ObjetivoRESPOSTAS A UTILIZAÇÃO COMBINADA DE CAFEÍNA E MÚSICA NA PERFORMANCE EM CORRIDA E SUA RELAÇÃO COM O ENVELHECIMENTO. PERFORMANCE EM CORRIDA E SUA RELAÇÃO COM O ENVELHECIMENTO. São Paulo 2019 Dissertação submetida ao Programa de Pos- Graduacao Stricto Sensu em Ciências dos Envelhecimento como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências do Envelhecimento. III Dias, Igor Roberto D541r Respostas a utilização combinada de cafeína e música na performance em corrida e sua relação com o envelhecimento / Igor Roberto Dias f.: il.; 30 cm. Orientador: Érico Chagas Caperuto. 2019. 1. Envelhecimento. 2. Corrida. 3. Cafeína. 4. Desempenho. I. Caperuto, Érico Chagas. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento. III. Título CDD 22 – 305.260981 da Universidade São Judas Tadeu Bibliotecária: Cláudia Silva Salviano Moreira - CRB 8/9237 IV COMBINADOS NA PERFORMANCE EM CORRIDA E SUA RELAÇÃO COM O ENVELHECIMENTO. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA __________________________________________________________ __________________________________________________________ SUPLENTES __________________________________________________________ São Paulo obtenção do título de Mestre em Ciências do Envelhecimento. V “O aspecto mais triste da vida de hoje é que a ciência ganha em conhecimento mais rapidamente que a sociedade em sabedoria.” Isaac Asimov VI Agradecimentos Primeiramente a Deus por ter me guiado e dado forças para seguir em frente, por ter me dado essa oportunidade e a capacidade de realizar essa jornada. A minha família pelo apoio, sem o qual não teria conseguido. Aos que contribuíram significativamente para a realização deste trabalho: Ao meu orientador o Prof. Érico Chagas Caperuto pelos ensinamentos muito além dos parâmetros desse estudo, que serviram tanto academicamente mas também para a vida. A minha amiga Profa. Iris Callado Sanches, pelo apoio, pelas conversas e conselhos em todo o processo. A Profa. Maria Luiza de Jesus Miranda, pelas correções e contribuições a esse estudo. Ao amigo Prof. André Fukushima pela ajuda, companheirismo e disponibilidade durante as coletas e análises. A amiga Prof. Marcela Meneguello Coutinho pelo estopim dessa ideia de trabalhar com música e exercício. Ao amigo Prof. Elias França pelas correções e ajuda desde o inicio do processo. Ao amigo Prof. Jeferson Ferreira, pelas conversas, conselhos e ajuda durante todo o processo. Ao amigo Iago Portolani, pela disponibilidade, ajuda e cooperação. A Juliana Novacov e a Natalia Gusmão pela ajuda nas coletas. A Joyce Dinelli pela participação na etapa final, sua disponibilidade na realização das coletas e pelo apoio. A Ana Amélia pelo apoio muito antes do início desse processo. Aos alunos e professores participantes do GEPAME. Aos colaboradores da Universidade São Judas Tadeu. VII LISTA DE TABELAS TABELA 1- COMPOSIÇÃO CORPORAL GRUPO JOVEM (J) .................................................................................. 23 TABELA 2 - COMPOSIÇÃO CORPORAL GRUPO MEIA IDADE (MI) ................................................................ 23 TABELA 3 - MÉDIA LACTATO PROTOCOLO SMSC ................................................................................................. 24 TABELA 4 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO PROTOCOLO SMSC ........................................................... 24 TABELA 5 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) PROTOCOLO SMSC ........................................ 25 TABELA 6 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) DO PROTOCOLO SMSC ............................................................. 25 TABELA 7 - MÉDIA DE LACTATO DO PROTOCOLO SMCC ................................................................................ 25 TABELA 8 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO PROTOCOLO SMCC ........................................................... 26 TABELA 9 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) PROTOCOLO SMCC ....................................... 26 TABELA 10 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) DO PROTOCOLO SMCC .......................................................... 26 TABELA 11 - MÉDIA DE LACTATO DO PROTOCOLO CMSC.............................................................................. 27 TABELA 12 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO PROTOCOLO CMSC ........................................................ 27 TABELA 13 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) PROTOCOLO CMSC ..................................... 28 TABELA 14 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) DO PROTOCOLO CMSC .......................................................... 28 TABELA 15 - MÉDIA DE LACTATO DO PROTOCOLO CMCC ............................................................................. 