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REVISTA SEMANAL 86 DE 01-04 A 07-04-2013 BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013

BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

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De 01-04-2013 a 07-04-2013

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REVISTA SEMANAL 86

DE 01-04 A 07-04-2013

BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013

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Revista de Imprensa08-04-2013

1. (PT) - i, 01/04/2013, Três portugueses que perdem o sono para mudar o bairro, o país e o mundo 1

2. (PT) - Correio da Manhã, 01/04/2013, Milhões desviados por offshores 6

3. (PT) - Diário de Notícias, 02/04/2013, Presidente de Chipre suspeito de corrupção 8

4. (PT) - Jornal de Notícias, 03/04/2013, José Luís Oliveira quer multa em vez de pena de prisão 9

5. (PT) - Jornal de Notícias, 03/04/2013, Bárcenas pôs 2,4 milhões na Suíça em quatro anos 10

6. (PT) - Diário Económico, 03/04/2013, Fraudes na Saúde e Segurança Social lesaram o Estado em 30milhões

11

7. (PT) - Visão, 04/04/2013, Ex-donos do BPN continuam com grandes negócios 12

8. (PT) - Público, 04/04/2013, Tribunal rejeita pedido de Vale e Azevedo para afastar juiz 20

9. (PT) - Público, 04/04/2013, Rafael Marques alvo de novo processo de difamação 21

10. (PT) - Público, 04/04/2013, Infanta Cristina foi formalmente acusada no caso de corrupção que envolve omarido

22

11. (PT) - Público, 04/04/2013, Fui usado como arma de arremesso em guerra de media, diz Silva Carvalho 23

12. (PT) - Público, 04/04/2013, Eu até podia ter apresentado muitos mais recursos em tribunal 25

13. (PT) - Jornal de Notícias, 04/04/2013, Autarcas suspeitam de burla com contentores de roupa 26

14. (PT) - i, 04/04/2013, Silva Carvalho confessou à juíza estar arrependido da forma como saiu das secretas 27

15. (PT) - i, 04/04/2013, Relação nega pedido de Vale e Azevedo para afastar juiz 28

16. (PT) - i, 04/04/2013, Isaltino Morais quer prescrição de processo 29

17. (PT) - Diário Económico, 04/04/2013, Hollande anuncia plano contra a corrupção 30

18. (PT) - Diário de Notícias, 04/04/2013, Silva Carvalho justificou salário na Ongoing 31

19. (PT) - Diário de Notícias, 04/04/2013, Para Isaltino pequeno-almoço de Sócrates com Figo foi "caríssimo" 32

20. (PT) - Diário de Notícias, 04/04/2013, Ministro admite fraude fiscal e fragiliza ainda mais Hollande 33

21. (PT) - Diário de Notícias, 04/04/2013, Infanta arguida contra vontade da Procuradoria 35

22. (PT) - Destak, 04/04/2013, Combate à fraude fiscal já rendeu 95 milhões 37

23. (PT) - Destak, 04/04/2013, Ministro admite que coloca dinheiro no estrangeiro 38

24. (PT) - Correio da Manhã, 04/04/2013, Isaltino Morais ataca acusação 39

25. (PT) - Sol, 05/04/2013, Silva Carvalho diz que ´não é culpado de absolutamente nada´ 40

26. (PT) - Sol, 05/04/2013, Fraude de 1,2 milhões em restaurantes 41

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27. (PT) - Sol, 05/04/2013, Cheques de Sócrates descobertos em Quinta 42

28. (PT) - Sol, 05/04/2013, ´Até podia ter apresentado mais recursos´ 45

29. (PT) - Jornal de Notícias, 05/04/2013, Segurança em rede de burlas e lavagem 46

30. (PT) - Jornal de Notícias, 05/04/2013, Ex-diretores da Gerbalis acusados de corrupção 47

31. (PT) - Jornal de Negócios, 05/04/2013, Ministério Público acusa ex-Gebalis de corrupção 48

32. (PT) - Jornal de Negócios, 05/04/2013, Acabaram-se os segredos das ilhas Viagens: falta saber se háportugueses

49

33. (PT) - i, 05/04/2013, Isaltino Morais. As verdades e mentiras da entrevista à RTP 51

34. (PT) - Diário Económico, 05/04/2013, Ministério Público acusa antigos directores da Gebalis de corrupção 52

35. (PT) - Diário Económico, 05/04/2013, Mega-investigação a offshores atinge Hollande 53

36. (PT) - Diário de Notícias, 05/04/2013, Governo espanhol preocupado com acusação contra filha do Rei 54

37. (PT) - Destak, 05/04/2013, Isaltino Morais 55

38. (PT) - Público, 06/04/2013, Relação condena juíza a cinco anos de prisão, com pena suspensa, porbranqueamento de capitais

56

39. (PT) - Público, 06/04/2013, Offshores: paraísos para a criminalidade 57

40. (PT) - i, 06/04/2013, Juíza condenada a pena suspensa no caso da Independente 59

41. (PT) - Expresso - Economia, 06/04/2013, Gestores do Banif arguidos pelo Banco de Portugal 60

42. (PT) - Expresso - Economia, 06/04/2013, África de alto risco para investidores 62

43. (PT) - Expresso, 06/04/2013, Mais 20 meses para investigar «Monte Branco» 63

44. (PT) - Expresso, 06/04/2013, Acusação à infanta Cristina abala confiança no rei 64

45. (PT) - Expresso, 06/04/2013, ´Offshore leaks´ lança o pânico nos paraísos fiscais mundiais 65

46. (PT) - Diário de Notícias, 06/04/2013, Vereador suspeito de falsificar faturas no valor de 300 mil EUR 66

47. (PT) - Diário de Notícias, 06/04/2013, Recurso obriga juiz espanhol a suspender audição com infantaCristina

67

48. (PT) - Diário de Notícias, 06/04/2013, O subintendente, a mulher dele e a corrupção em Cascais 68

49. (PT) - Diário de Notícias, 06/04/2013, Condenada por branqueamento 69

50. (PT) - Diário de Coimbra, 06/04/2013, Juíza foi condenada por branqueamento 70

51. (PT) - Correio da Manhã, 06/04/2013, Pedida nulidade de acusação a 13 polícias 71

52. (PT) - Correio da Manhã, 06/04/2013, Cinco anos de prisão para juíza 72

53. (PT) - Público, 07/04/2013, Envolvimento de Lula da Silva no caso do Mensalão investigado pela justiça 74

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54. (PT) - Diário de Notícias, 07/04/2013, MP brasileiro abre inquérito a Lula por denúncias de Valério 77

55. (PT) - Correio da Manhã, 07/04/2013, Mais provas contra infanta 79

56. (PT) - Correio da Manhã, 07/04/2013, Lula investigado pelo ´Mensalão´ 80

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A1

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

Cores: Cor

Área: 24,39 x 31,84 cm²

Corte: 1 de 5ID: 46921937 01-04-2013

Página 1

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 25

Cores: Cor

Área: 24,66 x 31,72 cm²

Corte: 2 de 5ID: 46921937 01-04-2013

Página 2

Page 7: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 24,00 x 30,39 cm²

Corte: 3 de 5ID: 46921937 01-04-2013

Página 3

Page 8: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 27

Cores: Cor

Área: 24,83 x 30,10 cm²

Corte: 4 de 5ID: 46921937 01-04-2013

Página 4

Page 9: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 16,22 x 3,49 cm²

Corte: 5 de 5ID: 46921937 01-04-2013

Página 5

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A6

Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

Cores: Cor

Área: 21,72 x 30,83 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46922208 01-04-2013

Página 6

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Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 27,01 x 8,40 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46922208 01-04-2013

Página 7

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A8

Tiragem: 41462

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 33

Cores: Cor

Área: 10,80 x 21,75 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46939410 02-04-2013

Página 8

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A9

Tiragem: 91363

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 8,89 x 21,56 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46958633 03-04-2013

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A10

Tiragem: 91363

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 31

Cores: Cor

Área: 22,01 x 20,48 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46958297 03-04-2013

Página 10

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A11

Tiragem: 18166

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 17

Cores: Cor

Área: 27,35 x 14,57 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46957955 03-04-2013

Esquemas de fraude no SNSlevaram à detenção de 34 pessoasno último ano.

