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    APOSTILA DE GESTO DERECURSOS PATRIMONIAISE LOGSTICOS

    Prof. Andr Luiz Teixeira

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    Introduo:

    Este material tem, nica e exclusivamente, a finalidade de auxiliar os acadmicos no estudoda disciplina de Gesto de Recursos Patrimoniais e Logsticos. O contedo fruto de pesquisabibliogrfica e citaes prprias, baseadas em experincia profissional em reas correlatas.

    Durante nossa jornada, participamos de importantes processos de estruturao da cadeiade abastecimento em diversas empresas e pudemos constatar que a gesto de estoques possuiimportncia vital para o sucesso de qualquer organizao produtiva. Como veremos a seguir, a rea demateriais est intimamente ligada a outras reas da empresa, tendo como principal, o impacto nasfinanas corporativas.

    Alm de significar a utilizao indevida de recursos financeiros, uma Administrao deMateriais inadequada um forte sintoma de uma Administrao Geral ineficaz.(Francischini, Paulino. Pioneira Thomson, 2004)

    Orientaes Gerais

    Bibliografia Bsica:BOWERSOX, D. J; CLOSS, D. J. Logstica empresarial: o processo de integrao da

    cadeia de suprimento; So Paulo; Atlas; 2001.FRANCISCHINI, Paulino G.; GURGEL, Floriano do Amaral. Administrao de Materiais

    e do Patrimnio; So Paulo; Pioneira Thompson; 2004.

    Bibliografia Complementar:

    Pozo, Hamilton. Administrao de Recursos Materiais e Patrimoniais: uma abordagemLogstica; 4.; So Paulo; Atlas; 1996.BALLOU, RONALD H. Logstica Empresarial; So Paulo; Atlas; 1993.GIANESI, I. G.; CORRA, H. L. Just in time, MRP II e OPI; So Paulo; Atlas; 1996.RIBEIRO, P. D. Kanban: resultado de uma implantao bem-sucedida; 2.; Rio de

    Janeiro; COP Editores; 1989.

    Material Complementar: Apostila do professor, contendo resenhas e exerccios; Textos de revistas da rea, fornecidos em sala; Apresentaes em Power-point (exibidas em sala e disponibilizadas na internet):

    www.administradores.com.br/teixeira31

    Avaliao Bimestral:1 Bimestre: Prova Bimestral (7 ptos) + Relatrio de Filme (3 ptos).2 Bimestre: Prova Bimestral (7 ptos) + Trabalho sobre NR-11 (3 ptos).

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    Atividades complementares:1 Bimestre: Relatrio do Filme A Meta

    - O filme ser exibido em ___/___/___, na ___ aula.- Aps a exibio, ser distribudo um questionrio, que servir de base

    para elaborao do relatrio.- O relatrio dever ser entregue at a ltima aula que antecede provabimestral.

    - Trabalho em grupos de no mximo 3 alunos.- Valendo 8 h de A. C.

    2 Bimestre: Trabalho sobre NR-11- Nesse bimestre, focaremos mais os aspectos prticos do transporte,

    movimentao, armazenagem e manuseio de materiais. A NormaRegulamentadora n 11, editada pela ABNT, regulamenta as boas prticasdessas atividades.- A classe poder formar at 10 grupos, dependendo da quantidade de

    componentes. Cada grupo receber uma parte da norma e dever montaruma apresentao explicativa, usando todos os recursos que acharnecessrio (fotos, pequenos vdeos, painis, depoimentos, etc). Aapresentao se dar entre os dias ___ e ___ de___/___. Se houver

    necessidade do uso de data-show, os interessados devero solicitar aoprofessor com 1 semana de antecedncia.- Valendo 8 h de A. C.

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    Sumrio

    Introduo ......................................................... ............................................................ .......................................... 05Controle de Estoques ............................................................................................................................................ 07

    Custos de Estoque ...................................................... ............................................................ ................................. 19

    Curva ABC .......................................................... ............................................................ .......................................... 24

    Compras e Desenvolvimento de Fornecedores ....................................................... .......................................... 27

    Armazenagem e Controle .................................................... ............................................................ ....................... 31

    Distribuio e Transporte .................................................. ............................................................ ...................... 35

    Recursos Patrimoniais ........................................................................................................... ................................ 36

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    ADMINISTRAODE MATERIAIS

    INTRODUO* O que estoque?

    Francischini define estoques como quaisquer quantidades de bens fsicos que sejamconservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo. Mas em termos prticos, o quediferencia o estoque de matrias-primas de uma empresa e as ferramentas armazenadas na oficinamecnica? Ambos ficam armazenados na empresa, sob o controle de um sistema. Mas o que osdistingue a aplicao. Os materiais estocados so consumidos (peas para mquinas, matria-prima,material de escritrio, material de limpeza, etc) com certa regularidade e sua aquisio depende defatores geogrficos e econmicos, que definem as quantidades mnimas e mximas. J as ferramentasso retiradas e devolvidas para serem usadas novamente. comum nas empresas, que algumas pessoasentendam que tudo que h num armazm seja tratado como estoque, mas preciso tratar cada grupoconforme o seu registro contbil.

    So grupos ou famlias de estoque: 1-Matrias-primas; 2-Materiais em Processo; 3-Produtos Auxiliares; 4-Produtos Acabados.

    * Administrao de MateriaisNo sculo XVII foi criado no exrcito francs o posto de marechal general des logis,responsvel pelo suprimento e transporte do material blico, que mais tarde resultou no termologstica. Na era da Revoluo Industrial do sculo XVIII, as empresas comearam a comprar ossuprimentos que elas antes fabricavam, para se especializar em suas atividades principais. Com aevoluo da organizao industrial, a rea de compras organizou-se numa gerncia independente daproduo. Mas o relacionamento entre a rea produtiva e a financeira inclui interesses conflitantes ea Administrao de Materiais torna-se a atividade conciliadora desses interesses, como mostra afigura abaixo:

    PRODUO

    PRODUZIRQUANTIDADES

    CONFORMEPLANEJAMENTO EPROGRAMAO

    VENDAS

    OFERECER, TIRARPEDIDOS E ENTREGAR

    OS PRODUTOSVENDIDOS

    ADMINISTRAOFINANCEIRA ECONTROLE DO

    RESULTADO

    ESTOQUE ELEVADOPARA 100% DE NVEL

    DE SERVIO NOATENDIMENTO DOS

    PEDIDOS

    OFERECIMENTO DEPRODUTOS ACABADOS

    DE QUALIDADEELEVADA

    PRAZOS URGENTES NOATENDIMENTO EINFORMAESPRECISAS AOS

    CLIENTES

    DESENVOLVER TCNICAS DEPLANEJAMENTO E

    PROGRAMAO P/ GARANTIRNVEL DE SERVIO DE 100% NOATENDIMENTO DOS PEDIDOS

    SEM, PORM, MANTERESTOQUES ELEVADOS.

    PROCURA-SE IMOBILIZARPOUCOS RECURSOS

    FINANCEIROS, RECONDUZINOAO CAIXA, DINHEIRO

    APLICADO NOS EXCESSOS DEESTOQUES.

    DESENVOLVER TCNICAS DEABASTECIMENTO PARA

    SEMPRE TER MATERIAIS DEELEVADA QUALIDADE E A

    PREO CONTROLADO

    SEMPRE NECESSRIOADQUIRIR MATERIAIS DE BOA

    QUALIDADE, PORM COMPREO BAIXO E COM

    FACILIDADES DE PAGAMENTO

    DESENVOLVER EIMPLEMENTAR SISTEMAS DEINFORMAES INDUSTRIAIS

    SEGUROS, NOS QUAIS SEPOSSA CONTROLAR A

    APLICAO CORRETA DA CADA

    UNIDADE MONETRIA P/ SECRIAR VALOR.

    TODA A OPERAO DEVERSOMENTE AGREGAR VALOR

    PARA CADA UNIDADEMONETRIA DE CUSTO OU

    DESPESA

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    A evoluo da Administrao de Materiais processou-se em vrias fases, como destacamos: Atividade exercida diretamente pelo proprietrio da empresa, pois comprar era a

    essncia do negcio. Atividades de compras como apoio s atividades produtivas e, portanto, integradas rea

    de produo. Coordenao dos servios envolvendo materiais, comeando com o planejamento das

    matrias-primas e a entrega de produtos acabados, em uma organizao independenteda rea produtiva.

