mais de metade das 372 freguesias que compõem hoje o distrito de Viseu.Diamantino Santos: É im-

portante que não passe esta ideia. O que saiu foi um do-cumento gerador de uma

discussão ampla, em que es-tamos convictos que a nos-sa associação (ANAFRE) e a Associação Nacional de Municípios Portugueses vão ter um papel preponderante e é preciso que a população, nomeadamente a popula-ção dos territórios do inte-rior como é o nossa, perceba que as freguesias são um ór-gão importante de proximi-dade com o poder e não po-dem desta forma simplista ser erradicadas. Não se jul-gue que é pela eliminação de freguesias que se poupa dinheiro.

Porque é que se está a fazer esta reforma, quando ela é imposta pela troika e, como se sabe, a troika impõe medidas para diminuir despesa?Diamantino Santos: Pela

eficiência, pela eficácia, pela capacidade de criar sinergias. Ao sermos mais racionais, acredito que pos-samos chegar a algum lado, pela parte económica, não dou para esse peditório.

Se o documento for um

dado consumado. Isso é preocupante?António Lourenço: Nin-

guém tem dúvida que é uma razia. Muitas das que são hoje freguesias passam a po-voações e ficam muito longe da sede da nova junta de fre-guesia que se vier a criar. A ideia da troika foi sempre di-zer: “vamos fazer a reforma administrativa para poupar dinheiro”. Já vimos que não, porque as juntas de fregue-sia do país não têm peso eco-nómico no Orçamento de Estado com a nova reforma, as novas juntas irão ter mais poderes e outros benefícios financeiros e vai-se gastar mais dinheiro.

Porquê?António Lourenço: Vai ha-

ver mais presidentes de jun-ta a tempo inteiro, vai haver mais presidentes de junta a meio tempo, e haverá mais peso no Orçamento de Es-tado. O que queríamos era uma maior descentraliza-ção, mais poder acompa-nhado dos meios económi-cos para poder desenvolver na sua freguesia. Há muita câmara no país que não de-legam poderes nas juntas de freguesia e com o dinheiro que vem do Fundo de Fo-mento de Freguesias (FFF), elas não sobrevivem.

Essa descentralização que defende está implícita no “Do-cumento Verde da Reforma da Administração Local”?António Lourenço: O do-

cumento diz que vai ser re-vista a lei da centralização de poderes nas novas jun-tas de freguesia, há maior economia, vai ser revista a Lei do Financiamento das Freguesias e da lei Eleitoral, mas isso podia acontecer com as que estão e aí as jun-tas sairiam muito mais re-forçadas com a revisão dos decretos-lei. Compreendo que terá que haver mudan-ças e por mim falo, no meu concelho há duas freguesias em que uma tem 45 habitan-tes e outra tem 69 - compre-endo que essas podiam ser agregadas a uma freguesia limítrofe, mas temos que olhar para uma identidade

própria.

A Luísa Monteiro é presiden-te de junta num concelho onde quase desaparecem as freguesias, de acordo com a proposta do Governo. Como é que sente?Luís Monteiro: Assusta-

me muito. Não consigo tirar muitas conclusões da leitura do documento, acho que se esquecem as freguesias ru-rais e que somos diferentes de uma freguesia urbana. Na freguesia rural, o presidente da junta é a máquina da fre-guesia, é a cuja porta as pes-soas batem e há uma relação de afecto que não vejo nes-te documento. Vamos pôr isto à discussão para se dar a volta ao texto e se perceber o que estou a dizer. Concor-do que a reforma é necessá-ria, que temos que aprovei-tar esta oportunidade, mas é preciso ver que cada caso é um caso, que há uma iden-tidade, que há uma história, uma situação geográfica… O documento está a esquecer-

se do lado afectivo.

Há muitos receios sobre esta proposta que à primeira vista se traduz numa razia de juntas de freguesia?Pedro Nóbrega: olhando

para o panorama do nosso distrito, a maioria dos con-celhos tem mais de 40 por cento de freguesias que não reúnem os critérios que o documento apresenta para se manterem, por isso, são muitas freguesias que vão ter que se agrupar e há dois casos gritantes, os concelhos de Sernancelhe e de Tabua-ço, onde de 17 freguesias só duas reúnem as condições para se manterem. No distri-to só há um concelho onde isto não se coloca que é Ne-las. Este é um documento de trabalho, mas olhando para os prazos, verifica-se que tudo tem que ser discutido até finais de Janeiro. Como é que se vão arranjar alter-nativas para todas as reali-dades do país? Não vai ha-ver hipótese. Se o Governo

quer manter os prazos, vai ter que tomar a rédea e di-zer: “vai ser assim”, e as pes-soas não vão ter a possibili-dade de contra argumentar e de ser discutida com as po-pulações.

A proposta é alargar o prazo de discussão do documento?Pedro Nóbrega: Para mim

seria. O período escolhido foi o pior possível.

O documento merece-lhe outras críticas?Pedro Nóbrega: Sim. No-

meadamente dizer-se que a redução tem fins económi-cos, quando o peso do FFF, o dinheiro que as juntas re-cebem do orçamento de Es-tado é 0,10 por cento. Agora vai haver outros gastos, vai haver freguesias maiores e, havendo mais competên-cias, vai haver um aumento de custos, para além dos cus-tos subjacentes a este pro-cesso. Se calhar vai-se gas-tar em estudos mais que do que aquilo que é transferido

NOTA: Por motivos profissionais, a advogada Lisete Cabral, apenas esteve presente no final da entrevista.

Entrevista ∑ Emília Amaral / Tiago Virgílio PereiraEdição∑ Emília AmaralFotografia ∑ Nuno Ferreira à conversa

O Governo lançou o “Documento Verde da Reforma Adminis-trativa”. Esta proposta cria na prática uma mudança no número de freguesias que gerem o território. O debate e as propostas alternativas terão que que acontecer até Janeiro. Mas as mu-danças são tão radicais que a moção caiu nas juntas como um balde água fria, sem que muitos autarcas saibam o que devem e podem fazer. O Jornal do Centro reuniu à mesa cinco autarca de concelhos distintos e eleitos em listas de partidos diferentes. Entre pequenas divergências de pormenor, não é difícil encontrar consenso após um debate de hora e meia. O Governo tem que alargar o prazo para discussão, não pode fazer passar a ideia de que o projecto vai permitir poupanças aos cofres do Estado, tem que dar mais explicações tendo em conta as especificidades de cada região.

“Devemos propor um alargamento do prazo para discussão”

Pedro Nóbrega. Presidente da Junta de Freguesia de Real, Penalva do Castelo, de 30 anos, foi eleito pela primeira vez em 2009 na lista da CDU.

Luísa Monteiro. Presidente da Junta de Freguesia de Vila da Ponte , Sernancelhe, de 36 anos, reeleita em 2009 para o segundo mandato, pelo PSD

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

8

Page 9: Jornal do Centro - Ed499

REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | À CONVERSA

para as freguesias pelo Fun-do de Financiamento para as Freguesias. Depois, a ve-lha questão da eficácia e de criar escala às freguesias. O normativo legal português desde 1999 que tem a figu-ra d o associativismo das freguesias, em que se po-dem unir para desenvolver competências que têm no seu território. O documento curiosamente fala do asso-ciativismo municipal e em relação às freguesias. Devía-mos fomentar o associativis-mo de forma a que a associa-ção de freguesias possa ter escala e desenvolver essas competências no seu terri-tório, consoante a especifici-dade dessas freguesias. Não íamos quebrar a tal identi-dade, porque hoje em dia as freguesias são uma referen-cia para as comunidades, e iríamos criar a tal escala, efi-ciência e eficácia que é ne-cessária.

O que é importante pôr cá fora à discussão a partir deste

documento?Diamantino Santos: Tudo

o que ouço dos meus cole-gas é verdade. Exige muita ponderação, muita sensa-tez e nomeadamente uma questão que para nós é fun-damental, que é a questão económica e que não pode ser subjacente. A posição da Associação Nacional de Fre-guesias num comunicado saído da reunião de 30 de Se-tembro diz que “não defen-de a extinção/agregação de nenhuma freguesia a não ser que por sua iniciativa seja manifestada essa vontade. E diz mais, que concorda com o reforço das competências e dos meios financeiros para as freguesias. Isto é funda-mental se estamos aqui para discutir se a reforma visa este pressuposto, estamos completamente de acordo, se for uma imposição vai ser muito mau.

O que é que as juntas de fre-guesias vão ter que fazer?Diamantino Santos: A

ANAFRE vai promover um congresso extraordinário em Dezembro. Mas há uma coisa que me surpreende. Olhando para os municípios, parece que chutam sempre as responsabilidades para as juntas de freguesias en-tão somos nós os alvos des-ta questão? Os municípios (câmaras municipais) não podem pensar seriamente nesta possibilidade? A mi-nha freguesia (Coração de Jesus, Viseu) tem cerca de 12 mil habitantes, nós temos muitos concelhos com me-nos habitantes que a minha freguesia. A questão tem que ser vista de forma global.

Partilham da opinião de que é muito mais importante uma freguesia rural do que uma freguesia urbana?Diamantino Santos: Têm

igual importância. Nas zo-nas do interior, tiraram es-colas, tiraram centros de saúde, se calhar o que fica para manter a proximidade com as pessoas são as juntas

de freguesia.

António Lourenço: As fre-guesias rurais e urbanas são totalmente diferentes. Hoje em dia já atendemos muitas pessoas dentro da compo-nente social que as câmaras não fazem com muito afin-co. Isto acontece mesmo nas urbanas e, mais do que nun-ca, derivado ao stress, à so-lidão, ao plano económico, as pessoas vêm junto da fre-guesia desabafar. O melhor atendimento que podemos fazer, é dar-lhe um bocado de atenção.

As populações têm uma palavra a dizer sobre esta re-forma?António Lourenço: Se va-

mos ouvir o povo todo a dis-cussão dava para 20 anos. Mas se não forem apresen-tadas soluções vamos ser ci-lindrados dentro deste cro-nograma.

Quais são as soluções?António Lourenço: É criar

em cada concelho uma co-missão não muito alargada, estudar as freguesias para elaborar o melhor mapa, fu-gir aos números apresen-tados nos três níveis e de-pois dizer: o nosso projec-to é este. Já se sabe que há freguesias que vão ter que ser extintas, o Governo não vai abdicar disso, portanto, vamos preparar o trabalho de casa a apresentar alter-nativas.

Luísa Monteiro: os presi-dentes das Câmaras e todo o seu executivo têm que nos ajudar. Parece que os muni-cípios estão a passar a res-ponsabilidade para as juntas e isso não pode ser. O que é que esta reforma vai trazer de bom para as freguesias rurais? As freguesias urba-nas estão praticamente to-das pegadas umas às outras enquanto que, as rurais têm quilómetros de distância. Como é que as pessoas, no-meadamente os idosos, se vão deslocar? Onde é que

há uma rede de transportes públicos? A maior parte das pessoas nas freguesias ru-rais anda de táxi para ir, por exemplo, ao médico e vão pedir ao presidente de junta [se pode pagar o táxi]. Se a minha freguesia for fundida como é que vai ser?

Luísa Monteiro: Ficá-mos assustados com a for-ma como o processo nos foi transmitido em Assembleia Municipal.

O que falhou neste documen-to?Pedro Nóbrega: Planear e

pensar. Nós estamos a lidar com comunidades e uma comunidade não são só ha-bitantes. Os PDM’s (Plano Director Municipal) foram todos aprovados numa pri-meira fase e são poucos os concelhos que conseguiram rever o PDM, andam todos a arrastar a aprovação do do-cumento.Sem esse planea-mento já feito como é pos-sível extinguir freguesias e deixar a população com o menino nos braços.

Faltou ouvir as juntas no processo de construção do documento?Luísa Monteiro: Faltou,

não fomos ouvidos nem achados.

Pedro Nóbrega: A ANA-FRE foi ouvida pela troika, convocada na noite anterior. Os municípios têm um peso que as freguesias não têm.

Esta reforma valoriza o papel dos presidentes de junta?Diamantino Santos: Acho

que devemos perceber por-que querem limitar a pre-sença dos presidentes de junta nas assembleias mu-nicipais. Porque é que os presidentes de junta não es-tão nas comunidades inter-municipais? Admite-se que haja uma infra-estrutura a ser construída no territó-rio de uma freguesia sem se ouvir o presidente de junta? Isto prende-se com a valori-zação do papel do presiden-te de junta.

Há sinais de que está a ser desvalorizado o papel do pre-sidente de junta?Pedro Nóbrega: Neste mo-

mento é isso que está a acon-tecer. Até Janeiro não é pos-sível fazer uma discussão sé-ria sobre este assunto com os interessados.

Diamantino Santos. Presidente Junta de Freguesia de Cora-ção de Jesus, Viseu, de 56 anos, eleito pela primeira vez em 2009 pelo PSD. É o representante da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) no distrito de Viseu.

Lisete Cabral. Presidente da Junta de Freguesia de Fornos de Maceira Dão, Mangualde, de 36 anos, eleita pelo primeira vez em 2009, pelo PS.

António Lourenço. Presidente da Junta de Fre-guesia de Almacave, Lamego, de 54 anos, é autarca há 30 anos, em 2009 foi eleito pela coligação PSD/CDS.

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

9

Page 10: Jornal do Centro - Ed499

À CONVERSA | REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL

Já encaram a possibilidade da vossa freguesia ser extinta e integrada num conjunto de outras freguesias?Pedro Nóbrega: A mi-

nha freguesia (Real) é uma freguesia pequena e está no limite com o concelho de Mangualde. A maio-ria das pessoas faz vida em Mangualde e faz vida em Penalva e é um dos assuntos que a população comenta.

Há então estratégias que podem ser estudadas e implementadas para dar res-posta aà proposta de lei?António Lourenço: tudo

seria mais fácil se no estudo estivesse a apresentação dos diplomas que virão a seguir. Nós não sabemos quais são as competências, quais são os meios financeiros para as novas freguesias.

Existe um défice de informa-ção no documento?Luísa Monteiro: Apesar

de poder haver uma discus-são, eu vejo este documento como uma imposição, por-que não temos por onde fu-gir.

Pedro Nóbrega: E há um défice de informação. As freguesias sempre foram os parentes pobres inclusi-ve de própria informação. O Governo emana muita in-formação que chega às câ-maras municipais e não vai mais abaixo.

António Lourenço: O pro-jecto que nos deram para as mãos não tem défice de informação. Existe é um défice de certos diplomas que deveriam acompanhar este documento. Os presi-dentes de junta também têm sido um bocado culpados. A delegação da ANAFRE de Viseu envia mails para todas as juntas do distrito e muitos dos presidentes não abrem os computadores.

O “Documento Verde da Re-forma Administrativa” carece da intervenção do poder local para ser levado à prática? Diamantino Santos: Tem

que ter uma intervenção de todos nós sob pena de esta ser uma solução final. No pouco espaço de tempo que temos, é preciso tomar me-didas. A menos que possa-mos propor o alargamento do prazo [de discussão].

Pedro Nóbrega: Há várias questões que é preciso des-

construir no documento. A questão da diferença entre o urbano, o rural e a den-sidade populacional está a criar casos complicados. Em Carregal do Sal, a freguesia de Cabanas de Viriato está classificada como freguesia rural e Beijós, uma fregue-sia encravada no vale do rio, está classificada como me-dianamente urbana. Como é possível? É preciso aplicar novos critérios. É preciso co-locar em cima da mesa to-dos os cenários para que a população seja esclarecida e veja o que pode ser bom e o que pode ser mal.

O que é preciso fazer a partir de agora e até Janeiro?Diamantino Santos: As

juntas de freguesia têm que fazer a sua interpretação e dar sugestões. Seguramen-te que não vamos ser todos ouvidos, por isso temos que dar força à associação que nos representa (ANAFRE) e fazer com que seja portadora da nossa bandeira. Acredito que o congresso (extraordi-nário) seja de grande peso e não podemos faltar a esse congresso.

Os presidentes de Câmara têm que estar envolvidos neste debate?Diamantino Santos: É ob-

vio que sim, eu não entendo este reforma como sendo só das freguesias.

A população está consciente desta mudança?António Lourenço: Está

a zero. O que transparece para a população é que a lei é muito boa porque vai man-dar embora um conjunto de “comilões”. E está a passar outra ideia de que as juntas são a desgraça deste país.

Diamantino Santos: Com-pete-nos a nós alavancar esta discussão. Nós temos muitos presidentes de junta em fim de mandato que es-tão muito pouco motivados para este processo e lança-mos o apelo para uma par-ticipação.

António Lourenço: O mu-nicípio de Viana do Caste-lo já formou uma comissão para apoiar todas as juntas de freguesia nesta reforma administrativa. E isto devia partir já de todos os presi-dentes de câmara do país, mas a maior parte está de sa-ída, o que acontece com mui-tos colegas presidentes de

junta. Eu faço um alerta para que o problema não comece por essa desmotivação.

Querem lançar sugestões?Diamantino Santos: En-

quanto presidente da Jun-ta de Coração de Jesus pre-tendo levar o documento à discussão da próxima reu-nião do executivo (extraor-dinária). Vamos convocar um plenário com todos os nossos fregueses para per-ceber também o que que-rem. Depois, daremos conta das conclusões à Associação Nacional de Freguesias. No âmbito da delegação distri-tal da ANAFRE, vou querer convocar o conselho geral aberto a sócios e não sócios para discutir estas medidas com toda a franqueza e com sentido construtivo. Que-remos ter essas conclusões antes da reunião extraordi-nária da ANAFRE para que percebam o sentido do nos-so distrito. Estas dinâmicas têm que ser criadas por to-dos os concelhos.

Pedro Nóbrega: No nos-so concelho, além de haver a discussão interna a nível de freguesia, parece-me viá-vel discutir a questão com os restantes colegas [presiden-tes de junta] antes de anali-sar a questão com a popu-lação.

Lisete Cabral: A primei-ra percepção é de que nin-guém concorda muito com o que vai ser feito, a não ser so-bre as que estão a funcionar como plenário. Na realidade têm uma população muito reduzida e não se justifica estarem a funcionar como junta de freguesia.

