ROTAS PARA AS FILIPINAS E JAPÃO SÃO HIPÓTESES EM 2012

AirAsia alarga voos para Macause Aeroporto reduzir taxas Pág 3

Director José rocha Dinis | Director eDitorial executivo sérgio Terra | Nº 3888 | quiNta-feira, 27 De outubro De 2011

www.JTM.cOM.MOao serviço De macau DesDe 1982

Tribuna de Macau Jornal

澳門論壇日報 10 PaTacas

Eleições

no “Pit Stop”

do Grande Prémiocentrais

Portugal atrasa 60 minutos nos relógios no domingoa hora vai mudar em Portugal no domingo devendo os relógios ser atrasados 60 minutos para que seja adoptado o horário de inverno. em Portugal continental e na Madeira a passagem para a hora de inverno acontece quando forem 2:00 da manhã , de acordo com o observatório astronómico de lisboa. Nos açores, a hora será alterada quando for 1 hora. Portugal continental e a Madeira ficarão assim com a mesma hora GMt e a raeM passa a ter uma diferença horária de oito horas. No último domingo de Março de 2012 realiza-se nova mudança da hora, para o horário de verão, que colocará Macau a sete horas de diferença horária de Portugal.

Macau instala-se no56º andar do “Taipei 101”a Delegação económica e cultural de Macau em taiwan ficará instalada no edifício “taipei 101”, apurou o JtM junto do Gabinete do Porta-voz do Governo. o contrato de arrendamento de duas fracções do 56º andar do arranha-céus de 508 metros será outorgado em breve, esclareceu o Gabinete, sem avançar o valor que o executivo irá pagar pelo espaço. após a assinatura do contrato, o executivo promete prestar mais informações relativamente ao trabalho de preparação daquela Delegação. Segundo o Governo, a Delegação terá um nível de Direcção de Serviços e deverá levar ao destacamento de 10 a 15 pessoas.

MÚSICA LUSÓFONA NO LARGO DO SENADO. A música lusófona e um grupo de Jiling atraíram ontem muito público ao Largo do Senado dando continuidade à Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa. Os espectáculos prosseguem hoje, entre as 19:30 e as 22 horas.

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jornAl tribunA de MAcAu

localDAVID CHOW CONTINUA NA COMISSÃO TURÍSTICA. o mandato do ex-deputado David chow como membro da comissão de apoio ao Desenvolvimento turístico foi renovado pelo período de dois anos. Segundo um despacho do Secretário para os assuntos Sociais e cultura, a renovação é válida a partir de 19 de Novembro.

AS TRÊS PRIORIDADES PARA AS LAG, SEGUNDO HO ION SANG. o deputado Ho ion Sang defendeu que as questões relacionadas com habitação pública, inflação e as dificuldades no acesso a habitação própria devem ser tratadas nas linhas de acção Governativa para o próximo ano.

curso de vinho desperta interessesalém dos licenciados e alunos do quarto ano do instituto de formação turística (ift), os finalistas do curso de vinhos avançado WSet também subiram ao palco para receber uma “grande” medalha. Se Weng Mak, Jingyin lin e Wa lao desenvolveram os conhecimentos sobre os vários tipos de vinho, porque também é útil para a carreira, eric Sautedé, professor da universidade de São José, fê-lo essencialmente pelo gosto de experimentar mais este universo. “interesso-me por vinhos, por isso, porque não tirar o curso? o ift é talvez a única instituição que pode dar este diploma e os professores eram profissionais”, começou por explicar. “Depois, provávamos bastantes vinhos e isso é muito bom, entre oito a dez vinho de cada vez, e é muito interessante, porque precisamos de ser mais sofisticados para conhecer os vinhos. Por outro lado, este é sempre um bom tema de conversa”, acrescentou o académico. Durante um mês

aprenderam sobretudo sobre vinhos franceses, italianos e portugueses. “Depois de aprendermos sobre uma região provávamos sempre o vinho que era lá produzido”, partilhou por sua vez Weng Mak, cujo número de medalhas no casaco indicava já um conhecimento profundo na matéria. foram seis alunos que concluíram com sucesso o terceiro nível WSet, mas a escola está também a pensar realizar o quarto, que só poderá ser frequentado por estes alunos quando os sabores agora degustados estiverem bem estudados.

ALUNOS PEDEM MAIS PROGRAMAS cULTURAIS

IFT procura soluções para crescerDos cerca de 250 alunos que este ano se licenciaram no Instituto de Formação Turística (IFT), a maioria não teve dificuldade em encontrar um emprego no mundo dos grandes hotéis. Porém, os recém-formados sublinham a necessidade do Governo introduzir cursos “adicionais” neste área sobretudo ligados ao ramo cultural. Mas, o IFT mantém a cautela no aumento das vagas e de programas de formação já que ainda não encontrou, por exemplo, um espaço para onde possa expandir as suas instalações, referiu a presidente da instituição

FÁTIMA ALMEIDA

Karen Tam não teve de perder tempo a procurar um empre-go. Ainda durante o curso de

Gestão Hoteleira abriu-se uma porta no MGM Macau que até agora não se fechou. Também Winnie Wong, à semelhança do que aconteceu com a maioria dos 250 alunos que este ano se formaram no Instituto de Formação turística (IFT), depressa foi recrutada para um hotel depois de ter termina-do o estágio numa estrutura gover-namental. Já com o canudo na mão, ambas assumem que começar uma carreira numa das maiores indústrias de uma cidade que ambiciona tornar-se num Centro Mundial de Turismo e Lazer não é difícil, mas face aos desa-fios que enfrentam no dia a dia, estão certas que “o Governo da RAEM de-veria providenciar outros programas

relacionados com o Turismo e dar mais oportunidades para trabalhar no terreno para que seja proporciona-da uma preparação mais profunda”. Até porque, sustentam, esta é uma área que está a ser desenvolvida pelas autoridades e carece de profissionais com grande competência.

Certo destas necessidade está tam-bém o IFT, que se vê, no entanto, a bra-ços com a falta de espaço para crescer e acompanhar a velocidade com que os turistas chegam a Macau. Apesar de estarem a ser ponderadas soluções, o organismo não chegou ainda a uma conclusão sobre a expansão das suas instalações. “Temos estado a estudar e continuamos a procurar oportuni-dades, mas demora muito tempo para planear e encontrar alternativas, como por exemplo encontrar um espaço per-to das nossas instalações ou noutras partes de Macau”, justificou a presi-dente do IFT, à margem da cerimónia

de graduação, acrescentando que o Go-verno está receptivo e ao corrente dos “constrangimentos” que estão a afectar a instituição de ensino.

Por isso, Fanny Vong salienta que o aumento de vagas e cursos tem de ser prudente, já que há várias ques-tões a que é preciso dar resposta para que a formação, ao contrário do que se espera, não saia prejudicada. “Temos de olhar para outros factores, como se temos uma equipa de profissionais suficientes, se temos de recrutar do es-trangeiro (...). Estamos a tentar o nos-so melhor para aumentar lentamente, porque queremos ter a certeza que au-mentamos o número de programas e temos qualidade nesses programas”, referiu a mesma responsável.

