19
Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437 Ano XVI - Edição 176 - JUNHO / 2018 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmão Clarêncio SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • CURSO DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA E PASSES. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Os Mensageiros). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). – 18: às 18:40 Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes) QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon DeniS (livro: O Grande Enigma). 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos – 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo (2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). – 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). – 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. O pensamento de Emmanuel (1º e 3 o sábados do mês). Cursos no C.E.I.C. Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) Editorial Autoconhecimento e Evolução Uma das metas do conhecimento doutrinário é levar-nos ao progresso, quando nos conscientiza da responsabilidade dos nossos atos. “A tendência em acusar a vida, as pessoas, a sociedade, o mundo enfim, é tão antiga quanto o gênero humano...”. (¹) Quando aprendemos que somos os “engenheiros” do nosso destino, saímos da postura de vítimas perante a vida. “Penetrar no âmago e descobrir os anseios, desejos e carências de qualquer ser humano é um desafio hercúleo, porque cada um é um”. (²) Esse é um desafio que enfrentamos ao excursionarmos pelo nosso mundo interior. Quando aceitamos que: “assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em nossa vida, incluindo sentimentos e emoções, é um passo decisivo em direção à nossa maturidade e crescimento interior”, que “ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem a nossa permissão”, que “são os nossos comportamentos interiores que modificam o comportamento dos outros para conosco” e que “ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem a nossa permis- são”, passamos a assumir mais responsabilidade pelas nossas atitudes. ) Essa aceitação muitas vezes nos assusta e nos faz sentir frágeis; porém, nos diz Espírito Maria do Rosário Del Pilar: “Se percebes o teu mundo íntimo a se agitar açoitado pelas dificulda- des e julgas que Deus se esquece de ti, estás enganado. Deus sabe do que mais precisas para te fortalecer”. (³) Busquemos sempre Jesus para nos fortalecer a fé e a coragem para prosseguir na caminhada. Paz e luz para todos nós! (¹) Veja seção Em Busca da Reforma Íntima, desta edição. (²) Veja seção Família, desta edição. (³) Veja seção Deus, desta edição. pág. 7 pág. 13 Programação de Palestras do Mês de Junho Revista Espírita: Lei do Progresso pág. 20 A Família na Visão Espírita: Filho Não vem com Manual pág. 11 pág. 4 Emmanuel Responde: Religiões pág. 2 Deus – Causa Primeira: Deus Sabe Obsessão Estude e Liberte-se: Nos Labirintos da Auto- Obsessão Nesta Edição :

Ano XVI - Edição 176 - JUNHO / 2018 Cursos no C.E.I.C ... · • Curso de Treinamento para o Serviço da ... • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos ... miliares sentes que

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437

Ano XVI - Edição 176 - JUNHO / 2018

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmão Clarêncio

SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.

TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.

TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de orientação MediúniCa e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Os Mensageiros).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito

QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).– 18: às 18:40Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes)

QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: O Grande Enigma).– 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos– 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo (2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma).• Revista Espírita.

Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).– 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).– 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• O pensamento de Emmanuel (1º e 3o sábados do mês).

Cursos no C.E.I.C.

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

EditorialAutoconhecimento e EvoluçãoUma das metas do conhecimento doutrinário é levar-nos ao progresso, quando nos conscientiza da responsabilidade dos nossos atos.“A tendência em acusar a vida, as pessoas, a sociedade, o mundo enfim, é tão antiga quanto o gênero humano...”. (¹)

Quando aprendemos que somos os “engenheiros” do nosso destino, saímos da postura de vítimas perante a vida.

“Penetrar no âmago e descobrir os anseios, desejos e carências de qualquer ser humano é um desafio hercúleo, porque cada um é um”. (²)

Esse é um desafio que enfrentamos ao excursionarmos pelo nosso mundo interior.

Quando aceitamos que: “assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em nossa vida, incluindo sentimentos e emoções, é um passo decisivo em direção à nossa maturidade e crescimento interior”, que “ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem a nossa permissão”, que “são os nossos comportamentos interiores que modificam o comportamento dos outros para conosco” e que “ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem a nossa permis-são”, passamos a assumir mais responsabilidade pelas nossas atitudes. (¹)

Essa aceitação muitas vezes nos assusta e nos faz sentir frágeis; porém, nos diz Espírito Maria do Rosário Del Pilar:

“Se percebes o teu mundo íntimo a se agitar açoitado pelas dificulda-des e julgas que Deus se esquece de ti, estás enganado. Deus sabe do que mais precisas para te fortalecer”. (³)

Busquemos sempre Jesus para nos fortalecer a fé e a coragem para prosseguir na caminhada.

Paz e luz para todos nós!

(¹) Veja seção Em Busca da Reforma Íntima, desta edição.(²) Veja seção Família, desta edição.(³) Veja seção Deus, desta edição.

pág. 7

pág. 13

Programação de Palestras do Mês de Junho

Revista Espírita:Lei do Progresso

pág. 20

A Família na Visão Espírita:Filho Não vem com Manual

pág. 11

pág. 4 Emmanuel Responde:Religiões

pág. 2 Deus – Causa Primeira:Deus Sabe

Obsessão Estude e Liberte-se:Nos Labirintos da Auto- Obsessão

Nesta Edição :

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Clareando / Ano XVI / Edição 176 / Junho 2018 - Pág . 2

Deus – Causa Primeira

Deus SabeSe percebes o teu mundo íntimo a se agitar açoitado pelas dificuldades e julgas que Deus se esquece de ti, estás enganado. Deus sabe do que mais precisas para te fortalecer.

Se descobres que as conquistas que tanto desejas no campo profis-sional ruem à beira de se tornarem realidade e com isso imaginas que Deus te esqueceu, enganas-te novamen-te, pois Deus sabe da tua capacidade de administrar.

Se nas relações fa-miliares sentes que o amor está abalado e que Deus não se im-porta com a dor que te consome o peito, fica a par de que Deus sabe o quan-to necessitas aprender a valorizar o amor que talvez outrora desperdi-çaste.

Se diante dos sonhos almejados, das forças despendidas para trans-formá-los em realidade, vês que os mesmos se desfazem deixando-te entregue ao abandono e ao desâni-mo e com isso nada te convence de que Deus toma conta de ti, cala um

“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. (O Livro dos Espíritos, questão 1).

A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”.

(O Livro dos Espíritos, questão 4).

instante e reflete, porque Deus sabe a que riscos te exporias se eles se concretizassem.

Se acalentaste por longo tempo sonhos de amor que como castelos de areia se desfizeram ante o ven-daval da desilusão, não desistas de amar.

Se, embora o teu empenho de

qualificação, mesmo assim não con-segues um posto que atenda às tuas aspirações, prossegue trabalhando com amor, pois não há salário mais justo do que a sensação do dever cumprido.

Contra todas as amarguras, pros-segue construindo e ofertando o me-lhor que possas, pois o usufruto da obra é sempre do seu autor.

Procura estabelecer para ti as

melhores sintonias a fim de que, mesmo em dias de sombra, possas contar com as intercessões dos espí-ritos benevolentes.

Se por todos os lados e em quais-quer circunstâncias muitas vezes te sentes colhido pela desilusão e tens assim a sensação de que Deus está distante, crê que Ele sabe o quan-

to necessitas e a que momento deverás ter anseios bem sucedi-dos, porque, muito mais do que velar pelo que pedes, o Pai cuida do que real-mente tens condição de gerir.

E, se diante da existência, as trevas

te abaterem o ânimo, ergue a fronte ao céu e guarda contigo a certeza de que Deus é a luz que a todo instante faz sempre o melhor por ti.

Maria do Rosário Del Pilar

Fonte: A Conquista da Felicidade, psicografia de Eulália Bueno, Edito-ra EME.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito: BalthazarPsicografia: Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos:José Roberto Gouvêa

“A Misericórdia Divina, se apresenta entre outras vezes, nas horas de pacificação das almas, quando recebem as noções de religião, o espírito imortal aproveitará ou não das lições que lhe são passadas. Se não as aproveitar, sofrerá e fará sofrer. Por isso, inegavelmente, caberá a ele transformar, finalmente, a si próprio em alma de luz. Deus também nos dá essa oportunidade, a de nós mesmos nos transformarmos por força de nosso esforço.”

