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Em 31 de março de 64, o golpe que marcou a história do Brasil Os últimos períodos de seca têm sido extremos, alterando a rotina dos ribeirinhos História – Ditadura Militar – “Anos de chumbo” (1964–1985) pg. 02 História – A revolução industrial pg. 04 Geografia – Planejamento regional no Brasil pg. 06 Geografia – Os fusos horários pg. 08 Português – Crase pg. 10

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Em 31 de março de 64, o golpe que

marcou a história do Bra

sil

Os últimos períodos de seca têm sido extremos, alterando arotina dos ribeirinhos

•• História – Ditadura Militar –“Anos de chumbo” (1964–1985)

pg. 02•• História – A revolução industrial

pg. 04•• Geografia – Planejamento

regional no Brasil pg. 06•• Geografia – Os fusos horários

pg. 08•• Português – Crase

pg. 10

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Ditadura Militar – “Anos dechumbo” (1964–1985)

1. Golpe Militar de 1964

• Realizado pelas oligarquias em conluio comas Forças Armadas, com total apoio dosEstados Unidos.

• Operação Brother Sam: uma aparatosa ajudamilitar dos norte-americanos paraconsolidação do Golpe de 1964.

• Combate ao comunismo e recuperação dacredibilidade internacional.

2. Repressão: Medidas legais – AtosInstitucionais (A. I.)

Foram instituídos diversos atos institucionais,entre os quais se destacam:

Ato Institucional de 9 de abril de 1964 (n.° 1)

• Eleições indiretas para presidente daRepública.

• Cassação de mandato: suspensão dosdireitos políticos por 10 anos.

• Aprovação de projetos de lei por “decurso deprazo”.

Ato Institucional n.° 2 (1965)Estabelecia, entre outras medidas:

• Extinção dos partidos políticos. Por meio doato complementar n.° 4, de 24 de novembrode 1965, cria-se o bipartidarismo: – Situação: Aliança Renovadora Nacional

(ARENA)– Oposição: Movimento Democrático

Brasileiro (MDB)

Ato Institucional n.° 3 (1966)

• Eleições indiretas pra governadores dosestados.

• Indicação pelos governadores dos prefeitos.

Ato Institucional n.° 4 (1967)

• Convocação do débil Congresso Nacionalpara ratificar a Constituição de 1967.

Ato Institucional n.° 5, decretado no dia 13 dedezembro de 1968Estabelecia:

• Suspensão dos direitos políticos (cassação deparlamentares).

• Recesso em qualquer das Casas Legislativas.• Confisco dos bens advindos de enriquecimento

ilícito.• Estado de sítio com prorrogação, fixando-se o

respectivo prazo.• Intervenção federal nos Estados e Municípios.• Suspensão da garantia de habeas-corpus nos

casos de crimes políticos contra a segurançanacional.

• Recesso parlamentar, ficando a cargo doExecutivo a autoridade para legislar em todasas matérias.

3. Frente Ampla

Movimento político de oposição ao regimemilitar, composto por políticos cassados, entreos quais Carlos Lacerda. Propostas defendidaspelo movimento:• Retomada do poder pelos civis.• Reformas econômicas e sociais.• Anistia geral.• Restabelecimento das eleições diretas em

todos os níveis.• Reforma agrária ampla.Além de Carlos Lacerda, o comando da FrenteAmpla contava ainda com João Goulart e

Juscelino Kubitschek.

4. Principais governos militares

Emílio Garrastazu Médici (1969–1974)

Órgãos repressores – O governo Médici jogouduro contra a oposição. Dentre os mecanismoscriados para aniquilar a esquerda, destacaram-se:• Destacamento de Operações Internas e

Comando Operacional da Defesa Interna(DOI-CODI).

• Operação Bandeirante (OBAN).• Comando de Caça aos Comunistas (CCC).Programa de Governo – Execução do I PlanoNacional de Desenvolvimento (1.° PND), quetinha por objetivo promover o crescimentoeconômico do País.Milagre Brasileiro – A proposta do ministro doPlanejamento, Delfim Neto, consistia emconcentrar a renda, formando um “boloeconômico”, a ser posteriormente dividido. O“bolo” cresceu, porém a massa trabalhadoranão participou de sua divisão. A desigual einjusta distribuição de renda gerada pelo“milagre” fez que os ricos ficassem cada vezmais ricos e os pobres cada vez mais pobres.Crescimento econômico – Houve alto índice decrescimento econômico no Brasil durante ogoverno Médici (1969–1972), implementado peloPrimeiro Plano Nacional de Desenvolvimento (IPND). O crescimento econômico, com média de11%, colocou o Brasil entre as grandes potênciasem expansão capitalista, mas custou caro àscamadas populares. Conseqüências: arrochosalarial, desemprego e recessão.Exílio político – Os direitos fundamentais docidadão estavam suspensos. Qualquer um podiaser preso e exilado se fosse desejo do governo.Nas escolas, nas fábricas, na imprensa, nasartes, a sociedade brasileira sentia a mão deferro da ditadura.Propaganda – O governo gastava milhões compropagandas destinadas à melhoria da própriaimagem junto ao povo. Um dos slogans dessapropaganda dizia: “Brasil: ame-o ou deixe-o”.Censura – Os meios de comunicação e asatividades culturais eram vigiados pela polícia.Tudo o que desagradava ao governo eraseveramente censurado. A ditadura não admitiacriticas, nem mesmo oposição pacifica.Resposta dos grupos esquerdistas – Osgrupos de esquerda (ANL, POC, AP, Avante!,Molipo, PCB, PC do B, MR-8, VPR) decidiram-sepela luta armada, em ações isoladas, comoúnica forma de derrotar o regime. Passaram aatuar na clandestinidade, fazendo:• Assaltos a bancos para financiar as ações de

resistência.• Seqüestros de diplomatas.• Luta armada (focos urbanos e a famosa

guerrilha do Araguaia).Outras criações do governo Médici• Programa de Integração Nacional (PIN), criando

obras faraônicas, como a Transamazônica.• Programa de Integração Social (PIS), dando

participação aos trabalhadores nos lucros dasempresas. Criou também o Programa deFormação do Patrimônio do Servidor Público(PASEP).

Governo Ernesto Geisel (1974–1979)

Lei Falcão (1976) – Sancionada pelo presidenteGeisel em primeiro de julho, a lei (conhecida“como Lei Falcão”) alterou o Código Eleitoral. Apartir das eleições seguintes, os candidatos sópoderiam fazer campanha no horário de TV,mostrando exclusivamente suas fotos, seuscurrículos e suas plataformas. A lei, cuja finali-dade era diminuir a possibilidade de derrota daArena em futuras eleições, foi aprovada noCongresso, no dia 25 de junho.Pacote de Abril (1977) – Medidas destinadas agarantir a vitória da Arena nas eleições parlamen-

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Dados divulgados recentemente pelo InstitutoBrasileiro de Geografia Estatística (IBGE),vinculados nos meios de comunicaçãoregionais, mostram mais uma conquista doAmazonas. O Estado já atingiu o patamar dasregiões mais desenvolvidas do Brasil no quediz respeito aos índices de analfabetismo.Segundo a Pesquisa Nacional por Amostrade Domicílios (PNAD), no Amazonas, o índicede analfabetismo entre pessoas acima dos 15anos é de 6,7%, pouco acima da média detoda a região Sudeste (6,5%) e bem próximodos índices da região Sul (5,9%).A contribuição da Universidade do Estado doAmazonas (UEA) para esta conquista é oReescrevendo o Futuro. Concebido parareverter uma dívida histórica do Estado comas populações do interior, o programarecebe pessoas com faixa etárias das maisdiversas. Gente como a dona-de-casa MariaAlves da Silva, de Apuí, que aprendeu suasprimeiras letras aos 100 anos. Até abril desteano, o programa deve atingir cerca de 73 milalunos alfabetizados, com 107 mil vagasoferecidas desde 2003.Em sete municípios – Maraã, PresidenteFiqueiredo, Silves, Barcelos, Ipixuna, Tapauá,e Apuí – o atendimento foi consideradoconcluído pela coordenação geral doPrograma. Do mesmo modo, também foramencerradas as atividades do Programa naszonas urbanas dos municípios de Alvarães,Apuí, Anori, Barcelos, Caapiranga, Careiro daVárzea, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Japurá,Manicoré, Maraã, Presidente Figueiredo, SãoGabriel da Cachoeira, São Paulo deOlivença, São Sebastião do Uatumã, Silves,Tapauá e Tonantins.Em 13 municípios, a demanda atendida foisuperior ao número de iletrados levantadospelo Censo de 2000, como em Boa Vista doRamos, onde os dados do IBGE apontaramuma demanda de 622 alunos analfabetos, e oprograma conseguiu atender 1.532 alunos emtrês anos.: 910 a mais do que o indicado, oque mostra o grande fluxo migratório. Totalmente presencial, com aulas aossábados, o programa é baseado nospressupostos metodológicos de Heloísa VilasBoas, juntamente com as idéias filosóficas eepistemológicas de Paulo Freire e EmíliaFerreiro, oferecendo ao alfabetizando apossibilidade de se identificar como sujeito doprocesso de transformação pessoal e coletiva. O Reescrevendo o Futuro faz parte dasações do Conselho de DesenvolvimentoHumano (CDH), presidido pela primeira-dama Sandra Braga, que também estápromovendo a integração de diversosórgãos do Estado a partir de projetos nasáreas social, econômica e educacional quecontribuam para combate à miséria e àfome. Além das sedes municipais, oReescrevendo o Futuro atende moradoresde 633 localidades rurais do interior doEstado, além de comunidades indígenas.