    Agregao rea logstica das atividades de suporte rea de marketing. Modelo atual da rea de logstica da qual faz parte a Administrao de Materiais.

    Portanto, podemos definir Administrao de Materiais como:Atividade que planeja, executa e controla, nas condies mais eficientes e econmicas,

    o fluxo de material, partindo das especificaes dos artigos a comprar at a entrega do produtoterminado ao cliente.

    So tarefas da Administrao de Materiais: Controle da produo; Controle de estoque; Compras; Recepo; Inspeo das entradas; Armazenamento; Movimentao; Inspeo de sada e Distribuio.

    Um organograma simplificado de uma empresa industrial poderia ser assim esquematizado:

    * Administrao do PatrimnioATIVO IMOBILIZADO todo bem de natureza relativamente permanente, em geral

    mantido na empresa para utilizao na produo de mercadorias ou prestao de servios e nodestinado a gerar receitas operacionais. Ex: computadores utilizados para processamento dos dadosda empresa; mquinas usadas para produo dos bens para venda; etc.

    Nenhum bem tem vida ilimitada na empresa, pois com o tempo todos sofrem desgaste pelouso e obsolescncia. Esses desgastes so, inclusive, contabilizados legalmente.

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    Os bens do ativo devem ser catalogados e identificados numericamente para facilitar o seucontrole.

    Trataremos detalhadamente deste assunto no final da apostila.

    1 Controle de Estoques1.1 Estoques so improdutivos

    A principal meta de uma empresa obter o maior lucro sobre o capital investido eminstalaes, equipamentos e em estoques. Mas com freqncia, a empresa no consegue responderrapidamente a aumentos bruscos da demanda, havendo necessidade de estoques de produtos acabadospara atender a esses aumentos; em outras ocasies, a entrega de matrias-primas no acompanha asnecessidades da produo, pelo que tambm se justificam seus estoques.

    A administrao de estoques dever conciliar da melhor maneira possvel, os objetivos dosquatro departamentos (Compras, Produo, Vendas e Financeiro), sem prejudicar a operacionalidadeda empresa.

    Toda e qualquer razo para manter estoques pode ser eliminada mediante um trabalho

    inteligente e tcnico. O ideal de uma empresa manter ESTOQUE ZERO. O problema que o custodisso pode ser maior que o custo de manuteno do estoque.Manter estoques um efeito que encobre ineficincia do produtor ou do fornecedor.

    Estoques consomem recursos que poderiam aumentar o resultado de uma empresa. Por exemplo: Recursos Financeiros o valor pago pelos itens e estoque poderia estar rendendo juros

    em aplicaes financeiras ou reduzindo juros pagos pela empresa por conta deemprstimos;

    Espao no cho de fbrica espao um recurso escasso e caro. Gastar dinheiro comaluguis ou na compra de galpes maiores do que o necessrio uma perda para aempresa;

    Movimentao desnecessria estoques obstruem corredores e inviabilizam a instalao

    de um arranjo fsico mais adequado para os equipamentos produtivos. Mo-de-obra se existe estoque, so necessrios funcionrios para receber, armazenar,

    controlar e expedir; Perdas e danos Estoques esto sujeitos a se deteriorar se no forem utilizados dentro

    de um prazo estipulado pelo fabricante. Alm disso, podem acontecer acidentesdanificando os materiais estocados, de modo que fiquem inutilizados ou requeiramconsertos;

    Custos o seguro necessrio para os estoques um custo desnecessrio.

    1.2 Manter estoque pode ser vivel quando:

    H dependncia de fatores com variabilidade muito grande, tais como: desembaraoalfandegrio, condies de trfego, disponibilidade de frete, etc; Os custos de perda de vendas e de manuteno da fbrica parada por faltas de materiais

    ou componentes comprados so maiores do que o custo de manuteno do estoque; H previso de aumentos considerveis no preo de compra, tais como desvalorizao

    cambial, escassez no mercado internacional, etc; Os descontos concedidos pelos fornecedores para compra e retirada de grandes

    quantidades so maiores do que o custo de manuteno de estoque durante o perodo deconsumo;

    Equipamentos-gargalo (aqueles com a menor capacidade de produo e que determinam avelocidade com que o produto final fabricado) no podem interromper a produo por

    falta de materiais em processo. Ex: sopro de garrafas PET na linha de produo debebidas.

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    1.3 Poltica de EstoqueSo as diretrizes expressas pela administrao, que se desdobram em padres, guias e

    regras a serem utilizadas pelas pessoas que possuem autoridade na tomada de deciso numa empresa.Cabe ao gestor de materiais a deciso de qual o nvel de estoque para cada um dos materiais exigidospelas reas da empresa, analisando os critrios de:

    Necessidade comprar quando necessrio, somente a quantidade necessria e no manterestoques do item;

    Restrio comprar um lote que atenda s necessidades da empresa durante determinadoperodo de tempo, assumindo o risco pela falta do item;

    Facilidade manter estoques de matrias-primas suficientes para que a rea de produo possaproduzir qualquer item em determinado perodo de tempo preestabelecido (lead time);

    Adequao manter estoques de produtos acabados suficientes para que determinadaporcentagem de clientes seja atendida imediatamente quando ocorrer o pedido.

    Relevncia obedecer aos conceitos de: economia (ABC), popularidade (PQR), criticidade(XYZ) e complexidade de aquisio (123) por item cadastrado.

    1.4 Mtodos de previso de demandaA administrao de estoque consiste em estimar qual ser o consumo esperado de

    determinado item, num dado perodo de tempo futuro. Quanto mais precisa for a previso deconsumo, mais informaes teremos para tomar decises sobre qual nvel de estoque deveremosmanter e quanto deveremos fabricar ou comprar para atender s necessidades dos nossos clientesinternos e externos.

    H dois mtodos para se estimar a demanda: Mtodos qualitativos baseados em opinies e estimativas de diretores, gerentes,

    vendedores e consultores especializados (feeling ou chutmetro); Mtodos quantitativos baseados em ferramentas estatsticas e de programao da

    produo, pressupondo a utilizao de clculos matemticos.O ideal mesclar ambos os mtodos para se obter um melhor resultado. H que se ater s

    variveis aleatrias, ou fatos imprevistos, tratados na estatstica como erros de estimao.

    A demanda pode ser analisada tambm quanto ao seu comportamento ao longo do tempo: Demanda Constante a quantidade consumida no varia significativamente ao longo do

    tempo, mantidas as mesmas condies de consumo.

    Demanda Varivel - a quantidade consumida altera-se significativamente ao longo do

    tempo, aumentando ou diminuindo de acordo com as necessidades dos clientes. Essasalteraes podem ser explicadas por 3 fatores:oTendncia mostra a direo bsica do consumo, que pode ser de aumento,

    diminuio ou estacionria;oSazonalidade mostra o comportamento das alteraes do consumo, que se

    repetem dentro de um intervalo curto de tempo, geralmente um ano;oCiclicidade mostra o comportamento das alteraes do consumo, que se repetem

    dentro de um intervalo longo de tempo, geralmente dcadas.Pela figura abaixo, podemos entender melhor o comportamento da demanda:

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    1.4.1 Mtodo da Mdia MvelEsse mtodo baseia-se no princpio de que a estimativa de consumo do prximo perodo ser

    a mdia dos ltimos n perodos. O termo mvel vem do fato de que a cada nova previso os dados doperodo mais antigo so desprezados e um novo perodo, mais recente, incorporado no clculo. um mtodo estritamente matemtico, desconsiderando as causas de picos e quedas

    ocorridos no passado. Ex:Ms Demanda Clculos

    JAN 4FEV 9MAR 8 (8 + 9 + 4) / 3 = 7ABR 7 (7 + 8 + 9) / 3 = 8MAI 3 (3 + 7 + 8) / 3 = 6JUN 2 (2 + 3 + 7) / 3 = 4

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    1.4.2 Mtodo da Mdia Mvel PonderadaEste mtodo atribui pesos diferentes para os dados histricos, sempre dando maior peso aos

    mais recentes e menor peso aos dados mais antigos. Isso possibilita uma previso mais aproximada, emtermos de sazonalidade.

    Se considerarmos o exemplo anterior, teremos o seguinte:

    Meses JAN FEV MAR ABR MAI JUN JULDemanda 4 9 8 7 3 2 ___Peso ( = 1) 0,05 0,05 0,10 0,10 0,20 0,50

    JUL = (4 x 0,05) + (9 x 0,05) + (8 x 0,1) + (7 x 0,1) + (3 x 0,2) + (2 x 0,5) = 3,75 = 4

    Logo, a demanda prevista para Julho, pelo mtodo da mdia mvel ponderada de 4.

