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De 14-04-2014 a 20-04-2014
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REVISTA SEMANAL 128
DE 14-04-2014 A 20-04-2014
BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2014
Revista de Imprensa21-04-2014
1. (PT) - Record, 15/04/2014, Alerta para corrupção 1
2. (PT) - Público, 15/04/2014, 6% dos casos de corrupção acabam em condenações e 1% em absolvição 2
3. (PT) - Jornal de Notícias, 15/04/2014, Justiça arquivou 55% dos casos de corrupção 4
4. (PT) - i, 15/04/2014, Só 6% dos processos resultam em condenações 7
5. (PT) - Correio da Manhã, 15/04/2014, Só 6,1% de condenações 9
6. (PT) - Bola, 15/04/2014, Corrupção no desporto em debate 10
7. (PT) - Jornal de Notícias, 16/04/2014, Sílvio Berlusconi condenado a um ano de serviço comunitário numlar de idosos em Milão
11
8. (PT) - Jornal de Negócios, 16/04/2014, Banqueiros infractores vão pagar coimas até 10 milhões 12
9. (PT) - i, 16/04/2014, Conselho da Corrupção apela à denúncia de casos 16
10. (PT) - Correio da Manhã, 16/04/2014, Fuga para Angola pára investigação 17
11. (PT) - Sol, 17/04/2014, Revogada prisão domiciliária de Lima 19
12. (PT) - Público, 17/04/2014, José Maria Ricciardi escutado seis vezes a falar com Passos 20
13. (PT) - Público, 17/04/2014, Duarte Lima já não está em prisão domiciliária 21
14. (PT) - Jornal de Notícias, 17/04/2014, Passos escutado dez vezes no processo Monte Branco 22
15. (PT) - Jornal de Notícias, 17/04/2014, Juíza liberta Duarte Lima por ser cumpridor 24
16. (PT) - Jornal de Notícias, 17/04/2014, Ex-diretor da Petrobras já foi acusado 26
17. (PT) - Jornal de Negócios, 17/04/2014, Nova lei da banca aperta critérios de idoneidade 27
18. (PT) - i, 17/04/2014, Tribunal liberta Duarte Lima da prisão domiciliária 30
19. (PT) - Diário Económico, 17/04/2014, Duarte Lima libertado da prisão domiciliária 31
20. (PT) - Diário de Notícias, 17/04/2014, MP guarda seis escutas entre Passos e Ricciardi 32
21. (PT) - Diário de Notícias, 17/04/2014, Duarte Lima em liberdade mas não pode sair do país 33
22. (PT) - Correio da Manhã, 17/04/2014, Duarte Lima fica livre da pulseira 35
23. (PT) - Expresso, 18/04/2014, Escutas com Passos aconteceram durante a privatização da REN 36
24. (PT) - Expresso, 18/04/2014, Duarte Lima já pode sair de casa 38
25. (PT) - i, 19/04/2014, Faculdade de Arquitectura suspeita de desviar 10 milhões de fundos europeus 39
26. (PT) - Correio da Manhã, 20/04/2014, Arquitetura investigada por desvio de 10 milhões 42
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Tiragem: 78869
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Desporto e Veículos
Pág: 40
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Tiragem: 34258
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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MIGUEL MADEIRA
6% dos casos de corrupção acabam em condenações e 1% em absolvição
Dos 114 processos em que houve acusação houve 14 absolvições
Seis por cento das decisões judi-
ciais relativas a crimes de colarinho
branco reportadas ao Conselho de
Prevenção da Corrupção (CPC) nos
últimos cinco anos — entre 2008 e
2013 — terminaram em condenações,
1% em absolvições e mais de metade
acabaram arquivadas. Os números
foram divulgados ontem pelo orga-
nismo criado em 2008, reconhecen-
do-se no relatório que os números
dependem das comunicações feitas
pelos tribunais, que muitas vezes não
informam o CPC. Por isso mesmo, o
presidente da Associação Transpa-
rência e Integridade, Luís de Sousa,
alerta para a fragilidade dos números
e para a impossibilidade de fazer lei-
turas sobre eles.
