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PROVA TEA / 2017 CET Sociedade Brasileira de Anestesiologia 1 Prova para Obtenção do Título de Especialista em Anestesiologia TEA / 2017 LEIA ATENTAMENTE TODAS AS INSTRUÇÕES ABAIXO INSTRUÇÕES: 1) Não abra o caderno de questões antes da autorização oficial. 2) Seu cartão de respostas está identificado na parte superior com seu nome e número de inscrição. Confira agora todos os seus dados. 3) Não escreva na área assinalada como IDENTIFICAÇÃO no esquema acima. 4) As respostas devem ser marcadas na área da questão correspondente com caneta esferográfica azul ou preta (ponta grossa). Marcação correta: Marcação incorreta: 5) O caderno de questões possui 60 (sessenta) questões tipo: S (simples). Todas admitem apenas uma opção correta (A, B, C, ou D). 6) Assinale no cartão apenas uma opção para cada resposta. Questões com mais de uma resposta assinalada, marcadas incorretamente ou com rasuras, serão anuladas. 7) Não dobre, amasse ou rasgue seu cartão de respostas. 8) O candidato poderá usar o caderno de questões como rascunho podendo levá-lo consigo ao final da prova, após a devolução do cartão de respostas. 9) Somente serão permitidas perguntas referentes a possíveis erros gráficos e essas dúvidas deverão ser dirigidas aos supervisores da prova. Evite perguntas sobre o conteúdo das questões. 10) A prova terá duração de três horas. COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO Débora de Oliveira Cumino Sara Lúcia Ferreira Cavalcante Antonio Carlos Aguiar Brandão Bruno Mendes Carmona José Fernando Bastos Folgosi Roberto Henrique Benedetti BOA SORTE!

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Prova para Obtenção do Título de Especialista em Anestesiologia

TEA / 2017 LEIA ATENTAMENTE TODAS AS INSTRUÇÕES ABAIXO

INSTRUÇÕES: 1) Não abra o caderno de questões antes da autorização oficial. 2) Seu cartão de respostas está identificado na parte superior com seu nome e número de inscrição.

Confira agora todos os seus dados. 3) Não escreva na área assinalada como IDENTIFICAÇÃO no esquema acima. 4) As respostas devem ser marcadas na área da questão correspondente com caneta esferográfica azul

ou preta (ponta grossa).

Marcação correta: Marcação incorreta:

5) O caderno de questões possui 60 (sessenta) questões tipo: S (simples). Todas admitem apenas uma

opção correta (A, B, C, ou D). 6) Assinale no cartão apenas uma opção para cada resposta. Questões com mais de uma resposta

assinalada, marcadas incorretamente ou com rasuras, serão anuladas. 7) Não dobre, amasse ou rasgue seu cartão de respostas. 8) O candidato poderá usar o caderno de questões como rascunho podendo levá-lo consigo ao final da

prova, após a devolução do cartão de respostas. 9) Somente serão permitidas perguntas referentes a possíveis erros gráficos e essas dúvidas deverão ser

dirigidas aos supervisores da prova. Evite perguntas sobre o conteúdo das questões. 10) A prova terá duração de três horas.

COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO Débora de Oliveira Cumino Sara Lúcia Ferreira Cavalcante Antonio Carlos Aguiar Brandão Bruno Mendes Carmona José Fernando Bastos Folgosi Roberto Henrique Benedetti BOA SORTE!

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1. Segundo o Código Penal, o abandono do paciente deprimido no pós-operatório imediato é exemplo de:

A. Iatrogenia B. Imperícia C. Negligência D. Imprudência

Ponto 1 - Ética Médica e Bioética. Responsabilidade Profissional do Anestesiologista Resposta: C Comentário: Resolução do CFM 1802/2006 artigo I inciso II. Código de Ética Médica artigo 8. Imprudência caracteriza-se por um comportamento ativo, quando o agente atua como precipitação, sem cautela. Imperícia é falta de conhecimento teórico e prático no exercício da profissão. Negligência é a inercia psíquica, a indiferença do agente que podendo tomar as cautelas exigíveis, não as faz por displicência ou preguiça mental. Iatrogenia – é o resultado de um tratamento inadequado. O Código Penal exterioriza a culpa como sendo a imprudência, negligência ou imperícia. Referência: Posso IP, Lima OS - Responsabilidade Ética e Legal do Anestesiologista, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 61 - 68. 2. Por que a relação ventilação-perfusão é aproximadamente 1 (um) no adulto hígido?

A. A perfusão alveolar é proporcional ao volume minuto B. A ventilação alveolar é semelhante ao débito cardíaco C. A ventilação alveolar é determinada pelo retorno venoso D. A diminuição do débito cardíaco é acompanhada de aumento da ventilação minuto

Ponto 10 - Fisiologia e farmacologia do sistema respiratório Resposta: B Comentário: A fração do Volume minuto que alcança os alvéolos e os bronquíolos respiratórios, a cada minuto e que participa efetivamente da troca gasosa, é chamado de ventilação alveolar (VA), sendo aproximadamente 5L/min. Sendo assim, é semelhante ao fluxo sanguíneo através dos pulmões (isto é, o débito cardíaco, que também é de 5 L/min), portanto a relação ventilação-perfusão é aproximadamente 1. Referência: Kavanagh BP, Hedenstierna G - Respiratory Physiology and Pathophysiology, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 444 - 472. 3. A succinilcolina, quando administrada em pacientes com insuficiência renal, aumenta o potássio sérico [K

+] em quantos mEq/L?

A. 0,5 B. 1,5 C. 2,5 D. 3,5

Ponto 11 - Farmacologia Geral Resposta: A Comentário: A succinilcolina é um relaxante muscular despolarizante que quimicamente se assemelha a acetilcolina e liga-se aos receptores do canal íonico da membrana pós juncional. A abertura mantida do canal íonico produzida pela succinilcolina esta associada com perda de potássio do interior das células suficiente para aumentar a concentração plasmática em 0.5 mEq/L em pacientes normais. Este aumento leve dos níveis de potássio em pacientes com insuficiência renal é similar aos pacientes com função renal normal.

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Referência: Naguib M, Lien CA, Meistelman C - Pharmacology of Neuromuscular Blocking Drugs, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 958 - 994. 4. Exerce ação principalmente por inibição do receptor NMDA N metil-d-aspartato no sistema nervoso central:

A. Propofol B. Cetamina C. Etomidato D. Barbitúricos

Ponto 12 – Farmacologia dos Anestésicos Venosos Resposta: B Comentário: Enquanto propofol, barbitúricos, etomidato, e benzodiazepínicos exercem a maior parte de seus efeitos farmacológicos via receptores GABA, a cetamina por outro lado tem apenas uma atividade fraca sobre os receptores GABA. O mecanismo de ação da cetamina é complexa, sendo a maioria dos seus efeitos devido a interação com os receptores NMDA. A cetamina também interage com receptores monoaminérgicos, muscarínicos, e opióides, agindo também nos canais de íon cálcio voltage sensitivos Referência: Vuyk J, Sitsen E. Reekers M - Intravenous Anesthetics, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 821 - 863. 5. Qual a correlação correta entre o agente anestésico inalatório e seu coeficiente de partição sangue/gás?

