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Como interpretar
o Hemograma?
Natasha Slhessarenko
Hemograma Exame que avalia a semiologia do sangue;
Reflexo, no sangue periférico, do que ocorre a nível central (MO);
Avalia os elementos celulares do sangue:
- Quantitativamente;
- Qualitativamente;
Os elementos celulares do sangue analisados:
Hemáceas – Série Vermelha (Eritrograma);
Leucócitos – Série Branca (Leucograma);
Plaquetas – Série Plaquetária (Plaquetograma);
Fase Pré-analítica
Tubo de coleta
ROTINA DA COLETA
Anticoagulante: EDTA; Citrato; Heparina
Volume anticoagulante
X
Volume da amostra
Fase Pré-analítica – Volume da amostra
Volume máximo de sangue que pode ser retirado de uma criança até 18Kg /dia:
Peso (Kg) Máximo/amostra (mL)
2,7 a 3,6 2,5
3,6 a 4,5 3,5
4,5 a 6,8 5,0
7,3 a 9,1 10,0
9,5 a 11,4 10,0
11,8 a 13,6 10,0
14,1 a 15,9 10,0
16,4 a 18,2 10,0
VALORES DE REFERÊNCIA EM PEDIATRIA
Volume total de sangue por kilograma de peso: Recém nascidos Pré-termo (RNPT) – 89 a 105 mL/Kg;
Recém nascidos a termo (RNT) – 82 a 86 mL/Kg;
Lactentes e pré-escolares – 73 a 82 mL/Kg. Approximations of Total Blood Volume. HENRY, JB. In: Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods, 20th ed.
Um recém nascido prematuro de 1000g:
Tem 80 mL de sangue;
45 mL é plasma;
1 colher de chá tem 4,5 mL;
Na primeira semana de vida
Coletam-se 5 a 12 amostras/dia;
Transfusão
Se > 10% (8mL) for coletado em 2 a 3 dias;
Crianças não são adultos em miniatura!
Fase Pré-analítica – Sítios de punção
Fase Pré-analítica
Jejum recomendado:
Crianças menores de 1(um) ano: 3 horas ou antes da próxima mamada;
Crianças de 1 a 5 anos: 3 horas;
Adultos ou demais idades: 3 horas;
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
Cuidados pré-analíticos:
Pode ser coletado em qualquer período do dia, não sendo obrigatório jejum;
A contagem basal de leucócitos é variável, sendo mais fiel no final da
manhã;
Stress, atividade física, refeições lautas, obesidade, fumo e café levam a
leucocitose;
Pode ser coletado de veias, artérias ou do sangue capilar;
HEMOGRAMA
Leucócitos
Hemácias
Plaquetas
Microscopia
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
Como é realizado?
Duas análises distintas:
Contagem dos parâmetros: realizado de forma manual (Câmara de
Newbauer) ou automatizada (foto-óptico ou impedânciometria);
Hematoscopia: verificar no microscópio a morfologia das hemácias, a
contagem diferencial dos leucócitos e avaliação das plaquetas;
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
Quais os parâmetros analisados?
Série Vermelha - Eritrograma:
Número de hemácias;
Hemoglobina;
Hematócrito;
Índices Hematimétricos: VCM; HCM; CHCM; RDW;
Série Branca- Leucograma:
Número total de leucócitos;
Diferencial dos leucócitos (número absoluto)
(segmentados; eosinófilos; basófilos; linfócitos e monócitos);
Série Plaquetária- Plaquetograma:
Número de plaquetas;
ERITROGRAMA
Avaliação quantitativa:
* Contagem de eritrócitos;
* Dosagem da hemoglobina;
* Cálculo do hematócrito;
* Índices hematimétricos: VCM;
HCM;
CHCM;
RDW;
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
ERITROGRAMA:
Número de Hemácias:
São contadas após diluição e expressas em células/mm3;
É um parâmetro de valor muito limitado na clínica;
As hemácias são contadas por pulso (impedância) ou por
dispersão da luz (elétro-ópticos) – Coeficiente de variação <2%;
A partir da sua contagem constróem-se os histogramas;
Seu valor depende da idade, sendo maior no recém nascido;
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
Histograma de Células Vermelhas - RBC
Volume (tamanho)
Co
ncen
traçã
o
RDW-SD : Indice de anisocitose -SD
RDW-CV : Indice de anisocitose -CV
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
ERITROGRAMA:
Número de Hemácias – Histograma
Representação gráfica do tamanho e quantidade das hemácias.
