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REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 68 30 de Outubro de 2011 GRANDES EMBATES OF-1721 X K270 X B12M 7º INTERBUSS CITY TOUR 7º INTERBUSS CITY TOUR SUCESSO! SUCESSO! NO ÚLTIMO EMBATE!

Revista InterBuss - Edição 68 - 30/10/2011

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 68 - 30/10/2011

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 68 30 de Outubro de 2011

GRANDESEMBATES

OF-1721 X K270 X B12M

7º INTERBUSS CITY TOUR7º INTERBUSS CITY TOURSUCESSO!SUCESSO!

NO ÚLTIMO EMBATE!

Page 2: Revista InterBuss - Edição 68 - 30/10/2011

As mais tradicionais montadoras do Brasil sendodefendidas por fãs e estudiosos em um debate inédito

GRANDES EMBATES INTERBUSS

CONHEÇAM A PROGRAMAÇÃO DOS PRÓXIMOS EMBATES

CLAITON REIS

Encerramento06 de Novembro

Pela MERCEDES-BENZ

WILSON ROBERTO DEGRESSI MÍCCOLI

Pela SCANIA

FÁBIO VARGASPela VOLVO

Page 3: Revista InterBuss - Edição 68 - 30/10/2011

As mais tradicionais montadoras do Brasil sendodefendidas por fãs e estudiosos em um debate inédito

GRANDES EMBATES INTERBUSS

INTERBUSSREVISTA

Informação com responsabilidadeINTERBUSS

CONHEÇAM A PROGRAMAÇÃO DOS PRÓXIMOS EMBATES

ATENÇÃO:

A PRÓXIMA EDIÇÃOSERÁ PUBLICADA

NORMALMENTE NODOMINGO, DIA 6DE NOVEMBRO.NÃO PERCAM!

Page 4: Revista InterBuss - Edição 68 - 30/10/2011

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 48 PÁGINAS

| A Semana Revista

Belém espera implantação do Bilhete Único no transporteApesar de já ter sido prometido eassinado há cerca de cinco meses, não houve a implantação dosistema nos ônibus da cidade 09

| 7º InterBuss City Tour

O 7º InterBuss City Tour, que aconteceu no último sábado em Campinas, foi um enorme sucesso. Os mais de 40 participanteselogiaram a organização do Portal InterBuss e da Itajaí Transportes 26

| A Semana Revista

Ônibus da Novo Horizonte pega fogo na cidade de Brumado, na BahiaPassageiros relatam que motoristas já reclamavam da condição deum dos pneus há algum tempo 08

SUCESSO TOTAL!

GRANDESEMBATESINTERBUSS OF-1721 X K270 X B12M

Leves e pesados, lado a lado, no último embate

Victor Hugo Guedes Pereira comenta sobre o OF-1721 da Mercedes. Tiago de Grande defende o K270 da Scania e Matheus Novacki fala do B12M da Volvo no quarto e último embate de chassis da Revista InterBuss. Confira os ótimos textos!

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ANO 2 • Nº 68 • DOMINGO, 30 DE OUTUBRO DE 2011 • 1ª EDIÇÃO - 23h28(4ª)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraO City Tour em Campinas 15

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALGratuidades e a tarifa 6

SEU MURALA seção especial do leitor 28

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzRelíquias da Pássaro Marron II 14

COLUNISTAS William GimenesO hobby ontem e hoje 13

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 16

| Deu na Imprensa

Promessa doDiesel S-50 para comércio nãosaiu do papelPetrobras continua fazendodistribuição ainda em caráterexperimental para poucasempresas. Mercado espera 12

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 12

COLUNISTAS Luciano RoncolatoDespedida 18

Obs: Excepcionalmente, o Diário de Bordo não é publicado nesta edição

| Colunista - L. Roncolato

Última coluna traz análise do hobby e abre a caixa-preta do InterBussLeitor conhecerá todos os detalhesoperacionais do Portal e daRevista InterBuss 18

PÔSTERCaio Millennium II 24

Tiago de Grande

GRANDESEMBATESINTERBUSS OF-1721 X K270 X B12M

Leves e pesados, lado a lado, no último embate

Victor Hugo Guedes Pereira comenta sobre o OF-1721 da Mercedes. Tiago de Grande defende o K270 da Scania e Matheus Novacki fala do B12M da Volvo no quarto e último embate de chassis da Revista InterBuss. Confira os ótimos textos!

Páginas 30 a 45

GRANDESEMBATESINTERBUSSMercedes-Benz OF-1721Por Victor Hugo Guedes Pereira

Scania K270Por Tiago de Grande

Volvo B12MPor Matheus Novacki

30 a 33

34 a 39

40 a 45

7º INTERBUSS CITY TOURSucesso total! 26

COLUNISTAS Adamo BazaniPós-venda é fundamental 46

ESPECIAL 7º INTERBUSS CITY TOURAs Fotos da Semana - Especial City Tour ........................InterBuss City Tour é um sucesso ...................................Seu Mural Especial - Cenas do City Tour ........................

162628

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOAnderson Rogério Botan e Luciano de Angelo Ronco-lato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos a Tiago de Grande, Victor Higo Guedes Pereira e Matheus Novacki pelos textos dos embates e a Gustavo Bayde pela cessão de fotos.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Uma das grandes mazelas dos siste-mas de transporte no Brasil são a evasão de tarifa e as gratuidades. As decisões políticas que circundam as isenções de tarifa acabam atrapalhando investimentos mais incisivos e, consequentemente, a melhora dos siste-mas. O Brasil é um dos poucos países que concede gratuidades no transporte. No fim, todos os usuários é que acabam pagando por isso pois esses valores acabam rateados entre todos os demais passageiros, encare-cendo a passagem. Na maioria dos casos, essa gratui-dade ou desconto que é dado para algumas classes da sociedade, como estudantes por exemplo, deveria ser subsidiado pelo poder público. As prefeituras deveria passar para as empresas concessionárias e/ou permissio-nárias os valores correspondentes a essas pas-sagens. Porém, como sabe-se, elas nunca têm dinheiro e acabaram embutindo esses valores nas passagens dos demais. Caso houvesse o pagamento desse subsídio às gratuidades e

aos descontos, o valor da tarifa poderia estar até 30% menor em todos os lugares. É uma situação complicada pois as prefeituras passam a operação do transporte (que é responsabilidade delas) para empre-sas privadas alegando que não têm recursos, embutem leis municipais (entre elas as das gratuidades, atualmente já em âmbito fe-deral) e não dão suporte nenhum. Em alguns casos é até cobrado uma taxa das empresas operadoras (como a EMTU de São Paulo que cobra o RESEGE das empresas opera-doras das linhas sob sua jurisdição). Esse caso da EMTU beira o absurdo, pois quanto maior o ônibus nas linhas,maior é a taxa a ser paga. Ou seja, as empresas acabam adquirindo veículos menores para linhas de grande demanda a fim de evitar o pagamento de taxas mais altas, já que não há a exigência da gerenciadora (no caso a EMTU) de deter-minados tipos de veículos para certas linhas. O poder público também deve ser responsável pelo fornecimento de infra-es-

As gratuidades que tantoencarecem a tarifa de ônibus

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial trutura para a operação de sistemas de trans-

porte. Seja um complexo corredor ou um sistema viário enorme, seja o simples pavi-mento de uma rua, isso é responsabilidade das prefeituras ou dos governos estaduais. Com as licitações que estão correndo por todo o Brasil por força de uma lei federal que exige que todo o serviço concessionado público deve ser licitado, até essas respon-sabilidades estão sendo repassadas para as empresas. Na cidade de Hortolândia mes-mo, onde sequer houve a licitação ainda, a empresa operadora local se viu obrigada a pavimentar todas as ruas onde seus ônibus operam, já que a inércia da prefeitura foi tão grande que a iniciativa teve que partir da própria empresa permissionária, o que é um grande absurdo. Há casos em que até termi-nais estão sendo construídos pelas empresas, pois as prefeituras alegam não ter dinheiro em caixa para fazer obras assim. Os nossos políticos deveriam de-ixar de pensar um pouco em si mesmos e nas eleições que disputam para ver melhorias para o transporte, como por exemplo a redução de impostos e de taxas, a fim de compensar os gastos excessivos das viações, ao invés de criar leis que cada vez mais oneram o trans-portador e o transportado.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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[email protected]

TCE propõe licitação para o transporte urbano de Teresina

O Tribunal de Contas do Estado do Piauí divulgou um relatório sobre a situação do transporte de ônibus em Teresina. O TCE indicou três auditores fiscais de controle externo para acompanhar a auditoria feita sobre a planilha de custo apresentada pelas empresas de transporte coletivo do mu-nicípio: Hamifrancy Brito Menezes, Teresa Cristina de Jesus Guimarães Moura e Irlane de Castro Leite, e o trio propôs, entre outros pontos, a licitação, o monitoramento e a in-tegração das linhas de ônibus na capital. Segundo nota divulgada pelo TCE, durante a execução dos trabalhos, a Comissão Especial verificou os dados constantes da planilha de cálculo tarifário referentes ao mês de maio de 2011, além de documentos contábeis referentes aos exercí-cios 2009 e 2010. O valor da tarifa é deter-minado com base no custo total do serviço de transporte coletivo e na quantidade total de passageiros transportados em um mesmo período. O custo final envolve o somatório de custos fixos (ex.: salários de motoristas e cobradores), variáveis (ex.: combustíveis e lubrificantes) e tributos (ex.: ICMS sobre o combustível). Dentre os principais resultados en-contrados, ressalte-se que a tarifa apresen-tada na planilha de maio de 2011, no valor de R$ 2,1444 (dois reais e catorze centa-vos), após a auditoria de caráter amostral, apresenta o valor de R$ 2,1060 (dois reais e dez centavos), referente ao mês de maio de 2011. De acordo com o TCE, a redução foi possível porque foram encontrados valores diferentes das notas fiscais e na planilha em relação aos pneus e número de recapagens, diferenças no tipo e valores do lubrificante, revisão do número de passageiros e da quilo-metragem mensal, reajuste de 8,3% da re-muneração da diretoria, aumento para 3 do número de recapagens e aumento da vida

CidadeVerde.com

Piauí

útil de pneu para 120 mil quilômetros.

Sugestões A equipe do TCE-PI apresentou sugestões técnicas, dentre as quais:• integração entre linhas (física – via termi-nal físico, e temporal – via bilhetagem ele-trônica);

• otimização da rede de transportes (adequa-ção da oferta de serviço de ônibus à deman-da dos usuários, com redução da quilometra-gem não útil);

• melhoria nos abrigos das paradas de ôni-bus (infra-estrutura adequada a demanda de usuários e as condições climáticas locais);

• construção de corredores exclusivos para o tráfego de ônibus;

• desoneração fiscal sobre os principais itens de composição do custo da tarifa (ex.: ICMS do Diesel);

• monitoramento da operação da frota de ônibus via central de controle (ex.: Circuito fechado de TV, GPS, GPRS e telemetria para determinar coeficientes de consumo realis-

tas, bem como prover maior segurança aos usuários); • implantação de sistemas de informação para o usuário (ex.: Uso de SIG para prover informações sobre o horário de passagem de veículos via celular e/ou internet); • combate constante e intensivo a fraudes em meia passagem e gratuidades concedidas (ex.: bilhetagem eletrônica com leitura bio-métrica); • concessão do serviço de transporte urbano por meio de licitações fundamentadas em termos de referência tecnicamente consis-tentes e transparentes; • capacitação física e técnica para a gestão do sistema de transporte por parte do Ad-ministração Municipal

Segundo os profissionais do TCE, caso sejam implantadas as sugestões men-cionadas, sobretudo a desoneração tributária e redução do percentual de meia-passagem, através de fiscalização, e gratuidade de 32% para 25%, o valor da tarifa poderia cair para de R$ 1,95.

PROTESTO • Aumento de tarifa gerou manifestações em Teresina; ônibus foram pichados

A S E M A N A R E V I S T ADE 24 A 30 DE OUTUBRO DE 2011

REVISTAINTERBUSS •30/10/11 07

Reajuste de tarifa gerou reação do Tribunal de Contas doEstado, que vai auditar aplanilha de custos do sistema

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• Jornal do [email protected]

Ônibus da Novo Horizonte pega fogo em Brumado

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ção

Um ônibus intermunicipal da em-presa Novo Horizonte pegou fogo durante uma viagem que ia de Porto do Rosário a Olivença, na madrugada da última quinta-feira (27), na BR-030, nas proximidades do município de Brumado, a 654 km de Salvador. Segundo Fábio Matos Fer-nandes, no momento do acidente, havia cerca de 15 passageiros no ônibus. “Desde do começo do percurso, eu vi o motorista, o cobrador e um fiscal da empresa conversando sobre a má condição de um dos pneus, mas ainda assim, con-tinuaram viagem”, explicou Fábio. De acordo com o passageiro, um caminhon-eiro sinalizou para o motorista que havia fumaça saindo de um dos pneus traseiros do ônibus. Quando os passageiros desceram do ônibus, o pneu estourou e começou a pegar fogo. “O extintor de incêndio do ônibus não funcionou e o caminhoneiro cedeu o extintor do caminhão, mas isso não foi o suficiente”, explicou o passage-iro. Alguns dos passageiros conseguiram recuperar a bagagem, mas parte das malas que estavam próximas ao pneu foram in-cendiadas.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal, o ônibus fi-cou completamente incendiado e o motor-ista foi orientado a prestar queixa sobre o ocorrido no posto da PRF em Brumado. Segundo o site Brumado Notícias, uma caminhão pipa foi utilizado para conter as chamas. Os passageiros esperaram por cer-ca de uma hora na estrada por um ônibus que os levou para uma espécie de terminal rodoviário em Brumado e, dali foram re-locados para um outro veículo da empresa Novo Horizonte. “Depois de cerca de meia hora a caminho de Vitória da Conquista, o mo-torista teve que interromper a viagem por causa de um superaquecimento no radia-dor e esperamos por quase uma hora para que chegasse o quarto ônibus”, explicou Fábio. Fábio, que é professor da Univer-sidade do Estado da Bahia (Uneb) e utiliza os serviços de ônibus entre os municípios baianos, afirmou que é comum este tipo de acidente nas estradas. “Alguns colegas já passaram pela mesma situação e é comum a falta de manutenção dos ônibus, além do excesso de velocidade nas madrugadas”, concluiu o passageiro.

