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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437 Ano XV - Edição 166 - AGOSTO / 2017 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • CURSO DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA E PASSES. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Nos Domínios da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). – 18: às 18:40 Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes) QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon DeniS (livro: Depois da Morte). 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos – 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo (2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). – 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). – 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel (1º e 3 o sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. pág. 6 pág. 2 pág. 3 pág. 15 Estudando as Obras de Léon Denis: Renascimento Cenas da Vida: O Conferencista Atribulado pág. 16 Instruções de Além Túmulo: Fixação Mental pág. 10 Deus Causa Primeira: Ante a Ideia de Deus Semeando o Evangelho de Jesus: Caracteres do Verdadeiro Profeta A Família na Visão Espírita: Convivência Amorosa e Amargura Nesta Edição : Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) Editorial “O trabalho é uma lei tanto para as humanidades quanto para as so- ciedades do Espaço”. (¹) O trabalho é a honra e a dignidade do ser humano”. (¹) Toda ocupação útil é trabalho”. (²) Diante dessas afirmações, indaguemos: Será, então, que o trabalho não tem limite? O repouso é permitido ao homem? Qual é o momento do repouso? Esses foram questionamentos de Kardec aos Espíritos. E a resposta foi a seguinte: O limite do trabalho é o das forças; o repouso é necessário para a repa- ração das forças do corpo e cabe-lhe o direito de repousar na velhice. (³) Certamente eles se referiram ao trabalho físico, mas sabemos que não exis- te somente o trabalho físico; também trabalhamos pelo pensamento. O que se cansa é o corpo físico, cujas forças vitais vão diminuindo à medida que os órgãos vão envelhecendo. O Espírito não se cansa; o pensamento é contínuo. Quando sentirmos a diminuição das forças, intensifiquemos o trabalho mental: “Coagido pela estafa, muda de atitude mental e renova a tarefa, sur- preendendo-te com motivação nova para o prosseguimento do ideal”. (¹¹) Sob pretexto algum te permitas a hora vazia”. (¹¹) Sigamos sempre em busca do crescimento espiritual, através do trabalho. Bom trabalho para todos nós! (¹) Depois da Morte, Léon Denis, 5ª parte, capítulo LII. (²) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 675. (³) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 682, 683 e 685. (¹¹) Leis Morais da Vida, Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, capítulo 7. Trabalho e Repouso

Cursos no C.E.I.C. Editorial Trabalho e Repousoirmaoclarencio.org.br/pdf/clareando/Ago_2017.pdf · O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns,

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437

Ano XV - Edição 166 - AGOSTO / 2017

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.

TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.

TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de orientação MediúniCa e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Nos Domínios da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão

QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).– 18: às 18:40Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes)

QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).– 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos– 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo (2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.

Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).– 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).– 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• O pensamento de Emmanuel (1º e 3o sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C.

pág. 6

pág. 2

pág. 3 pág. 15

Estudando as Obras de Léon Denis:Renascimento

Cenas da Vida:O Conferencista Atribulado

pág. 16

Instruções de Além Túmulo:Fixação Mental

pág. 10Deus Causa Primeira:Ante a Ideia de Deus

Semeando o Evangelho de Jesus:Caracteres do Verdadeiro Profeta

A Família na Visão Espírita:Convivência Amorosa e Amargura

Nesta Edição :

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

Editorial

“O trabalho é uma lei tanto para as humanidades quanto para as so-ciedades do Espaço”. (¹)

“O trabalho é a honra e a dignidade do ser humano”. (¹)“Toda ocupação útil é trabalho”. (²)Diante dessas afirmações, indaguemos:Será, então, que o trabalho não tem limite? O repouso é permitido ao

homem? Qual é o momento do repouso?Esses foram questionamentos de Kardec aos Espíritos. E a resposta foi

a seguinte:O limite do trabalho é o das forças; o repouso é necessário para a repa-

ração das forças do corpo e cabe-lhe o direito de repousar na velhice. (³)Certamente eles se referiram ao trabalho físico, mas sabemos que não exis-

te somente o trabalho físico; também trabalhamos pelo pensamento. O que se cansa é o corpo físico, cujas forças vitais vão diminuindo à medida que os órgãos vão envelhecendo. O Espírito não se cansa; o pensamento é contínuo.

Quando sentirmos a diminuição das forças, intensifiquemos o trabalho mental: “Coagido pela estafa, muda de atitude mental e renova a tarefa, sur-preendendo-te com motivação nova para o prosseguimento do ideal”. (¹¹)

“Sob pretexto algum te permitas a hora vazia”. (¹¹)Sigamos sempre em busca do crescimento espiritual, através do trabalho.Bom trabalho para todos nós!

(¹) Depois da Morte, Léon Denis, 5ª parte, capítulo LII.(²) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 675.(³) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 682, 683 e 685.(¹¹) Leis Morais da Vida, Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, capítulo 7.

Trabalho e Repouso

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 2

Observa a grandeza incomen-surável da Criação e não preten-das ultrapassar o futuro no ousado tentame de traduzir o conceito de Deus na estreita palavra humana.

No macrocosmo galáxias infin-dáveis arrastam consigo milhões de mundos no turbilhão da vida uni-versal e no microcosmo em que te agitas a simples casa orgânica em que resides permanece constituída por trilhões de células que, a seu turno, se compõem de forças múl-tiplas do mundo atômico a te desa-fiarem a imaginação para inventá-rios e cálculos, muitas vezes frios e inúteis.

Não seria justo pedir à gota d’água uma definição do oceano, tanto quanto ao verme é defesa qualquer explicação do Sol, embo-ra a gota líquida guarde consigo o sabor do mar e o verme se rejubile ao contato da luz.

Resignemo-nos à humildade da nossa atual condição no cam-po da vida e, respeitando a ciên-cia que procura avançar, através de afirmações provisórias, na di-reção da Eterna Sabedoria, ofe-reçamos a Deus, no culto inces-sante de nosso amor, o coração

“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.

(O Livro dos Espíritos, questão 1).A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responde-rá”.

(O Livro dos Espíritos, questão 4).

em forma de auxílio incansável aos semelhantes, a única fórmu-la digna pela qual nos compete, por enquanto, o dever de buscá--lo e exprimi-lo. Por agora, não dispomos de outro recurso que não seja o do sentimento para a silenciosa ascensão à inteli-gência Divina e é por isso que, acatando a justiça e servindo os outros até o sacrifício supremo, Jesus, o nosso Divino Mestre, en-sinou-nos a amá-lO e servi-lO,

como sendo Nosso Pai.

Emmanuel

“A felicidade resulta de um tênue equilíbrio entre o que o homem é e o que possui”. (J. H. Denison em “Mark-Hopklins”).

Fonte: Escrínio de Luz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Edi-tora O Clarim.

Deus – Causa Primeira

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do Mês:

Sugestão de Leitura

Ante a Ideia de Deus

Vitória Sobre a Depressão, Joanna de Ângelis,Psicografia de Divaldo Pereira Franco, Editora LEAL.

