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REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 3 • Nº 114 30 de Setembro de 2012 MARCOPOLO LANÇA O AUDACE PARA O MERCADO DE FRETAMENTO Leia também: A FALÊNCIA Juiz decidiu pela falência por ser “única saída”; Advogado da empresa diz que vai recorrer para retomar produção ESPECIAL • 9 PÁGINAS DA BUSSCAR

Revista InterBuss - Edição 114 - 30/09/2012

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 114 - 30/09/2012

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 3 • Nº 114 30 de Setembro de 2012

MARCOPOLOLANÇA O AUDACEPARA O MERCADO DE FRETAMENTO

Leia também:

A FALÊNCIA

Juiz decidiu pela falência por ser “única saída”; Advogado da empresa diz que

vai recorrer para retomar produção

ESPECIAL • 9 PÁGINAS

DA BUSSCAR

Page 2: Revista InterBuss - Edição 114 - 30/09/2012

NOS DOIS ANOS DA REVISTA INTERBUSS, O PRESENTE É SEU!CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK. QUANDO CHEGARMOSA 1500 FÃS, SORTEAREMOS ESTA RÉPLICA DO MARCOPOLOPARADISO G7. E COM 2000 FÃS, SAIRÁ MAIS UMA RÉPLICA!

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Página 20| As Fotos da Semana

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 36 PÁGINAS

| Deu na Imprensa

Iveco anunciará divisão de novos negócios e vailançar seus ônibusDepois de muita expectativa nomercado de chassis de ônibus, a montadora italiana faráanúncio importante amanhã 20 E em breve tem atualização do Portal InterBuss! Participe

enviando a sua foto de ônibus para [email protected]

| A Semana Revista

Araraquara testa ônibus híbrido da Volvo nas linhas da Cia. TróleibusUsuário pode opinar e dar sugestões sobre a operação da novidadeno site da empresa CTA 14

ESPECIAL FETRANSRIO 2012COBERTURA OCD HOLDING

FIM DA LINHAPARA A BUSSCARJuiz decretou a falência da empresa em decisão publicada na tarde da última quinta-feira; No dia seguinte a fábrica em Joinville foi lacrada e a produção parou

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AS FOTOS DA SEMANA

FIM DA LINHAPARA A BUSSCAR

EDITORIAL - O BNDES NO CASO BUSSCAR ..................................... Página 06A FALÊNCIA ............................................................................................ Página 07OS ÚLTIMOS CARROS ENTREGUES ................................................... Página 09O DESESPERO DOS FUNCIONÁRIOS ................................................. Página 10ADVOGADO DA BUSSCAR DEVERÁ RECORRER ............................. Página 11A ATUAL SITUAÇÃO DO GRUPO ........................................................ Página 13MARISA VANESSA - MINHA HISTÓRIA COM A BUSSCAR ............. Página 29

Page 5: Revista InterBuss - Edição 114 - 30/09/2012

Página 20

ANO 3 • Nº 114 • DOMINGO, 30 DE SETEMBRO DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 00h59

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraO dia sem carro 26

A SEMANA REVISTA - BUSSCARCobertura completa da falência da Busscar 7

EDITORIALO BNDES no caso Busscar 6

SEU MURALA seção especial do leitor 27

COLUNISTAS Fábio Takahashi TanniguchiVem aí 28

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzMinha história com a Busscar 29

AS FOTOS DA SEMANAEspecial Fetransrio com cobertura OCD Holding 30

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 20

Obs: O Diário de Bordo,excepcionalmente, não é publicado nesta edição.

| Novo Marcopolo Audace

Um novo modelo para um novomercado

Audace foi concebido para concorrer nos mercados de fretamentoe intermunicipais 24

COLUNISTAS Adamo BazaniA ocupação do solo público 34

FIM DA LINHAPARA A BUSSCAR

Atenção leitor: a 15ª atualização da Galeria de Imagens do Portal InterBuss será feita no dia 7 de julho. Envie sua foto [email protected] e participe!

PÔSTERBusscar Elegance 380 18

Busscar

NOVO MARCOPOLO AUDACEConheça o novo modelo para fretamento 24

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 14

AS FOTOS DA SEMANA

FIM DA LINHAPARA A BUSSCAR

EDITORIAL - O BNDES NO CASO BUSSCAR ..................................... Página 06A FALÊNCIA ............................................................................................ Página 07OS ÚLTIMOS CARROS ENTREGUES ................................................... Página 09O DESESPERO DOS FUNCIONÁRIOS ................................................. Página 10ADVOGADO DA BUSSCAR DEVERÁ RECORRER ............................. Página 11A ATUAL SITUAÇÃO DO GRUPO ........................................................ Página 13MARISA VANESSA - MINHA HISTÓRIA COM A BUSSCAR ............. Página 29

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Busscar Ônibus S/a pelo envio do pôster e ao jornal A Notícia pelo noticiário referente à falência da Busscar.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Apesar de esperada pelo mercado, a notícia da falência da Busscar pegou muita gente de surpresa. Com um plano de recu-peração judicial em andamento, a justiça catarinense optou pelo fechamento da tradi-cional encarroçadora para tentar quitar pelo menos parte da dívida bilionária da empresa. Os primeiros a receberem alguma coisa são os funcionários, e paralelamente os bancos credores, sobretudo o Santander, também devem começar a receber o que têm direito. Segundo analistas, a abstenção do BNDES na assembleia de credores realizada na últi-ma terça-feira foi decisiva para que o juiz que está cuidando do caso decidisse pela falência. Como é conhecido por quem acom-panha a história da encarroçadora catari-nense, o BNDES não deu o “braço à torcer” à Busscar nessa sua segunda grave crise. Além de negar novos empréstimos, bloque-ou o dinheiro oriundo do acordo feito com a Guatemala para o fornecimento de ônibus para os sistemas Transurbano e Transmetro. Segundo Claudio Nielson, ex-presidente da

Busscar, esse dinheiro seria fundamental para a recuperação da fábrica e a retomada da produção em ritmo considerado normal. É uma situação no mínimo curiosa pois de-ixa a impressão que o governo federal uti-liza o BNDES para auxiliar apenas quem lhe convém. A VARIG passou por uma situação semelhante no passado e também acabou falida. Paralelamente à essa notícia, na sexta-feira o governo federal diz que está preocupado com a situação precária das aéreas Gol e TAM, que juntas registraram prejuízo bilionário nos primeiros meses deste ano. Por serem as duas maiores com-panhias do Brasil e com eventos de grande magnitude batendo às portas, a preocupa-ção do governo é notória, mas o que ele vai fazer? Dará dinheiro para a recuperação das mesmas? Caso isso aconteça, prova que o BNDES é usado apenas como manobra de interesses do próprio governo. Apesar das situações precárias em que a VARIG e a Busscar se encontravam, sem garantias, com patrimônio insuficiente, desorganização na

O papel do público BNDESna falência da Busscar

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial administração e vários outros problemas,

são empresas que empregavam milhares de pais de família e poderiam ganhar uma nova chance, ao contrário de outras empresas que conhecemos e que também foram mal ad-ministradas e receberam um fôlego a mais do governo, algumas delas depois de muito lobby em Brasília e até influência de depu-tados conhecidos. A utilização do dinheiro do BNDES deveria ser mais transparente e por se tratar de um dinheiro público, o destino do mes-mo teria que ser de conhecimento público, porém não é bem isso que acontece. O din-heiro pago pelo governo guatemalteco aca-bou ficando nos cofres do banco federal e a Busscar chegou ao seu fim sem ver a cor dele, mesmo tendo direito à ele já que pro-duziu os ônibus prometidos e até fez a en-trega ao cliente. Parte da produção acabou ficando pelo caminho pois houve problemas de ordem interna na Guatemala (licitação) porém esses carros chegaram a ser vendidos pela Mercedes-Benz numa fase posterior e já estão em circulação nas ruas brasileiras. Infelizmente, com o fechamento da Busscar, os que mais sofrem são os fun-cionários, justamente por terem uma ligação muito forte com a empresa, mas torcemos para que dê tudo certo e todos recebam o que lhes é de direito e consigam seguir vida nova em outra empresa.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• G1 Santa [email protected] Na manhã de sexta-feira (28), a di-retoria do Grupo Busscar, em Joinville, reu-niu os funcionários para explicar os motivos da falência e o fechamento da empresa. A falência do Grupo, que é composto por oito empresas, foi decretada na tarde de quinta-feira (27) pelo juíz Maurício Cavallazzi Po-voas. A sentença estipulou o prazo de 90 dias anteriores à data de protocolo da ação de recuperação judicial na Justiça, como data inicial da falência. Com a decisão, a empresa já suspendeu todas as atividades. A partir de agora, fica proibido qualquer ato de disposição ou oneração de bens da empresa sem autorização judicial. O Instituto Rainoldo Uessler foi nomeado para cuidar da administração judicial da falência, que deverá prestar compromisso e apresentar os relatórios necessários. O juiz determinou, ainda, o lacre de cinco das empresas do grupo. São elas Buss-car Ônibus S.A., Bus Car Investimentos e Empreendimentos Ltda., Buscar Comércio Exterior S.A., Lambda Participações e Em-preendimentos S.A., Nienpal Empreendi-mentos e Participações Ltda. Ele autorizou a continuação pro-visória das atividades das empresas Tec-nofibras HVR Automotiva S.A., mediante fiscalização do administrador judicial, e da

Reprodução de TV

O FIM DA BUSSCAR

ADMINISTRADOR • Rainolo Uessler é o administrador judicial do Grupo Busscar

A S E M A N A R E V I S T ADE 23 A 29 DE SETEMBRO DE 2012

REVISTAINTERBUSS • 30/09/12 07

• Decisão foi publicada às 17h30 de quinta-feira• Funcionários estão automaticamente desligados• Claudio Nielson acata decisão e se põe à disposição• Últimos três ônibus foram entregues na noite de quinta

JUIZ DECRETA A FALÊNCIA DO GRUPO BUSSCAR

Climabuss Ltda., onde as atividades contin-uarão por 30 dias. Depois deste prazo, o ad-ministrador judicial da falência apresentará relatório indicando a viabilidade ou não da continuidade das atividades. Cabe apelação a instâncias superiores. O grupo Busscar é composto pelas empresas Busscar Ônibus S.A., Bus Car In-

vestimentos e Empreendimentos Ltda, Bus-car Comércio Exterior S.A., Lambda Partic-ipações e Empreendimentos S.A., Nienpal Empreendimentos e Participações Ltda., TSA Tecnologia S.A., Tecnofibras HVR Automotiva S.A. e Climabuss Ltda., todas administradas pelos sócios-diretores Clau-dio Roberto Nielson e Fabio Luis Nielson.