Recife vaiequipar ônibus com GPS

A S E M A N A R E V I S T AIncidente

INCÊNDIO • Fogo destruiu todo o veículo; parte das bagagens também foram perdidas

• Correio da [email protected]

30/10/11 • REVISTAINTERBUSS08

Novidade

Três mil ônibus do Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana do Recife (RMR) serão equipados com GPS (Sistema de Posicionamento Global) para que sejam fiscalizados, em tempo real, a posição, localização, velocidade e tempo de viagem dos coletivos. O Governo do Estado anunciou também que vai reforçar o gerenciamento dos Terminais de Integração que fazem parte do Sistema Estrutural Integral (SEI). Na última terça-feira (25), o governa-dor Eduardo Campos assinou a ordem de ser-viço para o início da instalação, às 12h30, no Palácio do Campo das Princesas. De acordo com a assessoria de imprensa do Governo, o novo sistema será implantado por um Consór-cio formado pelas empresas pernambucanas Cittati, Midiavox e Cerpap. O investimento é de R$ 20 milhões. Quanto ao gerenciamento dos Termi-nais de Integração, serão contratados gerentes e gestores, selecionados por um Comitê de Busca, formado por representantes das Uni-versidades Federal (UFPE), Universidade de Pernambuco (UPE) e técnicos do Grande Re-cife Consórcio de Transporte.

• Destak [email protected]

Ponto de ônibus em SP terá Wi-Fi

Na Consolação

Para tentar deixar a espera por ônibus na capital um pouco mais agradável para os passageiros, na quinta-feira começarão testes para que os pontos de ônibus se tornem intera-tivos e sustentáveis, os e-pontos. O primeiro alvo da experiência será uma parada na Rua Consolação. O sistema contará com um painel interativo, uma lixeira que “aplaude” quando alguém joga lixo, um climatizador que tentará controlar o clima e umidade do local e ilumi-nação que será ativada quando for detectada a presença de pessoas no ponto de ônibus. Outra novidade será a conexão Wi-Fi. O acesso à internet será restrito a informações do próprio ponto, mas já existem projetos para autoriza-ção de consultas a outros sites. A Tetis Engen-haria e Tecnologia é a responsável pelo teste e usará painéis solares e dispositivos que cap-tarão energia do movimento dos veículos para manter a operação do ponto sustentável.

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Espera

pontos que não ficam claros e a CTBel só diz que está realizando os estudos”. Paulo Serra afirmou que as per-guntas serão respondidas assim que ficarem prontos os estudos. “O Bilhete Único é uma integração temporal. Nossas pesquisas apon-taram cerca de 20 pontos de transbordamen-tos e nosso pessoal está avaliando o sobe e desce de passageiros em toda cidade. Por enquanto, só podemos afirmar que reuni-mos com representantes de todas as prefeitu-ras dos municípios que compõem a grande Belém e solicitamos que os mesmos estudos fossem realizados nestas localidades para só então pensarmos em ampliar o projeto”. A CTBel justifica, ainda, que o atraso na entrega dos relatórios da pesquisa se deu em virtude das férias de julho, con-siderado pelo diretor como um mês atípico, quando o fluxo de pessoas na cidade diminui, o que, segundo ele, comprometeria a pesqui-sa. “Estamos em fase final”, afirma Serra. O universitário Haroldo Garcia, 28 anos, espera ansioso pela implantação do sistema. Subindo e descendo de ônibus é que ele faz o trajeto casa/faculdade/trabalho/casa, diariamente. Para conseguir chegar ao final da maratona, o rapaz pega seis ônibus. “Em dias movimentados pego até dez ônibus. É um gasto enorme”.

Belém ainda espera implantação do Bilhete Único nos ônibus

tado dos estudos e da forma como a empresa responsável fará a infraestrutura necessária para implantar o serviço”, argumenta o dire-tor de trânsito da CTBel, Paulo Serra.

REAJUSTE Após a reunião no MPE, Serra não quis falar sobre aumento de valores da pas-sagem, mas, em entrevista ao jornal Diário do Pará, ontem pela manhã, cogitou a possibili-dade de aumento em até 10% do valor atual da tarifa, que pode subir para até R$2,20. Na reunião, o presidente da Associa-ção dos Usuários em Transporte de Passage-iros do Estado do Pará (Assutpa), José Lago, apresentou outros pontos discordantes. “Como os usuários de Mosqueiro e Outeiro, por exem-plo, conseguirão utilizar o bilhete se a duração das viagens demora mais de duas horas por causa do trânsito caótico e confuso de Belém”, disse, referindo-se ao tempo de uso da bilheta-gem única estabelecido no decreto. Lago afirmou que os usuários pre-cisam participar do processo de construção da instalação do sistema. “Onde será feita a recarga deste cartão? Em qual parte dos ôni-bus estará localizada a máquina que validará a passagem? Quanto isso vai custar ao bolso da população? Por que não abranger toda região metropolitana de Belém? São esses

REVOLTA • Ônibus articulado estava lotado na hora da pane e revoltou os passageiros

A Crítica

• Diário do Pará[email protected]

REVISTAINTERBUSS • 30/10/11 09

Passaram-se cerca de cinco meses desde que a prefeitura de Belém publicou o decreto que instituiu o sistema de Bilhete Único no serviço de transporte coletivo ur-bano e até agora a norma não saiu do papel. O sistema prevê que por duas horas o usuário pode usar o mesmo bilhete em vários ônibus. A Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) atribui a não implantação do sistema ao atraso da pesquisa que está sendo realizada pela Companhia para levantar a viabilidade da aplicação do serviço. O decreto previa que o sistema deve-ria estar funcionando em agosto. Em reunião na sede do Ministério Público do Estado (MPE), na tarde de ontem, com representantes dos usuários de trans-porte coletivo, CTBel e promotoria de Justiça de defesa do consumidor, ficou definido que a Companhia tem até o final de novembro para apresentar estes estudos. Por enquanto, o edital de licitação que iria definir a empresa responsável pela implantação do sistema foi revogado e o decreto prorrogado. O planejamento da CTBel não con-sidera terminais de integração e não aponta como o Bilhete Único será implementado e comercializado. “Isso vai depender do resul-

Alguns ônibus antigos que continuam circulando pela cidade estão tirando a paciência do usuário de transporte coletivo em Manaus. Na tarde da última quinta-feira (27), alguns passageiros que estavam no ônibus de placas LCG 4260 da linha 652 que cobre o itinerário V8- Constantino Nery ficaram revoltados com uma pane mecânica acontecida no veículo e depredaram o coletivo. O ônibus entrou em pane na Alameda Cosme Ferreira, Coroado, zona leste de Manaus, no sentido centro-bairro. O incidente complicou um pouco o trânsito na via até que o veículo fosse retirado. Quando a polícia chegou , o ônibus já estava parcialmente destruído. De acordo com informações do sol-dado Douglas Napoleão, da 11ª Companhia In-terativa Comunitária ( Cicom), o veículo estava totalmente lotado e o motorista não conseguiu

Ônibus quebra e é depredado em ManausProtesto

• A Crí[email protected]

identificar os autores da depredação. A domésti-ca Jane Figueira Araújo estava revoltada com a situação. “ A passagem subiu e o ônibus não dá condições para o passageiro. Quem sofre é a gente que trabalha”, desabafou. Dona Jane tam-bém contou que o motorista do ônibus conti-nuou pegando passageiros nas paradas, mesmo

com o veículo estando sem força. “ O ônibus começou a fumaçar, com a gente tudo dentro, com criança dentro. Tiveram sorte que iam jogar gasolina para botar fogo, mas respeitaram porque tinha criança no meio”, conta a passa-geira. A ocorrência foi registrada no 11º Distrito Integrado de Polícia. Ninguém foi detido.

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30/10/11 • REVISTAINTERBUSS10

A S E M A N A R E V I S T A

Obras na Zona Portuária do Rio muda linhas de ônibus

Gustavo Bayde

O tráfego na Zona Portuária e no Centro do Rio passou por mudanças desde sábado (29), devido à segunda fase das obras do projeto de revi-talização do Porto Maravilha. A avenida Primeiro de Março e a Rua Camerino serão interditadas pela CET-Rio, para circulação de qualquer tipo de veículo. Por isso, as linhas que circulam por essas vias terão seu itinerários e pontos de embarque e desembarque modificados. O Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) já comunicou às empresas de ônibus sobre a mudança. As vans in-termunicipais que circulam pelo local também já foram avisadas sobre a mudança de itinerário, mas o ponto final permanece sem alteração. Assim, os coletivos deixam de passar pela Rua Camerino, entre as ruas Barão São Félix e Sacadura Cabral. Com a alteração, os passageiros poderão embarcar e desembarcar na Avenida Venezuela, próximo a Camerino, e na Visconde de Inhaúma, na altura da Rua da Conceição. Já na avenida Primeiro de Março, o trecho fechado será entre a Praça de Ladário e a Rua Dom Gerardo. Assim, os usuários que utilizam estas linhas terão que embarcar e de-sembarcar na Visconde de Inhaúma, na altura da Candelária. Fiscais do Detro estarão no local ao longo da semana para orientar os passageiros so-bre as mudanças determinadas pela Prefeitura. As linhas serão organizadas da seguinte forma: Linhas de ônibus que circulavam pela Avenida Primeiro de Março:Castelo Nova - Friburgo; Araruama - Castelo (via RJ-106); Castelo - Saquarema (via RJ-106); Cas-telo - Magé, Duque de Caxias - Praça XV (via Presidente Vargas); Castelo - Coelho da Rocha; Passeio - Duque de Caxias (via Vigário Geral); Castelo - Duque de Caxias (via 25 de Agosto); Castelo - Duque de Caxias (via Itatiaia / 25 de Agosto), Cabuçu - Castelo (via Plínio Casado), Castelo - Santa Sofia (via Universidade Rural); Castelo - Itaguaí; Nilópolis - Passeio (via Parada de Lucas); Castelo - Rio Bonito; Castelo - Vilar dos Teles; Castelo - Éden; Maricá - Castelo; Ponta Negra - Castelo; Castelo - Mangaratiba.

Itinerário anterior: Primeiro de Março; Rua Dom Gerardo; Avenida Rio Branco; Praça Mauá; Ave-nida Rodrigues Alves;

Itinerário a partir de 29/10: Primeiro de Março; Rua Visconde de Inhaúma; Avenida Rio Branco (mão dupla); Praça Mauá; Avenida Rodrigues Alves;

Nova Iguaçu - Praça XV; Praça XV - Rio Bonito;

Mudanças

• G1 [email protected]

OBRAS • Pontos de ônibus da Avenida Rodrigues Alves sofrerão mudançasCachoeiras de Macacú - Praça XV (via BR-101); Niterói - Praça XV; Castelo - Niterói; Passeio - Pia-betá;

Itinerário anterior: Avenida Alfredo Agache (Praça XV - Passagem Subterrânea); Avenida Presidente Vargas; Rua Visconde de Itaboraí; Rua Dom Ge-rardo; Praça Mauá; Avenida Rodrigues Alves;

Itinerário a partir de 29/10: Avenida Alfredo Agache (Praça XV - Passagem Subterrânea); Avenida Presidente Vargas; Rua Visconde de Itaboraí; Rua Visconde de Inhaúma; Avenida Rio Branco (mão dupla); Praça Mauá; Avenida Ro-drigues Alves.

Linhas de ônibus que circulavam pela rua Cam-erino:Passeio - São Gonçalo, Alcântara - Passeio (via Dr. March), Passeio - Duque de Caxias (via Vigário Geral), Nova Iguaçu - Castelo (via Plínio Casado) e Nova Iguaçu - Castelo (via Vila Nova);

Itinerário anterior: Avenida Rodrigues Alves; Avenida Barão de Tefé; Rua Camerino; Avenida Passos;

Itinerário a partir de 29/10: Avenida Rodrigues Alves; Rua Sousa e Silva; Avenida Venezuela; Praça Mauá; Rua Acre; Rua Marechal Floriano;

Avenida Passos;

Nova Iguaçu - Castelo (via Plinio Casado) e Nova Iguaçu - Castelo (via Vila Nova).

Itinerário anterior: Avenida Rodrigues Alves; Rua Silvino Montenegro; Avenida Venezuela; Ave-nida Barão de Tefé; Rua Camerino; Avenida Pas-sos; Avenida Presidente Vargas;

Itinerário a partir de 29/10: Avenida Rodrigues Alves; Rua Sousa e Silva; Avenida Venezuela; Praça Mauá; Rua Acre; Marechal Floriano; Ave-nida Passos; Avenida Presidente Vargas.

Vans que circulavam pela região portuária:Itinerário anterior: Avenida Rodrigues Alves; Rua Sousa e Silva; Avenida Venezuela; Avenida Barão de Tefé; Rua Barão de São Félix; Rua Cam-erino; Avenida Marechal Floriano; Rua Visconde da Gávea; Avenida Presidente Vargas; Terminal rodoviário Procópio Ferreira;

Itinerário a partir de 29/10: Avenida Rodrigues Alves; Avenida Professor Pereira; Rua Santo Cris-to; Viaduto São Pedro; Avenida 31 de Março; Rua Benedito Hipólito; Rua General Caldwell; Rua Moncorvo Filho; Praça da República; Avenida Presidente Vargas; Terminal rodoviário Procópio Ferreira.

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LAYOUT •Veículos que vão operar no lugar dos bondes terão nova comunicação visual

REVISTAINTERBUSS • 30/10/11 11

R7

Micro-ônibus vão operar no lugar de bondes a partir do próximo dia 7

Santa Teresa

A Secretaria Municipal de Transport-es anunciou, na tarde da última quinta-feira (27), que as duas linhas de ônibus que vão substituir os bondes de Santa Teresa, no Rio, entram em operação no dia 7 de novembro. Eles têm capacidade para 35 passageiros e a passagem vai custar R$ 0,60. Resolução publicada no Diário Ofi-cial do Município nesta quinta definiu os parâ-metros de operações das duas linhas circulares, a SE 006 (Silvestre-Castelo) e SE 014 (Paula Matos-Castelo) (circular), que vão atender aos moradores do bairro, que não contam mais com os trens desde o acidente de agosto, em que seis pessoas morreram e mais de 50 se feriram. Nesta quinta-feira, faz dois meses em que ocorreu o acidente. A medida que criou as linhas de ôni-bus foi decretada pelo prefeito Eduardo Paes, no Diário Oficial do município, no início do mês. O serviço terá duração de um ano e seis meses. Atualmente o bairro de Santa Teresa é atendido por outras duas linhas de ônibus e um serviço noturno.

Diretor exonerado do cargo O diretor de operações dos bondes

• G1 [email protected]

que circulavam em Santa Teresa, no Centro do Rio, Fábio Tepedino, foi exonerado do cargo pelo presidente da Central, Eduardo Macedo também no início do mês, logo após a divul-gação do laudo da perícia sobre o bonde que

se acidentou. Peritos apontaram que o veículo tinha 23 falhas. Em nota enviada no dia 2 de setem-bro, Tepedino afirmou considerar tanto os bondes antigos quanto os reformados seguros.