Entre os 250 licenciados em cursos como Gestão Hoteleira, Gestão de Pa-trimónio, Gestão de Eventos Turísticos, Gestão de Retalho e Marketing de Tu-rismo a maioria, cerca de 70 por cento,

encontra emprego na indústria da hos-pitalidade, disse Fanny Vong, notando que o facto de muitos dos licenciados terem já conseguido um emprego se deve ao estágio de seis meses que fa-zem durante o terceiro ano do curso.MAIS CULTURA PARA MACAU. Apesar de “furar” no mercado de trabalho não ter sido uma tarefa di-fícil para os que estudam as áreas do Turismo, nem por isso o índice de sa-tisfação dos alunos está no máximo. Há sonhos que ainda não têm lugar em Macau, mas os recém-formados não perdem a esperança e lançam su-gestões ao Executivo. “Penso que o Governo deveria ter no futuro mais cursos adicionais sobre cultura, por-que somos uma cidade com Patrimó-nio e gostaria de aprender mais sobre gestão cultural e artística, são cursos interessantes que deveríamos ter”, sublinhou Kevin Ho, licenciado em Gestão Hoteleira.

Assertivo, o jovem de 23 anos, que conseguiu emprego no Galaxy, deseja, à medida que os anos passam, encontrar oportunidades para que a sua carreira não se desenvolva apenas no centro da indústria da Hospitalidade.

Leonardo Yuen, que se licenciou em Gestão do Património e trabalha em “part-time” no Museu de Arte, também idealiza o território com uma ligação maior à cultura. Se tivesse de conduzir uma visita guiada a Macau, Leonardo Yuen começava no coração da cidade para que logo se entranhas-sem as bases de “uma longa História”. Aliás levar as pessoas a “descobrir” as ruas de Macau é um dos sonhos do Leonardo Yuen, que propõe ao Gover-no uma espécie de museu de rua, para que todos desfrutem do legado natural que a passagem dos séculos torna mais atractiva.

jornAl tribunA de MAcAu quinta-feira, 27 de outubro de 2011 pág 03

localPREÇO DAS CASAS DEVE SUBIR 15 POR CENTO. o valor das casas em Macau deverá subir 15 por cento no próximo ano, estima o director de vendas de imóveis da Shun tak, Warren leung cheuk Hang. o empresário falou, na terça-feira, após a apresentação de um projecto de luxo na taipa.

DEPUTADOS QUEREM OUVIR FLORINDA CHAN. Ng Kuok cheong e chan Wai chi voltaram a reiterar as suas motivações para que se realize uma audiência a florinda chan. os deputados querem ouvir a Secretária para administração e Justiça sobre o caso das sepulturas perpétuas.

AIR ASIA PRETENDE NEGOcIAR NOVAS ROTAS cOM AEROPORTO DE MAcAU

clark e Tóquio a algumas taxas de distânciaA companhia de baixo custo AirAsia, depois de um período de desinvestimento em Macau, quer criar pelo menos mais duas novas rotas, para Clark, nas Filipinas, e para a capital nipónica. Mas está dependente das taxas a serem cobradas pelo aeroporto da RAEM. A empresa anuncia ainda mais um voo diário para a capital tailandesa

ligações para a Tailândia mantêm-sea airasia mantém as ligações aéreas para a tailândia apesar das cheias que têm provocado mortes e destruição nos últimos dias. Segundo confirmou ao JtM a directora-adjunta da airasia para a china, celia lao, “tem havido muitos passageiros a alterar a data das viagens, mas os voos programados mantêm-se”.

O Aeroporto Internacio-nal de Macau (AIM) pode ganhar rotas de

baixo custo para as Filipinas e para o Japão em breve. A AirAsia está interessada em voltar a apostar na RAEM, depois de vários meses a cor-tar nesse investimento, mas a concretização do negócio está dependente das taxas aero-portuárias a serem cobradas, e que têm sido consideradas elevadas pela companhia. Caso não haja acordo, já há outras opções em carteira: voar a partir de Hong Kong ou de Shenzhen, segundo confirmou ao JTM a directo-ra-adjunta da AirAsia para a China, Celia Lao.

Actualmente, a compa-nhia de baixo custo opera di-rectamente para dois destinos a partir do AIM: Banguecoque, na Tailândia, e Kuala Lumpur, na Malásia. Já para Dezembro, está previsto o aumento da fre-quência diária de voos para a capital tailandesa, de três para quatro ligações. “A procura é cada vez maior, e durante os meses de Agosto e Setembro a

taxa de ocupação das aeronaves cresceu cerca de 10 por cento, atingindo os 90 por cento”, um valor que deixa a empresa opti-mista, segundo refere Celia Lao. Neste momento, o único factor que pode condicionar o reforço desta ligação são as cheias na Tailândia (ver peça abaixo). “Se entretanto a situação melhorar arranca já, caso contrário só em Janeiro do próximo ano”.

Os próximos investimen-tos do grupo malaio estão, no entanto, dependentes das ne-gociações a serem iniciadas com os responsáveis do AIM. A AirAsia planeia já, para o início de 2011, “antes do Ano Novo chinês”, segundo Celia Lao, a criação de uma rota para Clark, nos arredores da capital das Fi-lipinas. Segundo a mesma res-ponsável, o objectivo é manter pelo menos um voo diário. “O aeroporto de Macau tem cobra-do muito pelas novas rotas. Va-mos negociar, mas se os preços se mantiverem altos podemos mudar para outro destino”, avisou a director-adjunta, con-firmando que as opções pas-sam pelos aeroportos em Hong

Kong e Shenzhen.A outra rota que interes-

sa à companhia aérea liga a RAEM a Tóquio. Em Julho des-te ano foi formalmente criada a AirAsia Japan, que neste mo-mento aguarda os certificados de voo para poder começar a operar. “Há potencial em ex-plorar uma ligação aérea entre estes dois locais. Mas neste mo-mento ainda estamos a plane-ar tudo, pelo que se tal vier a acontecer nunca deverá ser an-tes do final do próximo ano”, avança a mesma fonte. E tam-bém neste caso, a concretização da operação vai depender de negociações com o AIM.“MONOPÓLIO” DA AIR MACAU CRITICADO. Uma crítica que tem sido feita pelos responsáveis desta empresa, e que Celia Lao volta a repetir, prende-se com “o monopólio que existe no aeroporto de Macau e que nós continuamos à espera que acabe, porque a Air Macau tem sido muito beneficiada”, vinca a directo-ra-adjunta. O CEO da AirA-sia, Tony Fernandes, já tinha dito o mesmo em Janeiro de 2008, criticando duramente

a mentalidade dos responsá-veis da companhia aérea de Macau, avessa à concorrência e que acaba por “inviabilizar a expansão do mercado” e “abertura de novas rotas”. O resultado foi claro: a empresa deixou de investir em novas ligações a partir do território e começou a operar voos a par-tir de Chep Lap Kok, em Hong Kong. Celia Lao explicou em Março deste ano que a opção pela região vizinha, apesar das taxas serem mais eleva-das, acabava por compensar porque o mercado era maior e os clientes também tinham um maior poder de compra.

