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| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 16 pág. 17 pág. 22 pág. 24 pág. 27 pág. 28 pág. 30 pág. 32 pág. 34 pág. 35 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > SUPLEMENTO > ECONOMIA > DESPORTO > EM FOCO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 4 a 10 de Novembro de 2011 Ano 10 N.º 503 1,00 Euro Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno André Ferreria Marcha lenta da revolta... Publicidade Publicidade 500 viaturas, no maior protesto de sempre, rolaram contra as portagens nas A25, A24 e A23 | página 10

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> SUPLEMENTO> ECONOMIA> DESPORTO> EM FOCO> CULTURA> SAÚDE> CLASSIFICADOS> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário4 a 10 de Novembrode 2011

Ano 10N.º 503

1,00 Euro

Pub

licid

ade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

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Marcha lenta da revolta...

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∑ 500 viaturas, no maior protesto de sempre, rolaram contra as portagens nas A25, A24 e A23 | página 10

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praçapública

palavrasdeles

rNão sei se sou boa ou má escritora, sei que sou boa profissio-nal”

Alice VieiraEscritora

rAs associações de bombeiros do país estão todas exauridas financeiramente, mui-tas falidas tecnicamen-te e outras ainda não deram conta porque não fizeram contas”

Rebelo MarinhoPresidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu

rMesmo que as por-tagens sejam acciona-das, a luta não pára!”

Francisco AlmeidaPorta-voz da Comissão de Utentes

Contra as Portagens nas A25, A24 e A23

rSe não fossem os monges de Cister nós, provavelmente, tínha-mos um resquício de vinho e não o Vinho do Porto”

António SeixeiraAbade do Convento de Salzedas

E se a eco-nomia se preocupasse mais com as pessoas e menos com números?”

“Dêem-me o que desejo para saber que o não de-sejava. Sim, sim. Ainda. A excitação do desejável varia inversamente com o indesejável donde dese-jamos. Mas atenção: com uma margem de disponi-bilidade, de bem-estar, para o luxo do desejo.”

Vergílio Ferreira, Conta-Corrente (Vol.1)

“E se este mundo for o inferno de outro planeta?” (Aldous Huxley)

E se em Portugal, se diagnosticassem, estudas-sem, planeassem e… implementassem as media-das, para debelar os problemas?

E se os portugueses gostassem de arriscar, em-preender e competir, rejeitando o seu endémico comodismo?

E se a Europa se fundasse na solidariedade?E se a crise fosse uma nuvem passageira?E se a crise, ao invés de ser um tragédia, fosse

uma comedia?E se Agustina tiver razão: “Os povos que so-

frem o presente são impróprios para ousar o futuro”?

E se os políticos fossem uma dádiva de Deus?E se a política fosse feita para as pessoas?E se o Estado emagrecesse tanto, que ficasse

inerte, para proteger e cuidar dos seus cidadãos?E se pudéssemos, ter esperança num Estado

ou num Governo? (De uma ideia de Wladimir Kaminer)

E se a democracia fosse verdadeiramente de-

mocrática?E se a economia se preocupasse mais com as

pessoas e menos com números?E se economistas e gestores devolvessem a po-

litica aos políticos?E se o crédito não conduzisse ao descrédito? E se a imaginação e a criatividade tomassem

o Poder?E se a globalização não promovesse o medo?E se a educação fosse livre?E se a educação ficasse incólume à tesoura

orçamental?E se a austeridade fosse ponderada, tendo em

consideração, os problemas sociais existentes e gerados pela sua aplicação?

E se para ultrapassar a tormenta, não fosse ne-cessário “empobrecer”?

E se a subvenções vitalícias dos políticos tam-bém fossem consideradas gorduras?

E se os mercados vendessem ideias, sugestões e generosidades?

E se a pobreza não existisse?E se a luta pelos direitos humanos não fizesse

sentido?E se a ética pública fosse natural?E se a desordem se provasse mais útil que a or-

dem?E se o futuro não se intrometesse na nossa

vida?E se o amanhã deixasse de pertencer aos malu-

cos de hoje? (De uma ideia de Álvaro de Cam-

pos)E se o pretérito fosse amanhã?E se a verdade de tantas vezes proferida se tor-

nasse mentira?E se o inteligente se sublevasse ao esperto?E se todos usássemos a cabeça para pensar?E se todos reivindicássemos o direito a pensar?

(De uma ideia de Séneca) E se o respeito fosse uma coisa muito bonita?E se dizer mal do próximo deixasse de ser um

prazer?E se a guerra fosse coisa do passado? E se a paz começasse, em nós próprios, tornan-

do-se num estado de espírito universal?E se não houvesse paciência para a violência?E se a televisão libertasse as pessoas, em vez, de

as estupidificar?E se a comunicação social se libertasse das

amarras dos interesses económicos e regressas-se à sua missão de serviço público?

E se o progresso não fosse um ferro de engo-mar? (De uma ideia de Aquilino)

E se as utopias vencessem?E se os poetas, esses “seres da utopia”, fossem fi-

nalmente reconhecidos como agentes da mudan-ça? (De uma ideia de Eugénio de Andrade)

E se pudéssemos ter, à semelhança dos gatos, 7 fôlegos?

E se finalmente, todos percebêssemos, que o sonho comanda a vida? (De uma ideia de Antó-nio Gedeão).

Opinião E se …

José Lapa Técnico Superior do IPV

Falta quem possa dizer alguma coisa sobre este assunto. É matéria melindrosa e que re-quer cuidado no trato. Ao fim e ao cabo to-dos gostam de ser servidos e poucos apre-ciam servir. Entende-se que servir alguém é desprestígio e resiste-se a estar disposto a fazê-lo. Mas, em contra ciclo, exige-se, por exemplo, dos médicos, que estejam sempre em prontidão absoluta. Entre os sermões na Igreja, as recomendações dos Pais, as direc-trizes dos Professores e o saber de experiên-cia feito, tudo aponta que o pendor de servi-dão deve perdurar e sobrepor-se à atitude do vilão em casa do sogro, que nada faz e aguar-da que tudo lhe apareça “pronto a usar”. Dá-

me, até, a ideia de que quanto mais chão é o nível da pessoa, mais inflamado se encontra o instinto de se pôr a jeito para que alguém o sirva e maior é a oposição a servir terceiros. Será uma novidade para alguém? Quem não conhece o ditado: «Não sirvas a quem serviu, nem peças a quem pediu»?

Bom, noutros tempos, que hoje simples-mente se repudiam, havia uma generalizada tomada de consciência para o papel que cada um na sociedade e no seu local de trabalho, que era facilitadora do inter-relacionamento e do respeito que a cada um é devido. Era-se respeitado pela seriedade e gravidade que se colocava no desempenho das responsabilida-

des nas mais variadas facetas da vida. Hoje, quem tem uma postura mais ponderada, sé-ria, responsável, é alvo de críticas e apelidado, ordinariamente, de engraxador, sabujo e ou-tros epítetos que ninguém aprecia, com o in-tuito de desmobilizar e desmoralizar. Acon-tece o mesmo nas escolas onde os mais pre-guiçosos fazem a vida negra aos estudiosos. É a cultura aplicada do “bota-abaixo”.

Agora, entre a gente mais nova e menos po-lida, o tratamento por senhor ou senhora foi (quase) excluído do léxico. Adoptou-se o uso do “bocê” e os miúdos dirigem-se aos edu-cadores dizendo: -Oh professor, bocê … Os pacientes e auxiliares tratam os clínicos por

“dótor” enquanto os operários de constru-ção civil chamam o responsável da obra por engenheiro. Antagonicamente, os caixeiros- viajantes de outrora são hoje comerciais ou delegados de informação; os contínuos são assistentes operacionais; a limpeza nos hospi-tais é feita por auxiliares de acção médica; os almeidas, são técnicos de limpeza urbana; o “pica/trinca” bilhetes (revisor)é hoje o fiscal de títulos de transporte . Tanto “aplomb”, tan-ta dignidade que ganharam as pessoas com estas novas denominações…!? No entanto, o substrato, na maioria dos casos, é igual ou menor. Só mudou o nome na profissão.

A coisa é de tal forma que, quem pegar na

Opinião Quem serve quem

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

O que acha do investimento que está a ser feito na preservação do património histórico português?

Importa-se de

responder?

Acho que nos últimos anos tem havido um investimento importante na preservação do património histórico portu-guês. Reconheço esse esforço contudo, considero-o manifes-tamente insuficiente face à grandeza do património de Por-tugal. Espero que o investimento continue, porque há ainda edifícios que necessitam de obras de requalificação e restau-ro, como é o caso do Museu de Lamego.

Cultura foi e permanece parente pobre no orçamento. Mu-seus, que são paradigma, em aguda crise. Mas megalomania do Museu dos Coches. Lisboa e Porto, absorvendo demasia-do. Casa da Música, bom e caro. Biblioteca Nacional de Por-tugal, enfim reaberta. Côa ainda vazio. Rota das Catedrais, uma esperança. Teatro, poucos exemplos. E por aí fora cam-pos de ruínas: mosteiros, capelas, castelos, centros de aldeias e cidades, e as paisagens. A grandeza de um país espelha-se na cultura.

O mais importante é valorizar o património histórico por-tuguês como um dos pilares fundamentais da sociedade. Tem que ser visto como algo estrutural, com repercussões nas dinâmicas económicas e culturais do investimento de cada região. O município de Tondela encara a valorização do pa-trimónio como elemento preponderante na valorização do território. As escolas, por todo o país, devem alertar a comu-nidade para a importância da preservação e valorização de um património que é de todos nós.

Vital. Só peca por ser tardio, mas é visível um maior inves-timento na recuperação desses edifícios. É uma mais-valia tanto em termos de utilização dos equipamentos, como para o turismo internacional que procura qualidade. Não basta ha-ver monumentos bonitos, têm que ser promovidos, divulga-dos e de fácil acesso com informação organizada. A sinalética continua a ser um drama nacional.

Agostinho Paiva RibeiroDirector do Museu de Lamego

Alberto CorreiaHistoriador

José António JesusResponsável pelo Museu Terras de

Besteiros

José António FernandesPresidente da Associação de Empresá-

rios de Hotelaria e Turismo do Douro

estrelas

Marques dos Santos, Canas Marques, Cláudia

Pereira e António Alves Equipa de

otorrinolaringologia do Hospital de Viseu

A ex-autarca vai ter de provar, ine-quivocamente, que os 26.720 euros entregues à Sourcingest, não servi-ram para pagar a campanha eleitoral do PSD local, em 2005.

António SeixeiraPadre

números

500Foi o número de veícu-

los que participou na mar-cha lenta organizada pela Comissão de Utentes Con-tra as Portagens nas A25, A24 e A23, no dia 28 de Outubro.

Eulália TeixeiraEx- presidente da autarquia

de Castro Daire

O abade de Salzedas viu coroada de sucesso a sua luta de dezasete anos, ao ver requalificado o Con-vento de Salzedas e inaugurado o espaço museológico daquela insti-tuição, pelo Secretário de Estado da Cultura, no dia 26 de Outubro.

A Equipa de otorrinolaringolo-gia do Hospital de Viseu fez a pri-meira operação, na zona centro, com sucesso, a uma criança que sofria de falta de audição bilate-ral, implementando no crânio um “BAHA”.

listagem oficial das profissões, vai dar conta que uma boa porção das designações dadas às ocupações profissionais lhe irão ser des-conhecidas. Não se consegue ligar o “título” com o trabalho que é desenvolvido.

Bom, com isto quero eu dizer que há uma linha de pensamento que tende a acreditar que somos todos iguais. Então, faz-se com que o nivelar comece pelo tratamento, em vez de se manifestar pelo crescimento in-telectual, civilizacional e cultural. E esta é a primeira manifestação de que nunca sere-mos todos iguais.

Há pessoas que desenvolvem raciocínios mais “ousados”, implicando esforço no tra-balho. Começam por ser marçanos para aca-bar como gerentes. Aplicam-se nos livros e no desenvolvimento intelectual para virem

a ser ilustres licenciados. Iniciam-se a acar-tar baldes de cimento para virem a ser Mes-tres de Obra. Em contraponto, há-os que, atrás de um qualquer balcão, primam pela arrogância e permanente má disposição, limitando-se a demonstrar o seu fraco ca-rácter. Outros que, investidos de uma farda de autoridade, confundem tudo tornando-se arrogantes e presunçosos. Nos guichets das repartições é frequente levar-se uma ques-tão para resolver e trazer-se duas. O uso é haver alguém a arranjar dificuldades para, logo a seguir, vender facilidades (como diria um bom amigo). Os operadores telefónicos limitam-se a dirigir-se aos interlocutores pelo nome próprio ( e nem sabem que é fal-ta de educação…). De resto, como em mui-tas actividades cujo fito é o atendimento de

pessoas e que é preenchido por profissionais que não tiveram a menor formação (já que a de casa é “delgada”).

Vai longa a prédica…! E, afinal, o que queria dizer é que, em minha opinião, não há uma cultura de servir. De ocupar o seu lugar na vida social e na profissional com o intuito de estar disponível. De ajudar na apli-cação da justiça cedendo a ser testemunha; de denunciar atropelos à Lei; de estacionar o carro deixando espaço para outrem; de não permitir que as criancinhas infernizem os ouvidos de quem lhes está perto; de im-pedir que os idosos sejam ostracizados; que se deixe lixo de toda a ordem na via pública; que se vandalize equipamento que é de to-dos nós; que se desrespeite deliberadamen-te as regras de trânsito; que não se agradeça

a alguém que simpaticamente segura uma porta para que ela passe; que não se tire o chapéu da cabeça para cumprimentar; que se tenha a mão no bolso enquanto de dá um passou-bem ou um beijo a outrem; que não se abrande o carro ao passar numa poça de água e se evite, assim, dar um banho a quem vai no passeio; que não se baixe para apanhar algo que uma senhora ou um ido-so deixou cair; que não dê o seu melhor no trabalho; que sonegue informação laboral; que não ensine os companheiros; que cum-pra horários…

Tudo isto é servir! Quem serve a quem? Bom, por bem, devemos servir-nos uns aos outros. E para melhor ser, com um sorriso nos lábios.

Pedro Calheiros

Jornal do Centro04 | Novembro | 2011

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

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GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesapara o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Na sexta-feira passada fui à abertura oficial da Festa da Cas-tanha, em Sernancelhe, num ges-to porfiado pelos tempos.

São vários os motivos que me levam àquelas terras, há longos anos.

Aquilino Ribeiro será o mais premente de todos. Seguem-se, e a ordem é arbitrária, uma simpa-tia natural por todas as freguesias que bem conheço, uma relação pessoal cimentada em quatro dé-cadas com o autarca local e, como não podia deixar de ser, a minha predilecção por castanhas.

Desta feita acresci-lhe o desejo

de fazer um apontamento de re-portagem para o Jornal do Cen-tro.

O início formal da cerimónia, segundo constava dos milhares de flyers imprimidos, era às 17H30 no Salão Nobre dos Paços de Con-celho, com o Secretário de Es-tado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional. Por acaso, um viseense, da distri-tal do PSD local.

Porém, por motivos decerto im-ponderáveis, Sua Excelência não pôde deslocar-se a Sernancelhe.

Alguém mandou em seu lugar o Secretário de Estado do Am-

biente e do Ordenamento do Território (perdoe-me o leitor se não for bem assim o título) que substituiria o anterior, decerto, com a grandeza e dignidade que os Sernancelhenses merecem.

Por volta das 17H00, começa-ram a juntar-se no Salão Nobre todos os autarcas locais.

O povo, curioso, aguardava fora e dentro da Domus Municipalis. As 17H30 bateram. Já se lia algu-ma impaciência no ar e constran-gimento nos rostos das pessoas, por volta das 17H45. Às 18H00 propagava-se o embrionário mal-estar que as longas esperas pro-

Editorial Castanhas sem chá… mas com jeropiga de três assobios!

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

[email protected]

Naquele ano de 1998, os dirigen-tes associativos participantes na reu-nião preparatória da primeira edição dos Jogos Desportivos de Tondela, cedo perceberam que não estavam apenas a assistir a uma ideia fotoco-piada a partir de Viseu, mas sim pe-rante a aplicação melhorada de um bom exemplo à volta do desporto concelhio. Após as palavras introdu-tórias do então Vereador do Desporto, responsável pelo projecto, logo per-ceberam que a dinâmica, rigor e ob-jectivos que a Edilidade através do mesmo, lhe pretendia associar ultra-passavam de forma notória o cená-rio que se repetia noutros concelhos. E, nesse mesmo ano os números dos jovens envolvidos, das actividades conduzidas e do profissionalismo co-locado na organização falavam por si, e nem assim, o autarca quis aprovei-tar-se da estatística por comparação com as outras realidades concelhias envolvidas... se o tivesse feito só da-ria a constatar o mérito do excelente resultado do seu trabalho e liderança mas contrariaria a imagem de humil-

dade e serenidade que o caracteriza. 13 anos depois, os Jogos Desportivos de Tondela movimentam mais de um milhar e meio de atletas, o nível das Escolas de Natação aumentou signi-ficativamente, o número de Clubes Federados quase duplicou, as insta-lações desportivas concelhias estão bem cuidadas e assistem regularmen-te a eventos desportivos de carácter nacional e até internacional, o Pro-jecto Saúde em dia já se estendeu a todas as freguesias do Concelho, as Maratonas e Caminhadas são de re-gular prática, os Seminários, Fóruns e Workshoops à volta da temática as-sociativa do Desporto nas suas varia-das vertentes ganham realidade, cada vez mais qualidade e dimensão ao lon-go do ano e, para não ser demasiado exaustivo e com isso maçador, relem-bra-se a finalizar, esta brilhante lista que o Complexo Desportivo serve de base para ganharem raízes as equipas locais de futebol bem colocadas no Campeonato, onde nem o “eucalipto” do Fontelo lhes chega a fazer sombra, local onde o “Águas” muitas saudades

deixou e tantas alegrias suscitou nos seus tempos de jogador!

Refiro-me, como certamente já compreenderam, ao Dr. Carlos Mar-ta, Presidente da Câmara Municipal de Tondela desde 2001 pelas listas do PSD e hoje candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol, que tem repartido a sua vida entre a política e a modalidade que agora de-seja liderar no País. Tendo começado a sua vida no desporto com a licencia-tura em Educação Física pelo Instituto de Superior de Educação Física, que o levou a leccionar na preparatória e depois na secundária de Tondela, passou depois pela Direcção Geral dos Desportos de Viseu e em simul-tâneo director do Centro Desportivo de Lamego. Na política, de Vereador a Presidente da Câmara, cargo que ainda exerce e a que soma uma dé-cada como Deputado na Assembleia da República deram-lhe outra expe-riência pessoal e outra visão do País e do Mundo. Recentemente, foi a sua personalidade firme mas dialogante, a sua capacidade invulgar de trabalho

Opinião Eu voto Carlos Marta!

Fernando [email protected]

Portugal é um país de grandes de-sigualdades, e nas últimas décadas foram desenhados dois países de eco-nomias díspares e outras tantas reali-dades divergentes. O litoral e o inte-rior por um lado e por outro Lisboa e o resto do País. Este último concentra a população, a economia e a decisão política, enquanto no Interior conti-nua o despovoamento e o encerra-mento de serviços comunitários nas áreas de educação, saúde, segurança e justiça. Em Portugal metade do po-der de compra está concentrado em 5,3 % do território e nos rankings das 5000 melhores PME, em 2007, 45,7 % destas estavam localizadas na re-

gião de Lisboa e Vale do Tejo (Jorge Nunes, 2010).

A cultura centrípeta em Portugal é demasiado forte, e tem ao longo de décadas contribuido para fortes desi-gualdades entre regiões e cidadãos, re-tirando massa humana ao interior do país e fragilizando a actividade eco-nómica. Durante séculos o interior contribuiu com todos os recursos pos-síveis para o País, e já em período de paz ficou entregue a si próprio e cada vez mais fragilizado, “uma verdadeira injustiça e um erro estratégico no âm-bito da soberania” (Jorge Nunes, 2010). Esquecer a história e a identidade é hi-potecar o futuro uma vez que o inte-

rior não tem menos potencialidades de desenvolvimento. É, simplesmente, diferente. E é nesta diferença que re-side a oportunidade de o catapultar, projectando-o, com recurso ao me-lhor do nosso “Interior”. Todos gos-tamos de valorizar o lugar onde vive-mos e crescemos, onde trabalhamos, ou até os clubes e associações a que pertencemos. Em abono da regiões do interior, a dimensão humana têm que ser determinada na definição de políticas, medidas e propostas ganha-doras, resultantes de um debate salu-tar, alargado, com a participação dos diferentes agentes/actores que sejam o garante da definição, assumpção e

Opinião Para bem de Portugal, o Interior precisa de vida!