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 3

9. Desconfiai dos falsos profe-tas. É útil em todos os tempos essa recomendação, mas, so-bretudo, nos momentos de tran-sição em que, como no atual, se elabora uma transformação da Humanidade, porque, en-tão, uma multidão de ambi-ciosos e intrigantes se arvora em reformadores e messias. É contra esses impostores que se deve estar em guarda, corren-do a todo homem honesto o dever de desmascará-los. Per-guntareis, sem dúvida, como reconhecê-los. Aqui tendes o que os assinala: Somente a um hábil general, capaz de dirigi--lo, se confia o comando de um exército. Julgais que Deus seja menos prudente do que os homens? Ficai certos de que só confia missões importantes aos que Ele sabe capazes de cum-pri-las, porquanto as grandes missões são fardos pesados que esmagariam o homem carente de forças para carregá-los. Em todas as coisas, o mestre há de sempre saber mais do que o discípulo; para fazer com que a Humanidade avance moral-mente e intelectualmente, são precisos homens superiores em inteligência e em moralidade. Por isso, para essas missões são sempre escolhidos Espíri-tos já adiantados, que fizeram suas provas noutras existên-cias, visto que, se não fossem superiores ao meio em que têm de atuar, nula lhes resultaria a ação. Isto posto, haveis de con-cluir que o verdadeiro missio-nário de Deus tem de justificar, pela sua superioridade, pelas suas virtudes, pela grandeza,

pelo resultado e pela influência moralizado-ra de suas obras, a missão de que se diz portador. Tirai tam-bém esta outra consequência: se, pelo seu caráter, pelas suas virtudes, pela sua inteligência, ele se mostra abaixo do papel com que se apresente, ou da personagem sob cujo nome se coloca, mais não é do que um histrião de baixo estofo, que nem sequer sabe imitar o mo-delo que escolheu. Outra con-sideração: os verdadeiros mis-sionários de Deus ignoram-se a si mesmos, em sua maior parte; desempenham a missão a que foram chamados pela força do gênio que possuem, secundado pelo poder oculto que os ins-pira e dirige a seu mau grado, mas sem desígnio premeditado. Numa palavra: os verdadeiros profetas se revelam por seus atos; são adivinhados, ao pas-so que os falsos profetas se dão, eles próprios, como enviados de Deus. O primeiro é humil-de e modesto; o segundo, or-gulhoso e cheio de si, fala com altivez e, como todos os men-dazes, parece sempre temeroso de que não lhe deem crédito. Alguns desses impostores tem havido, pretendendo passar por apóstolos do Cristo, outros pelo próprio Cristo, e, para vergonha da Humanidade, hão encontra-do pessoas assaz crédulas que lhes creem nas torpezas. En-tretanto, uma ponderação bem simples seria bastante a abrir os olhos do mais cego, a de que se o Cristo reencarnasse na Ter-ra, viria com todo o seu poder e todas as suas virtudes, a menos

se admitisse, o que fora absur-do, que houvesse degenerado. Ora, do mesmo modo que, se tirardes a Deus um só de seus atributos, já não tereis Deus, se tirardes uma só de suas virtudes ao Cristo, já não mais o tereis. Possuem todas as suas virtudes os que se dão como sendo o Cristo? Essa a questão. Obser-vai-os, perscrutai-lhes as ideias e os atos e reconhecereis que, acima de tudo, lhes faltam as qualidades distintivas do Cristo; a humildade e a caridade, sobe-jando-lhes as que o Cristo não tinha: a cupidez e o orgulho. Notai, ao demais, que neste momento há, em vários países, muitos pretensos Cristos, como há muitos pretensos Elias, mui-tos S. João ou S. Pedro e que não é absolutamente possível sejam verdadeiros todos. Ten-de como certo que são apenas criaturas que exploram a credu-lidade dos outros e acham cô-modo viver à custa dos que lhes prestam ouvidos. Desconfiai, pois, dos falsos profetas, máxi-me numa época de renovação, qual a presente, porque muitos impostores se dirão enviados de Deus. Eles procuram satisfa-zer na Terra a sua vaidade; mas uma terrível justiça os espera, podeis estar certos.

Erasto. (Paris, 1862.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capí-tulo XXI, Editora FEB.

Caracteres do Verdadeiro Profeta

Semeando o Evangelho de Jesus

“Eis que o Semeador saiu a semear.”Mateus, 13:3

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 4

262. Se a identidade absoluta dos Espíritos é, em muitos ca-sos, uma questão acessória e sem importância, o mesmo já não se dá com a distinção a ser feita entre bons e maus Espíri-tos. Pode ser-nos indiferente a individualidade deles; suas qualidades, nunca. Em todas as comunicações instrutivas, é sobre este ponto, conseguin-temente, que se deve fixar a atenção, porque só ele nos pode dar a medida da confian-ça que devemos ter no Espíri-to que se manifesta, seja qual for o nome sob que o faça. É bom ou mau o Espírito que se comunica? Em que grau da es-cala espírita se encontra? Eis as questões capitais. (Veja-se: “Escala espírita”, em O Livro dos Espíritos, n. 100).263. Já dissemos que os Espíri-tos devem ser julgados, como os homens, pela linguagem de que usam. Suponhamos que um homem receba vinte car-tas de pessoas que lhe são des-conhecidas; pelo estilo, pelas ideias, por uma imensidade de indícios, enfim, verificará se aquelas pessoas são instruídas ou ignorantes, polidas ou mal educadas, superficiais, pro-fundas, frívolas, orgulhosas, sérias, levianas, sentimentais, etc. Assim, também, com os Espíritos. Devemos considerá-

“Da mesma forma que a Física, a Química, a Botânica, a Astronomia têm os seus aparelhos apropriados, segundo a necessidade dos seus estudos, o Espiritismo tem um aparelho, um instrumento, o médium, com o qual estuda a alma e suas manifestações. É com este auxiliar indispensável que penetra no labirinto da Psicologia e da Parapsicologia para a descoberta do Novo Mundo e o estreitamento de relações com seus habitantes”.

Cairbar Schutel (Médiuns e Mediunidades, Editora “O Clarim”).

-los correspondentes que nun-ca vimos e procurar conhecer o que pensaríamos do saber e do caráter de um homem que dissesse ou escrevesse tais coisas. Pode estabelecer-se como regra invariável e sem exceção que a linguagem dos Espíritos está sempre em rela-ção com o grau de elevação a que já tenham chegado. Os Espíritos realmente superio-res não só dizem unicamente coisas boas, como também as dizem em termos isentos, de modo absoluto, de toda tri-vialidade. Por melhores que sejam essas coisas, se uma única expressão denotando baixeza as macula, isto cons-titui um sinal indubitável de inferioridade; com mais forte razão, se o conjunto do ditado fere as conveniências pela sua grosseria. A linguagem reve-la sempre a sua procedência, quer pelos pensamentos que exprime, quer pela forma, e, ainda mesmo que algum Es-pírito queira iludir-nos sobre a sua pretensa superioridade, bastará conversemos algum tempo com ele para a apre-ciarmos.

Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, capítulo XXIV, Editora FEB.

Estudando Sobre Mediunidade

Modos de se Distinguirem os Espíritos

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração. Conta:

Dia: 06/08/2017 - 16 horasCulto no Lar de

Paraguacy Constantino da Silva

Atividades Doutrinárias

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informativo do CeiC

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 5

1. - Desde todas as épocas o ho-mem acreditou, por intuição, que a vida futura seria feliz ou infeliz, conforme o bem ou o mal praticado neste mundo. A ideia que ele faz, porém, dessa vida está em relação com o seu desenvol-vimento, senso moral e no-ções mais ou menos justas do bem e do mal. As penas e recompensas são o reflexo dos instintos predominan-tes. Os povos guerreiros fazem consistir a suprema felicidade nas honras conferidas à bravura; os caçadores, na abundân-cia da caça; os sensuais, nas delícias da voluptuosidade. Dominado pela matéria, o homem não pode com-preender senão imperfeitamente a espiritualidade, imaginando para as penas e gozos futuros um quadro mais material que espiritual; afigura--se-lhe que deve comer e beber no

outro mundo, porém melhor que na Terra. (¹) Mais tarde já se encontra nas cren-ças sobre a vida futura um misto de espiritualismo e materialismo: a

beatitude contemplativa concorren-do com o inferno das torturas físicas.(¹) Um pequeno saboiano, a quem o seu cura fazia a descrição da vida futura, perguntou-lhe se todo o mundo lá comia pão branco, como em Paris.

