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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU EDISON TRESCA GUIA PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS EM ACADEMIAS DA TERCEIRA IDADE (ATI) São Paulo 2019

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU · Judas Tadeu, para a obtenção do Título de Mestre Ciências do em Envelhecimento, sob orientação da Profa. Dra. Eliane Florencio Gama . São Paulo

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

EDISON TRESCA

GUIA PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS EM ACADEMIAS DA TERCEIRA IDADE (ATI)

São Paulo 2019

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

EDISON TRESCA

GUIA PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS EM ACADEMIAS DA TERCEIRA IDADE (ATI)

Dissertação apresentada ao Programa de pós Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu, para a obtenção do Título de Mestre em Ciências do Envelhecimento, sob orientação da Profa. Dra. Eliane Florencio Gama

São Paulo 2019

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i

AGRADECIMENTOS

À Deus pelas oportunidades de realização e superação.

À minha esposa Rose por toda dedicação, amor e companheirismo de

todos os momentos.

À minha orientadora Profa. Dra. Eliane Florencio Gama, por compartilhar

sua experiência acadêmica.

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ii

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Francisco (in memoriam) e Luiza, essência de minha formação.

À minha esposa Rose,

parte do meu ser.

Às minhas filhas, Bianca e Marcela, complemento de minha existência.

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iii

RESUMO

A população de pessoas consideradas idosas vem aumentando

continuamente em todo mundo, com projeção ainda maior nos próximos anos a

médio e longo prazo. Em nosso país, e no estado de São Paulo, essas

projeções são ainda maiores, sendo possível perceber uma participação

crescente de idosos na composição populacional, demandando maior

preocupação governamental com Políticas de atendimento às necessidades

dessa faixa etária. Uma estratégia consistiu na implantação de equipamentos

de ginástica ao ar livre em parques e praças, como programa de saúde pública

para idosos, sendo chamadas de Academia da Terceira Idade (ATI). O objetivo

do presente trabalho foi elaborar material com orientações que possam

proporcionar aos idosos que utilizam ATI, melhores condições para uma prática

segura e eficiente de exercícios físicos utilizando seus equipamentos. Foi

realizada uma Pesquisa Documental, com análise qualitativa, através de

revisão de literatura. Foram relacionados materiais informativos referentes ao

uso dos equipamentos de academias de terceira idade, em formato PDF

disponibilizados publicamente na internet, e posteriormente analisados através

de uma lista de verificação. Na sequência foram selecionados os equipamentos

que compõem as ATIs, de acordo com as informações governamentais. Foi

elaborado um informativo baseado nas necessidades e expectativas

encontradas na literatura pertinente ao tema, de idosos usuários de ATI,

contemplando informações a respeito de formas seguras e efetivas de

utilização dos equipamentos deste espaço público. Para elaboração deste

informativo foram considerados fundamentos teóricos científicos e princípios da

comunicação visual. Desta forma, foi elaborado informativo contemplando

quesitos de segurança, eficiência, e preocupação com a transmissão das

informações, relativos à exercitação de idosos em equipamentos de ATI. O

material resultante em questão encontra-se disponibilizado no endereço

eletrônico: http://treinoati.blogspot.com, disponível para download e impressão.

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iv

ABSTRACT

The elderly population has increasingly growing around the world with a

projected growth even greater for the next incoming years, as well as in to the

mid, and long terms. In the State of São Paulo, Brazil, the projections show a

larger increase of the elderly population making it clear that a steep growth of

the elderly will impact the populational composition, thus the demand for

governmental policies and the availability of care for the elderly will also be

greater. One of the initiatives put in place so called ‘Gym for the 3rd Age’

consists of workout equipment made available in public places, outdoor

facilities, and parks, as an official program for the elderly health and wellbeing.

The Objective was create informative material for guidance to safe and effective

workout while using the equipment provided by the program. Documental

research were conducted with quantitative analysis during the revision of the

literature. Informative material related to the usage of the equipment at “Gym for

the 3rd Age” locations were listed in PDF format made publicly available

through the Internet, and later compared with a verification list. The workout

equipment was selected based on the official information from the

correspondent Government Agency. An informative workout guide was

elaborated, considering the needs and expectations of the elderly using the

“Gym for the 3rd Age”, with basis on the findings from the literature research,

and contemplating information about safer and effective workout practices while

utilizing the equipment from these public places. In the elaboration of this

informative guide were considered the fundaments of scientific theory and the

principles of visual communication. A informative guide was created

contemplating the concerns for safety, efficiency, and care with the release with

this information to the elderly guests at “Gym for the 3rd Age” locations. The

subject resulting material is available at the following electronic address:

http://treinoati.blogspot.com, available for printing and download.

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v

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Distribuição dos quesitos relacionados à aptidão física nos informativos.....................................................................................................

40

Quadro 2 – Distribuição dos quesitos relacionados à segurança da atividade nos informativos.................................................................................

46

Quadro 3 – Zonas de visualização da página impressa.........................................

50

Quadro 4 – Distribuição dos quesitos relacionados à comunicação visual nos informativos...........................................................................................

54

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vi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Alongador................................................................................................

28

Figura 2 – Como utilizar o Alongador.......................................................................

28

Figura 3 – Rotador Diagonal....................................................................................

29

Figura 4 – Como utilizar o Rotador Diagonal...........................................................

29

Figura 5 – Rotador Vertical.......................................................................................

29

Figura 6 – Como utilizar o Rotador Vertical..............................................................

29

Figura 7 – Esqui.......................................................................................................

30

Figura 8 – Como utilizar o Esqui..............................................................................

30

Figura 9 – Simulador de Caminhada........................................................................

30

Figura 10 – Como utilizar o Simulador de Caminhada.............................................

30

Figura 11 – Simulador de Cavalgada.......................................................................

31

Figura 12 – Como utilizar o Simulador de Cavalgada..............................................

31

Figura 13 – Remo.....................................................................................................

31

Figura 14 – Como utilizar o Remo............................................................................

31

Figura 15 – Leg Press..............................................................................................

32

Figura 16 – Como utilizar o Leg Press.....................................................................

32

Figura 17 – Surfe......................................................................................................

32

Figura 18 – Como utilizar o Surfe.............................................................................

32

Figura 19 – Multiexercitador.....................................................................................

33

Figura 20 – Como utilizar o Multiexercitador............................................................ 33

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vii

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Distribuição percentual dos Quesitos do “Governo Austrália Sydney”..................................................................................................................

25

Gráfico 2 – Distribuição percentual dos Quesitos do “Governo México Becerrea”................................................................................................................

26

Gráfico 3 – Distribuição percentual dos Quesitos do “Governo Austrália Camberra”..............................................................................................................

26

Gráfico 4 – Distribuição percentual dos Quesitos do “Governo Brasil Curitiba”................................................................................................................. .

27

Gráfico 5 – Distribuição percentual dos Quesitos do “Governo EUA Kiama”....................................................................................................................

27

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viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Idioma de redação dos Informativos....................................................

18

Tabela 2 – Melhora da aptidão física.....................................................................

20

Tabela 3 – Segurança na realização das atividades..............................................

22

Tabela 4 – Comunicação visual.............................................................................

23

Tabela 5 – Quesitos mais frequentes referentes à melhora da aptidão física.....

24

Tabela 6 – Quesitos mais frequentes referentes à segurança da atividade..........

24

Tabela 7 – Quesitos mais frequentes referentes à comunicação visual................

25

Tabela 8 – Quantidade de quesitos por informativo............................................... 28

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SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO....................................................................................................

01

1.1-Justificativa.....................................................................................................

02

1.2- Objetivo primário..........................................................................................

04

1.3- Objetivos secundários..................................................................................

04

1.4- Materiais e Métodos......................................................................................

04

1.4.1-Obtenção dos Informativos........................................................................

05

1.4.2-Análise dos documentos............................................................................

05

1.4.3- Critérios para seleção dos equipamentos de ATI...................................

07

1.4.4-Elaboração do guia informativo sobre uso dos equipamentos de ATI por idosos........................................................................

07

1.4.5-Disponibilização do informativo................................................................

08

2-REFERENCIAL TEÓRICO..........................................................................................

09

2.1-Contextualização social.................................................................................

09

2.2-Importância da atividade física para a saúde do idoso..............................

10

2.3-Academia ao ar livre como política pública.................................................

12

2.4-Academia da Terceira Idade..........................................................................

13

2.5-Papel social das informações científicas....................................................

16

3-RESULTADOS....................................................................................................

18

3.1-Quantidade de Informativos..........................................................................

18

3.2-Análise dos Informativos...............................................................................

18

3.2.1-Questões relacionadas à melhora da aptidão física..................................

19

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x

3.2.2-Questões relacionadas à segurança na realização das atividades........

20

3.2.3-Questões relacionadas à comunicação visual.........................................

22

3.2.4-Frequência dos quesitos............................................................................

23

3.2.5-Quantidade de quesitos por informativo..................................................

25

3.3-Seleção dos equipamentos de ATI...............................................................

28

4-DISCUSSÃO.......................................................................................................

34

4.1-Aspectos gerais..............................................................................................

34

4.2-Aptidão física..................................................................................................

35

4.3-Segurança........................................................................................................ 41

4.4-Comunicação visual........................................................................................

47

4.5-Elaboração do material informativo.............................................................

55

4.6-Apresentação do material informativo.........................................................

60

5-CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................

66

Referências Bibliográficas..................................................................................

67

ANEXO I - Lista de verificação de quesitos presentes em informativos........

80

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1-INTRODUÇÃO O aumento contínuo da população de pessoas idosas é um fenômeno global

possível de ser verificado em vários países. Projeções indicam aumento crescente a

médio e longo prazo sendo que, no Brasil, e no estado de São Paulo, essas

projeções são ainda maiores. Dados demográficos demonstram que a população de

idosos no Brasil, que se constitui por indivíduos com mais de 60 anos de idade

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003), vem aumentando continuamente (IBGE, 2017),

acompanhando a população em geral, mas com uma projeção de sua taxa de

crescimento de 8,46% em 2017 para 13,44% em 2030 no Brasil. No Estado de São

Paulo as expectativas são ainda maiores, de 9,46% em 2017 para 15,38% em 2030.

A composição populacional com uma participação cada vez maior de indivíduos

idosos, a curto e médio prazo, implica em maior preocupação do Poder Público com

Políticas de atendimento às necessidades próprias desta faixa etária. A partir de

2012 a Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo,

implantou as chamadas “Academias ao ar livre”, proporcionando a instalação de

cerca de 1.100.000 equipamentos de ginástica em locais públicos da Capital

Paulista, e aproximadamente 300 cidades do Interior paulista, sendo destinados

preferencialmente às pessoas da “Terceira Idade”. O intuito básico destas ações, de

acordo com a Secretaria de Esportes, seria fazer com que esta população adquirisse

características mais fisicamente ativas.

Atualmente estes locais com equipamentos disponíveis são identificados

como “Academia da Terceira Idade” (ATI). Trata-se de um programa com objetivo de

“[...] facilitar cada vez mais a prática esportiva e colaborar para o bem estar de toda

população paulista [...]” (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – SECRETARIA

DE ESPORTE, 2012). Junto aos equipamentos são instaladas “[...] placas

indicativas que informem aos cidadãos qual uso adequado de cada equipamento”

(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – SECRETARIA DE ESPORTE, 2012).

Entretanto, em um estudo realizado por Cranney et al. (2016), mesmo com a

instalação desses equipamentos, que aumentou a motivação para a prática de

atividade física, estes autores alertam que é necessário considerar outras variáveis

além da instalação dos equipamentos. Em uma análise mais atenta pode-se

perceber a necessidade de ações complementares, como proporcionar informações

com sugestões de regularidade, duração, e intensidade dos exercícios físicos

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realizados. Pate et al. (1995) e, Haskell et al. (2007) sugerem que sejam ampliadas

as possibilidades para proporcionar estilo de vida fisicamente ativo e saudável à

população de idosos frequentadora destes locais. Pode-se utilizar para a elaboração

destas sugestões indicadores internos e externos de carga, como velocidade e

frequência de execução dos movimentos, de maneira que denotem a intensidade

dos exercícios (DIAS et al. 2018), uma vez que os equipamentos das ATIs utilizam o

peso corporal do próprio usuário como resistência a ser vencida, ou em alguns

casos uma resistência fixa da estrutura do próprio equipamento, que não

apresentam possibilidade de alteração. Isto pode ser proporcionado aos usuários

através de material gráfico, associando imagens e textos objetivos, de fácil

compreensão, a exemplo do que foi feito por ocasião do início da implantação de

equipamentos de ginástica ao ar livre na cidade de Sydney, Austrália, em fevereiro

de 2013 (SCOTT et al. 2014). Na ocasião foi distribuído aos idosos um Guia de

como utilizar equipamentos de ginástica da academia ao ar livre, além deste mesmo

guia ser disponibilizado digitalmente de forma pública e permanente. Entretanto,

analisando e comparando este informativo citado, com outros informativos

disponibilizados na internet, é possível verificar a existência de informações

presentes em um, que não estão presentes em outro, ou outros. O mesmo se repete

quando comparados alguns informativos entre si, o que leva ao questionamento da

existência de um informativo que contemple do modo mais completo possível,

informações relevantes que favoreçam uma prática autônoma de exercícios em ATI

de forma segura e eficiente. Uma prática segura é aquela que, através do uso de

informações, minimizam o risco de lesões dos praticantes, quer seja de forma

imediata, ou a médio e longo prazo. Uma prática eficiente proporciona condições

para promover benefícios físicos através da melhora da resistência

cardiorrespiratória, força muscular e flexibilidade.

1.1-Justificativa A perspectiva do envelhecimento das populações se constitui num importante

desafio (LIMA, 2003) e, de acordo com Hultqvist, Wästberg e Eklund (2017),

proporcionar aos idosos a realização de atividades é algo de grande relevância para

uma boa qualidade de vida na velhice.

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Em um estudo de Arena et al. (2017), verificou-se o aumento da quantidade

de exercícios físicos praticados pelos idosos com a instalação de equipamentos de

ginástica em locais públicos. Entretanto, neste mesmo estudo, foi ressaltada a

escassez de informações oferecidas aos idosos, no sentido de favorecer um melhor

aproveitamento na realização dos exercícios, corroborando os achados do estudo de

Scott et al. (2014).

Estes espaços, de academias ao ar livre, começaram a ser implantados no

Estado de São Paulo a partir de 2012, pela Secretaria de Esportes, Lazer e

Juventude do Estado de São Paulo (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO –

SECRETARIA DE ESPORTE, 2012) com o objetivo de proporcionar ao idoso uma

prática gratuita de atividades físicas de fácil acesso, colaborando para o bem estar

da população. Nestes locais encontram-se equipamentos de ginástica que podem

proporcionar benefícios à melhora da flexibilidade, resistência cardiorrespiratória, e

força muscular. Tornaram-se nos últimos anos uma tendência mundial, com difusão

cada vez maior, sendo possível perceber um aparente crescimento de políticas

públicas envolvendo a utilização destes equipamentos por idosos. Entretanto,

apesar da realização de estudos, parece existir um consenso da contínua

necessidade de maiores investigações para aperfeiçoamento desta prática.