O eixo x apresenta o tamanho natural das hemácias e o eixo y a sua freqüência;
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
F R E Q Ü E N C I A
TAMANHO NATURAL DAS HEMÁCEAS
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
SÉRIE VERMELHA OU ERITROGRAMA
Hemoglobina:
É o parâmetro de maior valor na clínica, pois define anemia;
Quando totalmente saturada, cada grama de Hb retém 1,34 mL de O2;
São contadas após hemólise e expressas em g/dL;
Feita por espectofotometria após conversão da hemoglobina em
cianometemoglobina: após serem contadas, as hemácias são lisadas e
diluídas em uma solução de ferricianeto e cianeto de potássio, formando a
cianometemoglobina que é determinado no espectofotômetro com
comprimento de onda de 540 nm;
Seu valor depende da idade e do sexo;
Causas de erro: lipemia;
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
Valores de referência Idade Valor de referência
(g/dL)
Recém-nascido 14,7 a 18,6
15 a 30 dias 10,6 a 15,4
1 a 2 meses 8,9 a 11,9
3 a 6 meses 9,7 a 12,2
7 meses a 2 anos 10,3 a 12,4
3 a 6 anos 10,5 a 12,7
6 a 12 anos 11,0 a 13,3
13 a 18 anos 11,5 a 14,8
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
SÉRIE VERMELHA OU ERITROGRAMA:
Hematócrito:
É a razão entre a massa de eritrócitos em relação ao sangue total;
É expresso em porcentagem;
O aparelho calcula através: VCM x contagem de eritrócitos;
É um parâmetro de menor valor atualmente, pois anemia é definida pela
hemoglobina;
Relação com Hematócrito com a Hemoglobina: 3:1;
Os valores de referência dependem da idade e do sexo;
HEMATÓCRITO
.
Relação entre Número de Hemáceas, Hemoglobina, Hematócrito e Volemia
• Aumento volemia (hemodiluição) → falsa anemia: gestantes; ICC;
IRC; infusão excessiva de líquidos;
• Diminuição da volemia (hemoconcentração) → falsa poliglobulia:
uso de diuréticos; queimaduras; sudorese excessiva; diarréia;
dengue; sepse;
• Diminuição harmônica de plasma e componente eritróide –
inalterado - hemorragias recentes;
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
SÉRIE VERMELHA OU ERITROGRAMA:
Índices Hematimétricos:
VCM (Volume Corpuscular Médio);
HCM (Hemoglobina Corpuscular Média);
CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média);
RDW (Amplitude de distribuição do tamanho das hemáceas);
Objetivo: Classificam as anemias
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
SÉRIE VERMELHA OU ERITROGRAMA:
Índices Hematimétricos:
VCM (Volume corpuscular médio):
- Volume (tamanho) médio das hemácias;
- Classifica as anemias em micro; normo e macrocíticas;
- Cada pulso gerado pela passagem de uma hemácia, desenha o
histograma das hemácias, sendo o VCM, o ponto médio do
histograma;
- Fiel para avaliação do tamanho das hemácias;
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
Histograma de Células Vermelhas - RBC
Volume (tamanho)
Co
ncen
traçã
o
RDW-SD : Indice de anisocitose -SD
RDW-CV : Indice de anisocitose -CV
VCM
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA DO HEMOGRAMA
VCM
• Anemias microcíticas – • Anemia ferropênica;
• Talassemia;
• Policitemia vera;
• Hemoglobinopatias;
• Anemias normocíticas – • Anemia de doença crônica;
• Deficiência combinada de vit.B12 e ac.fólico com def. ferro;
• IRC;
• SMD;
• Anemias macrocíticas - • Alcoolismo;
• Uso de fármacos como: AZT, anticonvulsivantes (carbamazepina, ácido válpróico, fenitoína), quimioterápicos ;
• Hepatopatias;
• Esplenectomia;
• Hiper-regeneração eritróide;
• Anemias megaloblásticas(def. vit B12 e /ou ac. Fólico);
• Anemia aplástica; SMD;
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA DO HEMOGRAMA
SÉRIE VERMELHA OU ERITROGRAMA:
Índices Hematimétricos:
RDW (Amplitude de variação do tamanho das hemácias):
Avalia a variação do tamanho das hemácias;
É medida pelo aparelho e é expresso em %;
Mede a anisocitose (mede a heterogeneidade das hemáceas);
Grande valor clínico, pois é primeiro parâmetro a se alterar na
anemia ferropriva;
Alto VPP se alto, baixo VPP se normal;
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
Histograma de Células Vermelhas - RBC
Volume (tamanho)
Co
ncen
traçã
o
RDW-SD : Indice de anisocitose -SD
RDW-CV : Indice de anisocitose -CV
RDW
Índices Hematimétricos
• HCM – conteúdo médio de hemoglobina por eritrócito;
HCM = Hb x 10 ÷ Número de Hemáceas (pg/dl);
Valores normais – 24-33;
• CHCM - percentagem de hemoglobina em 100 ml de hemáceas;
CHCM= Hb /Ht x 100;
Valores normais 31-36%;
Classificam as anemias quanto à concentração de hemoglobina
• Hipocrômica;
• Normocrômica;
Na hematoscopia...