Num universo de 544 casos repor-
tados em mais de cinco anos, 55,5%
acabaram arquivados e 168 resulta-
ram em acusação. A administração
local é a área que apresenta “invaria-
velmente” maior expressão entre as
entidades envolvidas nos processos,
com 40% do total dos casos. Isso sig-
nifi ca uma taxa de acusação de 31%,
bastante superior à taxa dos inqué-
ritos-crime em geral (em 2012 foi de
10%). Mas destes, o CPC só conhece
o desfecho de 37, ou seja, menos de
um quarto. As 33 condenações supe-
ram em muito as quatro absolvições
reportadas, mas mesmo assim signi-
fi cam, respectivamente, apenas 6%
e 1% do total de casos.
Apesar das limitações dos núme-
ros, estes estão em linha com a taxa
de acusação (29%) registada em 393
inquéritos na área da criminalidade
económico-fi nanceira cuja evolução
tem sido monitorizada pela Procura-
doria-Geral Distrital de Lisboa desde
Março de 2008, no âmbito do projec-
to ECOLAB. Segundo dados divulga-
dos há dias, também aqui as conde-
nações são mais frequentes que as
absolvições. Dos 114 processos em
que houve acusação 45 terminaram
em condenação e 14 em absolvição.
Nove terminaram por outros moti-
vos, como a prescrição ou a morte do
visado, e 46 ainda estão pendentes.
A procuradora-geral distrital
de Lisboa, Francisca Van Dunem,
admite que o facto de haver mais
condenações que absolvições nos
processos que seguem para julga-
mento decorre da avaliação prévia
feita nos casos. “Só avançamos para
a acusação quando a probabilidade
de condenação é muito superior à de
absolvição”, afi rma Van Dunem, lem-
brando que as estatísticas não têm
em conta a gravidade dos casos. “Os
números incluem processos simples
como uma funcionária de uma escola
com acesso à cantina que leva fari-
nha para casa e casos como o BCP
ou o BPP”, reconhece, sublinhando
que a percepção da opinião pública
sobre o funcionamento da Justiça no
combate à corrupção resulta muito
dos casos mediáticos. Mesmo assim,
a procuradora-geral distrital enfatiza
que na última década a “capacidade
de esclarecimento do Ministério Pú-
blico deu um salto brutal”. E exem-
plifi ca: “Inquéritos como o BPN, o
BCP e o BPP duraram um ano e meio
ou dois anos a investigar, quando
há uma década demorariam dez ou
mais anos”. Francisca Van Dunem
realça, contudo, que muitas vezes os
percalços destes processos durante
a instrução ou o julgamento fazem
as pessoas esquecer a rapidez das
investigações.
Luís de Sousa reconhece que há
bons profi ssionais na Justiça e um sa-
ber acumulado em alguns serviços,
como o Departamento de Investiga-
ção e Acção Penal de Lisboa, que tem
permitido um trabalho consistente
na luta contra a corrupção nos úl-
timos anos. Mesmo assim sustenta
que há muito a melhorar, começando
pelo tratamento estatístico dos pro-
cessos que chegam à Justiça. Luís de
Sousa recusa-se a comentar os dados
do CPC, considerando que os mes-
mos “não são fi dedignos” e lamen-
tando que haja uma multiplicidade
de entidades com números relativos
à criminalidade económico-fi nancei-
ra e estes não sejam coincidentes.
O presidente do CPC, Guilherme
de Oliveira Martins, reconhece as
limitações dos dados, mas acredita
que as situações comunicadas permi-
tem extrair algumas conclusões com
utilidade para a prevenção da cor-
rupção. “Com base nestas situações
o CPC aprovou uma recomendação
relativamente aos centros de exame
e de inspecção automóvel, além de
ter reforçado o acompanhamento
dos planos de prevenção de riscos
de corrupção e infracções conexas”,
exemplifi ca.
