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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio Ano IX - Edição 148 - JANEIRO / 2016 www.irmaoclarencio.org.br pág.6 pág.2 pág.3 pág.4 pág.7 pág. 10 Educação Senda de Luz: Convite à educação Personalidade espírita: Clélia Soares da Rocha pág. 15 Vida dádiva de Deus: Aborto pág. 13 Elucidações doutrinárias: Reencarnação no conceito espírita pág. 9 Na Seara Mediúnica: Curiosidade Semeando o Evangelho de Jesus; Não vim trazer a paz Deus Causa Primeira: A parte de Deus Revista Espírita: A Rainha Vitória e o espiritismo Espiritismo e Ciência: Estudo sobre os fluidos Nesta Edição : pág. 16 Notas Espirituais - Obras de André Luiz: Considerações sobre o sexo Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) M ais um ano se inicia e a nossa primeira intenção é desejar um Feliz Ano Novo para todos, inclusive para nós mesmos. Mas, o que significa, em realidade, esse voto? Busquemos, no fundo de nossa alma, esse significado. Reflitamos juntos: para que o Ano Novo seja realmente feliz, temos que traçar objetivos nobres e ter determinação em alcançá-los. Entre o voto e a realidade existe a distância que tem a dimensão da nossa determinação. O que devemos pedir a Deus: um ano de muitos prazeres terrenos, um ano sem muito trabalho, um ano sem dificuldades, um ano de muitos lucros mate- riais? Como nos diz o Espírito Antônio de Aquino, “às vezes somos criaturas que desejamos ‘Feliz Ano Novo’ para nós mesmos, tentando dizer a Deus as- sim: Facilite-me, ó bom Deus, um ano de paz, sem trabalho...”. Em verdade, nosso desejo deve ser de termos a determinação de, nesses pró- ximos 366 dias, trabalharmos pelo nosso progresso. Que estejamos lado a lado com Jesus, buscando um novo rumo de vida e ajudando todos aqueles que de nós precisarem. Lembremos: para que o ano seja novo devemos ter atitudes de renovação, de transformação. Um ano de muitas reflexões, trabalho e paz para todos nós! Feliz Ano Novo! Deus nos abençoe! pág. 3 pág. 6 pág. 4 pág. 2 pág. 7 SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00 Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Aten- dimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Trata- mento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o invisível/livro: Recordações da Mediunidade QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte). 4 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos 4 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). 4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). 4 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. Editorial Ano novo

Cursos no C.E.I.C. Editorial Ano novo - irmaoclarencio.org.brirmaoclarencio.org.br/pdf/clareando/Jan_2016.pdf · do mesmo modo que se põe fogo a um campo para destruir nele as ervas

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

Ano IX - Edição 148 - JANEIRO / 2016www.irmaoclarencio.org.br

pág.6

pág.2

pág.3

pág.4

pág.7

pág. 10

Educação Senda de Luz:Convite à educação

Personalidade espírita:Clélia Soares da Rocha

pág. 15Vida dádiva de Deus:Aborto

pág. 13

Elucidações doutrinárias:Reencarnação no conceito espíritapág. 9

Na Seara Mediúnica:Curiosidade

Semeando o Evangelho de Jesus;Não vim trazer a paz

Deus Causa Primeira:A parte de Deus

Revista Espírita: A Rainha Vitória e o espiritismo

Espiritismo e Ciência:Estudo sobre os fluidos

Nesta Edição :

pág. 16

Notas Espirituais - Obras de André Luiz:Considerações sobre o sexo

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

Mais um ano se inicia e a nossa primeira intenção é desejar um Feliz Ano Novo para todos, inclusive para nós mesmos. Mas, o que significa, em

realidade, esse voto? Busquemos, no fundo de nossa alma, esse significado. Reflitamos juntos: para que o Ano Novo seja realmente feliz, temos que traçar objetivos nobres e ter determinação em alcançá-los. Entre o voto e a realidade existe a distância que tem a dimensão da nossa determinação.

O que devemos pedir a Deus: um ano de muitos prazeres terrenos, um ano sem muito trabalho, um ano sem dificuldades, um ano de muitos lucros mate-riais? Como nos diz o Espírito Antônio de Aquino, “às vezes somos criaturas que desejamos ‘Feliz Ano Novo’ para nós mesmos, tentando dizer a Deus as-sim: Facilite-me, ó bom Deus, um ano de paz, sem trabalho...”.

Em verdade, nosso desejo deve ser de termos a determinação de, nesses pró-ximos 366 dias, trabalharmos pelo nosso progresso.

Que estejamos lado a lado com Jesus, buscando um novo rumo de vida e ajudando todos aqueles que de nós precisarem.

Lembremos: para que o ano seja novo devemos ter atitudes de renovação, de transformação.

Um ano de muitas reflexões, trabalho e paz para todos nós!Feliz Ano Novo!

Deus nos abençoe!

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pág. 7

SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Aten-dimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Trata-mento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o invisível/livro: Recordações da MediunidadeQUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).4 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos4 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).4 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C. Editorial

Ano novo

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

Não vim trazer a paz, mas, a divisão

“Eis que o Semeador saiu a semear.”

Quando Jesus declara: “Não creais que eu tenha vindo trazer a paz, mas, sim, a divisão”, seu pensamento era este: “Não creais que a minha doutrina se estabeleça pacificamente; ela trará lutas sangrentas, tendo por pretexto o meu nome, porque os homens não me terão compreendido, ou não me terão querido compreender. Os irmãos, se-parados pelas suas respectivas crenças, desembainharão a espada um contra o outro e a divisão rei-nará no seio de uma mesma família, cujos membros não parti-lhem da mesma cren-ça. Vim lançar fogo à Terra para ex-pungi-la dos erros e dos preconceitos, do mesmo modo que se põe fogo a um campo para destruir nele as ervas más, e tenho pressa de que o fogo se acenda para que a depuração seja mais rápida, visto que do conflito sairá triunfante a verdade. A guerra sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade uni-versal; às trevas do fanatismo, a luz da

fé esclarecida. Então, quando o cam-po estiver preparado, eu vos enviarei o Consolador, o Espírito de Verdade, que virá restabelecer todas as coisas, isto é, que, dando a conhecer o sen-tido verdadeiro das minhas palavras, que os homens mais esclarecidos po-derão enfim compreender, porá termo à luta fratricida que desune os filhos

do mesmo Deus. Cansados, afinal, de um combate sem resultado, que con-sigo traz unicamente a desolação e a perturbação até ao seio das famílias, reconhecerão os homens onde estão seus verdadeiros interesses, com re-lação a este mundo e ao outro. Verão de que lado estão os amigos e os ini-migos da tranquilidade deles. Todos, então, se porão sob a mesma bandeira:

a da caridade, e as coisas serão resta-belecidas na Terra, de acordo com a verdade e os princípios que vos tenho ensinado.”

O Espiritismo vem realizar, na épo-ca prevista, as promessas do Cristo. Entretanto, não o pode fazer sem des-truir os abusos. Como Jesus, ele topa com o orgulho, o egoísmo, a ambição, a cupidez, o fanatismo cego, os quais, levados às suas últimas trincheiras, tentam barrar-lhe o caminho e lhe sus-citam entraves e perseguições. Tam-bém ele, portanto, tem de combater; mas, o tempo das lutas e das persegui-ções sanguinolentas passou; são todas de ordem moral as que terá de sofrer e próximo lhes está o termo. As pri-meiras duraram séculos; estas durarão apenas alguns anos, porque a luz, em vez de partir de um único foco, irrom-pe de todos os pontos do Globo e abri-rá mais de pronto os olhos aos cegos.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espi-ritismo, Allan Kardec, capítulo XXIII, itens 9, 16 e 17, Editora FEB.

Não penseis que eu tenha vindo trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada; --- porquanto vim separar de seu pai o filho, de sua mãe a filha, de sua sogra a nora; --- e o homem terá por inimigos os de sua própria casa. (S. Mateus, cap. X, vv. 34 a 36).

"...quando o campo estiver preparado, eu vos enviarei o

Consolador, o Espírito de Verdade, que virá restabelecer

todas as coisas..."

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do mês:O Gênio Céltico o Mundo Invisível,Léon Denis, Editora CELD

Sugestão de Leitura

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 3

Em qualquer circunstância aflitiva, quando as coisas se apresentem nega-tivas ou infelizes, não deixes de fazer o que te cabe fazer, considerando que a parte de Deus, Ele a fará.

Com frequência, quando o homem se vê a braços com os desafios da vida, que surgem na figuração de problemas de complexa envergadura, logo lhe acodem à ideia os pensamentos pessi-mistas, em convite inditoso à desistên-cia da luta, ou à rebeldia, ou à queda irreversível no abismo...

Nesse estado, recusa-se utilizar os preciosos dons da oração, que faculta paz; da meditação, que leva à confian-ça plena; da submissão aos desígnios divinos, que proporciona humildade; da inalterável certeza de que Deus in-terfere da forma que é melhor, com o que propicia intercâmbio inspirativo para atitudes corretas.

Conduzido na voragem dos desajus-tes de vária ordem, o agitado não tem clima mental para raciocinar com acer-to, do que decorrem mais graves distúr-bios que os causadores da inquietação.

Que é Deus?“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.

Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 1 e 4, Editora FEB.

