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I
UNIVERSIDADE SAO JUDAS TADEU
Programa de Pos-Graduacao Strictu-Sensu em Ciências do Envelhecimento
RESPOSTAS A UTILIZAÇÃO COMBINADA DE CAFEÍNA E MÚSICA NA
PERFORMANCE EM CORRIDA E SUA RELAÇÃO COM O
ENVELHECIMENTO.
Igor Roberto Dias
São Paulo – SP
Maio/2019
II
Igor Roberto Dias
RESPOSTAS A UTILIZAÇÃO COMBINADA DE CAFEÍNA E MÚSICA NA
PERFORMANCE EM CORRIDA E SUA RELAÇÃO COM O
ENVELHECIMENTO.
Orientador: Prof. Dr. Erico Chagas Caperuto.
São Paulo
2019
Dissertação submetida ao Programa de Pos-Graduacao Stricto Sensu em Ciências dos Envelhecimento como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências do Envelhecimento.
III
Ficha Catalográfica
Dias, Igor Roberto
D541r Respostas a utilização combinada de cafeína e música na performance
em corrida e sua relação com o envelhecimento / Igor Roberto Dias
f.: il.; 30 cm.
Orientador: Érico Chagas Caperuto.
Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,
2019.
1. Envelhecimento. 2. Corrida. 3. Cafeína. 4. Desempenho. I. Caperuto, Érico Chagas.
II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em
Ciências do Envelhecimento. III. Título
CDD 22 – 305.260981
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca
da Universidade São Judas Tadeu Bibliotecária: Cláudia Silva Salviano Moreira - CRB 8/9237
IV
Igor Roberto Dias
RESPOSTAS A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS ERGOGÊNICOS
COMBINADOS NA PERFORMANCE EM CORRIDA E SUA RELAÇÃO COM
O ENVELHECIMENTO.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
Prof. Dr. Erico Chagas Caperuto (orientador)
__________________________________________________________
Profa. Dra. Iris Callado Sanches
__________________________________________________________
Prof. Dr. André Rinaldi Fukushima
SUPLENTES
__________________________________________________________
Profa. Dra. Katia Bilhar Escapini
__________________________________________________________
Prof. Dr. Ronaldo Vagner Tomathieli dos Santos
São Paulo
2019
Dissertação submetida ao Programa de Pos-
Graduacao Stricto Sensu em Ciências dos
Envelhecimento como requisito parcial para a
obtenção do título de Mestre em Ciências do
Envelhecimento.
V
“O aspecto mais triste da vida de hoje é que a ciência ganha em conhecimento mais
rapidamente que a sociedade em sabedoria.”
Isaac Asimov
VI
Agradecimentos
Primeiramente a Deus por ter me guiado e dado forças para seguir em frente, por ter
me dado essa oportunidade e a capacidade de realizar essa jornada.
A minha família pelo apoio, sem o qual não teria conseguido.
Aos que contribuíram significativamente para a realização deste trabalho:
Ao meu orientador o Prof. Érico Chagas Caperuto pelos ensinamentos muito além
dos parâmetros desse estudo, que serviram tanto academicamente mas também para a vida.
A minha amiga Profa. Iris Callado Sanches, pelo apoio, pelas conversas e conselhos
em todo o processo.
A Profa. Maria Luiza de Jesus Miranda, pelas correções e contribuições a esse
estudo.
Ao amigo Prof. André Fukushima pela ajuda, companheirismo e disponibilidade
durante as coletas e análises.
A amiga Prof. Marcela Meneguello Coutinho pelo estopim dessa ideia de trabalhar
com música e exercício.
Ao amigo Prof. Elias França pelas correções e ajuda desde o inicio do processo.
Ao amigo Prof. Jeferson Ferreira, pelas conversas, conselhos e ajuda durante todo o
processo.
Ao amigo Iago Portolani, pela disponibilidade, ajuda e cooperação.
A Juliana Novacov e a Natalia Gusmão pela ajuda nas coletas.
A Joyce Dinelli pela participação na etapa final, sua disponibilidade na realização
das coletas e pelo apoio.
A Ana Amélia pelo apoio muito antes do início desse processo.
Aos alunos e professores participantes do GEPAME.
Aos colaboradores da Universidade São Judas Tadeu.
VII
LISTA DE TABELAS
TABELA 1- COMPOSIÇÃO CORPORAL GRUPO JOVEM (J) .................................................................................. 23 TABELA 2 - COMPOSIÇÃO CORPORAL GRUPO MEIA IDADE (MI) ................................................................ 23 TABELA 3 - MÉDIA LACTATO PROTOCOLO SMSC ................................................................................................. 24 TABELA 4 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO PROTOCOLO SMSC ........................................................... 24 TABELA 5 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) PROTOCOLO SMSC ........................................ 25 TABELA 6 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) DO PROTOCOLO SMSC ............................................................. 25 TABELA 7 - MÉDIA DE LACTATO DO PROTOCOLO SMCC ................................................................................ 25 TABELA 8 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO PROTOCOLO SMCC ........................................................... 26 TABELA 9 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) PROTOCOLO SMCC ....................................... 26 TABELA 10 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) DO PROTOCOLO SMCC .......................................................... 26 TABELA 11 - MÉDIA DE LACTATO DO PROTOCOLO CMSC.............................................................................. 27 TABELA 12 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO PROTOCOLO CMSC ........................................................ 27 TABELA 13 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) PROTOCOLO CMSC ..................................... 28 TABELA 14 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) DO PROTOCOLO CMSC .......................................................... 28 TABELA 15 - MÉDIA DE LACTATO DO PROTOCOLO CMCC ............................................................................. 28 TABELA 16 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO PROTOCOLO CMCC ........................................................ 29 TABELA 17 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) PROTOCOLO CMCC .................................... 29 TABELA 18 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) DO PROTOCOLO CMCC ......................................................... 29 TABELA 19 - LACTATO (MMOL/L) NO GRUPO JOVEM ......................................................................................... 30 TABELA 20 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO NO GRUPO JOVEM .......................................................... 30 TABELA 21 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) NO GRUPO JOVEM ....................................... 31 TABELA 22 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) NO GRUPO JOVEM .................................................................... 31 TABELA 23 - LACTATO (MMOL/L) NO GRUPO MEIA IDADE ............................................................................ 32 TABELA 24 - ESCALA SUBJETIVA DE ESFORÇO NO GRUPO MEIA IDADE ............................................. 32 TABELA 25 - FREQUÊNCIA CARDÍACA FINAL (EM BPM) NO GRUPO MEIA IDADE .......................... 33 TABELA 26 - TEMPO FINAL (EM MINUTOS) NO GRUPO MEIA IDADE ....................................................... 33
VIII
LISTA DE ABREVIAÇÕES
SBME - Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte
SBGG - Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
SMSC - Sem Música e Sem Cafeína (Placebo)
CMSC - Com Música e Sem Cafeína (Placebo)
CMCC - Com Música e Com Cafeína
SMCC - Sem Música e Com Cafeína
GJ - Grupo Jovem
GMI - Grupo Meia Idade
EF – Exercício Físico
BPM – Batimentos por minuto
FC – Frequência Cardíaca
Kg – Quilograma
Cm – Centímetros
Mmol/l – Mol por litro de sangue
IX
RESUMO
Para que haja um processo de envelhecimento humano bem-sucedido, o exercício físico
regular é um fator primordial, principalmente para a manutenção da saúde do futuro idoso.
É sabido pela literatura os benefícios do exercício físico regular para a saúde, contudo, a
manutenção da prática de exercícios, muitas vezes pode estar associada a aspectos de
competitividade. Esse estudo teve como objetivo de entender o processo de envelhecimento,
relacionado a prática de exercícios e como esse processo pode influenciar diferentes grupos,
como no caso, um grupo jovem e um grupo de meia idade, que apresentam uma significativa
diferença de idade cronológica, mas que apresentam desempenhos muito próximos entre si.
As avaliações foram realizadas com diferentes combinações entre a música e o suplemento
(Placebo ou Cafeína). Para este estudo foram selecionados homens jovens e de meia idade,
de clubes de corrida da cidade de São Paulo, optando por participantes praticantes e
habituados a corrida, com idades que variaram entre 20 e 60 anos. A amostra foi composta
por três participantes do Grupo Jovem (GJ), com idade média de 27,7 ± 5,7 anos. O Grupo
Meia Idade (GMI) foi composto por três participantes, com idade média de 52 ± 6,2 anos.
Os participantes fizeram um teste duplo cego com ingestão de cafeína ou placebo na medida
6mg/kg de peso corporal. O GMI, apresentou menores valores na escala subjetiva de esforço
e isso pode caracterizar uma melhor adaptação ao esforço físico, quando comparado a GJ.
Ainda em relação ao protocolo CMCC o fato da cafeína e da música não ter trazido o efeito
esperado, pode significar que não ocorre efeito sinergista em exercícios, isso em parte pode
ser explicado pelo fato da música influenciar em respostas fisiológicas relacionadas a
processos de atenção e expectativa, gerando assim, conflito com a estimulação causada pela
cafeína pela música. Um fato interessante verificado no protocolo CMCC, é que o
ergogênico psicológico utilizado influenciou o funcionamento de um ergogênico fisiológico
já bem descrito na literatura, a tal ponto que atrapalhou seu funcionando, tornando o
desempenho pior quando comparado aos protocolos isolados. Esse resultado sugere que o
excesso de recursos ergogênicos, nem sempre vai se traduzir em melhor performance.