José CostaProfessor Coordenador ESSV/IPV

Médico [email protected]

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

piciam. Foi quando Sua Excelência telefo-

nou informando que não estaria pre-sente, por motivos decerto inespera-dos.

A consternação instalou-se. Porém, a solução encontrou-se: viria em vez de Suas Excelências um deputado de Viseu, ex-chefe de gabinete de um autarca da região.

Respirou-se de alívio… estava salva a honra do convento! E em boa verda-de, apesar do substituto ser de segun-do plano em relação aos substituídos, cumpriu o acto com gracioso esmero, muito à-vontade, bastante competên-cia, empenhado desvelo e total ele-

vação e, fora os que tiveram conhe-cimento directo dos factos, a grande maioria dos presentes nem se aperce-beu da ausência de Suas Excelências, os Senhores SES.

E não foi por isso que as martainhas deixaram de estralejar no brasido, os plurais stands, muito bem arranjados esteticamente, apelativos e sugesti-vos, mostrando os magníficos produ-tos da terra, estiveram cheios; come-ram-se os bons fálgaros vindos da Ta-bosa do Carregal, bebeu-se o odoroso palheto do Freixinho e ainda houve tempo para um caldo de castanha e uma tarte da festejada.

Os bombos atroaram os ares. Os gi-

gantones fizeram as rábulas previstas. Os acordeonistas tocaram a preceito.

A Autarquia está de parabéns por mais uma organização da Festa da Castanha, com tal rigor, vigor, enver-gadura e alcance, que levou a Sernan-celhe milhares de bons embaixadores dos produtos locais.

Quanto aos políticos ausentes… dir-se-ia em curto remate – pois não merecem alongamentos: Só faz falta quem não é de cá!

Eles virão, mas apenas quando for para requererem o voto aos Sernance-lhenses que, decerto, lho darão, mas acompanhado do magnânimo man-guito das Terras do Demo!

e de envolvimento das equipas que lidera que tornaram visivel e deram dimensão à Comunidade Intermunicipal que preside, gerindo e gerando novas oportunidades e novos investimentos na região que não só no seu concelho. No futebol, abona no seu curriculum a presidência da Associação de Futebol de Viseu e a liderança da Comissão Parlamentar de Fiscalização do Euro2004 assim como a presidência do Conselho Su-perior do Desporto entre 2002 e 2003.

Pese o facto deste significativo percurso político de Carlos Marta e da sua afirmada e influente ligação partidária, é de realçar o facto de com a sua postura de competência, rigor, empenho e dedicação nos projectos que abraça, ter conseguido um estatuto que lhe dá margem suficiente para manter a sua liberdade de acção e livre escolha, avançan-do com uma candidatura contra os “inte-resses instalados” do futebol e até de certa maneira contra o próprio aparelho do PSD, ou não estivesse Hermínio Loureiro com uma ligação directa ao Ministro Miguel Relvas ligado à candidatura adversária. O desafio que Carlos Marta agora entendeu conduzir será certamente um desiderato pessoal perfeitamente ajustado às suas ca-

racterísticas mas, é também uma oportu-nidade de valorização do futebol nas suas mais variadas expressões e, é sem margem para dúvidas, quer supere ou não o desafio em Dezembro, um factor de afirmação da nossa região. Carlos Marta, estou convicto que, não agirá de forma diferente para com Viseu pois o seu sentido de equidade e de imparcialidade que o diferenciam não dei-xará de ser a sua baliza mas, também não deixará esquecidas as suas raízes e por isso,

para além do apoio da Associação de Fu-tebol de Viseu, do Académico e todos os agentes locais do futebol merece contar com o apoio incondicional de todos os vi-seenses, para que some à sua tenacidade a coragem necessária para enfrentar os ven-tos adversos e as marés revoltosas que terá pela frente, venham elas de norte ou de sul, encapotadas ou descaradas!

Entidades, Organizações, Personalida-des, Autarcas (e gostei de ver o vizinho Autarca João Azevedo do PS a seu lado na apresentação da candidatura) ou vulgares cidadãos devem, no meu entender, cada um no seu fórum exercer a sua magistratura de influência e a expressão positiva de apreço e apoio a uma candidatura ambiciosa ca-paz de trazer novos ares, novos projectos e nova imagem ao futebol nacional, como é interesse e vontade assumida de Carlos Marta. E, nem sequer os Tondelenses de-vem ficar preocupados com a previsível vitória do seu Presidente eleito com maio-ria de votos, porquanto todos sabem que Carlos Marta tem a sua equipa concelhia preparada e mobilizada para seguir o cami-nho por ele traçado sem a sua presença e, até nisso se afirma a sua capacidade invul-

gar de liderança, pelo que cai por terra logo aqui a critica fácil daqueles que dirão que abandona o lugar eleito a favor de uma re-forma de ouro, como já se percebeu de for-ma velada, por parte de alguns que temem perder essa forma de estar na vida, saben-do de antemão que nunca seriam eleitos no poder local para função alguma. Estou con-victo que não é essa a motivação de Carlos Marta, que ao abraçar tal desafio deixa ou-tros igualmente interessantes e quiçá mais fáceis de atingir pelo que, é a sua vontade máxima de dignificar o futebol e de o valo-rizar que certamente pesou e marca a sua superior escolha.

Ao assumir esta candidatura e da forma profissional como o fez, envolvendo joga-dores, treinadores, árbitros, Associações e demais agentes desportivos do futebol à sua volta, Carlos Marta mesmo assim ain-da não ganhou a corrida, mas já conquistou a vontade férrea das gentes da beira em o apoiar... se não de todos pelo menos de mui-tos e, senão de muitos pelo menos daqueles que nele acreditam e o sabem ser o melhor dos candidatos!

Eu cá não tenho a mínima dúvida... pu-desse eu votar nele!

implementação de um processo visioná-rio integrado e integrador, independente-mente dos ciclos e resultados eleitorais. É que, os homens e as mulheres do interior não aceitam mais o pensamento de incoe-são regional oriundo do(s) pensamento(s) do(s) político(s). As competências políticas, existentes no interior dos partidos, devem ser colocadas ao serviço da comunidade onde estão inseridos. A “partidarite”, do-ença do foro partidário e opção individu-al, deve ser prevenida e, quando instalada, rapidamente combatida colocando antes as prioridades políticas e capacidades in-dividuais ao serviço do “todo nacional”. O interior depara-se, como é evidente, com alguns obstáculos. Nada, contudo, que os

homens e mulheres do interior não sejam capazes de superar, ultrapassando barrei-ras que parecem intransponíveis. Homens e mulheres do interior, se não acreditarmos que podemos melhorar as nossas terras, se duvidarmos da nossa capacidade para resolver os nossos problemas, estaremos condenados ao fracasso. E o nosso adver-sário, neste caso, que devemos combater de mãos dadas em comunhão de esforços, é o denominado subdesenvolvimento, o des-povoamento, o desemprego e a pobreza. No interior, temos a responsabilidade in-dividual e colectiva de fortalecer os nossos processos identitários e reforçar o facies in-traregional e supramunicipal, como factor fulcral num mundo cada vez mais global.

No interior, temos de criar sinergias, pro-movendo a criação de redes regionais de desenvolvimento entre municípios com afinidades sócio-económicas, demográfi-cas ou sociais. No interior, temos que im-plementar e reforçar a articulação entre as autarquias, as empresas e a investiga-ção no ensino superior, promovendo no-vas oportunidades de negócio. No interior, para a nossa afirmação, temos que ser ca-pazes de promover a qualidade de vida e a sustentabilidade, gerar riqueza, poduzir conhecimento, inovação e criatividade, ga-nhar dimensão crítica, racionalidade eco-nómica, racionalidade financeira e reagir melhor às mudanças. Ou seja, criar um am-biente dinâmico e motivador, concentra-

do num futuro desafiador: o de fazermos melhor e, simultaneamente, sermos mais competitivos. No interior, temos que lutar por aquilo que queremos conquistar e só através da interconexão dos nossos pen-samentos e esforços conjuntos é possível consegui-lo. Uma análise do interior que nos rodeia, não narcisista, é urgente. De imediato, concluiremos que é fulcral colo-car a “massa cinzenta” do nosso interior a projectar o seu futuro e o seu desenvolvi-mento, condição determinante para a vida das gerações vindouras. Não há tempo a perder! Temos entre nós os predicados ne-cessários para a mudança. Discutam-se as boas ideias e arregacemos as mangas para as pôr em prática!

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abertura

O histórico Mosteiro de Santa Ma-ria de Salzedas, em Tarouca, reabriu recentemente ao público, após pro-fundas obras de requalificação.

Foi no passado dia 26 de Outubro, que o Secretário de Estado da Cultu-ra, Francisco José Viegas, inaugurou o mosteiro cistercense, num projec-to iniciado ainda durante o governo de António Guterres, em 2002, mas que foi tendo vários percalços ao longo dos anos.

Foram intervencionados os claus-tros do monumento e a ala nascente, com destaque para a criação de um museu na área das celas de clausura dos monges, onde existem várias obras de pintores portugueses como Grão Vasco, Bento Coelho da Silvei-ra e Pascoal Parente.

“Estamos perante um trabalho de restauro de um monumento de grande qualidade do qual o país in-teiro deve estar orgulhoso”, afir-mou Mário Ferreira, presidente da Câmara de Tarouca, fazendo ainda notar que, além do conjunto arqui-tectónico, o espaço “foi dotado de condições para receber espetáculos culturais”.

É uma autêntica viagem pela his-tória do país e do Douro. Salze-

das foi construído pela Ordem de Cister, que está ligada à fundação da nacionalidade, ao rei D. Afonso Henriques e ao desenvolvimen-to da produção vitivinícola da re-gião.

O edifício foi construído no sé-culo XII, tendo sofrido depois am-pliações e alterações nos séculos XVII e XVIII. Em 1834, o mostei-ro foi extinto, destruído e vendi-do em hasta pública. Actualmen-

te, uma parte do monumento per-tence à igreja, enquanto a outra é privada.

O valor do investimento nesta fase da requalificação foi de 1 milhão de euros. Contudo, o investimento glo-bal rondará os 12 milhões.

Entrar no Mosteiro de Salzedas é viajar pela arte. É conhecer o nos-so passado histório e o património cultural de um distrito tantas ve-zes mal tratado.

textos ∑ Tiago Virgílio Pereira

“Projeto Valedo Varosa”

Bem-vindo ao Mosteiro de SalzedasRequalificação ∑ Após as obras reabre ao público um espaço único, onde o passado cultural se mistura com a inovação do presente

O Mosteiro de Santa Maria de Salze-das foi intervencionado no âmbito do “Projecto Vale do Varosa”, promovido pela Direcção Regional de Cultura do Norte, que conta com o financiamen-to do Programa Operacional Regional do Norte.

Este projecto não se cinge apenas a Salzedas. O forte investimento esten-de-se em quatro pólos diferentes. O pri-meiro, em S. João de Tarouca, com um Mosteiro base marcante da entrada dos monges de Cister em Portugal. Actual-mente está a ser também lançado o pro-jecto museológico de S. João de Tarouca. Segue-se o Mosteiro de Santo António de Ferreirim, com as celebres pinturas da escola de Ferreirim, muito ligados à figura de Grão Vasco, e onde será tam-bém criado um espaço museológico. E por fim, a ponte e a torre da Ucanha que são o “pivot”, com o rio Varosa como elo de ligação das duas margens: de um lado Cister, concelho de S. João de Tarouca com Salzedas e do outro lado Ferreirim, com os seus mestres.

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REQUALIFICAÇÃO DO MOSTEIRO DE SALZEDAS | ABERTURA

impr imimos as tuas ide ias . . .

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António Seixeira, 44 anos, é padre na paró-quia de Salzedas há 17 anos. Há 19 anos che-gou à vila e não mais saiu. Licenciado emTeologia e Ciências Re-ligiosas e Estudos Eu-ropeus, tem também o mestrado em Jorna-lismo. O coordenador da Carta Europeia de Cister vê, agora, meta-de do seu sonho reali-zado.

Qual a mais-valia destas obras de requalificação?Desde mais é um passo

muito importante para o Mosteiro e para Salzedas, enquanto vila e anfitriã.

O núcleo museológico é sem dúvida uma dos prin-cipais pilares desta obra. Todo o acervo, e mesmo aquele que ainda não está colocado mas que vai ro-

dar, é um aliciante novo para quem nos visita. Aos turistas, mostramos agora um espaço condigno, onde podem ver obras de Bento Coelho de Silveira, pintura barroca portuguesa, obras de Grão Vasco e obras fei-tas de pedra, madeira e papel. Não queríamos que esta divulgação fosse feita sem recorrer às novas tec-nologias daí, toda a insta-lação multimédia foi feita com capacidade interac-tiva e serviço educativo para não chamarmos só especialistas e curiosos, mas também gente nova com vontade de animar e dar vida ao mosteiro. Há internet em todo o Mostei-ro, quem está no Mosteiro está ligado ao mundo.

O que falta fazer?A parte do claustro. O

asseio do claustro nos re-bocos e nas abobadas, por-que estruturalmente está pronto. Outra das obras fulcrais que falta realizar é

na igreja. A igreja monás-tica de Salzedas é enorme, tem 90 metros de interior por isso é a quinta maior igreja do país. Por outro lado, tem uma particulari-dade que a torna única. Ve-mos uma igreja do século XII, nos arcos, nas aboba-das, e depois vemos uma igreja do século XVIII, ou seja nós temos duas igrejas numa só. Para a História da Arte é aliciante, é um desafio e, sobretudo, é um espaço com uma volume-tria excepcional. Levan-ta questões muito perti-nentes a nível de arte e de construção e é este espa-ço que agora queremos ver requalificado. Eu gostaria muito porque é o espaço mais utilizado do comple-xo monástico, ainda hoje é a igreja paroquial com todo o serviço de culto e religioso, com certeza que as celebrações litúrgicas e paralitúrgicas terão ou-tro brilho e encanto para quem nos visita e para as

pessoas que participam nesse arte de culto.

Qual o orçamento de todo o projecto?Cerca de 12 milhões de

euros. Para lá de todo o in-vestimento que terá de ser, ainda, feito, há também a parte imaterial: os toques dos sinos, o relógio mecâ-nico, o órgão. Este é outro investimento e um novo desafio, porque não nos interessa só compor pare-des e telhados, é preciso dinamizar para cativar as pessoas e as pessoas de-senvolverem a sua arte.

A quem se deve esta obra?A p a r t i r d e 2 0 0 2 ,

aquando da assinatura do protocolo, com duração de 20 anos, com o primeiro-ministro António Guter-res, o Estado Português aceitou este desafio. Tem que se destacar o empe-nho da Direcção Regional da Cultura da Norte pelo trabalho logístico, de cam-

po e de arquitectura, atra-vés dos meios técnicos que tinha ao seu alcance. Nós não gastamos um único tostão com o projecto de arquitectura, de engenha-ria ou com o acompanha-mento. Houve um casa-mento feliz entre o Esta-do, e os seus governantes, a Igreja, nomeadamente as pessoas de Salzedas, porque nunca tivemos um atrito e esta obra também avançou por isso.

Recebem muitos turistas?Recebemos cerca de 30

mil visitantes por ano.

Agora esperam mais…Podemos dizer que re-

cebemos as pessoas com dignidade num espaço que não nos envergonha. Não está acabado, mas é um aliciante dizer que come-çámos.

Vai ser feita mais divulgação nesse sentido?Sem dúvida. Este ano

já se fez a divulgação em algumas feiras de turis-mo. A própria Direcção Regional de Cultura apre-sentou este projecto de Salzedas em muitos locais e a própria paroquia tem feito diversas divulga-ções. Este ano, na Alema-nha, na reunião anual da carta europeia de Cister fiz a apresentação deste projecto a nível europeu. Para o ano, em Abril, es-taremos em Nice, França, para apresentar o espa-ço já requalificado e nas próximas feiras de turis-mo estaremos presentes para que as agências nos conheçam e saibam aqui-lo que temos para facultar aos seus clientes.

É um homem satisfeito?Mater Luther King dis-

se: “I have a dream”. Eu também tinha um sonho e posso dizer que metade do meu sonho está cumprido. Espero que um dia posso ver o sonho completo.

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Porque acha que perdeu as eleições no congresso do fim-de-semana?Os bombeiros são uma

instituição muito generosa, muito forte, mas muito re-sistente à mudança. Os bom-beiros são uma instituição muito corporativa, demora-se muitos anos a mudar e eu assentei o meu discurso e a minha campanha numa mu-dança de política. Não era uma ruptura, mas o que ha-via era necessidade de fazer mudanças e os bombeiros na sua maioria não aderiram a este projecto de mudança. E, provavelmente, não con-segui passar a mensagem da melhor forma.

Como correu o congresso?O congresso não teve in-

cidentes que justificassem uma inversão de resultados e eu parti para o congresso com uma margem que pen-sava que era confortável. O congresso correu-me bem, quer ao nível das minhas intervenções, quer ao nível das intervenções das pes-soas que me apoiaram e só posso encontrar razões para não ter ganho o congresso nessas três situações: menos votos, o discurso de mudan-ça e alguma dificuldade em chegar ao destinatário.

Depreende-se daí que os bom-

beiros estão bem como estão e não querem mudança?Nós [bombeiros] temos

um discurso incoerente, por um lado estamos insatisfei-tos, nunca nos revemos no que existe e, depois, quando temos oportunidade de mu-dar, não optamos por essas diferenças. Eu fiz a minha campanha de uma forma muito transparente, apre-sentei-me a congresso com um programa claríssimo, com medidas e objectivos concretos. Pretendia rom-per com as situações que os bombeiros claramente identificavam como inde-sejáveis.

A diferença pequena de 77 votos pode criar uma divisão nos bombeiros portugueses (375/298)?Eu perdi por uma margem

muito pequenina. É preci-so assumir que a não adesão aos meus propósitos não foi tão acentuada quanto isso, por isso é preciso lermos os resultados com atenção. É o que vou fazer e espero que o Jaime [Soares, novo pre-sidente da Liga de Bombei-ros Portugueses] também o faça. Tive oportunidade de dizer que não é por ter per-dido estas eleições que deixo de ter a aspiração de ser pre-sidente da Liga.

Está a dizer que vai candidatar-se novamente em 2014?Claramente. Vou fazer as

minhas avaliações, percor-rer o meu caminho e não é por ter perdido por 77 vo-tos que hipoteco a minha aspiração de ser presidente da liga. Percorri o país todo procurando identificar os responsáveis, conhecê-los, ver as realidades e fazer com isso um programa co-erente, sério e consequente. Eu disso no congresso que comigo não haveria divi-sões. Tenho consciência que represento um capital enorme de votos, represen-to um conjunto de pesso-as que se identificou com o meu projecto, que não ganhou a Liga apenas por 77 votos e eu, responsavel-mente, tenho que perceber que protagonizei um pro-jecto de mudança, mas não contarão comigo em cir-cunstância alguma para di-visões, ou fracturas na Liga de Bombeiros Portugueses. Os bombeiros de Portugal precisam de uma liga forte, credível, com projecto, com programa e com liderança. Eu fui a congresso com este propósito e espero que o companheiro Jaime Soares consiga fazer isto. Se não o conseguir fazer, estarei no terreno para o criticar e fis-calizar a sua actuação. Não

patrocinarei, nem promo-verei divisões nos bombei-ros, mas também não pac-tuarei com omissões e com incapacidades.

Está receoso quanto à lideran-ça de Jaime Soares na presidên-cia da Liga?Os receios que tenho deri-

vam das circunstâncias de o companheiro Jaime Soares não ter apresentado um pro-grama no congresso, não ter discutido uma ideia no con-gresso, não se comprome-ter com nada, apenas apre-sentar generalidades e com abstracções. Isto não é nada. Quem quer liderar uma ins-tituição desta grandeza du-rante três anos, num tempo de dificuldades, precisa de um compromisso com me-didas. Depois, não deposi-to grandes esperanças nes-ta figura romântica de gerir a Câmara [de Vila Nova de Poiares] e a Liga ao mesmo tempo, com 250 quilómetros de estrada pelo meio, a não ser que estejam terceiras e quartas figuras a liderar a Liga. Mas, sendo assim, a si-tuação não é séria.

O senhor mantinha a ideia ini-cial de assumir o lugar a tempo inteiro?Claramente. Face às di-

ficuldades que os bombei-ros têm, face ao caderno de

encargos que enfrentam, a densidade, a complexidade e a diversidade dos proble-mas, a exigência da prepa-ração para discutir com os seus homólogos e com os seus parceiros, não permite idealismos e romantismos. Não é possível o presidente da Liga estar em dois sítios ao mesmo tempo. Esta pre-sença a meio tempo não me parece que seja um mode-lo encorajador, em que pos-samos acreditar e no qual não me revejo. São modelos desajustados no tempo.

