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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437 Ano XV - Edição 165 - JULHO / 2017 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • CURSO DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA E PASSES. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Nos Domínios da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). – 18: às 18:40 Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes) QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon DeniS (livro: Depois da Morte). 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos – 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo (2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). – 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). – 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel (1º e 3 o sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. pág. 6 pág. 2 pág. 3 pág. 14 Vida – Dádiva de Deus: Eutanásia: Interseção na Trajetória do Espírito Emmanuel e os Ensinamentos dos Apóstolos: Estás Doente? pág. 15 Estudando a Gênese: Período Geológico da Terra pág. 11 Deus Causa Primeira: Deus Não se Mostra, Mas se Revela Pelas Suas Obras Semeando o Evangelho de Jesus: A Beneficência Revista Espírita: Processo Intelectual Nesta Edição : Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) Teremos neste mês, aqui em nossa querida Casa Espírita, um Encontro Espírita de corações que se propõem a refletir sobre o valor da Família. Muitas vezes nos questionamos: por que estou nesse grupo familiar? Por que determinado familiar me causa tantos problemas e desilusões, ao passo que outro me traz muitas alegrias? Quem são meus filhos? Meus pais? Será que pertenço à mesma categoria de espíritos daqueles com quem convivo, que a meus olhos são tão endurecidos, complica- dos? O estudo da Doutrina Espírita nos mostra que certamente temos al- gum débito a quitar com esses familiares e, também, algum aprendizado a obter com o convívio e que aquele que está ao nosso lado não nos é desconhecido. Razões profundas fazem com que esse ou aquele fami- liar esteja junto a nós. Questionemos também: será que meus familiares também se desencantaram de mim? Será que também estou complican- do a convivência com eles? Cada ser humano traz em si um “baú” de experiências e, pela oportunidade de convivência conosco, muitos ensinamentos são compartilhados. Somos espíritos imortais que no momento estamos mergulhados no mundo material. A nossa verdadeira “casa” é o Uni- verso. Ao participar desse Encontro Espírita sobre a Família encontrarás res- postas para muitas das tuas indagações. Esperamos por ti. Deus nos abençoe e fortaleça nossa Família. Paz!!!! Editorial Por que Viver em Família?

Cursos no C.E.I.C. Editorial Por que Viver em Família?irmaoclarencio.org.br/pdf/clareando/Jul_2017.pdf · 2018-09-02 · Espírita de corações que se propõem a refletir sobre

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437

Ano XV - Edição 165 - JULHO / 2017

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.

TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.

TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de orientação MediúniCa e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Nos Domínios da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão

QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).– 18: às 18:40Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes)

QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).– 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos– 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo (2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.

Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).– 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).– 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• O pensamento de Emmanuel (1º e 3o sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C.

pág. 6

pág. 2

pág. 3

pág. 14

Vida – Dádiva de Deus:Eutanásia: Interseção na Trajetória do Espírito

Emmanuel e os Ensinamentos dos Apóstolos:Estás Doente?

pág. 15

Estudando a Gênese:Período Geológico da Terra

pág. 11Deus Causa Primeira:Deus Não se Mostra, Mas se Revela Pelas Suas Obras

Semeando o Evangelho de Jesus:A Beneficência

Revista Espírita:Processo Intelectual

Nesta Edição :

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

Teremos neste mês, aqui em nossa querida Casa Espírita, um Encontro Espírita de corações que se propõem a refletir sobre o valor da Família.

Muitas vezes nos questionamos: por que estou nesse grupo familiar? Por que determinado familiar me causa tantos problemas e desilusões, ao passo que outro me traz muitas alegrias? Quem são meus filhos? Meus pais? Será que pertenço à mesma categoria de espíritos daqueles com quem convivo, que a meus olhos são tão endurecidos, complica-dos?

O estudo da Doutrina Espírita nos mostra que certamente temos al-gum débito a quitar com esses familiares e, também, algum aprendizado a obter com o convívio e que aquele que está ao nosso lado não nos é desconhecido. Razões profundas fazem com que esse ou aquele fami-liar esteja junto a nós. Questionemos também: será que meus familiares também se desencantaram de mim? Será que também estou complican-do a convivência com eles?

Cada ser humano traz em si um “baú” de experiências e, pela oportunidade de convivência conosco, muitos ensinamentos são compartilhados. Somos espíritos imortais que no momento estamos mergulhados no mundo material. A nossa verdadeira “casa” é o Uni-verso.

Ao participar desse Encontro Espírita sobre a Família encontrarás res-postas para muitas das tuas indagações.

Esperamos por ti.

Deus nos abençoe e fortaleça nossa Família.Paz!!!!

Editorial

Por que Viver em Família?

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 2

A existência de Deus é, pois, uma realidade com-provada não só pela reve-lação, como pela evidên-cia material dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram; entretan-to, creem instintivamente na existência de um poder sobre humano. Eles veem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que essas coisas provêm de um ente supe-rior à Humanidade. Não demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coi-sas se fizeram a si mesmas?

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “Existência de Deus”.

Fonte: A Gênese, capítulo II, item 7, Editora FEB.

“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.

(O Livro dos Espíritos, questão 1).A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão respon-derá”.

(O Livro dos Espíritos, questão 4).

Deus – Causa Primeira

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do Mês:

Sugestão de Leitura

Deus Não se Mostra, mas se Revela Pelas suas Obras(*)

Espiritismo Passo a Passo com Kardec, Cristiano TorchiEditora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 3

A beneficência, meus amigos, dar--vos-á nesse mundo os mais puros e suaves deleites, as alegrias do coração, que nem o remorso, nem a indiferen-ça perturbam. Oh! Pudésseis com-preender tudo o que de grande e de agradável encerra a generosidade das almas belas, sentimento que faz olhe a criatura as outras como olha a si mes-ma, e se dispa, jubilosa, para vestir o seu irmão! Pudésseis, meus amigos, ter por única ocupação tornar felizes os outros! Quais as festas mundanas que podereis comparar às que celebrais quando, como representan-tes da Divin-dade, levais a alegria a essas famílias que da vida apenas conhecem as vicissitudes e as amarguras, quando vedes nelas os sem-blantes macerados refulgirem subita-mente de esperança, porque, faltos de pão, os desgraçados ouviam seus filhinhos, ignorantes de que viver é so-frer, gritando repetidamente, a chorar, estas palavras, que, como agudo pu-nhal, se lhes enterravam nos corações maternos: “Estou com fome!...” Oh!

Compreendei quão deliciosas são as impressões que recebe aquele que vê renascer a alegria onde, um momento antes, só havia desespero! Compreendei as obrigações que tendes para com os vossos irmãos! Ide, ide ao en-contro do infortúnio; ide em socorro, sobretudo, das misérias ocultas, por se-rem as mais dolorosas! Ide, meus bem--amados, e tende em mente estas pa-lavras do Salvador: “Quando vestirdes a um destes pequeninos, lembrai-vos de que é a mim que o fazeis!” Carida-

de! Sublime palavra que sintetiza todas as virtudes, és tu que hás de conduzir os povos à feli-cidade. Prati-cando-te, cria-rão eles para si infinitos gozos no futuro e,

enquanto se acharem exilados na Ter-ra, tu lhes serás a consolação, o preli-bar das alegrias de que fruirão mais tarde, quando se encontrarem reunidos no seio do Deus de amor. Foste tu, vir-tude divina, que me proporcionaste os únicos momentos de satisfação de que gozei na Terra. Que os meus irmãos

encarnados creiam na palavra do ami-go que lhes fala, dizendo-lhes: é na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida. Oh! Quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo de vós; vede que de misérias a aliviar, que de pobres crianças sem família, que de velhos sem qualquer mão amiga que os ampare e lhes feche os olhos quando a morte os reclame! Quanto bem a fazer! Oh! Não vos queixeis; ao contrário, agradecei a Deus e prodigalizai a man-cheias a vossa simpatia, o vosso amor, o vosso dinheiro por todos os que, de-serdados dos bens desse mundo, en-languescem na dor e no insulamento! Colhereis nesse mundo bem doces ale-grias e, mais tarde... só Deus o sabe!...