Mesmo sendo possível encontrar, disponibilizados publicamente na internet,

informativos para a realização de exercícios em ATIs, aparentemente não há

orientações suficientes que favoreça a melhor prática autônoma, segura, e eficiente

possível. Um informativo deve contemplar instruções mais completas e claras que

indiquem, por exemplo, segundo Chow (2013), a aptidão necessária por parte dos

usuários, restrições específicas em relação à idade, formas corretas de utilização

dos equipamentos, e informações referentes à prevenção de lesões e uma prática

eficaz.

Uma vez que a concepção desta estratégia é fundamentalmente de uma

prática gratuita e autônoma de exercícios, uma situação ideal, que seria a presença

de um profissional supervisionando a realização dessas atividades, não ocorre. A

iniciativa citada, por exemplo, no estudo de Scott et al. (2014), que pode ser melhor

explorada como forma de proporcionar maior e melhor autonomia no momento da

exercitação, é proporcionar informações que ofereçam melhores condições para que

ocorram benefícios físicos aos usuários. Neste sentido Chow (2013) ressalta a

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necessidade de maiores estudos considerando frequência semanal, duração e

intensidade dos exercícios.

Para que os conhecimentos científicos se popularizem através da aplicação e

utilização diária, é necessário de acordo com Albagli (1996), uma linguagem clara e

de fácil compreensão, que transmita informações técnicas de uma forma mais

simples à população em geral. Esta preocupação, de acordo com Munari (1997), é

fundamental para que a mensagem seja efetivamente transmitida, reforçando a ideia

de Jover (1999) de que a preocupação com o aumento da contribuição social da

ciência, como forma de garantir seu progresso, deve ser uma das prioridades da

própria ciência.

Elaborar um informativo que ofereça informações de segurança e eficiência

para uma prática autônoma de exercícios em ATI, podendo contribuir com o bem

estar dos idosos, se constituirá em interface entre a produção científica de

conhecimentos, e sua aplicação na vida cotidiana do cidadão comum.

1.2-Objetivo primário - Elaborar material com orientações que possam proporcionar aos idosos que

utilizam ATI uma prática segura e eficiente de exercícios físicos utilizando seus

equipamentos.

1.3-Objetivos secundários

- Procurar e analisar informativos de uso dos equipamentos de academias de

terceira idade disponíveis na internet;

- Verificar nos informativos encontrados a quantidade de orientações

fornecidas;

- Listar os equipamentos mais comumente presentes em ATIs para constar no

material elaborado;

1.4- Materiais e Métodos Este estudo foi realizado através de uma pesquisa documental. Foram obtidos

através da internet documentos em formato PDF que continham orientações sobre o

uso de equipamentos de academias ao ar livre, ou academias da terceira idade

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como ficaram conhecidas no Estado de São Paulo, que serão aqui chamados de

“informativos”. Estes documentos foram analisados qualitativamente, utilizando-se

também estratégias de quantificação percentual das orientações presentes em cada

informativo.

1.4.1-Obtenção dos informativos

Os informativos referentes ao uso dos equipamentos de academias da

terceira idade, em formato PDF (Portable Document Format) disponibilizados

publicamente na internet, ou por instituições governamentais ou por fabricantes de

equipamentos, foram obtidos através de buscas utilizando a ferramenta de pesquisa

da Google. Optou-se por esta ferramenta de busca por ser uma das mais populares

e, portanto, com grande probabilidade de ser através dela o possível contato dos

usuários desses equipamentos com orientações referentes ao uso de ATIs. A busca

por documentos em formato PDF se justifica por apresentar quantidade de

resultados com viabilidade de serem verificados, selecionados e separados para

posterior análise. Os idiomas selecionados para definição dos termos de busca

foram o Português, o Espanhol, e o Inglês. Desta forma, foram utilizados os

seguintes conjuntos de termos de busca digitados: “academia ao ar livre” manual

cartilha uso orientações instruções guia PDF, aparecendo 797 resultados. A busca

utilizando os termos “gimnasio al aire libre” guia instrucciones manual orientaciones

uso PDF, apresentaram 4.260 resultados; e os termos “outdoor gym” “open gym”

manual guide instructions PDF, apresentaram 5510, resultados. Verificou-se cada

endereço eletrônico identificado como arquivo em formato PDF, e que continha em

sua estrutura texto relacionado ao assunto em questão. Os arquivos em formato

PDF que apresentavam textos deixando em dúvida sua relação com o assunto

foram também verificados. Os arquivos identificados contendo orientações sobre o

uso de equipamentos de ATI foram separados, e posteriormente analisados.

1.4.2-Análise dos documentos Cada informativo obtido foi impresso e analisado através de uma lista de

verificação. Esta lista foi elaborada considerando quesitos relacionados à melhora

da aptidão física, segurança e prevenção de lesões, além de aspectos de

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comunicação visual para a transmissão da mensagem. Foram considerados para

sua elaboração conceitos da Fisiologia do Exercício, Metodologia do Treinamento

Esportivo, Ergonomia, Ginástica Laboral, Prevenção de Acidentes, e Comunicação

Visual. A lista de verificação utilizada ficou assim constituída:

1-Quanto às questões relacionadas à melhora da aptidão física, o informativo

apresenta informações sobre:

a) Importância da realização de aquecimento?

b) Número de repetições em cada equipamento?

c) Número de séries de repetições em cada equipamento?

d) Diferentes níveis de intensidade do exercício?

e) Tempo de exercitação no equipamento?

f) Regularidade na realização dos exercícios?

g) Sequência de uso dos equipamentos?

h) Alternância de uso dos equipamentos em função da solicitação de grupos

musculares?

i) Diversidade de equipamentos que possibilitem melhora da resistência

cardiorrespiratória, força muscular, e flexibilidade?

j) Finalidade dos equipamentos?

2-Quanto às questões relacionadas à segurança o informativo apresenta

informações sobre:

a) Como posicionar-se de forma segura no equipamento para iniciar o exercício?

b) Risco de movimento brusco em amplitudes inesperadas?

c) Cuidados posturais durante a realização dos exercícios?

d) Como sair do equipamento após a realização dos exercícios?

e) Riscos e cuidados especiais caso o usuário apresente déficits motores?

f) Orientações relativas a fatores climáticos?

- temperaturas extremas (calor/frio)

- exposição ao sol

- hidratação do organismo

- vestimenta adequada

g) Orientações para iniciar sempre pela intensidade mais leve?

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h) Interrupção imediata em caso de sensação de mal estar e busca por orientações

médicas posteriores?

i) Importância de liberação por médico para prática de atividades físicas?

j) O fato de que as orientações não substituírem o acompanhamento de um

profissional de Educação Física?

k) O uso autônomo dos equipamentos de ATI e das orientações fornecidas é

voluntário e de responsabilidade apenas do próprio usuário?

3-Quanto aos aspectos de comunicação visual:

a) Promove adequada transmissão das mensagens?

b) O layout facilita a compreensão de como usar os equipamentos de ATI?

c) As cores utilizadas favorecem a visualização, legibilidade e compreensão da

mensagem?

d) As informações textuais são de fácil visualização e leitura?

e) As ilustrações são de fácil visualização e compreensão?

f) Utiliza linguagem de fácil compreensão*:

*Este item será analisado apenas nos informativos escritos em Língua

Portuguesa, uma vez que, nos informativos em idioma estrangeiro, seria necessário

dominá-lo da mesma forma que um cidadão nativo.

g) Informa a autoria pessoal e/ou Institucional das Informações?

1.4.3- Critérios para seleção dos equipamentos de ATI Para elaboração do guia informativo, foram selecionados os equipamentos

determinados pelo Governo do Estado de São Paulo, através Decreto 58.065 (São

Paulo, 2012), que compõem os conjuntos instalados em locais públicos. Estes

equipamentos são identificados pelos nomes atribuídos pelo fabricante fornecedor.

1.4.4-Elaboração do guia informativo sobre uso dos equipamentos de ATI por idosos A elaboração do guia informativo foi realizada à medida que cada um dos

quesitos, da lista de verificação, foi analisado. Em relação à utilização eficiente dos

equipamentos de ATI, que possibilitem benefícios físicos aos praticantes, levando-se

em consideração diferentes níveis de aptidão, utilizou-se referencial teórico da

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Fisiologia do Exercício e da Metodologia do Treinamento Esportivo. Para as

questões de segurança buscou-se fundamentação teórica através dos princípios da

Ergonomia, Ginástica Laboral, e Prevenção de Acidentes. A fundamentação dos

aspectos gráficos e textuais para fácil compreensão foi realizada através dos

princípios de comunicação visual do Design Gráfico. Para as questões de

Comunicação Visual utilizou-se assessoria técnica especializada. As ilustrações

foram elaboradas, baseadas em fotografias feitas em equipamentos de uma ATI,

que serviram para transmitir ao ilustrador, os conceitos de posicionamento e

movimentação em cada equipamento. O ilustrador foi responsável também pela

criação das personagens utilizadas na confecção do informativo, com a preocupação

de incluir em sua concepção visual os conceitos implícitos em cada uma das partes

da mensagem. O guia informativo foi elaborado procurando proporcionar aos idosos

que utilizam ATI uma prática segura e eficiente de exercícios físicos utilizando seus

equipamentos, considerando:

• maneiras seguras de utilização dos equipamentos de modo que possam

prevenir acidentes e lesões;

• diferentes níveis de intensidade ou esforço de exercício;

• utilização adequada dos equipamentos de ATI que possibilitem benefícios

físicos aos praticantes;

• aspectos gráficos e textuais de fácil compreensão;

• utilização de informações com embasamento científico;

O guia informativo elaborado foi submetido a uma análise por juízes para

constatação da presença dos quesitos constantes na lista de verificação. Esta

análise foi realizada por cinco Professores Universitários, Mestres e Doutores, com

formação em Educação Física e conhecimentos específicos na área de prescrição

de exercícios. Após a análise, foi considerado como presente no guia informativo

cada quesito reconhecido por ao menos três dos cinco juízes.

1.4.5-Disponibilização do informativo Criou-se um blog denominado “Guia de Exercícios em Academias da Terceira

Idade - ATI” através do “Google Blogger”, onde o material produzido encontra-se

disponibilizado para consulta, e download para impressão, através do endereço

eletrônico http://treinoati.blogspot.com, constando este dado no informativo.

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2-REFERENCIAL TEÓRICO

2.1-Contextualização social

O Estatuto do Idoso, instituído no Brasil em outubro de 2003, se constitui em

reconhecimento por parte do Estado de que esse grupo tem necessidades

especificas, sendo assim alvo de políticas públicas exclusivas (CAMARANO, 2013).

A perspectiva do envelhecimento das populações se constitui num importante

desafio a ser vencido pelos serviços de saúde e pela sociedade, principalmente nos

países em desenvolvimento (LIMA, 2003).

A saúde do idoso é considerada como item prioritário nas diretrizes nacionais

de acordo com o MINISTÉRIO DA SAÚDE (2003), estabelecendo uma nova política

nacional de saúde da pessoa idosa que objetiva, no âmbito do Sistema Único de

Saúde, (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006), garantir atenção integral à saúde da

população idosa, enfatizando o envelhecimento saudável e ativo baseado no

paradigma da capacidade funcional, abordada de maneira multidimensional. Isto, de

acordo com Lima (2003), invariavelmente insere o idoso cada vez mais em espaços

públicos, tornando essa uma questão social, a partir do oferecimento de serviços

estruturados. Instituições governamentais ao redor do globo acompanham o

crescimento da população idosa e, de acordo com o IBGE, a previsão é que no ano

de 2025 o Brasil ficará na sexta colocação dos países com maior número de idosos

(MENDONÇA, 2010), o que faz com que a preocupação da sociedade

contemporânea com essa faixa etária seja cada vez maior (LIMA, 2003). Este autor

ressalta ainda como motivo de maior atenção a esta população uma mudança

cultural de como a velhice é considerada. Inicialmente, pode-se verificar como os

idosos são atualmente referenciados, sendo o termo “Terceira Idade”, muito

disseminado em nosso país (DE ALMEIDA e LOURENÇO, 2009) como forma de

referir-se a eles de maneira não pejorativa. Assim, instituiu-se gradativamente um

novo discurso na tentativa de romper com o estereótipo tradicional até então

existente sobre a velhice, além de implantar iniciativas com intuito de prevenir e

retardar incapacidades (TORCAL e MONTERO, 2000). Esta parcela da população

conquistou um olhar diferenciado, em relação ao atendimento de suas

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necessidades, com o envelhecimento populacional se transformando em construção

social (OLIVEIRA e SANTOS, 2009). A visão mais positiva e produtiva em relação

ao envelhecimento começa a ganhar força em função de muitos fatores, como por

exemplo, aumento do número de especialistas que estudam e desmistificam os

processos que envolvem o envelhecimento humano (DE ALMEIDA e LOURENÇO,

2009).

2.2-Importância da atividade física para a saúde do idoso

As chances de adoecer aumentam com a idade, mas é importante esclarecer

que envelhecer não é sinônimo de adoecer, principalmente quando as pessoas

desenvolvem hábitos de vida saudáveis (STELLA et al. 2002). Estes “hábitos

saudáveis” envolvem numerosos aspectos, que podem ser relacionados como:

sociais, educacionais, nutricionais, psicológicos, biológicos, ocupacionais,

recreacionais, transcendentais ou religiosos, e de condicionamento físico (DALLA

VECCHIA et al. 2005). Fatores como exercício e estilo de vida fisicamente ativo, e a

capacidade de executar as atividades da vida diária, podem ter impacto positivo

sobre como um indivíduo idoso se sente (GALLAHUE e OZMUN, 1995) reforçado

pelo fato da atividade física produzir mudanças benéficas, como aumento de energia

e sensação geral de bem-estar (MCAULEY e RUDOLPH, 1995).