Qual é o seu modelo? No meu modelo deixaria

de haver dois directores re-munerados, passaria a haver o presidente remunerado garantindo que a liga ainda pouparia. Jaime Soares teve uma postura muito simpáti-ca [no congresso], diz que é um homem que dorme pou-co e que está em vários sí-tios ao mesmo tempo e não é esse presidente da liga que quero.

A escolha do presidente da Liga de Bombeiros é uma elei-ção política? O senhor é do PS, Jaime Soares é PSD…Tem uma componente

política. Houve essa dimen-são política pelo conjunto de apoios expressos na co-missão de honra de Jaime

Soares. Eu fiz uma campa-nha pelos bombeiros, fiz um projecto para bombeiros e nestes seis meses ninguém no país pode dizer que o Re-belo Marinho meteu o seu partido, que é o Partido So-cialista, para mobilizar al-guém. Há sempre essa lei-tura e essas colagens, mas não transportei a interven-ção política institucional de nenhuma organização, nem de nenhum partido

Diz que não conhece o projec-to de novo presidente da Liga, mas a comunicação social divulgou muitos pontos em comum.Há pontos em comum

no diagnóstico, mas depois não conheço as soluções. Es-tamos todos preocupados com o modelo de financia-mento, estamos todos pre-ocupados com o transporte de doentes, estamos todos preocupados com o incen-tivo ao voluntariado e es-tamos todos preocupados com a Direcção Nacional de Bombeiros, mas Jaime Soa-res não explicou como pre-tende fazer isto e eu expli-quei tudo com 100 medidas num programa onde se diz claramente o que se preten-de fazer.

Se tivesse sido eleito o que ia adoptar como prioritário?

Rebelo Marinho é presi-dente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu. Perdeu as elei-ções para a presidência da Liga de Bombeiros Por-tugueses, numa corrida que disputou com Jaime Soares, presidente da Fe-deração de Bombeiros do Distrito de Coimbra, no fim-de-semana em Peso da Régua. Mas diz que não é homem para baixar os braços e admite uma recandidatura em 2014, ao mesmo tempo que prepara a recandidatura à federação distrital no final deste mês. “Não acredi-to em derrotas honrosas nem em vitórias enver-gonhadas”, respondeu ao Jornal do Centro numa conversa conseguida na manhã seguinte ao dia das eleições.

Entrevista ∑ Emília AmaralFotografia ∑ Nuno André Ferreira à conversa

“Não é por ter perdido estas eleições que deixo de ter a aspiração de ser presidente da Liga”

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REBELO MARINHO | À CONVERSAO modelo de financia-

mento. As associações de bombeiros do país estão to-das exauridas financeira-mente, muitas falidas tecni-camente e outras ainda não deram conta porque não fi-zeram contas.

Os bombeiros nunca tiveram um verdadeiro modelo de financiamento?Nunca. Têm umas políti-

cas de subsídios, tem umas políticas de dependência que agradam aos políticos porque assim pensam que controlam e dominam, O Estado vai dando umas pin-guinhas, mas não há um modelo. As câmaras vão ajudando na medida dos or-çamentos, às vezes, na me-dida das simpatias, às vezes na medida das identidades, mas não há nada de neutral. E deve haver um modelo de financiamento que vincu-le e que co-responsabilize o Estado central, local e as companhias de seguros, que dê garantias de regularida-de às associações para que cada presidente possa fazer o seu orçamento e o seu pla-neamento a prazo. Há mui-tas câmaras que já reduzi-ram para 30 por cento os apoios aos bombeiros e isto não é possível. Defendemos que as verbas que o Estado inscreva no Orçamento de-vem ser verbas claramente destinadas a quartéis, for-mação de bombeiros, dis-positivo operacional e com isto abrangendo estas áreas. A nível das câmaras muni-cipais, para organização e funcionamento dos corpos de bombeiros, deve ser cria-da uma taxa municipal de protecção civil, ou, admitin-do que uma sobrecarga fis-cal nesta altura pode ser do ponto de vista social desa-gradável, que se afecte uma percentagem do IMI e do IRC cobrado em cada mu-nicípio para a organização e funcionamento dos corpos de bombeiros.

Porque é que nunca se fez? Porque nunca houve von-

tade política para isto, nem do Governo nem das câma-ras.

E como seria distribuída a verba, porque não podia ser igual para todos os corpos de bombeiros?Pelo risco de cada muni-

cípio. Esta definição e afec-tação da percentagem teria que estar sempre indexada ao risco que cada município

tem. Também penso que de-veria ter sido a Liga não só a propor o modelo de finan-ciamento, mas a conceber e a confrontar o Governo com esse modelo e a Liga nunca o fez. A Liga deve ser mais proactiva, deve estar mais presente deve fazer mais propostas, deve ser mais combativa e mais assertiva. Num modelo de financia-mento sobre o qual nos an-damos a lamuriar há déca-das em todos os congressos, a Liga tem que confrontar o Governo.

Os bombeiros não têm uma parcela definida no Orçamento de Estado?A organização e o fun-

cionamento dos Bombeiros não. Há uma verba que vai para a ANPC (Autoridade Nacional de Protecção Ci-vil), mas depois a ANPC utiliza alguma parte para os bombeiros e para a sua or-ganização. Se houvesse um modelo de funcionamento sabíamos claramente que “x” milhões de euros teriam que ir necessariamente para a formação, para o progra-ma permanente de coopera-ção, hoje não sabemos. Nós temos o Programa Perma-nente de Cooperação cuja fatia os bombeiros recebem mensalmente, para pagar o subsídio de combustíveis, as taxas de rádio, para trans-ferir as verbas do totobola e do totoloto e para pagar a Segurança Social dos assa-lariados das associações de bombeiros, mas é um PPC que reporta a 2007. E, não sabemos qual é o preço do combustível que está a ser calculado para essa transfe-rência. A segurança social somos nós que estamos a pagar. As taxas de rádio que em 2007 custavam 100 euros hoje custam 600 e o Estado não paga a diferença de 500 euros. São os bombeiros que estão a financiar o socorro em substituição do Estado, desobrigando o Estado ao seu pagamento e isto é uma indignidade. O Estado para-sita os bombeiros, o Estado explora os bombeiros, dis-se-o no congresso e esta é a realidade.

Porque é que inclui as com-panhias de seguros, a par do Estado e das autarquias, no modelo de financiamento que propõe?Uma percentagem das

verbas das companhias de seguros vai do Instituo de Seguros de Portugal para a

ANPC e outra para o INEM. Em 2010 a ANPC recebeu das companhias de segu-ros 30 milhões de euros e o INEM 80 milhões. Mui-to pouco destes montantes chega aos bombeiros e era importante que parte deles ficassem afectos ao equipa-mento dos corpos de bom-beiros e uma parte fosse para ajudar a financiar a aquisição dos equipamen-tos. Hoje, os bombeiros se querem ter ambulâncias pa-gam-nas do seu bolso e isto não é normal num país ci-vilizado.

Considera fundamental avan-çar com estas medidas para o normal funcionamento dos bombeiros?É vital. Espero que o ven-

cedor das eleições [na Liga de Bombeiros] o faça. Eu disse no congresso que hou-ve um tempo em que não se fazia por falta de vontade po-lítica, hoje não se faz porque não há dinheiro e passare-mos ao tempo em que não se faz porque não há bom-beiros.

O país corre esse risco?Claro que corre. Os bom-

beiros estão falidos, há cor-pos de bombeiros que já des-pediram 11 elementos por-que não têm dinheiro para

lhes pagar. Não têm crédito nas bombas de gasolina, a si-tuação é gravíssima e fiquei muito preocupado quando ouvi responsáveis de bom-beiros e responsáveis políti-cos no congresso a dizerem que é possível fazer mais com menos dinheiro. Se não temos dinheiros como é pos-sível fazer mais? O dinheiro que há não chega. Concordo que se faça uma gestão me-lhor, mas não se venha com o discurso de que podemos fazer mais com menos di-nheiro porque isso é descre-dibilizar os bombeiros e eu não o faço.

Que outras prioridades defende?Uma direcção nacional

de bombeiros. Nunca me identifiquei com o modelo de fusão dos dois serviços. Os bombeiros têm que es-tar integrados na protecção civil, mas têm que ter o seu serviço próprio. O Estado utilizou a táctica do “cavalo de Tróia”, entrou dentro dos bombeiros, ganhou posições e dominou os bombeiros. A protecção civil fez isto. Os bombeiros devem ter o mes-mo tratamento de dignida-de, que têm os demais agen-tes. INEM, Forças Armadas, PSP e GNR, todos têm uma direcção, só os bombeiros é que não. Isto é uma meno-

rização e uma ofensa ao ca-pital de dignidade e à histó-ria dos bombeiros. A ideia era economicista e hoje ve-mos que a ANPC é uma es-trutura poderosíssima onde não se reflecte o princípio da economia de custos.

Não houve redução de custos na sua opinião com a fusão?Não. Foram razões de po-

líticas de oportunidade.

O que defende é mais uma estrutura em tempo de cor-tes, acha que vão conseguir convencer o Governo, porque uma nova estrutura implica custos?Não há mais custos por

isso. É aproveitar a estrutu-ra que existe e retirá-la da ANPC, com as mesmas pes-soas. Nós ainda defendemos uma estrutura regional, em que acabassem os coman-dos distritais e voltássemos aos comandos regionais, o que significaria uma econo-mia de custos na ordem dos 50 por cento.

Quer explicar melhor?Nas regiões deveria ha-

ver não apenas um coman-dante regional, mas um co-mandante regional com um ou dois adjuntos para faze-rem a cobertura dos distri-tos. Hoje é incompreensível que só a nível das estruturas operacionais o país tenha 46 comandantes distritais, to-dos os distritos têm dois co-mandantes e ainda há mais 10 que têm o terceiro. Isto não é compatível com uma gestão racional de recursos, nem se justifica. A estrutura operacional da ANPC tem hoje 50 elementos. Não es-tando na ANPC qualquer pessoa percebe que 50 pes-soas é uma enormidade. Po-díamos reduzir isto à esca-la regional e diminuiam-se muitos custos.

Qual é a relação dos bombeiros com as câmaras municipais?O quadro geral indica-nos

que há uma relação positi-va. O que defendemos é que não podemos assentar esse relacionamento nas simpa-tias pessoais, nas identidades partidárias e nas facilidades de contacto. Entre a Associa-ção Nacional de Municípios e a Liga de Bombeiros Portu-gueses devia ser criado um quadro regulador deste rela-cionamento, de modo a que, identificado um conjunto de obrigações recíprocas, isso fosse regulado em termos de protocolo para que não só

se definisse um conjunto de responsabilidades, mas tam-bém que se entendesse que os apoios que as câmaras dão aos bombeiros não são sub-sídios mas são pagamentos de serviços que os bombei-ros prestam aos municípios. Enquanto houver subsídios há dependências, enquan-to houver dependências há controlo e isto dificulta a ca-pacidade de combate que os bombeiros devem renovar e devem colocar no centro do terreno.

Depois do périplo pelo país du-rante vários meses em contacto com os bombeiros, consegue descrever o estado de espírito que vai nos quartéis?Mais triste, mas mais mo-

bilizado e mais motivado do que imaginava. Os bom-beiros perderam identida-de e isto foi uma fatalidade. O presidente da federação de bombeiros [de cada dis-trito] não é chamado para coisa nenhuma, é um orga-nismo de representação nas festas e aniversários. Não podemos centralizar tudo na Liga, porque a Liga não resolve os problemas do país, a Liga resolve, na me-dida em que as federações forem capazes da a ajudar a resolver.

Que novos projectos tem para os bombeiros?Não vou interromper este

contacto com os bombeiros. Construí um capital que não foi apenas do voto e que me alimenta a esperança de continuar a trabalhar para os bombeiros, conscien-te que a forma como trans-mitimos a mensagem é de-cisiva. Apostarei em estra-tégias de comunicação nos próximos anos através das redes sociais, alimentando o contacto com os bombei-ros, de modo a transformar esta participação no con-gresso num espaço de for-talecimento que daqui a três anos terá a tradução que ti-ver que ter.

Vai continuar presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu?Vou continuar. Haverá

eleições nos trinta dias sub-sequentes ao congresso (úl-timo fim-de-semana de No-vembro ou primeiro de De-zembro) e sou recandidato à Federação de Bombeiros do distrito de Viseu. Não co-nheço o sentido da palavra derrota, perdi, a noite foi di-fícil, mas estou aqui.

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Viseu protesta contra as portagens Dimensão∑ Protesto que mais veículos mobilizou, cerca de 500 veículos

Este “é um bom momen-to para o Governo reflectir sobre os danos que as porta-gens vão provocar na econo-mia destas regiões”, afirmou o porta-voz da Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A24 e A23, enquanto se assistia ao maior protesto de sempre na A25. Cerca de cinco centenas de veículos, incluindo 130 pesados, par-ticiparam, na sexta-feira ao fim da tarde, numa marcha lenta contra as portagens, em Viseu.“Esta é a prova provada

de um grande desconten-tamento e de uma grande revolta em relação ao que o Governo está a querer fazer nestas auto-estradas, acres-

centou Francisco Almeida.Com início na Avenida da

Europa, em Viseu, os cerca de 130 camiões pesados, nú-mero avançado pela PSP, e mais de 300 veículos ligei-ros, percorreram a circular da cidade e entraram na A25, em direcção a Mangualde, Vilar Formoso, ocupando cerca de 4,5 quilómetros de auto-estrada, nas duas fai-xas de rodagem.

No protesto participaram várias empresas de trans-porte de mercadorias da re-gião de Viseu, que vão estar na linha da frente do impac-to que a introdução de por-tagens irá causar.

Estas três vias – A25, A24 e A23 - constituem auto-es-

tradas sem custos para o uti-lizador (SCUT). O Governo de José Sócrates anunciou o pagamento destas vias ain-da que os utentes alertassem para a falta de alternativas a tais estradas. O actual exe-cutivo, através do ministro da Economia confirmou a intenção de manter a deli-beração.

O objectivo do novo pro-testo é “convencer o Gover-no de que é um erro tremen-do porque atinge popula-ções que já lutam contra a interioridade, mas também porque é um golpe na econo-mia destas regiões e do País”, reforçou Francisco Almeida.

Emília Amaral

A O protesto percorreu a circular da cidade e entrou na A25

∑ O Governo aprovou no início do mês um decreto-lei que permite a cobrança de portagens nas SCUT do Algarve, da Beira Interior, do Interior Norte e da Beira Litoral/Beira Alta, onde es-tão incluídas as auto-estra-das que atravessam o distri-to de Viseu. O ministro da Economia, Álvaro dos Santos Pereira anunciou que o iní-cio da cobrança aconteceria até ao final do mês de Outu-bro. Mas o Governo já falhou todas as previsões apontadas não se encontrando definida uma data para o início do pa-gamento.

Previsões falhadas

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REGIÃO | VOUZELA | TONDELA | VISEU

DETENÇÃOViseu. A GNR de Viseu deteve, no último fim-de-semana, três indi-v íduos de 15 , 17 e 24 anos, por alegado fur-to de cobre.Segundo a força poli-cial, os três indivídu-os foram detidos em Fragosela , suspeitos do furto de cobre e de uma viatura.No momento da de-tenção estavam a dor-mir no interior de uma viatura, “estacionada numa zona suspeita

quando foram encon-t rados e abord ados pelos militares”, refe-re uma nota.De acordo com a GNR de Viseu, foram feitas a lgumas di l igências rápidas que “possibili-taram saber que o ve-ículo tinha sido fur-tado e que momentos antes tinham assalta-do um posto de trans-formação de forneci-mento de electricida-de, na loca l idade de Povolide”.Os detidos tinham na

sua posse duas chapas de matrículas falsas, três bobines de cobre e ferramentas utiliza-das no furto.O menor foi entregue à mãe e os outros dois ficaram detidos.

DESPISTETondela. Uma mulher de 50 anos f icou gra-vemente ferida depois de se despistar com a sua v iatura , na pas-sada quarta-feira, na estrada municipal de Tondela, em Ferreirós do Dão. O alerta foi dado pe-las 9h15. A origem do sinistro está a ser in-vestigada pelas auto-ridades, mas o piso es-corregadio é o motivo mais evidente. Ao lo-cal, deslocou-se uma ambulância do INEM, u m a a mbu lâ ncia de logíst ica e uma via-tura de desencarcera-mento, num tota l de nove homens.

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A proposta de revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Vouzela está em discussão pública durante este mês. A autarquia acre-dita que o documento pos-sa entrar em vigor no iní-cio de 2012.

Segundo o presidente da câmara, Vouzela será um dos primeiros municípios do país a ter um PDM de segunda geração. “Aqui-lo que entendíamos como um entrave ao desenvol-vimento do concelho vai deixar de existir”, consi-derou.

Telmo Antunes está sa-tisfeito com o documen-to conseguido porque, por um lado, muitas das pro-postas apresentadas pela população ao longo dos anos foram tidas em con-ta e, por outro, “o conjunto de questões a resolver atra-

vés de planos de porme-nor está finalizado, nome-adamente Alcofra e Cam-bra, dando origem a um aumento considerável de área urbanizável”.

Para dar resposta às ne-cessidades das populações, estão previstas novas áre-as de expansão urbana, no-meadamente em Alcofra (Agros), Cambra (Modor-no), Fataunços (Asneiros/Calvos), Paços de Vilhari-gues, Moçâmedes, Vento-sa (Outeiro da Ribeira) e Vouzela (Caritel e Casela).

O PDM define vários ei-xos estratégicos de desen-volvimento para o conce-lho, nomeadamente o do turismo, possibilitando em quase todo o território a instalação de activida-des relacionadas com este sector.

A identidade local e a

salvaguarda dos hábitos, costumes e tradições das populações e dos recursos endógenos e a preservação do património, nomeada-mente do centro histórico de Vouzela e os núcleos das aldeias, não foram es-quecidos no novo plano.

O documento final dá particular atenção à eco-nomia local, através da criação e ampliação de espaços industriais, com novas áreas para expan-são industrial em Campia, Figueiredo das Donas e Queirã.

A salvaguarda das acti-vidades pecuárias, as ener-gias renováveis e a possi-bilidade de instalação de novas actividades econó-micas compatíveis com o território foram outras preocupações tidas em conta. Lusa

PDM em discussãoVouzela ∑ Novo plano promete definir eixos estratégios de desenvolvimento

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REGIÃO

Tem a palavra

Cristina FonsecaProfessora,

candidata pela lista A

“Este programa aposta numa liderança com ressonância”

∑ O Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do Distrito de Viseu (DFMSV) vai a votos nos dias 11 e 12. As eleições intercalares decorrem em consequência da demissão da ex-presidente, Fátima Ferreira. Ao acto eleitoral concorrem duas mulheres, Helena Rebelo, ex-deputada e Cristina Fonseca, militante activa no PS, ligada nos últimos anos ao DFMSV. Emília Amaral

1. Como está a convencer as mulheres socialistas de que é a melhor candidata para liderar o Departamento Federativo de Viseu?

Trata-se de uma questão de credibilidade e não de convencer as mulheres. O meu percurso e expe-riência na minha vida profissional e política, bem como a equipa de 46 mulheres socialistas que abra-çaram a ideia de contribuir para que a igualdade entre mulheres e homens se torne uma realidade local, são evidências transmissoras de confiança e de adesão à minha candidatura. De resto, o irmos ao encontro das mulheres socialistas, com convi-te alargado aos presidentes e restantes militantes das concelhias locais, com uma presença assertiva, aberta, dialogante tem sido determinante. Estou a apostar numa campanha de proximidade que, a meu ver, já deixa a marca de uma atitude, no futuro, de presença, de diálogo, de incentivo e de reforço a uma maior participação das mulheres nas suas estruturas locais.

2. Quais são os pontos principais do seu programa estratégi-co?

O Programa “Acreditar na Igualdade, Acreditar no Futuro” tem como linhas de força as marcas do Par-tido Socialista no que diz respeito às políticas de in-clusão social e da igualdade de direitos. Porém, pe-rante uma governação de direita, esmagadora das políticas sociais e geradora de grandes dificuldades e de instabilidade na vida das famílias, entendo co-locar em destaque três pontos fundamentais. Este programa aposta numa liderança com ressonân-cia, (com)partilhada por uma equipa de 46 mulhe-res unidas pelos mesmos valores, princípios e um conjunto de compromissos. Como segundo ponto, pretende intensificar a participação paritária em todos os domínios da acção política, promovendo uma agenda descentralizada e um trabalho de pro-ximidade que apoie uma participação mais equili-brada entre mulheres e homens nos assuntos da or-dem do dia. Por último, a organização de formação autárquica, bem como de formação ou dinamização de acções em áreas específicas.

3. É saudável para a Federação haver duas candidatas? Sem dúvida. A coexistência de duas candidaturas

com ideias próprias gera uma maior dinamização e aprofundamento das ideias e das propostas, bem como mobiliza um maior número de pessoas mili-tantes e simpatizantes.