    No exemplo acima, foram usados todos os dados disponveis, mas pode-se tambm, parafacilitar a distribuio dos pesos, utilizar somente os ltimos 3 (no caso, para determinar o valor deJUL, seriam ABR, MAI e JUN).

    EXERCCIOS DE FIXAO:

    1) Dada a demanda real dos ltimos 15 meses, calcule a demanda futura (prximos 12 meses),utilizando o mtodo da mdia mvel:

    Ms 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15Demanda 5 7 8 6 9 11 8 4 5 4 3 6 8 8 10

    Ms 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27Demanda

    2) Utilize os dados do exerccio anterior para calcular a demanda dos prximos 12 meses,utilizando o mtodo da mdia mvel ponderada. Pesos: (n-2) = 0,1; (n-1) = 0,3 e (n) = 0,6.

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    1.5 Documentos de controle do estoquePara que o fluxo de materiais seja devidamente controlado, existem documentos formais,

    eletrnicos ou manuais, que registram cada etapa dentro da empresa, como mostra a tabela a seguir:

    Documento De Para Funo

    Requisio deCompra Estoque Compras Solicitar a aquisio de determinado item para areposio do estoque.Requisio de

    FabricaoEstoque Produo

    Solicitar a fabricao de determinado item para areposio do estoque.

    Pedido deCotao

    Compras FornecedoresSolicitar informao sobre as condies de

    fornecimento de determinado item (preo, prazo,etc).

    Proposta ouCotao

    Fornecedores Compras Informar empresa compradora as condies defornecimento.

    Pedido deCompra

    Compras FornecedorSolicitar a entrega de item ao fornecedor que

    melhor atender s condies de fornecimento.

    Nota Fiscal Fornecedor Estoque Formalizar, por meio de um documento legal, aentrega do pedido de compra.

    Requisio deMaterial

    Usurio EstoqueFormalizar o pedido de retirada de determinada

    quantidade de um item em estoque para consumoda empresa.

    Solicitao deInspeo

    EstoqueControle de

    Qualidade

    Solicitar inspees e ensaios para a verificao dosrequisitos especificados do produto entregue,quando necessrio.

    Liberaopara

    Consumo

    Controle deQualidade

    EstoqueInformar a conformidade ou no do produto

    entregue aos requisitos especificados.

    1.6 Curva dente-de-serraPara se analisar o comportamento de consumo de um determinado produto em estoque, tem-

    se um grfico onde o eixo xidentifica o tempo e o eixo y, a quantidade em estoque. Assim, podemosobservar que existem dois perodos diferentes: o perodo de consumo do estoque e o perodo dereposio do estoque.

    fundamental observar que alguns fatores influenciam diretamente nesse comportamento,alterando freqentemente os resultados esperados:

    A demanda durante o perodo de consumo pode no ser constante;

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    Ocorrem falhas na rea de compras ou no controle de estoques que atrasam o pedidojunto aos fornecedores;

    O fornecedor pode atrasar a entrega; O controle da qualidade pode rejeitar lotes entregues

    Todavia, para efeitos de clculo, desconsideramos essas possveis falhas e chegamos ao

    modelo da curva dente-de-serra, de forma simplificada. Posteriormente, veremos como corrigi-las.

    Essa curva elaborada calculando-se a demanda mdia ou consumo mdio no perodo,atravs da seguinte frmula:

    DM = D1 + D2 + ... + Dnn

    em que:

    DM = Demanda mdiaDi = Demanda em cada perodo (diria, mensal, etc)N = Nmero de perodos

    Exemplo:Calcule a demanda diria do item em estoque cdigo 12005, dado que o consumo nos ltimos 10 dias

    foi:

    Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Demanda 3 2 1 1 3 5 1 2 0 2

    DM = 3 + 2 + 1 + 1 + 3 + 5 + 1 + 2 + 0 + 2 = 20 = 210 10

    1.7 Tempo de Reposio do EstoqueChamamos de tempo de reposio o perodo que vai desde a deteco de que um item precisa

    ser reposto at o momento da chegada de um novo lote e disponibilizao para consumo. Compreendeas etapas seguintes:

    Constatao da necessidade de reposio pelo Almoxarifado; Informao rea de Compras; Contato com fornecedores para obteno de cotaes; Anlise da melhor opo e confirmao do pedido de compra; Tempo de separao e despacho do item pelo fornecedor; Transporte at o comprador; Desembaraos alfandegrios, quando em importaes;

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    Inspeo do Controle de Qualidade, quando necessrio.Logo, para cada caso, deve-se computar o somatrio de tempo de cada uma dessas atividades

    para se estimar o tempo de reposio de cada material.

    1.8 Estoque de SeguranaComo destacamos anteriormente, a curva dente-de-serra desconsidera as falhas que

    ocorrem na cadeia de abastecimento. Logo, para que no haja falta de itens importantes no estoque preciso incorporar um fator que corrija qualquer eventualidade, ao que chamamos de estoque desegurana.

    As falhas mais crticas no procedimento de reposio de estoque ocorrem em trs pontosprincipais:

    Aumento repentino de demanda motivados por promoes e outras aes de mercado.A figura abaixo mostra o que acontece com o estoque quando isso ocorre:

    Demora no procedimento do pedido de compra falhas no sistema de informaes doAlmoxarifado ou da rea de compras podem incorrer em demoras excessivas na

    expedio do pedido; Atrasos na entrega pelo fornecedor o fornecedor nem sempre tem condies de

    cumprir seus prazos de entrega em virtude de problemas no seu sistema de produo,transporte ou dependncia de liberao alfandegria. Veja o grfico para este caso:

    Portanto, a maneira correta para corrigir essas falhas que ocorrem com freqncia dimensionar um estoque de segurana que sirva como um pulmo do estoque e no cause paradas naproduo. Veja no grfico como isso funciona:

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    Existem diversas formas complexas de se estimar o estoque de segurana. A mais simples eprtica, destacamos a seguir:

    ESeg = (DMx DM) x (TRMx TR)

    Em que:ESeg = Estoque de seguranaDMx = Demanda mxima histricaDM = Demanda mdiaTRMx = Tempo de reposio mximoTR = Tempo de reposio mdio

    Exemplo:

    Calcule o estoque de segurana do item Alpha, dado que o consumo nos ltimos 10 dias foi:Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Demanda 15 20 10 15 20 15 10 20 5 20

    Alm disso, o tempo de reposio em dias, das ltimas 10 aquisies do item foi:

    Aquisio 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10T. Repos. 3 2 2 1 3 1 2 1 3 1

    DMx = ____DM = ____TRMx = _____TR = ____ESeg =

    NOTA IMPORTANTE: Como o estoque de segurana um volume adicional, necessriodimension-lo com muito cuidado, para evitar a supervalorizao do estoque, causando problemasfinanceiros empresa, como tratamos anteriormente.

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    1.9 Ponto de PedidoChegamos ao foco do estudo sobre controle de estoques. A quantidade em estoque que,

    quando atingida, deve acionar um novo processo de compra ou fabricao chamada de ponto depedido.

    Se conhecemos a demanda mdia de um produto, podemos prever quando o seu saldo atingir

    o nvel de segurana (estoque de segurana) e, baseado no tempo de reposio, iniciamos uma novacompra para que quando esta chegar, o saldo esteja muito prximo do mnimo estipulado.

    Assim, o ponto de pedido pode ser calculado com a seguinte expresso:

    PP = DM x TR + ESeg

    Em que:

    PP = Ponto de pedidoDM = Demanda ou consumo mdio no perodo

    TR = Tempo de reposioESeg = Estoque de segurana

    Pelo grfico, podemos entender melhor o que isso significa:

    Exemplo:Calcular o ponto de pedido do produto Beta, que tem um consumo mdio dirio de 12 unidades

    e estoque de segurana de 20 unidades. O prazo de entrega do fornecedor de 5 dias e oprocedimentos internos de emisso do pedido de compra demoram 2 dias.

    TR = ____

    DM = ____

    ESeg = ____

    PP = DM x TR + ESeg

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    Exerccios:1) possvel um estoque de segurana que atenda a qualquer situao? Discuta as implicaes

    econmicas dessa situao.

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    2) Qual a finalidade de se calcular o ponto de pedido?