O desinvestimento da empresa em Macau tornou-se mais claro ainda após serem conhecidos os dados relativos aos primeiros seis meses de 2011, e que o JTM avançou. Nesse período, em média, houve menos 7.934 passagei-ros por mês a desembarcar ou a embarcar em Macau via AirAsia, o que representa uma queda de 13,4 por cento. No total, a companhia tinha trans-portado nesse período cerca de 310 mil passageiros.

A empresa malaia foi a primeira companhia de baixo custo a operar no AIM, a partir de Março de 2004. Já chegou a haver rotas a ligar o território e cinco destinos na Malásia (Johor Bahru, Kota Kinabalu, Kuala Lumpur, Kuching e Pe-nang), para além da capital tai-landesa. Tinha sido prometida também uma ligação directa para Phuket, mas que nunca passou disso mesmo. Essa rota existe a partir de Hong Kong.

Actualmente, a companhia liga 132 destinos, com uma fro-ta de 90 aviões, e possui vá-rias subsidiárias, como a Thai AirAsia e Indonesia AirAsia. Dados avançados anteontem pela Bloomberg indicam que a empresa transportou mais 13,5 por cento de passageiros no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o perío-do homólogo. Em Setembro, segundo dados globais que a AirAsia disponibilizou, o tráfe-go de passageiros subiu 8,8 por cento, mas a taxa de ocupação das aeronaves escorregou dos 80 por cento do ano anterior para os 78 por cento.

H.A.

GRUPOS DEVEM REGRESSAR ENTRE HOJE E AMANHÃ

60 turistas de Macau estão na Tailândia

Embaixada de Portugal em risco de inundação o embaixador de Portugal na tailândia, Jorge ryder torres Pereira, afirmou ontem que a representação diplomática está em risco de ficar inundada no fim de semana, mas afastou um cenário de evacuação do edifício. “a embaixada, que é composta pela chancelaria e residência, está muito perto do rio chao Phraya, e anuncia-se para este fim de semana que poderá, eventualmente, extravasar o muro de protecção”, explicou.

São três excursões de turistas de Macau no território que está a ser seriamente afectado pelas cheias. Autoridades da RAEM dissuadem viagens para aquela zona

Cerca de 60 turistas de Macau es-tão na Tailândia, inseridos em três excursões, segundo infor-

mações recolhidas pelo Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) junto do sector do turismo local, mas devem regressar à RAEM entre hoje e amanhã. Este organismo aconselha os residentes de Macau que estejam na zona a contactar a Embaixada da China e apela para que não se dirijam para as áreas afectadas pelas inundações. Para

os que têm viagem marcada, é sugeri-da a alteração das datas.

A Air Macau também já veio, atra-vés de comunicado, anunciar que os passageiros devem entrar em contacto com as respectivas agências de viagens de modo a serem reembolsados pelos bi-lhetes. A data de partida pode ainda ser adiada até 31 de Dezembro deste ano.

As cheias que desde Julho têm afec-tado a Tailândia já provocaram pelo me-nos 366 mortos, para além de afectar o a vida de quase 2,5 milhões de pessoas. Mais de 113 mil estão desalojados e 720 mil precisam de assistência médica por causa de infecções e outras doenças con-traídas no contacto ou consumo de água contaminada.

As lojas da capital tailandesa co-meçaram ontem a impor um raciona-mento de emergência. A primeira-mi-

nistra, Yingluck Shinawatra, já alertou que partes da cidade podem passar cerca de duas semanas, até a um mês, inundadas antes de a água correr para o mar. As autoridades decretaram cin-

co dias de feriado para permitir que a população deixe os locais afectados pe-las cheias, mas os mercados financeiros vão continuar a funcionar.

H.A.

FOTO

ARQ

UIVO

pág 04 quinta-feira, 27 de outubro de 2011 jornAl tribunA de MAcAu

PAULO BARBOSA

localIDOSO DA RAEHK DESAPARECEU EM MACAU. um homem com 74 anos desapareceu na terça-feira em Macau. o idoso é natural de Hong Kong e quem denunciou o caso foi a pessoa que lhe prestava apoio, também residente na região vizinha.

DETIDA POR TRABALHO ILEGAL. Na segunda-feira, uma denúncia levou a polícia a um apartamento junto ao Kiang Wu, onde foi detida uma mulher de 28 anos. a mulher confessou que se prostituía e é suspeita de trabalho ilegal.

chui Sai on realizounova ronda deencontros sobre laG

Fernando Chui Sai On voltou a reunir-se, on-tem e segunda-feira, com membros da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo (CECE), para aus-cultação de opiniões sobre o desenvolvimento da RAEM. Desta vez, o ciclo de encontros no âmbito da preparação das Linhas de Acção Governativa para 2012 envolveu os membros dos serviços so-ciais e profissionais da referida Comissão. Segun-do uma nota oficial, foram apresentadas diversas questões relacionadas com matérias como o aper-feiçoamento das instalações e recursos humanos da área da Saúde, incluindo reconhecimento ou certificação profissional de médicos, desenvolvi-mento de clínica privada, educação infantil e ju-venil, cuidados médicos a idosos, reabilitação dos deficientes, reforço da educação da família e da educação cívica, o aperfeiçoamento do sistema de segurança social e de serviços comunitários, além da questão do pessoal de base do sector de servi-ços sociais. Em discussão estiveram ainda temas como o preço de produtos de consumo, habita-ção pública, transporte, segurança de produtos alimentares, regulamentação sobre trabalhadores domésticos não residentes, desenvolvimento do sector do turismo e da cultura, controlo reforçado sobre o mercado das telecomunicações, revisão do estatuto de contabilista e legislação fiscal, eleva-ção da competitividade e desenvolvimento, cons-trução duma cidade intelectual e a simplificação de formalidades administrativas.

HOMEM ENGOLIU ANEL E DEU cABEÇADAS NAS PAREDES

Detido foi duas vezes ao hospitalDepois de ter sido detido, um homem provocou vários incidentes que levaram a duas idas ao hospital. Num outro caso, foi apanhado um alegado burlão que terá usado por 11 vezes um cartão de crédito de outra pessoa para fazer compras em Macau

Furtou medicamento do frigorífico dos patrõesuma empregada doméstica de origem vietnamita é suspeita de ter furtado um medicamento receitado por mestres de medicina tradicional chinesa. a mulher confessou que retirou o medicamento, avaliado em cerca de 3.000 patacas, do frigorífico da casa dos patrões.

O suposto ladrão já tinha sido identificado por várias vítimas antes de agentes da polícia se

terem cruzado com ele na Rua do Al-mirante Costa Cabral. O homem foi revistado e os polícias encontraram na sua posse instrumentos frequentemen-te usados em furtos a residências, tais como luvas, uma lanterna e um abre-latas. Dentro da sua mochila, o suspei-to guardava ainda três telemóveis (no valor total de cerca de 10 mil patacas), um computador portátil com valor es-timado em 6000 patacas e uma peque-na aparelhagem de alta fidelidade.

Na esquadra, o indivíduo de 22 anos, que é natural da China interior, confessou que os objectos que estavam na sua posse tinham sido furtados. Mas precipitou-se num comportamen-to errático que acabou por o conduzir a

duas visitas ao hospital Conde de São Januário. Aquando do interrogatório, o indivíduo aproveitou um momento de distracção dos agentes para retirar um anel do dedo e o engolir. Foi depois enviado para o hospital, onde a polícia recuperou o anel. De volta à esquadra, quando instado a explicar a origem de tão estranho comportamento, o homem explicou que o anel lhe pertencia e es-tava com receio de ficar sem ele, caso a polícia considerasse que a jóia tinha sido também roubada.

