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Trauma PediátricoMAILTON ARRUDA
2016.1
Para aprender mais assista a aula
Introdução
Causa mais comum de mortes e sequelas na infância
Quase 1/6 dos atendimentos de crianças em emergências
Principal causa de morbidade e mortalidade
Falhas
Abordagem das vias aéreas
Suporte ventilatório
Reconhecimento e TTO de hemorragias abdominais e intracranianas
Insucesso na
reanimação da
criança
traumatizada
Tipos e padrões de lesão
Veículos automotores
Afogamento
Acidentes domiciliares
homicídios
Traumatismos multissistêmico
Tipos e padrões de lesão
Regra!
Não exceção
Em crianças, os traumatismos fechados mais graves são os que
envolvem o cérebro
Características singulares dos doentes
pediátricos
Apneia
hipoventilação
hipóxia
>5xHipovolemia com
hipotensão
Tamanho e forma
Esqueleto
Superfície corporal
Estado psicológico
Efeitos a longo prazo
Equipamentos
Características singulares dos doentes
pediátricos
ABCDE
O Famoso
Vias aéreas
Prioridade!
Anatomia
• Desproporção craniofacial
• Proeminência occipital : flexão coluna cervical
- posição neutra > coxim sobre o tronco
• Traqueia curta no lactente
- intubação seletiva
- barotrauma
- progressão do tubo 3x o seu tamanho
Tubo de Guedel
- criança inconsciente
- contraindicada rotação de 180°
Vias aéreas
IOT
- TCE grave
- sinais de Insuficiência respiratória
- hipovolemia significativa
- rebaixamento do nível de consciência
- tubos sem balão Narina
Dedo mínimo
Vias aéreas
Intubação assistida por drogas (IAD) em doentes pediátricos
sedar
Hipovolêmico Normovolêmico
Etomidato 0,1 mg/kg ou
Midazolam 0,1 mg/kg
Vias aéreas
Etomidato 0,3 mg/kg ou
Midazolam 0,3 mg/kg
Pré-oxigenar
Sulfato de atropina (apenas em lactentes)
0,1 – 0,5 mg
Paralisar
Succinilcolina Vecurônio Rocurônio
<10kg: 2 mg/kg ou (0,1 mg/kg) ou (0,6 mg/kg)
>10kg: 1mg/kg
Intubar, verificar a posição do tubo
Verificação da posição do tubo
• progressão do tubo 3x o seu tamanho
• Ausculta dos hemitórax nas axilas
• Capnógrafo e radiografia (dispositivos secundários)
• IMPORTANTE: ausculta realizada periodicamente
• DÚVIDA? Troca o tubo imediatamente
• DOPE
D – deslocamento
O – obstrução
P – pneumotórax
E – falha no equipamento
Vias aéreas
Máscara laríngea
Cricotireoidostomia por punção
Cricotireoidostomia cirúrgica (>12 anos)
Vias aéreas
Ventilação
Uso de dispositivos de ventilação de tamanho adequado
- máscara com válvula e balão pediátrico para menores de 30kg
Atenção para o barotrauma
Circulação e choque
Quais as diferenças fisiológicas que tem impacto no tratamento de
doentes pediátricos traumatizados?
?
Reconhecimento da alteração fisiológica
maior reserva fisiológica
manutenção da PAS
• PISTAS: taquicardia e
diminuição da perfusão periférica
Circulação e choque
Pressão Arterial Sistólica
- 90mmHg + 2x idade ( normal )
- 70mmHg + 2x idade ( limite inferior )
Paciente pediátrico hipotenso?
Circulação e choque
Perda grave
de sangue
BRADICARDIAINFUSÃO RÁPIDA DE CRISTALÓIDES E DE SANGUE
Determinação do peso e volume circulatório
• Peso = (2 x idade) + 10
• Volemia de lactente : 80 mL/Kg
• Volemia da criança : 70 mL/Kg
Circulação e choque
Circulação e choque
Suspeita de choque?