2. - Não podendo compreender se-não o que vê, o homem primitivo naturalmente moldou o seu futuro

pelo presente; para compreender outros tipos, além dos que tinha à vista, ser-lhe-ia preciso um desen-volvimento intelectual que só o tempo deveria completar. Também

o quadro por ele ideado sobre as penas futuras não é senão o reflexo dos males da Huma-nidade, em mais vasta proporção, reunindo--lhe todas as torturas, suplícios e aflições que achou na Terra. Nos cli-mas abrasadores imagi-nou um inferno de fogo, e nas regiões boreais um inferno de gelo. Não estando ainda desenvol-vido o sentido que mais

tarde o levaria a compreender o mundo espiritual, não podia conce-ber senão penas materiais; e assim, com pequenas diferenças de forma, os infernos de todas as religiões se assemelham.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kar-dec, 1ª parte, capítulo IV, Editora FEB.

Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

Intuição da Penas Futuras

A obra O Céu e o Inferno, Allan Kardec, “objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condi-ção que ele usufruirá no mundo espiritual, como consequência de seus próprios atos”.

(O Céu e o Inferno, capa, 61ª edição, Editora FEB).E assim, reencarnando e desencarnando, o Espírito prossegue em sua jornada em busca da perfeição, sendo herdeiro de si mesmo.

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Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 6

A Família na Visão Espírita

Convivência Amorosa e Amargura(*)

Até quando sofrer na relação que causa devassidão e desapontamen-to?

Uma convivência amorosa não causa amargura, não machuca, não gera maus tratos, não perturba os parceiros, nem os põe para baixo; antes os valoriza.

Amar e ser amado é o que todos os seres buscam; no entanto, há de ser uma via de mão dupla – regime que admite trânsito em dois senti-

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”.

Paulo (I Timóteo, 5:6)

dos. Porém, se isso não acontecer, a vida a dois se constituirá numa letar-gia afetiva, entre desprezos e humi-lhações constantes de ter que pedir carinho ao parceiro.

Com o tempo, estar mal na re-lação se torna um costume, porém suportamos algo assim enquanto a “pressão interna” for menor que a “pressão externa”; toleramos, su-plicamos e nos penalizamos até certo ponto. Aliás, não decidimos

mudar quando sofremos, mas quando estamos exaustos de tan-to sofrer.

A reencarna-ção não nos pede padecimento pas-sivo, mas apren-dizagem ativa. As leis reencarnató-rias manifestam-se sempre em forma de conhecimento, pois cada criatu-ra renasce para aprender com a própria vida.

Lourdes Catherine

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “Sobre os Reve-ses nas Relações Humanas”.

Fonte: Amar também se Aprende, psicografia de Francisco do Espíri-to Santo Neto, capítulo VII, Editora Boa Nova.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“Há almas que são capazes de amar e, por muito amarem, são capazes de arrastar para junto de si criaturas, mesmo sem que falem, sem que mostrem, sem que até procurem atraí-las. Há também almas capazes de se mantarem em paz, somente pela capacidade que possuem de amar. Elas são capazes de superar problemas dificuldades e empecilhos. Mesmo quando as lutas são superlativas, são capazes de se manter em paz, em meio a tanta confusão”

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 7

Os Dois Voltaires

Revista Espírita

Sou eu mesmo, mas não aque-le Espírito zombador e cáustico de outrora; o reizinho do século dezoi-to, que dominava pelo pensamen-to e pelo gênio a tantos soberanos. Hoje já não tem nos lábios aquele sorriso mordaz que fazia tremer os inimigos e os próprios amigos! Meu cinismo desapareceu ante a revela-ção das grandes coisas que eu que-ria tocar e que não conheci senão no além-túmulo! Pobres cérebros demasiado estreitos para conterem tantas maravilhas! Humanos, calai--vos, humilhai-vos diante do poder supremo; admirai e contemplai: é o que podeis fazer. Como quereis aprofundar Deus e o seu grande trabalho? Malgrado todos os seus recursos, a vossa razão não se ani-quila ante o átomo e o grão de areia, que ela não pode definir? Empreguei minha vida a procurar conhecer Deus e seu princípio; minha razão se debilitou e cheguei a negar não Deus, mas a sua glória, o seu poder e a sua grandeza. Eu o explicava desenvolvendo-se no tempo. Celes-te intuição me dizia que rejeitasse tal erro, mas eu não escutava e me fiz apóstolo de uma doutrina enga-nadora... Sabeis por quê? Porque, no tumulto e na confusão de meus pensamentos, que se entrechoca-vam incessantemente, eu só via uma coisa: meu nome gravado no frontão do templo de memória das nações! Só via a glória que me prometia essa juventude universal que me cercava e parecia saborear com suavidade e delícia a quintessência da doutrina que eu lhe ensinava.

Entretanto, impelido não sei por que remorso de minha consciência, quis parar, mas era muito tarde. Como

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35-4º: “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (*), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

(*) O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º.

toda utopia, todo sistema que abraça-mos nos arrasta; a princípio segue a torrente, depois nos arrasta e nos que-bra, tão rápida e violenta é por vezes a sua queda. Crede-me, vós que aqui es-tais em busca da verdade: encontrá-la--eis quando tiver expulsado do cora-ção o amor aos ouropéis, que um tolo amor próprio e um orgulho ridículo fa-zem brilhar aos vossos olhos. Não te-mais – na nova via por onde marchais – combater o erro e o abater, quando se erguer à vossa frente. Não é uma monstruosidade exaltar uma mentira contra a qual ninguém ousa defender--se, porque fizemos discípulos que ul-trapassaram nossas crenças? Como ve-des, meus amigos, o Voltaire de hoje não é mais aquele do século dezoito. Sou mais cristão, porque aqui venho fazer-vos esquecer de minha glória e vos lembrar do que fui na juventude e o que amava na infância. Oh! Como eu gostava de me perder no mundo do pensamento! Minha imaginação ar-dente e viva percorria os vales da Ásia atrás daquele que chamais Redentor... Eu gostava de percorrer os caminhos que ele tinha percorrido. E como me parecia grande e sublime esse Cristo em meio à multidão! Julgava ouvir a sua voz poderosa, instruindo os povos da Galileia, das margens do lago de Tiberíades e da Judeia!... Mais tarde, nas minhas noites de insônia, quantas vezes me ergui para abrir uma velha Bíblia e reler suas santas páginas! En-tão, minha fronte se inclinava diante da cruz, esse sinal eterno da redenção, que une a Terra ao Céu, a criatura ao Criador!... Quantas vezes admirei esse poder de Deus, por assim dizer se sub-dividindo, e cuja centelha se encarna para fazer-se tão pequena, vindo ren-der a alma no Calvário em expiação!...

Vítima augusta cuja divindade eu ne-gava e que, no entanto, me fez dizer:

Teu Deus que tu traíste, teu Deus que tu blasfemas,

Para ti, para o Universo, morreu nestes lugares!