Entendemos a importância desse estudo como meio de promover a busca pelo entendimento
do desempenho em diferentes faixas etárias e como esse bom desempenho, pode ser
importante para a manutenção da prática e também para a motivação de sua realização.
Palavras-chave: envelhecimento, corrida, música, cafeína, desempenho.
X
ABASTRACT
In order for a successful human aging process to occur, regular physical exercise is a key
factor, mainly for the maintenance of the health of the elderly future. The benefits of regular
exercise for health are known in the literature, however, maintaining exercise can often be
associated with aspects of competitiveness. This study aimed to understand the aging
process, related to exercise practice and how this process can influence different groups,
such as a young group and a middle age group, which present a significant chronological
age difference, but which perform closely together. The evaluations were carried out with
different combinations between music and the supplement (Placebo or Caffeine). For this
study, young and middle-aged men were selected from race clubs in the city of São Paulo,
opting for participants who were practicing and accustomed to running, ranging in age from
20 to 60 years. The sample consisted of three participants from the Youth Group (GJ), with
a mean age of 27.7 ± 5.7 years. The Middle Aged Group (GMI) was composed of three
participants, with a mean age of 52 ± 6.2 years. Participants underwent a double blind test
with caffeine or placebo intake measuring 6mg / kg body weight. The GMI presented lower
values in the subjective effort scale and this may characterize a better adaptation to the
physical effort when compared to GJ. Still in relation to the CMCC protocol, the fact that
caffeine and music did not bring the expected effect may mean that there is no synergistic
effect in exercise, this can be partially explained by the fact that music influences
physiological responses related to attention processes and expectation, thus generating
conflict with the stimulation caused by caffeine by music. An interesting fact verified in the
CMCC protocol is that the psychological ergogenic used influenced the functioning of a
physiological ergogenic already well described in the literature to such an extent that it
disrupted its functioning, making the performance worse when compared to the isolated
protocols. This result suggests that the excess of ergogenic resources will not always
translate into better performance. We understand the importance of this study as a means to
promote the search for the understanding of performance in different age groups and how
this good performance can be important for the maintenance of the practice and also for the
motivation of its accomplishment.
Key words: aging, running, music, caffeine, performance.
XI
Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 12
1.1. ENVELHECIMENTO................................................................................................................................................................................ 12
1.2. EXERCÍCIO FÍSICO.................................................................................................................................................................................. 12
1.3. MÚSICA ......................................................................................................................................................................................................... 13
1.4. CAFEÍNA....................................................................................................................................................................................................... 14
1.1. TECNOLOGIAS, MÚSICA E CAFEÍNA ........................................................................................................................................... 15
1.2. ESTUDOS PRELIMINARES .................................................................................................................................................................. 16
2. OBJETIVO .......................................................................................................................................................... 18
2.1. OBJETIVO ESPECÍFICO......................................................................................................................................................................... 18
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................................................... 18
3.1. AMOSTRA .................................................................................................................................................................................................... 19
3.2. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO .................................................................................................................................................................. 19
3.3. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO ................................................................................................................................................................ 19
3.4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ............................................................................................................................................ 19
3.4.1. SUPLEMENTAÇÃO COM CAFEÍNA ................................................................................................................................................ 19
3.4.2. RECOMENDAÇÃO ALIMENTAR ...................................................................................................................................................... 20
3.4.3. TESTES DE CORRIDA ............................................................................................................................................................................ 20
3.4.4. MÚSICA ......................................................................................................................................................................................................... 21
3.4.5. COLETAS ...................................................................................................................................................................................................... 21
3.4.6. VARIÁVEIS.................................................................................................................................................................................................. 21
3.4.7. RISCOS........................................................................................................................................................................................................... 22
3.4.8. BENEFÍCIOS ................................................................................................................................................................................................ 22
3.4.9. ANÁLISE DE DADOS .............................................................................................................................................................................. 22
4. RESULTADOS ................................................................................................................................................... 23
4.1. COMPOSIÇÃO CORPORAL ................................................................................................................................................................. 23
4.2. SEM MÚSICA, SEM CAFEÍNA (SMSC) ........................................................................................................................................... 24
4.3. SEM MÚSICA, COM CAFEÍNA (SMCC) ......................................................................................................................................... 25
4.4. COM MÚSICA, SEM CAFEÍNA (CMSC) ......................................................................................................................................... 27
4.5. COM MÚSICA, COM CAFEÍNA (CMCC) ....................................................................................................................................... 28
4.6. GRUPO JOVEM .......................................................................................................................................................................................... 30
4.7. GRUPO MEIA IDADE .............................................................................................................................................................................. 32
5. DISCUSSÃO ....................................................................................................................................................... 34
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 36
7. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................................ 37
8. APÊNDICE ......................................................................................................................................................... 40
8.1. TERMO DE CONSENTIMENTO ......................................................................................................................................................... 40
8.2. QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO MUSICAL E EXERCÍCIO ............................................................................................. 44
9. ANEXOS .............................................................................................................................................................. 50
9.1. ESCALA DE HUMOR (BRUM) ............................................................................................................................................................ 50
9.2. ESCALA DE BORG ................................................................................................................................................................................... 51
12
1. INTRODUÇÃO
1.1. ENVELHECIMENTO
O envelhecimento populacional atual pode ser traduzido como o aumento da expectativa
de vida e consequente aumento da longevidade, algo que foi proporcionado por uma série
de mudanças em nossa sociedade, que apesar disso é regida por demandas e contribuições
de uma população jovem (TORRES, 2018).
Entendendo que o envelhecimento é um processo complexo e inevitável, é necessário
considerar que será diferente para cada indivíduo tendo variáveis como sexo, herança
genética e estilo de vida e que isso pode determinar diferenças nos ritmos de envelhecimento
que cada um apresenta (FECHINE; TROMPIERI, 2012).
Segundo o posicionamento oficial e conjunto da Sociedade Brasileira de Medicina do
Esporte (SBME) e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o processo
de envelhecimento está associado a diversas alterações estruturais, cardíacas, limitações
morfológicas e funcionais (NÓBREGA et al., 1999), além da diminuição da mobilidade,
independência e qualidade de vida (GRIMMER et al., 2019).
Portanto, é bem aceito que para que haja um processo de envelhecimento humano
bem-sucedido, o exercício físico regular é um fator primordial, principalmente para a
manutenção da saúde do futuro idoso (CUPERTINO; ROSA; RIBEIRO, 2007; MATSUDO;
MATSUDO; BARROS NETO, 2001; OMS, 2015).
1.2. EXERCÍCIO FÍSICO
É sabido pela literatura os benefícios do exercício físico regular para a saúde do
envelhecente, contudo, a manutenção da prática de exercícios, muitas vezes pode estar
associada algumas vezes a aspectos de competitividade, Gallegos et al., (2002) considera a
competividade uma qualidade necessária para obter performance esportiva pensando de
acordo com objetivos pessoais. Isso em parte pode refletir um dos aspectos motivacionais
para a prática de exercícios físicos na meia idade.
Entre os exercícios aeróbios, a corrida tem sido considerado como um importante
componente de vida saudável (TRUCCOLO; MADURO; FEIJÓ, 2008), além de ser uma
atividade que tem crescido em número de praticantes, eventos, volume de investimentos e
por sua característica principal de não precisar de habilidade específica, podendo receber
qualquer praticante (BASTOS; PEDRO; PALHARES, 2009; SALGADO; CHACON-
13
MIKAHIL, 2006).
A possibilidade da corrida receber praticantes de diferentes idades, por não exigir
habilidades específicas, pode ser bem aceita e uma porta de entrada para prática de exercícios
para um público específico como a meia idade.
Considerando a corrida como uma das possibilidades de prática, a variável
competitividade pode ser considerada para esse público, visto que é complexa e tem sido
relacionada frequentemente as aspectos da personalidade das pessoas envolvidas em
situações competitivas, basicamente tratando-se da satisfação de competir e lutar por sucesso
em competições, assim, a competição pode ser orientada para a vitória - ou algo comum no
mundo das corridas de rua - orientada ao objetivo sem necessariamente incluir a vitória em
uma competição, assim, pessoas com orientação para o objetivo possuem foco em padrões
de desempenho pessoal e na melhoria de suas marcas e habilidades (BALBINOTTI et al.,
2011; ROBERT S. WEINBERG, 2016).
Contudo, a competitividade pessoal é intrínseca, cabendo essa característica a cada um
de modo pessoal. Isso pode fazer com que o corredor de rua amador no decorrer de sua
trajetória de corridas, perceba que com o passar dos anos pode ocorrer uma decadência
natural de sua performance devido a características normais do envelhecimento.
O processo de envelhecimento traz consigo a diminuição na força, potência muscular,
no consumo máximo de oxigênio e na diminuição dos tempos de reação quando comparados
com adultos jovens (GRIMMER et al., 2019), essa característica pode acarretar em um
corredor habituado, uma diminuição de performance não desejada ou não esperada.