Lígia Simõ[email protected]

A cooperação entre os ministériosda Saúde, Segurança Social, Justi-ça e a Polícia Judiciária (PJ) permi-tiu detectar esquemas fraudulen-tos que lesaram o Estado em 30milhões de euros no último ano.As fraudes no Serviço Nacional deSaúde, sobretudo na área da pres-crição de medicamentos, levou àdetenção de 34 pessoas e custouao Estado 25 milhões de euros. Aesta valor juntam-se ainda maiscinco milhões de euros de prejuí-zos causados à Segurança Social.

A revelação foi feita ontem du-rante a apresentação pública dosresultados referentes ao combateà fraude ao SNS, uma iniciativaque, ao fim de um ano, permitiudetectar esquemas fraudulentosorganizados e de grande dimen-são cometidos em todo o país por

profissionais de várias classes.De acordo com José Almeida

Rodrigues, director da Polícia Ju-diciária (PJ), a colaboração entreos ministérios da Saúde e da Justi-ça no combate à fraude na Saúderesultou na detenção de 34 pes-soas e na constituição de 252 ar-guidos, com custos directos de 25milhões de euros. Almeida Rodri-gues destacou ainda que ao longodo último ano foram realizados 43inquéritos, dos quais nove centra-dos em grupos organizados. E dei-xa o alerta: “Esta luta em temposde crise económica é também umimperativo. Para grandes malesgrandes remédios”.

Também a ministra da Justiça,Paula Teixeira da Cruz, aproveitoupara destacar que no âmbito dacolaboração com a PJ, reforçadaem Janeiro de 2012, foram inicia-dos diversos inquéritos e realiza-das várias operações que envolve-ram “um número muito significa-tivo de meios” e “concluídas in-vestigações que deram origem aacusações por parte do Ministério

Público e condenações em tribu-nal”. Também a colaboração entrea PJ e os ministérios da Justiça e daSegurança Social levou à detecçãode “casos de obtenção fraudulentade pensões, subsídios, abonos eregularização de dívida de empre-sas, concessão fraudulenta de re-formas, de abonos a descendentese de subsídios de desemprego, jáinvestigados desde Outubro de2012, que implicaram a realizaçãode 25 buscas e quatro detenções”.Os montantes de prejuízos causa-dos ao ministério liderado por Pe-dro Mota Soares é superior a cincomilhões de euros.

Paula Teixeira da Cruz revelouainda que os resultados do proto-colo de colaboração no combate àfraude no SNS levaram já a uma“substancial” redução de prescri-ção por alguns médicos e das ven-das nalgumas farmácias com im-pactos positivos ao nível da despe-sa do SNS”. O ministro da Saúdeaproveitou para destacar aqui queanualmente a despesa anual doEstado com medicamentos situa-

se nos dois mil milhões de euros“pelo que, qualquer desvio nestaárea, conduz a desvio de recursos,indirectamente mais impostos,contribuindo, no limite, para a in-sustentabilidade do SNS”. PauloMacedo revelou ainda que o refor-ço da cooperação já permitiu sina-lizar e comunicar às entidadescompetentes 80 casos suspeitos,representando mais de 82,5 mi-lhões de euros, a que se somam oscasos comunicados anteriormen-te ultrapassando assim os 100 mi-lhões de euros de valores em fasede análise, investigação e tramita-ção judicial.

O Ministério da Saúde temacompanhado atentamente asoperações desencadeadas pela PJneste período, não só as relativasao medicamento como tambémaos meios complementares dediagnóstico e terapêutica. E pre-tende reforçar o acompanha-mento de outras áreas de riscocomo a dispensa de medicamen-tos em meio hospitalar e cuida-dos respiratórios. ■

Fraudes na Saúde e Segurança Sociallesaram o Estado em 30 milhões

FRAUDES NO SNS

● As operações “RemédioSanto I”, “Remédio Santo II”e “Receitas a Soldo” evitarama 6,6 milhões de fraude.

● As operações “RemédioSanto”, desencadeadas em 2012,resultaram na detenção de 14pessoas ligadas à actividademédica e farmacêutica. Nesteesquema, eram prescritosmedicamentos a doentes quenem sabiam das receitas como Estado a comparticipar váriasvezes as mesmas embalagens.

● Em Fevereiro de 2013, foidesmantelado um gruporesponsável por fraude superiora um milhão de euros, resultandoem cinco detenções. Passavamreceitas falsas de medicamentoscomparticipados pelo Estado.

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A12

Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 20,20 x 27,99 cm²

Corte: 1 de 8ID: 46978241 04-04-2013

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Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 27

Cores: Cor

Área: 20,63 x 26,72 cm²

Corte: 2 de 8ID: 46978241 04-04-2013

Página 13

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Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 20,36 x 26,97 cm²

Corte: 3 de 8ID: 46978241 04-04-2013

Página 14

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Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 29

Cores: Cor

Área: 20,58 x 26,84 cm²

Corte: 4 de 8ID: 46978241 04-04-2013

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Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 30

Cores: Cor

Área: 20,36 x 26,92 cm²

Corte: 5 de 8ID: 46978241 04-04-2013

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Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 31

Cores: Cor

Área: 20,26 x 27,87 cm²

Corte: 6 de 8ID: 46978241 04-04-2013

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Page 22: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 32

Cores: Cor

Área: 20,43 x 27,06 cm²

Corte: 7 de 8ID: 46978241 04-04-2013

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Page 23: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 20,14 x 17,50 cm²

Corte: 8 de 8ID: 46978241 04-04-2013

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A20

Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 4,90 x 8,33 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46977179 04-04-2013

Justiça

Tribunal rejeita pedido de Vale e Azevedo para afastar juizO Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou o pedido de Vale e Azevedo para afastamento do juiz que preside ao colectivo do julgamento em que o antigo presidente do Benfica é acusado de peculato e branqueamento de capitais.A Relação entendeu que a defesa de Vale e Azevedo teve “um erro de entendimento” sobre a actuação do juiz José Manuel Barata, que preside ao julgamento.

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A21

Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

Cores: Cor

Área: 5,17 x 9,06 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46977354 04-04-2013

Angola

Rafael Marques alvo de novo processode difamaçãoO activista e jornalista angolano Rafael Marques foi ontem constituído arguido em Luanda, num processo de difamação movido pelos gestores de uma sociedade mineira, na sequência da publicação do livro Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola. O mesmo livro levou nove generais a apresentarem uma queixa-crime “por difamação e injúria” em Portugal contra Marques e a editora Tinta da China, entretanto arquivada pelo Ministério Público.

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A22

Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 21

Cores: Cor

Área: 10,70 x 30,02 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46977334 04-04-2013

A infanta Cristina

O juiz responsável pela instrução do

caso Nóos, relacionado com a apro-

priação indevida de fundos públicos

por parte de Iñaki Urdangarin, genro

do rei de Espanha, e do seu ex-sócio

Diego Torres, constituiu ontem como

arguida a infanta Cristina, mulher de

Urdangarin.

A fi lha do rei, Cristina Federica de

Borbón y Grecia, deverá prestar de-

clarações no tribunal de Palma de

Maiorca no dia 27 de Abril, na quali-

dade de co-proprietária da empresa

Aizónn e dirigente do Instituto Nóos.

Um porta-voz da Casa Real, questio-

nado sobre a acusação da infanta

Cristina, limitou-se a declarar: “Não

comentamos decisões judiciais”.

O El Pais recordava ontem que esta

decisão acontece depois de Diego

Torres ter entregado ao juiz José Cas-

tro a sétima remessa de mensagens

de correio electrónico, cujo conte-

údo o ex-sócio de Urdangarin espe-

ra que demonstre que Juan Carlos

conhecia e apoiava os negócios do

duque de Palma. Urdangarin tentou,

sem sucesso, que estes emails fossem

retirados do caso.