Está claro que o tempo para discutir o documento é curto e os presidentes de junta vão ter que arregaçar as mangas. Que outras conclusões se podem retirar deste debate?Diamantino Santos: Deve-

mos propor um alargamen-to do prazo para discussão. Depois, se o que estamos a falar for para valorizar o municipalismo, estamos in-teiramente de acordo, ago-ra, se for só para diminuir custos de forma cega, des-valorizar a importância do poder local, não podemos estar de acordo com isto. O poder local tem cada vez mais um papel fundamen-tal nas políticas de proximi-dade com os nossos eleito-res. E vai ter um papel fun-

damental na tentativa de evitar a desertificação que o país está a sofrer.

Pedro Nóbrega:. Há três critérios que aparecem no documento, a questão do urbano/rural, e o critério da continuidade como factor. Temos no distrito fregue-sias com territórios que não estão todos juntos. Ermida, é uma freguesia de Castro Daire que tem três territó-rios, como é que vamos di-zer à população que vai ter que se juntar, ou não? Esta realidade territorial históri-ca e que faz parte da identi-dade vai ou não manter-se? O Governo vai ter que nos esclarecer. Esta continuida-de que o Governo vinca vai ser um factor prioritário? O documento não é esclare-cedor sobre o alcance dos critérios em relação a estas especificidades. O Governo diz que vão ser salvaguarda-das mas depois… Nós temos os censos mas há dados que precisamos, que devem ser dados às juntas para que os possam trabalhar.

Quais são as grandes preocu-pações?Lisete Cabral: O facto de

o documento ser pouco es-clarecedor. E, perante isso, é muito difícil transmitir à população o que realmen-te se pretende. Se o Gover-no não transmitir critérios concretos que têm que ser aplicados para a reorganiza-ção vai ser muito difícil para as juntas de freguesia fazer propostas e explicar à popu-lação as deliberações.

Este documento põe em causa a nova Lei Autárquica que está aprovada?Pedro Nóbrega: o docu-

mento não fala nisso, mas a questão terá que ser posta em cima da mesa.

Diamantino Santos: Era fundamental que o Gover-no esclarecesse esta discus-são. Tal como a questão das especificidades. A realida-de local tem que ser escal-pelizada e levada a quem de direito.

Pedro Nóbrega: desta vez não foi com régua esquadro, desta vez foi a compasso. E temos que calcular as ver-dadeiras distâncias que os nossos fregueses percor-rem. Eles vão pelas estradas e algumas difíceis de per-correr.

rÉ impossível até Janeiro criar alternativas a este modelo”

rO documento está a esquecer-se do lado afectivo”

rParece que chutam sempre as respon-sabilidades para as juntas de freguesias”

rO documento é pouco esclarecedor”

rHá muita câmara no país que não delega poderes nas juntas de freguesia”

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

10

Page 11: Jornal do Centro - Ed499

����������� �� �������������������������������

�� �����������������

���������

���������� ��������� ������

�������������

�������������

�����������

��������� �������� ��!"�#"�$

�������������

������������

Page 12: Jornal do Centro - Ed499

região

Publicidade

Emíli

a A

mar

al

A e m p r e s a munici-pal Habisolvis, de Viseu, contemplou 1 15 famí-lias carenciadas com comparticipações finan-ceiras que vão permitir re-alizar obras em casas anti-gas, no âmbito do progra-ma PROHABIT.

Destinado a edifícios construídos antes de 1970, o PROHABIT somou de 2003 a 2011 perto de três milhões de euros de comparticipações a 813 fa-mílias.

O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas frisou que, apesar de a comparticipação do PRO-HABIT não chegar para fa-zer todas as obras nas ca-

sas que foram alvo de can-didatura, “é uma pequena ajuda, um motor” para que as famílias com poucos re-cursos financeiros vivam melhor.“Se faz bem a todos nós

faz bem sobretudo à cida-dania. É aqui que se prova como é que uma comuni-dade é solidária. Não é ape-nas a falar da solidariedade, a solidariedade prova-se na acção”, encorajou Fernan-do Ruas.

O autarca considerou que empresas como a Habisol-vis, que “fazem um traba-lho extremamente profun-do e importante para ajudar a resolver os problemas dos cidadãos”, devem continu-

ar a existir.O também presidente

da Associação Nacional de Municípios Portugue-ses reiterou estar contra

“a extinção cega” das em-presas municipais: “Que fechem as que não se jus-tifiquem, mas que se man-tenham as que, como esta, têm um trabalho especta-cular ”.

Em 2011, o PROHABIT recebeu 177 candidaturas. Destas foram deferidas as 115 cujos candidatos rece-beram as comparticipações. Dezasseis ficaram condi-cionadas a projeto.

Emília [email protected]

Prohabit contemplamais 115 famílias de ViseuHabisolvis ∑ Empresa municipal mantém programa desde 2003

A As famílias carenciadas receberam a comparticipação das mãos do presidente da Câmara no Solar do Dão

ELEIÇÕES EMNOVEMBRO NODEPARTAMENTO DAS MULHERESSOCIALISTAS

Helena Rebelo, ex-de-putado do PS e Cristina Fonseca, são para já as duas candidatas conhe-cidas para a corrida às eleições no Departa-mento Federativo de Mulheres Socialistas de Viseu, marcadas para 11 ou 12 de Novembro. Es-tas eleições intercala-res ocorrem depois de Fátima Ferreira ter pe-dido a demissão do car-go a meio do mandato que terminava no pró-ximo ano.

“Acredito que atra-vés deste Departamen-to contribuiremos para o empoderamento das mulheres do distrito, para uma forma de es-tar mais interventiva, mais participativa e, deste modo, para uma sociedade mais iguali-tária, mais justa”, afir-mou Helena Rebelo ao confirmar a sua dispo-nibilidade para liderar o órgão do Partido So-cialista.

O Jornal do Centro não conseguiu che-gar à fala com Cristina Fonseca até ao fecho da edição e reserva para a próxima edição as ra-zões que a levaram a candidatar-se. EA

“Chove-me dentro de casa e a minha situação financeira não me permi-tia fazer obras se não fos-se a câmara ajudar. Vivo do Rendimento Social de Inserção, não tenho mais rendimentos”

A Fátima Sousa, soltei-ra, Couto de Cima.

“No Inverno tive de pe-dir a um senhor para me pôr um plástico em cima do telhado, porque me cho-via na cama. Os três mil euros já são uma ajuda, de outra forma nunca conse-guia fazer as obras, o meu marido é surdo mudo tem uma reforma de 300 euros e eu não tenho reforma”

A Maria de Fátima Santos, casada, 66 anos, Moselos.

Jornal do Centro07 | Outubro | 201112

Page 13: Jornal do Centro - Ed499

NELAS | VISEU | REGIÃO

Publicidade

A comissão contra as portagens nas auto-estra-das A23, A24 e A25 realizou na sexta-feira, no Rossio de Viseu, uma recolha de assi-naturas em postais dirigi-dos ao primeiro-ministro, a alertar para os danos cau-sados no interior decorren-tes da cobrança de tarifas naquelas vias.

Esta recolha de assinatu-ras em postais, com um tex-to já impresso, podem ser enviados pelos subscritores, depois de colocar selo, ou a própria comissão se encar-regará de os fazer chegar a Pedro Passos Coelho.

Em cerca de uma hora, a comissão contra as por-tagens nestas rodovias re-colheu cerca de 150 assina-turas.

No postal que deverá chegar ao primeiro-minis-tro, a comissão esgrime os

argumentos que norteiam a luta contra o pagamen-to de portagens - cujo iní-cio poderá ocorrer a 15 de Outubro -, nomeadamente as dificuldades acrescidas para as empresas que utili-zam estas vias, o aumento de desemprego e a ausên-cia de alternativas viáveis para as auto-estradas em causa.

Além desta recolha de as-sinaturas, que vai ter uma segunda ronda no próximo dia 10 junto à Loja do Cida-dão, a comissão prepara, para dia 14, uma “demons-tração prática” de que, em relação à A25 (Aveiro/Vilar Formoso), a EN 16 não é al-ternativa. Essa demonstra-ção vai ser feita com um au-tocarro e um camião pesa-do a circularem entre Viseu e Aveiro pela antiga estrada nacional. Lusa

“Calendário de luta” arranca com recolha de assinaturas

A Câmara Municipal de Nelas decidiu pagar o prémio de 500 euros aos dois melhores alunos do 12º ano, de cada uma das duas escolas secundá-rias do concelho, Nelas e Canas de Senhorim.

Desta forma, a autar-quia substituiu o Minis-tério da Educação, que decidiu “canalizar es-sas verbas para a aqui-sição de materiais ou para o desenvolvimento de projetos sociais nas escolas, cuja escolha da iniciativa a apoiar fica ao cargo do aluno pre-miado”.

Isaura Pedro, presiden-te da autarquia, considera que “a atribuição dos pré-mios, aos melhores alu-

nos, deveria continuar, por constituir uma pre-ciosa verba para supor-tar algumas das avulta-das despesas de frequên-

cia do ensino superior”. A cerimónia de entre-

ga de diplomas e respec-tivos prémios monetá-rios decorreu na passada

sexta-feira, premiando o mérito e o empenho dos alunos.

Tiago Virgílio Pereira

Autarquia de Nelas substitui Ministério da Educação500 euros∑ Para os dois melhores alunos das secundárias de Nelas e Canas de Senhorim

A Cerimónia da entrega de prémios ocorreu na sexta-feira

Publicidade

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011 13

Page 14: Jornal do Centro - Ed499

REGIÃO | VISEU | CASTRO DAIRE | VOUZELA

ATÉ JÁ OU ATÉNUNCA MAIS?

O m é d i c o b r a s i -leiro de 36 anos, que confessou ter coloca-do uma microcâma-ra no WC do serviço de Neurocirurgia do Hospital de Viseu, foi de férias e nunca mais apareceu. “O médico rescindiu unilateral-mente o contrato que t inha com o Hospi-tal de Viseu”, garan-tiu fonte hospitalar ao Jornal do Centro. O semanário sabe que o pedido surgiu durante o período de férias do profissional.

“Acho inadmissível que o médico pegue nas malas e vá embo-ra e que tudo isto seja considerado normal”, disse uma enfermeira que pediu anonimato.

Os funcionários des-conhecem o paradeiro do médico e esta situ-ação está a causar mal-estar.

Recorde-se que a Ad-ministração do Hospi-tal garantiu que toma-ria uma posição rela-tiva ao caso, quando fosse notif icada pe-las entidades oficiais do processo, facto que não foi conf irmado nem desmentido. TVP

CADÁVERViseu. A GNR continua a averiguar o aparecimen-to do cadáver de um ho-mem de 53 anos, duran-te a noite de sexta-feira, junto à Barragem de Fa-gilde, em Viseu.O cadáver foi encon-trado cerca das 4h00 e, “para já, não há indí-cios” que levem a pen-sar tratar-se de um cri-me, disse à agência Lusa o responsável pelas re-lações públicas da GNR de Viseu, o tenente-co-ronel Paulo Fernandes. “O corpo já foi recolhi-do e estão a ser apura-das as causas da morte”, afirmou.No local foi encontra-da a viatura do homem, residente na cidade de Viseu, acrescentou.

DETIDOCastro Daire. A GNR de-teve um indivíduo de 80 anos, pelo crime de in-cêndio florestal, na fre-guesia de Gosende, em Castro Daire. O homem foi apanhado em flagran-te delito, na segunda-fei-ra, pelas 19h30, surpre-endido por uma equipa

de Protecção Florestal do Núcleo de protec-ção ambiental, do Des-tacamento da GNR de Lamego, no momento em que se encontrava a atear o incêndio. Apesar da rápida inter-venção dos Bombeiros as chamas ainda consu-miram cerca de dois hec-tares de terreno, tendo o fogo sido dado como ex-tinto às 21h30.

ATROPELADOVouzela. Um homem fi-cou gravemente ferido ao ser atropelado por uma viatura pesada no sentido Viseu-Aveiro, da auto-estrada A25, em Ventosa, Vouzela, dis-se uma fonte do Desta-camento de Trânsito da GNR.Segundo a mesma fonte, “o condutor de um ligei-ro parou na auto-estrada para pedir informações e foi colhido por um pe-sado”, cerca das 15h00, de terça-feira.A A25 esteve cortada até às 15h54, altura em que descolou o helicóptero que transportou o ferido grave para o Hospital de S. Teotónio, em Viseu.

O candidato à presidên-cia da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rebelo Ma-rinho voltou a defender a criação de uma direcção nacional de bombeiros

“autónoma, administrati-va e operacionalmente”, da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

O presidente da Fede-ração de Bombeiros do Distrito de Viseu, que concorre à liderança da liga ao lado de um outro candidato, Jaime Soares, autarca e presidente da Federação de Bombeiros de Coimbra, apresentou o programa da sua candi-datura, na sexta-feira, em Viseu.

Rebelo Marinho ex-plicou que quer para os bombeiros “exactamen-te o mesmo tratamento que existe para os demais agentes de protecção civil” portugueses. “PSP, GNR, Forças Armadas, INEM, todos eles têm uma di-recção nacional. Sendo

os bombeiros o principal agente de protecção civil, não tem lógica que sejam os únicos a não ter uma direcção nacional e uma estrutura de comando hierárquica própria”, jus-tificou.

A sua candidatura defen-de também que a cobran-ça de uma taxa municipal é cada vez mais urgente para a sustentabilidade das corporações de bom-beiros do país.

A necessidade de cons-

truir um modelo de finan-ciamento das associações humanitárias e corpos de bombeiros é outra das ideias centrais da candi-datura de Rebelo Mari-nho, para que não fiquem dependentes das receitas geradas pelo transporte de doentes, que sofreram

“uma redução agressiva e violenta” nos últimos tem-pos.

Emília [email protected]

Rebelo Marinho querdirecção nacional autónomaIdeias ∑ Criação de uma taxa municipal para os bombeiros

Publicidade

O Coronel de Infantaria, Artur Carabau Brás tomou posse na terça-feira do cargo de comandante do regimento de Infanta-ria de Viseu. Natural de Freixo de Espada á Cinta, prestava actualmente serviço no Instituto de Defesa Nacional como asses-sor do Major General Director.

Artur Brás veio ocupar o lugar de João Porto que concluiu o comando em me-ados de Setembro, para assumir as fun-ções de Chefe do Oficiais de Ligação da ONU, no Teatro de Operações do Ko-sovo. EA

foto legenda

Nun

o A

ndré

Fer

reira

A Candidato a presidente da Liga de Bombeiros apresentou programa em Viseu

Emíli

a A

mar

al

Jornal do Centro07 | Outubro | 201114

Page 15: Jornal do Centro - Ed499
Page 16: Jornal do Centro - Ed499

Publicidade

UNIÃO EUROPEIA

O Parlamento Europeu recomendou a introdução em toda a UE da velocida-de máxima de 30 km/h nas zonas residenciais. Num relatório aprovado em plenário, os eurode-putados propõem tam-bém a instalação obri-gatória de dispositivos que impeçam o arranque dos veículos em caso de

alcoolemia (“alcolocks”), como medida de reabili-tação para os condutores que já tenham sido pena-lizados por conduzir em estado de embriaguez.

O objectivo destas me-didas é reduzir para me-tade as mortes nas estra-das europeias até 2020. O Parlamento Europeu propõe ainda que sejam

estabelecidos os seguin-tes objectivos para esta década: redução de 40% do número de feridos em perigo de vida; redução de 60% do número de ví-timas mortais entre as crianças até aos 14 anos; redução de 50% do nú-mero de peões e ciclistas mortos em acidentes ro-doviários.

PE propõe velocidade máxima de 30 km/h nas zonas residenciais

A Comissão Europeia lançou uma consulta pú-blica sobre as medidas a tomar para que a União Europeia consiga reduzir as emissões de gases fluo-rados, um grupo de gases industriais que contribui fortemente para o aqueci-mento geral do planeta.

De acordo com um estu-do da Comissão, este tipo de gases pode ser subs-tituído por alternativas

cujo contributo negativo para alterações climáticas é quase inferior ou qua-se nulo. Estima-se que a UE consiga eliminar dois terços das emissões actu-ais de gases fluorados até 2030.A consulta decorre até 19 de Dezembro de 2011 e é dirigida a todas as par-tes interessadas.

O que são gases fluora-dos? Os gases fluorados

com efeito de estufa são gases que, ao acumularem-se na atmosfera, aumen-tam a temperatura do pla-neta, podendo prejudicar a vida na Terra. A sua uti-lização tem sido crescente em aparelhos de ar condi-cionado e de refrigeração. Os gases fluorados contri-buem actualmente para cerca de 2% das emissões de gases com efeito de es-tufa na União Europeia.

Consulta sobre emissõesde gases industriais

REGIÃO | RESENDE

Foi num ambiente de grande festa que centenas de resendenses inaugura-ram o novo Estádio Muni-cipal de Fornelos.

O equipamento agora concluído, no valor de cer-ca de 2 milhões de euros, é constituído por um cam-po de futebol com relvado sintético e com capacida-de para acolher provas in-ternacionais, e uma ban-cada com lotação de cerca de 1000 lugares.

Resende, tem agora ins-

talações desportivas de elevada qualidade, que proporcionam conforto para os atletas e com co-modidade para os espec-tadores, podendo atrair estágios de equipas e competições nacionais e internacionais. António

Borges, presidente da au-tarquia referiu que “este é um momento importan-te para o município e para toda a comunidade resen-dense e um passo muito importante para o desen-volvimento das políticas desportivas”. TVP

Resende tem novo estádioTodos podem ser provadores

Opinião

Esta é uma questão mui-to recorrente. Existem li-mitações para se ser um provador? A resposta não é simples nem directa. No entanto podemos determi-nados alguns factores que podem condicionar as ape-tências dos provadores.

Desde logo, a sua condi-ção fisiológica. Isto é, no caso de já terem feito pro-vas não só de vinho como de outro tipo de alimentos ou odores, verificam que existem pessoas com capa-cidades de detectar odores em níveis distintos.