A característica competitividade estaria relacionada com o fator motivacional para inicio
ou continuidade da prática, que pode em parte trazer a busca do praticamente por meios de
melhorar sua performance.
Considerando que esse pode ser um dos aspectos ao atuar com corredor amador, o
aspecto competitivo do homem de meia idade pode ser importante na prescrição do
treinamento ou na execução em si. Mesmo considerando outros aspectos como a prática da
corrida por si só, sem dependência da competição para sua continuidade.
1.3. MÚSICA
No contexto do exercício físico praticado por amadores, a música é um recurso
utilizado durante a prática, seja como estimulo ou como distração (DIAS et al., 2018;
HAMBURG; CLAIR, 2003; MARTINS; DUARTE, 1997). Alguns autores têm tratado a
14
música como um recurso ergogênico psicológico, pelas diversas características benéficas
que ela apresenta (CARNEIRO et al., 2010).
Ouvir uma música predominantemente rítmica pode desencadear uma ação prazerosa
como movimentação dos pés ou cabeça balançando em sincronia com a batida da música
(BRODAL; OSNES; SPECHT, 2017) isso acontece porque a música pode estimular
gânglios basais e pode desencadear movimentos involuntários a batida (LEVITIN;
TIROVOLAS, 2009) assim como a apreciação da música, ou seja, música preferida, causa
uma maior atividade do sistema motor (KORNYSHEVA et al., 2010)
Uma característica que explica o prazer evocado pela música que envolve redes
cerebrais que fazem parte do sistema de recompensa (LEVITIN; TIROVOLAS, 2009),
combinando com o que a literatura diz sobre os aumentos significativos na motivação de
sujeitos em relação a atividade física desenvolvida ao ouvir música (MARTINS; DUARTE,
1997).
Segundo Hamburg e Clair (2003) a musica é estímulo que promove: respostas físicas,
através das qualidades sedativas ou estimulantes, sendo que essas afetam respostas
fisiológicas como pressão arterial, frequência cardíaca, respiração, dilatação pupilar,
tolerância à dor, dentre outras.
Diante desse contexto a música ganhou espaço no meio científico com a discussão
sobre qual a melhor música motivacional para prática de esportes e exercícios (ELIAKIM et
al., 2012). Estudos que envolvem a prática de exercícios enquanto ouvem música demostram
menores valores na escala de percepção de esforço, além de prolongar a atividade a ser
realizada (DIAS et al., 2018; MARTINS; DUARTE, 1997).
Ao falarmos de indivíduos idosos, a utilização da música pode beneficiar estados
psicológicos desses indivíduos, podendo favorecer a motivação para execução da tarefa e
permanência na atividade por tempo prolongado (MIRANDA; GODELI, 2003). No contexto
do uso da música como recurso ergogênico e meio de melhora da performance, estímulo, ou
mesmo diminuição da percepção de fadiga, ela se torna um meio relevante na prescrição de
treino para o atleta de meia idade, que em vista de uma diminuição da performance, advinda
do envelhecimento, pode ter uma melhora na sua disposição ao realizar a prática.
1.4. CAFEÍNA
Em relação a cafeína, já é sabido que se trata de um recurso ergogênico de aumento
de trabalho que tem sido pesquisado ativamente desde a década de 1970, mostrando que
15
altas doses trazem efeitos ergogênicos (SPRIET, 2014). Em seu estudo Azevedo et al. (2016)
verificou que a cafeína melhorou a performance de resistência após a indução de fadiga
mental, acompanhado por uma tendência na melhora do estado de humor.
Estudos tem demonstrado que a cafeína tem sido um estimulante amplamente
utilizado para se obter melhoras na cognição, no desempenho e na capacidade cognitiva
durante e após o exercício, tendo efeitos semelhantes ao exercício físico, que por si só traz
melhoras na cognição, sendo assim, tanto a cafeína, quanto o exercício melhoram funções
cognitivas de forma separada (HOGERVORST et al., 2008; SHULDER; HALL; MILLER,
2016).
Além da melhora nas funções cognitivas, a literatura tem demostrado que a cafeína
tem efeito no prolongamento do exercício e aumento de trabalho até a exaustão (DONGHIA
et al., 2007; HOGERVORST et al., 2008).
A literatura sobre a cafeína é ampla, podemos considerar que seus benefícios podem
servir como estratégia válida, para corredores amadores de meia idade, que buscam melhora
na performance.
1.1. TECNOLOGIAS, MÚSICA E CAFEÍNA
A literatura mostra que a música traz variados benefícios a prática de exercício físico.
A prática regular, acompanhado de música, pode trazer ao praticante alguns benefícios
relacionados a melhora da percepção subjetiva de esforço, motivação, prolongamento da
atividade e até mesmo aumento da performance (DIAS et al., 2018). O uso das tecnologias
atuais como os provedores de música streaming e a tecnologia bluetooth para a conexão com
fones de ouvido e caixas de som portáteis tornaram a utilização da música muito mais fácil.
Diante desde cenário, avaliar se a música é utilizada por praticantes de diferentes
modalidades (durante a pratica da mesma) e o quanto isto pode ser importante para o
praticante se mostra necessário, visto que isso pode influenciar o modo que a música poderá
ser usada no engajamento e na percepção do exercício físico praticado, melhorando a adesão
do praticante.
A fadiga é um desafio a ser vencido durante a prática de exercícios físicos. Contudo
a fadiga não é o ponto de falha da ação motora, mas uma diminuição da capacidade do
musculo em realizar a contração (ENOKA; DUCHATEAU, 2008), entre as estratégias
possíveis, para diminuir a fadiga e melhorar a performance podemos citar a combinação
16
entre a cafeína e a música que são dois recursos que podem atuar através de mecanismos
independentes na melhora da realização do exercício.
A combinação pode ser justificada por conta dos efeitos positivos que música pode
trazer para a prática do exercício e dos já conhecidos pela literatura benefícios que a cafeína
pode trazer, assim, combinar esses elementos trás possibilidades de verificar um eventual
sinergia que esses dois componentes podem trazer, tanto para o jovem, quanto para o homem
de meia idade.
Um dos desafios a serem vencidos em algumas modalidades esportivas é a fadiga,
que muitas vezes é caracterizada apenas como algo puramente fisiológico, porém é
descartado em muitos estudos a possibilidade do corredor utilizar outras ferramentas para
lidar com a fadiga, muitos métodos de avaliação acabam tirando do indivíduo a possibilidade
de ajustar seu esforço tanto consciente quanto inconscientemente durante o exercício
(MARINO; GARD; DRINKWATER, 2011).
Ao avaliamos as respostas apresentadas por adultos de diferentes idades submetidos
a mesmo exercício e aos mesmos ergogênicos, cafeína como recurso ergogênico fisiológico
e a música como recurso ergogênico psicológico, poderemos elucidar as diferenças que um
de perfil apresentado por um jovem durante a corrida e a diferença para um corredor que
pratique o mesmo tempo, porém, de meia idade.
A diferença de idade pode agir de modo diferente em cada um, para que ambos
tenham o mesmo resultado final. Somado a isso, verificamos a relação entre os dois
ergogênicos, se eles podem ajudar ou prejudicar a performance quando combinados.
1.2. ESTUDOS PRELIMINARES
Desta maneira, um estudo preliminar realizado teve o objetivo avaliar a utilização da
música durante diferentes práticas de exercício físico e qual a importância da música para a
prática dessas atividades.
Para realizar essa avaliação, utilizamos um questionário de gosto musical e prática
de exercício físico. O questionário avaliou qual a relação do praticante om o exercício e com
a música. Perguntamos sobre a prática atual de exercício preferido e se é realizado com ou
sem música.
A amostra foi composta por 50 participantes, sendo 28 homens e 22 mulheres, com
idade média de 36 anos (±12,5). Utilizamos o Google Forms para enviar um questionário
17
eletrônico, que foi encaminhado estritamente para praticantes regulares de EF, que ouvem
ou não musica durante as sessões.
Entre as modalidades praticadas temos 28,6% musculação, 18,4% corrida, 14,3%
bicicleta, 10,2% caminhada. O nível de atividade física dos participantes foi considerado
alto, uma vez que a maioria das práticas de EF ocorreu de 2 a 3 vezes por semana (46,9%)
ou 4 ou mais vezes por semana (44,9%).
Os resultados mostram que 70% dos participantes consideraram a música necessária
para realizar o exercício preferido, este resultado concorda com 71% dos participantes que
relataram que ouviam música durante o exercício preferido. Além disso, 40% acreditavam
que a música pode alterar a duração da sessão e 72,7% relataram que a música ajuda a
melhorar o desempenho durante a prática.
Durante o processo de realização desse estudo, realizamos diversos testes para
adequar o protocolo a um modo mais fidedigno para corredores de rua amadores de diversas
idades.
18
2. OBJETIVO
Diante dos fatores apresentados, o objetivo desse estudo é verificar as respostas a
utilização de cafeína e música na performance de corrida de 5 km, em adultos jovens e de
meia idade.