Torres, que se tornou inimigo jura-

do de Urdangarin depois de ter sido

aberta uma investigação contra os

dois, tem vindo a disponibilizar ao

longo do último ano uma série de

mensagens electrónicas com o objec-

tivo de demonstrar o envolvimento

da infanta nos negócios do Nóos.

Até agora, o magistrado e a Procu-

Infanta Cristina foi formalmente acusada no caso de corrupção que envolve o marido

radoria tinham recusado acusar a in-

fanta, por considerar que, apesar de

esta fazer parte da direcção do Insti-

tuto Nóos, não tinha participado na

tomada de decisões. As centenas de

emails que Torres copiou dos compu-

tadores do Nóos e entregou às auto-

ridades destinavam-se a demonstrar

o contrário e provar, inclusive, o en-

volvimento de Juan Carlos.

O Nóos era uma instituição sem

fi ns lucrativos criada em 1999 e que

iniciou a sua actividade em 2003,

quando Urdangarin foi nomeado

seu presidente. Por trás de uma

fachada de promoção do turismo,

cultura e desporto, o Instituto Nóos

benefi ciou de contratos milionários

com os governos das ilhas baleares

e a Comunidade Valenciana, ambos

nas mãos do Partido Popular. Grande

parte dos quase seis milhões de eu-

ros que o Nóos conseguiu dos cofres

públicos entre 2004 e 2006 acabou

nas contas bancárias de empresas

privadas que eram propriedade de

Urdangarin e Diego Torres.

A herança do reiNum desenvolvimento paralelo, o

Partido Socialista, principal força da

oposição, anunciou que vai pedir ao

Governo de Mariano Rajoy (PP) um

esclarecimento sobre se o rei Juan

Carlos tem ou não contas a ajustar

com o fi sco, depois de o jornal El

Mundo ter revelado que este tinha

recebido mais de dois milhões de eu-

ros de herança a seguir à morte do

seu pai. Os socialistas querem saber

se o soberano declarou, ou não, essa

quantia às Finanças.

Outros pequenos partidos já apre-

sentaram requerimentos escritos no

Parlamento após a publicação no do-

mingo de informações “inéditas” so-

bre uma possível herança deixada

pelo rei Juan, pai de Juan Carlos, que

morreu no dia 1 de Abril de 1993.

No total, e segundo o El Mundo, o

pai do monarca terá deixado à sua fa-

mília 1,1 mil milhões de pesetas (cerca

de 6,6 milhões de euros), divididos

em três contas da Suíça, onde a famí-

lia real viveu vários anos, e inúmeros

bens imobiliários. O rei Juan Carlos

terá recebido 375 milhões de pesetas

(cerca de 2,2 milhões de euros). “São

dados inéditos e históricos”, escre-

veu o El Mundo. “Contrariamente

àquilo que foi escrito até agora, o

pai do rei não deixou uma herança

modesta”.

A Casa Real, que tenta fazer face

ao escândalo Nóos, apressou-se a

anunciar que vai “procurar infor-

mações” e que as tornará públicas

assim que possível.

Espanha

Filha do rei Juan Carlos vai depor a 27 de Abril perante o juiz responsável pelo caso Nóos

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A23

Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 26,92 x 30,75 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46977214 04-04-2013

“Fui usado como arma de arremesso” em guerra de media, diz Silva Carvalho

RUI GAUDÊNCIO

Jorge Silva Carvalho foi ontem ouvido no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa no âmbito do chamado caso das secretas

O antigo director do Serviço de In-

formações Estratégicas de Defesa

(SIED), Jorge Silva Carvalho, acusa-

do dos crimes de acesso indevido

a dados pessoais, abuso de poder,

corrupção passiva para acto ilícito

e violação do segredo de Estado no

chamado caso das secretas, disse

ontem à saída do tribunal que foi

usado como “arma de arremesso pa-

ra atingir terceiras pessoas” numa

“guerra entre grupos de media”.

“Não me sinto culpado de abso-

lutamente nada”, declarou no fi nal

da sua primeira audiência no Tri-

bunal de Instrução Criminal de Lis-

boa, onde se decidirá se é ou não

levado a julgamento para responder

pelos crimes de que foi acusado pe-

lo Ministério Público. Para o antigo

superespião, o caso das secretas

nada mais é do que “um processo

baseado em desinformação, alguma

demagogia e má-fé”.

“Não diria que é um processo po-

lítico, mas um processo de políticas,

uma coligação negativa de interesses

e de confl itos políticos e empresa-

riais”, acrescentou. A sua inquirição

acontece dias depois de ter volta-

do ao serviço do Estado, através de

um despacho governamental que

determinou a sua inclusão no qua-

dro de pessoal da secretaria-geral

da presidência do Conselho de Mi-

nistros. Jorge Silva Carvalho pediu

a exoneração do cargo de director

do SIED a 8 de Novembro de 2010,

tendo iniciado funções em Janeiro

de 2011 na Ongoing, onde esteve cer-

ca de um ano.

Segundo concluiu o Ministério

Público no despacho de acusação,

foi precisamente para impressionar

o presidente da Ongoing, Nuno Vas-

concellos, com quem negociava na

altura a sua entrada na empresa,

que o director do SIED procedeu a

várias operações de espionagem de

legalidade muito duvidosa. Os servi-

ços secretos terão sido usados para

obter informações sobre empresá-

rios russos com quem a Ongoing

queria fazer uma parceria destina-

da à construção de infra-estruturas

num porto grego. “Agiu de modo a

provar ao presidente do grupo On-

going que podia obter, através do

Serviço de Informações da Repú-

como companheira uma empregada

da Optimus para aceder indevida-

mente à facturação detalhada do te-

lemóvel de Nuno Simas, e portanto

à sua lista de chamadas telefónicas.

A lista foi entregue no mesmo dia

a Silva Carvalho, que confrontou

agentes do SIED com o facto de os

seus números de telemóvel consta-

rem desse rol. Na altura em que Silva

Carvalho passa para a Ongoing já lá

trabalha outro ex-expião, que, tal

como ele e um terceiro elemento do

grupo partilha encontros e jantares

na Grande Loja Legal de Portugal,

organização maçónica.

A audição de ontem de Silva Car-

valho aconteceu à porta fechada e

condicionada pelo facto de o ex-di-

rector do SIED continuar vinculado

ao segredo de Estado. “Infelizmente

as limitações a que estou submetido

impedem o cabal esclarecimento da

opinião pública”, lamentou. O argui-

blica, informação relevante para os

respectivos interesses particulares”,

refere o despacho de acusação, da

procuradora Teresa Almeida.

Igualmente constituído arguido

neste processo, Nuno Vasconcellos

poderá vir a responder por corrup-

ção activa para acto ilícito, na forma

consumada. O terceiro arguido é o

ex-director operacional do SIED João

Luís, suspeito dos crimes de acesso

ilegítimo agravado e abuso de poder

por ter, às ordens de Silva Carvalho,

espiado o então jornalista do PÚBLI-

CO Nuno Simas. O superespião esta-

va interessado em saber quais eram,

nas secretas, as fontes de informa-

ção do jornalista, que nesse Verão

de 2010 andava a publicar noticiário

sobre o mal-estar causado por mu-

danças de espiões e dirigentes nos

serviços de informações.

João Luís socorreu-se por seu tur-

no de um subordinado seu que tinha

do havia pedido o levantamento do

segredo de Estado, mas o primeiro-

ministro recusou-lho.

Questionado sobre se se mantém

de pé a acção que Silva Carvalho

desencadeou contra o Estado ago-

ra que já foi reintegrado na presi-

dência do Conselho de Ministros,

como pretendia, o advogado do ex-

espião, João Medeiros, disse que o

despacho que permite o regresso do

seu cliente a funções públicas “não

dá resposta” à sua exigência de pa-

gamento de retroactivos, pelo que

ainda vai ponderar essa questão. Já

o antigo responsável pelo Serviço de

Informações Estratégicas de Defesa

admitiu não fazer “a mínima ideia”

sobre as funções que lhe vão ago-

ra ser atribuídas. “Para mim o vín-

culo à presidência do Conselho de

Ministros é natural. Já tinha tratado

disso antes de ir para a Ongoing”,

esclareceu.