4. As mulheres ainda são pouco participativas? É uma situação que tem vindo a evoluir. Hoje temos

uma representação mais equilibrada entre mulheres e homens, mas, no entanto, tenho de admitir que ain-da são pouco participativas. No interior dos partidos as mulheres conquistaram espaço de intervenção.

Tem a palavra

Helena RebeloEnfermeira,

candidata pela lista B

“Motivar para a participação activa é a matriz da candidatura”

1. Como está a convencer as mulheres socialistas de que é a melhor candidata para liderar o Departamento Federativo de Viseu?

Os programas dos vários Departamentos Federati-vos de Mulheres Socialistas, na globalidade, não se afastam muito uns dos outros, pelo que tenho per-feita consciência de que são as propostas de ope-racionalização do programa de cada candidata e o seu perfil, as suas características pessoais, as suas capacidades e competências, que farão a diferença. Nesta perspectiva, estas são as dimensões a que, nos vários debates, na pluralidade de contactos que tenho estabelecido com as militantes do Par-tido Socialista, dou maior enfoque.

2. Quais são os pontos principais do seu programa? Para além de captar mais mulheres para a activida-

de política, o propósito fundamental é capacitar as mulheres para o exercício de uma cidadania ativa, interventiva, nos diferentes domínios da vida so-cial, económica e cultural. De pouco nos serve ter muitas mulheres militantes, se elas não tiverem uma efectiva participação, quer nos órgãos do par-tido, quer, por exemplo, nos órgãos políticos a nível autárquico, no poder central, mas, e sobretudo, na sociedade em geral. Motivar as mulheres para essa participação ativa e promover a sua competência é a matriz desta candidatura.

3. É saudável para a Federação haver duas candidatas? Saudável e, sobretudo, muito estimulante. A pro-

vá-lo está a dinâmica que se está a verificar neste processo eleitoral, com sessões públicas nos vários Concelhos do distrito, bastante participadas por mulheres e homens, militantes e simpatizantes. Por vezes, com pessoas que nunca tinham partici-pado em acções político-partidárias

4. Defende no seu manifesto que o projecto do departamento federativo deve ser de mulheres e homens. Porquê?

A existência de um departamento dentro do Partido Socialista, apenas com elementos do género feminino é, no contexto actual, com a existência da Lei da Pari-dade, pouco coerente. Contudo, este objectivo de fazer diluir as diferenças, de aumentar a participação dos ho-mens na vida privada e das mulheres na vida pública será ainda mais conseguido se eles próprios participa-rem activamente no debate destas temáticas.

5. As mulheres ainda são pouco participativas? São cada vez mais participativas e o Partido Socia-

lista deu para isso um contributo inquestionável. Contudo, ainda temos realidades muito distintas, com muitas assimetrias, até geográficas, de qua-lificação, que têm sido muito visíveis no decurso desta campanha, no périplo que temos feito pelos vários concelhos.

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REGIÃO

A matança do porco

Opinião

O porco foi durante muito tempo a base da alimentação portugue-sa nos aspectos relacio-nados com a possibili-dade de obtenção de carne para todo o ano. Neste animal tudo é utilizado. É ainda bas-tante recorrente a sua criação para a poste-rior matança, proces-so que se encontra de-vidamente legislado e que impede a sua co-mercialização.

O porco constituía um verdadeiro trans-formador e depurador de restos de alimentos e aparas, vulgarmente conhecidos como lava-gens. Reduzia em gran-de parte os inúmeros quilos de restos de ali-mentos que, nos dias de hoje, vão parar ao lixo, sem nenhum des-tino específico.

Penso que muitos de nós têm ainda presente na memória a notória e profunda azáfama do dia da matança.

Após a morte do por-co, tem início um con-junto de tarefas: desde logo, a queima do pelo

– em tempos feita com palha – nos dias de hoje auxiliada com um maçarico; a sua poste-rior lavagem e limpe-za; e por fim, a coloca-ção na posição vertical (pendura) para dar iní-cio à abertura e remo-ção de miudezas. Este procedimento era e é realizado com espe-cial mestria, a fim de evitar rompimentos de alguns órgãos e a pos-sível contaminação da carne.

Terminada esta fase, o sangue já está recor-rido e avinagrado para a produção de morce-las. Neste momento também festivo, é por norma colocado de

imediato ao lume uma frigideira para se fa-zer o famoso redanho, os fígados fritos e um pouco de rojões, sem-pre acompanhados por um bom pedaço de pão e de vinho. Começa deste modo a festa que se prolonga por todo o dia.

Habitualmente, a ma-tança do porco só se realiza de Novembro a Fevereiro. E, porque será? Se bem se recor-dam, e se recuarmos algumas décadas no nosso imaginário, não existia uma grande dis-ponibilidade de frigorí-ficos, e mesmo nos dias de hoje ter um com di-mensões destinado a este fim é algo invulgar. As temperaturas que se verificam nestes meses, na ordem dos 10-12ºC, no local mais fresco da casa, cumprem na per-feição a função para a conservação momen-tânea da carne. Actu-almente, em termos industriais, esta situ-ação encontra-se per-feitamente contornada e podemos encontrar este tipo de carne du-rante todos os meses do ano.

Após o repouso da carcaça, que tem a du-ração de aproximada-mente um dia, inicia-se a sua desmancha, uma vez que a carne já está fria, escorrida e firme, permitindo o corte cor-recto, isto é, já se atin-giu a rigidez cadavéri-ca, “rigor mortis”. Este processo é essencial para se obterem peças de boa qualidade para serem posteriormente utilizadas na produção de uma grande varie-dade de fumeiros con-sumidos ao longo de todo o ano.

Boa matança.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

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UNIÃO EUROPEIA

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) consi-derou que o programa “Leite para as escolas” apoiado por verbas da União Europeia, é muito pouco eficaz e tem um impacto muito reduzi-do.

Segundo um relató-rio do tribunal, os pro-dutos apoiados teriam s ido , n a m a ior pa r-te dos casos, incluídos nas refeições das canti-nas ou comprados pelos benef iciários mesmo sem os apoios dados. Por outro lado, consi-deram que os objecti-vos expressos a nível educativo não são su-ficientemente tidos em

conta na concepção e execução do programa. Para alterar a situação, o tribunal faz diversas recomendações, consi-derando que a manu-tenção do programa de-verá ser sujeita a uma reforma aprofundada para corrigir as insu-f iciências identif ica-das. O tribunal defen-de ainda que deverá ser tido em consideração o modelo de distribuição gratuita fora das canti-nas, orientada para uma população a definir em função das necessida-des nutricionais efec-tivas. O papel e a im-portância das medidas de acompanhamento

educativo deverão tam-bém ser avaliados.

Em relação ao progra-ma “Distribuição de fru-ta nas escolas”, o tribu-nal considerou que será mais susceptível de al-cançar os seus objecti-vos, embora refira ser demasiado cedo para formar uma opinião de-finitiva sobre a sua efi-cácia. O tribunal defen-deu ainda que algumas soluções deste progra-ma poderão ser consi-deradas para melhorar a eficácia do programa “Leite para as escolas”.

O que são estes pro-gramas? Os programas “Leite para as escolas”

e “Distribuição de fruta nas escolas” da União Europeia pretendem incentivar as crianças a adoptar uma alimen-tação saudável . Des-de 1977, o programa “Leite para as escolas” disponibiliza aos Esta-dos Membros apoios à venda a preço reduzido de produtos lácteos aos alunos, enquanto o pro-grama “Distribuição de frutas nas escolas”, muito mais recente , prevê a sua distribui-ção gratuita . Actual-mente, a UE afecta um orçamento anual de 180 milhões de euros a es-tes dois regimes de aju-das.

Programa “Leite para as escolas” pouco eficaz

Um grupo de cinco ac-tivistas do mundo Árabe, o jornalista e activista bielorrusso Dzmitry Bandarenka e a Comu-nidade de Paz San José de Apartadó, da Colôm-bia, são os três finalistas do Prémio Sakharov 2011 para a Liberdade de Pen-samento do Parlamento Europeu, o galardão que

anualmente premeia os defensores dos direitos humanos e da liberdade no mundo. O vencedor será conhecido a 27 de Outubro e o prémio en-tregue a 14 de Dezembro em Estrasburgo.

O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, cujo nome honra o físico soviético

e dissidente político An-drei Sakharov, foi insti-tuído pelo Parlamento Europeu em 1988, sen-do desde então atribuí-do a pessoas ou organi-zações que tiveram uma contribuição importan-te na luta pelos direitos humanos e pela demo-cracia.

N e l s o n M a n d e l a

(1988), Xanana Gusmão (1999), o bispo angolano Dom Zacarias Camue-nho (2001), Kofi Annan e as Nações Unidas (2003), os Repórteres Sem Fron-teiras (2005) e o dissi-dente cubano Guillermo Fariñas (2010) foram al-gumas das personalida-des e organizações que já receberam o prémio.

Prémio Sakharov 2011 já tem finalistas

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educação&ciênciaCÂMARA LEVA S. MARTINHO À CASA DOS LIVROS

A Câmara Municipal de Viseu promove um conjunto de actividades para crianças e jovens no âmbito da iniciativa “O São Martinho Vai à Casa dos Livros.

A iniciativa integra-se no plano de projectos de promoção de leitura levados a cabo nos últi-mos anos.

Entre os dias 7 e 11 deste mês, na Bibliote-ca Municipal D. Miguel da Silva decorrem ac-tividades como o “Baú dos Contos”, ateliês de expressão musical, de expressão plástica e de artes. EA

PÓS-GRADUAÇÃO EM MUSEOLOGIA NO PIAGET

O Instituto Piaget (IP)vai arrancar com uma nova pós-graduação em Museologia nos cam-pus de Viseu e Almada. O curso vai funcionar a partir de Janeiro, em regime pós-laboral, às sextas-feiras das 18h00 às 22h00 e aos sábados das 9h00 às 18h00.

A nova aposta do Ins-tituto Piaget “pretende contribuir para a prepa-ração técnica e científica de especialistas nas áre-as do património cultu-ral e museológico”, justi-fica a direcção do IP em comunicado.

A nova aposta resul-ta da parceria entre o Piaget e a Associação Portuguesa de Museo-logia. EA

O Instituo Politécnico de Viseu (IPV) foi a ins-tituição que obteve o maior f inanciamento a nível nacional para a implementação de está-gios Leonardo da Vin-ci entre todas as orga-nizações candidatas in-cluindo universidades, politécnicos e câmaras municipais.

O programa de mobi-lidade internacional Le-onardo da Vinci, finan-ciado pela Agência Na-cional para o Programa Aprendizagem ao Longo da Vida, com o apoio da Comissão Europeia, ope-ra no domínio da forma-ção profissional. O princi-pal objectivo é incentivar a criatividade, inovação e empreendedorismo entre os diplomados do IPV de forma a promover a crian-ça de emprego, nomeada-mente, em sectores que estimulem o crescimento

sustentável e a integração social.

No âmbito deste projec-to, o IPV proporcionará aos diplomados de todas as suas escolas integradas a realização de estágios de 26 semanas, em orga-nizações localizadas em Espanha (Coruña e Gra-nada), França (Bordéus) e Irlanda (Bandon - Cork) nas áreas corresponden-tes à formação inicial dos participantes.

Para a direcção do IPV “a particularidade des-tes estágios reside na sua abordagem transversal que assenta no princípio empreendedor e da capa-cidade de criar por parte dos seus participantes”.

As candidaturas ao pro-grama no IPV decorrem até ao dia 24 deste mês. As mesmas devem ser for-malizadas junto do servi-ço de relações externas do Instituto. EA

IPV com maior financiamento no Leonardo da Vinci

Os deputados do Par-tido Socialista (PS) de Viseu, José Junqueiro, Elza Pais e Acácio Pin-to, perguntaram ao Mi-nistro da Educação e Ci-ência, Nuno Crato, em que ponto está a requa-lificação da Escola Grão Vasco, em Viseu.

Em resposta, o minis-tro diz que “ao longo dos últimos 15 anos foram re-alizadas obras de con-servação e remodela-ção no valor de 672.770 euros, para a substitui-ção da telha de cobertu-ra, reparação e remode-lação de instalações sa-nitárias, remodelação e beneficiação de salas de aula e aulas de ciências gerais. Remodelação da biblioteca e do ginásio, substituição da rede ex-terior de águas e pintura exterior do edíficio”.

No mesmo ofício, pode ler-se que “a situação da escola tem vindo a ser de-vidamente acompanhada pelos serviços competen-tes da Direcção Regional da Educação do Centro”. Este organismo “conti-nua a companhar a si-

tuação, tendo em con-sideração a globalidade das escolas de toda a re-gião centro, que carecem igualmente de requalifi-cação ou de intervenção nas instalações e equipa-mentos escolares”.

Os socialistas lembra-ram ainda que Paulo Por-

tas, actual Ministro dos Negócios Estrangeiros e Almeida Henriques, Secretário de Estado da Economia, “reclamaram obras urgentes aquando da visita à escola, no iní-cio do ano”.

Tiago Virgílio Pereira

Foram gastos cerca de 700 mil eurosna Grão VascoEm 15 anos ∑ Ministro garante que foram feitas obras de requalificação

A Escola Grão Vasco, em Viseu

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Jornal do Centro04 | Novembro | 201116

Page 17: Jornal do Centro - Ed503

“Sabores e Aromas do Douro”

Visite osRestaurantes

Aderentes

Ao longo das próximas edições, vamos continuar a acompanhar o festival e trazemos-lhe as propostas dos restaurantes dos diferentes concelhos.

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Textos: Andreia Mota

Grafismo: Marcos Rebelo

Indoor

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18PáginaJornal do Centro

04 | Novembro | 2011

Após as vindimas, o Douro voltou a encher-se de vida. Sob o mote de mil iguarias e aromas inconfundí-veis, a região eleita Património Mundial da UNESCO há quase dez anos (aniversário assinala-se a 14 de De-zembro), abriu as suas portas para acolher os milhares de visitantes que são esperados durante os 45 dias em que decorre o Festival de Gastronomia do Douro, que vai na sua terceira edição.

O certame já arrancou e vai prolongar-se até 11 de Dezembro, abrangendo os 19 municípios integrados na zona de intervenção da Turismo do Douro.

Dinamizar o território, captando visitantes, e con-trariar o fenómeno da sazonalidade, levando mais pessoas aos restaurantes aderentes, são alguns dos objectivos do evento, no qual participam cerca de 40 restaurantes, hotéis - restaurantes, adegas típicas e tasquinhas.

A iniciativa mobiliza várias entidades. A organiza-ção fica a cargo da Turismo do Douro, Câmara Mu-nicipal de Lamego, AE.HTDOURO - Associação de Empresários, EHTDOURO - Lamego e ESTGL, com os apoios do Turismo de Portugal, Confraria do Espu-mante e Caves da Raposeira. O 3º Festival de Gas-tronomia do Douro é também apoiado pelo programa

“Douro Emoções” das três cidades e dos seus muni-cípios, Lamego, Vila Real e Peso da Régua e, ainda da CIMDOURO.

Todos os interessados em descobrir os prazeres gastronómicos da região só têm de descolar-se a um dos restaurantes aderentes e aproveitar as ementas que estes têm para oferecer.

SugestõesNestes 45 dias, os restaurantes vão apresentar um

“Menu D’Ouro” que constitui uma sugestão da casa para dar a conhecer as tradições culinárias mais ge-nuínas da região onde se inserem. As ementas, que incluem propostas para todos os gostos, podem tam-

bém apresentar um toque mais contemporâneo.Durante o festival, há ainda lugar para palestras,

demostrações de cozinha, jantares especiais, de caça, entre outras experiências gastronómicas que revelam os paladares e aromas únicos dos produtos regionais e da cozinha duriense. Entradas de moelas na brasa; costeletas de cordeirinho, trutas do Varosa, ou lâmi-nas de bacalhau em tempura de mel e compota de cebola roxa com vinho do Porto, para acompanhar; são algumas das propostas a não perder. Para sobre-mesa, impõem-se o arroz doce, o leite-creme, ou uma espetada de marmelada de castanhas.

“Sabores e Aromas”Tendo em conta a variedade de produtos que o

Douro tem para oferecer, foram estabelecidas algu-mas categorias que abarcam todos os municípios.

“Sabores e Aromas do Douro” foi o tema escolhi-do para o lançamento do certame. O pão regional cozido em forno de lenha, acompanhado pelo me-lhor presunto e enchidos, sem esquecer as sabo-rosas azeitonas prometem criar água na boca aos paladares mais apurados.

Há ainda lugar para as bôlas de Lamego e de Vila Real e para o peixe fresco do rio. Nas carnes, que aju-dam a aguentar os rigores do Inverno, o cabrito e a ternura das raças autóctones com certificado de origem completam a refeição.

Mas para que tudo seja perfeito, há espaço para as tentações da doçaria convencional, vasta e deliciosa, os doces de amêndoas e de ovos, sem esquecer um vasto le-que de frutas regionais, sumarentas e aromáticas.

Douro é sinónimo de sabores únicos, que acomodam e corpo e embriagam o espírito!

Paladares e propostas para todos os gostos São dezenas os espaços que se associaram à iniciativa, apresentando um Menu D’Ouro, que constitui uma sugestão de cada casa para dar a conhecer as suas especialidades. As propos-tas podem ser consultadas em www.htdouro.com

Para já ficam algumas sugestões que prometem água na boca.

LAMEGORestaurante Garçon DouroAvenida Egas Moniz, Edifício Bal-semão, Loja GTelefone: 254 400 592/ 925 988 411/925 988 414 Email: [email protected]“Requinte, conforto e a arte de bem servir são as imagens de marca”Restaurante PaixãoRua de Fafel, 86 Telefone: 254 613 295 Email: [email protected]“Quando a paixão pelo Douro se estende a ementas cheias de sa-bor e personalidade”Restaurante Jardim PopularRua da Pereira nº2Telefone: 254 656 152/ 968 051 970 Email: [email protected]/ [email protected] “Integrado no complexo turísti-co Turisserra, proporciona igua-rias típicas de fazer crescer água na boca”Restaurante O SonhoQuinta de São João Lote 5Telefone: 254 655 778/ 919 287 178 Email: [email protected] “Um espaço acolhedor onde os sabores nos remetem para a tra-dição e histórias sem fim”Hotel Lamego/RestauranteQuinta da Vista AlegreTelefone: 254 656 171/ 963 087 250

Email: [email protected] www.hotellamego.pt “Em pleno coração do Douro, este é um porto de abrigo para quem quer desfrutar de momen-tos plenos de aromas e palada-res”Restaurante O TorrãoCruzamento das Estradas da Ré-gua, Lamego e Pinhão – Valdigem Telefone: 254 313 850 / 912 280 144Email: [email protected]“A qualidade do serviço e a pai-sagem envolvente conjugam-se de forma ímpar para proporcio-nar sensações inesquecíveis”Douro River/Restaurante “Flavour”Lugar dos Varais – Cambres Telefone: 254 323 150Email: [email protected] www.douroriverhotel.pt“Deixe-se contagiar pela decora-ção contemporânea e pelas mag-níficas panorâmicas sobre o Douro, que proporcionam uma mesa recheada de iguarias”A PresuntecaEncosta dos Remédios, Meia La-ranjaTelefone: 962 856 296 Email: [email protected]“Nem todos os segredos da re-gião foram revelados. Há alguns que pode desvendar ao saborear os melhores enchidos”Restaurante S. Bernardo Avenida da Infantaria nº9 Telefone: 254 619 218/ 922 273 456

Email: [email protected]“A cozinha italiana combina com as vastas vinhas a perder de vista. Venha descobrir porquê”Quinta da PachecaQuinta da Pacheca, 5100-424Telefone: 254 331 229 / 914 068 898Fax: 254 318 380Email: [email protected]“No coração da região do Douro, é convidado a descobrir novos mundos de sabores”PESO DA RÉGUARestaurante Castas e PratosRua José Vasques OsórioTelefone: 254 323 290/ 963 928 050/962 673 327 Email: [email protected] www.castasepratos.com “O olfacto e o paladar são indis-sociáveis. Neste espaço os mes-mos surgem ligados a uma gas-tronomia moderna e criativa onde os sabores durienses não são esquecidos”Restaurante Douro InAvenida João FrancoTelefone: 254 098 075/ 916 946 870 Email: [email protected] www.douroin.com “Os sabores tradicionais sur-gem-nos conjugados com criati-vidade e modernidade. É arte à mesa”Restaurante Cacho D’oiroTravessa Rua Branca Martinho

Telefone: 254 321 455/ 963 121 120 Email: [email protected] www.restuarantecachodoiro.com“As especialidades da cozinha tradicional duriense captam a nossa atenção, numa mesa re-cheada de iguarias” Hotel Régua Douro/RestauranteLargo da Estação da CPT e l e f o n e : 2 5 4 3 2 0 7 0 0 / 966906170 Email: [email protected] www.hotelreguadouro.pt“A localização privilegiada e o atendimento personalizado es-peram por si”

Restaurante Cais da RéguaAvenida João Franco-Cais FluvialTelefone: 912 544 959 Email: luí[email protected]“O espaço cativa o olhar, mas as propostas gastronómicas pro-metem conquistar os paladares mais exigentes”

ARMAMARRestaurante Doc (Folgosa do Douro)Cais da Folgosa, Estrada Nacional 222 – FolgosaTelefone: 254 858 123/ 910 014 040 Email: [email protected] www.ruipaula.com“Não se trata apenas de um res-taurante, mas uma ponte sobre o Douro, onde tudo é selecciona-do para lhe proporcionar mo-mentos únicos”

Restaurante AZDouro (Folgosa do Douro)Rua Fundo da Quelha Nº11 – Es-trada Nacional 222 – FolgosaTelefone: 254 855 136/254 858 222Email: [email protected] “A boa mesa e o bom vinho são dois aliados a não perder”TABUAÇORestaurante Tabuad’açoRua da Môa, Piscinas MunicipaisTelefone: 254 781 711/ 912 507 829 Email: [email protected] www.restaurantetabuadaco.com “A cozinha tradicional assume uma nova roupagem e surge lado a lado com inspirações do Mun-do”TAROUCATasquinha do MatiasPonte de Ucanha – UcanhaTelefone: 254 677 327 “Aos manjares durienses asso-ciam-se os melhores néctares e remetem-nos para um ambiente com história” MESÃO FRIOCS Solar da Rede HotelSanta CristinaTelefone: 254 890 130Fax 254 890 139Email: [email protected]“Ao luxo, ao conforto e à paisa-gem envolvente junta-se uma cozinha de fusão que não vai querer perder”

FESTIVAL GASTRONÓMICO TRAZ MAIS VIDA AO DOURO

Paladares e propostas para todos os gostos

oi o tema escolhi-e. O pão regionalanhado pelo me-quecer as sabo-gua na boca aos

Lamego e de Vilas carnes, que aju-erno, o cabrito e com certificado

eito, há espaçoooonvencional, mêndoas asto le-ntas

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Esta é, sem pretensiosismos, uma mostra do que somos ca-pazes e das potencialidades não só de Lamego mas também de toda a região, que tem de ser vista como um todo, na mul-tiplicidade das suas ofertas no campo turístico.