Desta forma, concitado ao labor edi-ficante, faze a tua parte; defrontando enfermidades a minar o organismo, realiza a tua parte; incompreendido nos mais expressivos ideais de eno-brecimento, prossegue com a tua par-te; acoimado pela inferioridade, ajusta a tua parte; colhido pelo lodaçal das calúnias e vis humi-l h a ç õ e s , avança com a tua parte; empurrado à tentação, coloca em pauta a tua parte; surpreendido por qualquer acidente inesperado e trági-co, executa a tua parte, porquanto a de Deus chegará com segurança no mo-mento oportuno, a teu benefício.

São de Deus: a interferência provi-dencial de um amigo ignorado; o au-xílio gentil de desconhecido benfeitor; a opinião favorável de alguma pessoa

influente; a presença operosa de devotado anônimo; o socorro im-previsto, mas oportuno; a coragem, que assoma ao espírito, ante o infor-túnio; a presença cari-dosa de estranhos pas-santes; e tudo quanto de pior sempre poderia ter acontecido, mas que não aconteceu.

Se, todavia, advier--te, em momentos que tais, a paralisia ou a

desencarnação – que no teu conceito são legítimos infortúnios -- mesmo em tal ocorrência a parte de Deus, a mais atuante, colaborou de modo à que es-tranhos e mais aflitivos sofrimentos não te alanceassem, porquanto ignoras do Estatuto Divino os códigos subli-

mes que fun-cionam com precisão, face as necessidades das leis cármi-cas, mas que o Pai, por amor, proporciona ao espírito calceta submeter-se , concedendo-

-lhe meios felizes não obstante dori-dos, a fim de equilibrar-se e avançar, na escalada da evolução.

Confia, portanto, em regime de total segurança na parte de Deus, e, ativo, faze a tua parte, humilde e submisso até o fim dos teus dias no corpo somático. A luz da crença pura que te clarifica por dentro é ainda a presença de Nosso Pai sustentando--te na noite da redenção, pois que in-felicidade e desgraça reais são as que impedem a ação da parte de Deus nos momentos graves, e podem ser iden-tificadas como rebeldia sistemática e falta de fé, em cuja treva o espírito desnorteia e enlouquece por longo tempo.

Joanna de Ângelis

Fonte: Celeiro de Bênçãos, lição 7, psicografia de Divaldo Pereira Fran-co, Editora LEAL.

Deus - Causa Primeira

A parte de Deus

"Confia, portanto, em regime de total segurança na parte de Deus, e, ativo, faze a tua parte, humilde e submisso até o fim

dos teus dias no corpo somático."

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 4

Revista Espírita

"É que os soberanos talvez sejam os homens menos livres; mais que simples

particulares, estão submetidos às exigências do mundo e obrigados, por razões de Estado, a certas cautelas."

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras prece-dentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplica-ção”.

Variedades

A rainha Vitória e o espiritismoLê-se no Salut public de Lyon, de 3 de junho de 1866, nas notícias de Paris:

“Durante sua curta estada em Paris, lorde Granville dizia a alguns amigos que a rainha Vitória se mostrava mais preocupada do que jamais se vira em qualquer época de sua vida, a respeito do conflito austro-prussiano. Acres-centava o nobre lorde, presidente do conselho privado de S. M. britânica, que a rainha acreditava obedecer à voz do defunto príncipe Alberto, nada poupando para evitar uma guerra que atearia fogo na Alemanha inteira. Foi sob essa impressão, que não a deixa, que escreveu várias vezes ao rei da Prússia, bem como ao imperador da Áustria e que também teria dirigido uma carta autógrafa à imperatriz Eu-gênia, suplicando-lhe juntar seus es-forços aos dela em favor da paz.”

Este fato confirma o que publica-mos na Revista Espírita de março de 1864, sob o título de Uma rainha mé-dium. Ali era dito, de acordo com uma

correspondência de Londres, reprodu-zida por vários jornais, que a rainha Vitória se entretinha com o Espírito príncipe Alberto e tomava seus con-selhos em certas circunstâncias, como

o fazia em vida deste último. Remetemos a esse artigo para os de-talhes do fato e para as reflexões a que deu causa. Aliás, podemos afirmar que a rainha Vitória não é a única cabeça coroada ou próxima da realeza, que simpatiza com as ideias espíritas, e to-das as vezes que dis-semos que a doutrina tinha aderentes até nos mais altos graus da escala social, em nada exageramos.

Muitas vezes têm perguntado por que os soberanos, convictos da verdade e da exce-lência desta doutrina, não considera-vam um dever apoiá-la abertamente com a autoridade de seu nome. É que os soberanos talvez sejam os homens

menos livres; mais que simples particulares, es-tão submetidos às exigências do mundo e obriga-dos, por razões de Estado, a cer-tas cautelas. Não nos permitiríamos citar a rainha Vi-

tória, a propósito do Espiritismo, se outros jornais não houvessem tomado a iniciativa; e, porque não houve para o fato nem desmentidos, nem recla-mações, julgamos poder fazê-lo sem

inconveniente. Sem dúvida, dia virá em que os soberanos poderão confes-sar-se espíritas, como se confessam protestantes, católicos gregos ou ro-manos. Esperando, sua simpatia não é tão estéril quanto se poderia crer, por-que, em certos países, se o Espiritis-mo não é entravado e perseguido ofi-cialmente, como o era o Cristianismo em Roma, deve-o a altas influências. Antes de ser oficialmente protegido, deve contentar-se em ser tolerado, aceitar o que lhe dão e não pedir mui-to, com medo de nada obter. Antes de ser carvalho, não passa de caniço, e se o caniço não se quebra, é que se dobra ao vento.

Fonte: Revista Espírita, Allan Kar-dec, agosto de 1866, Editora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 5

A Família na Visão Espírita

Aspiras à convivência dos espíri-tos de eleição com os quais te har-monizas agora, no entanto, trazes ainda, na vida social e doméstica, o vínculo das uniões menos agra-dáveis que te compelem a frear impulsos e a sufocar os mais belos sonhos.

Não violentes, contudo, a lei que te preceitua semelhantes deveres.

Arrastamos, do passado ao presen-te, os débitos que as circunstâncias de hoje nos constrangem a revisar.

O esposo arbitrário e rude que te pede heroísmo constante é o mesmo homem de outras existências de cuja lealdade escarneceste, acentuando-lhe a feição agressiva e cruel.

Os filhinhos doentes que te desfale-cem nos braços, cancerosos ou insa-nos, idiotizados ou paralíticos são as almas confiantes e ingênuas de ante-riores experiências terrestres, que im-

Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?

“Uma recrudescência do egoísmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

Uniões de prova“Não separe o homem o que Deus ajuntou.” Jesus (Mateus, 19: 6).

“Quando Jesus disse: “Não separe o homem o que Deus ajuntou”, essas palavras se devem entender com referência à união, segundo a lei imutável de Deus e não segundo a lei mutável dos homens.” - Cap. XXII, 3.

peliste friamente às pavorosas quedas morais.

A companheira intransigente e ob-sedada, a envolver-te em farpas mag-néticas de ciúme, não é outra senão a jovem que outrora embaiste com fal-sos juramentos de amor, enredando--lhe os pés em degradação e loucura.

Os pais e chefes tirânicos, sempre dispostos a te ferirem o coração, re-velam a presença daqueles que te fo-ram filhos em outras épocas, nos quais plantaste o espinheiral do despotismo e do orgulho, hoje contigo para que lhes renoves o sentimento, ao preço de bondade e perdão sem limites.

Espíritos enfermos, passamos pelo educandário da reencarnação, qual se o mundo, transfigurado em sábio anestesista, nos retivesse no lar para que o tempo, à feição de professor de-votado, de prova em prova, efetue a cirurgia das lesões psíquicas de egoís-

mo e vaidade, viciação e intolerância que nos comprometem a alma.

À frente, pois, das uniões menos simpáticas, saibamos suportá-las, de ânimo firme.

Divórcio, retirada, a rejeição e de-missão, às vezes, constituem medidas justificáveis nas convenções huma-nas, mas quase sempre não passam de moratórias para resgate em condições mais difíceis, com juros de escorchar.

Ouçamos o íntimo de nós mesmos.Enquanto a consciência se nos afli-

ge, na expectativa de afastar-nos da obrigação, perante alguém, vibra em nós o sinal de que a dívida permanece.

Emmanuel

Fonte: Livro da Esperança, psico-grafia de Francisco Cândido Xavier, lição 76, Editora CEC.

loCal: Centro espírIta Irmão ClarênCIo

Encontros EspíritasEm Fevereiro

Em Janeiro11º enContro espírIta soBre "o Céu e o Inferno"tema - medo da morte

data - 17 /01 /2016Hora - 8H30 às 13H

26º ee medICIna espIrItual

tema - seção téCnICa de passes data: 28/02/2016

18º enContro espírIta soBre "a gênese"tema - o Bem e o mal

data - 31 /01 /2016Hora - 8H30 às 13H

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 6

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

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Na Seara Mediúnica

"Há, nos reinos do espíri-to, leis e princípios, novas

revelações e novos mundos a conquistar."

A curiosidade, quando respeitável, é prin-cípio da ciência, mas somente princípio. Sem trabalho perseverante, assemelhar-se--ia, decerto, ao primeiro passo de uma lon-ga excursão, interrompida no limiar.

