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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio Ano XIII - Edição 146 - Novembro / 2015 www.irmaoclarencio.org.br pág.11 Na Seara Mediúnica: Prática Mediúnica Clareando as ideias com Kardec: As Relações no Além Túmulo pág.15 Artigo: Apelo ao Bom Senso na Prática Mediúnica pág.13 Instruções dos Espíritos: A perda de Pessoas Amadas. Mortes Prematuras pág.10 pág.6 A Família na Visão Espírita: família Semeando o Evangelho de Jesus; Motivos de Resignação pág.2 pág.3 Deus Causa Primeira: Lembra-te de Deus pág.4 Revista Espírita: Conhecer-se a Si Mesmo, Homenagem Especial: Ante os Mortos pág.8 O Céu e o Inferno - Esperanças e Consolações: Tempo de Desprendimento da Alma no Desencarne Nesta Edição : Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00 A Família na visão Espírita. Obras de André Luiz (Nosso Lar / Evolução em Dois Mundos). Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Ressurreição e vida). A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes. COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30 Grupo de Estudos Antônio de Aquino (No Invisível) Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo ( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Livro dos Médiuns. O Céu e o Inferno. A Gênese. Obras Póstumas. Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enígma) Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10 Aprofundamento das Obras Básicas Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo ( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Livro dos Médiuns. O Céu e o Inferno. A Gênese. Obras Póstumas. Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enígma) Revista Espírita. Dia : Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 Curso Permanente para Médiuns do CEIC – CPMC (2º e 4º sábados do mês). Dia : Sábado / 14:30 às 16:00 Valorização da Vida (Aberto a Todos). Dia : Sábado / 16:00 às 17:30 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Livro dos Médiuns. O Céu e o Inferno. A Gênese. COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês). Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. ATENÇÃO: NÃO HAVERÁ MAIS "CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA MÉDIUNS". Cursos no C.E.I.C. Editorial Educação Integral “O objetivo maior da vinda do homem à Terra é a sua melhora espiritual” (¹). Somos seres imperfeitos, a caminho da perfeição e esta se dá pela “Educação Integral”. Mas, o que vem a ser “Educação Integral”? Ermance Dufaux nos diz que é “o ato educativo com Amor”. (²) Na sociedade todos são “professores”, seja na prática pedagógica ou na vida de relação, porém, poucos são educadores”. “A Educação resume-se em transformar impulsos e desenvolver potencialidades” (³). A disciplina dos sentidos e dos impulsos nos leva ao processo de evitar o mal e, para isso, é preciso o autoconhecimento. La Fontaine nos diz: “O que muitas vezes impede que vos corrijais de um defeito, de um vício, é, certamente, o fato de não perceberdes que o tendes”. (¹¹) Como podemos observar, a Educação Integral requer o desenvolvimento dos bons sen- timentos, ou seja, da afetividade. Precisamos conhecer nossas “manifestações sombrias do coração, suas raízes, suas armadilhas, suas máscaras” (¹²) para atingirmos o patamar de integralidade na Educação. Como auxílio a esse processo, pelo qual todos temos que passar, temos a Casa Espírita que tem, como um dos principais objetivos, a educação da alma. Que Jesus nos ampare nesse processo de evolução. Paz em cada coração! Obs.: (¹), (²), (³), (¹²) – Ermance Dufaux – Educação-Senda de Luz (nesta edição). (¹¹) La Fontaine – Revista Espírita (nesta edição).

Cursos no C.E.I.C. Editorial Dia: Terça-feira / 19:30 às ...irmaoclarencio.org.br/pdf/clareando/Nov_2015.pdf · Obras de André Luiz (Nosso Lar / Evolução em Dois Mundos). Obras

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

Ano XIII - Edição 146 - Novembro / 2015www.irmaoclarencio.org.br

pág.11

Na Seara Mediúnica:Prática Mediúnica

Clareando as ideias com Kardec:As Relações no Além Túmulo

pág.15

Artigo:Apelo ao Bom Senso na Prática Mediúnica

pág.13

Instruções dos Espíritos:A perda de Pessoas Amadas.Mortes Prematuraspág.10

pág.6A Família na Visão Espírita:família

Semeando o Evangelho de Jesus;Motivos de Resignaçãopág.2

pág.3Deus Causa Primeira:Lembra-te de Deus

pág.4Revista Espírita: Conhecer-se a Si Mesmo,

Homenagem Especial:Ante os Mortos

pág.8

O Céu e o Inferno - Esperanças e Consolações: Tempo de Desprendimento da Alma no Desencarne

Nesta Edição :

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / Evolução em Dois Mundos).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Ressurreição e vida).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Grupo de Estudos Antônio de Aquino(No Invisível)Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enígma)

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Aprofundamento das Obras Básicas

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enígma)Revista Espírita.

Dia : Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30Curso Permanente para Médiuns do CEIC – CPMC (2º e 4º sábados do mês).

Dia : Sábado / 14:30 às 16:00Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes.O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.atenção: não Haverá maIs "Curso de AtuAlizAção PArA Médiuns".

Cursos no C.E.I.C. Editorial

Educação Integral“O objetivo maior da vinda do homem à Terra é a sua melhora espiritual” (¹). Somos seres

imperfeitos, a caminho da perfeição e esta se dá pela “Educação Integral”.Mas, o que vem a ser “Educação Integral”? Ermance Dufaux nos diz que é “o ato

educativo com Amor”. (²)Na sociedade todos são “professores”, seja na prática pedagógica ou na vida de relação,

porém, poucos são educadores”.“A Educação resume-se em transformar impulsos e desenvolver potencialidades” (³).A disciplina dos sentidos e dos impulsos nos leva ao processo de evitar o mal e, para

isso, é preciso o autoconhecimento. La Fontaine nos diz: “O que muitas vezes impede que vos corrijais de um defeito, de um vício, é, certamente, o fato de não perceberdes que o tendes”. (¹¹)

Como podemos observar, a Educação Integral requer o desenvolvimento dos bons sen-timentos, ou seja, da afetividade. Precisamos conhecer nossas “manifestações sombrias do coração, suas raízes, suas armadilhas, suas máscaras” (¹²) para atingirmos o patamar de integralidade na Educação.

Como auxílio a esse processo, pelo qual todos temos que passar, temos a Casa Espírita que tem, como um dos principais objetivos, a educação da alma.

Que Jesus nos ampare nesse processo de evolução.Paz em cada coração!

Obs.: (¹), (²), (³), (¹²) – Ermance Dufaux – Educação-Senda de Luz (nesta edição). (¹¹) La Fontaine – Revista Espírita (nesta edição).

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

*** Pelo Espiritismo, o homem sabe (...) que todas as almas, tendo um mesmo ponto de origem, são criadas iguais, com idêntica aptidão para progredir em virtude do seu livre arbítrio; que todas são da mesma natureza (...) e alcançarão o mesmo objetivo, mais ou menos rapidamente, segundo o seu trabalho e sua boa vontade.(A Gênese – capítulo I – item 30)*** Por que é que alguns Espíritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal? Não têm eles o livre arbítrio? Deus não os criou maus; criou-os simples e ignorantes, isto é, tendo tanto aptidão para o bem quanto para o mal. Os que são maus, assim se tornaram por vontade própria. (O Livro dos Espíritos – questão 121)*** Como podem os Espíritos, em sua origem, quando ainda não têm consciência de si mesmos, gozar da liberdade de escolha entre o bem e o mal? Há neles algum princípio, qualquer tendência que os encaminhe para uma senda de preferência a outra? O livre arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desde que a escolha fosse determinada por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. (O Livro dos Espíritos – questão 122)*** Os Espíritos são criados iguais quanto às faculdades intelectuais? São criados iguais, porém, não sabendo donde vêm, preciso é que o livre arbítrio siga seu curso. Eles progridem mais ou menos rapidamente em inteligência como em moralidade.(O Livro dos Espíritos – questão 127)*** Os Espíritos são criados simples e ignorantes, mas dotados de aptidões para tudo conhecerem e para progredirem, em virtude do seu livre arbítrio. (O Céu e o Inferno, 1ª parte, capítulo III, item 6)

Livre ArbítrioMosaico Kardequiano

P or estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura.

Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram con-trair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranquilidade no porvir.O homem que sofre assemelha-se a um devedor de avultada soma, a quem o credor diz: "Se me pagares hoje mesmo a centésima parte do teu débito, quitar-te-ei do restante e ficarás livre; se o não fizeres, atormentar-te-ei, até que pagues a última parcela." Não se sentiria feliz o devedor por suportar toda espécie de privações para se libertar, pagando apenas a centésima parte do que deve? Em vez de se queixar do seu credor, não lhe ficará agradecido?Tal o sentido das palavras: "Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados." São ditosos, porque se quitam e porque, depois de se haverem quitado, estarão livres. Se, porém, o homem, ao quitar-se de um lado, endivida-se de outro, jamais poderá alcançar a sua libertação. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, porquanto nenhuma há, qualquer que ela seja, que não acarrete forçosa e inevitavel-mente uma punição. Se não for hoje, será amanhã; se não for na vida atual, será noutra. Entre essas faltas, cumpre se coloque na primei-ra fiada a carência de submissão à vontade de Deus. Logo, se murmurarmos nas aflições, se não as aceitarmos com resignação e como algo que devemos ter merecido, se acusarmos a Deus de ser injusto, nova dívida contraímos, que nos faz perder o fruto que devíamos colher do sofrimento. E por isso que teremos de recomeçar, absolutamente como se, a um credor que nos atormente, pagássemos uma cota e a tomássemos de novo por empréstimo.Ao entrar no mundo dos Espíritos, o homem ainda está como o operário que comparece no dia do pagamento. A uns dirá o Senhor: "Aqui tens a paga dos teus dias de trabalho"; a outros, aos venturosos da Terra, aos que hajam vivido na ociosidade, que tiverem feito consistir a sua felicidade nas satisfações do amor-próprio e nos gozos mundanos: "Nada vos toca, pois que recebestes na Terra o vosso salário. Ide e recomeçai a tarefa".

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo V, item 12, Editora FEB.

Motivos de Resignação

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 3

Deus - Causa Primeira

loCal: Centro espírIta Irmão ClarênCIo

Encontros Espíritas

Em DezembroEm Novembro11º enContro espírIta soBre "o Céu e o Inferno"tema -o medo da morte

data - 29 /11 /2015Hora - 8:30 às 13:00

16º enContro espírIta soBre Joanna de ÂngelIs

tema - o matrImônIo

data - 29 /11 /2015Hora - 8:30 às 13:00

Lembra-te de Deus para que não olvides a tua alma no labirinto das sombras.

O Criador vive e palpita na Criação que o reflete.

Quando estiveres ferido pelas farpas do sofrimento, lembra-te de Deus que, em muitas ocasiões, socorre a terra seca, por intermédio de nuvens tempestuo-sas.

Quando te sentires revoltado ante as misérias do mundo, lembra-te de Deus, cuja majestade permanece incorruptível, no próprio fruto podre, através da semen-te pura em que a planta se renovará exu-berante e vitoriosa.

Lembra-te de Deus e aprende a não julgar com os olhos físicos, que apenas assinalam na Terra ligeiras nuances da verdade.

Tudo nos infinitos domínios do Infi-nito Universo transformação incessante para a glória do bem.

Em razão disso, o mal sempre efême-ro nevoeiro na exaltação da eterna paz, e toda sombra, por mais dilatada no espaço

e no tempo, não passa de expressão tran-sitória no jogo das aparências.

Não reproves, assim, o solo estéril pela carência que patenteia e nem condenes a víscera cadavérica pelo bafio que exa-la, porque, amanhã, a Bondade de Deus pode reunir um e outro, com eles edifi-cando um berçário de lírios.

Não te antecipes à Justiça do Pai Ce-leste quando fores incomodado, porque o Pai Celeste sabe distribuir o pão e a corri-genda com os filhos que lhe constituem o patrimônio de excelso amor.

Ainda mesmo diante do inferno que nós criamos na consciência com os nos-sos erros deliberados, ei-lo, bondoso, a expressar-se com o seu Divino Devota-mento, transformando-o em lixívia que nos sane as mazelas da alma.

Trabalha, ajudando sempre, na certeza de que Deus sustenta a vida, para que a vida se aprimore.

Assim sendo, no princípio de cada dia ou no começo de cada tarefa nova, faze da oração a nota inicial de teu passo primei-ro, para que te não falte a inspiração do

Lembra-te de DeusCéu em toda a medida justa.

Quando fatigado, seja Deus teu des-canso.

Quando aflito, seja Deus teu consolo.Quando supostamente derrotado, seja

Deus teu arrimo.Quando em desalento, seja Deus tua

fé.Ergue, diariamente, um templo vivo

de amor a Deus em teu espírito e rende--lhe preito incessante, através do serviço ao próximo, nas lutas de cada hora.

Em todos os lances de nossa peregri-nação para os cimos, lembremo-nos de Deus para que não estejamos esquecidos de nós.

Meimei

(Mensagem recebida por ocasião do en-cerramento da reunião da noite de 31 de maio de 1956, no Grupo Meimei).

Fonte: Vozes do Grande Além, psicogra-fia de Francisco Cândido Xavier,Diversos Espíritos, lição 50, Editora FEB.

*** Que é Deus?“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.

*** Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 1 e 4, Editora FEB.

8º enC. esp. "CrIsto, o Consolador" – dIa 06. tema: a fé transporta montanHas. o papel da fé na transposIção das lutas Humanas e nas lutas íntImas

data - 06 /12 /2015Hora - 8:30 às 13:00

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 4

Revista Espírita

Homenagem Especial

Venha estudar conosco O Livro dos Médiuns

Allan Kardec

Procure a Secretaria de Cursos para informações

Convite

O que muitas vezes impede que vos corrijais de um defeito, de um vício, é, certamente, o fato

de não perceberdes que o tendes. En-quanto vedes os menores defeitos do vi-zinho, do irmão, nem sequer suspeitais que tendes as mesmas faltas, talvez cem vezes maiores que as deles. Isto é conse-quência do orgulho que vos leva, como leva todos os seres imperfeitos, a não achar nada de bom senão em vós. De-veríeis analisar-vos um pouco como se não fôsseis vós mesmos. Imaginai, por exemplo, que aquilo que fizestes ao vos-

so irmão, foi vosso irmão que vos fez. Colocai-vos em seu lugar: que faríeis? Respondei sem segundas intenções, pois acredito que desejais a verdade. Fa-zendo isto, estou certo de que muitas vezes encontrareis defeitos vossos que antes não havíeis notado. Sede francos convosco mesmos; travai conhecimento com o vosso caráter, mas não o estra-gueis, porque as crianças mimadas mui-tas vezes se tornam más e aqueles que as mimam em excesso são os primeiros a sentir os efeitos. Voltai um pouco o alforje onde são colocados os vossos e

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDI-CEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

Dissertação Espírita

Conhecer-se a Si Mesmo

Ante os Mortos

É verdade que te martirizas, à frente da morte, na Terra, mormente quando a morte surge, a ceifar-te os

entes caros.Aflitiva é a contemplação dos que partem

do mundo, em nossos braços, quando nos achamos no mundo, muita vez a nos ende-reçarem angustioso olhar, como a pedir- nos mais vida no corpo físico, sem que nos pos-samos arredar da impossibilidade de fazê-lo.

Profundamente constrangedora é a mágoa de sentir-lhes as mãos desfalecentes em nos-sas mãos ansiosas, na despedida.

Entretanto, pensa neles, os companheiros que partem, na condição de viajores amados que te deixam provavelmente carregando consigo indagações muito mais agudas do que aquelas que se te estacam no coração.

Reflete nisso e não lhes agraves a dor.Muitos deles se afastam marcados por im-

positivos urgentes de reajuste.Compelidos a se arrancarem de hábitos

longamente estabelecidos, quase sempre osci-lam ante os chamamentos da rotina terrestre

e as exigências de renovação da Vida Espiri-tual. E isso lhes custa empeços e problemas para as readaptações necessárias.

Mentaliza-os na condição de criaturas queridas, em refazimento para que se afei-çoem, sem maiores delongas, aos encargos novos que os aguardam.

Abençoa-os com as tuas melhores recor-dações, porque as lembranças ou as palavras alcançam a todos eles, com endereço exato.

Compacede-te dos supostos mortos e abs-tenha-te de sobretaxa-lhes as preocupações com o pranto da angústia.

Ao invés disso, dá-lhes a cobertura afetiva, cumprindo, tanto quanto possível, os deveres que estimariam ainda continuar a satisfazer.

Eles estão em outras faixas de vivência, mas não irremediavelmente distantes.

São amigos que te antecederam na inevi-tável viagem para a Vida Maior, a te rogarem auxílio, a fim de se retornarem no próprio equilíbrio, ante o desempenho das novas ta-refas que abracem.

Não olvides: converte a saudade em ora-

os defeitos alheios. Ponde os vossos à frente e os dos outros para trás e tende cuidado para não baixar a cabeça quan-do tiverdes vossa carga à frente.

La Fontaine

(Sociedade Espírita de Sens, 9 de março de 1863).

Fonte: Revista Espírita, Allan Kardec, ju-nho – 1863, Editora FEB.

ção de esperança e enviam-lhes os teus pensa-mentos de compreensão e de paz.