Mais de metade dos processos terminam arquivados. Presidente da Transparência e Integridade alerta para a fragilidade dos números divulgados pelo Conselho de Prevenção da Corrupção
JustiçaMariana Oliveira e Maria João Lopes
Risco de corrupção
Mais de mil entidades com planos
Em Julho de 2009, o CPC recomendou aos órgãos dirigentes máximos das entidades
gestoras de dinheiros, valores ou património públicos a elaboração de Planos de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas, para identificar os riscos das funções que desenvolvem e as medidas de controlo a adoptar. Até ao final de 2013 mais de mil entidades tinham entregado ao CPC planos deste tipo.
“Importa acrescentar que as entidades públicas ou de natureza pública de maior dimensão na gestão de recursos contam-se entre as que produziram, adoptaram e têm vindo a acompanhar a execução de documentos desta natureza”, lê-se no relatório. O CPC tem também realizado mensalmente “visitas pedagógicas” junto das entidades públicas ou de natureza pública para “constatar in loco a aplicação dos planos” e para avaliar as dificuldades na produção e na adopção das medidas preventivas. Relativamente ao acompanhamento dos planos, “sugere-se a eventual reflexão quanto à possibilidade” de ser produzido, através do sítio do CPC, um questionário online para aferir eventuais dificuldades sentidas pelas entidades na produção e adopção dos planos, sobretudo em entidades fora dos grandes centros urbanos, sediadas um pouco por todo o território nacional, onde as “visitas pedagógicas não têm chegado”. Sugere-se ainda o desenvolvimento de projectos para melhorar a qualidade dos serviços públicos, “através da aferição do grau de satisfação dos serviços prestados”. M.J.L.
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Âmbito: Informação Geral
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Conselho de Prevenção da Corrupção divulgou dados relativos a 2008-2013 p10
6% das denúncias por corrupção terminam em condenações
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 53496244 17-04-2014
O presidente do Banco Espírito San-
to (BESI), José Maria Ricciardi, foi
escutado não duas, mas seis vezes,
a falar com o primeiro-ministro, Pe-
dro Passos Coelho, informações
que constam do processo Monte
Branco, uma investigação policial
relacionada com alegados crimes
de tráfi co de infl uências, corrupção
e informação privilegiada nas pri-
vatizações da REN e da EDP.
A informação, ontem divulgada
pelo Expresso, consta do despa-
cho de acusação contra jornalistas
do Expresso, do Diário de Notícias e
do Correio da Manhã, por violação
do segredo de justiça, a propósito
do processo Monte Branco.
O documento, que já não está
em segredo de justiça, indica que,
entre Janeiro, Fevereiro e Julho de
2012, o primeiro-ministro e o pre-
sidente do BESI foram escutados
a conversar, estando os diálogos
transcritos para papel e validados,
a 19 de Outubro de 2012, pelo então
presidente do Supremo Tribunal de
Justiça, Noronha do Nascimento.
Em causa está uma alegada tenta-
tiva de pressão do banqueiro sobre
o primeiro-ministro, que não foi,
segundo o Expresso, o alvo das es-
cutas, nem é suspeito de qualquer
crime sob investigação no MP.
Já José Maria Ricciardi é arguido
no caso Monte Branco e no caso
EDP/REN, que resultou das investi-
gações a Francisco Franco Canas.
A operação Monte Branco teve
início em Junho de 2011. O Departa-
mento Central de Investigação e Ac-
ção Penal (DCIAP), que investigou
o circuito fi nanceiro entre gestores
de fortunas suíços e os seus clientes
portugueses e a utilização de contas
do suspeito Francisco Franco Ca-
nas, em particular junto do BPN IFI,
detectou a maior rede de sempre de
fuga ao fi sco e de branqueamento
de capitais a operar em Portugal,
com ligações à UBS, na Suíça.