“E, se diante da existência, as trevas te abaterem o ânimo, ergue a fronte ao

céu e guarda contigo a certeza de que Deus é a luz que a todo instante faz

sempre o melhor por ti.”

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Clareando / Ano XVI / Edição 176 / Junho 2018 - Pág . 3

O Dever

Semeando o Evangelho de Jesus

“Eis que o Semeador saiu a semear.”Mateus, 13:3

O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do de-ver moral e não do dever que as profissões impõem.

Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir--se, por se achar em antagonis-mo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemu-nhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derro-tas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre arbí-trio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, mui-tas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exa-tidão? Onde começa ele? Onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felici-dade ou a tranquilidade do vos-so próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transpo-

nha com relação a vós. Deus criou todos os ho-

mens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruí-dos, sofrem todos pelas mesmas cau-sas, a fim de que cada um julgue em sã consciên-cia o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruí-dos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.

O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que en-frenta as angústias da luta; é aus-tero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mes-mo. É a um tempo juiz e escravo em causa própria.

O dever é o mais belo laurel

da razão; descende desta como de sua mãe o filho. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessá-rio ao seu desenvolvimento.

O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Hu-manidade. Jamais cessa a obri-gação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, por-que quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios olhos. - Lázaro. (Paris, 1863.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capí-tulo XVII, item 7, Editora FEB.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito: Antonio de AquinoPsicografia: Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos:José Roberto Gouvêa

“A Doutrina Espírita, em verdade, não precisa de divulgadores: precisa de homens transformados. Não se pode, no entanto, ignorar o papel prepoderante de quem fala; não se pode ignorar o papel de quem escreve; não se pode ignorar o papel de quem aparece nos vários veículos de difusão modernos, para falar de uma doutrina tão importante e tão bela. O nosso apelo-convite é para que todos nós entendamos o nosso papel na divulgação. É uma responsabilidade falar em nome de Jesus, tanto quanto o é falar em nome da Doutrina Espírita.”

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ReligiõesEmmanuel Responde

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração. Conta:

Dia: 10/06/2018 - 16 horasCulto no Lar deBeatriz Martins

Atividades Doutrinárias

Acesse oBoletim Clareando

através do site www.irmaoclarencio.org.br

clique no link

informativo do CeiC

292 - Em que sentido deveremos to-mar o conceito de religiões?

– Religiões, para todos os ho-mens, deveria compreender-se como sentimento divino que clarifi-ca o caminho das almas e que cada espírito apreenderá na pauta do seu nível evolutivo.

Neste sentido, a Religião é sem-pre a face augusta e soberana da Verdade; porém, na inquietação que lhes caracteriza a existência na Terra, os homens se dividiram em numerosas religiões, como se a fé também pudesse ter fronteira, à se-melhança das pátrias materiais; tan-tas vezes mergulhadas no egoísmo e na ambição de seus filhos.

Dessa falsa interpretação tem nascido no mundo as lutas antifra-ternais e as dissensões religiosas de todos os tempos.

296 - O Espírito, antes de reencar-nar, escolhe também as crenças ou cultos a que se deverá submeter nas experiências da vida?

–Todos os Espíritos, reencarna-dos no planeta, trazem consigo a ideia de Deus, identificando-se de modo geral nesse sagrado princípio.

Os cultos terrestres, porém, são exteriorizações desse princípio di-vino, dentro do mundo conven-cional, depreendendo-se daí que a

Verdade é uma só, e que as seitas terrestres são materiais de experiên-cias e de evolução, dependendo a preferência de cada um do estado de evolutivo em que se encontre no aprendizado da existência humana, e salientando-se que a escolha está sempre de pleno acordo com o seu estado íntimo, seja na viciosa ten-dência de repousar nas ilusões do culto externo, seja, pelo esforço sin-cero de evoluir, na pesquisa inces-sante da edificação divina.

251 - A incredulidade é uma pro-vação?

– O ateísmo ou incredulidade absoluta não existe, a não ser no jogo de palavras dos cérebros de-sesperados, nas teorias do mundo, porque, no íntimo, todos os Espíritos se identificam com a ideia de Deus e da sobrevivência do ser, que lhes é inata. Essa ideia superior pairará acima de todos os negativismos e sairá vitoriosa de todos os decretos de força que se organizam nos Esta-dos terrenos, porque constitui a luz da vida e a mais preciosa esperança das almas.

Fonte: O Consolador, 2ª parte, capí-tulo V e 3ª parte, capítulo I, Editora FEB.

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A Dor de Cabeça

Cenas da Vida

Sérgio Murilo chegou a casa, depois do baile carnavalesco.

Excitado.Tomou pijama e caminhou para o

banheiro.Chovia...A garoa fria entrava pelo bascu-

lante aberto.Trancou-se.Queria água quente e acendeu o

gás.Enquanto esperava mais calor, to-

mou o lança-perfume e passou a so-nhar, sonhar...

Sim, era casada...Confessara que tinha o esposo e

dois filhinhos, mas beijara-o louca-mente, freneticamente.

Levara-a de carro até à residência e, no dia seguinte, terça-feira gorda, seria o encontro real.

Zélia! E a jovem senhora fantasia-da encheu-lhe a imaginação...

– Amanhã, amanhã!... – dizia bai-xinho, aspirando o éter.

Nisso, lembrou Sônia, a outra.Sim, era casada igualmente.Recordava-se!Quando lhe dissera que não po-

dia continuar, ela havia ficado em desespero.

E ingerira formicida em alta dose.Quem poderia acreditar?Todos diziam que Sônia tinha ou-

“Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada pedaço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas”.

Hilário Silva (Fonte: Almas em Desfile, Introdução).

tros.Outros e o marido... Leandro, o

corredor.Revia, agora, Leandro em pensa-

mento...O infeliz marido de Sônia enlou-

quecera, após a morte dela, e sofrera um colapso quando em tratamento, no hospício.

Leandro... e sorriu, a sós...A mãezinha de Sérgio, senhora es-

pírita, que não lhe conhecia as aven-turas, dissera-lhe, certa vez: “Meu filho, não sei o que se passa, mas soube que você está sendo seguido por um homem desencarnado, em atitudes vingadoras... soube disso, em sessão, através do nosso benfeitor espiritual, quando perguntei por sua dor de cabeça... nada mais soube se-não que se chama Leandro... Penso tratar-se de algum inimigo de outras existências!...”.

– Pobre mãe! – pensava Sérgio – “outras existências”, boa saída! Cer-tamente o médium conhecia-lhe o caso e enganava a pobre velha.

Isso fora no ano passado.Leandro estava morto, coberto de

terra.A realidade era só isso.E a realidade, agora, não era Sô-

nia, mas Zélia...– “Amanhã”, repetia enlevado.

Mas voltava a imagem de Lean-dro...

Por que pensar em Leandro, quan-do queria Zélia?

Buscava Zélia, tentava reter a fi-gura de Zélia, esperava Zélia, mas o reflexo de Leandro crescia sempre...

Parecia tê-lo perto, segurando-lhe a bisnaga ao pé do nariz... Coisa es-tranha!...

Enorme lassidão passou a invadir--lhe o corpo.

Lembrou-se do gás, mas não se pôde mexer.

Sim, via agora Leandro...Leandro estava à frente dele e gar-

galhava.Leandro, louco...Estava morto ou vivo?– Amanhã nem Sônia, nem Zé-

lia... Você estará comigo! Comigo!... – gritava-lhe a sombra...

Na manhã seguinte, falava-se em suicídio na vizinhança.

E, ao choro de uma velhinha, grande rabecão removeu um cadáver para o necrotério.

Hilário Silva

Fonte: Almas em Desfile, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Wal-do Vieira, Editora FEB.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito: BalthazarPsicografia: Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos:José Roberto Gouvêa

“Aqueles que sofrem, aqueles que estão angustiados, aqueles que estão magoados, ofendidos, menosprezados, aqueles que se sentem humilhados, guardem no coração a certeza absoluta da vitória. Tirem do coração a angústia, o ódio, o espírito de vingança, pelo contrário, mostrem que em vocês a Doutrina Espírita realmente pode realizar algo.”

