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Apostila Aprovar Ano05 Fascículo27 Hist Bio

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O concluinte deste curso estará apto paradesenvolver novos produtos; supervisionaras várias fases dos processos de industria-lização de alimentos; acompanhar a manu-tenção de equipamentos; e coordenar pro-gramas e trabalhos na área de conserva-ção.

A área de formação deste curso apresentagrande interdisciplinaridade. Assim, o pro-fissional poderá conduzir as mudanças nosetor agroindustrial devido à necessidadeda melhor utilização dos recursos, maioreficiência produtiva e maior atenção àsdemandas do mercado.

Em toda a sua extensão, o curso abrangedisciplinas técnicas relativas a processosde industrialização de produtos de origemvegetal e animal. Engloba também discipli-nas de gestão, abrangendo questões admi-nistrativas e humanas, orientando o alunono sentido de desenvolver possibilidades,resultando em competência e em demandade mercado.

O mercado de trabalho do tecnólogo emalimentos é bem amplo. O curso não émuito antigo. Se for analisado em termosde Brasil, tanto a engenharia e a tecnologiade alimentos são cursos novos, em francaexpansão, com um mercado excelente detrabalho.

A área de atuação do tecnólogo abrangeindústrias alimentícias, empresas de arma-zenamento e distribuição de alimentos eindústrias de aproveitamento de resíduos.E, ainda, instituições de pesquisas científi-cas e tecnológicas, laboratórios de análisesfísico-químicas, sensoriais, microbiológicase de determinação analítica da constituiçãoquímica dos alimentos e suas propriedadesalimentares.

O curso na UEA

O segmento agroindustrial no Estado doAmazonas apresenta enorme potencial decrescimento. Nesse contexto, está inseridaa implementação do curso superior de Tec-nologia em Alimentos nos municípios deJutaí, Anori, Tapauá, Apuí e Beruri.

Esses municípios caracterizam-se comopólo de produção de matérias-primas, comnecessidade de maior ocupação da capaci-dade instalada, maior elaboração e desen-volvimento de novos produtos, incluindotambém a modernização tecnológica.

O curso superior de Tecnologia em Alimen-tos é um dos cursos novos ofertados noVestibular 2008 da Universidade do Estadodo Amazonas (UEA). Ele faz parte doPrograma de formação científico-tecnoló-gica das populações dos municípios dasáreas protegidas do Estado do Amazonas,criado especificamente para atender à de-manda das vocações regionais.

Ele visa formar profissionais para desenvol-ver processos de ampliação, modernizaçãoe diversificação do setor de alimentos,prioritariamente nos municípios de áreasprotegidas do Estado.

A modificação do quadro socioeconômicoda região em aspectos como a inclusãotecnológica na produção de alimentos; ageração de empregos na indústriaagroalimentar; o aumento da utilização dosrecursos naturais e potencialidades regio-nais; a apropriação de tecnologia peloprodutor rural; a preservação dos recursosambientais; e a distribuição de renda sãoáreas prioritárias do curso.

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ÍndiceHISTÓRIAPopulismo na América .............. Pág. 03(aula 157)

BIOLOGIABiologia vegetal ........................ Pág. 05(aula 158)

MATEMÁTICA Funções trigonométricas .......... Pág. 07(aula 159)

QUÍMICA Funções orgânicas II – compostos

oxigenados, hidrogenados e halogenados

................................................... Pág. 09(aula 160)

LITERATURAModernismo II ........................... Pág. 11(aula 161)

HISTÓRIA

República populista (1946–1964)

................................................. Pág. 13

(aula 162)

Referências bibliográficas ...... Pág. 15

Guia de Profissões

Aprodução de alimentos, sua conser-vação e distribuição, mantendo damelhor maneira possível suas condi-

ções naturais, tem sido uma preocupaçãoconstante dos pesquisadores. A aplicaçãode novas tecnologias no processo alimen-tício é indispensável às indústrias que ob-jetivam o aumento de sua produtividade, amelhoria de qualidade, a redução do tempode lançamento de novos produtos e,conseqüentemente, a melhoria da suacompetitividade.

Neste contexto, foi criado o curso superiorde Tecnologia em Alimentos. A história daprofissão de tecnólogo de alimentos noBrasil teve origem na Faculdade de Enge-nharia de Alimentos da Universidade deCampinas (UNICAMP/FEA), que foi a pri-meira unidade de ensino no gênero daAmérica Latina.

Tecnologia em alimentos

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Populismo na AméricaO termo populismo é utilizado para designar umconjunto de movimentos políticos que se propu-seram a colocar, no centro de toda ação política, opovo enquanto massa em oposição aos (ou aolado dos) mecanismos de representação própriosda democracia representativa. Exemplos típicossão o populismo do final do século XIX, que visavatransferir o poder político às comunas camponesaspor meio de uma reforma agrária radical ("partilhanegra"), e o populismo americano dos EUA damesma época, que propunha o incentivo àpequena agricultura pela prática de uma políticamonetária que favorecesse a expansão da basemonetária e o crédito (bicameral).Historicamente, no entanto, o termo populismoacabou por ser mais identificado com certos fe-nômenos políticos típicos da América Latina,principalmente a partir dos anos 1930, estandoassociado à industrialização, à urbanização e àdissolução das estruturas políticas oligárquicas,que concentravam firmemente o poder políticona mão de aristocracias rurais. Daí a gênese dopopulismo, no Brasil, estar ligada à Revolução de1930, que derrubou a República Velha oli-gárquica, colocando no poder Getúlio Vargas,que viria a ser a figura central da política brasileiraaté seu suicídio em 1954.Os países da América Latina mantinham um certolaço de dependência econômica com as grandespotências capitalistas mundiais.As forças reformistas e nacionalistas e as forçasde extrema esquerda se enfrentaram e disputa-ram o controle político dos países latino-ameri-canos. Por isso, o anseio das nações latino-americanas pela democratização e autonomiatem gerado pressões no sentido de reformular asestruturas vigentes. E foi nesse sentido queemergiram as ditaduras militares, os governospró-libertação, movimentos reformistas, revolu-cionários e guerrilheiros que têm caracterizado oconturbado quadro político da América da Amé-rica Latina durante os anos iniciais do século XX.MéxicoEm 1917, foi promulgada a nova constituição dopaís, e Carranza foi eleito presidente. As forçaspopulares revolucionárias, que lutavam anterior-mente com Emiliano Zapata e Pancho Villa porreforma agrária, continuavam insatisfeitas com onovo governo.No período dos anos 30, a tão sonhada reformaagrária ainda não havia sido feita. Mais de 80% dasterras mexicanas estavam nas mãos de poucomenos de dez mexicanos. As manifestaçõesnacionalistas e as reivindicações sociais estavamsendo canalizadas em torno de Lázaro Cárdenas(1934-1940), um nacionalista típico populista, queexpropriou terras e companhias estrangeiras,nacionalizou o petróleo e estimulou a formação desindicatos camponeses e operários. As reformas de Cárdenas, nesse sentido, conven-cionou chamar o partido do governo de Partidoda Revolução Mexicana, transformando, em 1948,no Partido Revolucionário Institucional (PRI), quecontrolou o país até 1990.CHILESalvador Allende, que assume em 3 de novem-bro, tenta construir uma nova sociedade baseadano socialismo através da democracia, umaexperiência, até então, única no mundo. Entresuas primeiras medidas, continua o processo dereforma agrária e inicia-se um processo de esta-tização de empresas consideradas chave para aeconomia chilena. A partir de certos resquícioslegais, baseados em um decreto-lei de 1932, seuma empresa detivesse certo mercado, sua pro-dução poderia sofrer intervenção do Estado, oque faz o governo da Unidade Popular incitar aostrabalhadores que detenham suas atividades eassim estatizar as empresas.

Essas medidas foram rechaçadas pela direita, oque não sucedeu com o projeto-chave do Gover-no e que foi apoiado por todos os setores políticosdo país: a nacionalização do cobre. Em 15 deQUANDO? de 1917, foi aprovado esse projeto porvotação unânime nas duas Câmaras. O Estado(através da Codelco Chile) se tornaria proprietáriode todas as empresas extratoras de cobre – sendoque estas receberiam indenização, restando-lhesas "utilidades excessivas" que haviam tido nosúltimos anos, produto dos baixos ou nulos impos-tos que pagavam. Assim, Anaconda e Kennecott,uma das principais empresas mineradoras, nãoreceberam indenizações pelas minas de Chu-quimata e El Tenente, respectivamente, o que dáinício a um boicote ao governo de Allende lidera-do por Henry Kissinger (negando empréstimosinternacionais) e apoiado por algumas empresasmultinacionais como a ITT, a Ford, a Pepsicola eoutras. Por outra parte, o aumento drástico dossalários dos trabalhadores e o congelamento dospreços funciona, e alcança-se um crescimento de8% no PNB com baixa inflação. Nesse ambiente, aUnidade Popular chega ao seu auge, com 49,73%das preferências nas eleições municipais desseano e com um de seus referentes, Pablo Neruda,recebendo o Prêmio Nobel de literatura.Mas, a partir do segundo ano, as reformas deAllende começam a ser paralisadas devido àviolência que começa a surgir, ao boicote econó-mico e sabotagens orientados pela administraçãoNixon (EUA) e à crise mundial do petróleo, cujosefeitos, nessa época, tornaram-se notórios . Atomada de terrenos, aproveitando os resquíciosda reforma agrária, termina com algunsagricultores mortos ao tentar defender seusterrenos. A sociedade começa a se polarizar, e osenfrentamentos entre partidários e opositores deAllende tornam-se mais freqüentes, nascendo ospanelaços. Com tal clima, a visita de Fidel Castroincita os membros da esquerda a iniciar umarevolução popular com base na luta de classes,algo oposto ao que o presidente se propunha.Economicamente, a magia do primeiro anocomeça a se desfazer, surgindo os primeirossintomas do desabastecimento.O assassinato de Edmundo Pérez Zujovic por umobscuro grupúsculo terrorista sem vínculo com aUnidade Popular é o estopim para a DemocraciaCristã, que decide associar-se ao PartidoNacional para se opor ao governo. Umaacusação constitucional consegue derrubar oministro do Interior, José Tohá; porém Allendeconsegue provocar a oposição ao colocá-locomo ministro da Defesa. Em 19 de fevereiro de1972, a oposição tenta aprovar, no CongressoPleno, uma reforma constitucional que buscavaregularizar os planos estatizadores da UniãoPopular, iniciativa dos senador Juan Hamilton eRenan Fuentealba. Em 21 de fevereiro, Allendeanuncia formulárias observações, através devetos supressivos ou substitutivos, que finalmen-te chegaram por ofício em 6 de abril.Nos partidos do governo mais ligados à ultraes-querda, aumenta o desejo de radicalizar as refor-mas, principalmente pelo líder do Partido Socia-lista, Carlos Altamirano; o Movimento de EsquerdaRevolucionária intensifica seus ataques, respon-dendo ou sendo respondido pelos atentados domovimento de ultra-direita Pátria e Liberdade,criado pelos setores golpistas para contribuir coma desestabilização do governo Allende.No âmbito econômico, o país entra em recessão, eo crescimento cai. O PNB cai em torno de 25%, e adívida externa se eleva a 253 milhões de dólares. Odesabastecimento, fortalecido por sabotagens(ocultamento de mercadorias) e greves detransportes financiadas pela CIA, permite a confi-guração do mercado negro, e o governo instala asJuntas de Abastecimento e Preços (coordenadasnacionalmente pelo general Bachelet) para ad-ministrar o repasse de bens para a população. Osmeios de comunicação entram em enfrentamentosverbais segundo sua tendência política. Conformearquivos desclassificados posteriormente pelogoverno estadunidense, a CIA houvera entregueapoio, mediante a contratação de publicidade, adiários opositores, como El Mercurio e aospromotores de uma greve de caminhões duranteoutubro de 1972, o que acaba com o ingresso demilitares aos principais ministérios do país, forman-

01. (Fuvest 95) Os governos de GetúlioVargas (1930–45/1951–54), no Brasil, deJuan Domingo Perón (1946–55), naArgentina, de Victor Paz Estensoro(1952–56/1960-64), na Bolívia, e de LázaroCárdenas (1934–40), no México, foramalguns dos mais significativos exemplosdo populismo latino-americano, que secaracterizou notadamente:

a) pela aliança com as oligarquias rurais na lutacontra os movimentos de caráter socialista.

b) pelo predomínio político do setor agrário-exportador em detrimento do setor indus-trial.

c) pelo nacionalismo e intervenção do Estadona economia, priorizando o setor industrial.

d) por propostas radicais de mudanças nasestruturas socioeconômicas, em oposiçãoao capitalismo internacional.

e) por ter concedido às multinacionais papelestratégico nos setores agrário e industrial.