Uma conquistapara a educaçãono Amazonas

HistóriaProfessor DILTON Lima

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tares de 1978, no Congresso Nacional, determi-naram que: • Estava incluída a Lei Falcão.• Um terço dos senadores não seria mais eleito,

mas indicado pelo Governo Federal. Essessenadores passariam a ser chamados de“Senadores Biônicos”.

• O mandato presidencial passava de 4 para 6anos.

Criação da Nuclebrás – A assinatura do AcordoNuclear Brasil–Alemanha ocorreu quando o País,precisando reorientar sua economia para escaparda vulnerabilidade energética e da dependênciatecnológica norte-americana, procurou aRepública Federal da Alemanha (AlemanhaOcidental) para atuar em parceria em um projetode transferência completa de tecnologia nuclear.Surgia o pragmatismo responsável: políticaexterna voltada para o desenvolvimentoeconômico, responsável pelo momento de maiorafastamento entre o Brasil e os Estados Unidos.Protocolo de Brasília – Quando tomou posse,em março de 1974, o presidente Geisel logoaprovou a construção de uma segunda usinanuclear em Angra dos Reis, apressando enten-dimentos com o governo alemão para transfe-rência de tecnologia e concessão do financia-mento necessário. Em outubro, os dois paísesfirmaram o documento conhecido comoProtocolo de Brasília, que serviu de base para oAcordo de Cooperação nos Usos Pacíficos daEnergia Nuclear, celebrado em Bonn, em 27 dejunho do ano seguinte.Abertura política lenta e gradual – Em termospolíticos, a escolha do general Ernesto Geiselsignificava mais uma vitória dos gruposmoderados, que pensavam em devolver o poderaos civis gradualmente.É claro que os efeitos da crise econômica e asnovas pressões dos vários setores da sociedadetambém contribuíam para o processo deabertura política.Os trabalhadores, em 1978, desencadearaminúmeras greves, severa e violentamentereprimidas pela policia. No entanto os própriosempresários perceberam que era melhorconversar com os líderes sindicais do que comos representantes do governo.Na região do ABC, em São Paulo, onde seconcentram as indústrias automobilísticas, omovimento grevista dos metalúrgicos, lideradospor Luís Inácio da Silva, o Lula, deu início àreorganização dos trabalhadores. O caminho,porém, seria mais difícil. Os militares da linha duranão concordavam com a política de abertura.Ações repressivas, que culminaram com osassassinatos do jornalista Vladimir Herzog e dooperário Manoel Filho, colocaram em questão aautoridade do presidente e provocaram aindignação social.Em 1978, o governo Geisel decretou o fim doAto Institucional n.° 5.Outras criações do governo GeiselPolamazônia, visando a investimentos nossetores agropecuários e minerais na Amazônia.Início da construção da hidrelétrica de Itaipu, emcooperação com o Paraguai.

Governo João Baptista de Oliveira Figueiredo(1979–1985)

Abertura política – Medidas democráticasiniciadas pelo governo Geisel:• Anistia geral concedida em 1979 aos

condenados por crime político.• Reforma partidária, em 1979, que extinguiu o

bipartidarismo e trouxe o retorno dopluripartidarismo.

• Restabelecimento das eleições diretas paragovernadores dos Estados, em 1980.

Terrorismo de direita – Marcado por atitudes dosgrupos conservadores que não aceitavam asmedidas redemocratizantes de Figueiredo. Eles

incendiavam bancas de jornais, realizavamatentados a bombas e praticavam seqüestros. Oepisódio mais notável foi o atentado ao Riocentro,local onde cerca de 20 mil pessoas assistiam aum show musical comemorativo ao dia 1.° maio,promovido por uma entidade de esquerda.Campanha pelas Diretas-já (1983–84) –Gigantescos comícios realizados por todo oPaís, divulgando que as eleições presidenciaisde 1985 seriam realizadas de forma direta.Neste processo político, participaram UlyssesGuimarães, Tancredo Neves, Franco Montoro,Teotônio Vilela, Leonel Brizola, Lula e outros. Emenda Dante de Oliveira (1984) – O deputadomato-grossense Dante de Oliveira apresentou aoCongresso Nacional a emenda que concluiria aabertura democrática, restabelecendo as eleiçõesdiretas para presidente da República. Estaemenda foi vetada pelo Congresso Nacional, nãoalcançando os dois terços exigidos por lei. Aeleição presidencial de 1985 será de formaindireta, o presidente da República será eleito porum colégio eleitoral.Sucessão Presidencial – Realizou-se de formaindireta, com duas chapas:Situação: Paulo Maluf (PDS, antiga ARENA)apresentava-se como candidato do governo.Oposição: Comandada pelo PMDB, formou aAliança Democrática, apresentando seuscandidatos:Presidente da República: Tancredo Neves;vice-presidente: José Sarney.Em 15 de janeiro, os membros do ColégioEleitoral deram 480 votos a Tancredo Neves eapenas 180 a Paulo Maluf, tendo sidoregistradas 17 abstenções e 9 ausências. Oscinco Estados que mais contribuíram para avitória da Aliança Democrática foram MinasGerais (57 votos), São Paulo (50), Rio deJaneiro (42), Paraná (37) e Bahia (35).

Exercícios

01. (ESPM) “Há 30 anos, em outubro de1975, o jornalista Vladimir Herzog foimorto nas celas do II Exército. Emjaneiro do ano seguinte, foi a vez dooperário Manuel Fiel Filho, queapareceu morto no mesmo local. Ocomando do II Exército distribuiu notadizendo que os prisioneiros haviam-sesuicidado, mas a sociedade repudiouos assassinatos”.(Antonio Pedro, “História do Brasil”).

O texto remete o leitor ao fato de que:a) As mortes de Vladimir Herzog e Manuel

Fiel Filho produziram protestos da popu-lação e levaram a ditadura militar adecretar o A.I. 5.

b) As mortes de Vladimir Herzog e ManuelFiel Filho ocorreram onde funcionava oDOI-CODI e causaram mobilizaçãoinédita da sociedade contra a tortura e aditadura.

c) As mortes de Vladimir Herzog e ManuelFiel Filho ocorreram sob o governo dopresidente Médici, no auge da ditaduramilitar.

d) As mortes de Vladimir Herzog e ManuelFiel Filho ocorreram sob o governo dopresidente João Figueiredo, que tinhacomo seu ministro do Exército o generalSilvio Frota, um dos líderes da chamadalinha dura do regime.

e) As mortes de Vladimir Herzog e ManuelFiel Filho ocorreram sob o governo domarechal Costa e Silva e fizeram parte deuma escalada da repressão promovidapela linha dura do regime contra oPartido Comunista.

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DesafioHistórico

01. (UFPR) Sobre a conjuntura do golpemilitar no Brasil, nos anos sessenta,assinale a alternativa INCORRETA.a) Predominava internacionalmente a tensão

ideológica da Guerra Fria e um surto demodernização e expansão forçada daeconomia capitalista.

b) Apesar da diversidade econômica epolítica, setorial e regional, predominavano país um forte apoio às políticas dereforma de base do governo Goulart, emespecial a reforma agrária.

c) O golpe militar de 1964 foi motivado pelainstabilidade do governo João Goulart,caracterizada pelo esgotamento domodelo nacional-popular de desenvolvi-mento e de conciliação social e política.

d) A estrutura representativa e democrática,em especial a partidária, apresentava-sefragilizada.

e) Havia pressão dos setores trabalhistasorganizados, no campo (ligas campo-nesas) e na cidade.