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Clareando / Ano XVI / Edição 176 / Junho 2018 - Pág . 6

(...) A análise filosófica, a teoria atômica, como a dos equivalen-tes químicos, ambas deduzidas de proporções determinadas e cons-tantes, encontradas nas combina-ções dos corpos entre si, induzem--nos a considerar a matéria como sendo um composto de elementos extremamente sutis, grupados uns com os outros, de diferentes mo-dos: dá-se o nome de moléculas a estes elementos. Mas, a análise vai mais longe: estas moléculas, por menores que as possamos imagi-nar, compõem-se de aglomerações de outros elementos indivisíveis, como o indica o seu nome; estes elementos da molécula são os áto-mos.

Se a esta pergunta: que é a maté-ria se respondesse: é uma coisa que podemos ver e tocar, coisa formada de partes elementares, que, consi-deradas como matéria, não existem absolutamente, suponho que mui-tas pessoas ficariam surpreendidas ouvindo tal definição. E, entretan-to, isso é sustentado por persona-gens eminentes, tudo o que há de mais eminente, os partidários da Teoria do átomo inextensível.

Não sei com segurança se esta ideia foi discutida pelos antigos filósofos gregos; o certo é que ela existe simbolicamente expressa nas filosofias indostânicas. Em todo o caso, por meados do século passa-do, ela foi apresentada pelo padre Boscowich. Sábios como Ampère, Faraday, Cauchy, etc., e filósofos quais Dugald-Stewar, Vitor Cousin, Vacherot (Revoe des Deux Mon-des, agosto de 1876), etc., consti-tuíram-se campeões convencidos da idéia do átomo inextensível, que se não deve confundir com a Teo-ria sustentada por Hume, Berkeley, Hamilton, Stuart Mill, Coyteux, en-tre outros, e segundo a qual nada existe. Górgias, o célebre sofista de Leontinos, havia ensinado a doutri-na de que nada existe, mais de 400 anos antes da nossa era.

Que seria o átomo então? Uma ficção matemática? Certamente que não, mas os elementos da matéria parecem ser unos e semelhantes para todos os corpos: os alquimistas, apoiados nesta ideia, pro-curavam e ainda procu-ram à transmutação dos metais. Além disso, podia suceder que, nesse ponto, a força e a matéria se encontras-sem e se confundissem (...).

Seja como for, em virtude da grande lei da conservação da ma-téria, que Lavoisier definitivamente estabeleceu, apesar de seus movi-mentos e migrações perpétuas, o átomo não varia nem se destrói: é indestrutível e invariável, consti-tuindo apenas um elemento fluídi-co, cíclico, giratório do fluido uni-versal de que a matéria é formada. (Helmholtz, William Thomson, Tait, etc.).

A energia animal dos átomos, de um movimento tão rápido que a imaginação não pode fazer uma ideia dele, seria, pois o agente real que fixa a molécula e esta por sua vez não será senão a energia con-densada? Simples teoria! . . . A ver-dade é que os físicos estão hoje de acordo, considerando os corpos mais densos como representando apenas em aparência uma superfí-cie contínua (...).

Cada molécula, formada por uma multidão de átomos turbilhões, é hoje considerada por alguns sá-bios do modo pelo qual ela o foi antigamente por iniciados da Índia e do Egito, isto é, como um sistema planetário “com todas as compli-cações de movimento e de vida”, dirigida esta, segundo os pandits da Índia atual, por inteligências ele-mentares inferiores (elementals). Os corpos, que são aglomerações de moléculas, seriam assim os análo-gos das vias lácteas e das nebulosas resolúveis.

Em resumo, tomando uma par-

tícula microscópica de matéria qualquer, se a dividirmos em pen-samento muitos milhares de ve-zes, chegaremos a obter uma mo-lécula que só seria percebida por meio de nossos instrumentos mais poderosos, se o poder de aumento dos mais fortes microscópios cres-cesse cerca de mil vezes. E esta molécula é por sua vez uma aglo-meração de átomos, que podemos considerar como turbilhões, cír-culos de energia, produzindo, por movimentos variados, as aparên-cias da matéria, tal como a perce-bemos. (...).

A matéria não passaria, pois de uma aparência da energia. (...).

(...) levando em conta a imper-feição dos nossos sentidos, pode-mos avançar com uma espécie de axioma, que a ilusão mais forte é a que denominamos realidade.

Paul Gibier

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “Visão Geral sobre as Coisas”.

Fonte: Análise das Coisas, capítu-lo I, Editora FEB.

Obs.: Sugerimos que leia o capítu-lo na íntegra para um melhor en-tendimento.

Estudando as Obras de Paul Gibier

Nada Existe Realmente?(*)

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Clareando / Ano XVI / Edição 176 / Junho 2018 - Pág . 7

Nos Labirintos da Auto-Obsessão

Instruções dos Espíritos, organizado por Mário Coelho, volumes I, II e III, Editora Celd

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do Mês:

Sugestão de Leitura

A auto-obsessão decorre de um pro-cesso de polarização mental. É a pola-rização mental que conduz o indiví-duo a um estado de condicionamento mental, ou seja, é uma autossugestão. Basta uma criatura credenciar uma determinada coisa, fixando a sua aten-ção sobre a mesma com persistência, para condicionar o seu pensamento, levando-a ao processo auto-obsessivo.

A verdade é que, e segundo o psiquiatra espírita Alberto Calvo (¹), quando a criatura fixa o pensamento numa determinada direção, faz com que todas as coisas da sua vida, to-das as atividades intelectuais, sociais, esportivas, etc., sejam conduzidas àquela direção. Esse direcionamento, pela prevalência absoluta, evolui para uma polarização da mente, gerando um condicionamento. Todo condi-cionamento é uma ideia fixa, e toda ideia fixa, sem dúvida, leva a criatura à exaustão das energias biopsíquicas. Há um desgaste muito grande do flui-do biomagnético e, ao mesmo tempo, a criatura, em face da polarização mental, passa a executar atividades que envolvem determinados centros cerebrais, em muito maior intensidade do que seria adequado para a função psicológica.

Quando a mente se polariza no

Obsessão – Estude e Liberte-se

“A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”.

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, item 81).

sexo, por exemplo, são os centros ce-rebrais que, ativados exageradamente, controlam e transformam, em sensa-ções objetivas, a função sexual. Esses centros cerebrais, ativados até seu li-mite máximo, impedem que a pessoa credencie outras atividades, e, dessa maneira, o sexo passa a ocupar todos os espaços da sua mente. Torna-se, pois, a finalidade básica de sua vida.

Finalmente, quando o indivíduo altera um ponto de seu perispírito (2), pela sua polarização mental, pelo seu condicionamento mental, altera, consequentemente, a função de um determinado centro perispiritual, re-sultando em determinada caracterís-tica vibratória. Um Espírito invade o território de outro através desse pon-to, dessa porta de entrada. Esta porta é o ponto de toque; é aquele ponto em que ambos vibram numa mesma faixa.

Sentindo-se mais estimulado, aque-le que recebe a atuação pensa que está muito bem, mas não se dá conta dos maus efeitos que aquele estímulo lhe acarretará a curto, médio ou lon-go prazo. E se compraz. É o processo obsessivo.

No decorrer do tempo, essa sinto-nia vai influenciando as outras esferas do pensamento e gerando, gradativa-

mente, desequilíbrios psicossomáti-cos.

(¹) Palestra proferida no Centro Espíri-ta Nosso Lar, São Paulo, em 1985, no CICLO DE ENCONRO COM A CUL-TURA.

(2) À luz da filosofia espírita, o Homem é uma entidade ternária: está consti-tuído de Espírito, Perispírito e Corpo. Segundo o Espiritismo essencialista e clássico, o perispírito é instrumento de natureza dialética, pois é por ele que o Ser desenvolve as suas propriedades latentes. A função dialética do Peris-pírito pode comprovar-se pelo que realiza na vida do Ser. O Perispírito, formado de moléculas psíquicas – o que levou Léon Denis a dizer que era um mundo radiante – expande forças para o exterior e absorve-as no inte-rior. O materialismo desconhece o Perispírito, mas só por ele se explica a economia do Ser integral. Além dis-so, sem Perispírito não haveria encar-nação dos Espíritos, nem percepção sensorial.