Antigo superespião foi ontem ouvido no Tribunal de Instrução Criminal. Recaem sobre ele suspeitasde corrupção passiva, acesso indevido a dados pessoais, abuso de poder e violação de segredo de Estado

JustiçaAna Henriques

“Para mim o vínculo à presidência do Conselho de Ministros é natural. Já tinha tratado disso antes de ir para a Ongoing”

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Page 28: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 48

Cores: Cor

Área: 10,34 x 3,69 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46977214 04-04-2013

O antigo superespião Jorge Silva Carvalho foi ontem ouvido em tribunal p12

“Fui usado como arma de arremesso” em guerra de media

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Page 29: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A25

Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 15,73 x 30,19 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46977204 04-04-2013RUI GAUDÊNCIO

Isaltino Morais apresentou até agora 44 recursos das sentenças que o condenaram a prisão efectiva

Numa entrevista ao programa De Ca-

ras, da RTP, o presidente da Câmara

de Oeiras, Isaltino Morais, quebrou

ontem um silêncio de anos sobre os

seus processos em tribunal para di-

zer que “até podia ter apresentado

muitos mais recursos” das senten-

ças que o condenaram do que os

44 que, efectivamente, entregou.

Folheando o rol de documentos

que levou consigo para o estúdio

televisivo, Isaltino Morais insistiu

ontem à noite na ideia de que não é

corrupto, ao contrário do que que-

rem fazer querer “alguns órgãos de

comunicação social e alguns comen-

tadores”, que o têm “achincalhado”.

“A justiça portuguesa ilibou-me”,

declarou, apesar da condenação a

dois anos de prisão efectiva que en-

frenta ainda por fraude fi scal e bran-

queamento de capitais. Questiona-

do sobre este facto, o presidente da

Câmara de Oeiras alegou que “a lei

não foi aplicada”.

“Houve um erro judiciário que

pode ser corrigido. Mas a pressão

“Eu até podia ter apresentado muitos mais recursos em tribunal”

mediática é tanta que os juízes difi -

cilmente conseguem analisar o pro-

cesso com a imparcialidade que se

impõe”. Os dois anos a que acabou

por admitir num momento posterior

da entrevista ter sido sentenciado

constituem, no seu entender, uma

decisão inédita na justiça portu-

guesa. O autarca referia-se ao facto

de as penas de cadeia inferiores a

cinco anos serem habitualmente

suspensas pelos juízes quando o

condenado não tem cadastro e está

bem integrado na sociedade, como

é o caso. “Não há nenhum caso co-

mo este em Portugal com uma pe-

na destas”, repetiu. Para Isaltino, as

delongas de todo o processo foram

causadas não pelos seus recursos,

mas pelo comportamento dos juízes,

que “quando perceberam que ele

podia prescrever mandaram cada

questão para um tribunal diferente,

para queimarem tempo e evitarem

a prescrição”.

Terrorismo políticoQuanto aos custos que para ele tem

tido esta saga judicial, Isaltino Mo-

rais não abriu muito o jogo. “Não te-

nho muito dinheiro”, começou por

dizer. “Para [continuar a] pagar aos

advogados pedi um empréstimo de

125 mil euros ao Banco Espírito San-

to. Já gastei muito mais do que isso”.

O autarca vê-se como “alvo de terro-

rismo cívico e político” por parte de

parte de alguns jornalistas, apesar

de “sempre ter andado pela área do

Direito e de ter sido magistrado do

Ministério Público”.

“Se fosse um cidadão normal, já

teria sido inocentado”, observou. “A

lei aplica-se a toda a gente menos

a mim”.

Acusado dos crimes de corrupção,

participação económica em negó-

cio e abuso de poder, dos quais mais

tarde foi ilibado, o presidente da Câ-

mara de Oeiras chegou a ser detido,

mas apenas por 23 horas, no ano de

2011. Dessa experiência falou sem

rodeios: “Esse dia tirou-me anos de

vida. Não acreditamos no que nos

está a acontecer — é um sofrimento

muito grande, um desespero. É o céu

que nos cai em cima. Ninguém está

preparado psicologicamente para

isso”.

Negando ter fugido ao fi sco, Isal-

tino Morais puxou dos galões quan-

do falou da evolução do concelho de

Oeiras, que o reelegeu já depois da

sua condenação. “Tem a mais baixa

taxa de desemprego a nível nacional

e atingiu patamares de desenvolvi-

mento únicos no país”, sublinhou.

Fora do concelho, sabe que o seu

futuro político se esgotou há muito.

“Cortaram-me as pernas. Alguém

amputou a minha carreira política”,

queixou-se. “Sistematicamente, fala-

se na comunicação social de corrup-

ção. E quem é o corrupto? O Isaltino.

Querem que eu seja o rosto da cor-

rupção política”, sublinhou.

AutarquiasAna Henriques

Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, diz que teve de contrair empréstimo de 125 mil euros para pagar advogados

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Page 30: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A26

Tiragem: 91363

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

Cores: Preto e Branco

Área: 18,03 x 23,91 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46978275 04-04-2013

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Page 31: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A27

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

Cores: Cor

Área: 24,69 x 30,24 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46977563 04-04-2013

Página 27

Page 32: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A28

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 4,56 x 7,16 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46977427 04-04-2013

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Page 33: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A29

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 4,88 x 28,40 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46977422 04-04-2013

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A30

Tiragem: 18166

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 19

Cores: Cor

Área: 15,68 x 4,54 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46977355 04-04-2013

Hollande anuncia plano contra a corrupçãoOs eleitos para cargos públicos em França vão passar a divulgar as contasbancárias. Esta é uma das medidas ontem anunciadas pelo presidentefrancês, depois do ex-ministro do Orçamento, Jèrôme Cahuzac, ter admitidoque teve uma conta secreta na Suíça. François Hollande classificou o actode “falta moral imperdoável” e de um “ultraje para a República”. Cahuzacfoi ontem expulso do partido socialista, antes de ser filtrado que a conta teriasido aberta por um próximo da líder da extrema-direita, Marine Le Pen.

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A31

Tiragem: 41462

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 16,14 x 33,15 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46977849 04-04-2013

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Page 36: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A32

Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 18

Cores: Cor

Área: 21,26 x 21,12 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46978010 04-04-2013

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Page 37: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A33

Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Preto e Branco

Área: 20,88 x 23,76 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46978067 04-04-2013

Página 33

Page 38: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 13,04 x 4,18 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46978067 04-04-2013

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A35

Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

Cores: Cor

Área: 27,13 x 32,50 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46978009 04-04-2013

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Page 40: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 12,47 x 4,39 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46978009 04-04-2013

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A37

Tiragem: 135000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 5,15 x 4,42 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46979662 04-04-2013FINANÇAS

Combate à fraude fiscaljá rendeu 95 milhõesO secretário de Estado da Solidarie-dade e da Segurança Social, MarcoAntónio Costa, disse ontem noParlamento que o Governo jáarrecadou este ano mais de 95milhões de euros em receita relativasao combate à fraude contributiva.

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A38

Tiragem: 135000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 10,77 x 11,72 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46979707 04-04-2013

FRANÇA

Ministro admite que colocadinheiro no estrangeiro

Jérôme Cahuzac, ex-ministro doOrçamento francês acusado de

fraude fiscal, admitiu em tribunal teruma conta secreta no estrangeiro

há 20 anos. O presidente francêse o seu primeiro-ministro reforçaramontem nada saber sobre o assunto.