02. (UFES) A política energética brasileiraadotada no século XX constitui umanítida expressão histórica do papel doEstado como agente econômico. Dasafirmativas a seguir, a que confirmaessa proposição é:a) Sob o governo Geisel, foram instituídos

acordos entre o Brasil e a AlemanhaOcidental para a construção de oitousinas nucleares em solo brasileiro a fimde gerar e comercializar energia elétrica epermitir o controle sobre o ciclo docombustível nuclear.

b) A separação entre solo e subsolo, instituídana Constituição de 1934 sob o GovernoVargas, foi o mais importante resultado dacampanha “O petróleo é nosso”.

c) Diante do aumento do preço do petróleosob o monopólio dos países árabes eminício dos anos 70, o Estado brasileiroinstituiu os Projetos Jari e Carajás comoestratégia de autodefesa do país contra adependência externa do petróleo.

d) O Programa Nacional do Álcool (Proálcool)foi criado em 1979, no governo Figueiredo,para conter os gastos com a importaçãode petróleo.

e) Durante a Guerra Fria, Juscelino Kubitschekcriou, por meio de acordo assinado com aAlemanha Ocidental, o Conselho Nacionalde Energia Nuclear com vistas a atenuar adependência brasileira do petróleo.

03. (PUCMG) “Temperatura sufocante. O arestá irrespirável. O país está sendo varridopor fortes ventos. Máxima: 38°, emBrasília: Mínima: 5° nas Laranjeiras.” “Jornal do Brasil”, 14/12/1968. Previsão dotempo.O trecho é uma alusão clara à turbulênciaprovocada pela:a) vitória da oposição, que, capitaneada pelo

MDB, mobiliza o País em prol da redemo-cratização;

b) denúncia à sociedade sobre os atos decrueldade que ocorrem nos porões daditadura;

c) edição do novo Ato Institucional e ao rígidocontrole por ele exercido sobre o País;

d) disputa pela sigla PTB, que faz da antigaliderança do partido uma ameaça àordem estabelecida.

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A revolução industrialConsistiu num conjunto de transformaçõestécnico-científicas que revolucionaram a produçãode mercadorias, transformando a humanidade apartir do século XVIII e prolongando-se peloséculo XIX.

Transformações no setor da produção

A produção para o mercado transformou oprocesso produtivo no decorrer da IdadeModerna. As mudanças econômicas que, atéhoje, geram novas transformações, durante oAntigo Regime passaram por várias etapas, taiscomo:1. Produção artesanal – Processo produtivo

mais antigo, sem divisão social do trabalho,sendo o produtor dono das ferramentas e doresultado da produção, a mercadoria. Nessaépoca, o mercado era restrito, e a produçãoera feita na casa do artesão.

2. Produção manufatureira – Com o renasci-mento comercial e urbano, que possibilitou aexpansão do comércio em escala internacional,fez-se necessário aumentar a produção. Dessaforma, ocorreu a divisão social do trabalho, ouseja, a concentração de trabalhadores nummesmo local sob a direção de um mestre. Aprodução era feita por etapas, obrigando àespecialização do trabalhador por setor. Oresultado foi o aumento da produção.

3. Produção maquinofatureira – Considerado oapogeu do Capitalismo, esse período marca amecanização da produção. A oficina foisubstituída pela fábrica, e as máquinas, amatéria-prima, o combustível e os produtospassaram a pertencer ao proprietário dosmeios de produção. Na fábrica, concentravam-se centenas de trabalhadores assalariadossob uma rígida divisão social do trabalho.

Revolução Industrial na Inglaterra

Principais fatores:1. Acumulação primitiva de capitais – Lucros

provenientes do comércio colonial com ospaíses ibéricos.

2. Supremacia marítima – A partir dos Atos deNavegação, a Inglaterra dominou o comérciomarítimo e expandiu sua dominação colonial,conquistando novas fontes de matérias-primas e novos mercados consumidores queestimularam a produção industrial.

3. Reservas minerais – Presença abundante dejazidas minerais de carvão e ferro.

4. Enclousures – Cercamentos dos campos edefinição da propriedade privada dos meiosde produção, a terra. Era a expansão docapitalismo na produção agropastoril voltadapara o mercado. Foi dessa forma que apopulação camponesa foi expulsa do campo,tornando-se mão-de-obra barata nas cidades.

5. Sistema de crédito – A criação do Banco daInglaterra, no século XVII, ampliou o sistemade créditos para investimentos no setorindustrial e na produção técnico-científica.

6. O crescimento demográfico – O crescimentopopulacional foi fruto de uma série de fatores,entre eles o controle de epidemias e oaumento da produção agrícola.

7. Revolução Gloriosa – Revolução burguesaque transformou o parlamento inglês numórgão dirigente do Estado. Dessa forma, oParlamento passou a utilizar o liberalismo comomote para o desenvolvimento econômico.

Ligado a essas transformações, o desenvolvi-mento técnico-científico foi decisivo para a indus-trialização inglesa. As primeiras transformaçõesforam:a) Invenção da máquina a vapor, em 1712, por

Newcomem, que servia para bombear água

das minas de carvão.b)Produção de ferro com carvão coque, em

1735.c) Desenvolvimento da máquina de fiar, a

Spinng Jenny, por James Hargreaves, em1767.

d)Aperfeiçoamento da máquina a vapor porJames Watt. A utilização dessa nova energianas máquinas de fiar e tecer, por RichardArkwiright, em 1769.

e) Tear mecânico, por Richard Arkwiright, em1785.

ConseqüênciasO trabalho nas fábricas era realizado empéssimas condições, e os trabalhadores nãopossuíam instrumentos de reivindicações(sindicatos) e nem leis trabalhistas. Ostrabalhadores respiravam poeira, o barulho eraintenso, e a jornada de trabalho era de 14 a 16horas diárias. Não havia descanso semanalremunerado e nem férias. Havia exploração dotrabalho infantil e do da mulher.

Indepedência dos Estados Unidos

A Independência dos Estados Unidos tornou-seum marco no processo que levou ao fim doAntigo Regime.Nas colônias do norte e do centro, desenvolveu-se um modelo de colonização de povoamento:os colonos exerciam um trabalho livre, numsistema de produção que estava baseado napequena propriedade.No sul, onde prevaleceram as colônias deexploração, desenvolveu-se um sistema deprodução baseada na grande propriedademonocultora e no trabalho escravo negro.Em meados do século XVIII, quando se iniciou aRevolução Industrial, a Inglaterra começou amudar seu comportamento em relação a suascolônias americanas, intensificando a políticaeconômica mercantilista e restabelecendo opacto colonial, para acabar com a concorrênciadas colônias.

Guerra de Independência

Causas maiores – A Guerra de Independênciados Estados Unidos teve como causas maisprofundas as restrições mercantilistas impostaspela Inglaterra a suas colônias americanas e ainfluência das idéias liberais dos filósofosiluministas, divulgadas na América do Norte.Causas menores – Como causas menores emais imediatas, podemos citar a Guerra dosSete Anos, o Massacre de Boston e os AtosIntoleráveis. No mesmo ano (1774), todas ascolônias, com exceção da Geórgia, enviaramrepresentantes para o Primeiro CongressoContinental de Filadélfia.Nesse congresso, os colonos, ainda nãodispostos à separação, resolveram enviar aogoverno inglês um pedido para que fossemretirados os Atos Intoleráveis. A Inglaterra nãoatendeu às reivindicações e acirrou a repressão,causando a morte de alguns americanos. Os colonos reuniram-se no Segundo CongressoContinental de Filadélfia, em 1775. As principaismedidas adotadas no Congresso foram:a) Declaração de Independência dos Estados

Unidos.b)Declaração de Guerra à Inglaterra.A Declaração de Independência, que continha aDeclaração dos Direitos do Homem, foiaprovada em 4 de julho de 1776, afirmando queas “Colônias estão isentas de toda e qualquerobediência à Coroa Britânica”.Na Declaração de Independência, os colonosnorte-americanos defendiam a tese de que ohomem tem o direito natural à liberdade e àfelicidade, bem como afirmavam que o poder seorigina do povo e que o cidadão tem o direitode substituir o governo que não respeitar seusdireitos naturais. Os Estados Unidos foram o primeiro país a setornar independente e também o primeiro aproclamar uma república federativa.

Revolução Francesa

Fatores determinantes1. Fatores econômicos e sociais – A França,

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DesafioHistórico

HistóriaProfessor Francisco MELO de Souza

01. (Faap) “A crise do antigo sistemacolonial ocorrida na segunda metadedo século XVIII foi provocada porfatores endógenos, particularmente ascontradições do próprio sistema. Afinal,embora o objetivo da colonização fossea exploração econômica da colônia embenefício da metrópole, era impossívelexplorar sem desenvolver.”O texto trata da desintegração do antigocolonialismo que se operou numaconjuntura de crises mais global,marcada por várias revoluções, como:a) a revolução russa;b) a revolução industrial;c) a revolução praieira;d) a guerra de secessão;e) a revolução puritana.