Ampara-os agora para que te amparem depois.

Emmanuel

Fonte: Canais da Vida, psicografia de Fran-cisco Cândido Xavier, Editora CEU.

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 5

Do Outro Lado da Vida

1. - Evocação. R. Aqui estou.2. - Vendo-nos, que sensação experimentais? R. A da vergonha.3. - Retivestes os sentidos até o último momen-

to? R. Sim.4. - Após a execução tivestes imediata noção

dessa nova existência? – R. Eu estava imerso em grande perturba-

ção, da qual, aliás, ainda me não libertei. Senti uma dor imensa, afigurando-se-me ser o co-ração quem a sofria. Vi rolar não sei quê aos pés do cadafalso; vi o sangue que corria e mais pungente se me tornou a minha dor.

- P. Era uma dor puramente física, análoga à que proviria de um grande ferimento, pela am-putação de um membro, por exemplo?

R. Não; figurai-vos antes um remorso, uma grande dor moral.

5. - Mas a dor física do suplício, quem a expe-rimentava: o corpo ou o Espírito?

R. A dor moral estava em meu Espírito, sentindo o corpo a dor física; mas o Espírito desligado também dela se ressentia.

6. - Vistes o corpo mutilado? R. Vi qualquer coisa informe, à qual me

parecia integrado; entretanto, reconhecia-me intacto, isto é, que eu era eu mesmo...

P. Que impressões vos advieram desse fato? R. Eu sentia muito a minha dor, estava

completamente ligado a ela.7. - Será verdade que o corpo viva ainda al-

guns instantes depois da decapitação, tendo o su-pliciado a consciência das suas ideias?

R. O Espírito retira-se pouco a pouco; quanto mais o retêm os laços materiais, menos pronta é a separação.

8. - Dizem que se há notado a expressão da cólera e movimentos na fisionomia de certos su-pliciados, como se estes quisessem falar; será isso efeito de contrações nervosas, ou um ato da von-tade? –

R. Da vontade, visto como o Espírito não se tem desligado.

9. - Qual o primeiro sentimento que experi-mentastes ao penetrar na vossa nova existência?

A vida do Espírito é imortal; a vida do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, o Espírito retoma a vida imortal, conservando sua individualidade, não perdendo seu corpo espiritual, ou seja, seu perispírito . (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 153 , 150 e 150-a)

LemaireCondenado à pena última pelo júri de Aisne, e executado a 31 de dezembro de 1857. Evocado em 29 de janeiro de 1858.

R. Um sofrimento intolerável, uma espécie de remorso pungente cuja causa ignorava.

10. - Acaso vos achastes reunido aos vossos cúmplices concomitantemente supliciados?

R. Infelizmente, sim, por desgraça nossa, pois essa visão recíproca é um suplício contí-nuo, exprobrando-se uns aos outros os seus crimes.

11. - Tendes encontrado as vossas vítimas? R. Vejo-as... são felizes; seus olhares perse-

guem-me... sinto que me varam o ser e debal-de tento fugir-lhes.

- P. Que impressão vos causam esses olhares? R. Vergonha e remorso. Ocasionei-os vo-

luntariamente e ainda os abomino.- P. E qual a impressão que lhes causais vós? R. Piedade, é sentimento que lhes apreen-

do a meu respeito.12. - Terão por sua vez o ódio e o desejo de

vingança? R. Não; os olhares que volvem lembram-

-me a minha expiação. Vós não podeis avaliar o suplício horrível de tudo devermos àqueles a quem odiamos.

13. - Lamentais a perda da vida corporal? R. Apenas lamento os meus crimes. Se o

fato ainda dependesse de mim, não mais su-cumbiria.

14. - O pendor para o mal estava na vossa natureza, ou fostes ainda influenciado pelo meio em que vivestes?

R. Sendo eu um Espírito inferior, a ten-dência para o mal estava na minha própria natureza. Quis elevar-me rapidamente, mas pedi mais do que comportavam as minhas forças. Acreditando-me forte, escolhi uma rude prova e acabei por ceder às tentações do mal.

15. - Se tivésseis recebido sãos princípios de educação, ter-vos-íeis desviado da senda crimi-nosa?

R. Sim, mas eu havia escolhido a condição do nascimento.

- P. Acaso não vos poderíeis ter feito homem de bem?

R. Um homem fraco é incapaz, tanto para o bem como para o mal. Poderia, talvez, cor-

rigir na vida o mal inerente à minha natureza, mas nunca me elevar à prática do bem.

16. - Quando encarnado acreditáveis em Deus?

R. Não.- P. Mas dizem que à última hora vos arre-

pendeste.... R. Porque acreditei num Deus vingativo,

era natural que o temesse...- P. E agora o vosso arrependimento é mais

sincero? –R. Pudera! Eu vejo o que fiz... - P. Que

pensais de Deus então? - R. Sinto-o e não o compreendo.

17. - Parece-vos justo o castigo que vos infligi-ram na Terra?

R. Sim.18. - Esperais obter o perdão dos vossos crimes? R. Não sei.- P. Como pretendeis repará-los? P. Por novas provações, conquanto me pare-

ça que uma eternidade existe entre elas e mim.19. - Onde vos achais agora? R. Estou no meu sofrimento. P. Perguntamos qual o lugar em que vos en-

contrais... R. Perto da médium.20. - Uma vez que assim é, sob que forma vos

veríamos, se tal nos fosse possível? R. Ver-me-íeis sob a minha forma corpó-

rea: a cabeça separada do tronco.- P. Podereis aparecer-nos? R. Não; deixai-me.21. - Poderíeis dizer-nos como vos evadistes da

prisão de Montdidier? R. Nada mais sei... é tão grande o meu

sofrimento, que apenas guardo a lembrança do crime... Deixai-me.

22. - Poderíamos concorrer para vos aliviar desse sofrimento?

R. Fazei votos para que sobrevenha a expia-ção.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 2ª parte, capítulo VI, Editora FEB.

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 6

A Família na Visão Espírita

A palavra família sugere desde logo uma noção de proximida-de, de ligação, de semelhança.

Tudo o que existe se classifica segun-do a sua natureza. Adotamos para isso classificações especiais. Chamamos de ser ao que tem vida e de coisa ao inani-mado. Mas, distinguimos, também, os grupos que formam os seres e as coisas, diferenciando os minerais dos vegetais e dos animais e os racionais dos irra-cionais. E seguimos subdividindo cada classe e categoria, segundo as caracterís-ticas de cada gênero e espécie, até che-garmos aos derradeiros grupamentos familiares, que compreendem os pais e os filhos, os avós e os tios, os sogros e os primos, até atingirmos o indivíduo, na base da pirâmide social.

É a esse mais íntimo grupo de pessoas que chamamos comumente de família, a base natural da sociedade humana.

O conceito de família não se restrin-ge, porém, a esse pequeno grupamen-to, estruturado basicamente nas leis da hereditariedade corporal. Existem no Universo as grandes famílias siderais, as galáxias e as constelações com os seus sóis, planetas, satélites e cometas. Inu-meráveis comunidades espirituais po-voam as vastidões ilimitadas.

Acima e além das famílias consanguí-neas existem as famílias espirituais, cons-tituídas de almas que se afinam e se li-gam por laços poderosos e indestrutíveis, estabelecidos e fortificados nas esteiras do tempo. A Humanidade terrestre é igualmente uma grande família planetá-ria, formada pelos povos de todas as ra-ças¹ e nações. A grande família de Jesus.

Realidade das mais importantes é que as interdependências entre os afins são tão fortes que o processo evolutivo é sempre grupal, apesar das diferenças individuais na escalada do aprimora-mento, porque as inquebrantáveis liga-ções entre superiores e inferiores nunca se desfazem.

Por isso o amor ao próximo é essen-cial e a fraternidade é lei. Dependemos

Família

muito daqueles a quem nos ligamos, tanto quanto eles dependem de nós. Ninguém viaja sozinho pelos caminhos da vida. Se o barco familiar naufraga no mar das provações, todos do que nele seguem se afundam com ele, sofrendo disso as consequências, conforme for o grau de sua culpa, porque todos somos responsáveis por nós mesmos, e tam-bém uns pelos outros.

Pais, mães, filhos, genros e noras, so-gros e primos, avós e agregados, amigos e professores, chefes, associados e cole-gas, sacerdotes e governantes influen-ciam-se reciprocamente, ajudando-se ou desajudando-se no curso da jornada ascensional. E, nesse particular, quanto maior for o poder de ascendência sobre outrem, maior a responsabilidade cons-ciencial de cada um.

Essa verdade cresce de sentido e de importância na família humana, cujos ascendentes reencarnatórios derivam de sublimes laços de amor ou de débitos escuros e escabrosos. O Espiritismo é claro ao demonstrar que o acaso não existe e que ninguém se integra numa relação familiar sem motivo espiritual-mente relevante.