2.1. OBJETIVO ESPECÍFICO
Avaliar a performance (time trial) e as repostas fisiológicas, hormonais e
psicológicas antes e após uma corrida de 5km em adultos jovens e de meia idade, por meio
das seguintes variáveis:
1) Tempo de corrida de 5km
2) Percepção subjetiva de esforço
3) Estado de humor
4) Níveis de serotonina
5) Lactato
6) Frequência cardíaca
7) Composição corporal
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente se desenvolveu na Universidade São Judas Tadeu, campus Mooca. Todos
os participantes foram convidados a conhecer o estudo, apresentados os procedimentos da
pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
As coletas de dados foram realizadas no Laboratório do Estudo do Movimento.
O protocolo desse estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CEP/USJT)
sob o número do CAAE: 97874918.6.0000.0089.
Durante o processo de desenvolvimento do trabalho, foi elaborado um questionário
sobre música, para avaliar os gostos musicais, a frequência em eventos musicais e culturais,
a relação dos participantes com música e exercício e os tipos de exercícios praticados em
uma população aleatória.
19
3.1. AMOSTRA
Para este estudo foram selecionados homens jovens e de meia idade, de clubes de
corrida da cidade de São Paulo, optando por participantes praticantes e habituados a corrida,
com idades que variaram entre 20 e 60 anos.
Pelo período de até 2 meses os participantes fizeram quatro testes, separados por um
período mínimo de 2 dias, com diferentes combinações entre a música e o suplemento.
A amostra foi composta por três participantes do Grupo Jovem (GJ), com idade
média de 27,7 ± 5,7 anos.
O Grupo Meia Idade (GMI) foi composto por três participantes, com idade média de
52 ± 6,2 anos.
Ao final do teste dos seis participantes, chegamos a um total de vinte e quatro coletas
de dados.
3.2. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Participantes habituados a corrida de rua, com experiência de pelo menos 12 meses,
que estejam de acordo com os critérios da pesquisa.
Participantes que conseguiam o tempo abaixo dos 30 minutos na corrida de 5km.
3.3. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Participantes que apresentem problemas articulares, auditivos, ou indisponibilidade
de horários.
3.4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
3.4.1. SUPLEMENTAÇÃO COM CAFEÍNA
Os participantes fizeram um teste duplo cego com ingestão de cafeína ou placebo
(Talco farmacêutico) na medida 6mg/kg de peso corporal. Para tal, foi recomendado que não
consumissem cafeína 24 horas antes de cada teste e que evitem o consumo de alimentos que
influenciem na produção normal de Serotonina.
20
3.4.2. RECOMENDAÇÃO ALIMENTAR
A recomendação alimentar realizada aos participantes, ao evitar os alimentos que
poderiam alterar os valores normais de serotonina, como: chá em geral (mate, ervas e etc.);
whey protein; banana; peixes e frutos do mar; ovos; chocolate escuro ou com alto teor de
cacau; aspargos, abacate, nozes, abacaxi, berinjela, espinafre, nozes, aveia.
No caso de alguns dos alimentos descritos fossem de consumo habitual do
participante, foi pedido para informar ao pesquisador, para avaliar caso a caso. Contudo, a
recomendação máxima de consumo era de 1,5g proteína/kg de peso, evitando o consumo
excessivo de proteínas (Carne, Frango e etc.) 24 horas antes do teste mantendo apenas o
habitual de uma refeição normal do dia a dia.
3.4.3. TESTES DE CORRIDA
As avaliações foram realizadas em quatro dias diferentes com no mínimo dois dias
entre eles, com diferentes combinações entre a música e o suplemento (Placebo ou Cafeína).
Em cada um dos dias a coleta teve uma duração média de 3 horas. A ingestão de
suplementação realizada 30 minutos antes do início do teste.
O procedimento para corrida sem música, foi realizado com fone de ouvido para que
sons externos não influenciem durante a corrida.
Realizamos quatro diferentes testes, sendo eles:
1) SMSC - Sem Música e Sem Cafeína (Placebo)
2) CMSC - Com Música e Sem Cafeína (Placebo)
3) CMCC - Com Música e Com Cafeína
4) SMCC - Sem Música e Com Cafeína
Sendo todas as combinações determinadas previamente por outro pesquisador (que
não participara das coletas) que fez a randomização (no site www.roandomization.com) de
forma contrabalanceada (tanto para música quanto para os suplementos). Nesse sentido, em
todos os testes os participantes consumiram cápsulas (sugerindo que em todos os testes ele
estava sob o efeito de um ergogênico) e só souberam se correriam com música (ou não)
minutos antes de iniciar o teste.
Definidos os parâmetros, foi explicado ao participante sobre os procedimentos da
corrida na esteira. Tal procedimento consiste em um aquecimento com um trote por 5
21
minutos. Em seguida é dado sinal para que ele inicie a corrida. O participante correrá livre,
podendo modular sua velocidade como achar adequado.
3.4.4. MÚSICA
O ritmo da música foi determinado dentro do gosto musical do corredor, e a seleção
dentro do gosto musical do corredor com músicas que se caracterizam como agitadas e
rápidas (EDWORTHY; WARING, 2006) ou como caracterizada por Karageorghis, Terry,
Lane (1999) como músicas que possuem um ritmo rápido e que induzem ao aumento da ação
corporal. O volume será adequado de acordo para cada participante, desde que esse esteja
agradável ao ouvir, mas que ao mesmo tempo isole sons externos.
3.4.5. COLETAS
No primeiro dia de coleta, foi apresentado ao participante detalhes sobre o estudo e
quais seriam os procedimentos, em seguida feito a assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido e resposta da Anamnese e Questionário de Música, que é usado pelo
pesquisador para determinar a sequência de músicas a serem utilizadas pelo corredor nos
testes seguintes.
Nos testes seguintes, o procedimento inicial era sempre repetido, inicialmente era
coletado (por enfermeiro habilitado) uma amostra de sangue venoso (5ml), para a medição
de lactato (1 ml em eppendorf com 1mg de fluoreto), serotonina e dopamina (para obter
aproximadamente 1 ml de plasma).
Em seguida era pedido aos participantes responder a fichas para controle do estudo,
como: Questionário de Humor (Brunel) e Recordatório Alimentar. Em seguida, era oferecido
alimentação controlada e a suplementação (Cafeína ou Placebo). Após esse procedimento
era dado 30 minutos para inicio do teste.
3.4.6. VARIÁVEIS
Para análises de Lactato, Serotonina e Dopamina, será realizado a coleta do sangue
por profissional habilitado, antes e após cada teste. Em seguida as amostras da coleta, foram
centrifugadas (em 10.000 RMP, a 4º) para separação do soro e plasma e guardadas para
posterior análise (a -80ºC).
O lactato foi analisado por meio do Analisador Metabólico YSI 2900 Series
Biochemistry Analyzers.
22
A frequência cardíaca foi monitorada pelo frequencímetro Polar, modelo S810i.
A avaliação da composição corporal foi realizada da balança de Bioimpedância
InBody120 que forneceu informações de peso, altura, percentual de gordura, massa muscular
esquelética, massa gorda e água corporal.
As análises de fatores subjetivos, foram feitas por meio da escala de Borg (BORG,
1998) para medição da percepção subjetiva de esforço e a medição do estado de humor
realizada pela Escala de Humor de Brums (ROHLFS et al., 2008).
Em momento posterior serão analisadas a Serotonina e a Dopamina por meio do
método HPLC (High performance Liquid Chromatography) segundo a metodologia descrita
por Magalhães (2016).
3.4.7. RISCOS
Nos procedimentos experimentais, os riscos potenciais e o tema do trabalho foram
totalmente explicados verbalmente e por escrito na carta de informação ao participante
(Apêndice). A intervenção teve início após a aprovação do teste experimental pelo comitê
de ética da Universidade São Judas Tadeu e da assinatura do termo de consentimento livre
e esclarecido pelos participantes. Também foi esclarecido que os participantes poderiam
sofrer micro lesões musculares, acompanhada posteriormente (24 a 72 horas) de baixa a
moderada percepção subjetiva de dor, devido a protocolo de exercícios.
3.4.8. BENEFÍCIOS
Os participantes do estudo puderam aumentar o seu conhecimento em relação à
prática de atividade física para melhor saúde física e metabólica. Além disso, os participantes
do estudo tiveram uma ampla avaliação física e metabólica, no qual conheceram melhor o
seu atual estado de saúde.
3.4.9. ANÁLISE DE DADOS
Os dados foram tabulados e analisados por meio da comparação de médias com
ANOVA a um fator nas comparações entre os protocolos em cada grupo. Para a comparação
entre os grupos em cada protocolo, utilizamos o Teste t para amostras independentes. O
software utilizado foi o IBM SPSS Statistics, versão 21. Para esse estudo foi determinado o
nível de significância fixado a p<0,05.
23
4. RESULTADOS
4.1. COMPOSIÇÃO CORPORAL
Ao falarmos da composição corporal dos participantes, temos os seguintes
parâmetros do grupo jovem e do grupo meia idade.
O grupo jovem apresentou um peso médio de 77,1 ± 6,8kg, uma altura média de
172,7 ± 4,1 cm, uma idade média de 30,2 ± 5,4 anos, percentual de gordura médio
de 19,0 ± 3,8% e uma massa magra média de 34,9 ± 4,5 kg.