Ônibus pega fogo na Avenida BrasilRio de Janeiro

Um ônibus da Viação Expresso Pégaso pegou fogo na tarde desta quarta-feira (26) na avenida Brasil, via importante que liga o centro do Rio de Janeiro aos bair-ros da zona norte da cidade. Segundo o Centro de Operações da prefeitura, três faixas foram interditadas no sentido zona oeste, na altura de Parada de Lucas. Embora as vias já tivessem sido liberadas, o fluxo de veículos foi grande e a região seguia com retenção. Na última terça-feira (25), ao me-nos duas pessoas ficaram feridas depois que um caminhão pegou fogo na avenida Rio de Janeiro, na zona portuária da capi-tal. Os feridos foram encaminhados para o Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro.

• R7 [email protected]

SINISTRO •Veículo sinistrado do Expresso Pégaso atrapalhou o trânsito na Avenida Brasil

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O esclarecimento da Navistar O anúncio de Waldey Sanchez como presidente da International Caminhões teve um efeito positivo que vai muito além da conhecida competência do executivo como gestor. Serviu como endosso e divisor entre águas revoltas e, agora, águas bem mais tranquilas. As respos-tas começam a aparecer, tranquilizando rede e outros parceiros. A apresentação de Imprensa na Fenatran deu boa medida disso quando San-chez, dispensando parafernália eletrônica de áudio e vídeo, deu a cara para bater e encarou a audiência com coragem e um simples micro-fone. Já é voz geral na Fenatran que a melhor das posturas entre os newcomers foi protagonizada pela DAF que, de uma só vez, anunciou nomes, projeto, produtos e estraté-gias, permitindo que os interessados se posi-cionem e se planejem. A International, uma vez que o nome NC² deve se restringir ao âmbito puramente administrativo, pagou várias dívidas em informação, assumidas desde o primeiro anúncio de sua chegada ao Brasil. A rigor, falta apenas indicar o local da fábrica. De qualquer modo, o início da produção está prometido para 2013. Enquanto isso, a marca espera vender 3 mil caminhões em 2012, sendo 60% da linha 9800i. Marcelo Maceira, diretor de Vendas, comentou, em termos de NC², que “os rumos da organização global, sem a Caterpillar, é questão em análise”, mencionando até que pelo padrão dos contratos entre empresas americanas, isso daria ainda muito trabalho aos advogados, ap-enas para redigir os termos corretos. “A saída da Caterpillar não altera nada nas característi-cas do projeto da fábrica, por exemplo”, diz. Ou seja, tempo ao tempo. Mas um primeiro reflexo disso já pode ser sentido na Fenatran: toda a comunicação da companhia está centrada na

D E U N A I M P R E N S ARESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transpo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Divulgação

MERCADO • Esclarecimentos sobre movimentações na Navistar acalmaram o mercadomarca International, claramente predominando sobre NC², Caterpillar e Navistar. Lição de casa - Alguns erros do pas-sado, no entender de Maceira, estão sendo evitados. Assim, o escritório principal da com-panhia está sendo montado em São Paulo, bem próximo às instalações da MWM. E um dealer importante na região está quase operacional, localizado à beira da Via Dutra, parte de pro-cesso que almeja atingir participação de 10% em seu mercado competitivo e estar entre as cinco maiores montadoras em cinco anos. Por falar em rede, a companhia promete 25 casas ao final de 2012 e 80 quando a linha de produtos estiver completa. A escolha de um produto de cabine tradicional para a faixa dos semipesados é explicada por Maceira com a máxima natu-ralidade. “É o que temos agora”, diz, mas re-forçando compromisso de desenvolver opções

de cabine avançada. A International diz estar perfeitamente ciente de que o Brasil segue pa-drões europeus em legislação e costumes, mas defende seu DuraStar como produto de nichos, adequado a aplicações urbanas ou pelo interior do país, em estradas de reconhecida baixa quali-dade. O produto já chega com índice de nacio-nalização enquadrado no Finame. O exemplo da Mercedes, com seu 1620, sempre vem à tona nessa discussão, como reforço de argumento. A Fenatran foi muito bem aproveitada pela International. Que o diga o pessoal de fá-brica encarregado de visitar dealers em algum treinamento ou negociação, agora bastante oti-mista. Certamente, devem parar as perguntas como uma em especial, feita por um supervisor de vendas: “Como vocês esperam que a gente convença um cliente a comprar de uma com-panhia que não tem nem presidente?” Bom, problema resolvido.

Cadê o Diesel S-50 prometido pela Petrobras?Transpo Online

• Do site da Transpo [email protected] Durante a Fenatran 2011, a Petrobras organizou duas palestras diárias com o intuito de prestar esclarecimentos acerca do novo Die-sel S-50, que está sendo distribuído – em frotas cativas de São Paulo e do Rio de Janeiro – desde janeiro de 2009. No encontro, a empresa demon-strou a dificuldade que encontrou em diminuir os níveis de material particulado e NOx na queima do combustível, uma vez que o antídoto de um

e de outro são opostos. Segundo a Estatal, cer-ca de 50% da frota brasileira ainda é “Euro 0”. Por esse motivo, a estratégia da Petrobras para a substituição do combustível deve depender da renovação do equipamento. Contudo, a projeção da empresa é otimista sobre a entrada decisiva de novas tecnologias de combustível no mercado. É fato de que não haverá uma grande frota Euro V operando em 1º de janeiro de 2012. Porém, a economia está aquecida e a indústria de caminhões tem registrado demandas de aproxim-

adamente 200.000 unidades por ano, o que é um volume muito grande. A pergunta que fica no ar é: será que a nova frota sofrerá com os problemas de abastecimento? Isso não foi respondido com clareza e o assunto “preço” não pode sequer ser comentado. Ou seja, apesar da palestra técnica, o mercado continua no escuro. E o tal do diesel Podium, será que ele é realmente o S-50 com outro nome, conforme o informado na coletiva de imprensa da Foton? Perguntas essas que serão respondidas no laboratório da vida real.

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O hobby ontem e hoje - as mudançasdos praticantes e outras notas

Para esta coluna semanal aqui na Revista Interbuss vou tratar de um tema dife-rente ao que eu trato habitualmente neste es-paço. Vou aproveitar que nesta edição virá a última coluna “Hobby & Diversão” do Luci-ano Roncolato para fazer alguns comentários acerca do nosso hobby, mais ou menos em cima do que ele também costuma tratar aqui, agora sob o meu ponto de vista, que admito, é mais distante. Freqüento este hobby desde julho de 1999, quando comecei a tirar minhas primeiras fotos de ônibus urbano aqui em São Paulo. No ano seguinte passei a freqüentar o Terminal Tietê e Barra Funda para tirar fotos dos rodoviários e passei a conhecer algumas pessoas que ainda estão no hobby. Nessa ép-oca eu já freqüentava as listas de ônibus que existiam. Hoje tudo é muito mais fácil, temos milhares de sites importantes, além desta Re-vista que é um espaço único para condensar as informações sobre o meio sob a nossa óti-ca, além do Ônibus Brasil, que como conceito é um site excelente, ao abrigar as galerias de muitos colecionadores de várias partes do país em um único ambiente. Quando comecei havia uns 5 sites, máquina digital ainda era apenas um objeto importado, a maioria de nós usava uma máquina analógica profissional, da Zenit ou similar. Revelar um filme custava 17 reais. Vejo muita coisa errada neste hob-by: a começar por esse pessoal que, como di-zem alguns de nós que somos mais experien-tes, “respiram ônibus” e ficam o dia inteiro no Ônibus Brasil postando fotos e implorando a visita a sua galeria em diversas redes sociais. Gastam dinheiro só para ir fotografar, não conhecem nada das cidades em que visitam e viram motivo de piada mesmo aqui dentro do hobby e principalmente lá fora. Posso dizer isso porque já fui assim (até 2003) e sei como isto prejudicou a minha formação à época, principalmente no âmbito social. Hoje con-heço mais de 800 cidades do Brasil e posso dizer que em muitas não cheguei a tirar ne-nhuma foto de ônibus, até tendo que apelar para fotos de colecionadores locais para ilus-trar a minha coluna aqui na Revista. Foram os casos de Boa Vista, Porto Velho e Rio Bran-co. A última vez que viajei exclusivamente para tirar fotos de ônibus foi em 2005, na ci-dade de Campinas. Dali para a frente todas as minhas viagens foram para âmbito turístico e/ou profissional, e em algumas vezes apenas uma pequena parte foi dedicada a busologia. Várias vezes encontrei-me no Tietê com pes-soas de outras cidades que não sabiam nada

COLUNISTAS William [email protected]

MANAUS • Veículos novos ainda rodam junto com os antigos, como o da fotosobre o município ou região do qual viviam. Teve gente que não sabia nem o nome do seu Prefeito (o partido então, esquece!), “mas as empresas de ônibus eu sei todas”, o que como jornalista acho um absurdo mesmo para al-guém com 15 anos de idade. Outra coisa que irrita um pouco são os comentários no Ônibus Brasisl. Esse tal de “bela foto” e de chamar todo mundo de amigo, além do “ah sim”, “ah tá” e outras coi-sas típicas de gente alienada me irrita profun-damente. Apenas faço uma ressalva que este tipo de situação não é exclusivo da busologia, pois quando estou comentando algum jogo de futebol o que pinta na minha timeline de “belo comentário”, “valeu!”, “hehehehehe” e etc. é incrível. Nada que acrescente de ma-neira sadia. Há um outro aspecto que notei de 2010 pra cá e que chega a me revoltar um pouco. Dentro de nosso hobby, vejo que, para criticar determinado colega ou grupo, usa-se do termo “busólogo” de maneira ofensiva. Já cheguei a ver, em comentários na rede social Facebook, diálogos do tipo. “Não sou busólo-go, pois sou gente e sei ler e escrever”. Vejo isso como algo totalmente desnecessário e que não agrega em nada dentro do nosso meio. Encerro essa coluna pedindo descul-pas se ofendi alguém com meus comentários e também parabenizar o Luciano por colocar o dedo na ferida nessa coluna dele. Posso não concordar com um ou outro ponto que o Lu-ciano colocou, que talvez considere radical, mas vejo como importante ter uma pessoa experiente como ele para abordar algumas

coisas que são absolutamente necessárias.

*Na coluna anterior disse que o serviço de voadeiras em Manaus seria interrompido por causa da abertura da Ponte Rio Negro. Dei uma informação incorreta. As mesmas con-tinuam, mas com 40% dos veículos e com queda de 73% dos usuários. Os “catraqueiros” (motoristas das voadeiras) estão preocupados com o futuro deste transporte.

*Ainda Manaus: a Sinetram não recolheu os veículos novos, pelo menos 95% deles estão rodando normalmente. Dentro de 40 dias, diz a mídia local, chegam os primeiros Neobus BRT. É o fim dos articulados com sanfona rasgada, bancos soltos, sem tacógrafo e ve-locímetro e com velocidade máxima de 30 km/h. Vou sentir saudade deles.

*Gostaria de parabenizar o amigo José Euvi-lásio pela coluna dele que fala sobre as linhas 8008, 8040 e os bairros de Jaraguá e Perus. Lembro quando fui ao bairro pela primeira vez, em março de 90, ainda haviam muitos locais desabitados. Predominavam os O-364 da Santa Brígida nas linhas dos bairros.

*Bela coluna do Fábio Tanniguchi sobre os celulares Android. Tenho um Galaxy 5, da Samsung, e recomendo a compra.

*Compromissos profissionais me impediram de estar no InterBuss City Tour 7, ocorrido no dia 29, em Campinas. Peço desculpas aos organizadores pela ausência, mesmo tendo feito a inscrição.

Norberto dos Santos K

ünzli

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Pássaro Marron e suas relíquias - Parte II No capítulo de hoje falarei sobre esta segunda relíquia da Pássaro Marron, re-centemente vendida para o Grupo Comporte. Vejam as fotos deste belíssimo Dip-lomata JO da São Jorge, ano 1974, prefixo 74. Impecável!! Parece ônibus que saiu da fábrica catarinense!! A Nielson na época con-corria com a Marcopolo disputando o luxo e a grandeza pelos seus encarroçamentos. Pelo menos é uma das empresas que guardam esta relíquia dos anos 70, hoje peça valiosa de acervo. Com certeza ao ler este tópico, vocês me perguntam: O que seria esse modelo “JO”? Mesmo pesquisando durante a semana inteira, eu não consegui descobrir, agora se é uma alusão ao que seria o futuro “Jum Buss” eu já não sei. O Diplomata tinha vários modelos com o decorrer do tempo. Teve sua primeira produção em 1961, passando por inúmeras modificações até ser substituído em 1989 pela linha “El Buss”. A Nielson tinha uma excelente ad-ministração. Após mudar a logomarca para Busscar e passando pela morte do presidente da empresa, a empresa teve altos e baixos como todos sabem. Mas é importante rever o passado e as conquistas produzidas e realiza-das pela família Nielson. A São Jorge foi fundada em 1954 por Pelerson Soares Penido, hoje com 93 anos. Comprou a Pássaro Marron 23 anos depois, cujos proprietários eram Affonso José Teixeira e Affonso de Carvalho Teixeira (este último falecido em setembro). Depois veio a Expresso Mantiqueira e a Litorânea. Em questão de décadas, a Pássaro Marron era a maior empresa rodoviária do Vale do Paraíba, até que este ano veio a venda para uma das maiores holdings em transportes rodoviários. Sim, foi um choque não só para mim mas foi para todos os entusiastas dessa amável em-presa, que tinha uma administração indepen-dente voltada somente para aquela região. O outro fato é, apesar de ter um es-critório no Terminal Rodoviário de Apare-cida, seus ônibus são emplacados somente naquela cidade, o que a meu ver é uma forma de devoção à Padroeira do Brasil. Espero que essa saga continue nesta nova administração. E, além deste conservado ônibus que vocês viram, espero que o destino da empresa que fez este ônibus tenha sua con-tinuação, mesmo sendo comprada por uma pequena ou média empresa cujo órgão Cade possa aprová-la. Na próxima edição, terminarei co-mentando sobre os monoblocos Mercedes-Benz da empresa. Deixo avisado que por

motivos profissionais, reservarei somente um evento para eu poder ir no último trimestre de 2011. Estarei na exposição paulista VVR (Viver, Ver e Rever) que acontecerá nos dias 26 e 27 de novembro (não garanto que irei também no segundo dia), e a partir de janeiro

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

de 2012 voltarei às atividades presenciais pelo Brasil afora. Agradeço ao nosso colunista Wil-liam Gimenes por ter gostado da minha ma-téria sobre o 70º aniversário da Expresso Brasileiro.

Marisa V

anessa N. Cruz

RELÍQUIA • Diplomata JO ano 1974 da São Jorge foiapresentado aos visitantes da garagem da Pássaro Marron

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CITY TOUR • Caio Mondego bi-articulado da Itajaí, o ônibus do evento; Ônibus da ViaçãoCometa: São Paulo - Campinas com 15 minutos de parada na Marginal.