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NA SENTENÇA, JUIZ DIZ QUE ADMINISTRAÇÃO DA BUSSCAR ERA UMA “BALBÚRDIA”

30/09/12 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T AO FIM DA BUSSCAR

• A Notí[email protected]

A mesma empresa que já empregou 5 mil pessoas e chegou a produzir cerca de 5,4 mil ônibus em um ano terminou a quinta-feira lacrada e falida. Na sentença, assinada pelo juiz Maurício Cavallazzi Povoas, a Busscar é descrita como uma companhia com sérios problemas de gestão e com uma administra-ção considerada “uma balbúrdia”. O texto de 25 páginas, fundamentado com base na lei de recuperação judicial, justifica a decisão do magistrado de decretar a falência do Gru-po Busscar. Desde sexta, a produção da Busscar está parada. Os últimos três ônibus fabrica-dos pela empresa foram entregues na noite de quinta. A Tecnofibras continua ativa por tempo indeterminado, enquanto a Climabuss opera por pelo menos 30 dias. Às 19 horas, uma hora e meia após a publicação da decisão no site do Tribunal de Justiça do Estado, Rainoldo Uessler já as-sinava o termo de compromisso que o torna administrador da massa falida. É ele quem controla agora os negó-cios do grupo, sem deixar de manter o papel de fiscalizador da Justiça, para a qual deverá enviar relatórios. — Sábado já começo o trabalho —, disse. Uessler contou que o até então presidente da Busscar, Claudio Nielson, en-trou em contato com ele após a divulgação

Reprodução de TV

da sentença se colocando à disposição. — Fiquei satisfeito com isso. Ele foi muito cavalheiro. Não haverá dificul-dades nesta transição. O que é muito impor-tante. A Busscar informou, por meio de nota, que “acata a posição do juiz e vai aval-iar as possibilidades de recursos nos próxi-mos dias”.

Na sexta-feira, Uessler fez uma reunião com funcionários ativos da com-panhia para explicar a situação. O admin-istrador, que tem experiência neste tipo de processos, disse quinta-feira que a dificul-dade nestes casos é que “é muito triste para os funcionários, que ficam no desconforto, perdem o emprego. Mexe com a emoção das pessoas, mas é necessário.”

PARADA • Ônibus semi-pronto na produção da Busscar, paralisada desde sexta-feira

CLAUDIO NIELSON JÁ FOI NOTIFICADO;FUNCIONÁRIOS RECEBEM PRIMEIRO• A Notícia [email protected] O presidente da Busscar, Clau-dio Nielson, já foi notificado pela Justiça. O próximo passo será dado por Rainoldo Uessler, administrador da massa falida. Ele dará início a uma atualização da tabela de credores e ao processo de avaliação dos bens para a venda via leilão. “Neste caso,

haverá venda também de negócios como a Tecnofibras e a Climabuss. Após a venda, pagam-se os credores pela ordem de prefer-ência até onde o crédito alcançar”, explica, acrescentando ser difícil determinar um prazo para o fim do processo. Os primeiros a receber serão os que têm créditos trabalhistas de até 150 sa-lários mínimos (R$ 84 mil). Em paralelo,

recebem os bancos que terão o pagamento feito por meio dos equipamentos que finan-ciaram. Depois, será a vez de quitar e tribu-tos e, por último, recebem os quirografári-os – classe composta pelos tios de Claudio Nielson. Caso a empresa decida recorrer e o Tribunal de Justiça de SC acate o pedido, os rumos mudam.

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REVISTAINTERBUSS • 30/09/12 09

OS TRÊS ÚLTIMOS

DEPOIMENTO • Motorista que causou o acidente prestou depoimento: em estado de choque

O FIM DA BUSSCAR

• A Notícia / Redação [email protected] Três ônibus saíram da fábrica da Busscar após a notícia de falência da empresa ter sido divulgada. Eram os últimos produzi-dos em 66 anos da família Nielson no negócio de carrocerias. Motoristas foram chamados para le-var dois microônibus e um convencional até os clientes por volta das 19 horas. Segundo o administrador da massa falida, Rainoldo Uessler, os veículos foram faturados na quinta-feira e não seriam ent-regues. Mas como houve a decisão, foi ante-cipada a retirada. O cerco de segurança também foi re-forçado em frente à companhia à noite. Mas não houve movimentação de funcionários.

Uessler esteve na empresa à noite a pedido do presidente do grupo, Claudio Nielson. O administrador diz que o executivo estava calmo ao telefone. Ainda ontem, Clau-dio foi notificado da decisão pela Justiça e um lacre colocado na empresa confirmava o fim de uma história de 66 anos.

PRODUÇÃO PARALISADA Com a falência da Busscar, toda a produção foi paralisada na última sexta-feira. Os ônibus que estavam na linha de produção assim permanecerão até que a justiça tome uma decisão. Há várias alternativas para es-ses carros que não terão mais continuidade caso não haja uma mudança nos rumos da falência, pois caso a Busscar recorra da de-cisão judicial que decretou o fechamento da

empresa e saia um ganho de causa aos propri-etários, ou ao menos uma liminar, a produção pode voltar á ativa, pelo menos para terminar o que está lá dentro, agora, preso. Como está proibida qualquer ação que onere o patrimônio, a produção não pode continuar, mesmo com os chassis sendo de propriedade de terceiros que foram deixa-dos lá para encarroçamento. Os empresários que enviaram chassia à Joinville agora de-verão ingressar na justiça para provar que são proprietários dos mesmos para tirar seus patrimônios de dentro da fábrica. Os chas-sis parados com carrocerias semi-prontos poderão ser desencarroçados e enviados para outra fábrica, já que a princípio não será pos-sível fazer o término do serviço sem os gab-aritos da Busscar.

Os três últimos ônibus prontos saíram para serem entregues aos clientes na noite de quinta-feira. Encerrava-se, assim, uma história de 66 anos da Família Nielson no ramo de carrocerias

A N

otícia

A FALÊNCIA DA BUSSCAR

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A S E M A N A R E V I S T A

30/09/12 • REVISTAINTERBUSS10

LÁGRIMAS E DORNA DESPEDIDA DOSFUNCIONÁRIOS

O FIM DA BUSSCAR

• A Notí[email protected]

As cabeças baixas dos trabalha-dores indicavam o clima de silêncio fúne-bre no complexo fabril da Busscar. Além do emprego, os cerca de 400 funcionários ati-vos sinalizavam o sentimento de tristeza e revolta por verem morrer uma das maiores empresas do País na década de 90. O comunicado na portaria da em-presa informa “local lacrado por determi-nação de juízo da 5ª Vara Cível”. Agora, do lado de dentro daqueles portões, eles só poderão retirar a carteira de trabalho com a anotação da demissão. As reações variaram de piadas para descontrair o momento a lágrimas desesper-adas acompanhadas de soluços. O choro qui-eto e dolorido do montador de componen-tes Edgar Ribeiro transmitia a indignação de não poder voltar a realizar sua atividade dentro da fábrica. — Era como se fosse uma família. Acredito nesta empresa e tenho esperança no recurso. Outros colegas compartilharam da opinião de Edgar. Apesar do silêncio duran-te a reunião no auditório da empresa, com o interventor judicial, Rainoldo Uessler, as vozes do lado de fora dos muros da Busscar lembravam a importância da companhia. — É uma pena. Tínhamos coisas em produção e não pudemos nem terminar o trabalho. Tivemos que sair e deixar tudo lá. Se tivéssemos capital de giro, conseguiría-mos produzir muito mais —, diz Vilmar da Silva, que era monitor de fábrica. — É um sentimento geral de revol-ta. São muitos postos de trabalho vazios —, argumentou o gerente Esbaldini Testoni. A cena mais comum em frente à Busscar foi a despedida. Quanto maior era o tempo de trabalho na empresa, mais ap-ertado era o abraço entre os companheiro. Os esquematizadores Anselmo de Sousa, com 19 anos de trabalho, e Vilson Ochner, que estava na Busscar há 27 anos,

Agência RBS

reservaram alguns minutos para relembrar os tempos de glória. — Tudo o que a gente tem deve a essa empresa. Dá para ver no olhar dos cole-gas a tristeza —, conta Sousa. — Com o seu Haroldo era tudo muito diferente. Quando ele morreu, a gente sabia que ia mudar alguma coisa, mas não fazia ideia que ia chegar nesse ponto —, disse Ochner. Depois de lágrimas, despedidas e desabafos, todos seguiram com o mesmo propósito.

— Eu preferia ficar trabalhando. Mas não deu. Então, agora é correr para fr-ente —, lamenta o montador de componen-tes Jean Manoel Marcos. O sol do início da manhã deu lugar a nuvens cinzentas e chuva forte. A mu-vuca se dissipou. Entre as pessoas que con-seguiram lugar na marquise da portaria, um funcionário, na tentativa de criar um cenário mais otimista, finaliza a série de comentári-os do dia trágico para os funcionários. — Desempregado, sim. Molhado, não.