Um exemplo muito con-creto desta situação, é o que se verifica quando as mulheres estão grávidas, o seu nível de percepção de odores aumenta brus-camente. Trata-se de um instinto de sobrevivência, é a defesa da cria.

As pessoas com um sis-tema olfactivo mais eficaz reúnem condições à parti-da superiores para a prova. Esta propriedade intrínse-ca de cada um necessita de ser trabalhada, domestica-da, melhorada e apurada.

A par destes requisitos, existem outros factores li-mitadores do acto da prova, a disposição pessoal para a fazer é um deles.

Um provador deve co-nhecer-se minimamente, definir os objectos da pro-va e tentar determinar o seu limite se possível.

Para potenciarem as suas qualidades, os prova-dores devem apresentar-se sempre num bom esta-do de saúde, isto é, sem in-terferências no seu sistema respiratório e digestivo, re-laxados mas compenetra-

dos na tarefa.O melhor momento

para se efectuar a prova é quando os provadores pos-suem alguma fome, têm o seu sistema sensorial mais apurado. Uma prova com um valor mais cientifico e académico deverá realizar-se entre a 10:30 e as 11:30 da manhã.

Ao nível da boca, o pro-vador deve possuir alguns cuidados suplementares, não fumar 2 hora antes da prova, possuir os dentes limpos (não lavar os den-tes antes da prova) e ter a boca lavada. Por norma, a ingestão de uma água neu-tra antes da prova e duran-te a mesma melhora seu resultado. Estes cuidados devem ainda estender-se ao nível do vestuário a não utilizar (ex. couro) e os perfumes e desodorizantes adoptados por cada um.

No caso de utilizar um determinado perfume, no final da segunda sema-na o seu aroma para os utilizadores é imperceptí-vel, mas fácil de determi-nar pelos outros.

A prova acompanhada de comida está condicio-na e muitas das sensações obtidas modificadas. Por exemplo, a ingestão ante-cipada de carne, fomenta o limiar de percepção dos gostos doces e ácidos, di-minuindo os amargos. É com base nestes testes já realizados que foram de-finidas combinações de vinhos com os diferentes pratos, matéria a abordar com alguma calma.

Numa refeição bastante condimentada com os sen-tidos saturados, a prova fei-

ta em seguida ou em simul-tâneo fica alterada, mas o convívio certamente muito melhorado.

Nestas condições, o pro-vador deixa de ter e possuir um espírito crítico aprimo-rado e abandona um pos-sível pendor profissional. Esta é uma característica que facilmente vão adquirir, apurar e burnir quando co-meçarem a provar regular-mente e de forma correcta.

Pese embora tudo o que foi descrito seja verdade, penso que quem se inicia nestes périplos e andanças não necessita de adoptar à risca todos estes requisitos.

Procurem provar sem-pre com vários amigos. Troquem ideias e registem sempre as primeiras sensa-ções obtidas, numa lingua-gem fácil de compreender.

Por norma estas sen-sações são as mais acer-tivas. No caso de assim o entenderem, ouçam com algum espírito crítico, os possíveis ensinamentos de quem domina esta matéria. Este provavelmente mani-festará alguma humidade quando tentar explica as sensações obtidas com a prova.

Duvidem sempre de quem nestes momentos pretende ser o alvo das atenções. Por norma estes provadores conseguem sempre encontrar uma ca-racterística, um aroma in-vulgar ao comum dos de-butantes o que redonda em muitas situações numa si-tuação profundamente ri-dícula. Boas provas.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

Jornal do Centro07 | Outubro | 201116

Page 17: Jornal do Centro - Ed499

especial Animais de Estimação

O Dia Mundial do Ani-mal já passou (celebra-se a 4 de Outubro), mas nun-ca é demais pensar e agir em prol das necessidades dos companheiros de es-timação.

Apesar de a data ser assi-nalada desde 1930, em mais de 45 países, ainda conti-nuamos a assistir a inúme-

ros crimes e torturas con-tra os animais, sobretudo porque estes não se conse-guem defender sozinhos. Assim, mais do que pensar nos bichinhos que temos em casa, importa reflectir sobre aqueles que continu-am a sofrer às mãos huma-nas e a ser explorados, mui-tas vezes sem que a socie-

dade se aperceba.A Declaração Universal

dos Direitos do Animal foi – através de uma proposta de Georges Heuse, secre-tário-geral do Centro In-ternacional de Experimen-tação de Biologia Humana e cientista ilustre - procla-mada pela UNESCO a 15 de Outubro de 1978 e todos so-

mos chamados a contribuir para que a mesma seja res-peitada.

CuriosidadeO Dia do Animal come-

mora-se a 4 de Outubro em homenagem a S. Francisco de Assis, por ser a data do seu falecimento.

Franciscus van Assisi

nasceu em Assis, velha ci-dade de Itália, situada na região da Úmbria, em 26 de Setembro de 1182. Após ter passado por um período em que esteve gravemen-te doente decidiu passar a ajudar os mais carenciados. Franciscus amava os ani-mais e protegia-os, che-gando a comprar pássaros

engaiolados só para os ver voar de novo, em liberda-de. Morreu a 4 de Outubro de 1226 e, dois anos depois, foi santificado.

Em 1929 no Congresso de Protecção Animal em Viena, Áustria, foi decla-rado o dia da morte de São Francisco de Assis como o Dia Mundial do Animal.

S. Francisco de Assis“apadrinha” Dia Mundial do Animal

Realizou-se a 4 de Outubro

Publicidade

Reza o saber popular que o cão é o melhor amigo do Homem. Entre os dois criam-se laços de cumpli-cidade ímpares e sem cobranças (bem, talvez um biscoito de vez em quando…). Há casos em que a re-lação é tão forte que pode mesmo assemelhar-se à que se estabelece entre uma mãe e o filho.

É o que acontece com Sophie Rodrigues e Litas, uma cadela ar-raçada de cão d’água, que até her-dou o sobrenome da dona.

Conheceram-se em Abril de 2010 e, desde então, são inseparáveis. “O primeiro olhar até nem foi muito positivo mas, no dia seguinte, já nin-guém ma tirava”, começa por contar a dona que, desde criança, está ha-bituada a lidar com animais. Este é um gosto que recebeu dos pais que têm “dois cães e sete gatos”.

Sobre a sua amiga de quatro pa-tas, Sophie realça algumas caracte-rísticas: “é muito gulosa, brincalho-na, esperta, exigente e territorial”.

“É tudo para mim e uma compa-nheira de todas as ocasiões”, descre-ve, frisando que, tal como acontece

com os humanos, é nos momen-tos de aflição que vemos como os outros nos fazem falta. “A Litas es-teve doente e, além de eu também ter ficado, percebi o quanto gosto dela”, conta.

OrgulhoPassado o susto, a dupla voltou a

rotina habitual. “Sou sempre rece-bida à porta e mal tiro a chave para entrar no prédio ela começa logo a ladrar. Se é de dia vai buscar a tre-la, enquanto se já estiver escureci-do senta-se na cama, na dúvida se

haverá ou não passeio”, acrescenta Sophie, deliciada com as peripécias da petiz.

Além de não largar a dona “um segundo” quando estão em casa e de dormir enroscada à cabeça da dona, a Litas – também tratada por Litinhas – adora andar de carro, onde já tem lugar cativo e direito a cinto de segurança próprio.

A experiência com a sua compa-nheira de quatro patas tem corrido tão bem que a jovem considera mes-mo a hipótese de aumentar a ‘prole’ e adoptar mais um cão.

“A Litas é tudo para mim”Conheça a história desta dona ‘babada’

Cirurgias de emergência e or-topédica – incluindo cesarianas e atendimento a politraumatizados e a casos de intoxicação, cuidados de medicina interna e apoio ao domicílio são alguns dos servi-ços que pode encontrar na SOS Animal – Hospital Veterinário de Viseu, localizada na Aveni-da Cidade de Aveiro. A unidade presta atendimento 24 horas por dia, tendo sempre pelo menos um médico e um enfermeiro disponí-veis, e reúne condições para que o seu companheiro de quatro patas possa, sem valores acrescidos, fi-car internado.

O apoio à criação de animais e os cuidados aos de grande porte – como cavalos, bovinos, ovinos e porcinos – e aos exóticos, são ou-tras das valências da estrutura, a funcionar desde 2009. O facto de possuir protocolos com outras unidades permite receber e en-viar doentes de e para outras zo-nas do país, quer para segundas opiniões, como para tratamentos

mais especializados. A juntar ao vasto leque de ser-

viços está também uma equipa de oito pessoas, na qual a vertente humana é muito marcante. Este é um dos pontos que, paralelamen-te aos preços acessíveis, contri-bui para a grande afluência que se regista na SOS Animal e que, de acordo com o médico veterinário e director clínico do espaço, Abel Fernandes, são sinónimo de que “o trabalho é reconhecido”.

Mas para que os problemas te-nham um final feliz, o clínico avisa que é importante “as pessoas não protelarem e levarem o animal ao hospital quando se suspeita de pa-tologias que podem ser graves e colocar a sua vida em risco”.

A trabalhar na área há cerca de 10 anos e habituado a lidar com a ‘bicharada’ desde pequeno, Abel Fernandes fala com orgulho da sua profissão e realça o agrade-cimento que recebem não só por parte dos donos, mas também dos animais.

SOS Animal tem atendimento 24 horas por dia

Hospital disponibiliza vasto leque de serviços

textos ∑ Andreia Mota

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011 17

Page 18: Jornal do Centro - Ed499

ESPECIAL | ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Intoxicações Sinais como tremores, salivação exces-

siva, dificuldades respiratórias, convul-sões, vómitos e depressão são indicativos de que o seu animal poderá ter ingerido algum veneno. É uma emergência médi-ca. Não dê nenhuma medicação ao seu animal e não dê nenhum tipo de líquido ou alimento pela boca. NUNCA admi-nistre azeite ou leite pois poderá provo-car uma pneumonia por aspiração e fa-zer com que o estado do seu animal se agrave.

Se tiver consigo a embalagem do tóxico ou veneno, leve-a consigo e mostre-a ao Médico Veterinário.

Diarreias e vómitos É muito frequente os animais mais jo-

vens apresentarem estes sinais que são de extrema importância e gravidade uma vez que os animais mais pequenos desi-dratam muito rapidamente e podem facil-mente ficar com hipoglicemia. Existem inúmeras causas para estes problemas e os animais devem sempre ser tratados dependendo da causa.

Atropelamentose traumatismosSão sempre situações de emergência

médica! Mesmo que o seu animal de es-timação não apresente lesões externas deve consultar o seu Médico-Veterinário, uma vez que poderá haver lesões graves nos ógãos internos.

Intoxicaçãopor fármacosMuitos medicamentos que usamos

para as pessoas, são extremamente tó-xicos para os nossos animais de estima-ção. É uma causa muito frequente de in-toxicações e de mortalidade em cães e gatos. Nunca dê medicamentos que tem em casa a um animal sem ser por reco-mendação Médico-Veterinária.

Cuidados de saúde básicoscom os nossos animais de companhia

OPINIÃO

Todos os que gostam e cuidam dos seus animais de estimação percebem a importância de lhes pres-tar os melhores cuidados de saúde. A vacinação e a desparasitação são dos cui-dados de saúde mais sim-ples mas simultaneamente dos mais importantes. Para além do seu bem-estar e saúde, importa também o bem-estar da população em geral, isto porque algumas doenças são comuns ao Ho-mem e a erradicação destas é um preocupação de saúde pública. Para perceber a im-portância destes cuidados, basta pensar que algumas doenças, tanto de pessoas como de animais, estão ac-tualmente erradicadas gra-ças à vacinação.

A desparasitação do seu animal de estimação é fun-damental para o bem-estar de toda a família.

A desparasitação exter-na protege-os contra pul-gas, carraças e picadas de mosquitos. Pode ser feita através de pipetas (de colo-cação mensal) ou coleiras (que devem trocar-se de 4 em 4 ou 6 em 6 meses).

A desparasitação interna elimina os parasitas intes-tinais que podem provocar mau-estar, perda de apeti-te, vómitos, diarreia, des-conforto abdominal, flatu-

lência, etc, e deve ser rea-lizada com a periocidade e os produtos aconselhados pelo seu Médico Veteriná-rio. Os cachorros e gatinhos podem ser desparasitados a partir das 2 semanas de idade.

A vacinação dos cachor-ros pode ser iniciada a par-tir das 4-6 semanas de ida-de e o protocolo vacinal aconselhado pelo seu Mé-dico Veterinário deve ser cumprido na totalidade, pois só no final deste o ani-mal se encontra protegido contra as doenças infeccto-contagiosas. A partir das 15 semanas, os cães devem re-ceber a vacina da raiva e co-locar o microchip, que são obrigatórios por lei.

Actualmente em Portu-gal já está disponível a va-cina da leishmaniose, que deve ser administrada a to-dos os cães saudáveis, so-bretudo na nossa região, onde existe uma elevada prevalência da doença.

Os gatinhos podem ser vacinados a partir das 8 se-manas de idade, e o proto-colo vacinal deve ser per-sonalizado para cada ani-mal uma vez que o plano vacinal varia com o estilo de vida do animal ( nomea-damente se vive dentro de casa, ou se também vive fora de casa).

Rita BatistaMédica Veterinária do Centro Veterinário da Beira Alta

A clínica veterinária do Cantinho dos Animais Abandonados de Viseu (CAAV) “está em fase de arranque e deverá ser inaugurada no próximo ano, no Dia Mundial do Animal, a 4 de Outubro”. A notícia é avançada ao Jornal do Centro pela directora da associação, Ana Maria Vaz.

O equipamento, que custará cerca de 150 mil euros, terá uma vertente social – atendendo a cus-to zero animais de famí-lias carenciadas – e fica-rá instalado num terreno adjacente ao Cantinho, que o adquiriu para esse efeito.

“A clínica irá prestar todo o tipo de serviços de saúde animal, mas sem fins lucrativos”, adianta a responsável, frisando a falta que uma estrutu-ra do género faz “ao país inteiro”.

De acordo com Ana Maria Vaz, o objectivo é o de permitir a qual-quer cidadão ter um ani-mal de estimação, mes-mo que os seus recursos financeiros sejam escas-sos. “No caso dos ido-sos, em que o dinheiro mal chega para os me-dicamentos, um animal pode ser a única compa-nhia”, alerta, acrescen-tando que o CAAV “não

vai deixar que um ani-mal faleça porque o dono não tem verbas para o ajudar”.

Actualmente, a pres-tação de apoio médico já é assegurada pela as-sociação, que envia os animais para a Univer-sidade de Trás-os-Mon-tes e Alto Douro para serem tratados , sem custos para os proprie-tários. “A partir de ago-ra poderemos fazer isso em casa”, nota a respon-sável.

CampanhaO Cantinho – que dis-

põe de um pólo em Vila Nova de Paiva e outro em Tabuaço - acolhe, neste momento, 673 animais, dos quais 63 são gatos.

Por isso, a solidarie-dade é uma ferramenta importante para a ins-tituição. À semelhan-ça do que tem aconte-cido em anos anterio-res, no Dia Mundial do Animal foi realizada uma campanha de an-

gariação de alimentos e outros bens necessá-rios. Quem ainda não deu o seu contributo, por mais pequeno que seja, pode fazê-lo du-rante o f im-de-sema-na no Intermarché, em Viseu.

“Do pouco fazemos muito”, promete Ana Maria Vaz. E os resul-tados falam por si: em 2010 foram dados para adopção cerca de 500 animais, um valor já ul-trapassado este ano.

Clínica veterinária do Cantinho dos Animais de Viseu já arrancou

Associação recolhe ajuda durante o fim-de-semana

Jornal do Centro07 | Outubro | 201118

Page 19: Jornal do Centro - Ed499

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO | ESPECIAL

“Um para Todos” é o nome da campanha so-l idária de vacinação lançada, em Julho deste ano, pela Merial, um la-boratório farmacêutico veterinário.

O projecto, enquadra-do na política de res-ponsabilidade social da empresa, pretende doar a cinco associações de apoio e protecção de animais carenciados, cerca de 5 por cento das doses de vacinas ad-ministradas aos cães e gatos, nos Centros de Atendimento Médico Veterinário (CAMVs) aderentes a esta causa,

em todo o território na-cional.

Alertar a população portuguesa para a im-portância da vacinação nos animais de estima-ção, como forma

de preven-ção de várias doenças graves e até mesmo fatais para os animais é um dos principais ob-jectivos da campanha.

Os proprietários dos cães e gatos que preten-dam associar-se a esta causa, apenas têm de se dirigir às clíni-cas e hospitais v e t e r i n á r i o s

aderentes à campanha “Um para Todos” e re-

ceberão no acto da va-cinação, o autocolante do “Animal Solidário” para colocação na ca-derneta de vacinas e o cartão membro “Um para Todos” com a mo-rada e lec t rón ica da campanha (facebook.com /u mpa ratodos), onde poderão acompa-nhar o desenvolvimen-to do projecto e consul-tar a lista de Centros de Atendimento Médico-Veterinário participan-tes.

A c a m p a n h a “ Um para Todos” estará em v igor até Dezembro deste ano.

Campanha “Um para Todos” alerta para importância da vacinação

Até final do ano

o a .Alertar a populaçãoortuguesa para a im-ortância da vacinaçãoos animais de estima-ão, como forma

e preven-ão de várias doenças raves e até mesmo atais para os animais um dos principais ob-

ectivos da campanha.

cães e gatos que p etedam associar-se a esta causa, apenas têm de se dirigir às clíni-cas e hospitais v e t e r i n á r i o s

U pa a odos e e

SABIA QUE PODE FAZER UM SEGURO PARA O SEU ANIMAL?

Se o seu cão derrubar alguém ao correr ou se o seu gato estragar a roupa do vizinho já não precisa de ficar (demasiado) preo-cupado. É que no mercado já existem seguros de res-ponsabilidade civil para animais domésticos que cobrem as indemnizações relativas aos danos cau-sados. Nalguns casos, os mesmos podem incluir co-berturas de assistência, de modo a que os donos pos-sam informa-se sobre clí-nicas veterinárias, escolas de treino ou locais que po-dem acolher o seu animal em caso de ausência.