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A39

Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 17

Cores: Cor

Área: 15,85 x 24,39 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46978567 04-04-2013

Página 39

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A40

Tiragem: 50017

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 54

Cores: Cor

Área: 10,14 x 11,41 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46998519 05-04-2013

Página 40

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A41

Tiragem: 53436

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 21

Cores: Cor

Área: 27,11 x 28,11 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46998363 05-04-2013

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A42

Tiragem: 53436

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 18

Cores: Cor

Área: 27,30 x 30,36 cm²

Corte: 1 de 3ID: 46998319 05-04-2013

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Page 47: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 53436

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

Cores: Cor

Área: 27,14 x 28,50 cm²

Corte: 2 de 3ID: 46998319 05-04-2013

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Page 48: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 53436

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 19,25 x 13,23 cm²

Corte: 3 de 3ID: 46998319 05-04-2013

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A45

Tiragem: 50017

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 54

Cores: Cor

Área: 5,10 x 11,34 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46998527 05-04-2013

Página 45

Page 50: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A46

Tiragem: 91108

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 17

Cores: Cor

Área: 13,15 x 8,98 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46997275 05-04-2013

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Page 51: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A47

Tiragem: 91108

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 40

Cores: Cor

Área: 4,59 x 14,59 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46997215 05-04-2013

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Page 52: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A48

Tiragem: 15528

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 33

Cores: Cor

Área: 5,07 x 10,65 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46996935 05-04-2013

Página 48

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A49

Tiragem: 15528

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 32

Cores: Cor

Área: 21,29 x 33,44 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46996915 05-04-2013

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Page 54: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 15528

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 2

Cores: Cor

Área: 5,34 x 4,46 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46996915 05-04-2013

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Page 55: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A51

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 24,44 x 32,41 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46996929 05-04-2013

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Page 56: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A52

Tiragem: 18056

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 18

Cores: Cor

Área: 9,90 x 4,74 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46996586 05-04-2013JUSTIÇA

Ministério Público acusa antigosdirectores da Gebalis de corrupçãoO Ministério Público acusou cinco antigos trabalhadores da empresamunicipal Gebalis, com responsabilidades de direcção, de crimes decorrupção, participação em negócio e falsificação de documentos.Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, “alguns dos arguidoscom responsabilidades de direcção na Gebalis desenvolveram váriasempreitadas de obras da nova sede desta empresa municipal, emviolação de todas as regras para os concursos públicos”.

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A53

Tiragem: 18056

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 26,80 x 31,67 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46996505 05-04-2013

Pedro Duarte e Gisa [email protected]

O presidente francês, FrançoisHollande, acaba de ser mais umavez envolvido na rede dos ‘offsho-res’, que jurou combater durante oseu mandato. Uma semana após ademissão forçada do ministro doorçamento, Jèrôme Cahuzac, –que primeiro alegou inocênciamas depois admitiu que tinha umaconta ilegal na Suíça há 20 anos –,ontem o Eliseu ficou a saber que oex-tesoureiro da campanha presi-dencial socialista tem fundos nasIlhas Caimão. Jean-Jacques Au-gier é um dos desconhecidos quemaiores ondas de choque está aprovocar depois do seu nome tersurgido, ontem, na investigaçãodo consórcio de jornalistas de in-vestigação (ICIJ) sobre os negóciosem ‘offshore’.

“Não estamos a assistir a peri-pécias políticas. Com estes casos,François Hollande está prestes atransformar-se numa espécie de‘chefe de clã’”, denunciou Jean-François Copé, líder do maior par-tido da oposição, a UMP. Entre ossocialistas, o desânimo é claro. “ARepública vacila com estes escân-dalos. Uma remodelação é inevi-tável”, lamentou o deputado so-cialista Olivier Favre.

Poucos dias depois de Bruxelasdetonar o ‘paraíso fiscal’ cipriota,em troca de um resgate, a investi-gação jornalística do ICIJ mostraque as transacções com centros‘offshore’ estão cada vez menos asalvo de olhares indiscretos, e dofisco. “Queremos ter um impactopolítico, mas não necessariamen-te a queda de governos. É precisomais transparência”, disse ao Diá-rio Económico, Bill Buzenberg,director do Centro para a Integri-dade Pública de Washington, aoqual pertence o ICIJ.

O consórcio começou ontem apublicar vários artigos, em queidentifica o método de políticos,financeiros, artistas ou trafican-tes para iludir, na maior parte dasvezes, a máquina fiscal dos res-pectivos países. Por exemplo, sóquatro das 107 contas ‘offshores’detectadas pelo ICIJ estavam re-gistadas nas Finanças gregas. Oconsórcio aponta ainda o dedo“aos bancos de topo”, como oUBS e Deutsche Bank, que “tra-balharam de forma agressivapara manter as actividades dosclientes sobre segredo”.

Cerca de 2,5 milhões de fichei-ros, filtrados para as mãos do con-sórcio, passam em revista os ne-gócios nas ilhas Virgens Britânicas(sob a soberania de Londres), as

ilhas Cook, no Pacífico, e outrosparaísos fiscais durante os últimos30 anos. “Ainda não chegámos aosdocumentos de Portugal”, avançaBuzenberg.

A lista de nomes de políticos,ainda no poder, inclui o presiden-te do Azerbeijão, Ilham Aliyev, ouo primeiro-ministro da Geórgia,Bidzina Ivanishvili. A governadoraMaria Imelda Marcos, filha do ex-ditador filipino, consta tambémda lista de notáveis com uma em-presa – Sintra – com sede nas ilhasVirgens Britânicas. E os dois filhosdo ex-presidente colombiano, Al-varo Uribe, também parecem no‘offshore’ britânico. Já as figurastailandesas têm uma estreita rela-ção, em vários casos, com perso-nalidades africanas. É o caso daex-mulher do líder depostoThaksin Shinawatra, que terá la-ços com Robert Mugabe. E o ir-mão dela terá criado um ‘offsho-re’, em 2008, com o general ango-lano Ernesto Guerra Pires.

“Iremos divulgar coisas duran-te todo o ano”, garantiu Bu-zenberg. O arquivo do ICIJ sobre‘offshores’, que dizem ser uma“zona de impunidade”, tem umadimensão “160 vezes maior” que afuga da Wikileaks com os docu-mentos secretos da diplomaciados EUA em 2010. ■

O presidente francês recebeu ontem o segundo choque numa semana: depoisda conta ilegal de um ministro na Suíça, o seu tesoureiro tem fundos nas Caimão.

FACES DAS ‘OFFSHORES’

Jean-Jacques AugierEx-tesoureiro de Hollande

O gestor da campanhapresidencial de FrançoisHollande é accionista emduas sociedades ‘offshore’nas ilhas Caimão, atravésda sociedade InternationalBookstores. Augier afirmaque “nada é ilegal”.

As ilhas Virgens Britânicas, nasCaraíbas, são um dos principais

‘esconderijos’ offshore.

Gavin Hellier/JAI/Corbis/VMI

Olga ShuvalovaMulher do vice-PM russo

A antiga actriz, cujo maridoé o ministro das Finançasrusso, é proprietária dos‘offshore’ Plato Manage-ment e da Severin Entrerpri-ses, cujas subsidiárias têmsido acusadas de fraude.

Thyssen-BornemiszaBaronesa espanhola

A viúva do magnatado aço detém duasempresas nas ilhas Cook. Oadvogado admite que teve“benefícios fiscais”, masque o ‘offshore’ permite“maior flexibilidade” paracomprar e transferir asobras de arte. Quando com-prou um Van Gogh (“Moinhode água em Gennep”),à Sotheby’s e Christie’susou estas sociedades.

Ilham AliyevPresidente do Azerbeijão

As duas filhas de Aliyevdetêm três ‘offshores’, to-das geridas pelo empresá-rio Hassan Gozal, cujaempresa de construçãoganhou vários contratosno país. O presidentee a mulher têm em seunome mais um ‘offshore’.

EMPRESAS

120.000O ICIJ investigou 120 mil empresasoffshore, de 170 países, e também140 mil pessoas que incluempolíticos, artistas, financeiros,oligarcas e traficantes de armas.

86 jornalistasDurante 15 meses, um consórciode 86 jornalistas de 46 países –nenhum português – trabalharamos dados. BBC, Washington Post,Süddeutsche Zeitung, Guardian eLe Monde participaram na maiorinvestigação jornalística mundial.

INVESTIGAÇÃO

2,5 milhõesde documentos completam ainvestigação a centros ‘offshore’,com destaque para as Ilhas VirgensBritânicas, ilhas Cook, entreoutros paraísos fiscais.

DOCUMENTOS

“Não sei de nadadas actividadespessoais do meuex-tesoureiro. Seviolam a lei, peço àadministraçãofiscal que trate doassunto”, afirmouo presidenteFrançois Hollande.