Tabela 1- Composição Corporal Grupo Jovem (J)
Peso (kg) Altura (cm) Idade (anos) % Gordura Massa Magra (kg)
J1 66,4 167 26 18,2% 30,6
J2 84,9 178 23 20,9% 38,3
J3 79,2 173,5 34 13,1% 40
J4 78,8 171 33 23,0% 35,6
J5 76 174 35 20,0% 30,1
Média 77,1 172,7 30,2 19,0% 34,9
DV 6,8 4,1 5,4 3,8% 4,5
O grupo meia idade apresentou um peso médio de 77,3 ± 7,9 kg, uma altura
de 177 ± 2,8 cm, uma idade média de 52,2 ± 4,8 anos, um percentual de gordura de 16,1 ±
6,1% e uma massa magra média de 35,1 ± 3,9 kg.
Tabela 2 - Composição corporal grupo meia idade (MI)
Peso (kg) Altura (cm) Idade (anos) % Gordura Massa Magra (kg)
MI1 75,1 175 59 9,3% 39,1
MI2 87,2 181 50 21,3% 39
MI3 66,1 175 47 10,0% 33,8
MI4 76 175 55 18,0% 30
MI5 82 179 50 22,0% 33,8
Média 77,3 177,0 52,2 16,1% 35,1
DV 7,9 2,8 4,8 6,1% 3,9
24
4.2. SEM MÚSICA, SEM CAFEÍNA (SMSC)
Com relação aos protocolos realizados, apresentamos os seguintes dados em relação
a corrida de 5km sem uso de música e sem uso de cafeína.
O lactato apresentado no protocolo SMSC pelo grupo jovem teve uma média
de 6,7 ± 1,75 mmol/l, enquanto o grupo meia idade uma média de 8,2 ± 1,60 mmol/l.
Quando comparamos os dois grupos não houve diferença significativa quando
comparamos os dois grupos nessa condição (p=0,17; IC95% -4,03 a 0,87 mmol/l).
Tabela 3 - Média lactato protocolo SMSC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMSC 5 6,71 1,75244 4,5401 8,8919
MI_SMSC 5 8,29 1,60692 6,2987 10,2893
Total 10 7,50 1,79004 6,2245 8,7855
Em relação a Escala Subjetiva de esforço os valores apresentados no protocolo
SMSC pelo grupo jovem teve uma média de 18,4 ± 1,34 enquanto o grupo meia idade
apresentou valores menores de média 13,8 ± 1,78.
Ao compararmos os dois grupos, observamos diferença estatística entre os grupos
nessa condição (p=0,002; IC95% 2,29 a 6,90).
Tabela 4 - Escala Subjetiva de Esforço protocolo SMSC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMSC 5 18,40 1,34164 16,7341 20,0659
MI_SMSC 5 13,80 1,78885 11,5788 16,0212
Total 10 16,10 2,84605 14,0641 18,1359
A frequência cardíaca final entre os grupos, não apresentou diferenças significativas,
sendo 176,2 ± 12,2 bpm para o grupo jovem e 176,6 ± 12,1 bpm para o grupo meia idade.
Com relação a comparação dos grupos nessa condição, observamos que não houve
diferença significativa (p=0,960; IC95% -18,23 a 17,43).
25
Tabela 5 - Frequência Cardíaca Final (em BPM) protocolo SMSC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMSC 5 176,20 12,27599 160,9573 191,4427
MI_SMSC 5 176,60 12,17785 161,4792 191,7208
Total 10 176,40 11,52967 168,1522 184,6478
O tempo na corrida de 5km entre os grupos de apresentou uma média
de 25,2 ± 2,79 min para o grupo jovem, enquanto o grupo meia idade apresentou valores
médios semelhantes de 25,1± 3,01 min, não ocorrendo diferenças significativas no tempo
dos dois grupos (p=0,972; IC95% -4,17 a 4,30).
Tabela 6 - Tempo final (em minutos) do protocolo SMSC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMSC 5 25,22 2,79725 21,7528 28,6992
MI_SMSC 5 25,16 3,01840 21,4122 28,9078
Total 10 25,19 2,74372 23,2303 27,1557
4.3. SEM MÚSICA, COM CAFEÍNA (SMCC)
No protocolo em que os participantes correram sem música, utilizando a
suplementação de cafeína, apresentou os seguintes resultados.
O lactato no grupo jovem teve um valor médio de 7,8 ± 1,81 mmol/l, enquanto o
grupo meia idade apresentou um valor médio de 7,7 ± 1,15 mmol/l.
Na condição de corrida com uso da suplementação de cafeína, não observamos
diferenças significativas entre os grupos (p=0,896; IC95% -2,08 a 2,34).
Tabela 7 - Média de lactato do protocolo SMCC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMCC 5 7,88 1,81492 5,6345 10,1415
MI_SMCC 5 7,75 1,15502 6,3239 9,1921
26
Total 10 7,82 1,43582 6,7959 8,8501
Com relação a escala subjetiva de esforço, o grupo jovem apresentou uma média
de 18 ± 1,22, enquanto o grupo meia idade apresentou valores médios de 14,4 ± 1,51.
A escala subjetiva de esforço nessa condição, mostrou diferenças significativas entre
os grupos (p=0,003; IC95% 1,58 a 5,61).
Tabela 8 - Escala Subjetiva de Esforço protocolo SMCC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMCC 5 18,00 1,22 16,4793 19,5207
MI_SMCC 5 14,40 1,51 12,5169 16,2831
Total 10 16,20 2,29 14,5549 17,8451
Em relação a frequência cardíaca no protocolo SMCC, o grupo jovem apresentou um
média final na FC de 178,0 ± 13,4 bpm e o grupo meia idade uma FC média
de 182,8 ± 11,8 bpm, contudo, não foram verificados diferenças significativas nessa
condição (p=0,565; IC95% -23,23 a 13,63).
Tabela 9 - Frequência Cardíaca Final (em BPM) protocolo SMCC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMCC 5 178,00 13,41641 161,3413 194,6587
MI_SMCC 5 182,80 11,81948 168,1242 197,4758
Total 10 180,40 12,18560 171,6829 189,1171
O tempo final dos participantes no protocolo SMCC mostrou que o grupo jovem fez
um tempo médio de 24,3 ± 2,94 min enquanto o grupo meia idade fez um tempo médio de
24,3 ± 3,85 min, contudo, não observamos diferenças significativas nos tempos entre os
grupos (p=0,976; IC95% -4,93 a 5,07).
Tabela 10 - Tempo final (em minutos) do protocolo SMCC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMCC 5 24,37 2,94509 20,7132 28,0268
MI_SMCC 5 24,30 3,85832 19,5113 29,0927
27
Total 10 24,33 3,23612 22,0210 26,6510
4.4. COM MÚSICA, SEM CAFEÍNA (CMSC)
Em relação ao protocolo em que os participantes apenas ouviram a música preferida
e utilizaram placebo, temos os seguintes resultados.
O lactato no grupo jovem teve valor médio de 7,8 ± 1,41 mmol/l, enquanto o grupo
meia idade apresentou valores médios de 7,3 ± 1,15 mmol/l.
Nessa situação não foram observados diferenças significativas entre os grupos
(p=0,572; IC95% -1,40 a 2,36).
Tabela 11 - Média de lactato do protocolo CMSC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_CMSC 5 7,80 1,41284 6,0537 9,5623
MI_CMSC 5 7,32 1,15971 5,8860 8,7660
Total 10 7,56 1,24477 6,6765 8,4575
A percepção subjetiva de esforço apresentou os seguintes valores médios, no
protocolo para o grupo jovem 17 ± 0 e o grupo meia idade 13,4 ± 0,54.
Nesse grupo, verificamos diferenças significativas nesse protocolo de teste
(p=0,000; IC95% 3,03 a 4,16).
Tabela 12 - Escala Subjetiva de Esforço protocolo CMSC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_CMSC 5 17,00 ,00000 17,0000 17,0000
MI_CMSC 5 13,40 ,54772 12,7199 14,0801
Total 10 15,20 1,93218 13,8178 16,5822
A frequência cardíaca apresentou os seguintes valores para o grupo jovem
175,8 ± 18,7 bpm e para o grupo meia idade 174,6 ± 14,8 bpm.
Quando verificamos as médias entre os grupos nesse protocolo, não verificamos
diferenças significativas (p=0,913; IC95% -23,42 a 25,82).
28
Tabela 13 - Frequência Cardíaca Final (em BPM) protocolo CMSC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_CMSC 5 175,80 18,70027 152,5806 199,0194
MI_CMSC 5 174,60 14,84251 156,1706 193,0294
Total 10 175,20 15,92901 163,8051 186,5949
O tempo na corrida de 5km entre os grupos de apresentou uma média
de 25,3 ± 3,38 min para o grupo jovem, enquanto o grupo meia idade apresentou valores
médios de 24,2 ± 4,03 min, não apresentando diferenças significativas
(p=0,668; IC95% -4,38 a 6,48).
Tabela 14 - Tempo final (em minutos) do protocolo CMSC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_CMSC 5 25,33 3,38858 21,1285 29,5435
MI_CMSC 5 24,28 4,03651 19,2740 29,2980
Total 10 24,81 3,55684 22,2666 27,3554
4.5. COM MÚSICA, COM CAFEÍNA (CMCC)
O lactato apresentado no protocolo CMCC pelo grupo jovem teve uma média de
7,9 ± 1,21 mmol/l, enquanto o grupo meia idade foi de 7,8 ± 0,97 mmol/l.