Adolfo, bispo de Argel. (Bordéus, 1861.)

Fonte: o Evangelho Segundo o Espiri-tismo, Allan Kardec, capítulo XIII, item 11, editora FEB.

...é na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da

alma, o remédio para as aflições da vida. ...

A Beneficência

Semeando o Evangelho de Jesus

“Eis que o Semeador saiu a semear.”Mateus, 13:3

Venha estudar conosco O Livro

dos Espíritos Allan Kardec

Procure a Secretaria de Cursos

para informações

ConviteVenha estudar conosco

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Allan KardecProcure a

Secretaria de Cursos para informações

ConviteVenha estudar conosco

A Gênese Allan Kardec

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Convite

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 4

Qual o médium que se poderia qualificar de perfeito?

“Perfeito, ah! bem sabes que a perfeição não existe na Terra, sem o que não estaríeis nela. Dize, por-tanto, bom médium e já é muito, por isso que eles são raros. Médium perfeito seria aquele contra o qual os maus Espíritos jamais ousassem, uma tentativa de enganá-lo. O me-lhor é aquele que, simpatizando somente com os bons Espíritos, tem sido o menos enganado.”

Se ele só com os bons Espíritos simpatiza, como permitem estes que seja enganado?

“Os bons Espíritos permitem, às vezes, que isso aconteça com os melhores médiuns, para lhes exercitar a ponderação e para lhes ensinar a discernir o verdadeiro do falso. Depois, por muito bom que

seja, um médium jamais é tão per-feito, que não possa ser atacado por algum lado fraco. Isto lhe deve servir de lição. As falsas comunica-ções, que de tempos a tempos ele recebe, são avisos para que não se considere infalível e não se enso-berbeça. Porque, o médium que receba as coisas mais notáveis não tem que se gloriar disso, como não o tem o tocador de realejo que ob-tém belas árias movendo a manive-la do seu instrumento.”

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “Da Influência Moral do Médium”.

Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, 2ª parte, capítulo XX, item 226, perguntas 9 e 10, Editora FEB.

“Da mesma forma que a Física, a Química, a Botânica, a Astronomia têm os seus aparelhos apropriados, segundo a necessidade dos seus estudos, o Espiritismo tem um aparelho, um instrumento, o médium, com o qual estuda a alma e suas manifestações. É com este auxiliar indispensável que penetra no labirinto da Psicologia e da Parapsicologia para a descoberta do Novo Mundo e o estreitamento de relações com seus habitantes”.

Cairbar Schutel (Médiuns e Mediunidades, Editora “O Clarim”).

Estudando Sobre Mediunidade

Médium Perfeito(*)

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração. Conta:

Dia: 09/07/2017 - 16 horasCulto no Lar de

Leda Souza e Souza

Atividades Doutrinárias

Acesse oBoletim Clareando

através do site www.irmaoclarencio.org.br

clique no link

informativo do CeiC

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 5

Espiritismo e Ciência

A Vida – Força Organizadora(*)

Que é o que faz com que uma árvore em pleno viço conserve seus ramos e suas folhas, enquanto que outra, que dizemos “morta”, se que-bra e cai em pedaços, desde que a toquemos? Alguma coisa deve ha-ver, a que chamamos vida, que ani-ma o organismo vivo, alguma coisa com o poder de imprimir forma e expressão à substância e que, quan-do ausente, forma e expressão de-saparecem, voltando a substância, que antes era animada, a fazer parte da terra.

É, pois, evidente haver alguma coisa que não pode ser vista, nem tocada e que, no entanto, é real e possante, e dispõe da faculdade de extrair formas da terra inanimada. Digo-a possante, porque se mostra capaz de levantar e manter ereta a matéria, em oposição à força de gravidade, que logo volta a prepon-derar, desde que essa alguma coisa abandona a substância, que, então, passa a ser influenciada por todas as forças da Natureza. Um homem, um animal, uma árvore podem con-servar-se eretos, enquanto essa força de vida o permite, caindo por terra, no momento em que ela se retira. A vida, portanto, é uma força orga-nizadora (¹), que pode contrariar a tendência à desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desor-ganizada. A vida, conseguintemente, não pode ser parte da matéria, do mesmo modo que um oleiro não é parte da argila que ele emprega nos seus moldes, e, além disso, tem per-sonalidade. Toda coisa viva a tem, porquanto, toda coisa viva difere de qualquer outra coisa viva. Essa força de vida, – vê-se pela argumentação que vimos desenvolvendo –, tem poderes que ultrapassam os que se

“A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra, as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se”.

(ESE, capítulo I, item 8).

atribuem à matéria. É mais poderosa do que esta, pode organizá-la, logo: pensa. Ao demais, tem individualida-de, donde o pode-remos dar com se-gurança um passo à frente e dizer que essa força organi-zadora é também influenciada pela mente e que isso a que chamamos mente deve ser, no Universo, a força vivificante, ativa, dominadora e diretora. A mente go-verna a vida e a vida governa a ma-téria.

Pode-se definir a morte humana como sendo o ato de deixar a força da vida de estar associada à maté-ria, e fora ilógico deduzir-se que a existência dessa alguma coisa que dispõe de tal poder cessa, quando não mais observamos a ação dos seus poderes organizadores. Ainda que não a vejamos operar, lógico e razoável é admitamos que a mente continua a governar, onde quer que seja, a substância etérea. A matéria, sabemo-lo, pode ser transformada, porém, não destruída. Por conse-guinte, justo é se admita que o que governa a matéria não pode sofrer destruição. (...).

Morrer, dissemos, é tão fácil, tão simples, quanto o adormecer e des-pertar. O nosso corpo etéreo escapa--se do corpo físico, levando consigo a mente e nós despertamos noutro meio, onde encontramos os amigos a nos ajudar e instruir em nova vida. A morte é apenas o separar-se esse corpo ou estrutura etérea, do corpo físico. Este último volta para a Terra e aquele, dirigido pela mente, con-

tinua a atuar no mundo etéreo que, embora interior e exterior ao mundo físico, ainda não podemos apreciar, enquanto nos achamos encerrados no corpo perecível. (...).

A individualidade, portanto, per-manece independente da matéria física; continuamos a pensar, fora do que é físico, do mesmo modo que pensamos agora, por isso que pequena quantidade de mente que cada um de nós possui é a mesma que atua, quando temos unicamen-te o corpo etéreo.

Continuamos, pois, a existir, como unidades pensantes isoladas, no mundo etéreo, tal qual presen-temente; com a mesma capacidade que aqui temos de expender os nos-sos pensamentos: as nossas mentes se desenvolvem no novo ambiente e, talvez, de maneira mais rápida, fora da matéria física. (...).

(¹) Grifos nossos.(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “O Universo de Éter”.