Asteriscos – Notas e Comentários...* HOBBY VIRTUAL - No último sábado, como já devem ter lido nas páginas desta edição, ocorreu a sétima edição do Inter-Buss City Tour. Foram mais de seis horas curtindo o hobby em sua plenitude: visita-mos a garagem da Itajaí onde conhecemos a empresa e, quem quis, pôde aprender alguns detalhes técnicos interessantes de operação e manutenção, conversando com profission-ais da empresa; passeamos no Mondego bi-articulado pelas ruas de Campinas; paramos para uma sessão de fotos; e nos divertimos e confraternizamos. São iniciativas como esta que tra-zem um caráter mais humano ao hobby, coisa que ele parece estar perdendo. Hoje em dia, a “busologia” – por falta de termo melhor – está se tornando um hobby “virtual”: não só pelas fotos que enchem o mundo virtual como o fato dele estar sendo curtido virtual-mente. Eu explico: quantas pessoas realmente andam de ônibus? Tudo bem que andar de ônibus não é barato, mas tem gente que adora dar “pitaco” sem nem ao menos ter posto o pé dentro de um. Descem a lenha na qualidade dos chassis e carrocerias sem nem ter andado no carro, como se o tato pudesse ser sentido a distância. Curtir o hobby é algo mais do que ficar postando fotos, fotos e fotos na internet. É ter o prazer de observar o mundo de dentro de um ônibus, sentir sua potência e conforto e ver o quanto este mundo é grande, diferente e fascinante... Parabéns aos amigos do Portal Inter-Buss, da Itajaí Transportes Coletivos Ltda e a todos que estiveram presentes. Todos tor-naram o nosso 29 de outubro um sábado in-esquecível e fascinante.

* QUINZE MINUTOS... – Sábado passado , cheguei às 6h50 da manhã à Rodoviária do Tietê, em São Paulo. Consegui passagem para o carro das 7h10, via Bandeirantes, com destino à Campinas pela Viação Cometa. Com um ligeiro atraso, o ônibus de-ixa o Terminal Rodoviário do Tietê. O carro não estava cheio. Peguei a poltrona 33, janela onde estava a “faixa” amarela do belo desen-ho do ônibus. O carro da vez era o 2206, um ex-Expresso Brasileiro. Aliás, depois de um começo onde ficaram apenas nas suas linhas de origem, os carros que vieram da EB começaram a ser distribuídos nas demais linhas da Cometa. Logo que o ônibus começou a via-gem, estranhei que ele foi seguindo pela Marginal Tietê, sem parar. Não lembro de nenhuma viagem onde o ônibus tenha percor-

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

José Euvilásio Sales Bezerra

rido um trecho tão grande sem paradas. No entanto, ao chegar ao km 6 da Marginal Tietê, ele parou para pegar passageiros. Parou para demorar a sair. Foram quase quinze minutos parado, esperando os passageiros subirem, pagarem e entrarem. A demora foi tanta que o carro seguinte, das 7h30, chegou e nos pas-sou, sem a menor cerimônia. O ônibus onde eu estava chegou à Campinas às 9h00, pontu-almente – e depois do ônibus das 7h30. É nessas horas que me pergunto so-bre a real necessidade dessas paradas dentro da cidade de São Paulo. Pra quem pega no meio do caminho é uma boa, pois não paga condução até o Terminal Rodoviário do Tietê.

Mas, e pra quem vai até lá? É justo o ônibus rodoviário parar por quinze minutos apenas pra atender a comodidade de alguns enquanto outros, que se deslocaram até a rodoviária, se programaram, pagaram a taxa de embarque, são punidos chegando atrasados ao seu des-tino? Seria bom se a Artesp determinasse uma distância mínima da rodoviária ou do ponto inicial da linha para que a empresa começasse a pegar passageiros pelo caminho. Algo justo com quem se desloca até o Ter-minal Tietê, que, ao se programar, não pre-cisaria levar em consideração as paradas pelo caminho.

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A S F O T O S D A S E M A N AÔnibus Brasil • www.onibusbrasil.com | ESPECIAL 7º INTERBUSS CITY TOUR

FÁBIO TANNIGUCHICaio Mondego LA Volvo B9SALF • Itajaí Transportes

DIOGO AMORIMCaio Mondego LA Volvo B9SALF • Itajaí Transportes

BRUNO G. TAUBERTBusscar Urbanuss Pluss Volksbus 17.230 EOD • Itajaí Transportes

FELIPE ABILACCaio Millennium II Volksbus 17.260EOT • Itajaí Transportes

LEANDRO DE SOUSA BARBOSAMarcopolo Torino 2007 MBB OF-1418 • Praiamar

WELDER DIASMarcopolo Torino 2007 Volksbus 17 230 EOD • São Miguel

Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com | Fotos correntes da semana

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DIOGO AMORIMBusscar Urbanuss Pluss MBB O-500M • VB Transportes

DIOGO AMORIMCaio Apache Vip MBB OF-1722M • VB Transportes

GIOVANI ALENCARNeobus Mega 2006 MBB OF-1418 • Onicamp Transportes

RAPHAEL MALACARNEBusscar Urbanuss Pluss Volvo B12M • Itajaí Transportes

GUSTAVO BAYDEMascarello Gran Via Volksbus 17 210 EOD • Satélite

RICARDO BARBOZA DA SILVA JUNIORNeobus Mega BRT Volvo B340M • Metrobus

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Um imbróglio sem fime a análise final da despedida

Apesar de ter ocorrido fora da sema-na a qual esta edição corresponde, aprovei-to o momento para comentar o ocorrido na última terça-feira, dia 1º/11. Procurarei não apontar culpados porém na minha concepção todos têm uma parcela de culpa no imbróglio que se formou em torno de duas fotos pub-licadas na manhã desse mesmo dia no site Ônibus Brasil. Foram publicadas três fotos de um ônibus da empresa Lírio dos Vales aciden-tado. Uma das fotos mostrava o veículo com o para-brisa estourado, outra mostrava mais uma parte do carro e uma terceira imagem, a pior de todas, mostrava um caminhão tom-bado para a direita, e o ônibus envolvido no incidente era exibido bem distante. A im-pressão que deu é que o autor da foto quis fazer uma imagem com “paisagem”, colo-cando o objeto principal e mais importante (o ônibus) bem distante, valorizando a imagem ao seu redor. O problema é que se tratava de um acidente de trânsito, e desde quando aci-dentes são paisagens? Logo após a postagem da foto, começaram manifestações contrárias à posta-gem da mesma e vários pedidos à moderação para que apagassem a mesma. Rapidamente prints da foto foram espalhados pelo Face-book e os comentários começaram a crescer, tanto na rede social quanto na foto no site. Enquanto passava o tempo, todos

estavam na expectativa de que a foto se-ria apagada a qualquer momento. Passadas mais de duas horas da postagem da imagem e a mesma permanecia no ar, foi postado um protesto elaborado por um usuário do site. Nele constava a foto ainda não apagada e os dizeres: Fotografar para o onibusbrasil.com - Você está fazendo isso errado! Foi aí que a confusão explodiu. Em cerca de uma hora essa foto-protesto ultrapassou os duzentos comentários. Houve duros ataques à mod-eração pelo fato da foto ainda não ter sido apagada, começou-se a pedir a substituição da moderação e ainda quem era contrário foi hostilizado. Para agravar a situação, começou um bate-boca entre alguns comentaristas que partiram para o lado pessoal. Paralelamente a esse rebuliço todo, as fotos printadas e postadas no Facebook também começavam a ganhar cada vez mais comentários. Enquanto isso, as duas fotos (o protesto e a original) continuavam no ar. A expectativa era a de que a foto-protesto acabasse indo para a “Foto da Hora”, nova seção criada no site para a foto mais vista nos últimos 60 minutos. As pala-vras de ordem dos usuários do site eram super pesadas, exigindo “eleições” para moderação, criticando muito a administração e até houve pedido para a volta de antigos moderadores. Cerca de uma hora depois, a foto-protesto foi apagada. Isso gerou uma revolta ainda

maior, pois o protesto foi deletado, junto com o bloqueio da conta do postante, enquanto a foto do acidente permanecia no ar. Por conta disso, as manifestações foram “transferi-das” para essa imagem. O debate continuou pesado e prosseguia a hostilização de quem “ousava” defender o site. No Facebook tam-bém continuava a bagunça. Somente mais de meia hora depois é que essa e as demais fo-tos foram apagadas, junto com o bloqueio da conta do postante. A discussão continuou no Facebook e no Twitter, onde os colecionadores continu-avam reclamando da moderação e de uma suposta parcialidade em algumas decisões. Mais tarde houve um princípio de tumulto mais uma vez, porém a moderação agiu rapi-damente e o perfil falso foi bloqueado. Agora vamos analisar a fundo toda essa situação. Primeiro temos que por em mente que o site Ônibus Brasil é de acesso público, porém é particular. Cabe à adminis-tração tomar as decisões que norteiam o site. Pedir “eleições” para moderação não é algo correto. Cabe à administração do site decidir quem serão os moderadores e se eles estão correspondendo às expectativas da dinâmica do espaço. O Ônibus Brasil é um site muito grande e bem estruturado. O tamanho que ele tomou nos últimos tempos fez com que ele passasse a necessitar de mais atenção, que dispende tempo e a necessidade de ajuda

HOBBY & DIVERSÃO Luciano [email protected]

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de mais pessoas. Para você ter tempo, é ne-cessária uma renda que lhe sustente, por isso o site tem bastante anúncios, pois ninguém vai dedicar um enorme tempo a algo que não lhe traz retorno, ainda mais um site com tan-tos membros e tão dinâmico como o OB é. O mais engraçado de tudo é que todo mundo começou a criticar a administração e a moderação do site, mas esqueceram do prin-cipal culpado de tudo, que foi quem postou a foto. Ele sim foi o causador do rebuliço todo. Se a foto não tivesse sido postada, não haveria ocorrido tamanho imbróglio. Isso é algo que tenho martelado muito neste espaço. Falta bom senso para alguns colecionadores em postarem fotos na internet. Todos devem saber que o objeto principal de uma foto de ônibus é o ônibus oras, e não uma árvore, a rodovia, ou um caminhão ao lado. Será que é tão difícil assim fazer uma foto de um ônibus sem que se faça “graça”? Muitos no site fazem isso com o ob-jetivo de ganhar “status” e ficar entre as fotos mais vistas. Mais uma vez repito aqui: não sei o porque as pessoas continuam querendo esses status que não existe dentro do hobby. É muito mais bonito publicar uma foto boa (seja novidade ou não) e conquistar a simpa-tia dos demais do que ficar criando polêmica para aparecer. O mesmo aconteceu uma outra vez, quando uma pessoa postou uma foto de um veículo recém-saído da Busscar e comen-tou: “Fight!”, já esperando uma bagunça gen-eralizada, que foi o que aconteceu. Resultado: foto apagada e conta bloqueada. É assim que todos querem engrandecer o hobby? Criando polêmicas que não contribuem em nada? Não vou negar que ri muito com os comentários que foram postados nessa foto do caminhão acidentado, inclusive relatei isso no Facebook na manhã daquele dia. A es-bórnia estava tão grande que não tinha como não rir. Não posso negar também que achei que a moderação demorou para tomar uma providência, enquanto em outros casos simi-lares a foto foi apagada bem antes de 4 horas no ar, mas isso não justifica algumas rea-ções exacerbadas no campo de comentários. Também já critiquei o site pela ausência de diálogo com os usuários porém creio que as reivindicações devam ser encaminhadas di-retamente à administração em forma de sug-estão, tentando fazer um site cada vez mel-hor. Há estrutura, suporte e audiência (que é o que parte dos usuários mais querem, inde-pendente da qualidade da imagem postada), e cabe aos usuários respeitar as regras ao me-nos como forma de reciprocidade. Há muita tolerância da moderação com algumas ocor-rências, e isso não é observado. Se a modera-ção não agrada aos usuários, não custa tentar uma conversa. Mas algo é fato: deixar o site, nin-

guém quer. Pensem nisso. Com o bom com-portamento de todos, unindo a uma modera-ção eficiente, a harmonia no site é garantida. Ficar criticando, fazer escândalo, movimen-tos e protestos, infelizmente não resolvem nada. Podem até serem válidos, mas a admin-istração, no máximo, apagará as fotos e os co-mentários e ainda bloqueará a sua conta por ter violado os termos de uso. Lembrando que antes de acessar o site, você concordou com esses termos. Enquanto isso, o site continua no ar, com mais fotos entrando, e todos co-mentando bastante, os anúncios seguem lá e o dinheiro entrando na conta da adminstração. Valeu a pena espernear?

* * *

Pela última vez, esta coluna é pub-licada aqui na Revista InterBuss. A partir da próxima edição, a revista publicará novas seções e outras serão retiradas, e uma de-las é esta. É uma reforma no conteúdo que contempla o profissionalismo e por isso esta coluna não enquadra-se nos novos objetivos da publicação. Durante esses últimos meses que estivemos juntos recebi várias mani-festações, muitas positivas e outras negati-vas, vários sentiram-se atingidos pelos meus textos (mesmo não sendo objetivo deles), colecionei muitos desafetos, enfrentei vários protestos e ataques de diversas pessoas, mas mesmo assim não me intimidei e prossegui com meus relatos aqui neste espaço. Em to-dos os ataques mostrei que estava correto nas colocações e tudo culminou em pedidos de desculpas a minha pessoa. Em nenhum mo-mento tive objetivo de fazer ataques ou hos-tilizar alguém, porém eu tinha que mostrar os fatos reais e me defender de alguma forma, sempre mostrando a verdade. Uma coisa é fato: muita gente critica este espaço e até a revista como um todo, mas ninguém deixa de ler. Para ficar por dentro de tudo o que acontece, todos acabam lendo e uma parte solta as críticas nas redes sociais, sites especializados ou blogs. Fico feliz com essa repercussão pois isso significa que de al-guma forma a revista já incomoda. A equipe trabalha arduamente durante toda a semana para trazer o melhor conteúdo todos os do-mingos, mesmo não agradando a todos, mas sempre com a certeza de que o esforço é vá-lido. Quem me conhece há um bom tem-po sabe que sempre trabalhei em prol de um hobby unido, prazeroso e divertido para to-dos. Nunca medi esforços para tentar melho-rar o relacionamento entre os colecionadores. Promovi eventos de integração, participei de outros nacionalmente famosos, chamei a imprensa quando necessário para fazer a di-vulgação de nosso hobby para sermos recon-

hecidos pela sociedade como uma classe de simples colecionadores, e não apenas loucos como alguns ainda pensam, mas mesmo as-sim há os que criticam, dizendo que quero aparecer, que quero estar sempre em evidên-cia. Isso é algo que não admito. Em eventos nacionais, como muitos já puderam pres-enciar, sempre me identifico apenas como Luciano, nunca falo meu sobrenome, que é pelo qual sou mais conhecido. Não acho ne-cessário eu sair falando meu nome inteiro, ao contrário de outros que chegam falando o nome completo, endereço de site, foto-log, blá blá blá, para tentar ser reconhecido. Sempre pautei pela simplicidade e pela hu-milidade, que é o caminho mais fácil para as conquistas. Em quase onze anos de hobby ob-tive muitas conquistas não só para mim, mas para todos os colecionadores, com os quais faço questão de compartilhar. O hobby deve ser assim, sempre em grupo, compartilhar as conquistas com os demais engrandece nossa classe e torna-a mais reconhecia. Nesta última coluna, vou fazer um retrospecto do hobby desde os seus primór-dios, algumas coisas podem parecer repetiti-vas mas são necessárias para o contexto geral. O hobby sofreu uma grande mu-tação nos últimos anos. Antes do advento da câmera digital, os poucos registros eram feitos com câmeras analógicas que nem to-dos tinham. Muita gente colecionava mate-rial através de recortes de jornais e revistas, catálogos e troca de informações por carta. Computador ainda era algo escasso. Com o tempo a câmera digital barateou, todos pas-saram a ter acesso ao mundo digital com mi-crocomputadores em suas casas e começaram a surgir os primeiros sites especializados em fotos de ônibus. O hobby ainda era pequeno, pouco conhecido, as garagens não eram tão acessíveis e não haviam tantos eventos como há hoje. Com o tempo o número de colecio-nadores foi crescendo cada vez mais, os sites também foram inflando e o comportamento também foi mudando. As competições entre os colecionadores foi aumentando, a busca pelas novidades, pelo estrelismo, pela fama, foi minando muita coisa boa que o hobby tinha até pouco tempo antes. Hoje estamos em uma situação muito mais confortável, com o reconhecimento da mídia, das empresas e dos empresários do setor, e isso tem feito com que alguns colecionadores tornassem-se ver-dadeiros monstros, buscando fama a qualquer custo. Comentei aqui em outra oportuni-dade sobre essa avidez pela fama no hobby. Muitos colecionadores de hoje buscam no hobby um refúgio. Boa parte têm algum prob-lema no campo pessoal e/ou familiar, são de-sprezados de alguma forma, não conseguem