Um pouco mais tarde, o indivíduo

pediu para ir à casa de banho. Ali, e apesar de estar a ser vigiado, fechou-se numa cabine e começou a cabecear a parede, ferindo-se. Perplexos, os po-lícias acabaram por mandá-lo de volta ao Hospital Conde de São Januário, onde recebeu tratamento. COMPRAS COM O CARTÃO DO ALHEIO. A Divisão de Investigação de Crimes Informáticos da PJ dete-ve um homem de 35 anos natural de Hong Kong, que é suspeito de ter utilizado repetidamente um cartão de crédito de um residente de Macau numa viagem que fez à RAEM. O caso foi denunciado pelo burlado, que foi avisado pelo serviço de cartões de cré-dito do seu banco quanto aos negócios suspeitos e se deslocou, de imediato, à polícia. Ali, queixou-se de que tinha perdido o cartão de crédito e que este tinha sido usado 11 vezes por outra

pessoa, em transacções que represen-taram um prejuízo de 11 mil patacas. Membros da Divisão de Investigação de Crimes Informáticos acabaram por identificar o alegado burlão na terça-feira, quando este tentava reentrar em Macau, provavelmente com o intuito de fazer mais compras com o cartão do alheio. Todas as compras regista-das foram feitas “em lojas localizadas no centro da cidade”, segundo infor-ma a PJ.PEDIU QUATRO MILHÕES PARA JOGAR. Um homem residente em Hong Kong foi sequestrado por con-trair avultadas dívidas e perder todo o dinheiro no jogo. O caso é comum, mas surpreende a verba em causa, que ascenderá a mais de quatro milhões de patacas. A denúncia partiu da mulher do sequestrado, que dizia ter recebido uma chamada em que era pedido o pa-gamento da dívida em troca da liberda-de do seu marido, que tinha consegui-do liquidar apenas 800 mil patacas da dívida total.

A PJ acabou por encontrar os dois suspeitos, ambos na residentes no inte-rior da China e com cerca de 30 anos, num hotel da Taipa. A vítima confessou que tinha conhecido os agiotas num casino, tendo perdido no jogo todo o dinheiro que estes lhe emprestaram. Quando regressou a Macau, o homem acabou por ser conduzido ao hotel pe-los suspeitos, onde assinou uma “de-claração de dívida” e ficou retido até que a polícia o libertou. Para além dos dois sequestradores, foi também deti-da uma mulher com 27 anos, que fazia parte do grupo e tinha na sua posse os documentos da vítima.

AVISA SEcRETÁRIA DOS TRANSPORTES DA RAEHK

custos da Ponte do Delta vão subirA polémica em torno do impacto ambiental da Ponte do Delta levou à suspensão das obras e a Secretária dos Transportes de Hong Kong avisa agora que os métodos de construção tiveram que ser alterados para garantir que a infra-estrutura seja inaugurada em 2016. Em consequência, os custos vão ser mais elevados

A Secretária dos Transportes da RAEHK disse aos deputados da região vizinha que o orçamento da Ponte do Delta, que ligará Hong Kong a Macau e

Zhuhai, terá um acréscimo de custos maior do que o pre-visto, devido aos atrasos causados pela suspensão das obras decretada pelo Tribunal de Base de Hong Kong. Assim, aos 83 mil milhões orçamentados, terão que se acrescentar mais do que os 6,5 mil milhões previstos, disse Eva Cheng no Conselho Legislativo. Segundo a governante, o aumento estimado em 6,5 mil milhões de dólares após atrasos causados pela impugnação judicial do projecto “foi muito conservador”.

A revelação surge após ter sido confirmado que a mulher de 66 anos que interpôs um recurso judicial, levando à suspensão dos trabalhos de construção da Ponte do Delta, não vai recorrer para a Última Ins-tância. Em Abril, o Tribunal de Base deu razão à resi-dente da localidade de Tung Chung, mas uma poste-rior decisão do Tribunal de Recurso deu luz verde ao projecto. Aquando desta decisão, Eva Cheng afirmou que haveria um “impacto tremendo” se o recurso

fosse levado ao Tribunal de Última Instância, o que acabou por não acontecer.

A responsável declarou agora aos deputados que alguns elementos tinham sido excluídos da estimativa anterior de revisão dos custos do projecto da Ponte do Delta. Eva Cheng acrescentou que os atrasos significam que os métodos de construção tiveram que ser altera-dos para garantir a inauguração da ponte em 2016.

Esta semana, o Governo de Hong Kong publi-cou um anúncio em que são lançadas as obras rodo-viárias e de saneamento básico para as instalações de apoio à ponte, tais como os postos fronteiriços. Está prevista a construção de diversas estradas de acesso à gigantesca ponte, incluindo ligações à zona central de Hong Kong e ao aeroporto de Chek Lap Kok. A secção principal da Ponte Hong Kong-Macau-Zhuhai terá uma extensão de 38 quilómetros.

jornAl tribunA de MAcAu quinta-feira, 27 de outubro de 2011 pág 05

local FURTADOS MOTOCICLOS NO RESERVATÓRIO. Num parque de estacionamento próximo do reservatório, foram furtadas as maletas de dois motociclos. os donos queixam-se de prejuízos avaliados em 10 mil patacas.

ÁLCOOL A MAIS MOTIVA DESPISTE. um motociclista com 20 anos despistou-se no túnel do tap Seac. as análises demonstraram que conduzia com uma taxa de alcoolemia acima do limite legal.

cONTRIBUTO EcONÓMIcO cREScEU 48% EM 2010

comércio ganha valor acrescentadoO contributo económico do comércio por grosso e a retalho aumentou 48 por cento em 2010, ano em que o sector foi “reforçado” com mais 520 estabelecimentos

O inquérito ao comércio por grosso e a retalho indica que, no final de 2010, Macau contava com 13.011 estabelecimentos, arrendatários

dos mercados municipais e vendedores na rua com lugar fixo, o que representa um aumento de 574 uni-dades em relação ao ano anterior. No total, o número de trabalhadores ao serviço subiu sete por cento para 44.081, enquanto que as receitas e as despesas totais do sector atingiram 52,96 e 47,78 mil milhões de pata-cas, respectivamente, traduzindo acréscimos homólo-gos de 20 e 18 por cento.

De acordo com dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o valor acrescentado bruto, que reflecte o contributo econó-mico do sector, foi estimado em 10,48 mil milhões de patacas, equivalendo a um crescimento de 48 por cen-to. Por outro lado, a formação bruta de capital fixo caiu 48 por cento para 627 milhões de patacas.

As estatísticas oficiais apontam para a existência de 11.150 estabelecimentos no sector do comércio por grosso e a retalho, ou seja mais 520 do que em 2009.

Este lote integra 859 estabelecimentos de comércio de veículos automóveis e seus combustíveis (mais 32 do que no ano anterior), 4.524 de comércio por grosso (mais 78) e 5.767 de retalho (mais 410). Só nestas áreas de actividade o número de trabalhadores aumentou sete por cento para 40.805.