Fonte: No Limiar do Etéreo, J. Arthur Findlay, capítulo II, Editora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 6

Revista Espírita

Progresso IntelectualNada se perde neste mundo, não só na matéria, onde tudo se renova inces-santemente, aperfeiçoando-se segundo leis imutáveis aplicadas a todas as coi-sas pelo Criador, como, também, no do-mínio da inteligência. A Humanidade é semelhante a um homem que vivesse eternamente e adquirisse continuamen-te novos conhecimentos. Isto não é uma imagem, mas uma realidade, porque o Espírito é imortal; somente o corpo, en-voltório ou vestimenta do Espírito, cai quando gasto e é substituído por outro. A própria matéria sofre modificações. À medida que o Espírito se depura, ad-quire novas riquezas e merece, se assim me posso exprimir, uma roupagem mais luxuosa, mais agradável, mais cômoda, para empregar vossa linguagem terrena. A matéria se sublima e se torna cada vez mais leve, sem jamais desaparecer completamente, pelo menos nas regiões médias; quer como corpo, quer como perispírito, ela acompanha sempre a in-teligência e lhe permite, por este ponto de contato, comunicar-se com seus in-feriores, seus iguais e seus superiores, para instruir, meditar e aprender. Disse-mos que nada se perde em a Natureza. Acrescentamos: nada é inútil. Tudo, das

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”.

(Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).

Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35-4º: “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (*), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

(*) O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º.

criaturas mais perigosas até os venenos mais sutis, têm a sua razão de ser. Quan-tas coisas haviam sido julgadas inúteis ou prejudiciais e cujas vantagens foram reconhecidas mais tarde! Outro tanto se dá com as que não compreendeis. Sem tratar a fundo a questão, apenas direi que as coisas nocivas vos obrigam a atenção e a vigilância que exercitam a inteligên-cia, ao passo que se o homem nada tives-se a temer, abandonar-se-ia à preguiça, em prejuízo de seu desenvolvimento. Se a dor ensina a gemer, gemer é um ato de inteligência. Deus, sem dúvida, como objetam alguns, poderia vos ter poupa-do das provações e dificuldades, que vos parecem supérfluas; mas se os obstáculos vos são opostos, é para despertar em vós os recursos adormecidos; é para impul-sionar os tesouros da inteligência, que ficariam enterrados no vosso cérebro, se uma necessidade, um perigo a evitar não vos viesse forçar a velar por vossa conservação. O instinto nasce; a inteli-gência o segue, as ideias se encadeiam e está inventado o raciocínio. Se racio-cino, julgo, bem ou mal, é verdade, mas é raciocinando errado que se aprende a reconhecer a verdade; quando se é enga-nado várias vezes, acaba-se acertando; e

esta verdade, esta inteligência, obtidas por tanto trabalho, adquirem um preço infinito e vos faz considerar a sua posse como um bem inestimável. Temeis ver se perderem descobertas que fizestes; que fazeis, então? Instruís vossos filhos, vossos amigos; desenvolveis sua inte-ligência, a fim de nela semear e fazer frutificar o que adquiristes a preço de esforços intelectuais. É assim que tudo se encadeia, que o progresso é uma lei natural e que os conhecimentos hu-manos, acrescidos paulatinamente, se transmitem de geração em geração. Que, depois disto, vos venham dizer que tudo é matéria! Em sua maioria, os materialistas não repelem a espirituali-dade senão porque, sem isto, precisa-riam mudar o gênero de vida, atacar os seus erros, renunciar aos seus hábitos. Seria muito custoso, razão por que acham mais cômodo tudo negar.

Pascal (Sociedade de Paris, 31 de março de 1865 – Médium: Sr. Desliens)

Fonte: Revista Espírita, Allan Kardec, maio, 1865, editora FEB.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“A Lei de Amor vai determinando comportamento às criaturas; nós os que estamos envolvidos nas tarefas de aprendizado cristão saibamos sustentar valores maiores em nossos espíritos, mas saibamos buscar, também no amor, a solução para todos os nossos problemas.”

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 7

A Família na Visão Espírita

A Influência da Mídia Riscos para a Convivência FamiliarA propósito de pergunta sobre família virtual, formulada em en-trevista pela Rádio “Boa Nova” (de Guarulhos), passamos a meditar sobre algumas alterações que ocor-rem no seio familiar.

Na rotina doméstica, face às ne-cessidades de manutenção do lar, os pais permanecem fora de casa a maior parte do dia. As crianças são entregues ao contato com outras pessoas e à famosa “babá eletrôni-ca”. Aliás, a TV se esmera em pro-gramas de mau gosto, em flagrante incentivo à violência e maus há-bitos. Até em inocentes desenhos animados são empregadas figuras grotescas que, no passado, tran-quilamente passariam por “bichos papões”!

Depois de certa idade, as crian-ças ficam afeitas a videogames, jogos eletrônicos e ao encantado mundo do computador. Este é óti-mo, mas será que o uso dele e até as intérminas navegações pela in-ternet – com acessos a dados nem sempre nobres e úteis -, não criam certa alienação?

À noite, as antigas reuniões familiares e de convívio entre famílias e vizinhos, são substituídas pelo acompanhamento de novelas. Há algumas interessantes e até com enredo literário e histórico. Todavia, a maioria delas é “fabricada” – com o objetivo de aumentar e manter au-diência -, com temas repetitivos, degradantes, travestidos de roupa-gens bem urdidas de vida jovem, moderna e dinâmica.

Outro fato alimentado pelo mo-dismo novelesco e pela vida livre

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”.

Paulo (I Timóteo, 5:6)

e descompromissada desejada por parcelas da juventude é a tendên-cia dos filhos montarem suas viven-das e assumirem vidas independen-tes de seus pais.

Quantas formas e apelos ao in-dividualismo!

O Espiritismo, como doutrina reencarnacionista, assegura o di-reito e o respeito que distinguem a individualidade. Todavia, não de-fende o individualismo. Aliás, ao se ler questões de O Livro dos Espí-ritos sobre os laços de família e so-bre os laços sociais, fica claro que a família é o antídoto ao egoísmo. Sem os laços de família haveria o recrudescimento do egoísmo. Daí a tônica da campanha “Viver em Família”, realizada há quatro anos.

A família é espaço para convi-vência. Aliás, a palavra convivên-cia pode ser decomposta, sendo “vivência” entendida como sinôni-mo de vida. Assim, haveria o en-tendimento de vida, e “vivência + com” seria a vivência com alguém ou com um grupo. A visão reen-carnacionista amplia a compreen-são do cenário familiar, até como cadinho depurador. E a atual visão sistêmica da família corrobora este entendimento ampliado. Desta convivência salutar é que se cria condição, dentro do lar, para o pre-paro do cidadão à convivência so-cial. Pelo menos, é a etapa inicial, a contribuição do berço doméstico, com oportunidades de educação e de aprimoramento para o espírito reencarnado.

Aspecto muito lembrado em nossos dias é o da qualidade do

relacionamento. A rigor, viver em família não significa o fechamento em torno de um clã, com visões meramente endógenas, ou a vivên-cia com hábitos e padrões que não unem nem melhoram a família. Em número de horas-dia, a convivên-cia poderá até ser pequena. Toda-via, toda a ambientação propiciada pelo exemplo, pelo esforço de se valorizar a família, e as orientações dignas e seguras, deve falar alto e, sem dúvida, são o padrão de qua-lidade.

O convívio familiar deve ser o antídoto ao individualismo, à alie-nação e ao egoísmo. Indubitavel-mente, estes são os grandes riscos que induzem ao fracasso dos elos familiares e sociais.

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Fonte: Revista Internacional de Es-piritismo, janeiro de 1998.

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 8

Clareando as Ideias com Kardec

loCal: Centro espírita irmão ClarênCio

Encontros E Seminários

60 enContro espírIta

soBre a FamílIa

data: 23/07/2017

Em Julho

Povoamento da Terra. Adão

Eventos Em JulhoFesta JunIna

data: 16/07/2017Hora: 12 às 18H

50. A espécie humana começou por um único homem?“Não; aquele a quem chamais Adão não foi o primeiro, nem o único a povoar a Terra.”51. Poderemos saber em que épo-ca viveu Adão?“Mais ou menos na que lhe assi-nais: cerca de 4.000 anos antes do Cristo.”