Fonte: A Obsessão e Seus Mistérios, Carlos Bernardo Loureiro, Editora TEL-MA.

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Clareando / Ano XVI / Edição 176 / Junho 2018 - Pág . 8

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Esperanto

7º Enc. Família, dia 22

Em Julho

Evento JulhoFesta JunIna data: 08/07/2018HorárIo: 12H às 16H

Alfabeto Esperantista

Encontros E Seminários

A partir deste mês, apresentaremos pequenas noções da língua esperantista.

Começaremos pelo alfabeto que é puramente fonético.

Possui 28 letras e cada uma corres-ponde a um único som.

São cinco vogais: a (á), e (ê), i (i), o (ô) e u (u).

As demais letras são: b (bô), c (tsô) , ĉ (tchô), d (dô), f (fô), g (gô), ĝ (djô), h (rrô), ĥ (rrrô), j (i breve dos ditongos), ĵ (jô), k (kô), l (lô), m (mô), n (nô), p (pô), r (rô), s (sô), ŝ ( chô). ŭ (u breve dos diton-gos), v vo , z (zô).

As letras C, Q, X,, W e Y não constam no alfabeto do Esperanto.

As letras H e Ĥ não são mudas, são aspiradas.

As palavras são paroxitonas em Espe-ranto (a sílaba tônica recai na penúltima sílaba).

Um pouco mais de Esperanto

1 (unu) - 2 (du) - 3 (tri) - 4 (kvar) - 5 (kvin)

Difusão do Esperanto

“Estranha-se comumente a atitude de muitos estudiosos desencarnados, re-comendando, através de canais mediú-nicos, o estudo da língua internacional.

Na esfera imediata à moradia humana, porém, o problema da linguagem é da-queles que mais nos afligem o senso íntimo. Facilitar o entendimento é ato de caridade, construir o futuro é serviço de confiança. Aprender Esperanto, en-siná-lo, praticá-lo e divulgá-lo é contri-buir para a edificação do Mundo Uni-do.”

Yan Curvello

Fonte: O Esperanto como Revelação, Francisco Valdomiro Lorenz, psicogra-fia de Francisco Cândido Xavier.

Evangelho: Mensagem de Jesus, simples e inconfundível. Espiritismo: Doutrina dos Espíritos, profunda e clara. Esperanto: Idioma da fraternidade

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Espiritismo e Ecologia

Segundo o mentor Aniceto: “(...) Há milênios a Natureza espera a compreensão dos homens. Não se tem alimentado tão somente de esperança, mas vive em ardente expectação, aguardando o entendimento e o auxílio dos Espíritos encarnados na Terra, mais propriamente considerados filhos de Deus. Entretanto, as forças naturais continuam sofrendo a opressão de todas as vaidades humanas. Isto, porém, ocorre, meus amigos, porque também o Senhor tem esperança na libertação dos seres escravizados na Crosta, para que se verifique igualmente a liberdade na glória do homem. (...)”

(Os Mensageiros, capítulo 42)

Logo, meus amigos, o convite do Senhor está posto há milênios para que nós possamos despertar para a necessidade de entendermos que os elementos da Natureza são nossos “irmãos” menores. E entender isso, como nos ensinou Aniceto, será a glória do homem. Então, vamos começar através de pequenos gestos?

Organizado por Beatriz Martins Teixeira

Os bens da Terra não são somente os produtos do solo, mas, sim, tudo o que o homem pode gozar neste mundo.

(o Livro dos Espíritos – questão 706).“(...) Imprevidente não é a Natureza; é o homem que não sabe regrar o seu viver.”

(O Livro dos Espíritos – questão 705).

Dicas:1 - Ao término do uso, desligue os aparelhos eletrônicos da tomada;2 - Instale lâmpadas de baixo consumo;3 - Coma menos carne vermelha;5 - Separe o material que pode ser reciclado e entre em contato com uma cooperativa de reciclagem;6 - Utilize os restos orgânicos como adubo para plantas;7 - Ao fazer compras, leve sacolas reutilizáveis;8 - Plante uma árvore, pode até ser uma florzinha;9 - Ao escovar os dentes e se ensaboar no banho feche a torneira;10 - Compre alimentos da região e as frutas da época.

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Aviso Importante

Desenvolvendo a Consciência Ecológica

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Instrução Relativa à Saúde do Sr. Allan Kardec

Obras Póstumas – Derradeiros Escritos

Enfraquecendo-se diariamente a saúde do Sr. Allan Kardec, em con-sequência de trabalhos excessivos, superiores às suas forças, vejo-me na necessidade de repetir, nova-mente, o que já lhe dissera tantas vezes:

“Precisas de repouso; as forças humanas têm limites que o desejo de que o ensino progrida te leva muitas vezes a ultrapassar. Estás errado, porquanto, procedendo assim, não apressarás a marcha da Doutrina, mas arruinarás a tua saúde e te colocarás na impossibi-lidade material de acabar a tare-fa que vieste desempenhar neste mundo. A tua enfermidade atual não é mais do que resultado de um dispêndio incessante de forças vitais, sem dar tempo a que se efe-tue a reparação necessária, e a um aquecimento do sangue produzi-do pela falta absoluta de repouso. Sem dúvida, nós te sustentamos, porém sob a condição de que não desfaças o que fizermos. De que serve correr? Não te dissemos já muitas vezes que cada coisa virá a seu tempo e que os Espíritos pre-postos ao movimento das ideias sabem fazer que surjam circuns-tâncias favoráveis, em soando o momento de agir?

Quando se faz preciso que todo espírita concentre suas forças para a luta, pensas que seja do teu de-ver esgotar as tuas? Não. Em tudo tens que dar o exemplo e teu lugar é na estacada, no momento do pe-rigo. Que farias lá, se, por enfra-quecimento, o teu corpo não mais permitisse que teu espírito se uti-lizasse das armas que a experiên-cia e a revelação te puseram nas mãos? – Ouve-me: deixa para mais

O livro Obras Póstumas “representa o testamento doutrinário de Allan Kardec. Reúne os seus derradeiros escritos e anotações íntimas, destinados a servir, mais tarde, para a elaboração da História do Espiritismo que ele não pôde realizar. (...) Essa obra nos desvenda os segredos de uma vida missionária. Quanto à grandeza, basta vermos o que os Espíritos Superiores dizem em suas comunicações aqui (neste livro) reproduzidas”.

(J. Herculano Pires, Introdução do livro Obras Póstumas, 8ª edição, 1987, Editora LAKE).

tarde as grandes obras destinadas a completar a que está esboçada nas tuas primeiras publicações; teus trabalhos ordinários e algumas pequenas brochuras de urgência bastam para te absorver o tempo e devem constituir os únicos objetos das tuas preocupações atuais.

Não te falo apenas em meu nome; sou aqui o delegado de to-dos os Espíritos que tão poderosa-mente têm contribuído para a pro-pagação do ensino, mediante suas sábias instruções. Eles te dizem, por meu intermédio, que esse atra-so, que consideras prejudicial ao futuro da doutrina, é uma medida necessária, de mais de um ponto de vista, quer porque certas questões ainda não se acham completamen-te elucidadas, quer para preparar os Espíritos a melhor assimilá-las. É necessário que outros tenham lim-pado o terreno, que se ache prova-da a insustentabilidade de certas teorias e que maior vácuo se haja produzido. Numa palavra: o mo-mento não é oportuno; poupa-te, portanto; quando for tempo, in-dispensável te será todo o vigor de corpo e de espírito. Até aqui, o Es-piritismo foi alvo de muitas diatri-bes, levantou muitas tempestades. Julgas, porém, que toda essa agita-ção esteja abrandada, que todos os ódios se tenham acalmado e torna-dos impotentes? Desilude-te, o ca-dinho depurador ainda não expeliu todas as impurezas; o porvir lhe reserva outras provas e as últimas crises não serão as menos penosas e difíceis de suportar.