02. (Cesgranrio 90) O "peronismo", fenômenopolítico que surge na Argentina na décadade 1940, pode ser identificado como:

a) a variante argentina do fascismo europeu,tendo nas classes médias sua principal basesocial;

b) mais um dos regimes ditatoriais da tradiçãocaudilhista latino-americana e identificadocom as populações rurais;

c) uma tendência demagógica e oportunista,voltada para o desenvolvimento do operaria-do em bases nacionalistas;

d) uma forma de "populismo", apoiada nossetores mais novos do proletariado urbano enas camadas inferiores das classes médias;

e) uma ditadura popular de novo tipo, uma vezque contava com o apoio do campesinato edos operários pobres.

03. (Cesgranrio 91) A eleição de SalvadorAllende no Chile, em 1970, constitui-senum acontecimento específico atípico nopanorama geral da América Latina.Sua política de governo se caracterizavapor ser:

a) nacionalista, com exclusão dos membros daGuarda Nacional - bastião de poder nogoverno anterior.

b) liberal, com livre importação de produtosmanufaturados.

c) isolacionista no contexto continental, compressões militares e econômicas por partedos Estados Unidos.

d) democrática, com amplo respaldo popular ede grupos esquerdistas cristãos.

e) reformista, com privatização dos bancosestatais e manutenção da reforma agráriainiciada anteriormente.

Aula 157

HistóriaProfessor Francisco MELO de Souza

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01. (FGV 96) Fragmento sobre a América Latina:“...o novo regime já não é oligárquico, nãoobstante as oligarquias não tenham sidofundamentalmente afetadas em suas fun-ções de hegemonia social e política aosníveis local e regional e se encontrem, dealgum modo, representadas no Estado (...)Trata-se de um Estado de Compromissoque é, ao mesmo tempo, um Estado deMassas, expressão da prolongada criseagrária, da dependência social dos gruposde classe média, da dependência social eeconômica da burguesia industrial e dacrescente pressão popular.”O fragmento trata do surgimento, naregião, dos regimes:

a) Populistas. b) Comunistas. c) Neoliberais.d) Autonomistas. e) Socialistas.

02. (UFMG 95) Todas as alternativas contêmelementos relacionados à situação daAmérica Latina no século XIX, EXCETO:a) Afirmação do populismo.b) Dependência econômica.c) Desorganização econômica.d) Fragmentação política.e) Presença do caudilhismo.

03. (UFRS 96) O primeiro projeto de implan-tação global do neoliberalismo naAmérica Latina teve inícioa) na Venezuela, após o "impeachment" do

Presidente Carlos Andrés Peres.b) no Chile, a partir da ditadura de Pinochet.c) no Brasil, com a formulação do Plano

Trienal do Governo João Goulart.d) em Cuba, com a ascensão ao poder de

Fidel Castro.e) no Peru, após o golpe de Estado que

concentrou poderes nas mãos de Fujimori.

04. (Unesp 96) “Um conjunto de normas maisou menos semelhantes se impôs na Ar-gentina após 1976, no Uruguai e no Chile,depois de 1973, na Bolívia, quaseininterruptamente, no Peru, de 1968 até1979, no Equador, de 1971 a 1978".

(Clóvis Rossi)

Assinale a alternativa que melhor expres-sa o conjunto de normas de exceção quemarcaram a trajetória político-institucionaldos países latino-americanos, indicadosno texto.a) Dissolução de partidos e sindicatos, com o

objetivo de estabelecer uma nova ordemdemocrática e popular.

b) Domínio político das organizações guerri-lheiras.

c) Extinção dos partidos políticos, intervençãonos sindicatos e suspensão das eleiçõesdiretas.

d) Política externa alinhada automaticamente àUnião das Repúblicas Socialistas Soviéticase ao bloco do Leste.

e) Formação de uma frente parlamentar, pararevisão constitucional.

do-se um gabinete "cívico-militar", em que o gene-ral Carlos Prats, comandante e chefe do exército,assume como ministro do Interior.Em 1973, as eleições parlamentares dão à UnidadePopular 43% dos votos e à Confederação pelaDemocracia (CODE), 55%. Allende não consegue amaioria para aprovar suas reformas nem aConfederação pela Democracia consegue os doisterços do Congresso para poder destituir o Presi-dente. Ainda que Allendre tratasse de conseguir umentendimento com Patrício Aylwin, presidente daDemocracia Cristã, o Partido Socialista mostra-secompletamente intransigente, e os acordos nãoprogridem. A violência aumenta, especialmenteentre os estudantes, devido ao projeto da EscolaNacional Unificada. A FEUC demonstra seu repú-dio, e a Federação de Estudantes Secundários(FESES) se divide. O projeto é parado graças àintervenção do Cardeal Raúl Silva Henríquez, quesurge como mediador da crise.Os opositores de Allende começam a ver asForças Armadas como a única salvação para acrise que vive o país. Porém as idéias de RenéCheneider (“enquanto houver regime legal, asForças Armadas não são uma alternativa de po-der”) e as do general Carlos Prats (“enquantosubexistir o Estado de Direito, a força públicadeve respeitar a Constituição”) estavam contraum pronunciamento militar para deter grandeparte das tropas que se levantaram. Ainda que oPartido Comunista, respaldando ao presidenteAllende, insistisse em manter a paz e evitar aguerra civil, Altamirano afirma que “o golpe nãose combate com diálogos; faz-se com a força dopovo”. As observações de Allende à reformaHamilton-Fuenzalida foram rechaçadas, emparte, pelas câmaras, sem votar se insistiriam ounão no texto antes aprovado, gerando-se umacontrovérsia entre o Presidente e o Congresso,quanto à tramitação do projeto de reforma.Allende planteou a questão ao TribunalConstitucional, que finalmente se declarou in-competente, acolhendo a exceção formuladapela Câmara dos Depurtados e o Senado. Diantedessa situação e vencido o prazo para recorrer aum plebiscito que elucidaria a questão, Allendedita um decreto promulgatório da reforma,contendo apenas os pontos não vetados. Essedecreto não é aceito pela Controladoria Geral daRepública, e a oposição considera tal fato comoabsolutamente ilegítimo.Em 22 de agosto, a câmara aprova o "Acordo daCâmara de Deputados sobre o grave quebramen-to da ordem constitucional e legal da República",causada pela negativa do exército em promulgarintegralmente a reforma constitucional das trêsáreas da economia, aprovada pelo Congresso.Em 27 de junho, Carlos Prats é insultado nas ruase, temeroso de um ataque como o de Schneider,dispara contra o agressor, atingindo uma mulherinocente. Prats apresenta sua renúncia, que érechaçada por Allende. No dia 29, Prats teve queenfrentar um dos momentos mais tensos, quandoo coronel Roberto Souper levanta o RegimentoBlindado n.° 2 e se dirige ao Palácio de La Moneda.Pratz, dirigindo as guarnições de Santiago,consegue deter essa tentativa de golpe conhecidacomo Tanquezaço, enquanto os instigadores serefugiam e pedem asilo na embaixada do Equador,deixando um saldo de vinte mortos, principalmentecivis.Allende reconhece a crise em seu governo edecide convocar um plebiscito para evitar umgolpe de estado. As facções mais radicais dogoverno da Unidade Popular repudiam a suadecisão. O MIR deixa de o chamar de "compa-nheiro" e o chama de "senhor"; Allende apenasconta com o apoio do Movimento de Ação Po-pular Unitária, do Partido Radical e do PartidoComunista, que compartilham a "via pacífica".Diante dessa situação, Allende convocou seuministro da Defesa, Orlando Letelier, para queconvença ao Partido Socialista, o que conseguena noite de 10 de dezembro de 1973.ARGENTINANo começo do século 20, a Argentina era o paísque mais reproduzia os valores europeus. Apósos vinte três anos de repressão da ditadura deJuan Manuel Rosas, o país se transformara emum Estado Liberal. O poder estava concentrado,

principalmente, na mão dos senhores de estân-cias e membros dos setores comerciais e finan-ceiros (ligados ao mercado internacional).A maioria da população mestiça de índios e bran-cos (os gaúchos) era marginalizada e sem acessoà política nacional. O desejo de formar uma naçãode brancos, tipicamente européia, é o queestimula a imigração no país, sendo que grandeparte desse contingente era formado por italianos. A indústria de bens de consumo se desenvolvena década de 1910 com o auxílio do capital inter-no e norte-americano. A exemplo de outrospaíses da América Latina, a eclosão da PrimeiraGuerra Mundial possibilitou um grande surto in-dustrial na Argentina e, com isso, o crescimentodo operariado urbano. O Partido Nacional, que, até então, controlava todoo cenário político do país, passava por sucessivascrises. Nesse contexto, é criada a União CívicaRadical, partido composto pelos setores sociais atéentão marginalizados: os setores médios eurbanos e o operariado. Juan Domingo Perón surgiu, pela primeira vez,na política Argentina com o fim da Concordânciaem 1937, como Secretário do Trabalho e Presi-dência do então eleito Roberto Ortiz. Perón rea-liza medidas que atraíram o operariado à tutelado Estado, como a criação de novos sindicatos,melhores condições de trabalho, aumento dossalários e uma nova legislação trabalhista e pre-videnciária. Nas eleições de 1946, Perón é eleito com a maio-ria dos votos (52%). Até 1951, o peronismo passaa ser o elemento fundamental da política Argentina: o Estado passa a intervir na economiae a nacionalizar ferrovias, comunicação, gás etransportes urbanos. O peronismo tem comoprincipais características a política de culto àpersonalidade, paternalismo e de autoritarismo. A partir de 1951 o cenário da economia Argentinamodifica-se: a prosperidade dá lugar à crise.Com o aumento da concorrência internacional,do capital norte-americano, impossibilitou-se ocrescimento interno e o baixo investimento emindustrialização; o desemprego e a inflação sealastram pelo país.Nesse contexto, o governo perde o apoio daIgreja e enfraquece os laços com as forças ar-madas. Em setembro de 1955, um golpe militarafasta Perón da presidência, o qual passa a viverno exílio. O peronismo foi um fenômeno típico do que sechama de populismo latino-americano, na defi-nição do cientista político argentino Torcuatto diTella, “uma aliança de parte da elite, incluindoindustriais e militares nacionalistas e trabalha-dores, para enfrentar outro segmento da elite”, omais conservador. Antes de se casar com Perón, Evita era uma sim-ples cantora e atriz de radioteatro. Eles seformaram em um casal diferente de todo o ce-nário político latino-americano. Famosa por sua elegância e carisma, Evita eraconsiderada por muitos a mãe dos pobres, aprotetora dos descamisados (trabalhadores ru-rais), a chefe espiritual da nação. Como Secre-tária do Trabalho, a primeira dama realiza medi-das que vão de acordo com o regime populista,procurando agradar o proletariado.“Para mim, ostrabalhadores são por isso, antes de mais nada‘descamisados’. Todos estiveram na Praça deMaio, naquela noite memorável. Muitos, material-mente, todos de espírito.(...) E não esquecereijamais o que devo a cada ‘descamisado’, emparticular a vida de Perón”. (PERON, Eva).As principais mudanças sociais no país ocorre-ram graças à atuação de Evita: o maior investi-mento em segurança social, reformas, cuidadosmédicos estatais, pensões e, sobretudo, o votopara as mulheres. Deve-se, também a ela, aexpulsão de multinacionais do país e as naciona-lizações.Aos 33 anos, Evita morre vítima de um câncer. Deamada a odiada, a ex-primeira dama transformou-se em um mito no imaginário político do país. Perón volta do exílio à Argentina em 1973, com ofim do governo militar. Ele é reeleito presidentecom 60% dos votos, tendo como vice a suaterceira mulher Isabelita.

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Biologia Vegetal

Ciclos reprodutivos, briófitas e pteridófitasCaracterísticas gerais das plantas

O Reino Plantae

O Reino Plantae reúne organismos popularmenteconhecidos por plantas ou vegetais. Entre asplantas mais conhecidas, podemos citar os mus-gos, samambaias, árvores de diversos tipos, ca-pins, arbustos etc.As plantas são seres pluricelulares, autótrofos(fotossíntese) e eucariontes (núcleo organizado).

Alternância de gerações haplóides e diplóides

Uma característica comum a todas as plantas é aalternância de gerações haplóides e diplóides, quetambém ocorre em certas espécies de alga. Osindivíduos haplóides, chamados de gametófitos (dogrego, gamein, casar, e phytos, planta), formamgametas que se unem pela fecundação, originandozigotos diplóides. O zigoto desenvolve-se,originando-se um indivíduo diplóide, chamado deesporófito (do grego, spora, semente, e phytos,planta). Ao atingir fase adulta, células do esporófitodividem-se por meiose, originando células haplóidesdenominadas esporos (do grego, espora,semente). Cada esporo dá origem a um gametófitohaplóide, fechando o ciclo.