O primeiro passo é con-firmar se a cobertura do seguro de responsabilida-de civil familiar ou multir-riscos habitação não inclui já esta vertente. Ainda as-sim, há casos que não in-cluem algumas raças ou categorias, como os cães de grande porte ou de guarda. O melhor será mesmo pe-dir uma apólice específica para animais domésticas, que são disponibilizadas por quase todas as empre-sas do ramo.

Importante é também decidir o capital da cober-tura e não esquecer que, geralmente, é aplicada uma franquia de 10 por cento so-bre os prejuízos causados.

Já os cães considerados perigosos – que tenham atacado pessoas ou ani-mais, cão de fila brasileiro, dogue argentino, pit bull terrier, rottweiller, staffor-dshire terrier americano, staffordshire bull terrier, tosa inu e cruzamentos destas com outras raças – necessitam de um seguro de responsabilidade civil específico. Além do micro-chip de identificação, estes cães deverão ter uma licen-ça da junta de freguesia e seguro de responsabilida-de civil com capital míni-mo de 50 mil euros.

Outra possibilidade é conciliar a apólice com a cobertura de despesas de saúde animal. Os descon-tos rondam os 30 por cento e são válidos durante toda a vida do animal.

O melhor é mesmo esco-lher as opções que melhor se adequam às suas neces-sidades e às do seu bichi-nho de estimação.

O aumento do número de pessoas a pedirem a veteriná-rios para abaterem os seus ani-mais sem justificação clínica está a revoltar profissionais do sector e zoófilas.

“Sabemos de muitas pessoas que nunca deveriam ter tido um animal e que, à menor difi-culdade, se querem livrar dele, nem que seja através da euta-násia, o que é revoltante”, disse à agência Lusa a presidente da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (LPDA), a propósito do Dia Mundial do Animal, que se assinalou na terça-feira.

“Os pedidos de eutanásia de que vamos tendo conhe-cimento são cada vez mais. É revoltante e, principalmente, preocupante”, disse.

Para Maria do Céu Macha-

do, “não há nada que justifi-que a morte de um animal sem motivos clínicos” e é isso mes-mo que os voluntários tentam transmitir aos donos.

Igual papel desempenham

os veterinários, que se vêem a braços com estes “pedidos incompreensíveis”. Ana Mar-ques, médica veterinária, disse à Lusa que desde o verão que tem recebido várias solicita-ções neste sentido, as quais re-cusa “veementemente”.

“O meu papel é salvar vidas e não acabar com elas. Quan-do me propõem tal coisa, ten-to explicar -- e ajudar -- que há solução clínica para o caso do animal ou, se o dono não quer ficar com ele, que pode optar por dá-lo para adopção”, refe-riu.

Profissionais indignados com pedidos de eutanásiaSem justificação clínica

O tempo frio está à porta e, tal como acontece com a nossa roupa e as nossas casas, as mas-cotes da família também podem precisar de alguns cuidados es-peciais para que não haja sobres-saltos.

• Mantenha o ambiente em que o animal vive sempre aquecido e seco;

• Não saia de um zona quente para uma zona fria, sem adapta-ção ou protecção própria. Uma capa ou camisola podem ajudá-lo a manter a temperatura do corpo elevada;

• Em caso de temperaturas ex-tremas deixar os animais em zo-nas da casa ou isolar bem o chão das casotas caso tenham que ficar na rua. Deixe-lhe algum cobertor ou toalha;

• Se forem para a neve (e depen-dendo da raça) deve ser utilizado calçado de protecção;

• Se apanharem chuva devem ser bem secos ao chegar a casa;

• Se vivem no exterior, garantir uma boa casota, de preferência li-geiramente elevada, de material resistente e isolante.

• Em caso de sintomatologia respiratória, tosse, corrimento ocular/nasal, espirros, consultar o seu veterinário assistente.

Peixes• Se possui animais que vivem

em aquário, como peixes e tarta-rugas, não se esqueça de regular

a temperatura da água com um termóstato. Mantenha também o aquário longe de correntes de ar.

Pássaros• À noite, para proteger o seu

pássaro do frio, cubra a gaiola com um pano, deixando apenas um lado livre, para que consiga ver um pouco da luz.

• A proximidade da gaiola junto aos aquecedores de casa é prejudi-cial, pois irradia uma temperatura demasiado alta. Não o exponha ao calor ou às correntes de ar.

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011 19

Page 20: Jornal do Centro - Ed499

educação&ciência

Mangualde premiou os melhores alunos do agrupamento de escolas, através da entrega de di-plomas e prémios mo-netários, aos alunos que apresentaram os melho-res resultados no último ano lectivo. “Este é um cer t i f i -

cado para o futuro de Mangualde”, considerou João Azevedo, presiden-te da autarquia, duran-te a cerimónia promovi-da pela Caixa de Crédi-to Agrícola Mútuo Vale do Dão e Alto Vouga. O autarca apelou à “solida-

riedade” e “ao apoio en-tre os alunos” e lembrou que estas premissas são também da “responsa-bilidade dos jovens para construírem um conce-lho e um país melhor”.

Vítor Gomes, admi-nistrador da Caixa de Crédito Agrícola Mú-tuo Vale do Dão e Alto Vouga, referiu que o prémio é “um estímu-lo para os alunos que se distinguiram na comu-nidade escolar, quanto ao seu desempenho aca-démico comportamen-tal e relacional”. TVP

Mangualdedistinguemelhores alunos

Entrar no curso de Me-dicina era o grande ob-jectivo do viseense Paulo Gonçalves, que vê o so-nho da sua vida adiado por representar Portugal nas Olimpíadas Interna-cionais de Química.

O jovem de 18 anos, que entrou na univer-sidade, mas em Ciên-cias Farmacêuticas , na Covilhã, frequen-tou a Secundária Alves Martins, em Viseu, e concluiu com uma mé-dia de 17,7 valores, a área Científico-Natural. Por uma décima e meia não obteve a nota mínima de entrada em Medicina. Paulo sente-se injustiça-do uma vez que a parti-cipação nas Olimpíadas lhe “roubou tempo pre-cioso de estudo”.

O aluno preparou-se e até tinha formação na Universidade de Aveiro, ao fim-de-semana. Do Brasil, onde decorreram as Olimpíadas de Quími-ca, em Setembro, trou-xe a medalha de bronze. “Não queria fazer má fi-

gura e dei tudo para não envergonhar Portugal”, explicou.

O problema foi a par-ticipação na Turquia, a uma semana de come-çar a 2ª fase de exames nacionais. “Deixei as disciplinas de Biologia e Físico-Química e não tive tempo para estu-dar”, afirmou. Para o jo-vem, a solução passa por “abrir mais vagas para estes casos de mérito es-

colar” uma vez que tem conhecimento que, em outros países, “ser me-dalhado significa a en-trada directa numa uni-versidade à escolha”.

Segundo a mãe do alu-no, o que está a aconte-cer é “uma injustiça”. Elizabete Pereira sem-pre apoiou o filho, mas reconhece que, se fos-se agora, “dizia-lhe para apostar naquilo que lhe garantisse o futuro”. E

considera que “há va-gas que foram preen-chidas por alunos com menos capacidades”, designadamente do en-sino recorrente.

Joana Sousa, presiden-te da Associação de Pais, garante que vai expor o caso ao Ministério da Educação. “Vamos ape-lar para que seja feita justiça”, disse.

Tiago Virgílio Pereira

Jovem adia sonho em prol do “bronze”Paulo Gonçalves ∑ Representar Portugal nas Olimpíadas adia entrada em Medicina

Publicidade

A Paulo Gonçalves obteve medalha de bronze nas Olimpíadas de Química no Brasil

Nun

o A

ndré

Fer

reira

DR

Jornal do Centro07 | Outubro | 201120

Page 21: Jornal do Centro - Ed499

economiaTelevisão Digital Terrestrechegou a ViseuTotal cobertura ∑ O concelho de Viseu tem total cobertura de rede, ao contrário do que se passa no distrito

A Televisão Digital Terrestre (TDT) é uma nova tecnologia de tele-difusão terrestre em si-nal digital que também funciona através de an-tenas e que irá substituir a actual teledifusão ana-lógica terrestre (televi-são “tradicional”).

Assim, para quem não tiver televisão paga e quiser continuar a assis-tir aos quatro canais de televisão (RTP1, RTP2, SIC e TVI) terá de mu-dar, obrigatoriamente, para a TDT, para conti-nuar a ver esses canais.

A TDT permite uma utilização mais eficien-te do espectro radioeléc-trico, razão pela qual a Comissão Europeia de-terminou que esta tec-nologia fosse obrigato-riamente introduzida em todos os países da União Europeia e esta-beleceu, até 2012, a data limite para desligar a ac-tual transmissão analó-gica.

A Portugal Telecom ganhou o concurso lan-çado pela ANACOM e instalou a infra-estru-tura de rede necessária

para cobrir todo o país com Televisão Digital. “O concelho de Viseu tem, neste momento, to-tal cobertura”, disse um técnico da T D T

ao Jornal do Centro. Contudo, há zonas do distrito que têm uma

cobertura parcial, “Vouzela e S. Pedro

do Sul são al-g uns exem-plos onde isso

acontece”. Treze por cento do ter-

ritório nacional será “co-berto” via satélite.

Tiago Virgílio Pereira

3D CHEGAHOJE A VISEU

A partir de hoje, e du-rante todo o fim-de-se-mana, o centro comer-cial Palácio do Gelo acolhe uma demons-tração dedicada ao ga-ming 3D.

A empresa promoto-ra é a LG e vai mostrar a todos os interessados as potencialidades do mundo a três dimen-sões. Miúdos e graúdos podem entrar em con-tacto com os mais re-centes produtos 3D em televisores, monitores e smartphones.

Este espaço – Cinema 3D Arena - conta com uma zona de experi-mentação para toda a família, onde podes ex-perimentar a conecti-vidade entre os vários aparelho, e ainda uma zona de competição. TVP

Publicidade

21Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

Page 22: Jornal do Centro - Ed499

ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Recuperação

financeira de pessoas

singulares

Opinião

Nesta edição irei expli-car brevemente no que consiste o “Plano de Paga-mentos” e deixo a “Exone-ração do Passivo restante” para o próximo artigo.

Podem recorrer ao “Pla-no de Pagamentos” as pes-soas singulares ou titula-res de pequenas empresas elaborando um plano que preveja uma forma de li-quidar os créditos. Desde que não tenha sido titular da exploração de qualquer empresa nos três anos an-teriores ao início do pro-cesso.

O plano de pagamentos deve conter uma propos-ta de satisfação dos direi-tos dos credores que acau-tele devidamente os seus interesses, de forma a ob-ter a respectiva aprovação, tendo em conta a situação socioeconómica do deve-dor. Este plano pode pre-ver moratórias, perdões de dívidas ou parte de-las, constituições de ga-rantias, extinções, totais ou parciais, de garantias reais ou privilégios credi-tórios existentes, um pro-grama calendarizado de pagamentos e a adopção pelo devedor de medidas concretas (de qualquer natureza) susceptíveis de melhorar a sua situação patrimonial.

Através do plano de pa-gamentos, é possível ne-gociar com os credores e levá-los a ponderar a si-tuação concreta e real do devedor, o que, na maio-ria das vezes, doutra for-ma é totalmente impossí-vel, porque se esgotaram todas as tentativas de di-álogo (na maioria das ve-zes um monólogo).

Embora fique à mercê da aprovação dos credo-res, o plano de pagamen-tos, permite colocar na mesa uma solução que o devedor pode realmen-te pagar, na medida das suas possibilidades re-ais.

Tânia CostaConsultora Financeira

[email protected]

MUDDA surge para mudar Viseu

A Durante apresentação, algumas modelos passearam roupas da loja

Conceito ∑ Ligar arte, sabores e design

Chegou para mudar Viseu. A MUUDA assen-ta num conceito inova-dor e quer dar a conhecer o que de melhor se faz em Portugal, e na região, com a aposta e promoção de novos estilistas.

O espaço foi recente-mente inaugurado no centro comercial Palácio do Gelo, em Viseu.

Apesar de se ter fixa-do há pouco tempo na ci-dade, o gerente, Pedro Sá Correia afirma que o es-paço “tem sido bem re-cebido pelos viseenses” que, no geral, “têm gosta-

do do conceito da loja”. O gerente reconhece o

conceito “arrojado”, com uma área comercial, de roupa e uma área gour-met, mas também virada para a vertente cultural e artística, “com uma ga-leria de arte e workshops variados”, dentro da loja. “Pretende-se que as pes-soas desfrutem de várias experiências e que nós possamos descobrir no-vos valores na cidade”, explica.

Manuel Serrão, empre-sário que implementou o conceito no Porto, em

2006, considera que “a mudança por si só é um conceito positivo” e que a MUDDA aposta em produtos - objectos e rou-pa - únicos e originais”.

O empresário tem a certeza que a loja vai “vingar” e que “as pes-soas de Viseu têm uma mentalidade parecida com a das pessoas do Porto”.

Ninguém da MUDDA se mostrou disponível para revelar o valor do investimento.

Tiago Virgílio Pereira

Já abriu a loja Salsa, com nova localização, no Forum Viseu.

A renovada loja está agora situada no piso 1 do centro comercial. O espaço apre-senta um conceito inovador e promete surpreender os visitantes, com uma enorme variedade de peças de ves-tuário, calçado e acessórios para homem e senhora.

Contudo, esta não é a úni-

ca novidade que o Forum Viseu oferece aos seus vi-sitantes. Este mês reserva muitas surpresas. A am-pliação e reabertura da Loja Calzedonia, a inauguração da loja Kiko Milano Make Up, uma das primeiras des-te operador em território na-cional, e a reabertura da loja Nail’s 4’Us, com nova loca-lização, no piso 2 do Forum Viseu. TVP

Nova loja Salsa no Forum Viseu

Depósitos de taxa crescente

Clareza no Pensamento

Dadas as atuais dificulda-des dos bancos portugueses em obter financiamento ex-terno, estes viram-se cada vez mais para a captação de poupanças dos aforradores portugueses, publicitando, de entre outros produtos finan-ceiros, depósitos de taxa cres-cente. Contudo, não se deixe iludir pela publicidade…

O que são os depósitos de taxa crescente? Como al-ternativa aos “tradicionais” depósitos a prazo (que apre-sentam uma taxa de juro garantida para a totalida-de do prazo, com prazos que habitualmente vão de 1 mês a 3, 6 e 12 meses), nos últimos tempos os bancos têm apresentado produtos de taxa crescente (ou seja, a taxa de juro aplicada ao pro-duto aumenta com o decor-rer do prazo), normalmen-te de médio prazo (entre 1 a 5 anos). Se bem que estes produtos de taxa crescente também possam assumir a forma de obrigações ou de fundos especiais de investi-mento, os mais comuns são os depósitos a prazo.

Porquê estar alerta? Nor-malmente, na publicidade deste tipo de depósitos, é des-tacada exatamente a palavra “crescente”, com o intuito de fazer ver aos aforradores que a taxa de juro do depó-sito cresce ao longo do pra-zo. É também dado grande destaque à taxa de juro que vigora no último período do prazo do depósito (normal-mente, a taxa mais elevada). Todavia, o investidor deve-rá saber que apenas terá di-reito a usufruir dessa taxa de juro se mantiver o montan-te aplicado no depósito até esse mesmo período. Além disso, a análise da rendibili-dade deste tipo de depósitos deverá ter também em conta as taxas de juro que vigoram nos períodos anteriores.

O que fazer perante um produto financeiro deste tipo? O melhor será reco-lher toda a informação re-levante sobre o produto em relação a critérios como se-jam a rendibilidade, o risco e a respetiva liquidez. Para isso, antes de subscrever-mos um produto deste tipo, deveremos consultar a sua Ficha de Informação Nor-malizada (FIN).

Como podemos ter aces-so à FIN? De acordo com o

Aviso do Banco de Portugal nº4/2009, antes da abertu-ra de conta de depósito à or-dem ou da celebração de ou-tros contratos de depósito, as instituições de crédito deve-rão disponibilizar aos clien-tes a respetiva FIN. Inclusi-ve, quando as instituições de crédito divulgam depósitos no seu sítio da Internet, de-verão igualmente disponi-bilizar as respetivas FIN em local bem visível e de acesso direto a partir das páginas em que esses depósitos são divulgados.

O que deve constar numa FIN? No caso de uma FIN para depósitos simples, não à ordem (onde se incluem os depósitos a prazo de taxa crescente), de entre outras in-formações, deverão constar: as condições de mobilização antecipada dos fundos, a in-dicação da possibilidade ou não de renovação do produto no seu vencimento, os mon-tantes máximos e/ou míni-mos de constituição e manu-tenção do depósito, a possibi-lidade ou obrigatoriedade da realização de reforços (en-tregas adicionais) e respeti-vas condições, a indicação da Taxa Anual Nominal Bruta (TANB), da Taxa Anual No-minal Líquida (TANL) e das TANB e das TANL médias quando ocorrem duas ou mais taxas de juro ao longo do prazo do depósito (caso dos depósitos de taxa cres-cente), a Taxa Anual Efeti-va Líquida (TAEL) quando exista capitalização dos ju-ros e a referência à aplicação do Fundo de Garantia de De-pósitos.

Serão os depósitos de taxa crescente uma boa opção de investimento? Naturalmen-te que a resposta depende do depósito específico que esti-vermos a falar e, além disso, depende do perfil do pró-prio investidor, nomeada-mente da forma como este se posiciona perante os cri-térios de rendibilidade, ris-co e liquidez. Todavia, tra-tando-se de uma aplicação a médio/longo prazo, será sempre aconselhável anali-sar a rendibilidade de pro-dutos como as Obrigações do Tesouro ou os Certifica-dos do Tesouro.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Ilídio SilvaDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

22 Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

Page 23: Jornal do Centro - Ed499

desportoVisto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay Com sede em Lamego,

reflexo de um parente pobre que a modalidade vem sendo no distrito, o Voleibol teve no passa-do fim-de-semana uma demostração de vitali-dade. A maratona de 24 horas levou muitos pra-ticantes ao Pavilhão do Inatel, num projecto que nasceu do aparecimento de uma secção e de uma equipa feminina no ago-ra mais eclético projecto do Viseu 2001. Espera-se que seja a primeira de muitas.