Nota de Kardec - O homem, cuja tradição se conservou sob o nome de Adão, foi dos que sobrevive-ram, em certa região, a alguns dos grandes cataclismos que re-volveram em diversas épocas a superfície do globo, e se consti-tuiu tronco de uma das raças que atualmente o povoam. As leis da

Natureza se opõem a que os pro-gressos da Humanidade, compro-vados muito tempo antes do Cris-to, se tenham realizado em alguns séculos, como houvera sucedido se o homem não existisse na Terra senão a partir da época indicada para a existência de Adão. Mui-tos, com mais razão, consideram

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

Adão um mito ou uma alegoria que personifica as pri-meiras idades do mundo.Diversidade das Raças Humanas52. Donde pro-vêm as diferenças físicas e morais que distinguem as raças humanas na Terra?“Do clima, da vida e dos costu-mes. Dá-se aí o que se dá com dois filhos de uma mesma mãe que, educados longe um do outro e de modos diferentes, em nada se assemelharão, quanto ao mo-

ral.”53. O homem sur-giu em muitos pon-tos do globo?“Sim e em épocas várias, o que tam-

bém constitui uma das causas da diversidade das raças. Depois, dis-persando-se os homens por climas diversos e aliando-se os de uma aos de outras raças, novos tipos se formaram.”53-a. Estas diferenças constituem espécies distintas?“Certamente que não; todos são

da mesma família. Porventura as múltiplas variedades de um mes-mo fruto são motivo para que elas deixem de formar uma só espé-cie?”54. Pelo fato de não proceder de um só indivíduo a espécie huma-na, devem os homens deixar de considerarem-se irmãos?“Todos os homens são irmãos em Deus, porque são animados pelo espírito e tendem para o mesmo fim. Estais sempre inclinados a to-mar as palavras na sua significa-ção literal.”

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, 1ª parte, capítulo III, Edi-tora FEB.

“A espécie humana começou por um único homem?”

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 9

Felicidade RelativaPor toda parte, a vida e o movi-mento: nenhum canto do infinito despovoado, nenhuma região que não seja incessantemente percor-rida por legiões inumeráveis de Espíritos radiantes, invisíveis aos sentidos grosseiros dos encarna-dos, mas cuja vista deslumbra de alegria e admiração as almas li-bertas da matéria. Por toda parte, enfim, há uma felicidade relati-va a todos os progressos, a todos os deveres cumpridos, trazendo cada um consigo os elementos de sua felicidade, decorrente da ca-tegoria em que se coloca pelo seu adiantamento. Das qualidades do indivíduo depende-lhe a felicida-de, e não do estado material do meio em que se encontra, poden-do a felicidade, portanto, existir em qualquer parte onde haja Es-píritos capazes de gozá-la. Ne-nhum lugar lhe é circunscrito e assinalado no Universo. Onde quer que se encontrem, os Espí-ritos podem contemplar a majes-tade divina, porque Deus está em toda parte.

Entretanto, a felicidade não é pessoal: Se a possuíssemos so-mente em nós mesmos, sem poder

reparti-la com outrem, ela seria tristemente egoísta. Também a en-contramos na comunhão de ideias que une os seres simpáticos. Os Espíritos felizes, atraindo-se pela similitude de gestos e sentimen-tos, formam vastos agrupamentos ou famílias homogêneas, no seio das quais cada individualidade irradia as qualidades próprias e satura-se dos eflúvios serenos e benéficos emanados do conjunto. Os membros deste, ora se disper-sam para se darem à sua missão, ora se reúnem em dado ponto do Espaço a fim de se prestarem con-tas do trabalho realizado, ora se congregam em torno dum Espírito mais elevado para receberem ins-truções e conselhos.

Posto que os Espíritos estejam por toda parte, os mundos são de preferência os seus centros de atração, em virtude da analo-gia existente entre eles e os que os habitam. Em torno dos mun-dos adiantados abundam Espí-ritos superiores, como em torno dos atrasados pululam Espíritos inferiores. Cada globo tem, de alguma sorte, sua população pró-pria de Espíritos encarnados e

desencarnados, alimentada em sua maioria pela encarnação e desencarnação dos mesmos. Esta população é mais estável nos mundos inferiores, pelo apego deles à matéria, e mais flutuante nos superiores. Destes últimos, porém, verdadeiros focos de luz e felicidade, Espíritos se destacam para mundos inferiores a fim de neles semearem os germens do progresso, levar-lhes consolação e esperança, levantar os ânimos abatidos pelas provações da vida. Por vezes também se encarnam para cumprir com mais eficácia a sua missão.

Nessa imensidade ilimitada, onde está o Céu? Em toda parte. Nenhum contorno lhe traça limi-tes. Os mundos adiantados são as últimas estações do seu caminho, que as virtudes franqueiam e os vícios interditam. (...).

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “O Céu”.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 1ª parte, capítulo III, itens 15 a 18, Editora FEB.

Céu e Inferno – Esperanças e Consolações

A obra O Céu e o Inferno, Allan Kardec, “objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no mundo espiritual, como consequência de seus próprios atos”.

(O Céu e o Inferno, capa, 61ª edição, Editora FEB).

E assim, reencarnando e desencarnando, o Espírito prossegue em sua jornada em busca da perfeição, sendo herdeiro de si mesmo.

Aviso Importante Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das

Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 10

Do Outro Lado da Vida

FélicienEra um homem rico, instruído, poeta de espírito, possuidor de caráter são, obsequioso e ameno, de perfeita honradez. Falsas espe-culações comprometeram-lhe a fortuna, e, não lhe sendo possível repará-la em razão da idade avan-çada, cedeu ao desânimo, enfor-cando-se em dezembro de 1864, no seu quarto de dormir. Não era materialista nem ateu, mas um homem de gênio um tanto super-ficial, ligando pouca importância ao problema da vida de além-tú-mulo. Conhecendo-o intimamen-te, evocamo-lo, quatro meses após o suicídio, inspirados pela simpa-tia que lhe dedicávamos.

Evocação. - Choro a Terra na qual tive decepções, porém me-nores do que as experimentadas aqui. Eu, que sonhava maravilhas, estou abaixo da realidade do meu ideal. O mundo dos Espíritos é bastante promíscuo, e para torná--lo suportável fora mister uma boa triagem. Custa-me a crer. Que es-boço de costumes espíritas se po-deria fazer aqui! O próprio Balzac, estando no seu elemento, não faria tal esboço senão de modo rústico. Não o lobriguei, porém... Onde estarão esses grandes Espíritos que tão energicamente profligaram os vícios da Humanidade! Deviam eles, como eu, habitar por aqui antes de se alçarem a regiões mais elevadas. Apraz-me observar este curioso pandemônio, e assim fico por aqui.

Nota - Apesar de o Espírito nos declarar que se acha numa socie-dade assaz promíscua e, por con-seguinte, de Espíritos inferiores, surpreendeu-nos a sua linguagem, dado o gênero de morte, ao qual, aliás, não faz qualquer referência. A não ser isso, tudo mais refletiu

A vida do Espírito é imortal; a vida do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, o Espírito retoma a vida imortal, conservando sua individualidade, não perdendo seu corpo espiri-tual, ou seja, seu perispírito.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 153, 150 e 150-a).

seu caráter. Tal circunstância dei-xava-nos em dúvida sobre a iden-tidade.