• 20 mL/Kg em bolus de solução cristaloide isotônica aquecida
• Pode ser necessário administrar até três vezes
aumenta as suspeitas de hemorragia contínua
na terceira infusão -> concentrado de hemácias (10 mL/Kg)
Acesso venoso
Lesões de órgãos intratorácicos e intra-abdominais -> choque
hipovolêmico
Acesso periférico (2 tentativas)
Intraósseo
Punção femoral por técnica de Seldinger
> abaixo da tuberosidade da tíbia
> fêmur distal
Circulação e choque
Trauma Torácico
8% dos traumatismos em crianças
Veículos motorizados
Anatomia: flexibilidade da parede torácica
#incomum lesão óssea
#comum lesão parenquimatosa
A mobilidade das estruturas mediastinais
torna a criança mais sensível ao
pneumotórax hipertensivo
Trauma abdominal
Avaliação
• o estado psicológico do paciente pode alterar o exame físico de abdome
• sonda gástrica (descompressão abdominal)
• marca de cinto de segurança
Medidas auxiliares no diagnóstico
Trauma abdominal
Tomografia Computadorizada (TC)
Lavagem peritoneal diagnóstica (LPD)
trauma fechado e paciente hemodinamicamente estável
sedação
Útil quando não houver TC imediatamente
Sangue à LPD e estabilidade hemodinâmica – não indicação de Cx
Lesões de vísceras intra-abdominais
Lesões viscerais específicas mais comum em crianças
• Lesões de alças de delgado próximas ao ligamento de Treitz
• Lesões mesentéricas e avulsões de alças de delgado
• Rupturas de bexiga (bacia mais rasa)
Condutas não operatórias pode gerar demora na identificação
dessas lesões
• REAVALIAÇÃO FREQUENTE!
Trauma abdominal
Trauma Cranioencefálico
Mecanismos
• Colisões de veículos automotores
• Abuso
• Colisões de bicicleta e quedas
Lesões extracranianas -> hipotensão e hipóxia -> SNC
Maior probabilidade de lesão estrutural do parênquima cerebral
O fluxo cerebral normal aumenta progressivamente até próximo de 2x os
níveis do adulto perto de 5 anos de idade -> hipóxia e hipercarbia
Escala de Coma de Glasgow modificada para crianças menores
de 4 anos de idade
Trauma Cranioencefálico
Tratamento
• ABCDE
• Acionamento e envolvimento do neurocirurgião desde o início do TTO
• Prevenção da lesão cerebral secundária -> hipóxia e hipovolemia
• Intubação!
Trauma Cranioencefálico
Trauma Musculoesquelético
História é de fundamental importância
• Difícil Dx radiográfico de fraturas e luxações
• Evidências radiográficas de fraturas em diferentes fases de consolidação -> ABUSO!
• Histórias inconsistentes e vagas -> ABUSO!
Perda sanguínea associada a fraturas de ossos longos e pelve
• Menor que em adultos
Esqueleto imaturo
• Lesão por esmagamento da epífise de crescimento -> alteração do
desenvolvimento normal
• Lesão em galho verde
IMOBILIZAÇÃO!
Trauma Musculoesquelético
Abuso
Discrepância entre a história
e o grau das lesões físicas
Intervalo de tempo prolongado entre o
Trauma e a procura ao atendimento médico
História de traumatismo de repetição
A história do trauma muda entre os pais
ou cuidadores
História de visitas frequentes a hospitais
Pais que abandonam a criança na sala
de emergência
Abuso
Achados sugestivos
• Equimoses múltiplas (em diferentes estágios de cicatrização)
• Traumas repetidos
• Lesões periorais
• Lesões perineais
• Fraturas de ossos longos em crianças menores que 3 anos de idade
• Mordidas, marcas de queimadura por cigarro
• Queimaduras de segunda e terceiro grau demarcadas
Abuso
ABCDE da Prevenção do Trauma
• Mais de 80% dos traumatismos da infância poderiam ser prevenidos com estratégias
simples em casa e na comunidade
Referência
Obrigado!