O município é, juntamente com um conjunto de entidades, promotor desta iniciativa, no âmbito da candidatura ao Progra-ma Douro Emoções, de que fazem parte também Vila Real e Peso da Régua.

O Festival de Gastronomia, que vai na sua 3ª edição, tem como principal aspecto relevante dar visibilidade e promover a gastronomia regional, tendo como importante suporte a Escola de Hotelaria e Turismo do Douro, localizada em Lamego.

Os produtos regionais e os vinhos que estão em destaque durante o certame são elemen-tos fundamentais para a nossa actividade turística e para a economia local.

No nosso caso estarão em evidência a bôla de Lamego, o presunto, os enchidos, o fumeiro tradicional, a caça e, como não poderia deixar de ser, os vinhos espumantes.

Esta é, sem pretensiosLamego

Francisco LopesPresidente da Câmara de Lamego

A região, o país e o município só têm a ganhar com este tipo de eventos, que permitem mostrar um sector tão impor-tante como a gastronomia e aos restaurantes apresentarem o que de melhor têm.

Em Tabuaço come-se muito bem e com qualidade. Temos o bacalhau na telha ou na broa, o cabrito assado ou o coelho à caçador que são dignificadores do concelho. E não pode-mos esquecer que, nos doces, temos o melhor bolo-rei do Mundo! Também os melhores vinhos do Douro se encontram em Tabuaço e azeite é um produto importante.

Creio que o município reúne todos os ingredientes para ter e oferecer uma boa gastronomia.

O Douro é uma região ímpar, que precisamos de dinamizar e conhecer, de modo a criar riqueza económica. Tudo o que seja para divulgar as nossas potencialidades é de salutar.

A região, o país e o Tabuaço

João RibeiroPresidente da Câmara de Tabuaço

Este é um certame importante para o município, para a região e para o país e que nos permite mostrar o que de melhor temos. Associada à excelente gastronomia e à qualidade do serviço te-mos de juntar ainda a questão da monumentalidade que tanto caracteriza o concelho e de que são exemplos o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, o Convento de São João de Tarouca e a Torre e Ponte Fortificada de Ucanha.

A gastronomia constitui um sector fundamental para a eco-nomia local e regional, pelo que Tarouca não hesitou em aderir a este excelente projecto.

Em termos de sugestões, o município destaca-se pelas tru-tas recheadas do Varosa, pelos rojões, o cabrito assado e a

carne de porco em vinha d’alhos acompanhada pelas papas de milho, um produto muito característico.

Esperamos que o evento tenha uma excelente adesão e que os verdadeiros apreciadores da gastronomia possam desfrutar dos sabores que a região tem para oferecer. Esta é tam-bém uma forma de valorizarmos a nossa economia e de darmos uma machadada na situa-ção crítica que a subida do IVA para 23 por cento provoca na restauração.

Este é um certame imTarouca

Mário FerreiraPresidente da Câmara de Tarouca

O Festival Gastronómico assume uma preponderância ex-trema para o município de Armamar, cuja gastronomia se dilui no contexto da região do Douro, dado que temos muitos pratos e iguarias comuns. Ainda assim, há alguns distintivos, como a caça e o cabritinho de Armamar, que são únicos dada a sua forma de confecção muito particular e sui generis e que os nos-sos restaurantes têm sabido potenciar. Não podemos esquecer também a doçaria regional, e onde se impõem os sabores asso-ciados à maçã, nomeadamente pudins e semifrios, as Delícias e os Bolinhos de maçã e os Lenços do Campo. Há ainda as Bôlas de Maçã, cujo sabor é extraordinário. Esta fruta começa tam-bém a aparecer em pratos agridoces, uma inovação e mistura de sabores que está a resultar muito bem.

O certame apresenta-se como uma plataforma que permite ampliar a projecção que os restaurantes têm vindo a fazer e que valoriza o município, que tem vindo a apostar no tu-rismo gastronómico. A este propósito, haverá novidades já em Abril do próximo ano com a criação, por exemplo, de roteiros específicos a este nível.

Esta é uma forma de divulgarmos não só o nosso património e paisagens, mas também os produtos endógenos. Ao recebermos os forasteiros, mostramos o que somos e temos e o que nos distingue no contexto supramunicipal.

O Festival GastronómicoArmamar

Cláudia Jesus DamiãoVereadora da Cultura

da Câmara de Armamar

Iniciativas como o Festival Gastronómico do Douro, que pretende dar a conhecer o que por cá produzimos e os nossos costumes e tradições, assumem uma grande importância, pois permitem aos restaurantes explorarem públicos e mercados dife-rentes.

A organização e divulgação desta e de iniciativas semelhantes, são de todo o in-teresse para o Douro e para os seus agentes económicos. Há pois que lhes dar a devida importância e não desperdiçar oportunidades. Até porque aos restaurantes pouco mais se pede do que aquilo que eles já sabem fazer e conhecem: boa comida e receitas tradicionais.

Como toda a gastronomia duriense, rica e variada, a de Mesão Frio, não foge à re-gra. O cabrito com arroz e batatas, assados no forno a lenha, adquiriram o lugar de maior relevo na cozinha mesãofriense, que a par com a marrã, reflectem a história deste povo e deliciam os seus visitantes.

Há ainda a carne em vinha-d’alhos, as tripas, os rojões e o famoso cozido à transmontana. No peixe, salientamos o bacalhau assado na brasa ou no forno, os pastéis de bacalhau, as trutas de escabeche, fritas ou grelhadas.

Nas sopas, sugerimos o caldo de cebola, o caldo de papas, o caldo de nabiças, o caldo verde e a sopa de cas-tanhas piladas.

Para sobremesa delicie-se com o leite-creme, a aletria e o fantástico pudim de ovos. Terra rica em compotas, onde poderá provar o doce de abóbora, o doce de chila e a marmelada.

Aproveite a oportunidade e deixe-se deliciar pelos tradicionais biscoitos de Vila Marim.Para beber, terá à sua escolha os excelentes vinhos produzidos em Mesão Frio, brancos e tintos, Douro DOC,

e Vinhos do Porto.

Iniciativas como o Festival GMesão Frio

Mário Sousa PintoVice-presidente

da Câmara de Mesão Frio

AUTARCAS OPTIMISTAS COM SUCESSO DA INICIATIVA

Rodeada de montes verdes repletos de vinha enfileirada, o Peso da Régua alia a arte da gastronomia com o prazer de apreciar a magnifica paisagem sobre o Douro.

Entre os paladares que foram passando de geração em gera-ção estão o arroz de forno com cabrito assado, o leite-creme e

um doce regional a doces como a Falacha, os Rabelos, as Ferreiri-nhas e os já afamados Rebuçados da Régua. A acompanhar vinhos da Região Demarcada do Douro e o Vinho do Porto.

Os vinhos brancos típicos regionais do Douro são, de uma ma-neira geral, leves e aromáticos, enquanto os tintos se apresen-tam quentes e aveludados, o que lhes dá uma característica muito particular e apreciada.

Dada a variedade das propostas gastronómicas do concelho, foram muitos os restaurantes aderentes à iniciativa. Infelizmente, não foi possível reunir, em tempo útil, a apreciação da autarquia em relação à iniciativa que promete dar maior visibilidade ao que de melhor se faz na região.

Rodeada de montes verdesPeso da RéguaPP

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20PáginaJornal do Centro

04 | Novembro | 2011

As delícias disponibilizadas pelos restaurantes ade-rentes ao 3º Festival Gastronómico do Douro já conquistaram os sentidos e o estômago de centenas de visitantes, que têm aproveitado também para conhecer a região, as suas paisa-gens e mais-valias.

Os resultados positivos não se fizeram esperar e quem par-ticipa no certame mostra-se bastante satisfeito.

É o caso de José Costa Leite, um fã confesso do Douro. Do programa da visita fez parte uma incursão pelo Restaurante Terra de Montanha, em Vila Real. O ambiente acolhedor, a decoração a fazer lembrar tempos passados e uma ementa apetitosa conquistaram este apreciador. “Este é um espaço nacional e internacionalmente afamado, e que possui carac-terísticas típicas, como a decoração pautada pela traça antiga, em pedra, e pelas traves de madeira”, descreve, sem esquecer que se trata de um dos poucos locais onde se pode “comer dentro de pipos de vinho”.

O grande destaque foi, naturalmente, para o prato principal: carne de porco com castanhas. Mas também os petiscos, como enchidos na brasa, presunto ou iscas de bacalhau, merecem o aval de quem visita o restaurante. E não podemos esquecer, como faz questão de frisar José Costa Leite, os bons vinhos tin-tos do Douro, que casam bem com a ementa eleita e com “uma culinária tradicional apresentada de forma criativa”.

“Fiquei muito agradado”, aponta este reformado da área do ensino, que foi também deputado e delegado Regional da Cultura do Norte.

Apreciador das propostas gastronómicas que a região tem para oferecer, adianta que a experiência é para repetir. “Tomei conhecimento da iniciativa através de um panfleto e constatei que há vários restaurantes aderentes, pelo que tenciono ir a outros concelhos provar o seu Menu D’Ouro”, conta.

Considerando que esta é uma “maneira muito interessante de promover o Douro”, José Costa Leite frisa que “a gastro-nomia é extremamente rica em pratos tradicionais, o que in-clui os bons vinhos da região e que estão entre os melhores do Mundo”.

SABORES TRADICIONAIS CONQUISTAM VISITANTES

Continuar a consolidar a gastronomia duriense e torná-la mais visível para o público são alguns dos objectivos do certame que co-meçou já a dar frutos.

Este é um sector estratégico que permite pro-mover os produtos endógenos e oferecer ex-periências únicas. Com municípios e entida-des de mãos dadas tem sido possível colocar à mesma mesa o melhor que a cozinha tradicio-nal tem para oferecer e disponibilizar os vinhos mais conceituados e os espumantes mais dis-tintos, sem esquecer a doçaria mais caracterís-tica. Apesar do período crítico que se avizinha para a área da restauração, com a subida do IVA para 23 por cento, os responsáveis continuam a apostar no melhor que o Douro tem para ofe-recer. E são muitos os valores que se levantam: uma paisagem de encantar, sabores inigualáveis e gente que gosta e sabe receber.

Depois de uma viagem pelos paladares e aro-mas, impõem-se agora as saborosas castanhas. Até 13 de Novembro, o mote é “Pelas Terras da Castanha” e o festival continua em Moimenta da Beira, Penedono, Sernancelhe e S. João da Pesqueira.

O fruto é rei e surge-nos como um óptimo aliado para as carnes tenras e saborosas que a

região produz. E há ainda as sobremesas, ten-tações irresistíveis…

EconomiaA produção da castanha naqueles quatro muni-

cípios apresenta-se como uma actividade estraté-gica, contribuindo para a fixação da população e para o incremento de actividades económicas liga-das ao meio rural. Tendo em conta que a colheita é um dos principais encargos com o sector, esta é uma importante fonte de rendimento não apenas para os proprietários mas também para a mão-de-obra assalariada, necessária sobretudo para a poda e colheita do fruto.

Com o aspecto rústico, multisecular e a imponência visual que o caracteriza, o castanhei-ro é actualmente um elemento preponderante e assume o papel de ex-libris da paisagem local, pro-porcionando um enquadramento cénico ímpar. O que dizer então dos soutos, quando estão no seu máximo esplendor, com castanhas prestes a salti-tar e a cobrir o chão, como um manto? Imperdíveis! É que, sábia, a Natureza quis proteger este tesouro e escondeu-o num ouriço que só se abre quando a maturação está completa.

Além disso, está comprovada a importância

deste produto para a saúde. Algumas variedades são uma importante fonte de nutrientes, que pode ajudar na actividade cardíaca e muscular, assim como na formação dos ossos. É ainda rica em hi-

dratos de carbono, facilmente digeríveis, e isenta de colesterol. Estamos, portanto, perante uma al-ternativa válida e apetecível, que pode descobrir ou reviver no 3º Festival de Gastronomia do Douro!

FESTIVAL SEGUE “PELAS TERRAS DA CASTANHA”

Paul

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economiaPORTAS ABERTASNA ENTREPOSTO NH

Este fim-de-semana, dias 5 e 6 de Novembro, a Entreposto, concessionária em Viseu da Hyundai, vai mostrar o novo i40.

Um fim-de-semana por-tas abertas que possibilita um contacto mais próximo com a mais recente aposta do construtor coreano para o mercado nacional, no seg-mento D.

O novo i40 da Hyundai chega a Portugal, com uma gama de motores gasolina e diesel, primeiro em forma-to de carrinha e mais tarde com a berlina, com preços bem interessantes.

Está d isponível no mercado português nas especificações Classic, Comfort, Style e Premium, destacando-se por equipa-mentos como tecto panorâ-mico, travão de estaciona-mento eléctrico, Bluetoo-th, abertura automática da bagageira, assistência ao es-tacionamento, assistência à manutenção na faixa de ro-dagem, bancos dianteiros e traseiros com aquecimen-to, volante aquecido, nove airbags, controlo de estabili-dade e assistência ao arran-que em subidas.

Para ver, e conduzir, o novo i40, só precisa visitar os stands da Entreposto, na Estrada Nacional 16, em Pas-coal.

Poderá ainda ter a oportu-nidade de ver um outro mo-delo da marca, recentemen-te disponibilizado no merca-do nacional: o Veloster.

Olha mãe,agora sem mãos!

Clareza no Pensamento

Os computadores exe-cutam operações defini-das por humanos, pelo que mesmo os primeiros mode-los exigiam uma interface homem/máquina. Estes re-cebiam cartões perfurados cujo padrão correspondia a diferentes instruções. Mais tarde, com a necessi-dade óbvia de métodos de introdução de dados mais amigáveis para o utilizador, apareceram os teclados, permitindo aos programa-dores digitar comandos di-rectamente. Esta forma de interacção apresentava al-gumas limitações, obrigan-do a longas combinações de teclas para conseguir ace-der a certas capacidades dos programas em uso. Surgiu então o rato! Dado inicial-mente como uma mera curiosidade, a massificação deste acessório deveu-se à sua distribuição como pe-riférico dos computadores Apple. Esta combinação – teclado + rato - tornou-se o padrão de trabalho com o computador, tendo sofrido poucas alterações durante décadas.

Existem hoje consolas de jogos que permitem uma interacção sem necessidade de toque: uma câmara de-tecta a deslocação do corpo do utilizador, sendo a trajec-tória realizada no ar pelas mãos e pernas reproduzi-da pela personagem no jogo. Todos estes métodos exigem movimento: dos dedos para teclar ou dos membros para jogar. Contudo, os investiga-dores parecem querer redu-zir o dispêndio de calorias e procuram o menor esforço possível. Com esse objectivo em mente, as tecnologias de reconhecimento de voz têm sofrido um desenvolvimen-to extraordinário. É agora possível ditar a um telemó-vel uma mensagem escrita e até pedir para adicionar

na agenda um compromis-so para um certo dia e hora. Tudo isto usando apenas co-mandos vocais e sem qual-quer acção adicional. Facil-mente se percebe o quanto esta tecnologia será preciosa para pessoas portadoras de deficiência motora.

Como se tudo isto não fosse já admirável, a últi-ma barreira está prestes a ser quebrada: o comando de máquinas com a mente! Recentemente foi inserido no cérebro de um tetraplé-gico um sistema de eléctro-dos. Após a operação ele conseguiu produzir movi-mentos controlados numa prótese motorizada, recor-rendo apenas à sua vontade. Mas será ainda mais simples no futuro: o cérebro emite ondas muito ténues mas já detectáveis por certos sis-temas electrónicos que dis-pensam invasões cranianas. Essas ondas são resultado daquilo em que pensamos num dado momento. É com base neste princípio que é já possível controlar diver-sos equipamentos apenas com o pensamento, desde cadeiras de rodas eléctri-cas até jogos. Demonstrou-se até ser possível criar uma imagem aproximada do que um ser humano está a ob-servar apenas com base nos padrões de ondas emitidas pelo seu cérebro.

O futuro da relação do Ho-mem com a máquina parece silencioso e estático. Resta esperar que esta tecnologia não se desenvolva a ponto de ser possível ler o pensa-mento. Já imaginou o esfor-ço necessário para durante as reuniões com o seu che-fe substituir as imagens que lhe preenchem a mente por outras menos violentas?

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Luís SimõesDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

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Módulo Geométricoganha forma em Tondela

A Carlos Marta e Paulo Nascimento durante a cerimónia de inauguração

O grupo Módulo Geo-métrico inaugurou, no sábado passado, as novas instalações na zona in-dustrial de Tondela.

“Sentimos necessidade de crescer, daí a criação de um novo espaço para potenciar o grupo”, disse o proprietário Paulo Nas-cimento.

O investimento no novo espaço ronda 1 milhão de euros, e vai criar, no ime-diato, vinte postos de tra-balho.

“Tondela era um na-moro antigo e, após uma análise de mercado, acha-

mos tratar-se do melhor local”, explicou. Des-ta forma, Tondela passa a ser a sede do MóduloGeométrico, ao invés de Nelas, onde estava sedia-do o grupo.

A empresa foca a sua acção na área da arqui-tectura e do design de interiores e dedica-se ao estudo e análise de solu-ções, à elaboração de pro-jectos relacionados com a organização funcional de espaços, projectos de equipamento e concep-ção de mobiliário exclu-sivo. “Profissionalismo,

qualidade e diferença”, são as permissas da em-presa, reforçou Paulo Nascimento.

A empresa está tam-bém a expandir-se para outros países, depois de Angola é a vez de apos-tar no mercado brasilei-ro.

Carlos Marta, presiden-te da autarquia tondelen-se felicitou o investimen-to privado no concelho e defendeu que “é com ini-ciativas deste género que se sai da crise”.

Tiago Virgílio Pereira

Um milhão de euros∑ Investimento gera 20 postos de trabalho

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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

Entre mais de 16.000 vi-nhos de todo o mundo, pro-vados nos últimos 12 me-ses, a revista norte-ame-ricana “Wine Enthusiast” elegeu dois exemplares do Dão para figurar no “Top 100 Best Buys”.

O Quinta do Penedo tin-to 2008, das Caves Messias, e o Quinta do Serrado tinto 2007, da Quinta do Serra-do, são os vinhos destaca-dos. Provados por Roger Voss, que lhes atribuiu 90 pontos, em 100 possíveis, realçando a relação qua-lidade/preço e o facto de apresentarem uma capaci-dade de guarda superior a três anos.