“Vamos investigaras alegaçõesespecífícas. Se fornecessário tomaracção contra elas,não teremos medode avançar”, disseVince Cable,ministro britânicodos negócios.

“Não podem existirexcepçõesindividuais, deempresas ou deterceiros paísesque evadem aofisco”, disse ontemo porta-voz daComissão, lideradapor Durão Barroso.

Mega-investigação a‘offshores’ atinge Hollande

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Page 58: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A54

Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 26,51 x 11,50 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46996893 05-04-2013

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Page 59: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A55

Tiragem: 135000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 6,77 x 7,41 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46997697 05-04-2013

IsaltinoMoraisreiterou ontem que o processo no

qual foi condenado pelos crimes defraude fiscal e branqueamento de

capitais é «um equívoco». O autarcade Oeiras disse ainda que «até podia

ter apresentado muitos mais recursosem tribunal», sendo

que já apresentouaté agora 44

recursos.

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A56

Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

Cores: Cor

Área: 10,85 x 13,74 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47019637 06-04-2013

Isabel Magalhães, ex-mulher do vice-

reitor da Universidade Independente

(UnI), estava acusada de esconder

património obtido com dinheiro sub-

traído à universidade. O Tribunal da

Relação de Lisboa condenou ontem a

juíza Isabel Magalhães, ex-mulher do

vice-reitor da UnI Rui Verde, a cinco

anos de prisão com pena suspensa,

pelo crime de branqueamento de

capitais.

Isabel Pinto Magalhães, que já se

divorciou do ex-vice-reitor da UnI,

foi acusada pelo Ministério Público

de branqueamento de capitais e fal-

sifi cação de documentos, num caso

relacionado com a dissipação do pa-

trimónio que o casal adquiriu com

dinheiro subtraído à universidade,

extinta na sequência do escândalo

de gestão e funcionamento.

A juíza admitiu, em julgamento, ter

Relação condena juíza a cinco anos de prisão, com pena suspensa, por branqueamento de capitais

colocado bens em nome de familiares

e de ter sido depositado dinheiro da

venda de imóveis na conta do irmão,

incluindo o que resultou da aliena-

ção de uma casa que o casal possuía

em Espanha, mas negou qualquer

intenção de branquear capitais.

Rui Verde é arguido no processo

principal da UnI, com outras duas

dezenas de arguidos, num caso que

envolve ainda o alegado accionista

maioritário da extinta universidade,

Amadeu Lima de Carvalho, e o antigo

reitor Luís Arouca. Este julgamento,

que já estava em fase de alegações

fi nais, vai ter de ser repetido, por

causa da morte, no Verão passado,

da juíza Ana Wiborg, que integrava

o colectivo de juízes.

Os arguidos do processo principal

respondem por crimes de associa-

ção criminosa, fraude fi scal, abuso

de confi ança, falsifi cação, corrupção

e branqueamento, entre outros ilíci-

tos graves.

Justiça

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Page 61: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A57

Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 54

Cores: Cor

Área: 13,96 x 30,97 cm²

Corte: 1 de 2ID: 47019776 06-04-2013

Offshores: paraísos para a criminalidade

Ainvestigação levada a cabo

pelo International Consortium

of Investigative Journalism,

anteontem conhecida, vem

permitir a exposição pública de

indivíduos e entidades que têm

vindo a guardar em paraísos

fi scais capitais que sonegam ao

controlo dos estados, valendo-se

de garantias de confi dencialidade

e anonimato. Lusos benefi ciários do BPN,

BPP, submarinos, PPP, rendas excessivas

e todos esquemas de corrupção, evasão

fi scal e esbulho do Estado, cuidem-se! Não

vão mais poder continuar a contar com o

secretismo dos vossos esquemas off shore

para obstruir a Justiça.

Os paraísos fi scais, ou jurisdições off shore,

constituem um dos maiores desafi os

contemporâneos às democracias e ao

Estado de Direito. É nelas que os corruptos,

redes de criminalidade organizada e

organizações terroristas escondem os

proveitos do crime e fi nanciam operações

ilícitas; é nelas que ricos e poderosos

depositam fortunas para fugir ao fi sco e

subtrair aos erários públicos importantes

contribuições para fomentar o emprego e

fi nanciar o Estado social; é também nelas

que grandes empresas estão sediadas para

fugirem às obrigações fi scais nos países

onde auferem lucros e para manipularem

preços nas transferências de bens e serviços

entre subsidiárias, aproveitando-se de

regimes fi scais altamente favoráveis.

A rede off shore mundial favorece

as crescentes desigualdades entre as

populações, desvia fundos do investimento

na economia, contribui para a concentração

de poder nas mãos de oligarquias, protege

as ditaduras cleptomaníacas, está na origem

de graves violações de direitos humanos,

desafi a a segurança dos povos e dos

Estados, ameaça a estabilidade fi nanceira

e económica, estimula a corrupção e

perpetua o subdesenvolvimento nos países

do Sul — de longe, os mais afectados pela

fuga ilícita de capitais.

Conscientes deste fenómeno, os líderes

do G20 reuniram-se em Londres em

2009, no pico da crise fi nanceira global, e

ameaçaram os paraísos fi scais com sanções

internacionais, caso não facultassem

informação sobre benefi ciários de contas

bancárias nas suas jurisdições. Apesar da

teia de acordos bilaterais entre Estados

que se criou a partir de então, o secretismo

bancário não cessou. As condições

impostas para troca de informações nestes

acordos impossibilitam um acesso efi caz à

informação, impondo obstáculos difíceis

de ultrapassar para as administrações

fi scais e investigadores judiciais dos Estados

requerentes. Por outro lado, muitas destas

jurisdições nem sequer têm a informação

sobre os benefi ciários efectivos das contas

— porque se dispensam de a requerer

legalmente.

O que é preciso fazer, então? É preciso que

muitos países ricos, como o Reino Unido,

a Holanda, o Luxemburgo e os Estados

Unidos reconheçam que eles próprios são,

ou mantêm na sua jurisdição, estruturas

off shore com autonomia, como é o caso

da City de Londres no Reino Unido, ou o

Estado de Delaware nos EUA. E que acabem

internamente com os mecanismos legais que

permitem a manutenção dessas estruturas.

Accionar a vontade política neste sentido

é muito difícil: são as estruturas poderosas

que benefi ciam dos regimes off shore que

fi nanciam (legal ou ilegalmente) campanhas

dos partidos políticos e capturam políticos e

governantes para patrocinarem a legalização

e preservação de regimes fi scais relaxados

— como é o caso da obscena amnistia

fi scal consagrada no OE 2012 ao abrigo do

chamado RERT III

(regime especial

de regularização

tributária), proposto

pelo Governo de

Passos Coelho e

aprovada pela AR,

com a bênção da

troika...

Por outro lado,

o regime off shore

originou uma tal

concentração

da economia na

actividade fi nanceira

em certos países,

que a desmontagem

desse regime levaria

ao colapso — veja-

se Chipre — ou

a consideráveis

perdas na actividade

económica que os responsáveis políticos não

querem enfrentar. Este é um dos factores que

explicam a acérrima defesa pelo Governo

britânico da City de Londres, não obstante

a acusação generalizada de que é o maior

centro de lavagem de dinheiro de mundo.

Acresce que o regime off shore mundial

não seria sustentável sem a participação

de tantos intermediários económicos, bem

pagos em países ricos e pobres — bancos,

sociedades de advogados, contabilistas,

consultoras, lobistas —, que trabalham para

fornecer aos clientes as entidades fi ctícias e

estruturas fraudulentas para manterem os

seus pecúlios em refúgios off shore, sob total

sigilo e impunidade.

A crise económica torna imperativo

que asseguremos aos cidadãos que os

pesados sacrifícios que lhes são impostos,

especialmente nos países sob programa

de resgate fi nanceiro, são acompanhados

de um esforço sério na luta contra a

corrupção, a fraude e evasão fi scal. Mas é

É preciso que acabem os mecanismos legais que permitem a manutenção dos off shores

Debate Paraísos fiscaisAna Gomes

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Page 62: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 55

Cores: Cor

Área: 6,80 x 26,50 cm²

Corte: 2 de 2ID: 47019776 06-04-2013precisa pressão social e política por parte da

maioria da população, a mais prejudicada,

para exigir aos governos e às elites políticas

e económicas que assumam as suas

responsabilidades e executem as reformas

fi nanceiras, fi scais e judiciais necessárias

para garantir maior transparência e efi cácia

à governação económica.