As alterações que acompanham o envelhecimento dependem de uma série

de variáveis próprias de cada indivíduo, como a herança genética, fatores

ambientais, ocupacionais, sociais e culturais, aos quais esteve exposto ao longo da

vida (MENDONÇA, 2010). Uma das formas de promover melhora no bem estar dos

idosos é desenvolver programas de saúde para dar suporte, orientação aos idosos e

familiares (FERREIRA e ROSADO, 2012), mesmo porque, de acordo com Lima

(2003) a preocupação com os idosos está sendo cada vez mais compartilhada com

o poder público, e não mais exclusivamente por seus familiares. Proporcionar aos

idosos participação em atividades, podendo ser as mais diversificadas, é algo

frequentemente citado na literatura como sendo de grande relevância para uma boa

qualidade de vida na velhice (HULTQVIST, WÄSTBERG e EKLUND, 2017). Estar

ativo é afastar-se do sedentarismo que se constitui em uma das principais causas de

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quase todas as doenças mais comuns na velhice (COX et al. 2017). O idoso, mesmo

não sendo portador de doença, pode beneficiar-se de programas de prática de

atividades físicas regulares (LIMA, 2003). Alguns estudos, como os de Mora (2012),

Furber et al. (2014) e Hunter et al. (2015), demonstram que a instalação de

equipamentos de ATI em locais públicos proporciona um aumento na quantidade e

frequência de pessoas que praticam atividades físicas nestes locais, indicando uma

maior adesão à esta prática. Entretanto, estes mesmos estudos indicam também

serem necessárias maiores investigações à respeito deste assunto, uma vez que

vários aspectos relacionados necessitam ainda maiores esclarecimentos. Entre eles,

pode-se relacionar os efeitos que a utilização destes equipamentos podem causar

sobre a saúde de seus praticantes (ELIAS et al. 2007), ou sobre aspectos

psicológicos e sociais (CHOW, 2013). Um condicionamento físico seguro e efetivo

que melhore o condicionamento físico, contribuindo para a qualidade de vida e

saúde, deve ser bem orientado e planejado. Alguns estudos demonstram ocorrer

melhora em alguns aspectos, como força e resistência muscular, ou flexibilidade,

que estão relacionados à qualidade de vida e saúde de idosos que praticam

atividades físicas utilizando estes equipamentos (POLITO e FARINATTI, 2006;

MARTINS e OVANDO, 2012; ANJOS et al. 2016). Entretanto, um estudo realizado

(OLIVEIRA, 2016) mostra que, apesar de haver melhora na qualidade de vida e

saúde dos praticantes, esta é muito maior quando feita com o acompanhamento de

um profissional para orientar as atividades, principalmente em relação à intensidade,

duração e frequência semanal dos exercícios realizados. Outros estudos (CHOW,

2013; TRINDADE, 2015; SILVA, 2017) apresentam entre seus resultados, relatos de

idosos sobre a auto percepção de melhora da qualidade de vida e saúde com a

realização de exercícios físicos utilizando os equipamentos públicos. No entanto,

esta percepção não foi efetivamente verificada com a melhora dos aspectos

biológicos relacionados à qualidade de vida e saúde, como força muscular e

flexibilidade, por exemplo.

Alguns estudos (CHOW, MOWEN e WU, 2017; COPELAND et al. 2017)

indicam uma subutilização destes equipamentos, o que poderia explicar os

resultados pouco expressivos em relação à melhora da qualidade de vida dos

praticantes, reforçado pelo constatado no estudo de Oliveira (2016) que comparou

um grupo de praticantes de atividades físicas sem acompanhamento especializado,

com outro onde havia orientação e acompanhamento constantes. O grupo com

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acompanhamento apresentou melhora de parâmetros relacionados com a qualidade

de vida e saúde, ao contrário do que aconteceu com o grupo sem acompanhamento.

Em seu estudo Cohen et al. (2012) afirma que a prática regular de atividades

físicas realizadas pela população em geral, em equipamentos de ginástica, pode

proporcionar aumento significativo do gasto energético contribuindo assim para o

controle do peso corporal e, consequentemente, na prevenção e controle de muitas

doenças relacionadas à obesidade. Os idosos apresentam predisposição ao

aumento percentual de gordura corporal, justamente por nesta fase da vida, com a

crescente e natural diminuição de sua aptidão física, terem cada vez menos

oportunidade de exercitarem-se. Assim sendo, é difícil manterem um gasto

energético suficiente para evitarem um desequilíbrio de maneira que não ocorra

aumento de seu percentual de gordura corporal (Kim et al. 2017). Essa

possibilidade, existente com o uso de equipamentos públicos de ginástica, vem de

encontro a uma das necessidades próprias desta faixa etária desde que, como

ressaltado pelos autores, as atividades físicas sejam realizadas com regularidade e

sistematicamente. Entretanto, para isso, são necessárias informações e orientações

básicas, para surtirem o efeito desejado.

Outro parâmetro a ser considerado, é a predisposição de ocorrência, que os

idosos apresentam, de diminuição progressiva da massa muscular (GOZZI et al.

2016; COTO MONTES et al. 2017) conforme ficam cada vez mais velhos. Este fato

interfere diretamente na qualidade de vida desta população uma vez que pode

constituir-se em fatores limitantes de uma série de tarefas simples necessárias ao

longo da realização das atividades de vida diária (AVDs), justamente por falta de

força muscular suficiente. Estudos como os de Santos (2014) e Cranney et al. (2016)

demonstram que os exercícios físicos realizados em equipamentos de ginástica ao

ar livre podem proporcionar manutenção da massa muscular em idosos,

contribuindo para uma realização mais fácil de suas atividades.

2.3-Academia ao ar livre como política pública

A instalação de equipamentos de ginástica em locais públicos, como praças e

parques, com objetivo de aumentar a quantidade de exercícios físicos praticados

pela população em geral, inclusive idosos, (ARENA et al. 2017), tem ocorrido em

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vários países. Este fenômeno pode ser constatado através do crescimento de

estudos realizados e publicados nos meios acadêmicos. Tratam-se de iniciativas

governamentais, como políticas de saúde pública, com o intuito de proporcionar

oportunidade à pratica de atividades físicas de forma gratuita e com fácil acesso pela

população em geral e, em muitas circunstâncias, por idosos mais especificamente.

A implantação de um programa governamental de saúde, realizado na

Austrália, na cidade de Sydney, envolvendo a instalação de equipamentos de

ginástica ao ar livre, apresentou preocupação em prestar orientações aos usuários,

através da presença contínua de profissional especializado e com essa finalidade,

durante os três primeiros meses de funcionamento (SCOTT et al. 2014). Ainda neste

estudo citado anteriormente, outra forma de manter os usuários destas instalações

informados e bem orientados, foi a elaboração e oferta permanente de um guia

impresso, disponível também digitalmente, de como utilizar os equipamentos, que

possibilitavam a realização de exercícios para a melhora da resistência

cardiorrespiratória, força e resistência muscular, flexibilidade e equilíbrio. Os

usuários deste local reportaram considerar importante e de grande utilidade as

informações de como utilizar os equipamentos constantes no guia, no sentido de

proporcionarem melhor aproveitamento e resultados das atividades realizadas.

Neste estudo, Scott et al. (2014), verificaram a ocorrência de lesões nos usuários

deste espaço, em quantidade reduzida, corroborando os achados do estudo de Silva

et al. (2016), onde a incidência de lesão foi de 3,4% apresentando um baixo índice

de correlação, demonstrando ser segura a prática de exercícios físicos em

equipamentos de ginástica em locais públicos.

2.4-Academia da Terceira Idade

Estes espaços começaram a ser implantados no Estado de São Paulo a partir

de 2012, por iniciativa da Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de

São Paulo, e receberam inicialmente a denominação de “Academias ao ar livre”

(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – SECRETARIA DE ESPORTE, 2012).

Atualmente estes locais são identificados como “Academia da Terceira Idade” (ATI),

com o objetivo de proporcionar acesso a uma prática gratuita de atividades físicas e

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de fácil acesso, colaborando para o bem estar da população. As ATIs instaladas em

locais públicos da Capital Paulista, e várias cidades do Interior, destinadas

preferencialmente ao uso de pessoas da “Terceira Idade”, apresentam vários

equipamentos com diversas finalidades. De acordo com a Secretaria de Esportes,

Lazer e Juventude do Estado de São Paulo (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO

PAULO – SECRETARIA DE ESPORTE, 2012) alguns destes equipamentos podem

proporcionar benefícios em relação à melhora da flexibilidade, pois exigem

determinada amplitude de alguns movimentos articulares. Outros seriam indicados

para a melhora da resistência cardiorrespiratória, uma vez que oportuniza a

realização de movimentos cíclicos que envolvem vários grupos musculares

simultaneamente, acelerando a frequência cardíaca do indivíduo. Alguns

equipamentos, ainda de acordo com a Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude do

Estado de São Paulo, proporcionam melhora da força de alguns grupos musculares

para movimentar cargas fixas dos próprios equipamentos, ou a carga do próprio

peso corporal do executante.

Estes espaços, com estes equipamentos de ginástica ao ar livre, tornaram-se

nos últimos anos uma tendência mundial, não sendo diferente em nosso país. Com

a difusão desta prática, percebe-se uma aparente tendência de crescimento de

políticas públicas, envolvendo a utilização destes equipamentos pela população em

geral, e mais especificamente, por idosos. Entretanto, apesar do crescimento de

estudos realizados, sob diferentes pontos de vista envolvendo a prática de

exercícios físicos com estes equipamentos, parece existir um consenso da contínua

necessidade de maiores investigações e aperfeiçoamento desta prática.

Nota-se, portanto, as possíveis contribuições das informações que

possibilitem aos usuários a realização de uma prática de exercícios com menor risco

de lesão, e o máximo de benefícios dos resultados esperados. Pode-se considerar

os benefícios físicos como aumento de força e resistência muscular, aumento de

amplitude de movimentos articulares, e melhora da resistência cardiorrespiratória,

como resultados esperados. Em um estudo de Cohen et al (2012), demonstrou-se

que com a instalação dos equipamentos de ATI houve maior gasto energético entre

seus usuários, mas sem diferenças significativas, fato esse que, segundo Trindade

(2015), pode ser devido a prática não supervisionada, que possibilita uma execução

inadequada dos exercícios. Além disso, segundo Scott et al. (2014), os usuários

manifestam insegurança por desconhecimento da forma correta de uso dos

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equipamentos sem a presença de um profissional para orientá-los, mesmo que

exista a possibilidade da execução em si estar correta.

Por tratar-se fundamentalmente de uma proposta de aumento de exercitação

de forma autônoma pela população, na maioria dos casos, a presença de um

profissional supervisionando a realização desses exercícios não ocorre. Uma

iniciativa, já realizada no estudo de Scott et al. (2014), que poderia ser melhor

explorada como forma de proporcionar maior e melhor autonomia no momento da

exercitação, seria colocar os usuários em contato com determinadas informações,

que poderiam criar condições para que o gasto energético ocorresse de forma a

causar benefícios aos usuários. Chow (2013) reconhece a necessidade de maiores

estudos considerando, por exemplo, frequência, duração e intensidade dos

exercícios. Neste sentido, é possível encontrar informativos que apresentam

algumas orientações adicionais aos usuários, não apenas com relação a questões

de segurança, mas também relativos e efetividade na obtenção de benefícios físicos

com a realização de exercícios nos equipamentos de ATI. Entretanto, a ausência de

indicação dos autores, ou origens das informações constantes, constitui-se margem

de questionamentos a respeito de sua exatidão. Necessitam também ilustrações e

uso de uma linguagem de fácil compreensão, que possibilitem a efetiva aplicação

destes conhecimentos pelos idosos praticantes de exercícios em ATIs.

É possível encontrar, disponibilizados publicamente na internet, ou por

instituições governamentais ou por fabricantes de equipamentos, orientações (aqui

referidas como “informativos”) para a realização de exercícios em ATIs. Apresentam

fotos ou ilustrações dos equipamentos demonstrando como utilizá-los, nem sempre

acompanhadas de informações complementares por escrito que, quando presentes,

normalmente sugerem ou o tempo de realização do exercício, ou a quantidade de

séries e repetições com tempo de descanso entre séries, dependendo do

equipamento utilizado. Além de questões referentes à prática regular orientada

utilizando estes equipamentos, o estudo de Chow (2013) demonstrou ser esta

prática considerada segura, apesar de idosos relatarem que sentiam falta de placas

informativas com instruções mais completas e claras que indicassem, por exemplo, a

aptidão necessária por parte dos usuários, restrições específicas em relação à

idade, e formas corretas de utilização dos equipamentos. Neste mesmo estudo,

alguns idosos mencionaram preocuparem-se com o risco de queda, manifestando

serem necessárias também informações referentes aos cuidados com a segurança.

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2.5-Papel social das informações científicas

De acordo com Olivé (1985) a Ciência permite a interação entre seres

humanos sendo, portanto, uma atividade social onde os conhecimentos devem ser

produzidos e desenvolvidos para serem compartilhados com a sociedade. Para

Santos e Mortimer (2000), os conhecimentos científicos e tecnológicos

disponibilizados às pessoas influenciam sobremaneira seu estilo de vida. A

apropriação de conhecimentos científicos aplicados no dia a dia pela população está

fundamentada na prática social, na atividade aplicada e direcionada a transformação

da realidade social (JOVER, 1999). Torna-se fundamental como a sociedade entra

em contato com os conhecimentos produzidos cientificamente, a forma como os

mesmos são disseminados, e como são incorporados em seu dia a dia (ALBAGLI,

1996). O progresso da ciência, e consequentemente da sociedade como um todo,

não é simplesmente a acumulação de descobertas, mas também a incorporação

desses conhecimentos à cultura da sociedade, à medida que suas teorias atendam

as necessidades práticas (JOVER, 1999). Para que os conhecimentos científicos se

popularizem através de sua aplicação e utilização diárias, é necessária, segundo

Albagli (1996), a adequação de uma linguagem técnica e especializada para uma

mais simples, clara, e de fácil compreensão, visando pessoas comuns da população

em geral. A potencialização do papel da ciência na sociedade, aumentando sua

contribuição e eficiência social, como forma de garantir seu progresso, não pode ser

relegada à segundo plano (JOVER, 1999). Uma vez que, de acordo com Olivé

(1985), a ciência como atividade humana envolve tanto o ambiente quanto as

próprias pessoas, ficando clara a relação entre conhecimento científico e questões

sociais. Neste caso, para Albagli (1996), trata-se do ato de transmitir conhecimentos

científicos, tanto com um caráter prático com o objetivo de esclarecer os indivíduos

sobre a solução de problemas cientificamente estudados, quanto com um caráter

cultural, visando estimular a curiosidade científica. Com a crescente importância

atribuída à ciência em função de sua popularização nos últimos anos, é cada vez

maior a preocupação com os impactos sociais dos conhecimentos científicos sobre a

vida cotidiana da população, e com a necessidade de orientá-las proporcionando

soluções aos seus problemas básicos (ALBAGLI, 1996).