02. (Puccamp) Dentre as conseqüênciassociais forjadas pela Revolução Industrialpode-se mencionar:a) o desenvolvimento de uma camada

social de trabalhadores, que destituídosdos meios de produção, passaram asobreviver apenas da venda de sua forçade trabalho;

b) a melhoria das condições de habitação esobrevivência para o operariado, proporci-onada pelo surto de desenvolvimentoeconômico;

c) a ascensão social dos artesãos quereuniram seus capitais e suasferramentas em oficinas ou domicíliosrurais dispersos, aumentando os núcleosdomésticos de produção;

d) a criação do Banco da Inglaterra, com oobjetivo de financiar a monarquia e sertambém uma instituição geradora deempregos;

e) o desenvolvimento de indústrias petroquí-micas favorecendo a organização domercado de trabalho, de maneira aassegurar emprego a todos osassalariados.

03. (UFMG) Todas as alternativas apresen-tam mudanças que caracterizam aRevolução Industrial na Inglaterra doséculo XIX, EXCETO:a) A aplicação sistemática e generalizada

do moderno conhecimento científico aoprocesso de produção para o mercado.

b) A consolidação de novas classes sociais eocupacionais, determinada pelapropriedade de novos fatores de produção.

c) A especialização da atividade econômica,dirigida para a produção e para oconsumo paroquial e familiar.

d) A expansão e despersonalização daunidade típica de produção, até entãobaseada principalmente nas corporaçõesde ofício.

e) O redirecionamento da força de trabalhodas atividades relacionadas à produçãode bens primários para a de bensmanufaturados e serviços.

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em fins do século XVIII, era ainda uma naçãoessencialmente agrária, com uma produçãoagrícola estruturada no modelo feudal,enquanto a Inglaterra, sua grande rival,desenvolvia o processo de RevoluçãoIndustrial, transformando-se na maior naçãocapitalista.

A sociedade francesa estava dividida em trêsEstados:Primeiro Estado – Formado pelo alto e baixoclero. Os membros do alto clero (bispos eabades) pertenciam à nobreza; os do baixo clero(padres e monges) tinham origem no 3.° estado.Segundo Estado – Constituído pela nobreza,que detinha, juntamente com o rei, o poderpolítico do país. Estava dividida em alta e baixanobreza. Parte dela vivia na corte (nobrezacortesã), gozando dos privilégios concedidospelo rei e aproveitando-se do dinheiro público;outra parte vivia explorando os camponeses nocampo.Terceiro Estado – Tinha composição bemheterogênea: abrangia os camponeses, a massapobre da cidade, a pequena, média e altaburguesia.

2. Fatores políticos – A Revolução Francesa foiconseqüência imediata do absolutismo de LuísXVI. No seu governo, a economia francesapassava por uma crise aguda, que, em parte,aumentou em função da participação daFrança na Guerra de Independência dosEstados Unidos.A situação econômica exigia reformas urgentese gerava uma aguda crise política. Foram váriosos ministros das Finanças francesas, tais comoTurgot, Necker e Calonne, que pretenderamforçar a nobreza e o clero a pagarem impostos,mas o rei demitiu-os, porque também sofriapressão do Primeiro e do Segundo Estados.A burguesia, na reunião dos Estados Gerais,fez duas grandes exigências: primeira, que oTerceiro Estado tivesse um número dedeputados igual ao dos dois outros Estados;segundo, que o voto, na Assembléia, fosseindividual. A primeira exigência foi atendida,mas a segunda foi obstaculizada pelos outrosdois Estados.O rei anunciou, na abertura dos trabalhos, emmaio de 1789, que a finalidade daqueleencontro político era resolver somenteproblemas financeiros, e o processo devotação dos projetos seria por Estado.O Terceiro Estado, com apoio de membros dobaixo clero e da nobreza de toga (nobreza quecomprou o seu título), declarou-se AssembléiaNacional Constituinte. O rei reagiu mandandofechar o Congresso Nacional e prender osdeputados.

Primeira jornada revolucionária

O rei mobilizou tropas militares para reprimir asmanifestações burguesas e populares. Mas aburguesia organizou milícias populares paraenfrentar as tropas reais. No dia 14 de julho de1789, a população parisiense tomou a Bastilha(prisão política, símbolo do autoritarismo e dasarbitrariedades do rei).A Tomada da Bastilha foi um marco da explosãopopular. Depois dela, a agitação revolucionáriaespalhou-se por toda a França. O medo de arevolução camponesa espalhar-se e atingirtambém as propriedades burguesas levou àextinção dos direitos feudais, em agosto de 1789.No dia 26 de agosto de 1789, a AssembléiaNacional proclamou a célebre Declaração dosDireitos do Homem e do Cidadão. Em 1790, a Assembléia Constituinte confiscouvárias propriedades da Igreja e subordinou oclero à autoridade do Estado (chamada deConstituição Civil do Clero). Os religiosos e anobreza descontentes fugiram da França e, noexterior, organizaram exércitos para reagir àRevolução Francesa.

Monarquia Constitucional

Em 1791, após a elaboração da Carta Constitu-cional, a França tornou-se uma Monarquia Consti-tucional, dominada pela burguesia, cujos pontos

principais são:1. Igualdade jurídica de todos os cidadãos

franceses (mas permanecia a escravidão nascolônias).

2. Completa liberdade de produção e decomércio, com proibição das greves dostrabalhadores.

3. Liberdade de crença religiosa e separaçãoentre Estado e religião.

4. Estado dividido em três poderes: legislativo,executivo e judiciário. Nas eleições, foiinstituído o voto censitário.

França foi invadida

O rei Luís XVI não aceitou a perda do poder econspirou contra a revolução. Fez contato comos reis da Áustria e da Prússia com o objetivode formar um exército e invadir a França pararestabelecer o Absolutismo.Em julho de 1791, o rei tentou fugir da França,mas foi preso sob a acusação de traição. Nomesmo mês, o exército austro-prussiano invadiu aFrança, contando com o apoio secreto da famíliareal, que fornecia segredos militares às tropasinvasoras. O país foi defendido pelo exércitocomposto pelos sans-cullottes (pequenosnegociantes, artesãos e operários) sob a liderançade Danton e Marat. Em 20 de setembro, o exércitoestrangeiro foi expulso da França.

Convenção

A partir desse momento, foi proclamada aRepública Francesa, que passou a sergovernada pela Assembléia Nacional, chamadade Convenção. Nesse período, as mais importantes forçaspolíticas do país eram as seguintes:Partido Feuillants: composto por representantesda burguesia financeira; defensores damonarquia constitucional.Partido Girondino: composto porrepresentantes da burguesia comercial eindustrial; defensores da República.Partido Jacobino: composto pela pequenaburguesia; defendia a execução do rei e ainstauração da República.Cordeliers: composto por representantes dascamadas populares; defendia a execução do reie a instauração da República.Partido da Planície: uma parte representava aburguesia financeira; a outra, a burguesiaindustrial.O rei foi julgado na Convenção, acusado porRobbespierre e condenado como traidor àexecução por guilhotina. Foi executado em 21de janeiro de 1793.

República dos Jacobinos

A execução do rei provocou revoltas internas euma reorganização das forças absolutistasestrangeiras. Para enfrentar a ameaça, os jaco-binos criaram uma série de órgãos encarre-gados da defesa da revolução. Entre essesórgãos, destacam-se:1. Comitê de Salvação Pública.2. Tribunal Revolucionário.Nessa época, instalou-se uma verdadeira ditadurados jacobinos, sob a liderança de Robbespierre, oqual, para governar, procurava equilibrar-se entreas diversas tendências políticas, umas maisidentificadas com a alta burguesia e outras maispróximas das aspirações das camadas populares.Robbespierre, tentando sustentar-se no poder,eliminando as oposições dentro do governo,condenou à morte alguns membros da própriaConvenção, dentre os quais Danton, quediscordavam de suas práticas radicais.Os Girondinos e a Planície uniram forças contrao governo de Robbespierre, que por sua vezperdeu o apoio popular. O resultado foi a prisãoe a execução por guilhotina de Robbespierre.

Golpe do Nove Termidor

Após a morte de Robbespierre, a Convençãopassou a ser controlada pelos representantesda alta burguesia, que elaboraram uma novaConstituição.

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DesafioHistórico

01. (Unitau) O capitalismo, com base natransformação técnica, atinge seuprocesso específico de produção,caracterizado pela produção em largaescala, onde há uma radical separaçãoentre o trabalho e o capital. Estaafirmativa está tratando:

a) da separação entre capitalismo esocialismo;

b) da Revolução Industrial;c) do advento do Mercantilismo;d) da Revolução comunista na Rússia;e) do plano Marshall após a Segunda

Guerra Mundial.