Sei que a tua situação particular te impõe uma imensidade de traba-lhos secundários que te consomem a maior parte do tempo. Os pedi-

dos de toda espécie chovem sobre ti e tu te julgas no dever de atendê--los quanto possível. Farei aqui o que não ousarias fazer por ti pró-prio: dirigindo-me à generalidade dos espíritas, pedir-lhes-ei, no in-teresse mesmo do Espiritismo, que te evitem toda sobrecarga de traba-lho, capaz de consumir instantes que deves consagrar quase exclu-sivamente à terminação da obra. Se a tua correspondência algo sofrer com isso, em compensação o ensi-no ganhará.

Às vezes, necessário se torna sacrificar as satisfações individuais ao interesse geral. É uma medida urgente que todos os adeptos sinceros saberão compreender e aprovar.

A volumosa correspondência que recebes é para ti um precioso acervo de documentos e informa-ções; ela te esclarece sobre a verda-deira marcha e os progressos reais da Doutrina; é um termômetro im-parcial; proporciona-te, além disso, satisfações morais que por mais de uma vez te têm sustentado a cora-gem, mostrando-te a adesão que encontram tuas ideias, em todos os pontos do globo. Sob esse aspec-to, a superabundância é um bem e não um inconveniente, mas com a condição de te auxiliar os trabalhos e não de embaraçá-los, criando-te um acréscimo de ocupações”.

Um Espírito

(Comunicação particular; médium: Sr. D... - Paris, 23 de abril de 1866).

Fonte: Obras Póstumas, Allan Kar-dec, 2ª parte, Editora FEB.

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“Filho Não Vem com Manual”

A Família na Visão Espírita

Quando compramos qualquer aparelho eletrodoméstico, ao termos dificuldades em fazê-lo funcionar ou desejamos infor-mações, logo procuramos o Ma-nual de Instruções. É o que fa-cilita a operação de máquinas e aparelhos, por mais sofisticados que sejam. Lá encontramos as orientações sobre quais botões acionar, sequência de ações e cuidados. A grande dificuldade é que filho não vem com Ma-nual de Instruções.

A esmagadora maioria de nós, Seres Humanos, não domi-na a arte de entender de gente. Compreender as pessoas. Claro que é difícil e complexo. Princi-palmente, porque não existe nin-guém igual. Pode ser parecido. Por isso, chama-se indivíduo, ou seja, com características parti-culares, físicas e psíquicas. Para conhecer as pessoas, precisamos ter disponibilidade, percepção e tempo. Minha avó materna, Isabel, sempre dizia: “Para co-nhecer uma pessoa é necessário consumir algumas sacas de sal junto”. Naquele tempo, compra-vam-se sacas de 60 kg de sal. Na sua sabedoria, minha avó mos-trava que para conhecer alguém se leva muito tempo.

Apesar dos esforços que se faça, existe a imensa dificulda-de em compreender as pessoas, em razão do referencial de cada uma, das nossas vivências, expe-riências, desejos, julgamentos. Por isso que é comum, volta e meia, ouvirmos de alguém esse tipo de desabafo: “Estou desilu-dido com fulano. Apesar de to-dos esses anos de convivência, eu sinto que não o conhecia”.

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”.

Paulo (I Timóteo, 5:6)

Algumas criaturas têm maior facilidade em conhecer seus se-melhantes, por sua habilidade de relacionamento interpessoal, por sua capacidade de entender as linguagens, principalmente a não verbal, ou seja, aquela re-presentada pelos gestos, pelas expressões faciais, pelos movi-mentos dos membros e do cor-po, pelas expressões orais que denotam as emoções (dor, medo, satisfação, enfado).

De qualquer maneira, o co-nhecimento, salvo raros casos, será parcial e incompleto. Pe-netrar no âmago e descobrir os anseios, desejos e carências de qualquer ser humano é um de-safio hercúleo, porque cada um

é um. Existe um mundo único em cada Ser Humano. As ne-cessidades podem ser parecidas, mas não são iguais. O indivíduo, quando exposto a um ambien-te, a um estímulo e a situações semelhantes, na maioria das ve-zes, reage de forma diferente.

Embora sendo seu filho, trans-por a superficialidade do conhe-cimento irá requerer uma dose grande de paciência, tenacidade e perspicácia.

Fonte: Pais e Filhos - Uma Re-lação Delicada, Eurípedes Ro-drigues dos Reis, Editora Mundo Maior.

207. Frequentemente, os pais transmitem aos filhos a parecen-ça física. Transmitirão também alguma parecença moral?

“Não, que diferentes são as almas ou Espíritos de uns e outros. O corpo deriva do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito. Entre os descendentes das raças apenas há consanguinidade.”

a) - Donde se originam as parecenças morais que costuma ha-ver entre pais e filhos?

“É que uns e outros são Espíritos simpáticos, que reciproca-mente se atraíram pela analogia dos pendores.”

208. Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do nascimento deste?

“Ao contrário: bem grande influência exercem. Conforme já dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho”.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Editora FEB.

Complementação Doutrinária:

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Eu Não Merecia

Em Busca da Reforma Íntima

Assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em nossa vida, incluindo sentimen-tos e emoções, é um passo decisivo em direção a nossa maturidade e crescimento interior.

A tendência em acusar a vida, as pessoas, a sociedade, o mundo enfim, é tão antiga quanto o gênero humano; e muitos de nós crescemos aprendendo a raciocinar assim, cen-surando todos e tudo, nunca exa-minando o nosso próprio compor-tamento, que na verdade decide a vida em nós e fora de nós. Assimila-mos o “mito do vitimismo” nas mais remotas religiões politeístas, viven-ciadas por todos nós durante as vá-rias encarnações, quando os deuses temperamentais nos premiavam ou castigavam de conformidade com suas decisões arbitrárias. Por ter-mos sido vítimas nas mãos dessas divindades, é que passamos a usar as técnicas para apaziguar as iras divinas, comercializando favores com oferendas a Júpiter no Olimpo, a Netuno nas atividades do oceano, a Vênus nas áreas afetivas e a Plu-tão, deus dos mortos e dos infernos. Aprendemos a justificar com descul-pas perfeitas os nossos desastres de comportamento, dizendo que fomos desamparados pelos deuses, que a conjunção dos astros não estava propícia, que a lua era minguante e que nascemos com uma má estrela. Ainda muitos de nós acreditamos ser vítimas do pecado de Adão e Eva e da crença de um deus judaico que

Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 919).“Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida”.

Carl Gustav Jung (Entrevista e Encontros; Editora Cultrix).

“... Por que uns nascem na miséria e outros na opulência, sem nada terem feito para justificar essa posição? Por que para uns nada dá certo, enquanto que para outros tudo parece sorrir?...”.“... As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis do que cada um deve compenetrar-se bem...”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 5. item 3.).

privilegia um povo e despreza os outros, surgindo assim a ideia da hegemonia divina das nações. As pessoas que acreditam ser “vítimas da fatalidade” continuam a apon-tar o mundo exterior como culpa-do dos seus infortúnios. Recusam absolutamente reconhecer a cone-xão entre seus modos de pensar e os acontecimentos exteriores. São influenciadas pelas velhas crenças e se dizem prejudicadas pela força dos hábitos, pelas cargas genéticas e pela forma como foram criadas, afirmando que não conseguem ser e fazer o que querem. Não sabem que são arquitetos de seu destino, nem se conscientizam de que o passado determina o presente, o qual, por sua vez, determina o fu-turo. A vítima sente-se impotente e indefesa em face de um destino cruel. Sem força nem capacidade de mudar, repetidas vezes afirma: “Eu não merecia isto”, “A vida é injusta comigo”, nunca lhe ocor-rendo, porém, que o seu jeito de ser é que materializa pessoas e si-tuações em sua volta. Defendem seus gestos e atitudes infelizes di-zendo: “Meus problemas são cau-sados por meu lar”, “Os outros sempre se comportam desta forma comigo”. Desconhecem que as causas dos problemas somos nós e que, ao renascermos, atraímos esse lar para aprendermos a resol-ver nossos conflitos. São os nossos comportamentos interiores que modificam o comportamento dos

outros para conosco. Se somos, pois, constantemente maltratados é porque estamos constantemente nos maltratando e ou maltratando alguém. Ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada ma-neira sem a nossa permissão. Ou-tras pessoas ou situações poderão estimular-nos a ter certas reações, mas somente nós mesmos deter-minaremos quais serão e como se-rão essas reações. As formas pelas quais reagimos foram moldadas pelas experiências em várias vidas e sedimentadas pela força de nos-sas crenças interiores - mensagens gravadas em nossa alma. Portanto, precisamos assumir o comando de nossa vida e sair do posicionamen-to infantil de criaturas mimadas e frágeis, que reclamam e se colo-cam como “vítimas do destino”. Admitir a real responsabilidade por nossos atos e atitudes é acei-tar a nossa realidade de vida - as metas que alteram a sina de nossa existência. Em vez de atribuirmos aos outros e ao mundo nossas der-rotas e fracassos, lembremo-nos de que “as vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa”.