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Um material informativo, baseado em informações científicas, elaborado com

ilustrações e linguagem de fácil compreensão, proporcionaria orientações com

possibilidades de segurança e eficiência para uma prática de exercícios em

equipamentos de ATIs. À medida que os idosos se apropriem das orientações

contidas no material informativo, possibilitando uma prática autônoma de exercícios,

este material se constituirá em interface entre a produção científica de

conhecimentos e sua aplicação na vida cotidiana.

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3-RESULTADOS

3.1-Quantidade de Informativos

Foi obtido um total de 60 informativos em formato PDF disponibilizados na

internet. Destes, a maior parte possui origem estrangeira e, predominantemente,

estão redigidos em Língua Inglesa e, apenas alguns, possuem origem nacional.

Apesar de ter sido utilizado termos de busca em Inglês, Espanhol e Português,

figuraram também entre os resultados informativos redigidos em Alemão, Francês e

Italiano, que foram visualmente identificados como informativos para orientação do

uso de equipamentos de ATI. Na tabela 1 é possível observar a distribuição dos

informativos em relação aos idiomas.

Tabela 1 – Idioma de redação dos Informativos Informativos Português Espanhol Inglês Alemão Francês Italiano

Estrangeiros 13 32 7 2 2

Nacionais 4

Os informativos redigidos em Alemão, Francês e Italiano, com o auxílio da

ferramenta “Google Tradutor”, foram incluídos para análise de cada um dos quesitos

presentes na lista de verificação (exceto o item referente a “utilizar linguagem de

fácil compreensão”).

Do total de informativos, 25 foram disponibilizados por órgãos

governamentais, e 35 por fabricantes de equipamentos de ATI.

3.2-Análise dos Informativos Após leitura, constatou-se a frequência de cada um dos itens presentes na

lista de verificação nos 60 informativos. Verificou-se também quantos dos quesitos

da lista de verificação estão presentes em cada informativo. Os quesitos foram

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agrupados em três blocos de acordo com os temas: Melhora da aptidão física;

Segurança na realização das atividades; Comunicação visual.

3.2.1-Questões relacionadas à melhora da aptidão física

Em relação à importância da realização de aquecimento (item “a” da lista de

verificação), constatou-se a presença destas informações em 11,7% dos

informativos. Cinco foram elaborados por órgãos governamentais, e dois por

fabricantes. Os demais 53 informativos analisados não contêm informações sobre

este assunto.

Referente ao número de repetições em cada equipamento (item “b”), sete

contêm esta informação (11,7%), sendo seis de órgãos governamentais e um de

fabricantes, enquanto os demais informativos não apresentam esta informação.

Quanto ao número de séries de repetições em cada equipamento (item “c”),

em quatro informativos consta esta informação (6,67%), todos de órgãos

governamentais.

A informação da possibilidade de realização dos exercícios em diferentes

níveis de intensidade (item “d”) consta em seis informativos (10%), três de órgãos

governamentais, e três de fabricantes.

Em relação ao tempo de exercitação no equipamento (item “e”), constatou-se

a presença desta informação em cinco informativos (8,33%), quatro de órgãos

governamentais, e um de fabricante.

Referente à regularidade na realização dos exercícios (item “f”), três contêm

esta informação (5%), todos de órgãos governamentais.

Quanto à sequência de uso dos equipamentos (item “g”), em sete consta esta

informação (11,7%), sendo cinco de órgãos governamentais, e dois de fabricantes.

A informação da alternância de uso dos equipamentos em função da

solicitação de grupos musculares (item “h”), não consta em nenhum dos 60

informativos analisados.

Em relação à diversidade de equipamentos que possibilitem melhoras da

resistência cardiorrespiratória, força muscular, e flexibilidade (item “i”), constatou-se

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a presença em 37 informativos (61,7%), sendo 15 de órgãos governamentais e 22

de fabricantes.

Referente à finalidade dos equipamentos (item “j”), 45 (75%) continham esta

informação, 16 de órgãos governamentais e 29 de fabricantes.

Na tabela a seguir é possível visualizar o conjunto destes resultados

descritos:

Tabela 2 – Melhora da aptidão física

MELHORA DA APTIDÃO FÍSICA TOTAL GOVERNO FABRICANTE a)Importância do aquecimento 7 (11,7%) 5 2

b)Número de repetições em cada equipamento 7 (11,7%) 6 1

c)Número de séries em cada equipamento 4 (6,67%) 4 -

d)Diferentes níveis de intensidade 6 ( 10 % ) 3 3

e)Tempo de exercício no equipamento 5 (8,33%) 4 1

f)Regularidade de realização dos exercícios 3 ( 5 % ) 3 -

g)Sequência de uso dos equipamentos 7 (11,7%) 5 2

h)Alternância de uso dos equipamentos - - -

i)Diversidade de equipamentos 37 (61,7%) 15 22

j)Finalidade dos equipamentos 45 ( 75 % ) 16 29

3.2.2-Questões relacionadas à segurança na realização das atividades

Em relação ao modo de posicionar-se de forma segura no equipamento para

iniciar o exercício (item “a”), constatou-se que 16 informativos (26,7%) fazem

referência ao assunto, nove de órgãos governamentais, e sete de fabricantes.

Referente ao risco de movimento brusco em amplitudes inesperadas (item

“b”), cinco (8,33%) contêm esta informação, sendo todos de órgãos

governamentais.

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Quanto aos cuidados posturais durante a realização dos exercícios (item “c”),

seis (10%) versam sobre este assunto, cinco de órgãos governamentais, e um de

fabricantes.

Em relação ao modo de sair do equipamento após a realização dos exercícios

(item “d”), dois (3,33%), de órgãos governamentais, apresentam esta informação.

Sobre riscos e cuidados especiais caso o usuário apresente déficits motores

(item “e”), esta informação está presente em quatro (6,67%) informativos de órgãos

governamentais.

Referente às orientações sobre fatores climáticos (item “f”), subitem

“temperaturas extremas”, nenhum informativo aborda esta informação. No subitem

“exposição ao sol”, esta informação é abordada em dois (3,33%), de órgãos

governamentais. No subitem “hidratação do organismo”, quatro (6,67%), de órgãos

governamentais, apresentam estes dados. Com relação ao subitem “vestimenta

adequada”, a informação está presente em três (5%), de órgãos governamentais.

Quanto às orientações para iniciar sempre pela intensidade mais leve (item

“g”), seis (10%), apresentam esta informação, sendo cinco de órgãos

governamentais, e um de fabricantes.

Em relação à interrupção imediata em caso de sensação de mal estar e busca

por orientações médicas posteriores (item “h”), cinco (8,33%) apresentam esta

informação, sendo quatro de órgãos governamentais, e um de fabricantes.

Referente à importância de liberação por médico para prática de atividades

físicas (item “i”), quatro (6,67%) apresentam esta informação, três de órgãos

governamentais, e um de fabricantes.

Em relação ao alerta de que orientações presentes nos informativos não

substituem o acompanhamento de um profissional de Educação Física (item “j”), três

(5%) de órgãos governamentais contêm este aviso.

Referente à advertência sobre o uso autônomo dos equipamentos de ATI ser

voluntário e de responsabilidade apenas do próprio usuário (item “k”), três (5%)

apresentam esta informação, sendo dois de órgãos governamentais, e um de

fabricantes.

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Na tabela a seguir é possível visualizar a descrição destes resultados:

Tabela 3 – Segurança na realização das atividades SEGURANÇA DA ATIVIDADE TOTAL GOVERNO FABRICANTE

a)Como posicionar-se de forma segura para realizar o

exercício 16 (26,7%) 9 7

b)Risco de movimentos bruscos em amplitudes

inesperadas 5 (8,33%) 5 -

c)Cuidados posturais durantes os exercícios 6 ( 10 % ) 5 1

d)Como sair do equipamento após o exercício 2 (3,33%) 2 -

e)Risco em caso de déficits motores 4 (6,67%) 4 -

f)Orientações climáticas

-Temperaturas extremas - - -

-Exposição ao sol 2 (3,33%) 2 -

-Hidratação do organismo 4 (6,67%) 4 -

-Vestimenta adequada 3 ( 5 % ) 3 -

g)Orientações para iniciar pela menor intensidade 6 ( 10 % ) 5 1

h)Interrupção imediata em caso de sentir-se mal 5 (8,33%) 4 1

i)Importância da liberação médica para exercitar-se 4 (6,67%) 3 1

j)Informação de que as orientações não substituem o

acompanhamento de um profissional 3 ( 5 % ) 3 -

k)Informação sobre uso autônomo dos equipamentos 3 ( 5 % ) 2 1

3.2.3-Questões relacionadas à comunicação visual

Em relação a promover adequada transmissão das mensagens (item “a”),

esta orientação está presente em 32 (53,3%), 10 de órgãos governamentais e 22 de

fabricantes.

Relativo ao layout facilitar a compreensão de como usar os equipamentos de

ATI (item “b”), há esta ocorrência em 29 (48,3%), 12 de órgãos governamentais, e

17 de fabricantes.

Referente às cores utilizadas favorecerem a visualização, legibilidade e

compreensão da mensagem (item “c”), isto ocorre em 35 (58,3%), 15 de órgãos

governamentais, e 20 de fabricantes.

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Quanto às informações textuais serem de fácil visualização e leitura (item “d”),

37 (61,7%) atendem este quesito, 21 de órgãos governamentais, e 16 de

fabricantes.

Em relação às ilustrações serem de fácil visualização e compreensão (item

“e”), 49 proporcionam esta ocorrência, 19 de órgãos governamentais, e 30 de

fabricantes.

Relativo ao uso de linguagem de fácil compreensão (item “f”) vale ressalvar

que este item foi analisado apenas nos quatro informativos publicados em Língua

Portuguesa, ocorrendo em apenas um deles.

Quanto à presença da autoria das Informações (item “g”), nove (15%)

atendem este quesito, oito de órgãos governamentais, e um de fabricante.

Na tabela a seguir é possível visualizar o conjunto destes resultados:

Tabela 4 – Comunicação visual

Aspectos de comunicação visual TOTAL GOVERNO FABRICANTE a)Promove transmissão das mensagens 32 (53,3%) 10 22

b)O layout facilita a compreensão do uso dos

equipamentos 29 (48,3%) 12 17

c)As cores favorecem a visualização 35 (58,3%) 15 20

d)As informações são de fácil leitura 37 (61,7%) 21 17

e)As ilustrações são de fácil visualização 49 (81,7%) 19 30

f)Utiliza linguagem de fácil compreensão* 1* 1* -

g)Informa a autoria das informações 9 ( 15 % ) 8 1

* Analisado apenas nos 04 informativos publicados em Língua Portuguesa

3.2.4-Frequência dos quesitos

O quesito que aparece com maior frequência, entre os nove relativos à

melhora da aptidão física, do total de 60 informativos, é o que faz referência à

“finalidade dos equipamentos”, presente em 45 deles, sendo 16 de órgãos

governamentais e 29 de fabricantes. Em seguida, o quesito referente à “diversidade

de equipamentos que possibilitem melhora da resistência cardiorrespiratória, força

muscular, e flexibilidade”, com 37 informativos contendo estes dados, figurando

como a segunda maior frequência, sendo 15 de órgãos governamentais, e 22 de

fabricantes. O quesito que aparece com a terceira maior frequência é o relativo ao

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“número de repetições em cada equipamento”, presente em sete informativos, sendo

seis de órgãos governamentais e um de fabricantes.

Na tabela a seguir é possível visualizar o conjunto destes resultados:

Tabela 5 – Quesitos mais frequentes referentes à melhora da aptidão física

MELHORA DA APTIDÃO FÍSICA TOTAL GOVERNO FABRICANTE Finalidade dos equipamentos 45 ( 75 % ) 16 29

Diversidade dos equipamentos 37 (61,7%) 15 22

Número de repetições 7 (11,7%) 6 1

Quando analisados os 10 quesitos relativos à segurança na realização das

atividades, verifica-se que aquele que faz referência à “como posicionar-se de forma

segura no equipamento para iniciar o exercício” é o mais frequente, e está presente

em 16, sendo nove de órgãos governamentais e sete de fabricantes (tabela 6). A

segunda colocação é dividida pelos quesitos referentes aos “cuidados posturais

durante a realização dos exercícios”, e às “orientações para iniciar sempre pela

intensidade mais leve”, presentes em seis informativos, sendo nos dois casos cinco

de órgãos governamentais, e um de fabricante. Na terceira colocação também

aparecem dois quesitos empatados, sendo um referente ao “risco de movimento

brusco e em amplitude inesperada” e o outro à “interrupção imediata em caso de

sensação de mal estar e busca por orientações médicas posteriores”, que figuram

em cinco informativos cada, e nos dois casos, todos de órgãos governamentais.

Tabela 6 – Quesitos mais frequentes referentes à segurança da atividade

SEGURANÇA DA ATIVIDADE TOTAL GOVERNO FABRICANTE Como posicionar-se de forma segura 16 (26,7%) 9 7

Cuidados posturais durante o exercício 6 (10 %) 5 1

Orientações para iniciar pela intensidade mais leve 6 (10 %) 5 1

Risco de movimentos bruscos em amplitudes

inesperadas 5 (8,33%) 5 -

Orientação para interromper em caso de mal estar 5 (8,33%) 5 -

Verificando os sete quesitos referentes à comunicação visual, constata-se que

o mais frequente é o que faz referência às “ilustrações serem de fácil visualização e

compreensão”, fato que ocorre em 49 dos informativos, sendo 19 de órgãos

governamentais, e 30 de fabricantes (Tabela 7). O segundo quesito mais encontrado

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é o que se refere às “informações textuais serem de fácil visualização e leitura”,

ocorrendo em 37 informativos, sendo 21 de órgãos governamentais, e 16 de

fabricantes. Na terceira colocação encontra-se o quesito referente às “cores

utilizadas favorecerem a visualização, legibilidade e compreensão da mensagem”,

com 35 ocorrências, sendo 15 de órgãos governamentais, e 20 de fabricantes.

Tabela 7 – Quesitos mais frequentes referentes à comunicação visual

COMUNICAÇÃO VISUAL TOTAL GOVERNO FABRICANTE Ilustrações de fácil compreensão 49 (81,7%) 19 30

Textos de fácil visualização e leitura 37 (61,7%) 21 16

As cores facilitam a compreensão 35 (58,3%) 15 20

3.2.5-Quantidade de quesitos por informativo

Considerando a quantidade de quesitos presentes em cada um dos

informativos, excluindo-se o referente a “utilizar linguagem de fácil compreensão”,

pela impossibilidade de análise entre aqueles disponibilizados em Língua

Estrangeira, o que contempla a maior quantidade do total de 31 quesitos, é o do

“Governo Austrália Sydney” (gráfico 1) com 19 quesitos (61,3%).