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    3) Explique o que tempo de reposio.

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    4) Calcule o ponto de pedido de uma pea que tem demanda mensal de 250 unidades. Sabemosque seu estoque de segurana de 200 peas e o tempo de reposio igual demanda.

    (PP = DM x TR + ESeg)

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    5) Calcule o ponto de pedido de um produto, sabendo-se que seu consumo mensal de 500unidades, seu estoque de segurana 20% do consumo e o TR, de 75 dias.

    (PP = DM x TR + ESeg)

    6) Uma empresa que comercializa TVs de plasma pretende estabelecer um estoque desegurana para o modelo de 36 polegadas. Sabe-se que nos ltimos seis meses o consumo foide: 30, 37, 42, 55, 60 e 48 unidades. Nesse perodo, o processo de compras consumiu: 5, 7,4, 10, 6 e 4 dias. Com os conceitos estudados, calcule o estoque de segurana ideal, baseado

    no histrico apresentado.

    7) A Papel Macio Com. Ltda, distribuidora de papel higinico em todo o Centro Oesteparametrizando seu sistema de gerenciamento. Suas vendas mensais totalizam uma mdia de3 milhes de fardos. Em sua atual estrutura organizacional, o processo de aquisioconstitui as seguintes etapas, com os respectivos prazos:

    a. Identificao do ponto de pedido e solicitao de compra: 0,5 diab. Solicitao de cotaes: 0,5 diac. Recebimento de cotaes, anlise da melhor proposta e fechamento: 1 diad. Despacho do fornecedor: 1 diae. Transporte: 2 dias

    f. Liberao e entrega: 1 diaDeseja-se, com esses dados, encontrar o ponto de pedido ideal, considerando um estoque desegurana de 400 mil.

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    8) Um investidor est avaliando a distribuio de dois produtos na regio centro-oeste, ambosadquiridos de So Paulo, mas de fornecedores diferentes. O produto A possui uma

    demanda mdia de 100 un/ms e mxima de 180 un/ms e o seu tempo de reposio mdio de 3 dias, podendo chegar a 4 em alguns perodos. J o produto B tem demanda mdia de80 un/ms e mxima de 210 e seu tempo de reposio mdio de 2 dias, podendo chegar a3. Considerando que o preo de compra de A de R$ 15,00 e o de B R$ 18,00 porunidade, sob a tica da logstica, responda qual produto imobilizar mais dinheiro doinvestidor.

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    2 Custos de EstoqueExistem duas anlises possveis sobre o custeio de estoques. A gerencial, que fornece

    informaes de custo relacionadas s operaes da empresa, que servem para tomada de decises,implantao de novos projetos e melhoria contnua. A outra a contbil, que utilizada para compor

    as demonstraes de lucro ou prejuzo da empresa e serve de referncia para a fiscalizao daSecretaria de Fazenda.

    Sobre os gerenciais, veremos os seguintes custos: Custo de armazenagem; Custo de pedido.

    2.1 Custos Gerenciais2.1.1 Custo de Armazenagem

    Como vimos na introduo deste material, a estocagem de qualquer material implica emocupao de espaos que ficam improdutivos por algum tempo; espaos estes que poderiam serutilizados para, por exemplo, instalar mais mquinas e aumentar a produo de uma fbrica. Portanto,

    deve-se conhecer o custo da rea ocupada para evitar que se mantenha um estoque elevado alm doperodo necessrio.Podemos calcular esse custo com a seguinte frmula:CAm = EM x PMu x T x CAmuOnde:CAm = Custo de Armazenagem de um itemEM = Estoque mdio de um item no tempo T (qtde)PMu = Preo mdio unitrio do item no tempo T (valor)T = Tempo em estoqueCAmu = Custo de Armazenagem unitrio

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    Exemplo:Calcular o custo de armazenagem do item Sonho de Valsa. Foram fornecidos os seguintes

    dados pela empresa:

    Item Sonho de ValsaLote comprado 1 2 3Data da compra 01/09/2001 15/11/2001 20/12/2001

    Quantidade 500 300 400Preo 10,80 11,00 10,50

    Item Sonho de ValsaMs SET OUT NOV DEZ

    Estoque mdio 350 100 250 200

    CUSTOS DA REA DE DESTOQUES NO PERODO SET/DEZJuros Aluguel Seguros Perdas Impostos Movim. M.O. Despesas

    1.200,00 5.000,00 1.750,00 2.500,00 1.000,00 3.500,00 7.000,00 2.000,00Valor Mdio do Estoque no perodo SET/DEZ = 180.000,00

    Clculos:

    PMu = (500 x 10,80) + (300 x 11,00) + (400 x 10,50) = 12.900,00 = 10,75 R$ / pea500 + 300 + 400 1.200

    EM = 350 + 100 + 250 + 200 = 900 = 225 peas / ms4 4

    T = 4 meses

    CAmu = 1.200 + 5.000 + 1.750 + 2.500 + 1.000 + 3.500 + 7.000 + 2.000 =180.000

    = 39.700 = 0,22180.000

    CAm = 225 x 10,75 x 4 x 0,22 = R$ 2.128,50

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    2.1.2 Custo de PedidoQuando falamos das etapas existentes no tempo de reposio, referimo-nos no tocante a

    etapa de compras, citando os tempos gastos com cotao, seleo da melhor oferta, confirmao dopedido, enfim, diversas rotinas de trabalho do comprador. Conforme o grau de complexidade dacompra (Ex: importaes, produtos controlados pelo governo, etc), os custos dessa atividade podem

    aumentar, encarecendo ainda mais cada pedido colocado.Portanto, o custo de pedido dado pela seguinte equao:CP = n (CPAu + CPVu)Onde:CP = Custo de Pedidon = Nmero de PedidosCPAu = Custo de Pedido Administrativo unitrioCPVu = Custo de Pedido Varivel unitrio

    Exemplo:Calcular o custo de pedido n 055, referente ao item Ouro Branco. A empresa solicitou que

    a quantidade comprada fosse feita em duas entregas e arcar com os custos de frete e desembaraoalfandegrio.

    Dados fornecidos pela empresa:

    Item Ouro Branco CUSTOS POR LOTEExternos Internos

    Frete Alfndega Pesagem Inspeo120,00 50,00 20,00 15,00

    n de lotes entregues = 2

    CUSTOS DA REA DE COMPRAS NO PERODO SET/DEZ

    MO Aluguel Impostos Equip. Despesas5.000,00 4.000,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00

    n de pedidos feitos no perodo SET/DEZ = 400

    Clculos:

    CPAu = 5.000 + 4.000 + 1.000 + 1.500 + 2.000 = 13.500 = 33,75400 400

    CPVu = 2 x (120 + 50 + 20 + 15) = 410,00

    CP = 33,75 + 410,00 = 443,75

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    2.2 Custeio Contbil2.2.1 Mtodo do Custo Mdio

    Se considerarmos que uma determinada empresa tenha iniciado o ms com estoque de 3peas, tenha utilizado 1 pea e comprado mais 1, quantitativamente ir terminar o ms com o mesmosaldo inicial. Mas o valor contbil do seu estoque certamente no ser o mesmo. Esse simples exemplo

    quer esclarecer que a legislao exige que as empresas contabilizem seus estoques mensais pelomtodo do custo mdio, de forma que cada nova compra, com preo diferente, influencie na formaode um novo custo mdio do estoque total. A tabela a seguir demonstra esse mtodo:

    DIA ENTRADA SADA SALDOQtd. R$ un Total Qtd. R$ un Total Qtd. R$ un Total

    01/05 2000 4,00 8.000,0002/05 3000 4,50 13.500,00 5000 4,30 21.500,0003/05 1500 4,30 6.450,00 3500 4,30 15.050,0004/05 2000 3,90 7.800,00 5500 4,15 22.850,0005/05 3000 4,15 12.463,64 2500 4,15 10.386,36

    06/05 1000 4,15 4.154,55 1500 4,15 6.231,82

    Pelo exemplo acima, o saldo inicial era de 2.000 un no dia 1 e o estoque estava valorizado aR$ 4,00 por unidade. No segundo dia, chegaram mais 3.000 un a R$ 4,50 cada. O saldo passou para5.000 un (2.000 + 3.000) e o valor total passou para R$ 21.500,00 (8.000,00 + 13.500,00). Dividindo-se o valor do estoque de R$ 21.500,00 pela quantidade total no dia 02, que era de 5.000 un, obteve-seo preo mdio de R$ 4,30 por un. No dia 03, houve uma sada de estoque e esta foi valorizada aopreo mdio atual: R$ 4,30 de forma que, saram 1.500 un a R$ 4,30 resultando em um valor total deR$ 6.450,00. Se o estoque final no dia 02 custava R$ 21.500,00 e houve uma sada no dia 03 de R$6.450,00 logo, o saldo final do dia 03 foi de R$ 15.050,00 ou 3.500 un valorizadas a R$ 4,30.