Hammed

Fonte: Renovando Atitudes, psico-grafia de Francisco do Espírito San-to Neto, Editora Boa Nova.

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Revista Espírita

Venha estudar conosco

a vida e as oBras de

Yvonne A. Pereira

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Lei do Progresso

Procure aSecretaria de Cursos

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Venha estudar conosco as obras de

André Luiz

ConviteProcure a

Secretaria de Cursos para informações

Venha estudar conosco as obras de

Léon Denis

Convite

Se considerarmos a Humanidade em seu estado primitivo e em seu estado atual, quando sua primeira aparição na Terra marcava seu pon-to de partida, e agora, que percor-reu uma parte do caminho que leva à perfeição, parece que todo bem, todo progresso, toda filosofia, enfim, não possa nascer senão do que lhe é contrário. Com efeito, toda forma-ção é o produto de uma reação, as-sim como todo efeito é gerado por uma causa. Todos os fenômenos morais, todas as formações inteli-gentes são devidos a uma pertur-bação momentânea da própria in-teligência. Apenas, na inteligência, devemos considerar dois princípios: um imutável, essencialmente bom, eterno como tudo o que é infinito; outro temporário, momentâneo, que não passa de agente emprega-do para produzir a reação de onde sai cada vez a progressão dos ho-mens. O progresso abrange o Uni-verso durante a eternidade e jamais se espalha tanto como quando se concentra num ponto qualquer. Não podeis abarcar, num só golpe de vista, a imensidade que vive, isto é, que progride; mas olhai em redor

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”.

(Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35-4º: “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (*), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

(*) O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º.

Nota – Esta comunicação foi recebida na sessão geral presidi-da pelo Sr. Allan Kardec

de vós: o que vedes? Em certas épo-cas, e podemos dizer em momentos previstos, designados, surge um ho-mem que abre um caminho novo, que escarpa os rochedos áridos de que se acha semeado o mundo conhecido da inteligência. Muitas vezes esse homem é o último en-tre os humildes, entre os pequenos e, contudo, penetra as altas esferas do desconhecido. Arma-se de cora-gem, pois esta lhe é necessária para lutar corpo a corpo contra os pre-conceitos, contra os usos que lhe foram transmitidos; é-lhe necessária para vencer os obstáculos que a má fé semeia sob seus passos, porque enquanto restarem preconceitos a derrubar, restarão abusos e interes-sados nos abusos; é-lhe necessária porque deve lutar, ao mesmo tem-po, contra as necessidades materiais de sua personalidade e, neste caso, sua vitória é a melhor prova de sua missão e de sua predestinação.

Chegado a este ponto, em que a luz escapa bastante forte do círculo do qual é o centro, todos os olhares se voltam para ele; ele assimila todo o princípio inteligente e bom; refor-ma e regenera o princípio contrário,

a despeito dos prejuízos, apesar da má fé e malgrado as necessidades; chega ao seu objetivo; faz a Huma-nidade transpor um grau e conhecer o que não era conhecido.

Este fato já se repetiu muitas ve-zes e ainda se repetirá muitas outras, antes que a Terra tenha atingido o grau de perfeição que convém à sua natureza. Mas, tantas vezes quantas forem necessárias, Deus fornecerá a semente e o trabalhador. Esse traba-lhador é cada homem em particu-lar, como cada um dos gênios que a ilustram por uma ciência muitas vezes sobre humana. Em todos os tempos houve esses centros de luz, esses pontos de ligação; o dever de todos é aproximar-se, ajudar e pro-teger os apóstolos da verdade. É o que o Espiritismo vem dizer ainda.

Apressai-vos, pois, vós todos que sois irmãos pela caridade. Apressai--vos e a felicidade prometida à per-feição vos será concedida muito mais cedo.

Espírito Protetor

(Lyon, 17 de setembro de 1862 – Médium: Sr. Émile V...).

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Lembrete Carinhoso aos Médiuns

Costumes do MédiumÉ comum, em todas as institui-ções espíritas, a observação da conduta do médium. Às vezes, não se vê alarde; no entanto, todos observam o que se passa na vida do medianeiro dos Espí-ritos.

Os frequentadores buscam nele um modelo de desprendimento, de honestidade, onde vibra a mo-ralidade em todas as suas nuanças. Mesmo que o exemplo não seja seguido pelos observadores, existe a necessidade de o médium estru-turar caminhos e delinear roteiros de uma conduta reta. Aquele que se entregou à mediunidade, nas li-nhas de Nosso Senhor Jesus Cristo e nas diretrizes traçadas pelo codi-ficador da doutrina dos Espíritos, haverá de mudar os seus costumes antigos, herdados, às vezes, no lar e, certamente, na sociedade, in-compatíveis com o ambiente do amor verdadeiro.

Existem muitos livros de boas maneiras, cujos ensinamentos são estudados e praticados pelos homens de negócios, que têm grande interesse de serem estima-dos nos meios sociais. Não resta dúvida que pode ser um começo de educação. Porém, a educação do médium deve estribar-se em outros ângulos, onde se levanta a figura do Cristo como o Mestre de todos os outros. O espírita deve trabalhar na sua autoeducação, por amor, visando ao seu aprimo-ramento e servindo de instrumen-to na educação dos outros, no si-lêncio que a dignidade espiritual inspira às criaturas.

A vaidade, nos círculos me-diúnicos, é fato comum. Os me-lindres ainda não deixaram de existir entre os companheiros que nos servem de instrumentos. Essas inferioridades são sutis, difíceis de serem registradas por seus pos-suidores, mas a reforma nunca é impossível, desde que a educação e a disciplina sejam constantes.

Tudo o que passa por nós leva a nossa marca, na mais profunda sensibilidade. Em se falando do médium de cura, é de capital im-portância que tenha saúde física e mental, porque a sua presença irradia sempre aquilo que ele é. Se estás tratando de enfermos, es-tes recebem o que pensas, falas e vives. A própria medicina oficial terrena não fica isenta dessas leis. São leis que vigoram e sustentam a vida em toda parte. Tanto o mé-dium quanto o médico respon-dem pelo que dão, na razão direta dos seus sentimentos. Compete a cada criatura, na posição em que se encontra dentro da sociedade, como médium ou como médico, que já compreendeu seus deveres ante o próximo, trabalhar na sua iluminação interior, corrigindo ve-lhos hábitos e esquecendo-se de inúmeros vícios, arraigados como conduta, que empanam os valores do Espírito.

O médium ainda é mais res-ponsável frente à sociedade, por já compreender, pela luz do Evange-lho, como deve proceder, fazendo da sua vida, uma vida exemplar, porque, dessa forma, ele esta-rá ensinando, com o silêncio, ao próprio médico como se conduzir melhor, pois a medicina reconhe-cerá, nas suas atuações mediúni-cas, algo a mais que os medica-mentos e a plenitude do saber dos diagnósticos.

O homem de conduta reta é sempre abastecido de energias su-periores, desde que o orgulho e a vaidade não tomem seu coração. O verdadeiro saber cobre-se com a simplicidade e a discrição. O verdadeiro médium é aquele que trabalha todos os dias dentro de si, para melhorar seus sentimentos e corrigir seus impulsos inferiores. (...).