Macrocitose Normocitose Microcitose
Hipocromia Normocromia
RETICULÓCITOS
.
• É a hemácea jovem após a perda do núcleo;
• Célula rica em RNA ribossômico;
• RNA atribui aos eritrócitos coloração acinzentada ou arroxeada
configurando policromatofilia;
Esferócitos
Esferocitose hereditária e anemias hemolíticas
Decorrente de defeitos genéticos que afetam as membranas do
citoesqueleto.
Anemias microcíticas e megaloblásticas e nas síndromes mieloproliferativas
Eliptócitos
Estomatócitos
. RN, Estomatositose hereditária, doenças hepáticas, uso de asparginase
Drepanócitos
.
Equinócitos
.
Artefatos; uremia; hipotireoidismo e no uso de heparina
intravenosa
Acantócitos
Espículas e dimensões irregulares.
São comuns em hepatopatias, pós esplenectomia.
Hemáceas em Alvo
. Hemoglobinopatias C e S; na ß-talassemia; asplenia; icterícias obstrutivas.
Dacriócitos
Mielofibrose e anemia
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
SÉRIE BRANCA OU LEUCOGRAMA:
Número de Leucócitos e diferencial:
São contados após hemólise das hemácias em uma solução onde
permanecem apenas os leucócitos;
Resultado é em: células/mm3;
Quanto a diferencial, a contagem é feita com base no tamanho da célula,
presença de grânulos e complexidade nuclear (Citometria de fluxo);
A partir da sua contagem constroem-se os histogramas;
Seu valor depende da idade, sendo maior no recém nascido;
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
Granulócitos
Monócitos
Linfócitos
Eosinófilos
Plaquetas e
fragmentos
celulares
Vo
lum
e (
tam
an
ho
)
Complexidade
Scatter
Bastonete
Meta
Promielo
Mielo
Blasto
Estrutura interna
Info
rmação
RN
A/D
NA
Posição das células anormais no dispersograma
Leucograma
• Ao contrário da contagem de leucócitos, muito variável na
população, a proporção entre os tipos de leucócitos varia pouco
de pessoa a pessoa;
• Cada pessoa tem uma contagem própria de leucócitos, mas
todas têm, mais ou menos, a mesma distribuição, com amplo
predomínio de neutrófilos (entre metade e 2/3 do total), alguns
eosinófilos e monócitos, e a terça parte restante de linfócitos.
Basófilos são raros, plasmócitos só ocasionalmente vistos;
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA DO HEMOGRAMA
Série branca ou Leucograma
Leucócitos: - Neutrófilos ( *);
- Eosinófilos (0 a 4%);
- Basófilos (0 a 3%);
- Linfócitos ( *);
- Monócitos (2 a 10%);
Leucograma
• Citopenias e citoses relativas nada significam se não
acompanhadas de citopenias ou citoses absolutas;
• A única exceção em que o valor percentual tem significado
interpretativo é no número de neutrófilos bastonados;
Neutrófilos
– Precursores de neutrófilos:
* pool mitótico – blastos a mielócitos - evolução em torno de 8 dias;
* pool pós-mitótico(maturativo) - mielócitos e metamielócitos;
* neutrófilos de reserva- bastonados e segmentados – com vida intra-
medular de 3-7 dias;
Esta reserva granulocítica medular contém aproximadamente 14
vezes o número de neutrófilos circulantes. Nela predominam os
neutrófilos bastonados sobre os segmentados, na proporção de
3/2.