    Em sntese, pelo mtodo do custo mdio, cada nova entrada (recebimento) de materiaisinfluencia na formao do novo preo mdio, que usado para valorizar cada operao de sada(retirada) de materiais.

    aplicado na maioria das empresas e obrigatoriamente em indstrias de grande porte comgrande variedade de produtos.

    2.2.2 Mtodo PEPS ou FIFOAs siglas acima significam que o Primeiro a Entrar o Primeiro a Sair (ou First In, First

    Out). Agora, ao invs de se utilizar as entradas para se calcular um preo mdio e valorizar as sadas

    (como no caso anterior), controla-se o estoque em lotes, conforme a data de entrada. O preo do lotemais antigo (o primeiro que entrou) usado para valorizar as prximas sadas, at que este lote acabee seja necessrio usar o preo de outro lote mais antigo. Veja na tabela:

    DIA ENTRADA SADA SALDOQtd. R$ un Total Qtd. R$ un Total Qtd. R$ un Total

    01/05 2000 4,00 8.000,00

    02/05 2000 4,00 8.000,0002/05 3000 4,50 13.500,00 3000 4,50 13.500,00

    02/05 5000 21.500,0003/05 1500 4,00 6.000,00 500 4,00 2.000,0003/05 3000 4,50 13.500,0003/05 3500 15.500,00

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    04/05 2000 3,90 7.800,00 500 4,00 2.000,0004/05 3000 4,50 13.500,0004/05 2000 3,90 7.800,0004/05 5500 23.300,00

    05/05 500 4,00 2.000,00 0 4,00 0,0005/05 2500 4,50 11.250,00 500 4,50 2.250,0005/05 0 3,90 0,00 2000 3,90 7.800,0005/05 3000 13.250,00 2500 10.050,00

    Aplicao: Produtos perecveis cujo estoque no tenha tanta diversidade (o que facilita ocontrole) e que precisem obedecer a ordem da data de fabricao para evitar vencimento ou perdas.

    2.2.3 Mtodo UEPS ou LIFOAo contrrio do anterior, o mtodo do ltimo a Entrar o Primeiro a Sair (ou Last In, First

    Out) pressupe que o ltimo lote a entrar no estoque o primeiro a ser considerado para efeito do

    clculo de custo. Tambm nesse caso, cada lote controlado separadamente, como no exemplo aseguir.

    DIA ENTRADA SADA SALDOQtd. R$ un Total Qtd. R$ un Total Qtd. R$ un Total

    01/05 2000 4,00 8.000,00

    02/05 2000 4,00 8.000,0002/05 3000 4,50 13.500,00 3000 4,50 13.500,0002/05 5000 21.500,00

    03/05 2000 4,00 8.000,00

    03/051500 4,50 6.750,00 1500 4,50 6.750,00

    03/05 3500 14.750,00

    04/05 2000 4,00 8.000,0004/05 1500 4,50 6.750,0004/05 2000 3,90 7.800,00 2000 3,90 7.800,0004/05 5500 22.550,00

    05/05 2000 4,00 8.000,0005/05 1000 4,50 4.500,00 500 4,50 2.250,0005/05 2000 3,90 7.800,00 0 3,90 0,0005/05 3000 12.300,00 2500 10.250,00

    Aplicao: produtos onde no perecveis ou que no percam valor ao longo do tempo. Ex:vinhos quanto mais antigo, melhor; logo, tanto faz vender um lote mais recente quanto um maisantigo. Cada um ter o seu respectivo custo.

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    3 Curva ABC Diagrama de ParetoAnalisar em profundidade milhares de itens num estoque uma tarefa extremamente difcil

    e, na grande maioria das vezes, desnecessria. conveniente que os itens mais importantes, segundoalgum critrio, tenham prioridade sobre os menos importantes. Assim, economiza-se tempo erecursos.

    Para simplificar a construo de uma curva ABC, separamos o processo em 6 etapas a seguir:

    1) Definir a varivel a ser analisadaA anlise dos estoques pode ter vrios objetivos e a varivel dever ser adequada para cada

    um deles. No nosso caso, a varivel a ser considerada o custo do estoque mdio, mas poderia ser: ogiro de vendas, o mark-up, etc.

    2) Coleta de dadosOs dados necessrios neste caso so: quantidade de cada item em estoque e o seu custo

    unitrio.

    Com esses dados obtemos o custo total de cada item, multiplicando a quantidade pelo custounitrio.

    3) Ordenar os dadosCalculado o custo total de cada item, preciso organiz-los em ordem decrescente de valor,

    como mostra a tabela a seguir:

    Item Quant. Mdia emestoque (A)

    Custo unitrio(B)

    Custo total (A xB)

    Ordem

    Unidades R$/unid. R$Apontador 5 2.000,00 10.000,00 3Bola 10 70,00 700,00 10Caixa 1 800,00 800,00 9Dado 100 50,00 5.000,00 5Esquadro 5000 1,50 7.500,00 4Faca 800 100,00 80.000,00 1Giz 40 4,00 160,00 11Heri 50 20,00 1.000,00 8Isqueiro 4 30,00 120,00 12Jarro 240 150,00 36.000,00 2Key 300 7,50 2.250,00 6Livro 2000 0,60 1.200,00 7

    TOTAL 144.730,00

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    4) Calcular os percentuaisNa tabela a seguir, os dados foram organizados pela coluna Ordem e calcula-se o custo

    total acumulado e os percentuais do custo total acumulado de cada item em relao ao total.

    Ordem Item Quant. Mdiaem estoque

    (A)

    Custounitrio

    (B)

    Custo total(A x B)

    Custo totalacumulad

    o

    Percentuais%

    Unidades R$/unid. R$1 aca 800 100,00 80.000,00 80.000,00 55,32 arro 240 150,00 36.000,00 116.000,00 80,13 pontador 5 2.000,00 10.000,00 126.000,00 87,14 squadro 5000 1,50 7.500,00 133.500,00 92,25 ado 100 50,00 5.000,00 138.500,00 95,76 ey 300 7,50 2.250,00 140.750,00 97,37 ivro 2000 0,60 1.200,00 141.950,00 98,18 eri 50 20,00 1.000,00 142.950,00 98,8

    9 aixa 1 800,00 800,00 143.750,00 99,310 ola 10 70,00 700,00 144.450,00 99,811 iz 40 4,00 160,00 144.610,00 99,912 squeiro 4 30,00 120,00 144.730,00 100,0

    TOTAL 144.730,00

    5) Construir a curva ABCDesenha-se um plano cartesiano, onde no eixo x so distribudos os itens do estoque e no

    eixo y, os percentuais do custo total acumulado.

    6) Anlise dos resultadosOs itens em estoque devem ser analisados segundo o critrio ABC. Na verdade, esse critrio

    qualitativo, mas a tabela abaixo mostra algumas indicaes para sua elaborao:

    Classe % itens Valor acumulado ImportnciaA 20 80% GrandeB 30 15% Intermediria

    C 50 5% Pequena

    Pelo nosso exemplo, chegamos seguinte distribuio:

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    ClasseNitens

    %itens

    Valor acumulado Itens em estoque

    A 2 16,7% 80,1% Faca, JarroB 3 25,0% 15,6% Apontador, Esquadro, DadoC 7 58,3% 4,3% Key, Livro, Heri, Caixa, Bola, Giz, Isqueiro.

    A aplicao prtica dessa classificao ABC pode ser vista quando, por exemplo, reduzimos20% do valor em estoque dos itens A (apenas 2 itens), representando uma reduo de 16% no valortotal, enquanto que uma reduo de 50% no valor em estoque dos itens C (sete itens), impactar nototal em apenas 2,2%. Logo, reduzir os estoques do grupo A, desde que calculadamente, seria umaao mais rentvel para a empresa do nosso exemplo.

    Questes:1) Qual a definio de Curva ABC e suas classes?

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    2) Qual o benefcio de se analisar a curva ABC de um estoque de materiais?