O seu desmantelamento deu-se a
18 de Maio de 2012. Na sequência
do processo Monte Branco, o DCIAP
realizou buscas na Parpública [do
Estado], no Caixa Banco de Inves-
timento (Caixa BI) e no BESI, para
José Maria Ricciardi escutado seis vezes a falar com Passos
apurar se houve ilegalidades no
comportamento dos assessores fi -
nanceiros do Estado nas privatiza-
ções da REN e da EDP.
Recorde-se que já a 14 de Outubro
de 2012 o PÚBLICO revelara que o
Ministério Público estava na posse
de gravações de conversas entre o
então ministro dos Assuntos Par-
lamentares de Passos Coelho, Mi-
guel Relvas, e José Maria Ricciardi,
a propósito de negócios dependen-
tes de Vítor Gaspar, então ministro
das Finanças.
As escutas a Ricciardi, que surge,
por vezes, como consultor de Pas-
sos Coelho, e a Relvas resultaram
da recolha de informações (e não
de recolha de provas) para ajudar a
“desmantelar” o caso Monte Bran-
co. Esta rede de fuga ao fi sco e de
branqueamento de capitais foi des-
mantelada a 18 de Maio de 2012 pelo
Departamento Central de Investiga-
ção e Acção Penal (DCIAP). Foram
detidas várias pessoas, incluindo o
cabecilha, Michel Canals.
Quando o PÚBLICO noticiou pela
primeira vez a existência de escutas
a Ricciardi sobre o caso Monte Bran-
co, o banqueiro explicou: “Não sei o
que possa ter dito de errado ao dr.
Miguel Relvas.” E adiantou: “Prova-
velmente dei a minha opinião sobre
o afastamento do BESI em favor da
Perella, pois estava revoltado.”
Os contactos envolveram, nome-
adamente, a privatização da EDP
e o facto de Gaspar ter entregue à
consultora Perella Weinberg a as-
sessoria fi nanceira da operação que
era disputada pelo BESI.
Cinco dias depois, a 20 de Ou-
tubro, o Expresso revelou que o
primeiro-ministro, Passos Coelho,
tinha sido “escutado fortuitamen-
te no âmbito do processo Monte
Branco”, tendo, na altura, José
Maria Ricciardi emitido a seguinte
nota: “Não confi gura ilicitude, ir-
regularidade ou sequer censura o
eventual protesto ou desabafo da
minha parte perante membros da
administração pública, destinado
justamente a evidenciar a neces-
sidade de garantir a transparência
das regras do concurso e assegurar
a igualdade de oportunidades facul-
tadas aos concorrentes.”
JustiçaCristina Ferreira
Para além de Passos Coelho, José Ricciardi foi também escutado a falar sobre as privatizações da EDP e da REN com Relvas
Em causa está uma alegada tentativa de pressão do banqueiro sobre o primeiro-ministro
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A 7.ª Vara Criminal de Lisboa decre-
tou a libertação de Duarte Lima, que
se encontrava em prisão domiciliária,
por considerar que o perigo de fuga
do advogado era diminuto. A altera-
ção da medida de coacção foi confi r-
mada ao PÚBLICO por uma funcio-
nária do tribunal que está a julgar o
ex-líder parlamentar do PSD por uma
alegada burla que envolve o Banco
Português de Negócios (BPN).
O arguido encontra-se, contudo,
proibido de se ausentar do país, o que
também não terá interesse em fazer,
já que se mantém pendente contra si
um mandado de captura internacio-
nal, emitido pela Interpol a pedido
das autoridades brasileiras, por cau-
sa do homicídio de Rosalina Ribeiro.
A libertação permitirá a Duarte
Lima deslocar-se sem restrições ao
Tribunal de Instrução Criminal de
Lisboa, onde deverá ser ouvido da-
qui a duas semanas. No próximo dia
30, o ex-líder parlamentar do PSD
será confrontado com as 46 questões
formuladas pelo Ministério Público
brasileiro no âmbito de um pedido
de cooperação internacional.