E observando-se que o progresso é obra de todos, é preciso que o seareiro da ação palmilhe a senda dos precursores para rea-lizar o serviço que lhe compete.

Colombo descobre as terras do Novo Mundo, depois de anotar os apontamentos de Perestrelo.

Planté articula os acumuladores de ele-tricidade, sob a forma de energia química, mas toma por base a pilha de Volta.

Marcon i , para alcançar o telégrafo sem fios, uti-liza as expe-riências de Branly.

Pasteur demonstra definitivamente a ori-gem microbiana das doenças infecciosas, precedido, porém, por Davaine e outros.

Para tudo isso, no entanto, não se imobi-lizam em poltronas de sonho, nem param à frente de esboços.

Lutam e sofrem, gastando fósforo e tem-po.

*Por outro lado, é imprescindível reco-

nhecer que a curiosidade, ante o deslum-bramento, é qual semente de árvore desti-nada a bons frutos, conservada, porém, sob uma campânula de vidro.

Imaginemos um índio, habituado aos sons da inúbia e do boré, que aspirasse a conhecer melodias mais elevadas.

Apresentar-lhe, só por isso, uma partitu-ra de Beethoven seria o mesmo que propor

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, por-tanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).

Curiosidadea filosofia de Spinosa a uma criança de ber-ço.

Antecedendo a conquista, é imperioso que a educação lhe administre o solfejo na iniciação musical.

*Não esperes, assim, que os Espíritos An-

gélicos venham ferir-nos o aprendizado.Quaisquer recursos demasiado transcen-

dentes, que nos trouxessem, serviriam ape-nas como fatores de encantamento inútil, à maneira de fogos de artifício, tumultuando a emoção dos meninos necessitados da escola.

Da pedra ao micróbio, do micróbio ao verme, do verme ao homem e do homem à estre-la, o Universo é todo um con-junto de sober-bos fenômenos, desafiando-nos o conhecimento e a interpretação.

Também, na mediunidade, não aguardes concessões de pechincha.

Há, nos reinos do espírito, leis e princí-pios, novas revelações e novos mundos a conquistar.

Isso, entretanto, exige, antes de tudo, paciência e trabalho, responsabilidade e entendimento, atenção e suor.

Emmanuel

Obs.: Estudo baseado em O Livro dos Mé-diuns, Allan Kardec, item 31.

Fonte: Seara dos Médiuns, lição 5, psi-cografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 7

Espiritismo e Ciência

É tão importante a demonstração da existência dos fluidos, para a compreensão dos fenômenos espirituais, que devemos examinar esse problema sob todos os seus aspectos. A experiência espírita há demons-trado que a alma se acha revestida de um envoltório material, mas invisível e intan-gível no estado normal, e que se move num meio físico que carece de peso. Urge, pois, apresentemos todas as razões que tendem a provar o fato capital da existência de um mundo imponderável, porém tão real como o em que vivemos.

Acreditava-se, outrora, que a luz, a eletricidade, o calor, o magnetismo, etc., eram substâncias inteiramente distintas umas das outras, dotadas de natureza pró-pria, especial, que as diferençavam com-pletamente. As pesquisas contemporâneas demonstraram falsa semelhantes concep-ção.

Nas primeiras idades da ciência, não só parecia que as forças eram separadas, mas também que o número delas se multiplica-va ao infinito. Considerava-se cada fenô-meno como a manifestação de certa força. Entretanto, pouco a pouco se reconheceu que efeitos diferentes podem derivar de uma causa única. Desde então, diminuiu consideravelmente o número das forças, cuja existência se admitia. Newton identifi-cou a gravidade e a atração, reconhecendo na queda da maçã e na manutenção do astro em sua órbita efeitos de uma mesma cau-sam: a gravitação universal.

Ampère demonstrou que o magnetismo é apenas uma forma da eletricidade. A luz e o calor, desde longo tempo, são tidos como manifestações de uma mesma causam: um movimento vibratório extremamente rápi-do do éter.

Nos dias atuais, uma grandiosa concep-ção veio mudar de novo a face à ciência: a de que todas as forças da Natureza se re-duzem a uma só. A energia ou a força (são sinônimos os dois termos) pode assumir to-das as aparências, sendo, alternativamente,

“A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se”. (ESE, capítulo I, item 8).

Estudo sobre os fluidoscalor, trabalho mecânico, eletricidade, luz e dar origem às combinações e decompo-sições químicas. As vezes, a força como que se acha oculta ou destruída. Simples aparência. Pode-se sempre encontrá-la no-vamente e fazê-la passar de novo pelo ciclo de suas transformações.

Inseparável da matéria, a força é indes-trutível, fazendo-se mister que à energia se aplique este principio: em a Natureza, nada se perde, nem se cria.

É tão verdade isto, que, quando um mo-vimento sofre brusca interrupção, imedia-tamente uma coisa nova aparece: é o calor. Assim, um pedaço de chumbo, colocado na bigorna, se aquecerá violentamente sob os golpes do martelo do ferreiro; uma bala de artilharia, batendo num alvo de ferro, poderá chegar à temperatura do rubro; as rodas de um trem em marcha despedem centelhas, quando se apertam subitamen-te os freios. Se o movimento da Terra em torno do Sol cessasse instantaneamente, diz Helmholtz que a quantidade de calor gera-do por esse fato seria tal, que faria passar ao estado de vapor toda a massa terrestre.

Temos, portanto, que calor e movimento são duas formas equivalentes da energia, formas que mutuamente se substituem, tomando-se visível uma, quando a outra desaparece. Determinou-se exatamente a que quantidade de calor corresponde certa quantidade de movimento, medida a que se dá o nome de equivalente mecânico do calor.

Torna-se então fácil de compreender-se que aquecer um corpo é aumentar-lhe o movimento interno, isto é, o de suas molé-culas. Sabemos que, desde o átomo invisí-vel até o corpo celeste perdido no espaço, tudo se acha sujeito a movimento. Tudo gravita numa órbita imensa ou infinita-mente pequena. Mantidas a uma distância definidas umas das outras, em virtude do próprio movimento que as anima, as molé-culas guardam entre si relações constantes, que só se alteram pela adição ou subtração

de certa quantidade de movimento. Em geral, a aceleração do movimento das mo-léculas lhes aumenta as órbitas e as afasta umas das outras, ou, por outras palavras, aumenta o volume dos corpos. É justamen-te por isso que o calor se apresenta como fonte de movimento.

Sob sua influência, as moléculas, afas-tando-se cada vez mais, fazem que os cor-pos passem do estado sólido ao de líquido, em seguida ao de gás. Os gases, a seu turno, se dilatam indefinidamente, pela adição de novas quantidades de calor, isto é – de mo-vimento – e, se criar embaraço a essa ex-pansão, ele exercerá considerável pressão sobre as paredes do vaso que o contenha. E assim que as moléculas dos gases ou dos vapores, em cativeiro nos cilindros das lo-comotivas, transmitem ao êmbolo a força que se emprega para produzir a tração dos trens, isto é, trabalho mecânico.

Quando, pois, os movimentos molecula-res de um corpo se mostrem grupados de maneira a apresentar, uns com relações aos outros, centros fixos de orientação, diremos que esse corpo é sólido;

Quando os movimentos moleculares de um corpo estejam grupados de maneira que os centros desses grupos sejam mó-veis, uns com relação aos outros, o corpo é líquido;

Quando as moléculas de um corpo se movem em todos os sentidos e colidem umas com asoutras milhões de vezes por segundo, o corpo é chamado gás.

Convém notar que, à proporção que a matéria passa do estado sólido ao estado líquido, o volume aumenta; depois, do es-tado líquido ao gasoso, a dilatação do mes-mo peso de matéria se torna ainda maior, de sorte que a matéria se rarefaz, ao mesmo tempo em que o movimento molecular se pronuncia. (...)

Fonte: A Alma é Imortal, Gabriel Delanne, 2ª parte, capítulo III, Editora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 8

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Clareando as Ideias com Kardec

“A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encar-nar, desta ou daquela prova para so-frer. Escolhendo-a, institui para si uma espécie de destino, que é a con-sequência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Es-pírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre se-nhor de ceder ou de resistir. Ao vê-lo fraquejar, um bom Espírito pode vir-

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

FatalidadeHaverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?

-lhe em auxílio, mas não pode influir sobre ele de maneira a dominar-lhe a vontade. Um Espírito mau, isto é, in-ferior, mostrando-lhe, exagerando aos seus olhos um perigo físico, o poderá abalar e amedrontar. Nem por isso, entretanto, a vontade do Espírito en-carnado deixa de se conservar livre de quaisquer peias.”

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 851, Editora FEB.

“Fora da caridade não há salvação.” (Allan Kardec).

“Vamos (...) assistir os necessitados, le-vantar os caídos, alimentar os que têm fome. Vamos aplacar a ira dos que têm sede de justiça e abrandar os corações dos revoltados. Aos poucos, de acordo com o grau dessas obras e o mérito de quem as pratica, vamos envolver os carentes numa vibração de amor, para que se forme, no íntimo, um recanto de paz. Confiantes em Deus e nos irmãos mais adiantados do que nós, podeis estender-lhes as mãos para

Reflexão

A bênção da caridadeque sigam, embora enfraquecidos, pelos caminhos da vida que conduzem ao Pai.As obras assistenciais da caridade repre-sentam uma prática de amor. A dissemina-ção da caridade -- bênção da salvação -- é o caminho que Jesus ensinou nas Suas ma-ravilhosas pregações, em instante sublime de Sua espiritualidade”.