O lar da família não é somente a cé-lula mãe da sociedade humana. É tam-bém a base referencial de todas as ex-perimentações vivenciais dos Espíritos reencarnantes. Sem fundamentá-lo no amor, não se pode pretender felicidade.

Fonte: Revista Reformador, junho de 1994, Editorial. Editora FEB

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Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 7

Elucidações Doutrinárias

Os animais têm a sua linguagem, os seus afetos, a sua inteligência rudimentar, com atributos inu-

meráveis. São eles os irmãos mais próxi-mos do homem, merecendo, por isso, a sua proteção e amparo.

Seria difícil ao médico legista determi-nar, nas manchas de sangue, qual o que pertence ao homem ou ao animal, tal a identidade dos elementos que o com-põem. A organização óssea de ambos é quase a mesma, variando apenas na sua conformação e observando-se diminuta diferença nas vértebras.

O homem está para o animal, simples-mente como um superior hierárquico. Nos irracionais desenvolvem-se igual-mente as faculdades intelectuais. O senti-mento de curiosidade é, na maioria deles, altamente avançado e muitas espécies nos demonstram as suas elevadas qualidades, exemplificando o amor conjugal, o senti-mento da paternidade, o amparo ao próxi-mo, as faculdades de imitação, o gosto da beleza. Para verificar a existência desses fenômenos, basta que se possua um sen-

“Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo”. “O véu se levanta a seus olhos à medida que ele se depura”. “A Ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas; ele, porém, não pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 17, 18 e 19).

A Alma dos Animaistimento acurado de observação e de aná-lise.

Inúmeros espíritos trouxeram à luz o fruto de suas pacientes indagações, que são para vós elementos de inegável valor. Entre muitos, citaremos Darwin, Gratio-let e vários outros estudiosos dedicados a esses notáveis problemas.

Os mais ferozes animais têm para com a prole ilimitada ternura. Aves existem que se deixam matar, quando não se lhes per-mite a defesa das suas famílias. Os cães, os cavalos, os macacos, os elefantes deixam entrever apreciáveis qualidades de inteli-gência.

É conhecido o caso dos cavalos de um regimento que mastigavam o feno para um de seus companheiros, inutilizado e enfermo. Conta-se que uma fêmea

de cinocéfalo, muito conhecida pela sua mansidão, gostava de recolher os macaquinhos, os gatos e os cães, dos quais cuidava com desvelado carinho; certo dia, um gato revoltou-se contra a sua benfeitora, arranhando-lhe o rosto, e a mãe adotiva, revelando a mais refletida inteligência, examinou-lhe as patas, cortando-lhe as unhas pontiagudas com os dentes.

Constitui um fato observável a sensibi-lidade dos cães e dos cavalos ao elogio e às reprimendas.

Longe iríamos com as citações. O que podemos assegurar é que, sobre os mun-dos, laboratórios da vida no Universo, to-das as forças naturais contribuem para o nascimento do ser.

Emmanuel

Fonte: Emmanuel, psicografia de Francis-co Cândido Xavier, capítulo XVII, Edi-

tora FEB.

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 8

Tempo de Desprendimento da Alma no Desencarne*

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Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

A causa principal da maior ou menor facilidade de desprendimento é o estado moral da alma. A afinidade

entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego à matéria, que atinge o seu máximo no homem cujas preocupações dizem respeito ex-clusiva e unicamente à vida e gozos materiais. Ao contrário, nas almas puras, que antecipa-damente se identificam com a vida espiritual, o apego é quase nulo. E desde que a lentidão e a dificuldade do desprendimento estão na razão do grau de pureza e desmaterialização da alma, de nós somente depende o tornar fácil ou penoso, agradável ou doloroso, esse desprendimento. Posto isto, quer como teoria, quer como resultado de observações, resta-nos examinar a influência do gênero de morte so-bre as sensações da alma nos últimos transes.*** Em se tratando de morte natural resultan-te da extinção das forças vitais por velhice ou doença, o desprendimento opera-se gradual-mente; para o homem cuja alma se desmate-rializou e cujos pensamentos se destacam das coisas terrenas, o desprendimento quase se completa antes da morte real, isto é, ao passo que o corpo ainda tem vida orgânica, já o Es-pírito penetra a vida espiritual, apenas ligado

A obra O Céu e o Inferno, Allan Kardec, “objetiva demonstrar a imortalidade do Es-pírito e a condição que ele usufruirá no mundo espiritual, como consequência de seus próprios atos”. (O Céu e o Inferno, capa, 61ª edição, Editora FEB).

E assim, reencarnando e desencarnando, o Espírito prossegue em sua jornada em busca da perfeição, sendo herdeiro de si mesmo.

por elo tão frágil que se rompe com a última pancada do coração. Nesta contingência o Es-pírito pode ter já recuperado a sua lucidez, de molde a tornar-se testemunha consciente da extinção da vida do corpo, considerando-se fe-liz por tê-lo deixado. Para esse a perturbação é quase nula, ou antes, não passa de ligeiro sono calmo, do qual desperta com indizível impres-são de esperança e ventura. No homem mate-rializado e sensual, que mais viveu do corpo que do Espírito, e para o qual a vida espiritual nada significa, nem sequer lhe toca o pensa-mento, tudo contribui para estreitar os laços materiais, e, quando a morte se aproxima, o desprendimento, conquanto se opere gradual-mente também, demanda contínuos esforços. As convulsões da agonia são indícios da luta do Espírito que às vezes procura romper os elos resistentes e outras vezes se agarra ao corpo do qual uma força irresistível o arrebata com violência, molécula por molécula.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 2ª par-te, capítulo I, itens 8 e 9, Editora FEB.

* Subtítulo criado para este trecho do texto. Título do texto completo: O Passamento

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

Para maior edificação própria, o médium jamais deverá encarar a sua faculdade como um estorvo, um empecilho, um contratempo; deve entregar-se ao labor, obedecendo a um dever, constrangido muitas vezes. Não! Não é só um dever, é uma das maneiras de agradecimento a Deus pelas graças concedidas, sendo uma delas a concessão da mediuni-dade como fator de progresso, tanto individual, como de seu próximo.pedro rICHard fIlHo

Fonte: Aos Médiuns, psicografia de Lídia Loureiro, Editora Léon Denis.

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Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 9

Educação — Senda de Luz

Conhecida parábola da cultura orien-tal fala de uma senhora que resolveu abrigar um sábio guru no quintal

de sua residência. Deu-lhe comida, abrigo e tranquilidade para que o homem de medita-ções pudesse cumprir sua missão.

Certa feita, desconfiada sobre a integrida-de do guru, resolveu aplicar-lhe uma prova.

Contratou a preço de cinco moedas de ouro uma belíssima vendedora de ilusões e bailarina para aferir a resistência do homem santo.

Na noite aprazada lá estava ela na cabana, tentando incendiar os apetites inferiores do guru com a sensualidade e a beleza. Bailou, despiu-se, provocou, mas o homem era de “gelo”, mantinha-se impassível, quieto, em estado de plenitude.

Então, depois de longo tempo ela desistiu e retornou até a senhora dizendo:

- Tentei de tudo e nada, ele é um homem santo.

Intrigada, a hospedeira do guru indaga:- Mas ele não lhe disse nada, não fez nada,

uma só palavra?- Não, senhora!- Então toma tuas moedas, você fez sua

parte.Inusitadamente, a seguir ela tomou de

uma larga vassoura e seguiu aos gritos em direção à cabana, assustando a vizinhança que conhecia o carinho com o qual tratava o meditador. Em lá chegando, espancou o ho-mem, destruiu a cabana e em alta voz disse para que todos ouvissem:

- Testei esse homem com a luxúria, ele re-sistiu por três noites ao apelo de atraente e sedutora jovem, permaneceu em estado de orações e, quanto a isso eu o aplaudo. Porém, suas práticas são de nenhuma utilidade para o mundo, porque ele nada disse àquela jovem que pudesse servir de orientação e força na restauração de um caminho novo. Se é um homem de Deus, deveria agir pelo bem e não

somente evitar o mal.Evitar o mal necessariamente não edifica

valores, enquanto fazer o bem significa acio-nar os recursos divinos latentes através do di-namismo da caridade.

Evitar o mal é contenção e disciplina, sen-das formadoras de caráter, entretanto as rea-lizações no bem sulcam a profundidade do sistema afetivo, fixando e dinamizando forças morais nobres.

Educação resume-se em transformar im-pulsos e desenvolver potencialidades.

O ato de apenas conter sem renovar, pode levar aos mais sofridos caminhos da radicali-zação, do fanatismo e de variadas expressões neuróticas em direção a mais intensas desar-monias da psique.