- P. Tende a bondade de nos dizer como morrestes...

- R. Como morri? Pela morte por mim escolhida, a que mais me agradou, sendo para notar que me-ditei muito tempo nessa escolha com o intuito de me desembara-çar da vida. Apesar disso, confesso que não ganhei grande coisa: - li-bertei-me dos cuidados materiais, porém, para encontrá-los mais graves e penosos na condição de Espírito, da qual nem sequer pre-vejo o termo.

- P. (ao guia do médium). O Espírito em comunicação será efetivamente o de Félicien? Esta linguagem, quase despreocupada, torna-se suspeita em se tratando de um suicida...

- R. Sim. Entretanto, por um sentimento justificável na sua po-sição, ele não queria revelar ao médium o seu gênero de morte. Foi por isso que dissimulou a frase, acabando, no entanto por confes-sá-lo diante da pergunta direta que lhe fizestes, e não sem angústias. O suicídio fá-lo sofrer muito, e por isso desvia, o mais possível, tudo o que lhe recorde o seu fim funesto.

- P. (ao Espírito). A vossa de-sencarnação tanto mais nos como-veu, quanto lhe prevíamos as tris-tes consequências, além da estima e intimidade das nossas relações. Pessoalmente, não me esqueci do quanto éreis obsequioso e bom para comigo. Seria feliz se pudesse testemunhar-vos a minha gratidão, fazendo algo de útil para vós.

- R. Entretanto, eu não podia furtar-me de outro modo aos em-baraços da minha posição mate-rial. Agora, só tenho necessidade

de preces; orai, principalmente, para que me veja livre desses hór-ridos companheiros que aqui es-tão junto de mim, obsidiando-me com gritos, sorrisos e infernais mo-tejos. Eles chamam-me covarde, e com razão, porque é covardia renunciar à vida. É a quarta vez que sucumbo a essa provação, não obstante a formal promessa de não falir... Fatalidade!... Ah! Orai... Que suplício o meu! Quan-to sou desgraçado! Orando, fazeis por mim mais que por vós pude fa-zer quando na Terra; mas a prova, ante a qual fracassei tantas vezes, aí está retraçada, indelével, diante de mim! E preciso tentá-la nova-mente, em dado tempo... Terei for-ças? Ah! Recomeçar a vida tantas vezes; lutar por tanto tempo para sucumbir aos acontecimentos, é desesperador, mesmo aqui! Eis por que tenho carência de força. Dizem que podemos obtê-la pela prece... Orai por mim, que eu que-ro orar também.

Nota de Kardec- Este caso par-ticular de suicídio, posto que rea-lizado em circunstâncias vulgares, apresenta uma feição especial. Ele mostra-nos um Espírito que su-cumbiu muitas vezes à provação, que se renova a cada existência e que renovará até que ele tenha for-ças para resistir.

Assim se confirma o fato de não haver proveito no sofrimento, sempre que deixamos de atingir o fim da encarnação, sendo preciso recomeçá-la até que saiamos vito-riosos da campanha.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 2ª parte, capítulo V, Edi-tora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 11

Estudando a Gênese

Períodos Geológicos da TerraA Terra conserva em si os tra-ços evidentes da sua formação. Acompanham-se-lhe as fases com precisão matemática, nos diferen-tes terrenos que lhe constituem o arcabouço. O conjunto desses estudos forma a ciência chamada Geologia, ciência nascida deste século (XIX) e que projetou luz so-bre a tão controvertida questão da origem do globo terreno e da dos seres vivos que o habitam. Neste ponto, não há simples hipótese; há o resultado rigoroso da observação dos fatos e, diante dos fatos, nenhu-ma dúvida se justifica. A história da formação da Terra está escrita nas camadas geológicas, de maneira bem mais certa do que nos livros preconcebidos, porque é a própria Natureza que fala, que se põe a nu, e não a imaginação dos homens a criar sistemas. Desde que se notem traços de fogo, pode dizer-se com certeza que houve fogo ali; onde se vejam os da água, pode dizer--se que a água ali esteve; desde que se observem os de animais, pode dizer-se que viveram aí animais. A Geologia é, pois, uma ciência toda de observação; só tira deduções do que vê; sobre os pontos duvidosos,

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e co-mentados: a Gênese, os milagres e as predições, em suas relações com as novas leis que decor-rem da observação dos fenômenos espíritas”.

(A Gênese, Introdução).

nada afirma; não emite opiniões discutíveis, por esperar de obser-vações mais completas a solução procurada. Sem as descobertas da Geologia, como sem as da Astro-nomia, a Gênese do mundo ainda estaria nas trevas da lenda. Graças a elas, o homem conhece hoje a história da sua habitação, tendo desmoronado, para não mais tornar a erguer-se, a estrutura de fábulas que lhe rodeavam o berço.

Em todos os terrenos onde exis-tam valas, escavações naturais ou praticadas pelo homem, nota-se o a que se chama estratificações, isto é, camadas superpostas. Os que apresentam essa disposição se designam pelo nome de terrenos estratificados. Essas camadas, de espessura que varia desde alguns centímetros até 100 metros e mais, se distinguem entre si pela cor e pela natureza das substâncias de que se compõem. Os trabalhos de arte, a perfuração de poços, a ex-ploração de pedreiras e, sobretudo, de minas facultaram observá-las até grande profundidade.

São em geral homogêneas as ca-madas, isto é, cada uma constituída da mesma substância, ou de subs-

tâncias diversas, mas que existiram juntas e formaram um todo com-pacto. A linha de separação que as isola umas das outras é sempre nitidamente sulcada, como nas fia-das de uma construção. Em nenhu-ma parte se apresentam misturadas e sumidas umas nas outras, nos pontos de seus respectivos limites, como se dá, por exemplo, com as cores do prisma e do arco-íris. Por esses caracteres, reconhece-se que elas se formaram sucessivamente, depositando-se uma sobre outra, em condições e por causas diferen-tes. As mais profundas são, natu-ralmente, as que se formaram em primeiro lugar, tendo-se formado posteriormente as mais superficiais. A última de todas, a que se acha na superfície, é a camada da terra ve-getal, que deve suas propriedades aos detritos de matérias orgânicas provenientes das plantas e dos ani-mais.

Obs.: Daremos continuidade no Boletim de agosto.

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, capítulo VI, itens 1 a 3, Editora FEB.

CURSOS E PATRONOS ESPIRITUAIS “O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”.

(O Livro dos Espíritos,Allan Kardec, Introdução VIII, 2º §)Nossa gratidão aos Patronos Espirituais dos Cursos pelo amparo e incentivo aos estudos.

• Patrono: Aníbal de Silas“Apresentaram-lhe então algumas crianças, a fim de que ele as tocasse, e, como seus discípulos

afastassem com palavras ásperas os que lhas apresentavam, Jesus, vendo isso, zangou-se e lhes disse: Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que

se lhes assemelham.” (Marcos, 10: 13-16)Aníbal de Silas, ainda menino, estava presente no grupo de crianças acariciadas por Jesus.

Curso: Valorização da Vida.• Patrono : Leopoldo Machado (30/09/1891 – 22/08/1957)

Curso: Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 12

Fora da Caridade Não Há Salvação

Obras Póstumas – Derradeiros Escritos

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"Os verdadeiros embaixadores divinos na terra, onde passam deixam o rastro da caridade, onde falam deixam imagens positivas nas mentes dos ouvintes, onde trabalham fazem construções sólidas e onde iluminam os corações deixam muita luz em todos aqueles que os sentem."