TRISTEZA • Edgar Ribeiro era montador de componentes e considerava a Busscar uma família

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A FALÊNCIA DA BUSSCAR

REVISTAINTERBUSS • 30/09/12 11

ADVOGADO DIZ QUE VAI RECORRER E PEDIR ARETOMADA DA PRODUÇÃO

O FIM DA BUSSCAR

• A Notí[email protected] O advogado do processo de recupe-ração judicial da Busscar, Euclides Ribeiro, ainda se mantém incrédulo com a atitude do Santander. “Eles mudaram a posição na última hora”. Ele garante que as negociações com o banco haviam chegado a um acordo e que a companhia tinha uma sinalização posi-tiva em relação à aprovação do plano. De qualquer forma, a equipe jurídi-ca se prepara para estruturar o recurso que pedirá a reabertura da empresa no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O documento deverá ser enviado até o fim da próxima se-mana. O órgão estadual não tem prazo para dar uma resposta, mas o advogado acredita que não ultrapasse o período de uma semana. “Estamos trabalhando no recurso. Há possibilidade de reverter e acreditamos que temos bons argumentos”, afirma Eu-clides. A justificativa principal para recor-rer da decisão do juiz Maurício Povoas é a aprovação da maioria dos credores. O voto favorável da maioria dos trabalhadores tam-bém terá peso no recurso da Busscar. “São empregos, famílias. Eles votaram a favor e a opinião deles precisa ter um peso muito forte”, diz Euclides.

A N

otícia

DECISÃO • Euclides Figueiredo está analisando todas as possibilidades e deve recorrer

JUIZ VAI NOMEAR PERITO PARA AVALIAR ESTRUTURA DA BUSSCAR E LEVANTAR PATRIMÔNIO PARA LEILÃO, QUE PODE LEVAR 8 MESES• A Notícia [email protected] Um perito para avaliar a estrutura da companhia deve ser nomeado. “O juiz deverá se manifestar com algum nome na próxima semana. Após a avaliação, ele determinará a forma de venda da Busscar. Se é por leilão, indicação de empresa es-

pecialista em vender empresas”, explica o administrador da massa falida da Busscar, Rainoldo Uessler. O processo de venda judicial pode ser longo. O perito precisará de tempo para avaliar os bens e o grupo será vendido em lotes. A Tecnofibras, com pouco mais de mil funcionários, continuará operando nor-

malmente. No plano de recuperação judi-cial, a estimativa de preço no mercado é de R$ 90 milhões. Uessler tem 30 dias para avaliar se a Climabuss é viável. “Não há um tempo previsto para a venda de todos os lotes do grupo. Mas pode durar em torno de oito meses”, sugere o in-terventor judicial.

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• A Notícia [email protected]

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A S E M A N A R E V I S T AO FIM DA BUSSCAR

JUIZ POVOAS DIZ QUE FALÊNCIA FOI A ÚNICA SAÍDA PARA O CASO A sentença do juiz Maurício Povoas começa com um desabafo no qual conta que, ao receber o caso, sentiu-se feliz: “Aquela alegria inicial, pela chance de fazer parte do ressurgimento da Busscar, se tornou em pro-funda tristeza por ver que toda aquela expec-tativa inicial se frustrou. Por ver que a única saída para o caso realmente é a quebra da empresa.”

A NOTÍCIA – O que vai acontecer?Maurício Povoas - Agora é um trabalho mais burocrático. Será feito um levantamento de tudo que pode virar dinheiro e a venda de patrimônio. A Tecnofibras será leiloada como empresa produtiva, para que seja mais fácil alguém se interessar. É um trabalho que parece simples, mas, evidentemente, pelo porte do grupo, dá trabalho. Boa parte do trabalho mais minucioso de crédito já foi feito. Ainda tenho impugnações, poucas coi-sas pendentes, mas que já estou resolvendo e não devem alterar muito. Antes não tínham-os ninguém na empresa. Agora, a Justiça vai comandar tudo.

A NOTÍCIA – É possível estipular prazos?Povoas – Não. Estou como substituto na 5ª Vara Civel e sempre dei prioridade ao caso.

A N

otícia

O JUIZ • Mauricio Povoas disse que a falência foi a única saída para o Grupo Busscar

Não sei quando virá outro juiz e se ele dará a mesma urgência. São cinco mil casos. Enquanto estiver responsável, quero que seja o mais rápido possível. Minha maior preocupação é com os trabalhadores. São os que sofrem mais. Se tudo correr bem, sem muitas contestações, anda rápido. Mas sem os cuidados necessários não arrecadaremos

o valor justo. E isto não vai acontecer. Ar-recadaremos o justo.

AN – A partir de quando a empresa pode recorrer?Povoas – Amanhã (sexta). Tenho a con-vicção de que a falência era a única saída e fundamentei bem isso.

BUSSCAR ÔNIBUS S/A, 66 ANOS DE HISTÓRIA, EM FOTOS

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REVISTAINTERBUSS • 30/09/12 13

O FIM DA BUSSCAR

A SITUAÇÃO DO GRUPOUNIDADES FABRIS NO BRASILBusscar Ônibus S.A.Ano de fundação: 1946.Ramo de atuação: fabricação de carrocerias deônibus. Com sede na rua Augusto Bruno Nielson,345. Contava com unidades em Pirabeiraba eRio Negrinho.Número de funcionários: 1.000 (dos quais 400 aindatrabalhavam).A situação: LACRADA

Tecnofibras HVR Automotiva S.A.Ano de fundação: 1978.Ramo da atuação: transformação de plásticoreforçado com fibra de vidro.Número de funcionários: 970.A situação: VAI CONTINUAR FUNCIONANDO

Climabuss Ltda.Ano de fundação: 2001.Ramo de atuação: fabricação de aparelhos de arcondicionado para ônibus.Número de funcionários: 40.A situação: VAI CONTINUAR FUNCIONANDO

UNIDADES NO EXTERIORBusscar de Colômbia S.A.Localização: Pereira, Colômbia.Ano de fundação: 2002.Ramo de atuação: fabricação de carrocerias de ônibus para o mercado colombiano. É resultado de uma parce-ria com um investidor nativo. Nesta empresa, a Busscar conta com 40% de participação.Número de funcionários: 1.331.A Situação: SÓCIOS LOCAIS TOCAM A EMPRESA

Omnibus Integrales S.A.Localização: Aguascalientes, México.Ano de fundação: 2001.Ramo de atuação: fabricação de carrocerias de ônibus para o mercado mexicano. A Busscar é dona de 100% da empresa.Número de funcionários: 80.A situação: ESTA PARADA

CONTROLADORAS- Nienpal Empreendimentos e Participações Ltda.- Bus Car Investimentos e Empreendimentos Ltda.- Lambda Participações e Empreendimentos S.A.

A FALÊNCIA DA BUSSCAR

ESTRUTURA SOCIETÁRIA > - 95,6% Rosita Nielson - 2,27% Fábio Nielson - 2,27% Cláudio Nielson

BUSSCAR ÔNIBUS S/A, 66 ANOS DE HISTÓRIA, EM FOTOS

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A S E M A N A R E V I S T ANas Ruas

Cia. Tróleibus de Araraquara testa ônibus híbrido da Volvo Um ônibus híbrido, com motores a eletricidade e a biodiesel, começou a circular em fase de testes pelas ruas de Araraquara (SP), na sexta-feira (28). A tecnologia utilizada no veículo proporciona economia no consumo de combustível e reduz a emissão de poluentes. O ônibus deverá ser testado na ci-dade por 30 dias e há interesse da Companhia Tróleibus de Araraquara (CTA) em adquirir al-gumas unidades para a frota municipal, segun-do o diretor da empresa, Márcio Santos, mas um estudo de investimento ainda não foi feito pela Prefeitura. “Com certeza o benefício será maior que o custo, mas ainda não nos foi apresentado um valor oficial pela fabricante e queremos ou-vir a população sobre o veículo durante os tes-tes”, afirmou Santos. Estima-se que o veículo com a tecnologia híbrida, que começou a ser produzido pela Volvo em Curitiba (PR), custe cerca de R$ 500 mil, pouco menos que o do-bro de um veículo convencional, que custa R$ 270 mil. Devido ao potencial ecológico, há uma linha de crédito especial de até 10 anos no Ban-co Nacional de Desenvolvimento (BNDES), que poderá ser utilizado. Por também possuir motor elétrico, o consumo de biodiesel no ônibus híbrido chega a ser reduzido em até 35%, segundo a Volvo, além de poder reduzir em até 90% a emissão de gases poluentes. O modelo funciona com eletricidade nos momentos em que está parado, na arrancada e até os 20 km/h. A carga é recar-regada durante as frenagens.

• G1 Araraquara [email protected]

• G1 Serra, Lagos e Norte [email protected]

Controle

Ônibus de Petrópolis terá monitoramento via GPS A Companhia Petropolitana de Trân-sito e Transportes de Petrópolis (CPTrans), Região Serrana do Rio, vai implantar sistema de monitoramento por GPS nos veículos uti-lizados no transporte urbano do município. A medida visa à segurança e o conforto dos usuários e operadores dos veículos e busca uma adequada prestação do serviço de transporte compreendendo a modernidade das técnicas e dos equipamentos utilizados, conforme obser-vou o presidente da Companhia, Rosano Kro-nemberger. “O monitoramento irá possibilitar aos

operadores e ao poder concedente uma visão em tempo real da frota em operação com reg-istro de eventos significativos para identifica-ção e correção de falhas, o que vai assegurar a regularidade e pontualidade do serviço. A im-plantação vai contribuir também para a redução no número de acidentes, através do controle da velocidade.”, ressaltou. Depois de instalado, o sistema deverá enviar os dados do monitora-mento para o Centro de Controle Operacional (CCO) da CPTrans, para permitir a observação em tempo real dos veículos e o armazenamento das ocorrências relevantes. Todo o custo oriundo da instalação e manutenção dos equipamentos caberá aos per-

missionários e concessionários do serviço de transporte urbano. Outra exigência para a im-plantação do sistema se refere à contratação dos serviços. O consórcio deverá apresentar projeto à CPTrans no prazo de 45 dias após a publica-ção, para que a mesma aprove a tecnologia nos moldes definidos, mencionando a empresa e os equipamentos necessários que serão disponibi-lizados. As empresas de transportes deverão seguir o cronograma para instalação do sistema em toda a frota: 25% em até seis meses, 50% em seis meses e 100% dos equipamentos insta-lados em até nove meses. O não cumprimento das exigências irá acarretar multa de 200 UNT (unidades tarifárias) por veículo.