No comércio por grosso e a retalho, as vendas e outras receitas dos estabelecimentos ascenderam a 51,78 mil milhões de patacas, evidenciando um acrés-cimo de 20 por cento que foi estimulado pelo cresci-mento da procura interna e despesa dos visitantes. Já as receitas do comércio por grosso e a retalho avança-ram 29 por cento para 29,75 mil milhões de patacas, destacando-se dos estabelecimentos para venda de veículos automóveis e seus combustíveis, que atingi-ram 3,76 mil milhões de patacas (mais 18 por cento).

Por outro lado, as despesas dos estabelecimen-tos do comércio por grosso e a retalho cifraram-se em 46,79 mil milhões de patacas, correspondentes a uma subida de 18 por cento. Em termos da estrutura das despesas, assinalaram-se acréscimos de 20 por

cento nas compras de mercadorias para venda e co-missões pagas (37,61 mil milhões de patacas), 14 por cento nas despesas com pessoal (3,70 mil milhões) e cinco por cento nas despesas de exploração (5,48 mil milhões).

Ainda ao nível dos estabelecimentos, o valor acrescentado bruto situou-se nos 10,24 mil milhões de patacas, um aumento de 49 por cento face a 2009, e a formação bruta de capital fixo decresceu 48 por cento para 627 milhões de patacas.

No final de 2010, havia também 768 arrendatá-rios dos mercados municipais e 1.093 vendedores na rua com lugar fixo. Estas duas vertentes comerciais tinham ao seu serviço 3.276 pessoas, mas apenas 427 eram remuneradas. As receitas e despesas dos arren-datários dos mercados municipais e vendedores na rua com lugar fixo atingiram 1,18 mil milhões e 987 milhões de patacas, respectivamente, tendo aumenta-do ambos oito pontos percentuais face a 2009. O valor acrescentado bruto subiu 11 por cento para 235 mi-lhões de patacas.

Stanley Ho com vontade de voltar a MacauDepois de ter passado por um período menos bom em termos de saúde, Stanley Ho pretende voltar a Macau, mas o regresso do magnata dependerá da sua evolução clínica, explicou ontem ambrose So. Para já, tudo indica que Stanley Ho irá celebrar o seu 90º aniversário em Hong Kong, durante uma festa agendada para 25 de Novembro. “ele está bem, a recuperar, e vai celebrar os 90 anos no próximo mês. quando as condições de saúde o permitirem, ele gostaria muito de voltar a Macau”, garantiu o director-executivo da SJM. No ano passado, Stanley Ho comemorou o aniversário na companhia dos familiares mais próximos, poucos dias depois de ter recebido a medalha “Grande bauhinia” das mãos do chefe do executivo de Hong Kong, Donald tsang, numa cerimónia que teve lugar na sede do Governo da raeHK.

AMBROSE SO REAGE A QUEIXAS DOS FUNcIONÁRIOS DO GRAND LISBOA

SJM promete “revisão constante” dos saláriosDepois dos trabalhadores da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) terem protestado contra a falta de aumentos salariais, Ambrose So garantiu ontem que a empresa vai analisar a questão, tendo em conta as solicitações dos funcionários e a “exigência do mercado”. O director-executivo da SJM realçou ainda que a operadora continua à espera da cedência de um terreno no COTAI para poder apostar mais em actividades na área do entretenimento

Foi no domingo que um grupo de funcionários dos balcões de câmbio do Grand Lisboa prota-gonizou um protesto para reivindicar um au-

mento do montante que recebem ao fim de um mês de trabalho. Em causa estão alegadas injustiças salariais, dado que, segundo os queixosos, desde a abertura do casino, registou-se apenas um aumento na ordem das 500 patacas. Segundo os mesmos trabalhadores, os “croupiers” e os funcionários com cargos de chefia têm visto os seus salários aumentar todos os anos. Na segunda-feira, cerca de 150 pessoas repetiram os pro-testos junto do escritório de Angela Leong, deputada e administradora delegada da SJM.

Questionado sobre este assunto, Ambrose So prometeu ontem fazer uma avaliação dos pagamen-tos aos funcionários. “Neste mundo competitivo, to-dos querem ter um aumento no seu pacote salarial. O nosso departamento revê, de tempos a tempos, os pa-gamentos. Vamos fazer uma revisão constante, algo que, por norma, realizamos anualmente”, garantiu. O director-executivo da SJM não esqueceu, contudo, o mercado onde a empresa está inserida. “Vamos ten-tar estabelecer um equilíbrio entre aquilo que é pe-dido e os requisitos do mercado”, disse Ambrose So, escusando-se a comentar qual será o valor da actua-lização salarial.

Recorde-se que a concessionária do jogo anun-ciou no início deste ano um aumento de salários para todos os trabalhadores, o qual foi fixado na ordem dos cinco por cento. Para além disso, a SJM decidiu atribuir bónus pelo bom desempenho da sua equipa. Na altura, os valores fixados referiam-se a 150 por cento da remuneração mensal, e abrangiam todos os

que auferissem salários iguais ou inferiores a 10 mil patacas. Quanto aos restantes funcionários, coube um valor igual ao dos respectivos salários. Esta me-dida surgiu a par de outros aumentos efectuados pela Wynn Macau e Sands China às suas equipas laborais. O director dos Serviços para os Assuntos Laborais, Shuen Ka Hung, defendeu, também no início deste ano, que as empresas a operar na indústria do jogo deveriam apostar em aumentos salariais.

UMA APOSTA NO ENTRETENIMENTO. Sendo mais uma vez a empresa patrocinadora da 58a edi-ção do Grande Prémio de Macau (ver texto nas cen-trais), a SJM pretende, no seguimento deste apoio, apostar cada vez mais nas actividades que não estão directamente relacionadas com os casinos. Para isso, o “pedaço” de terreno no COTAI, já pedido ao Go-verno, poderá ser o local ideal. “Temos uma visão para o COTAI, porque há falta de espaço em Macau e não nos podemos expandir demasiado para aquilo que chamamos de actividades não ligadas ao jogo”, defendeu Ambrose So, acrescentando que continua à espera do aval do Executivo para poder operar na-quela zona.

O director executivo da SJM disse ainda que a pe-nínsula de Macau continua a ser o local dos casinos por excelência. Macau “tem uma percentagem maior de concentração de jogo, e continuo a defender que a península continua a ser o centro do jogo, muito mais do que o COTAI”. Esta zona apresenta “um mercado diferente, mais eclético, com mais elementos de áreas que não estão ligadas ao jogo”, apontou Ambrose So.

A.S.S.

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PublIcIDaDE

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PAULO BARBOSA

localMEDICAMENTO RECOLHIDO POR FALHAR TESTE. os Serviços de Saúde foram notificados pelo Departamento de Saúde de Hong Kong, de que o medicamento anti-hipertensivo “ternolol tablet 100mg”, fabricado pelo laboratório Hovid bHD, na Malásia, não foi aprovado no teste de desintegração. Por isso, o produto será retirado do mercado.