A. Óxido nitroso = 0,46 B. Desflurano = 0,62 C. Sevoflurano = 0,85 D. Isoflurano = 2,4

Ponto 13 - Farmacologia dos Anestésicos Inalatórios Resposta: A Comentário: O óxido nitroso, sendo um anestésico menos potente com um CAM de 104, é administrado em quantidades muito maiores para induzir a anestesia do que um agente potente como o sevoflurano. A entrada maciça (maior concentração) de óxido nitroso leva a uma maior taxa de aumento da concentração alveolar (FA), com um coeficiente de partição sangue/gás de 0,46. Referência: Forman AS, Ishizawa Y - Inhaled Anesthetic Pharmacokinetics: Uptake, Distribution, Metabolism, and Toxicity, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 638 - 669. 6. A adição de bicarbonato de sódio na solução de lidocaína, imediatamente antes da anestesia por infiltração, permite:

A. Reduzir a solubilidade lipídica B. Reduzir a toxicidade sistêmica C. Reduzir o Pka e o pH da solução D. Reduzir a dor da infiltração da pele

Ponto 14 - Farmacologia dos Anestésicos Locais Resposta: D Comentário:

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Bicarbonato de sódio na lidocaína aumenta a forma de base do anestésico local, aumenta a difusão do anestésico local, aumenta o pH e o pKa da solução podendo facilitar o início da anestesia. Diminui a dor da infiltração da pele. Não há evidencia científica da influência sobre a toxicidade sistêmica e solubilidade lipídica. Referência: Berde CB, Strichartz GR - Local Anesthetics, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 1028 - 1053. 7. Potencializa os efeitos dos bloqueadores neuromusculares adespolarizantes:

A. Azatioprina B. Dexametasona C. Carbamazepina D. Dantrolene sódico

Ponto 15 - Transmissão e Bloqueio Neuromuscular Resposta: D Comentário: Azatioprina – droga imunodepressora após Tx renal tem pequena ação antagônica sobre os BNM Dexametasona – os corticoides facilitam a liberação da acetilcolina, portanto antagonizam os BNM Carbamazepina – aumenta a necessidade da dose de BNM e acelera a recuperação dos BNM Dantrolene sódico – previne a liberação de cálcio sarcoplasmático e bloqueia o acoplamento contração-excitação, não bloqueia a TNM, a resposta mecânica ao estímulo é deprimida, potencializando os BNM adespolarizantes. Referência: Naguib M, Lien CA, Meistelman C - Pharmacology of Neuromuscular Blocking Drugs, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 958 - 994. 8. Causa reversível de parada cardiorrespiratória no intraoperatório:

A. Hiperóxia B. Hipertermia C. Hipervolemia D. Hipercalemia

Ponto 16 - Parada Cardíaca e Reanimação Resposta: D Comentário: Causas reversíveis de parada cardiorrespiratória 5H e 5T – hipovolemia, hipóxia, íon hidrogênio (acidose), hipo ou hipercalemia, hipotermia, penumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco, toxinas, trombose pulmonar, trombose coronariana. Referência: Mcglinch BP, White RD - Cardiopulmonary Resuscitation: Basic and Advanced Life Support, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 3182 - 3215. 9. A quantidade de líquido cefaloraquidiano (LCR) no adulto varia entre 100 a 160 mL. O LCR é produzido continuamente, de tal modo que o mesmo é completamente renovado em quantos minutos?

A. 120 B. 240 C. 360 D. 480

Ponto 17 - Bloqueios Subaracnoideo e Peridural Resposta: C

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Comentário: O líquido cefalorraquidiano é uma solução complexa composta de 99% de água e contendo uma matriz de moléculas incluindo eletrólitos, proteínas, glicose, neurotransmissores, metabólitos de neurotransmissores, nucleótideos cíclicos, aminoácidos, entre muitos outros. O volume de LCR é de aproximadamente 100 a 160 mL em seres humanos adultos e é produzido à razão de 20 a 25 ml/h. Consequentemente, todo o volume de LCR é substituído aproximadamente a cada 6 horas. Referência: Bernards CM, Hostetter LS - Epidural and Spinal Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. - Clinical Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2013; 905 - 933. 10. Homem, 41 anos, hipertenso controlado com losartana, não fumante, alérgico à dipirona, submetido à cirurgia no ombro esquerdo sob anestesia venosa total com propofol e remifentanil após o bloqueio de plexo braquial sem intercorrências. No pós-operatório, evoluiu com náuseas e vômitos importantes. Qual o fator de risco para náuseas e vômitos deste paciente?

A. Sexo masculino B. Histórico de alergia C. Hipertensão arterial D. Paciente não fumante

Ponto 18 - Complicações da Anestesia Resposta: D Comentário: Fatores de risco para náuseas e vômitos pós-operatório. Relacionados ao paciente: sexo feminino, história prévia de náuseas e vômitos, história de enjoo, história de enxaqueca, paciente não fumante, idade, índice de massa corpórea, estado físico. Relacionados à anestesia: duração da anestesia, anestésicos voláteis, óxido nitroso, opioides. Relacionadas à cirurgia: cirurgias ginecológicas, otorrinolaringológicas, oftalmológicas, laparoscópia, plástica. Referência: Apfel CC - Postoperative Nausea and Vomiting, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2947 - 2973. 11. Caracteriza a lesão pulmonar aguda após transfusão de hemoderivados na sala de recuperação pós-anestésica:

A. Hipoxemia com saturação de oxigênio de pulso (SpO2) menor que 94% em ar ambiente B. Infiltrado bilateral associado a imagem radiológica de cardiomegalia C. Início da disfunção pulmonar nas primeiras 6 horas após transfusão D. Lesão pulmonar aguda pré-existente antes da transfusão

Ponto 19 - Recuperação Pós-Anestésica Resposta: C Comentário: A lesão pulmonar aguda pós-transfusão de hemoderivados na sala de recuperação pós-anestésica caracteriza-se por: - Início agudo de sinais e sintomas - Hipoxemia: associado com a relação PaO2/FiO2 < 300, ou SpO2 < 90% em ar ambiente, ou outras evidências clínicas de hipoxemia - Infiltrados bilaterais na radiografia de tórax sem cardiomegalia - Nenhuma evidência clínica de hipertensão atrial esquerda - Nenhuma lesão pulmonar aguda pré-existente antes da transfusão - Início da disfunção pulmonar após 6 horas de transfusão - Nenhuma associação temporal de início a causas alternativas de lesão pulmonar aguda Referência: Nicholau TK - The Postanesthesia Care Unit, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2924 - 2946.

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12. Compete a Assembleia de Representantes: A. Eleger a Diretoria e os membros do Conselho Fiscal da SBA B. Elaborar a prova do Título Superior em Anestesiologia - TSA C. Propor a liquidação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia D. Eleger a Regional sede do Congresso Brasileiro de Anestesiologia

Ponto 2 - Organização da SBA, Cooperativismo e SUS Resposta: D Comentário: Art. 5° - Compete à AR: I - Examinar e dar aprovação final aos assuntos administrativos da Sociedade, exceto os casos previstos no capítulo V do Estatuto. II - Tomar conhecimento dos relatórios apresentados. III - Eleger os membros das Comissões Permanentes, o Editor-Chefe e Co-Editor da Revista Brasileira de Anestesiologia, o Secretário do Conselho de Defesa Profissional, os Comitês e criar Comissões de Estudo com prazo inferior a um ano. IV - Eleger a Regional sede do Congresso Brasileiro de Anestesiologia com, no máximo, 05 (cinco) anos de antecedência, de acordo com o relatório da Diretoria da SBA, baseado nas “Condições Mínimas para Sediar um CBA”. V - Examinar qualquer assunto de relevância solicitado por, pelo menos, 05 (cinco) membros ativos e apresentados por meio da Diretoria ou Conselho Superior. VI - Fixar as anuidades, as taxas de readmissão, e aprovar a proposta orçamentária para o exercício seguinte. VII - Examinar recursos da Diretoria encaminhados pelo Conselho Superior. VIII - Discutir e votar os pareceres dos Grupos de Trabalho sobre propostas das Comissões Permanentes, da Diretoria e do Conselho Superior. IX - Discutir e votar as alterações aos Regulamentos e Regimentos propostas no relatório da CERR. X - Votar as resoluções do Conselho Superior, de acordo com o disposto no artigo 30. XI - Votar as resoluções do Conselho de Defesa Profissional encaminhadas pela Diretoria da SBA ou pelo plenário deste Conselho. XII - Eleger a Comissão de Aprovação da Ata, composta por 03 (três) representantes. XIII - Dar Encaminhamento às propostas de alterações do Estatuto, Regulamentos ou Regimentos, enviadas pelos Representantes, de acordo com os artigos 61 e 63 do Estatuto. § 1° - As propostas de alterações de Estatuto oriundas de no mínimo 20% (vinte por cento) dos Representantes durante a Assembleia de Representantes serão enviadas à Diretoria eleita da SBA, que, juntamente com o parecer da CERR, as encaminhará à próxima Assembleia de Representantes, onde serão discutidas e votadas quanto ao seu encaminhamento para a próxima Assembleia Geral. § 2° - As propostas de alterações de Regimentos ou Regulamentos oriundas de no mínimo 20 % (vinte por cento) dos Representantes durante a Assembleia de Representantes, serão enviadas à Diretoria eleita da SBA, que, juntamente com o parecer da CERR, as encaminhará à próxima Assembleia de Representantes, onde serão discutidas e votadas. Referência: Saubermann LF - Sociedade Brasileira de Anestesiologia: Finalidades e Organização, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 17 - 23. 13. Na maioria dos estudos que envolvem comparações ou associações entre grupos, a função da estatística é descartar a hipótese nula, ou seja, de não diferença entre os grupos. Dois tipos de erro estatístico podem contaminar os resultados das análises e são conhecidos como erros tipo I e II. Assinale a resposta correta com relação a estes erros estatísticos:

A. Erro tipo I – ocorre quando os testes estatísticos demonstram diferença entre os grupos que são reais e são incapazes de rejeitar hipóteses nulas falsas.