Plantas avasculares: briófitas No sistema de classificação que adotamos, asplantas avasculares, conhecidas popularmentecomo briófitas, são distribuídas em três filos:Bryophyta (musgos), Hepatophyta (hepáticas) eAnthocerophyta (antóceros). É importante res-saltar que algumas espécies de musgosapresentam tecidos condutores de seiva, apesarde diferentes dos das plantas vasculares. Tabela 1 – Número de espécies de briófitas noBrasil e no mundo

Fonte: Shepherd, 2003

Características gerais das briófitas

• Avasculares• Pequeno porte• Vivem em ambientes muito úmidos• Apresentam Rizóide, Caulóide e Filóide• Absorvem nutrientes por difusão• Fase duradoura Gametófito (n)• Fase transitória Esporófito (2n)• Ciclo reprodutivo Haplodiplobionte• Alternância de geração

Reprodução e ciclo de vida das briófilas

Reprodução assexuada Muitas briófilas reproduzem-se assexuadamentepor fragmentação, processo em que pedaços deum indivíduo ou de uma colônia geram novosgametófitos. Por exemplo, gametófitos de hepá-ticas e de antóceros crescem por expansão dasbordas de seu corpo taloso, que eventualmentepode partir-se, originando novos indivíduos. Hepáticas do gênero Marchantia produzem estru-turas especializadas para a reprodução assexuada,denominadas propágulos, que se formam nointerior de conceptáculos, estruturas em forma detaça, na face superior do talo. Os propágulosdesprendem-se da planta-mãe e são transportadospor respingos de água, desenvolvendo-se eoriginando assexuadamente novos indivíduos.

Reprodução sexuada

A maioria das briófitas é dióica (do grego, di, duas,e oikos, casa), ou unissexual: há plantas comestruturas reprodutoras masculinas (anterídios) eplantas com estruturas reprodutoras femininas(arquegônios). Algumas espécies são monóicas(do monos, uma, e oikos, casa), ou bissexuais, istoé, a mesma planta tem estruturas reprodutorasmasculinas e estruturas reprodutoras femininas. A estrutura reprodutora masculina, o anterídio (dogrego anthos, flor, desenvolve-se a partir de umgrupo de células que se dividem intensamente,produzindo uma estrutura em forma de saco, comuma camada externa de células estéreis (nãooriginam gametas) que contém um conjunto decélulas férteis; estas originarão os gametasmasculinos, chamados de anterozóides (do gre-go, anthos, flor, e zóide, célula sexual masculina).Os anterozóides das briófitas são dotados de doisflagelos, cujo batimento lhes permite nadar eatingir os gametas femininos, fecundando-os.Essas plantas dependem, portanto, de água emestado líquido para reproduzir-se sexualmente. A estrutura reprodutiva feminina, o arquegônio(do grego, archeos, primeiro, e gonós, órgãosgenital), é um conjunto de células que se dife-rencia em uma estrutura em forma de vaso, depescoço fino e longo. Ao atingir a oosfera, o anterozóide funde-se a elapelo processo de fecundação, originando umzigoto diplóide. Este se divide por mitosessucessivas, originando um aglomerado maciçode células diplóides, o embrião. O embrião recebe substâncias nutritivas (açúca-res, aminoácidos etc.) da planta-mãe, processoconhecido como matrotrofia (do grego matros,materno, e trophos, alimentação). Durante o desenvolvimento do embrião, o arque-gônio cresce e passa a ser chamado de caliptra(do grego, kalyptra, cobertura para a cabeça).Após algum tempo, o jovem esporófito emergedo arquegônio, mas sua base continua no interiordo órgão reprodutor feminino, recebendoalimento através da placenta. Na maioria das briófilas, o esporófito maduro éformado por três partes: o pé, a porção mergu-lhada no arquegônio; a seta ou pedúnculo, ahaste fina e longa que emerge da caliptra; acápsula, que contém o esporângio (do grego,spora, semente, e angeion, vaso), fica localizadana extremidade livre do pedúnculo. Os biólogos consideram o aparecimento da pla-centa e da matrotrofia novidades importantes noprocesso da evolução biológica, que conferiramgrande vantagem para a sobrevivência dos ances-trais das plantas. Ao abrigar e nutrir o esporófitodiplóide no início do desenvolvimento, o gametófitoaumenta a chance de que ele sobreviva. Adiversidade genética decorrente da meiose confe-re maior chance de adaptação à prole. Garantir o

01. (Fatec 2000) Analise a descrição abaixo:“Grupo de plantas de pequeno porte,encontradas em locais úmidos e sombrea-dos, que crescem no solo ou sobre ostroncos das árvores. Há poucas espéciesdulcícolas e nenhuma marinha. Este grupode plantas apresenta rizóides e não possuivasos condutores”.Após a análise do texto, assinale aalternativa que apresenta o nome do grupodas plantas com as características apre-sentadas.

a) Briófitas. b) Angiospermas.

c) Gimnospermas. d) Dicotiledôneas.

e) Pteridófitas.

02. Em briófitas como os musgos e nas hepáti-cas, a fase verde e duradoura é o(a)

a) esporófito; b) gametófito;

c) arquegônio; d) anterídio; e) caliptra.

03. Ao falarmos em gametófitos, estamo-nosreferindo a:

a) uma bela samambaia de metro;

b) uma plantinha de musgo;

c) um cogumelo comestível;

d) um grupo de liquens que cobrem árvores;

e) uma alga microscópica.

04. Nos musgos, uma divisão meióticaoriginará:

a) anterozóides; b) esporos; c) oosferas;

d) óvulos; e) zigotos.

05. No ciclo vital das briófitas como os musgose as hepáticas, são consideradas as seguin-tes etapas:I. produção de esporos;II. fecundação;III. produção de gametas;IV. esporófito;V. protonema.A seqüência correta em que essas etapasocorrem é

a) II, V, IV, I e III. b) II, III, I, IV e V.

c) III, II, IV, I e V. d) V, III, IV, I e II.

e) III, IV, I, II e V.

06. (Puc-rio) O porte geralmente reduzido dasalgas e das briófitas pode ser atribuído:

a) à falta de um sistema condutor verdadeiro;

b) à reprodução sexuada de seus gametas;

c) ao fato de o esporófito não realizar a respira-

ção;

d) à predominância do ambiente aquático onde

vivem;

e) à presença de estômatos nos talos.

Aula 158

BiologiaProfessor GUALTER Beltrão

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Page 6: Apostila Aprovar Ano05 Fascículo27 Hist Bio

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desenvolvimento do esporófito diplóide, queproduz esporos variados do ponto de vista gené-tico, parece ter sido um passo importante para osucesso evolutivo das plantas.

Ciclo de vida de um musgo

Diversos musgos têm sexos separados. Um gê-nero conhecido é Polytrichum, comum em bar-rancos e rochas, e cujos gametófitos têm cercade 5 cm de altura. Ao atingir a maturidade, osgametófitos formam uma taça folhosa no ápice,no qual se diferenciam as estruturas reprodutivas:anterídios nas plantas masculinas e arquegôniosnas plantas femininas.

Fonte: Amabis & Martho, 2004.Figura 2 – Ciclo de vida de uma espécie de musgo dogênero Polytrichum

O esporófito maduro apresenta, em sua extremi-dade livre, uma cápsula contendo o esporângio, nointerior do qual as células se dividem por meiose,produzindo esporos haplóides. Estes se libertamdo esporângio e são carregados pelo vento, espa-lhando-se pelo ambiente. Em condições ade-quadas, cada esporo germina e origina um novogametófito. Este, ao atingir a maturidade, formaráanterídios ou arquegônios, fechando o ciclo.

Plantas vasculares sem sementes: pteridófitas

De acordo com o sistema de classificação queutilizamos, as plantas vasculares sem sementesestão distribuídas em quatro filos: Psilotophyta,Sphenophyta (cavalinha), Lycophyta (licopódi-os e selaginelas) e Pterophyta (samambaias eavencas).

Número de espécies de pteridófitas no Brasil eno mundo

Fonte: George J. Shepherd, 2003.

A maioria das pteridófitas atuais tem pequenoporte, apesar de existirem espécies arborescen-tes com 4m ou mais de altura. Os representantesmais conhecidos do grupo são as samambaias eas avenças, muito utilizadas como plantas orna-mentais.Diversas pteridófitas são epífitas, isto é, vivemsobre outras plantas sem parasitá-las. Há poucasespécies de água doce, como a Salvinia molesta,provavelmente originária do Brasil e que teminfestado enormes áreas de lagos e rios naÁfrica, onde foi introduzida. Uma pteridófita de

terra firme também causadora de problemas

ambientais é Pteridium aquilinum, uma espécie

cosmopolita (isto é, vive em diversas partes do

mundo), que ocupa agressivamente terrenos

desmatados, principalmente após queimadas,

sendo uma planta invasora das mais difíceis de

erradicar.

Características gerais das pteridófitas

• Vasculares.

• Vivem em ambientes úmidos.

• Apresentam raiz, caule e folhas.

• Apresentam tecidos condutores (Xilema e

Floema).

• Fase duradoura Esporófito (2n).

• Fase transitória Gametófito (n).

• Ciclo reprodutivo Haplodiplobionte.

• Alternância de geração.

As pteridófitas caracterizam-se por não formar

sementes e pela presença de dois tipos de tecido

condutor bem diferenciados: o xilema (do grego

xylon, madeira), que transporta água e sais

minerais das raízes até as folhas, e o floema (do

grego phloos, casca), que transporta uma solu-

ção de açúcares e outros compostos orgânicos

das folhas, onde é produzida, para as demais

partes da planta. A solução de água e sais

transportada pelo xilema constitui a seiva bruta; a

solução de substâncias orgânicas transportada

pelo floema constitui a seiva elaborada.

Organização corporal das pteridófitas

A fase mais desenvolvida e predominante do

ciclo de vida das plantas vasculares é represen-

tada pelo esporófito diplóide. O gametófito de

pteridófitas é pouco desenvolvido, nutrindo o

esporófito apenas nas fases iniciais do desenvol-

vimento deste.

Esporófitos de pteridófitas costumam apresentar

três partes, raiz, caule e folhas, embora essa

organização nem sempre seja facilmente percep-

tível.

Ciclo de vida de uma samambaia, uma pteridófitaisosporada.

01. (Fuvest 90) Qual o produto meiótico no ciclode vida de uma samambaia?

a) Anterozóides. b) Oosferas.c) Anterozóides e oosferas. d) Esporos.e) Zigotos.

02. (Fuvest) Em que fase do ciclo de vida daspteridófitas há maior quantidade de DNApor núcleo celular?

a) gametófitos. b) gametângios. c) gametas. d) esporos. e) esporófitos.

03. Considere as seguintes características:

I. nítida alternância de gerações;II. presença de tecidos de condução;III. ocorrência de meiose espórica.Um musgo (briófita) e uma samambaia (pte-ridófita) apresentam em comum:

a) I e II. b) II e III. c) I e III.d) I, II e III. e) Nenhum dos itens.

04. Vegetais terrestres de médio porte, vascu-lares, que não produzem flores ou semen-tes e vivem na dependência de sombra eumidade podem ser

a) grama; b) musgos; c) hepáticas;d) samambaias; e) cianofíceas.

05. As samambaias que enfeitam nossas casassão:

a) gametófitos de briófitas;b) gametófitos de pteridófitas;c) esporófitos de briófitas;d) esporófitos de pteridófitas;e) esporófitos de gimnospermas.

06. (UECE) O aparecimento dos tecidos condu-tores foi um marco evolutivo que permitiu àsplantas se expandirem e conquistarem aterra. O primeiro grupo a apresentar essasestruturas anatômicas é constituído pelas:

a) algas; b) briófitas; c) gimnospermas;d) pteridófitas.

07. (Unesp) Filicínea é uma classe de vegetaisque contém cerca de 10.000 espécies des-critas entre samambaias e avencas. Nociclo de vida das filicíneas isosporadas,ocorre redução no número de cromos-somos durante:

a) a formação dos gametas;b) a formação dos esporos;c) o desenvolvimento do protalo;d) o desenvolvimento do esporófito;e) o desenvolvimento do arquegônio.

08. (Mackenzie) Uma pteridófita pode ser dis-tinguida de uma gimnosperma pela ausên-cia, na primeira, e presença, na segunda,de:

a) tecido condutor; b) flor; c) folha;d) fruto; e) gametas.

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Funções trigonométricasChama-se Círculo Trigonométrico ao círculoorientado de raio unitário, cujo centro é a origemdo sistema de coordenadas cartesianas,conforme figura a seguir.