Quando verificamos as médias dos grupos nesse protocolo, não verificamos
diferenças significativas (p=0,863; IC95% -1,48 a 1,72).
Tabela 15 - Média de lactato do protocolo CMCC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_CMCC 5 7,94 1,21504 6,4393 9,4567
MI_CMCC 5 7,82 ,97143 6,6178 9,0302
Total 10 7,88 1,03915 7,1426 8,6294
29
Com relação a escala subjetiva de esforço, o grupo jovem apresentou uma média de
17,2 ± 1,30, enquanto o grupo meia idade apresentou valores médios de 14,0 ± 0,70.
Ao verificarmos as médias, observamos diferenças significativas nos grupos nessa
situação (p=0,001; IC95% 1,67 a 4,72).
Tabela 16 - Escala Subjetiva de Esforço protocolo CMCC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_CMCC 5 17,20 1,30384 15,5811 18,8189
MI_CMCC 5 14,00 ,70711 13,1220 14,8780
Total 10 15,60 1,95505 14,2014 16,9986
Em relação a frequência cardíaca no protocolo CMCC, o grupo jovem apresentou
um média final na FC de 184,6 ± 11,7 bpm e o grupo meia idade uma FC média
de 185,6 ± 11,9 bpm. Ao verificar as médias, não houve diferenças significativas nos grupos
nessa condição (p=0,897; IC95% -18,30 a 16,30).
Tabela 17 - Frequência Cardíaca Final (em BPM) protocolo CMCC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_CMCC 5 184,60 11,73882 170,0243 199,1757
MI_CMCC 5 185,60 11,99166 170,7104 200,4896
Total 10 185,10 11,19970 177,0882 193,1118
O tempo na corrida de 5km no protocolo CMCC, entre os grupos de apresentou uma
média de 25,3 ± 3,38 min para o grupo jovem, enquanto o grupo meia idade apresentou
valores médios de 24,2 ± 4,03 min. Ao compararmos as médias, verificamos que não houve
diferenças significativas (p=0,518; IC95% -3,86 a 7,06).
Tabela 18 - Tempo final (em minutos) do protocolo CMCC
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_CMCC 5 26,01 3,59429 21,5511 30,4769
MI_CMCC 5 24,41 3,89503 19,5737 29,2463
30
Total 10 25,21 3,63307 22,6131 27,8109
4.6. GRUPO JOVEM
Quando comparamos os protocolos dentro de cada grupo, podemos verificar os
seguintes resultados.
O lactato do protocolo SMSC teve o valor de 6,7 ± 1,75 mmol/l, no SMCC de
7,8 ± 1,81 mmol/l, no CMSC de 7,8 ± 1,41 mmol/l e no CMCC de 7,9 ± 1,21 mmol/l.
Contudo não há diferenças significativas (F=0,697, p=0,56) entre os protocolos no
grupo jovem.
Tabela 19 - Lactato (mmol/l) no grupo jovem
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMSC 5 6,71 1,75244 4,5401 8,8919
J_SMCC 5 7,88 1,81492 5,6345 10,1415
J_CMSC 5 7,80 1,41284 6,0537 9,5623
J_CMCC 5 7,94 1,21504 6,4393 9,4567
Total 20 7,59 1,53025 6,8738 8,3062
Com relação a escala subjetiva de esforço, os protocolos apresentaram os seguintes
valores. No protocolo SMSC de 18 ± 1,34, SMCC de 18 ± 1,22, SMSC de 17 ± 1,30 e no
CMCC de 17,2 ± 1,30.
Ao verificar as médias da escala subjetiva de esforço não encontramos diferenças
significativas (F=1,747, p=0,87) entre os protocolos.
Tabela 20 - Escala Subjetiva de Esforço no grupo jovem
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMSC 5 18,40 1,34164 16,7341 20,0659
J_SMCC 5 18,00 1,22474 16,4793 19,5207
J_CMSC 5 17,00 ,00000 17,0000 17,0000
J_CMCC 5 17,20 1,30384 15,5811 18,8189
Total 20 17,65 1,18210 17,0968 18,2032
31
A frequência cardíaca nos protocolos realizados no grupo jovem, apresentou os
seguintes resultados no SMSC 176,2 ± 12,2 bpm, no SMCC 178,0 ± 13,4 bpm, no CMSC
184,6 ± 11,7 bpm e no CMCC 178,6 ± 13,6 bpm. Ao verificar a, não observamos diferenças
significativas no grupo nos diferentes protocolos a que foram submetidos (F=0,407, p=0,75).
Tabela 21 - Frequência Cardíaca Final (em BPM) no grupo jovem
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMSC 5 176,20 12,27599 160,9573 191,4427
J_SMCC 5 178,00 13,41641 161,3413 194,6587
J_CMSC 5 175,80 18,70027 152,5806 199,0194
J_CMCC 5 184,60 11,73882 170,0243 199,1757
Total 20 178,65 13,61607 172,2775 185,0225
Ao verificarmos os tempos de corrida em cada situação, obtivemos os seguintes
resultados no grupo jovem, no protocolo SMSC 25,2 ± 2,79 min, no SMCC 24,3 ± 2,94 min,
no CMSC 25,3 ± 3,38 min e no protocolo CMCC 26,0 ± 3,59 min. Contudo, apesar das
diferenças de tempo não há diferenças significativas (F=0,223, p=0,87) entre os protocolos
no grupo jovem.
Tabela 22 - Tempo final (em minutos) no grupo jovem
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
J_SMSC 5 25,22 2,79725 21,7528 28,6992
J_SMCC 5 24,37 2,94509 20,7132 28,0268
J_CMSC 5 25,33 3,38858 21,1285 29,5435
J_CMCC 5 26,01 3,59429 21,5511 30,4769
Total 20 25,23 2,99495 23,8348 26,6382
32
4.7. GRUPO MEIA IDADE
Ao verificarmos as diferenças dentro do grupo meia idade, obtivemos os seguintes
resultados em relação ao lactato em cada uma das situações, no SMSC 8,2 ± 1,60 mmol/l,
no SMCC 7,7 ± 1,15 mmol/l, no CMSC 7,3 ± 1,15 mmol/l e no CMCC 7,8 ± 0,97 mmol/l.
Na variável lactato não observamos diferenças significativas (F=0,506, p=0,68) entre
os protocolos.
Tabela 23 - Lactato (mmol/l) no grupo meia idade
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
MI_SMSC 5 8,29 1,60692 6,2987 10,2893
MI_SMCC 5 7,75 1,15502 6,3239 9,1921
MI_CMSC 5 7,32 1,15971 5,8860 8,7660
MI_CMCC 5 7,82 ,97143 6,6178 9,0302
Total 20 7,80 1,19593 7,2408 8,3602
Em relação a escala subjetiva de esforço, observamos os seguintes valores no grupo
meia idade, no SMSC 13,8 ± 1,78, no SMCC 14,4 ± 1,51, no CMSC 13,4 ± 0,54 e no CMCC
14,0 ± 0,70.
Com relação ao grupo meia idade nas diferentes situações, não verificamos
diferenças significativas (F=0,550, p=0,65).
Tabela 24 - Escala Subjetiva de Esforço no grupo meia idade
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
MI_SMSC 5 13,80 1,78885 11,5788 16,0212
MI_SMCC 5 14,40 1,51658 12,5169 16,2831
MI_CMSC 5 13,40 ,54772 12,7199 14,0801
MI_CMCC 5 14,00 ,70711 13,1220 14,8780
Total 20 13,90 1,20961 13,3339 14,4661
33
Em relação a frequência cardíaca, obtivemos os seguintes valores em relação ao
grupo meia idade, no SMSC 176,6 ± 12,1 bpm, no SMCC 182,8 ± 11,8 bpm, no CMSC
174,6 ± 14,8 bpm e no CMCC 185,6 ± 11,9 bpm.
Ao verificarmos, não foram observados diferenças significativas (F=0,817, p=0,50).
entre as diferentes situações.
Tabela 25 - Frequência Cardíaca Final (em BPM) no grupo meia idade
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
MI_SMSC 5 176,60 12,17785 161,4792 191,7208
MI_SMCC 5 182,80 11,81948 168,1242 197,4758
MI_CMSC 5 174,60 14,84251 156,1706 193,0294
MI_CMCC 5 185,60 11,99166 170,7104 200,4896
Total 20 179,90 12,58194 174,0115 185,7885
Em relação ao tempo final no grupo meia idade nas diferentes intervenções, temos
os seguintes valores, no SMSC 25,1 ± 3,01 min, no SMCC 24,3 ± 3,85 min, no
CMSC 24,2 ± 4,03 min e no CMCC 24,4 ± 3,89 min.
Na diferentes situações, não foram encontradas diferenças significativas
(F=0,063, p=0,97) no grupo meia idade.