Antônio de Aquino

Fonte: Raios de Luz, volume II, lição 31, psicografia de Luadyr João J. de Mattos – Editora CELD.

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

Para maior edificação própria, o médium jamais deverá encarar a sua faculdade como um estorvo, um empecilho, um contratempo; deve entregar-se ao labor, obedecendo a um dever, constrangido muitas vezes. Não! Não é só um dever, é uma das maneiras de agradecimento a Deus pelas graças concedidas, sendo uma delas a concessão da mediuni-dade como fator de progresso, tanto individual, como de seu próximo.pedro rICHard fIlHo

Fonte: Aos Médiuns, psicografia de Lídia Loureiro, Editora Léon Denis.

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Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 9

Elucidações Doutrinárias

“Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo”. “O véu se levanta a seus olhos à medida que ele se depura”. “A Ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas; ele, porém, não pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 17, 18 e 19).

Reencarnação no conceito espírita

"As nações reencarnam por grupos, de sorte que existe uma responsabilidade coletiva

como existe a individual..."

A ideia das vidas sucessivas ou das múltiplas existências planetárias casa-se perfeitamente àquela das muitas moradas da Casa do Senhor, ampliando-se em termos de reencar-nação em diferentes mundos, de for-ma a sustentar a tese da progressão dos mundos habitados. Com isso, assume o Espiritismo uma ampli-tude significativa, deixando de ser uma corrente avançada dos conhe-cimentos humanos para ajustar-se à concepção ciclópica do Universo em suas infinitas dimensões tempo-roespaciais e mo-rais.

A Reencarnação, como princípio filosófico, impõe--se: a) pela lógica, explicando as desi-gualdades morais e intelectuais entre as criaturas, as aptidões, as tendências e as ideias inatas; b) pela função, como ins-trumento de aperfeiçoamento e de redenção do homem na sua qua-lidade de Espírito eterno; c) pela moral, integrando-se à Justiça Di-vina por um conceito bem superior ao dos diferentes credos que insis-tem numa punição eterna.

Poderemos alinhar como objeti-vos da Reencarnação: 1) desenvol-

ver as faculdades da alma, a inte-ligência, sobretudo, e as aptidões; 2) melhorar-lhe sucessivamente o caráter pelo aprendizado moral continuado, pelo cansaço e exaus-tão do mal, assinalando exemplos e realizando experiências; 3) in-fluir cada alma pelos valores as-similados (culturais, intelectuais, sentimentais, morais) no progresso da Humanidade como um todo; 4) permitir que se cumpram, no que respeita a méritos e a deméritos, através das provas e de expiações

necessárias, a lei de causa e efeito ou de ação e reação; 5) preparar--se o Espírito através do progresso realizado para atuar mais e melhor como parte do concerto universal, em sua ação cocriadora.

Haveria, então, reencarnações na Terra de Espíritos em diferen-tes níveis: a) de resgate e de re-generação; b) de aprimoramento de conhecimentos e virtudes; c) de possibilidade a que, evolvidos,

aceitem missões e tarefas de auxí-lio. Longe, portanto, a ideia, pre-valecente em alguns círculos pou-co familiarizados com o estudo, de que o conceito de reencarnação se resuma naquela de castigo. Mesmo com vistas ao futuro dos homens na Terra onde nos situamos, lem-bremos a observação de Delan-ne (“A Reencarnação”, pág. 309 da edição vernácula): “As nações reencarnam por grupos, de sorte que existe uma responsabilidade coletiva como existe a individual;

daí resulta que, qual-quer que seja nossa posição na socieda-de, temos interesse em melhorá-la, por-que é o nosso futuro que preparamos.”.

Temos, sim, uma responsabilidade muito grande, aqueles sobretudo que alcançaram certo grau de conhecimentos. A reencarnação, nesse caso, nos cobra sempre com novas oportunidades de recomeço e será ideal não mar-carmos passo na senda da evolução e do trabalho.

Fonte: Reencarnação em Foco, Alberto de Souza Rocha, Editora O Clarim.

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 10

Personalidade Espírita

Foi educada como interna do Colégio Bom Conselho, na cidade de Taubaté, completando sua educação na cidade de Piracicaba, onde recebeu o diploma de pro-fessora primária. Lecionou durante vários anos no Colégio das Freiras, da cidade de São Carlos. De família tradicionalmente católica, Clélia Rocha logo demonstrou re-pugnância pelos dogmas da religião de seus pais, o que aconteceu logo em sua primeira infância, originando-lhe sérios castigos no Colégio interno, onde passou a ser conside-rada criança rebelde.

Em Piracicaba ainda quando estudante, conheceu um jovem médico, com quem acertou casamento. Entretanto, o rapaz de-sencarnou repentinamente, frustrando todo o seu sonho de menina moça, que nunca mais pensou no casamento, dedicando toda sua vida ao magistério e ao amparo da crian-ça órfã e desvalida. Um dia deliberou abrir um estabelecimento de ensino na cidade de Dourados, para a alfabetização de adultos que não tivessem condições de frequentar aulas no período diurno, mantendo-o por algum tempo e fornecendo gratuitamente o material de ensino para todos aqueles que não o pudessem adquirir.

Nessa época a grande missionária Aná-lia Franco fez uma visita à cidade e, vendo o sacrifício inenarrável pelo qual passava a jovem professora, convidou-a a fazer parte da sua equipe de trabalho, prontificando-se a ajudá-la no que lhe fosse possível. Des-sa época em diante, tornaram-se grandes amigas e mútuas colaboradoras. Fundaram uma Creche para as mães pobres daquela redondeza e um abrigo para órfãos.

Anália Franco depositava irrestri-ta confiança no trabalho de Clélia Rocha. Numa das suas cartas chegou mesmo a afir-mar: “Você é a diretora que mais assimilou os nossos ideais e muito tem produzido. Se todas as demais cooperadoras fizessem como você, muito realizaríamos”.

Em fins de 1918, Anália Franco fun-dou um Asilo na cidade de Uberaba, em Minas Gerais, e convidou Clélia Rocha

Clélia Soares da RochaMais conhecida por Clélia Rocha, nasceu na cidade de Barra Mansa, Estado do Rio de Janei-ro, no dia 18 de outubro de 1886 e desencarnou, com 50 anos de idade, no dia 16 de fevereiro de 1936.

para ser sua diretora. Logo após, no dia 13 de janeiro de 1919, Anália desencarnou em S. Paulo, não podendo concretizar a obra. Clélia, fiel à sua memória, respeitando a sua última vontade, deliberou transferir-se para Uberaba, com todas as suas pupilas, fundando mais tarde naquela cidade um Colégio com 18 pensionistas, para manter as suas 72 alunas internas. Diante de sua obra assistencial pleiteou por várias vezes subvenções municipais, estaduais e fede-rais, nunca conseguindo ressonância para as suas petições, pois, pelo fato de ser espí-rita, intensa perseguição lhe foi movida pe-los sacerdotes locais. Como Anália Franco, organizou um Conjunto Lítero Artístico e Musical, com as próprias pupilas e deman-dou as cidades do interior dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, conseguindo meios de subsistência para manter o seu estabelecimento, tendo para tanto alcança-do algum êxito. Fiel à memória de Anália Franco, tudo fez para que os ideais por ela esposados fossem mantidos em toda a sua plenitude, conduzindo-se sempre com ver-dadeiro espírito de abnegação e sacrifício, atestando sempre a sua grandeza espiritual.

Fundou com suas pupilas maiores de 16 anos a Liga Feminina Operárias do Bem, objetivando a formação de novas equipes de cooperadoras que pudessem mais tarde dar continuidade ao seu grandioso trabalho assistencial. Em 1924 transferiu-se para a cidade de São Manoel, no Estado de S. Paulo, onde conheceu Amando Simões, rico fazendeiro da região, espírito bem for-mado e coração generoso que, conhecendo as suas grandes dificuldades e estoica cora-gem, resolveu ajudá-la, fazendo a doação de um prédio e parte de seu terreno para que ali Clélia pudesse instalar o seu esta-belecimento educacional. Graças ao pres-tígio desse abnegado confrade, contou logo com o concurso de parte da população e a simpatia da Câmara Municipal, podendo desta forma ampliar a sua obra beneficente. Acolheu no “Lar de Anália Franco” deze-nas de crianças órfãs e ali realizou nume-

rosos casamentos de suas ex-educandas, entregando-as ao mister de donas de casas, reintegradas na sociedade, para servirem como esposas e como mães.

Em 1930, na época do Natal, fundou a “Creche Berço de Ouro”, destinada a rece-ber as criancinhas, mantendo-a com todo o carinho de sua alma.

Era espírita fervorosa e muito se inte-ressava pelos assuntos doutrinários. Como Anália foi literata, jornalista, poetisa, escri-tora, teatróloga, musicista e professora de línguas. Escreveu várias peças para teatro; dramas, comédias e enquetes de sua autoria foram encenadas com muito êxito no Grupo Teatral. Apresentou ainda muitas poesias e composições musicais. Exímia professora de trabalhos manuais, ministrava aulas de flores artificiais, pinturas, bordados, arte culinária e música, preparando suas filhas adotivas para tornar-se prendadas donas de casa do futuro.