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HOBBY & DIVERSÃO Luciano Roncolatosucesso em algum campo da vida pessoal e por isso buscam isso no hobby, seja através do tão famigerado “Top 5”, seja através da busca de novidades, seja através do alto número de comentários. Com isso, essas pessoas con-seguem preencher um vazio em sua vida. Isso é totalmente compreensível e notamos pelos assuntos comentados nas redes sociais des-sas pessoas. Geralmente há apenas fotos de ônibus e os assuntos giram em torno apenas desses veículos. O problema é que isso acaba minando o hobby de uma certa forma, pois tumultua o andamento de sites, de redes e até de convívios pessoais. Toda essa movimentação acaba ge-rando muitas intrigas, sobretudo depois do surgimento do site Ônibus Brasil. A ânsia pelo ineditismo e pela popularidade acabaram deixando de lado a qualidade. O site, que hoje é referência em fotos de ônibus no Brasil, constantemente é alvo de confusões e bar-racos armados por parte dos associados. É lamentável que isso ocorra e que o hobby es-teja dessa forma, mas infelizmente temos que começar a lidar com isso com a maior natu-ralidade e trabalhar em cima disso para poder melhorar o convívio. Antes de relatar um pouco da minha experiência recente, gostaria de contar um pouco da minha história com o Portal Inter-Buss. Já fiz isso em outra oportunidade, mas gostaria de dar mais alguns detalhes dessa história que segue há quase onze anos. O primeiro site foi o Portal SIT Campinas, que entrou no ar em 20 de dezembro de 2000. Criei o site com o objetivo de trazer informa-ções sobre as mudanças que estavam ocor-rendo no transporte da cidade que dava nome ao site, sobretudo com a falência da Viação Santa Catarina e com suas linhas sendo as-sumidas pela VBTU Transportes. De início também comecei postando algumas fotos de minha autoria, já que em março do mesmo ano comprei minha primeira câmera, uma Yashica analógica. Ou seja, quando eu abri o site, eu já tinha câmera e já fazia fotos de ônibus. Toquei o site sozinho e apenas com fotos minhas até 2003, quando me afastei do hobby por motivos profissionais e voltei em 2005, quando estreitei os laços com o amigo Alex Fiori. Nós dois tínhamos fotologs no Terra e “concorríamos” com fotos raras do sistema SIT Campinas. Meses depois nos encontramos e passamos a tocar o Portal SIT Campinas juntos, dessa vez atualizado com fotos dos dois. Logo depois, com a mudança do sistema de transportes de Campinas, o site mudou para Portal InterCamp, porém por muito pouco tempo. O conteúdo exclusivo campineiro foi mantido. Houve um pedido da prefeitura para a mudança do nome do site, já que ele remetia ao sistema de transportes da cidade. Dessa forma, trocamos o “Camp” por

“Buss”, nascendo assim o Portal InterBuss. Até então as fotos sempre foram fei-tas nas ruas, pois não tínhamos acesso a ga-ragens. Quem disse que eu usava o nome do sistema de transportes para acessar garagens está muito enganado. Os acessos começaram em 2006, depois que eu conheci pessoalmente alguns empresários do setor e já fazia quase um ano de Portal InterBuss. O primeiro con-tato que fiz foi durante uma entrega de novos ônibus à cidade, no Paço Municipal. A par-tir dali fomos estreitando o relacionamento. Curiosamente, o número de pessoas “interes-sadas” nesses contatos foram aumentando, tendo inclusive algumas usado o nome do site para acessar garagens com maior facilidade. Uma dessas pessoas chegou ao absurdo de se valer da confusão que um empresário fazia e

se passou por mim diversas vezes para entrar em garagens, porém logo foi desmascarado e hoje vive a fazer ataques a mim e ao site. Em 2007 realizamos nosso primeiro evento, o InterBuss City Tour, em 24 de mar-ço. A empresa Itajaí Transportes nos cedeu um veículo articulado para transportarmos todos os convidados. Foi um sucesso. No mesmo ano repetimos a dose em 29 de setembro. Dessa vez, o carro foi cedido pelo Expresso Campibus e visitamos as instalações da em-presa. 28 dias depois foi realizada a 1ª Bus Brasil Fest em Campinas, em parceria com a Revista Portal do Ônibus. Mais de 20 empre-sas cederam ônibus para a exposição, que tam-bém contou com o apoio da prefeitura. Mais um sucesso. Em 2008 começamos com mais um Tour, dessa vez em 08 de março, quando

RECONHECIMENTO • Nas fotos, com empresários do setor de transportes: Maria Beatriz Setti Braga, Belarmino Marta, Joubert Beluomini e José Roberto Felício, e a viagem para a Colômbia. O trabalho do Portal e da Reviosta InterBuss é reconhecido pelos mais altos escalões do transporte nacional pela sua seriedade, credibilidade e reconhecimento do bom trabalho feito há onze anos

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visitamos as obras da nova Rodoviária de Campinas, mais uma vez com um veículo da Itajaí Transportes. No mesmo ano, em 12 de julho, foi realizada a segunda Bus Brasil Fest em Campinas, também em parceria. Dessa vez, mais de 40 empresas cederam veículos e fizemos dois Tours com dois veículos articu-lados da VB1 e um Paradiso GV 1800DD da Ouro Verde. O evento foi um grande sucesso, tendo apenas um pequeno incidente no final, onde o londrinense André Aguirra Taioqui, na época com 19 anos (e não quinze, como foi especulado), estava conduzindo um dos ôni-bus expostos, orientado pelo motorista e por um instrutor, quando o mesmo acabou ralando a lateral no carro de um dos participantes do evento. Houve um pequeno furo na lataria. Dois dias depois estive na garagem e expliquei

o fato à gerência da empresa, que já estava ci-ente e nosso relacionamento continuou ótimo, como ainda é. Algumas poucas pessoas dizem que o relacionamento do site com a empresa “estremeceu” depois desse incidente, que foi aumentado dezenas de vezes, como se o ôni-bus tivesse sido destruído num grave acidente, o que, pra variar, não é verdade. Nesse mesmo ano o Portal InterBuss seguia uma curva ascendente e os acessos foram multiplicando. O número de fotos vin-das de todas as partes do Brasil foi crescendo cada vez mais. Nessa época, o site referência no hobby era o Railbuss, sob o comando de Paulo Sérgio Vieira Junior, o Speed. Havia também o Vale SPBus, comandado por Lean-dro Machado de Castro e por Marcelo Leite. Os três sites mantinham atualizações semanais

e tinham um número de acessos bem pareci-dos, com o Railbuss sempre na frente. Haviam também paralelamente dezenas de fotologs que eram atualizados quase que diariamente. Eu mesmo manti um fotolog paralelo por um bom tempo, trazendo algumas fotos minhas que eu não publicava no Portal InterBuss. Participo de eventos desde 2006. Sempre prestigio e visito para rever os ami-gos que tenho oportunidade, às vezes, apenas nesses eventos. Nunca participei de algo para fazer ironia ou para desprezar alguém. Quem me conhece sabe que estou sempre partici-pando com o objetivo de rever o pessoal, tanto que nem fotos eu faço. Tanto que na Exponi 100 eu estarei lá, mais uma vez para rever os amigos do sul e os novos que surgiram depois do Ônibus Brasil. O Portal InterBuss sempre foi um site sem recursos, e por isso sempre teve um lay-out simples e procurei fazê-lo o mais funcional possível. Criei-o como um hobby, e não como uma profissão, por isso sempre tudo foi muito simples mas feito com vontade. Com o tempo, o Railbuss teve suas atualizações sendo redu-zidas por falta de tempo para atualização. Já o Vale SPBus, que era hospedado junto com o Railbuss, teve uma expiração do domínio e o mesmo acabou saindo do ar. Foi ventilado na época que o Portal InterBuss é quem estava por trás disso tudo, o que não é verdade. Tanto que logo depois, o site também teve uma es-cassez de atualizações, até chegar a sua nova fase.Com a chegada do Ônibus Brasil, o Portal InterBuss mudou seu foco e passou a trabal-har um projeto antigo, que era o da Revista. Em 2010 começamos com um blog. Para ele, convidei algumas pessoas conceituadas no hobby para escreverem artigos, por sinal são os textos mais lidos e mais elogiados até hoje. Seis edições depois fiz uma edição-piloto em formato Flash-Flip, que foi aprovada por um grupo de leitores e desde então publicamos a revista semanalmente dessa forma. Além de fazer a montagem e a elaboração do layout da mesma, escrevo neste espaço, faço as matérias principais e busco as informações para elas. Os convidados escrevem seus artigos, faço a busca das fotos da semana, escrevo o editorial em 90% das vezes, faço a clipagem das notí-cias (prática super comum em todos os meios de comunicação especializados) e ainda colho as informações para a seção do leitor. É um trabalho desgastante pois levo ao menos três dos sete dias da semana para fazer tudo isso na Revista, mas faço com prazer pois também é minha área de atuação. Na revista temos três jornalistas: eu, Felipe Pereira e Anderson Botan. Todos são jornalistas por formação, sendo eu e o Ander-son formados pela PUC-Campinas, e o Felipe pela UNIP. Toda publicação deve ser assina-da por um jornalista responsável, e no caso

RECONHECIMENTO • Nas fotos, com empresários do setor de transportes: Maria Beatriz Setti Braga, Belarmino Marta, Joubert Beluomini e José Roberto Felício, e a viagem para a Colômbia. O trabalho do Portal e da Reviosta InterBuss é reconhecido pelos mais altos escalões do transporte nacional pela sua seriedade, credibilidade e reconhecimento do bom trabalho feito há onze anos

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HOBBY & DIVERSÃO Luciano Roncolatoda revista ela é assinada pelo Anderson, ga-rantindo a imparcialidade e a pluralidade da mesma. Alguém já viu o próprio diretor as-sinar a sua publicação, mesmo ele sendo jor-nalista? Da mesma forma que alguém já viu uma revista ou um jornal ser escrito por ap-enas uma pessoa? Por tudo isso que a Revista InterBuss mantém essa pluralidade de ideias, que garante a sua isonomia e independência. Durante algum tempo divulgamos na Revista a intenção da publicação chegar às bancas. Não buscamos nenhuma editora para tentar fazer isso pois o Portal InterBuss já tem uma empresa aberta e com autorização para edição de publicações, da mesma forma que o Railbuss também tem uma empresa aberta para administrar os negócios do site e o Ônibus Brasil também. Apesar da empresa aberta, ela nunca foi utilizada para fomentar contatos, que sempre foram feitos através da credibilidade do site. Depois de diversas reuniões com os integrantes da Revista e do Portal, chegamos a conclusão que a ida às bancas iria minar o principal diferencial da publicação, que é a rapidez das informações. É a primeira publi-cação especializada em ônibus que sai todas as semanas. Isso seria totalmente inviável primei-ro pois não faria sentido colocar uma publica-ção de 40 páginas por semana nas bancas. Se juntássemos tudo em uma edição mensal, seria em torno de 160 páginas, o que encareceria de-mais a produção e a publicação também ficaria cara, o que impediria o acesso de muita gente. Por conta disso, optamos por manter a publi-cação online e gratuita, para que todos possam acessar como e quando quiserem. Nesse quase um ano e meio de re-vista, passamos a ser reconhecidos por mon-tadoras, encarroçadoras, mais colecionadores e ganhamos o respeito de importantes institu-ições, como a ABRATI e a NTU. Nosso tra-balho e esforço passou por várias fronteitas e agradecemos a todos pelo reconhecimento, é o que nos motiva a fazer cada edição com o máximo de dedicação para que você fique sempre bem informado. Este espaço foi aberto depois de mui-ta discussão interna. Dentro da Revista alguns foram contrários à publicação desta coluna, mas mesmo assim optei por fazer uma análise primária do site Ônibus Brasil, muito comen-tado mas que até então eu ainda não tinha vi-venciado. Para isso, no dia 9 de maio deste ano, aceitei um convite para ingressar no site. No dia seguinte postei minhas primeiras fotos. Antes disso eu quis experimentar a dinâmica do site, e passei 15 fotos de minha autoria para o amigo Ravanelly Souza, que muito gentil-mente as publicou em sua galeria. Logo de cara já houve confusão pois algumas pessoas pensaram que ele tivesse roubado as fotos de mim. A partir daí comecei a entender algumas coisas que os colecionadores relatavam mas eu