Estes princípios, para mim, não existem apenas em teoria, pois que os ponho em prática; faço tanto bem quanto o permite a minha po-sição; presto serviços quando pos-so; os pobres nunca foram repelidos de minha porta, ou tratados com dureza; foram recebidos sempre, a qualquer hora, com a mesma be-nevolência; jamais me queixei dos passos que hei dado para fazer um benefício; pais de família têm saído da prisão, graças aos meus esforços. Certamente, não me cabe inventa-riar o bem que já pude fazer; mas, do momento em que parecem es-quecer tudo, é-me lícito, creio, tra-zer à lembrança que a minha cons-ciência me diz que nunca fiz mal a ninguém, que hei praticado todo o bem que esteve ao meu alcance, e isto, repito-o, sem me preocupar com a opinião de quem quer que seja.

A esse respeito trago tranquila a consciência; e a ingratidão com que me hajam pago em mais de uma ocasião não constituirá motivo para que eu deixe de praticá-lo. A ingratidão é uma das imperfeições da Humanidade e, como nenhum

O livro Obras Póstumas “representa o testamento doutrinário de Allan Kardec. Reúne os seus der-radeiros escritos e anotações íntimas, destinados a servir, mais tarde, para a elaboração da História do Espiritismo que ele não pôde realizar. (...) Essa obra nos desvenda os segredos de uma vida mis-sionária. Quanto à grandeza, basta vermos o que os Espíritos Superiores dizem em suas comunica-ções aqui (neste livro) reproduzidas”.

(J. Herculano Pires, Introdução do livro Obras Póstumas, 8ª edição, 1987, Editora LAKE).

de nós está isento de censuras, é preciso desculpar os outros, para que nos desculpem, de sorte a po-dermos dizer como Jesus Cristo: “atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado”. Continuarei, pois, a fazer todo o bem que me seja possível, mesmo aos meus inimigos, porquanto o ódio não me cega. Sempre lhes estenderei as mãos, para tirá-los de um preci-pício, se se oferecer oportunidade.

Eis como entendo a caridade cristã. Compreendo uma religião

que nos prescreve retribuamos o mal com o bem e, com mais forte razão, que retribuamos o bem com o bem. Nunca, entretanto, com-preenderia a que nos prescrevesse que paguemos o mal com o mal.

(Pensamentos íntimos de Allan Kardec, num documento achado entre os seus papéis).

Fonte: Obras Póstumas, Allan Kar-dec, 2ª parte, Editora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 13

Venha estudar conosco

a vida e as oBras de

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Kardec Esclarece

Resumo do Ensino dos Espíritos1- Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. É eterno, único, imaterial, imutável, todo poderoso, soberanamente jus-to e bom. Há que ser infinito em to-das as suas perfeições, porquanto, supondo imperfeito um só de seus atributos, Ele já não seria Deus.

2 - Deus criou a ma-téria, que constitui os mundos. Também criou seres inteligentes, que chamamos Espíritos, en-carregados de adminis-trar os mundos materiais, segundo as leis imutáveis da criação, e que são perfectíveis por natureza. Aperfeiçoando-se, eles se aproximam da Divindade.

3 - O Espírito, propriamente dito, é o princípio inteligente. Sua natureza íntima nos é desconheci-da. Para nós, é imaterial, porque não tem qualquer analogia com o que chamamos matéria.

4 - Os Espíritos são seres indi-viduais. Têm um invólucro etéreo, imponderável, chamado perispíri-to, espécie de corpo fluídico, tipo da forma humana. Povoam o espa-ço e o percorrem com a rapidez do

relâmpago. Constituem o mundo invisível.

5 - A origem e o modo de cria-ção dos Espíritos nos são desco-nhecidos. Sabemos apenas que são criados simples e ignorantes, isto é,

sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, mas com igual aptidão para tudo, porquanto Deus, em sua justiça, não podia isentar a uns do trabalho que impusesse a outros para chegarem à perfeição. No princípio, eles se acham numa espécie de infância, sem vontade própria e sem consciência perfeita de sua existência.

6 - O livre arbítrio se desenvol-ve nos Espíritos ao mesmo tempo que as ideias. Deus lhes diz: “Po-

deis todos aspirar à suprema felici-dade, quando houverdes adquirido os conhecimentos que vos faltam e desempenhado a tarefa que vos imponho. Trabalhai, pois, pelo vosso adiantamento: essa é a meta.

Alcançá-la-eis seguin-do as leis que gravei na vossa consciência”. Em consequência do livre arbítrio, uns tomam o caminho mais curto, que é o do bem; outros o mais longo, que é o do mal.

7 - Deus não criou o mal. Estabeleceu leis e estas são sempre boas, porque Ele é soberana-mente bom. Aquele que

as observasse fielmente seria perfei-tamente feliz; mas, dotados do livre--arbítrio, os Espíritos nem sempre as observam, sendo o mal o resultado de sua desobediência. Pode, pois, dizer-se que o bem é tudo o que é conforme à lei de Deus e o mal tudo o que é contrário a essa mesma lei.

Fonte: O Espiritismo na sua expres-são mais simples, Allan Kardec, Editora FEB.

“Espíritas, amai-vos; este o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”. (E.S.E., capítulo VI, item 5).

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 14

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Gotas de Luz

“Quando pensamos em guias espirituais, supomos estar diante de criaturas deificadas, portadoras de conhecimento total sobre um assunto. Em realidade, esses espíritos, mesmo quando grandiosos, lutam com extrema dificuldade. Apesar da sua grandeza, têm lutas e obstáculos a vencer para impor ao homem suas ideias e seus pensamentos.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Emmanuel e os Ensinamentos dos Apóstolos

Estás Doente?Todas as criaturas humanas adoe-cem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.

Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te pos-sa restaurar integralmente.

O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esque-ças de que os verdadeiros males pro-cedem do coração.

A mente é fonte criadora. A vida, pouco a

pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.

De que vale a me-dicação exterior, se prossegues triste, aca-brunhado ou insub-misso?

De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfei-tores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o re-médio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduzi-ram à enfermidade.

Como regenerar a saúde, se per-des longas horas na posição da cólera ou do desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no inte-resse geral, é sempre um bem, quan-do sabemos orientá-la em serviços

“E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará,” Tiago, 5:15.

de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de to-dos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de consequências impre-visíveis.

O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.

E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversa-ção infrutífera, extinguindo as tuas forças?

Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes ca-lar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humi-lhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?

Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio in-direto.

Se estás doente, meu amigo, aci-ma de qualquer medicação, apren-

de a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança.

Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência.

Foge à brutalidade. Enriquece os teus fatores de sim-

patia pessoal, pela prática do amor frater-no.

Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela medita-ção.

Não manches teu caminho.

Serve sempre. Trabalha na extensão do bem. Guarda lealdade ao ideal superior

que te ilumina o coração e perma-nece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te le-vantará.

Fonte: Fonte Viva, Emmanuel, psico-grafia de Francisco Cândido Xavier, lição 86, Editora FEB.

Se estás doente, meu amigo, acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o

coração para a Grande Mudança.

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 15

Vida – Dádiva de Deus

Eutanásia: Interseção na Trajetória do EspíritoTema de frequente discussão, por uns defendida, por outros objurgada a eutanásia, ou “sistema que procura dar morte sem sofrimento a um incu-rável” retorna aos debates acadêmi-cos (...).

Prática nefanda que testemunha a predominância do conceito mate-rialista sobre a vida, que apenas vê a matéria e suas implicações imediatas, em detrimento das realidades espiri-tuais, reflete, também, a soberania do primitivismo animal na constituição emocional do homem. (...).

Em circunstância alguma, ou sob qualquer motivo, não cabe ao ho-mem direito de escolher e deliberar sobre a vida ou a morte em relação ao seu próximo.