Na intimidade era chamada “Mãe Lili”, por todas as suas filhas adotivas. Deu o seu próprio nome a muitas delas, quando en-jeitadas na “Creche Berço de Ouro” e não apareciam os parentes. Tendo que regula-rizar os seus registros civis, não hesitava jamais, registrava-as com o seu próprio nome.

Fundou o jornal literário “Lírio Branco” e o “Mensageiro do Órfão” hoje “Mensa-geiro do Lar”, órgão de divulgação do Es-piritismo, que continua a ser editado nas oficinas gráficas do Lar Anália Franco, na cidade de S. Manoel.

Clélia Rocha foi, portanto, uma missio-nária na verdadeira acepção da palavra, pertencendo à plêiade de valorosas mu-lheres espíritas do mesmo nível de Anália Franco, Olímpia Belém, Aura Celeste, Eu-rídice Panar, Abigail Lima e tantas outras.

(Subsídios fornecidos por Antônio de Souza Lucena)

Fonte: Os Grandes Vultos do Espiritismo, Paulo Alves Godoy, Edições FEESP.

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 11

Venha estudar conosco O Livro

dos Espíritos Allan Kardec

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Segundo o Espiritismo Allan Kardec

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A Gênese Allan Kardec

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Convite

–Você tem a força de Deus nas mãos!

– Você não é homem para viver na obscuridade.

– Por que não montar gabinete próprio num dos melhores pon-tos da cidade, a fim de atender ao povo?

– Você nasceu para melhor des-tino....

– Estejamos todos prósperos e poderemos naturalmente ajudar.

Adelino de Carvalho, abnega-do médium passista de Uberaba, em Minas, começou a ouvir se-melhantes frases de muitos ami-gos, admiravelmente situados no círculo das finanças. E tantos elogios ouviu que passou a con-siderar, intimamente, a possibili-dade de casa no centro urbano. Não precisava de grande man-são. Um palacete que não desse muito trabalho seria bastante. Um lugar em que pudesse aco-lher as visitas com elegância e

Cenas da Vida

“Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada pedaço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas”. ( Hilário Silva )Fonte: Almas em Desfile, Introdução.

Só cresce para baixodecência.

Quando o plano se tornou amadurecido no pensamento, concentrou-se e pediu a opinião da Esfera Espiritual.

Quem compareceu foi Antonio Logogrifo, excelente amigo de-sencarnado.

Adelino expõe o projeto e roga parecer.

Logogrifo, no entanto, passa a esclarecê-lo, bondoso. Que um médium, antes de tudo, precisa assistência moral, que não lhe convinha figurar uma situação que não tinha, que deveria per-manecer no domicílio singelo e que os amigos não podiam efe-tuar aquilo que somente a ele competia fazer.

– Mas – suspirou o médium contrariado – não posso aspirar à melhoria? Valorizar os meus in-teresses, elevar-me socialmente?

– Pode sim – ditou o Espírito amigo -, mas não à custa de vãs aparências e sim por seu próprio

esforço, lutando, amando, servin-do, batalhando em favor do bem...

– Então, crescer no mundo será sempre vaidade? – gemeu Carvalho, triste.

– Não, Adelino – obtemperou o companheiro -, não é bem isso. A vaidade tem consigo o pro-gresso da cauda de cavalo.

– Como assim?E o amigo espiritual informou,

sorridente:– Só cresce para baixo.Como quem acorda de longo

sono, Adelino sentiu estranho contentamento. Compreendeu, então, que na sua modesta casa já morava a felicidade. E, cho-rando de alegria, pode apenas dizer:

– Deus lhe pague, meu irmão.

Hilário Silva

Fonte: A Vida Escreve, lição 19, psicografia de Francisco Cândi-do Xavier, Editora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 12

Gotas de Luz

Artigo

Importância da psicografiaUm expositor foi convidado a proferir palestra num Centro Espírita, em reunião pública na qual haveria trabalho de psi-cografia.

Logo que chegou, um dos trabalhado-res da casa alertou-o que não falasse mui-to alto para não atrapalhar a psicografia.

O recinto estava lotado. Havia carava-nas de outras cidades. A expectativa era grande, os trabalhos se iniciaram com a leitura de página de “O Evangelho Segun-do o Espiritismo”. Um aparelho de som fora ligado. Música excessivamente alta. O médium começou a psicografar e o ora-dor a falar, os olhares se dirigiam maciça-mente para o médium em atividade. Vá-rias pessoas se ergueram de seus lugares com máquinas fotográficas nas mãos e os flashes passaram a iluminar mais ainda o ambiente.

O orador teve a impressão de estar falando sozinho. Uma parte do público parecia estar interessada apenas na psi-cografia; a outra, nos passes. Uns poucos encarnados demonstravam interesse na palestra.

Com grande esforço, o expositor con-seguiu falar durante quinze minutos. Nenhum espírita consciente tem dúvida de que o estudo e a divulgação da Dou-trina Espírita são atividades prioritárias dos Centros Espíritas. A mediunidade é importante e foi através dela que o con-teúdo espírita foi transmitido à Humani-dade.

Privilegiar o fenômeno mediúnico, como no caso acima, não é medida ade-quada. É uma inversão de valores. Para este tipo de comportamento não se encon-tra fundamentação nas obras básicas, nem nas complementares.

Não se trata de não valorizar a me-diunidade, particularmente a psicografia, mas de reservar para ela o horário mais conveniente, não invadindo o tempo e o espaço do estudo e da divulgação da Dou-trina Espírita. O que não se concebe é o sacrifício do estudo doutrinário.

Por outro lado, muitas pessoas que comparecem aos Centros Espíritas em que há psicografia nunca foram a uma casa espírita. É importante, pois, apro-veitar esse momento para dar-lhes uma ideia do que é o Espiritismo, da riqueza dos seus ensinamentos, das respostas que contém para um grande número de dúvi-das do ser humano.

Outro cuidado que deve ser tomado é o de não alimentar uma ideia que está muito enraizada na mente das pessoas: a de que a psicografia seja uma espécie de faculda-de exclusiva de Espíritos mais evoluídos, o que gera em torno do médium uma onda de endeusamento e, em torno da própria mediunidade psicográfica, uma espécie de aura mítica.

Umberto Ferreira

Fonte: Reformador – novembro 1997

Aviso

Importante Temos evangelização

para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens,

nos horários das Reuniões Públicas Noturnas. Seleção de textos :

José Roberto Gouvêa

"Ama e contribui em favor do progresso, sem lamentação de qualquer natureza, em paz e confiança".

"Olha ao redor e compreenderás o quanto é urgente que te decidas pelo melhor."

Fonte: Amorterapia.Espírito : Joanna de Ângelis.Psicografia : Divaldo Franco.

Dia : 10 / 01 / 2016 - 16 horasCulto no Lar de Wanise Barroso

Atividades Doutrinárias

Acesse oBoletIm Clareando

através do site www.irmaoclarencio.org.br

clique no link

InformatIvo do CeIC

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 13

Venha estudar conosco

a vIda e as oBras de

Yvonne A. Pereira

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Educação — Senda de Luz

• Tarefa de todos nós – a educa-ção.

• Ajusta-se a peça na engrenagem a benefício do conjunto.

• Harmoniza-se a nota musical em prol do poema melódico.

• Submete-se o instrumento ao mis-ter a que se destina.

• O esforço pela educação não pode ser desconsiderado. Todos temos res-ponsabilidades no contexto da vida, nas realizações humanas, nas ativida-des sociais, membros que somos da Família Universal.

“A Educação consiste na arte de formar os caracteres, incutir hábitos (...). Quando essa arte for conhecida, com-preendida e praticada o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável”. (LE, q. 685- nota de Kardec)“Só a Educação poderá reformar os homens ”. (LE, q. 796)

Convite à educação“Porque só um é vosso Mestre, o Cristo.” (Mateus: capítulo 23º, versículo 10) .

• Ninguém consegue realizar-se isolado.

• Ignorância representa enfermida-de carecente de imediata atenção.

• O labor educativo, por isso mes-mo, impõe incessantes contribuições, exigindo valiosos investimentos de sacrifício a benefício do conjunto.

• Educa-se sempre, quer se pense fazê-lo ou não.

• Da mesma forma que a imobili-dade seria impossível a inércia hu-mana e a indiferença são apenas ex-pressões enfermiças. Mesmo nesses

estados criam-se condicionamentos que geram hábitos, educando-se mal, em tais circuns-tâncias os que se fazem nossos côm-pares.

• A anarquia que distila vapores alu-cinantes condu-zindo à estroinice, fomenta estados de vandalismo educa-ção perniciosa.

• A ordem dis-

põe à disciplina que promove a equi-dade, atendendo à justiça – educação edificante.

• A educação, assim examinada, traslada-se dos bancos escolares para todos os campos de atividade, fazen-do que todos nos transformemos em educadores, vinculados, sem dúvida, àqueles que se nos transformam em seguidores conscientes ou não, apren-dizes conosco dos recursos de que nos fazemos portadores.