O ato educativo é um ato de Amor nas re-lações que destinem ao crescimento para “ser”.

O processo de evitar o mal é adquirido com o domínio ocasionado pela discipli-na dos sentidos e dos impulsos, enquanto a dinamização do bem exige da razão e do sentimento o desenvolvimento de condições interiores que edifiquem valores, treinem ha-bilidades e façam surgir com maior plenitude as tendências inatas do bem que se encon-tram latentes e, quase sempre, “estáticas” na alma.

Dessa forma, quando os Espíritos dizem: “Fazer maior soma de bem do que de mal constitui a melhor expiação, é porque qua-se tudo conspira contrariamente para aquele que deseja melhorar, as reações são-lhe fortes reflexos do mundo interior desconhecido de si mesmo.

Diríamos que educar é encontrar respos-tas para os enigmas do existir, razão pela qual somente amando o outro e a nós mesmos conseguimos encontrar tais tesouros da vida.

Chamamos de integral o ato educativo com Amor, seja na prática pedagógica ou na vida de relação social. (...)

A educação do afeto inicia-se pelo estudo perseverante de si no conhecimento dessas manifestações sombrias do coração, suas raí-zes, suas armadilhas, suas máscaras. Poste-riormente enseja uma nova forma de viver e “ser” pelo treino da empatia, da alteridade, da assertividade, da autenticidade.

O objetivo maior da vinda do homem à Terra é a sua melhora espiritual. Tal mister só será plenificado na medida em que aprender a amar, porque o Amor é o decreto sublime do universo para o crescimento e a felicidade de todos os seres.

Verificamos o centro espírita e sua impor-tância como educandário do Amor face à didática estimuladora de conhecimentos e da vivência através da ampliação do saber e de transformação do caráter (...).

Quanto nos valerá a reencarnação tendo os raciocínios iluminados pelos princípios estru-turais da doutrina sem, contudo, jorrar essa luminosidade sobre o coração?(...).

Ermance Dufaux

Fonte: Laços de Afeto, psicografia de Wan-derley S. de Oliveira, capítulo 4, Editora Du-faux.

Kardec e a Educação Integral

Aviso

Importante Temos evangelização

para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens,

nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

“A Educação consiste na arte de formar os caracteres, incutir hábitos (...). Quando essa arte for conhecida, compreendida e prati-cada o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável”. (LE, q. 685- nota de Kardec)“Só a Educação poderá reformar os homens ”. (LE, q. 796)

“Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal”?“Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver prati-cado o bem.” - O Livro dos Espíritos- questão 642.

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 10

Quando a morte ceifa nas vos-sas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços antes

dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem grande futuro e conserva os que já viveram longos anos cheios de decep-ções; pois leva os que são úteis e deixa os que para nada mais servem; pois despe-daça o coração de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua alegria.

Humanos, é nesse ponto que precisais elevar-vos acima do terra a terra da vida, para compreenderdes que o bem, mui-tas vezes, está onde julgais ver o mal, a sábia previdência onde pensais divisar a cega fatalidade do destino. Por que ha-veis de avaliar a justiça divina pela vossa? Podeis supor que o Senhor dos mundos se aplique, por mero capricho, a vos infligir penas cruéis? Nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos advêm, nelas encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e os vossos miseráveis interesses se tornariam de tão secundária consideração, que os atiraríeis para o último plano.

Crede-me, a morte é preferível, numa encarnação de vinte anos, a esses ver-gonhosos desregramentos que pungem

Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita

“Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que em toda a parte penetrasse a voz dos Espíritos, a fim de que cada um pudesse obter a prova da imortalidade. Com esse objetivo é que os Espíritos se manifestam hoje em todos os pontos da Terra...”. (E.S.E., XXVIII, item 9)

Perda de Pessoas Amadas. Mortes Prematuras

famílias respeitáveis, dilaceram cora-ções de mães e fazem que antes do tem-po embranqueçam os cabelos dos pais. Frequentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preser-va das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tem-po na Terra.

É uma horrenda desgraça, dizeis, ver cortado o fio de uma vida tão prenhe de esperanças! De que esperanças fa-lais? Das da Terra, onde o liberto hou-vera podido brilhar, abrir caminho e enriquecer? Sempre essa visão estreita, incapaz de elevar-se acima da matéria. Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida, ao vosso parecer tão cheia de esperanças? Quem vos diz que ela não seria satura-da de amarguras? Desdenhais então das esperanças da vida futura, ao ponto de lhe preferirdes as da vida efêmera que arrastais na Terra? Supondes então que mais vale uma posição elevada entre os homens, do que entre os Espíritos bem--aventurados?

Em vez de vos queixardes, regozijai--vos quando praz a Deus retirar deste vale de misérias um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí con-

tinuasse para sofrer convosco? Ah! Essa dor se concebe naquele que carece de fé e que vê na morte uma separação eterna. Vós, espíritas, porém, sabeis que a alma vive melhor quando desembaraçada do seu invólucro corpóreo. Mães, sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão muito perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamen-tos vos protegem, a lembrança que deles guardais os transporta de alegria, mas também as vossas dores desarrazoadas os afligem, porque denotam falta de fé e exprimem uma revolta contra a vontade de Deus.

Vós, que compreendeis a vida espiri-tual, escutai as pulsações do vosso cora-ção a chamar esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspi-rações grandiosas que vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor prometeu.

Sanson

(Ex-membro da Sociedade Espírita de Paris - 1863).

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiri-tismo, Allan Kardec, capítulo V, item 21, Editora FEB.

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do mês:Entrega-te a Deus, Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Editora Inter Vidas

Sugestão de Leitura

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 11

Clareando as Ideias com Kardec

Como podem os Espíritos, não tendo corpo, comprovar suas individualidades e distinguir-

se dos outros seres espirituais que os rodeiam?

“Comprovam suas individualidades pelo perispírito, que os torna distinguíveis uns dos outros, como faz o corpo entre os homens.”

*** Os Espíritos se reconhecem por terem coabitado a Terra? O filho reconhece o pai, o amigo reconhece o seu amigo?

“Perfeitamente e, assim, de geração em geração.”

a) Como é que os que se conheceram na Terra se reconhecem no mundo dos Espíritos?

“Vemos a nossa vida pretérita e lemos nela como em um livro. Vendo a dos nossos amigos e dos nossos inimigos, aí vemos a passagem deles da vida corporal à outra.”

*** Deixando seus despojos mortais, a alma vê imediatamente os parentes e amigos que a precederam no mundo dos Espíritos?

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

As Relações no Além Túmulo“Imediatamente, ainda aqui, não é

o termo próprio. Como já dissemos, é-lhe necessário algum tempo para que ela se reconheça a si mesma e alije o véu material.”

*** Como é acolhida a alma no seu regresso ao mundo dos Espíritos?

“A do justo, como bem-amado irmão, desde muito tempo esperado. A do mau, como um ser desprezível.”

*** Que sentimento desperta nos Espíritos impuros a chegada entre eles de outro Espírito mau?

“Os maus ficam satisfeitos quando veem seres que se lhes assemelham e privados, também, da infinita ventura, qual na Terra um tratante entre seus iguais.”

*** Nossos parentes e amigos costumam vir-nos ao encontro quando deixamos a Terra?

“Sim, os Espíritos vão ao encontro da alma a quem são afeiçoados. Felicitam-na, como se regressasse de uma viagem, por haver escapado aos perigos da

estrada, e ajudam-na a desprender-se dos liames corporais. É uma graça concedida aos bons Espíritos o lhes virem ao encontro os que os amam, ao passo que aquele que se acha maculado permanece em insulamento, ou só tem a rodeá-lo os que lhe são semelhantes. É uma punição.”

*** Os parentes e amigos sempre se reúnem depois da morte?

“Depende isso da elevação deles e do caminho que seguem, procurando progredir. Se um está mais adiantado e caminha mais depressa do que outro, não podem os dois conservar-se juntos. Ver-se-ão de tempos a tempos, mas não estarão reunidos para sempre, senão quando puderem caminhar lado a lado, ou quando se houverem igualado na perfeição. Acresce que a privação de ver os parentes e amigos é, às vezes, uma punição.”

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 284 a 290, Editora FEB.

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Espíritos Allan Kardec

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Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 12

Vida - Dádiva de Deus

Existimos!A vida é o maior bem colocado

em nós pelo Sopro Divino que anela pela nossa felicidade.

Pensamos, queremos, realizamos e nos conduzimos diante da Eternidade, nave-gando nas águas infindas do éter cósmi-co, segundo as normas imutáveis que nos impelem para o melhor, sugerindo--nos, a cada instante, o belo: a perfeição.