Gráfico 1 – Distribuição percentual dos Quesitos do “Governo Austrália Sydney”

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Em seguida o informativo do “Governo México Becerrea” com 17 (55%)

indicados a seguir:

Gráfico 2 – Distribuição percentual dos Quesitos do “Governo México Becerrea”

Com a mesma quantidade de quesitos (17 – 55%) o informativo elaborado

pelo “Governo Austrália Camberra” (Gráfico 3).

Gráfico 3 – Distribuição percentual dos Quesitos do “Governo Austrália Camberra”

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Na quarta posição tem-se o do “Governo Brasil Curitiba”, com 16 (54%). A

distribuição percentual dos quesitos, em função das áreas temáticas, pode ser

visualizada no gráfico a seguir (Gráfico 4):

Gráfico 4 – Distribuição percentual dos Quesitos do “Governo Brasil Curitiba”

Na quinta posição aparece o do “Governo EUA Kiama” (Gráfico 5) com 14

quesitos presentes (43%).

Gráfico 5 – Distribuição percentual dos Quesitos do “Governo EUA Kiama”

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Na sexta posição está o do “Governo Valdemoro - Espanha” com 13 (42%),

seguido pelo do “Fabricante Reino Unido 5” com 12 (39%), constituindo-se no

melhor colocado entre os fabricantes.

Tabela 8 – Quantidade de quesitos por informativo

RESPONSÁVEL QUANTIDADE

QUESITOS APTIDÃO

FÍSICA SEGURANÇA

COMUNICAÇÃO VISUAL

Governo Sydney-Austrália 19 (61,3%) 7 6 6

Governo Becerrea-México 17 (54,8%) 6 5 6

Governo Camberra-Austrália 17 (54,8%) 4 7 6

Governo Curitiba-Brasil 16 (51,6%) 5 5 6

Governo Kiama-EUA 14 (45,2%) 7 4 3

Governo Valdemoro-Espanha 13 (41,9%) 5 5 3

Fabricante Reino Unido 5 12 (38,7%) 5 4 3

3.3-Seleção dos equipamentos de ATI

Foram considerados os equipamentos determinados para compor um local de

ATI pelo Governo do Estado de São Paulo através Decreto 58.065 (São Paulo,

2012), para constar no informativo elaborado, a saber:

- Alongador (Figura 1), onde o indivíduo segura firmemente o suporte acima

da altura de sua cabeça com as duas mãos, sustentando parcial ou totalmente o

peso de seu corpo, podendo ainda associar movimentos de rotação do tronco para

um lado e outro (Figura 2). Figura 1 – Alongador Figura 2 – Como utilizar o Alongador

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br) (Fonte: www.zioberbrasil.com.br)

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- Rotador Diagonal (Figura 3), semelhante ao Rotador vertical, com a

diferença dos movimentos de membros superiores serem realizados em um plano

um pouco mais baixo e de forma independente (Figura 4).

Figura 3 – Rotador Diagonal Figura 4 – Como utilizar o Rotador Diagonal

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br) (Fonte: https://i2.wp.com/dietasemetas.com/wp-content/

uploads/2014/09/11.jpg?resize=261%2C300)

- Rotador Vertical (Figura 5), onde o indivíduo segura os suportes de uma

roda metálica à frente com as duas mãos realizando movimentos circulares com os

membros superiores para um lado e para outro (Figura 6).

Figura 5 – Rotador Vertical Figura 6 – Como utilizar o Rotador Vertical

(fonte:www.zioberbrasil.com.br) (Fonte: https://i1.wp.com/dietasemetas.com/wp-content/

uploads/2014/09/rvt_img.jpg?resize=240%2C300)

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- Esqui (Figura 7), onde o indivíduo se posiciona em pé sobre os apoios

móveis alternados segurando as hastes móveis do equipamento posicionadas à sua

frente. A movimentação possível de se realizar é a oscilação alternada de braços e

pernas para frente e para trás (Figura 8).

Figura 7 – Esqui Figura 8 – Como utilizar o Esqui

(fonte:www.zioberbrasil.com.br) (fonte: www.zioberbrasil.com.br)

- Simulador de Caminhada (Figura 9), onde o indivíduo se posiciona em pé

sobre os apoios móveis alternados segurando uma haste fixa à frente do corpo. A

movimentação consiste na oscilação alternada dos membros inferiores para frente e

para trás (Figura 10).

Figura 9 – Simulador de caminhada

Figura 10 – Como utilizar o Simulador de Caminhada

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br) (Fonte:www.zioberbrasil.com.br)

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- Simulador de Cavalgada (Figura 11), semelhante ao “Simulador de remo”,

com a diferença que o indivíduo fica em uma posição ligeiramente mais

verticalizada, com basicamente a mesma possibilidade de movimentação (Figura

12).

Figura11 – Simulador de cavalgada

Figura 12 – Como utilizar o Simulador de Cavalgada

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br) (Fonte: www.zioberbrasil.com.br) - Simulador de remo (Figura 13), onde o indivíduo se posiciona sentado no

equipamento, com os pés sobre dois apoios fixos, segurando em duas hastes mais à

frente. Em seguida realiza o movimento de “empurrar com os pés e puxar com as

mãos” (Figura 14).

Figura 13 – Simulador de remo

Figura 14 – Como utilizar o Simulador de

Remo

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br) (Fonte: www.zioberbrasil.com.br)

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- Leg Press (Figura 15), onde o indivíduo se posiciona sentado no

equipamento, com os pés sobre dois apoios fixos, podendo segurar com as duas

mãos nas laterais do banco onde está sentado, ou apoiá-las sobre as próprias

coxas. Em seguida realiza o movimento de “empurrar com os dois pés” (Figura 16).

Figura 15 – Leg Press

Figura 16 – Como utilizar o Leg Press

.

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br) (Fonte: www.zioberbrasil.com.br)

- Surfe (Figura 17), onde o indivíduo se posiciona em pé, apoiando os dois

pés próximos e paralelos sobre a base móvel do equipamento, segurando uma

haste fixa à frente do corpo. A movimentação consiste na oscilação dos membros

inferiores para um lado e outro (Figura 18).

Figura 17 – Surfe

Figura 18 – Como utilizar o Surfe

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br) (Fonte: www.zioberbrasil.com.br)

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- Multiexercitador (Figura 19), que permite realizar uma série de exercícios (Figura

20): Figura 19 – Multiexercitador

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br)

A B

C D Figura 20 - Como utilizar o Multiexercitador (Fonte: http://multimidia.curitiba.pr.gov.br/2010/00083864.pdf) - “A”, onde o indivíduo sentado realiza a extensão dos joelhos elevando o apoio a frente dos pés; - “B”, onde o indivíduo sentado realiza a flexão dos joelhos abaixando o apoio atrás dos pés; - “C”, onde o indivíduo sentado puxa para baixo as hastes que segura acima da cabeça; - “D”, onde o indivíduo sentado empurra para frente e para baixo as hastes que segura a frente de seu corpo;

Em relação a submissão do guia informativo à análise por juízes, após sua

elaboração mais adiante neste trabalho, todos os quesitos abordados foram

reconhecidos por ao menos quatro dos cinco juízes.

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4-DISCUSSÃO

4.1-Aspectos gerais

Abordar um tema relacionado à saúde e qualidade de vida das pessoas é

algo que demanda uma grande responsabilidade, principalmente quando, por um

lado, órgãos governamentais se propõem a implantar políticas públicas para tal, e

por outro lado, entidades privadas fornecem material que contribua para isso. Há o

envolvimento de interesses políticos e comerciais, mas o foco deve manter-se no

idoso usuário dos equipamentos presentes nas ATIs. Uma iniciativa, que pretenda

estimular a prática voluntária e autônoma de exercícios físicos, deve cercar-se de

cuidados que tenham sido pensados preocupando-se com a melhora da aptidão

física. Esta deverá ser sempre uma das maiores preocupações, por se constituir na

essência de programas como esse, proporcionando assim melhora do bem estar

dos praticantes. Entretanto, uma vez que não há profissional habilitado

acompanhando a atividade, é necessário que o público alvo tenha orientações para,

mesmo sozinhos, obter essa melhora, e de forma segura. Constitui-se contrassenso

o incentivo à prática de exercícios, mas que por falta de orientação, coloque em

risco a saúde de seus praticantes (CARVALHO, et al. 1996; TRIBESS e VIRTUOSO,

2005).

Além das orientações em si, é necessário pensar nas estratégias para que o

público alvo tenha contato com estas informações. Uma forma pela qual isto pode

ser alcançado é através da elaboração, e distribuição de material informativo, onde

seriam abordadas questões relacionadas à maneira como os exercícios devem ser

praticados. De forma complementar, mas não menos importante, é necessário

considerar os aspectos envolvidos na transmissão das orientações ao publico alvo,

de maneira que facilitem a compreensão e consequente aplicação das orientações

fornecidas. Portanto, além das preocupações com a efetividade da melhora da

aptidão física e segurança durante a prática das atividades, deve ser considerado

também os aspectos gráficos e textuais na elaboração dos materiais informativos.

O material elaborado, com a preocupação de que as informações e

orientações nele contidas, sejam assimiladas, se converte em uma interface entre

ciência e população. Trata-se de uma forma de fazer com que o conhecimento

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produzido possa beneficiar diretamente o indivíduo em seu dia a dia. Boissel (2004)

afirma que conhecimentos científicos, podem ser utilizados para a solução de

problemas da vida moderna, promovendo assim benefícios.

4.2-Aptidão física

Quando analisados os 60 informativos, em relação à quantidade de quesitos

presentes, é possível perceber uma diferenciação entre os emitidos por órgãos

governamentais e por fabricantes de equipamentos. Talvez isso ocorra em função

das diferentes intenções que existam por parte de um e de outro, onde os

fabricantes publiquem os informativos com objetivos comerciais, e os órgãos

governamentais o façam procurando orientar os usuários de equipamentos de ATI.

Para que haja melhora da aptidão física, devem ocorrer transformações no

organismo, sendo necessária a utilização sistemática de estímulos funcionais

(BARBANTI, TRICOLI E UGRINOWITSCH, 2004). Variáveis como intensidade e

frequência do exercício, tempo de recuperação, assim como, de acordo com Bompa

(2001), volume ou quantidade total de trabalho realizado, precisam ser

consideradas. De acordo com o American College of Sports Medicine (1991);

Pollock e Wilmore (1993); Blair et al. (1994) e U.S. Department of Health and

Human Services (2018), a resistência cardiorrespiratória, força muscular, e

flexibilidade, são determinantes da aptidão física. Percebe-se a presença na maioria

dos informativos, de variedade de equipamentos, indicando a finalidade de cada um,

e a relação com as variáveis envolvidas na melhora da aptidão física. Entretanto,

observa-se que outros quesitos, apresentam baixa frequência entre os informativos.

Um exemplo, são as orientações sobre o aquecimento prévio que, além de preparar

o organismo, minimizar risco de lesões (FERMINO et al, 2005), colaboram também

para que o condicionamento ocorra de forma otimizada (Batista et al, 2010). Apesar

do U.S. Department of Health and Human Services (2018) apontar que os benefícios

do aquecimento ainda não estão comprovados, reconhece que “...são

frequentemente usados em programas de atividade física eficazes.” (pg. 25), e “...é

uma parte aceitável do plano de atividade física de uma pessoa” (pg 62). Afirma

ainda que o aquecimento antes da atividade aeróbia permite um aumento gradual do

metabolismo, sendo “...comumente recomendado para prevenir lesões e eventos

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cardíacos adversos” (pg 91). Apenas 11,6 % dos informativos apresentam estas

orientações, indicando a existência desta preocupação por parte de poucos, sendo

que entre fabricantes este cenário é ainda pior, onde apenas 3,3 % abordam este

assunto.

Semelhantemente, com uma frequência pouco maior que 10%, e destes a

maior parte de órgãos governamentais, figuram outros dois fatores:

1) Sequência de utilização dos equipamentos que, de acordo com Borges (2008),

quando realizada adequadamente, favorece a obtenção de bons resultados.

Entende-se assim, evitar o uso seguido de dois equipamentos que solicitem os

mesmos grupos musculares, por exemplo. De acordo com Fleck e Kraemer (2006),

deve-se intercalar o uso dos equipamentos de maneira que sejam solicitados

diferentes grupos musculares entre um exercício e outro, evitando-se assim a fadiga

muscular, que prejudicaria o resultado.

2) Número de repetições em cada equipamento onde, de acordo com Matvéiev

(1981) e Asano (2006), para o desenvolvimento da força muscular, o número de

repetições deve ficar entre 12 e 25. Isto é possível quando se utiliza de 40 à 60% da

carga máxima suportada pelo indivíduo, podendo ainda serem feitas de uma à três

séries, com um intervalo de descanso entre elas de 30 a 60 segundos. Já o U.S.

Department of Health and Human Services (2018) orienta que o treinamento

resistido para aumentar a força muscular, é suficiente utilizar um conjunto de 8 a 12

repetições de cada exercício, embora reconheça que 2 ou 3 conjuntos seja mais

eficaz. Percebe-se o número de séries a serem utilizadas como fator de influência

sobre a obtenção de resultados, que está presente em pouco mais de 5% dos

informativos, sendo que nenhum deles foi elaborado por fabricantes de

equipamentos.

Há também, de acordo com Perez, Dias e Carletti (2010); Pereira e Borges

(2006); Scianni et al. (2018), a necessidade de se levar em consideração a

intensidade do exercício, quando o objetivo é condicionar o organismo para melhorar

sua aptidão física. Se, por um lado, forem utilizadas intensidades muito baixas, pode

não ser suficiente para causar transformações significativas. Se por outro, as

intensidades forem muito altas, podem causar fadiga e interrupção do exercício, ou

até mesmo lesões (GOMES, 2009). Neste quesito, apenas seis informativos

oferecem essas orientações, sendo três de órgãos governamentais e três de

fabricantes. De acordo com Bacurau et al. (2013), um princípio norteador para

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obtenção de melhores benefícios físicos, é a consideração da individualidade

biológica, que consiste na adequação da realização de exercícios às características

do indivíduo que irá realizá-los. Ainda de acordo com estes autores, apesar da

aparente simplicidade deste princípio, na prática observam-se dificuldades em sua

aplicação, devendo-se considerar entre outros aspectos, os níveis de aptidão

individual dos praticantes de atividades físicas. É necessário adequar

apropriadamente o treinamento considerando o nível de condicionamento físico e as

diferenças individuais. Entretanto, devido às características próprias da exercitação

de forma autônoma, existe a dificuldade da aplicação do princípio da individualidade.

Uma alternativa viável, entre uma individualização absoluta dos exercícios e a

desconsideração total do princípio, é a orientação da possibilidade de sua realização

em três diferentes níveis de exigência possíveis. Assim, durante a prática de

exercícios nos equipamentos de ATI, seria possível o usuário optar por realizar seus

exercícios em um dos níveis de intensidade indicados, mesmo estando sozinho.