Sofro, mas expio a resistência que opus a Deus. Eu tinha a missão de instruir e esclarecer. A princípio o fiz, mas o meu facho se me extinguiu nas mãos na hora marcada para a luz!... Felizes filhos do século dezenove e do século vinte: a vós é dado ver luzir o facho da verdade. Fazei que vossos olhos vejam bem a sua luz, porquan-to, para vós, ela terá radiações celestes e sua claridade será divina!

Voltaire

Filhos, deixei que em meu lugar fa-lasse um dos vossos grandes filósofos, principal chefe do erro. Quis que ele viesse dizer-vos onde está a luz. Que vos parece? Todos virão repetir-vos: Não há sabedoria sem amor, nem ca-ridade. E, dizei-me: qual a doutrina mais suave para ensiná-lo, senão o Espiritismo? Nunca vos repetiria de-masiadamente: o amor e a caridade são as duas virtudes supremas que, como diz Voltaire, unem a criatura ao Criador. Oh! Que mistério e que laço sublime! Vermezinho, verme da terra, que pode tornar-se tão poderoso que a sua glória alcançará o trono do Eter-no!...

Santo Agostinho

Allan Kardec(Sociedade Espírita de Paris, Grupo

Faucherand – Médium: Sr. E. Vézy).

Fonte: Revista Espírita, Allan Kardec, maio de 1862, Editora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 8

Clareando as Ideias com Kardec

loCal: Centro espírita irmão ClarênCio

Encontros E Seminários280 enContro espírIta

soBre Bezerra de menezes

data: 03/09/2017

Em Setembro

Limite do Trabalho. Repouso

Eventos em AgostoCIne CeICFIlme: Causa & eFeIto

data: 20/08/2017Hora: 15:30 às 18H

682. Sendo uma necessidade para todo aquele que trabalha, o repouso não é também uma lei da Natureza?“Sem dúvida. O repouso serve para a reparação das forças do corpo e também é necessário para dar um pouco mais de liberdade à inteli-gência, a fim de que se eleve acima da matéria.”683. Qual o limite do trabalho?“O das forças. Em suma, a esse res-peito Deus deixa inteiramente livre o homem.”684. Que se deve pensar dos que abusam de sua autoridade, impon-do a seus inferiores excessivo tra-balho?“Isso é uma das piores ações. Todo aquele que tem o poder de man-dar é responsável pelo excesso de trabalho que imponha a seus infe-riores, porquanto, assim fazendo, transgride a lei de Deus.” (q. 273).685. Tem o homem o direito de re-pousar na velhice?“Sim, que a nada é obrigado, senão de acordo com as suas forças.”a) Mas, que há de fazer o velho que precisa trabalhar para viver e não pode?“O forte deve trabalhar para o fraco. Não tendo este família, a sociedade deve fazer às vezes desta. É a lei de caridade.”Nota de Kardec - Não basta se diga

ao homem que lhe corre o dever de trabalhar. É preciso que aquele que tem de prover à sua existência por meio do trabalho encontre em que se ocupar, o que nem sempre acontece. Quando se generaliza, a suspensão do trabalho assume as proporções de um fla-gelo, qual a miséria. A ciência e c o n ô m i -ca procura r e m é d i o para isso no equilí-brio entre a produção e o consumo. Mas, esse equilíbrio, dado seja possível esta-belecer-se, sofrerá sempre intermi-tências, durante as quais não deixa o trabalhador de ter que viver. Há um elemento, que se não costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a educação, não a educação intelec-tual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que con-siste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto a

educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. Considerando-se a alu-vião de indivíduos que todos os dias são lançados na torrente da popu-lação, sem princípios, sem freio e entregues a seus próprios instintos,

serão de espantar as consequên-cias desas-trosas que daí decor-rem? Quan-do essa arte for conhe-cida, com-preendida e praticada, o homem terá no mundo

hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é res-peitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos penosamente os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendi-da pode curar. Esse o ponto de par-tida, o elemento real do bem-estar, o penhor da segurança de todos.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Editora FEB.

240 enContro espírIta

soBre Jesus

data: 24/09/2017

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 9

Período Geológico da Terra (continuação)

4. - As camadas inferiores, colo-cadas abaixo da camada vegetal, receberam em geologia o nome de rochas, palavra que, nessa acep-ção, nem sempre implica a ideia de uma substância pedrosa, signi-ficando antes um leito ou banco feito de uma substância mineral qualquer. Umas são formadas de areia, de argila ou de terra argilosa, de marna, de seixos rolados; outras o são de pedras propriamente ditas, mais ou menos duras, tais como os grés, os mármores, a cré, os calcá-reos ou pedras calcáreas, as pedras molares, ou carvões de pedra, os asfaltos, etc. Diz-se que uma rocha é mais ou menos possante, confor-me é mais ou menos considerável a sua espessura. Mediante o exa-me da natureza dessas rochas ou camadas, reconhece-se, por sinais certos, que umas provêm de maté-rias fundidas e, às vezes, vitrifica-das sob a ação do fogo; outras, de substâncias terrosas depostas pelas águas; algumas de tais substân-cias se conservaram desagregadas, como as areias; outras, a princípio em estado pastoso, sob a ação de certos agentes químicos ou por ou-tras causas, endureceram e adqui-riram, com o tempo, a consistên-cia da pedra. Os bancos de pedras superpostas denunciam depósitos sucessivos. O fogo e a água partici-param, pois, da formação dos ma-teriais que compõem o arcabouço sólido do globo terráqueo.5. - A posição normal das camadas terrosas ou pedregosas, provenien-tes de depósitos aquosos, é a ho-rizontal. Ao vermos essas planícies imensas, que por vezes se esten-dem a perder de vista, de perfeita horizontalidade, lisas como se as ti-vessem nivelado com um rolo com-pressor, ou esses vales profundos,

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e comen-tados: a Gênese, os milagres e as predições, em suas relações com as novas leis que decorrem da observação dos fenômenos espíritas”.

(A Gênese, Introdução).

tão planos como a superfície de um lago, podemos estar certos de que, em época mais ou menos afastada, tais lugares estiveram por longo tempo cobertos de águas tranqui-las que, ao se retirarem, deixaram em seco as terras que elas deposi-taram enquanto ali permaneceram. Retiradas as águas, essas terras se cobriram de vegetação. Se, em vez de terras gordas, limosas, argilosas, ou marnosas, próprias a assimilar os princípios nutritivos, as águas apenas depositaram areias silico-sas, sem agregação, temos as pla-nícies arenosas que constituem as charnecas e os desertos, dos quais nos podem dar pequena ideia os depósitos que ficam das inunda-ções parciais e os que formam as aluviões na embocadura dos rios.6. - Conquanto a horizontal seja a posição mais generalizada e a que normalmente assumem as forma-ções aquosas, não é raro verem--se, nos países montanhosos e em extensões bem grandes, rochas du-ras, cuja natureza indica que foram formadas em posição inclinada e, até por vezes, vertical. Ora, como, segundo as leis de equilíbrio dos líquidos e da gravidade, os depó-sitos aquosos somente em planos horizontais podem formar-se, pois os que se formam sobre planos in-clinados são arrastados pelas cor-rentes e pelo próprio peso para as baixadas, evidente se torna que tais depósitos foram levantados por uma força qualquer, depois de se terem solidificado ou transformado em pedras. Destas considerações se pode concluir, com certeza, que todas as camadas pedrosas que, provindo de depósitos aquosos, se encontram em posição perfeita-mente horizontal, foram formadas, durante séculos, por águas tran-

quilas e que, todas as vezes que se achem em posição inclinada, o solo foi convulsionado e desloca-do posteriormente, por subversões gerais ou parciais, mais ou menos consideráveis.7. - Um fato característico e da mais alta importância, pelo teste-munho irrecusável que oferece, consiste no existirem, em quanti-dades enormes, despojos fósseis de animais e vegetais, dentro das diferentes camadas. Como esses despojos se encontram até nas mais duras pedras, há de concluir--se que a existência de tais seres é anterior à formação das aludidas pedras. Ora, se levarmos em con-ta o prodigioso número de séculos que foram necessários para que se lhes produzisse o endurecimento e para que elas alcançassem o esta-do em que se acham desde tempos imemoriais, chega-se forçosamen-te à conclusão de que o apareci-mento de seres orgânicos na Terra se perde na noite das idades e é muito anterior, por conseguinte, à data que lhes assina a Gênese. (¹).