Neutrófilos
• A distribuição dos neutrófilos na circulação é disposta na corrente
circulatória, pool circulante, e outra parte adere ao endotélio dos
vasos, pool marginal, sendo que esta última não é contada na
avaliação quantitativa leucocitária;
• Descargas adrenérgicas podem causar neutrofilia rápida e fugaz pela
mobilização do pool marginal;
Neutrófilos
NEUTROFILIAS (> 8.000/mm3)
Expressão hematológica da resposta defensiva do organismo
Causas fisiológicas – Gravidez; stress.
Infecções bacterianas e fungos.
Infecções agudas, localizadas ou generalizadas.
Acompanhamento infecções virais – complicação;
Doenças inflamatórias agudas e crônicas;
Uso de corticóides; queimaduras; Recém nascidos;
Desvio a esquerda (bastões acima de 5 a 7%);
Reação leucemóide: estafilococcias, tuberculose, difteria;
mieloblasto
▼
promielócito
▼
mielócito
▼
metamielócito
▼
bastões
▼
segmentados
Desvio à Esquerda
• É a quebra da hierarquia na liberação dos neutrófilos da reserva
granulocítica medular para o sangue;
• É a única eventualidade em que o valor percentual é o parâmetro a
ser julgado na interpretação – 5 a 7%;
Reação leucemóide
Células mielóides imaturas com o escalonamento maturativo;
Neutrofilia da gravidez;
Uso de fármacos: corticóide; filgrastima;
Neoplasias;
Infecções graves;
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
NEUTROPENIAS (< 1500/mm3/< 1000/mm3/<500mm3)
Infecções virais: dengue; EBV; CMV; hepatite viral; sarampo; rubéola;
caxumba; varicela; HSV; AIDS; VSR;
Infecções bacterianas: febre tifóide e paratifóide;
brucelose, tuberculose; sepsis BGN;
Infecções fúngicas: histoplasmose;
Infecções protozoários: malária; calazar;
Medicamentos: fenotiazinas, antitireoideos, clozapina, quimioterápicos;
Neoplasias (invasão de M.O.);
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
LINFOCITOSES
(> 8000/mm3)
Crianças/Mulheres;
Infecções virais: dengue, EBV, CMV, hepatite, sarampo,
rubéola (plasmócitos), caxumba, varicela,
HSV, AIDS, VSR.
Infecções bacterianas: coqueluche, sífilis 2a. e congênita.
Linfócitos atípicos**: EBV, CMV, toxoplasmose, hepatites virais,
rubéola, exantema súbito, sarampo, reações a drogas.
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
LINFOPENIAS
(<1000/mm3)
Relativa;
AIDS;
Tuberculose
58
Linfócito Atípico
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
EOSINOFILIAS (>500/mm3)
Infecções parasitárias: síndrome de Löeffler, toxocaríase; esquistossomose;
equinococose; toxoplasmose;
Infecções bacterianas: escarlatina; hanseníase;
Doenças alérgicas e da pele;
Radioterapia
Síndromes hipereosinofílicas;
Leucemias;
Eosinofilia discreta pode ocorrer em: colagenoses; serosites; tuberculose;
EOSINOPENIAS
(<50/mm3)
Estímulo do eixo hipófise-supra renal;
Stress;
Uso de corticóides;
Infecções bacterianas com neutrofilia, retorno dos Eo indica bom prognóstico.
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
MONOCITOSE (>1000mm3)
Endocardite subaguda;
Tuberculose; Hanseníase; Brucelose;
Sífilis;
Cças. até os 2 anos de idade;
Na regeneração medular pós quimioterapia;
Na recuperação de infecção aguda;
BASOFILIA (>3%)
Sinusite crônica, varicela;
Síndromes mieloproliferativas;
Na hematoscopia...
Granulações Tóxicas
Encurtamento do estágio intermitótico e diminuição dos prazos de maturação das células precursoras.
Os neutrófilos chegam ao sangue periférico com granulações primárias, próprias dos prómielócitos.
O tratamento com filgrastima também pode causar o
aparecimento de granulações tóxicas.
Vacuolização Citoplasmática
Exocitose de material fagocitado e do conteúdo de
conglomerados de lisossomos. São freqüentes em
infecções.
Hipersegmentação Nuclear
Defeito genético;
IRC;
Neutrofilias de longa duração;
Hematopoise megaloblástica;
SMD e SMP;
Tratamento com HU;
Queimaduras extensas;
Neutrófilos da anomalia
de Pelger-Huët
.
Síndrome de Chediak-Higashi
Grave defeito genético recessivo.