Quem encontrar dificuldades de remover costumes inadequados aos ensinos do Cristo, de afastar

vícios que atrofiam as qualidades do homem de bem e precisa viver no meio espiritualista, não defen-da tais inferioridades, incompatí-veis com as boas maneiras, traça-das e sustentadas pelos luminares da espiritualidade maior. É bom que medite e viva em silêncio, para que, no futuro, os sentimen-tos cedam à inspiração do divino e à voz da consciência em Cristo.

A porta para a reforma interior é a caridade. E não há caridade sem trabalho. Portanto, entrega as tuas mãos a esse exercício e em-penha teu coração no amor, que os teus caminhos ficarão mais claros e teus pés poderão andar sem tropeços inconvenientes. A literatura mediúnica, qualificada nos anseios do bem da coletivi-dade, é enorme. Basta que tenhas boa vontade de ler e estudar, para compreender e fazê-la visível, na própria vida.

O médium é um instrumento de cura e um ponto de apoio para as criaturas em desequilíbrio. No en-tanto, é necessário que ele se pre-pare, antes de ajudar aos outros, para saber como convém ajudar. Se consideramos todos médiuns, ainda melhor: que todos se deem as mãos na mesma escola de luz, corrigindo defeitos e aprimorando qualidades, para merecermos, no amanhã, o paraíso tão falado e de-cantado por aqueles que já conhe-ceram a verdade. O Espírito que se esforça por sua iluminação in-terna, encarnado ou desencarna-do, a ninguém faz favor. Ele está conquistando a sua própria paz. E somente ele vai desfrutar da tran-quilidade imperturbável da sua consciência. (...).

Miramez

Fonte: Segurança Mediúnica, psicografia de João Nunes Maia, Editora Fonte Viva.

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Clareando / Ano XVI / Edição 176 / Junho 2018 - Pág . 15

Instruções de Além-Túmulo

Parasitose Mental

“São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado...”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo I, item 8).

Na reunião da noite de 28 de outubro de 1954, fomos nova-mente felicitados com a palavra do nosso Instrutor Espiritual Dou-tor Francisco de Menezes Dias da Cruz, que nos enriqueceu os estudos, palestrando em torno do tema que ele próprio definiu por “parasitose mental”. Observações claras e precisas, estabelecendo um paralelo entre o parasitismo no campo físico e o vampirismo no campo espiritual, o Doutor Dias da Cruz, na condição de mé-dico que é, no-las fornece, acon-selhando-nos os elementos curati-vos do Divino Médico, através do Evangelho, a fim de que estejamos em guarda contra a exploração da sombra.

Avançando em nossos ligeiros apontamentos acerca da obses-são, cremos seja de nosso interes-se apreciar o vampirismo, ainda mesmo superficialmente, para figurá-lo como sendo inquietante fenômeno de parasitose mental.

Sabemos que a parasitogenia abarca em si todas as ocorrências fisiopatológicas, dentro das quais os organismos vivos, quando ne-gligenciados ou desnutridos, se habilitam à hospedagem e à re-produção dos helmintos e dos ácaros que escravizam homens e animais.

Não ignoramos também que o parasitismo pode ser externo ou interno.

Nas manifestações do primei-ro, temos o assalto de elementos carnívoros, como por exemplo, as variadas espécies do aracnídeo acarino sobre o campo epidérmi-co e, nas expressões do segun-do, encontramos a infestação de elementos saprófagos, como, por

exemplo, as diversas classes de platielmíntios, em que se des-tacam os cestoides no equipa-mento intestinal.

E, para evitar as múltiplas formas de degradação orgâni-ca, que o parasitismo impõe às suas vítimas, mobiliza o ho-mem largamente os vermífugos, as pastas sulfuradas, as loções mercuriais, o pó de estafiságria e recursos outros, suscetíveis de atenuar-lhe os efeitos e extin-guir-lhe as causas.

No vampirismo, devemos considerar igualmente os fatores externos e internos, compreen-dendo, porém, que, na esfera da alma, os primeiros dependem dos segundos, porquanto não há influenciação exterior depri-mente para a criatura, quando a própria criatura não se deprime.

É que pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à escabiose e à ulceração, à dipsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral, e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a

morte. Imprescindível, assim, vi-

ver em guarda contra as ideias fixas, opressivas ou aviltantes, que estabelecem, ao redor de nós, maiores ou menores pertur-bações, sentenciando-nos à vala comum da frustração.

Toda forma de vampirismo está vinculada à mente defici-tária, ociosa ou inerte, que se rende, desajustada, às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva.

Usemos, desse modo, na ga-rantia de nossa higiene mento psíquica, os antissépticos do Evangelho.

Bondade para com todos, trabalho incansável no bem, otimismo operante, dever ir-repreensivelmente cumprido, sinceridade, boa-vontade, es-quecimento integral das ofensas recebidas e fraternidade simples e pura, constituem sustentáculo de nossa saúde espiritual.

– «Amai-vos uns aos outros como eu vos amei» recomendou o Divino Mestre.

– «Caminhai como filhos da luz» – ensinou o apóstolo da gentilidade.

Procurando, pois, o Senhor e aqueles que o seguem valoro-samente, pela reta conduta de cristãos leais ao Cristo, vacine-mos nossas almas contra as fla-gelações externas ou internas da parasitose mental.

Dias da Cruz

Fonte: Instruções Psicofônicas, lição 34, psicografia de Francis-co Cândido Xavier, Editora FEB.

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Exemplo Único

“Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” Jesus -(Mateus, 6.21).

Jesus – Mestre Maior da Humanidade

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito: Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“Precisamos aprender a conduzir os nossos padrões mentais e as nossas palavras, pelos padrões de Jesus. Ele veio justamente porque ainda somos inferiores. Não basta que ele tenha vindo; é preciso que procuremos superar as próprias lutas e dificuldades, fazendo o mínimo que ele nos pede, que prestemos atenção aos seus ensinamentos, às suas conclusões, à sua maneira de falar.”

Ninguém que se equipare a Jesus: um ser incompará-vel!

Havendo atingido o es-tágio de ser mais perfeito que Deus nos ofereceu para servir-nos de modelo e guia, conforme os Embaixadores Espirituais ao serem interro-gados responderam ao no-bre Codificador do Espiritis-mo, nunca se eximiu de nos amar, vivenciando nossas dores e condição humana, de modo a constituir-nos o exemplo único de que se tem notícia. (...).

(...) aceitou o convite de Simeão, o leproso, para fazer refeição na sua casa, onde lecionou misericórdia em re-lação aos pecadores, quando a mulher equivocada e arre-pendida dos seus desatinos veio lavar-Lhe os pés com unguento especial, havendo sido censurada pelos presen-tes...

Amparou a mulher adúl-tera sem lhe condenar o deslize moral (...).

Conviveu com a família de Láza-ro, em Betânia, sem imiscuir-se nos problemas do lar, e quando esse foi vítima de catalepsia, havendo sido

considerado morto, Ele percebeu, à distância, que o amigo dormia, não hesitando em vir despertá-lo, o que provocou celeuma entre os fariseus e demais testemunhas... (...).

Convidou Pedro, modesto pes-

cador, e outros homens simples, para que de-sempenhassem papel de relevante importância no revolucionário movimen-to de fraternidade terrena (...).

Quase dois mil anos (¹) após a Sua presença entre os seres humanos no planeta terrestre, Ele continua catalisando as atenções, sensibilizando os sentimentos, convo-cando vidas para o ban-quete de amor que deve-rá tomar conta do porvir.

Quanto mais transcor-rem os séculos, mais fas-cinante se faz a figura de Jesus. (...).

Aproxima-te de Jesus, esse ser incomparável, e plenifica-te com Ele.

(¹) Hoje, mais de dois mil anos.

Joanna de Ângelis

Fonte: Lições para a Felicidade, psicografia de Divaldo Pereira Franco, lição 16, Editora LEAL, 4ª edição, 2005.

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Clareando / Ano XVI / Edição 176 / Junho 2018 - Pág . 17

Artigo

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Lavoisier e a Fenomenologia Espírita

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“A emissora da Fraternidade”

A farta literatura espírita existente nos dá conta dos fenômenos de materialização e desmaterialização, já amplamente comprovados e praticados pelos experimentadores da Ciência Espírita, como William Crookes, Albert de Rochas, César Lombroso e outros. Além disso, muitas são as pessoas que já assistiram a fenômenos dessa natureza, nem todas com a preocupação de analisar-lhes as consequências e origens.