B. Erro tipo I – ocorre quando os testes estatísticos demonstram diferença entre os grupos que são inexistentes, ou seja, falha em descartar os casos falsos positivos.

C. Erro tipo II – ocorre quando os testes estatísticos falham em detectar diferença entre os grupos que são reais e são capazes de rejeitar hipóteses nulas falsas.

D. Erro tipo II – ocorre quando os testes estatísticos demonstram diferença entre os grupos que são reais e são incapazes de rejeitar hipóteses nulas falsas.

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Ponto 20 - Metodologia Científica Resposta: B Comentário:

O erro do tipo I ocorre quando os testes estatísticos demonstram diferença entre os grupos que são inexistentes. Ou seja, falha em descartar os casos falsos positivos. Em outras palavras, falham em rejeitar hipóteses nulas verdadeiras. A probabilidade de erro do tipo I (α) deve ser minimizada e restrita a 5% ou menos. O valor que indica a significância estatística, p, deve ser menor que α. Daí p < 0,05 ou p < 0,01 são comumente adotados na literatura como os níveis de significância aceitos para o estudo. Em análises multivariadas, os valores de p encontrados nas comparações univariadas que as precedem podem ser de até 20% para justificar a inclusão das variáveis no modelo multivariado. Referência: Pace NL - Experimental Design and Statistics, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. - Clinical Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2013; 219 - 236. 14. Na figura abaixo, qual o segmento da curva de capnografia representa a ventilação do espaço morto anatômico?

A. A-B B. B-C C. C-D D. D-E

Ponto 21 – Monitorização Resposta: A Comentário: O desenho abaixo representa a curva da capnografia normal. O segmento AB represente o momento que o paciente inicia o ciclo inspiratório e nesse momento a composição do gás é representado pelo espaço morto anatômico, onde existe ausência do gás CO2.

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Referência: Nunes RR, Marinho DS, Lopes CG - Monitorização, em: Bagatini A, Cangiani LM, Carneiro AF, Nunes RR - Bases do Ensino da Anestesiologia, 1a Ed, Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Anestesiologia, 2016; 459 - 488. 15. De acordo com a Lei de Dalton, a concentração inspirada de 1% de isoflurano ao nível do mar, significa uma pressão parcial de isoflurano (em mmHg) de:

A. 3,9 B. 6,5 C. 7,6 D. 9,8

Ponto 22 - Sistemas de Administração de Anestesia Inalatória Resposta: C Comentário: A concentração do anestésico corresponde ao valor percentual que sua pressão parcial (mmHg) exerce em relação a pressão atmosférica em mmHg (pressão total) Referência: Venticinque SG, Andrews JJ - Inhaled Anesthetics: Delivery Systems, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 752 - 820. 16. Qual dos efeitos abaixo é determinado pela administração de desflurano em concentração maior que 1 CAM?

A. Diminuição da produção liquórica B. Aumento da pressão intracraniana C. Diminuição da atividade epileptiforme D. Aumento da resistência vascular cerebral

Ponto 23 - Anestesia Inalatória Resposta: B Comentário: O desflurano produz redução dose-dependente da resistência vascular cerebral e do consumo cerebral de oxigênio, com aumento do fluxo sanguíneo cerebral e da pressão intracraniana. Produz diminuição da resistência vascular sistêmica e não causa aumento da atividade epileptiforme. Referência: Forman AS, Ishizawa Y - Inhaled Anesthetic Pharmacokinetics : Uptake, Distribution, Metabolism, and Toxicity, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 638 - 669. 17. Qual anestésico endovenoso possui menor meia vida de eliminação?

A. Propofol B. Thiopental C. Etomidato D. Midazolam

Ponto 24 - Anestesia Venosa Resposta: D Comentário:

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Referência:White PF, Eng MR - Intravenous Anesthetics, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. - Clinical Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2013; 478 - 500. 18. O limite anatômico anterior do triângulo de Petit, utilizado como referência para realização do bloqueio do plano transverso do abdome (TAP bloqueio) é o músculo:

A. oblíquo externo B. oblíquo interno C. quadrado lombar D. transverso do abdome

Ponto 25 - Bloqueios Periféricos Resposta: A Comentário: Miller 2015 capitulo 57 Peripheral nerve Blocks, página 1735. Descreve os limites do triângulo: Inferior - Crista ilíaca; Anterior-Músculo oblíquo externo; Posterior-Músculo grande dorsal. Referência:Horloker TT, Kopp SL, Wedel DJ - Peripheral Nerve Blocks, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 1721 - 1751. 19. Causa de acidose metabólica, com hiato de anions (anion gap) de 20 mEq.L

-1:

A. Diarreia B. Cetoacidose C. Fístula Pancreática D. Acidose tubular renal

Ponto 26 - Equilíbrio Hidroeletrolítico e Ácido Base Resposta: B Comentário: A cetoacidose é um distúrbio comum em pacientes com diabetes mellitus descompensado, decorrente da deficiência de insulina e produção de ácido acetoacético e beta-hidroxibutírico (acidose metabólica com anion gap aumentado). Acidose tubular renal, diarreia, fístula pancreática são causas de acidose metabólica com anion gap normal. Referência: Neligan PJ, Deutschman CS - Perioperative Acid-Base Balance, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 1811 - 1829. 20. Homem de 25 anos, grupo sanguíneo A, politraumatizado devido à um acidente motociclístico na vigência de choque hemorrágico. Qual hemoderivado pode ser administrado neste paciente?

A. Sangue total do tipo AB B. Plasma fresco de qualquer tipo C. Células vermelhas do tipo A ou O

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D. Células vermelhas de qualquer tipo Ponto 27 - Reposição Volêmica e Transfusão Resposta: C Comentário: Paciente portador do grupo sanguíneo A, pode receber: sangue total tipo A, células vermelhas do tipo A ou O, plasma do tipo A ou AB, qualquer crioprecipitado ou plaquetas de qualquer tipo. Referência: Miller RD - Patient Blood Management: Transfusion Therapy, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 1830 - 1867. 21. Paciente programado para cirurgia de ligamento cruzado anterior sob anestesia no neuroeixo. Em relação à terapia antiplaquetária é recomendado suspender, antes do procedimento:

A. Ticlopidina por 7 dias B. Clopidogrel por 4 dias C. Abciximab por 8 horas D. Eptifibatide por 24 horas

Ponto 28 - Hemostasia e Anticoagulação Resposta: D Comentário: O período de espera para a terapia antiplaquetária são os seguintes: ticlopidina: 14 dias, o clopidogrel: 7 dias, abciximab: 48 horas, e eptifibatide: 24 horas Referência: Slaughter TF - Patient Blood Management: Coagulation, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 1868 - 1880. Pág. 1873. 22. Em relação a fisiologia do fluxo sanguíneo renal, é correto:

A. A extração de oxigênio na região medular é de 25 a 30% B. O fluxo sanguíneo renal medular corresponde a 10 mL.min.

-1g

-1

C. O fluxo sanguíneo renal corresponde a 10 a 15 % do débito cardíaco D. A pressão de oxigênio (PO2) média na região medular é de 8 mmHg

Ponto 29 - Fisiologia e Farmacologia do Sistema Urinário Resposta: D Comentário: Os rins recebem 20% do débito cardíaco total, mas extraem relativamente pouco oxigênio. A diferença arteriovenosa renal (avO 2) é de apenas 1,5 mL / dL. No entanto, existe uma marcada diferença do fluxo sanguíneo entre o córtex renal e a medula, ao fornecimento de oxigénio e ao consumo de oxigénio. A medula recebe apenas 6% do FSR e tem uma tensão média de oxigênio (PO2) de 8 mm Hg. Assim, hipoxia grave poderia desenvolver-se na medula apesar de um FSR total relativamente adequado. Referência: Mcilroy D, Sladen RN - Renal Physiology, Pathophysiology, and Pharmacology, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 545 - 587. 23. Os ruídos na Sala de Operação (SO) determinam irritabilidade, fadiga, perda da atenção, contratura muscular, aumento da liberação de catecolaminas, com repercussões prejudiciais tanto na saúde dos profissionais da SO quanto dos pacientes conscientes. A Legislação Federal estabelece que, no ambiente hospitalar em jornadas de trabalho de 8 h, os ruídos tenham limites aceitáveis (em decibéis) de:

A. 35-45 B. 45-50

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C. 60-70 D. 65-80

Ponto 3 - Risco Profissional do Anestesiologista Resposta: A Comentário: A legislação federal não permite mais de 90 decibéis em ambiente de trabalho, em jornada de oito horas, variando de 35-45 db os limites aceitáveis para o ambiente hospitalar. Os ruídos na SO em geral atingem valores de 60-70 db em decorrência da conversa da equipe e do funcionamento dos aparelhos. Referência: Braz JRC, Vane LA, Silva AE - Risco Profissional do Anestesiologista, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al – Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 75 - 84. 24. Qual solução utilizada na ressecção transuretral (RTU) de próstata pode associar-se com desenvolvimento de cegueira?

A. Sorbitol B. Manitol C. Glicina D. Ureia

Ponto 30 - Anestesia em Urologia Resposta: C Comentário: A maioria das soluções de irrigação utilizadas na RTU de próstata não causam hemólise significativa, a absorção excessiva delas pode levar a outras complicações, como edema pulmonar e hiponatremia. Além disso, os solutos podem ter efeitos adversos. A glicina pode causar efeitos tóxicos cardíacos e retinianos, o manitol expande rapidamente o volume sanguíneo e pode causar edema pulmonar em pacientes cardíacos e a glicose pode causar hiperglicemia grave em pacientes diabéticos. Referência: Malhotra V, Sudheendra V, O'Hara J, Malhotra A - Anesthesia and the Renal and Genitourinary Systems, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2217 - 2243. 25. Alteração observada no débito cardíaco de paciente obstétrica no pós-parto imediato:

A. Aumenta em até 75% B. Permanece inalterado C. Diminui em 30% devido às perdas sanguíneas D. Diminui em 15% devido à redução do retorno venoso

Ponto 31 - Anestesia em Obstetrícia Resposta: A Comentário: Imeditamente após o parto, o débito cardíaco aumenta até 75% acima dos valores pré-parto. Isto é devido ao resultado da autotransfusão e aumento do retorno venoso ao coração associado a involução uterina. Referência: Flood P, Rollins MD - Anesthesia for Obstetrics, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2328 - 2358. 26. Segundo Schonfeld, qual dos sinais ou sintomas recebe maior pontuação para classificação da síndrome de embolia gordurosa:

A. Confusão mental B. Erupção petequial

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C. Infiltração alveolar difuso D. Hipoxemia (PaO2 < 70%) em FiO2 de 100%

Ponto 32 - Anestesia em Ortopedia Resposta: B Comentário: Segundo Schonfeld são considerados sinais e sintomas para classificação de síndrome da embolia gordurosa: sendo que um score > 5 é positivo para o diagnóstico

Erupção petequial – 5 pontos

Difusa infiltrados alveolares – 4 pontos

Hipoxemia: PaO 2 inferior a 70 mm Hg, FiO 2 de 100% – 3 pontos

Confusão – 1 ponto

Febre superior a 38 ° C (> 100,4 ° F) – 1 ponto

Frequência cardíaca acima de 120 batimentos/min – 1 ponto

Frequência respiratória superior a 30 respirações/min – 1 ponto Referência: Urban MK - Anesthesia for Orthopedic Surgery, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2386 - 2406. 27. Paciente hipertenso, diabético, renal crônico em programa de hemodiálise, será submetido à laparotomia exploradora em caráter de urgência. Os exames de laboratório mostram anemia discreta, ureia e creatinina elevadas, eletrólitos normais. Qual o bloqueador neuromuscular e sua dose de escolha para indução da anestesia?

A. Atracúrio 0,2 mg.kg-1

B. Rocurônio 0,6 mg.kg

-1

C. Succinilcolina 1 mg.kg-1

D. Cisatracúrio 0,05 mg.kg

-1

Ponto 33 - Anestesia para Cirurgia Abdominal Resposta: C Comentário: Paciente considerado de estômago cheio pelo caráter de urgência, gastroparesia urêmica e diabética, havendo indicação de indução em sequência rápida. A succinilcolina pode ser utilizada com segurança em doses normais em doentes com insuficiência renal crônica (IRC) quando os níveis de potássio estão dentro dos limites normais (< 5.5 mEq/L). O potássio aumenta transitoriamente de 0,5 a 1,0 mEq/L durante 10 a 15 minutos antes de retornar aos níveis basais em pacientes com IRC e aqueles com função renal normal. Uma indução de sequência rápida modificada usando rocurônio 0,8 a 1,2 mg/kg por via intravenosa é um substituto apropriado para a succinilcolina quando houver hipercalemia ou outras contra-indicações à succinilina. Referência: Steadman RH, Wray CL - Anesthesia for Abdominal Organ Transplantation, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2262 - 2291. 28. Criança de 3 anos, com tosse, dor de garganta e sem febre, será submetida à amigdalectomia. Ao exame físico apresenta sibilos inspiratórios mínimos, raio-x de tórax com pequeno infiltrado em lobo inferior esquerdo. Qual a melhor conduta?

A. Realizar a cirurgia B. Adiar a cirurgia por 1 mês C. Administrar coirticoides e realizar a cirurgia D. Adiar a cirurgia por 10 dias e tratar com antibióticos

Ponto 34 - Anestesia para Otorrinolaringologia Resposta: B

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Comentário: Esta criança provavelmente tem uma infecção respiratória inferior. O procedimento previsto deve ser adiado por um período de 4 a 6 semanas. Esta criança pode ter manifestações precoces de pneumonia e deve ser avaliada por um pediatra. Sem uma avaliação física, basta iniciar antibioticoterapia oral seria mal aconselhado. O tempo específico para reprogramar a cirurgia para crianças com infecções respiratórias superiores (URIs) não é absoluto. As diretrizes geralmente aceitáveis para o adiamento de cirurgias eletivas para estes pacientes sugerem 1 a 2 semanas após a recuperação da doença aguda. Manifestação de URI incluem (1) garganta ligeiramente dolorido ou arranhado; (2) mudança na alimentação ou no nível de atividade; (3) tosse ou espirros; (4) rinorreia (novo ou mudança de consistência); (5) congestão nasal; (6) febre superior a 38,8 °C e (7) garganta inflamada ou voz rouca. A presença destes sinais e sintomas aumenta a probabilidade de complicações pós-operatórias das vias aéreas e pode necessitar de uma admissão durante a noite. Referência: Doyle DJ - Anesthesia for Ear, Nose, and Throat Surgery, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2523 - 2549. 29. No manuseio do paciente com estômago cheio e lesão penetrante do olho, qual a melhor recomendação?

A. Manter em hipercapnia B. Manter anestesia em plano superficial C. Manter a pressão intra-ocular entre 40 e 60 mmHg D. Administrar metoclopramida antes da indução anestésica

Ponto 35 - Anestesia para Oftalmologia Resposta: D Comentário: A lesão penetrante do olho pode levar a extrusão do conteúdo intra-ocular, portanto, um importante aspecto do manuseio anestésico em pacientes portadores desse quadro é a prevenção de aumentos da pressão intra-ocular (PIO). A PIO normal varia de 10 a 21 mmHg. Elevações da pressão venosa central e hipercapnia podem elevar a PIO, bem como plano superficial de anestesia, bucking e tosse. O uso prévio de metoclopramida é recomendável, assim como, de antagonistas de receptor H2 para profilaxia da regurgitação do conteúdo gástrico e possível aspiração pulmonar. Referência: Feldman MA - Anesthesia for Eye Surgery, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2512 - 2522. 30. Qual a principal causa de internação hospitalar inesperada em cirurgias ambulatoriais?