Há neutropenia e defeito funcional dos neutrófilos, pancitopenia. progressiva,
deficiência imunológica, albinismo óculo-cutâneo, alterações neurológicas e
morte prematura.
O hemograma mostra leucócitos com granulações gigantes, decorrentes da
coalescência de lisossomos, coradas em vermelho ou pardo-escuro.
Linfócitos atípicos
Plasmócitos
.
Hemograma Automatizado
Histograma de
Plaquetas - PLT
Volume (tamanho)
Co
ncen
traçã
o
PDW : Indice de anisocitose Plt
MPV : Volume plaquetário médio
P-LCR : Largura plaquetária média
COMO INTERPRETAR O HEMOGRAMA?
TROMBOCITOSES (> 400.000/mm3)
Síndrome de Kawasaki;
Reacional;
Doenças Inflamatórias;
Doenças Infecciosas ou reumatológicas;
Anemia ferropênica;
Pós operatório;
Pós esplenectomia;
TROMBOCITOPENIAS
(< 140.000 /mm3)
TORCHS;
Infecções virais: influenza, sarampo, rubéola; varicela; HIV;
Sepsis, leishmaniose;
Medicamentos;
Esplenomegalia;
Anemias hemolíticas microangiopáticas;
PTI aguda(idiopática ou não) e PTI crônica;
Gestação- pré eclampsia, HELLP, trombocitopenia
gestacional
Plaqueta Fluorescente
PLT-O * PLT-I
Plaquetograma
• Causa de erro:
Agregação plaquetária – EDTA
atraso na coleta
conservação in vitro
Satelitismo plaquetario- é mediado por um fator plasmático ( IgG ou IgM), as plaquetas aderem in vitro aos neutrófilos, envolvendo-os como uma coroa
Agregação Plaquetária
e Satelitismo
.
Plaquetas normais
.
Macroplaquetas
.
Condição hematológica definida como a queda da hemoglobina no sangue
Definição
Anemia
Anemia
Fonte: NHANES III. CDC. MMWR 1989; 38:400-4; Yip R et al. Am J Clin Nutr 1984; 39:427-36.
6m-1a 1-2 2-5a 5-8a
Hb média 12.2 12.3 12.4 12.5
- 2 DP 10.5 10.7 10.7 10.9
Ht média 35.7 35.9 36.3 37.2
- 2 DP 31.0 32.0 32.0 33.0
Segundo a OMS: Para crianças até 5 anos: Hb < 11 g/dL
Crianças 5 a 11 anos: Hb < 11,5 g/dL
Cças 12 a 14 anos e gestantes: Hb < 12 g/dL
Para homens....: Hb < 13 g/dL
Déficit funcional tecidual de ferro que resulta dos estoques
depletados e é caracterizado por mudanças no metabolismo do ferro e
índices bioquímicos relacionados ao ferro;
Deficiência de ferro pode existir com e sem anemia;
Importante a sua detecção pois quando a anemia se manifesta o
acometimento do SNC já se iniciou;
Definição
Deficiência de ferro
Anemia e deficiência de ferro
Avaliação do estado nutricional relativo ao ferro
* falha da incorporação do ferro no heme
Exame laboratorial Estoques depletados
Def. Fe sem anemia
Def. Fe com anemia
Talas-
semia
Hemoglobina normal normal ↓ ↓
Contagem de reticulócitos
normal normal ↓ normal ou ↑
RDW (red cell distribution width)
normal normal ↑ normal
VCM normal normal ↓ ↓
Ferritina ↓ ↓ ↓↓ normal
Saturação transferrina
normal ↓ ↓ normal ou ↑
Protoporfirina eritrocitária*
normal ↑ ↑↑ normal
- RDW (índice de variação do tamanho dos GV)
Deficiência de ferro
Deficiência de ferro
Avaliação do estado nutricional relativo ao ferro
- Hb para crianças entre 6 a 59 meses < 11 g/dl (WHO)
- Receptor de transferrina (reflete a taxa de eritropoiese, mais precoce que a ferritina)> 8.5 μg
Pontos de corte utilizados
Ponto de Corte 1-2 a 3-5 a
6-11 a 12-15 a
(masc.)
12-15 a
(fem.)