02. (FGV) A Constituição da França de1791, a partir dos princípios preconiza-dos por Montesquieu, consagrou, comofundamento do novo regime,

a) a subordinação do Judiciário aoLegislativo, que passou a exercer umpoder fiscalizador sobre os tribunais;

b) a identificação da figura do monarca coma do Estado, que a partir desse momentose tornou inviolável;

c) a supremacia do Poder Legislativo,deixando de ser o rei investido de podermoderador;

d) o poder de veto monárquico, que serestringiu a assuntos fiscais, limitando,assim, a soberania popular;

e) a separação dos poderes até entãoconcentrados, teoricamente, na pessoado soberano.

03. (Fuvest) Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução Francesa,que:

a) teve resultados efêmeros, pois foiiniciada, dirigida e apropriada por uma sóclasse social, a burguesia, únicabeneficiária da nova ordem;

b) fracassou, pois, apesar do terror e daviolência, não conseguiu impedir oretorno das forças sociopolíticas doAntigo Regime;

c) nela coexistiram três revoluções sociaisdistintas: uma revolução burguesa, umacamponesa e uma popular urbana, a doschamados “sans-culottes”;

d) foi um fracasso, apesar do sucessopolítico, pois, ao garantir as pequenaspropriedades aos camponeses, atrasou,em mais de um século, o progressoeconômico da França;

e) abortou, pois a nobreza, sendo uma classecoesa, tanto do ponto de vista da riqueza,quanto do ponto de vista político, impediuque a burguesia a concluísse.

Page 6: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo13 Hist Geo

Planejamento regional noBrasil

A política regional da Sudene

O Nordeste, como espaço regional singular, éum produto da integração nacional, sob ocomando do Centro-Sul. O complexo cafeeiro e,em seguida, a industrialização transferiram,definitivamente, o topo geográfico da acumula-ção de riquezas. A marginalização econômicadas oligarquias nordestinas acompanhou aformação de um mercado interno unificado esubordinado aos capitais urbanos e industriaissediados no Sudeste.Mas as oligarquias conservaram o seu controlesobre a terra e as máquinas políticas estaduais.Essa herança histórica permitiu que sobrevives-sem como elite periférica, por meio da capturade rendas geradas pelas políticas de planeja-mento regional do poder central.A Superintendência do Desenvolvimento doNordeste (Sudene) nasceu em 1960, comoinstrumento para a subordinação econômica epolítica das oligarquias nordestinas. A indústria,não a agropecuária, era proclamada comocaminho para a redenção da região periférica. Osinvestimentos de empresas sediadas no Sudeste,não os latifúndios do Nordeste, tomavam-sebeneficiários dos incentivos e subsídios federais.Nos primeiros anos da Sudene, a sua “épocaheróica”, a espada da reforma agrária chegou alançar uma sombra ameaçadora sobre a grandepropriedade fundiária da faixa açucareira.Com a Sudene, os “nordestes” dissolveram-seno Nordeste. A lei que criou o novo órgão definiucomo sua área de atuação a totalidade dos noveestados nordestinos e o extremo norte de MinasGerais. Em 1998, toda a porção mineira do Valedo Jequitinhonha e o norte do Espírito Santoforam incluídos na área da Sudene.O diagnóstico tradicional, que vinculava apobreza regional ao fenômeno das secas, deulugar ao ponto de vista desenvolvimentista, cujaprioridade consistia na implantação de pólosindustriais na Região. Coerentemente com essaorientação, estabeleceu-se, em 1974, o Fundode Investimentos do Nordeste (Finor). O Finorfinanciou, ao longo da sua história, a implanta-ção ou expansão da maior parte dos grandesgrupos industriais com fábricas no Nordeste. Osrecursos do fundo possibilitaram a criação doPólo Petroquímico de Camaçari, na Bahia.Atualmente, cerca de 30% do ICMS arrecadadopelos estados nordestinos provêm deempreendimentos financiados pelo Finor.Sob a Sudene, o Nordeste emergiu como Regiãoindustrial periférica, conectada aos capitaissediados no Sudeste. Os laços de dependênciamanifestam-se com especial nitidez no caso daindústria de bens intermediários – produtosquímicos, petroquímicos e metalurgia – quefuncionam como insumos para as empresas doCentro-Sul. A industrialização incentivadamodificou o panorama econômico nordestino,ampliando a sua participação no PIB nacional etransferindo para as cidades o foco deacumulação regional de riquezas.A liderança dos investimentos incentivados Ficoucom as indústrias químicas, metalúrgicas, deminerais não-metálicos, de material elétrico e decomunicações. As tradicionais indústriasnordestinas – têxteis, de vestuário e calçados ede alimentos – receberam menos de 30% dos

investimentos incentivados pelo Finor. A ação daSudene também contribuiu para a concentraçãoregional da industria nas principais aglomeraçõesurbanas da Zona da Mata. Um dos seus resulta-dos consistiu na aceleração do crescimentodemográfico das metrópoles regionais. que sefirmaram como pólos de atração para osmigrantes oriundos do meio rural.

O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NAAMAZÔNIA

Ainda há tempo para que a Amazónia não repitaa história da Mata Atlântica. Existem, felizmente,alternativas. O ponto de partida é mudar ospressupostos e as orientações das políticaspúblicas e o comportamento e os valores decada um de nós. O desenvolvimento pode, sim,ser feito com a manutenção das florestas.Entretanto isso não deverá ser resultado doaltruísmo dos indígenas, extrativistas, colonos,fazendeiros e empresários. Necessitamos depolíticas públicas capazes de mudar a lógicaeconômica da fronteira do desmatamento. Aequação é simples. A manutenção das florestasdeve ser economicamente mais rentável do queos benefícios do garimpo florestal e da agrope-cuária. Para isso, o produtor rural tem de obtermaiores rendimentos dos produtos florestaismadeireiros e não-madeireiros e dos serviçosambientais prestados por suas florestas (conser-vação dos rios, da biodiversidade, do clima, etc).

O Estado do Amazonas está determinado aimplementar uma política de desenvolvimentosustentável voltada para a conservação dasflorestas e para a melhoria da qualidade de vidadas populações rurais, com especial atençãopara os segmentos extremamente empobrecidos.É inadmissível que indígenas, ribeirinhos ecolonos, moradores de ecossistemas riquíssimos,sejam miseráveis e dependam de políticasassistencialistas. É também inadmissível queessas populações sejam forçadas a desmatar, nabusca de melhorar o seu bem-estar.

Para enfrentar esse desafio, estamos fazendosimplesmente o óbvio. Infelizmente, demoramosmais de 500 anos para nos dar conta disso.

Mão-de-obra qualificada para o interior

Eis as principais providências para se implantarmão-de-obra qualificada – praticamenteinexistente em todo o Brasil – com vistas aodesenvolvimento sustentável:

1. Implementar florestas públicas de produção.

2. Criar linhas de crédito para pequenos emédios empreendedores florestais.

3. Estender os benefícios fiscais e tributários daindústria convencional para os empresáriosflorestais.

4. Gerar energia elétrica limpa, a partir deresíduos florestais.

5. Utilizar as frutas da floresta (açaí, castanha,camu-camu, etc) na merenda escolar.

6. Utilizar as plantas medicinais nos programasde saúde pública.

7. Apoiar a agricultura familiar com sistemasagroflorestais.

8. Manejar os recursos pesqueiros e promovera piscicultura.

9. Treinar e profissionalizar os trabalhadoresflorestais.

10. Desenvolver a base científica e tecnológicapara a modernização de atividades florestaisseculares.

Esse desafio só será possível se houver umaampla parceria de toda a sociedade brasileira.Precisamos aumentar o consumo de produtosflorestais madeireiros e não-madeireiros daAmazônia, valorizando especialmente os que

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Geografia do Brasil

Professor Paulo BRITO

01. A Região Nordeste compreende, emseu interior, áreas diferenciadas porfatores naturais e socioeconômicos: oMeio Norte, o Sertão, o Agreste e aZona da Mata. Sobre as característicasmais recentes da economia dessasáreas, assinale V ou F.1. ( ) O avanço da soja no Meio-Norte,

com a ocupação dos cerrados noMaranhão, Piauí e oeste baiano.

2. ( ) O crescimento da indústria nasáreas metropolitanas, em espe-cial o de Salvador e Fortaleza,como resultado da desconcen-tração industrial no Sudeste.

3. ( ) A expansão do extrativismovegetal, do babaçu e dacarnaúba, como atividadeprincipal dos pequenosagricultores do Agreste.

4. ( ) A substituição da lavoura daçana-de-açúçar na Zona da Matapêlos lavouras de subsistência(feijão, arroz, mandioca), atravésde projetos de assentamentos.

5. ( ) O desenvolvimento da fruticulturano vale médio do São Francisco,em pleno Sertão, através deprojetos de irrigação.

02. Com relação às alterações ambientaisprovocadas pela construção de umarepresa, avalie as afirmativas a seguir:I. Reduz a velocidade normal de

escoamento das águas do rio.II. Aumenta a deposição do material

trazido em suspensão pelo rio.III. Retém matéria orgãnica cuja

decomposição libera dióxido decarbono e metano.