não acreditava. Comecei minhas publicações e con-sequentemente conheci mais uma legião de colecionadores. Isso indicava que eu estava realmente por fora de muita coisa, conforme o amigo Diego Almeida já me dizia, e eu não botava fé. No começo muitos estranharam minha presença pois eu sempre dizia informal-mente que eu não abriria conta lá. Na ocasião, todos os integrantes do Portal InterBuss foram contrários à abertura da minha conta (alguns são até hoje), mas mesmo assim prossegui com minha caminhada lá. Com o tempo fui reparando o com-portamento de algumas pessoas que eu já con-hecia há algum tempo, mas lá no site a cara mudava. É o famoso “na frente de um com-putador, todo mundo é corajoso”. Fiz mui-tas amizades novas, como o Alex Miljcovic, o Kevin Willian, o Franz Hecher, o Mateus Barbosa, o Gustavo Bayde, entre vários out-ros. Também restabeleci contato com algumas pessoas que enviavam fotos para o Portal In-terBuss e estreitei contato com outros que eu estava iniciando conversações através do meu Twitter, recém-criado. Vendo muita coisa que acontecia (e ainda acontece) no site, comecei a fazer a pub-licação de uma série intitulada “O Ônibus Bra-sil em Sua Essência”. Ali escrevi o que muita gente colocava nas redes sociais ou comentava apenas informalmente. A partir daí, muita coi-sa começou a mudar. Conforme relatei anteriormente, sempre fui uma pessoa que busquei a harmonia no hobby e a amizade com todos. Sempre fui adepto da chamada “política de boa vizinhan-ça”, haja visto a quantidade de colecionadores que recebi em minha casa nos últimos anos, e continuo recebendo com o maior prazer. Porém, vendo alguns acontecimentos, não tive como continuar nessa linha. Algumas pessoas já estavam abusando da boa vontade e estavam se transformando. Por conta disso, meus tex-tos foram ficando cada vez mais ácidos, porém necessários para mostrar as entranhas do hob-by e o caminho que ele estava seguindo. Isso acabou fazendo com que eu ganhasse vários desafetos, algo que até então eu tinha apenas com uma ou outra pessoa. Desde maio, já fui atacado publicamente quatro vezes por “anôn-imos” que fazem enormes relatos sobre minha vida (inclusive pessoal) e difundem nas redes sociais e nos e-mails das pessoas. Todas elas foram desmentidas e os assuntos, enterrados. Em três casos ainda houve um pedido de des-culpas do “anônimo”, que já não era mais tão anônimo assim. O mais engraçado é que as pessoas não assinavam suas “denúncias” com medo de retaliação, como se eu fosse algum criminoso. Na primeira vez fui atacado por um tal de “busólogo de opinião” em um blog que ficou cerca de três horas no ar, paralelamente

a um perfil falso de Twitter. Ele “reivindica-va” a publicação de fotos no Portal InterBuss, dizendo que eu publicava fotos apenas de quem eu quisesse, que eu não cumpria com o que eu dizia e criticou veementemente a Revista, como uma publicação que ninguém lia. Três horas depois da chuva de acusações infundadas, o perfil e o blog foram apagados, coincidentemente depois que comecei a fazer minha defesa no meu Twitter. Foi aí que sur-giu a chamada Maior Panela do Brasil, onde esse tal de “busólogo de opinião” disse que eu, o Gustavo Bayde e o Victor Hugo Guedes Pereira liderávamos, excluindo os coleciona-dores “menos favorecidos”, algo totalmente infundado. Da mesma forma que há grupos de amigos no Ônibus Brasil, eu também tinha (e tenho) meus amigos lá. O que fazíamos era ap-enas conversar entre si, como vários fazem lá. Por conta disso, acabamos ganhando esse “tí-tulo”, com o qual passamos a ironizar nas re-des sociais, em tom de brincadeira como muita gente faz com seus grupos. Nunca excluí nin-guém de nada, pelo contrário, até procuro est-reitar os laços com o máximo de pessoas. Tempos depois foi publicado um print com alguns tweets meus falando sobre “facções” no hobby. Alguns integrantes da Equipe R4Bus passaram a fazer uma malha-ção pública da minha pessoa, acompanhado de vários comentários pejorativos de pessoas que sequer sabia do que se tratava. Mais uma vez esclareci o fato e publiquei neste mesmo espaço. Uma semana depois recebi pedidos de desculpas pelo fato. O que mais me estranhou é que o líder da equipe, o Rody, é uma pessoa que eu conheço já há algum tempo, de even-tos passados, e respeito muito o trabalho dele. Conversando informalmente, ele me esclare-ceu que haviam alguns integrantes da equipe que tinham feito isso, e que seriam tomadas as providências. Foi mais um assunto enterrado. Mais um tempo depois surgiu um vídeo fazendo novas acusações a mim e à Revista, dizendo que eu e minha “equipe” hostilizamos a Brasil Sul no desfile da nova frota da Viação Garcia, em Londrina. Além da distância ser absurda, impossível ouvir alguma coisa de quem estava dentro do ônibus. Depois ficou esclarecido que houve uma confusão entre o Portal InterBuss e o responsável pelo áudio, David Arthur. Quem montou o vídeo pensou que David era do site por conta de uma matéria feita em 2008, onde o Portal InterBuss foi divulgado por ele. Pra variar, a postagem do vídeo foi feita em uma conta falsa e anônima. Duas horas depois de descoberto o imbróglio, o vídeo foi retirado do ar e a conta, fechada. Agora mais recentemente foi espal-hada uma carta com gravíssimas acusações contra a minha pessoa, fazendo relatos falsos e mentirosos. Porém como a carta foi mal es-crita e com os fatos ali relatados, foi mais fácil descobrir quem era o “anônimo com medo de

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retaliação”. A carta foi enviada através de um e-mail falso (pra variar). A carta estava tão car-regada de inveja e rancor que acabou surtindo o efeito reverso. Horas depois, o autor apare-ceu e pediu “trégua”. E como havíamos desco-berto, os fatos relatados foram inventados por uma pessoa já conhecida do hobby pelas suas confusões, mas não foram escritos por ele, pois a covardia o impediu. Por isso, passou a bola para um inocente escrever e enviar, e aca-bar arcando com todas as consequências. Essa pessoa conhecida no hobby eu nem preciso citar o nome aqui, mas mora na bela cidade de Jundiaí. Esse cidadão, desocu-pado, têm vivido a me atacar desde que a sua entrada para o Portal InterBuss foi vetada por fazer confusão e ser um baita de um encren-queiro. Mesmo assim ele utilizou o nome do Portal e se passou por mim diversas vezes para entrar em garagens as quais eu tinha acesso. Agora ele vive a dizer que sou dono e modera-dor do Ônibus Brasil, que ele diz ser o pior site do Brasil, mas ele tem uma conta lá para vigiar o que todos estão escrevendo. Nunca fui dono do site (todos sabem que o dono é o Tadeu Carnevalli, de Cornélio Procópio/PR), nunca fui moderador e inclusive nem me candidatei a moderador naquela vez que foi aberto a todo o público a oportunidade de ser da equipe de moderação do site. Cada hora esse cidadão, invejoso por não ter a capacidade de montar um site e por se achar acima de tudo e ainda dizer que é amigo de empresários de ônibus que sequer lembram o nome dele, inventa uma coisa nova para difamar seus desafetos, que são quase todos no hobby. Mesmo ele sendo expulso de vários eventos, rodoviárias, ser mal visto em diversas cidades pelas quais passou, apanhou de motoristas de uma grande empresa paulista, ainda insiste em dizer que é bem visto no meio. É um desocupado que vive às cus-tas da coitada da mãe e que espera uma eterna “herança” do falecido pai (quem conhece esse cidadão já ouviu essa história inúmeras vezes). É o famoso “espanta-rodinha”. Notem que ele sempre termina assuntos no Facebook: ele comenta, todo mundo pára. Como co-autor da carta, as medidas jurídicas cabíveis já es-tão sendo providenciadas contra ele. Com tal prova na mão, será fácil fazê-lo pagar crimi-nalmente por mais um ataque infundado. Curiosamente todos esses ataques acontecem nesse período em que eu tenho con-ta no Ônibus Brasil, minha galeria tem uma visualização razoável, tento manter bom rela-cionamento com todos e fazendo novos ami-gos. A quem incomoda isso? Não seria mais fácil que todos fizessem isso também, buscar a harmonia? Aquele Luciano de antes do Ônibus Brasil, o que fazia o que todos queriam, deixou de existir. Hoje sou uma pessoa mais centrada, realista e que não deixo de criticar quando ne-cessário, como eu fazia no passado quando eu engolia muito sapo para não criar inimizades.

Um exemplo disso foi o que aconte-ceu entre eu e o colecionador bauruense Ro-drigo Padilha Rodrigues, da Equipe 19. Sem-pre tive bom relacionamento com ele, o recebi em minha casa duas vezes com o maior prazer, estive em Bauru algumas vezes onde fiz fotos com ele. No Ônibus Brasil também mantín-hamos um bom contato, porém depois da es-colha do desenho dele para ilustrar os ônibus da Viação Ouro Branco, houve uma mudança de comportamento que ficou nítido em um co-mentário na foto do empresário e colecionador Marcio Bruxel, que fez a primeira foto do LD da empresa. Na ocasião, Rodrigo havia pedido para que a foto não fosse publicada para que ele fizesse-a primeira. Dali pra frente notei que já não era mais a mesma pessoa e passei a relatar os fatos conseguintes neste espaço. Da parte dele também partiram ataques, so-bretudo em comentários no Ônibus Brasil. O Rodrigo me foi apresentado pelo também co-lecionador Jorge Neto, de Barretos. Fez boas referências dele e aceitei bater um papo no MSN. Não tenho absolutamente nada contra o Rodrigo nem contra a equipe dele. Acompan-hei durante muito tempo seu esforço em prol da união dos interioranos paulistas no hobby, com a tentativa de criação de associações, seu site RDO19 que já chegou a ser hospedado no servidor do Portal InterBuss, é uma pessoa muito esforçada e que tem um coração muito bom, porém eu discordei de algumas atitudes frente ao Ônibus Brasil, e obviamente ele se segurou na retaguarda dele. Recentemente eu tenho recebido alguns ataques de um outro in-tegrante da equipe dele, o Ademar Rodrigues, que insistiu em fazer comentários pejorativos. O Ademar acabei conhecendo naquele “chat” que chamo de “pontapé inicial” da minha pessoa no Ônibus Brasil, onde me enturmei. Naquela foto do Expresso Nordeste, muitos comentaram durante toda a madrugada, inclu-sive ele. Também é uma boa pessoa e entendo

completamente suas recentes palavras. Reitero que não tenho nada contra a equipe nem contra seus integrantes, se chamei de facção no pas-sado foi por algumas ocorrências da época que também não justificam essas minhas palavras, mas por isso estou aqui para pedir desculpas por alguma coisa que tenha ocorrido ou algo que eu tenha dito. Reconheço o bom trabalho do Rodrigo e espero que ele continue nessa caminhada. Também tive alguns entraves com a equipe Ônibus de Mogi, de Mogi das Cruzes, por conta de um mal entendido justamente na coluna em que falei de facções. Aproveito para também pedir desculpas à toda a equipe por al-gum mal entendido, apesar de saber da ligação com a pessoa que semeia a discórdia no hobby mas isso é de cada um, com o tempo todos abrem os olhos e vêm o que está ao seu redor. Acho o trabalho da equipe bastante interes-sante, sobretudo esse último, na viagem para Aparecida, sobre a qual ouvi muitos elogios durante o City Tour 7 em Campinas. Parabéns pelo trabalho e que continuem assim. Tive também alguns desafetos que apareceram nos últimos meses e a todos peço desculpas por alguma palavra ou algum mal entendido que eu tenha criado. A acidez das minhas palavras pode ter magoado alguém e por isso mesmo peço desculpas por alguma coisa. Só não me desculparei com aqueles que acreditaram e botaram fé nas acusações in-fundadas contra mim, sobretudo no caso do vídeo falso que foi parar no Ônibus Brasil. A vocês, o meu desprezo pela falta de caráter de vocês. A todos vocês meu muito obrigado pela atenção, pelos elogios e pelas críti-cas nesse tempo. Em breve estarei em meu blog, publicando novos textos sobre o hobby. Quem quiser meu contato, ele está no topo da primeira página deste espaço. Um forte ab-raço e até breve!

AMIZADE • A visita aos pais do colecionador Leonardo Martin, falecido no primeirosemestre deste ano, mostra que o hobby vai muito além de apenas fazer fotos de ônibus

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7 º I N T E R B U S S C I T Y T O U R

A Revista e o Portal InterBuss re-alizaram no último sábado, dia 29 de outu-bro, o 7º InterBuss City Tour, na cidade de Campinas/SP. O evento teve o apoio da Itajaí Transportes Coletivos e da Transurc, que é a associação que congrega as empresas de ôni-bus urbanos da cidade. Estiveram presentes mais de 40 colecionadores vindos de diversas partes do Estado de São Paulo. Todos tiveram a opor-tunidade de andar no veículo mais moderno da frota campineira, que é um Caio Mondego LA Volvo B9Salf biarticulado. O veículo, ano 2009, opera diariamente na linha 2.12 (Terminal Itajaí - Circular Corredor Cen-tral via Terminal Campo Grande) apenas

SUCESSO TOTAL!

• Luciano [email protected]

nas horas de pico. A empresa ainda tem ou-tros três veículos biarticulados, todos Volvo B12M: um deles sob Marcopolo Gran Viale, outro sob Caio Millennium e um terceiro sob Busscar Urbanuss Pluss. O ônibus biarticulado buscou os convidados na Rodoviária de Campinas por volta das 9h30 e levou-os para um café-da-manhã servido em um buffet localizado atrás da garagem. Leite, capuccino, chocolate, fru-tas, pão-de-queijo, frios e pães estavam no cardápio que agradou e surpreendeu a todos os participantes. Durante o café, o sócio-diretor da Itajaí Transportes, Joubert Beluomini, apare-ceu para prestigiar os convidados e já trouxe uma grande novidade (leia mais abaixo) que surpreendeu a todos.

Após o café e a cobertura da Rede Anhanguera de Comunicação, que fez fotos e entrevistas com os colecionadores para publi-cação nos jornais da cidade (Correio Popular e Notícia Já, além do Portal RAC - www.rac.com.br), o ônibus levou todos à garagem, na mesma quadra, para uma visita. Os colecionadores tiveram a opor-tunidade de conhecer a estrutura e a frota da empresa. O motorista Alex Fiori, que também é colecionador, foi o responsável pela manobra dos carros. Ele também con-vidou a todos para uma volta em um dos recém-chegados Mascarello Gran Via Volksbus 17 230 EOD V-Tronic e mostrar seu desempenho com a caixa de câmbio automática. Todos também puderam fazer fotos dos outros biarticulados e articulados

Sétima edição do InterBuss City Tour foi um enorme sucesso e superouas expectativas dos mais de 40 participantes que vieram de diversas partesdo Estado de São Paulo para prestigiar o evento, realizado semana passada

CITY TOUR • Participantes do evento posicionam-se à frente do veículo que fez o Tour por Campinas, na garagem da Itajaí: superação das expectativas

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SUCESSO TOTAL!

que compõem a frota da empresa. Por volta das 13h todos volta-ram para o biarticulado de prefixo 2975 e começou o Tour, que teve a primeira parada para fotos na Avenida Prestes Maia. Logo à frente, na Avenida João Jorge, os colecio-nadores ficaram à vontade para fazer fotos dos ônibus que cruzam o corredor exclu-sivo a todo o momento. Ali passam ônibus das quatro áreas operacionais (verde, ver-melho, azul claro e azul escuro). Cerca de 40 minutos depois o tour seguiu por pontos turísticos, como o Castelo e a Escola de Cadetes do Exército. Seguiu pela Estrada dos Amarais até a Rodovia D. Pedro I, onde passou em frente à concessionária Sam-baíba e contemplou todos com o pátio de ônibus usados (a maioria de São Paulo) que

estão à venda. A segunda parada aconteceu um pouco mais à frente, no Parque D. Pedro Shopping, onde novas fotos foram feitas. Após essa parada, o ônibus seguiu pela Lagoa do Taquaral e fez uma volta em todo o Corredor Central, encerrando o tour na Rodoviária, por volta das 16h.Foram recolhidos alimentos não-perecíveis dos convidados e os mesmos foram entreg-ues à Itajaí, que fará a doação a uma insti-tuição de caridade da região.