Nada seríamos – como nada somos –sem Aquele que nos dirige os desti-nos pelos passos empreendidos por nós mesmos.

Viver é posicionar-se na rota das pro-vas e das expiações, acumulando expe-riências e burilando o Espírito, fortale-cendo os laços de amor e construindo

elos de fraternidade, adquirindo res-ponsabilidades e abrindo espaço para a maioridade espiritual.

O Espírito, sim, tem vida imortal! Mas, para tornar-se apto ao exercício da cidadania na Pátria Espiritual, im-prescindível é vivenciar e adquirir vir-tudes, desfazendo-se dos vícios e das imperfeições que caracterizam os pri-mitivos albores da consciência.

Valorizar a vida é dever de todos nós; é coerência e sabedoria.

Dr. Francisco Cajazeiras

Fonte: Bioética: Uma Contribuição Es-pírita, Editora EME.

À Luz do Espiritismo

A simpatia ou a antipatia tem as suas raízes profundas no espírito, na sutilíssima entro-

sagem dos fluidos peculiares a cada um e, quase sempre, de modo geral, atestam uma renovação de sensações experimen-tadas pela criatura, desde o pretérito de-lituoso, em iguais circunstâncias.

Devemos, porém, considerar que toda antipatia, aparentemente a mais

“A vida é um hino de louvor ao Pai Criador, que faculta aos Seus filhos os dons da imortalidade e da relativa perfeição que lhes cabe alcançar a esforço pessoal”. Joanna de Ângelis - (Fonte: Entrega-te a Deus, psicografia de Divaldo Pereira Franco, lição 11).

O Dom da Vida

Afeiçãojusta, deve morrer para dar lugar à simpatia que edifica o coração para o trabalho construtivo e legítimo da fra-ternidade.

Na gradação dos sentimentos huma-nos, a amizade sincera é bem o oásis de repouso para o caminheiro da vida, na sua jornada de aperfeiçoamento.

Quem sabe ser amigo verdadei-ro e, sempre, o emissário da ventura

e da paz, alistando-se nas fileiras dos discípulos de Jesus, pela iluminação natural do espírito que, conquistando as mais vastas simpatias entre os en-carnados e as entidades bondosas do Invisível, sabe irradiar por toda parte as vibrações dos sentimentos purifica-dores.

Ter amizade é ter coração que ama e esclarece, que compreende e perdoa, nas horas mais amargas da vida.

Jesus é o Divino Amigo da Huma-nidade.

Saibamos compreender a sua afeição sublime e transformaremos os nossos ambientes afetivos num oceano de paz e consolação perenes.

Emmanuel

Fonte: O Consolador, psicografia de Francisco Cândido Xavier, questões 173 e 174 – Editora FEB

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 13

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André Luiz

Na Seara Mediúnica

Tudo na vida é afinidade e comunhão, sob as leis magnéticas que lhe presidem os fenômenos.Tudo gravita em torno dos centros de atração e sustentação de forças determinadas e específicas, no plano em que evoluímos para a Ordem Superior.

*A mediunidade não pode igualmente escapar a semelhantes impositivos.Almas ignorantes atraem criaturas ignorantes.Doentes afinam-se com doentes.

*Há entidades espirituais que se dedicam ao serviço do próximo, em companhia daqueles que estimam a prática da beneficência, tanto quanto existem inteligências desencarnadas que, em desequilíbrio, se devotam a lamentáveis alterações da tranquilidade alheia, junto das pessoas indisciplinadas e insubmissas.

*Obsessores vivem com quem estima perseguir e vampirizar e comunicantes irônicos somente encontram guarida nos companheiros do sarcasmo.

*Eis porque, acima da prática mediúnica, examinada sob qualquer aspecto, situamos o imperativo da educação em nossos círculos doutrinários.

*Amontoam-se vermes onde se congregam frutos desaproveitados ou apodrecidos, assim como a luz brilha onde encontra força ou material que lhe sirvam de combustíveis.

*O médium receberá sempre de acordo com as atitudes que adota para si mesmo, perante a vida.Se irado, sintoniza-se com as energias perturbadas do desespero; se preguiçoso, vive à vontade com os desencarnados ociosos.

*Quem deseje crescer para a Espiritualidade Superior não pode menosprezar o alfabeto, o livro, o ensinamento e a meditação.

*Mediunidade não é exaltação da inércia ou da ignorância.

*O médium, para servir a Jesus de modo positivo e eficiente, no campo da Humanidade, precisa afeiçoar-se à instrução, ao conhecimento, ao preparo e à própria melhoria, a fim de que se faça filtro de luz e paz, elevação e engrandecimento para a vida e para o caminho das criaturas.

*Jesus é o nosso Divino Mestre.Eduquemo-nos com Ele, a fim de que possamos realmente educar. Emmanuel

Fonte: Mediunidade e Sintonia, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora CEU.

Prática MediúnicaSabia

Você ?Prognóstico Sobre o Pai da Aviação

O Reformador publicou, em 1 de agosto de 1883, uma de suas mais famosas mensagens do Além. Era do Espírito Estevam Mon-tgolfier anunciando que já estava entre nós o missio-nário que traria em pouco tempo o grande aperfei-çoamento: a Aviação. Em determinado trecho, diz a mensagem: “Brasil, tu que foste o berço dessa grande descoberta, serás em breve o país escolhido para demons-trar a força dessa grandiosa máquina aérea”. De fato, Alberto Santos Dumont nascera em 20 de julho de 1873 e já havia completa-do seus três anos de vida. A mensagem é de 1876.

Fonte: Memória Espírita. Papeis Velhos e Histórias de Luz, João Marcos Weguelin, Editora Léon Denis.

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 14

ciso também considerar o mérito de cada um perante a Medicina Divina, bem como o papel regula-rizador das vibrações perispirituais desajustadas pelas infrações às Leis Divinas, manifestadas na doença física. Esta, muitas vezes, é o agen-te rearmonizador do ser com a pró-pria consciência, e, neste caso, os recursos tecnológicos representarão apenas a Bondade Celestial agindo para fornecer à criatura as condi-ções materiais que lhe permitam expiar seus débitos morais até o fim e, desse modo, libertar-se não ape-nas do mal físico, mas, sobretudo, do mal vibratório que gerou o pri-meiro em nível perispiritual.

Em todas as circunstâncias difí-ceis de nossa saúde, amigos, recor-ramos ao Mestre, aplicando o seu Evangelho como recurso terapêu-tico por excelência. Supliquemos--Lhe forças para tudo suportar com mansidão e paciência. Peçamos-lhe a coragem com que lutemos contra nossas más tendências e sigamos seus exemplos.

Muita paz!

Dias da Cruz

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Mensagem Mediúnica

Amigos,

L ícito é que procuremos a cura de nossos males físicos, empregando os recursos te-

rapêuticos que a bondade de Deus coloca ao nosso dispor através dos profissionais da saúde. Não olvide-mos que o socorro dos Mentores Espirituais, em se tratando da saú-de humana, nem sempre se faz por meio de recursos estranhos à me-todologia médica, principalmente porque seus representantes, quan-do conscientes da responsabilidade que assumiram perante o Médico das Almas, constituem-se como instrumento da Vontade Divina junto aos necessitados da jornada terrena.

Todavia, é preciso considerar a responsabilidade do doente ante as causas desencadeadoras do mal que o infelicita. Originando-se todas no campo moral, o principal agente terapêutico será unicamente a apli-cação em si do remédio salvador, que outro não é senão o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Indubitavelmente, nas atitudes de egoísmo, de orgulho e de vaida-de extremados, cultivados por anos e anos nas diversas etapas reencar-natórias, encontraremos as causas

Terapia do Evangelho

dos desajustes vibratórios expressos na estrutura do perispírito, a ofer-tarem aos desafetos e comparsas do passado as condições de afinização vibratório magnética que podem, de per si, não só desencadear os processos patológicos, como, tam-bém, agravar os já existentes.

Quando a criatura alia os re-cursos terapêuticos da medicina humana – quer os de natureza ho-meopática ou alopática, quer os da chamada medicina alternativa – o esforço constante em buscar o au-toconhecimento para melhor ree-ducar-se nas lições da Boa Nova, tais recursos terão sua ação poten-cializada e seus efeitos sobre a saú-de serão mais sentidos.

Ao reeducar-se à luz das lições imorredouras do Médico das Al-mas, ao aceitar as dificuldades da vida como um reflexo dos desman-dados do passado, encarando-as como oportunidades preciosas para o progresso rumo à Luz Maior, a criatura se furtará a muitos males, evitando agravamentos do seu esta-do físico.