• Jesus, o Educador por Excelência deu-nos o precioso legado vivo da Sua vida que é sublime lição de como ensinar sempre e incessantemente produzindo saúde, harmonia e espe-rança em volta dos passos.

• E o Espiritismo, que nos concita a incessante exame educativo de atitu-des e comportamentos, conscientiza--nos sobre a responsabilidade de que, mediante a educação correta, chega-remos ao fanal da caridade perfeita.

Joanna de Ângelis

Fonte: Convites da Vida, psicografia de Divaldo Pereira Franco, capítulo 16, Editora LEAL.

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Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 14

Amigos, que Jesus nos mantenha em seu amor.

Não sabemos de outra felicidade maior que a vossa, porque ainda na carne sois preparados para a senda do Espírito, de maneira a que não vos desvieis do roteiro de luz.

O Espiritismo funciona em vos-sas experiências como intérprete das lições divinas, oferecendo soluções simples aos problemas complicados, satisfazendo indagações e decifrando enigmas, ao clarão da fé sem artifí-cios, capaz de guindar-vos às eminên-cias do trabalho com o Senhor, sem a contenção muita vez abusiva de auto-ridades humanas, estranhas à vocação do Evangelho, e que, ao invés de vos garantirem a escalada, talvez até vos tolhessem o direito de aprender, servir e experimentar.

Entretanto, crede que muito maior é a responsabilidade que vos pesa nos ombros, porquanto o nosso irmão católico romano, em transpondo o li-miar do túmulo, poderá referir-se às peias mentais a que foi escravizado no culto externo, e o companheiro da Igreja Reformada alegará com justiça o insulamento a que foi constrangido na clausura da letra.

Vós, porém, avançais a céu escampo, guardando conhecimentos evangélicos mais suscetíveis de plena identificação com a Verdade, nutrindo-vos, desde ago-ra, com os frutos sazonados da vida eter-na.

A concepção real da justiça vos favore-ce mais clara visão do Universo e sabeis como ninguém que o Paraíso deve ser edi-ficado gradativamente em nós mesmos, todos os dias.

Egressos da Igreja Reformada, lasti-mamos a impossibilidade de retroação no tempo, para reestruturar a conceituação do Testamento Divino e buscar, como acon-tece convosco, o supremo consolo da fé

Instruções de Além Túmulo

Tema EvangélicoNas atividades da noite de 25 de março de 1954, tivemos a visita de vários irmãos desencarnados, procedentes das Igrejas Reformadas. No encerramento, dirigindo-se a eles e a nós, manifestou-se o Irmão Álvaro Reis, que foi eminente pastor no Brasil, cuja palavra focalizou elevado tema evangélico, destacando a responsabilidade dos espíritas, como detentores das interpretações mais avançadas do ensinamento de Jesus.

ajustada aos fundamentos simples da vida, sem o férreo arcabouço das convenções humanas.

Desejávamos para nós mesmos o trato espontâneo e puro com a fonte viva da Boa Nova, a fim de nos habilitarmos às revelações maiores, pela regeneração de nossos próprios preceitos.

Ainda assim, não obstante os prejuízos do passado, rejubilamo-nos com a forma-ção da vanguarda espírita cristã, valoroso e pacífico exército de almas fervorosas que, pelos méritos da oração e do arrepen-dimento, da boa-vontade e do serviço aos semelhantes, vem construindo no mundo precioso trilho de acesso à comunhão com Jesus.

Regozijamo-nos, como quem sabe que a fortuna do vizinho é também a nossa fortuna, e, se é possível deixar-vos uma lembrança amiga, em sinal de contenta-mento pelo primeiro contacto convosco, ofertamos aos vossos corações a palavra do Mestre Divino, nas anotações do Após-tolo Mateus, no capítulo 6, versículo 33, quando o Celeste Amigo nos adverte:

– “Buscai, acima de tudo, o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas ser-vos-ão acrescentadas”.

Recuando ao tempo de sua palavra dire-ta, recordemos que a multidão perguntava sobre o comer, o beber, e o agasalhar--se...

Essas coisas, porém, cresceram com a civilização.

Não apenas pão do corpo, mas pão do espírito em forma de educação e paz.

Não apenas beber água, na ordem material, mas sorver o idealismo santificante de que o Mestre mesmo foi o excelso portador.

Não apenas o agasalhar-se com as vestes corruptíveis que cobrem o corpo denso, mas o abrigar-se cada um de nós na alegria da consciência reta, para que o coração unido ao Cristo respire na inexpugnável cidadela do dever respeitado.

A significação dessa trilogia de verbos tão rotineiros no mundo é, hoje, como ve-mos, mais complexa.

Precisamos dessas coisas...Essas coisas, que podemos também

simbolizar como harmonia interior, tran-quilidade doméstica, equilíbrio na vida pública e privada, compreensão para com os amigos, tolerância para com os adver-sários, dignidade nas provações e força para ultrapassar as nossas próprias fraque-zas, são necessidades prementes que não podemos olvidar.

Mas para que essas coisas sejam acres-centadas à nossa vida, é indispensável procuremos o Reino de Deus e sua justi-ça, que expressam felicidade com mereci-mento.

Façamos o melhor, sentindo, pensando e falando o melhor que pudermos.

Honrando o Reino de Deus e sua justi-ça, o nosso Divino Mestre passou na Terra em permanente doação de Si mesmo...

Eis o padrão que nos deve inspirar as atividades, porque não nos bastará crer acertadamente e ensinar com brilho, mas, acima de tudo, viver as lições.

O Reino de Deus inclui todos os bens materiais e morais, capazes de serem in-corporados ao nosso espírito, seja onde for, no entanto, importa merecê-lo por jus-tiça e não apenas desejá-lo pela fé.

Amigos, temos agora conosco o progra-ma certo. Atendamo-lo.

E que o Senhor nos reúna em valioso entendimento, para a obra de coopera-ção no Evangelho que nos cabe execu-tar, é tudo o a que aspiramos de melhor para que o serviço do bem nos conduza ao Grande Bem com que nos acena o fu-turo.

Álvaro Reis

Fonte: Instruções Psicofônicas, psicogra-fia de Francisco Cândido Xavier, lição 3, Editora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 15

Vida - Dádiva de Deus

Consequência natural do instinto de conservação da vida é a procriação, traduzindo a sabedoria divina, no que tange à perpetuação das espécies.

Mesmo nos animais inferiores a ma-ternidade se expressa como um dos mais vigorosos mecanismos da vida, trabalhando para a manutenção da prole.

Ressalvadas raras exceções, o animal dócil, quando reproduz, modifica-se, libe-rando a ferocidade que jaz latente, quando as suas crias se encontram ameaçadas.

O egoísmo humano, porém, condes-cendendo com os preconceitos infeli-zes, sempre que em desagrado, ergue a clava maldita e arroga-se o direito de destruir a vida.

*Por mais se busquem argumentos, em

vãs tentativas para justificar-se o abor-to, todos eles não escondem os estados mórbidos da personalidade humana, a revolta, a vingança, o campo aberto para as licenças morais, sem qualquer compromisso ou responsabilidade.

O absurdo e a loucura chegam, neste momento, a clamorosas decisões de in-terromper a vida do feto, somente porque os pais preferem que o filho seja portador de outra e não da sexualidade que exa-mes sofisticados conseguem identificar em breve período de gestação, entre os povos supercivi-lizados do plane-ta...

Não há qual-quer dúvida, quanto aos “di-reitos da mulher sobre o seu cor-po”, mas, não quanto à vida que vige na intimidade da sua estrutura orgânica.

Afinal, o corpo a ninguém pertence, ou melhor, nada pertence a quem quer que seja, senão à vida.

Os movimentos em favor da libera-ção do aborto, sob a alegação de que o mesmo é feito clandestinamente, resul-tam em legalizar-se um crime para que outro equivalente não tenha curso.

“O primeiro de todos os direitos naturais do homem é o de VIVER”. (O Livro dos Espíritos, q.880).

abortoDiz-se que, na

clandestinidade, o óbito das ges-tantes que tom-bam, por impru-dência, em mãos incapazes e cri-minosas, é muito grande, e quando tal não ocorre, as consequênc i a s da técnica são dolorosas, geran-do sequelas, ou dando origem a processos de en-fermidades de longo curso.

A providência seria, portanto, a do esclarecimento, da orientação e não do infanticídio covarde, interrom-pendo a vida em começo de alguém que não foi consultado quanto à gra-vidade do tentame e ao seu destino.

Ocorre, porém, na maioria dos casos de aborto, que a expulsão do corpo em formação, de forma nenhuma interrom-pe as ligações Espírito a Espírito, entre a futura mãe e o porvindouro filho.

Sem entender a ocorrência, ou per-cebendo-a, em desespero, o ser espi-ritual agarra-se às matrizes orgânicas e, à força da persistência psíquica, sob

frustração do insucesso termina por lesar a aparelhagem genital da mulher, dando gênese a doenças de etiologia mui complicada, favorecendo os múl-tiplos processos cancerígenos.

Outrossim, em estado de desespero, por sentir-se impedido de completar o ciclo da vida, o Espírito estabelece processos de obsessão que se compli-cam, culminando por alienar-se a mu-

lher de consciência culpada, formando quadros depressivos e outros, em que a loucura e o suicídio tornam-se portas de libertação mentirosa.