O ex-deputado, que está acusado
de ter matado a sua cliente Rosalina
Ribeiro a 7 de Dezembro de 2009, em
Saquarema, nos arredores do Rio de
Janeiro, poderá, no entanto, remeter-
se ao silêncio, como já fez anterior-
mente. Este caso nada tem a ver com
o processo em que Duarte Lima está
a ser julgado em Portugal.
“Houve reapreciação da medida de
coacção e considerou-se que o perigo
de fuga e outros do género estão di-
minuídos”, disse à Lusa Raul Soares
da Veiga, que se mostrou de acordo
com a decisão judicial, embora a te-
nha considerado “tardia”.
Uma funcionária judicial da 7.ª Va-
ra adiantou ao PÚBLICO que a de-
cisão da juíza Filipa Valentim, que
Duarte Lima já não está em prisão domiciliária
preside ao colectivo que julga o caso,
foi tomada no âmbito das habituais
revisões das medidas de coacção de-
tentivas, reavaliadas no máximo de
três em três meses. A ofi cial de justiça
acrescentou que o arguido foi sujei-
to a outras medidas de coacção, não
privativas da liberdade, recusando-se
a precisar quais. Ontem, o PÚBLICO
tentou, sem sucesso, contactar Raul
Soares da Veiga, tendo apurado ape-
nas que o deputado está proibido de
se ausentar do país.
A Procuradoria-Geral da Repúbli-
ca confi rma que foi notifi cada da al-
teração da medida de coacção, sem
adiantar se pensa ou não recorrer da
decisão. “O Ministério Público foi ho-
je [ontem] notifi cado da referida de-
cisão judicial, encontrando-se a anali-
sá-la”, refere o gabinete de imprensa
da PGR. Em meados de Março, a 7.ª
Vara Criminal de Lisboa manteve a
prisão domiciliária aplicada a Duarte
Lima, um dos seis arguidos em julga-
mento no processo relacionado com
a aquisição de terrenos em Oeiras,
conhecido como Fundo Homeland.
Duarte Lima está acusado de três
crimes de burla qualifi cada, dois cri-
mes de branqueamento de capitais
e um crime de abuso de confi ança
na forma agravada. Esteve em prisão
preventiva até Maio de 2012, altura
em que a medida foi alterada para
obrigação de permanência na habi-
tação com pulseira electrónica.
Neste caso, Duarte Lima, o seu fi -
lho Pedro e o sócio Vítor Raposo são
suspeitos de benefi ciarem de crédi-
tos no valor de dezenas de milhões
de euros, obtidos com garantias ban-
cárias de baixo valor, que permitiram
adquirir terrenos no concelho de
Oeiras, nas imediações da projecta-
da sede do IPO. O projecto da sede do
IPO não avançou e o crédito pedido
ao BPN fi cou por pagar.
No centro do caso está a criação
do Fundo Homeland constituído
em 2007 com 10 milhões de euros:
1,5 milhões do fundo de pensões
do BPN (15% do fundo), 4,25 milhões
de Pedro Lima (42,5%) e 4,25 milhões
de Vítor Raposo (42,5%). Estes dois
arguidos são acusados de pagar as
suas partes, 8,5 milhões no total,
com recurso a contas a descoberto
no BPN. Depois de criado o fundo, foi
pedido ao BPN mais dinheiro do que
o necessário para a compra dos terre-
nos de Oeiras e com o remanescente
foram pagos os 8,5 milhões de euros
em dívida ao BPN. No total, os argui-
dos usaram 23 milhões para comprar
terrenos que custavam 5 milhões,
sendo acusados de ter fi cando com
os restantes 9,5 milhões de euros.
JustiçaMariana Oliveira
Antigo líder parlamentar do PSD é acusado de burla qualificada e branqueamento de capitais no processo Homeland
Daqui a duas semanas, Duarte Lima será ouvido por um juiz no caso da morte de Rosalina Ribeiro
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Página 26
A27
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Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 12
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Página 27
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País: Portugal
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Página 28
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Tiragem: 151804
País: Portugal
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Página 42