EMPREITADA PODE CRIAR 50 POSTOS DE TRABALHO. o Gabinete para as infra-estruturas de transportes lançou ontem o concurso público para o fornecimento de elevadores e escadas rolantes das estações do sistema de Metro ligeiro na taipa. a empreitada engloba 11 estações e poderá criar 50 vagas de emprego para trabalhadores locais.

angola encantada com resultados atingidos na MIF

Os produtos angolanos expostos e comercializados na última edição da Fei-ra Internacional de Macau (MIF) tiveram “grande saída”, assegurou Makenda Ambroise, secretário de Estado da Ge-ologia e Minas do Governo de Luanda. Em declarações à Angop, após o regresso à capital do país, o mesmo responsável recordou que no pavilhão de Angola es-tiveram expostos produtos como café, azeite, material de artesanato e outros de possível exportação para Macau. “Houve muita adesão ao nosso pavilhão que, apesar de pequeno, foi bastante re-presentativo e visitado, inclusive grande parte dos produtos expostos acabou por ser comprada pelos visitantes”, revelou. Makenda Ambroise salientou ainda que a MIF é uma plataforma anual que inte-gra, entre outros, todos os países da lín-gua portuguesa, e que se dedica funda-mentalmente ao comércio, fomentando a procura de oportunidades de negó-cios e parcerias. “Este evento é um bom exemplo de como empresas pequenas e grandes são tratadas neste género de actividade”, afirmou o secretário de Estado da Geologia e Minas. Makenda Ambroise também realçou o facto de, paralelamente à MIF, Macau ter servido de palco a um encontro dos ministros do comércio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que visou fun-damentalmente a troca de impressões e experiências entre os membros. Inte-graram a delegação angolana, chefiada pelo secretário de Estado da Geologia e Minas, o presidente do Conselho de Ad-ministração da Sociedade de Comercia-lização de Diamantes (Sodiam), Santos António, alguns peritos da referida em-presa, bem como uma delegação empre-sarial dirigida pela Câmara de Comércio e Indústria.

cONFERÊNcIA DESTAcA IMPORTÂNcIA DO “PLANEAMENTO ESTRATÉGIcO”

IPM defende revisão da lei do Ensino SuperiorA importância do planeamento estratégico nas instituições de ensino superior esteve em destaque numa conferência no Instituto Politécnico de Macau. O presidente da instituição, Lei Heong Iok, considera necessária a revisão da lei que regula o sector

Lei Heong Iok considera necessário “rever bem” o Decreto-Lei n.º 11/91, que define a organi-zação e funcionamento das instituições que

desenvolvem actividades de ensino superior no ter-ritório de Macau. O presidente do Instituto Politécni-co de Macau (IPM) falava ao JTM à margem de uma conferência sobre “Planeamento Estratégico e Treino Profissional e Vocacional na Educação Superior”, que terminou ontem em Macau.

“Sou Chio Fai [o director do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior, que interveio na conferência] dis-se uma frase que acho muito importante: ‘Construir uma universidade de primeira classe, implica primei-ro que haja um sistema educacional de primeira clas-se.’ Neste quadro, é preciso rever bem a nossa lei de ensino superior. E depois, compete ao nosso instituto ou à Universidade de Macau rever bem os próprios estatutos”, afirmou Lei Heong Iok.

Para além da revisão do Decreto-Lei n.º 11/91, o

responsável valorizou também um estudo apresen-tado por Sou Chio Fai na conferência, que pretende avaliar a escolaridade dos recursos humanos em Ma-cau e a percentagem da população activa que detém um curso superior. “Mostra [o estudo] necessidades de formação e o papel muito importante para o de-senvolvimento sócio-económico que está a ser feito pelas instituições de ensino superior. É preciso resol-ver bem o problema da preparação de gente qualifi-cada”, argumentou.

O presidente do IPM realçou que as conclusões do seminário apontam “para a importância do pla-neamento estratégico numa instituição de ensino su-perior”. Ao longo dos dois dias de trabalhos foram debatidos os vários factores que têm que ser pon-derados para alcançar o referido desenvolvimento estratégico. Estiveram presentes dois especialistas estrangeiros, nomeadamente a directora do Secreta-riado do Processo de Bolonha na União Europeia, Li-gia Deca, e um consultor da Universidade de Oxford, Frances Hannah Deepwell. “Ambos providenciaram informações sobre a experiência universitária na Eu-ropa em termos de planeamento. Foi um bom ensina-mento para nós, tanto para Macau como para univer-sidades chinesas”, disse Lei Heong Iok ao JTM.

“Representantes locais também falaram dos pro-blemas que estamos a enfrentar e das oportunidades que existem para o desenvolvimento do ensino supe-rior de Macau”, descreveu ainda Lei Heong Iok.

ESTABELEcIDOS cONTAcTOS SOBRE REDE DE MOBILIDADE ELÉcTRIcA

Portugal quer exportar MobI.E para MacauO sistema de mobilidade eléctrica MOBI.E, único no mundo, já ultrapassou as fronteiras portuguesas para outros países da Europa e quer chegar à Ásia, onde foram já estabelecidos contactos com os governos de Macau e Hong Kong

Lançado em 2009 pelas empresas Inteli, Novabase, Critical Softwa-re, EDP, Efacec, CEIIA, Martifer e

Siemens, com o apoio do Ministério da Economia, o MOBI.E propõe o primeiro modelo de rede inteligente para a mobi-lidade eléctrica, estando a gerar o interes-se de vários mercados pelas perspectivas que oferece de menor dependência do petróleo com a promoção das renováveis e sustentabilidade ambiental.

“Há várias negociações em curso, mas a avançar há duas: a certificação de fornecedores de equipamento e monitorização da rede na Noruega e o projecto MOBI.Europe”, disse à agên-cia Lusa Miguel Pinto, da Inteli, após a apresentação do sistema nacional num “workshop” da APEC (Asia-Pacific

Economic Cooperation) que teve lugar esta semana em Hong Kong.

O projecto financiado pela União Europeia, “que envolve Portugal, Gali-za, Amesterdão e a Irlanda, arranca em Janeiro para testar e promover a inte-roperabilidade, estando em negociação o alargamento a outras experiências”, acrescentou. Segundo o responsável, “fora da Europa há negociações”, de-signadamente na América do Sul e Masdar, a cidade carbono-zero que o Abu Dhabi está a construir, “mas ainda não existe nenhum projecto activo”.

“A Ásia, por liderar na tecnologia das baterias e mercado automóvel e que-rer promover a indústria local, constitui uma montra para a mobilidade eléctrica e um projecto na região teria interesse”, salientou Miguel Pinto. Apesar de cons-tatar “dificuldades” para a entrada no mercado, o responsável garante que o “Mobi.E tem capacidade para respon-der”, manifestando-se confiante no sur-gimento de oportunidades.

“Em Macau e Hong Kong houve já alguns contactos”, disse, realçando que o governo da antiga colónia britânica con-vidou o Mobi.E para se apresentar à Ásia

no “workshop” da APEC por considerar ser um “exemplo positivo do que pode ser a gestão da mobilidade eléctrica”.

Macau, por ter apenas 29,7 quilóme-tros quadrados, é o “local ideal” para um projecto como o MOBI.E e teria “vanta-gens em assumir o desafio”, defendeu Mi-guel Pinto, apontando o facto de a autono-mia das baterias não ser um problema, da infra-estruturação ser “relativamente fácil e económica” e os benefícios derivados da redução de emissões de carbono.