O círculo trigonométrico é orientado positivamen-te no sentido ABA’B’A. O sentido AB’A’BA éconsiderado negativo. Assim, o arco AB (ânguloreto) mede 90,° e o arco AB’ mede –90° . O arcoABA’ (ângulo raso) mede 180° (ou π radianos) eo arco AB’A’ mede (–180°) .O arco de uma volta completa (ABA’B’A) mede360°;O arco AB’A’BA mede (–360°), ou seja, é um arconegativo.Já sabemos que 360° = 2π radianos.Podemos na Trigonometria, considerar arcos demais de uma volta. Sabendo que uma volta equi-vale a 360°, podemos facilmente reduzir qualquerarco à primeira volta. Por exemplo, o arco de12350°, para reduzi-lo à primeira volta, bastadividi-lo por 360° (para eliminar as voltas comple-tas) e considerar o resto da divisão. Assim é que12350° dividido por 360° resulta no quociente 34 eno resto 110°. Este valor 110° é então trigono-metricamente equivalente ao arco de 12350° e édenominado sua menor determinação positiva .Dois arcos trigonométricos são ditos côngruos,quando a diferença entre eles é um número múl-tiplo de 360° . Assim é que, sendo x e y doisarcos trigonométricos, eles serão côngruos se, esomente, x – y = k . 360° , onde k é um númerointeiro.Portanto, para descobrir se dois arcos são côn-gruos, basta verificar se a diferença entre eles éum múltiplo de 360°.(ou 2π radianos, pois 2π rad= 360°).Os arcos 2780° e 1700°, por exemplo são côn-gruos , pois 2780°–1700°=1080° e 1080° é divisível por 360° (1080°/360°=3 , com resto nulo). Percebeu?Exercício resolvido:Quantos são os valores de m compreendidosentre 30 e 40 que tornam côngruos os arcos de(4m+10).180° e (3m–2).180°?Solução:Pela definição de arcos côngruos dada acima,deveremos ter:(4m+10).180°–(3m–2).180°=k.360°, onde k é umnúmero inteiro.720m+1800 –[540m–360]= k .360720m+1800–540m+360 = k .360180m+2160= k .360 ⇒ 180m= k .360–2160m = 2k–12Mas, pelo enunciado, temos 30<m<40. Logo:30<2k – 12<4042<2k< 5221<k<26 ⇒ k = 22, 23, 24 ou 25. Existem 4 valores possíveis para k e, portanto,também 4 valores possíveis para m,já que m = 2k – 12.Resposta: m possui 4 (quatro) valores distintos.

Testes Verdadeiro – Falso

1 – Os arcos de 4200° e 3480° são côngruos2 – Os arcos de –420° e 300° são côngruos.3 – O arco de 10.002° pertence ao segundoquadrante.4 – O arco de – 200° pertence ao segundoquadrante.Gabarito: 1 – V; 2 – V; 3 – F; 4 – V

Função Seno

f(x) = sen x y= senx

Domínio = x → x é um arcoImagem = y → sen x{y ∈ IR/–1 ≤ y ≤ –1}

|–1 ≤ senx ≤ 1

A função é ímpar: sen(–x) = – senxCrescente no 1° e 4° quadranteDecrescente no 2° e 3° quadrante.Sinais da função:1Q: seno positivo 2Q: seno positivo3Q: seno negativo4Q: seno negativoRedução ao primeiro quadrante

Gráficos:

Mudança de Arco para o Cálculo do Seno.y = sen (2x)

Função Co-seno

Domínio: R

Aula 159

01. Qual o valor máximo da função y =10+5 cos20x?Solução: O valor máximo da função ocorre quandoo fator cos20x é máximo, isto é, quando cos 20x=1.Logo o valor máximo da função será y=10+5.1=15.02. Qual o valor mínimo da função y = 3 + 5 sen2x? Solução: O valor mínimo da função ocorre quandoo fator sen2x é mínimo, isto é, quando sen2x=–1. Logo o valor mínimo da função será y=3+5(–1)=–2 .03. Qual o valor máximo da função

10y= –––––––––––– ?

6 – 2cos 20xSolução: A função terá valor máximo, quando odenominador tiver valor mínimo. Para que odenominador seja mínimo, deveremos ter cos 20x= 1/y = 10/(6 – 2.1) = 10/4 = 5/2.Portanto o valor máximo da função é 5/2.04. Para que valores de m a equação sen 30x = m– 1 tem solução?Solução: Ora, o seno de qualquer arco é sempre umnúmero real pertencente ao intervalo fechado [–1,1].Logo deveremos ter: –1 ≤ m–1 ≤ 1 \ 0 ≤ m ≤ 2.05. Seja a equação elementar sen x = 0,5. Solução: Como 0,5 = sen 30° = sen π/6, vem,utilizando o resultado geral obtido acima:sen x = sen p/6, de onde se conclui:x = (2k + 1).π – π/6 ou x = 2kπ + π/6, com kinteiro, que representa a solução genérica daequação dada. Fazendo k variar no conjunto dosnúmeros inteiros, obteremos as soluçõesparticulares da equação.Assim, por exemplo, fazendo k = 0, obteremos pormera substituição na solução genérica encontradaacima,x = – π/6 ou x = π/6; fazendo k = 1, obteremosx = 17π/6 ou x = 13π/6, e assim sucessivamente.Observe que a equação dada possui um númeroinfinito de soluções em R – conjunto dos númerosreais.Poderemos escrever o conjunto solução daequação dada na forma geral: S = {x| x∈R; x=(2k + 1)π – π/6 ou x = 2kπ+ π/6,k∈Z}Poderemos também listar os elementos do conjun-to solução: S = { ..., – π/6, π/6, 17π/6, 13π/6, ... } 06. Resolver a equação 3.senx – .cosx = 0Solução: Teremos: 3.senx = .cosxDividindo ambos os membros por cosx ≠ 0, fica:3.senx/cosx = .cosx/cosx = .3.tgx = tgx = = tg30° = tg(π/6)

Vamos, então, resolver a equação elementartgx = tg(π/6)Do exposto no item 1.3 acima, vem imediatamenteque: x = kπ + π/6.

Matemática Professor CLÍCIO Freire

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Im(f) = [–1;1]A função é par: cosx = cos(–x)Crescente: 3° e 4° quadranteDecrescente: 1° e 2° quadranteSinais da função

1Q: cosseno positivo2Q: cosseno negativo3Q: cosseno negativo4Q: cosseno positivo

Redução ao 1º quadrante2º Quadrante: cos (180°–x) = –cosxEx.: cos 150° cos (180°–150°) = – cos30°3º Quadrante: cos (180°+x) = – cosxEx.: cos –150°cos ( 180°+ – 150° ) = – cos30°4º Quadrante: cos (360° – x) = cos (–x) = cosxEx.: cos–30° = cos 30°Gráfico

Função Tangente

Vamos estudar a função tangente, mas, antes dedefini-la, recordaremos a marcação e a variaçãoda tangente no ciclo trigonométrico: Dado um número real x com imagem no ponto Pdo ciclo, e tal que a reta OP intercepta o eixo t noponto T , definimos:

tgx=AT O eixo t é chamado de eixo das tangentesObservações importantes: • O valor da tangente é positivo no 1º e 3º qua-

drantes.• O valor da tangente é negativo no 2º e 4º qua-

drantes.• Quando a extremidade do arco coincide com

os pontos B ou D, a reta OP é paralela ao eixodas tangentes e, portanto, não existe o pontoT. Neste caso, dizemos que não existe tg x.

• Não existe um valor máximo nem mínimo de tgx, pois, quando o x se aproxima de 90° noprimeiro quadrante, o valor da tangente ficacada vez maior e, quando se aproxima do 90ºno segundo quadrante, o valor da tangente ficacada vez menor.

Condição de existência da tangente: x ≠ π/2 + k π ,k∈ZA partir do que foi recordado, podemos definirfunção tangente como se segue:f: D → R/f(x) = tgx, onde D= {x∈R/ x≠π/2+k.π,k∈Z}A figura abaixo mostra alguns valores notáveis datangente. Observe-a atentamente, pois é, a partirdela, que iremos construir o gráfico da funçãotangente.

Transportando esses valores para o plano

cartesiano, podemos construir o seguinte gráfico:

Principais propriedades

• Domínio: D= {x∈R/ x≠π/2+k.π, k∈Z}

• Contra-domínio: R

• Imagem: R

• Período: π• A função tangente é sempre crescente.

• O gráfico da função apresenta assíntotas

verticais em todos os valores de x = π/2+k.π,

k∈Z

Período das funções trigonométricas

Considere uma função y = f(x) de domínio D.

Seja x∈D um elemento do domínio da função f.

Consideremos um elemento p∈D.

Se f(x+p) = f(x) para todo x∈D, dizemos que a

função f é periódica.

Ao menor valor positivo de p, denominamos

período da função f.

Seja y = f(x) = senx

Temos que f(x+2p ) = sen(x+2p ) = senx.cos2p

+ sen2p .cosx =senx .1 + 0.cosx = senx

ou seja, f(x+2p ) = f(x).

Portanto sen(x+2p ) = senx

Da definição acima, concluímos que o período da

função y = senx é igual a 2π radianos.

Analogamente, concluiríamos que:

O período da função y = cosx é 2π radianos.

O período da função y = secx é 2π radianos.

O período da função y = cosecx é 2π radianos.

O período da função y = tgx é π radianos.

O período da função y = cotgx é π radianos.

As afirmações acima equivalem às seguintes

afirmações:

cos(x+2π) = cosx|

sec(x+2π) = secx

cosec(x+2π) = cosecx

tg(x+π) = tgx

cotg(x+π) = cotgx

De uma forma genérica, poderemos dizer que o

período T da função y = a+b.sen(rx + q)

2πé dado por: T = –––– radianos

r

Observe que somente o coeficiente de x tem

influência para o cálculo do período da função.

A fórmula acima aplica-se também para o caso

da função y = a + b.cos(rx+q).

No caso das funções y = a + b.tg(rx+q) ou y =

a + b.cotg(rx+q), a fórmula a ser aplicada para o

cálculo do período T é:

πT = ––––

b

POESIA MATEMÁTICA

Um Quociente apaixonou-seUm diaDoidamentePor uma Incógnita.Olhou-a com seu olhar inumerávelE viu-a, do Ápice à Base...Uma Figura Ímpar;Olhos rombóides, boca trapezóide,Corpo ortogonal, seios esferóides.Fez da suaUma vidaParalela à dela.Até que se encontraramNo Infinito."Quem és tu?" indagou eleCom ânsia radical."Sou a soma do quadrado dos catetos.Mas pode me chamar de Hipotenusa."E de falarem descobriram que eram- O que, em aritmética, correspondeA almas irmãs -Primos-entre-si.E assim se amaramAo quadrado da velocidade da luz.Numa sexta potenciaçãoTraçandoAo sabor do momentoE da paixãoRetas, curvas, círculos e linhas senoidais.Escandalizaram os ortodoxosdas fórmulas euclideanasE os exegetas do Universo Finito.Romperam convenções newtonianase pitagóricas.E, enfim, resolveram se casarConstituir um lar.Mais que um lar.Uma Perpendicular.Convidaram para padrinhosO Poliedro e a Bissetriz.E fizeram planos, equações ediagramas para o futuroSonhando com uma felicidadeIntegralE diferencial.E se casaram e tiveramuma secante e três conesMuito engraçadinhos.E foram felizesAté aquele diaEm que tudo, afinal,Vira monotonia.Foi então que surgiuO Máximo Divisor Comum...Freqüentador de Círculos Concêntricos.Viciosos.Ofereceu-lhe, a ela,Uma Grandeza Absoluta,E reduziu-a a um Denominador Comum.Ele, Quociente, percebeuQue com ela não formava mais Um Todo.Uma Unidade.Era o Triângulo,Tanto chamado amoroso.Desse problema ela era a fraçãoMais ordinária.Mas foi então que Einstein descobriu aRelatividade.E tudo que era espúrio passou a serMoralidadeComo aliás, em qualquerSociedade.

Millor Fernandes

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Funções orgânicas II: compostos oxigenados, hidrogenados e halogenados

1. FUNÇÕES ORGÂNICAS

Funções orgânicas são grupos de compostos or-gânicos que têm estrutura química semelhante e,conseqüentemente, comportamento químicosimilar.

2. ÁLCOOLO álcool (do árabe al-kohul) é uma classe decompostos orgânicos de fórmula R-OH na qual Ré um radical alquila.Classificação:Álcoois primários – Têm o grupo hidroxila ouoxidrila ligado a um carbono primário; um exem-plo é o etanol. A fórmula geral dos álcoois primá-rios é: R –– CH2 –– OH(R representa um radical hidrocarboneto qualquer)Álcoois secundários – Têm o grupo hidroxilaligado a um carbono secundário; por exemplo: 2-propanol. Sendo assim, a fórmula geral é:R –– CH –– OH

|R’

(R representa um radical hidrocarboneto qualquer)Álcoois terciários – Têm o grupo hidroxila ligadoa um carbono terciário; por exemplo: 2-metil-2-propanol (trimetilcarbinol). A fórmula geral é:

R’’|

R –– CH –– OH|R’

(R representa um radical hidrocarboneto qualquer)Nomenclatura: A nomenclatura dos álcoois ébaseada na dos hidrocarbonetos de que derivam:basta substituir o o final por ol. Se essa nomencla-tura for ambígua quanto à posição da hidroxila, o

sufixo ol deve ser por ela precedido. Por exemplo,propan-2-ol indica um grupo hidroxila ligado aocarbono 2 do propano. Também pode ser escrito 2-propanol.Em certos casos, pode ser necessário usar a no-menclatura na forma prefixal. Nesse caso, deve-seusar o prefixo hidróxi. Por exemplo, se tivermos umgrupo hidroxila ligado a um anel benzênico,podemos usar o nome hidróxibenzeno (essasubstância é usualmente conhecida como fenol).