Ninguém tem o direito de interrom-per uma vida humana em formação.

Diante da terapia para salvar a vida da mãe, é aceitável a interrupção do processo da vida fetal, em se conside-rando a possibilidade de nova gesta-ção ou o dever para com a vida já es-tabelecida, face à dúvida ante a vida em formação...

Quando qualquer crime seja tornado um comportamento legal, jamais se en-quadrará nos processos morais das Leis

Soberanas que sustentam o Uni-verso em nome de Deus.

Diante do aborto em deli-neamento, pro-cura pensar em termos de amor e

o amor te dirá qual a melhor atitude a tomar em relação ao filhinho em forma-ção, conforme os teus genitores fizeram contigo, permitindo-se renascer.

Joanna de Ângelis

Fonte: Alerta, psicografia Divaldo Pereira Franco, lição22, Editora LEAL.

"Não há qualquer dúvida, quanto aos “direitos da mulher sobre o seu corpo”, mas, não

quanto à vida que vige na intimidade da sua estrutura orgânica."

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 16

Sabemos que o sexo, analisado na essência, é a soma das qualidades femininas ou mascu-linas que caracterizam a mente, razão por que é imprescindível observá-lo, do ponto de vista espiritual, enquadrando-o na esfera das con-cessões divinas que nos cabe movimentar com respeito e rendimento na produção do bem. (...) O sexo no corpo humano é assim como um altar de amor puro que não podemos relegar à imundície, sob pena de praticar as mais es-pantosas crueldades mentais, cujos efeitos nos seguem, invariáveis, depois do túmulo... Meu colega, que ardia no anseio de intensifi-car indagações, inquiriu, respeitoso: – Silas amigo, assistimos no mundo a todo um acervo de conflitos sentimentais que, por vezes, culminam em pavorosa delinquência... Homens que renegam os sagrados compromis-sos do lar, mulheres que desertam dos deveres nobilitantes para com a família... Pais que aban-donam os filhos... Mães que rejeitam rebentos mal nascidos, quando os não assassinam co-vardemente... Tudo isso em razão da sede dos prazeres sexuais que, não raro, lhes situam os passos nas sendas tenebrosas do crime... Todas essas falhas acompanham o Espírito, além da armadura de carne que a morte consome?– Como não? – respondeu o Assistente, tristo-nho. – Cada consciência é uma criação de Deus e cada existência é um elo sagrado na corrente da vida em que Deus palpita e se manifesta. Responderemos por todos os golpes destruti-vos que vibramos nos corações alheios e não nos permitiremos repouso enquanto não con-sertarmos, valorosos, o serviço de reajuste. Impressionado, meu companheiro persistiu: – Imaginemos que um homem tenha condu-zido uma jovem à comunhão sexual com ele, à caça de mero prazer dos sentidos, prome-tendo-lhe matrimônio digno, para abandoná--la vilmente ao próprio desencanto, depois de saciado em seus desejos... A pobre criatura, desenganada, sem recursos para refugiar-se no trabalho respeitável, entrega-se ao meretrício. O homem é responsável pelos desatinos que a infelicitada companheira venha a praticar, compreendendo-se que ele não terá marchado sozinho para semelhante aventura? – É preciso reconhecer que todos responderemos pelos atos que efetuamos – ex-

Notas Espirituais - Obras de André Luiz

“A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões. (...). Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação (...). É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo...”.

André Luiz – (Nosso Lar, Mensagem de André Luiz, Editora FEB).

Considerações sobre o sexo (*)Palavras de esclarecimento do assistente Silas para os aprendizes Hilário e André Luiz: (**)

plicou o interlocutor –; contudo, no caso em foco, se o homem não é responsável pelos de-litos em que venha a falir a mulher desventura-da, é ele, inegavelmente, o autor da desdita em que ela se encontra. E, em desencarnando com o remorso da traição praticada, quanto mais luz se lhe faça no entendimento, mais agudo lhe será o pesar de haver cometido a falta. Traba-lhará, naturalmente, para levantá-la do abismo a que ela se arrojou por segui-lo, confiante, e reconduzi-la-á à reencarnação, em cujos liames se demorará, aceitando-a por esposa ou filha, de modo a entregar-lhe o puro amor prometido, sofrendo para regenerar-lhe a mente em dese-quilíbrio e resgatando a sua consciência ente-nebrecida pela culpa. – Da mesma forma – aduziu Hilário –, nota-mos na sociedade terrestre homens arruinados por mulheres desleais que os precipitaram na criminalidade e no vício... – O processo da reparação é absolutamen-te o mesmo. A mulher que lançou o compa-nheiro nas sombras do mal, em despertando à luz do bem, não descansará, enquanto não o reerguer para a dignidade moral, diante das Leis de Deus. Quantas mães vemos no mundo, engrandecidas pela dificuldade e pela renúncia, morrendo cada dia, entre a aflição e o sacrifí-cio, para cuidar de filhos monstruosos que lhes torturam a alma e a carne? Em muitos desses quadros terríveis e emocionantes, oculta-se, di-vino, o labor da regeneração que só o tempo e a dor conseguem realizar. – Tudo isso, meu amigo – tornou Hilário com manifesta amargura –, nos obriga a reconhecer que, nas falhas do campo genésico, temos a considerar, acima de tudo, a crueldade mental que praticamos em nome do amor... – Isso mesmo – aprovou o Assistente. –Na perseguição ao prazer dos sentidos, costuma-mos armar as piores ciladas aos corações in-cautos que nos ouvem... Contudo, fugindo à palavra empenhada ou faltando aos compro-missos e votos que assumimos, não nos preca-tamos quanto à lei de correspondência, que nos devolve, inteiro, o mal que praticamos e em cuja intimidade as bênçãos do conhecimento superior nos agravam as agonias, de vez que, no esplendor da luz espiritual, não nos perdoa-mos pelas nódoas e chagas que trazemos na

alma. Isso, para não falar dos crimes passio-nais, perpetrados na sociedade humana, todos os dias, pelos abusos das faculdades sexuais, destinadas a criar a família, a educação, a be-neficência, a arte e a beleza entre os homens. Esses abusos são responsáveis não apenas por largos tormentos nas regiões infernais, mas também por muitas moléstias e monstruosida-des que ensombram a vida terrestre, porquanto os delinquentes do sexo, que operaram o ho-micídio, o infanticídio, a loucura, o suicídio, a falência e o esmagamento dos outros, voltam à carne, sob o impacto das vibrações desequili-brantes que puseram em ação contra si próprios e são, muitas vezes, as vítimas da mutilação congênita, da alienação mental, da paralisia, da senilidade precoce, da obsessão enquistada, do câncer infantil, das enfermidades nervosas de variada espécie, dos processos patogênicos inabordáveis e de todo um cortejo de males, decorrentes do trauma perispirítico que, pro-vocando desajustes nos tecidos sutis da alma, exige longos e complicados serviços de repara-ção a se exteriorizarem com o nome de inquie-tação, angústia, doença, provação, desventura, idiotia, sofrimento e miséria. Aliás, muito antes da pompa terminológica das escolas psicana-líticas modernas, que se permitem arrojadas conjeturas em torno das flagelações mentais, há quase vinte séculos ensinou-nos Jesus que “todo aquele que comete o mal é escravo do mal” (¹) e podemos acrescentar que, para sanar o mal, a que houvermos escravizado o coração, é imprescindível sofrer a purgação que o ex-tirpa.

(¹) Evangelho de João, 8:34. — (Nota do Autor espiritual.).

(*) Subtítulo criado para este trecho do texto. Título do texto completo: Anotações Oportu-nas(**) Esta frase não consta da obra. Colocada para facilitar o entendimento.

Fonte: Ação e Reação, André Luiz, psicogra-fia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 15, Editora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 17

Estudando a Gênese

Um dos pontos que mais critica-dos têm sido na Gênese é o da cria-ção do Sol depois da luz. Tentaram explicá-lo, com o auxílio mesmo dos dados fornecidos pela Geo-logia, dizendo que, nos primeiros tempos de sua formação, por se achar carregada de vapores den-sos e opacos, a atmosfera terrestre não permitia se visse o Sol que, assim, efetivamente não existia para a Terra. Semelhante explica-ção seria, porventura, admissível se, naquela época, já houvesse na Terra habitantes que verificassem a presença ou a ausência do Sol. Ora, segundo o próprio Moisés, então, somente plantas havia, as quais, contudo, não teriam podido crescer e multiplicar-se sem o ca-lor solar.

Há, pois, evidentemente, um anacronismo na ordem que Moisés estabeleceu para a criação do Sol; mas, involuntariamente ou não, ele não errou, dizendo que a luz precedeu o Sol.

O Sol não é o princípio da luz uni-

Emmanuel Responde

Questionamentos:Apresentando o Espiritismo, na sua feição de Consolador prometido pelo Cristo, três aspectos diferentes: cien-tífico, filosófico, religioso; qual desses aspectos é o maior?Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais.

Resposta: “A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu. No seu aspecto científico e filosófico, a Doutrina será sempre um campo nobre de investi-gações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual”.

EmmanuelFonte: O Consolador, Definição, Psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e comentados: a Gênese, os milagres e as predições, em suas relações com as novas leis que decorrem da observação dos fenômenos espíri-tas”. (A Gênese, Introdução).