Mas os Governos de Macau e Hong Kong “ainda estão numa fase de definição da estratégia, pois tem de haver quadro legal, investimentos, articulação de vários actores públicos e privados”, alertou.

Ao constatar que um projecto como o MOBI.E “é um esforço que uma empresa privada, em princípio, por si só não consegue fazer”, o responsável salienta que a “intervenção pública é fundamental”, referindo que, no caso das Regiões Administrativas Especiais da China, ainda se terá de aguardar pela definição das políticas.

Em Abril, a EDP Ásia assinou um acordo de cooperação com a Associação Ecológica de Macau, tendo em vista a im-plementação no território de um projecto semelhante ao MOBI.E e, na mesma altu-ra, o coordenador do projecto português, João Dias, revelou que o MOBI.E foi o parceiro escolhido para montar o projec-to de mobilidade eléctrica em Xangai.

No âmbito do MOBI.E, 25 muni-cípios portugueses terão mais de 1300 postos de carregamento até ao final do ano e, até 2015, mais de quatro mil, sen-do que os veículos são carregados com um cartão único.

JTM/Lusa

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MANUAIS DE CHALEIRAS COM FALHAS. Numa inspecção feita pelo conselho de consumidores foram vistoriadas recentemente chaleiras eléctricas (de fervedura rápida) de 12 marcas diferentes, sendo que duas amostras revelaram lacunas a nível da tradução do manual de instruções para português ou para chinês. outras 19 passaram nos testes de segurança efetuados.

NOMEADOS MEMBROS DA COMISSÃO DE SAÚDE MENTAL. o chefe do executivo, chui Sai on, já nomeou, através de despacho, os dez novos membros que vão fazer parte da comissão de Saúde Mental. Presidida por Hou chi Weng, médico psiquiatra, a comissão integrará ainda tse See fai, tang veng Si, tam Sio Kuan, Sou Keng ieong, Paul Pun, Kwong Ho Keung, lam i Na, adriano Marques Ho e chan Sze Hang. o mandato dos membros desta comissão é de três anos. local

PATROcINADOR OFIcIAL DO 58º GRANDE PRÉMIO DESAFIA AMANTES DO DESPORTO E DA BELEZA

SJM promove votação no “Pit Stop”Para vincar o seu estatuto de patrocinador oficial da 58ª edição do Grande Prémio de Macau, a Sociedade Jogos de Macau decidiu apostar na beleza feminina, desafiando os amantes do desporto motorizado a escolherem a “SJM Grand Prix Racing Girl”. A competição vai estar centrada em nove modelos, que vão competir pelo título da mais bela do “Pit Stop”. Quem votar poderá ainda levar prémios para casa

No ano em que a Sociedade de Jogos de Macau (SJM) vai destacar-se no Circuito do Guia como patro-

cinador oficial do 58º Grande Prémio de Macau, a concessionária do jogo decidiu lançar uma iniciativa promocional que visa eleger a mais bela da competição, en-tre nove modelos escolhidas para animar a zona das “boxes”.

No concurso “SJM Grand Prix Racing Girl”, as nove modelos serão divididas em três grupos, sendo que cada um terá o nome de casinos operados pela empresa. “Grand Lisboa GP Racing Girls”, “Crystal Palace at Casino Lisboa GP Racing Girls” e ainda “Oceanus GP Racing Girls” são os nomes onde estarão agrupadas as caras que pretendem ser as mais belas do “Pit Stop”. Todos os que votarem poderão ter a oportunidade de ganhar prémios, caso a sua eleita seja também a que vier a con-quistar mais votos dentro do grupo.

Esta não é a primeira vez que a SJM propõe uma iniciativa promocional no âm-

cHET E EMAN LAM VÃO DAR DOIS cONcERTOS EM DEZEMBRO

Duo de Hong Kong estreia-se no ccMChet e Eman Lam, popular dupla da música de Hong Kong, vão subir ao palco do Centro Cultural no final do ano, para dois concertos inéditos em Macau

O Centro Cultural de Macau (CCM) vai apresentar o popu-lar duo de Hong Kong Chet e

Eman Lam numa exclusiva série de dois concertos no Grande Auditório. De acordo com o CCM, os espectácu-los terão lugar a 29 e 30 de Dezembro e vão incluir uma selecção dos tra-balhos mais conhecidos que a dupla editou em diferentes épocas. O esti-lo intensamente poético dos irmãos Lam abrange uma multiplicidade de estilos, do “pop” ao “folk”, sublinha ainda o CCM, que acredita que o pú-blico local irá esgotar o Grande Au-ditório.

Nascido e criado em Hong Kong, Chet Lam começou a carreira de can-tor e compositor de canções quan-do ainda estudava na universidade, tendo mais tarde emergido como “ícone” da música popular em Hong

cARLOS MARREIROS DEFENDE APOSTA NOS ARTISTAS LOcAIS

Museu de arte deve “trazer à luz” novas ideiasA exposição “Nas Comissuras da Memória: Desenhos Contemporâneos de Macau” representa uma oportunidade para divulgar “alguma produção de Macau e temática”, defendeu Carlos Marreiros, um dos participantes na mostra, ao salientar que, além das grandes figuras, o Museu de Arte também deve apostar nos artistas locais

Mais de 50 desenhos produzidos por 11 artistas de Macau, de forma “mais realista ou mais

abstracta”, estão desde ontem patentes no Museu de Arte local no âmbito da ex-posição “Nas Comissuras da Memória: Desenhos Contemporâneos de Macau”. O arquitecto Carlos Marreiros é um dos participantes na exposição, tendo subli-nhado à Agência Lusa “a importância” da divulgação do trabalho dos artistas locais em espaços museológicos.

“Este é o Museu de Arte de Macau e, além de trazer grandes figuras, deve também apostar nos [artistas] locais e trazer à luz talentos e novas ideias. Neste caso não serão propriamente jo-vens, todos nós já temos uma carreira mais ou menos longa, portanto é uma oportunidade para os locais e visitan-tes verem alguma produção de Macau e temática”, explicou.

Carlos Marreiros, que participa na exposição colectiva com três desenhos de grande dimensão - um que relata o nascimento de Macau desde a Dinastia Ming, no século XVI, até à transferência da administração do território para a

Kong e na China. A irmã Eman tam-bém começou ainda jovem com os “at 17”, banda vencedora dos primeiros Prémios da Juventude de Hong Kong bem como de vários galardões atribu-ídos por canais de televisão e estações

de rádio.Muitas canções compostas por

Chet foram inspiradas pelas suas via-gens e os seus concertos garantem sempre uma atmosfera íntima e des-contraída e familiar. Por isso, o CCM acredita que os concertos de Macau surgem como uma oportunidade para o duo partilhar emoções com os fãs e talvez venham a inspirar novas composições.

Além das actuações no palco, os irmãos Lam também irão participar, no dia 26 de Dezembro, numa “Ter-túlia Artística” em cantonense. Chet e Eman vão aproveitar a ocasião para partilhar memórias de infância e pontos de vista sobre as suas carrei-ras musicais. Este evento de entrada livre tem lugares limitados que serão atribuídos por ordem de chegada.