A. Complicações cirúrgicas B. Duração da cirurgia acima de 2 horas C. Controle inadequado da dor pós-operatória D. Utilização de anestésicos de ação prolongada

Ponto 36 - Anestesia Ambulatorial Resposta: A Comentário: O desenvolvimento de cirurgia minimamente invasiva, melhorias na técnica cirúrgica e no controle da dor e a disponibilidade de anestésicos de ação mais curta aumentaram dramaticamente a gama de procedimentos cirúrgicos compatíveis com a alta hospitalar. A duração da cirurgia é agora relativamente sem importância, sendo a extensão do trauma cirúrgico o determinante mais significativo. Não deve haver expectativa de perda sangüínea contínua, grandes mudanças perioperatórias de fluidos ou a necessidade de cuidados pós-operatórios complexos ou especializados. As complicações cirúrgicas continuam a ser a maior causa de admissão hospitalar inesperada, mas desde que estas sejam infrequentes e possam ser detectadas antes da alta, a cirurgia ambulatória ainda deve ser o plano. Quando a alta no dia da cirurgia não é possível, muitos pacientes necessitam de uma única noite no hospital, tornando ainda mais procedimentos adequados para a cirurgia de curta duração.

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Referência: Smith I, Skues M, Philip BK - Ambulatory (Outpatient) Anesthesia, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2612 - 2645. 31. Patologia mais susceptível de coexistir com feocromocitoma:

A. Insulinoma B. Adenoma pituitário C. Carcinoma medular da tireoide D. Hiperaldosteronismo primário (síndrome de Conn)

Ponto 37 - Anestesia e Sistema Endócrino Resposta: C Comentário: Em cerca de 5% dos casos, os feocromocitomas apresentam um padrão autossômico dominante e podem coexistir com outras doenças endócrinas tais como carcinoma medular da tiróide e hiperparatiroidismo. Esta combinação é denominada neoplasia endócrina múltipla ou MEN IIA (síndrome de Sipple). MEN tipo IIB consiste em feocromocitoma, carcinoma medular da tireóide e neuromas da mucosa oral. A Referência: Schwartz JJ, Akhtar S, Rosenbaum SH - Endocrine Function, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. - Clinical Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2013; 1326 - 1355. 32. Qual hormônio tem liberação diminuída durante a resposta neuroendócrino-metabólica?

A. Cortisol B. Insulina C. Glucagon D. Aldosterona

Ponto 38 - Anestesia em Urgências e no Trauma Resposta: B Comentário: As alterações das funções endócrino-metabólicas são fundamentais para a sobrevivência, estabilizando as funções hemodinâmicas e corrigindo alguns distúrbios hidreletrolíticos por certo período de tempo. Há aumento da liberação de hormônios catabólicos (catecolaminas, cortisol e glucagon), aumento da produção de aldosterona, com retenção de água e sódio e inibição de hormônios anabólicos como a insulina. Referência: Falcão LFR, Ferez D - Anestesia para Situações de Urgências, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 2137 - 2155. 33. A Resolução CFM/1711 de dezembro de 2003 estabeleceu parâmetros sobre os volumes lipoaspirados na cirurgia plástica:

A. Na técnica infiltrativa, os volumes aspirados podem ser superiores a 7% do peso corporal, com o paciente estável hemodinamicamente

B. Na técnica não infiltrativa, os volumes aspirados podem ser superiores a 7% do peso corporal, com o paciente estável hemodinamicamente

C. Na técnica infiltrativa, os volumes aspirados podem chegar a 7% do peso corporal, desde que não ultrapassem a 40% da superfície corporal

D. Na técnica não infiltrativa, os volumes aspirados podem chegar a 7% do peso corporal, desde que não ultrapassem a 40% da superfície corporal

Ponto 39 - Anestesia para Cirurgia Plástica Resposta: C

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Comentário: Os volumes aspirados não devem ultrapassar 7% do peso corporal com a técnica infiltrativa, 5% com a técnica não infiltrativa, e 40% da área da superfície corporal com qualquer técnica. Referência: Nociti JR, Helfenstein E - Anestesia para Cirurgia Plástica, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 2103 - 2115. 34. Na avaliação pré-operatória de paciente com adenocarcinoma de intestino, programado para hemicolectomia aberta e com história de DPOC, qual o fator de risco para complicações pulmonares pós-operatórias?

A. Asma B. Idade maior que 60 anos C. Testes de função pulmonar anormais D. Tolerância ao exercício menor que 2 quadras

Ponto 4 - Avaliação e Preparo Pré-Anestésico Resposta: D Comentário: Tolerância ao exercício menor que 2 quadras é um fator de risco para complicações pulmonares no pós-operatório. Outros fatores de risco incluem: • DPOC • idade > 70 anos • uso de cigarros (corrente ou> 40 anos-pacote) • ASA > 2 • cirurgia > 2 horas • anestesia geral com tubo endotraqueal • IMC > 30 Asma não é um fator de risco de complicações pulmonares no pós-operatório, a menos que haja uma história recente exacerbação. Os testes de função pulmonar e a análise de sangue não são preditivos para complicações no pós-operatório Referência: Cohen NH - Perioperative Management, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 48 - 55. 35. Paciente de 20 anos, submetido à ressecção de papilomatose laríngea à laser sob anestesia geral e intubação traqueal. Durante o procedimento ocorreu ignição na cavidade oral. Qual a primeira medida a ser tomada?

A. Instilar solução salina nas vias aéreas B. Administrar gases umidificados C. Realizar traqueostomia D. Ventilar sob máscara

Ponto 40 - Anestesia para Buco-Maxilo-Facial e Odontologia Resposta: A Comentário: FIG 85-11. Incêndio em vias aéreas: Realize imediatamente, sem esperar: • Remova o tubo traqueal, • Pare o fluxo de todos os gases das vias aéreas, •Remova as esponjas e qualquer outro material inflamável das vias aéreas, • Despeje solução salina nas vias aéreas. Referência: Doyle DJ - Anesthesia for Ear, Nose, and Throat Surgery, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2523 - 2549.

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36. Procedimento cirúrgico em que o isolamento pulmonar com tubo de duplo lúmen direito é o método preferido:

A. Pneumonectomia esquerda B. Ressecção pulmonar direita C. Transplante pulmonar bilateral D. Trauma em brônquio fonte direito

Ponto 41 - Anestesia para Cirurgia Torácica Resposta: A Comentário: Método de preferência TDL (tubo de duplo lúmen) esquerdo: resseção pulmonar direita, ressecção pulmonar esquerda sem possibilidade de pneumonecomia, toracospcopia qualquer lado, hemorragia pulmonar, fístula broncoplural em todos os sítios (exceto no brônquio principal esquerdo), secreções purulentas, bolhas pulmonares, cirurgias torácicas não pulmonares, cirurgia no brônquio direito, transplante pulmonar bilateral ou à direito apenas, lavagem pulmonar, ventilação pulmonar independente. Método de preferência TDL direito: pneumonectomia esquerda, fístula broncopleural em brônquio principal esquerdo, cirurgia brônquica à esquerda, transplante pulmonar à esquerda. Referência: Slinger PD, Campos JH - Anesthesia for Thoracic Surgery, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 1942 - 2006. 37. Durante o pinçamento da aorta torácica numa reparação de aneurisma, que alteração podemos encontrar:

A. Nenhuma alteração B. Hipotensão imediata C. Hipertensão imediata D. Perda de pressão arterial no braço direito

Ponto 42 - Anestesia e Sistema Cardiovascular Resposta: C Comentário: O pinçamento da aorta torácica leva de imediato um aumento na pressão arterial com marcadamente aumento da pós-carga. Leituras de pressão sanguínea pode ser perdido no braço esquerdo, mas o pulso no braço direito deve estar presente. Referência: Smaka TJ, Miller TE, Hutchens MP et al - Anesthesia for Vascular Surgery, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. - Clinical Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2013; 1112 - 1143. 38. A resposta de Cushing observada na hipertensão intracraniana ocorre devido compressão do:

A. Cerebelo B. Hipotálamo C. Sistema límbico D. Tronco encefálico

Ponto 43 - Anestesia para Neurocirurgia Resposta: D Comentário: Durante o processo de morte cerebral, após lesão encefálica ou hemorragia intracraniana, a pressão intracraniana aumenta e a compressão do tronco encefálico leva a hipertensão e bradicardia (fenômeno de Cushing). No início da morte cerebral por herniação da amigdala, ocorre diminuição súbita da pressão arterial, porém gradualmente a pressão arterial retorna ao normal com a medula espinhal recuperando