(¹) Fóssil, do latim fossilia, fossilis, derivado de fossa, e de fodere, cavar, escavar a terra, é uma palavra que em geologia se emprega designando corpos ou despojos de corpos orgânicos de seres que viveram anteriormente às épocas históricas. Por extensão, diz-se igualmente das substâncias minerais que revelam traços da presença de seres organi-zados.

Obs.: Daremos continuidade no Boletim de setembro.

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, ca-pítulo VII, Editora FEB.

Estudando a Gênese

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 10

Em nossas tarefas da noite de 5 de maio de 1955, o iluminado Espíri-to do Doutor Dias da Cruz voltou a visitar-nos, estudando, para a nossa edificação, o problema da fixação mental, depois da morte. Em sua alocução interessante e oportuna, o Instrutor oferece-nos grave adver-tência quanto ao aproveitamento de nossa reencarnação terrestre.

Analisando, superficialmente embora, o problema da fixação mental depois da morte, convém não esquecer que a alma, quando encarnada, permanece munida do equipamento fisiológico que lhe fa-culta o atrito constante com a natu-reza exterior.

As reações contínuas, hauri-das pelos nervos da organização sensorial, determinando a compul-sória movimentação do cérebro, associadas aos múltiplos serviços da alimentação, da higiene e da preservação orgânica, estabelecem todo um conjunto vibratório de emoções e sensações sobre as cor-das sensíveis da memória, valendo por impactos diretos da luta evolu-tiva no espírito em desenvolvimen-to, obrigando-o a exteriorizar-se para a conquista de experiência.

Esse exercício incessante, en-quanto a alma se demora no mun-do físico, trabalha o cosmo mental,

inclinando-o a buscar no bem o clima da atividade que o investirá na posse dos recursos de elevação.

Como sabemos, todo bem é ex-pansão, crescimento e harmonia e todo mal é condensação, atraso e desequilíbrio.

O bem é a onda permanente da vida a irradiar-se como o Sol e o mal pode ser considerado como sendo essa mesma onda, a enove-lar-se sobre si mesma, gerando a treva enquistada.

Ambos personalizam o amor que é libertação e o egoísmo que é cárcere.

E se a alma não conseguiu des-vencilhar-se, enquanto na Terra, das variadas cadeias de egoísmo, como sejam o ódio e a revolta, a perversidade e a delinquência, o fanatismo e a vingança, a paixão e o vício, em se afastando do corpo de carne, pela imposição da mor-te, assemelha-se a um balão ele-tromagnético, pejado de sombra e cativo aos processos da vida infe-rior, a retirar-se dos plexos que lhe garantiam a retenção, através da dupla cadeia de gânglios do grande simpático, projetando-se na esfera espiritual, não com a leveza espe-cífica, suscetível de alçá-la a ní-veis superiores, em circuito aberto, mas, sim, com a densidade carac-terística da fixação mental a que se

afeiçoa, sofrendo em si os choques e entrechoques das suas próprias forças desvairadas, em circuito fe-chado sobre si mesma, revelando lamentável desequilíbrio que pode perdurar até mesmo por séculos, conforme a concentração do pen-samento na desarmonia em que se compraz. Nesse sentido, podemos simbolizar a vontade como sendo a âncora que retém a embarcação do espírito em seu clima ideal.

É necessário, assim, consagrar nossa vida ao bem completo, a fim de que estejamos de acordo com a Lei Divina, escalando, ao seu influxo, os acumes da Vida Superior.

E é por isso que, encarecendo o valor da reencarnação, como pre-ciosa oportunidade de progresso, lembraremos aqui as palavras do Senhor, no versículo 35, do capí-tulo 12, no Evangelho do Apósto-lo João: “Avançai enquanto tendes luz para que as trevas não vos al-cancem, porque todo aquele que caminha nas trevas, marchará fatal-mente sob o nevoeiro, perdendo o próprio rumo”.

Francisco de Menezes Dias da Cruz

Fonte: Instruções Psicofônicas, psi-cografia de Francisco Cândido Xa-vier, lição 60, Editora FEB.

Instruções de Além-Túmulo

Fixação Mental

“São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado...”

(E.S.E., capítulo I, item 8).

Aviso Importante Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões

Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 11

Obsessão - Estude e Liberte-se

Pensamento e Obsessão(*)

“O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Introdução VIII, 2º §).

Nossa gratidão aos Patronos Espirituais dos Cursos pelo amparo e incentivo aos estudos.***Patrono: Antônio de Aquino

“Foi um grande orador sacro de sua época (século XVII). Era um homem que conhecia Jesus mais do que ninguém. Adorava Jesus, falar de Jesus, explicar Jesus, dizer Jesus”.

Curso: GEAA (Grupo de Estudos Antônio de Aquino)

*** Patrono:Altivo Carissimi Pamphiro (24/03/1938 – 17/02/2005)Fundador do Centro Espírita Léon Denis (CELD), do Centro Espírita Irmão Clarêncio (CEIC) e da Obra

Social Antônio de Aquino (OSAA). Orientou, também, diversos centros espíritas e obras sociais. Curso: GEAP (Grupo de Estudos Altivo Pamphiro).

O nosso pensamento estagiou por milênios em faixas primitivas. Aos poucos, fomos vagarosamente imprimindo-lhe nova direção. Os sucessivos aprendizados enrique-ceram a nossa mente com expe-riências diversas e a nossa emis-são mental se aprimorou. Mesmo assim, demoramos a entender que o controle de nosso pensamento é de nossa exclusiva responsabili-dade. E essa nova compreensão é decisiva em nosso destino.

De acordo com o que pensamos serão as nossas companhias espi-rituais e, parodiando a sentença popular diremos: “Dize-me o que pensas e te direi com quem andas”.

Esse é o notável ensinamento que a Doutrina Espírita nos apre-senta. Pelo pensamento descere-mos aos abismos ou chegaremos às estrelas.

Pelo pensamento nós nos tor-namos escravos ou nos libertamos.

A obsessão é, pois, o pensa-mento a transitar e a sintonizar nas faixas inferiores.

Desobsessão, ao invés, é a mu-dança de direção do pensamento para rumos nobres e construtivos. É a mudança do padrão vibratório,

“A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta ca-racteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”.

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, item 81).

sob o influxo da mente, que optou pela frequência mais elevada.

Essa mudança é uma questão de escolha. De seleção.

E só se chega a tal estado, a uma transformação dessa espécie, acionando-se uma das maiores potencialidades que existe no ser humano: a Vontade.

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “A Ação do Pen-samento”.

Fonte: Obsessão e Desobsessão, Suely Caldas Schubert, capítulo 5, Editora FEB.