Novidade Joubert Beluomini anunciou du-rante o café da manhã que a empresa já fechou a compra de 14 unidades de chassis articulados Volvo B12M, que deverão ser

entregues até o final deste ano. O encar-roçamento será feito no ano que vem e o modelo ainda está sendo escolhido. A notí-cia surpreendeu a todos os presentes, pois as notícias até então sinalizavam a chegada de 10 unidades em breve. Foi uma notícia de grande agrado a toodos os convidados.

Agradecimentos A Revista e Portal InterBuss agra-dece a todos pela visita, em especial à Itajaí Transportes e à Transurc pelo apoio e pela dedicação com todos os convidados. Tam-bém agradecemos à Socicam que atendeu nossos pedidos para o dia em específico em relação ao entorno da Rodoviária da cidade. O evento agradou a todos e foi um grande sucesso.

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S E U M U R A L

O PRIMEIRO, EM 24 DE MARÇO DE 2007

Dentro do ônibus do Tour, da esquerda para a direita: Felipe Abilac, Luciano Roncolato,Giovani Alencar, José Euvilásio, Cicero Junior e Wagner Franco, com seu filho Wagner

Dentro do ônibus do Tour, da esquerda para a direita: o pai do colecionador NicolasGordiano, Maicon Igor Barbosa, Sérgio Carvalho, Rony Carlos e Giovani Alencar

Convidados desfrutam do café da manhã oferecido pela Itajaí Transportes A mesa com o café da manhã oferecido aos convidados pela Itajaí Transportes

Convidados fazem foto do veículo biarticulado do City Tour na garagem da Itajaí TransportesO motorista do veículo biarticulado que fez o City Tour posa ao lado do carro, ao final

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FOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

ESPECIAL 7º INTERBUSS CITY TOUR

Dentro do ônibus do Tour, da esquerda para a direita: o pai do colecionador NicolasGordiano, Maicon Igor Barbosa, Sérgio Carvalho, Rony Carlos e Giovani Alencar

Dentro do ônibus do Tour, da esquerda para a direita: Wagner Franco, Cicero Junior, Fábio Tanniguchi, Jorge Neto, José Euvilásio, Giovani Alencar e Felipe Abilac

A mesa com o café da manhã oferecido aos convidados pela Itajaí TransportesDentro do ônibus do Tour, da esquerda para a direita: Fábio Tanniguchi, Thiago Barros, Guilherme Rafael, Carlos Eduardo, Márcio Rodriges e Weslley

Convidados fazem foto do veículo biarticulado do City Tour na garagem da Itajaí Transportes Convidados no Corredor da Av. João Jorge durante primeira parada para fotos

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GRANDESEMBATESINTERBUSSM E R C E D E S - B E N Z

Chassi OF-1721: o multi-usoda Mercedes, presenteem todo o país

Por Victor Hugo Guedes Pereira Maringá/PR

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GRANDESEMBATESINTERBUSS DEBATES INTELIGENTES SOBRE CHASSIS DE ÔNIBUS

M E R C E D E S - B E N Z

Chassi OF-1721: o multi-usoda Mercedes, presenteem todo o país

Evolução do OF-1620, o OF-1721 está ainda presente em várias empresas do país

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O OF-1721 foi lançado em 1998 pela Mercedes-Benz, em sub-stituição ao OF-1620, e foi o último modelo de chassi dela a ser fabrica-do com motor mecânico. Esse mo-tor também equipou o caminhão L-1620, grande sucesso de vendas da montadora. Era destinado para utilização em ônibus de categoria urbana, mas também poderia ser empregado em linhas intermunici-pais ou rodoviárias de curta distân-

cia. Possui o motor OM-366 LA de 211cv a 2600rpm, com cilindrada total de 5958cm³, 6 cilindros ver-ticais em linhas, com turbocooler, torque de 67mkgf a 1400, caixa de câmbio ZF S5 680, de 5 marchas. Os eixos eram fabricados pela própria MB, sendo sua suspensão composta por feixes de molas semi-elípticas, com amortecedores de dupla ação. O chassi tambem vinha com direção

hidráulica, modelo ZF 8097. Nele eram empregados pneus 275/80 22,5 (radias sem câmara). O chassi era construído a partir de longarinas em perfil U e travessas de fixação, garantindo ao produto grande robustez, grande resistência à torção e à flexão, bem como falicidade de encarroçamento, devido possuir dimensões adequa-das à sua capacidade de carga, com duas opções de entreeixos (5,25m e

GRANDESEMBATESINTERBUSSM E R C E D E S - B E N Z

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5,95m), fazendo que fosse dispensa-do qualquer tipo de retrabalho nas longarinas do chassi no momento em que ele fosse para encarroça-mento. O OF-1721 foi um grande sucesso de vendas no período em que foi fabricado, entre 1998 e 2004, pois proporcionava bom des-empenho, aliado ao baixo consumo de combustível e a menor necessi-dade de manutenção, que acarreta-

vam em uma rentabilidade maior. Outra qualidade do modelo era seu trem de força, que juntamente com o sistema de freios, garantia maior segurança e ecomônia. O chassi é ainda utilizado em larga escala por muitas empresas, seja no seg-mento urbano, metropolitano ou rodoviário. Em 2004, o chassi recebeu o prêmio Lotus como “chassi urbano do ano”, devido a marca de 2.791

unidades comercializadas no ano de 2003, fechando esse ano com a marca de 64,7% de participação no segmento de chassis para ônibus urbanos. Ainda em 2004, OF-1721 foi substituído pelo OF-1722 M, que vem sendo fabricado atualmente, e a partir de 2012, com o Euro 5, voltará a se chamar OF-1721, mas dessa vez com o motor OM-924 LA, eletrônico, e já adaptado para o recebimento de ARLA32.

GRANDESEMBATESINTERBUSS OF-1721

M E R C E D E S - B E N Z

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GRANDESEMBATESINTERBUSSS C A N I A

Chasi K270 – Força, Agilidade e preocupação com o futuro

Tido como intermediárioentre convencionais e articulados, oK270 ganhou versão 4x2 e ganhou as ruas do Brasil

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O-371GRANDESEMBATESINTERBUSS DEBATES INTELIGENTES SOBRE CHASSIS DE ÔNIBUS

S C A N I A

Por Tiago de GrandeSão Paulo/SP

Tido como intermediárioentre convencionais e articulados, oK270 ganhou versão 4x2 e ganhou as ruas do Brasil

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GRANDESEMBATESINTERBUSSS C A N I A

Os chassis da Scania são con-hecidos mundialmente por sua força, robustez e alta potência, aliada ao alto torque, economia de componentes e também de combustível, também pela sua sofisticação e por inovações que a marca introduz ao mercado em cada lançamento, e não foi diferente com o lançamento do inovador L94, o pontapé inicial para o K270 utilizado nos dias de hoje. Em 1998 chega ao mercado a Série 4 da Scania, e nos produtos para o mercado de urbanos, destacou-se o L94, um sucessor do L113 com mo-tor de 9 litros e uma grande inovação, um chassi 6x2 que podia receber car-rocerias com até 15 metros de com-primento, este que só poderia ser comercializado devido a recém espe-

cificação legalizada pelo CONTRAN, onde estipulava que um veículo deste porte poderia operar somente se o próprio tivesse dois eixos direcionais, o que tornaria o veículo mais versátil e ágil, mesmo com seu tamanho. Nas-cia então o L94UB6x2*4NB260 (piso normal) e o L94UB6x2*4LB260 (piso baixo), que nesta primeira fase rece-beram o motor DSC9 (Euro II) de 9 li-tros, com 6 cilindros em linha, torque máximo de 1180nm e potência de 260hp até o ano de 2005, onde en-trou em vigor a Norma Euro III, que forçou a descontinuidade da fabrica-ção das Séries F e L e a mudanças de motores e nomenclatura dos chassi. O L94UB6x2*4 acabou se tornando o K270, que contara agora com o motor DC9 (Euro III), com novo posiciona-

mento, torque máximo de 1.250nm e potência aumentada para 270hp, além de contar com todas as novidades que o seu antecessor L94 trazia. Até hoje o chassi se mantém no portfólio da fab-ricante devido ao seu número signifi-cativo de vendas, o que é um trunfo para a fabricante Sueca, visto que não existe nacionalmente um chassi concorrente com as mesmas carac-terísticas, o que faz com que o K270 seja uma ótima alternativa com rela-ção aos ônibus articulados no quesito custo/benefício além de poder operar em BRT’s - “Bus Rapid Transit” devido a sua capacidade grande passageiros, se comparado aos demais veículos Convencionais equipados com motor-ização traseira oferecidos pelos con-correntes.

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GRANDESEMBATESINTERBUSS K270

S C A N I A

Desde 2010, o sistema de no-menclatura por números deixou de ser utilizado pela montadora, sendo assim os chassis fabricados a partir desse ano serão classificados apenas como Série K (motor traseiro) F (motor dianteiro).

A aceitação no Mercado Quando do lançamento tanto do L94, como do K270, a Scania dis-ponibilizou carros de teste, que roda-ram por muitas empresas, e após esses testes podemos dizer que as portas dessas mesmas empresas foram aber-tas para a entrada dos produtos. Empresas que adquiriram K270 após testes com o L94 e o K270: Viação Santa Brígida – Possuí cerca de 70 carros e ainda mantêm em sua frota dois protótipos: O Marcopolo

Viale, prefixo 1 1479 e o Apache Vip prefixo 1 1480. Himalaia Transportes - Foi por muito tempo a maior frotista Scania na cidade de São Paulo, e todos os seus chassis Scania são K270, tanto na configuração de Piso Baixo e Piso Nor-mal, adquiridos após testes. Viação Gato Preto - Após testar o protótipo movido a Etanol, adquir-iu unidades porém, movidos a diesel para operar a linha 8700/10. Metra - Também mantém em sua frota os protótipos usados para testes, o Marcopolo Viale prefixo 5101 e o Urbanuss Pluss prefixo 5001 (o mesmo carro que passou por testes na Himalaia), e depois desses testes ad-quiriu 3 lotes do Scania K270 (25 car-ros em 2008, 15 carros em 2009 e mais

15 carros em 2011 todos na versão piso baixo).Além dessas empresas, várias out-ras possuem o chassi em suas frotas, podemos citar: Consórcio SBC Trans (K270 Piso Baixo), Gatusa (L94UB Piso Baixo), Viação Campo Largo (Piso Nor-mal), Transppass (K270 Piso Baixo/ Piso Normal), Expresso Maringá (K270 Piso Baixo) e Sorocaba Transportes Ur-banos (K270 Piso Normal).

A aplicação e ocomportamento do chassi Como morador da cidade de São Paulo e admirador dos produtos da marca, observo com freqüência o comportamento dos exemplares que temos na cidade e concluo que:O chassi Scania K270 é destinado para

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GRANDESEMBATESINTERBUSSS C A N I A

linhas com alta demanda, porém para operar em trechos mais difíceis, aonde a utilização de um veículo articulado é vetada. O terceiro eixo direcional e o ângulo máximo de giro de 52º per-mitem manobras e curvas em trechos estreitos, aonde um articulado não caberia, e seu desempenho é muito bom, mesmo com grande lotação, e os veículos costumam ter bom desem-penho tanto em linhas com trechos mais retos, e muitas vezes que usam trecho de rodovia, como no caso das linhas da Viação Santa Brígida, e linhas com grande demanda de passageiros, entrando em bairros com muitas para-das e condições de transito difíceis, como no caso das linhas da Transp-pass e da Himalaia Transportes, e o seu desempenho também pode ser bem analisado andando nos carros da Me-tra, pelo corredor ABD, são linhas de altíssima demanda, mas que utilizam apenas corredores exclusivos, e as condições de tráfego são favoráveis. Mas com certeza, o pior teste ao qual o chassi é submetido, são as linhas do bairro Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital paulista, as linhas que atendem o bairro são altamente demandadas, e trafegam por praticamente todos os tipos de vias, ruas estreitas, centros comerci-ais de bairro, grandes avenidas com muito fluxo, trechos sem nenhum fluxo, paradas de ônibus bem próxi-mas umas das outras, semáforos e muito fluxo de passageiros, e ambas as versões (piso normal e piso baixo) se comportam muito bem, provando ser um chassi eficiente para todo o tipo de aplicação urbana, oferecendo o conforto e a versão piso baixo com todos os itens compatíveis com a lei da acessibilidade universal.

K270 movido a Etanol,a Scania de olho no futuro De olho no futuro, se ade-quando as novas leis de baixa emissão de poluentes e com a preocupação de fazer um mundo mais limpo, a Sca-nia lançou no ano de 2011, após uma longa bateria de testes, o Novo K270, com motor compatível com a Norma Euro V e movido a Etanol, as primeiras unidades foram adquiridas na versão 4x2, pela Viação Metropolitana, de São Paulo, e já estão rodando pelas ruas da cidade.

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GRANDESEMBATESINTERBUSS K270

S C A N I A

Etanol – o combustível alternativo ideal para o transporte publico A busca de combustíveis alter-nativos viáveis é essencial no esforço global de melhoria do meio ambiente. Emissões, políticas e taxação podem variar entre regiões. Porém, as neces-sidades básicas de uma alternativa sustentável permanecem as mesmas: o combustível precisa estar disponív-el, deve ser limpo e economicamente viável. Apenas o Etanol cumpre de for-ma clara todos os aspectos. Com cen-tenas de veículos em operação regular desde 1989, a Scania é a fornecedora líder mundial de ônibus movidos a Etanol. O Etanol opera com baixas emissões de CO2, contribuindo para a diminuição do efeito estufa. O Etanol é o combustível renovável mais usado e aceito mundi-almente, proporciona disponibilidade,

baixas emissões e economia com uso de tecnologia existente. O Etanol não é apenas o biocombustível com maior possibilidade de atender a cres-cente demanda, ele oferece também grandes níveis de sustentabilidade devido a capacidade de absorção de carbono das matérias-primas de fon-tes vegetais. O grande interesse internacio-nal em relação ao Etanol está se esp-alhando, Estocolmo na Suécia utiliza ônibus movidos a Etanol em grande escala por mais de uma década e no-vas frotas estão em testes em grandes cidades européias. Na frente legisla-tiva, a União Européia já estabeleceu a diretiva de uso mandatório de 10% de biocombustíveis na matriz, restando definir apenas de que maneira cada país vai atingir a meta.