Cartão FairPlay E ao quarto jogo do

campeonato, a primeira vitória. Se na passada se-mana alertáva-mos que era tempo de arrepiar caminho, ou os objecti-vos de subida poderiam ficar fortemente hipote-cados, eis que a equipa deu uma demonstração que quer rapidamen-te reencontrar-se com o caminho das vitórias. Venceu a Sanjoanense por 3 a 0 e disse “pre-sente”.

Cartão Amarelo A um bom início de

campeonato, onde en-trou a vencer, o Cinfães soma agora um conjun-to de resultados menos positivos. Mais do que a apreensão, a certeza que a equipa tem condições para rapidamente se re-encontrar com as vitó-rias. Convém é que não se distraia.

Visto

Voleibol“24 Horas de Voleibol de Viseu”

FutebolAcadémico de Viseu

FutebolCinfães

A Defesa do Tondela deu poucas hipóteses aos avançados do Padroense

Futebol - II Divisão Série Centro

Tondela só ganhaPleno ∑ Seis jogos, seis vitórias (4 campeonato + 2 Taça de Portugal)

Um Tondela em veloci-dade de cruzeiro no iní-cio de temporada.

Uma equipa que tem sabido ganhar os jogos que disputa, com maior ou menor dificuldade, numa altura em que é objectiva ao ponto de saber que nesta fase da época, mais importante que a exibição, é mes-mo ganhar. Há, por isso, uma notória diferença de paradigma no clube. Ganhar em primeiro lu-gar, e jogar bem se for possível.

Não se pode menos-prezar o facto de ser um

plantel muito remodela-do o que Vítor Paneira tem nas mãos. A expe-riência do técnico terá aqui um papel decisivo na forma como tem sa-bido “arrumar” os seus jogadores em campo, na procura dos resulta-dos.

Com o Padroense terá realizado a melhor exi-bição da época.

Não que tenha sido um jogo de “encher o olho”, mas mais pela forma como o Tondela se apresentou em cam-po. Solidário a defender e empreendedor na hora

de levar o jogo até à ba-liza adversária.

Se o objectivo é che-gar ao final da época e estar no topo da classi-ficação, poder-se-à di-zer que o caminho que está a ser seguido é o mais correcto.

Frente a um Padro-ense que foi “apenas” o campeão na época pas-sada, e que pouco me-xeu no seu plantel, o Tondela venceu e con-venceu, tal foi a superio-ridade que patenteou. Mas soube consegui-la e o Padroense, ape-sar de ter marcado dois

golos, raramente inco-modou o guarda-redes Avelino, que sofreu um golo num remate que ressaltou num defesa e o deixou batido, e um outro numa penalidade escusada.

No Tondela, desta-que para os dois golos de Gomes, que saltou do banco para bisar na segunda parte. Vieiri-nha e Márcio Sousa es-teve em destaque no meio campo, enquan-to na frente Piojo, mais que Beré, foi sempre um problema para a defesa do Padroense.

AGENDA FIM-DE-SEMANANACIONAIS DE FUTEBOL

II DIVISÃO SÉRIE CENTRO

04ª jornada - 09 Out - 15h00

Padroense - Aliados Lordelo

Anadia - Tondela

Angrense - S.J. Ver

Paredes - Madalena

Oliv. Bairro - Sp. Espinho

Amarante - Coimbrões

Cinfães - Gondomar

Boavista - Operário

III DIVISÃO NACIONAL

SÉRIE B

5ª jornada - 09 Out - 15h00

Infesta - Sousense

Sp. Mêda - Rebordosa

Cesarense - Leça

Sp. Lamego - Vila Meã

Serzedelo - Alpendorada

Grijó - Vila Real

III DIVISÃO NACIONAL

SÉRIE C

5ª jornada - 09 Set - 15h00

Avanca - Ac. Viseu

Valecambrense - Alba

P. Castelo - Nogueirense

Sampedrense - C. Senhorim

Sanjoanense - Bustelo

Oliv. Hospital - Oliv. Frades

05ª jornada - 09 Out - 15h00

Boavista - C. Povo Martin

Leixões - CF Benfica

E.F. Setúbal - Cadima

Escola FC - 1º Dezembro

Albergaria - Vilaverdense

I DIVISÃO NACIONAL

FEMININO

Futsal - II Divisão

Nacionais estão de regressoViseu 2001 e ABC

de Nelas entram em acção já este fim-de-semana nas compe-tições nacionais de Futsal, onde compe-tem, respectivamen-te, nas séries A e B.

Os viseenses par-

tem para mais uma temporada carregada de ambição. O clube ambiciona a I Divisão e é esse o sonho que vai alimentar a equi-pa nesta nova época. Um objectivo perfei-tamente possível, em-

bora não seja fácil. Quanto ao estre-

ante ABC de Nelas, “obrigado” a jogar na série B, mais que o potencial dos adver-sários, são as longas deslocações que mais preocupam os diri-

gentes do clube. Desportivamen-

te, os objectivos fi-cam-se pela manu-tenção neste escalão. Um objectivo realista mas que vai obrigar a equipa a um bom de-sempenho. GP A Viseu 2001 parte com ambições de subida

Gil

Pere

s

Gil

Pere

s

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

23

Page 24: Jornal do Centro - Ed499

DESPORTO | AUTOMOBILISMO

Publicidade

RestaurantesPastelarias

TalhosCozinhas

EstantariasMobiliário de escritório

GelatariasPanificadorasLavandarias

Ar CondicionadosAssistência Técnica

Estrada de Silgueiros Km 1.3 / Lugar da Alagoa / 3500-543 ViseuTel.: 232 952 022 / Fax: 232 951 176

e-mail: [email protected]

Publicidade Publicidade

Rali de Portugal Histórico 2011

Óscar Lemos repete aventuraA equipa viseense,

constituída pelo pilo-to Óscar Lemos e pelo navegador Miguel Ale-gria, é umas das inscri-tas para mais uma edi-ção do Rali de Portugal Histórico, prova que vai este ano decorrer entre os dias 11 e 15 de Outu-bro.

Óscar lemos vai vol-tar a conduzir o Trium-ph Dolomite Sprint, de 1974 com um motor de 1998 cc. É o mesmo car-ro com que competiu na edição do ano passado, e que conta com o pa-trocínio da Lemos Old Garage, empresa que em Viseu é especializada na

recuperação e restauro de viaturas antigas.

O piloto viseense vai ostentar o número 48.

Esta sexta edição do Rali de Portugal Histó-rico conta com 84 equi-pas inscritas e promete levar a caravana a pas-sar por alguns dos lo-cais míticos do Rali de Portugal, quando a pro-va era uma referência no Mundial de Ralis.

A edição deste ano tem um percurso ligei-ramente superior a 2100 quilómetros, ao longo do qual serão disputadas 50 provas de classificação, num total de 711,89 Km, no que será um verda-

deiro e duro teste a má-quinas e pilotos.

Entre os inscritos, o número 1, e carro mais antigo em prova, será um Volvo PV 554 , de 1962, que será conduzi-do pelo francês Riccar-do Agnesina.

O número 85, e car-ro mais “recente” em competição, será o Audi Quattro de Cipriano Antunes, construído em 1982.

Pelo meio ficam mais 82 exemplares que, em muitos dos casos, são verdadeiras preciosida-des entre os modelos de competição dos últimos 50 anos. GP A Piloto viseense volta a participar ao volante de um Triumph

Autocross

Hugo Lopes vence em Chorente

Hugo Lopes venceu a Divisão 8 do Kartcross e Offroad de Barcelos que decorreu no fim-de-se-mana na nova pista de Chorente, em Barcelos.

O piloto viseense im-pôs-se entre os partici-pantes do seu escalão, no que foi o reeditar de um “duelo” que esta época foi habitual no Troféu Iniciação entre Hugo Lopes e Rafael Lobato, que acabou por conquistar o título na-cional para pilotos entre os 13 e os 15 anos.

Em Chorente , uma

pista em Terra Batida, completamente criada em saibro e com mui-to boas condições, sen-do já considerada como a derradeira h ipóte-se para o regresso do Europeu de Autocross a Portugal, depois de L ou s ad a , Monç ão e Foz- Côa terem deixa-do de ser alternativas, Hugo Lopes foi mais rá-pido com o seu Peuge-ot 106, terminando na frente de Rafael Loba-to, em Toyota Starlet, e de Ivo Martin, em Opel Corsa. GP

Campeonato Nacional de Ralis

Título Nacional de pilotos pode decidir-se em Mortágua

O Campeonato de Portu-gal de Ralis está de regresso a Mortágua nos próximos dias 22 e 23 de Outubro.

A prova, organizada pelo Clube Automóvel do Cen-tro, conta ainda para a Taça de Portugal de Ralis e para o Regional de Ralis Cen-tro, e tem o aliciante de po-der coroar Ricardo Moura como novo campeão nacio-nal, bastando que o açorea-no termina nos quatro pri-meiros em Mortágua.

Quanto aos troços escolhi-dos pelo Clube Automóvel

do Centro para as especiais de classificação, são exacta-mente os mesmos de 2010.

O rali começa na tarde de sábado com dupla passagem pelos troços de Mortágua e Buçaco, terminando a sec-ção com a habitual Super Es-pecial em Mortágua.

No domingo, de manhã, disputa-se a segunda secção do rali, com dupla passagem por Carapinhal e Espinho. Os concorrentes do Campeona-to Regional de Ralis Centro vão disputar apenas as espe-ciais de sábado. GP A Ricardo Moura pode sair campeão de Mortágua

DR

DR

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

24

Page 25: Jornal do Centro - Ed499

MODALIDADES | DESPORTO

Publicidade

Publicidade

AGENDA FIM-DE-SEMANANACIONAIS DE FUTSAL

II DIVISÃO SÉRIE A

01ª jornada - 08 Out

Lameirinhas - EPB

Cohaemato - Macedense

Mogadouro - Póvoa Futsal

Vale de Cambra - Chaves Futsal

Rio Ave - Desp. Aves

Farlab - Alpendorada

09 Out - 17h00

Viseu 2001 - Piratas Creixomil

II DIVISÃO NACIONAL

SÉRIE B

1ª jornada - 08 Out

Os Torpedos - São João

Dramático Cascais - ABC Nelas

Covão Lobo - Amarense

GD Fabril - Os Vinhais

Burinhosa - Quinta Lombos

03ª jornada - 09 Out - 15h00

Castro Daire - Fornelos

Arguedeira - Paivense

Sátão - Mortágua

GD Parada - Alvite

Vale Açores - Silgueiros

Lusitano FC - Molelos

Viseu Benfica - Tarouquense

Lajeosa Dão - Lamelas

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL VISEU

DIVISÃO HONRA

02ª jornada - 09 Out - 15h00

Carregal Sal - SL Nelas

Canas St. Maria - Farminhão

Cassurrães - Vila Chã Sá

Parada Gonta - Mangualde

Moimenta Dão - Nandufe

Sp. Santar - Campia

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL VISEU I DIVISÃO

SUL

ORIENTAÇÃO

Meeting de Portugal é em ViseuO distrito de Viseu vai

receber, em 2012, uma prova pontuável para o Ranking Mundial de Orientação.

“Portugal – O Meeting 2012” é como se chama o evento que vai ser orga-nizado pelo clube Ori-Estarreja, e que escolheu os concelhos de Viseu, Sátão e São Pedro do Sul para acolherem esta com-petição.

Vai decorrer entre 18 e 21 de Fevereiro do próxi-mo ano, e é constituída por quatro etapas, uma por dia, estando previs-ta a presença de centenas de participantes, já que se trata de um evento do ca-lendário mundial.

Vai ser uma prova de Orientação Pedestre, in-tegrada no Ranking Mun-dial da Federação Inter-nacional de Orientação

(IOF WRE) e no ranking da Taça de Portugal da Federação Portuguesa de Orientação, aberto a pes-soas de qualquer idade, podendo participar nos escalões de competição ou nos escalões abertos, individualmente, ou em grupo.

Apesar de ter sido ao Ori-Estarreja que a orga-nização do “Portugal – O Meeting 2012” foi atribuí-

da, o Natura – Clube de Orientação de Viseu, terá também uma participa-ção activa na definição dos pormenores da pro-va. Uma parceria que não é nova entre as duas ins-tituições já que o Campe-onato Nacional Absoluto de Orientação Pedestre, que vai decorrer nos pró-ximos dias 29 e 30 de Ou-tubro, em São Pedro do Sul e Vouzela, resulta já

de uma organização con-junta destes dois clubes.

Está previsto que os mapas que serão utiliza-dos para os concorrentes em 2012 fiquem depois na posse do Natura, o que será uma mais-valia para o Clube de Orientação de Viseu quer na organi-zação de provas futuras quer no cativar de mais praticantes para esta mo-dalidade. GP

A Melhores atletas mundiais vão competir na região

Mangualde

II Encontro Nacional de TT

E ste f i m - de - s e m a -na de 8 e 9 de Outubro, Mangualde vai receber mais um encontro de amantes de todo-o-terre-no.

A II Expo Feira TT – II Encontro Nacional de Praticantes de Todo-o-Terreno, vai decorrer na Praia Artificial, e promete momentos cheios de adre-nalina.

A iniciativa é uma or-

ganização conjunta da Câmara Municipal de Mangualde, do Clube Ro-das no Trilho e do Dá Gás Clube de Mangualde.

Pistas de obstáculos, passeio, navegação e trial TT são algumas das pro-postas para os partici-pantes deste segundo en-contro, às quais se aliam momentos de animação, convívio e degustação da gastronomia regional. GP

02ª jornada - 09 Out - 15h00

Nespereira - Resende

Vilamaiorense - Ferreira Aves

Moimenta Beira - Boassas

Oliveira Douro - Vouzelenses

Roriz - Sezurense

Carvalhais - Ceireiros

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL VISEU I DIVISÃO

NORTE

DR

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

25

Page 26: Jornal do Centro - Ed499

culturasexpos

roteiro cinemas Estreia da semana

Sangue do Meu Sangue– Márcia mora com a irmã, Ivete, num bairro camarário dos arre-dores de Lisboa. Juntas, criaram os filhos de Márcia: Cláudia, que estuda enfermagem e é caixa num supermercado, e Joca, que se tornou num pequeno delin-quente.

Destaque Arcas da memória

Joss La Marionette

Homenagem aos artis-tas de rua

Joss la Marionette é apenas o nome artístico de um raro trovador de nosso tempo que anda por aí, pelas sete partidas do mundo, pousando em praças, em ruas percorri-das pela euforia de Verão, numa gare de comboios quando o silêncio chega, no Café que ainda se pre-za de ser encontro de gen-te e de arte, que anda por todos esses lugares ofere-cendo ao vento e à genero-sidade dos passantes ou de quem pousa\ os vibrantes registos musicais das ma-rionetas que movimenta com desusado estilo.

Pousou neste Verão na Rua Formosa, em Viseu. Chegou e partiu como as andorinhas. Com pouca demora. Estendeu sobre o chão da calçada a man-ta de riscas em cuja baga-gem entrou no Perú e com passos de mago pousou sobre a manta uma caixa pintada e a gente via que se tratava de histórias sem saber ainda como as mes-mas seriam contadas.

Pararam crianças e gente crescida. Joss la Marionette tem um ar manso de rapaz cresci-do. Prende nas mãos os

fios cruzados das mario-netas que ele inventou. E os olhos da gente nave-gam lá longe. São índios, cowboys, cavaleiros das pampas que cantam ba-ladas, tragédias, amores defraudados.

Joss La Marionette é português. Nasceu em Barcelos, irmão dos bone-cos que se fazem no Pra-do. Rosa Ramalho. Mis-tério. Maria Baraça… O figurado que eles inven-taram!... Joss La Mario-nette guarda dentro de si a lembrança dos bonecos da sua terra e reinventa-os de outra maneira, com outro trajar, os mesmos anseios pelas praças de um mundo que tarda a fa-zer-se melhor.

Joss La Marionette. Ninguém sabe, à primei-ra, a que terra pertence. Que ao mundo pertence, como ele nos diz, saben-do que diz saudades da terra que o viu nascer e às vezes voltar. Na língua que ele fala misturam-se as vozes desta Babel que os homens fizeram. Já nem se dá conta. E a gen-te se esquece do rapaz e das vozes quando se olha a mala do Joss e a vibran-te canção de um românti-co cowboy tocando viola num Rancho do Texas.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

O Teatro Ribeiro Conceição promove hoje mais uma sessão de cinema, desta vez com “Bird: Fim do Sonho”. O filme é para maiores de 18 anos e custa entre 3 a 4 euros.

D Cinema em Lamego

Com o intuito de dar visibilidade a artistas emergentes, o Teatro Viriato, em Viseu, pro-põe, na noite de amanhã, dois espectáculos de jo-vens criadoras. O primei-ro espectáculo -“Narcisa”

- com início às 21h30, re-trata uma mulher que ao

espelho convoca as suas múltiplas personagens num desdobramento es-quizofrénico dos seus

“eus”, como forma de vi-ver e encontrar o amor. O monólogo conta com encenação de Ana Luena e interpretação de Mar-garida Gonçalves. O se-

gundo espectáculo é da autoria das coreógrafas Elizabete Francisca e Te-resa Silva. “Leva a mão que eu levo o braço” ex-plora a oposição entre os conceitos de real e de fal-so, expondo o quão per-to estes se misturam e se confundem.

Jovens criadores no ViriatoA “Narcisa” e “Leva a mão que eu levo o braço” são as propostas

VILA NOVA DE PAIVA

∑Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até dia 31 de Outubro

Exposição “A Arte de

Decorar”, de Fátima Go-

mes.