3. FENOLFenol (ácido carbólico) é uma função orgânicacaracterizada por uma ou mais hidroxilas ligadasa um anel aromático. Apesar de possuir umgrupo –OH característico de álcool, o fenol é maisácido que este, pois é mais facilmente oxidado.São obtidos principalmente através da extraçãode óleos a partir do alcatrão de hulha.Fenol também é o nome usual do fenol maissimples, que consiste em uma hidroxila ligada aoanel benzênico. Outros nomes para a mesmasubstância incluem: benzenol; ácido carbólico;ácido fénico (ou ácido fênico, no Brasil); ácidofenílico; hidroxibenzeno; monohidroxibenzeno.Sua fórmula molecular é C6H5OH. Geralmente os fenóis são sólidos, cristalinos,tóxicos, cáusticos e pouco solúveis em água.

4. ÉTERÉter é uma função orgânica, composta de umátomo de oxigênio ligado a dois de carbono. Oséteres são compostos orgânicos caracterizadospela presença de um átomo de oxigênio entredois carbonos da cadeia. Podem ser formadospela desidratação intramolecular de álcoois. Ouseja, são compostos orgânicos derivadosteoricamente dos álcoois pela substituição do Hdo grupo – OH por um radical derivado dehidrocarboneto.Sua fórmula genérica é: R–O–R’, onde R e R’ sãoradicais orgânicos (alquila ou arila).Éter é também o nome da substância que osfísicos acreditavam que existia em todo o univer-so, mas sem massa, volume e indetectável, poisnão provocaria atrito. Os físicos do séc. XIX sa-biam que a luz tinha natureza ondulatória eimaginavam, portanto, que essa deveria precisarde um meio para propagar-se. Daí o éter. Sabe-sehoje que essa substância não existe.Nomenclatura: Nome segundo IUPAC Nome da cadeia mais simples(Prefixo + oxi) +Nome da cadeia mais complexa(Prefixo + Infixo+ o) Ex.: metoxietanoO infixo indica o tipo de ligação: Se for somentesimples, usa-se “an”. Se tiver um dupla ligação,usa-se “en”. Se houver um tripla ligação, usa-se“in”Usual: Éter + Nome do radical mais simples +Nome do radical mais complexo + ico

5. ALDEÍDOAldeído é um composto químico orgânico que secaracteriza pela presença, em sua estrutura, dogrupamento H—C=O (formila ou formilo), ligadoa um radical alifático ou aromático. É obtido atra-vés da oxidação de álcoois primários em meioácido ou de sua desidrogenação catalítica empresença de cobre. O odor dos aldeídos que têmbaixo peso molecular é irritante, porém, à medidaque o número de carbonos aumenta, torna-semais agradável. Os aldeídos de maior pesomolecular, que possuem de 8 a 12 átomos decarbono, são muito utilizados na indústria decosméticos na fabricação de perfumes sintéticos.Os aldeídos mais simples são designados a par-tir dos ácidos carboxílicos correspondentes.Assim, o composto derivado do ácido butírico échamado de aldeído butírico ou butiraldeído.A fórmula bruta dos aldeídos corresponde a umálcool com dois átomos de hidrogênio a menos.Aldeído → O=C—HNomenclatura: Segundo a nomenclatura IUPAC,o nome de um aldeído é obtido substituindo-se aterminação “o” do hidrocarboneto corresponden-te por “al”. Nos compostos que apresentam rami-ficações, considera-se como principal a cadeiaque contém o grupo funcional, iniciando-se nela a

01. Entre as muitas drogas utilizadas no trata-mento da AIDS, destaca-se o flavopiridol(estrutura a seguir), que é capaz de impedira atuação da enzima de transcrição noprocesso de replicação viral.

Nessa molécula, estão presentes asfunções orgânicasa) amina, éster, cetona e fenol.b) amina, éter, halogeneto de arila e álcool.c) éster, cetona, halogeneto de arila e álcool.d) éter, amina, halogeneto de alquila e fenol.e) éter, halogeneto de arila, fenol e cetona.

02. Para evitar os efeitos nocivos à pele causa-dos pela radiação ultravioleta (UV) da luzsolar, são utilizados os protetores oubloqueadores solares, os quais podemapresentar diferentes tipos de substânciasativas. A seguir, estão representadas asestruturas químicas de três substânciasutilizadas em cremes bloqueadores.

É correto afirmar que as funções orgânicaspresentes nestas substâncias são:a) Éster, éter, fenol, amina.b) Éster, cetona, álcool, amina.c) Cetona, éster, álcool, amida.d) Cetona, ácido carboxílico, amida.e) Éster, amida, fenol, aldeído.

03. (FGV) A figura representa a fórmula estru-tural da substância éster benzílico do qui-nuclidinol, conhecida como BZ, utilizadacomo arma química. Esta substância é umsólido que pode ser disperso na forma deum aerossol, produzindo alucinações,vertigem, perda de orientação e amnésia.

Duas das funções orgânicas existentes naestrutura dessa substância são

a) éter e amida. b) álcool e amina.c) fenol e éter. d) fenol e amida.e) cetona e amina.

Aula 160

QuímicaProfessor Pedro CAMPELO

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numeração. Exemplos: CH3CH2COH: propanal; HOC–CH2–CH2–COH: butanodial (note que a nu-meração não é necessária, já que a função aldeí-do só pode estar na extremidade da cadeia)

6. CETONAAs cetonas são compostos orgânicos caracteri-zados pela presença do grupamento –C=O,carbonila, ligado a dois radicais orgânicos. Apre-sentam uma fórmula geral R–C(=O)–R’, onde R eR’ podem ser iguais (cetonas simples ou simé-tricas) ou diferentes (cetonas mistas ou assimé-tricas); alifáticos ou aromáticos; saturados ouinsaturados. R e R’ podem também estar unidos.Nesse caso, compõem um ciclo (cetonas cícli-cas). Quando R ou R’ é um átomo de hidrogênio,estamos na presença de um aldeído.Nomenclatura: A nomenclatura desses compos-tos é feita fundamentada na dos hidrocarbonetos,apenas trocando o sufixo “o” por “ona”. Quandohouver ambigüidade na posição do grupo carbo-nila, esta deve ser indicada antes do sufixo, damesma maneira que em outras funções orgânicas.Seguem alguns exemplos de cetonas:propanona (a vulgar acetona): CH3–CO–CH3butanona: CH3–CO–CH2–CH3pentan–2–ona: CH3–CO–CH2–CH2–CH3pentan–3–ona: CH3–CH2–CO–CH2–CH3hexan–2–ona: CH3–CO–(CH2)3–CH3hexan–3–ona: CH3–CH2–CO–(CH2)2–CH3butanodiona (também conhecido por diacetilo):CH3–CO–CO–CH3pentan–2,4–diona: CH3–CO–CH2–CO–CH3Nomenclatura usual: Também existe a nomen-clatura usual "(radical menor)–(radical maior) –cetona". Exemplo: CH3–CO–CH2CH2CH3: metil-propil-cetona. A nomenclatura oficial correspon-dente seria 2-pentanona.

7. ÁCIDO CARBOXÍLICONa química orgânica, ácidos carboxílicos sãoácidos orgânicos caracterizados pela presençado grupo carboxila.Em fórmulas químicas, esses grupos são tipica-mente representados como COOH.Moléculas que possuem tal grupo funcional tam-bém são chamadas ácidos carboxílicos ou áci-dos orgânicos.Fórmula geral: R é um radical orgânico alquila,alquenila, arila ou hidrogênio.–COOH é o grupo funcional carboxila. R–CO– é um radical orgânico acila. Classificações e nomenclaturas:– Ácidos monocarboxílicos:Identificação:

São aqueles que apresentam, na sua estrutura,um único grupo funcional carboxila, onde R é umradical orgânico alquila, alquenila, arila ouhidrogênio. Apresentam formula geral R–COOHNomenclatura:Oficial: Ácido (nome da cadeia carbônica deriva-do do hidrocarboneto)ÓICO Usual: Nome, em geral, de origem latina ougrega. Exemplo: CH3 – COOHNomenclatura oficial: Ácido etanóico (cadeia de-rivada do hidrocarboneto etano ) Nomenclaturausual: ácido acético (do latim acetum, que signi-fica azedo). – Ácidos dicarboxílicos:Identificação:

São os ácidos carboxílicos que apresentam, nasua estrutura, dois grupos funcionais carboxila,onde R é um radical orgânico.Apresentam fórmula geral HOOC – R – COOHNomenclatura:Oficial: Ácido (nome da cadeia carbônica deriva-do do hidrocarboneto)DIÓICO Usual: Nome, em geral,de origem latina ou grega. Exemplo: HOOC – CH2 – COOHNomenclatura oficial: Ácido propanodióico (ca-deia derivada do hidrocarboneto propano)

Nomenclatura usual: Ácido malônico

8. ÉSTERNa química orgânica e bioquímica, os ésteresconstituem o grupo funcional (R’–COOR’’), queconsiste em um radical orgânico unido ao resí-duo de qualquer ácido oxigenado, orgânico ouinorgânico.Um éster é o produto da reação de um ácido (ge-ralmente orgânico) com um álcool (o hidrogêniodo ácido R–COOH é substituído por um grupoalquilo R"). Os ésteres mais comuns que seencontram na natureza são as gorduras e osóleos vegetais, os quais são ésteres de glicerol ede ácidos graxos.Os ésteres são derivados de ácidos pela subs-tituição do hidrogênio do ácido por um radicalorgânico. São possíveis ésteres sulfurados (exem-plo: acetil-CoA), ésteres de fosfato (ex: ATP),porém os mais importantes são os ésteres deácidos carboxílicos. Alguns deles estão repre-sentados abaixo:

Fórmula geral: onde R e R1 são radicais orgânicos Exemplos:

Nomenclatura: (Nome do ânion derivado doácido substituindo o sufixo ICO por ATO) de(Nome do radical) CH3COO – CH3 ⇒ Acetato de metila ou etanoatode metila CH3 – CH2 – COO – CH2 – CH3 ⇒ propanoato deetila CH3 – COO – CH2 – CH2 – CH2 – CH3 ⇒ Etanoa-to de butila CH2 = C (CH3) – COO – CH3 ⇒ metil propenoa-to de metila, o monômero do acrílico (plástico).

9. AMIDAAmidas – Denomina-se amida todo compostoorgânico que possui o nitrogênio ligado direta-mente a um grupo carbonila.Conforme o nitrogênio estabeleça ou não outrasligações com carbono, as amidas podem ser divi-didas em 3 grupos: Amida não substituída: apresenta 2 hidrogêniosligados ao nitrogênio. Nomenclatura: Prefixo +Infixo + Amida

10. AMINAAs aminas são uma classe de compostos quími-cos orgânicos nitrogenados derivados do amo-níaco (NH3) e que resultam da substituição parcialou total dos hidrogênios da molécula por gruposhidrocarbônicos (radicais alquilo ou arilo –freqüentemente abreviados pela letra R). Se subs-tituirmos um, dois ou três hidrogénios, teremos,respectivamente, aminas primárias (R–NH2),secundárias (R1R2NH) ou terciárias (R1R2R3N).Quando os grupos são diferentes, estes sãonomeados sucessivamente, do menor para omaior, terminando o nome do composto com osufixo “amina”. Algumas vezes, indica-se o prefi-xo amino, indicando, em seguida, a posição e onome do grupo hidrocarbônico.Aminas

Amina Amina Amina primária secundária terciária

11. HALETO ORGÂNICOOs haletos ou halogenetos (derivam do nomegrego halos – sal) são compostos químicos quecontêm átomos dos elementos do grupo VIIhalogênios (flúor (F), cloro (Cl), bromo (Br), iodo(I) e astato (At)) em estado de oxidação –1.

01. (FGV 2007) O gengibre é uma planta dafamília das zingiberáceas, cujo princípioativo aromático está no rizoma. O saborardente e acre do gengibre vem dos fenóisgingerol e zingerona.

Na molécula de zingerona, são encontradasas funções orgânicas

a) álcool, éter e éster.b) álcool, éster e fenol.c) álcool, cetona e éter.d) cetona, éter e fenol.e) cetona, éster e fenol.

02. (Puc-rio 2006) O ácido acetilsalicílico (figuraa seguir), mais conhecido como aspirina, éuma das substâncias de propriedades anal-gésicas mais consumidas no mundo. Assina-le a alternativa que contém os gruposfuncionais presentes na molécula da aspirinae a faixa de pH característico de uma soluçãoaquosa dessa substância a 25°C.

a) Ácido carboxílico, éster, pH<7.b) Cetona, éter, pH=7.c) Aldeído, ácido carboxílico, pH>7.d) Amina, amida, pH=7.e) Éster, éter, pH<7.

03. (Puc-rio 2007) Nossos corpos podem sinteti-zar onze aminoácidos em quantidades sufi-cientes para nossas necessidades. Nãopodemos, porém, produzir as proteínas paraa vida a não ser ingerindo os outros nove,conhecidos como aminoácidos essenciais.

Assinale a alternativa que indica apenasfunções orgânicas encontradas no amino-ácido essencial fenilalanina, mostrada nafigura anterior.

a) Álcool e amida. b) Éter e éster.c) Ácido orgânico e amida.d) Ácido orgânico e amina primária.e) Amina primária e aldeído.