“Temos de nos congra-tular por mais este suces-so. Definitivamente, os Vi-

nhos do Dão parecem ter conquistado os líderes de opinião internacionais, dado que nos últimos tem-pos têm sido atribuídas excelentes classificações, por conceituadas revistas especializadas de diferen-tes países e até sensibilida-des. Numa fase em que os vinhos portugueses procu-ram afirmar-se no mercado global pela diferenciação, os Vinhos do Dão surgem na linha da frente do pelo-tão e com um significativo contributo para a criação de uma imagem mais for-te e apelativa de Portugal junto dos consumidores de todo o mundo”, disse o pre-sidente da Comissão Viti-vinícola Regional do Dão, Arlindo Cunha.

Vinhos do Dãono top 100 das melhores compras

McDonald’s reabre em ViseuObras ∑ Novo projecto vai ao encontro das actuais tendências dos consumidores

“Dizem-me que é o me-lhor do país”, afirmava o franquiado, Rui Moiteiro no momento da reabertu-ra do restaurante da cida-de de Viseu, na passada sexta-feira, depois de ter sofrido obras de remode-lação.

“É um salto significati-vo no restaurante e é um

orgulho para mim poder dar à cidade um projecto desta beleza”, acrescentou Rui Moiteiro.

O restaurante apre-senta-se com uma nova dimensão, com menos esplanada, mas com uma nova proposta de diversão infantil. Rui Moiteiro ex-plicou que foi feito igual-

mente “um forte investi-mento na componente dri-ve”. A decoração interior caracteriza-se pela utili-zação dos tons claros, ma-deira e sofás em pele que conferem ao espaço uma atmosfera mais sofisticada “confortável, harmoniosa e contemporânea” acres-centou o franquiado.

A Revista de Vinhos distinguiu o vinho do Dão branco Casa da Ínsua 2010 como ‘’Boa Compra 2011’’, entre alguns dos melho-res vinhos da região do Dão.

A escolha foi feita pelo método de prova cega, pe-los redactores desta pu-blicação. Numa escala de zero a 20, o vinho Casa da Ínsua Branco 2010 obte-ve 15,5 pontos, classificado como ‘’bom, sólido e bem feito’’. Segundo os prova-dores, ‘’no nariz está um

pouco fechado, com fru-to tropical, leve floral, re-buçado de limão. Na boca surge com boa acidez, al-gum amargo, muita lima, muita garra e vivacida-de’’.

O vinho Casa da Ínsua Branco 2010 tem teor al-coólico de 13 por cento de volume, com castas En-cruzado, Malvasia Fina e Semillon.

É ideal para acompa-nhar pratos de peixes, ma-gros, marisco e grelhados de carnes brancas.

A Após a inauguração, milhares de pessoas visitaram o novo espaço

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Vinho da Ínsua dis-tinguido

23Jornal do Centro04 | Novembro | 2011

Page 24: Jornal do Centro - Ed503

desporto

A Baccari marcou o golo da vitória e foi um dos melhores do Académico de Viseu

III Divisão Nacional - Série C

Mais perto da frenteAcadémico ∑ Vitória em Oliveira do Hospital deixou viseenses a três pontos dos líderes

Eficácia. Foi o segredo da vitória do Académico de Viseu em Oliveira do Hospital (1-2), em jogo a contar para o Nacional de Futebol da III Divi-são.

Um jogo, e um resul-tado, que valeram essen-cialmente pelos pontos conquistados, já que a exi-bição esteve longe de em-polgar os adeptos..

A equipa continua “per-ra” no meio-campo, e na sua capacidade de orga-nizar e levar jogo até aos

avançados.O jogo em Oliveira do

Hospital acabou por con-firmar o que jogos recen-tes já deixavam no ar: há jogadores em mau mo-mento de forma.

Com o meio campo a não “carburar” acaba o Académico de Viseu por viver do jogo direc-to para os avançados, e dos raides individuais dos seus extremos, como aconteceu em Oliveira do Hospital com Luisinho e Baio.

Marcou primeiro o Oli-veira do Hospital, respon-deu o Académico com um oportuno golpe de cabe-ça de Tiago Gonçalves. A partir daí o jogo foi repar-tido e muito disputado no meio, sem grandes opor-tunidades de golo.

Na seg u nda pa r te mais do mesmo, com o Académico a não conse-guir construir.

Álvaro acabou substi-tuído por João Paulo, e foi aí que o Académico co-meçou a ganhar o jogo.

Lima Pereira, tão contes-tado por alguns adeptos, mexeu bem na equipa.

E foi já nos descontos, como com o Valecam-brense, que aconteceu o golo da vitória. Um golo oportuno de Baccari a um cruzamento em es-forço de Calico.

Vitória feliz que acabou por premiar o esforço dos viseenses que assim subi-ram ao quarto lugar da sé-rie C, apenas a três pontos dos líderes, Nogueirense e Penalva do Castelo.

Gil

Pere

s

Visto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay Pedro Veloso compe-

tiu em Kumite (Com-bate) Individual e por Equipas, tendo alcan-çado o título de Vice-Campeão FSKA em Ku-mite Individual no seu escalão. Instrutor e res-ponsável pelo Centro Bujutsu de Mangualde, deslocou-se a Turim (Itália), para participar no XIII Campeona-to do Mundo de Kara-te FSKA, integrando a Seleção de Karate KPS, e trouxe para Portugal a medalha de prata em Kumite.

Cartão FairPlay O viseense João Pais,

com dois títulos conse-cutivos no Desafio ELF-Mazda (2009 e 2010), al-cançou o 3.º lugar em Portalegre. Sem preten-são em termos de pon-tuação, João Pais acabou a prova no pódio. As di-ficuldades financeiras não têm permitido ao piloto viseense parti-cipar em mais provas. A participação na Baja Portalegre 500 é sempre de realce pela qualidade da prova.

Cartão Amarelo Administrativamen-

te promovido ao na-cional, já se sabia, e porque o plantel havia sido contruído para os distritais, que a época não ía ser fácil para o Canas de Senhorim. No fundo da tabela da série C, a equipa preci-sa de somar pontos, ra-pidamente.

Visto

KaratéPedro Veloso

Todo o TerrenoJoão Pais

FutebolCanas de Senhorim

Um golo solitário de To-más Podstawski, no terceiro minuto do segundo tempo, foi suficiente para Portugal vencer a Roménia, e assim garantir o apuramento para a Fase de Elite, de onde sai-rão as equipas que vão jo-gar o Europeu de Sub17 anos, em 2012.

À equipa Nacional o em-pate bastava, e por isso foi um Portugal sem arriscar muito o que se apresentou

perante algumas centenas de espectadores que mar-caram presença nas banca-das do Estádio João Cardo-so, em Tondela.

Uma primeira parte com domínio repartido, e uma igualdade sem golos no fi-nal dos 40 minutos.

No segundo tempo, Por-tugal entrou praticamente a vencer. Rafa com um belo trabalho individual, cru-zou para o coração da área

onde apareceu Tomás Po-dstawski a empurrar para o fundo das redes.

Com este triunfo, e por-que no outro jogo a Rússia bateu a Finlândia por 3 a 1, os russos ficaram no pri-meiro lugar do grupo e Portugal em segundo. As duas selecções fizeram o mesmo número de pontos (sete), mas os russos mar-caram mais um golo que Portugal. GP

Apuramento Europeu Sub17 - Grupo 2

Portugal confirmou apuramento em Tondela

A Vitória por 1 a 0 frente à Roménia

Gil

Pere

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AGENDA FIM-DE-SEMANAFUTEBOL

II DIVISÃO NACIONAL - CENTRO

III DIVISÃO NACIONALSÉRIE B

8ª jornada - 06 Nov - 15h00

Rebordosa - Cesarense

Sousense - Vila Real

Alpendorada - Grijó

Vila Meã - Sp. Mêda

Leça - Infesta

Sp. Lamego - Serzedelo

III DIVISÃO NACIONALSÉRIE C

8ª jornada - 06 Nov - 15h00

Sampedrense - Sanjoanense

Bustelo - Oliv. Hospital

Nogueirense - Avanca

C. Senhorim - Valecambrense

Alba - P. Castelo

Ac. Viseu - Oliv. Frades

07ª jornada - 06 Nov - 15h00

Paivense - Mortágua

Fornelos - Alvite

Castro Daire - Silgueiros

Arguedeira - Molelos

Sátão - Tarouquense

GD Parada - Lamelas

Vale de Açores - Viseu e Benfica

Lajeosa Dão - Lusitano

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA

8ª jornada - 06 Nov - 15h00

Tondela - Paredes

Al. Lordelo - S.J. Ver

Gondomar - Angrense

Coimbrões - Anadia

Sp. Espinho - Padroense

Boavista - Oliv. Bairro

Operário - Cinfães

Madalena (adiado) Amarante

Jornal do Centro04 | Novembro | 2011

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MODALIDADES | DESPORTO

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Todo-o-Terreno

João Pais em 3º na Baja Portalegre 500

Positivo o regresso do viseense João Pedro Pais às provas de todo-o-ter-reno.

Um terceiro lugar entre as BT50, do Desafio Ma-zda, competição que o vi-seense já ganhou em dois anos consecutivos (2009 e 2010), acaba por ser um bom resultado, embora o piloto espera-se mais desta sua participação na Baja Portalegre 500: “Não estive à altura do carro,

que se mostrou sempre em perfeitas condições. Quebrei fisicamente no início do sector mais lon-go, e foi bastante difícil chegar ao fim”.

A falta de ritmo com-petitivo esta tempora-da, acabou por ser uma factura paga pelo pilo-to viseense numa prova tão exigente fisicamente como é a Baja Portalegre 500.

Navegado por José Ja-

nela, numa viatura pre-parada pela ARC Sport, o piloto de Viseu, não dei-xou de dar os parabéns ao vencedor da prova, e actual líder do Desafio Mazda, João Rato, seu navegador nos títulos que conquistou, e com quem João Pais tem uma longa relação de ami-zade: “Quero deixar os meus sinceros parabéns ao João Rato pela exce-lente vitória alcançada.

Em relação ao futuro, va-mos continuar bastante esperançados” afirmou João Pais no final da pro-va.

Recorde-se que esta temporada, devido à fal-ta de apoios f inancei-ros ao seu projecto, João Pedro Pais deixou a Ma-zda BT50 na garagem, impossibilitando o pilo-to de defender o título de bi-Campeão Nacional no Desafio Mazda. GP

Uma pequena “vingança” do ABC de Nelas frente ao Centro Cultura e Desporto de Póvoa de Santa Iria. Os nelenses venceram na II Eliminatória da Taça de Portugal de Futsal, depois de, há cerca de duas sema-nas, terem sido derrotados em casa, pelo mesmo ad-versário, em jogo do Nacio-nal de Futsal da II Divisão, série B.

O triunfo dos nelenses

acabou por acontecer só no prolongamento, com a formação do ABC a vencer por 3 a 2.

Um triunfo que bem po-derá ser um tónico impor-tante para o ABC de Nelas que ainda não pontuou esta época no campeonato.

Após esta segunda ronda da Taça de Portugal, o ABC de Nelas é agora o único representante de Viseu na prova. Isto porque Viseu

2001 e AJAB de Tabuaço foram eliminados.

O Viseu 2001, foi derro-tado em Gondomar por 4 a 2, com os golos viseen-ses apontados por Geyson e César.

A AJAB de Tabuaço que havia chegado a esta II Eli-minatória da Taça depois de derrotar o Lourosa, per-deu no recinto do Lamei-rinhas da Guarda por 4 a 3. GP

Taça de Portugal Futsal

ABC de Nelas apurado

A Equipa de Nelas “vingou” derrota no campoenato

A Piloto viseense regressou ao volante da Mazda BT50

Futsal Feminino

Unidos, Carbelrio e GDOF seguem na Taça

Unidos da Estação, Car-belrio e Oliveira de Frades, garantiram a passagem à segunda eliminatória da Taça da Associação de Fu-tebol de Viseu em Futsal Feminino.

A formação de São Pedro do Sul derrotou a Naval Viseu por 7 a 3, enquanto as satenses do Carbelrio afastaram o Vilar de Bes-teiros, por 3 a 2, e o Olivei-

ra de Frades foi vencer a Tarouca, o Inter, por 5 a 4.

Estas três equipas jun-tam-se agora a Penedo-no, Benfica Mortágua, Mangualde, Lusitano Vil-demoinhos e “O Crasto”, isentas na I Eliminatória.

O sorteio da próxima ronda da Taça vai ser rea-lizado no dia 7 de Novem-bro, na sede da Associação de Futebol de Viseu. GP

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PRÉMIOS

DESPORTO | TIRO AO PRATO

Publicidade

A Uma tarde de treino no Campo de Tiro Carlos Tinoco em Viseu

Taça do Mundo de tiro aos pratos em Yochoux, Bordéus (França)

Empresário de Tondela é o melhor do mundoPaixão ∑ José Gomes atira desde os 18 anos, primeiro na caça e depois no tiro aos pratos

O veterano da modali-dade tiro aos pratos, José

M a n u e l

Ferreira Gomes, natural e

residente em Mos-teiro de Fráguas,

Tondela venceu a taça do mundo, que decorreu em Agosto em Yochoux na zona de Bordéus.

Este foi o último de uma lista de títulos que arrecada desde 1999 dentro e fora do país, e que fazem dele ago-ra o melhor do mundo no tiro aos pratos, ao ultrapas-sar perto de 600 atiradores em prova.

“Ganhei outros prémios importantes que me leva-ram a vencer a taça do mun-do”, acrescenta num tom calmo que permite ao jor-nalista definir o perfil deste

apaixonado pelo tiro, como um homem discreto, bem-disposto e apaixonado pela modalidade.

Empresário, de 56 anos, gere a empresa familiar fundada pelo avô, e segue igualmente a paixão de fa-mília pelas armas. “Toda a minha família ia à caça aos fins-de-semana no tempo dela e eu comecei a caçar”, revela. Mas hoje “o gozo é mesmo pelo tiro” e os fins-de-semana já não são pas-sados a caçar como quando tinha 18 anos, mas no Cam-po de Tiro Carlos Tinoco, no Clube de Caça e Pesca do distrito de Viseu. Ali re-cebe amigos, conversa com os colegas de campo, dirige campo e treina muito.

Com uma arma ofereci-da de cerca de quatro mil euros que faz parte da sua colecção de armas, José Go-mes conseguiu este ano o

pleno tornando-se caso úni-co a nível mundial.

“Treinamos sem treina-dor, temos que ser muito autodidactas e isso faz-nos encher muito o peito, mas é preciso trabalhar”, justifica.

A nível colectivo faz equipa com um atirador de Marco de Canaveses e ou-tro de Esposende. Embora optimista lamenta o facto de o país continuar a des-valorizar as modalidades desportivas em relação ao desporto rei. “Isto não é fu-tebol. Para os governantes parece que o futebol é a única modalidade que ain-da cativa pessoas e terá al-gum valor político”, critica o atirador e exemplifica: “Os italianos, por exemplo, vêm atirar a Portugal numa pro-va a contar para o europeu ou para o mundial, acom-panhados de um trailer, de massagista, de psicólogo,

de um médico... e nós? En-quanto fizermos figura sem gastar dinheiro, os nossos governantes, ficam todos contentes”.

Depois da vitória em Agosto mostra-se dupla-mente satisfeito por o mun-dial de 2012 acontecer em Portugal. Não fazendo par-te do regulamento da pro-va, admite que a sua vitória pesou na decisão dos res-ponsáveis. “Um país que não presta provas não tem direito a uma final desta ca-tegoria”, admite. A Taça do Mundo de 2012 vai decorrer no Algarve. Para José Go-mes o ideal seria acontecer em Viseu, mas o campo não tem condições, uma vez que é exigência da prova o cam-po dispor de seis fossos de tiro e o campo da Muna só tem dois.

Emília Amaral

Titulo individual

∑ 1999 Campeonato

Nacional de Caçadores

Portugueses

∑ 2005 Taça de Portugal

TRAP

∑ 2007 Taça da Federação

Portuguesa de Tiro com

Armas da Caça

∑ 2011 Vice-campeão no

Regional Norte, na modali-

dade de fosso universal

∑ 2011 Medalha de Ouro

no Grande Prémio da

Federação Internacio-

nal de Tiro com Armas

Desportivas de Caça

∑ 2011 Vice-campeão euro-

pau na Taça da Europa

(Junho, Eslovénia)

∑ 2011 Taça de Portugal

∑ 2011 Taça do Mun-

do (Agosto, Yochoux,

Bordéus)

Qual foi a taça que lhe deu mais prazer levantar?Foi a Taça de Portu-

gal TRAP em 2005, tal-vez por ser a mais com-petitiva. É uma prova que se faz sem apuramentos, onde vai toda a gente, aparecem sempre entre 400 a 500 atiradores e não é surpresa se for ga-nha por alguém que não está sequer habituado a andar nas provas.

O que pensa quando está em competição?Que temos que lutar

contra nós mesmos, fazer cada vez melhor e conse-guir níveis de concentra-ção quanto mais eleva-dos melhor. Também é preciso um espírito mui-to competitivo.

O que é para si uma arma?Olho para as armas

como elas são, autênticas obras de arte. Tenho uma colecção bastante grande de armas.

Quando começou a paixão pelo tiro?Em casa dos meus avós

já havia armas, toda a mi-nha família ia à caça e eu comecei a olhar para as armas.

Emíli

a A

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al

Emíli

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em focoJornal do Centro04 | Novembro | 2011 27

Dez bombeiros oriundos de várias províncias de Mo-çambique visitaram o Jornal do Centro na sexta-feira, dia 28 de Outubro. A visita decorreu numa tarde de pau-sa no Curso de Nadador Salvador de Mar que frequen-taram durante 30 dias em Lisboa e Viseu (entre 24 e 31 de Outubro). Todos eles dedicados à causa desde muito jovens, reconheceram a importância da formação em Portugal para a eficácia do seu trabalho.

O bar dançante Factor C encheu-se, na madrugada de sábado, para dançar os êxi-tos dos anos 80. A festa começou fria e os mais pessimistas já nem acreditavam que iria aquecer daquela maneira. Muita ani-mação, bom ambiente e música “antiga” que fez delirar, e de que maneira, os mais novos e os daquela geração. A festa teve o carimbo da Dão Tv que convidou o Dj António Arede. Foi por isso notória a for-te presença da comunicação social local, que também “bailou”.

GENTE QUE NOS VISITA

A festa da Martaínha é em Sernancelhe!Nos dias 28, 29 e 30 de Outubro decorreu

em Sernancelhe a já tradicional Festa da Cas-tanha.

Produto natural e local, a martainha, consi-derada por muitos como a Rainha Mundial das Castanhas, esteve patenteada em dezenas de stands do certame, tendo afluído milhares de visitantes de todos os cantos do país.

Houve concursos, animação vária, palestras, gastronomia, especialidades regionais, passeio de btt e entrega de prémios aos vencedores dos concursos: da melhor castanha; da melhor mon-tra, do melhor doce de castanha.

A Festa encerrou com um encontro de tocado-res de concertina e fado à desgarrada.

Animação até às quinhentas ao som de oitentas

A Imagem parcial do certame, no pavilhão multiusos, antes da abertura ao público Imagem parcial do certame, no pavilhão multiusos, antes da abertura ao público

A Grande afluência do público no momento da inauguraçãoGrande afluência do público no momento da inauguração A Presidente da autarquia, José Mário CardosoPresidente da autarquia, José Mário Cardoso

A Terras do Demo (super reserva)Terras do Demo (super reserva)A Produtos da terra madre: fálgaros, enchidos, queijo, pão e castanhas...Produtos da terra madre: fálgaros, enchidos, queijo, pão e castanhas...A Um dos inúmeros pratos de doçaria confec-Um dos inúmeros pratos de doçaria confec-cionado à base de castanhacionado à base de castanha

Page 28: Jornal do Centro - Ed503

culturasD “A Formação Museológica em Portugal”

O Museu da Misericórdia, em Viseu, recebe o debate “A Formação Museológica em Portugal”, na próxima segunda-feira, a partir das 15h00.

expos

roteiro cinemas Estreia da semana

A Coisa – Antárctica, um con-tinente extraordinário de pe-culiar beleza. É também abrigo para um recôndito posto avan-çado, onde uma descoberta científica cheia de possibilidades se torna numa missão de sobre-vivência, quando uma equipa de cientistas internacionais desen-terra um extraterrestre.

Destaque Arcas da memória

História de uma maçã biológica e de outra

que o não era

Antigamente, nos cam-pos de meu pai, na Quin-ta do Valbom, havia mui-tas macieiras, algumas já velhinhas, do tempo dos avós, outras que eu vi plantar e depois vi florir durante muitas Primave-ras nas fileiras que cor-riam, como andores, jun-to à margem dos ribeiros. Os frutos delas, as maçãs, eram ditos camoesas, bra-vo de esmofo, que era as-sim que se dizia (quem se lembraria de Esmolfe, sua pátria?!), inverniças, são-joninhas, cabaçais que de-pois se chamaram de rei-neta. E outras maçãs havia, mas ninguém lhes dava nome e se identificavam pelos lugares onde fica-va a macieira, como nós fazíamos com as da Hor-ta do Corgo ou da Vinha Cimeira. Nesse tempo as abelhas podiam livremen-te voejar sobre as flores na colheita do pólen para o mel. Era ainda como no tempo de Adão. Que deve ter sido ele quem trouxe as sementes das maçãs do Paraíso. Ou talvez Eva as tenha trazido escondidas numa folha de figueira.