∑ Até dia 31 de Outubro

Exposição de fotogra-

fia “Alto Paiva”, de Nuno

Correia.

∑ Até dia 31 de Outubro

Exposição de escultura

“Vida”, por António Car-

doso.

SANTA COMBA DÃO

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Novembro,

Exposição temática “Pri-

mórdios da Fotografia”.

∑ Até dia 4 de Novembro

Exposição itinerante do

projecto “Olha para a

Pobreza com Olhos de

Ver”.

∑ Casa da Cultura

Até dia 1 de Novembro

Exposição “Força Intrín-

seca”, da autoria de Paul

Mathieu.

VISEUFORUM VISEU (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 11h10* (Dom.), 13h50, 16h20Os Smurfs(M6) (Dob.) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h20*Killer Elite - O Confronto(M12) (Digital)Sessões diárias às 14h40, 17h00, 19h20, 21h40, 00h30*O Último Destino 5(M16) (Digital 3D)

Sessões diárias 18h40, 21h50, 00h25*O Guarda do Zoo(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h20, 21h10, 23h50*Cuidado Com o Que Desejas(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h00*(Dom.), 14h00, 16h30, 19h00, 21h20, 00h10*O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 17h30, 21h00, 00h00*Sangue do Meu Sangue(CB) (Digital)

PALÁCIO DO GELO (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 11h00 (Dom.), 13h50Os Smurfs(M6) (Digital)Sessões diárias às 11h20*(Dom.), 14h30, 16h55, 19h20, 21h40, 00h20*O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 17h30, 21h10, 00h00*Amor, Estúpido e Louco(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h10, 21h50, 00h10*Medo Profundo(CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 16h10, 18h30, 21h20, 23h50*Colombiana (M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 16h20, 19h00, 21h30, 23h40*Meia-Noite em Paris(M12Q) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 15h45, 18h00, 21h00, 00h30*A Casa de Sonhos(M16) (Digital)

Legenda* Sexta e Sábado e 3ª feira

No âmbito do 8º Festi-val Internacional Douro Jazz, amanhã, a partir das 21h30, sobe ao palco do au-ditório do Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, Pedro Andrea Trio, de Espanha.

Através de uma selec-

ção cuidada de alguns te-mas que compõem a dis-cografia de Pedro Andrea, o trio composto ainda por Tony Mateos, na bateria e Gabriel Sarlo no baixo, oferece uma injecção de força e sensibilidade pou-cas vezes escutada.

Pedro Andrea já tocou em tournées e trabalhos discográficos de alguns dos mais importantes ar-tistas latino-americanos, como é o caso de Miguel Bosé ou Luz Casal.

Tiago Virgílio Pereira

Pedro Andrea Trio no Douro Jazz

Paul

o M

artin

s e

Mar

iana

Bár

tolo

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

26

Page 27: Jornal do Centro - Ed499

culturas O grupo “The River Brass Band”, actua no lugar na Casa do Paço de Dalvares, em Tarouca, no Domingo, pelas 21h00. A entrada é gratuita.

D “The River Brass Band” em Tarouca

Destaque

Um ano depois das co-memorações do primeiro centenário da implanta-ção da República, Jaime Ricardo Gouveia, histo-riador e investigador de mérito, nascido em Leo-mil, Moimenta da Beira, lança “Marte e Minerva nas Terras do Demo – Do liberalismo contrito ao republicanismo con-victo”, uma obra com a chancela das “Edições Esgotadas” e patrocínio da Autarquia e do grupo Crédito Agrícola.

São quase 400 páginas sobre o movimento re-publicano e a importân-cia que assumiram figu-ras notáveis do concelho de Moimenta da beira. Mas, como escreve na Nota de Abertura o pre-sidente da autarquia,

José Eduardo Ferreira, “não se trata apenas de um elogio, ainda que me-recido, aos nossos repu-blicanos célebres, nem sequer de um reconheci-mento pela participação e pelo contributo notá-vel de Moimenta da Bei-ra e desta região para a

afirmação dos ideais re-publicanos. É, também, mais do que um registo, uma visão sobre um sé-culo em que terão ocor-rido os maiores progres-sos económicos, sociais e humanos”.

João Pedro Ribeiro, professor universitário

e subdirector do Iges-par, que apresentará a obra, escreve no pre-fácio que o autor não se restringiu apenas “a descrever os eventos que imediatamente an-tecederam a nível local a implantação da Repú-blica e os que se lhe su-cederam, mas procurou ir mais longe, no tem-po e no espaço, fazen-do-nos recuar às condi-ções em que decorreram nesta região da Beira as invasões francesas, nos inícios do século XIX, bem como a concomi-tante disseminação dos ideais revolucionários que vieram a alimentar a pujante emergência do liberalismo”.

Tiago Virgílio Pereira

101 anos da República em livroJaime Gouveia∑ Autor fala sobre movimento republicano e da importância de figuras de Moimenta da Beira

Amanhã, a partir das 14h00, o pontapé de saí-da é dado na Fnac, em Viseu, com o jogo FIFA 12.

A animação leva para o campo uma nova físi-ca de colisões entre os jogadores, com um novo motor que destaca a fí-sica do mundo real em

todas as colisões. As inovações de jogo

inspiradas pelo futebol real tornam o FIFA 12 mais profundo e mais desafiante. As inscri-ções pa ra o torneio FIFA 2012 , efetuam-se no balcão de aten-dimento gamming na Fnac Viseu. TVP

Torneio Fnac FIFA 2012Variedades

A Filme distinguido no Festival DocLisboa

A Apresentação do livro teve lugar no dia 5 de Outubro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho

Variedades

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011

27

O TEMPO E O MODOJoão Luís Oliva

O lugar do capitão nem sempre é o quartelAinda na crónica passa-

da se questionava o even-tual carácter estruturalista e pouco nominativo desta coluna. Ora aqui está, des-ta vez, um texto claramente personalista, ainda por cima com um pretexto que, esse sim, é manifestamente es-trutural: a quotidiana circu-lação urbana, as teias socia-bilitárias que nela se cons-troem e o envolvimento a elas subjacente; enfim, as práticas que lhe estão asso-ciadas.

Concretizando, vai fa-lar-se do prosaico e roti-neiro, mas cultural, acto de frequentar um restaurante, um café ou um bar. E de um lugar que, não sendo ímpar

� mas, ainda assim, raro � num quadro mais geral e cosmopolita, é uma agra-dável surpresa num mapa de mais reduzida dimen-são e abrangência, como o de Viseu.

Comecemos pelo prin-cípio e, como se anunciou, pelas pessoas: Nelson Dias era, profissionalmente, um barman; mas pintava regu-larmente, utilizando várias técnicas, e expôs o seu tra-balho em mostras colecti-vas no Porto, Gondomar, Salamanca, e individuais, em Viseu e na Ler Devagar, ainda no Bairro Alto, em Lisboa. No catálogo dessa exposição, em 2004, o pin-tor e crítico de arte Luís Calheiros escrevia, a pro-pósito: “…uma promessa de afirmação de percurso experimental, uma procu-ra persistente; um investi-mento decidido numa lin-guagem própria, inovadora, descomprometida, e apos-tada nas visualidades mais recentes”. Infelizmente, Nel-son Dias pôs de lado a pin-tura � pelo menos, deixou de a expor � mas a alma de artista levou-o a incursões na fotografia; e a ânsia de desassossegar a rotina fê-lo desencantar um velho auto-carro, em 2006, que trans-formou em sala polivalente e estacionou no largo contí-guo à Igreja da Misericórdia, em Viseu; aí, a Carreira 38, como lhe chamou, foi palco,

auditório e oficina de artes, durante algumas semanas, de espectáculos de música, teatro, cinema e de vários workshops. Podia não se concretizar “uma promes-sa de afirmação de percur-so experimental” na pintura, mas estava ganho o agitador da realização de práticas ar-tísticas.

Porém, Nelson Dias con-tinuava a ser um barman; e o dilema devia estar em conjugar competências: a profissionalmente instala-da e a socialmente compro-vada; o que, afinal, permitiu a sustentabilidade econó-mica da intervenção cultu-ral. É que a solução apare-ceu com a concessão de um já antigo e tradicional res-taurante de Viseu, que dis-punha de várias salas: nelas organizou espaços e horá-rios, de modo ao restauran-te permanecer em coexis-tência não invasiva com um bar, uma sala de exposições e um auditório.

E, agora, vejamos os nú-meros do Lugar do Capitão, assim se chama o sítio (bap-tizado por Fraga em noite inicial); não o número de co-meres e beberes servidos � que, valha o realismo, são decisivos para a âncora ma-terial de outras ofertas �, mas o número dos “sentires” e dos olhares: entre Junho de 2008 e Julho de 2011, aí ti-veram lugar 49 concertos de música, 34 exposições (14 de pintura, 11 de fotografia, 3 de serigrafia e 6 showcases), 14 workshops, da escrita criati-va ao cinema de animação passando pela construção de fantoches, 6 espectácu-los de teatro, 2 de dança, 6 performances teatrais, 5 ses-sões de cinema e 7 conferên-cias/debate. No total, 123 re-alizações.

Num tempo de tão fala-dos mercados, em que qua-se tudo se compra e vende, não se pense que este é um escrito de promoção comer-cial; até porque restaurantes e bares (como chapéus) há muitos. Mas os bens imate-riais disponíveis neste paisa-no e imperdível capitão não estão cotados em bolsa…

“Li Ké Terra” apresentado em ViseuO documentário “Li

Ké Terra”, de Fi l ipa Reis, João Miller Guerra e Nuno Baptista, vai ser apresentado em Viseu, no próximo dia 13 de Outubro, pelas 10h00, no Instituto Português da Juventude.

Em 2010, o filme rece-beu o principal prémio na categoria de filmes portugueses no Festi-val DocLisboa e narra a história de Miguel e Ru-

ben, jovens descenden-tes de imigrantes cabo-verdianos que vivem em Portugal sem docu-mentos. Divididos en-tre a vontade de serem cidadãos portugueses de pleno direito, as suas raízes e as barreiras que encontram , Miguel e Ruben sonham com o futuro deixando trans-parecer as suas aspira-ções por uma vida me-lhor. TVP

Page 28: Jornal do Centro - Ed499

em foco textos ∑ Tiago Virgilio Pereirafotos ∑ Nuno André Ferreira

Jornal do Centro07 | Outubro | 201128

1ª Festa das Colheitas - Castro Daire A vila de Castro Daire recebeu a “I Festa das Co-lheitas”. O evento pretendeu assinalar as tradições, cultura e história associadas a esta época das co-lheitas na região. Nesta primeira edição o destaque foi o milho.

Durante os dias do certame foram muitos os visi-tantes que se associaram ao evento e quiseram par-tilhar desta experiência em que a cultura tradicional interagiu com os sabores da gastronomia local. Um dos pontos altos da festa foi o cortejo dos carros de vacas, pelas principais ruas de Castro Daire.

As barraquinhas mostraram a gastronomia, o ar-tesanato, os produtos regionais das colheitas, bem como ateliers temáticos onde miúdos e graúdos pu-deram experimentar o amassar do pão de milho, a cozedura da broa, ou ainda o aproveitamento do fo-lhelho para se fazerem bonecas para as crianças.

XVI Feira da Maçã Bravo de EsmolfeO centro de exposições de produtos DOC, em

Esmolfe, Penalva do Castelo, recebeu mais uma edição da Feira da Maçã Bravo de Esmolfe.

A festa decorreu no passado sábado, a XVI edi-ção contou com a visita do Secretário de Estado da Economia, Almeida Henriques.

O certame pretende dar um impulso para a di-vulgação e promoção das potencialidades endó-genas do concelho de Penalva do Castelo. Os ex-positores de maçã e de vinho foram muito con-corridos pelos milhares de pessoas, apreciadoras destes produtos de excelência da região.

A actuação do grupo “Concertinas do Dão” e “Estrelinhas da Beira”, animou ainda mais uma festa que é já uma referência no distrito de Viseu.

Page 29: Jornal do Centro - Ed499

saúde

Objectivo∑ A data pretende servir para discutir os principais temas da doença

Dia Nacional da Luta Contra a Dor assinala-se a 14 de Outubro

A Associação Portu-guesa para o Estudo da Dor (APED) assinala dia 14 o Dia Nacional da Luta Contra a Dor em Portugal. A data vai ser aproveitada para promover a discussão dos principais temas que envolvem a investigação, o diagnóstico e o tratamen-to da dor.

“O nosso objectivo prin-cipal para as comemora-ções deste ano continua a ser a realização e promo-ção de todos os esforços que permitam aos doentes as acessibilidades necessá-rias ao tratamento da dor aguda e crónica num perí-odo curto e adequado, de forma a reduzir o seu im-pacto, em Portugal”, escre-ve em comunicado o pre-sidente da APED, Duarte Correia.

A dor crónica é um es-

tado de dor persistente, que afecta mais de 30 por cento da população por-tuguesa. A osteoartrose, lombalgia crónica e artri-te reumatóide são as cau-sas mais frequentes de dor crónica. “Se a dor não for adequadamente tratada, a qualidade de vida da pes-soa poderá ser gravemen-te afectada, podendo até levar à incapacidade para trabalhar”, acrescenta o responsável.

A Associação Portugue-sa para o Estudo da Dor tem por objectivos promo-ver o estudo, o ensino e a divulgação dos mecanis-mos fisiopatológicos, meios de prevenção, diagnóstico e terapêutica da dor.

A Associação tem todas as informações disponi-veis em www.aped-dor.com.

A A dor crónica afecta mais de 30 por cento da população portuguesa

CAMPANHA PIONEIRA

A Gr ü nent ha l va i apresentar a campanha CHANGE PAIN - uma iniciativa pioneira em Por-tugal - na formação médi-ca sobre Dor, dia 13, pelas 12h00, no Hotel Vila Galé Coimbra, no âmbito do XXXII Curso de Reuma-tologia, promovido pelos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

“CHANGE PAIN é uma campanha que visa aumentar o conhecimen-to sobre as necessidades dos doentes com dor cró-nica intensa e desenvolver soluções para melhorar o controlo da dor”, expli-ca a médica Ana Cristina Mangas, representante de Portugal no Advisory Bo-ard Internacional desta iniciativa.

E acrescenta: “Preten-demos, assim, difundir co-nhecimento acerca do cor-recto tratamento da dor e contribuir para uma me-lhor comunicação entre médicos e doentes com dor crónica, assentando a nossa actuação nos com-promissos de investiga-ção, publicação e forma-ção”.

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011 29

Page 30: Jornal do Centro - Ed499

SAÚDE

800 202 669SOS VOZ AMIGA

A Câmara Municipal de Mangualde, consciente da importância da práti-ca de actividades físicas e desportivas e de um estilo de vida activo para um co-ração e uma vida mais sau-dáveis, associou-se às co-memorações do Dia Mun-dial do Coração.

No domingo, dia 2 de-correram várias activida-des, entre as 10h00 e as 12h00, no largo Dr. Cou-to. No final, os participan-tes dirigiram-se aos Bom-beiros Voluntários de Mangualde onde forma-

ram um coração humano.O Dia Mundial do Co-

ração assinala-se a 29 de Setembro.

Este ano, foram vários os alertas. A Sociedade Portuguesa de Nefrologia lembrou que há necessida-de de consumir menos sal, porque o maior consumo de sal pode afectar a saúde do sistema cardiovascu-lar. Também a Associação Portuguesa de Arritmolo-gia avisou que a gravidade das arritmias cardíacas é a principal causa de mor-te súbita.

Dia Mundial do Coraçãodeixou vários alertas

Jornal do Centro07 | Outubro | 201130

Page 31: Jornal do Centro - Ed499

SAÚDE

Estudo∑ Pescoço e punhos são as zonas do corpo mais afectadas pela utilização inadequada

Semana de sensibilização para a coluna alerta para perigos do computador

A Sociedade Portugue-sa de Patologia da Coluna Vertebral vai promover, pela segunda vez em Por-tugal, a Semana de Sensibi-lização para a Coluna, de 10 a 16 deste mês.

Um estudo, realizado no âmbito da campanha “Olhe pelas Suas Costas”, indica que sete em cada 10 portu-gueses sofrem de dores nas costas e 28,4 por cento sen-te que a sua actividade pro-fissional já foi prejudicada ou comprometida de algu-ma forma pelo facto de ter dores nas costas.

A utilização de compu-tadores sem as precauções necessárias pode ser preju-dicial à saúde, particular-

mente no que diz respeito à coluna, acrescenta a cam-panha.

“Uma postura corporal correcta em frente ao com-putador é a melhor maneira de prevenir dores nas cos-tas e eventuais problemas de coluna e lesões múscu-lo-esqueléticas. É funda-mental, por exemplo, ter atenção ao posicionamento do monitor do computador que deve estar ao nível dos olhos do utilizador”, expli-ca o neurocirurgião Paulo Pereira, coordenador na-cional da campanha.

O pescoço, a parte infe-rior das costas e os punhos, são as zonas do corpo mais afectadas pela utilização

inadequada de computa-dores, especialmente se esta acção for repetida e continuada, por longos períodos.

“É importante que os ombros estejam descon-

traídos, as costas direitas e os cotovelos e joelhos dobrados em ângulos rectos. A altura da cadei-ra deve ser regulada para que os pés possam estar bem apoiados no chão e

o ideal é usar uma cadei-ra que tenha apoio para a parte inferior das cos-tas, ou experimentar usar uma almofada nessa re-gião”, aconselha Paulo Pe-reira.

A Sete em cada 10 portugueses tem problemas de coluna

RASTREIO DO CANCRO DA MAMA EM S. PEDRO DO SUL

Desde ontem, dia 6 que a unidade móvel de mamografia do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Con-tra o Cancro se encon-tra junto à Santa Casa da Misericórdia de S. Pedro do Sul para efectuar, de forma gratuita, o exame mamográfico digital.

O serviço vai estar disponível até ao final do mês de Novembro. A mamograf ia pode ser feita entre as 9h00 e as 12h30 e das 14h00 às 17h00.