Algumas importantes mudanças já estão

em curso — o Conselho da UE acaba de

acordar num regime de declaração fi scal

que obriga os bancos a declarar pagamentos

efectuados por eles ou de subsidiários país

por país, e não de forma agregada, como

tem sido prática favorecedora da opacidade.

Este regime de declaração — imposto pelo

Parlamento Europeu e pressionado por uma

extraordinária campanha desencadeada

na sociedade civil a nível europeu — poderá

ser estendido a multinacionais de vários

sectores (como as indústrias extractivas),

tornando-se num instrumento de acesso à

informação, de combate à evasão fi scal e de

luta anticorrupção globalmente. Por outro

lado, a OCDE tem de continuar a pressionar

os seus membros para concluírem tratados

de troca automática de informação bancária,

sem justifi cação ou investigação criminal

prévia. Tal padrão já se encontra em vigor,

com resultados positivos, na UE, estando

porém o aperfeiçoamento desse regime e o

seu alargamento à Suíça bloqueado (não por

acaso)... pela Áustria e Luxemburgo.

Acompanhando a troca de informação

automática, cabe à UE impor que todos

os detentores reais de empresas sejam

facilmente identifi cáveis em registos

públicos e que apliquem esse padrão em

países terceiros, bloqueando transacções

fi nanceiras com jurisdições que nem sequer

requerem o conhecimento por parte da

entidade fi nanceira dos detentores reais das

contas bancárias. Os Estados Unidos, com o

regime FATCA, já avançaram neste sentido.

A prazo, o paradigma da tributação

internacional deve parar de assentar nas

estruturas montadas pelas multinacionais

desagregadas em empresas subsidiárias (para

evitarem impostos e desviarem os lucros

para off shores) e mudar para a tributação

unitária — em que cada empresa paga o

imposto relativo à actividade económica

genuína que leva a cabo e paga-o onde essa

actividade se realiza efectivamente.

Para que isto aconteça, na UE e a nível

global, é preciso mobilização cívica. Os

cidadãos, especialmente os que vivem

em democracia, não podem resignar-se e

deixar andar: têm de apoiar as organizações

da sociedade civil que exigem a revolução

de transparência de que necessitamos a

nível global. Nós — os tais 98% — só temos

a ganhar com o fi m do secretismo e com o

controlo dos paraísos fi scais.

Eurodeputada pelo PS, membro da Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu

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Page 63: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A59

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 56

Cores: Cor

Área: 5,51 x 6,45 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47020568 06-04-2013

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Page 64: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A60

Tiragem: 111475

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Preto e Branco

Área: 10,65 x 34,76 cm²

Corte: 1 de 2ID: 47020046 06-04-2013 | Economia

Página 60

Page 65: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 111475

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,32 x 4,12 cm²

Corte: 2 de 2ID: 47020046 06-04-2013 | Economia

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Page 66: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A62

Tiragem: 111475

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 21

Cores: Cor

Área: 29,81 x 16,26 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47020150 06-04-2013 | Economia

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Page 67: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A63

Tiragem: 111475

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 48

Cores: Cor

Área: 4,56 x 19,39 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47020107 06-04-2013

Página 63

Page 68: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A64

Tiragem: 111475

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 36

Cores: Cor

Área: 29,47 x 34,01 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47019903 06-04-2013

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Page 69: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A65

Tiragem: 111475

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 38

Cores: Cor

Área: 23,91 x 31,65 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47019934 06-04-2013

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Page 70: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A66

Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

Cores: Cor

Área: 20,85 x 33,42 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47020098 06-04-2013

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A67

Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 19,97 x 17,87 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47020193 06-04-2013

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Page 72: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A68

Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 10,46 x 7,82 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47020106 06-04-2013

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Page 73: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

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Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

Cores: Cor

Área: 4,95 x 6,22 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47020145 06-04-2013

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Tiragem: 122220

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 20

Cores: Preto e Branco

Área: 16,56 x 18,88 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47019738 06-04-2013

Tribunal da Relação de Lisboacondenou ontem a juíza IsabelMagalhães, ex-mulher do vice-reitor da Universidade Inde-pendente Rui Verde, a cincoanos de prisão, com pena sus-pensa, pelo crime de bran-queamento de capitais.

O colectivo da Relação, pre-sidido por Ricardo Cardoso,deu como provado o crime debranqueamento de capitais,mas deixou cair o crime de fal-sificação de documentos im-putado à juíza/arguida porque,na opinião do tribunal, os fac-tos configuram o crime de si-mulação, que já não está pre-visto no código penal.

Quanto ao crime de bran-queamento de capitais, o tri-bunal deu como provado quea arguida tinha conhecimentoda actividade criminosa do seumarido, Rui Verde, tendo partedo dinheiro desviado pelo en-tão vice-reitor sido utilizadopela juíza para adquirir um au-tomóvel (jeep Cherokee), queficou registado no nome de umfamiliar.

Ricardo Cardoso, que neces-sitou de quatro horas para fa-zer a súmula do acórdão deste

processo com milhares de pá-ginas, referiu que o crime debranqueamento é um «crimemuito grave», com moldurapenal até 12 anos de prisão,apesar de o mesmo se centrarna aquisição de um mero au-tomóvel.

Numa sentença, que o pre-

sidente do colectivo classificoude «longa e penosamente es-tudada», o tribunal fez questãode salientar que o crime debranqueamento não foi prati-cado pela juíza no decurso doexercício da sua profissão demagistrada, no âmbito da suavida privada. Vincou contudo

que há «valores» que não podedeixar de preservar, como ci-dadã. O tribunal descreveupormenorizadamente o casoda Universidade Independente,desde a sua fundação, em 1993,até 2007, explicando todo o es-tratagema utilizado por RuiVerde e pelo accionista Ama-deu Lima de Carvalho, que,juntamente com o então reitorLuís Arouca e outros funcio-nários da universidade (UNI),são arguidos no processo prin-cipal (ainda sem acórdão), porcrimes de burla agravada, abu -so de confiança, corrupção,fraude fiscal, falsificação de do-cumentos e outros ilícitos.

Ricardo Cardoso observou,em dado momento da leiturado acórdão, que aqueles res-ponsáveis da UNI «gastaram àtripa fora» e em que, numa si-tuação de «delírio», passarama fazer sucessivos emprésti-mos bancários, com garantiasbancárias falsas, utilizandouma rotação permanente decheques e de dinheiro arreca-dado de investidores, que caí-ram num esquema fraudu-lento de investimento, seme-lhante ao da "Dona Branca".|

Juíza foi condenadapor “branqueamento”Universidade Independente Isabel Magalhães foi condenada pelo Tribunalda Relação de Lisboa a uma pena de cinco anos de prisão que fica suspensa

D.R.

Processo surgiu na investigação à Universidade Independente

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Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 14

Cores: Cor

Área: 16,34 x 8,25 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47020698 06-04-2013

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Page 76: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

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Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 21,70 x 15,54 cm²

Corte: 1 de 2ID: 47020778 06-04-2013

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Page 77: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 3,10 x 3,01 cm²

Corte: 2 de 2ID: 47020778 06-04-2013

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Page 78: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

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Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 27,14 x 30,32 cm²

Corte: 1 de 3ID: 47028752 07-04-2013

Envolvimento de Lula da Silva no caso do Mensalão investigado pela justiça

O ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio

Lula da Silva foi fi nalmente “apanha-

do” pelo escândalo que fi cou conhe-

cido como Mensalão, uma trama de

corrupção que abalou o seu Partido

dos Trabalhadores (PT) e a credibili-

dade do seu Governo. Lula estará já

a ser investigado pela Polícia Federal

brasileira, no âmbito de um inquéri-

to instaurado pela Procuradoria da

República do Distrito Federal de Bra-

sília após denúncias que apontam

para o seu envolvimento no caso.