“É autossustentável”, afirma o dire-tor da CTA. “E também é confortável para o motorista e silencioso para os passageiros e outros motoristas”, disse. “Nos testes, pensá-vamos que o motorista tinha afogado o ônibus quando parava, mas era o motor a diesel que ficou desligado e o elétrico não emitia ruído”. Segundo Santos, se utilizado na frota de Araraquara, os ônibus poderão ajudar a reduzir os problemas no trânsito. “Com bons veículos, mais modernos e confortáveis, as pessoas vão passar a preferir deixar os carros na garagem e utilizar o ônibus”, disse. Após experimentar o ônibus, os passageiros podem deixar a opinião sobre o modelo no site da CTA.

Linhas Apenas um ônibus híbrido está em teste em Araraquara e há revezamento de linhas. Por não ter catraca instalada no mod-elo, os passageiros devem embarcar no Termi-nal de Integração, entre as Avenidas Portugal e São Paulo, no Centro. Nos pontos da cidade haverá apenas a possibilidade de desembarque. Por seu histórico com ônibus tróleibus, que circularam por mais de 40 anos, Araraquara é a primeira cidade média no Bra-sil a ter o ônibus híbrido disponível para teste. Antes, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Ja-neiro, Campinas e São José dos Campos já ex-perimentaram o modelo, que foi produzido na Suécia.

EXPERIMENTO • Araraquara é a primeira cidade de médio porte a testar o veículo nas ruas

G1 A

raraquara

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Sistema Leste-Oeste

Uberaba apresenta Viale BRS como novo modelo da cidade Segundo o prefeito de Uberaba An-derson Adauto, o Sistema Leste-Oeste deverá entrar em operação entre os dias 15 e 20 de dezembro. O anúncio foi feito na quarta feira (26), na avenida Leopoldino de Oliveira, du-rante apresentação do novo modelo de ônibus a ser usado no transporte coletivo urbano de Uberaba. Anderson explicou que o modelo BRT - Bus Rapid Transit (Trânsito Rápido de Ônibus), conhecido como “metrô de su-perfície”, está sendo adotado na cidade do Rio de Janeiro e, em seguida, em Uberaba. Hidramático, o veículo comporta até 100 pas-sageiros, tem portas eletrônicas e é silencioso e não poluente. Estes ônibus vão controlar o sistema de semáforos, para dar maior fluidez ao trânsito e segurança aos usuários, passan-do em cada terminal a cada dois minutos. Segundo ele, o Projeto de Mobi-lidade Urbana entrará em operação ainda em seu governo. Com a conclusão das obras do projeto “Água Viva” na avenida Leopoldino de Oliveira, o chefe do Executivo espera con-cluir a instalação das estações climatizadas de embarque e desembarque de passageiros. As obras dos terminais do bairro Manoel Mendes

• Jornal de Uberaba [email protected]

• Cruzeiro do Sul [email protected]

Candidato critica proposta de BRT O projeto de trazer um ônibus rápido articulado, mais conhecido como BRT, voltou a ter destaque na propaganda política apresen-tada ontem na TV. No programa do candidato a prefeito pelo PMDB, Renato Amary, críticas foram feitas ao itinerário que o candidato pelo PSDB, Antonio Carlos Pannunzio, promete fazer com o BRT em Sorocaba. Utilizando dados de um levantamento feito em 2007 pela Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), a propaganda de Amary tentou con-vencer os eleitores de que o projeto do tucano seria “duvidoso” e “difícil de acreditar”. Já os outros candidatos à Prefeitura preferiram de-ixar os ataques aos rivais de lado para mostrar suas propostas. A propaganda de Renato Amary (PMDB), que somente mostrou alguns proje-tos implantados pelo candidato na época em que foi prefeito em seus minutos finais, foi

praticamente toda voltada a criticar as pro-postas de Pannunzio. O que mais chamou a atenção foi a parte em que a propaganda to-cou no assunto do BRT, que foi destaque na última transmissão do candidato tucano na TV, quando ele trouxe um dos ônibus articulados, utilizado em Curitiba (PR), para Sorocaba. O programa de Amary buscou da-dos da CBTU, para demonstrar que o traçado inicial do projeto de BRT de Pannunzio seria impraticável na cidade. Segundo a propaganda veiculada ontem na TV, a CBTU revela que, para um ônibus tipo BRT ser utilizado em uma avenida, ele precisaria de 3,5 metros de cada lado da via, mais 3,2 m entre elas, onde fun-cionaria uma baia de emergência. Pegando a avenida São Paulo como exemplo, a propa-ganda de Amary mostrou que sobraria apenas 90 centímetros para os carros transitarem - já que a avenida em questão tem 11,1 m -, sendo que os veículos compactos possuem, em mé-dia, 1,8 m de largura.

Porém, o que se destaca aos olhos do eleitor atento é que, mesmo criticando o pro-jeto de BRT de Pannunzio, Amary também promete instalar na cidade esse mesmo siste-ma de transporte urbano. O coordenador geral da Coligação Amor e Respeito por Sorocaba - que apoia Pannunzio -, João Leandro da Costa Filho, afirma que as críticas foram recebidas com “naturalidade”. Ele garante que a circu-lação dos ônibus articulados em Sorocaba é possível, pois foi feito o teste, mostrado em um dos programas, e “ficou comprovado que não há problemas”. Ele foi feito em avenidas e em ruas como a Souza Pereira, Álvaro Soares, Dom Antônio Alvarenga, viaduto Jânio Quad-ros, Hermelino Matarazzo e Comendador Oeterer. O teste também foi feito na avenida Luiz Mendes de Almeida e imediações do largo do Divino. “O adversário que critica diz que também vai implantar o BRT. A cidade, as ruas e avenidas são as mesmas”, finaliza o co-ordenador geral.

e do Estádio Uberabão já foram iniciadas.O prefeito revelou que deixará assegurados R$ 40 milhões para a segunda etapa do Pro-grama de Mobilidade Urbana. Serão adequa-

das vias e construídos terminais de integração no conjunto Beija-Flor, na região Sudoeste, e próximo ao Parque de Exposições Fernando Costa, na região Sudeste.

NOVIDADE • Ônibus da Marcopolo foiapresentado na cidade

Sorocaba

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A S E M A N A R E V I S T AEm 2014

Museu da História do Transporteserá construído em Campinas A história do transporte no Brasil, contada através da interatividade, é tema de um museu inédito no país, que será construí-do no km 143 da Rodovia Dom Pedro I em Campinas (SP). O anúncio foi divulgado pela Fundação Memória do Transporte (FuMtran), em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) na terça-feira (25). O espaço, próximo à Estrada dos Amarais, será dedicado à história do trans-porte desde os primeiros meios de locomoção até a tecnologia atual. Segundo a FuMtran, para expor a história cronologicamente, o museu terá maquetes e painéis multimídia, possibilitando uma experiência interativa ao visitante. Ainda segundo a fundação, o museu deve ser aberto ao público no fim de 2014.

Ambientes suspensos Segundo o projeto divulgado, o prédio será sustentável, construído a base de aço, concreto e vidro. Para que o visi-tante possa interagir com o espaço, o local foi idealizado com duas grandes caixas de vidro que serão interligadas e salas de ex-posições parecidas com contêineres, criando

• G1 Campinas [email protected]

• 180 Graus [email protected]

Esperantina

Ônibus pega fogo e deixa passageiros na mão Um ônibus da Empresa Real Sul que saiu da cidade de Esperantina, com destino a Brasília, pegou fogo na manhã de quarta-feira (26/09), nas proximidades de Itaueira e a maio-ria dos passageiros entraram em pânico. De acordo com informações prestadas por telefone por uma passageira da cidade de Esperantina, que viajava no referido ônibus, e que não quis se identificar, o veículo chegou a apresentar seis defeitos durante todo o trajeto da viajem. A passageira chegou a afirmar que um dos defeitos apresentados no ônibus foi ocasio-nado em uma das correias do motor, e os pas-sageiros chegaram a passar a noite dormindo na estrada em função do problema apresentado. Já ao amanhecer do dia, o motorista do ônibus consertou o defeito e prosseguiu a vi-ajem e quando chegaram nas proximidades da cidade de Itaueira o referido ônibus começou a pegar fogo, o que deixou a maioria dos pas-

sageiros completamente abalados com a grave situação. O incêndio ocorreu por volta das 11h20min e muitos dos passageiros perderam suas bagagens, documentos e dinheiro, con-forme relatou a esperantinense a este meio de comunicação. A passageira chegou a relatar ainda que algumas pessoas ligadas a Empresa de ônibus Transpiauí, que também faz linha com destino ao Distrito Federal, tentou de forma amigavel entrar em acordo com os motoristas

da Empresa que teve o seu ônibus destruido pelo fogo, no sentido de transportar os pas-sageiros prejudicados até Brasilia, mas, infeliz-mente, não houve acordo entre ambos. Segundo ainda a esperantinense, a previsão é de que o segundo ônibus que saiu da cidade de Esperantina para prestar socorrro aos passageiros só seja consertado na manhã desta quinta-feira (27). Ela relatou que entre os pas-sageiros, se encontra uma criança de colo de apenas três meses de nascida.

a impressão de que os ambientes estão sus-pensos. De acordo com a FuMtran, o con-ceito do museu é inovador porque o visitante

poderá fazer seu próprio roteiro, já que as salas serão integradas. As exposições irão abranger todos os transportes terrestres, aéreos, ferroviários e aquaviários.