28 TABELA 16 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO PROTOCOLO CMCC ........................................................ 29 TABELA 17 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) PROTOCOLO CMCC .................................... 29 TABELA 18 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) DO PROTOCOLO CMCC ......................................................... 29 TABELA 19 - LACTATO (MMOL/L) NO GRUPO JOVEM ......................................................................................... 30 TABELA 20 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO NO GRUPO JOVEM .......................................................... 30 TABELA 21 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) NO GRUPO JOVEM ....................................... 31 TABELA 22 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) NO GRUPO JOVEM .................................................................... 31 TABELA 23 - LACTATO (MMOL/L) NO GRUPO MEIA IDADE ............................................................................ 32 TABELA 24 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO NO GRUPO MEIA IDADE ............................................. 32 TABELA 25 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) NO GRUPO MEIA IDADE .......................... 33 TABELA 26 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) NO GRUPO MEIA IDADE ....................................................... 33 VIII CMCC - Com Música e Com Cafeína SMCC - Sem Música e Com Cafeína GJ - Grupo Jovem IX RESUMO Para que haja um processo de envelhecimento humano bem-sucedido, o exercício físico regular é um fator primordial, principalmente para a manutenção da saúde do futuro idoso. É sabido pela literatura os benefícios do exercício físico regular para a saúde, contudo, a manutenção da prática de exercícios, muitas vezes pode estar associada a aspectos de competitividade. Esse estudo teve como objetivo de entender o processo de envelhecimento, relacionado a prática de exercícios e como esse processo pode influenciar diferentes grupos, como no caso, um grupo jovem e um grupo de meia idade, que apresentam uma significativa diferença de idade cronológica, mas que apresentam desempenhos muito próximos entre si. As avaliações foram realizadas com diferentes combinações entre a música e o suplemento (Placebo ou Cafeína). Para este estudo foram selecionados homens jovens e de meia idade, de clubes de corrida da cidade de São Paulo, optando por participantes praticantes e habituados a corrida, com idades que variaram entre 20 e 60 anos. A amostra foi composta por três participantes do Grupo Jovem (GJ), com idade média de 27,7 ± 5,7 anos. O Grupo Meia Idade (GMI) foi composto por três participantes, com idade média de 52 ± 6,2 anos. Os participantes fizeram um teste duplo cego com ingestão de cafeína ou placebo na medida 6mg/kg de peso corporal. O GMI, apresentou menores valores na escala subjetiva de esforço e isso pode caracterizar uma melhor adaptação ao esforço físico, quando comparado a GJ. Ainda em relação ao protocolo CMCC o fato da cafeína e da música não ter trazido o efeito esperado, pode significar que não ocorre efeito sinergista em exercícios, isso em parte pode ser explicado pelo fato da música influenciar em respostas fisiológicas relacionadas a processos de atenção e expectativa, gerando assim, conflito com a estimulação causada pela cafeína pela música. Um fato interessante verificado no protocolo CMCC, é que o ergogênico psicológico utilizado influenciou o funcionamento de um ergogênico fisiológico já bem descrito na literatura, a tal ponto que atrapalhou seu funcionando, tornando o desempenho pior quando comparado aos protocolos isolados. Esse resultado sugere que o excesso de recursos ergogênicos, nem sempre vai se traduzir em melhor performance. Entendemos a importância desse estudo como meio de promover a busca pelo entendimento do desempenho em diferentes faixas etárias e como esse bom desempenho, pode ser importante para a manutenção da prática e também para a motivação de sua realização. Palavras-chave: envelhecimento, corrida, música, cafeína, desempenho. X ABASTRACT In order for a successful human aging process to occur, regular physical exercise is a key factor, mainly for the maintenance of the health of the elderly future. The benefits of regular exercise for health are known in the literature, however, maintaining exercise can often be associated with aspects of competitiveness. This study aimed to understand the aging process, related to exercise practice and how this process can influence different groups, such as a young group and a middle age group, which present a significant chronological age difference, but which perform closely together. The evaluations were carried out with different combinations between music and the supplement (Placebo or Caffeine). For this study, young and middle-aged