Criação do sol (*)versal; é uma concentração do ele-mento luminoso em um ponto, ou, por outra, do fluido que, em dadas circunstâncias, adquire as proprie-dades luminosas. Esse fluido, que é a causa, havia necessariamente de preceder ao Sol, que é apenas um efeito. O Sol é cassa, relativamente à luz que dele se irradia; é efeito, com relação à que recebeu.

Numa câmara escura, uma vela acesa é um pequeno sol. Que é que se fez para acender a vela? Desenvolveu-se a propriedade iluminante do fluido luminoso e concentrou-se num ponto esse fluído. A vela é a causa da luz que se difunde pela câmara; mas, se não existira o princípio luminoso antes da vela, esta não pudera ter sido acesa.

O mesmo se dá com o Sol. O erro provém da ideia falsa, ali-mentada por longo tempo, de que o Universo inteiro começou com a Terra. Dai o não compreenderem que o Sol pudesse ser criado de-pois da luz. Em princípio, pois, a

asserção de Moisés é perfeitamen-te exata: é falsa no fazer crer que a Terra tenha sido criada antes do Sol. Estando, pelo seu movimento de translação, sujeita a esse últi-mo, a Terra houve de ser formada depois dele. É o que Moisés não podia saber, pois que ignorava a lei de gravitação.

Com a mesma ideia se depa-ra na Gênese dos antigos persas. No primeiro capítulo do Vende-dad, Ormuz, narrando a origem do mundo, diz: «Eu criei a luz que foi iluminar o Sol, a Lua e as es-trelas.» (Dicionário de Mitologia Universal.) A forma, aqui, é sem dúvida mais clara e mais científica do que em Moisés e não reclama comentários.

(*) Subtítulo criado para este trecho do texto. Título do texto completo: Gênese Mosaica – Os seis dias.

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, capítulo XII, item 8, editora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 18

Que o Senhor Jesus Cristo perma-neça junto a todos nós, agora e sem-pre.

Muitas vezes as criaturas pergun-tam sobre aqueles seus queridos que passaram para o lado de cá e indagam como eles estão e se já se pode falar alguma coisa sobre suas lutas, seus estágios.

Para essas almas e, de acordo com o estudo, lembramos que, após a de-sencarnação, o Espírito dificilmente passa para regiões elevadas e de paz. Normalmente as almas passam por estágios de acomodação.

Esses estágios correspondem à sua posição interior. Começam despindo o peso específico adquirido durante o estágio do corpo físico; depois, atra-vessam barreiras de descompressão, aprendendo a andar mais levemente, quase que diríamos, a flutuar. Em seguida, começam a esquecer-se das fases de alimentação de matéria sólida para chegarem, finalmente, ao período crucial que é o da passa-gem para as regiões mais elevadas, deixando para trás a Terra de muitos amores, mas também de muitos de-senganos.

Para estas almas, repito, comuns, esse estágio demora um tempo va-riável; mudança que varia com a própria elevação de cada um de nós. Entretanto, qualquer que seja a po-sição em que nos encontrarmos, te-nhamos a certeza de que nunca esta-remos sós.

Almas que já passaram por essas fases, que transpuseram os umbrais da dor, da angústias e da saudade -- e hoje se encontram em lugares de luz --, todos esses sentem que precisam auxiliar aos que chegam recente-mente.

E assim, podem ter a certe-za de que ninguém nunca esta-rá só. Sempre teremos os que nos auxiliam, sempre teremos aqueles que socorrem, sempre teremos aqueles que amparam. E, ainda mais,

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O Livro dos Médiuns Allan Kardec

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Mensagem Mediúnica

Perturbação espiritualdependendo do núcleo de atividade no bem a que o Espírito desencar-nante está ligado, encontrará mais e mais amigos esperando-o do outro lado.

Trabalhadores de casas espíritas geralmente contam com os guias da própria casa, além daqueles mesmos que com ele trabalhavam.

Homens dedicados à caridade sempre encontram aqueles que lhe são gratos e aqueles que lhe impul-sionaram para o serviço do bem.

Mas... Ai daqueles que fizeram sofrer! Ai daqueles que fizeram cho-rar! Esses terão como companhia e, nestas fases a que aludi, somente vi-brações de tristeza, de dor, saudades compartilhadas com o sentimento do remorso, tornando-os sofridos do lado de cá.

Sobre todos paira a figura de Jesus, conduzindo-nos ao encontro da paz.

O Grande Mestre pacifica, orienta e ajuda.

Que saibamos todos viver os mo-mentos de alegria, os momentos de felicidade na Terra.

Saibamos plantar e construir as árvores da caridade e as obras positi-vas para que, de nossa parte, quando desencarnarmos, possamos contar com as preces daqueles a quem aju-damos.

Enfim, meus filhos, estudemos sempre para entendermos tudo quan-to se passa na Terra e no Espaço.

Que Deus a todos nós ajude, abençoe, conduza e proteja agora e sempre.

O abraço do Hermann para todos os corações presentes, sintetizando também o abraço de tantos anjos guardiães de todos que aqui estão.

Muita paz, meus caros filhos!Muita confiança em Deus e o pro-

gresso de sempre é o que desejamos a todos.

Graças a Deus.

(Pscografia do médium Altivo Carissimi Pam-phiro, no CELD, em 08/07/2000)

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

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A Família na Visão Espírita

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Clareando / Ano IX / Edição 148 / Janeiro . 2016 - Pág . 19

Suplemento Infantojuvenil

Hilda, menina abastada, diariamente dirigia más palavras à pequena vendedora de doces que lhe ba-tia humildemente à porta da casa.

– Que vergonha! De bandeja! de esquina a esqui-na! Vai-te daqui! — gritava, sem razão.

A modesta menina se punha pálida e trêmula.Entrementes, a dona da casa, tentando educar a

filha, vinha ao encontro da pequena humilhada e di-zia, bondosa:

– Que doces tão perfeitos! Quem os fez assim tão lindos?

A mocinha, reanimada, respondia, contente:– Foi a mamãe.A generosa senhora comprava sempre alguma

coisa e, em seguida, recomendava à filha:– Hilda, não brinques com o destino. Nunca ex-

pulses o necessitado que nos procura. Quem sabe o que sucederá amanhã? Aqueles que socorremos serão provavelmente os nossos benfeitores.

A menina resmungava e, à noite, ao jantar, o pai secundava os conselhos maternos, acrescen-tando:

– Não zombes de ninguém, minha filha! o traba-lho, por mais humilde, é sempre respeitável e edifi-cante. Por certo, dolorosas necessidades impelirão uma criança a vender doces, de porta em porta.

Hilda, contudo, no dia seguinte, fustigava a ven-dedora, exclamando:

– Fora daqui! Bruxa! bruxa!...A mãe devotada acolhia a pequena descalça e re-

petia à filha as advertências carinhosas da véspera. Correu o tempo e, depois de quatro anos, o qua-

dro da vida se modificara.O paizinho de Hilda adoeceu e debalde os médi-

cos procuraram salvá-lo. Morreu numa tarde calma, deixando o lar vazio.

A viúva recolheu-se ao leito extremamente abati-da e, com as despesas enormes, em breve a pobreza e o desconforto invadiram-lhe a residência. A pobre senhora mal podia mover-se.

Privações chegaram em bando. A menina, ante-

riormente abastada, não podia agora comprar nem mesmo um par de sapatos.

Aflita por resolver a angustiosa situação, certa noite Hilda chorou muitíssimo, lembrando-se do pa-pai. Dormiu, lacrimosa, e sonhou que ele vinha do Céu confortá-la. Ouviu-o dizer, perfeitamente:

– Não desanimes, minha filha! vai trabalhar! Ven-de doces para auxiliar a mamãe!...

Despertou, no dia imediato, com o propósito fir-me de seguir o conselho.

Ajudou a mãezinha enferma a fazer muitos qua-drinhos de doce de leite e, logo após, saiu a vendê--los. Algumas pessoas generosas compravam-nos com evidente intuito de auxiliá-la; entretanto, outras criaturas, principalmente meninos perversos, grita-vam-lhe aos ouvidos:

– Sai daqui! Bruxa de bandeja!...Sentia-se triste e desalentada, quando bateu à por-

ta de uma casa modesta. Graciosa jovem atendeu. Ah! que surpresa! era a menina pobre que costu-

mava vender cocadas noutro tempo. Estava crescidi-nha, bem vestida e bonita.

Hilda esperou que ela a maltratasse por vingança, mas a jovem humilde fitou nela os grandes olhos, reconheceu-a, compreendeu-lhe a nova situação e exclamou, contente:

– Que doces tão perfeitos! Quem os fez assim tão lindos?

A interpelada lembrou os ensinamentos maternos de anos passados e informou:

– Foi a mamãe.A ex-vendedora comprou quantos quadrinhos

restavam na bandeja e abraçou-a com sincera ami-zade.

Desse dia em diante, a menina vaidosa transfor-mou-se para sempre. A experiência lhe dera ines-quecível lição.

Fonte: Alvorada Cristã, Neio Lúcio pelo médium Francisco Cândido Xavier, lição 11

A lição inesquecível

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :

a lenda da felICIdade, Sonia Santoro Editora CELD