PROJEÇÃO • Museu será construído às margens da Rodovia D. Pedro I, no Km. 143

Reprodução

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Indaiatuba

Viação Indaiatubana adquire 18 novos ônibus Marcopolo A Viação Indaiatubana, responsável pelo transporte coletivo do município, apre-sentou na quinta-feira (27) para a Prefeitura de Indaiatuba oito novos ônibus zero quilô-metros, que substituirão os veículos anti-gos da frota da empresa. De acordo com a Viação a previsão de chegada das outras 10 unidades era para a sexta-feira (28), comple-tando a renovação da frota. A documentação dos veículos e o emplacamento estão sendo providenciados para que os mesmos entrem em operação. Os oito veículos novos são con-siderados ônibus leve, da marca e modelo Mercedes Benz OF1519 Euro 5 com carro-ceria Ciferal Marcopolo Senior Midi com ca-pacidade para 36 pessoas sentadas. Os próxi-mos 10 veículos serão ônibus convencional da mesma marca e carroceria com capacidade para 50 pessoas sentadas. Anteriormente a Viação Indaiatuba-na estava com uma frota de 62 veículos, com idade média de 3,81. Com a chegada desses oito veículos a frota da Viação foi para 70 ônibus; a idade média da frota abaixou para 3,37. “A idade média irá abaixar ainda mais com a chegada dos próximos 10 ônibus e com as substituições dos antigos, ficando com uma das frotas mais novas da RMC (Região Met-ropolitana de Campinas)”, comenta o diretor do Departamento de Transporte Coletivo, Sil-

• Portal Novidade [email protected]

• G1 Ceará [email protected]

Funcionários simulam deficiência para testar ônibus em Fortaleza Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus de Fortaleza fingiram ter deficiências para testar a qualidade do transporte público na cidade. Eles usaram falsa barriga para se fingir de grávida e vedaram os olhos para te-star se um cego tem condições de usar o veí-culo. O projeto faz parte de um curso de conscientização dos funcionários para tratar melhor as pessoas com necessidades especi-ais. “Isso ajuda realmente a ter aquela com-preensão da dificuldade daquela pessoa não

igual à de outro cidadão com a saúde nor-mal”, diz o presidente do Sindicato das Em-presas de ônibus, Dimas Barreira. “A partir de hoje, minha consciência vai trabalhar com mais cautela”, diz um mo-torista que recebeu o curso para tratar melhor as pessoas com algum tipo de deficiência. O Sindiônibus recebe mensalmente cerca 500 reclamações de freios perigosos e maus tratos a pessoas com deficiência. Com o curso, o sindicato espera reduzir o número de reclamações e aumentar o número de pessoas com necessidades nos transportes públicos de Fortaleza.

Pelo menos 12 mil deficientes físi-cos utilizam o transporte público em Fortale-za. Esses usuários são cadastrados no banco de dados da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e embarcam de graça nos ônibus. Atualmente metade da frota já adaptada para receber cadeirantes, mas o ser-viço ainda não é 100% eficaz, segundo espe-cialistas. “Não existe ponto de parada ainda para os cadeirantes. Essa é a dificuldade sen-tida pelos motoristas. Poderia ter um espaço para nós encostarmos mais e deixar a via ab-erta para os outros ônibus passarem”, afirmou o motorista José Eduardo.

vio Roberto Lima. Para o secretário de Administração, Núncio Lobo Costa, é uma alegria receber os novos ônibus e concretizar o compromisso assumido de renovação da frota. “O compro-misso que foi assumido pelo prefeito Rein-aldo Nogueira (PMDB) foi cumprido e é uma alegria para nós receber esses novos ônibus.

A melhoria do serviço já foi notada e agora com esses novos veículos ficará ainda mel-hor, essa semana chegará os outros 10 veícu-los novos para completar o progresso. Essa sensação de melhoria será sentida aos poucos pelos usuários e pedimos para a população sentir essa melhoria no dia-a-dia”, ressalta Costa.

RENOVAÇÃO • Novafrota para Indaiatuba foiapresentada na quinta-feira

Motoristas, Cobradores e Fiscais

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• Do Site da Transpo [email protected]

Iveco anunciará sua divisão de novos negócios para o Brasil A Iveco marcou para outubro o lançamento de sua nova divisão de negó-cios no Brasil dedicada exclusivamente ao segmento de ônibus. Na próxima segunda-feira, 1º, a montadora revelará suas estra-tégias para este mercado e deve apresentar parte dos veículos da gama, que terá mod-elos tanto para o segmento rodoviário como o urbano, além de micro-ônibus. O anúncio da nova divisão de ôni-bus foi feito em abril deste ano, pelo presi-dente da Iveco na América Latina, Marco Mazzu, durante o lançamento do novo Dai-ly Euro 5. Na ocasião, o executivo adiantou que o negócio será focado em todas as fases de concepção dos veículos, desde o desen-volvimento até produção e vendas, mas que negociava sobre a montagem da carroceria com uma encarroçadora independente. A expectativa é de que os novos veículos cheguem ao mercado em 2013. A empresa vem dando sinais de seu retorno ao segmento há algum tempo. Em 2009, retornou ao mercado de chassis com o lançamento do novo Cityclass, en-

D E U N A I M P R E N S ATranspo Online

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TranspoQuip Latin America 2012 acontece em novembro em SP• Do site da Transpo [email protected] Um dos maiores eventos mundiais de infraestrutura para transporte intermodal, a TranspoQuip Latin America 2012, que acon-tece entre os dias 21 e 23 de novembro, em São Paulo (SP), promete agitar o setor. Mais de 300 empresas nacionais e internacionais devem participar, o que repre-senta um crescimento de 20% em relação ao ano anterior. São principalmente fornecedores de soluções inteligentes ou ITS (Sistemas in-teligentes de Transporte) que são aplicáveis em várias modalidades de transportes. A pro-gramação do evento é bastante abrangente. Há seminários sobre “Rodovias e Ferrovias Inteligentes nas Concessões Fed-

erais”, apresentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); “Introdução e Implantação do Sistema Ponto a Ponto (Free Flow)”, pela ARTESP; e “Introdução a ITS, Padrões de ITS e NTCIP” dA Federação Inter-nacional de Rodoviaso (IRF). No setor aeroviário, “As obras em execução”, será o tema da palestra da Infraero, e “As Expectativas para as Concessões Aero-portuárias - levando em conta a análise do nív-el e da qualidade dos serviços oferecidos,” será o tema do debate entre executivos do Instituto Tecnológico Aeronáutico (ITA), Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), Aeroportos Brasil, e Associação Nacional de Concessionárias de Aeroportos Brasileiros (ANCAB).

O destaque na modalidade de Portos será o “1° Fórum de Movimentação de Contêi-neres”, organizado pelo Informa Group, que é dirigida à eficiência dos portos. No ano passado, a TranspoQuip recebeu 8.300 visitantes ao longo de três dias. Eram 250 expositores, sendo que 30% deles representavam empresas estrangeiras, com sede em países como Alemanha, Argentina, Canadá, Colômbia, China, Coréia, Croácia, Espanha, Estados Unidos, França, Itália e Tai-wan, entre outros. Atualmente, o TranspoQuip Latin America é o principal evento para reunir fabricantes e compradores de equipamentos e serviços de infraestrutura de transportes para rodovias, ferrovias, portos, vias fluviais e aero-portos da América Latina.

carroçado pela Neobus. No mesmo ano, conquistou, por meio de licitação, o for-necimento do veículo para o programa Caminho da Escola. Desde então, a Iveco entregou pouco mais de 3,5 mil unidades do modelo para diversos municípios em todo o País.

A ofensiva no mercado de veículos de passageiros continuou e, em abril deste ano, a Iveco apresentou o novo membro da família Daily, um miniônibus com capacid-ade para até 18 passageiros, implementado diretamente pela montadora. O modelo foi lançado para o mercado este mês.

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Novo MB Citaro Euro VI ganha o prêmio de Ônibus do Ano 2013 A Mercedes-Benz está em festa em Hanover. O novo Citaro, primeiro ônibus ur-bano de produção padrão a incluir a tecno-logia Euro VI, acaba de conquistar prêmio “Ônibus do Ano 2013”, outorgado por um júri internacional de especialistas durante o Salão de Veículos Comercias, IAA, que se encerrou na semana passada. Suas inovações técnicas ajudaram-no a tirar da corrida outros concorrentes, quase todos com tecnologia híbrida. O mod-elo é equipado com a série de motores recém desenvolvida BlueEfficiency Power, que consiste em unidades alinhadas de seis cil-indradas OM 936, com um deslocamento de 7,7 litros e OM 470 com um deslocamento de 10,7 litros. Ambos os motores atendem à norma de emissões Euro VI e são caracteriza-dos por sua durabilidade, juntamente com seu baixo consumo de combustível, de óleo e de AdBlue. Para atender a legislação de con-trole de emissões de poluentes, os OM936 utilizam um complexo sistema de controle de emissões, que combina a tecnologia Mer-cedes-Benz SCR, com a injeção de Arla, um conversor catalítico de oxidação e um sistema de recirculação de gás de escapamento, além de um filtro de particulado de loop fechado. O resultado são as margens mais baixas já de-tectadas de poluentes num motor a diesel Tais inovações, contudo, não au-mentaram o peso do Citaro nem reduziram seu espaço. A altura de embarque mais baixa nas portas traseiras também ajuda a reduzir o

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consumo de energia. No geral, o Citaro alca-nça economia de combustível entre 3% e 5%. Dado o uso normal, isso corresponde a 1.000 litros de diesel ou 2,6 toneladas de CO2 por ano. A manutenção dos filtros de particulado de diesel agora só precisa ser feita a cada dois anos, ou após 120.000 quilômetros. Visual moderno e amigável e interi-or confortável foram outros quesitos do Cita-ro valorizados pelo júri. As áreas de entrada e saída em cada porta são bem iluminadas com uma faixa larga de luz LED. Esse conceito

de iluminação amigável continua no interior, garantindo uma atmosfera receptiva. Com as abas de ventilação do teto atuando como refletores, as luzes dão o efeito de iluminação indireta. A área de trabalho do motorista rece-beu atenção especial no Citaro, estabelecendo novos padrões em termos de facilidade de uso, ergonomia, instrumentação e conforto. A porta da cabine do motorista garante acesso direto da porta da frente para o assento do motorista, e vice versa.