Por mais eficazes possam ser os recursos da tecnologia da saúde co-locados à nossa disposição, é pre-

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Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 15

Artigo

Apelo ao Bom Senso na Prática Mediúnica

Para se compreender melhor as li-nhas mestras que governam a di-nâmica da mediunidade em seus

pontos básicos, temos que discernir o aspecto fenomênico dos postulados Kar-dequianos.

Assim sendo, precisamos definir fenô-meno por matéria de análise e Doutrina Espírita como a lógica teórica que escla-rece os fatos. Emancipando-nos de mitos e fantasias, destacamos a intransferível necessidade do estudo de “O Livro dos Médiuns”, que é um compêndio insupe-rável para o pleno entendimento do exer-cício mediúnico.

Em todos os pontos da Terra ocorrem manifestações da mediunidade, não so-mente nos núcleos espíritas. Por isso, no atual estágio doutrinário, podemos asse-gurar com serenidade que o aspecto fe-nomênico é acessório, não mais constitui ponto de partida para as propostas essen-ciais da Terceira Revelação. Aliás, equivo-cada ideia tem do Espiritismo quem jul-gue que a sua vitalidade vem da prática mediúnica e que sem esse mecanismo sua base estará comprometida, até porque a força dos conceitos espíritas “está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom senso”.

Foi dentro desse contexto que Kardec se sentiu impulsionado, sendo capaz de retirar do aparente frívolo divertimento das tradicionais mesas girantes um sério

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

"Cumpre os deveres que te cabem e receberás os direitos que te esperam.Faze corretamente o que te pede o dia de hoje e não precisarás repetir a experiência amanhã". (Lição 55)

"Em torno de teus passos, a paisagem que te abriga será sempre em tua apreciação aquilo que pensas dela, porque com a mesma medida que aplicares à Natureza, obra viva de Deus, a Natureza igualmente te medirá" . (Lição 72)

"Aplica sempre as tuas intenções, no plano das realidades práticas, para que as tuas boas obras se iluminem de amor e para que o teu amor não se faça órfão de boas obras. Faze isso por ti, que necessitas de elevação, e por aqueles que ainda te procuram manquejando " . (Lição 86)

Fonte: Pão Nosso.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

trabalho de investigação, para aportar nas causas dos fenômenos, demolindo o sobrenatural e o miraculoso, desven-dando o potencial das forças psíquicas inerentes à natureza humana.

É lamentável que alguns só vejam na mediunidade meio de curiosida-de pueril, identificando nos Espíritos veículos propagadores de “revelações” sobre vidas passadas, “sorte”, casamen-tos futuros, sucesso profissional, etc... Não são poucos os “médiuns” que, viajando pelo imaginário descrevem “vidências e fatos futuros totalmente desconectados da lógica espírita! Ou-tros, “psicografam” mensagens que deterioram as normas gramaticais, ferindo de morte os conceitos doutri-nários e transformando muitas ideias ilusórias em livros “espíritas”.

Os dirigentes das Casas Espíritas, agindo com vigilância e prudência, devem intensificar reuniões de estudos teóricos, meditação e debates racionais sobre a Doutrina e a Mediunidade, para entendimentos seguros, fugindo de um açodado intercâmbio com as forças advindas do além túmulo. Isso constitui prudência cristã!

A primeira necessidade do candida-to ao exercício da mediunidade é co-nhecer e aplicar os códigos evangélicos antes de se entregar às tarefas media-nímicas, pois do contrário encontrará

um terrível obsessor chamado persona-lismo. Há até aqueles que julgam que, para os outros obsessores  (os desencar-nados), basta somente um tratamento de “choque” e se resolverá o problema da obsessão. Não devemos esquecer que é desaconselhável o afastamento compulsório do obsessor quando há uma ligação muito forte entre ambos. Desfazer esses vínculos por ato de força poderá criar embaraços maiores ao ob-sidiado. Desse modo, esses laços devem ser desatados, nunca cortados, como acreditam alguns desavisados; e esperar o concurso do tempo.

Ante a presente desassociação de ló-gica doutrinária que grassa em certos núcleos espíritas, importa refletir que, na reta conduta moral, no hábito da oração (colóquio íntimo com Deus) recolheremos a confiança dos Benfei-tores que nos aproveitarão a capacidade mediúnica, principalmente se nos pau-tarmos pelos carreiros da abnegação, do estudo metódico sobre o tema e do desinteresse, posto que isso sutilizará nossos pensamentos acentuando-nos a sensibilidade na complexa prática me-diúnica.

Jorge Hessen

Fonte: Reformador –  julho 1997

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 16

Eurípedes Barsanulfo - Apóstolo da Caridade

*** “Não existe, positivamente, nenhuma situação mais favorável ao desenvolvimento moral do indivíduo que a certeza da excelência incomparável das lições do Evangelho.” (02/04/1955)

*** “A recuperação espiritual com o Cristo é, pois, a mais concreta e legítima necessidade do homem na Terra”. (02/04/1955)

*** “Tudo quanto se há falado sobre a magnitude da prece bem pouca coisa é em relação ao que verdadeiramente representa”. (12/04/1955)

*** “O verdadeiro sentido do amor encontra-se, por vezes, obscurecido pelas sombras do personalismo.

Na verdade, a exaltação da personalidade é o mais sério óbice à execução do programa traçado no terreno do desenvolvimento espiritual”. (14/04/1955)

*** “Somos os servos de última hora sobre quem recaem os olhares perquiridores dos trabalhadores da primeira hora...

Estes precisam ver e sentir a existência dos ideais que esposamos – das lentes do vosso exemplo”. (14/04/1955)

Fonte: Eurípedes, o Espírito e o Compromisso, Corina Novelino, psicografia de Alzira Bessa França Amui, 2ª parte, Editora A Nova Era

(01/05/1880 – 01/11/1918)

Pensamentosde Eurípedes

HáBIto da oração

A oração é como uma antena que propicia a emissão e a recepção das forças espirituais. Pela oração, o Médium não apenas solicita, mas louva e agradece, segundo os ensinos dos Espíritos Benfeitores que ditaram a Codificação. Sendo assim, sem o hábito da oração, o Médium se assemelha a um potente aparelho, mas incapacitado para um perfeito funcionamento por lhe faltar os implementos indispensáveis.

Aurélio

Fonte: Aos Médiuns com Carinho, Diversos Espíritos, Lição 11, Editora Léon Denis.

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 17

Yvonne Pereira - uma Seareira de Jesus

Entrevista

Como avalia a prática mediúnica da atualidade?

De modo geral precisamos estudar com mais veemência as obras da codifi-cação. Nem todos os que se apresentam como médiuns o são na realidade.

É mister, primeiro, o estudo dou-trinário e o bom senso na orientação mediúnica. Se os cursos doutrinários são recomendados e comemorados em nossas Casas, a “indústria” de médiuns nos preocupa.

A mediunidade é uma faculdade na-tural e não deve ser “forçada”. Nossos núcleos devem apenas oferecer o am-biente propício de estudo doutrinário, fé raciocinada, verdade e fraternidade para que se ela, a mediunidade, existir, o médium receba a educação necessária ao seu amadurecimento e à sua condu-ção.

A valorização de tudo quanto se sen-te na reunião mediúnica, sem o crivo da razão, tem produzido muitos falsos médiuns que, embora não sendo maus,

(24/12/1900 – 09/03/1984)

“Esta mulher, extremamente corajosa, enfrentou, sem revoltas, uma encarnação de renúncias, de sofrimentos e de carências inomi-náveis e teve como prova mais dura, a meu ver, o conhecimento de várias encarnações passadas em que faliu sistematicamente”. (Vera Leal Coutinho – Revista “O Médium”)

Fonte: O Voo de Uma Alma.

O Pensamento de Yvonne Pereiranem desonestos, mergulham nos seus sonhos e anseios, produzindo uma en-cenação, fruto da falta de orientação doutrinária segura.

Com isso, oferecemos vasto mate-rial aos opositores do Espiritismo que, frequentemente, apontam os médiuns como portadores de desequilíbrios ou excentricidade mental.

Necessário mais rigor doutrinário e madura reflexão acerca das técnicas uti-lizadas na educação do médium.

Se não oferecermos valorização de-masiada aos fenômenos espíritas, es-tudando-os e dignificando-os com a verdade, teremos a espontaneidade da faculdade mediúnica, em favor da rea-lidade que não coaduna com a ilusão.

O que deve caracterizar o verdadei-ro médium espírita?

A mediunidade real, o compromisso com a verdade e o estudo doutrinário. Somente conhecendo a doutrina revela-da pelos imortais e codificada por Allan Kardec o médium espírita poderá pres-tar uma nobre contribuição à Seara do

Senhor, sob os auspícios do Espiritismo.Mediunidade sem estudo pode am-

parar, mas, dificilmente edificará as criaturas humanas, libertando-as defi-nitivamente.