CURSOS E PATRONOS ESPIRITUAIS

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 12

Questão — O Espiritismo explica perfeitamente a causa dos sofrimen-tos individuais, como consequên-cias imediatas das faltas cometidas na existência precedente, ou como expiação do passado; mas, uma vez que cada um só é responsável pelas suas próprias faltas, não se explicam satisfatoriamente as desgraças cole-tivas que atingem as aglomerações de indivíduos, às vezes, uma família inteira, toda uma cidade, toda uma nação, toda uma raça, e que se aba-tem tanto sobre os bons, como sobre os maus, assim sobre os inocentes, como sobre os culpados.

Resposta. — Todas as leis que regem o Universo, sejam físicas ou morais, materiais ou intelectuais, foram descobertas, estudadas, com-preendidas, partindo-se do estudo da individualidade e do da família para o de todo o conjunto, genera-lizando-as gradualmente e compro-vando-se-lhes a universalidade dos resultados.

Outro tanto se verifica hoje com relação às leis que o estudo do Es-piritismo dá a conhecer. Podem aplicar-se, sem medo de errar, as leis que regem o indivíduo à família, à nação, às raças, ao conjunto dos habitantes dos mundos, os quais for-mam individualidades coletivas. Há as faltas do indivíduo, as da família, as da nação; e cada uma, qualquer que seja o seu caráter, se expia em virtude da mesma lei. O algoz, rela-tivamente à sua vítima, quer indo a encontrar-se em sua presença no es-paço, quer vivendo em contato com ela numa ou em muitas existências sucessivas, até a reparação do mal praticado. O mesmo sucede quando se trata de crimes cometidos solida-riamente por certo número de pes-soas. As expiações também são soli-dárias o que não suprime a expiação simultânea das faltas individuais.

Três caracteres há em todo ho-

mem: o do indivíduo, do ser em si mesmo; o de membro da família e, finalmente, o de cidadão. Sob cada uma dessas três faces pode ele ser criminoso e virtuoso, isto é, pode ser virtuoso como pai de família, ao mesmo tempo em que crimi-noso como cidadão e reciproca-mente. Daí as situações especiais que para si cria nas suas sucessivas existências.

Salvo alguma exceção, pode--se admitir, como regra geral, que todos aqueles que numa existência vêm a estar reunidos por uma ta-refa comum já viveram juntos para trabalhar com o mesmo objetivo e ainda reunidos se acharão no futu-ro, até que hajam atingido a meta, isto é, expiado o passado ou de-sempenhado a missão que aceita-ram.

Graças ao Espiritismo, com-preendeis agora a justiça das pro-vações que não decorrem dos atos da vida presente, porque reconhe-ceis que elas são o resgate das dí-vidas do passado. Por que não ha-veria de ser assim com relação às provas coletivas? Dizeis que os in-fortúnios de ordem geral alcançam assim o inocente, como o culpado; mas, não sabeis que o inocente de hoje pode ser o culpado de ontem? Quer ele seja atingido individual-mente, quer coletivamente, é que o mereceu. Depois, como já o dis-semos, há as faltas do indivíduo e as do cidadão; a expiação de umas não isenta da expiação das outras, pois que toda dívida tem que ser paga até a última moeda. As virtu-des da vida privada diferem das da vida pública. Um, que é excelente cidadão, pode ser péssimo pai de família; outro, que é bom pai de fa-mília, probo e honesto em seus ne-gócios, pode ser mau cidadão, ter soprado o fogo da discórdia, opri-mido o fraco, manchado as mãos

em crimes de lesa sociedade. Essas faltas coletivas é que são expiadas coletivamente pelos indivíduos que para elas concorreram, os quais se encontram de novo reunidos, para sofrerem juntos a pena de talião, ou para terem ensejo de reparar o mal que praticaram, demonstrando de-votamento à causa pública, socor-rendo e assistindo aqueles a quem outrora maltrataram. Assim, o que é incompreensível, inconciliável com a justiça de Deus, se torna claro e lógico mediante o conheci-mento dessa lei.

A solidariedade, portanto, que é o verdadeiro laço social, não o é apenas para o presente; estende--se ao passado e ao futuro, pois que as mesmas individualidades se reuniram, reúnem e reunirão, para subir juntas a escala do progresso, auxiliando-se mutuamente. Eis aí o que o Espiritismo faz compreensí-vel, por meio da equitativa lei da reencarnação e da continuidade das relações entre os mesmos seres.

Clélia Duplantier

Nota — Conquanto se subordine aos conhecidos princípios de res-ponsabilidade pelo passado e da continuidade das relações entre os Espíritos, esta comunicação encer-ra uma ideia de certo modo nova e de grande importância. A distinção que estabelece entre a responsabi-lidade decorrente das faltas indi-viduais ou coletivas, das da vida privada e da vida pública, explica certos fatos ainda mal conhecidos e mostra de maneira mais precisa a solidariedade existente entre os se-res e entre as gerações. (...).

Fonte: Obras Póstumas Allan Kar-dec, 1ª parte, Editora FEB.

Obras Póstumas – Derradeiros Escritos

Questões e ProblemasAs Expiações Coletivas

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 13

232 - Em matéria de conheci-mento, onde poderemos loca-lizar a maior necessidade do homem?

– Como nos tempos mais recuados das civilizações mortas, temos de reafirmar que a maior necessidade da criatura humana ainda é a do conhecimento de si mesma.

233 - Por que razão o ho-mem da Terra tem sido tão lento na solução do problema do seu conhecimento pró-prio?

– Isso é explicável. So-mente agora, a alma humana poderá ensimesmar-se o bas-tante para compreender as ne-cessidades e os escaninhos da sua personalidade espiritual.

Antigamente a existência do homem resumia-se na luta com as forças externas, de modo a criar uma lei de harmonia entre ele próprio e a natureza terrestre. Muitos séculos decorreram para enfrentar os perigos comuns. A organização da tribo, da família, das tradições, das experiências coletivas, exigiu mui-tos séculos de luta e de infortúnios dolorosos. A ciência das relações, o aproveitamento das forças materiais

que o rodeavam, não requisitaram menor porção de tempo.

Agora, porém, nas culminâncias da sua evolução física, o homem não necessitará preocupar-se, de modo tão absorvente, com a paisagem que o cerca, razão pela qual todas as energias espirituais se mobilizam, nos tempos modernos, em torno das criaturas, convocando-as ao sagrado

conhecimento de si mesmas, dentro dos valores infinitos da vida.

Emmanuel

Fonte: O Consolador, psicografia de Francisco Cândido Xavier, 2ª parte, capítulo IV, Editora FEB.

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Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 14

Alexandre: -- Você não ignora que, no círculo das enfermida-des terrestres, cada espécie de micróbio tem o seu ambiente preferido. O pneumococo aloja--se habitualmente nos pulmões; o bacilo de Eberth 1ocaliza-se nos intestinos onde produz a febre tifoide; o bacilo de Klebs--Löffler situa-se nas mucosas onde provoca a difteria. Em con-dições especiais do organismo, proliferam os bacilos de Hansen ou de Koch. Acredita você que semelhantes formações micros-cópicas se circunscrevem à car-ne transitória? Não sabe que o macrocosmo está repleto de sur-presas em suas formas variadas? No campo infinitesimal, as reve-lações obedecem à mesma or-dem surpreendente. André, meu amigo, as doenças psíquicas são muito mais deploráveis. A pato-gênese da alma está dividida em quadros dolorosos. A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários ma-tizes, formam criações inferio-res que afetam profundamente a vida íntima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça. A organização fisio-lógica, segundo conhecemos no campo de cogitações terrestres, não vai além do vaso de barro, dentro do molde preexistente do corpo espiritual. Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletirá imediatamente.