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Goodyear anuncia novos diretores brasileiros• Do site da Transpo [email protected] A Goodyear (www.goodyear.com.br), uma das maiores indústrias de pneus do mundo e que emprega mais de três mil colaboradores no Brasil, anuncia a entrada de dois novos diretores para a operação brasileira. Eduardo Andrade assume a di-retoria de Marketing e Renato Rossoni, de Supply Chain. Os dois executivos passam a repor-tar ao presidente da empresa no País, Filipe

Affonso Ferreira, que assumiu o comando da Goodyear do Brasil em abril deste ano. Os novos diretores terão a missão de refor-çar a diferenciação da empresa em um mer-cado altamente competitivo. Eduardo Andrade chega à compan-hia com 20 anos de experiência em market-ing adquirida em empresas multinacionais como Starbucks, Kraft Foods, General Mo-tors e Unilever. O executivo possui vivência de mais de uma década nos Estados Unidos, onde liderou projetos para America Latina,

Caribe, Canadá, África e Oriente Médio. Já Renato Rossoni possui grande experiência no setor de autopeças. Nos úl-timos 10 anos, o executivo atuou na mul-tinacional francesa Valeo Sistemas Au-tomotivos, onde teve a oportunidade de liderar projetos de Supply Chain no Brasil e na França. Em suas posições anteriores, Renato Rossoni se destacou na área de Logística das multinacionais alemãs ZF do Brasil, Benteler Estamparia Automotiva e Mercedes Benz do Brasil.

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• Do Site da Transpo [email protected]

Renault apresenta novo design de caminhões focando na economia Como motivo de sua participação no Salão IAA de Hanover, a Renault Trucks apresentou um estudo de design industrial so-bre a base de um caminhão pesado, focado completamente no combustível. Utilizando materiais nobres, aerodinâmica refinada e inovações tecnológi-cas no estudo, o objetivo é proporcionar ao fabricante, a longo prazo, uma linha de pes-quisa no que se refere a economia de com-bustível. ´O trabalho em torno do CX/03 é um estudo de design industrial e não um es-tudo de estilo`, explica Hervé Bertrand, dire-tor de design da Renault Truks. O veículo dá prosseguimento à linha de pesquisas anteri-ores feitas pelo fabricante sobre o tema. Por isso, cada elemento do projeto tem uma fun-ção muito precisa, focada principalmente na aerodinâmica e eficiência. O estudo sugere estrutura tubular de fibra de carbono e alumínio associadas. Na parte central, utiliza um painel móvel, que se retrai para baixo quando a velocidade au-menta. O spoiler dianteiro também é móvel, e rebaixa em maiores velocidades, diminuindo a distância do solo e direcionando o fluxo de ar para as laterais através de aletas. Sempre visando o menor coeficiente de arrasto, ou atrito aerodinâmico, o CX/03 tem retrovisores externos, embutidos em tu-

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bos perfilados, tiveram tamanho reduzido ao máximo. Melhorando o coeficiente de atrito (Cx), melhora também o consumo. Do mesmo modo, os degraus de acesso à cabine, que provocam turbulência, e as rodas em geral, são todos cobertos para fa-vorecer o fluxo de ar. O para-brisas da cabine tem inclinação bem acentuada, de 12 graus, com o mesmo objetivo. Mas a aerodinâmica de um camin-hão não se limita à unidade de tração. O re-boque também desempenho papel essencial. Ao retomar os elementos de seus estudos an-teriores, como o do protótipo Optfuel Lab, a

Renault Truks projetou um reboque arredon-dado, parecido com uma gota de água, com carenagem lateral integrando as rodas com os defletores traseiros. Além disso, a ligação entre o truck e o reboque também foi trabalhada especial-mente, já que o espaço entre as duas gera mui-ta turbulência. O CX/03 utiliza um sistema de carenagens ajustáveis. Quando o caminhão está na estrada, a cabine forma um só corpo com o reboque, eliminando as turbulências. A baixas velocidades ou durante manobras, as carenagens se recolhem. Tudo em nome da economia de combustível.

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RodoLinea Implementos anuncia nova fábrica em Jaguariaíva/PR• Do site da Transpo [email protected] Sexta colocada no ranking brasileiro de implementos rodoviários, a RodoLinea acaba de anunciar a instalação de sua uni-dade fabril em Jaguariaíva, cidade localizada na região dos Campos Gerais do Paraná. O protocolo com a prefeitura foi assinado hoje, sexta-feira (28), e prevê o início das operações para os próximos 40 dias. “Até dezembro, toda fábrica estará instalada em uma área de 230 mil m², que terá capacidade de produzir aproximadamente dois mil implementos por

ano, com uma geração estimada de 200 em-pregos”, adianta o diretor-geral da RodoLinea, Felipe Hübner. A decisão de manter a fábrica - an-teriormente instalada na Cidade Industrial de Curitiba - no Estado também se deve ao pro-grama Paraná Competitivo, que agrega benefí-cios fiscais para incentivar o desenvolvimento sustentável das empresas paranaenses. A boa infraestrutura de transporte (portos, aeropor-tos e rodovias), além da facilidade de acesso às demais regiões do país, também contribuiu para a permanência da RodoLinea no Paraná.

O anúncio da transferência acontece pouco mais de um mês após a associação entre o Grupo Hübner, que possui sete unidades in-dustriais no Brasil, e da Noma, uma das cinco maiores fabricantes de carretas da América do Sul, que passaram a gerir a empresa. A RodoLinea manterá seu crono-grama de produção, mesmo durante a mu-dança para o interior paranaense. “Estamos prontos para atender à demanda de produção de implementos canavieiros para a próxima safra, assim como a dos outros produtos que comercializamos”, ressalta Felipe Hübner.

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O primeiro Boing 787 Dreamliner está prestes a fazer seu voo inaugural, pela United Airlines. A Companhia, primeira transportadora aérea norte-americana a receber o 787, vai estrear as turbinas do Dreamliner entre a base da Boeing em Se-attle e o hub da companhia em Houston. Após um programa de treinamen-to e certificação com duração de um mês, com diversos voos não comerciais para vários hubs domésticos , a a United vai operar o primeiro voo comercial da nova aeronave, de última geração, entre Hous-ton e Chicago, no dia 4 de novembro às 7h25. A nova aeronave é a primeira de cinco Dreamliners que a companhia aérea espera receber ainda este ano, dentro do total de 50 aeronaves encomendadas. Sua configuração interna inclui 36 poltronas na United BusinessFirst, 70 poltronas na United Economy Plus e 113 poltronas na United Economy. O Dreamliner promete revolucio-nar a experiência de voo para os clientes

e tripulações da United, oferecendo car-acterísticas inéditas no setor, como maior eficiência operacional, conforto e redução das emissões. Os clientes serão presentea-dos com maior conforto devido à ilumina-ção melhorada, janelas maiores, compar-timentos de bagagem mais amplos, menor pressão na cabine e sistema de ventilação aprimorado, além de outros benefícios.

• Do Site da Transpo [email protected]

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United Airlines faz voo inaugural com o Boeing 787 Dreamliner

“Estamos muito felizes por ser-mos o primeiro cliente norte-americano a receber o 787 Dreamliner. Continuamos empenhados em construir uma companhia aérea líder mundial e estamos empolgados com a possibilidade de os nossos clientes e colaboradores experimentarem esta aero-nave revolucionária”, disse o presidente e CEO da United Jeff Smisek.

Transpo Online

Estacionamento com cobrança pelo Sem Parar ganha adesões• Do site da Transpo [email protected] O Sem Parar/Via Fácil, principal sistema de pagamento eletrônico de pedágios e estacionamentos do Brasil, está se con-solidando como um grande benefício para os usuários do Auto Posto Sakamoto, localizado no km 210,5 da Rodovia Presidente Dutra. Em sete meses de funcionamento, a utiliza-ção do sistema já representa 45% das estadias neste estacionamento. O sistema, que já oferece aos camin-honeiros uma opção confortável e segura para a sua viagem ao disponibilizar o pagamento automático de pedágios em 94% das rodovias concedidas do Brasil, inova ao oferecer um importante serviço agregado a esses clientes: segurança durante o período que o caminhão está parado. Para utilizar o sistema, basta o

caminhão estar com o tag, instalado em seu para-brisa, e respeitar as determinações de segurança do estacionamento. Para que os caminhoneiros possam utilizar o Sem Parar, basta que a empresa autorize o motorista a optar por este meio de pagamento no momen-to em que for entrar no estacionamento. Com isso, reduzirão o volume de dinheiro com os motoristas, agilizarão a entrada e saída no es-tacionamento, da mesma forma que já fazem no pedágio, e ainda ganharão prazo de até 30 dias para pagar essas despesas. Auto Posto Sakamoto - Situado às margens da Via Dutra, é um dos maiores esta-cionamentos fechados do Brasil, com capaci-dade para mais de 600 caminhões ou carretas, vigilância 24 horas, e sistema computadoriza-do para controlar a entrada e a saída de veícu-los e de pessoas nos vestiários.

Outro diferencial, oferecido em par-ceria com o SEST/SENAT, é o PATE (Posto de Atendimento ao Trabalhador do Trans-porte na Estrada), que conta com serviços médicos e odontológicos, salas de treinamen-to e palestras. Vale Pedágio Via Fácil - O Vale Pedágio Via Fácil foi lançado em 2003, e é um serviço exclusivo para caminhoneiros e empresas de transporte. Sendo o primeiro Vale Pedágio automático do Brasil, ele é homologado pela ANTT e conta com uma vantagem extra: não cobra taxas dos embar-cadores. Todo o processo, para compra de viagens, pagamentos e controles, é realizado pela internet, através do site: www.valevia-facil.com.br. O produto pode ser utilizado em 100% das praças em que o sistema Sem Parar/Via Fácil é aceito.