As mulheres inscri-tas no Centro de Saúde serão convocadas por carta para efectuar o rastreio.

O programa está aber-to à população feminina entre os 45 e os 69 anos, residente no concelho.

O exame mamográfi-co deve ser repetido de dois em dois anos de for-ma a garantir uma pre-venção eficaz, aconse-lha a Liga Portuguesa Contra o Cancro. EA

RASTREIO EM AUDIÇÃO CHEGAA VISEU

A MiniSom, empresa portuguesa especialista em audição e aparelhos auditivos, vai realizar rastreios auditivos gra-tuitos de 10 a 14 de Ou-tubro, em Viseu.

Esta acção surge no âmbito da campanha de sensibilização para a saúde auditiva da Mini-Som, que pretende pro-mover a revisão regular da audição.

De acordo com Miguel Bragança, porta-voz da MiniSom, pretende-se com esta acção de ras-treios “dar a oportuni-dade à população de se aconselhar gratuita-mente junto de técnicos especializados em saú-de auditiva e despistar possíveis problemas que possam comprometer a sua qualidade de vida”.

A Organização Mun-dial de Saúde estima que 500 milhões de pessoas apresentam um deter-minado grau de perda auditiva.

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011 31

Page 32: Jornal do Centro - Ed499

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

CATARINA DE AZEVEDOMorada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email [email protected]

CARLA MARIA BERNARDESMorada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295JOÃO MARTINSMorada Rua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ANTÓNIO M. MENDESMorada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDEJOSÉ MIGUEL MARQUESMorada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email [email protected]

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Man-teiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morce-la como fazem nas Aldeias, Feijo-cas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 15 euros. Mora-da Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observa-ções Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Mo-rada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefo-ne 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE BELOS COMERES (ROYAL)Especialidades Restaurantes Ma-risqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, bapti-zados, convívios, grupos.

TELHEIRO DO MILÉNIOQUINTA FONTINHA DA PEDRAEspecialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Do-mingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, bapti-zados e outros eventos) e Domin-gos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515-016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE A COCHEIRAEspecialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Ob-servações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Fol-ga Sábado (excepto Verão). Pre-ço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades.

Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

RESTAURANTE EIRA DA BICAEspecialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Fol-ga 2ª Feira. Preço médio refei-ção 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilhari-gues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMARESTAURANTE SANTA RITAEspecialidades Bacalhau Espiri-tual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Fol-ga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fáti-ma. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http://santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresenta-ção do Jornal do Centro 5% des-conto no total da factura.

GUIA DE RESTAURANTES

ADVOGADOS / DIVERSOSIMOBILIÁRIO

VENDE-SET0+2 Cidade c/120m2 área, aquec. completo, cozinha mob. e equipada. 70.000,00€T. 969 090 018

T1+3 Centro Cidade c/110m2 área, lareira, arrumos, varandas, garagem. 75.000,00€T. 917 921 823

T2 Dpx Centro Cidade c/180m2, cozi-nha mob. e equipada, lareira, arrumos. 103.000,00€T. 914 824 384

T2 Repeses c/ aquec. central, cozinha equipada, arrumos, óptimo estado. 91.500,00€T. 969 090 018

T3 Centro Cidade c/135m2, lareira, cozinha equipada, arrumos, garagem. 100.000,00€T. 917 921 823

T4 Dpx c/250m2, aquec. completo, lareira c/ recup., cozinha equipada, garagem. 122.500,00€T. 914 824 384

Moradia Ranhados c/ boas áreas, ane-xos, varanda, 500m2 área descoberta. 105.000,00€T. 969 090 018

Andar moradia Repeses c/ óptimas áreas, cozinha equipada, garagem, logradouro. 90.000,00€

T. 917 921 823Andar moradia Gumirães c/ cozinha

mob. e equipada, A/C, lareira c/ recup., logradouro. 90.000,00€T. 914 824 384

IMOBILIÁRIOARRENDA-SE T2 Cidade c/ cozinha mob. e equipada, mobilado, arrumos. 275,00€T. 917 921 823

T2 Cidade mobilado e equipado, arrumos, boa exposição solar. 325,00€T. 914 824 384

T2 Duplex Cidade c/140m2 área, cozi-nha equipada, lareira, arrumos. 500,00€T. 969 090 018

T3 a 2 min. Cidade c/ 130m2 área, lareira c/ recup., cozinha equipada, garagem. 375,00€T. 969 090 018

T3 Jtº. Cidade c/aquec. central, lareira, cozinha equipada, garagem. 350,00€ T. 917 921 823

T3 Marzovelos c/130m2, cozinha equi-pada, lareira c/ recup., garagem, aquec. central. 430,00€T. 914 824 384

Moradia a 3 min. Cidade c/ aquec. cen-tral, cozinha equipada, churrasqueira. 400,00€T. 232 425 755 (AMI 5083)***

T3 Marzovelos c/ cozinha mob. e equi-pada, quartos mobilados, varandas. 290,00€T. 969 090 018

T2 Viso todo mobilado, cozinha equi-pada, lareira, garagem, arrumos. 350,00€T. 917 921 823

T1 Jugueiros c/ 50m2 área, aquec. central, roupeiro, excelente localização. 330,00€T. 914 824 384

T3 Abraveses c/aquec. central, lareira, cozinha equipada, garagem. 350,00€ T. 969 090 018

T3 Repeses c/130m2, lareira, cozinha equipada, aquec. central, garagem. 475,00€T. 917 921 823

Andar moradia a 2 min. Cidade c/ boas áreas, varandas, arrumos, boa exposição solar. 250,00€T. 914 824 384

T2 Duplex Cidade c/140m2 área, cozi-nha equipada, lareira, arrumos. 500,00€ T. 232 425 755 (AMI 5083)***

Moradia c/boas áreas, aquec. com-pleto, lareira, escritório, churrasqueira. 600,00€T. 917 921 823

Aluga-se T2Dois quartos, uma sala, um wc e uma cozinha.

Sotão incluído.Bairro Stª Eugénia, atrás da garagem Lemos Irmão.

Tlm.: 925 916 786

Jornal do Centro07 | Outubro | 201132

Page 33: Jornal do Centro - Ed499

Informática aos 5

Av. Alberto Sampaio Nº 54, 1º andar, salas 3 e 4(Galerias Passagem do Mercado) - Viseu

Tel. 232 405 464www.informaticaaos50.com

Informática SimplificadaPara Maiores De 50

Cursos simples, de baixo custo e curta duração, sobre temas actuais e principais acções possíveis de realizar com um computador.

����������� � ���������������� ����

��� ������������������� �

������������� ������

�����������!���"���#$��(Novos Cursos)

(Messenger e Skype)

����������� ����

��� ���� ������&�����

�'������*�����&������

��� �����������+++

�������Individuais ou em pequenos Grupos

Tornamos simples o que parece complicado

ZÉ DA PINHAVende Pinha (Sacos 50L.)

Entrega em casa junto ao grelhador e à lareira.

Terra para Vasos (Sacos 5Kg.)T. 967 644 571 - [email protected]

Centro de Emprego de TONDELA(232 819 320)

Empregado de mesa. Pretende-se candidato com expe-riência ou formação na área. Mortágua – Ref. 587768761

Empregado de quartos – hotelaria preferência por candi-dato com experiência. Mortágua – Ref. 587768748

Recepcionista de hotel. Pretende-se candidato com expe-riência ou formação na área e domínio de línguas. Mortágua – Ref. 587768776

Trabalhador florestal com experiência na limpeza de matas. Mortágua – Ref. 587770846

Carpinteiro de limpos com experiência profissional como carpinteiro/a de limpos, para de uma forma autónoma colocar forro de madeira e outros elemen-tos de carpintaria. Santa Comba Dão – Ref. 587765599

Engenheiro agrónomo / Arq. Paisagista. Santa Comba Dão – Ref. 587764799

Marteleiro com experiência mínima de 2 anos. Santa Comba Dão – Ref. 587772064

Cabeleireiro praticante de cabe-leireiro c/carteira profissional. Tondela – Ref. 587757565

Costureira, trabalho em série. Pessoas com experiência. Tondela – Ref. 587768480

Impressor de “offset” c/ expe-riência na área. Tondela – Ref. 587768257

Pedreiro de acabamentos com experiência. Tondela – Ref. 587766379

Servente - Construção civil e obras públicas. Candidato com ou s/experiência. Tondela – Ref. 587773490

Centro de Emprego de LAMEGO(254 655 192)

Cabeleireiro. Lamego - Ref. 587763573

Pedreiro. Lamego - Ref. 587767580

Servente de construção civil e obras públicas. São João da Pesqueira - Ref. 587771114

Cozinheiro. Armamar - Ref. 587773478

Motorista de veículos pesados – mercadorias. Sernancelhe - Ref. 587773926

Operador de supermercado. Lamego - Ref. 587776673

Empregado de balcão. São João da Pesqueira - Ref. 587781497

Mecânico de automóveis com experiencia. São João da Pesqueira - Ref. 587781501

Escriturário de contabilidade. Lamego - Ref. 587785147

Técnico de vendas. Lamego - Ref. 587785146

Recepcionista. Tarouca - Ref. 587787105

Mecânico de automóveis. Moimenta da Beira - Ref. 587787101

Chefe de vendas. Lamego - Ref. 587776647

Caixeiro. Lamego - Ref. 587776660

Técnicos superiores (professo-res do ensino da música/ensino de actividades lúdico-expressi-vas) - Município de Oliveira de Frades.

Técnico superior (professor de actividade física e desportiva) - Município de Oliveira de Frades.

Técnicos superiores (profes-sores de inglês) - Município de Oliveira de Frades.

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL

(232 720 170)Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Serralheiro mecânico / traba-lhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Centro de Emprego de VISEU

(232 483 460)Serralheiros Civil. Viseu - Ref. 587781821

Encarregado de Construções Metálicas. Mangualde - Ref. 587783522

Cozinheira. Viseu - Ref. 58773528

Gestor de oficina automóvel. Viseu. - Ref. 587781310

Ajudante de cozinha. Viseu - Ref. 587783611

Ajudante/Bate-Chapas. Viseu - Ref. 587783446

Armador de Ferro. Viseu - Ref. 587780410

Técnico de Prótese. Viseu - Ref. 587780399

Cozinheiro. Viseu - Ref. 587780035

Estucador. Viseu - Ref. 587778436

Ajudante Familiar. Penalva do Castelo - Ref. 587783457

CLASSIFICADOS

EMPREGO & FORMAÇÃOOFERTAS DE EMPREGO

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

A Escola de Estudos Avançados das Beiras (AEB) promove dia 13, no edifício Expobeiras, em Viseu um workshop sobre “Como Procurar e se Com-

portar numa Entrevista de Emprego”.

O curso tem a duração de oito horas e vai ser orienta-do por Ana Neves de Al-meida e Maria Garrett.

Workshop sobre entrevista de emprego

Reformado / Desempregado

A Imobiliária Opção Chave, recruta com ou sem experiencia para os escritórios de Viseu.- Sem: horários ou encargos com carro ou telemóvel.- Oferece: formação, bom ambiente de equipa e óptimas renumerações.

Tlm.: 919 079 875

Supervisor Nacional de Vendas /Director Comercial

A DietMed, admite Supervisor Nacional de Vendas / Director Comercial

Requisito Obrigatório:Residência no Distrito de Viseu

Requisitos Preferenciais:Experiência na função;Experiência no Segmento de Mercado

de Farmácia e/ou de Ervanária;Disponibilidade Imediata

Contacto para envio de Curriculum Vitae: Email: [email protected]

Senhora c/ experiência

toma conta de pessoas idosas.T. 969 717 415

A Associação Em-presarial da Região de Viseu (AIRV) promo-ve dia 21 de Outubro, às 14h00 na sua sede, uma acção de formação so-bre “Alternativas à Le-gislação Laboral - Im-pactos das Medidas da troika”.

O curso visa dotar os formandos de conhe-

cimentos sobre as al-terações à legislação laboral, da revisão ao Código de Trabalho e outra legislação laboral complementar.

A formação tem a du-ração de cinco horas e será ministrada por Dé-lia Falcão, advogada es-pecialista em Código de Trabalho.

Formação sobre Código de Trabalho

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011 33

Page 34: Jornal do Centro - Ed499

NECROLOGIA

INSTITUCIONAIS

Alberto Francisco da Cruz, 87 anos, casado. Natural de Lageosa, Tondela e residente em Vinhal, Tondela. O funeral realizou-se no dia 22 de Se-tembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Lageosa.

Maria Fernanda Perfeito, 73 anos, casada. Natural de Lageosa, Tondela e residente em Vinhal, Tondela. O funeral realizou-se no dia 27 de Se-tembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Lageosa.

Maria Margarida Alves Correia, 73 anos, solteira. Natural e residente em Sobral, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 1 de Outubro, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Sobral.

Manuel Pereira Ricardo, 75 anos, casado. Natural de Alvados, Porto de Mós e residente em Parada, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 4 de Outubro, pelas 10.30 horas, para o cemitério de Parada.

Agência Funerária São BrásCarregal do Sal Tel. 232 671 415

Maria da Trindade Morgado, 50 anos, casada. Natural de Vilar, Ermida, Castro Daire e residente em Lamelas, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de Outubro, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Lamelas.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

Helder da Luz Vidal, 73 anos, casado. Natural de Olhão e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de Outubro, pelas 15.00 ho-ras, para o cemitério de Mangualde.

Matilde Pais de Oliveira, 90 anos, viúva. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de Outubro, pelas 15.00 ho-ras, para o cemitério local.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Antero Loureiro Simão, 75 anos, casado. Natural e residente em Carva-lhal Redondo. O funeral realizou-se no dia 1 de Outubro, pelas 18.00 horas, para o cemitério local.

António da Costa, 85 anos, casado. Natural e residente em Carvalhal Redondo. O funeral realizou-se no dia 2 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Maria José de Jesus, 93 anos, viúva. Natural de Ribeiradio e residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 1 de Outubro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Ribeiradio.

Agência Funerária Fernandes Correia & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 610

Abel Martins Lima, 82 anos, casado. Natural de Castro Daire e residente em Sátão. O funeral realizou-se no dia 3 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Sátão.

Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503

Maria da Conceição Almeida, 93 anos, viúva. Natural e residente em Fer-montelos, Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 30 de Setembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

António Antunes Ferreira, 79 anos, viúvo. Natural de Nandufe, Tondela e residente em Canas de Santa Maria, Tondela. O funeral realizou-se no dia 3 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Canas de Santa Maria.

Maria da Conceição, 94 anos, viúva. Natural e residente em Canas de Santa Maria, Tondela. O funeral realizou-se no dia 3 de Outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Canas de Santa Maria.

Agência Funerária do DãoTondela Tel. 232 823 820

Maximino Carragoso, 83 anos, solteiro. Natural e residente em Mundão, Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de Outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Mundão.

Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 499 de 07.10.2011)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 499 de 07.10.2011)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 499 de 07.10.2011)