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automaticidade. Tríade Cushing (respirações irregulares, Bradicardia, hipertensão sistêmica), Disfunção pupilar, lateralização da fraqueza de extremidades. Referência: Shingu K, Nakao S - Brain Death, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2307 - 2327. 39. Efeito induzido pela hipotermia moderada durante a anestesia:

A. Diminuição da incidência de arritmias cardíacas B. Aumento da concentração alveolar mínima (CAM) C. Aumento da afinidade da hemoglobina com o oxigênio D. Diminuição da taxa metabólica e do consumo de oxigênio

Ponto 44 - Hipotermia e Hipotensão Arterial Induzida Resposta: C Comentário: É efeitos induzido pela hipotermia moderada durante a anestesia inclui diminuição da concentração alveolar mínima (CAM), aumento da afinidade da hemoglobina com o oxigênio, aumento da incidência de arritmias cardíacas e da taxa metabólica e do consumo de oxigênio. Referência: Piccioni MA, Yamaguchi T - Hipotermia Induzida, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 1287 - 1296. 40. Homem de 73 anos, com história de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), em uso de oxigênio. Foi admitido no PS devido exacerbação da DPOC. Ao longo das últimas horas, desenvolveu estado mental alterado e hipotensão, transferido para a UTI intubado e em uso de vasopressores. Em cateter de artéria pulmonar registrou-se: pressão venosa central = 23 mm/Hg, pressão arterial = 34/15 mm/Hg, pressão capilar pulmonar ocluída = 4 mm/Hg e débito cardíaco = 1,9 L.min

-1. O diagnóstico mais provável do choque é:

A. Séptico devido pneumonia B. Cardiogênico devido insuficiência ventricular direita C. Anafilático devido medicações dadas durante a intubação D. Hipovolêmico devido ressuscitação inadequada de líquidos

Ponto 45 – Choque Resposta: B Comentário: Em pacientes clinicamente complexos, a etiologia de choque pode ser difícil de diagnosticar, enquanto na história clínica pode-se presumir que esse paciente tenha choque hipovolêmico, séptico, ou choque anafilático O cateter de artéria pulmonar indica elevadas pressões de enchimento do lado direito com relativamente baixa pressões do lado esquerdo, e hipotensão, que são consistentes com insuficiência ventricular direita e choque cardiogênico. Referência: Vincent JL - Hemodynamic Support of the Critically Ill Patient, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. - Principles and Practice of Anesthesiology, 2nd Ed, New York, McGraw-Hill, 2012; 1398 - 1405. 41. No envelhecimento, o sistema respiratório sofre alterações importantes que resultam em um desequilíbrio da relação ventilação-perfusão V/Q devido, principalmente, a:

A. Redução do VEF1 B. Diminuição da capacidade vital C. Aumento da capacidade de fechamento D. Resposta ventilatória a hipercarbia diminuída

Ponto 46 - Anestesia em Geriatria

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Resposta: C Comentário: Capacidade de fechamento, é o volume em que as pequenas vias aéreas dependentes começam a fechar. Aumenta com a idade. Embora a capacidade residual funcional inalterada ou ligeiramente aumentada, a capacidade de fechamento não é afetada pela posição do corpo. A mudança na relação entre a capacidade residual funcional e o volume de fechamento causa um desequilíbrio da ventilação-perfusão e representa o mecanismo mais importante para a o aumento do gradiente alveolar-arterial observado no envelhecimento. Referência: Sieber F, Pauldine R - Geriatric Anesthesia, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2407 - 2422. 42. Característica anatômica da via aérea de lactentes que torna as lâminas retas do laringoscópio mais adequadas para intubação traqueal?

A. Cavidade nasal estreita B. Cordas vocais mais anguladas C. Laringe mais cefálica no pescoço D. Via aérea superior em forma de funil

Ponto 47 - Anestesia em Pediatria Resposta: C Comentário: As diferenças na anatomia das vias aéreas explicam o potencial mais provável de dificuldades técnicas nas vias aéreas em lactentes do que em adolescentes ou adultos. Tipicamente, a via aérea dos lactentes difere dos adultos de cinco maneiras5: (1) O tamanho relativamente grande da língua do bebê, em relação à orofaringe, aumenta a probabilidade de obstrução das vias aéreas e dificuldades técnicas durante a laringoscopia. (No entanto, os estudos de ressonância magnética [MRI] chamaram isso em questão). (2) A laringe está localizada mais alta (mais cefálica) no pescoço, tornando as lâminas retas mais úteis do que as lâminas curvas. (3) A epiglote tem uma forma diferente, sendo curta, esguia, de forma omega, e inclinada sobre a entrada laríngea. O controlo com a lâmina de laringoscópio é, portanto, mais difícil. (4) As cordas vocais estão em ângulo; Conseqüentemente, um tubo traqueal passado cegamente pode facilmente se alojar na comissura anterior ao invés de deslizar na traquéia. (5) Finalmente, a laringe infantil tem forma de funil, sendo a porção mais estreita que ocorre na cartilagem cricóide (Figura 93-3). Ensino clássico tem sido que a laringe do adulto é cilíndrica e a laringe infantil é em forma de funil. Referência: Cot - Pediatric Anesthesia, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2757 - 2798. 43. Em relação ao período perioperatório da anestesia para transplante renal, podemos afirmar que a:

A. Anestesia espinhal está contra-indicada B. Administração endovenosa de succinilcolina é contra-indicada C. Anestesia geral endovenosa com propofol e opioides mostram melhores resultados comparadas à

anestesia inalatória com opioides D. Intubação em sequência rápida com pressão da cartilagem cricoide é a técnica mais utilizada

durante a realização da anestesia geral. Ponto 48 - Anestesia para Transplantes Resposta: D Comentário: A anestesia geral com intubação endotraqueal é o método anestésico preferido para o transplante renal na maioria dos centros médicos. Os objetivos da anestesia são: plano anestésico adequado, manutenção de estabilidade hemodinâmica e relaxamento muscular adequado para facilitar as condições cirúrgicas. A indução rápida da anestesia com pressão da cartilagem cricoide é o método preferido de indução para

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anestesia geral. A succinilcolina pode ser utilizada com segurança em doses normais em doentes com IRC quando os níveis de potássio estão dentro dos limites normais (normalmente < 5,5 mEq/L). Uma indução de sequência rápida modificada utilizando rocurônio 0,8 a 1,2 mg/kg por via intravenosa é um substituto apropriado para a succinilcolina quando existe hipercalemia ou outras contra-indicações a succinilcolina. Os anestésicos inalatórios voláteis são titulados ao nível de estimulação cirúrgica, que varia durante as fases do procedimento. Não existem vantagem da técnica inalatória ou endovenosa quando associados a opioides. Referência: Steadman RH, Wray CL - Anesthesia for Abdominal Organ Transplantation, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2262 - 2291. 44. Durante a anestesia geral para realização de ressonância magnética, os cabos de ECG e oximetria de pulso devem ser retificados, com mínimo contato ao longo do corpo do paciente. Esta conduta visa evitar:

A. Queimaduras no paciente B. Artefatos nas imagens do exame C. Interferências no traçado do ECG D. Efeito antena do oxímetro de pulso

Ponto 49 - Anestesia para Procedimentos fora do Centro Cirúrgico Resposta: A Comentário: Alguns riscos graves são atribuídos aos intensos campos magnéticos da ressonância magnética. Apesar da superfície corporal absorver a energia de radiofrequência, o aquecimento do paciente, geralmente, não é uma preocupação e a sua temperatura não aumenta mais que 1ºC. Por outro lado, existe a possibilidade de geração de calor nos fios de monitorização como resultado da indução eletromagnética; ressonância do circuito; e ou “efeito antena”. Foram relatadas lesões térmicas na área de eletrodos de ECG e probes de oxímetros de pulso. O probe do oxímetro de pulso deve ser colocado o mais distante possível do scanner. Efeito antena no probe pode resultar em lesão térmica. Os eletrodos de ECG devem ser colocados juntos em direção ao centro do campo magnético para evitar artefatos e isolar os cabos da pele do paciente, pois podem causar lesão térmica. Para evitar queimaduras, é recomendado que os fios de monitorização sejam mantidos retos ao longo do paciente, evitando-se voltas ou alças que podem resultar em lesão térmica; evitar que condutores toquem o paciente, especialmente em mais de um local; e inspecionar os fios dos monitores antes de cada uso, evitando o uso de fios desgastados ou em mau estado. Referência: Gross WL – Non Operating Room Anesthesia, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2646 - 2673. 45. Dificulta o alinhamento dos eixos oral, faríngeo e laríngeo:

A. Distância tireomentoniana de 6 cm B. Flexão de 35° da cabeça e pescoço sobre o tórax C. Ausência de espaço retromandibular complacente D. Extensão de 80° da cabeça e pescoço sobre o tórax

Ponto 5 - Vias Aéreas Resposta: C Comentário: A ausência de espaço retromandibular complacente tem relação com a dificuldade da luxação da língua para esta região, dificultando o alinhamento dos eixos oral, faríngeo e laríngeo Referência: Rosenblatt WH, Sukhupragarn W - Airway Management, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. - Clinical Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2013; 762 - 802. 46. A alodinia é definida como:

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A. Dor causada por estímulo não doloroso B. Resposta aumentada à estímulo doloroso C. Dor causada por lesão primária no sistema nervoso D. Sensação anormal desagradável espontânea ou evocada

Ponto 50 - Dor Aguda e Inflamação Resposta: A Comentário: A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) definiu vários termos de dor. A dor neuropática é dor iniciada ou causada por uma lesão primária ou disfunção no sistema nervoso. A disestesia é uma sensação anormal desagradável, seja espontânea ou evocada. A hiperalgesia é uma resposta aumentada a um estímulo que é normalmente doloroso. A alodinia é a dor causada por um estímulo que normalmente não provoca dor Referência: Macres SM, Moore PG, Fishman SM - Acute Pain Management, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. - Clinical Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2013; 1611 - 1644. 47. O opioide mais relacionado com o desenvolvimento de hiperalgesia é:

A. Morfina B. Sufentanil C. Meperidina D. Remifentanil

Ponto 51 - Dor Crônica Resposta: D Comentário: Os pacientes que no pós-operatórios receberam infusões de remifentanil podem ter uma maior incidência de hiperalgesia e necessitam de doses maiores de morfina para o controle pós-operatório do que os pacientes que receberam anestesia não baseada em remifentanil. Embora dados animais e humanos indiquem que todos os opióides podem causar hiperalgesia parece haver uma diferença gradual na prevalência, com a maior observação de hiperalgesia após tratamento com remifentanil. Essa alta incidência de hiperalgesia após infusão de remifentanil pode estar relacionada ao seu rápido desaparecimento da analgesia. A fim de evitar a dor severa após anestesia baseada em remifentanil, é aconselhável a administração de morfina (0,1 a 0,25 mg/kg) 45 a 60 minutos antes do final da cirurgia e a adição de infusão de ketamina em baixa dose pode prevenir o desenvolvimento da hiperalgesia com doses: 10 a 30 mg/h) devido às propriedades antagonistas de NMDA da cetamina. Referência: Dahan A, Niesters M, Olofsen E et al - Opioids, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. - Clinical Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2013; 501 - 522. 48. O uso da ventilação com pressão positiva contínua (CPAP) está associado com o aumento da:

A. Capacidade residual funcional pulmonar B. Contratilidade ventricular C. Complacência pulmonar D. Complacência ventricular

Ponto 52 - Suporte Ventilatório Resposta: A Comentário: CPAP melhora a oxigenação arterial por reexpandir alvéolos colapsados funcionalmente; Recrutamento alveolar definido como a quantidade de tecido não inflado que é rexpandido pelo nível dado do CPAP

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resulta em uma maior distribuição homogênea do volume corrente e aumento da capacidade residual funcional. CPAP afeta a hemodinâmica por vários mecanismos: redução do retorno venoso para o ventrículo direito; aumento da pós-carga ventricular direita; redução da complacência ventricular e redução da contratilidade ventricular. Referência: Grasso S, Mascia L, Ranieri VM - Respiratory Care, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 3063 - 3083. 49. A monitorização da temperatura central durante a anestesia é importante para a qualidade e segurança do procedimento. Sobre essa monitorização é correto afirmar:

A. Aferida no esôfago, nasofaringe ou reto B. Aferida com termômetros de superfície da pele C. Temperatura timpânica não reflete a temperatura central D. Indicada em anestesias com duração maior que 30 minutos

Ponto 53 - Qualidade e Segurança em Anestesia Resposta: D Comentário: A temperatura central deve ser monitorada nos pacientes submetidos à anestesia geral nas cirurgias com duração superior a 30 minutos Referência: Piccioni MA, Yamaguchi T - Hipotermia Induzida, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 1287 - 1296. 50. São dimensões e objetivos da qualidade em saúde, segundo o IOM (Institute of Medicine):

A. Equidade e eficiência B. Legitimidade e indicadores C. Coleta de dados e segurança D. Gestão e métodos quantitativos

Ponto 54 - Gerenciamento do Centro Cirúrgico Resposta: A Comentário: A IOM (Institute of medicine) descreve as seis dimensões e objetivos da qualidade: segurança, eficácia, atendimento centrado no paciente, pontualidade, eficiência e equidade. As ferramentas da qualidade para se atingir estes objetivos são: • Métodos quantitativos com base estatística • Coleta de dados (amostragem, gráficos, etc.) • Indicadores para gestão de qualidade • Indicadores assistenciais (APACHE etc.) • PDCA (Plan, Do, Check, Act) • Diagrama de “Espinha de Peixe” (Ishikawa) dentre outros. Referência: Martinez EA, Varughese AM, Buck DW, Heitmiller ES - Quality Improvement and Patient Safety, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 87 - 105. 51. Homem, 32 anos, IMC 38 kg.m

-2, vítima de acidente automobilístico há 72 horas, submetido à

fixação de vértebra torácica em decúbito ventral que durou 5 h. No intraoperátorio apresentou perda sanguínea de 30% de sua volemia e recebeu 5.000 mL de solução cristaloide. No pós-operatório imediato evoluiu com cegueira. Segundo a ASA, quantos fatores de risco intraoperatórios estão relacionados com esta complicação?

A. 1 B. 2 C. 3 D. 4

Ponto 6 – Posicionamento

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Resposta: D Comentário: Segundo a ASA, a perda visual por isquemia do nervo óptico está associada a fatores de risco após cirurgia espinhal e incluem: sexo feminino, obesidade, uso do suporte de Wilson, duração da anestesia, perda sanguínea aumentada e uso de não colóides para reposição volêmica. Referência: Horlocker TT, Wedel DJ - Anesthesia for Orthopaedic Surgery, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. - Clinical Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2013; 1440 - 1458. 52. Os dispositivos automatizados de monitorização da pressão arterial não invasiva utilizam a oscilometria. No período em que o manguito é desinsuflado, o ponto em que o sinal possui máxima amplitude é interpretado como a pressão arterial:

A. Média B. Sistólica C. Diastólica D. De pulso

Ponto 7 – Equipamentos Resposta: A Comentário: Os dispositivos automatizados de monitorização da pressão arterial não invasiva em unidades cirúrgicas utilizam uma aplicação mais sofisticada deste princípio. Estes dispositivos monitoram o sinal oscilante gerado no manguito pelas alterações da pressão arterial. O punho primeiro infla para acima da pressão sistólica, momento em que o sinal e as oscilações são abolidas. Em seguida, o manguito lentamente se esvazia de forma gradual. A pressão à qual o sinal de pressão oscilante aparece pela primeira vez é interpretada como a pressão sistólica. O sinal aumenta em amplitude à medida que a pressão do manguito diminui. O ponto em que o sinal está em amplitude máxima é interpretado como pressão arterial média. À medida que a pressão do manguito diminui ainda mais, as oscilações caem rapidamente. A pressão diastólica é inferida matematicamente a partir dos valores sistólicos e médios. Referência: Szocik J, Barker SJ, Tremper KK - Fundamental Principles of Monitoring Instrumentation, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 1315 - 1344. 53. Estrutura anatômica que tem por função processar informações sensoriais provenientes das regiões mais caudais do sistema nervoso central e se dirige para o córtex cerebral:

A. Bulbo B. Ponte C. Tálamo D. Mesencéfalo

Ponto 8 - Sistema Nervoso Central e Autônomo Resposta: C Comentário: O tálamo é a estrutura anatômica que tem por função processar informações sensoriais provenientes das regiões mais caudais do sistema nervoso central, que se dirigem para o córtex cerebral Referência: Figueiredo HG - Anatomia do Sistema Nervoso Central, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 293 - 303.