Os criminosos mais empederni-dos, homicidas ou genocidas dentre os mais hediondos, não devem ter ceifadas as vidas; antes serem isola-dos da convivência social, em celas, ou em trabalhos retificadores, nos quais expunjam sob a ação do tem-po e da reflexão, que tarda, mas al-cança o infrator, fazendo-os expiar os delitos perpetrados. Mesmo quando em se tratando de precitos anatema-tizados por desconserto mental, não faltam Nosocômios judiciários onde possam receber conveniente assistên-cia a que têm direito, sem que sejam considerados inocentes pelos crimes perpetrados... Em recuperando a saú-de, eventualidade excepcional que pode ocorrer, cerceados, pelo perigo de provável reincidência psicopática, poderão, de alguma forma, retribuir de maneira positiva à Sociedade, os danos que hajam causado.

No que tange aos enfermos ditos irrecuperáveis, convém considerar

que doenças, ontem detestáveis quanto incuráveis, são hoje capítu-lo superado pelo triunfo de homens sacerdotes da Ciência Médica, que a enobrecem pelo contributo que suas vidas oferecem a benefício da Humanidade. Sempre há, pois, pos-sibilidade de amanhã conseguir-se a vitória sobre a enfermidade irre-versível de hoje. Diariamente para esse desiderato, mergulham na carne Espíritos Missionários que se aprestam e impulsionam o progres-so, realizando descobrimentos e conquistas superiores para a vida, fonte poderosa de esperança e con-forto para os que sofrem, em nome do Supremo Pai.

Diante das expressões teratológi-cas, ao invés da precipitação da fal-sa piedade em aliviar os padecentes dos sofrimentos, se há de pensar na terapêutica divina, que se utiliza do presídio orgânico e das jaulas men-tais para justiçar os infratores de vá-rios matizes que passaram na Terra impunes, despercebidos, mas não puderam fugir às sanções da cons-ciência em falta, nem da Legislação Superior, à qual rogaram ensejo de recomeço, recuperação e sublima-ção porque anelavam pela edifica-ção da paz íntima. (...)

Ninguém se deverá permitir a in-terferência destrutiva ou liberativa por meio da eutanásia em tais pro-cessos redentores. Pessoas que se dizem penalizadas dos sofrimentos de familiares e que desejam os te-nham logo cessados, quase sempre agem por egoísmo, pressurosos de libertarem-se do comprometimento e da responsabilidade de ajudá-los, sustentá-los, amá-los mais.

“Desconheceis as reflexões que seu Espírito (do agonizante) poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento. (...) Minorai os derradeiros sofrimentos, quanto puderdes; mas, guardai-vos de abreviar a vida, ainda que de um minuto, por-que esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro”. (S. Luís). (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item28).

Não faltam terapêuticas médicas e cirúrgicas que podem amenizar a dor, perfeitamente compatíveis com a caridade e a piedade cristãs.

A ninguém é dado precisar o tempo de vida ou sobrevida de um paciente. São tão escassos de exati-dão os prognósticos humanos nes-te setor do conhecimento, quanto ocorre noutros!

Quantos enfermos, rudemente vencidos, desesperados, recobram a saúde sem aparente razão ou ló-gica?! Quantos outros homens em excelente forma, portadores de sani-dade e robustez, são vitimados por surpresas orgânicas e sucumbem imprevisivelmente?! (...).

Cada minuto em qualquer vida é, portanto, precioso para o espíri-to em resgate abençoado. Quantas resoluções nobres, decisões felizes ou atitudes desditosas ocorrem num relance, de momento?

Penetrando-se, o homem, de res-ponsabilidade e caridade, luarizado pela fé religiosa, fundada em fatos da imortalidade, da comunicabilidade e da reencarnação, abominará em de-finitivo a eutanásia, tudo envidando para cooperar com o seu irmão nos justos ressarcimentos que a Divina Justiça lhe outorga para a conquista da paz interior e da evolução.

Joanna de Ângelis

Obs.: Leiam o texto por completo no referido livro.

Fonte: Após a tempestade, psico-grafia Divaldo P. Franco, Editora LEAL.

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 16

Semeadores do Bem

Condessa Paula e a Caridade(*)

Nas grandes calamidades, a ca-ridade se emociona e observam-se impulsos generosos, no sentido de reparar os desastres. Mas, a par des-ses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam despercebidos: os dos que jazem so-bre um grabato sem se queixarem. Esses infortúnios discretos e ocultos são os que a verdadeira generosida-de sabe descobrir, sem esperar que peçam assistência.

Quem é esta mulher de ar distin-to, de traje tão simples, embora bem cuidado, e que traz em sua com-panhia uma mocinha tão modesta-mente vestida? Entra numa casa de sórdida aparência, onde sem dúvi-da é conhecida, pois que à entrada a saúdam respeitosamente. Aonde vai ela? Sobe até a mansarda, onde jaz uma mãe de família cercada de crianças. À sua chegada, refulge a alegria naqueles rostos emagrecidos. É que ela vai acalmar ali todas as do-res. Traz o de que necessitam, con-dimentado de meigas e consoladoras palavras, que fazem que os seus pro-tegidos, que não são profissionais da mendicância, aceitem o benefício, sem corar. O pai está no hospital e, enquanto lá permanece, a mãe não

consegue com o seu trabalho prover às necessidades da família. Graças à boa senhora, aquelas pobres crian-ças não mais sentirão frio, nem fome; irão à escola agasalhadas e, para as menorezinhas, o leite não secará no seio que as amamenta. Se entre elas alguma adoece, não lhe repugnarão a ela, à boa dama, os cuidados ma-teriais de que essa necessite. Dali vai ao hospital levar ao pai algum recon-forto e tranquilizá-lo sobre a sorte da família. No canto da rua, uma carrua-gem a espera, verdadeiro armazém de tudo o que destina aos seus prote-gidos, que todos lhe recebem suces-sivamente a visita. Não lhes pergun-ta qual a crença que professam, nem quais suas opiniões, pois considera como seus irmãos e filhos de Deus todos os homens. Terminado o seu giro, diz de si para consigo: Comecei bem o meu dia. Qual o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, é um nome que nada indica; mas é o anjo da consolação. À noite, um concerto de bênçãos se eleva em seu favor ao Pai celestial: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem. Por que tão singelo tra-je? Para não insultar a miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar

da filha? Para que aprenda como se deve praticar a beneficência. A mo-cinha também quer fazer a caridade. A mãe, porém, lhe diz: “Que podes dar, minha filha, quando nada tens de teu? Se eu te passar às mãos al-guma coisa para que dês a outrem, qual será o teu mérito? Nesse caso, em

realidade, serei eu quem faz a ca-ridade; que merecimento terias nis-so? Não é justo. Quando visitamos os doentes, tu me ajudas a tratá-los. Ora, dispensar cuidados é dar algu-ma coisa. Não te parece bastante isso? Nada mais simples. Aprende a fazer obras úteis e confeccionarás roupas para essas criancinhas. Des-se modo, darás alguma coisa que vem de ti.” É assim que aquela mãe verdadeiramente cristã prepara a fi-lha para a prática das virtudes que o Cristo ensinou. É espírita ela? Que importa! Em casa, é a mulher do mundo, porque a sua posição o exi-ge. Ignoram, porém, o que faz, por-que ela não deseja outra aprovação, além da de Deus e da sua consciên-cia. Certo dia, no entanto, imprevista circunstância leva-lhe a casa uma de suas protegidas, que andava a ven-der trabalhos executados por suas mãos. Esta última, ao vê-la, reconhe-ceu nela a sua benfeitora. “Silêncio! Ordena-lhe a senhora. Não o digas a ninguém.” Falava assim Jesus.