    _____________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    4 Compras e Desenvolvimento de FornecedoresA atividade de compras realizada no lado do suprimento da empresa, estabelecendo

    contratos com fornecedores para adquirir materiais e servios, ligados ou no atividade principal.Os gestores de compras fazem uma ligao vital entre a empresa e seus fornecedores. Para

    serem eficazes, precisam compreender tanto as necessidades de todos os processos da empresa,

    como as capacitaes dos fornecedores que podem fornecer produtos e servios para a organizao.A figura abaixo demonstra as etapas da interao empresa/fornecedor:

    4.1 Objetivos da funo de comprasApesar da variedade de compras que uma empresa realiza, h alguns objetivos bsicos da

    atividade de compras, que so vlidos para todos os materiais e servios comprados. Materiais eservios podem:

    Ser da qualidade certa; Ser entregues rapidamente, se necessrio;

    Ser entregues no momento certo e na quantidade correta; Ser capazes de alterao em termos de especificao, tempo de entrega ou quantidade

    (flexibilidade); Ter preo correto.

    FORNECEDORES Unidade ProdutivaFuno de Compras

    Requisies deprodutos e

    servi os

    Preparasolicitaes de

    cota es

    Preparam cotaes:

    Especificaes

    Preo

    Prazo, etc

    Seleciona ofornecedorpreferencial

    Prepara pedidode compra

    Recebe osprodutos e

    servi os

    Produz produtose servios

    Discute com

    o requisitante

    Pedido

    Entrega produtos e servios

    Discute com

    o requisitante

    Solicitaes

    Cotaes

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    4.2 Fonte nica e Fonte MltiplaUma importante deciso que os gerentes de compras enfrentam quanto a abastecer cada

    produto ou servio individual por meio de um nico fornecedor ou de mais de um deles, alternativasconhecidas como single-sourcinge multi-sourcing, respectivamente. A tabela a seguir mostra algumas

    vantagens e desvantagens dessas modalidades:

    Single-sourcing Multi-sourcing

    Vantagens Qualidade potencialmente melhordevido a maiores possibilidades desistemas de garantia de qualidade.

    Relaes mais fortes e maisdurveis.

    Maior dependncia favorece maiorcomprometimento e esforo.

    Melhor comunicao.

    Cooperao mais fcil nodesenvolvimento de novos produtose servios.

    Mais economias de escala.

    Maior confidencialidade.

    Comprador pode forar preo baixomediante concorrncia dosfornecedores.

    Possibilidade de mudar de fornecedorcaso ocorram falhas no fornecimento.

    Vrias fontes de conhecimento eespecializao disponveis.

    Desvantangens Maior vulnerabilidade a problemascaso ocorram falhas nofornecimento.

    Fornecedor individual mais afetadopor flutuaes no volume dedemanda.

    Fornecedor pode forar preos paracima caso no haja alternativas defornecimento.

    Dificuldade de encorajar ocomprometimento do fornecedor.

    Maior dificuldade de desenvolversistemas de garantia da qualidadeeficazes.

    Maior esforo requerido paracomunicao.

    Fornecedores tendem a investir menosem novos processos.

    Maior dificuldade de obter economias deescala.

    4.3 tica em ComprasUm assunto muito importante na administrao moderna o aspecto da tica (parte da

    filosofia que trata dos valores morais e dos princpios ideais da conduta humana). Embora comprasutilize mtodos cientficos em seus procedimentos, as decises ainda so tomadas por forte

    julgamento pessoal e tomadas em grande parte por interaes pessoais. Portanto, os preceitos moraise as condutas de tica em aes de tomar decises nas negociaes da empresa iro refletir, em

    muito, no julgamento que a prpria empresa receber da sociedade, refletindo em seu desempenho.O estabelecimento de um cdigo de norma ou de conduta, dentro da empresa, torna-seimportante para o bom desempenho de seus membros e colaboradores, e como guia de orientao,

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    apresentamos Os Princpios e Padres da Prtica de Compras, que foram desenvolvidos pela NationalAssociation of Purchaser Superviser, nos Estados Unidos:

    1) Considerar, em primeiro lugar, os interesses de sua empresa em todas as transaes, e pr emprtica e crer em suas polticas estabelecidas;

    2) Ser receptivo a conselhos competentes, advindos de seus superiores, e baseados nesses

    conselhos atuar dignamente, sem diminuir o respeito pelo cargo;3) Comprar sem prevenes, buscando obter para a empresa o mximo valor final para cadacentavo aplicado;

    4) Empenhar-se ativamente e consistentemente na ampliao de seu conhecimento acerca dosmateriais e processos de manufatura, estabelecendo metodologia especfica para a conduodo seu trabalho;

    5) Trabalhar para que haja honestidade e verdade nas negociaes e compras e denunciar todasas formas e manifestaes de suborno e fatos ilcitos nos negcios;

    6) Atuar com cortesia e rapidez, tanto quanto for possvel para todos que o visitam em negcios;7) Respeitar suas obrigaes e exigir que as obrigaes para consigo e para os que consigo

    estejam envolvidos sejam respeitadas, segundo as boas prticas de negcios;8) Evitar prticas arriscadas e inadequadas;9) Aconselhar e participar os demais parceiros da rea de compra sobre o desempenho de suas

    funes, sempre que possvel;10)Cooperar com todos para o desenvolvimento profissional e corporativo.

    4.4 Comrcio EletrnicoNo incio, os meios eletrnicos eram usados por empresas para confirmar pedidos de

    compras e assegurar pagamento aos fornecedores. O desenvolvimento rpido da Internet, entretanto,abriu potencial para mudanas muito mais fundamentais no comportamento de compras. Em parte, issofoi resultado de informaes de fornecedores colocadas disposio pela rede. Ao facilitar a procura

    por fornecedores alternativos, a Internet muda a economia do processo de procura e oferecepotencial para buscas mais amplas. Tambm mudou a economia de escala em compras. Compradoresque requerem volumes relativamente mais baixos com maior facilidade conseguem agrupar-se de modoa criar pedidos de porte suficiente para garantir preos mais baixos.

    Na verdade, a influncia da Internet no comportamento do comprador no est confinada aocomrcio eletrnico. Geralmente, o comrcio eletrnico significa a troca que de fato acontece naInternet. Presume-se que se trate, normalmente, de um comprador que visita o website de umvendedor, coloca um pedido por peas e efetua o pagamento. A Web, no entanto, tambmimportante fonte de compra de informao. Para cada 1% de transaes de empresas diretamenteefetuadas via Internet, devem existir 5% ou 6% de empresas que, em algum momento, envolveram arede, provavelmente com compradores potenciais usando-a para comparar preos ou obter

    informaes tcnicas.

    4.5 Eletronic Data Interchange (EDI)Atualmente, o setor de compras tem um aliado de enorme importncia para desenvolver os

    pedidos junto aos fornecedores, o Eletronic Data Interchange (EDI). uma tecnologia paratransmisso eletrnica de dados, via computadores, atravs de linha telefnica, modeme softwareespecfico para traduo e comunicao de documentos entre a empresa e os fornecedores. Ospedidos ou ordens de compras so enviados via computador, compactados e criptografados eacessados por senhas especiais.

    O EDI pode estar conectado aos fornecedores, clientes, bancos, distribuidoras e

    transportadoras e as informaes so transmitidas em tempo real, eliminando-se papis, telefonemas,visitas e erros, proporcionando enormes vantagens, tais como: Reduo nos custos do pedido; Rapidez nas informaes;

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    Segurana e preciso no fluxo de informao; Facilidade de ter os pedidos na empresa; Fortalece o conceito de parcerias.

    Questes:1) Quais as vantagens de estabelecer um cdigo de tica em compras?

    _____________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    2) Explique o processo de compras.

    _____________________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    3) Explique o sistema EDI.

    _____________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    5 Armazenagem e ControleArmazenagem, manuseio e controle dos produtos so componentes importantes e essenciais

    do sistema logstico, pois seus custos envolvem elevada percentagem dos custos totais logsticos deuma empresa.

    Os custos de armazenagem devem ser tratados em conjunto com as variveis que afetam os

    custos de produo/distribuio, para obtermos o menor custo total logstico.

    Muitas empresas, nos dias atuais, esto evitando ou minimizando as necessidades deestoques, com a aplicao, com xito, da filosofia Just-In-Time. O JIT o ajuste de suprimentos edemanda no tempo e na qualidade certa, ou seja, matria-prima e produtos devem chegar no momento

    justo em que so necessitados. Entretanto, de suma importncia que a demanda por produtosacabados seja conhecida com alto grau de preciso e com fornecedores confiveis a fim de obter umsuprimento adequado demanda.