men were selected from race clubs in the city of São Paulo, opting for participants who were practicing and accustomed to running, ranging in age from 20 to 60 years. The sample consisted of three participants from the Youth Group (GJ), with a mean age of 27.7 ± 5.7 years. The Middle Aged Group (GMI) was composed of three participants, with a mean age of 52 ± 6.2 years. Participants underwent a double blind test with caffeine or placebo intake measuring 6mg / kg body weight. The GMI presented lower values in the subjective effort scale and this may characterize a better adaptation to the physical effort when compared to GJ. Still in relation to the CMCC protocol, the fact that caffeine and music did not bring the expected effect may mean that there is no synergistic effect in exercise, this can be partially explained by the fact that music influences physiological responses related to attention processes and expectation, thus generating conflict with the stimulation caused by caffeine by music. An interesting fact verified in the CMCC protocol is that the psychological ergogenic used influenced the functioning of a physiological ergogenic already well described in the literature to such an extent that it disrupted its functioning, making the performance worse when compared to the isolated protocols. This result suggests that the excess of ergogenic resources will not always translate into better performance. We understand the importance of this study as a means to promote the search for the understanding of performance in different age groups and how this good performance can be important for the maintenance of the practice and also for the motivation of its accomplishment. XI Sumário 1.2. ESTUDOS PRELIMINARES .................................................................................................................................................................. 16 3.4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ............................................................................................................................................ 19 3.4.2. RECOMENDAÇÃO ALIMENTAR ...................................................................................................................................................... 20 3.4.4. MÚSICA ......................................................................................................................................................................................................... 21 3.4.5. COLETAS ...................................................................................................................................................................................................... 21 4. RESULTADOS ................................................................................................................................................... 23 4.6. GRUPO JOVEM .......................................................................................................................................................................................... 30 5. DISCUSSÃO ....................................................................................................................................................... 34 8.2. QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO MUSICAL E EXERCÍCIO ............................................................................................. 44 9. ANEXOS .............................................................................................................................................................. 50 9.2. ESCALA DE BORG ................................................................................................................................................................................... 51 12 1. INTRODUÇÃO 1.1. ENVELHECIMENTO O envelhecimento populacional atual pode ser traduzido como o aumento da expectativa de vida e consequente aumento da longevidade, algo que foi proporcionado por uma série de mudanças em nossa sociedade, que apesar disso é regida por demandas e contribuições de uma população jovem (TORRES, 2018). Entendendo que o envelhecimento é um processo complexo e inevitável, é necessário considerar que será diferente para cada indivíduo tendo variáveis como sexo, herança genética e estilo de vida e que isso pode determinar diferenças nos ritmos de envelhecimento que cada um apresenta (FECHINE; TROMPIERI, 2012). Segundo o posicionamento oficial e conjunto da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o processo de envelhecimento está associado a diversas alterações estruturais, cardíacas, limitações morfológicas e funcionais (NÓBREGA et al., 1999), além da diminuição da mobilidade, independência e qualidade de vida (GRIMMER et al., 2019). Portanto, é bem aceito que para que haja um processo de envelhecimento humano bem-sucedido, o exercício físico regular é um fator primordial, principalmente para a manutenção da saúde do futuro idoso (CUPERTINO; ROSA; RIBEIRO, 2007; MATSUDO; MATSUDO; BARROS NETO, 2001; OMS, 2015). 