Como nos equipamentos de ATI, com possibilidade de realização de exercícios

resistidos, não existe a possibilidade de graduação da carga, por ser fixa ou

determinada pelo peso do próprio corpo, a intensidade é dependente da velocidade

de execução dos movimentos. Entretanto, de acordo com Bompa (2001), além da

intensidade, o volume também está associado à percepção de esforço que um

indivíduo tem durante o exercício, podendo então ser considerado o número total de

repetições e séries de repetições como parâmetros de classificação do esforço dos

exercícios. Assim, de acordo com Perez, Dias e Carletti (2010), para

desenvolvimento de força e resistência muscular, além da carga, o número de

repetições e séries é mais determinante para modular a intensidade dos exercícios.

Em relação ao esforço, o U.S Department of Health and Human Services (2018)

orienta que os adultos mais velhos devem determinar seu nível de esforço para

atividade física em relação ao seu nível de aptidão física. Pereira e Borges (2006) e

Scianni et al. (2018) argumentam que é possível relacionar a percepção subjetiva de

esforço com a intensidade do mesmo de forma relativamente precisa. Isto possibilita

que, em situações onde indivíduos se exercitem por conta própria, orientações

possam ser oferecidas através da proposição de pelo menos três diferentes níveis

de intensidade ou esforço. Segundo Santos et al. (2012) e Mahmod, Narayanan e

Supriyanto (2018), estes níveis podem ser expressos qualitativamente, podendo ser

classificados como “leve”, “moderado” e “pesado”. Uma forma bastante prática para

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classificar a intensidade do exercício, mesmo que de maneira subjetiva,

independentemente do equipamento que se utilize, é o emprego do Talk Test

(RECALDE et al. 2002; PERSINGER et al. 2004). De acordo com Foster et al. (2009)

e De Lucca et al. (2012), através da manifestação da fala durante o exercício é

possível classificar três intensidades: leve, onde é possível falar de forma

confortável; moderado, onde é possível falar mas já apresentando algum

desconforto; pesado, onde o indivíduo apresenta grande desconforto, ou sequer

fala. Outro fator a ser considerado, é que o intervalo de descanso deverá ser

suficiente para que o organismo consiga recuperar-se do desgaste sofrido durante o

exercício. Intervalos muito curtos não proporcionam recuperação adequada do

organismo ao desgaste promovido pela exigência do exercício, aumentando assim o

risco de lesão. Por outro lado, intervalos muito longos, apesar de permitir plena

recuperação, não promovem melhoras das capacidades físicas do indivíduo

(GOMES, 2009).

Quando se considera o tempo de exercício em cada equipamento, percebe-se

que este depende, entre outros fatores, do número de repetições, número de séries,

e intensidade (velocidade de execução). Entretanto, de acordo com Perez, Dias e

Carletti (2010), é necessária a preocupação com o tempo de realização de um

exercício, nas atividades que tenham por objetivo o desenvolvimento da resistência

cardiopulmonar. Nos equipamentos destinados a melhora desta variável, a

intensidade do treinamento pode ser controlada principalmente através da

velocidade de execução dos movimentos, e do tempo de exercício em cada um

deles. Esta informação aparece em apenas cinco dos informativos, sendo só um de

fabricante.

A regularidade com que um indivíduo se exercita, é considerada por vários

autores (CARDOSO, 2007; CHAVES ET AL. 2007; SANTOS, SANTOS E MAIA,

2009; PEREZ, DIAS E CARLETTI, 2010;) como fundamental para a melhora da

qualidade de vida. De acordo com o U.S. Department of Health and Human Services

(2018) para que benefícios substanciais à saúde sejam proporcionados, os adultos

devem fazer entre 150 e 300 minutos de atividade física moderada por semana.

Reforça que qualquer atividade física é melhor que nenhuma, e mesmo pequenos

aumentos na quantidade de atividade física de intensidade moderada proporcionam

benefícios à saúde. A regularidade de realização dos exercícios é abordada em

apenas três informativos, sendo todos de órgãos governamentais. Enquanto cada

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vez mais se procura popularizar a orientação para praticar atividade física

regularmente, a orientação mais detalhada sobre essa regularidade aparece em

poucos informativos.

Outra atitude válida, segundo Uchida et al. (2013), e Bossi (2014), seria o uso

alternado dos equipamentos, não só naqueles utilizados no dia, mas considerando-

se também entre um dia e outro. Esta orientação não é proporcionada por nenhum

dos informativos.

Outro ponto que deve ser levado em consideração, é o fato de equipamentos

diferentes, terem solicitações físicas semelhantes sobre o organismo. Estas

solicitações podem referir-se a contração de grupos musculares semelhantes, ou

promover maior flexibilidade dos mesmos segmentos, ou ainda, impor uma

exigência cardiovascular semelhante. Esta diversidade é importante para evitar uma

possível sensação de monotonia durante a realização dos exercícios (SOUZA,

2015), que poderia resultar em uma situação desmotivante. De acordo com Saba

(2006) e Eugênio (2012), a permanência na realização sistemática dos exercícios

depende da motivação, e em muitas situações, um dos fatores que mantém o

indivíduo praticando atividade física de forma regular, é a variedade de

equipamentos.

Para que seja possível alternar o uso dos equipamentos de forma eficiente, é

importante que seja informado ao usuário a finalidade de cada um deles, e isso

sabido antecipadamente, possibilita a elaboração de uma rotina de treinamento

adequada para melhora da aptidão física (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS

MEDICINE, 1991; POLLOCK E WILMORE, 1993; BLAIR et. al, 1994). No

apontamento da finalidade de cada equipamento, foi possível detectar algumas

falhas nas orientações que, quando presentes nos informativos, possuíam erros ou

estavam incompletas, principalmente nos elaborados por fabricantes. Em um deles

aponta a finalidade de um equipamento, que exige contrações dos músculos de

membros inferiores, como sendo indicado para “fortalecimento dos braços”.

O Quadro 1 mostra um panorama dos quesitos, relacionados com a melhora

da aptidão física, presentes nos informativos elaborados por órgãos governamentais

e fabricantes.

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Quadro 1 – Distribuição dos quesitos relacionados à aptidão física nos informativos

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Nota-se grande quantidade de informações referentes à diversidade de

aparelhos existentes indicando suas finalidades, porém de forma menos precisa

entre fabricantes. Percebe-se que os órgãos governamentais elaboraram

informativos com quantidade pouco maior dos demais quesitos relacionados à

melhora da aptidão física, quando comparado aos fabricantes.

4.3-Segurança

Em relação às questões de segurança, além de considerar os riscos de lesão

em função de níveis de exigência inadequados, deve-se considerar outros potenciais

fatores causadores de lesão. De acordo com Vilela (2000), existem riscos criados

pelas partes mecânicas dos diferentes tipos de máquinas, que ressalta também a

importância de orientações específicas e detalhadas para seu adequado uso,

objetivando a prevenção de acidentes. Este conceito aplica-se aos equipamentos de

ATI, uma vez que os mesmos possibilitam movimentos giratórios, retilíneos, ou de

vai e vem. O autor ressalta ainda a necessidade do detalhamento das orientações

abrangerem minimamente a descrição dos riscos, na utilização de uma determinada

máquina, e as formas específicas de proteção contra cada um deles. Além das

questões relacionadas à segurança na realização dos exercícios serem importantes

no auxílio à prevenção de lesões, devem-se considerar também as chances de um

indivíduo eventualmente lesionado, ser obrigado a interromper a realização de seus

exercícios, podendo prejudicar a evolução de seu treinamento. As ações preventivas

adotadas envolvem, entre outros aspectos, a forma de utilização dos equipamentos,

e as exigências físicas e cognitivas correspondentes (Mendes, 2001). Um dos riscos

frequentemente considerados (VILELA, 2000) é a perda do equilíbrio e a ocorrência

de quedas, possibilidade essa presente em alguns equipamentos das ATIs. Na

movimentação durante o uso do equipamento, deve-se verificar a exigência de

esforço repetitivo, e a possibilidade de manutenção de posturas por tempo

prolongado, que podem sobrecarregar o aparelho locomotor do indivíduo. Estas

ações, segundo Almeida e Vilela (2010), se constituem na adaptação da atividade às

limitações apresentadas pelo executante. O uso destes equipamentos possibilita

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melhora de força muscular e equilíbrio, justamente por serem estas capacidades

exigidas de forma controlada, durante a realização dos exercícios. Percebe-se assim

que, para a utilização destes equipamentos, é necessário um pré-requisito mínimo

de força muscular e equilíbrio, devendo-se considerar a necessidade de alertar

indivíduos que possuam tendência a quedas, para redobrar sua atenção ou mesmo

evitar seu uso. Esta preocupação se justifica, de acordo com Maia et al. (2011), por

terem as quedas sofridas por idosos consequências prejudiciais. Essa ideia é

reforçada pelos resultados do estudo de Mazo et al. (2007) que demonstrou haver

correlação em idosos entre baixos níveis de aptidão física e quedas.

Entre os informativos é possível observar um item em destaque: orientações

em como posicionar-se nos equipamentos para utilizá-los. De acordo com Oliva,

Bankoff e Zamai (1998), Uchida et al. (2013), esta é uma preocupação válida e muito

importante, pois se constitui no ponto de partida para a utilização correta do

equipamento, assim como a realização mais adequada dos movimentos. Entretanto,

apenas 25% dos informativos fornecem essa orientação que, por sua relevância,

pode ser considerado pouco. Os cuidados posturais necessários para a realização

dos exercícios nos equipamentos de ATIs, devido às similaridades, são os mesmos

para a realização daqueles encontrados em academias convencionais. Deve-se de

forma geral, segundo Uchida et al. (2013) procurar manter a coluna vertebral bem

apoiada ou, quando isto não for possível, bem estabilizada, utilizando-se inclusive do

auxílio dos membros superiores para isso, durante toda a movimentação. Enquanto

o exercício é realizado, deve-se evitar movimentar segmentos corporais que não

tenham participação direta (BOSSI, 2014).

É importante também considerar o risco de movimento brusco em amplitude

inadequada, em equipamentos que permitem movimentação no momento de

posicionar-se. É o caso, por exemplo, do equipamento denominado “Simulador de

caminhada” (Fig. 9). Nestas situações, a possibilidade de movimento aumenta à

medida que o torque aumenta (PETER, 1998; SIQUIEROLI, 2007) e, neste caso,

conforme a projeção do centro de gravidade do corpo se distancia do centro da

base, ou do eixo de rotação do equipamento. Segundo McGinnis (2015), isto faz

com que haja uma redução da estabilidade. Consequentemente, em equipamentos

com essa característica, é necessário sempre ter a preocupação em oferecer

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orientações que prezem pela manutenção da estabilidade do indivíduo durante seu

uso.

As preocupações referentes à manutenção da estabilidade do corpo, evitando

desequilíbrios, possíveis quedas, ou movimentos bruscos em amplitudes

inadequadas, são importantes tanto para posicionar-se, como para sair do

equipamento. A forma segura de sair do equipamento após seu uso deve seguir a

mesma sequência para posicionar-se antes, porém em ordem inversa. Uma vez que

as ATIs são consideradas de uso prioritário para os idosos, é possível que muitos já

apresentem comprometimentos físicos (MACIEL e GUERRA, 2005; RUWER, ROSSI

e SIMON, 2005; SANTOS et al. 2015) e, assim, maior facilidade em perder seu

equilíbrio. Nestes casos, a atenção e os cuidados, anteriormente descritos, devem

ser redobrados e alertados aos idosos frequentadores de ATIs.

Considerando a progressiva diminuição das capacidades físicas que os

idosos normalmente vivenciam (FECHINE e TROMPIERI, 2012), no momento de

iniciar uma rotina de exercícios em ATIs, eles devem ser alertados e aconselhados a

começar sempre pela intensidade mais leve, como forma de minimizar os riscos de

desconfortos, mal estar, e lesões (ASANO, 2006; O'DONOVAN et al. 2010). À

medida que os idosos forem realizando o exercício, conseguirão perceber o quanto

estão aptos, minimizando a possibilidade de desconforto em função do esforço

realizado. Podem então passar a realizar os exercícios em intensidades maiores, ou

por mais tempo, como forma de incremento do esforço para continuidade das

adaptações ao treinamento (O'DONOVAN et al. 2010). Como, mesmo assim, a

possibilidade de sentir-se mal existe, percebe-se a necessidade de procurar formas

que reduzam as chances disso acontecer. Uma delas é que o idoso procure

consultar-se com um médico para saber se existe algum problema de saúde que o

impeça de iniciar um programa de atividades físicas. Se existe alguma restrição, ou

ainda, a necessidade de cuidados específicos durante a realização dos exercícios. A

liberação por um médico, para a prática de exercícios físicos, é algo que proporciona

maior tranquilidade e segurança ao realizar estas atividades (ROFFMAN, GOLAN e

VINKER, 2016), sendo assim necessário que estas orientações constem no material

informativo. Lembrando que durante os exercícios é possível que o idoso esteja

desacompanhado, é importante também constar nas orientações que, ao menor

sinal de desconforto ou mal estar, interrompa imediatamente a atividade.

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Manifestações do organismo que sejam percebidas como desagradáveis muitas

vezes são alertas de que existe algum problema (SANTOS et al. 2012; MAHMOD,

NARAYANAN e SUPRIYANTO, 2018), e a interrupção imediata do esforço pode

evitar que algo pior aconteça. O praticante então terá oportunidade de relatar o

ocorrido a seu médico que procederá de acordo com as suas necessidades, como

forma de garantir sua segurança. Considerando a possibilidade de sentirem-se mal,

é interessante que os idosos sejam orientados a se perguntarem antes de iniciar

seus exercícios “- Como estou me sentindo hoje?”, ou “- Quanto estou disposto

hoje?”. As respostas a perguntas como estas podem fornecer indícios da pré-

disposição do organismo para suportar as exigências da atividade física que será

realizada.

Outro ponto a ser observado, quando se propõe uma prática de atividades

físicas em ambientes externos, é a influência das condições climáticas. De acordo

com Marins (1996), Silami-Garcia e Rodrigues (1998), e Vilela (2000), deve se

considerar basicamente questões referentes à temperatura, exposição ao sol e

vestimenta adequada. Além desses fatores, a hidratação do organismo também se

constitui em procedimento preventivo durante a prática de exercícios (SILVA, 2011).