Tabela 26 - Tempo final (em minutos) no grupo meia idade
N Média Desvio padrão Intervalo de confiança de 95% para média
Limite inferior Limite superior
MI_SMSC 5 25,1600 3,01840 21,4122 28,9078
MI_SMCC 5 24,3020 3,85832 19,5113 29,0927
MI_CMSC 5 24,2860 4,03651 19,2740 29,2980
MI_CMCC 5 24,4100 3,89503 19,5737 29,2463
Total 20 24,5395 3,43711 22,9309 26,1481
34
5. DISCUSSÃO
Esse estudo teve inicio com objetivo de entender o processo de envelhecimento,
relacionado a prática de exercícios e como esse processo pode influenciar diferentes grupos,
como no caso, um grupo jovem e um grupo de meia idade, que apresentam uma significativa
diferença de idade cronológica, mas que apresentam desempenhos muito próximos entre si.
Diante do objetivo específico desse estudo, verificamos as respostas fisiológicas
apresentadas pelos grupos e como cada um respondeu aos diferentes protocolos aos quais
foram submetidos.
Inicialmente esperava-se que o grupo meia idade reagisse melhor aos recursos
ergogênicos propostos, como se compensasse o envelhecimento físico natural com a
utilização dos mesmos, contudo, percebeu-se que esse grupo teve desempenho semelhante
ao grupo jovem em diversos parâmetros (lactato, FC final e tempo), apresentando inclusive,
valores menores na percepção de esforço, quando comparado aos jovens.
Tais resultados refletem diferentes interpretações de como cada grupo pode ter reagido
aos protocolos experimentais propostos.
O grupo meia idade, apresentou menores valores na escala subjetiva de esforço, e isso
pode caracterizar uma melhor adaptação ao esforço físico, quando comparados aos jovens.
Na revisão sistemática de Enoka e Duchateau (2008), verificou-se que o tempo de exaustão
em uma contração isométrica, foi menor em homens mais velhos, quando comparados a
jovens, ou seja, fisicamente o grupo jovem possui uma maior vantagem em relação ao grupo
meia idade, mas isso não explica e não se opõe a maior facilidade do grupo meia idade em
lidar com o esforço exigido e com a percepção desse esforço durante o exercício.
Os valores nos tempos em cada protocolo, demostram que a utilização seja com
cafeína ou com música, ainda que sem diferença estatística, mostram que os tempos
diminuíram nos dois protocolos. Embora essa diferença não seja estatística, em uma prova
de 5km, pode significar uma diferença de até 50 colocações.
Em relação as intervenções, notamos que tanto o grupo jovem, quanto o grupo meia
idade, obtiveram as mesmas reações aos diferentes protocolos, ou seja, todos melhoraram
ou pioraram nos mesmos parâmetros. Essa semelhança causou estranheza por analisarmos
dois grupos de diferentes faixas etárias e com esperadas diferenças fisiológicas, que não se
confirmaram.
Ao realizarmos o protocolo CMCC, verificou-se que os resultados eram iguais ou até
piores do que no protocolo SMSC, estudos como de Pujol e Langenfeld (1999), que verificou
35
que a música ao ser realizada em exercícios submáximos e máximos trás respostas positivas
na percepção de esforço, embora os resultados tenham semelhança, a combinação música e
cafeína, não trouxe os resultados esperados.
Ainda em relação ao protocolo CMCC o fato da cafeína e da música não ter trazido
o efeito esperado, pode significar que não ocorre efeito sinergista em exercícios submáximos
ou máximos, isso em parte pode ser explicado pelo fato da música influenciar em respostas
fisiológicas relacionadas a processos de atenção e expectativa (MUSZKAT; CORREIA;
CAMPOS, 2000) gerando assim, conflito com a estimulação causada pela cafeína pela
música. É importante lembrar que apesar do protocolo desse estudo não ser caracterizado
como exercício máximo, era pedido aos participantes que tentassem o seu melhor tempo na
corrida de 5km, podendo assim, caracterizar um exercício máximo para o participante no
momento de teste.
Ao realizar estudos com músicas, diversos parâmetros devem ser considerados, como
gosto musical, volume da música, bpm da música, todos esses cuidados foram observados
nesse estudo, para que tivéssemos uma lista de música dentro dos parâmetros desejados para
o estudo, e ainda que esses se traduzissem em um componente utilizável, não apenas para
pesquisa, mas também para uso do corredor durante sua sessão de exercícios.
Em relação aos resultados obtidos, verificamos que os valores de lactato e frequência
cardíaca não apresentaram diferenças significativas, assim como no estudo de Nakamura,
Deustch e Kokubun (2008), realizado em cicloergômetro com protocolos semelhantes.
No nosso estudo, entretanto, observamos diferenças estatísticas na escala subjetiva
de esforço. Embora não tenhamos informações suficientes para determinar o mecanismo,
acreditamos que o desempenho e a percepção subjetiva do esforço tenha sido influenciado
pela música, mais precisamente por um dos diversos parâmetros citados que podem
influenciar a chegada de informações ao cérbero e portanto, sua percepção do esforço
realizado,
Um fato interessante verificado no protocolo CMCC, é que o ergogênico psicológico
utilizado influenciou o funcionamento de um ergogênico fisiológico já bem descrito na
literatura, a tal ponto que atrapalhou seu funcionando, tornando o desempenho pior quando
comparado aos protocolos isolados.
Esse resultado sugere que o excesso de recursos ergogênicos, nem sempre vai se
traduzir em melhor performance.
36
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos resultados, acreditamos que a música pode estimular um maior
envolvimento na prática do exercício físico, uma vez que em estudo prévio a maioria dos
praticantes relatou ouvir música durante a prática.
Além disso, de acordo com os resultados de percepção subjetiva dos participantes,
a música tornou-se necessária para a extensão da prática ou funcionou como um estimulante
para a melhoria do desempenho.
Acreditamos que aumentar o N do estudo, com participantes jovens e de meia
idade, com diferentes tipos do condicionamento físico, possa trazer mais detalhes do
funcionamento da música e da cafeína, como fator motivacional para esse estudo.
Algumas variáveis do estudo que seriam de grande importância para o
entendimento de algumas situações no protocolo, não puderam ser analisadas, trazendo
assim, uma discussão para esse estudo com menos parâmetros do que os pretendidos
inicialmente.
Entendemos a importância desse estudo como meio de promover a busca pelo
entendimento do desempenho em diferentes faixas etárias e como esse bom desempenho,
pode ser importante para a manutenção da prática e também para a motivação de sua
realização.
37
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40
8. APÊNDICE
8.1. TERMO DE CONSENTIMENTO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
TÍTULO DA PESQUISA:
RESPOSTAS A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS ERGOGÊNICOS COMBINADOS NA
PERFORMANCE EM CORRIDA E SUA RELAÇÃO COM O ENVELHECIMENTO.
Assinando este Termo de Consentimento, estou ciente de que:
OBJETIVO DO ESTUDO: Será verificar as respostas da utilização de cafeína e música
na performance de corrida de 5 km, em adultos jovens e de meia idade.
ATENÇÃO: Se você não possui atestado médico liberando a prática de atividades físicas
ou tem alguma patologia cardiovascular, você NÃO poderá participar da pesquisa.
DESCRIÇÃO DA PESQUISA:
As avaliações serão realizadas em quatro dias diferentes com no mínimo dois
dias entre eles, com diferentes combinações entre a música e o suplemento. Em cada um
dos dias a coleta deverá ter uma duração média de 3 horas. A ingestão de suplementação
deve se realizar 1 hora antes do início do teste.
A suplementação a ser ingerida será de cafeína, na dose de 6mg/kg de peso, em
uma única cápsula ou substância controle, a mesma dose da cafeína mas, de amido
resistente (substância semelhante à maisena), também em uma única capsula. A substância
a ser consumida será sorteada, ou seja, você não saberá qual das duas estará consumindo
naquele dia. Você receberá uma recomendação contendo alimentos que devem ser evitados
no dia antes e no dia do teste.
Em dois testes, será realizado a corrida com a utilização de fones de ouvido.
Nesse dia, você irá ouvir música durante todo o teste, em um volume confortável, mas que
não possa ouvir sons externos.
Nos demais dias, serão realizados os mesmos testes, sem a música.
41
O teste consiste em uma corrida de 5 km no seu melhor tempo e imediatamente
após a corrida, serão realizadas as análises.
Os testes serão realizados por professores de educação física, alunos da Pós-
Graduação do Laboratório de Movimento Humano, a coleta de sangue, será realizada por
enfermeiros ou farmacêuticos da Universidade São Judas Tadeu.
Serão avaliadas a fadiga central e fadiga periférica através de analises
sanguíneas. Também serão utilizados questionários de percepção subjetiva de esforço, uma
escala visual analógica de dor e questionários humor. Além disso, será avaliado o
desempenho, através do tempo para correr os 5km e a composição corporal medida em
uma balança de Bioimpedância (aparelho semelhante a balanças convencionais) onde
informará seu peso, altura, percentual de gordura, massa muscular esquelética, massa gorda
e água corporal.
Para a fadiga central, serão analisados parâmetros do sangue, através de uma
coleta de 20ml de sangue venoso (procedimento idêntico aos exames de sangue
convencionais).
Para a fadiga periférica, serão analisados outros parâmetros na mesma coleta de
20ml de sangue venoso (procedimento idêntico aos exames de sangue convencionais) e
questionários sobre a percepção subjetiva de esforço, onde você deve indicar através de
uma tabela de 1 à 10, qual seu nível de esforço sendo 0 sem esforço e 10 esforço máximo
e uma escala visual analógica onde através de uma tabela você deve indicar seu nível de
dor, sendo 0 nenhuma dor e 10 dor intensa.