VCM (fl) 77 79 80 82 85
Saturação de transferrina (%) 9 13 14 14 14
Ferritina (μg /l) 10 10 12 12 12
Protoporfirina eritrocitária (μg /dL GV) 70 70 70 70 70
Dallman PR et al. 1996. (Cut-off values for laboratory tests of iron status, and hemoglobin reference for non-black children
who had fewer than two anormal tests in NHANES survey in USA) / Wharton BA. Br J Haematol 1999; 106: 270-80.
PARÂMETROS LABORATORIAIS
FERRITINA
Reflete os estoques do ferro corpóreo;
Parâmetro bioquímico mais específico, pois se correlaciona com o ferro
corporal total. As baixas concentrações indicam depleção do depósito de
ferro na ausência de processos infecciosos vigentes;
Nos recém-nascidos de termo, seus níveis no sangue do cordão são
bastante elevados. Aumentam até atingir um máximo no 1º. mês de
vida, para depois cair aos níveis mais baixos com 6 meses, devido à
mobilização do ferro de seus sítios para a produção de hemácias.
Cada μg/L de ferritina sérica representa cerca de 8 a 10 μg de ferro
armazenado;
Os valores de referência de ferritina para identificação de deficiência nos
estoques de ferro variam de 10 a 16 μg/L;
PARÂMETROS LABORATORIAIS
FERRITINA
Os níveis mantêm-se estáveis até a puberdade
quando os indivíduos do sexo masculino passam a
ter valores maiores que os do sexo feminino;
Nos prematuros, o estoque de ferro pode estar
prejudicado devido ao seu nascimento antecipado,
uma vez que a maior velocidade de depósito de
ferro nos sítios de estoque ocorre no 3º. trimestre
de gestação;
Deve ser coletada com 3 horas de jejum;
PARÂMETROS LABORATORIAIS
CAPACIDADE TOTAL DE LIGAÇÃO DO FERRO (CTLF)
Aumenta na deficiência de ferro, mas diminui na inflamação. Portanto, pode se encontrar na faixa de normalidade quando inflamação e deficiência de ferro coexistem.
A CTLF pode aumentar antes mesmo de as reservas de ferro estarem completamente depletadas.
Consiste em exame bioquímico menos sensível que a ferritina.
A faixa normal de CTLF consiste em 45 a 70 μmol/l, ou 250 a 390 μg/dL;
Deve ser coletada pela manhã e com jejum de 3 horas.
FERRO SÉRICO E SATURAÇÃO DE TRANSFERRINA
As dosagens de ferro sérico, transferrina e saturação da transferrina (ST)
são limitadas para avaliação da deficiência de ferro;
O ferro sérico é considerado baixo em crianças de 1 a 5 anos quando inferior a 30 μg/dl ou 5,4 μmol/L;
Sempre dosado pela manhã e com jejum de 3 horas.
PARÂMETROS LABORATORIAIS
PROTOPORFIRINA LIVRE
A protoporfirina eritrocitária livre, precursora do heme, tende a aumentar
na deficiência de ferro, indicando desequilíbrio entre a produção de porfirina e a
oferta de ferro na célula, que acarreta baixa eritropoiese;
Grande parte da protoporfirina livre no interior das células liga-se ao zinco, formando
um complexo zincoprotoporfirina;
Assim, a concentração de protoporfirina pode ser determinada diretamente
no sangue ou por meio de medida de zinco-protoporfirina, cuja dosagem
tem sido preferencialmente escolhida pelos pesquisadores por sua fácil
determinação;
A infecção e/ou inflamação, a intoxicação por chumbo e a anemia hemolítica
também podem levar à elevação da zinco-protoporfirina;
PARÂMETROS LABORATORIAIS
RECEPTOR DE TRANSFERRINA
É o método mais promissor para a avaliação funcional e representa a expressão
plasmática dos receptores de transferrina presentes em todas as células;
Esses receptores são tanto mais numerosos na superfície celular quanto maior o
grau de deficiência de ferro. Seu número é proporcional as necessidades de ferro na
célula;
A concentração plasmática é diretamente proporcional a sua concentração na
membrana celular, não sofrendo interferência de processos infecciosos e/ou
inflamatórios, idade, gênero e gravidez;
Em indivíduos saudáveis, observaram-se valores médios de receptores de
transferrina de 5,6 mg/L;
O nível médio em indivíduos com anemia ferropriva é de 18 mg/L.
Ainda há poucos estudos que definam sua utilização e pontos de corte em crianças e
adolescentes.
A Arte do Diagnóstico
O melhor caminho para o sucesso do tratamento passa pela estrada
do diagnóstico
Obrigada !
Muito Obrigada!