Assim como muitos organismos vivos, o corpo humano possui uma faixa ideal de

temperatura para seu pleno funcionamento que em repouso situa-se ao redor de 37

graus Celsius (SILAMI-GARCIA E RODRIGUES, 1998; CAMARGO E FURLAN,

2011). Durante a atividade física, com o aumento do metabolismo e consequente

aumento da temperatura corporal, o organismo reage utilizando-se de estratégias

para que essa temperatura não se eleve demasiadamente (MARINS, 1996; SILAMI-

GARCIA E RODRIGUES, 1998). É necessário que o organismo perca calor para o

meio ambiente, e um dos meios para que isto ocorra, é através da evaporação do

suor, que envolve considerável perda de água pelo organismo (CAMARGO E

FURLAN, 2011). Quanto mais baixa for a temperatura externa, mais calor o

organismo poderá transferir para ele, devendo-se então ter a preocupação de que

esta transferência não seja excessiva. Quanto maior for a temperatura externa,

menos calor poderá ser transferido, invertendo-se a preocupação no sentido de

facilitar essa transferência, de acordo com Doca, Villas Boas e Biscuola (2012). As

vestes se constituem em barreiras físicas que podem facilitar a transferência ou a

retenção do calor corporal produzido. Assim, em temperaturas muito frias, deve-se

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procurar manter o corpo mais agasalhado, evitando grandes perdas de calor, mas

ao mesmo tempo evitando que sua retenção seja exagerada. Em temperaturas mais

quentes deve-se procurar utilizar vestes mais leves que facilitem a perda de calor

para o meio ambiente. Um bom conselho a ser dado, é utilizar vestes que, além de

permitir fácil movimentação corporal, proporcionem sensação de conforto térmico, de

forma que o praticante não relate sentir nem frio, nem calor. Como, em qualquer dos

casos, ocorre a perda de água pelo organismo, sendo logicamente maior em

temperaturas mais elevadas, mas não menos importante nas mais frias, nota-se a

importância de manter o organismo hidratado. A ingestão de água em pequenas

quantidades antes, durante e depois da atividade física, é uma forma bastante

efetiva de se conseguir isso (CAMARGO e FURLAN, 2011). Em temperaturas mais

elevadas, segundo os autores, devem-se ingerir quantidades um pouco maiores, do

que em temperaturas mais baixas.

Quando em exposição ao sol, além da preocupação com a temperatura

corporal, proteger-se da irradiação da luz solar também se faz necessário (GIES et

al. 2009; NAHAR et al. 2013; BOYAS, NAHAR e BRODELL, 2016). Devem-se

fornecer orientações para utilização de bonés ou chapéus, óculos de sol, e aplicação

de protetor solar nas áreas do corpo que ficarão expostas durante os exercícios

físicos (NAHAR et al. 2013).

Mesmo com todos estes cuidados e precauções, é necessário que os idosos

tenham consciência que, por maiores e mais completas que sejam as orientações,

elas jamais substituirão a presença de profissional habilitado que acompanhe as

atividades. É necessário que fique claro, que a realização dos exercícios de forma

autônoma, assim como seguir as orientações oferecidas nos informativos, é de

responsabilidade do próprio usuário.

Percebe-se no Quadro 2 ausência de várias dessas informações em todos os

informativos porém, de forma mais acentuada entre fabricantes, que não

apresentam nenhuma orientação relativa às questões de segurança em

praticamente metade dos informativos e, entre aqueles que apresentam, abordam

praticamente apenas metade dos quesitos.

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Quadro 2 – Distribuição dos quesitos relacionados à segurança da atividade nos informativos

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4.4-Comunicação visual

Uma vez discutidas as variáveis que podem auxiliar na melhora da aptidão

física da forma mais segura possível, torna-se necessário preocupar-se em como

essas informações serão transmitidas adequadamente aos idosos usuários de

equipamentos de ATI. Para a elaboração de um informativo, é importante considerar

os princípios da comunicação visual e design que, de acordo com Teixeira et al.

(2014), são regras e conceitos que orientam a organização dos elementos visuais

promovendo sua otimização. O conteúdo das informações deve estar organizado

para que a transmissão da mensagem seja mais efetiva e, para tanto, deve-se

procurar manter os elementos de um bloco de informações próximos entre si, com

um alinhamento consistente e padronizado. Um informativo deve transmitir de forma

eficiente orientações a que se propõe e, de acordo com Munari (2001), as páginas

devem conter elementos gráficos e textuais sobre algo que se quer comunicar,

devendo-se assim tentar diferentes formas de compor estes elementos, transmitindo

a informação pretendida eficientemente. Para que haja efetiva comunicação, de

acordo com Fernandes (2015), é necessário que a elaboração da mensagem utilize

linguagem de fácil compreensão, uma vez que, a informação se constitui em um

conjunto de dados que são processados e organizados com objetivo de transmiti-la.

De acordo com Chalhub (1995) a linguagem participa de aspectos mais amplos que

apenas mensagens verbais, e envolve outras questões, como por exemplo,

emotivas e metalinguísticas. De acordo com a autora, a estrutura de uma mensagem

necessita de emissor, receptor, canal de transmissão, mensagem (propriamente

dita) e código. Relacionando estes componentes com a elaboração de um

informativo, tem-se como emissor, o autor das informações; como receptor, os

idosos usuários de equipamentos de ATI; como canal, o informativo elaborado;

como mensagem, todas as orientações contidas no informativo; como código, as

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imagens e textos utilizados. A linguagem, segundo Freire (2004), não deve se limitar

aos conceitos de linguagem verbal ou escrita, mas sim combinar mais elementos

quando se quer comunicar algo. Chalhub (1995) afirma que as funções da

mensagem dependem da ênfase que é dada a cada um de seus elementos. É

possível perceber que esta deva ser predominantemente sobre o receptor,

assumindo assim, de acordo com a autora, uma função conativa, quando a

mensagem está orientada para o destinatário com intenção de tentar influenciar o

mesmo. Entretanto, de acordo com Chalhub (1995), uma mesma mensagem pode, e

deve, ter mais de uma função. É importante enfatizar o canal, assumindo assim uma

função fática, com objetivo de reforçar a comunicação. Igualmente importante

também é a mensagem propriamente dita, caracterizando uma preocupação com a

função poética, ou seja, como a mensagem será mostrada de maneira que

sensibilize o receptor. Os aspectos gráficos e textuais devem então ser pensados e

adequados para que a mensagem possa ser compreendida e utilizada pelo público

alvo (LICHESKI, 2004; BOERS, 2018). Sob essa perspectiva, uma efetiva

transmissão de mensagem ocorre, de acordo com Pedrosa e Toutain (2005),

quando há a transmissão da informação em suas diferentes linguagens exercendo

influência sobre o cotidiano das pessoas. Ainda segundo Fernandes (2015), deve

utilizar um sistema de codificação que, através de um determinado meio, possibilite

sua interpretação e significação. Para que isto ocorra de forma apropriada, deve-se

ter a preocupação com os formatos como os textos são escritos que, de acordo com

Fonseca (2008), ainda hoje é conhecido por tipografia, consistindo, segundo Farias

(1998), no conjunto de práticas de criação e utilização de símbolos visíveis (letras e

sinais de pontuação). A ilustração através de imagens deve ser considerada também

e, segundo Fonseca (2008), suas cores são capazes de despertar a atenção, que

acordo com Licheski (2004) e Boers (2018), pode ter seus elementos manipulados

por técnicas para ressaltar o conteúdo das formas.

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De acordo com Rodrigues e Blattmann (2004) a crescente evolução das

novas formas de comunicação e informação na sociedade é capaz de provocar

transformações sociais. Entretanto, mesmo que seja indiscutível essa evolução, e o

consequente acesso cada vez maior às fontes de informação, na maioria das vezes,

os dados acessíveis não estão disponibilizados e estruturados para que o usuário

consiga transformá-los e aplicá-los de forma a suprir suas necessidades. Verifica-se

uma carência no apontamento da origem dessas informações, que podem gerar

dúvidas quanto a sua fundamentação, caracterizando grande fragilidade na

veiculação de informações de caráter público ou direcionadas para a cidadania

(TOMAÉL e VALENTIM, 2004). Um procedimento simples, que pode proporcionar

maior tranquilidade em relação às informações que se tem contato, é indicar suas

origens autorais e institucionais, que podem assim transmitir maior credibilidade e

tranquilidade em sua utilização na vida diária.

A distribuição dos elementos textuais e ilustrativos no espaço destinado a

conter a mensagem, ou seja, o layout (MESQUITA, 2016), para ser considerado

bem feito, do ponto de vista funcionalista, deve seguir uma série de recomendações,

como por exemplo, a utilização de poucas fontes tipográficas (modelos de letra),

legibilidade, ordenação, facilidade de decodificação do material apresentado, e

priorização da comunicação (SILVA, 1985; FONSECA, 2008). Sua consistência

depende da compatibilidade entre os elementos, firmeza, e constância, conforme

repetem-se em sua distribuição indicando a presença de coerência no material,

quando se deseja uma transmissão eficiente de uma determinada mensagem

(BEIRUT et al. 1997). O layout, ou a composição gráfica dos elementos, de acordo

com Dondis (1991), pode apresentar-se de forma equilibrada, que transmita

sensações mais tranquilas, ou desequilibrada, mais inquietante e provocadora. Pode

ainda apresentar-se de forma simétrica, caracterizada pela lógica e simplicidade

absolutas com o risco de tornar-se estática e até mesmo enfadonha, ou assimétrica,

mais interessante e inspiradora. Considerando as características do público alvo

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neste trabalho, dentre as técnicas de comunicação relacionadas por Dondis (1991),

deve-se considerar uma composição: simples, que ofereça certa ordem, evitando-se

fragmentações de cada ideia ou conceito; previsível, através do uso de elementos

mínimos, mas suficientes, e que transmitam atividade e movimento; exata, com

sensação de profundidade, sequencialidade e sem justaposição. Com relação à

diagramação do layout, Collaro (2000) destaca a maneira como os olhos se

movimentam em relação às zonas de visualização da folha impressa, em uma

diagonal descendente da esquerda para a direita, como mostra o Quadro 3:

Quadro 3 – Zonas de visualização da página impressa

Zonas de visualizações: 1. Zona Visual Primária; 2. Zona Visual Terminal; 3. Zona Visual Morta;

4. Zona Visual Morta; 5. Centro Ótico;

6. Centro Geométrico.

Para Collaro (2000) a zona visual primária está na região superior à esquerda

e é a que primeiro retém a atenção do leitor, passando pelo centro, chegando à

chamada Zona Visual Terminal. Nas partes, superior direita e inferior esquerda da

página, encontram-se as Zonas Visuais Mortas, ou cantos sem atração, que

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segundo o autor “...é onde deverão ser colocados os sinais mais fortes para

despertar o interesse do leitor” (Collaro, 2000, p. 163). Santos (2005) afirma que

uma composição gráfica harmônica conquistará e manterá por mais tempo a

atenção do leitor.

Importante também considerar as cores, que de acordo com Pedrosa e

Toutain (2005), possuem fundamental importância na influência sobre os indivíduos

e suas emoções. As cores não podem ser utilizadas indiscriminadamente, pois

podem assim promover distração, prejudicando a compreensão da mensagem. Para

tanto, segundo as autoras, o uso das cores deve ser padronizado e facilitar a

identificação dos elementos, atraindo a atenção do receptor da mensagem,

facilitando a visualização e melhorando a legibilidade. Devem ainda considerar as

características do público alvo, e serem selecionadas de modo a evitar a fadiga dos

órgãos visuais. Para Dondis (1991) e Gomes Filho (2008), o contraste está entre os

principais fatores a serem considerados, devendo-se ter também preocupação com

a saturação de cada uma das cores.

Outro elemento importante na composição da página impressa a ser levada

em consideração é a tipografia que, para Ribeiro (2003), consiste na escolha do tipo

de letra que será utilizada no texto, e tem como função elucidar e enobrecer o

mesmo. Ressalta que o texto deve apresentar o pensamento escrito sob uma forma

ordenada, clara e equilibrada, que facilite a leitura. Os tipos mais apropriados

deverão ser claros, simples e legíveis, levando em consideração o seu tamanho,

disposição, contrastes e harmonia entre os espaços em branco e o trabalho de uma

maneira geral. Para Clair e Busic-Snyder (2009), vários autores defendem que uma

linha padrão, pensada para leitores fluentes, deverá conter de sete a doze palavras

para um tamanho de letra de dez a doze pontos. Entretanto, se as linhas forem

demasiadamente curtas ou longas, dificultarão a leitura. Considerando a faixa etária

do público alvo para a elaboração deste informativo, percebe-se ser prudente,

utilizar tamanho mínimo de letras, entre 12 e 14 pontos, considerando provável

diminuição da acuidade visual dos idosos. É consenso também, de acordo com Clair

e Busic-Snyder (2009), que as letras minúsculas são mais adequadas para textos

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corridos e as maiúsculas para os títulos, e que o texto em negrito é lido mais

facilmente que em itálico ou sem elemento de destaque.

Quando os elementos da linguagem ilustrativa são associados, e articulados

de forma consciente, podem promover significados precisos em uma determinada

ilustração (FREIRE, 2004). A ilustração deve possuir significados sociais capazes de

estimular interpretações que não estão contidas no texto, completando assim seu

sentido, evitando sempre o conflito entre o que o leitor imagina e o que a imagem

mostra. Segundo Licheski (2004), a informação visual é ampla em suas definições, e

associativa em seus significados, uma vez que, de acordo com Teixeira et al. (2014),

a ilustração é um recurso não verbal que assume sua importância como integrante

do texto. Para Teixeira et al. (2014), deve facilitar a percepção considerando a

relação entre figura-fundo, onde espaços brancos podem desempenhar esta função,

sem deixar de, segundo Gomes Filho (2008), levar em consideração as questões de

profundidade, em imagens tridimensionais. Este autor ainda afirma que, melhor será

a percepção da imagem, quanto mais simples, equilibrada, homogênea e regular ela

for, de maneira que se evite o chamado ruído visual, ou seja, a presença de

elementos que promovam distração e/ou confusão.

Uma preocupação pertinente consiste no uso de elementos de linguagem

escrita que sejam facilmente compreendidos pelo público alvo. Echer (2005), e

Sanches e Teodoro (2006), afirmam que é importante transformar a linguagem

técnica científica, das informações encontradas na literatura, tornando-as acessíveis

a todos independentemente do grau de instrução, quando se quer elaborar manuais

de orientação à população. Garner (2009), e Gershon, Morris e Ferguson (2016),

complementam afirmando que a qualidade de um programa de atenção à saúde,

depende da orientação do público alvo através da linguagem normalmente utilizada

pela população. Comumente os profissionais envolvidos não percebem que utilizam

linguagem técnica, muitas vezes incompreensível por muitas pessoas sendo

necessário, portanto, redigir essas orientações em uma linguagem que todos

entendam (ECHER, 2005). Cassab e Martins (sd) afirmam ainda que o uso de

termos técnicos e científicos poderia se constituir em um ruído na mensagem dirigida

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do locutor ao receptor, dificultando a compreensão da informação que se quer

transmitir. Apesar de, segundo Reily (2006), a linguagem integrar e constituir a

cultura de qualquer sociedade passada entre gerações, deve se constituir também

em instrumento democrático de acesso a informação.