04. (Pucmg 2004) Observe com atenção aestrutura a seguir.

A estrutura dada apresenta as seguintesfunções orgânicas, EXCETO:a) álcool. b) ácido carboxílico.c) amida. d) amina.

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Modernismo II

1. REPERCUSSÕES DA SEMANA DE ARTE MODERNA

Saldo negativo – De modo geral, a imprensafalou mal da Semana de Arte Moderna. O Es-tado de São Paulo, maior jornal paulista daépoca e um dos maiores do Brasil, mostroupostura ética admirável, tratando o tema comsobriedade. Mas havia, em suas páginas, uma“Sessão Livre” que, como sugere o nome,publicava opiniões quaisquer, desvinculadasda linha editorial do jornal. Ali, críticas ferinasforam feitas à Semana de Arte Moderna:

“São uns pândegos, filhos de famílias ri-cas que decidiram ser modernos apenasporque não sabem rimar”.

“Sabes por que Graça Aranha resolveu virdo Rio para participar dessa estudantada?Porque está apaixonado pela irmã dePaulo Prado, a Nazaré, e diz-se à boca pe-quena que o festival foi o pretexto parauma estada prolongada na cidade”.

2. ASPECTOS GERAIS DO MODERNISMO

a) Cronologia – No Brasil, o Modernismo teminício em 1922. A partir de então, não há,oficialmente, outro movimento literário pa-ra substituí-lo. Já se fala em Literatura Con-temporânea e Pós-Modernismo – denomi-nações que não constituem movimentosnovos.

b) Obra – Obra inauguradora: Paulicéia Des-vairada (poesia, 1922), de Mário de An-drade.

c) Movimento inaugurador – Também a Se-mana de Arte Moderna (Teatro Municipalde São Paulo, 1922) pode ser conside-rada o marco do Modernismo no Brasil.

d) Estado de origem – O Modernismobrasileiro é arquitetado em São Paulo,com participação de artistas locais e doRio de Janeiro.

e) Objetivo principal – Os integrantes domovimento pretendem dar um grito deindependência contra o atraso cultural doPaís.

3. FATOS HISTÓRICOS

Logo após a Semana de Arte Moderna, fatosimportantes marcam o cenário político brasi-leiro. Os mais importantes são:

a) Vitória de Arthur Bernardes sobre Nilo Pe-çanha para ocupar o cargo de EpitácioPessoa (1.o de março de 1922).

b) Fundação do Partido Comunista Brasi-leiro. O congresso de fundação do partidorealizou-se em 25, 26 e 27 de março de1922.

c) Rompimento da Política do Café-com-Leite.

d) Os 18 do Forte de Copacabana (5 de julhode 1922) – Dezessete militares e um civiliniciam o movimento contra ArthurBernardes, marchando pelas ruas de Co-

pacabana.

f) Movimento Tenentista (teve início em 5 dejulho de 1924).

g) Coluna Prestes (1924-27).

4. GERAÇÕES MODERNISTAS

Foram três as gerações (ou fases) do Mo-dernismo brasileiro:

a) Primeira Geração – 1922 a 1930. b) Segunda Geração – 1930 a 1945. c) Terceira Geração – 1945 a ?

PRIMEIRA GERAÇÃO

Geração de 22 – É também conhecida por“Geração de 22”. Apesar da resistência dascorrentes conservadoras, as artes brasileiraspassam por profundas transformações de-pois da Semana de Arte Moderna.

Guerra ao passado – O período de 1922 a1930 é o mais radical do movimento moder-nista, justamente em conseqüência da ne-cessidade de definições e pela repugnação atodas as estruturas do passado.

Nacionalismo – Ao mesmo tempo em que seprocura o moderno, o original e o polêmico,o nacionalismo manifesta-se em suasmúltiplas facetas: alguns autores voltam àsorigens, pesquisando fontes quinhentistas;outros procuram adotar uma “línguabrasileira” (a língua falada pelo povo nasruas); surgem as paródias, numa tentativa derepensar a história e a literatura brasileiras;toma-se a decisão de valorizar o índio,elemento verdadeiramente brasileiro.

Movimentos de apoio – Eclodem manifestosde apoio ao Modernismo:

a) Manifesto da Poesia Pau-Brasil (Oswaldde Andrade).

b) Manifesto do Verde-Amarelismo ou daEscola da Anta (Menotti del Picchia).

No fim da década de 20, o movimento mo-dernista está dividido em duas correntes:

a) Nacionalismo crítico – Caracteriza-se pe-las idéias sóbrias, conscientes, de denún-cia da realidade brasileira, identificadaspoliticamente com as esquerdas.

b) Nacionalismo ufanista – Caracterizadopelas idéias utópicas, centradas no exa-gero, identificadas com as correntes polí-ticas de extrema direita.

AUTORES DA PRIMEIRA FASE

1. Mário de Andrade2. Oswald de Andrade3. Manuel Bandeira4. Antônio de Alcântara Machado5. Menotti del Picchia6. Cassiano Ricardo7. Guilherme de Almeida8. Plínio Salgado9. Ronald de Carvalho

10. Murilo Araújo

CARACTERÍSTICAS DA PRIMEIRA FASE

a) Ruptura com o passado.b) Antiacademicismo.c) Busca do novo ou do inédito: vanguardis-

mo.d) Adoção do verso livre.e) Linguagem coloquial.f) Micropoemas, poemas-piada, paródia, hu-

mor e sátira.

Aula 161

01. Um dos poetas seguintes não participoupessoalmente da Semana de Arte Moderna:

a) Menotti del Picchiab) Cassiano Ricardoc) Ronald de Carvalhod) Manuel Bandeirae) Mário de Andrade

02. Dado o poema seguinte:

Dê-me um cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabidoMas o bom negro e o bom brancoDa Nação BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camaradaMe dá um cigarro(Oswald de Andrade, Pronominais)

Em cada alternativa, há uma proposta depontuação para o poema em análise. Elejaa proposta incorreta, com base na normaculta da língua.

a) Ponto após “sabido”. b) Vírgulas para isolar “camarada”.c) Dois-pontos após “dias”. d) Vírgula após “Brasileira”.e) Travessão após “cigarro”.

03. Ainda com base no poema da questãoanterior, eleja a afirmativa incoerente.

a) A gramática do professor, do aluno e domulato sabido aconselha uma linguagemformal.

b) O bom negro e o bom branco vão ao en-contro do que preceitua a gramática doprofessor, do aluno e do mulato sabido.

c) Há antítese entre o modo de falar do aluno eo do bom negro.

d) A construção “me dá um cigarro” contémduas falhas gramaticais.

e) O substantivo “camarada” tem função devocativo.

04. Para compor o poema em análise, Oswaldde Andrade usou em primeiro plano:

a) mentalinguagem;b) conotação;c) hipérbole;d) hipérbato;e) intertextualidade.

05. (UC–PR) Movimento literário brasileiro querecebeu influências de vanguardaseuropéias, tais como o Futurismo e oSurrealismo:

a) Modernismo.b) Parnasianismo.c) Romantismo.d) Realismo.e) Simbolismo.

LiteraturaProfessor João BATISTA Gomes

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CRONOLOGIA DA PRIMEIRA FASEMODERNISTA

1922 1922 Arthur Bernardes assume a Presidênciada República.

Realização da Semana de Arte Moderna.

Criação do Partido Comunista Brasileiro.

Mário de Andrade lança Paulicéia Desvairada(poesia).

Movimento Tenentista. Os tenentes militaresrebelam-se no Rio de Janeiro (Os 18 doForte).

1923 Victor Brecheret conclui o projeto do Mo-numento às Bandeiras.

1924 Rebelião em São Paulo contra o governo deArthur Bernardes.

Início da marcha da Coluna Prestes, lideradapor Luís Carlos Prestes.

Oswald de Andrade publica, no jornal Correioda Manhã, do Rio de Janeiro, o Manifesto daPoesia Pau-Brasil.

Oswald de Andrade publica a obra MemóriasSentimentais de João Miramar, misturandoprosa e poesia.

1925 Mário de Andrade publica A Escrava que nãoé Isaura (ensaio).

Guilherme de Almeida viaja ao Recife paradivulgar os ideais modernistas.

1926 Washington Luís assume a Presidência daRepública.

Mário de Andrade publica as obras PrimeiroAndar e Losango Cáqui.

1927 Gregori Warchavchik, arquiteto russo, constróia primeira casa modernista do país, localizadaem São Paulo.

Oswald de Andrade publica A Estrela doAbsinto.

Antônio de Alcântara Machado publica Brás,Bexiga e Barra Funda (contos).

Mário de Andrade publica Amar, Verbo In-transitivo (romance).

1928 Oswald de Andrade lança o ManifestoAntropofágico.

Mário de Andrade publica Macunaíma(rapsódia).

Começa a circular a Revista de Antropofagia.

Cassiano Ricardo publica Martin-Cererê (poe-sia)

José Américo de Almeida publica o romanceA Bagaceira, inaugurando a tendênciaregionalista do Modernismo.

1929 Quebra da Bolsa de Nova York. Conse-qüência: a exportação brasileira do café éprejudicada.

g) Enredo não-linear.h) Nacionalismo extremado.i) Predomínio da poesia.

REVISTAS DA PRIMEIRA FASE

a) Klaxon – São Paulo, 1922, 1923.

Publicada em São Paulo, de maio de 1922a janeiro de 1923, a revista faz a primeiratentativa de organizar propostas e idéiasadvindas da Semana de Arte Moderna.Adota duas linhas opostas: Futurismo (pre-gava a experimentação e a velocidade nalinguagem) e Primitivismo (pregava a bus-ca do inconsciente, seguindo a linha doSurrealismo e do Expressionismo).

b) Estética – Rio de Janeiro, 1924.

Tem apenas três edições. Divulga as opi-niões de Graça Aranha, Mário de An-drade, Manuel Bandeira e muitos outros.

c) Terra roxa e outras terras – São Paulo,1926.

d) A Revista – Belo Horizonte, 1925. A Re-vista é a publicação responsável peladivulgação do movimento modernista emMinas Gerais. Circulam apenas três nú-meros, nos meses de julho e agosto de1925 e janeiro de 1926; conta entre seusredatores com Carlos Drummond de An-drade.

e) Verde – Cataguases, Minas Gerais, 1928.

Dura pouco mais de dois anos (1927 –1929). Em torno da revista, forma-se umgrupo que combate a literatura tradicional,conquistando, já no fim da primeira fase, aadesão de Carlos Drummond de Andrade,Abguar Renault, Menotti del Picchia, Mu-rilo Mendes, Pedro Nava, Mário de Andra-de, Aníbal Machado.

f) Maracujá – Fortaleza, 1929.

g) Madrugada – Porto Alegre, 1929.

h) Festa – Rio de Janeiro, 1927.

MOVIMENTOS ou GRUPOS DA PRIMEIRAFASE

a) Pau-Brasil – São Paulo, 1924.

Fundado e liderado por Oswald de An-drade (Correio da Manhã, Rio de Janeiro,18/03/24), prega o primitivismo, a redes-coberta do Brasil a partir de suas coisassimples, a valorização de expressões poé-ticas do passado. Dentro dessa proposta,a Carta de Caminha foi transformada empoesia modernista no livro Pau-Brasil(1925). O movimento prega a liberdade, overso livre e os neologismos.

Veja o poema Erro de Português, de Os-wald de Andrade, que exemplifica bem oencontro do português com o índio:

o português chegouDebaixo de uma bruta chuvaVestiu o índioQue pena! Fosse uma manhã de solO índio tinha despidoO português.

O manifesto Pau-Brasil começa assim:

“A poesia existe nos fatos. Os casebres deaçafrão e de ocre nos verdes da Favela,sob o azul cabralino, são fatos estéticos”.

b) Antropofagia – São Paulo, 1928.

Fundado e liderado por Oswald de Andra-

de. Representa uma continuação do gru-po Pau-Brasil.

Escrito com a ajuda de Mário de Andradee Raul Bopp, é considerado o mais radicalde todos os manifestos da primeira fasedo Movimento Modernista. Ao resgatar acrença indígena de que os índios antropó-fagos, ao comerem seus inimigos, esta-riam assimilando suas qualidades, ele de-fende uma espécie de projeto de resis-tência às incorporações feitas sem o devi-do senso crítico. A proposta era “devorar”a cultura e as técnicas estrangeiras e sub-metê-las a uma digestão crítica em nossoestômago cultural, de forma a assimilá-lasou ainda vomitá-las, se fossem considera-das impróprias ou indesejáveis.

c) Verde-Amarelo – São Paulo, 1926.

Fundado e liderado por Menotti del Pic-chia (autor de Juca Mulato) e CassianoRicardo (autor de Martim Cererê). Prega oneo-indianismo e o nacionalismo.

d) Anta – São Paulo, 1927.

Fundado e liderado por Menotti del Pic-chia e Cassiano Ricardo. Representa umacontinuação do grupo Verde-Amarelo.