No Brasil

A Prefeitura de São Paulo em parceria com a Scania passam a ofe-recer uma alternativa real de um mo-delo de transporte mais sustentável e que pode garantir um futuro mais saudável e muito menos poluente a população. Os novos Scania K270 4x2 que operam na Viação Metropolitana, pos-suem motor de 9 litros, 270 cavalos de potência, e são abastecidos com Eta-nol adicionado a 5% de aditivo pro-movedor de ignição. Esse combustível renovável é capaz de reduzir a emissão de CO2 em até 90%. Os novos motores Sca-nia movidos a Etanol, já atendem as exigências da legislação brasileira de emissão de gases poluentes e o Cona-ma P7, que entrará em vigor no País em 2012, além da nova norma EEV (Enhanced Environmentallu Friendly Vehicles) da União Européia.

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GRANDESEMBATESINTERBUSSV O L V O

Volvo B12M - Alta tecnologiaaliada à modernidade do BRT

Capaz de transportar grande volume de pessoas, o B12Mfaz sistemas de BRT serem cada vez mais eficientes com suas versões articuladas e biarticuladas

Por Matheus NovackiCuritiba/PR

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GRANDESEMBATESINTERBUSS DEBATES INTELIGENTES SOBRE CHASSIS DE ÔNIBUS

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GRANDESEMBATESINTERBUSSV O L V O

Fazendo um breve histórico so-bre os chassis articulados e biarticulado da Volvo, passamos por várias e saudo-sas gerações. Começamos em 1989 com o lan-çamento do Volvo B58 articulado, de 275 cv. Em 1992 foi lançado o B58 biarticu-lado para uso em sistemas BRT (Bus Rap-id Transit) com 285 cv. Em 1993 a linha ECO entrou em circulação, eram motores mais novos, porém, menos potentes. Em 1994 foi a vez dos B10M ar-

ticulados, também da linha ECO com 245 cv. Em 1998 a linha B58 e B58 ECO foram descontinuadas, dando seu lugar à linha B10M EDC, 285 e 340 cv para articulados e biarticulados respectivamente. Até 2003, eram comercializados os B10M EDC, com motores mecânicos. Muitos dos chassis que a Volvo montava foram testados nas ruas de Curitiba, cidade que idealizou o sistema BRT que conhecemos atualmente e que sempre esteve um passo a frente das

outras capitais brasileiras em questão de transporte coletivo. No inicio da década, a Volvo dava grande atenção a sua linha de camin-hões pesados (FH) e por isso perdeu uma expressiva participação na comercializa-ção de ônibus. Quem aproveitou esse deslize, foi a Volkswagen que teve um grande crescimento neste ramo, exata-mente nesta época. Entre 1998 e início de 2003, a linha de ônibus urbano da Volvo contava

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GRANDESEMBATESINTERBUSS B12M

V O L V O

com pouca diversidade, eram disponibi-lizados B7R 230/285cv e B10M EDC 245/285/340cv. Já a partir da metade de 2003, a empresa começou a tentar reaver o mer-cado perdido, lançando seu novo chassi rodoviário com motor eletrônico, o B12R; e em 2004 lançou um novo chassi de aplicação urbana, articulado e biarticu-lado, o B12M. é sobre esse chassi que va-mos comentar em seguida. Em 2004 como já dissemos, a

Volvo além tentar entrar novamente no mercado de ônibus rodoviários tam-bém queria retomar o espaço perdido no setor urbano. Para que isso aconte-cesse era necessário fazer um produto diferenciado daqueles que seus concor-rentes disponibilizavam. Mas além disso, precisariam manter a confiança, durabi-lidade, segurança e força que os B10M EDC dispunham. A partir desta perspec-tiva, nascia o B12M TX 340 nas versões articulado e biarticulado.

Com motor DH12D340 posicio-nado horizontalmente no entre-eixos, 340 cv de potência e 1.700 Nm (173 Kgfm) de torque, a Volvo apresentou um dos chassis mais fortes disponíveis para o transporte urbano, que se tornaria um dos mais vendidos, em se tratando de ar-ticulado ou biarticulado. De fato, toda a tecnologia que poderia ser aplicada no B12M, foi. Dos freios ABS até computador de bordo. Es-tava no mercado um veiculo robusto e

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GRANDESEMBATESINTERBUSSV O L V O

equipado com a melhor tecnologia. Essa tecnologia aplicada em 2004 foi ampliada em 2006 quando houveram algumas reformulações nos chassis urbanos e rodoviários, como atualização do painel de instrumentos e computador de bordo, tornando o vei-culo ainda mais atraente. A estabilidade que o chassi tem é impressionante, o mesmo se pode dizer quanto à força de frenagem. Nas palavras de um motorista amigo meu: “...você pode estar a 60km/h e pisar forte no freio, o ônibus vai parar rapidamente e não terá passageiro caindo no chão...”. E isso acontece por causa de um sistema de freios a disco em todos os eixos aliado ao EBS5 – Eletronic Brake System e sus-pensão inteiramente pneumática con-trolada por sensores de nível, que esse e outros motoristas só conseguem falar bem do B12M. Agora, detalhemos um pouco a configuração do Eletronic Brake System – EBS5. Esse recurso é composto por vários sistemas de segurança conjuga-dos, projetados principalmente para diminuir risco de acidente, seja com o veiculo, seja com seus passageiros. As Principais características do EBS5 são:• ABS (Anti-lock Braking System – con-trole contra deslizamento)

• ASR (Acceleration Slip Regulation – controle de tração)• Sensor de desgaste das pastilhas• Sistema Door Brake (freio de portas)• Frenagem combinada inteligente (re-tarder + freio de serviço simultanea-

mente) A junção de todos esses com-ponentes de segurança impedirá que o motorista perca o controle do ônibus em uma situação de emergência, exceto o Sistema Door Brake, que serve para

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GRANDESEMBATESINTERBUSS B12M

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“travar” o ônibus quando as portas esti-verem abertas. Em 2011, a Volvo trocou as no-menclaturas de seus produtos, assim, o B12M passou a ser chamado Volvo B340M. Ou seja, a linha passou a ser nomeada pela litragem do motor e não mais pela potência. O resultado desse desenvolvim-ento tecnológico foi o alcance da perfei-ta competitividade entre os concorren-tes no mercado. Para demonstrar esse sucesso, a seguir, apresentamos uma tabela comparativa entre o B12M e seus principais concorrentes no mercado de ônibus articulados, o Mercedes-Benz O500MA e Scania K310. Finalizo esse texto, agradecendo ao amigo Mateus Barbosa pela colabora-ção e paciência que teve comigo, e para-benizo o Luciano Roncolato pelo sucesso que é a Revista Interbuss, e também pela idealização dos embates.

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Pós venda e prevenção, os segredospara um serviço de transportes sem sustos

Ainda hoje não é raro o passageiro, na corrida rotina das cidades, estar com pressa, o trânsito complicado e o ônibus, mesmo novo, repentinamente quebrar atrapalhando a vida de quem depende de transporte público e de quem está no carro e enfrenta um congestionamento ai-nda maior por conta de o ônibus ficar parado no local. Pelas condições de operação que mui-tas linhas apresentam, é impossível esperar que os ônibus nunca apresentem problemas e quebrem. Por isso, as companhias são obrigadas a ter equi-pes de socorro que resolvam os problemas na hora ou reboquem o ônibus. No entanto, muitas destas quebras no meio da rua e transtornos aos passage-iros podem ser evitados pela manutenção preven-tiva. Muitas empresas estão cientes disso e começam a investir ainda mais nesta área. Além dos investimentos na capacitação da própria equi-pe e aperfeiçoamento dos métodos de trabalho, o setor registra mais um avanço: o trabalho de pós venda das concessionárias e o maior relaciona-mento entre autorizadas e operadoras. O BLOG PONTO DE ÔNIBUS falou com os dois lados, uma transportadora de pas-sageiros e uma revendedora e autorizada: Leblon Transportes e Auto Sueco, concessionária da Vol-vo. O diretor da Auto Sueco confirma este relacio-namento maior entre empresas que atendem aos passageiros e as representantes das montadoras. Mário Oliveira disse que o pós venda e a manutenção preventiva são a alma do negócio de qualquer companhia. O Grupo Auto Sueco registrou aumento significativo nos serviços de pós venda: o crescimento em 2011 foi de 26% em relação a 2010, segundo a concessionária. De-staque para as vendas de peças que subiram 22% e para o de prestação de serviços, que teve alta de 46%, o que indica não apenas um número maior de ônibus e caminhões atendidos como também a preocupação do frotista em relação a manutenção correta dos veículos. Tanto é que, segundo a Auto Sueco, metade da quantidade dos caminhões vendidos pela concessionária já contempla um plano de ma-nutenção oferecido pela autorizada. “O número vem crescendo gradativamente: em 2009 tínham-os 846 planos em atividade e este ano já são 1.859, sendo que 573 contratos foram feitos no terceiro trimestre de 2011”, explica Mário Oliveira. Na outra ponta, a do operador, a ma-nutenção preventiva é encarada também como a principal ação para evitar problemas de que-bras no meio do caminho, oferecer qualidade no atendimento ao passageiro, segurança evitando inclusive acidentes e também de respeito do meio ambiente. Motores regulados, filtros trocados e

peças bem conservadas evitam a emissão exces-siva de poluentes não só no ar, mas também no solo, exigindo menos substituições por problemas e impedindo vazamento de fluidos prejudiciais ao meio ambiente. “A manutenção preventiva numa em-presa de ônibus é a continuidade do trabalho do fabricante e do recomendado por ele. Mas as em-presas devem ter iniciativas e as revisões variam de acordo com o tipo de operação, linhas e áreas atendidas” – explicou Waldemir Padilha, coorde-nador de manutenção da Leblon Transportes. Ele conta que além de seguir o recomen-dado pelo fabricante, as empresas devem analisar sua condição de operação. Waldemir explica que, basicamente há três classes que determinam de quanto em quanto tempo e em qual quilometra-gem devem ser feitas as manutenções:- GRUPO 1: Condições boas- GRUPO 2: Condições mais severas- GRUPO 3: Condições extremas. “O plano de manutenção preventiva leva esses fatores em consideração. E dependendo do lugar a ser atendido, é um plano diferente para o mesmo modelo” – conta. Ele faz um comparativo entre os mesmo modelos que circulam na unidade da Leblon em Mauá e na unidade de Fazenda Rio Grande – Curitiba. “A manutenção preventiva geral do Volkswagen 17-230 EOD de Mauá é feita a cada 6 mil quilômetros. No Paraná, a cada 7 mil quilô-metros. Em Mauá há linhas com percurso muito íngreme e uma qualidade de viário problemática em alguns trechos. Em Curitiba a situação já é mais tranqüila. Já com o Volvo B 12 M ocorre exatamente o oposto: em Curitiba a manutenção deve ser feita em um prazo menor, isso porque os articulados B 12 M entre Curitiba e Fazenda Rio Grande fazem linhas de 40 quilômetros e em al-guns trechos a velocidade pode chegar a 70 quilô-metros por hora. Já em Mauá, as linhas de articula-dos Volvo B 12 M são retas, sem tantos desníveis e aclives, a velocidade é em torno de 40 km/h e as viagens são de 4 quilômetros de extensão cada. Assim, o B 12 M no Paraná, recebe manutenção preventiva completa a cada 5 mil quilômetros e em Mauá, a cada 7 mil quilômetros – conta. Waldemir também explicou que a quilo-metragem e o tempo de revisão variam de acordo com cada modelo, dentro de suas condições op-eracionais. No caso de Mauá, ele cita os exemplos.- 9 – 150 : micro-ônibus Volkswagen, revisão a cada 4 mil quilômetros, pelo tipo do veículo e tam-bém pelas linhas que atende serem mais severas- 15-190: midi ônibus (entre o micro e o conven-cional) Volkswagen: 5 mil quilômetros, também pelas linhas mais severas- 17-230: ônibus convencional Volkswagen: 6 mil

quilômetros pro conta do viários com problemas.- B 12 M: ônibus articulado Volvo: 7 mil quilô-metros. As linhas são melhores e o veículo é con-siderado mais forte, embora requer cuidados por boa parte dele ser eletrônica e computadorizada. Waldemir alerta que o fato der a em-presa escolher seus prazos de manutenção preven-tivas não anula os determinados pelos fabricantes, como trocas de óleo.

QUAIS AS PEÇAS? Waldemir Padilha, coordenador de ma-nutenção da Leblon de Mauá, explica que todos os elementos do ônibus são revisados no trabalho preventivo, mas ganha, destaque as seguintes ações:- trocas de filtros de ar, óleo e combustível, que além de oferecerem mais confiabilidade quanto a evitar quebras e outros problemas, se forem feitas dentro do prazo correto evitam poluição a mais no ambiente.- verificação dos cubos de roda, que interferem di-retamente na segurança dos passageiros, motoris-tas e cobradores e de toda a comunidade atendida pela empresa.- troca de óleo e fluidos e que evitam sobrecarga nas peças, riscos de quebras e falhas de operação e ajudam na melhoria dos níveis de emissão.- verificação do compressor de ar.Waldemir alerta também para a necessidade de a empresa de ônibus não só fazer a manutenção, mas ter um controle rígido de manutenção tam-bém, ser organizada. “O aumento da vida útil de uma peça é garantia de menores custos para a empresa, al-guns custos podem ser reduzidos em 100% pois há peças que se forem bem mantidas, vão durar vida toda do ônibus, de segurança para o passage-iro, evitando os acidentes, e de ganhos ambientais: além de os veículos poluírem menos, com uma peça durando mais, logo haverá menos descarte de peças inservíveis no meio ambiente” – explica o especialista. Os critérios de manutenção não são ap-enas por quilometragem rodada, mas por tempo também. “Um filtro de óleo para direção hidráu-lica é trocado a cada 350 dias, se não houver prob-lemas. Já a calibragem do pneu, também se não houver nada no meio do caminho, deve ser verifi-cada com atenção a cada 20 dias” – conta Nos dias de hoje, a sociedade tem pres-sa, tem consciência de que paga pelo serviço de transportes e tem direitos. Além do mais, nada pode substituir vidas humanas. Portanto, a manutenção preventiva é feita sim para o veículo, mas deve ter foco nas pes-soas. E muitas empresas adotam essa postura, mas nem todas ainda são assim.

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