Estas análises serão realizadas antes do teste e logo após o término do teste.
CUSTOS/ REEMBOLSOS: Não receberei qualquer forma de gratificação pela
participação no experimento. Nem terei custos com instrumentos, equipamentos e
tratamento.
RISCOS POTENCIAIS E DESCONFORTOS: Esse estudo oferece riscos mínimos
além dos naturalmente previstos com a prática de exercícios físicos, porém ressaltamos que
poderá sentir desconforto ou mal-estar na coleta de sangue ou ainda não se adaptar à
ingestão do suplemento, a dose do suplemento é segura e geralmente bem aceita por outros
participantes de pesquisa que já realizaram estudos com essa dose. A coleta de sangue será
feita por profissionais experientes e habilitados, minimizando o risco e desconforto. Ainda
42
assim, se necessário, você será encaminhado à enfermaria da Universidade e se julgar
prudente poderá deixar a pesquisa. Vale lembrar que a sua participação é voluntária e pode
ser interrompida a qualquer momento.
BENEFÍCIOS POTENCIAIS: O principal benefício que esse projeto trará a você é o
conhecimento sobre uma nova estratégia de melhora do seu desempenho em corridas, bem
como o conhecimento sobre sua percepção de fadiga central e fadiga periférica e sua
composição corporal. Outro benefício direto será a avalição do volume máximo de
oxigênio (VO2), parâmetro importante para os praticantes da modalidade. Para a área de
conhecimento os benefícios são: a avaliação prática da eficácia da suplementação de
cafeína e música em variáveis fisiológicas e na melhora do desempenho de corrida de 5km.
Se os resultados propostos forem verificados teremos uma alternativa de suplementação
para melhorar o desempenho de atletas amadores e de elite em diferentes distancias da
corrida de rua.
CONFIDENCIALIDADE: As informações colhidas serão mantidas em absoluto sigilo e
a identidade do participante será preservada em todas as situações que envolvam discussão,
apresentação ou publicação dos resultados da pesquisa, a menos que haja uma manifestação
da sua parte por escrito, autorizando tal procedimento.
DÚVIDAS / INFORMAÇÕES: Se em algum momento você tiver dúvidas sobre a
pesquisa, favor comunicar-se com o pesquisador responsável, Igor Roberto Dias pelo
telefone (11) 96728-7028. Se você acredita que sofreu algum dano no decorrer desta
pesquisa como participante do estudo, você deve entrar em contato com o Presidente do
Comitê de Ética em Pesquisa da USJT pelo telefone (11) 2799-1950 / (11) 2799-1689 ou
DESISTÊNCIA/TÉRMINO DA PARTICIPAÇÃO: A sua recusa em participar do
procedimento não lhe trará nenhum prejuízo, estando livre para abandonar o experimento
a qualquer momento.
43
AUTORIZAÇÃO PARA PARTICIPAR DA PESQUISA
Nome do participante:
____________________________________________________________
Eu, pelo presente, concordo em participar voluntariamente da pesquisa sob supervisão de
____________________________________________________ e sua equipe da
Universidade São Judas Tadeu.
Eu reconheço que li, ou que me foi explicado em linguagem de meu
entendimento, o documento de consentimento anexado. Eu tive a oportunidade de
perguntar sobre o estudo e todas as minhas dúvidas foram respondidas de maneira
satisfatória.
Este documento deverá ser assinado em duas vias, sendo uma ficando em seu
poder.
Eu entendo que tenho a liberdade de retirar esta autorização e descontinuar
minha participação deste estudo a qualquer tempo.
____________________________
____________________________
Assinatura do participante Assinatura do
pesquisador
Data: ______/______/_________ Horário:
____________________
44
8.2. QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO MUSICAL E EXERCÍCIO
Gosto Musical e ExercícioIdentificação
*Obrigatório
1. Endereço de email *
2. Sexo *
Marcar apenas uma oval.
Masculino
Feminino
Faz uso de alguma medicação?Ex: Fluoxetina
3. Qual?
Preferência MusicalNesse trecho, queremos saber como é sua relação com a música, responda tudo que for mais próximo ao seu gosto musical.
4. Quais eventos culturais? *
Marque todas que se aplicam.
Shows Musicais
Teatro
Cinema
Locais com Música ao vivo
Não frequento
Outro:
45
5. Quais seus gêneros musicais favoritos? *
Escolha os gêneros musicais que você gosta, pode ser mais de um. Caso ele não esteja na lista,escolha o que se aproxima do gênero. Exemplo: gosto Ópera, escolha o gênero Clássico. Emultimo caso, escolha a opção Outro e descreva. Ou descreva em Outro.Marque todas que se aplicam.
Axé
Blues
Bossa Nova
Clássico
Dance
Disco
Eletrônica
Forró
Gospel/Religioso
Heavy Metal
Hip Hop
Instrumental
Jazz
Jovem Guarda
MPB
Pagode
Pop
Pop/Rock
Rap
Reggae
Rock
Romântico
Samba
Salsa
Sertanejo
Tango
Velha Guarda
Nenhum
Outro:
46
6. Quais gêneros musicais eventualmente você já gostou, mas hoje não gosta mais? *
Se em algum momento da sua vida, você já gostou de outros gêneros musicais, mesmo que hojeem dia não ouça mais, selecione abaixo.Marque todas que se aplicam.
Axé
Blues
Bossa Nova
Clássico
Dance
Disco
Eletrônica
Forró
Gospel/Religioso
Heavy Metal
Hip Hop
Instrumental
Jazz
Jovem Guarda
MPB
Pagode
Pop
Pop/Rock
Rap
Reggae
Rock
Romântico
Samba
Salsa
Sertanejo
Tango
Nenhum
Outro:
47
7. Quais os meios você utiliza para ouvir música? *
Marque todas que se aplicam.
Aparelho de MP3 (Com fone de ouvido)
Aparelho de MP3 (com caixa de som externa)
Celular (Com Fone de Ouvido)
Celular (Com caixa de som externa)
Rádio do carro
Aparelho de som (de casa)
Computador (Com fone de ouvido)
Computador (alto falante do computador ou caixa externa)
Outro:
8. Você utiliza algum aplicativo de música? *
Marque todas que se aplicam.
Spotify
Deezer
TuneIn Radio
Rdio
AppleMusic
Youtube
Não utilizo
Outro:
9. O quanto a música é necessária no seu dia a dia? *
Marcar apenas uma oval.
1 2 3 4 5
Pouco Muito
10. O quanto a música é necessária durante uma prática de exercício? *
Marcar apenas uma oval.
1 2 3 4 5
Pouco Muito
Exercício FísicoGostaríamos de saber como você utiliza a música durante a prática de exercícios físicos. Considere exercício físico aqueles que possuem uma seqüência sistematizada de movimentos, sempre executados de forma planejada e com um objetivo prédefinido. Não considerar atividades de lazer.
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11. Qual exercício físico você pratica regularmente? *
Caso pratique mais de um, escolher o mais frequente, preferido ou o que você ouve música.Marcar apenas uma oval.
Yoga
Crossfit
Natação
Hidroginástica
Musculação
Corrida
Bicicleta
Pilates
Dança
Alongamento
Lutas
Caminhada
Zumba
Escalada
Ginástica
Skate
Outro:
12. Quantas vezes por semana você pratica o exercício selecionado? *
Marcar apenas uma oval.
1 vez por semana
De 2 a 3 Vezes por Semana
Mais de 4 vezes por semana
13. Você ouve música ao praticar o exercício selecionado? *
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
Não é possivel, mas gostaria.
Não é possível, mas não gostaria de ouvir.
14. A música é essencial para você praticar o exercício? *
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
Talvez
15. Você costuma usar fone de ouvido durante o exercício? *
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
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16. Você acredita que a música modifica a duração do seu exercício? *
Marcar apenas uma oval.
1 2 3
Encurta Prolonga
17. Você acredita que a musica ajuda a melhorar a sua performance no exercício que pratica?*
Marcar apenas uma oval.
1 2 3 4 5
Pouco Muito
18. Você acredita que o seu gosto musical ajuda a melhorar a sua performance no exercício? *
Marcar apenas uma oval.
1 2 3 4 5
Pouco Muito
Pesquisa
19. Você teria interesse em participar de uma pesquisa prática com corrida e música? *
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
Talvez
Obrigado!Recebemos a sua resposta. Se quiser acompanhar nossos estudos siga nossa pagina no Facebook. GEPAME https://www.facebook.com/gepame.usjt/
Envie para mim uma cópia das minhas respostas.
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9. ANEXOS
9.1. ESCALA DE HUMOR (BRUM)
Abaixo está uma lista de palavras que descrevem sentimentos. Por favor, leia tudo
atenciosamente. Em seguida assinale, em cada linha, o quadrado que melhor descreve
COMO VOCÊ SE SENTE AGORA.
Tenha certeza de sua resposta para cada questão, antes de assinalar.
Escala: 0 = nada 1 = um pouco 2 = moderadamente 3 = bastante 4 = extremamente
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9.2. ESCALA DE BORG