CARTÓRIO NOTARIALRua dos Olivais nº 4 - VISEU

Notária – Marina da Conceição de Sousa Alves Martins de Carvalho

EXTRACTO

Marina da Conceição de Sousa Alves Martins de Carvalho, notária deste Cartório, cer-tifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que no Cartório Notarial de Viseu, sito na Rua dos Olivais, nº 4, no livro de notas nº 137 a folhas 34, foi lavrada uma escritura de Jus-tificação, pela qual BERNARDINO LOURENÇO RODRIGUES, c.f. 135822548 e mulher LAURA RODRIGUES FILIPE, c.f. 135822556, casados em comunhão de adquiridos, na-turais da freguesia de Calde, concelho de Viseu, onde residem na Rua da Peça, nº 37, lugar de Várzea, declararam que são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrém, dos seguintes prédios rústicos. 1- Pinhal e mato, sito ao Valinho da Levada, freguesia de Lor-dosa, concelho de Viseu, com 3 140m2; a confinar norte caminho e sul, nascente e poente matas nacionais; inscrito na matriz sob o artigo 10 877. FREGUESIA DE CALDE: 2- Pinhal e mato, sito ás Ladeiras, com 901m2; a confinar norte e nascente Almiro de Oliveira, sul Luísa de Oliveira e poente caminho; inscrito na matriz sob o artigo 13 467. 3- Pinhal e mato, sito à Revanceira, com 624m2; a confinar norte Manuel Francisco Vilar, sul Bernardino de Olivei-ra Caetano, nascente Claudino Francisco Vilar e poente Abel Santos; inscrito na matriz sob o artigo 13 677. 4- Terreno de semeadura com videiras, pinhal e mato, sito à Frágua, com 784m2; confinar norte Armindo Lourenço Caetano, sul e nascente Armindo Ferreira do Souto e poente rego; inscrito na matriz sob o artigo 13 798. 5- Pinhal e mato, sito ao Coval, com 4 995m2; confinar norte e nascente Belarmino Ferreira Maurício, sul Arnaldo Correia e outros e poente caminho; inscrito na matriz sob o artigo 15 049. 6- Terreno de semeadura com vi-deiras, fruteiras, oliveiras, pinhal e mato, sito ao Coval, com 2 542m2; confinar norte António de Oliveira Gonçalo e outros, sul José Caetano e outros, nascente Diamantino Lourenço e poente Cândido de Oliveira Caetano; inscrito na matriz sob o artigo 15 077. 7- Pinhal e mato, sito ao Coval, com 3 636m2; confinar norte Almiro de Oliveira, sul José de Oliveira Caetano, nascente Francisco de Oliveira e poente herdeiros de Joaquim Francisco Pereira; inscrito na matriz sob o artigo 15 078. 8- Terreno de semeadura com videiras e fruteiras, sito ao Por-to Velho, com 782m2; confinar norte Isaura Lourenço, sul Bernardino de Oliveira Caetano, nascente António Agostinho e poente Silvina Balteiro; inscrito na matriz sob o artigo 16 952.9- Pinhal e mato, sito à Framula, com 896m2; confinar norte e poente Bernardino Lourenço, sul Armindo Lourenço Maurício e nascente caminho; inscrito na matriz sob o artigo 15 775.10- Pinhal e mato, sito à Lage Cimeira, com 885m2; confinar norte Joaquim Ferreira Mauri-cio, sul José Maria de Oliveira Gonçalo, nascente Lúcio Machado de Oliveira e poente Ana Polinia; inscrito na matriz sob o artigo 15 829. 11- Pinhal e mato, sito à Framula, com 1 641m2; confinar norte Luciana de Almeida, sul Albertino Ferreira Maurício, nascente João Ferreira de Campos e poente barroca; inscrito na matriz sob o artigo 15 758. 12- Pinhal e mato, sito ao Coval, com 482m2; confinar norte Almiro de Oliveira, sul Cândido de Oliveira Caetano, nascente Bernardino Lourenço e poente Cândido Francisco Pereira; inscrito na matriz sob o artigo 15 061. Que os referidos prédios não se encontram descrito na 2ª Conservatória do Registo Predial de Viseu. 13- Metade indivisa de um pinhal e mato, sito aos Barreiros, com 6 162m2; confinar norte Bernardino Lourenço, sul, nascente e poente Lúcio Machado de Oliveira; inscrito na matriz sob o artigo 15 212, descrito na referida Conservatória do Registo Predial sob o número três mil trezentos e onze, daquela freguesia e sem inscrição em vigor quanto àquela parte. Que os referidos prédios vieram à posse dos primeiros outorgantes por compra, que fizeram por volta do ano de 1987 e 1988, pela forma seguinte: as verbas 1a 10 e a verba 13, a Francisco de Oliveira, solteiro, maior, residente que foi em Figueiredo, S. Pedro de France e em nome de quem se encontram inscritas matricialmente, embora a verba 8 se encontre indevidamente inscrita na matriz em nome de Albino de Oliveira da Cruz Poças; a verba 11, a Angelino Francisco Pereira (em nome de quem se encontra inscrito matricialmente) e mulher Iria de Oliveira, residentes que foram no mesmo lugar de Várzea; a verba indicada sob o número 12, a José Maria (em nome de quem se encontra inscrito matricialmente) e mulher Júlia de Oliveira Pereira, residentes que foram no mesmo lugar de Várzea, sem que tivessem formalizado qualquer acto de transmissão. Que, dado o modo de aquisição, não têm os justificantes possibilidades de comprovar pelos meios normais o seu direito de propriedade, mas a verdade é que são titular dos mencionados prédios, pois deles têm usufruído, a verba 13, conjuntamente com os demais comproprietários, os her-deiros de Diamantino Lourenço, José Ferreira do Couto, Carlos Lourenço Pereira e Maria Emanuel Lourenço Félix, cortando a erva e o pasto, semeando milho e feijão, cortando e limpando o mato, cortando e vendendo os pinheiros, o que fazem há mais de vinte anos, ininterruptamente, com o conhecimento de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse, exercendo nos prédios uma posse contínua, pública e pacífica, pelo que adquiriram aqueles prédios por usucapião que a favor do seu favor invocam.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. Cartório Notarial, Rua dos Olivais nº 4 – 29/09/2011A Notária, Conta nº

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 499 de 07.10.2011)

Serafim da Encarnação Oliveira, 74 anos, casado. Natural de Vil de Souto e residente em Canelas de São Cipriano, Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de Setembro, pelas 17.15 horas, para o cemitério de Vil de Souto.

João Armindo de Jesus, 52 anos, casado. Natural de Santa Maria, Viseu e residente em Travassós de Orgens. O funeral realizou-se no dia 4 de Outubro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Orgens.

Agência Funerária de FigueiróViseu Tel. 232 415 578

António do Amaral Martins, 71 anos, casado. Natural de Santos Evos e residente em Vilar de Ordem, Povolide. O funeral realizou-se no dia 30 de Setembro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Povolide.

Celestino Abrantes Rodrigues, 62 anos, casado. Natural e residente em São João de Lourosa. O funeral realizou-se no dia 1 de Outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério local.

Ermelinda dos Anjos, 84 anos, casada. Natural de Abraveses e residente em Esculca. O funeral realizou-se no dia 4 de Outubro, pelas 16.00 ho-ras, para o cemitério novo de Viseu.

Maria de Jesus de Almeida, 81 anos, casada. Natural e residente em Povolide. O funeral realizou-se no dia 4 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério local.

Eduardo Rodrigues de Oliveira, 68 anos, casado. Natural de Rio de Loba e residente em Travassós de Baixo. O funeral realizou-se no dia 4 de Ou-tubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Jornal do Centro07 | Outubro | 201134

Page 35: Jornal do Centro - Ed499

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu.Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor.O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

DEscreva-nos para:

FOTOS DA SEMANA HÁ UM ANO

Nins

Pub

licid

ade

pág. 02

pág. 06

pág. 07

pág. 08

pág. 14

pág. 20

pág. 21

pág. 25

pág. 28

pág. 29

pág. 30

pág. 31

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> NEGÓCIOS

> DESPORTO

> CULTURAS

> SAÚDE

> RESTAURANTES

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

8 de Outubro de 2010

Sexta-feira

Ano 9

N.º 447

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Escola Alves Martins inaugurada

em dia da República

Nesta edição

Suplemento Aquecimento

e Climatização/Especial

Vá às Compras

RegiãoSupermercado

SPAR de Viseu

contesta estudo

da DECO página 10

EducaçãoLinha do QREN

vai permitir

obras na

Grão Vascopágina 8

Penalva Feira da Maçã Bravo

de Esmolfe

regressa este

fim-de-semana página 14

Culturas“Sagrada Família”

de Jacinto Lucas

Pires sobe ao palco

do Teatro Viriatopágina 21

“Em 2006 0 primeiro-ministro disse alto e bom

som que esta estrada [A25] não seria portajada”

Francisco Almeida, porta-voz da Comissão de Utentes Contra as Portagens nas A25, A23 e A24

| páginas 7

Dia de buzinão

Nun

o Fe

rrei

ra

Nun

o Fe

rrei

ra

| páginas 6

∑ Câmara de Viseu ausente na cerimónia em desacordo com o atraso nos arranjos exteriores

EDIÇÃO 447 | 08 DE OUTUBRO DE 2010

∑ Dia de buzinão - “Em 2006 o primeiro-Ministro dis-se alto e bom som que esta estrada (A25), não seria portajada”.

∑ Linha do QREN vai premitir obras na Grão Vasco.

∑ Feira da Maçã Bravo de Esmolfe regressa este fim-de-semana.

∑ Escola Alves Martins inaugurada em dia da Repú-blica.

∑ Arlindo Cunha eleito presidente do CVR Dão.

∑ Infantuna ganha prémio no Peru.

Raq

uel R

odrig

ues

Serviços Prisionais: Prisão/Reinserção: um continuum na técnica e na acçãoFoi recentemente anun-

ciada pelo Governo a fusão da Direcção Geral de Rein-serção Social (ex Instituto de Reinserção Social), com a Direcção Geral dos Servi-ços Pressionais, agora tam-bém chamada da Reinser-ção Social.

Anunciada já pelo an-terior Governo esta me-dida, independentemente do conceito/s que lhe terão servido de suporte, é uma medida corajosa. Muito co-rajosa. Muitos de nós não a admitiriam, sequer, como hipótese, apesar de ela ter sido já em diversos períodos alvitrada.

A separação das áreas pe-nais e de reinserção social, têm tido na Europa evolu-ções diversas que têm pas-sado pela fusão, separação e retorno a anteriores posi-ções.

A primeira questão que é legitimo colocar nesta maté-ria tem a ver com o fracasso, ou não, do modelo das medi-das alternativas á prisão na prevenção e tratamento da delinquência, a grande reta-guarda sobre a qual assen-tava a razão mais poderosa da existência do IRS/DGRS. Esse um decisivo factor de avaliação da sua actividade

e existência.O Instituto de Reinserção

Social foi criado em 1982, com a passagem dos pro-fissionais do Serviço Social da DGSP que o quisessem fazer para aquele Instituto. Este “divórcio” com a DGSP, permaneceu sempre mal resolvido, por 3 ordens de razões.

A primeira, por um certo elitismo lactente por parte do IRS/DGRS relativamen-te ás prisões. Nunca assumi-do, porque sempre negado, mas real, porque sentido e vivido. Este estado de alma organizacional assentou no confronto de uma realidade/verdade técnico formal, re-dactorial e de gabinete com o sufoco diário da realidade e dinâmicas que no interior da vida das prisões diaria-mente se geram e cruzam. Deste “atrito”, ás vezes acen-tuado e subreptício, resulta-vam frequentemente dois mundos de análise, sentidos diversos de rota, de repre-sentação social e de vivência do espaço e do tempo que condicionavam as emoções mais lactentes e profundas, mesmo que ao nível restrito do funcional elas nem sem-pre emergissem.

A segunda razão passou

pelos investimentos eleva-dos que ao longo do tem-po foram levados a cabo na criação, expansão e imposi-ção social do IRS/DGRS, ao contrário do que foi aconte-cendo com a DGSP ao longo da sua história (depaupério e progressiva pobreza), se exceptuarmos a última me-tade da década de 90, curio-samente mal aproveitada. A DGSP foi sempre o parente pobre do Ministério da Jus-tiça, facto que agravou a re-presentação social destes Serviços e as condições re-ais e concretas da sua ges-tão com vista á sua melhoria e modernização. Melhoria, modernização e expansão que, pelo menos aparente-

mente, passava pelo IRS/DGRS, com o consequente resultado ao nível das rela-ções e praticas organizacio-nais, bem como da sua re-presentação social.

A terceira razão pas-sou pelo incremento das medidas alternativas á pri-são como modelo “nobre” e mais eficaz da prevenção/tratamento do crime e da delinquência que, na últi-ma década, teve um desen-volvimento assinalável a ponto de activar fortes re-acções em alguns sectores da sociedade. Esta (hipo-tética) “nobreza” teve de-pois interiorização organi-zacional com reflexos nas relações entre as duas Or-

ganizações. Por razões que as ciências sociais e políti-cas devem investigar, a rea-lidade da criminalidade e da delinquência e respectivas taxas de sucesso/insucesso são as que hoje conhece-mos.

A fusão da DGRS na DGSP tem um potencial elevado, com base em qua-tro pressupostos: o primeiro com a possibilidade de de-senvolver uma perspectiva sistémica em áreas que já o são em termos jurídico-dou-trinários e que caminham muitas vezes em paralelo, quando não em pré-colisão. O segundo pela solidez com que o IRS/DGRS analisou e desenvolveu áreas técni-cas e de gestão, com que, em termos organizativos, a DGSP muito pode ganhar. Não porque nesta os recur-sos humanos e outros, se-jam de menor valia, mas porque a realidade aqui, é muito mais dura, cruel e até violenta no seu dia a dia e no esforço desgastante que exi-ge aos seus profissionais. A visão muito mais próxima desta realidade será vantajo-sa para os que vêm. Não nos sobra tempo para reflectir sobre o que fazemos/lida-mos e sobre os grandes mo-

vimentos humanos, sociais e psicológicos que estão na base da nossa actividade. O terceiro pela dimensão des-sa capacidade técnica e de saber, se comparada com o da DGSP. Finalmente, não podemos esquecer que Por-tugal é um país pequeno. Tendo uma população pri-sional e delinquente propor-cional à sua dimensão, elas não justificam duas DGs com a dimensão das exis-tentes e o número das suas Instituições locais que lhe conhecemos.

E porque as taxas da de-linquência e do crime são as conhecidas, juntar toda esta riqueza e potencial numa única rota, será um bom ca-minho, a que não poderão presidir puros critérios eco-nomicistas. Na certeza que ele será difícil, mais doloro-so para uns que para outros como já é visível, mas com um potencial que aproxi-ma mais o que é semelhan-te, não recortando como di-ferente o que também não o é de facto, e congregando capital humano e recursos para lhe fazer face.

Miguel AlvesDirector dos EP Viseu/Lamego

Mestre em Políticas e Gestão de RH/ISCTE

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

Nas Termas de Alcafa-che, nas aprazíveis mar-gens do Dão, situações como esta mostram um desleixo e uma falta de brio pouco compatíveis com um local de veraneio que se quer atraente, lim-po e espelho de beleza da praia fluvial.

Os mictórios do Jardim de Santo António, exacta-mente em frente à porta da Escola Secundária Emídio Navarro, têm dias que exa-lam um odor nauseabun-do muito dificilmente su-portado pelos passantes e pela vasta comunidade escolar.

Paul

o N

eto

Jornal do Centro07 | Outubro | 2011 35

Page 36: Jornal do Centro - Ed499

Há oito anos que a Fes-ta das Sopas tem um lugar de destaque em Viseu, no arranque de mais um Ou-tono. A ideia é da Confra-ria de Saberes e Sabores da Beira Grão Vasco, mas este ano juntam-se à or-ganização a Associação Comercial do Distrito e a Confraria dos Enófilos do Dão.

Dia 15 de Outubro, no pavilhão Multiusos de Viseu, a partir das 16h00, os participantes na festa vão poder apreciar mais de 30 variedades de so-pas, confeccionadas por 22 restaurantes da re-gião.

O presidente da Con-fraria Saberes e Sabores da Beira, José Ernesto re-forçou, na conferência de imprensa de apresenta-ção do evento, que a Festa das Sopas pretende pro-mover a região, divulgar a gastronomia beirã e a sua restauração, mas também acontece com um objec-tivo pedagógico ao “mos-trar a importância da sopa na alimentação”.

O vinho junta-se à festa das sopas e a Associação de Comerciantes também com um objectivo claro. “A restauração vai pas-sar por um período mui-

to mau. Com o aumento do IVA, vai ter dificulda-des em ultrapassar mais este obstáculo. Pensa-mos reunir esforços para de alguma forma aliviar os problemas do sector”, explicou o presidente da associação, Gualter Mi-randez.

O Enólogo João Pau-lo Gouveia, que integra a Confraria dos Enófilos do Dão acrescentou que esta festa das sopas serve ainda para “sensibilizar”

e “alertar a classe mais jo-vem que a sopa é parte in-tegrante da dieta mediter-rânica”.

O evento tem ainda um lado social. Pelo segun-do ano consecutivo a or-ganização vai distribuir as sopas que sobrarem do repasto pelos bairros sociais de Viseu. “É pre-servar e dar a quem ne-cessita”, justificou José Ernesto

Emília Amaral

JORNAL DO CENTRO07 | OUTUBRO | 2011Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 7 de Outubro, Céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 27ºC e mínima de 13ºC. Amanhã, 8 de Outubro, Céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 22ºC e míni-ma de 11ºC. Domingo, 9 de Outubro, tempo limpo. Temperatura máxima de 25ºC e mínima de 9ºC. Segunda, 10 de Outubro, tempo limpo. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 13ºC.

tempo: sol

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

A limpeza das mãos

O cardeal patriarca de Lisboa, numa recente entrevista ao Jornal de Notícias, afirmou que ninguém sai da política “com as mãos limpas”.

Esta generalização de D. José Policarpo teve muito impacto nas redes sociais. Fer-vera m comentá r ios no Facebook e no Twitter. As pessoas sa ltaram com rapi-dez do tópico “mãos limpas” para o tópi-co “bolsos cheios”. Dos políticos, claro.Ao não distinguir os políticos sérios dos políti-cos corruptos, D. José Policarpo fez-lhes o que Simon de Monfort fazia aos cátaros no sécu-lo XIII quando gritava para os seus soldados:

“Matai-os a todos, Deus reconhecerá os Dele!” Convém lembrar que ter “as mãos limpas”

não é necessariamente bom, ter “as mãos su-jas” não é necessariamente mau.

Simpatiza-se com “as mãos sujas” que enfor-mam o barro negro de Molelos, não se simpati-za com “as mãos limpas” que assinaram o con-trato dos contentores de Alcântara.

Simpatiza-se com “as mãos sujas” que cor-tam os cachos nas encostas do Dão, não se simpatiza com “as mãos limpas” das negocia-tas do BPN.

Pode-se invadir o “terreno” de D. José Policarpo e lembrar que mais valia que Pila-tos tivesse ficado com as mão sujas e não as ti-vesse lavado como é contado nos evangelhos.

Em 1948, Jean-Paul Sartre escreveu “As Mão Sujas” e é pena ele estar agora fora de moda e ninguém levar essa peça à cena. Sentados no teatro, podíamos talvez perceber melhor a ma-triz sartriana deste pensamento do patriarca de Lisboa.

Uma coisa é certa: é bom que a afirmação de D. José Policarpo não afaste ainda mais as pessoas da política. É que quanto mais cida-dãos “sujarem as mãos” na política mais esta poderá ser limpa.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Publicidade

Finalidade ∑ Promover a cozinha beirã e mostrar que a sopa faz bem à saúde

Festa das Sopas volta ao Multiusos

Sábado, 8 de OutubroViseu∑ Workshop de imagem fotográfica, conceito básico de fotografia, na loja MUUDA, no Palácio do Gelo, das 10h30 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.

Sábado, 8 de OutubroViseu∑ Entrega de prémios do concurso “Modelo Visages”, no Hotel Grão-Vasco, em Viseu, a partir das 16h30.

Domingo, 9 de OutubroViseu∑ Vai ter lugar a III Assembleia Pré-sinodal, no Pavilhão Multiusos de Viseu, às 14h30, presidida por D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu.

Domingo, 9 de OutubroMoimenta da Beira∑ Vai ter lugar a II Feira Social de apoio às famílias carenciadas do concelho, no Mercado Municipal.

Domingo, 9 de OutubroViseu∑ Oficina de Expressão Plástica, por Francelina Balteiro, na Fnac, pelas 11h30.

agenda∑

808 20 40 20 HORÁRIO DA LINHA DE ATENDIMENTOSEG. A SEX. 9H ÀS 22H/SÁB. 10H ÀS 13H

WSI VISEUR. Dr. António José de almeida, nº 52 - r/c

3510-042 viseu (em frente à segurança social)

*mal

hum

orad

o Aprende e diznão à crise!

A Organização anunciou 30 sopas na mesa, dia 15

Emíli

a A

mar

al