Mas vem ao caso uma pequena história. É a his-tória de um lavrador que, num certo dia, sobre o Outono, um Outono bom,

colhidas as maçãs, se de-cidiu a oferecer um cabaz delas ao seu Rei. E lá foi bater às portas do Palácio. Disse ao que ia e o mordo-mo o conduziu ao pé do Rei. Viu o Rei a cor rubra das maçãs no cesto onde o lavrador desdobrara uma toalha, viu nelas a frescu-ra da manhã, tirou uma, deu outra ao lavrador, e trincou a sua como Adão antes fizera no pomar do Jardim onde nascera. O la-vrador tira do bolso a na-valha grande da enxertia, aquela mesma de partir pão e queijo, dia a dia e ei-lo, demorado, a tirar a cas-ca da maçã. Olhou o Rei, surpreendido, e disse as-sim ao lavrador: - Então eu, que sou Rei, como, à den-tada, a maçã que me trou-xeste e tu não a comes sem tirar a casca?!...

- Saiba o meu Senhor que, ao colher nesta manhã as maçãs ainda frescas para trazer, uma houve que caiu sobre o chão sujo de estru-me. E como não sei qual de-las é!... E mais não disse o lavrador.

Ficámos sem saber o que é que fez o bom do Rei. De uma coisa ficá-mos a saber – que há mui-tos, muitos anos, havia já maçãs biológicas e outras que o não eram.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

O Orfeão de Viseu vai realizar um casting para a selecção de vozes com o intuito de formar um coro juvenil.

O objectivo passa por ocupar os tempos livres de crianças e jovens, dos 7 aos 10 anos de idade, de forma lúdica e saudá-vel. “A ideia surgiu para criar um espaço de for-mação e de oportunida-de para os mais novos”, disse Vicente Figueiredo, presidente do Orfeão. As audições decorrem hoje e amanhã, na nova sede da associação, na Rua Serpa Pinto, em Viseu, entre as 18h00 e as 19h30.

Assim, a mudança de instalações “veio reacti-

var um conjunto de activi-dades que não se realiza-vam por falta de espaço”, explicou.

Para além deste pri-meiro casting, o Orfeão está a ponderar organi-zar outro, junto das es-colas. “Vamos criar uma nova vaga de oportuni-dades junto das Associa-ções de Estudantes, para que todos possam parti-cipar”, referiu. A selec-ção das melhores vozes será feita pelo responsá-vel pelo apoio juvenil e pelo responsável do coro sénior.

Também em funciona-mento está a Academia de Música e Artes, que aposta na promoção e di-

fusão do ensino da músi-ca e das artes na cidade e na região. Esta vertente direcciona-se a jovens e adultos.

Para os aposentados que não se cansam de aprender, a Academia Sénior promove oficinas e actividades para adultos, de forma a ocupar os tem-pos livres.

Os professores refor-mados, em regime de voluntariado, ajudam os jovens com mais di-f iculdades, em áreas curriculares do ensino bá-sico ao secundário, atra-vés do Centro de Apoio Educativo.

Tiago Virgílio Pereira

Orfeão de Viseu promove casting para coro juvenilSelecção∑ Audições decorrem hoje e amanhã nas “novas” instalações

VILA NOVA DE PAIVA

∑Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até dia 30 de Novembro

Exposição de escultura

“Viver com Amor”, de

Isidro Baptista.

Até dia 30 de Novembro

Exposição de artesana-

to “Obrinhas da Marisa”,

de Marisa Rodrigues.

VISEU

∑Forum

Até dia 15 de Novembro

Exposição “Viseu Histó-

rico-Viseu Moderno”, da

Viseu Novo – Sociedade

de Reabilitação Urbana.

SANTA COMBA DÃO

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Novembro,

Exposição temática “Pri-

mórdios da Fotografia”.

∑Casa da Cultura

Até dia 25 de Novembro

Exposição de pintura

“Modos de Ver”, de Na-

tália Gromicho.

MANGUALDE

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Novembro

Exposição individual de

pintura de Maria D’Aires.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 13h30, 16h10, 18h45, 21h20, 23h50* Os 3 Mosqueteiros(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 16h05, 19h30, 00h30*Não Tenhas Medo do Escuro(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h00 (Dom.), 13h50, 16h20 As Aventuras de Tintin - O Segredo do Licorne(M6) (3D VP)

Sessões diárias às 19h00, 21h40, 00h20* As Aventuras de Tintin - O Segredo do Licorne(M6) (2D VO)

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h55, 21h30, 00h00*O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)

Sessões diárias às 17h00, 22h00Identidade Secreta(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h15, 21h00, 23h40*Não sei como ela Consegue(M6) (Digital)Sessões diárias às 14h10, 16h40, 19h10, 21h50, 00h15*A Coisa(M16) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h20, 16h50,19h20, 21h50, 00h30*Contágio(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21h10, 00h05* Puro Aço(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h40, 21h25, 23h50*O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 15h30, 17h40, 19h50, 22h00, 00h10*Actividade Paranormal(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h50,

16h25, 19h00, 21h40, 00h20* A Lista dos Ex(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h00 (Dom.), 14h00, 16h40As Aventuras de Tintin - O Segredo do Licorne 3D(M6) (Digital 3D) (VP)

Sessões diárias às 21h00, 23h40* As Aventuras de Tintin - o Segredo do Licorne 3D(M6) (Digital 3D) (VO)

Legenda: * Sexta e Sábado

A Objectivo passa por ocupar os tempos livres de crianças e jovens

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Page 29: Jornal do Centro - Ed503

culturas Amanhã, na galeria de exposições do Mercado Velho, em Tondela, decorre a apresentação do livro “Sedução e Utopia”, de Filipa Duarte e é inaugurada a exposição de pintura “Retrospecti-va”, por Carlos Almeida, a partir das 16h00.

D “Sedução e Utopia”

Destaque

O VI Festival de Tunas Académicas - Cidade de Santa Comba Dão reali-za-se amanhã, a partir das 14h00, nas ruas da cidade e na Casa da Cultura.

Assim, o festival começa paralelamente à III Mos-tra do Mel da Castanha e do Vinho, seguido de um Passa-calles, um convívio pelas ruas da cidade e es-paços comerciais, durante a tarde. Caso as condições meteorológicas não per-mitam, a realização das actividades programadas ao ar livre, acima referi-das, terão lugar na cave da Casa da Cultura de Santa Comba Dão.

Pelas 17h00, é a vez do concurso de Serenatas, com actuação das tunas convidadas a animar o Largo do município.

À noite, a partir das 21h30, o anfiteatro da Casa da Cultura recebe o VI Festival de Tunas Académicas. A concurso, vão estar a Fan-Farra Aca-démica de Coimbra, a Es-

tudantina de Braga, a Tuna de Medicina Dentária do Porto e a TAIPAM – Tuna Académica do IPAM – Ci-dade de Matosinhos.

O evento é organizado pela autarquia em colabo-ração com a Combanima, Espaços Municipais. A en-trada é livre.

Tiago Virgílio Pereira

Sexta edição do Fes-tival de TunasSanta Comba Dão∑ Tunas do norte procuram vitória

O TAL - Teatro Artís-tico de Lamego - apre-senta Gil Vicente e TAL, amanhã, pelas 21h30, no Teatro Ribeiro Concei-ção, em Lamego.

Um espetáculo que procura reencontrar Gil

Vicente numa aborda-gem fresca e nova. Um grupo de atores e atri-zes encontra-se em pal-co e interroga-se do por-quê de estar em palco, deixando o improviso dominar a cena e, nes-

te jogo de prazer, o va-queiro surge e é a par-tir desse momento que o universo de Gil Vicente toma conta do espectá-culo, seduzindo o públi-co para um momento de teatro.

Gil Vicente e TAL em Lamego

Joaquim Azevedolança livro

O antigo Secretário de Estado da Educação, Joaquim Azevedo apre-senta na Fnac, em Viseu, o livro “Liberdade e Po-lítica Pública de Edu-cação” – Ensaio sobre um novo compromisso social pela educação – hoje, pelas 21h30.

A obra é uma convo-cação à reflexão sobre o futuro da educação em Portugal. Partindo de uma breve análise da situação presente, o au-tor propõe alguns fios condutores daquilo que pode vir a ser um novo paradigma de geração do bem público edu-cacional, no quadro de uma nova política públi-ca de educação. “Liber-dade e Política Pública de Educação” foca-se na política pública de edu-cação escolar, não dei-xando completamente de lado a educação so-cial. Um texto nascido, sobretudo, da experiên-cia pessoal do autor, do facto de ter vivido mais de trinta anos imerso no “apaixonante campo da actividade humana, integrado em imensas equipas”. TVP

Variedades O TEMPO E O MODOJoão Luís Oliva

Um museu que dançaA tradução é o acto huma-

no por excelência. Traduzi-mos ideias em conceitos e, com eles, elaboramos teo-rias científicas e o respecti-vo suporte tecnológico; tra-duzimos ideias em práticas económicas, sociais, polí-ticas, filosóficas e religio-sas; traduzimos emoções, impressões e ideias (sem-pre as ideias…) em mani-festações de criação artísti-ca. É essa tradução que, em sentido amplo, chamamos

“cultura” e é através dela que construímos a nosso relação com o outro, com a natureza e com o univer-so; enfim, que construímos a vida.

Mas traduzir é uma ac-ção constantemente actu-alizada e contemporanei-zada, sob pena de tornar obsoletas as ideias de que parte e ineficazes as rea-lizações que produz. Mas, então… não há obras eter-nas? Claro que há, mas essa eternidade é mediada pela memória; e a memória de umas implica necessaria-mente o esquecimento de outras.

Expliquemo-nos, que isto hoje não está fácil: como não podemos lembrar tudo, o que guardamos é aquilo que continua presente; por-que é actual(izado) ou, então, foi objecto de ritualizações mais ou menos automáticas e acríticas, convencionais, defensivas ou de mero inte-resse. Isto é, a memória refe-rencia-se no passado (como a eternidade no futuro), mas assenta irremediavelmente no presente.

Tudo isto a propósito do Museu Grão Vasco, em Viseu, que, como “museu”, é lugar consagrado à pre-servação da memória e pu-tativo guardador de eterni-dades; aí se reúnem - e, so-bretudo, se mostram - obras do mestre pintor quinhen-tista, da sua escola e do seu tempo. E é lá que têm lugar, desde 2010, as Visi-tas Dançadas, uma criação de Aurélie Gandit, coreó-grafa e historiadora de arte, interpretada pela bailari-na Leonor Barata, que nos

acompanha pela exposição permanente do Museu.

Nesta peça (e através dela) somos conduzidos a um olhar das obras de pin-tura e escultura expostas; da sua contextualização, do horizonte ideológico em que emergem, do encanto ou ironia que podem pro-vocar. Num jogo de tradu-ção criativa - e a tradução é sempre criação, no senti-do que atrás se referiu - que comenta a arte e também os clichés das suas repre-sentações; um espectáculo dentro de outro espectácu-lo, num diálogo de prazer e reflexão entre as artes vi-suais e a dança, mediado pela palavra, instrumento nodal da compreensão do mundo. Afinal, visitar um museu não é o mesmo que cumprir liturgias sagradas ou observar profanas roti-nas.

Incompleto estaria este comentário se não se fizes-se referência às suas con-dições de produção e pro-gramação. Ideia inicial-mente posta em prática (lá vem a tradução…) por Au-rélie Gandit no Museu de Belas Artes de Nancy - de-pois alargada a outros es-paços museológicos fran-ceses -, foi recriada para o Museu Grão Vasco e para o obra que nele está exposta e co-produzida pelo Teatro Viriato, Cie La Brèche e Te-atro Virgínia. A sua exibi-ção resulta de uma parceria com o Museu e estava ini-cialmente prevista apenas para os sábados entre 10 de Abril e 15 de Maio de 2010; mas o afluxo de público e os pedidos de escolas, que lá levam os alunos, justifi-cou o seu prolongamento, um sábado por mês. Até ao fim deste ano, ainda pode ser vista em 19 de Novem-bro e 17 de Dezembro.

Estamos, assim - para nosso prazer e, certamente, para o de Vasco Fernandes e seus confrades, se cá esti-vessem -, perante uma for-ma de dar nova vida a um museu, em lugar de trans-formar num velho museu a própria vida.

A escritora, Alice Vieira encerrou o mês recheado de visitas de escritores à li-vraria Pretexto, em Viseu, com a apresentação do seu último livro “Os Pro-fetas”. Em mais uma ses-são concorrida, ao final da tarde de sexta-feira, dia 28 de Outubro, ficou claro o gosto das crianças e jovens pelos livros através da sua presença na cerimónia.

“Não sei se sou boa ou má escritora, sei que sou boa profissional”, arrema-tou Alice Vieira. Viseu fez parte de um périplo de vi-sitas por várias regiões do país.

Alice Vieira entre as duas gerações dos seus leitores Literatura

Teatro

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saúde

Otorrinolaringologia∑ Hospital de Viseu aplica primeiro implante ancorado no osso

Operação inédita na zona CentroUma equipa médica

do serviço de otorrino-laringologia (ORL) do Hospital S. Teotónio, de Viseu operou uma criança que sofria de falta de audição bilate-ral, através da aplicação de um implante ancora-do no osso que o permi-te recuperar a audição por via óssea. Apesar da técnica já ser usada há alguns anos em hospi-tais de Lisboa e Porto, foi a primeira vez que aconteceu num hospi-tal público da região Centro.

“Estamos a ser o pri-meiro hospital público da zona Centro a apli-car o BAHA” reafirmou o director do serviço de

otorrinolaringologia do S. Teotónio, Marques dos Santos. O responsá-vel acrescentou que este novo passo foi dado em Viseu por “vontade”da equipa médica que se preparou em termos téc-nicos, mas também pela disponibilidade da ad-ministração da unidade hospitalar. “A adminis-tração do Hospital de Viseu teve a sensibilida-de para reconhecer que era necessário dar este passo, porque sem apa-relhos não há cirurgia”, reconheceu Marques dos Santos lembrando que cada aparelho custa 7.500 euros e uma inter-venção no privado pode custar até 15 mil euros.

A equipa, constituídapelos cirurgiões, Antó-nio Alves e Canas Mar-ques, e a anestesista Cláudia Pereira operou um rapaz de 12 anos que sofria de falta de audi-ção bilateral. O aparelho pode ser aplicado em si-tuações de perda de au-dição em que o ouvido não consegue fazer a transmissão do som até ao ouvido interno. Em circunstâncias normais é aplicado o aparelho tradicional. Marques do Santos explicou que o BAHA é usado quan-do “cirurgicamente fo-ram esgotadas todas as soluções” em que “uma criança, por exemplo, não tem pavilhão auri-

cular, quando não tem canal ou quando tem in-fecções crónicas perma-nentes” que a impedem de usar aparelho tradi-cional.

O Hospital S. Teotó-nio adquiriu dois apare-lhos BAHA. O primeiro aparelho auditivo espe-cial foi aplicado há duas semanas com sucesso, encontrando-se a crian-ça em fase de recupera-ção. O segundo fica re-servado para um outro caso a estudar revelou o director de serviço.

Marques dos Santos re-conheceu que este tipo de iniciativas favorece a própria unidade hospita-lar. “ O objectivo é avan-çar para as técnicas de

ponta provocando auto-estima nos colegas do serviço, porque uma coi-sa é um de nós estar nos congressos a falar pela li-teratura e outra é dizer: a minha experiência é esta”, terminou.

Emília Amaral

A Marques dos Santos, director do Serviço de ORL e a equipa médica, Canas Marques, cirurgião, Cláudia Pereira, anestesista e António Alves, Cirurgião.

BAHA“É como se fosse um

implante de um den-te aplicado no crânio. É espetado no osso, dei-xa-se consolidar duran-te duas a três semanas. Depois tem um proces-sador que é encaixado nesse implante e a pes-soa ouve por via óssea. A pessoa passa a ouvir do lado em que se coloca o aparelho, o aparelho emite o som que vai en-trar pelo outro ouvido, portanto, põe os dois ou-vidos funcionais”.

Marques dos Santos Director do Serviço de

Otorrinolaringologia (ORL) do Hospital S. Teotónio

B ∑ Bone (Osso)A ∑ Anchor (Âncora)H ∑ Hearing (Ouvir)A ∑ Aid (ajuda)Implante aplicado no crânio que permite ao doente ouvir por via óssea

BAHA

DR

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Page 31: Jornal do Centro - Ed503

SAÚDE

F. Nogueira MartinsNuno Nogueira Martins

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“Os enfermeiros são vítimas de uma absurda desarticulação”Filipe Marcelino, de 52

anos, enfermeiro supervi-sor nos Hospitais da Uni-versidade de Coimbra, é presidente da secção re-gional do Centro da Ordem dos Enfermeiros (OE),para o mandato de 2012-2015. As eleições decorrem dia 12 de Dezembro. O Jornal do centro entrevista o últi-mo dos três candidatos

Porque se candidata? A tendência liberalizan-

te do sistema de saúde em Portugal, a coberto da actu-al crise económica, social e política, implicará graves prejuízos para os enfermei-ros, para a enfermagem e sobretudo para a saúde dos Portugueses. Neste quadro, assumimos como imperati-vo profissional e de cidada-nia, estar ao lado dos enfer-meiros e dos cidadãos para resistir e combater as me-didas gravosas já anuncia-das e outras que se perspec-tivam. Existe também um risco real de atropelos à re-gulação profissional e agra-vamento do desemprego en-tre os enfermeiros, o que nos incita à defesa intransigen-te do prestígio e da função social da enfermagem e dos enfermeiros.

Quais são as linhas fortes da sua candidatura?Trabalharemos no de-

senvolvimento do edifí-cio regulador da profissão porque consideramos que a apropriação dos referen-ciais da profissão, a evidên-cia do valor e dos ganhos em saúde sensíveis aos cui-dados de enfermagem e a implementação do mode-lo de desenvolvimento pro-fissional, são estruturantes fundamentais para a profis-são. Faremos a defesa de po-líticas públicas promotoras da universalidade, acessibi-lidade e equidade dos cuida-dos de saúde, onde o Serviço Nacional de Saúde, eficiente e sustentável, constitua o ele-mento central e estruturante do sistema de saúde portu-guês.

Qual a sua opinião sobre os anunciados cortes na saúde. Quais as consequências?Num tempo em que o

rendimento disponível das pessoas é cada vez menor, a redução de 710 milhões de euros na despesa da saúde em 2012 implicará a transfe-rência de custos para as fa-mílias ou o “racionamento” dos cuidados de saúde, indu-zido pela estratificação do

acesso em função do poder económico dos cidadãos. O princípio de que a saú-de é um bem social, apesar de consensual em todos os quadrantes políticos, está hoje posto definitivamente em causa face às vulnera-bilidades que o Sistema de Saúde vai evidenciando, o que constitui um retroces-so civilizacional inadmissí-vel. A diminuição do rendi-mento disponível das famí-lias, cumulativamente com os pagamentos, disfarçados de taxas moderadoras, indu-zirá o aumento da mortali-dade, sobretudo por agudi-zação das doenças crónicas, porque as pessoas procura-rão menos vezes os serviços de saúde e porque o dinhei-ro disponível não será sufi-ciente para fármacos e ali-mentação. Simultaneamen-te, crescerá a pressão sobre os serviços públicos, por-que aqueles que antes pro-curavam os convencionados ou privados já não o podem custear.

Caso seja eleito, que obstá-culos espera enfrentar?Para além do atropelo à

regulação já referido, outra das grandes dificuldades ad-virá do clima organizacio-

nal nos contextos de traba-lho, induzido por todo este quadro de restrições. Por-que a motivação e a satisfa-ção profissionais são facto-res críticos para o sucesso das organizações e melhoria contínua da qualidade, a ex-pectativa da redução da es-trutura de prestação de cui-dados, a par do crescimento da pressão sobre os enfer-meiros no seu dia-a-dia, en-cerra em si mesmo um po-tencial de desmotivação e de insegurança dos cuidados por dotações insuficientes, o que configura uma situação muito preocupante.

Quais são os problemas ac-

tuais dos enfermeiros?Os enfermeiros em Por-

tugal são vítimas de uma ab-surda desarticulação entre as políticas de formação em enfermagem e as reais ne-cessidades do país em cui-dados de enfermagem. Tam-bém noutras áreas de cui-dados, e na governação da saúde em geral, a visão dos enfermeiros está a ser ten-dencialmente afastada dos níveis de decisão estratégi-ca e intermédia, induzindo a prevalência do pensamen-to sectorial, com prejuízo da qualidade das decisões.