Lula sempre alegou o total desco-

nhecimento do esquema complexo

de compra de votos de representan-

tes de partidos minoritários do Con-

gresso e fi nanciamento ilegal do seu

Partido dos Trabalhadores, monta-

do durante o seu primeiro mandato

no Palácio do Planalto e descoberto

em 2005. A alegada participação do

Presidente foi negada pelos restan-

tes arguidos do megaprocesso, que

terminou com a condenação de 25

dos 37 arguidos, pelo Supremo Tri-

bunal federal, incluindo José Dirceu,

o antigo chefe da Casa Civil e braço-

direito de Lula.

A investigação a Lula surge na se-

quência de um depoimento voluntá-

rio de Marcos Valério, o publicitário

que era o principal réu no processo

e que foi condenado a 40 anos de

prisão pelos crimes de formação de

quadrilha, corrupção activa, pecula-

to, lavagem de dinheiro e evasão de

divisas. Numa iniciativa destinada

a conseguir uma redução da pena,

Valério apresentou à Procuradoria

da República novas informações e

mais elementos do caso, implicando

directamente o ex-Presidente – que

até 2010, por força do cargo, gozava

de imunidade.

O procedimento agora em curso

resulta da denúncia de Valério da

participação pessoal de Lula da Sil-

va e do seu ministro das Finanças,

Antonio Palocci, numa negociação

com o então presidente executivo

da Portugal Telecom, Miguel Horta

e Costa, para a transferência de um

montante de sete milhões de dóla-

res, através de uma fornecedora da

Telecom portuguesa em Macau, para

os cofres do Partido dos Trabalha-

dores.

“O teor específi co desse relato já

foi divulgado na imprensa. Nele, o

empresário afi rma que teria sido

feito um repasse de sete milhões de

dólares por parte da fornecedora da

Portugal Telecom em Macau (China),

ao Partido dos Trabalhadores, por

meio de contas bancárias no exte-

rior”, informa uma nota do Ministé-

rio Público brasileiro, que também

pediu incluiu Palocci e Horta e Costa

na investigação.

Segundo relatou o jornal O Estado

de S. Paulo, Valério disse aos procu-

radores que a transferência irregu-

lar da PT para o PT teria sido “ar-

ranjada” numa reunião entre Lula,

Palocci e Horta e Costa no Palácio

do Planalto. Os pormenores da ope-

ração teriam sido posteriormente

delineados em Portugal, para onde

Marcos Valério viajou, por indicação

de José Dirceu: o dinheiro, que foi

movimentado a partir da empresa

portuguesa em Macau, chegou ao

Brasil por meio de contas bancárias

de publicitários contratados para

campanhas petistas.

Música e marketingAs verbas fi nanciaram a contrata-

ção do publicitário Nizan Guanaes,

que fora o marqueteiro de Lula em

2002 e era responsável pela estraté-

gia petista para a prefeitura do Rio

de Janeiro, e também o duo de mú-

sica sertaneja de Zezé Di Camargo e

Luciano, que estiveram envolvidos

nas campanhas eleitorais do PT. Em

declarações ao Estadão, tanto Nizan

Guanaes como os músicos negaram

ter recebido qualquer pagamento de

forma ilegal, através de contas ban-

cárias estrangeiras.

Também Miguel Horta e Costa

desmentiu formalmente as acusa-

ções de Valério. Em comunicado di-

vulgado quando o depoimento de

Valério foi divulgado pela imprensa,

o antigo CEO da Portugal Telecom

sublinhou que “em devido tempo”

prestara “todos os esclarecimentos

solicitados pelas autoridades brasi-

leiras”: “Na ocasião, tive condições

O ex-Presidente do Brasil sempre alegou desconhecimento sobre o caso Mensalão

Oito anos depois de rebentar o escândalo e após o fi m do megaprocesso judicial, o ex-Presidente brasileiro foi formalmente nomeado num inquérito a transferências da Portugal Telecom

BrasilRita Siza

Supremo Tribunal Federal

Acordão do Mensalão com dez mil páginas

O Supremo Tribunal Federal recebeu na noite de sexta-feira a documentação do juiz presidente Celso de

Mello que faltava para poder avançar com a publicação no Diário da Justiça do acórdão do megaprocesso do Mensalão. Só na declaração de voto de Celso de Mello constam 250 documentos – no total, o acórdão pode chegar às dez mil páginas, que deverão demorar dois ou três dias a ser formatadas.

Só com a publicação é que podem ser expedidos os mandados de prisão para os 25 arguidos que foram condenados e aplicadas as outras penas, nomeadamente a perda de

mandatos parlamentares. Mas antes disso, a defesa tem um prazo de cinco dias para analisar o acórdão e, se quiser, recorrer da decisão. Na semana passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, manifestou o seu desagrado com a possível “interposição de recursos sucessivos, de embargos e mais embargos, comprometendo aquilo que toda a sociedade brasileira espera, ou seja, a execução plena de tudo o que foi decidido” no julgamento. “Reitero a minha preocupação constante com a efectividade da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal”, disse, defendendo maior rapidez na prisão dos condenados.

de refutar de forma transparente

que não tive qualquer ligação com

este processo. Esta é uma questão

de política interna brasileira à qual

sou totalmente alheio”, escreveu o

gestor português.

Actualmente, Horta e Costa é

comissário-geral de Portugal para

o Ano de Portugal no Brasil e para

o Ano do Brasil em Portugal e Presi-

dente do Conselho de Administração

na Fundação Luso-Brasileira.

Mas não foi só a suposta reunião

de Lula da Silva com o presidente da

PT que Valério apontou à Procurado-

ria. O principal acusado do Mensalão

disse ainda que o ex-Presidente brasi-

leiro tinha autorizado pessoalmente

uma série de empréstimos bancários

destinados a fi nanciar as operações

do seu partido, e que tinha usufruído

das verbas movimentadas no esque-

ma clandestino para o pagamento de

despesas pessoais.

As revelações de Marcos Valério

no seu depoimento de Setembro de

2012 originaram a abertura de seis

outros procedimentos preliminares

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Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Área: 5,66 x 26,22 cm²

Corte: 2 de 3ID: 47028752 07-04-2013

pela Procuradoria da República, que

considerou existirem pelo menos oi-

to factos tipifi cados como crime que

exigiam maior apuramento. Alguns

desses inquéritos foram remetidos

para o Ministério Público do estado

de Minas Gerais, onde já corriam in-

vestigações a Marcos Valério. Outros

foram endossados a procuradores

de Brasília – que depois de analisar

as acusações envolvendo Lula e a

Portugal Telecom, determinaram a

abertura de inquérito

A diligência implica que, pela pri-

meira vez, o ex-Presidente seja for-

malmente investigado: primeiro pela

Polícia Federal, a quem cabe indicar

quais os ilícitos ou crimes em causa,

e depois pelo Ministério Público, pa-

ra quem transita o respectivo pro-

cesso judicial.

O gabinete de Lula não se pro-

nunciou sobre a investigação. Em

Novembro do ano passado, o ex-

Presidente recusou comentar as

novas denúncias de Marcos Valério

dizendo que não falava sobre “men-

tiras”.

MIGUEL ROJO/AFP

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Tiragem: 44021

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Corte: 3 de 3ID: 47028752 07-04-2013

Justiça brasileira investiga transferência ilegal que terá sido negociada através de Miguel Horta e Costa p20/21

Mensalão: Lula e Portugal Telecom sob investigação

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Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

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Área: 26,65 x 31,36 cm²

Corte: 1 de 2ID: 47029266 07-04-2013

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Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 6,94 x 3,72 cm²

Corte: 2 de 2ID: 47029266 07-04-2013

Página 78

Page 83: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A79

Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 31

Cores: Cor

Área: 4,85 x 12,81 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47029713 07-04-2013

Página 79

Page 84: BRIEF Transparência » Revista Semanal 86

A80

Tiragem: 156102

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 30

Cores: Cor

Área: 21,21 x 31,05 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47029705 07-04-2013

Página 80