1.2. EXERCÍCIO FÍSICO É sabido pela literatura os benefícios do exercício físico regular para a saúde do envelhecente, contudo, a manutenção da prática de exercícios, muitas vezes pode estar associada algumas vezes a aspectos de competitividade, Gallegos et al., (2002) considera a competividade uma qualidade necessária para obter performance esportiva pensando de acordo com objetivos pessoais. Isso em parte pode refletir um dos aspectos motivacionais para a prática de exercícios físicos na meia idade. Entre os exercícios aeróbios, a corrida tem sido considerado como um importante componente de vida saudável (TRUCCOLO; MADURO; FEIJÓ, 2008), além de ser uma atividade que tem crescido em número de praticantes, eventos, volume de investimentos e por sua característica principal de não precisar de habilidade específica, podendo receber qualquer praticante (BASTOS; PEDRO; PALHARES, 2009; SALGADO; CHACON- 13 MIKAHIL, 2006). A possibilidade da corrida receber praticantes de diferentes idades, por não exigir habilidades específicas, pode ser bem aceita e uma porta de entrada para prática de exercícios para um público específico como a meia idade. Considerando a corrida como uma das possibilidades de prática, a variável competitividade pode ser considerada para esse público, visto que é complexa e tem sido relacionada frequentemente as aspectos da personalidade das pessoas envolvidas em situações competitivas, basicamente tratando-se da satisfação de competir e lutar por sucesso em competições, assim, a competição pode ser orientada para a vitória - ou algo comum no mundo das corridas de rua - orientada ao objetivo sem necessariamente incluir a vitória em uma competição, assim, pessoas com orientação para o objetivo possuem foco em padrões de desempenho pessoal e na melhoria de suas marcas e habilidades (BALBINOTTI et al., 2011; ROBERT S. WEINBERG, 2016). Contudo, a competitividade pessoal é intrínseca, cabendo essa característica a cada um de modo pessoal. Isso pode fazer com que o corredor de rua amador no decorrer de sua trajetória de corridas, perceba que com o passar dos anos pode ocorrer uma decadência natural de sua performance devido a características normais do envelhecimento. O processo de envelhecimento traz consigo a diminuição na força, potência muscular, no consumo máximo de oxigênio e na diminuição dos tempos de reação quando comparados com adultos jovens (GRIMMER et al., 2019), essa característica pode acarretar em um corredor habituado, uma diminuição de performance não desejada ou não esperada. A característica competitividade estaria relacionada com o fator motivacional para inicio ou continuidade da prática, que pode em parte trazer a busca do praticamente por meios de melhorar sua performance. Considerando que esse pode ser um dos aspectos ao atuar com corredor amador, o aspecto competitivo do homem de meia idade pode ser importante na prescrição do treinamento ou na execução em si. Mesmo considerando outros aspectos como a prática da corrida por si só, sem dependência da competição para sua continuidade. 1.3. MÚSICA No contexto do exercício físico praticado por amadores, a música é um recurso utilizado durante a prática, seja como estimulo ou como distração (DIAS et al., 2018; HAMBURG; CLAIR, 2003; MARTINS; DUARTE, 1997). Alguns autores têm tratado a 14 que ela apresenta (CARNEIRO et al., 2010). Ouvir uma música predominantemente rítmica pode desencadear uma ação prazerosa como movimentação dos pés ou cabeça balançando em sincronia com a batida da música (BRODAL; OSNES; SPECHT, 2017) isso acontece porque a música pode estimular gânglios basais e pode desencadear movimentos involuntários a batida (LEVITIN; TIROVOLAS, 2009) assim como a apreciação da música, ou seja, música preferida, causa uma maior atividade do sistema motor (KORNYSHEVA et al., 2010) Uma característica que explica o prazer evocado pela música que envolve redes cerebrais que fazem parte do sistema de recompensa (LEVITIN; TIROVOLAS, 2009), combinando com o que a literatura diz sobre os aumentos significativos na motivação de sujeitos em relação a atividade física desenvolvida ao ouvir música (MARTINS; DUARTE, 1997). Segundo Hamburg e Clair (2003) a musica é estímulo que promove: respostas físicas, através das qualidades sedativas ou estimulantes, sendo que essas afetam respostas fisiológicas como pressão arterial, frequência cardíaca, respiração, dilatação pupilar, tolerância à dor, dentre outras. Diante desse contexto a música ganhou espaço no meio científico com a discussão sobre qual a melhor música motivacional para prática de esportes e exercícios (ELIAKIM et al., 2012). Estudos que envolvem a prática de exercícios enquanto ouvem música demostram menores valores na escala de percepção de esforço, além de prolongar a atividade a ser realizada (DIAS et al., 2018; MARTINS; DUARTE, 1997). Ao falarmos de indivíduos idosos, a utilização da música pode beneficiar estados psicológicos desses indivíduos, podendo favorecer a motivação para execução da tarefa e permanência na atividade por tempo prolongado (MIRANDA; GODELI, 2003). No contexto do uso da música como recurso ergogênico e meio de melhora da performance, estímulo, ou mesmo diminuição da percepção de fadiga, ela se torna um meio relevante na prescrição de treino para o atleta de meia idade, que em vista de uma diminuição da performance, advinda do envelhecimento, pode ter uma melhora na sua disposição ao realizar a prática. 