IV. Diminui a umidade relativa do ar,regularizando os níveis de chuvas.

Assinale:a) se somente as alternativas I e II estiverem

corretas. b) se somente as afirmativas III e IV

estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I, II e III

estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II, III e IV

estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem

corretas.

03. A implantação, na Amazônia, dasgrandes estradas de rodagemintensificou os fluxos migratórios emdireção a essa Região. Esses fluxosmigratórios NÃO provocaram:a) a disseminação de doenças tropicais; b) a redução da especulação fundiária;c) o colapso da infra-estrutura urbana;d) a atuação predatória no preparo da terra;e) o aumento dos fluxos de contrabando.

DesafioGeográfico

Page 7: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo13 Hist Geo

possuem selo verde ou orgânico. Isso pode serfeito individualmente, por consumidores, ou pormeio da política de compra das empresas, dasprefeituras, dos estados e da União. Precisamosdesenvolver mecanismos para o pagamentopelos serviços ambientais das florestas aoprodutor rural. Menores impostos, crédito maisbarato, reconhecimento da propriedadeintelectual dos povos indígenas e daspopulações tradicionais.

Isso deve ser feito com políticas internacionais,nacionais, estaduais e municipais coerentes como desenvolvimento sustentável.

Necessitamos de um engajamento vibrante dasnossas universidades e das instituições depesquisa; sobre isso devem-se debruçar nossosmelhores cérebros. Precisamos atrair os maiscompetentes empresários e investidores privadospara os negócios sustentáveis.

Necessitamos de novas e mais amplas alianças,inclusive com governos, consumidores eempresas de países seriamente comprometidoscom a sustentabilidade. Especialmente,necessitamos do apoio das ONGs para mobilizarcomunidades e consumidores em torno dessesdesafios. Precisamos de uma ação coordenada eestratégica com nossos países vizinhos – afinal,temos mais de 1/3 das florestas tropicais doPlaneta. Conservar a Amazônia é uma tarefaurgente. É melhor que façamos nós mesmosantes que nos julguem incapazes e questionemnossa soberania.

Fonte: Virgílio M. Viana / Relato sobre a Amazônia Verdee o desenvolvimento sustentável.

MANEJO FLORESTAL

O que é o manejo florestal?

O código florestal brasileiro de 1965 (artigo 15)definiu que as florestas da Amazônia só poderiamser utilizadas por meio de planos de manejo.Em 1989, a Ordem de Serviço 001–89/IBAMA/DIREN definiu um extensivo protocolo de planode manejo, incluindo especificação de técnicasde extração para diminuir os danos à floresta,estimativas do volume a ser explorado, trata-mentos silviculturais e métodos de monitora-mento do desenvolvimento da floresta após aexploração. O ciclo de corte mínimo foi fixado,na época, em 30 anos.Em resumo, o Manejo Florestal é um conjunto detécnicas empregadas para colher, cuidadosa-mente, parte das árvores grandes, de tal maneiraque as menores, a serem colhidas futuramente,sejam protegidas. Com a adoção do manejo, aprodução de madeira pode ser contínua ao longodos anos.

Por que manejar as florestas?

As principais razões para manejar a floresta são:

1. Continuidade da produção – A adoção domanejo garante a produção de madeira naárea indefinidamente, e requer a metade dotempo necessário na exploração não-manejada.

2. Rentabilidade – Os benefícios econômicos domanejo superam os custos. Tais benefíciosdecorrem do aumento da produtividade dotrabalho e da redução dos desperdícios demadeira.

3. Segurança de trabalho – As técnicas demanejo diminuem drasticamente os riscos deacidentes de trabalho. No Projeto Piloto deManejo Florestal (Imazon/WWF), os riscos deacidentes durante o corte na operaçãomanejada foram 17 vezes menores secomparados às situações de perigo naexploração predatória.

4. Respeito à lei – Manejo florestal é obrigatóriopor lei. As empresas que não fazem manejo

estão sujeitas a diversas penas. Embora aação fiscalizatória tenha sido pouca efetiva atéo momento, é certo que essa situação vaimudar. Recentemente, tem aumentado aspressões da sociedade para que as leisambientais e florestais sejam cumpridas.

5. Oportunidades de mercado – As empresasque adotam um bom manejo são fortescandidatas a obter um “selo verde”. Como acertificação é uma exigência cada vez maiordos compradores de madeira, especialmentena Europa e nos Estados Unidos, asempresas que tiverem um selo verde,provando a autenticidade da origem manejadade sua madeira, poderão ter maioresfacilidades de comercialização no mercadointernacional.

6. Conservação florestal – O manejo da florestagarante a cobertura florestal da área, retém amaior parte da diversidade vegetal original epode ter impactos pequenos sobre a fauna,se comparados à exploração não manejada.

7. Serviços ambientais – As florestasmanejadas prestam serviços para o equilíbriodo clima regional e global, especialmente pelamanutenção do ciclo hidrolático e retenção decarbono.

Projetos de manejo

A utilização dos recursos florestais brasileiros, emuma histórica perspectiva, precisa de análise paraum programa de manejo florestal sustentado.Esses recursos fazem uma contribuição vitalpara:

1. Proteção de mananciais, da vida silvestre e dadiversidade biológica.

2. Geração de empregos, recursos e receitas pormeio da exploração florestal.

Desafios:

1. Desacelerar e se, possível, reverter o êxodorural do interior para Manaus.

2. Revitalizar a produção florestal de madeira ede produtos florestais não-madeireiros porextrativistas, pescadores e indígenas.

3. Aumentar a produção do pescado e de frutastropicais.

4. Implementar uma agenda de trabalho para ossegmentos mais excluídos da sociedade, comespecial ênfase para os bolsões de pobrezade Manaus e das populações extrativistasmais isoladas (pescadores e indígenas).

5. Aumentar os investimentos na Zona Franca deManaus. A política de concentraçãoeconômica da Zona Franca de Manauscontribui para a geração de impostos –alavanca fundamental para o desenvolvimentosustentável. Contribui, ainda, para inibir oavanço demográfico no interior e, portanto,reduzir a taxa de desmatamento.

Quebra de paradigmas – Alguns paradigmasprecisam ser rompidos. Primeiro é a valorizaçãodo saber e das opiniões daqueles que vivem dasflorestas, dos rios, dos lagos e dos igarapés.Esse segmento social precisa ser consultado noprocesso de tomada de decisões.

Não-assistencialismo – É necessário deixar oassistencialismo na forma de doações deimplementos e veículos e implantar política degestão de unidades de produção e debeneficiamento de produtos agrícolas, pesquei-ros e extrativistas sob a administração estadualou municipal. Necessita-se de instrumentos depolítica pública capazes de transformar, dinamizare assegurar a sustentabilidade econômica dascadeias produtivas sustentáveis.

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01. Com o agravamento do desemprego eda fome, acentuou-se o problema dosdesequilíbrios regionais no Brasil. Taisdesequilíbrios tiveram sua origem noprocesso que estabeleceu o papel decada região na divisão territorial dotrabalho, ao longo do desenvolvimentoindustrial brasileiro.Considere o desenvolvimento desigualocorrido no Brasil e numere a coluna dadireita de acordo com a da esquerda,associando cada região ao papeleconômico que lhe coube na divisãoterritorial do trabalho.Papel econômico1. Fornecimento de mão-de-obra por

meio de migrações internas.2. Abastecimento alimentício dos

principais centros industriais.3. Oferta de espaços amplos para as

frentes de expansão agrícola.4. Polarização e organização nacional

do processo produtivo.( ) Centro Oeste( ) Nordeste( ) Sudeste( ) Sul

Assinale a opção que apresenta anumeração na ordem carreta:a) 1, 2, 4, 3 b) 2, 1, 3, 4c) 2, 3, 1, 4 d) 3, 1, 4, 2 e) 4, 3, 2, 1

02. A Região Nordeste é a parte do territórionacional que mais desafios temcolocado à compreensão [...] E oterritório mais consolidado em termos deocupação populacional e o queapresenta maior durabilidade de suaestrutura produtiva.” (CASTRO, Iná E. de.Seca versus seca. In: Brasil: questõesatuais da reorganização do território. Riode Janeiro, Bertrand Brasil, 1996.)Qual das alternativas não se relacionacom o texto acima?a) A Zona do Mata nordestina se mantém

como importante área açucareiro.b) A pecuária continua sendo o elemento-

chave da estrutura produtiva do sertãonordestino.

c) Os setores produtivos tradicionaismantêm-se mesmo com os avanços daindustrialização e da urbanização propicia-dos pelos incentivos fiscais articuladospela Sudene.

d) A Região Nordeste oferece possibilidadespara investimentos devido, entre outrosaspectos, à sua disponibilidade derecursos naturais e à proximidade dosmercados.

e) A manutenção de estruturas produtivastradicionais demonstra a resistência daselites nordestinas às mudanças.