Quando se desmaterializa um objeto ou um ser, o que é feito dele? O que acontece à sua natureza? Quando igualmente à vista de todos se materializa um objeto ou um ser, de onde ele procede? Qual a sua origem?

Uma vez que, segundo o princípio de Lavoisier, a destruição absoluta não existe, somos forçados a procurar o destino dos objetos ou seres desmaterializados. Se eles apenas se transformaram, para onde foram conduzidos? Certamente para uma situação que nos seja imperceptível; para um estado extrafísico!

Do mesmo modo, os objetos e seres que se materializaram no Plano Físico deverão ter vindo de algum lugar! Se nos eram imperceptíveis e intangíveis antes de materializar-se, com certeza existiam antes de aparecer, uma vez que “nada se cria”! De onde vieram?

Se “nada se perde, nada se cria”, claro está que estes objetos ou seres apenas se “transformaram”! Fica assim demonstrado que existe um estado extrafísico de onde eles vêm, e para onde vão ao desmaterializar-se. Com este raciocínio, o princípio de Lavoisier nos leva à comprovação da existência do Mundo Espiritual!

Ao enunciar que “na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, o eminente sábio pensador não imaginava, naquela época, a extensão do princípio que enunciava, pois obviamente o enunciado se referia à Terra, com seu abrangente transformismo fenomênico. Com

relação ao Universo, não se poderá aplicá-lo da mesma maneira, por isso que Deus cria incessantemente! Dentro dos limites do nosso orbe, porém, esta verdade maravilhosa nos ajuda a compreender a grandiosidade do Criador de todas as coisas à nossa volta, e o seu perpétuo transformar-se, cada vez para uma posição mais elevada e mais perfeita.

A ciência espírita nos faz entender que um mesmo objeto, ou ser, poderá transferir-se de um para outro desses planos, sem perda de sua identidade real. Nos fenômenos de materialização e desmaterialização não existe nem criação nem extinção do objeto ou ser submetido àquele processo, mas simplesmente uma transformação, uma transferência, quer em um sentido, quer em outro.

Deste modo, a ciência oficial, a despeito do grau de materialismo que conduz o raciocínio de grande parte dos seus prosélitos, encontrará neste princípio, endossado por ela mesma, os meios de comprovar, de maneira inequívoca, a existência dos Espíritos e do Mundo Espiritual, tantas vezes negada por seus expoentes.

A Doutrina Espírita é também ciência que, como as demais, para ser conhecida e compreendida há de ser estudada, meditada e experimentada. Quem deve instruir-se a respeito das coisas espirituais não deverá ler as obras básicas que compõem o Pentateuco da Doutrina Espírita como se lesse um romance para distrair-se.

Espiritismo é matéria da mais elevada seriedade, que não se coaduna com a leviandade, pois nos fala daquilo que é de maior importância para a criatura humana: o progresso do Espírito – a verdadeira finalidade da existência na Terra!

Mauro Paiva Fonseca

Fonte: Reformador-Novembro 2003.

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O Livro dos Médiuns Allan Kardec

ConviteAs vibrações disseminadas pe-los ambientes de um Centro Es-pírita, pelos cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis, necessários aos variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de enfermos até a conver-são de entidades desencarnadas sofredoras e até mesmo a ora-tória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos es-senciais, mesmo indispensáveis a certa série de exposições mo-vidas pelos obreiros da Imorta-lidade a serviço da Terceira Re-velação. Essas vibrações, esses fluidos especializados, muito sutis e sensíveis, hão de conser-varem-se imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são naturais e indispensáveis ao de-senrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as suas profundas possibilida-des. Daí porque a Espiritualida-de esclarecida recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo respeito nas assem-bleias espíritas, onde jamais de-verão penetrar a frivolidade e a inconsequência, a maledicência e a intriga, o mercantilismo e o mundanismo, o ruído e as atitu-des menos graves, visto que es-tas são manifestações inferiores do caráter e da inconsequência humana, cujo magnetismo, para tais assembleias e, portanto, para a agremiação que tais coi-sas permite, atrairá bandos de entidades hostis e malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los ou im-possibilitá-los, uma vez que tais ambientes se tornarão incompa-tíveis com a Espiritualidade ilu-minada e benfazeja.

Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus frequenta-dores, encarnados ou desen-carnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervo-rosos, de aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades e depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de cerimô-nias ou passatempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os seus mortos ama-dos ou os seus guias espirituais, um Centro assim, fiel observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da filosofia espírita, será detentor da confiança da Espiritualidade esclarecida, a qual o elevará à dependência de organizações modelares do Espaço, realizan-do-se então, em seus recintos, sublimes empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida. Somente esses, portanto, serão registra-dos no Além-Túmulo como ca-sas beneficentes, ou templos do Amor e da Fraternidade, abali-zados para as melindrosas ex-periências espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas, serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglome-ram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer.

Fonte: Dramas da Obsessão, Espírito Bezerra de Menezes, psicografia de Yvonne do Ama-ral Pereira, 3ª parte, capítulo 3, Editora FEB.

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

ConviteVenha estudar conosco

A Família na Visão Espírita

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A Importância do Respeito nas Assembleias Espíritas

Artigo

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Suplemento Infantojuvenil

A Tina“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”.

(Amélia Rodrigues)

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário

infantil e juvenil escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .

Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês:livro Juvenil:um dia a Gente CresCe, fátima moura

editora: Celd

livro infantil:a minhoCa nhoCa e a formiGa miGa, Cezar said, editora: Celd.

Meu pai morreu quando eu era muito pequena. Viúva e pobre, sem desejar contrair novo ma-

trimônio, minha mãe teve de trabalhar muito para nos sustentar.

Quando fiquei um pouco maior, disse-lhe que gostaria imensamente de estudar música.

Ela me ouviu com muita atenção e, dali para frente, redobrou esforços para alugar um piano e custear o pagamento das aulas.

Mas, dentro em pouco, eu já me aborrecia com os infindáveis exercícios que, de tanto se-rem repetidos, acabavam por me cansar e ente-diar.

Quando eu fechava o piano e fugia para o quintal, para minhas brincadeiras, ela olhava para mim, muito tranquila e não dizia nenhuma palavra de reprovação.

Depois voltava ao trabalho, que tomava o seu tempo, de manhã à noite.

Um dia, quando eu já dedilhava o teclado pre-guiçosamente e com pouco - ou nenhum - inte-resse, ela se aproximou silenciosamente de mim e disse com naturalidade:

- Você está cansada do estudo, minha filha. Feche o piano e, por favor, venha me ajudar a la-var aquela tina de roupa. Estou um pouco fatiga-da e vai ser bom trabalharmos um pouco juntas.

Trabalhamos a tarde toda. Minha mãe dissera

que estava um pouco cansada e, de fato, eu per-cebia que os esforços que ela despendia estavam, praticamente, acima de suas forças. Entretanto, ela não parecia disposta a interromper o trabalho e as pilhas de roupa iam se renovando dentro da tina.

Paramos para jantar e, por essas alturas, eu já me sentia tão exausta que estava a ponto de cair em pranto. A água e o sabão me haviam arroxea-do as mãos, meus dedos estavam duros e entor-pecidos.

Então notei uma coisa: as mãos de minha mãe - embora até então eu não o tivesse notado - esta-vam sempre daquele jeito.

Engolindo um soluço, eu disse a minha mãe: - Mamãe, eu estive pensando. Desejo, realmen-

te, estudar música. Vai me cansar muito, porém preciso perseverar e prosseguir sempre.

- Está bem, querida! Disse minha mãe me olhando nos olhos. Se você deseja se tornar uma pianista eu não posso lhe pedir que seja uma la-vadeira de roupa: eu me esforçarei de um lado e você do outro. Não é mesmo?

Hoje eu sou uma concertista.

Fonte: E, Para o Resto da Vida..., Wallace V. Ro-drigues, Editora O Clarim.