Caiu no vestibular

01. (UFV–MG) Assinale a alternativa emque há uma característica que nãocorresponde ao Modernismo em suaprimeira fase.

a) Ruptura radical e audaciosa em relaçãoàs posições estéticas do passado, quebratotal da rotina literária.

b) Caráter turbulento, polemista, dedemolição de valores.

c) Exaltação exagerada de fatores comomocidade e tempo; o novo, nesta fase, foierigido como um valor em si.

d) Movimento de inquietação e deinsatisfação; os novos se lançaram à lutaem nome da originalidade, da liberdadede pesquisa estética e do direito de“errar”.

e) apesar de toda a radicalidade do grupo, éunânime a preocupação dos modernistascom o purismo da linguagem.

02. (PUC–SP) A Semana de Arte Moderna(1922), expressão de um movimento culturalque atingiu todas as nossas manifestaçõesartísticas, surgiu de uma rejeição aochamado colonialismo mental, pregava umamaior fidelidade à realidade brasileira evalorizava sobretudo o regionalismo. Comisso, pode-se dizer que:

a) romance regional assumiu característicasde exaltação, retratando os aspectosromânticos da vida sertaneja.

b) a escultura e a pintura tiveram seu apogeucom a valorização dos modelos clássicos.

c) o movimento redescobriu o Brasil,revitalizando os temas nacionais ereinterpretando nossa realidade.

d) os modelos arquitetônicos do períodobuscaram sua inspiração na tradição dobarroco português.

e) a preocupação dominante dos autores foicom o retratar os males da colonização.

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República populista(1946–1964)

1. POPULISMO

Fenômeno político que marcou vários paíseslatino-americanos no pós-Segunda Guerra Mun-dial. Está ligado ao controle das massastrabalhadoras, buscando acalento às aspiraçõessociais.

2. PRINCIPAIS PARTIDOS

• Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)• Partido Social Democrata (PSD)• União Democrática Nacional (UDN)

3. SUCESSÃO PRESIDENCIAL DE 1945

Apoiado por Getúlio Vargas, o candidato dacoligação PTB-PSD, o general Eurico GasparDutra, derrotou os outros candidatos: o brigadeiroEduardo Gomes (UDN) e Yedo Fiúza (PCB).Gaspar Dutra foi eleito com cerca de 55% dosvotos.

4. CONSTITUIÇÃO DE 1946 – Redemocratizadora

• Manteve a República e o presidencialismo.• Estabelecia 5 anos de mandato para o

presidente da República e seu vice.• Conservava a autonomia e a independência

dos Poderes.• Instituiu o voto direto e secreto para ambos os

sexos maiores de 18 anos, exceto os analfabe-tos, soldados e cabos.

• Deu autonomia política e administrativa aosestados e municípios.

• Garantia a liberdade de pensamento e deopinião.

• Assegurava o direito de greve e livre associa-ção sindical.

5. GOVERNOS POPULISTAS

Eurico Gaspar Dutra (1946–1951)

• Foi eleito pela coligação PTB-PSD.• Coincidiu com o início de uma guerra

ideológica denominada Guerra Fria,envolvendo, de um lado, os Estados Unidos(defensor do Capitalismo) contra a UniãoSoviética (defensora do Socialismo). No Brasil,a Guerra Fria, assinala os seguintesacontecimentos:– Apoio do governo brasileiro ao governo

norte-americano.– Cassação de relações diplomáticas com

países socialistas.– Extinção do Partido Comunista Brasileiro

(PCB) em 1947.– Cassação de mandatos dos deputados que

pertenciam ao Partido Comunista Brasileiro(PCB).

• Gastos do Tesouro Nacional na compra deimportados supérfluos ou sem nenhumanecessidade para o País. Cerca de 800milhões de dólares deixados por GetúlioVargas eram “torrados” pelo governo Dutra.

• Elaboração do Plano SALTE. Realizarinvestimentos na área da saúde, alimentação,transporte e energia.

Getúlio Vargas (1951–1954)

• Eleição – Foi eleito pela coligação PTB(Partido Trabalhista Brasileiro) / PSP (PartidoSocial Progressista). Vargas, mais uma vez,derrotava seus opositores políticos comfacilidade.

• Nacionalismo econômico – O presidenteVargas iria permitir o capital estrangeiro noBrasil, mas não admitia a desnacionalizaçãoda economia.

• BNDE – Criação do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico em 1952. Era oprograma de investimentos do governo.

• Campanha “O Petróleo é Nosso” – Slogandefendido pelo governo que não admitiaempresas estrangeiras explorando o petróleobrasileiro. O resultado foi favorável aos nacio-nalistas. Estava criada a Petrobras, empresaestatal responsável pela extração e pelo refinodo petróleo brasileiro.

• Petrobras – Depois de muito atrito entre ogoverno e as forças conservadoras apoiadaspelo capital estrangeiro, a empresa foi criadacom capital misto, mas o Estado possuía amaioria das ações, sendo sócio majoritário.

• Projeto de remessa de lucros – Visava proibiras excessivas remessas de lucros dasempresas estrangeiras instaladas aqui noBrasil para sua matriz no exterior. Esse projetofoi vetado pelo Congresso Nacional, pois apressão dos grupos internacionais foi forte.

• Política trabalhista – Vargas autoriza umaumento de 100% no salário mínimo. Era aproposta do ministro do Trabalho JoãoGoulart, que, futuramente (1961), ocuparia ocargo de vice-presidente. Aumentar o saláriomínimo causou uma enorme revolta entre osempresários: eles se posicionaram contrários aessa medida do governo.

• Crime da Rua Toneleros – No dia 5 de agostode 1954, houve a tentativa de assassinato aopolítico e jornalista Carlos Lacerda, queculminou com a morte do major da AeronáuticaRubens Florentino Vaz. A Aeronáutica instalainquérito, e o resultado não agradou ao governo.A Aeronáutica pressiona, exigindo a renúncia deGetúlio Vargas. O Presidente responde que nãodeixa o governo: “Se vêm para me depor, encon-trarão meu cadáver”.

• Suicídio de Vargas – No dia 24 de agosto de1954, Getúlio desfechou um tiro no coração.Cumpria a promessa de só deixar o paláciomorto. Morria um dos mais controvertidospersonagens da História do Brasil. Deixou umacarta-testamento acusando as forças conser-vadoras (a UDN e o capital estrangeiro) deserem os grandes responsáveis por essaatitude. As “aves de rapina” (assim Getúlio sereferia aos sanguessugas que só pensavamem fazer o jogo do capital estrangeiro).“...Serenamente dou o primeiro passo nocaminho da eternidade e saio da vida paraentrar na História”.

• Sucessão presidencial – Após a morte deGetúlio Vargas, quem assumiu o governo foi ovice-presidente Café Filho.

Juscelino Kubitscheck (1956–1961)

• Eleição – Foi eleito pela coligação PSD-PTB.João Goulart, que fora ministro do Trabalho nogoverno Getúlio Vargas e grande líderpopulista, apresentava-se pelo PTB para ser ovice-presidente.

• Nacional desenvolvimentista – Seus 5 anosde governo alicerçavam-se no nacional desen-volvimentista, embora nunca tenha ocorrido taldesenvolvimento, pois apesar do grande cres-cimento, não houve melhorias na qualidade devida da população brasileira.

• Crescimento econômico – No qüinqüênio JK,houve grande crescimento econômico. Paraalcançá-lo, foi permitida uma enorme entradade capital estrangeiro a fim de continuar aalavanca que Getúlio Vargas iniciou nos anosde 1930, do desenvolvimento industrial brasi-leiro. O crescimento industrial ocorreu naprodução de bens duráveis e de consumo.

Aula 162

HistóriaProfessor DILTON Lima

01. (APROVAR) Cinqüenta anos de progressoem cinco anos de governo foi o slogan deum governo que marcou os anos de 1950.Identifique este governo nas alternativasabaixo e a característica que marcou seugoverno. a) Gaspar Dutra. Gastos do Tesouro Nacional

com a importação de bens de consumo.b) Getúlio Vargas. Política nacionalista, dando

ênfase para as indústrias de base.c) Juscelino Kubitscheck. Acelerar o desenvol-

vimento industrial, internacionalizar aeconomia, contudo gerando endividamentoe inflação.

d) Juscelino Kubitscheck. Realização de suapolítica externa independente.

e) JK. Execução do Plano de Metas através deuma política nacionalista e de proibição deentrada ao capital estrangeiro.

02. (PUCSP) A frase:a) “O suicídio de Vargas não interrompeu um

possível golpe udenista” indica que o autoracredita que o suicídio do Presidente, emagosto de 1954, não impediu a ascensãopolítica da direita.

b) “A grande derrota da direita, aí sim, foi emoutubro de 1955” indica que o autor acre-dita que a vitória eleitoral de JuscelinoKubitschek tenha sido um histórico triunfopolítico dos comunistas brasileiros.

c) “A crise de 1961 acabou fortalecendo a de-mocracia como valor fundamental da Repú-blica” indica que o autor acredita que, apósa renúncia de Jânio Quadros, o Brasil setornou definitivamente uma democracia.

d) “Café Filho assumiu a Presidência da Repú-blica e governou com um ministério conser-vador” indica que o autor acredita que adireita conseguiu impor seu projeto de go-verno de 1954 em diante.

e) “Juscelino Kubitschek venceu as eleiçõespresidenciais em aliança com João Goulart”indica que o autor acredita que não havia,em 1955, qualquer risco para a continui-dade da hegemonia política do varguismo.

03. (MACKENZIE) O presidente acusava asmisteriosas “forças ocultas” como res-ponsáveis pelo seu ato. Hoje, há poucasdúvidas de que a renúncia fazia parte deuma estratégia golpista. Minoritário noCongresso, criticado duramente porCarlos Lacerda, o presidente esperavavoltar nos braços do povo, fato que nãose confirmou.Através do texto, identifique o aconteci-mento histórico em questão.a) Suicídio do Presidente Getúlio Vargasb) Impeachment do Presidente Collor de Melloc) Queda do governo Goulart.d) Deposição de Carlos Luz.e) Renúncia de Jânio Quadros.

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• Plano de metas – A meta era crescer “50 anosem 5”. Para realizar tal crescimento econômico,o governo executou seu programa de governo,conhecido como Plano de Metas – consistia emimplementar medidas em 5 setores: transporte,energia, indústria, alimentação e educação.

• Alianças com os setores das ForçasArmadas – As Forças Armadas passaram aocupar lugar de destaque nas decisões doEstado. Comprou-se para a Marinha um porta-aviões que pertencia à Inglaterra.

• Confrontos – O governo debelou as revoltasde Jacareacanga e Aragarças no Pará. O jeitomineiro de governar evitava confrontos diretoscom os grupos de direita. Concedeu anistia aosenvolvidos nos confrontos com o governo.

• Construção de Brasília – Inaugurada no dia 21de abril de 1960, a terceira capital do Brasil foiobra do arquiteto Oscar Niemeyer e dourbanista Lúcio Costa. Os trabalhadoresresponsáveis pela construção de Brasília erammajoritariamente nordestinos, chamados de“candangos”. Depois da cidade inaugurada,esses trabalhadores ficaram em zonasperiféricas, vivendo em condições miseráveis.

• Grupos de trabalho:– Grupo Executivo da Indústria Automobilística

(GEIA).– Grupo Executivo da Indústria de Construção

Naval (GEICON).• Criação da Superintendência do

Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) –Tinha por meta tratar dos problemas da RegiãoNordeste para solucioná-los. Na prática, osresultados não foram satisfatórios.

Jânio Quadros (1961) – Corpo Estranho

• Eleição – Foi eleito pelo Partido DemocrataCristão (PDC), sem nenhuma expressãopolítica nacional. Jânio recebeu apoio da UDN,que via nele o caminho para chegar ao poder.A vitória de Jânio Quadros significava a vitóriade um candidato fora do esquema dominante.Tinha como símbolo uma “vassoura”: preten-dia varrer toda a corrupção do País.

• Derrota do PTB-PSD – Jânio Quadros derro-tara o canditado Henrique Lott, pela coligaçãoPTB-PSD, nas eleições de 1960. Pela primeiravez, desde 1946, essa coligação perdia umaeleição presidencial. Mas não foi uma derrotatotal, já que o vice-presidente era do PTB.

• Vice-presidência – O vice-presidente, maisuma vez, era João Goulart, pelo PTB. A LeiEleitoral dessa época permitia que se votasseem candidatos a presidente e a vice-presidenteem chapas diferentes.

• Política externa – Apoiado em grupos naciona-listas desenvolvimentistas, Jânio Quadros ado-tou uma política externa independente.

• Relações diplomáticas – O contexto interna-cional reatou relações diplomáticas com ospaíses socialistas, especialmente com a UniãoSoviética, a China e a nascente Cuba socialista.Considerando que o momento era de GuerraFria, a aproximação com esses países socialis-tas era uma agressão aos Estados Unidos. AUDN rompeu com o governo Jânio Quadros,passando a defender o combate à esquerda(socialismo/comunismo).