DesafioGeográfico

Page 8: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo13 Hist Geo

Os fusos horários

Noções básicas:

Cada fuso horário equivale a 15° de longitude.Essa é a distância percorrida pela Terra noperíodo de uma hora enquanto executa omovimento de rotação. Como nosso Planeta éesférico, podemos dividir a sua circunferênciapelo tempo de duração do movimento de rotação.Assim, teremos 360° divididos por 24 horasequivalentes a 15° de longitude por hora. Pode-setambém subdividir os fusos em intervalos de umem um grau. Ou seja, para cada grau delongitude teremos o equivalente a 4 minutos.Um dado que não pode ser desprezado é o fatode o movimento de rotação nos dar a noção desucessão das horas. Como ele realiza-sesempre de oeste para leste, o hemisfério lestedo nosso Planeta apresenta horas adiantadasem relação ao hemisfério oeste.Figura 01

Há sempre dois lugares envolvidos no cálculodos fusos horários. Um que será o referencial e ooutro por meio do qual se procura definir a horaequivalente. O que estiver a leste sempre teráhora mais adiantada (desde que não se tomecomo referência a LID). Quando queremosestabelecer a distância, em graus de longitude,entre esses dois lugares, devemos proceder deacordo com as seguintes condições:Primeiro caso: Se os dois lugares estiverem nomesmo hemisfério, devemos subtrair a longitudemenor da longitude maior, por exemplo:Figura 02Mesmo hemisfério

Cálculo 1 da figura 02

45° é a distância entre A de B. Essa distânciadeverá ser convertida para horas: 45° → 3 horas.Segundo caso: Se os dois lugares estiveremem hemisférios diferentes, devemos somar aslongitudes. Assim, teremos:Figura 03

Cálculo 1 da figura 03

30° é a distância entre X e Y. Essa distânciadeverá ser convertida para horas: 60° → 4 horas.Há a necessidade de transformar essa distância

encontrada que está em graus de longitude parao equivalente em horas. Sabemos que cada fusoequivale a 15° de longitude, assim temos:Tabela 01

Não se esqueça de que para cada grau delongitude temos 4 minutos. Neste sentido,podemos construir outra tabela graduada emintervalos de 4 em 4 minutos:Tabela 02

Existem também outras formas de convertergrau de longitude para hora. Atente para aseguinte frase: “multiplique-se a distância (emgraus) encontrada e divida-se o resultado porsessenta”. O processo consiste, basicamente,em transformar grau para minuto, multiplicando-se por 4, e converter os minutos em hora,quando se divide por 60.

Aplicação 01 (hora inteira):Em Manaus (60°W), os relógios marcavam 10horas do dia 12 de outubro. Que horas serão,nesse mesmo instante, num determinado local(A) que esteja a 15°E de Greenwich?Cálculo 1 da aplicação 01

Cálculo 2 da aplicação 01

Solução da aplicação 01

Outra forma bem simples de converter grau parahora é separar os graus suficientes para ter horasinteiras e converter o resto em minutos. Nãodevemos esquecer que, se 15° equivalem a umahora, 1° equivale a 4 minutos.Aplicação 02 (horas e minutos):Dois lugares separados por 54° de longitude

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Geografia Geral

Professor HABDEL

01. (UEG) Um avião decolou do aeroportoda cidade A (45°W) às 7 horas comdestino à cidade B (120°W). O vôo temduração de oito horas. Que horas serãona cidade B quando o avião pousar?a) 11h b) 10h c)9hd) 8h e) 2h

02. (UEL) Considere que um aviãosupersônico sai da cidade de Tóquio à1h da manhã de um domingo comdireção à cidade de Manaus – AM. Aduração do vôo é de nove horas e adiferença de fuso horário de uma cidadea outra é de onze horas. Assinale aalternativa que apresenta corretamente ahora e o dia da semana da chegadadesse avião à cidade de Manaus.a) 22h do sábado.b) 23h do sábado.c) 01h do domingo.d) 10h do domingo.e) 12h do domingo.

03. (Unirio) Marque, no quadro a seguir, aopção que indica corretamente onúmero de fusos horários que oterritório brasileiro compreende e suasituação em relação ao horário do fusode Londres (GMT), respectivamente:

Números de Situação dos horários fusos horários em relação ao GMT

a) 2, adiantadosb) 3, atrasadosc) 4, adiantadosd) 4, atrasadose) 5, adiantados

04. (UFRN) Um grupo de pesquisadorespartiu de Brasília às 08 horas, rumo àcidade de São Francisco, nos EstadosUnidos. Sabendo-se que a diferença entreas duas cidades é de 05 fusos horários eque o vôo durou 08 horas, os pesquisa-dores chegaram a São Francisco àsa) 23 horas. b) 16 horas. c) 13 horas.d) 11 horas.

05. (UFES) Por volta das 9 horas do dia 11de setembro de 2001, o mundo assistiuatônito aos ataques terroristas às torresgêmeas do “World Trade Center”, nacidade de Nova lorque, localizada a 74°de longitude oeste de Greenwich. Tem-se apontado como o autor intelectualdos ataques o saudita Osama Bin Laden,que se encontra escondido noAfeganistão. A diferença horária entre acidade de Cabul, no Afeganistão, e acidade de Nova lorque, nos EUA, é de+9h30min.Com base nas informações acima, alongitude da capital afegã éa) 142°30’ longitude oeste de Greenwich.b) 135°00’ longitude oeste de Nova lorque.c) 216°30’ longitude leste de Nova lorque.d) 83°30’ longitude leste de Greenwich.e) 68°30’ longitude leste de Greenwich.

DesafioGeográfico

Page 9: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo13 Hist Geo

terão diferença horária de?Cálculo da aplicação 02

Solução da aplicação 0254° equivalem a 3 horas e 36 minutos.

O tempo de duração do dia no planeta Terra éde 24 horas. 24 são também o número de fusoshorários. Estes, por sua vez, estão divididospelos dois hemisférios (Leste e Oeste). Cadalado apresenta 12 fusos horários. A organizaçãodas horas é feita no Meridiano de Greenwich, ea organização das datas ocorre no meridianooposto ao meridiano inicial. É na LID (LinhaInternacional da Data) que começa e terminaum dia.

Outras noções importantes:

Podemos também calcular a hora da chegada(HC). O processo é bastante simples. Bastaencontrar a hora simultânea e soma-la ao otempo da viagem. Isso pode ser resolvidoutilizando-se da expressão: HC = HS + TV.Onde temos:HC: hora da chegada (é o que se procura

determinar).HS: hora simultânea (diferença entre o local de

partida e o de destino).TV: tempo de viagem.Aplicação 03 (tempo de viagem):Um avião parte de Roma (15°E) com destino aPorto Velho (60°W). Sabendo-se que a hora dapartida foi às 8 horas e que a viagem levará 10horas, qual a hora da chegada da aeronave nacapital rondoniense?Cálculo da aplicação 03

Solução da aplicação 03HC = HS + TV

HC = 4h + 10h = 14h é a hora da chegada emPorto Velho.

No Planeta, há dois lugares estratégicos ondetemos a mudança das datas no planeta:• A Linha Internacional da Data (LID).• No fuso onde for meia-noite.De modo geral, há sempre duas datas no globoterrestre. Porém há somente um caso em quetodos os fusos estão na mesma data: quandoem Greenwich for meio-dia.A LID (Linha Internacional da Data) não coincidecom o meridiano de 180°, pois ela sofre desviospara que não corte qualquer área habitada.Cruzando-se a LID do Hemisfério Oriental para oHemisfério Ocidental, podemos retroceder umadata no calendário.Como a LID divide o fuso de 180° em duasmetades, dois lugares situados na área deabrangência desse fuso podem apresentar horaigual, mas datas diferentes.Há, no planeta Terra, 24 fusos horários, sendo11 fusos inteiros e dois semifusos para cadalado. O fuso de Greenwich e o de 180°apresentam uma metade para cada hemisfério.“É importante lembrar que existem os fusosteóricos e os práticos. Os primeiros seguemexatamente o traçado dos meridianos. Noentanto uma série de conveniências locaislevam a alguma adaptação dos fusos, fazendocom que estes não coincidam com osmeridianos e se apresentem, em certos casos,bastante distorcidos. São os fusos práticos”(Duarte, Paulo Araújo. Fundamentos deCartografia. UFSC. p. 74. 1994.).

FUSOS HORÁRIOS BRASILEIROS

Pela posição geográfica do Brasil, totalmente naparte ocidental do Planeta, e por sua grandedimensão no sentido Oeste-Leste, nosso Paísapresenta 4 fusos horários, estando todosatrasados em relação ao meridiano deGreenwich.