1.4. CAFEÍNA Em relação a cafeína, já é sabido que se trata de um recurso ergogênico de aumento de trabalho que tem sido pesquisado ativamente desde a década de 1970, mostrando que 15 altas doses trazem efeitos ergogênicos (SPRIET, 2014). Em seu estudo Azevedo et al. (2016) verificou que a cafeína melhorou a performance de resistência após a indução de fadiga mental, acompanhado por uma tendência na melhora do estado de humor. Estudos tem demonstrado que a cafeína tem sido um estimulante amplamente utilizado para se obter melhoras na cognição, no desempenho e na capacidade cognitiva durante e após o exercício, tendo efeitos semelhantes ao exercício físico, que por si só traz melhoras na cognição, sendo assim, tanto a cafeína, quanto o exercício melhoram funções cognitivas de forma separada (HOGERVORST et al., 2008; SHULDER; HALL; MILLER, 2016). Além da melhora nas funções cognitivas, a literatura tem demostrado que a cafeína tem efeito no prolongamento do exercício e aumento de trabalho até a exaustão (DONGHIA et al., 2007; HOGERVORST et al., 2008). A literatura sobre a cafeína é ampla, podemos considerar que seus benefícios podem servir como estratégia válida, para corredores amadores de meia idade, que buscam melhora na performance. 1.1. TECNOLOGIAS, MÚSICA E CAFEÍNA A literatura mostra que a música traz variados benefícios a prática de exercício físico. A prática regular, acompanhado de música, pode trazer ao praticante alguns benefícios relacionados a melhora da percepção subjetiva de esforço, motivação, prolongamento da atividade e até mesmo aumento da performance (DIAS et al., 2018). O uso das tecnologias atuais como os provedores de música streaming e a tecnologia bluetooth para a conexão com fones de ouvido e caixas de som portáteis tornaram a utilização da música muito mais fácil. Diante desde cenário, avaliar se a música é utilizada por praticantes de diferentes modalidades (durante a pratica da mesma) e o quanto isto pode ser importante para o praticante se mostra necessário, visto que isso pode influenciar o modo que a música poderá ser usada no engajamento e na percepção do exercício físico praticado, melhorando a adesão do praticante. A fadiga é um desafio a ser vencido durante a prática de exercícios físicos. Contudo a fadiga não é o ponto de falha da ação motora, mas uma diminuição da capacidade do musculo em realizar a contração (ENOKA; DUCHATEAU, 2008), entre as estratégias possíveis, para diminuir a fadiga e melhorar a performance podemos citar a combinação 16 entre a cafeína e a música que são dois recursos que podem atuar através de mecanismos independentes na melhora da realização do exercício. A combinação pode ser justificada por conta dos efeitos positivos que música pode trazer para a prática do exercício e dos já conhecidos pela literatura benefícios que a cafeína pode trazer, assim, combinar esses elementos trás possibilidades de verificar um eventual sinergia que esses dois componentes podem trazer, tanto para o jovem, quanto para o homem de meia idade. Um dos desafios a serem vencidos em algumas modalidades esportivas é a fadiga, que muitas vezes é caracterizada apenas como algo puramente fisiológico, porém é descartado em muitos estudos a possibilidade do corredor utilizar outras ferramentas para lidar com a fadiga, muitos métodos de avaliação acabam tirando do indivíduo a possibilidade de ajustar seu esforço tanto consciente quanto inconscientemente durante o exercício (MARINO; GARD; DRINKWATER, 2011). Ao avaliamos as respostas apresentadas por adultos de diferentes idades submetidos a mesmo exercício e aos mesmos ergogênicos, cafeína como recurso ergogênico fisiológico e a música como recurso ergogênico psicológico, poderemos elucidar as diferenças que um de perfil apresentado por um jovem durante a corrida e a diferença para um corredor que pratique o mesmo tempo, porém, de meia idade. A diferença de idade pode agir de modo diferente em cada um, para que ambos tenham o mesmo resultado final. Somado a isso, verificamos a relação entre os dois ergogênicos, se eles podem ajudar ou prejudicar a performance quando combinados. 1.2. ESTUDOS PRELIMINARES Desta maneira, um…