• Condecoração – O guerrilheiro que lutou naRevolução Cubana, Ernesto “Che” Guevara, foiagraciado pelo presidente Jânio Quadros coma medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul.

• Atitudes débeis – Proibição à briga de galos eao uso de biquínis nas praias.

• Golpe frustrado – Na tentativa de dar umgolpe, Jânio Quadros renuncia em agosto de1961. A intenção era que seus ministros milita-res e o Congresso Nacional não aceitassem arenúncia, a fim de que ele pudesse instituir umgoverno forte (ditatorial). A renúncia foi aceita

pelos ministros militares e pelo CongressoNacional, frustrando, assim, o plano de golpedo presidente.

• Renúncia – O presidente Jânio Quadros renun-cia no dia 25 de agosto de 1961, alegando quecertas forças ocultas e terríveis tinham-selevantado contra seu governo. Na verdade, elenunca explicou que “forças” seriam essas.Alguns trechos de sua carta-renúncia: “...sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levanta-ram-se contra mim e me intrigam ou difamam,até com a desculpa de colaboração...”

Observação – Com a renúncia de JânioQuadros, as Forças Armadas, os grupos conser-vadores e a UDN tentaram impedir a posse dovice-presidente João Goulart, que se encontravaem missão oficial na República Popular da China.A Rede da Legalidade, comandada por LeonelBrizola, incentivava a resistência popular eirradiava inflamados discursos a favor da possede João Goulart (Jango). A solução para oimpasse foi a adoção do Parlamentarismo noBrasil.

João Goulart (1961-1964)

• Posse: João Goulart tomou posse no dia 7 desetembro de 1961. Logo que assumiu, Goulartnão tinha o poder das decisões, pois essafunção cabia ao Primeiro-Ministro TancredoNeves, Chefe de Governo. Jango era Chefe deEstado. Pela primeira vez na República, o Brasilconheceu esse sistema de governo. TancredoNeves, Brochado da Rocha e Hermes Limaforam, respectivamente, os chefes de governonesse período, que começou em 1961 e termi-nou dois anos mais tarde, em 1963.

• Plebiscito: a emenda que criava o sistemaparlamentarista previa uma consulta popular(plebiscito) para referendar o parlamentarismo.A habilidade política de João Goulart realizouesse plebiscito. No dia 6 de janeiro de 1963,cerca de 10 milhões de votos disseram NÃO aoparlamentarismo. Estava de volta o Presiden-cialismo, sistema em que o presidente da Repú-blica passava a ser Chefe de Estado e Chefe deGoverno, o principal responsável pelas decisõespolíticas do país.

• Programa de governo: para os três anos queainda faltavam para findar seu governo, oministro do Planejamento, Celso Furtado,apresentou o Plano Trienal de DesenvolvimentoEconômico e Social, um programa que visava:– distribuir melhor as riquezas nacionais;– atacar os latifúndios improdutivos;– garantir o crescimento da economia e

combater a inflação.• Executar um programa de reformas que ficou

conhecido como Reformas de Base. Ogoverno pretendia fazer mudanças naestrutura agrária (reforma agrária), tributária,fiscal, educacional e na remessa de lucros.

Observação – Já em meados de 1963, a UDNdefendia uma intervenção norte-americana e dasForças Armadas brasileiras para impedir o queeles chamavam de “avanço comunista” deJango. No início de 1964, os governadoresAdemar de Barros (São Paulo), Carlos Lacerda(Guanabara) e Magalhães Pinto (Minas Gerais)conspiravam com a ala antijanguista. O golpeestava preparado. No dia 31 de março, osgenerais Luís Carlos Guedes e Olímpio MourãoFilho, com o apoio do governador MagalhãesPinto, sublevaram Minas Gerais e logo contaramcom o apoio militar de outros estados. Opresidente João Goulart abandonou Brasília e foipara o Rio Grande do Sul, de onde partiu,exilando-se no Uruguai.

01. ( PUCSP) A partir dos vários episódios polí-ticos relacionados pelo texto e de seus co-nhecimentos sobre o período 1945–1964,pode-se afirmar que a

a) disputa entre direita e esquerda se expres-sava no confronto que opunha militares epolíticos da UDN (União Democrática Nacio-nal) a partidários do PSD (Partido SocialDemocrático), as duas principais forçaspolíticas da época.

b) morte de Getúlio Vargas, ao contrário do quea história oficial conta, foi provocada poruma ação conservadora de políticos ligadosao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro).

c) vitória eleitoral de Juscelino Kubitschek eJoão Goulart, políticos de esquerda, favore-ceu a imediata realização do golpe militar dedireita que impediu a posse de JK e depôsGoulart da Presidência em 1964.

d) renúncia de Jânio Quadros, em 1961, provo-cou uma profunda crise política e, apesar detentativas golpistas, negociações políticasasseguraram o respeito à Constituição e aposse do Vice-Presidente João Goulart.

e) eleição presidencial de 1955 definiu o fim dainfluência varguista, dado o apoio que ossindicatos e as centrais operárias deram àcandidatura de João Goulart à Presidênciada República.

02. (FUVEST) Em 1947, o Partido Comunistafoi colocado na ilegalidade no Brasil. Essadecisão se explica basicamente

a) pela bipartição do mundo em blocos anta-gônicos, conseqüência da guerra fria.

b) pela linha insurrecional dos comunistas, quepretendiam iniciar uma revolução a curtoprazo.

c) por ser o Partido Comunista frágil e desti-tuído de expressão social.

d) por um acordo partidário firmado pela UDN, oPSD e o PTB.

e) pelo desejo de acalmar as Forças Armadasque ameaçavam interromper o jogo demo-crático.

03. (UFRS) Do ponto de vista econômico, ogoverno Juscelino Kubitscheck foi marcadopor intenso e acelerado crescimento,expresso no lema “Cinqüenta anos deprogresso em cinco de governo”. Entre asinovações desse período, pode-se destacar

a) a criação da Petrobrás e da Nuclebrás.b) a implementação da indústria automobilística

e de ampla rede rodoviária.c) a construção de Brasília e a criação da rede

ferroviária.d) o incremento da indústria têxtil e a criação da

Petrobrás.e) a instalação de Angra II e a implementação

da indústria têxtil.

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DESAFIO LITERÁRIO (p. 3)01. C;02. A; 03. D;04. C;

DESAFIO QUÍMICO (p. 5)01. E; 02. D;03. E;04. A;

DESAFIO QUÍMICO (p. 6)01. B;02. A; 03. E;04. A;05. C;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 7)01. E;02. A;03. D;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 8)01. E;02. D;03. A;04. D;

EXERCÍCIOS (p. 8)01. A;02. B;03. E;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 9)01. a) 1, 2, 3; b) 3, 4, 5;02. 75m e 38m;03. B;04. x =3, x = 2 e x = 30°;05. 4km;06. x=4m;07. C;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 10)01. x = 10cm2 ;02. A;03. D;04. B;05. A;06. E;

DESAFIO FÍSICO (p. 11)01. D ;02. C;03. C;04. B;05. C;06. A;

DESAFIO FÍSICO (p. 12)01. D;02. D;03. A;04. E;05. A;06. D;07. C;

PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 13 e 14)01. V, V, F, V e V; 02. V, V, V, V e F;03. B; 04. D; 05. E; 06. B; 07. E; 08. A;09. C; 10. D; 11. E;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 13)01. C;02. C;03. A;

MOMENTO DA DISSERTAÇÃO (p. 14)01. V, V, V, V, V, V e V;02. V, V, F, V, V, F e V; 03. V, F, V, V, V e F;

Gabarito donúmero anterior

Aprovar n.º 26

Calendário2008

O ALIENISTAMachado de Assis

Capítulo IDE COMO ITAGUAÍ GANHOU

UMA CASA DE ORATES

1. Resumo

“As crônicas da vila de Itaguaí dizem...” Assim oautor-narrador exime-se da veracidade dosacontecimentos que vai narrar. Ele não osinventou propriamente, mas encontrou-os nas“crônicas da vila de Itaguaí”.“Vivera em Itaguaí um certo médico, o Dr. SimãoBacamarte, filho da nobreza da terra e o maiordos médicos do Brasil, de Portugal e dasEspanhas...”Depois de estudar em Coimbra e Pádua, aostrinta e quatro anos, regressou ao Brasil. Adespeito de receber convite de el-rei para ficarem Coimbra ou em Lisboa, meteu-se em Itaguaí,cidadezinha do interior carioca, e entregou-se decorpo e alma ao estudo da ciência.Seis anos depois, aos quarenta, casou-se comDona Evarista, senhora de vinte e cinco anos,viúva e “não bonita nem simpática”. Bacamarteescolheu-a pelas condições fisiológicas eanatômicas, depois de verificar que ela estava aptaa lhe dar filhos robustos e sãos. Cinco anos maistarde, veio a primeira derrota de Bacamarte: D.Evarista não engravidava.Derrotado no caso de Dona Evarista, Bacamartelogo se interessou pela doença da alma: aloucura. Itaguaí tinha doidos, mas não havia umacasa onde se lhes desse tratamento adequado.Apresentou uma proposta à câmara, defendeu-acom boa retórica e obteve permissão paraconstruir um hospital – a Casa Verde – ondeabrigaria todos os doidos de Itaguaí e das demaisvilas e cidades da região.A inauguração foi feita com pompa, e as festaspúblicas duraram sete dias.

2. Vocabulário

Admoestação – ato ou efeito de admoestar; leverepreensão.Casa de Orates – hospício; casa de doidos. (Odicionário registra orate).Cataplasma – papa medicamentosa que seaplica, entre dois panos, a uma parte do corpodorida ou inflamada. Coche – carruagem antiga e suntuosa (luxuosa).Comensal – indíviduo que tem hábito de comerem casa alheia.Corão – é a Bíblia do Islamismo, religião dosárabes. (Maomé é seu profeta; Alá, o seu Deus).Defraudar – espoliar com fraude; privar com dolode; contrariar iludindo.Frontispício – frontaria, fachada.Imarcessível – que não murcha; incorruptível.Inefável – que não se pode exprimir compalavras; indizível; encantador.Longanimidade – paciência, resignação com quese suportam contrariedades, malogros,dificuldades etc.Mofino – doentio.

Aulas 185 a 198

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ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de questões vernáculas.3. ed. São Paulo: Ática, 1996.

BECHARA, Evanildo. Lições de português pela análise sintática. Riode Janeiro: Fundo de Cultura, 1960.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dúvidas da línguaportuguesa. 2. impr. São Paulo: Nova Fronteira, 1996.

CUNHA, Celso; CYNTRA, Lindley. Nova gramática do portuguêscontemporâneo 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 13. ed. Rio deJaneiro: Fundação Getúlio Vargas, 1986.

HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo dicionário da línguaportuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

HOUAISS, Antônio. Pequeno dicionário enciclopédico KooganLarousse. 2. ed. Rio de Janeiro: Larousse do Brasil, 1979.

HISTÓRIA

ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas en el amazonas: 1660-1684. Iquitos-Peru, 1986.

______ Novo Descobrimento do Grande Rio das Amazonas. Rio deJaneiro: Agir, 1994.

CARDOSO, Ciro Flamarion S. América pré-colombiana. São Paulo:Brasiliense, 1986 (Col. Tudo é História).

CARVAJAL, Gaspar de. Descobrimento do rio de Orellana. SãoPaulo: Nacional, 1941.

FERREIRA, Alexandre Rodrigues. (1974) Viagem Filosófica pelascapitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá.Conselho Federal de Cultura, Memórias. Antropologia.

MATEMÁTICA

BIANCHINI, Edwaldo e PACCOLA, Herval. Matemática. 2.a ed. SãoPaulo: Moderna, 1996.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações. SãoPaulo: Ática, 2000.

GIOVANNI, José Ruy et al. Matemática. São Paulo: FTD, 1995.

QUÍMICA

COVRE, Geraldo José. Química Geral: o homem e a natureza.São Paulo: FTD, 2000.

FELTRE, Ricardo. Química: físico-química. Vol. 2. São Paulo:Moderna, 2000.

LEMBO, Antônio. Química Geral: realidade e contexto. São Paulo:Ática, 2000.

REIS, Martha. Completamente Química: físico-química. São Paulo:FTD, 2001.

SARDELLA, Antônio. Curso de Química: físico-química. São Paulo:Ática, 2000.

BIOLOGIA

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CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. Vol. Único. São Paulo:FTD, 2002.

LEVINE, Robert Paul. Genética. São Paulo: Livraria Pioneira, 1973.

LOPES, Sônia Godoy Bueno. Bio. Vol. Único. 11.a ed. São Paulo:Saraiva. 2000.

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BONJORNO, José et al. Física 3: de olho no vestibular. São Paulo:FTD, 1993.

CARRON, Wilson et al. As Faces da Física. São Paulo: Moderna,2002.

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PARANÁ, Djalma Nunes. Física. Série Novo Ensino Médio. 4.a ed.São Paulo: Ática, 2002.

RAMALHO Jr., Francisco et alii. Os Fundamentos da Física. 8.a ed.São Paulo: Moderna, 2003.

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