Esclarecimento de André Luiz aos leitores: Compreendi onde o instrutor desejava che-gar. Entretanto, as suas conside-rações relativas às novas expres-sões microbianas davam ensejo a certas indagações. Como en-

Obs.: TrechOs dOs diálOgOs enTre André luiz e O insTruTOr AlexAndre.

carar o problema das formações iniciais? Enquadrava-se a afec-ção psíquica no mesmo quadro sintomatológico que conhecera, até então, para as enfermidades orgânicas em geral? Haveria contágio de moléstias da alma? E seria razoável que assim fos-se na esfera onde os fenômenos patológicos da carne não mais deveriam existir? Afirmara Vir-chow que o corpo humano «é um país celular, onde cada célu-la é um cidadão, constituindo a doença um atrito dos cidadãos, provocado pela invasão de ele-mentos externos». De fato, a criatura humana desde o berço deve lutar contra diversas flage-lações climáticas, entre venenos e bactérias de variadas origens. Como explicar, agora, o quadro novo que me defrontava os es-cassos conhecimentos?

Não sopitei a curiosidade. Recorrendo à admirável expe-riência de Alexandre, perguntei:

André Luiz: – Ouça, meu amigo. Como se verificam os processos mórbidos de ascen-dência psíquica? Não resulta a afecção do assédio de forças exteriores? Em nosso domínio, como explicar a questão? É a viciação da personalidade es-piritual que produz as criações vampirísticas ou estas que avas-salam a alma, impondo-lhe cer-tas enfermidades? Nesta última hipótese, poderíamos conside-rar a possibilidade do contágio?

Alexandre: – Primeiramen-te a semeadura, depois a co-lheita; (...). Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afec-ção existe o ambiente. As ações produzem efeitos, os sentimen-

tos geram criações, os pensa-mentos dão origem a formas e consequências de infinitas ex-pressões. E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, cada um de nós é respon-sável pela emissão das forças que lançamos em circulação nas correntes da vida. A cólera, a desesperação, o ódio e o ví-cio oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terre-no das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consuma-do, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta esta-beleça ambiente propício, entre companheiros do mesmo nível. Naturalmente, no campo da ma-téria mais grosseira, essa lei fun-ciona com violência, enquanto, entre nós, se desenvolve com as modificações naturais. Aliás, não pode ser de outro modo, mesmo porque você não ignora que muita gente cultiva a voca-ção para o abismo. Cada vicia-ção particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por rela-xamento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de vigilância e defesa.

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “Vampi-rismo”.

Fonte: Missionários da Luz, An-dré Luiz, psicografia de Francis-co Cândido Xavier, capítulo 4, Editora FEB.

Notas Espirituais - Obras de André Luiz

Patogênese da Alma(*)

“A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões. (...). Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação (...). É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo ...”.

André Luiz - (Nosso Lar, capítulo Mensagem de André Luiz, Editora FEB).

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 15

Cenas da Vida

O Conferencista AtribuladoNaquela manhã ensolarada de domingo, Gustavo Torres, em seu gabinete de estudo, alinhava precio-sos conceitos sobre a arte de ajudar.

Espiritualista consciencioso, acreditava que a luta na Terra era abençoada escola de formação do caráter e, por isso, atendendo às exigências do próprio ideal, enfi-leirava, tranquilo, frases pri-morosas para o comentário evangélico que pretendia movimentar na noite seguin-te.

Depois de renovadora prece, começou a escrever, sentidamente:

– O próximo, de qualquer procedência, é nosso irmão, credor de nosso melhor cari-nho.

– O caluniador é um teste de paciência.

– Quando somos vitima-dos pela ofensa, estamos re-cebendo de Jesus o bendito ensejo de auxiliar.

– Desesperação é chuva de vene-no invisível.

– A desculpa constante é garan-tia de paz.

– Não olvides que a irritação, em qualquer parte, é fermento da dis-córdia.

– Suporta a dificuldade com va-lor, porque a provação é recurso de-monstrativo de nossa fé.

– Se um irmão transviado te pre-judica o interesse, recebe nele a tua valiosa oportunidade de perdoar.

– Se alguém aparece, como ins-trumento de aflição em tua casa, não fujas ao exercício da tolerância.

– A calma tonifica o espírito... Nesse momento, a velha cria-

da veio trazer o chocolate, sobre o qual, sem que ela percebesse, pou-sara pequena mosca, encontrando a

morte. Torres anotou o corpo estranho

e, repentinamente indignado, bra-dou para a servidora:

– Como se atreve a semelhante desconsideração?

Acredita que eu deva engolir um mosquito deste tamanho?

Impressionada com o golpe

que o patrão vibrara na bandeja, a pobre mulher implorou:

– Desculpe-me, senhor! A enfermidade ensombra-me os olhos...

– Se é assim – falou áspero –, fique sabendo que não preciso de empregados inúteis...

O conferencista da arte de aju-dar ainda não dera o incidente por terminado, quando o recinto foi invadido pelo estrondo de um desmoronamento.

O condutor de um caminhão, num lance infeliz, arrojara a má-quina sobre um dos muros da sua residência.

O dono da casa desceu para a via pública, como se fora atingido por um raio.

Abeirou-se do motorista mal trajado, e gritou, colérico:

– Criminoso! Que fizeste?

– Senhor – rogou o mísero –, perdoe-me o desastre. Pagarei as despesas da reconstrução. Tenho a cabeça tonta com a moléstia de meu filhinho, que agonia, há mui-tos dias...

– Desgraçado! O problema é seu, mas o meu caso será entregue à polícia.

E quando Torres, pos-sesso, usa o telefone, dis-cando para o delegado de plantão, meninos curiosos invadiam-lhe o jardim bem tratado, esmagando a plan-tação de cravos que lhe exigira imenso trabalho na véspera.

Exasperado, avançou para as crianças, ameaçan-do:

– Vagabundos! Larápios! Rua, rua!... Fora daqui!... Fora daqui!...

Daí a instantes, policiais atenciosos cercavam-lhe o domi-cílio e Torres regressou ao gabine-te, qual se estivesse acordando de um pesadelo...

Da mesa, destacava-se minús-culo cartaz, em que releu o for-moso dístico aí grafado por ele mesmo: – “Quando Jesus domina o coração, a vida está em paz”.

Atribulado, sentou-se. Deteve-se novamente, na frase

preciosa que escrevera, reconhe-ceu quão fácil é ensinar com as palavras e quão difícil é instruir com os exemplos e, envergonha-do, passou a refletir...

Irmão X

Fonte: Contos e Apólogos, psico-grafia de Francisco Cândido Xa-vier, lição 28, Editora FEB.

“Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada peda-ço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas”. Hilário Silva

Fonte: Almas em Desfile, Introdução.

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 16

Gotas de Luz

“A ninguém é dado ver algo e não aproveitar para o seu engrandecimento espiritual. A ninguém é permitido apenas conhecer sem que distribua o conhecimento, ao contrário, sejamos perdulários do conhecimento; distribuamos tudo aquilo que sabemos a todos, a todo mundo, para que a vida em torno de nós seja um constante cantar de alegrias.”

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Estudando as Obras de Léon Denis - O Apóstolo do Espiritismo

Renascimento(*)

A lei dos renascimentos, dis-semos, rege a vida universal. Com alguma atenção, pode-ríamos ler em toda a Natureza, como num livro, o mistério da morte e da ressurreição.