Fonte: O Zelo da Tua Casa, psicogra-fia de Emanuel Cristiano, 2ª parte, per-guntas 31 e 32, Editora Allan Kardec.

“... não te aflijas pelo que desconheces, mas rejubila-te pelo que sabes e aplicas na vivência de cada momento, tornando-te alguém capaz de modificar as estruturas arcaicas do mundo, através da tua própria transformação moral edificante e abençoada”.

Joanna de Ângelis

Fonte: Entrega-te a Deus, psicografia de Divaldo Pereira Franco, lição 14, Editora Inter Vidas.

Reflexão

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Allan Kardec

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Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 18

Dia : 08 / 11 / 2015 - 16 horasCulto no Lar de Sonia Dorothéa Migueis

Atividades Doutrinárias

“ Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

Novembro11º Enc. Esp. Céu e Inferno

e 16º Enc. Esp.

Joanna de Ângelisambos no dia 29.

T endo subido para uma barca, Je-sus atravessou o lago e veio à sua cidade (Cafarnaum). - Como lhe

apresentassem um paralítico deitado em seu leito, Jesus, notando-lhe a fé, disse ao paralítico: Meu filho, tem confiança; per-doados te são os teus pecados.

Logo alguns escribas disseram entre si: Este homem blasfema. - Jesus, tendo perce-bido o que eles pensavam, perguntou-lhes: Por que alimentais maus pensamentos em vossos corações? - Pois, que é mais fácil di-zer: - Teus pecados te são perdoados, ou dizer: Levanta-te e anda?

Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na Terra o poder de remitir os pecados: Levanta-te, disse então ao para-lítico, toma o teu leito e vai para tua casa.

O paralítico se levantou imediatamente e foi para sua casa. Vendo aquele milagre, o povo se encheu de temor e rendeu graças a Deus, por haver concedido tal poder aos homens. (S. Mateus, cap. IX, vv. 1 a 8.)

*** Que significa-riam aquelas palavras: «Teus pecados te são remitidos» e em que podiam elas influir para a cura? O Espiritismo lhes dá a explicação, como a uma infinida-de de outras palavras incompreendidas até hoje. Por meio da plu-ralidade das existências, ele ensina que os males e aflições da vida são muitas vezes expiações do passado, bem como que sofremos na vida presente as consequên-cias das faltas que co-metemos em existência anterior e, assim, até que tenhamos pago a dívida de nossas im-perfeições, pois que as

Paralítico

Os Milagres de Jesus

existências são solidárias umas com as outras.

Se, portanto, a enfermidade daquele homem era uma expiação do mal que ele praticara, o dizer-lhe Jesus: «Teus pecados te são remitidos» equivalia a dizer-lhe: «Pagaste a tua dívida; a fé que agora possuís elidiu a causa da tua en-fermidade; conseguintemente, mereces ficar livre dela.» Daí o haver dito aos escribas: «Tão fácil é dizer: Teus peca-dos te são perdoados, como: Levanta--te e anda.» Cessada a causa, o efeito tem que cessar. É precisamente o caso do encarcerado a quem se declara: «Teu crime está expiado e perdoado», o que equivaleria a se lhe dizer: «Podes sair da prisão.»

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, capítulo XV, itens 14 e 15, Editora FEB.

Clareando / Ano XIII / Edição 146 / Novembro . 2015 - Pág . 19

Sílvia morava numa casa confortável, tinha pais amorosos, fre-quentava uma boa escola e nada lhe faltava.

Filha única, ela se acostumara a ver satisfeitas todas as suas vontades, e jamais aceitava “não” como resposta.

Com o passar dos anos, os pais de Sílvia perceberam como tinham errado na educação da filha. Reconheceram que tinham transformado a menina, agora com oito anos, numa criaturinha egoísta, arrogante, insa-tisfeita, orgulhosa e exigente. Quando não faziam sua vontade, jogava-se no chão e esperneava, berrando a plenos pulmões Após passar por inú-meros vexames, os pais de Sílvia resolveram que era preciso mudar, antes que fosse tarde demais.

O que era engraçadinho numa criança de dois anos tornara-se inacei-tável numa garota de oito.

Querendo colocá-la diante da realidade, certo dia a mãe lhe disse:— Venha, minha filha. Vamos sair.— Oba! Vamos fazer compras? Estou mesmo precisando de um mon-

tão de coisas! Quero comprar algumas camisetas, três calças jeans, alguns calçados e também brinquedos. Estou cansada dos que tenho. São velhos e imprestáveis! — considerou a menina, fazendo uma careta.

A mãe, tranquilamente, afirmou:— Não vamos fazer compras, Sílvia.— Ah! Não? E aonde vamos, posso saber?— Vamos fazer uma visita.— Não quero fazer visita! Quero fazer compras! — respondeu a crian-

ça, mal humorada.Sem perder a calma, a mãe insistiu:— Primeiro a visita. Depois, se você se comportar, veremos!Sem dar maiores explicações, Olinda pegou a filha pela mão e levou-a

até o carro. De cara amarrada, a menina olhava pela janela.O carro deixou as ruas de maior movimento, encaminhando-se para

um bairro na periferia. Aonde iriam? — pensou Sílvia.Estacionaram numa rua muito pobre. As casas eram miseráveis, as

pessoas sujas e malvestidas. Nas ruas, não havia calçadas nem asfaltamen-to. Crianças brincavam na terra, em meio a poças de lama malcheirosa.

Sílvia sentiu nojo. Que lugar horrível!A mãe parecia não notar tanta sujeira. Caminhava serena, cumpri-

mentando as pessoas com um sorriso amistoso. Diante de uma casa, parou. Bateu na porta e alguém veio abrir. Era uma mulher toda despen-teada, rosto sujo e roupas remendadas.

— Bom dia, Maria. Viemos fazer-lhes uma visita.O semblante da dona da casa iluminou-se ao ver a recém-chegada.— Dona Olinda! Que prazer tê-la em nossa casa! Entre! Entre!Sílvia estranhou. Nunca pensou que sua mãe tivesse relacionamento

com “essa gentinha”.

Entraram. A moradia era muito pequena. Na sala, que também servia de quarto, Sílvia viu um leito. Aproximou-se, curiosa.

Uma menina, que parecia ter a sua idade, estava deitada.— Ela está doente? — perguntou surpresa.— Márcia, quando bebê, esteve muito doente. A partir daí, não saiu

mais dessa cama. Não anda, não fala, não enxerga. Só ouve. Tenho que lhe dar comida na boca. Faz as necessidades aí mesmo, por isso não há roupa que chegue. Agora mesmo, já está molhada. Fez xixi e preciso trocá-la.

Sílvia ficou olhando aquela menina que ali estava deitada, sem poder sair do leito, brincar, ir à escola ou passear. Seus olhos se encheram de lágrimas e sentiu o coração inundar-se de compaixão.

Nesse momento, ouviu que sua mãe dizia:— Maria, trouxe gêneros alimentícios, leite e bolachas; para a Mar-

cinha, roupas e calçados. Além disso, pegue este dinheiro. Não é muito, mas será o suficiente para pagar as contas de água, energia elétrica e com-prar gás. Se precisar de mais alguma coisa, me avise.

Sei que você é sozinha e não pode trabalhar porque tem que cuidar da Marcinha.

A pobre mulher não cabia em si de felicidade. Com lágrimas nos olhos agradeceu, comovida:

— Dona Olinda, foi Jesus quem mandou a senhora. Deus lhe pague! Nunca há de faltar nada para a senhora e para sua filha.

Despediram-se. Entrando no carro, iniciaram o caminho de volta.Chegando ao centro da cidade, Olinda perguntou:— Quer fazer compras agora, minha filha?Sílvia enxugou uma lágrima e balançou a cabeça:— Não, mamãe. Descobri que não preciso de nada. Já tenho demais.O resto do trajeto a menina manteve-se calada.Mais tarde. Sílvia chamou sua mãe no quarto. Duas caixas de papelão

se achavam no meio do aposento, abarrotadas de roupas, calçados e brin-quedos. Com um sorriso radiante, Sílvia perguntou:

— O que acha, mamãe, de levarmos todas essas coisas para Marcinha? Afinal, não preciso delas. Tenho certeza de que, lá, terão muito mais uti-lidade. Também tenho alguns livros que pretendo doar. Como ela ouve, pretendo ler para ela.

Olinda abraçou a filha com carinho. A lição fora bem aproveitada.Agora estava certa de que Sílvia jamais voltaria a ser a mesma criança

exigente e egoísta.— Tem toda razão, querida. Hoje mesmo levaremos tudo para a Mar-

cinha. Ela vai adorar! Tia Célia

Fonte: Revista O Consolador, julho/2008. (www. oconsolador.com. br).

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