DesafioGeográfico

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Crase

1. DEFINIÇÃO

Crase não é acento! O acento sobre o àdenomina-se grave. Crase é, portanto, fusão.É o fenômeno da contração da preposição acom, por exemplo, o artigo a.

2. TESTE DO ARTIGO OU REGRA DO“AO”

Emprega-se o acento grave para indicarcrase sempre que, substituindo-se a palavrafeminina por uma masculina, aparecer acontração ao. O vocábulo masculino nãoprecisa ser sinônimo do feminino. Precisa,sim, fazer sentido para a frase em que seestá fazendo a substituição.

Aplicação 1

Complete as construções seguintes coma ou à. Escolha, depois, a alternativacom a seqüência correta.

1. Fomos .... fazenda.2. Ela era candidata .... vereadora.3. Obedecemos .... lei.4. Conhecemos .... lei.5. Retornei .... praia.

a) à – a – à – a – àb) à – à – à – à – àc) à – a – a – à – ad) a – à – a – a – àe) a – a – à – à – a

3. PRINCÍPIOS SINTÁTICOS DA CRASE

O fenômeno da crase está associado àregência (nominal e verbal) e, portanto,atrelado à estrutura sintática da frase.Dentro da oração, os termos que admitemcrase são os que exigem preposição:

a) objeto indireto;b) complemento nominal;c) adjunto adverbial.

Com base no princípio sintático, a crasepassa a ser absurda com:

a) sujeito;b) objeto direto.A seguir, veja construções certas e erradas:

1. Visitei à praia. (errado)Crase absurda porque a expressão “apraia” tem função de objeto direto doverbo visitar.

2. Você mesma viu à cena de terror.(errado)Crase absurda porque a expressão “acena” tem função de objeto direto doverbo ver.

3. Você mesma assistiu à cena de terror.(certo)Crase normal porque a expressão “àcena” tem função de objeto indireto doverbo assistir.

Aplicação 2

Assinale a frase em que a expres-sãocom crase não seja objeto indireto.a) Prefiro isto àquilo.b) Obedecemos às leis.c) Ele mandava flores às vítimas.d) Refiro-me à Catiane, prima da Raquel.e) Os índios têm amor à Amazônia.

4. CRASE PROIBIDANão ocorrerá crase quando o a estiver:

a) Antes de verbo.Fomos obrigados a aceitar.

b) Antes de palavra masculina.Na fazenda, andávamos a cavalo.

c) Antes de pronomes pessoais.Não fiz referência a ela.

d) Entre palavras repetidas.As lágrimas caíam gota a gota.

e) Antes de pronomes de tratamento.Enviei o relatório a Vossa Senhoria.

Exceções: dona, madama, senhora esenhorita.Enviei o relatório à dona Cláudia.

f) Antes de pronomes indefinidos.Não devo nada a ninguém.

g) Antes de artigos indefinidos.Prestei socorro a uma mulherdesconhecida.

h) Antes dos demonstrativos esta(s),essa(s), isto, isso.Nunca tive respeito a essa pessoa.

i) Antes dos pronomes relativos que, quem,cuja(s).O debate a que assisti terminou tarde.O debate a cuja parte final assisti terminoutarde.

Aplicação 3

Assinale a construção em que há erroquanto à presença ou à ausência doacento grave.a) Ela estava disposta a colaborar.b) Desde cedo, fomos obrigados a trabalhar.c) Obrigaram-me a assinar esta confissão.d) Sua diversão cidade era andar a pé.e) Logo depois da decepção amorosa, saiu

a procura de outra mulher.

Arapuca

(FGV) Em cada uma das alternativasabaixo, está sublinhado um termoiniciado por preposição. Assinale aalternativa em que esse termo não éobjeto indireto.a) O rapaz aludiu às histórias passadas,

quando nossa bela Eugênia ainda erapraticamente uma criança.

b) Quando voltei da Romênia, o Brasil todoassistia à novela da Globo, todos os dias.

c) Quem disse a Joaquina que as batatasdeveriam cozer-se devagar?

d) Com a aterrissagem, o aviador logotransmitiu ao público a melhor dasimpressões

e) Foi fiel à lei durante todos os anos quepassou nos Açores.

Momentoda Crase

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CASOS ESPECIAIS DE CRASE

1. CASAA fusão de a + a só ocorre antes da palavracasa se houver uma expressão que adetermine. Observe que casa determinada écasa que não é sua, mas de alguém, oucasa comercial.

Veja exemplos comentados:

a) Voltou apressado à casa de Cristina.

A crase acontece porque o verbo voltar(intransitivo) exige a preposição a, e apalavra casa, determinada, aceita oartigo a.

Função sintática de “à casa de Cristina”:adjunto adverbial de lugar.

b) Voltou apressado a casa para trocar deroupa.

A crase não acontece; o verbo voltar(intransitivo) exige a preposição a, mas apalavra casa, indeterminada, não aceitao artigo a.

Função sintática de “a casa”: adjuntoadverbial de lugar.

c) Já completara dezoito anos e nãoconhecia a casa paterna.

A crase não acontece porque o verboconhecer é transitivo direto (não aceitapreposição). Nesse caso, temos apenaso a artigo, exigido pela palavra casa queestá determinada.

Função sintática de “a casa paterna”:objeto direto de conhecer.

Aplicação 4

Assinale a opção em que há erroquanto à presença ou à ausência doacento grave.a) Meus avós moram no interior; poucas

vezes, nos últimos dez anos, visitei àcasa deles.

b) Sempre tive muito apego à casa em quenasci.

c) Por uma questão de segurança, nãoconvém chegar a casa muito tarde.

d) Quando jovens, retornávamos a casasempre depois da meia-noite.

e) Realizamos um sonho: conhecemos acasa em que viveram nossos pais.

2. DISTÂNCIAA palavra distância só pode ser antecedidade a com acento grave quando estádeterminada. Considera-se a distânciadeterminada quando se conhece otamanho, a medida da distância. Se adeterminação não é clara, não há artigo, e oacento grave não deve ser usado.

Aplicação 5

Assinale a opção em que há erroquanto à presença ou à ausência doacento grave.

a) Olhei de cima do barranco e enxerguei obarco a distância.

b) Avistei-o à distância de dez metros.c) Ponte quebrada à quinhentos metros.d) Ponte quebrada à distância de

quinhentos metros.e) Estava meio escuro, mas consegui

avistá-la a certa distância, remando umapequena canoa.

3. PALAVRA TERRA

Não acontecerá o fenômeno da crase se apalavra terra estiver em oposição à idéia debordo, ou seja, se tivermos a idéia de quealguma coisa (ou alguém) está na água(barco, navio) ou em um avião ou naveespacial e vem à terra firme. Fora disso, apalavra aceita artigo e, conseqüentemente,crase.

Aplicação 6

Assinale a opção em que há erroquanto à presença ou à ausência doacento grave..

a) Após navegar por três dias nas águas doAmazonas, dirigiram-se a terra.

b) O corpo do pobre mendigo desceu àterra.

c) Ela voltará, em breve, à terra natal.d) Os pescadores desceram a terra para

reabastecer o navio-motor.e) Os astronautas, depois de muito

suspense, conseguiram chegar sãos esalvos à Terra.

Caiu no vestibular

(FGV) Assinale a alternativa em que osinal indicativo de crase foi empregadode acordo com a norma culta.

a) Graças à essa nova visão de ensino, oprofessor desenvolve atividadesinovadoras.

b) De aluno dedicado à profissionalreconhecido: eis aí um homem desucesso.

c) Ele se dedica à várias espécies depesquisa experimental.

d) É sempre à partir da experiência que seaprende?

e) O curso se destina àqueles que valorizamo saber que advém da experiência.

Dificuldades da Língua

A VISTA E A PRAZO

A prazo – Sem crase por ser locução adverbialmasculina. Note bem: a locução é a prazo (nãoao prazo), sem artigo. Isso já é bastante paraconcluir que a expressão a vista, no sentido decomprar, pagar ou vender, também não admitecrase por falta de artigo.

À vista de – Assim mesmo, com crase. É umalocução prepositiva. Significa “tendo em vista”.

À vista – Locução que, fora do sentido decomprar, pagar ou vender, aceita crase comnormalidade.

Veja construções certas e erradas:

1. Compramos uma geladeira à vista. (errado)2. Compramos uma geladeira a vista. (certo)3. Não vendemos à prazo. (errado)4. Não vendemos a prazo. (certo)5. Compramos carros à vista. (errado)6. Compramos carros a vista. (certo)7. À vista do que compramos, perguntaram se

íamos casar. (certo)8. O nosso guia avisou: temos problemas à

vista. (certo)

Desafio Gramatical

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Encarte referente ao curso pré-vestibularAprovar da Universidade do Estado doAmazonas. Não pode ser vendido.