    Tendo-se a necessidade de espao fsico e materiais para serem armazenados, dimensionar econtrolar esses estoques uma atividade importante e at preocupante.

    5.1 Localizao de depsitosUma vez estabelecido que temos necessidade por rea de armazenagem, prxima

    considerao saber e definir a localizao desse espao.Inicialmente, um armazm localizado com referncia a outros depsitos do sistema

    logstico, em face das aes para reduzir custos com os transportes, manuteno dos estoques e

    processamento dos pedidos.Na segunda etapa, aps a definio da localizao geogrfica, define-se o local especfico aser escolhido. Os seguintes fatores so importantes na anlise para determinar o local:

    Atitude da comunidade local e do governo com relao ao depsito; Custo para preparar o terreno; Custos de construo; Facilidade dos servios de transportes; Potencial para expanso; Disponibilidade da mo-de-obra local; Segurana do local; Valor promocional do local; Sistema virio do local.

    Uma vez localizado o depsito, a prxima deciso determinar o tamanho necessrio doedifcio, se ser alugado ou prprio. O espao requerido dever atender ao nvel mximo de estoquepara uma temporada especfica, conforme avaliao da demanda. O tamanho timo do prdio ser

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    aquele que oferecer o custo mnimo para a combinao das necessidades de mercado e atenderplenamente os custos finais do produto.

    O armazm ou depsito tambm pode ser chamado de centro de distribuio (C.D.).

    5.2 Inventrio Fsico

    Periodicamente, as organizaes efetuam contagem fsica de seus itens em estoques e emprocessos, para comparar a quantidade fsica com os dados contabilizados em seus registros, a fim deeliminar as discrepncias que possam existir entre os valores contbeis e o que realmente existe emestoque. Serve tambm, para a apurao do valor total de estoques para efeito de balano do anofiscal e seu imposto de renda. O inventrio pode ser geral ou rotativo.

    O inventrio geral elaborado no fim de cada exerccio fiscal de cada empresa, abrangendoa contagem fsica de todos os itens de uma s vez, incluindo-se almoxarifado de recebimento,almoxarifado intermedirio, peas em processos e produtos acabados.

    O inventrio rotativo feito no decorrer do ano fiscal da empresa, sem qualquer tipo deparada no processo operacional, concentrando-se em cada grupo de itens em determinados perodos,que podem ser semanas ou meses.

    Os inventrios so elaborados e executados sob orientao e controle da rea financeira ecom documentao especialmente preparada para esse fim. O procedimento da contagem fsica feito em duas vezes e por duas equipes diferentes. Quando as contagens das equipes coincidem, oinventrio daquele item estar encerrado, porm, quando houver divergncia, uma terceira equipe farnova contagem. Aps o trmino do inventrio, elaborada uma anlise de possveis diferenas entre ocontrole documentado e a contagem fsica do processo, e os itens que apresentam divergncia dequantidades passaro por processo de anlise e posteriormente ajuste e reconciliao de acordo comas polticas da empresa.

    5.3 Embalagem e Manuseio

    Com o desenvolvimento dos servios de vendas e, principalmente, com os auto-servios, aembalagem passou a ter papel importante no processo empresarial, assumindo trs funesfundamentais.

    A primeira, a origem da embalagem, um dispositivo de proteo ao produto, para omanuseio, transporte e armazenagem. A segunda funo de facilitar e incrementar a eficincia dadistribuio. E, finalmente, a terceira funo um elemento de apelo mercadolgico e deincrementador das vendas, chegando-se a falar que ela um vendedor silencioso do produto.

    No aspecto embalagem, temos tambm que nos ater ao rtulo, pois nele so colocadas asinformaes importantes e obrigatrias pela legislao vigente em cada pas. As embalagens podemser desenvolvidas normalmente pelo fabricante do produto ou por empresas especializadas empropaganda e marketing. Os fatores importantes no desenho da embalagem so:

    Ter forte apelo de venda; Induzir o consumidor compra; Facilitar o manuseio; Poder ser usada aps vazia, ou ser reciclada; Facilitar o reconhecimento do produto; Ser resistente e no poluente; Representar o benefcio primordial do produto; Ter baixo custo.

    A embalagem para transporte deve seguir regras especficas, estabelecidas para cada tipode transporte e para o ambiente onde o produto ir ser manuseado e movimentado, alm dasexigncias legais para cada tipo ou especificao do produto. H de se buscar, sempre, a melhormaneira possvel de manusear e movimentar a embalagem com a mxima proteo ao produto e ao meioambiente, com o menor custo possvel. A embalagem de movimentao , tambm, importante parareduzir ocorrncias como: perdas, extravios e outros sinistros.

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    O manuseio de materiais consiste no transporte a curta distncia que ocorre no interior ouprximo a uma empresa ou em um centro de distribuio, armazm ou fbrica. Esse procedimentoconsiste em carregar e descarregar veculos de transportes, montar contineres, contentores, caixase todo e qualquer sistema de proteo ao produto e de entrega ao cliente. Os principais objetivos domanuseio de materiais so:

    Otimizar a utilizao cbica dos armazns; Otimizar a eficincia operacional dos armazns; Reduzir custos de movimentao; Otimizar a carga de cada transporte; Melhorar o atendimento ao mercado.

    Os dez princpios da movimentao de materiais1) Princpio do planejamento: necessrio determinar o melhor mtodo, do ponto de vista

    econmico, planejando todas as suas atividades;2) Princpio de integrao: a capacidade de carga de cada modal ser tanto mais econmica

    quanto melhor forem as condies necessrias para integrar as atividades demovimentao, coordenando todo o sistema operacional, que conjunto de operaesformado por recebimento, estocagem, produo, inspeo, embalagem, expedio etransporte;

    3) Princpio do tempo ocioso: reduzir tempo ocioso ou improdutivo, tanto do equipamentoquanto da mercadoria, baixando assim o custo final do produto;

    4) Princpio da simplificao: criticar a produtividade ou o nvel de servio exigido pelaoperao, reduzir, combinar ou eliminar movimentos e/ou equipamentos desnecessrios;

    5) Princpio de fluxo e simplificao: elaborar o melhor fluxo de materiais e da mo-de-obra.As operaes de movimentao de materiais podem ser automatizadas para melhorar aeficincia operacional, aumentar seu fluxo usando sistemas automatizados, equipamentos

    de movimentao mecanizados quando forem aplicveis ou a prpria fora da gravidade;6) Princpio do melhor espao: aproveitamento dos espaos verticais contribui para a reduodas reas de armazenagem e para a reduo dos espaos requeridos e dos custos;

    7) Princpio da segurana: a produtividade do trabalho aumenta conforme as condiestornam-se mais seguras, com facilidade para se movimentar, enxergar, armazenar e cuidar.Substituir mtodos e equipamentos de movimentao obsoletos e precrios; quanto maisseguras as condies e os mtodos e equipamentos, mais eficientes sero as operaes;

    8) Princpio da ergonomia: a capacidade e limitaes humanas precisam ser reconhecidas erespeitadas no projeto das tarefas e dos equipamentos de movimentao de materiais;

    9) Princpio ambiental: considerar as possveis implicaes ao meio ambiente, tais comoconsumo exagerado de energia, desperdcios, dejetos e poluio reduzindo-os ao mximo;

    10) Princpio da padronizao: padronizar os mtodos, os espaos, os equipamentos e osprocedimentos, bem como os tipos e tamanhos dos equipamentos de movimentao.Considerar tambm, os aspectos do material a ser movimentado, o movimento a serrealizado e os mtodos a serem utilizados com todos os equipamentos de movimentao edo sistema, formulando anlise econmica para prover o maior ciclo de vida dos mesmos.

    So equipamentos de manuseio interno de materiais: empilhadeira manual; carrinho eltricomanual; carrinho manual porta-pallets; carrinho manual; pallets; transportadores de roletes ouesteira; talha eltrica; rob; empilhadeiras a gs ou eltricas, etc.

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    Questes:1) Qual a vantagem de se realizar inventrios rotativos?

    _____________________________________________________________________________

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    2) Qual a finalidade de uma empilhadeira? Onde a utilizamos?

    _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    3) Ospalletsforam criados para que finalidade?