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54. Com relação a fisiologia da célula cardíaca é correto afirmar: A. A interação entre actina-miosina modula a contração da célula cardíaca B. O cálcio (Ca++) é um inativador específico do complexo troponina-miosina C. O complexo troponina-tropomiosina promove a contração do músculo cardíaco D. O nível do monofosfato de adenosina (AMP ciclíco) diminui durante a despolarização

Ponto 9 - Fisiologia e Farmacologia do Sistema Cardiocirculatório Resposta: B Comentário: A interação bioquímica e biofísica da actina-miosina no sarcômero determina a contração do musculo cardíaco. O complexo troponina-tropomiosina modula o acoplamento actina-miosina. A troponina contém receptores de Ca++, o qual é inativador específico do complexo troponina-tropomiosina e portanto , um ativador do complexo actina-miosina. O monofosfato de adenosina é um modulador da sensibilidade das proteínas da célula ao Ca++, sendo que o AMP cíclico aumenta durante a despolarização. Referência: Auler Jr JOC, Messias ERR, Galas FRBG - Fisiologia do Sistema Cardiovascular, em: Cangiani LM, Slullitel A, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 7a Ed, São Paulo, Atheneu, 2011; 765 - 778. 55. Contraindicações à máscara laríngea:

A. Decúbito lateral e lactente B. Abscesso faríngeo e hérnia de hiato C. Broncoespasmo e peso abaixo de 6,5 kg D. Estômago cheio e baixa pressão de pico inspiratório

Ponto 5 - Vias Aéreas Resposta: B Comentário: As contra-indicações à máscara laríngea incluem pacientes com abscessos faríngeos, obstrução faríngea, estômago cheio (gravidez, hérnia de hiato), e aqueles com grande resistência nas vias aéreas (broncoespasmo) ou baixa complacência pulmonar (obesidade) que requeira altos picos de pressão inspiratória. A máscara laríngea está disponível em vários tamanhos: nº 1 – para lactente (< 5 kg), nº 1,5 para criança de 5-10 kg, nº 2 para criança de 10-20 kg, nº 2,5 para criança de 20-30 kg, nº 3 para pacientes com mais de 30 kg, nº 4 para adulto pequeno, nº 5 para adulto normal, nº 6 para adultos grandes. Referência: Rosenblatt WH, Sukhupragarn W - Airway Management, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. - Clinical Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2013; 762 - 802. 56. Qual alteração fisiológica do sistema cardiovascular observada durante a gestação?

A. Aumento da frequência cardíaca em 50% B. Aumento da resistência vascular pulmonar em 35% C. Diminuição da resistência vascular sistêmica em 20% D. Diminuição do volume plasmático intravascular em 45%

Ponto 31 - Anestesia em Obstetrícia Resposta: C Comentário: Volume intravascular – aumento de 35-45% Volume plasmático intravascular – aumento de 45-55% Volume eritrocitário intravascular – aumento 20-30% Débito cardíaco – aumento 40-50%

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Volume sistólico – aumento 25-30% Frequência cardíaca – aumento 15-25% Resistência vascular sistêmica – diminuição 20% Resistência vascular pulmonar – diminuição 35% Pressão venosa central – inalterada Pressão capilar pulmonar em cunha – inalterada Referência: Flood P, Rollins MD - Anesthesia for Obstetrics, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 2328 - 2358. 57. Em relação à cefaleia pós-punção da dura-máter, assinale a alternativa correta:

A. Dor localizada na região frontal B. Frequente nos extremos de idade C. Mudança de decúbito não interfere na intensidade da dor D. Rigidez de pescoço, náuseas e vômitos podem estar presentes

Ponto 17 - Bloqueios Subaracnoideo e Peridural Resposta: D Comentário: A cefaléia pós-punção da dura-máter é evento adversos mais frequente da anestesia subaracnóidea. A cefaléia aparece nas regiões frontal, occipital e temporal, podendo irradiar-se para a região cervical, associando-se à rigidez da musculatura da nuca e dos ombros. Ela se agrava na posição sentada ou ereta, alivia em decúbito dorsal e exacerba com tosse ou movimentos bruscos da cabeça. Outros sintomas podem estar presentes como: distúrbios visuais, auditivos, rigidez do pescoço, náuseas e vômitos. A incidência da cefaléia é maior na faixa etária de 18 a 50 anos, diminuindo nos extremos de idade. Referência: Brull R, Macfarlane AJR, Chan VWS - Spinal, Epidural, and Caudal Anesthesia, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 1684 - 1720. 58. Qual alteração eletrocardiográfica está associada aos níveis séricos de potássio entre 5,5 a 6,4 mEq.L

-1?

A. Onda T apiculada B. Presença da onda U C. Complexo QRS alargado D. Intervalo PR prolongado

Ponto 27 - Reposição Volêmica e Transfusão Resposta: A Comentário: Hipercalemia. A hipercalemia (> 5,5 mEq/L) pode resultar de excesso de ingestão, falha de excreção ou mudança do compartimento intracelular para extracelular. A falha da secreção renal é mediada pela função celular prejudicada no canal coletor cortical, que depende da troca de Na+/K+ estimulada pela aldosterona através de ATPases basais Na+/K+ e canais luminais Na+ e K+. As características da hipercalemia incluem fraqueza muscular, paralisia e condução cardíaca alterada (aumento da auto-máticidade e aumento da repolarização) com consequentes alterações do ECG à medida que os níveis de K+ aumentam:

5,5 a 6,5 mEq/L: ondas T altas, em pico

6,5 a 7,5 mEq/L: intervalo PR prolongado

Maior que 7,5 mEq/L: QRS alargado

Maior que 9,0 mEq/L: Sinewavepattern, bradicardia, taquicardia ventricular, aumento do risco de parada cardíaca

Referência:Edwards MR, Grocott MPW - Perioperative Fluid and Electrolyte Therapy, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 1767 - 1810.

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59. Em relação à reanimação cardiopulmonar de alta qualidade no adulto, recomenda-se:

A. Manter hiperventilação B. Comprimir o tórax com frequências abaixo de 100/min C. Compressões torácicas com profundidade maior que 7 cm D. Permitir o retorno total do tórax após cada compressão torácica

Ponto 16 - Parada Cardíaca e Reanimação Resposta: D Comentário: Tem-se dado ênfase permanente nas características de uma RCP de alta qualidade: comprimir o tórax com frequência e profundidade adequadas, permitir o retorno total do tórax após cada compressão, minimizar interrupções nas compressões e evitar ventilação excessiva. A velocidade recomendada para as compressões torácicas é de 100 a 120/min (atualizada em relação ao mínimo de 100/min). (Miller - no mínimo 100 - AHA 2010). A recomendação para a profundidade das compressões torácicas em adultos é de, pelo menos, 2 polegadas (5 cm), mas não superior a 2,4 polegadas (6 cm) (Miller - no mínimo 5 cm- AHA 2010). Referência: Mcglinch BP, White RD - Cardiopulmonary Resuscitation: Basic and Advanced Life Support, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 3182 - 3215. 60. Qual parâmetro da solução anestésica que mais influencia na disseminação da anestesia no espaço peridural?

A. Dose B. Volume C. Concentração D. Adição de vasoconstritor

Ponto 14 - Farmacologia dos Anestésicos Locais Resposta: B Comentário: A medida que a dose de anestésico local é aumentada, aumenta a probabilidade e a duração da anestesia satisfatória e o tempo de início do bloqueio é reduzido. A dose de anestésico local pode ser aumentada administrando um volume maior ou uma solução mais concentrada. Por exemplo, o aumento da concentração de bupivacaína administrada por via epidural de 0,125% para 0,5%, mantendo o mesmo volume de injetado (10mL), resultou em início mais rápido, maior incidência de analgesia satisfatória e maior duração da analgesia sensorial. O volume de solução anestésica provavelmente influencia a disseminação da anestesia. Por exemplo, 30 mL de lidocaína a 1% administrada no espaço peridural produz um nível de anestesia que é de 4,3 dermátomos maior do que o obtido quando são administrados 10 mL de lidocaína a 3%. Referência: Berde CB, Strichartz GR - Local Anesthetics, em: Miller RD - Miller's Anesthesia, 8th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2015; 1028 - 1053.