De que forma a Ordem dos Enfermeiros pode dar res-

posta a esses problemas?A implementação do

novo Modelo de Desenvol-vimento Profissional, ins-crito na Lei n.º 111/2009, tor-na necessária a acreditação dos contextos de prática clí-nica. É também necessário rever o skill mix das profis-sões nos cuidados de saúde primários, para que se ob-tenha a melhor articulação e aproveitamento das com-petências de todos os acto-res, com reforço do papel dos enfermeiros. O investi-mento em enfermeiros, em todas as áreas de cuidados, deve ser assumido como um custo efectivo porque a sua acção é geradora da redução de outros custos. Basta evitar a formação de uma úlcera de pressão para que, dependendo do grau e extensão, se poupem custos que podem variar entre um e 10 salários mínimos. A Or-dem tem a responsabilida-de de elevar as expectativas dos cidadãos em relação ao que devem esperar dos en-fermeiros, para que sejam eles a exigir, em todas as cir-cunstâncias, os cuidados de enfermagem de qualidade a que têm direito.

Emília Amaral

A “O investimento em enfermeiros deve ser assu-mido como um custo efectivo”

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Jornal do Centro04 | Novembro | 2011 31

Page 32: Jornal do Centro - Ed503

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

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CARLA MARIA BERNARDESMorada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005

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ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295JOÃO MARTINSMorada Rua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

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PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ANTÓNIO M. MENDESMorada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDEJOSÉ MIGUEL MARQUESMorada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email [email protected]

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Man-teiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morce-la como fazem nas Aldeias, Feijo-cas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 15 euros. Mora-da Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observa-ções Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Mo-rada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefo-ne 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE BELOS COMERES (ROYAL)Especialidades Restaurantes Ma-risqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, bapti-zados, convívios, grupos.

TELHEIRO DO MILÉNIOQUINTA FONTINHA DA PEDRAEspecialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Do-mingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, bapti-zados e outros eventos) e Domin-gos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515-016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE A COCHEIRAEspecialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Ob-servações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Fol-ga Sábado (excepto Verão). Pre-ço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades.

Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

RESTAURANTE EIRA DA BICAEspecialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Fol-ga 2ª Feira. Preço médio refei-ção 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilhari-gues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMARESTAURANTE SANTA RITAEspecialidades Bacalhau Espiri-tual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Fol-ga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fáti-ma. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http://santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresenta-ção do Jornal do Centro 5% des-conto no total da factura.

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T3 a 2 min. Cidade c/ 130m2 área, lareira c/ recup., cozinha equipada, garagem. 375,00€T. 969 090 018

T3 Jtº. Cidade c/aquec. central, lareira, cozinha equipada, garagem. 350,00€ T. 917 921 823

T3 Marzovelos c/130m2, cozinha equi-pada, lareira c/ recup., garagem, aquec. central. 430,00€T. 914 824 384

Moradia a 3 min. Cidade c/ aquec. cen-tral, cozinha equipada, churrasqueira. 400,00€T. 232 425 755 (AMI 5083)***

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Moradia T2 cozinha mobilada equipada, garagem fechada. 350,00€T. 914 824 384T4 no centro, cozinha mobilada e equi-pada, terraço com 30 m2. 300,00€T. 232 425 755 (AMI 5083)***

T3 Junto à cidade c/ cozinha mob. e equipada, garagem fechada e terraço com 47 m2. 375,00€T. 969 090 018

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Page 33: Jornal do Centro - Ed503

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Ajudante de cozinha. Santa Comba Dão - Ref. 587784769

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Servente - construção civil e obras públicas. São João da Pesqueira - Ref. 587771114

Ajudante familiar. Sátão - Ref. 587771898

Motorista de veículos pesados – mercadorias. Sernancelhe - Ref. 587773926

Ajudante familiar. Vouzela - Ref. 587779521

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Formador. Oliveira de Frades - Ref. 587786355

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Esteticista (visagista). Tarouca - Ref. 587787729

Empregado de mesa. Armamar - Ref. 587789364

Serrador mecânico – madeira. Nelas - Ref. 587789854

Fiel de armazém. São João da Pesqueira - Ref. 587789907

Técnico de vendas. Moimenta da Beira - Ref. 587789976

Ajudante de cozinha. Moimenta da Beira - Ref. 587790087

Caseiro - explorador agro-pecuário. São João da Pesqueira - Ref. 587790279

Espalhador de betuminosos. Lamego - Ref. 587790908

Servente - construção civil e obras públicas. Lamego - Ref. 587790910

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL

(232 720 170)Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Serralheiro mecânico / traba-lhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Centro de Emprego de VISEU

(232 483 460)Servente - Construção Civil. Sátão - Ref. 587787972

Marceneiro/carpinteiro. Viseu - Ref. 587787716

Estucador. Viseu - Ref. 587787639

Servente - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786916

Pintor - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786911

Pedreiro. Viseu - Ref. 587786876

Servente - Construção Civil. Mangualde - Ref. 587786353

Pedreiro. Nelas - Ref. 587778084

Serralheiro. Nelas - Ref. 587778068

Condutor/Manobrador. Mangualde - Ref. 587786391

Ajudante de cozinha/mesa. Viseu - Ref. 587788640

Escriturário/condutor de ligeiros. Viseu - Ref. 587788442

Mecânico de automóveis. Viseu - Ref. 587788441

Empregado de mesa. Cepões - Ref. 587787476

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EMPREGO & FORMAÇÃOOFERTAS DE EMPREGO

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

A Escola de Estudos Avançados das Beiras em Viseu promove a segunda edição da formação avan-çada em “Gestão de Pes-soas no Século XXI.

O curso de 30 horas tem início a 11 de Novembro e decorre ao longo de oito sessões.

A formação avançada

é coordenada por Palo-ma Cabañas, directora de recursos humanos da empresa HUF sedeada em Tondela, e por Tere-sa Sousa.

Directores e técnicos de recursos humanos, empresários, dirigentes, quadros superiores são os destinatários da acção. O

objectivo é adquirir, actu-alizar ou aprofundar co-nhecimentos na área de gestão de pessoas.

Formação avançada em gestão de pessoas

O Centro de Formação de Associação de Escolas dos Concelhos de Nelas, Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva, EduFor - organi-za dia 9, no Auditório da Biblioteca Municipal de Mangualde, o colóquio: “Leituras em Linha”.

Ana Bela Martins, do

Gabinete da Rede de Bi-bliotecas Escolares apre-sentará a conferência “A leitura do outro lado do espelho” e Carlos Pinhei-ro, coordenador intercon-celhio da RBE e editor do blogue “Ler ebooks” irá abordar “Os ebooks e as novas formas de leitura”.

“Leituras em Linha”

é também o nome dum projecto, cofinanciado pela Fundação Calouste Gulbenkian e coordena-do pelo EduFor. O proje-to visa o desenvolvimen-to da leitura e da escrita através do recurso aos no-vos meios tecnológicos e digitais, concretamente “tablets” e “e-books”.

“Leituras em Linha” em Mangualde

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Jornal do Centro04 | Novembro | 2011 33

Page 34: Jornal do Centro - Ed503

NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA

INSTITUCIONAIS

Arminda da Costa, 96 anos, casada. Natural e residente em Fiais da Telha. O funeral realizou-se no dia 29 de Outubro, pelas 16.45 horas, para o ce-mitério local.

Agência Funerária São BrásCarregal do Sal Tel. 232 671 415

José Pereira Rodrigues, 74 anos, casado. Natural e residente em Mosteiro de Cabril, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 31 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Cabril.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

António Luís Peixoto, 62 anos, casado. Natural de Fornos de Maceira Dão e residente em Fagilde. O funeral realizou-se no dia 30 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Fagilde.

Graça Maria Seabra Jerónimo, 53 anos, divorciada. Natural de Vila Nova de Tazem, Gouveia e residente em Contenças de Baixo, Mangualde. O fune-ral realizou-se no dia 31 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Contenças de Baixo.

Mercedes de Jesus Matos, 84 anos, viúva. Natural e residente em Fail, Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o ce-mitério de Fail.

Laurinda de Almeida Costa, 82 anos, viúva. Natural de Espinho, Mangualde e residente em casal Sandinho, Alcafache. O funeral realizou-se no dia 31 de Outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Alcafache.

Maria de Jesus, 80 anos, viúva. Natural e residente em Mesquitela, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de Novembro, pelas 18.00 horas, para o cemi-tério de Mesquitela.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Carlos Manuel Mendes Pereira, 33 anos, solteiro. Natural e residente em Car-valhal Redondo, Nelas. O funeral realizou-se no dia 31 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Carvalhal Redondo.

Dulcelina Figueiredo, 62 anos, casada. Natural e residente em Pardieiros, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 1 de Novembro, pelas 16.00 ho-ras, para o cemitério de Beijós.

Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Arminda da Encarnação Fernandes, 89 anos, viúva. Natural de Silgueiros e residente em Casal Jusão, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 27 de Ou-tubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Maria Celeste Pais Cruz, 90 anos, viúva. Natural de Silgueiros e residente em Passos de Silgueiros, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 30 de Outubro, pelas 9.30 horas, para o cemitério de Silgueiros.

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 503 de 04.11.2011)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 503 de 04.11.2011)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 503 de 04.11.2011)

Joaquim Lopes, 89 anos, casado. Natural de Silgueiros e residente em Pinde-lo, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 3 de Novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

João Pedro Farias Figueiredo Marques Cunha, 31 anos, solteiro. Natural de Santa Maria e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Maria Glória Pinto, 78 anos, solteira. Natural de Viseu e residente em Ranha-dos. O funeral realizou-se no dia 30 de Outubro, pelas 14.45 horas, para o ce-mitério novo de Ranhados.

José Teixeira Lopes Norte, 85 anos, casado. Natural de São Salvador e residente em Santarinho. O funeral realizou-se no dia 3 de Novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Vildemoinhos.

Hermínio de Almeida Leitão, 63 anos, casado. Natural de Rio de Loba e resi-dente em Travassós de Baixo. O funeral realizou-se no dia 3 de Novembro, pe-las 15.30 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 503 de 04.11.2011)

Centro Social da Paróquia de S. Salvador Rua da Igreja – S. Salvador - Viseu

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA

Nos termos da alínea do nº 2 do art. 31º dos Estatutos, convoco uma Assembleia Geral de Sócios, para uma sessão ordinária a realizar no dia 13 de Novembro de 2011, pelas 14,00 horas, no edifício da Casa Social, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Informações 2. Apreciação, discussão e votação do Orçamento e Plano de

Actividades para 2012, bem como do parecer do Conselho Fiscal.

- Se à hora marcada não estiver presente mais de metade dos sócios com direito a voto, a sessão realizar-se-á meia hora mais tarde desde que estejam presentes pelo menos 15 associados.

S. Salvador, 31 de Outubro de 2011

O Presidente da Mesa da Assembleia-geral,

__________________________________________________ (João Luís Peres Gonçalves)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 503 de 04.11.2011)

Jornal do Centro04 | Novembro | 201134

Page 35: Jornal do Centro - Ed503

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu.Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor.O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

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pág. 27

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> NEGÓCIOS

> DESPORTO

> CULTURAS

> SAÚDE

> RESTAURANTES

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

05 de Novembro de 2010

Sexta-feira

Ano 9

N.º 451

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

∑ “Viseu Novo” já recuperou mais de uma dezena

de imóveis no centro da cidade | página 10

Distribuído com o Expresso. Venda inte

Câmara de Viseu lesada

em milhares de euros

racinda Torres Vasconceloooooososososoooooosooo , , , LtLtLtLt 1 1 110,00,0,0, r rr/c/c/cccccc/cccc/c ... ..33333333333333333333333333333333 333333333333333 3 3333333333333333333333333333350550505050505505050505050500505050550505050550505050550050500500505050500000505000005050050050505000500505050005555555555555555555555555 0 00000 0 00 0 00000 000 00000 00 0 000 0000 00 00000000000000000000000000 0000---1-1-11-1-11--11--1---1-1-11-1-111--1111-1-1-111-1111-111-1111---11-1---1-1111111111188887878787878878778878888887888788887878887877887878887878878787878787878787787878788787878787878787887787787787878787878787887878787877777777777777777777787777VVVVVVVVV V VVVVV VVV VVVVVVVVVVVV VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV V VVVVVVVVVVViisisisisisisisisisiisisisisisisisisisisiisisiiiississssiiisseueueueueueueueuuueueueueueuueeueueeeueueuuueueueuuuuuueuueueueeueueuueeeeuueuueuueeuueuuuuuuuuuuuuueeueeuuuuueuuuuuueeueeueueueuueueueeee · · ·· · r r rrr r rr rrrrrr rrredeededededededeededededededeeeededdededdddededdededeeddddddddddddddddedddeddddeedeeeddddacacaacacacaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa cacac o@o@jojojornrnrnalalllldodododdoodododddododoooceccececcecececececccececccecccececececeececececeeeecececeentntn rorooor .p.p.p.p.pppppppppp.p.p.pttt t ttt ··· wwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwww.w.wwwwwwwwwwwwwwwwwwww.w jojojojjojojojoj rnrnrnrnrnrnnnnnnnnnnnnnnnnrnrrnrnnnnrnrnrnrrnrnrrrrr alalalalalalalaalalalaalaaaalalalaaaaaaalaaalaalalalaallaaaaalala doddodddoddddddddddddddd cen

S E M A N Á R I O

REGIÃO DE VI

,(IVA 5% incluído)

À conversa

“O Douro cresce,

o Alentejo cresce e as

Terras do Sado

crescem. Tudo o que

está no Centro

do país não cresce”António Mendes, presidente da

Adega Cooperativa de Mangualde

Nun

o Fe

rrei

ra

Requalificação

de edifícios é um

“mercado apetecível”

Todo-o-terreno

João Pais é

Bi-Campeão Nacional

no Desafio Elf Mazdapágina 17

Mandatários dão a cara pelos candidatos

presidenciais no distrito de Viseu

∑ João Cotta (Cavaco Silva), João Gralheiro (Francisco Lopes), Ribeiro de Carvalho (Fernando Nobre), Júlio Barbosa (Manuel Alegre)

Jornada micológica

Entendidos

denunciam “mercado

ilegal” dos cogumelospágina 6

∑ Funcionário do serviço de atendimento falsifica assinatura em certidão e desaparece

∑ Suspeito terá tido a mesma atitude em outras instituições onde exerceu actividade

∑ Autarquia avança com sindicância | página 10

| página 12

| página 8

EDIÇÃO 451 | 5 DE NOVEMBRO DE 2010

∑ Portugal é um supermercado de cogumelos sem regras.

∑ O Douro cresce, o Alentejo cresce e as Terras do Sado crescem. Tudo o que está no centro do país não cresce. (António Mendes)

∑ Câmara de Viseu pode ter sido lesada em mi-lhares de euros

∑ Câmara de Viseu suspende projecto do Cen-tro de Artes.

∑ Deputado do CDS questiona instalações da psiquiatria.

FOTOS DA SEMANA

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Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

Uma cidade (Viseu) cheia de contradições. Uma das zonas com mais afluência de gente (a do Palácio do Gelo) encontra-se neste estado de esquecimento e abandono.

Maria Eugénia Monteiro

Pode haver quem discorda da ideia de Vila Nova de Paiva ser a “Capital Ecológica”, mas convenhamos, não é preciso fazê-lo com tão abalroadora veemência!

Paulo Neto

Paul

o N

eto

Jornal do Centro04 | Novembro | 2011 35

Page 36: Jornal do Centro - Ed503

A cidade de Mangualde recebe este fim-de-sema-na um dos certames mais tradicionais da região.

A Feira dos Santos, co-nhecida por “feira das febras” apresenta como novidade o regresso ao centro da cidade, depois de nos últimos anos, o secular certame, ter ocupado um recinto junto ao Monte da Senhora do Castelo, afasta-do do centro da cidade de Mangualde.

“É uma mudança estra-tégica para alavancar o comércio, porque sentía-mos há muito tempo que as pessoas queriam que a

feira voltasse para dentro da cidade, porque faz com que os milhares de pessoas que vêm à Feira dos Santos naqueles dois dias come-cem novamente a viver, a visitar e a passear dentro de Mangualde”, justificou o presidente da Câmara, João Azevedo.

Na feira irão estar este ano 250 feirantes, a vender artigos tão variados como alfaias agrícolas, roupa e calçado, produtos regio-nais e febras de porco. Além da VI Mostra de Ar-tesano Nacional, da mos-tra de produtos regionais, da Agromangualde e da II

Mostra de Pintura ao Ar Livre, este ano a feira inte-grará também uma expo-sição de automóveis, para explicar esta é uma “peça fundamental” do desenvol-vimento concelhio e regio-nal, encontrando-se ali ins-talada a maior empresa do distrito, a fábrica da PSA Peugeot Citroën.

A “Feira dos Santos à Mesa”, junta-se à “feira das febras”, em que os restau-rantes aderentes apresen-tarão uma ementa especial com pratos típicos regio-nais.

Emília Amaral

JORNAL DO CENTRO04 | NOVEMBRO | 2011Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 4 de Novembro, céu parcialmente nublado de manhã, chuva fraca para o resto do dia. Temperatura máxima de 13 e mínima de 3ºC. Amanhã, 5 de Novembro, céu parcial-mente nublado. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 2ºC. Domingo, 6 de Novembro, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 2ºC. Segunda, 7 de Novembro, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 1ºC.

tempo: parcialmente nublado

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Banco ético1. Está a fazer um ano que Eric Cantona apelou a

uma “revolução” sem pólvora. Proclamou ele: «em vez de ires manifestar-te, vais ao banco e levantas o teu dinheiro». Esse apocalipse bancário foi marcado para 7 de Dezembro de 2010, mas nem mesmo Can-tona meteu o dinheiro debaixo do colchão — tirou 1500 euros do BNP e 750 mil do banco Leonardo e foi metê-los no Crédit Agricole.

Os cidadãos estão a pagar com desemprego e so-frimento a crise sistémica global ao mesmo tempo que o sistema financeiro está a receber quantidades pornográficas de dinheiros públicos. Veja-se em Portugal o caso do BPN ou o caso das PPPPP - Par-cerias Prejuízos Públicos Proveitos Privados renego-ciadas pelo sr. Paulo Campos com o sr. Mota Coelho Espírito Santo Engil. Há razão para as pessoas esta-rem zangadas com o egoísmo e a irresponsabilidade social e cívica dos banqueiros. Mas levantar o nosso dinheiro — como teorizou mas não praticou Canto-na — não resolve nada.

Está na altura de fazer da CGD um banco ético, quer na relação com os seus clientes, quer na apli-cação de capitais com responsabilidade social e ambiental, com os cuidados éticos, por exemplo, do Fundo de Petróleo norueguês.

Com uma prática socialmente responsável, a CGD podia atrair as poupanças dos homens e mulheres de boa-vontade. Quem sabe se até as poupanças de Eric Cantona.

2. Em 2010, Pedro Passos Coelho teve o grande Eduardo Catroga que nos conseguiu evitar, por um

“pintelho”, a roubalheira nas deduções em IRS de saúde, habitação e educação.

António José Seguro não tem nenhum Catroga nem nenhuma bandeira orçamental. Se acabar por manter-se o IVA intermédio na restauração, isso será visto como condescendência do governo e não como vitória do PS.

O PS pós-socrático continua no fundo de um poço.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

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Mangualde ∑ Mostra de produtos regionais, agro-pecuária, pintu-

ra, automóveis, gastronomia e animação de rua

Feira dos Santos regressa ao centro da cidade

Sexta, 04Cinfães∑ Inauguração da VIII Feira da Castanha de Tendais, ás 19h00. O certame de promoção dos produtos da região prolonga-se até domingo.

Sábado, 05Viseu∑ Cerimónia do V Capitulo da Confraria Gastronómica do Dão. Cerimónia de boas vindas na Câmara Municipais, às 10h30. Cerimónia de entronização, na Igreja Nossa senhora da Conceição, às 11h30.

∑ Apresentação do livro “Pinceladas” nas instalações da delegação de Viseu da ACAPO, a partir das 15h00.

Viseu ∑ Inauguração do Centro Pastoral da Nossa senhora do Viso, às 11h00.

∑ Festa das Sopas da Associação de Solidariedade Social, Cultural e Recreativa de Gumirães, às 18h00, na sede.

agenda∑D

R

A Certame decorre sob o lema “Da Tradição à Modernidade”, sábado e domingo

808 20 40 20 HORÁRIO DA LINHA DE ATENDIMENTOSEG. A SEX. 9H ÀS 22H/SÁB. 10H ÀS 13H

WSI VISEUR. Dr. António José de almeida, nº 52 - r/c

3510-042 viseu (em frente à segurança social)

*mal

hum

orad

o Aprende e diznão à crise!