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N O V O M A R C O P O L O A U D A C E

• Luciano [email protected] A encarroçadora Marcopolo apresen-tou seu novo modelo, o Audace, voltado para o mercado de fretamento e linhas intermunicipais de curta e média distâncias. Durante a Fetran-srio, feira de transportes que acontece no Rio-centro entre os dias 3 e 5 de outubro, a encar-roçadora vai expor dois carros: um com chassi Mercedes-Benz OF-1721 e outro com chassi MAN Volksbus 17.230 OD, ambos Euro 5. Ao contrário do que foi ventilado, o Audace chegou para ser acrescentado à linha de opções que a Marcopolo oferece ao mercado, e não para substituir nenhum dos modelos que ela já comercializa. De acordo

com o departamento de marketing, que fez a apresentação do modelo em Caxias do Sul no começo do mês, o Audace deve ocupar um espaço entre o Ideale e o Viaggio G7 900. Com uma nova poltrona, mais confortável, porta divisória do salão de pas-sageiros com dobradiças e layout interno diferenciado, o Audace chegou como uma opção mais sofisticada ao fretamento, com um refinamento superior ao Ideale, que es-tava ocupando essa brecha do mercado. Para fretamentos de mais alta gama, o Viaggio continua como opção. A porta de embarque e desembarque não é pantográfica como os outros carros da linha rodoviária. Com um acabamento mais simples, segue a linha de

ônibus intermunicipais. A expectativa é de que o modelo deslanche apenas em 2013. Para este ano, não espera-se muitas vendas já que a produção da Marcopolo está a todo vapor e comple-tamente ocupada para pelo menos um mês à frente, porém algumas unidades podem sair em curto espaço de tempo, de acordo com a aceitação do mercado. O Audace já é fabricado em outras unidades da Marcopolo ao redor do mundo, inclusive na China. Trazido para o Brasil, o novo modelo recebeu adaptações para a cul-tura e mercado brasileiros. Com 100mm a menos que o modelo chinês, a princípio a car-roceria vai receber apenas chassis de motor

NOVO ALVO, NOVO PRODUTONOVO ALVO, NOVO PRODUTOMarcopolo apresenta novo modelo, o Audace, para brigar pelo mercado defretamento e linhas intermunicipais de curta e média distâncias

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dianteiro, porém nada impede que no futuro o Audace receba também chassis de motoriza-ção traseira. Uma novidade que chegou junto com o novo modelo é a abertura da porta da cabina do motorista para o lado de dentro do salão de passageiros. Essa opção faz com que o veículo perca praticamente o espaço de uma poltrona, porém é muito mais seguro e fácil para o passageiro fazer a abertura, ao invés do tradicional “empurrão” para fora, o que facilitava uma possível queda para a cabina. Para quem quiser conhecer pesso-almente o novo modelo da Marcopolo, basta dar uma passada no stand da encarroçadora na 9ª Fetransrio.

NOVO ALVO, NOVO PRODUTONOVO ALVO, NOVO PRODUTOMarcopolo apresenta novo modelo, o Audace, para brigar pelo mercado defretamento e linhas intermunicipais de curta e média distâncias

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Dia Mundial Sem Carro O último dia 22 de setembro foi o “Dia Mundial Sem Carro”, dia em que se pretende refletir sobre o uso racional do car-ro. Para estimular essa reflexão, a Prefeitura de São Paulo promoveu algumas ações para que a população, ao invés do carro de pas-seio, utilizasse outros modais de transporte. Algumas dessas ações foi o acréscimo de 110 ônibus à frota total de sábado e a ativação ex-cepcional das ciclofaixas, que só funcionam aos domingos, no mesmo horário - das 7 às 16 horas. Em uma cidade cuja frota operacio-nal é de quinze mil ônibus e que aos sábados é reduzida para cerca de 9 mil ônibus, 110 ônibus a mais não devem fazer muita diferen-ça. Principalmente se levarmos em considera-ção de que esses 110 estarão dispersos pela cidade. Algumas linhas operaram com a frota máxima do horário de pico de sábado o que, talvez, não seja suficiente para atender os an-seios da população, uma vez que as reclama-ções a respeito dos intervalos aos sábados e, principalmente, aos domingos são constantes. Já outras operaram com frota de dia útil, o que já é uma enorme evolução, visto que, se considerarmos o menor trânsito do sábado, as partidas foram mais pontuais. De todo o modo, vale uma reflexão: se a prefeitura realmente apóia o “Dia Mun-dial sem Carro”, que condições ela oferece para que os ideais desse dia sejam respeitados durante todo o ano? Simplesmente nenhum. Não foram construídos corredores, não foi implantada sinalização inteligente que prior-ize corredores de ônibus em cruzamentos, não foram construídos mais terminais de ônibus, não foram modernizados vários itinerários de linhas de ônibus e os corredores continuam em péssimo estado. Não adianta nada a Pre-feitura querer propagar o ideal de “use cor-retamente o seu carro” se não dá a mínima condição ao usuário de segui-lo. Enfim, enquanto as intenções da Prefeitura ficarem apenas no papel e no dis-curso idealista, podemos entender as medidas aplicadas neste sábado apenas como um ato demagógico.

Individual x Coletivo Neste mesmo “Dia Mundial Sem Carro”, a Prefeitura de São Paulo também ativou as “ciclofaixas” de lazer como uma das formas de incentivar o desuso do au-tomóvel. Normalmente as ciclofaixas são ativadas apenas aos domingos. Sua ativação em um sábado, gerou um congestionamento enorme para quem quis acessar a Av. Pau-lista de carro. O congestionamento se esten-deu por todo o trecho entre a Av. Paulista e

as proximidades do Metrô Vila Mariana, no sentido centro. De certa forma, foi um “cas-tigo” para quem insistiu em acessar a região de carro, mesmo esta sendo bem servida por linhas de Metrô. E no dia seguinte, o trajeto da ci-clofaixa que começa na Avenida Paulista ganhou um trecho adicional até o centro. Ela começa no final da Avenida Bernardino de Campo, segue pela Rua Vergueiro, Avenida Liberdade e dá uma volta em toda a região da Sé. A iniciativa mostrou-se um sucesso e trouxe muitos ciclistas às ruas centrais da cidade de São Paulo, em um verdadeiro pas-seio turístico de bicicleta. Para muitos ciclistas, o sucesso das ciclofaixas são a prova de que há espaço para ciclovias como meio de transporte na cidade

José Euvilásio Sales Bezerra

de São Paulo. E eles tem razão. Há espaço sim para as bicicletas como meio de trans-porte. No entanto, para que a bicicleta tenha seu espaço, é necessário que o número de carros de passeio seja reduzido nas ruas. E, como se faz isso? Investindo em transporte público. Não podemos nos esquecer que, em-bora ecologicamente correto, o transporte por bicicletas também é um transporte individual. E uma bicicleta, para ter a sua mobilidade, ocupa o espaço que poderia ser de um ônibus, que leva bem mais pessoas. Ao investirmos em um transporte coletivo de qualidade, também estaremos investindo em transporte individual de qual-idade, já que haverá menos carros e mais espaço para que motos e bicicletas sejam usados de forma eficiente e segura.

DIA SEM CARRO • Congestionamento na Av. Bernardino de Campos, no “Dia Mundial Sem Carro” e ciclofaixa na Praça Dr. João Mendes, com movimento intenso nas demais faixas: se houver investimento em transporte coletivo de qualidade, haverá mais espaço nas vias para bicicletas e motos circularem com tranquilidade

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

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S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM JOINVILLEImagem registrada quando visitamos a Busscar, em junho deste ano. A empresa teve sua falência decretada na última quinta-feira. Fica aqui nossa singela lembrança.

Pesquisa da Semana

A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais? VISITE:www.portalinterbuss.com.brE VOTE!

ATÉ ONTEMESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais?

28,4% • Volvo

41,98% • Scania

Em 2012

JÁ NAS RUAS

A nova frota da Auto Viação Ouro Verde, de Sumaré/SP, já está em circulação. Os primeiros quarenta carros, todos MB OF-1721 Euro 5, começaram a circular na sexta-feira dia 21, surpreendendo os usuários que estavam acostumados a andar com ônibus velhos. Toda a frota da empresa será trocada.

19,34% • M. Benz 7,0% • MAN/Volks

2,06% • Agrale1,23% • Outras

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30/08/12 • REVISTAINTERBUSS28

PARADA DIGITAL Fábio T. [email protected]

Mais uma empreitada da alemã TML-Studios na simulação de ônibus. Após o Bus Simulator 2012, com vendas abaixo do esperado, o objetivo é voltar a focar em melhor jogabilidade com o CBS 2 – Munich. Por enquanto, poucas informações em inglês estão sendo divulgadas, basicamente apenas imagens que mostram o avanço no de-senvolvimento do simulador. É possível identificar um cenário mais rico que o do BS 2012 que, como re-latado na avaliação feita em minha coluna, é bastante monótono e repetitivo. Afinal, agora a cidade não é mais fictícia: os desenvolvedores terão que fazer um cenário bastante fiel ao de uma região da cidade alemã de Munique. E o veículo também mudou: se o BS 2012 veio com algo que tentava imitar um Citaro, as imagens do CBS 2 – Munich mostram um MAN Lion’s City com logotipo da MAN, o que indica que o fabricante estaria licenciando a marca e o desenho (interno e ex-terno) do modelo para o simulador em questão. Falando em MAN, ela já havia licen-ciado o TGX para o German Truck Simulator, o que mostra o compromisso e o valor dado pela marca aos pequenos desenvolvedores de jogos alemães. O City Bus Simulator 2 – Munich já está em pré-venda na Aerosoft por 29,99 eu-ros. A expectativa é que a versão alemã saia até o final do ano. Já a versão em inglês não tem data prevista, mas pelo andar da tradução no Bus Simulator 2012, a versão só será liberada em 2013.