A princípio, poderia se pensar no uso de uma linguagem coloquial, como

sendo a mais eficiente na transmissão de informações para indivíduos comuns.

Entretanto, apesar de ser aquela corriqueira e mais falada, segundo Vanoye (2003),

esta linguagem não segue todas as regras gramaticais, possibilitando a ocorrência,

mais uma vez, de ruídos. Podem-se utilizar algumas características dela que, de

acordo com o mesmo autor, preocupa-se basicamente em transmitir o conteúdo da

mensagem, utilizando palavras possíveis de serem decodificadas do mesmo modo

por integrantes de um mesmo grupo. Além disso, deve-se procurar evitar termos

técnicos, de acordo com Fernandes (2015), e utilizar uma linguagem objetiva, com

um estilo de escrita simples e eficiente, que permita ao leitor entender facilmente o

que está escrito (GARNER, 2009).

Rodrigues e Blattmann (2010), afirmam que a obtenção e uso de informações,

fatores de geração de conhecimento, se constituem em matéria prima para

transformações sociais. Devem-se considerar suas fontes e, entre os fatores que

definem a percepção de qualidade das mesmas, encontra-se a identificação de seus

autores e instituições vinculadas. Para Witter (2010), autor é a pessoa, ou

instituição, responsável primária pelos dados, conceitos, análises e interpretações

de um trabalho publicado. A identificação fácil e clara da autoria, de acordo com

Sordi, Meireles e Grijo (2008), possibilitam ao leitor analisar o nível de seriedade e

consequente confiabilidade das informações. Percebe-se desta forma a importância

de, no momento da elaboração do informativo, preocupar-se em identificar seu

autor, assim como a instituição acadêmica de vínculo, proporcionando maior

tranquilidade ao leitor.

Entre os informativos analisados, verificou-se que a preocupação com

a comunicação visual foi a que mais quesitos estavam contemplados, tanto entre

fabricantes, quanto entre órgãos governamentais (Quadro 4).

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Quadro 4 – Distribuição dos quesitos relacionados à comunicação visual nos informativos

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4.5-Elaboração do material informativo

A fundamentação teórica da concepção do material informativo, atendendo a

cada um dos 31 quesitos analisados e discutidos anteriormente, não é algo que

possa ser feito abordando cada um deles na mesma ordem listada. Ao longo do

informativo, a cada sessão, abordam-se vários quesitos, que podem ou não se

repetir em outras sessões. Assim, optou-se expor textualmente a fundamentação

teórica que justifica o informativo da forma como foi elaborado, para só então

apresentá-lo na sua íntegra, como produto final de todo o processo até então

executado.

Em função da possibilidade do estabelecimento de empatia de interlocutores

com personagens, de acordo com Motta et al. (2006) e Pavarini e Souza (2010), em

materiais informativos e de orientação, foram criadas para uso no presente trabalho

duas personagens: o “Senhor Saúde” e a “Dona Disposição”. Esta estratégia, de

interação com o interlocutor possibilita, de acordo com os autores, facilitação na

transmissão das informações à medida que o estabelecimento deste vínculo é

facilitado.

Há também a intenção de que a transmissão das informações seja facilitada,

com o emprego de imagens que, de acordo com Lopes e Trivinho (2000),

demonstram a utilização dos equipamentos, poupando assim o leitor de textos

longos e cansativos. Muitas orientações ficam implícitas nestas imagens, com o

auxílio de algumas outras informações textuais, de maneira que uma complemente a

outra, apresentando o contexto global de realização do movimento com condições

para uma melhor compreensão.

Foi pensada uma sequência de utilização dos equipamentos, de maneira a

oferecer uma exigência crescente de esforço de seus praticantes, e também

proporcionar melhores resultados de treinamento. De acordo com Spineti et al.

(2013) e Silva et al. (2013), a sequência de realização dos exercícios apresenta

influência sobre o rendimento dos mesmos, fazendo com sua efetividade seja

otimizada, além de interferências sobre a intensidade da fadiga muscular pós treino

e tempo de recuperação entre séries.

Procurando atender a necessidade de ativação do metabolismo dos

praticantes, o leitor é aconselhado a utilizar o deslocamento de casa ao local dos

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equipamentos, através de uma caminhada em ritmo um pouco mais acelerado que o

normal, como forma de ativar suas funções orgânicas, servindo justamente como

início de seu aquecimento. De acordo com o U.S. Department of Health and Human

Services (2018) o aquecimento, mesmo que os benefícios à saúde ainda não

estejam comprovados, são frequentemente usados em programas de atividade física

eficazes, além de parte aceitável do plano de atividade física de uma pessoa, sendo

comumente recomendado para prevenir lesões.

O equipamento indicado para iniciar a sequência de exercícios no local da ATI

é o “alongador” (Figura 1), com a orientação de que sejam realizados movimentos

de rotação da coluna, para um lado e para o outro. Estes devem ser lentos,

contínuos e sem insistência, mantendo um breve período de tempo o corpo na

posição final de cada giro (ALTER, 1999). O termo “insistência” faz alusão aos

pequenos movimentos de “vai e vem”, após ter atingido o limite articular da

amplitude de rotação de coluna, como forma de tentar atingir uma amplitude ainda

maior. Esta orientação, segundo Souza e Penoni (2008) e Baker (2014), justifica-se

em virtude dos músculos envolvidos na rotação de coluna não serem tão fortes e

numerosos, quanto os músculos relacionados aos outros movimentos vertebrais,

havendo assim menos condições para manter a mesma proteção.

Figura 1 – Alongador

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br)

Desta forma este equipamento, que pode contribuir para o alongamento dos

músculos do tronco e ombros, é considerado pertinente ao período de aquecimento.

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Na sequência, é indicado o uso dos aparelhos de “rotação diagonal” (figura 3)

e “rotação vertical” (figura 5), exemplificando a diversidade de movimentos que

podem ser realizados e a quantidade de execução de cada um deles.

Figura 3 – Rotador Diagonal Figura 5 – Rotador Vertical

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br) (fonte:www.zioberbrasil.com.br)

Estes exercícios, que proporcionam a movimentação articular dos membros

superiores, complementam o aquecimento para a utilização dos outros

equipamentos. Em uma sequência lógica de treinamento, de acordo com Silva et al.

(2011), orienta-se a realização de exercícios que aumentam a exigência sobre o

aparelho cardiorrespiratório, solicitando grandes grupamentos musculares, fazendo

com que estes demandem maior irrigação sanguínea e consequentemente maiores

quantidades de substratos energéticos e oxigênio. Nestes exercícios são utilizados

equipamentos que apresentam partes móveis, com possibilidade de realização de

movimentos em amplitudes inadequadas, como o “esqui” (figura 7), que apesar de

apresentar menor amplitude de movimentação quando comparado com o “simulador

de caminhada” (figura 9), é feito o alerta para ter os devidos cuidados. Há também o

“surfe” (figura 17), incluído entre aqueles, com necessidade de orientar-se a respeito

dos riscos de movimentos em amplitudes inadequadas. Nestes três equipamentos,

no momento de posicionar-se para iniciar o exercício, deve-se alertar para que seja

feito de maneira que o corpo esteja o mais centralizado possível sobre a base, com

um dos pés apoiados no equipamento e o outro ainda no chão. Transferir o peso do

corpo para sobre o pé apoiado no equipamento e, em seguida, subir no

equipamento para iniciar a movimentação indicada. Desta forma minimizam-se as

chances do indivíduo prejudicar sua estabilidade, de acordo com McGinnis (2015).

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Figura 9 – Simulador de caminhada

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br)

Figura 17 – Surfe Figura 7 – Esqui

(Fonte: www.zioberbrasil.com.br) (fonte:www.zioberbrasil.com.br)

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O “simulador de caminhada” e o “esqui” contêm orientações sobre a

intensidade e o tempo de permanência na execução dos movimentos. O “surfe”, não

entra neste momento na sequência de utilização dos equipamentos, por sua

finalidade ser mais de fortalecimento dos músculos da coluna e quadris, do que

melhora da resistência cardiorrespiratória.

Na sequência, indica-se a utilização de equipamentos que exigem contrações

musculares um pouco mais intensas, e que podem favorecer a manutenção e o

desenvolvimento de força muscular. Os aparelhos denominados “supino vertical”,

“simulador de cavalgada”, “surfe”, “legpress”, “cadeira extensora”,

“desenvolvimento”, “flexão de pernas”, e “remo”, apresentam quadro com três níveis

de esforço: “leve”, “moderado” e “pesado”, sendo feita a sugestão de evitar a

realização dos exercícios no nível de esforço pesado. Neste quadro há orientações

quanto a quantidade de repetições, e séries de repetições, como forma de controle

do esforço do exercício, através da utilização dos princípios de treinamento resistido,

de acordo com Ferreira et al. (2006), originados do teste de número máximo de

repetições (MATVÉIEV, 1981), considerando também as recomendações do U.S.

Department of Health and Human Services (2018).

Na abordagem do uso de cada um dos equipamentos há alertas sobre fatores

de risco iminentes, além de haver uma alternância de orientações sobre cuidados,

posturas adequadas, e formas de utilização dos equipamentos, em forma de caixas

de texto de diálogo das personagens. Foram também distribuídas em forma de

“avisos iniciais”, “orientações complementares” e “alertas gerais”, uma série de

informações possibilitando ao leitor, contato com cada um dos 31 quesitos

considerados e discutidos ao longo deste trabalho, através de uma linguagem de

fácil compreensão. A autoria, e demais pessoas e instituições envolvidas no

processo de elaboração do informativo, são indicados no último bloco de

informações, ao final do material apresentado. A diversificação das estratégias de

transmissão das informações faz com que o processo ocorra de forma facilitada,

natural, evitando-se a fadiga por parte do leitor (SANTOS, 2005).

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4.6-Apresentação do material informativo

Desta forma, o informativo elaborado é apresentado a seguir:

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5-CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após analisar os informativos considerando a segurança de exercícios em

equipamentos de ATI, eficiência dos exercícios na melhora da aptidão física, e

aspectos de comunicação visual, foi possível perceber considerável ausência de

orientações entre eles. Os informativos elaborados por fabricantes apresentam

informações referentes à segurança e efetividade dos exercícios em quantidade

inferior aos elaborados por órgãos governamentais. Os quesitos referentes à

comunicação visual foram os mais presentes nos informativos, tanto de fabricantes,

quanto de órgãos governamentais. Estas verificações nortearam a elaboração do

Guia para a prática de atividades físicas em Academias da terceira Idade (ATI), que

oferece ao leitor as orientações discutidas, proporcionando melhores condições para

a prevenção de lesões e prática eficiente. Aspectos da comunicação visual

permearam a elaboração do Guia, procurando facilitar a compreensão das

mensagens. Optou-se por não abordar duas das orientações inicialmente previstas

no guia informativo elaborado: a sequência de uso dos equipamentos e a alternância

de uso dos equipamentos em função da solicitação de grupos musculares. Isto

devido à consideração de possibilidades práticas durante situações de uso dos

equipamentos de ATI, por várias pessoas ao mesmo tempo, inviabilizando atender

as orientações em questão. Na submissão, do guia informativo elaborado, à análise

por juízes, com exceção das duas orientações suprimidas, todos os outros quesitos

foram reconhecidos por ao menos quatro dos cinco juízes, indicando que o material

elaborado aborda os quesitos a que se propõe.

Este guia encontra-se disponibilizado no endereço eletrônico:

http://treinoati.blogspot.com, disponível para download e impressão.

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ANEXO I Lista de verificação de quesitos presentes em informativos 1-Quanto a questões relacionadas à melhora da aptidão física, apresenta

informações sobre:

a) Importância da realização de aquecimento?

□Não □Sim

b) Número de repetições em cada equipamento?

□Não □Sim

c) Número de séries de repetições em cada equipamento?

□Não □Sim

d) Diferentes níveis de intensidade do exercício?

□Não □Sim

e) Tempo de exercitação no equipamento?

□Não □Sim

f) Regularidade na realização dos exercícios?

□Não □Sim

g) Sequência de uso dos equipamentos?

□Não □Sim

h) Alternância de uso dos equipamentos em função da solicitação de grupos

musculares?

□Não □Sim

i) Diversidade de equipamentos que possibilitem melhora da resistência

cardiorrespiratória, força e resistência muscular, e flexibilidade?

□Não □Sim

j) Finalidade dos equipamentos?

□Não □Sim

2-Quanto a questões relacionadas à segurança apresenta informações sobre:

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a) Como posicionar-se de forma segura no equipamento para iniciar o exercício?

□Não □Sim

b) Risco de movimento brusco em amplitudes inesperadas?

□Não □Sim

c) Cuidados posturais durante a realização dos exercícios?

□Não □Sim

d) Como sair do equipamento após a realização dos exercícios?

□Não □Sim

e) Riscos e cuidados especiais caso o usuário apresente déficits motores?

□Não □Sim

f) Orientações relativas a fatores climáticos?

- temperaturas extremas (calor/frio)

□Não □Sim

- exposição ao sol

□Não □Sim

- hidratação do organismo

□Não □Sim

- vestimenta adequada

□Não □Sim

g) Orientações para iniciar sempre pela intensidade mais leve?

□Não □Sim

h) Interrupção imediata em caso de sensação de mal estar e busca por orientações

médicas posteriores?

□Não □Sim

i) Importância de liberação por médico para prática de atividades físicas?

□Não □Sim

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j) As orientações não substituírem o acompanhamento de um profissional de

educação Física habilitado e capacitado?

□Não □Sim

k) O uso autônomo dos equipamentos de ATI e das orientações fornecidas é

voluntário e de responsabilidade apenas do próprio usuário ?

□Não □Sim

3-Quanto aos aspectos de comunicação visual:

a) Promove adequada transmissão das mensagens?

□Não □Sim

b) O layout facilita a compreensão de como usar os equipamentos de ATI?

□Não □Sim

c) As cores utilizadas favorecem a visualização, legibilidade e compreensão da

mensagem?

□Não □Sim

d) As informações textuais são de fácil visualização e leitura?

□Não □Sim

e) As ilustrações são de fácil visualização e compreensão?

□Não □Sim

f) Utiliza linguagem de fácil compreensão*:

□Não □Sim

*Este item será analisado apenas nos informativos escritos em Língua

Portuguesa, uma vez que, nos informativos em idioma estrangeiro, seria necessário

dominá-lo da mesma forma que um cidadão nativo.

g) Informa a autoria pessoal e/ou Institucional das Informações?

□Não □Sim