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “Infortúnios Ocul-tos”.

Obs.: Complemente o estudo no li-vro O Céu e o Inferno, 2ª parte, capí-tulo II (Espíritos Felizes).

Fonte: O Evangelho Segundo o Espi-ritismo, capítulo XIII, item 4, Editora FEB.

“Fora da caridade não há salvação”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XV, item 5).

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 17

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Gotas de Luz

"J esus é tão bondoso, é tão previdente, que deu para nós a figura do anjo guardião que estará ao nosso lado, conduzindo-nos, esperando-nos. Já que estamos tão distantes de Jesus, o mestre colocou alguém entre ele e nós. Dessa forma, não poderemos alegar que estamos distantes de Jesus, uma vez que temos alguém que nos ouça, leve até ele as nossos preces e traga dele a resposta de que necessitamos."

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Pai Nosso – Oração Dominical

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

Visite o site e ouça a programação.

www.radioriodejaneiro.am.br

Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

alimentos não pereCíveis para confecção de :

Quentinhas (irmãos em situação de rua)Cestas Básicas (famílias carentes)

informações : seCretaria administrativa

Sua

sempre seráDoação

Bem-VinDaVenha o Teu Reino

Obs.: “Dominical” refere-se a “Senhor” (Dominus).

Publicaremos a cada mês, de junho a dezembro, uma frase do Pai Nosso, com o respectivo desenvolvimento, segundo Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII.

Senhor, deste aos homens leis plenas de sabedoria e que lhes dariam a felicidade, se eles as cumprissem. Com essas leis, fariam reinar entre si a paz e a justiça e mutuamente se auxiliariam, em vez de se maltratarem, como o fazem. O forte sustentaria o fraco, em vez de esmagá-lo. Evitados seriam os males, que se geram dos excessos e dos abusos. Todas as misérias deste mundo provêm da violação de tuas leis, porquanto nenhuma infração delas deixa de ocasionar fatais consequências. Deste ao bruto o instinto, que lhe traça o limite do necessário, e ele maquinalmente se conforma; ao homem, no entanto, além desse instinto, deste a inteligência e a razão; também lhe deste a liberdade de cumprir ou infringir aquelas das tuas leis que pessoalmente lhe concernem, isto é, a liberdade de escolher entre o bem e o mal, a fim de que tenha o

mérito e a responsabilidade das suas ações.Ninguém pode pretextar ignorância das tuas leis, pois, com

paternal previdência, quiseste que elas se gravassem na consciência de cada um, sem distinção de cultos, nem de nações. Se as violam, é porque as desprezam. Dia virá em que, segundo a tua promessa, todos as praticarão. Desaparecido terá, então, a incredulidade. Todos te reconhecerão por soberano Senhor de

todas as coisas, e o reinado das tuas leis será o teu reino na Terra. Digna-te, Senhor, de apressar-lhe o advento, outorgando aos

homens a luz necessária, que os conduza ao caminho da verdade.

“De todas as preces, é a que eles (os Espíritos) colocam em primeiro lugar, seja porque procede do próprio Jesus, seja porque pode suprir a todas, conforme os pensamentos que se lhe conjuguem; é o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra prima de sublimidade na simplicidade”.

(E.S.E., cap.XXVIII, item 2).

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 18

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O Livro dos Médiuns Allan Kardec

Convite

Notas Espirituais – Obras de Manoel P. de Miranda

(...) A longevidade como a brevi-dade da existência corporal, embo-ra façam parte do programa adrede estabelecido para cada homem, al-teram-se para menos ou para mais, de acordo com o seu comporta-mento e do contributo que oferece à aparelhagem orgânica pra a sua preservação ou desgaste. (...).Igualmente, a forma de desencar-nar, sem fugir ao impositivo do des-tino que é de construção pessoal, resulta das experiências que são vividas. O homem imprevidente e precipitado, desrespeitador dos có-digos de lei estabelecidos, torna-se fácil presa de infaustos aconteci-mentos, que ele mesmo se propicia como efeito da conduta arbitrária a que se entrega. (...).São de duas classes as causas que influem na sua existência, dentro do determinismo da evolução hu-

mana: as próximas, desta reencar-nação, na qual se movimenta, e as remotas, que procedem das ações pretéritas. Estas últimas estabelece-ram já os impositivos de reparação a que o indivíduo não pode fugir, amenizando-os ou vencendo-os através de atuais ações do amor, que promovem quem as vitaliza e aquele a quem são dedicadas. As primeiras, no entanto, as da presen-te existência, vão gerando novos compromissos que, se negativos, podem ser atenuados de imediato por meio de atitudes opostas, e, se positivos, ampliados na sua aplica-ção. (...).

Fonte: Temas da Vida e da Mor-te, Manoel Philomeno de Miran-da, psicografia de Divaldo Pereira Franco, capítulo 7, Editora FEB.

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

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A Família na Visão Espírita

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Comportamento e Vida

“O mundo corporal é plasmado pelo espiritual, onde a vida é pulsante, permanente, original”.“Na generalidade, tudo quanto sucede na esfera física tem ori-gem na realidade espiritual, tornando-a um mundo de efeitos, no qual as ocorrências se desencadeiam sob as mais variadas injunções”.

Fonte: Trilhas da Libertação, Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Editora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 165 / Julho . 2017 - Pág . 19

Suplemento Infantojuvenil

A Carroça

“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”. (Amélia Rodrigues)

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário

infantil e juvenil escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .

Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês:livro infantil:a fantástiCa viagem de JoCa, adriana davel

editora Celd.

livro Juvenil:liara sloan e o grande enigma de deus, roBerto struan

editora Celd.

Uma das grandes preocupações de nosso pai, quando éramos pequenos, consistia em fazer-nos compreender o quanto a cortesia é importante na vida.

Por várias vezes percebi o quanto lhe desagradava o hábito que têm certas pessoas de interromper a conversa quando alguém estava falando. Eu, especialmente, incidia muitas vezes nesse erro. Embora visivelmente aborrecido, ele, entretanto, nunca ralhou comigo por causa disso, o que me surpreendia bastante.

Certa manhã, bem cedo, ele me convidou para ir ao bosque a fim de ouvir o cantar dos pássaros. Acedi com grande alegria e lá fomos nós, umedecendo nossos calçados com o orvalho da relva.

Ele se deteve em uma clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:

- Você está ouvindo alguma coisa além do canto dos pássaros?

Apurei o ouvido alguns segundos e respondi:- Estou ouvindo o barulho de uma carroça que

deve estar descendo pela estrada.- Isso mesmo..., disse ele. É uma carroça vazia...De onde estávamos não era possível ver a

estrada e eu perguntei admirado:- Como pode o senhor saber se está vazia?- Ora, é muito fácil saber que é uma carroça

vazia. Sabe por quê?- Não! Respondi intrigado.Meu pai pôs-me a mão no ombro e olhou bem

no fundo dos meus olhos, explicando:- Por causa do barulho que faz. Quanto mais

vazia a carroça, maior é o barulho que faz.Não disse mais nada, porém deu-me muito em

que pensar.Tornei-me adulto e, ainda hoje, quando vejo

uma pessoa tagarela e importuna, interrompendo intempestivamente a conversa de todo o mundo, ou quando eu mesmo, por distração, vejo-me prestes a fazer o mesmo, imediatamente tenho a impressão de estar ouvindo a voz do meu pai soando na clareira do bosque e me ensinando:

- Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz!

Fonte: E Para o Resto da Vida, Wallace Leal V. Rodrigues, Editora O Clarim.