    _____________________________________________________________________________

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    6 Distribuio e TransporteTransporte refere-se aos vrios mtodos para movimentar produtos. A administrao da

    atividade de transporte geralmente envolve decidir quanto ao mtodo de transporte, aos roteiros e utilizao da capacidade dos veculos.

    Hoje, no Brasil, como parte integrante dos departamentos de Logstica est o estudo e a

    busca pela diminuio em massa do chamado Custo Brasil. Esse, que por sua vez, est formado poritens como impostos, estradas (rodovirias e ferrovirias), sistemas de armazenagem, transporteshidrovirios (fluviais e de cabotagem), sistemas porturios e encargos de mo-de-obra pauta deconstante busca de reduo pelos departamentos logsticos de todas as empresas e pelo prpriogoverno brasileiro. Para isso, o mais utilizado a busca de constante aproveitamento do transporte deida e volta para uma melhor ergonomia no preo do frete.

    medida que o transporte fica mais barato e de fcil acesso, contribui para aumentar acompetio no mercado, garantir a economia de escala e reduzir os preos das mercadorias. Na faltade um bom sistema de transporte, o mercado fica limitado produo local, e, com melhores serviosde transporte, o custo de mercados distantes pode ser bastante competitivo.

    Exemplo:Suponha que as laranjas de Limeira podem ser produzidas a $ 0,40 a dzia, e as laranjas doParan por $ 0,50 a dzia. Os custos de transportes so de $ 0,15 a dzia para colocar laranjas deLimeira no mercado paranaense. Assim, a competio muito limitada. Por outro lado, se os custos detransporte baixassem para $ 0,08, a competio naturalmente seria incentivada.

    O sistema de distribuio composto de diversos tipos de movimentao denominado modal.Podemos destacar os seguintes modais: Rodovirio, Ferrovirio, Hidrovirio, Aerovirio, Dutovirio eMultimodal. Entre esses modelos, qual seria o mais vantajoso? Como poderemos avali-lo? Para cadalocalidade podem existir vrios modais ou s vezes um s, porm, deveremos efetuar uma anlisecriteriosa de custos, em que no somente ser visto o custo de peso por kilometragem, seguros,

    manipulao e estocagem (custos tangveis), mas tambm todos os intangveis (rapidez, facilidade,confiabilidade segurana, rastreabilidade, garantia, perfeio e satisfao). A anlise do custo-benefcio fator determinante na escolha do melhor modal de distribuio de nossos produtos.

    Existem tambm fatores restritivos em certos modais. Por exemplo: aeronaves notransportam produtos com risco de exploso, mesmo que em concentraes pequenas. Produtosqumicos s so aceitos se encaminhados por empresas especializadas em coleta e embalagemespeciais (trmicas, anti-vazamentos, etc).

    No Brasil, a utilizao dos modais de transportes est assim distribuda: rodovirio, 57,5%;ferrovirio, 21,2%; hidrovirio, 17,4%; dutovirio, 3,5%; e areo, 0,3%.

    Canal de Distribuio o caminho pelo qual os produtos passam, desde o pedido at o clientefinal, sendo principalmente os centros de distribuio, atacadista e varejista. Corresponde, portanto,

    a uma ou mais empresas que participam do fluxo do produto em toda a sua cadeia.

    Questes:1) Como podemos reduzir custos de transportes?

    _____________________________________________________________________________

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    7 Recursos PatrimoniaisOs recursos patrimoniais de uma organizao compreendem instalaes, mquinas,

    equipamentos e veculos que fazem possvel sua existncia, ou seja, sua operao. Os benspatrimoniais no so adquiridos todos de uma s vez, mas durante sua existncia.

    Podem ser classificados em: Equipamentos e mquinas: so as ferramentas, mquinas operatrizes, caldeiras,

    guindastes, pontes rolantes, compressores, dispositivos, veculos, computadores,mveis, etc;

    Prdios: so os galpes, escritrios, almoxarifados, garagens, etc; Terrenos: compreendem o local onde esto as instalaes, suas reas livres e

    terrenos vazios que pertenam empresa; Jazidas: so as localizaes onde a empresa tem direitos, poder ou autorizao de

    extrao de produtos minerais; Intangveis: so os recursos que no podemos tocar, no tem corpo ou forma fsica;

    so as patentes, projetos, direitos autorais e marcas.A obteno dos recursos patrimoniais pode ocorrer em duas etapas. A primeira, no projetoinicial do negcio, quando se est iniciando a empresa. A segunda etapa, quando se est ampliando outrocando os recursos.

    A etapa que se refere ampliao ou substituio sempre dever ser subordinada a umplanejamento estratgico e fundamentada em uma projeo de retorno de investimento para suaaprovao e garantia de sucesso.

    Os recursos patrimoniais, tambm, so divididos em mveis e imveis. Mveis so aqueles quepodem ser movimentados, deslocados de posio sem que percam sua constituio fsica (mquinas,veculos, mveis, etc). Imveis so aqueles que, se forem movidos ou deslocados do local, perdem suaforma fsica, ou no podem ser deslocados prdios, pontes, terrenos e jazidas.

    Os recursos patrimoniais, na anlise contbil da empresa, fazem parte dos ativosimobilizados.

    7.1 Classificao e CodificaoUma das atividades mais importantes na administrao dos recursos patrimoniais registrar

    e controlar todos os bens patrimoniais da empresa. Para que essa ao possa desenvolver-se commelhor acuracidade e perfeito controle, torna-se necessrio classificar e codificar todos os benspertencentes empresa.

    O objetivo da classificao e codificao de materiais e bens simplificar, especificar epadronizar com uma numerao todos os bens da empresa, tanto os materiais como os patrimoniais.Com a codificao do bem, passamos a ter um registro que nos ir informar todo o seu histrico, taiscomo: data de aquisio, preo inicial, localizao, vida til esperada, valor depreciado, valor residual,manuteno realizada e previso de sua substituio. Aps o bem estar codificado, recebe umaplaqueta com sua numerao e controle.

    7.2 DepreciaoDepreciao de um bem do recurso patrimonial a perda que ele tem decorrente de seu uso

    no tempo, obsolescncia ou deteriorizao. Essa depreciao controlada e regulada pela ReceitaFederal, mediante instrues normativas em funo do bem e de seu uso dirio.

    O sistema de depreciao que aceito pela Receita Federal o mtodo linear, ou seja,aquele em que o bem depreciado em partes iguais durante sua vida til.

    A depreciao do bem poder mudar no transcorrer de operao de uma empresa caso mudea quantidade de uso dirio do equipamento mediante laudo pericial de rgo competente.

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    A depreciao linear feita por meio da seguinte frmula:

    u

    ri

    P

    VVD

    =

    onde: D = DepreciaoVi = Valor inicial do bemVr = Valor residual do bemPu = Perodo til de vida do bem

    Para melhor podermos entender esse procedimento de depreciao, examinaremos o exemploabaixo:

    Qual ser a depreciao anual de uma retfica centerless que foi adquirida por R$220.000,00 que, de acordo com sua utilizao, ter uma vida til de cinco anos cujo valor residual nofinal deste perodo ser zero, considerando-se que no haver registro de inflao no perodo.

    Vi = 220.000,00

    Vr = 0Pu = 5 anos

    anoRD /00,000.44$5

    000,000.220=

    =

    O bem ter uma depreciao anual de R$ 44.000,00 por ano.

    Com base nesse exemplo, podemos, agora, construir a tabela de depreciao anual da retficacom seu valor residual ano a ano, conforme mostrada abaixo:

    AnoDepreciao anual

    R$Depreciao acumulada

    R$Valor contbil

    R$0 - - 220.000,001 44.000,00 44.000,00 176.000,002 44.000,00 88.000,00 132.000,003 44.000,00 132.000,00 88.000,004 44.000,00 176.000,00 44.000,005 44.000,00 220.000,00 0,00

    Decorridos cinco anos, a retfica ter valor contbil zero; porm, isso no significa que nopoderemos vender a mquina. Podemos vender qualquer de nossos recursos patrimoniais a qualquermomento. O que ir definir seu preo de negociao no o valor contbil, mas o valor de mercado.

    Questes:1) O que so bens tangveis e bens intangveis? D exemplos.

    _____________________________________________________________________________

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    2) Qual a razo de codificarmos um bem ou produto?

    _____________________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    3) Alm dos desgastes decorrentes do uso, que mais justificaria a depreciao de um bem patrimonial?

    _____________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    4) Explique o que depreciao de um bem.

    _____________________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________