As estações sucedem-se no seu ritmo imponente. O inver-no é o sono das coisas; a pri-mavera é o acordar; o dia al-terna com a noite; ao descanso segue-se a atividade; o Espírito ascende às regiões superiores para tornar a descer e conti-nuar com forças novas a tarefa

interrompida.As transformações da planta

e do animal não são menos sig-nificativas. A planta morre para renascer, cada vez que volta a seiva; tudo murcha para reflorir. A larva, a crisálida e a borbole-ta são outros tantos exemplos que reproduzem, com mais ou menos fidelidade, as fases al-ternadas da vida imortal.

Como seria, pois, possível que só o homem ficasse fora do alcance desta lei? Quando tudo está ligado por laços nu-

merosos e fortes, como admitir que nossa vida seja como um ponto atirado, sem ligação, para os turbilhões do tempo e do espaço? Nada antes, nada depois! Não. O homem, como todas as coisas, está sujeito à lei eterna. Tudo o que tem vi-vido reviverá em outras formas para evoluir e aperfeiçoar-se. A Natureza não nos dá a morte senão para dar-nos a vida. Já, em consequência da renova-ção periódica das moléculas do nosso corpo, que as corren-

tes vitais trazem e dispersam, pela assimilação e desassi-milação cotidianas, habitamos um sem número de invólu-cros diferentes numa única vida. Não é lógico admitir que continuaremos a habitar outros no futuro?

Léon Denis

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “Justiça e Responsabilidade. O Problema do Mal”.

Fonte: O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Léon De-nis, 2ª parte, capítulo XVIII, Editora FEB.

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 17

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Gotas de Luz

"Que em seus lares, em suas atividades, todos lembrem a palavra amor e tentem fazer das suas existências um núcleo de melhores sentimentos, de maiores virtudes, um núcleo de amor. Lutem, meus irmãos, pela manutenção do sentimento do amor. Experimentem ser amorosos, ser generosos, e verificarão, ao fim de algum tempo, que o amor é o maior e mais sublime dos sentimentos que o homem pode desenvolver na Terra."

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Pai Nosso – Oração Dominical

Se a submissão é um dever do filho para com o pai, do inferior para com o seu superior, quão maior não deve ser a da criatura para

com o seu Criador! Fazer a tua vontade, Senhor, é observar as tuas leis e submeter-se,

sem queixumes, aos teus decretos. O homem a ela se submeterá, quando compreender que és a fonte de toda a

sabedoria e que sem ti ele nada pode. Fará, então, a tua vontade na Terra, como os eleitos

a fazem no Céu.

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

Visite o site e ouça a programação.

www.radioriodejaneiro.am.br

Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

alimentos não pereCíveis para confecção de :

Quentinhas (irmãos em situação de rua)Cestas Básicas (famílias carentes)

informações : seCretaria administrativa

Sua

sempre seráDoação

Bem-VinDaFaça-se a tua Vontade, assim

na Terra como no Céu

Obs.: “Dominical” refere-se a “Senhor” (Dominus).

Publicaremos a cada mês, de junho a dezembro, uma frase do Pai Nosso, com o respectivo desenvolvimento, segundo Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII.

“De todas as preces, é a que eles (os Espíritos) colocam em primeiro lugar, seja porque procede do próprio Jesus, seja porque pode suprir a todas, conforme os pensamentos que se lhe conjuguem; é o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra prima de sublimidade na simplicidade”.

(E.S.E., cap.XXVIII, item 2).

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 18

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O Livro dos Médiuns Allan Kardec

Convite

Educação Senda de Luz

(...) Pessoa alguma consegue imu-nizar-se aos ditames da educação, boa ou má, conforme o meio social em que se encontra. Se não ouve a articulação oral da palavra, dispõe dos órgãos, porém, não fala; se não vê atitudes que facilitam a locomo-ção, a aquisição dos recursos para a sobrevivência, consegue por instin-to a mobilização com dificuldade e o alimento sem cocção; tende a re-tornar às experiências primitivas se não é socorrido pelos recursos pre-ciosos da civilização, porque nele predominam, ainda, as imposições da natureza animal. Possui os refle-xos, no entanto, não os sabe aplicar; desfruta da inteligência e, por falta de uso, já que se demora nas neces-sidades imediatas, não a desenvol-ve; frui das acuidades da razão e do discernimento, entretanto se embru-tece por ausência de exercícios que os aprofunde. Nele não passam de

lampejos as manifestações espiri-tuais superiores se arrojado ao isola-mento ou relegado às faixas em que se detêm os principiantes nas aqui-sições superiores...

Muito importante a missão da educação como ciência e arte da vida.

Encontrando-se ínsitas no Espíri-to as tendências, compete à educa-ção a tarefa de desenvolver as que se apresentam positivas e corrigir as inclinações que induzem à queda moral, à repetição dos erros e das manifestações mais vis, que as con-quistas da razão ensinam a superar. (...).

Joanna de Ângelis

Fonte: No Limiar do Infinito, psico-grafia de Divaldo Pereira Franco, lição 6, Editora LEAL.

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

ConviteVenha estudar conosco

A Família na Visão Espírita

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Educação – Fonte de Bênção

“A Educação consiste na arte de formar os caracteres, incutir há-bitos (...). Quando essa arte for conhecida, compreendida e prati-cada o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável”. (LE, q. 685- nota de Kardec).

“Só a Educação poderá reformar os homens”. (LE, q. 796)

Clareando / Ano XV / Edição 166 / Agosto . 2017 - Pág . 19

A velha empregada de minha família era uma preta.

Chico, neto dela - como é costume acon-tecer quando não temos irmãos - era o meu companheiro constante de brincadeiras e fol-guedos.

Em tudo quanto fazíamos, a parte de Chi-co era sempre a mais pesada, secundária e passiva.

Ele tinha que dar e nunca que receber. Um dia corri para casa, à saída da escola,

porque Chico e eu tínhamos projetado cons-truir uma vala que fosse do poço à lavande-ria.

Sem darmos por isso, cada um de nós as-sumiu logo seu papel - como de costume.

Chico era o “condenado” a trabalhos for-çados, suando e repetindo esforços. E eu o implacável guarda, com uma vara na mão!

A maneira como eu estava maltratando aquele menino negro era quase digna de um adulto imbuído de preconceito de cor.

Foi quando a nossa preta velha chamou--nos:

- Crianças, venham pôr a minha panela no fogão!

Corremos para a cozinha. A panela esta-va no chão e nós a agarramos com ambas as mãos. Mas com um grito a largamos, perple-xos de que ela nos tivesse mandado pegar uma coisa que - era evidente que sabia - esta-va extremamente quente.

Em seguida, em graves e brandas palavras, tão nítidas e simples, que até hoje as posso escutar, partindo do fundo do tempo, disse--nos assim:

- Ora! Vocês dois se queimaram. Que coi-sa mais engraçada! A cor da pele de vocês é tão diferente, mas a dor que estão sentindo é igual para ambos, não é verdade?

Concordamos que sim. E nunca mais pude me esquecer desse epi-

sódio que, sem dúvida alguma, fez de mim uma pessoa diferente.

Fonte: E para o Resto da Vida, Wallace Leal V. Rodrigues, Editora O Clarim.

Suplemento Infantojuvenil

A Panela

“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”. (Amélia Rodrigues)

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário

infantil e juvenil escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .

Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês:livro infantil:não tenha medo de espíritos, rosângela (esp.) e raul teixeira (médium)editora fráter.

livro Juvenil:o Contador de histórias, malBa tahan, psiCografia: WalaCe f. neves,editora laChâtre.