Em breve:City Bus Simulator 2 – Munich

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

O que vi e aprendi sobreos ônibus encarroçados pela Busscar

A Busscar infelizmente deixou de existir aqui no Brasil. Era uma empresa mui-to forte, bastante requisitada pelas empresas rodoviárias e urbanas de qualquer porte, e foi uma das maiores encarroçadoras do Brasil. Inicialmente eu conheci os rodoviári-os Diplomata em algumas viagens que eu fiz nas empresas Rápido São Paulo, Santo Ignácio e Sabetur em viagens à Aparecida e também em excursões escolares, inclusive os ônibus operados pela Greflatur (atual Colibri). Mais tarde, viajei com o Diplomata “Super” da Ex-presso Brasileiro na linha São Paulo-Rio e em seguida, observei externamente os modelos 310, 330 e 350 nas empresas Urubupungá, Eroles, Expresso de Prata e São Geraldo. A primeira vez que vi o nome Buss-car foi quando eu estava na divisa de Diadema com São Paulo, em 1988. De repente, vejo pela primeira vez 17 veículos do modelo Ur-banus e com o nome Busscar, circulando na linha Diadema-Santo André pela extinta Via-ção Diadema. À primeira vista, eu nunca tinha ouvido falar nessa empresa, e eu só demorei a raciocinar que era da Nielson quando chegou a linha El Buss dois anos depois. Sinceramente em 1990 foi o ano em

Acervo H

istórico Busscar

que aumentou ainda mais a presença do mod-elo urbano da Busscar na Grande São Paulo, crescendo vertiginosamente até a maciça renovação de ônibus na cidade de São Paulo em 1992. Lembro-me que a antiga Paratodos chegou a trazer alguns, pintados em faixa ver-melha sem prefixo, mas somente um circulou durante um ano, entre 1993 e 1994, e o restante só pode ter circulado em sua então filial, em Vitória-ES. E só por volta de 1994 vi alguns Ur-banus, ainda da marca Nielson, que vieram usados para a Viação Triângulo de São Ber-nardo do Campo, que com certeza foram fab-ricados entre 1986 e 1987. Foi por aí que eu aprendi ainda mais a história urbana de sua encarroçadora catarinense. Torcia muito pela recuperação da Busscar. Sinceramente até hoje foi impossível eu entender como foi que uma empresa atolou em enormes dívidas, uma atrás da outra, com algumas soluções positivas e negativas suces-sivamente até chegar a uma situação insusten-tável. Eu tinha lido que a primeira crise, em 1999, foi por forte desvalorização do real e aparentemente não foi sentida fortemente

pelos clientes, mas a Busscar conseguiu se reerguer em 2001, lançando novos modelos como as versões LO e HI do Vissta Buss. E ao mesmo tempo, a Caio não resistiu, entrou à falência e o Grupo Ruas comprou o parque fabril. E com o lançamento do Panorâmico DD, no final de 1998, lembro-me que os clien-tes que compraram o concorrente Paradiso GV 1800 DD da Marcopolo passaram a adquirir aqueles modelos, e a conclusão foi que a Mar-copolo correu atrás e criou a sexta geração de carrocerias de ônibus em 2000. É uma pena o Brasil perder uma das mais célebres e criativas encarroçadoras de ônibus, mas graças a Deus atualmente ex-istem outras encarroçadoras brasileiras como alternativas para quem comprava ônibus da Busscar anteriormente, sem contar com a líder Marcopolo e outras que estão crescendo cada vez mais em competitividade, como a Comil e a Neobus, e a Caio como alternativa para ôni-bus urbanos. Agora, se quiser ter realmente ônibus zero km encarroçados pela Busscar, a alterna-tiva mais viável é levar até Colômbia, onde tem uma sucursal, e encarroçar lá.

BUSSCAR • A histórica encarroçadora de Joinville faliu na semana passada e deixou uma legião de fãs por todo o Brasil

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30/09/12 • REVISTAINTERBUSS30

A S F O T O S D A S E M A N A

RAFAEL SILVACaio Millennium BRT MBB O-500U • Brasília

RAFAEL SILVACaio Millennium BRT MBB O-500UA • Caio

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOCaio Apache Vip III MBB OF-1721 • Caio

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOMAN Lion’s City Hybrid • MAN

THIAGO SIONEMarcopolo Viale BRT MBB O-500MA • Jabour

OCD Holding • ocdholding.wordpress.com - COBERTURA ESPECIAL FETRANSRIO 2012

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOUNVI • UNVI

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REVISTAINTERBUSS • 30/09/12 31

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

RAFAEL SILVAMarcopolo Paradiso G7 1050 MBB O-500RS • Marcopolo

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOMarcopolo Viale BRS MBB O-500U • Marcopolo

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOMarcopolo Viale DD Sunny MBB O-500U • Marcopolo

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOMarcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K440 • Marcopolo

RAFAEL SILVAMarcopolo Paradiso G7 1600LD Scania K400 • Marcopolo

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOMarcopolo Viale BRT Volvo B215RH • Curitiba

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30/09/12 • REVISTAINTERBUSS32

A S F O T O S D A S E M A N AOCD Holding • ocdholding.wordpress.com - COBERTURA ESPECIAL FETRANSRIO 2012

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOComil Campione DD Volvo B450R • Campione

ADRIANO MINERVINOComil Campione HD Scania K360 • Comil

THIAGO SIONEComil Svelto VW 17.230 OD • Comil

ADRIANO MINERVINOComil Svelto Piso Baixo MBB O-500U • Comil

THIAGO SIONEMascarello Gran Micro MBB LO-915 • Mascarello

THIAGO SIONEMascarello Roma 370 Volvo B11R • Mascarello

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REVISTAINTERBUSS • 30/09/12 33

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOMascarello GranMetro MBB O-500MA • Mascarello

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOMascarello GranMetro MBB O-500MA • Mascarello

THIAGO SIONEMascarello GranVia Volvo B270F • Estrela de Mauá

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOIrizar i6 Volvo B11R • Irizar

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOMarcopolo Viale BRT Volksbus 26.330 OTA • Marcopolo

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOMarcopolo Audace Volksbus 17.230 OD • Marcopolo

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O transporte individual faz o cidadão ocupar área 50 vezes maior na cidade em comparaçãoa quem usa transporte coletivo ou se locomove a pé

Ocupação do Solo e Mobilidade Urbana:uma questão de democracia

Sabe aquela frase: “A cidade não tem mais para onde crescer?” . Guardadas as devidas proporções, trata-se de uma reali-dade. Hoje um dos grandes problemas de médios e grandes municípios que concentram áreas urbanas relevantes, é justamente a ocu-pação do solo. Você já reparou que vários bairros tradicionais que eram formados por casas em terrenos de 10 m X 40 m ou mais, onde as famílias viviam perto uma das outras pratica-mente estão dando lugares a prédios, aparta-mentos cada vez menores ou sobrados? Ter quintal em casa, algo que é bom até para a saúde, para relaxar e para fazer as atividades domésticas, é luxo em alguns bair-ros. A população urbana dos anos de 1970 para cá cresceu de forma muito signifi-cativa. Foi quando o Brasil deixou de ser um país rural para se tornar predominantemente urbano quando o assunto é distribuição da população. Além de a população ter crescido, as atividades econômicas se diversificaram. Normalmente os trabalhadores ficavam só em uma área industrial e a circulação fora dos chamados horários de pico era muito pequena. Hoje, apesar de o início da manhã e o fim da tarde concentrarem ainda um grande número de deslocamentos, durante todo o dia a movimentação é intensa. Em alguns lugares até na madrugada. Toda essa situação reflete direta-mente no trânsito das cidades. Sem prioridade aos transportes pú-blicos, o que se vê são bairros e regiões cen-trais sendo configuradas só para carros. Para as pessoas ? Elas que se contentem com o que sobra. A falta de lógica é tão grande que hoje as pessoas estão se apertando para morar apenas para terem mais espaços em seus au-tomóveis. Isso é um fato sendo que na ver-dade, as pessoas deveriam morar melhor e ocupar menos espaço para se deslocar. Assim, a questão da ocupação e uso do espaço urbano também é outro problema que tem o transporte público como uma das soluções.

ALGUNS NÚMEROS IMPORTANTES: Com o uso mais amplo do transporte público por parte da população, o espaço ur-

bano é melhor aproveitado. Afinal, um ôni-bus consegue substituir vários carros de pas-seio. Isso já é conhecido, mas quando são apresentados números, a questão se torna ai-nda mais evidente. Dados divulgados pela ONG Nossa São Paulo, que debate e apresenta soluções para os problemas da cidade, traz a noção de quanto as políticas que não incentivam o transporte público podem provocar no prob-lema do espaço urbano. - Uma pessoa que se de carro ocu-pa 50 metros quadrados da cidade, sozinha. Quem anda de moto, ocupa 8 metros quadra-dos, e a bicicleta toma uma área de dois met-ros quadrados. Já para o deslocamento a pé ou em viagens de ônibus, é necessário apenas um metro quadrado por pessoa e isso com conforto. - A cidade de São Paulo tem uma frota de 7 milhões de automóveis, dos quais,

4 milhões fazem deslocamentos diários, é como se fosse uma frota ativa. Mas basta que 550 mil saiam paras as ruas diariamente para haver congestionamentos. - Toda esta quantidade de carros é para atender poucas pessoas. São 4 milhões de veículos de passeio ativos apenas para ser-vir diariamente menos de 2 milhões de pes-soas. Para se ter uma ideia da falta de coerência na ocupação do solo e da falta de políticas que promovam mobilidade de fato, 15 mil ônibus apenas da frota municipal transportam 6 milhões de pessoas por dia. Ou seja, 3 vezes mais que os carros com 133 vezes menos veículos. Assim, melhorar o transporte pú-blico, criar corredores exclusivos para que as viagens de ônibus se tornem mais rápidas e atrativas é atender a maioria e isso é uma questão de democracia, o que não ocorre ai-nda no espaço urbano.

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

A QUESTÃO DA OCUPAÇÃO DO SOLO NAS GRANDES CIDADES • A questão daocupação do solo tem apresentado vários fatos incoerentes. Para ocuparem mais espaço nos seus deslocamentos, as pessoas estão morando cada vez mais apertadas. Vilas que eram formadas por casas térreas ocupadas por uma família, agora no mesmo terreno estão dando lugar a edificações que abrigam até 16 famílias. As cidades cedem cada vez mais área para carros e sobra cada vez menos para as pessoas. Os transportespúblicos também são parte da solução para a questão da ocupação desordenada doespaço urbano. Uma pessoa que se desloca de transporte coletivo usa 50 vezes menos área da cidade do que se movimentasse de carro. Foto: Adamo Bazani

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