Os bilhetes para o concerto “Chet e Eman Lam – Almas Géme-as (Ao vivo)” estarão disponíveis a diversos preços e descontos na bilhe-teira do CCM e aos balcões da rede Kong Seng a partir do próximo do-mingo. No primeiro dia de abertura da bilheteira, cada pessoa poderá comprar até dez bilhetes por tran-sacção.

pág 08quinta-feira, 27 de outubro de 2011 jornAl tribunA de MAcAu

GESTÃO DA PUBLICIDADE A MEDICAMENTOS. os Serviços de Saúde vão organizar a partir do próximo mês reuniões de esclarecimento sobre a gestão de publicidade relativa à medicina e a medicamentos, bem como o respectivo diploma. os destinatários são os farmacêuticos, ajudantes técnicos de farmácia e do sector farmacêutico.

ACUSADA DE USAR IDENTIDADES FALSAS. uma mulher que terá usado cartões de identidade falsificados é acusada pela procuradoria de fengxian de ter entrado em Macau 72 vezes, entre fevereiro de 2007 e Novembro de 2010, segundo os “media” chineses. estava proibida de entrar na raeM por distúrbios causados em 2007.local

PATROcINADOR OFIcIAL DO 58º GRANDE PRÉMIO DESAFIA AMANTES DO DESPORTO E DA BELEZA

SJM promove votação no “Pit Stop”bito de uma prova que, tal como Ambrose So referiu, contribui para oferecer mais ac-tividades turísticas a Macau. “A SJM orgu-lha-se de ser uma parte importante para o Grande Prémio de Macau, e estamos hon-rados por cooperar com a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) para apoiar este e outros eventos internacionais, por forma a aumentar a imagem mundial da RAEM e diversificar as suas ofertas de turismo”, disse o director-executivo da empresa.

“O Grande Prémio é um evento in-ternacional de renome e o Grand Lisboa também é internacionalmente conhecido. Portanto, é muito apropriado para nós o facto de estarmos juntos para promover Macau”, sublinhou Ambrose So, ao desta-car a importância da parceria com a DST.

Num evento que vai contar com um investimento na ordem das 140 milhões de patacas, valor já anunciado pelo Governo, a SJM vai apoiar directamente a realização das corridas de Fórmula 3, cujo programa incluirá este ano a Taça Intercontinental de F3 da FIA e as etapas finais do Troféu Inter-nacional de F3.

A empresa do sector do jogo vai ainda patrocinar as duas corridas finais do Cam-peonato do Mundo de Carros de Turismo da FIA (WTCC).

O director-executivo da SJM relem-brou ainda a história do apoio da empresa às provas do maior cartaz automobilístico de Macau, salientando que o patrocínio co-meçou em 1962, durante o período de mo-nopólio da Sociedade de Turismo e Diver-sões de Macau (STDM). “Temos uma longa história de cooperação e apenas quero di-zer que este ano cimentámos esta relação, por forma a promover o Grande Prémio”, disse Ambrose So.

cARLOS MARREIROS DEFENDE APOSTA NOS ARTISTAS LOcAIS

Museu de arte deve “trazer à luz” novas ideiasA exposição “Nas Comissuras da Memória: Desenhos Contemporâneos de Macau” representa uma oportunidade para divulgar “alguma produção de Macau e temática”, defendeu Carlos Marreiros, um dos participantes na mostra, ao salientar que, além das grandes figuras, o Museu de Arte também deve apostar nos artistas locais

Exposição inclui trabalhos de Carlos Marreiros, Konstantin Bessmertny e Ung Vai Meng, entre outros

coTaI recebe “estrelas” no dia 6Só um inesperado volte-face de última hora impedirá o público de Macau de ver jogar algumas das maiores figuras da NBA no próximo dia 6 de Novembro. A partida de exibição está agendada para a Arena do COTAI e integra-se numa digressão mundial que vai juntar 18 “estrelas” do basquetebol

Kobe Bryant deverá voltar a Macau em Novembro

A imprensa norte-americana dava ontem como certa a realização de uma digressão

mundial que vai levar 18 jogadores da NBA a Porto Rico, Londres, Ma-cau e Melbourne. Para Macau, está agendada uma partida, a 6 de No-vembro, na Arena do COTAI.

Segundo as últimas informações conhecidas até ao fecho desta edição, o anúncio formal deverá ser feito nas próximas horas, mas é praticamente certo que nomes como Kobe Bryant - “estrela” dos Los Angeles Lakers que esteve recentemente em Macau - Dwight Howard, Kevin Durant e Dwayne Wade estarão em destaque na comitiva. De malas feitas devem estar ainda outras figuras de refe-rência da NBA como LeBron James, Chris Bosh, Carmelo Anthony ou Steve Nash. Em contrapartida, Der-rick Rose, actual MVP (jogador mais

valioso) da NBA, terá renunciado à digressão, após ter recebido uma proposta para actuar na Croácia.

Cada jogador vai receber um “cachet” que poderá atingir um mi-lhão de dólares americanos, estando ainda prevista a distribuição de par-te dos lucros por instituições de be-neficência. Impulsionada por Calvin Darden, empresário de Atlanta que integra a administração de empre-sas como a Target, Coca-Cola e Car-dinal Health, a digressão tornou-se possível devido à persistência de uma greve na NBA. Os dirigentes das equipas continuam sem chegar a acordo com o sindicato dos atletas sobre matérias relacionadas com a repartição das receitas e a alteração do tecto salarial dos jogadores.

O próprio Presidente norte-ame-ricano, que é um fã do basquetebol, já apelou ao fim do impasse na NBA.

Barack Obama esteve no programa “Tonight Show”, apresentado por Jay Leno, e mostrou a sua preocupa-ção pelo “lockout”. “São jogadores e proprietários que ganham milhões de dólares, por isso deviam pôr-se de acordo no sentido de dividir os nove mil milhões de que se fala para que os adeptos, que são os que possibilitam esses lucros, tenham a sua temporada de basquetebol”, disse Obama.

Há menos de uma semana, pro-prietários e jogadores reuniram-se durante 30 horas em Nova Iorque, mas a maratona negocial não permi-tiu desbloquear o impasse. Para hoje, está prevista nova ronda de negocia-ções, mas mesmo que as duas partes cheguem a um acordo sobre um novo contrato colectivo, serão necessárias, pelo menos, quatro semanas para completar todos os trâmites oficiais antes da competição ser iniciada.

China, e outros dois trechos de um dese-nho com sete metros inserido na série “O poeta, a cidade e o mar”, que trabalha há 20 anos - enalteceu ainda a elevação do “desenho a disciplina própria”.

“Antigamente o desenho era um auxiliar da pintura, da escultura, da arquitectura. Acho interessante que se façam exposições temáticas”, frisou, ao enumerar os vários registos apresen-tados, desde os trabalhos “a carvão, tinta-da-china, lápis, pincel em papel tradicional chinês, etc”.

A par de nomes consagrados, a ex-posição “Nas Comissuras da Memória: Desenhos Contemporâneos de Macau” dá a conhecer novos artistas como Frank lei Ioi Fan, que pela primeira vez revela o seu traço ao público da região. “Sou mais conhecido pelo trabalho de fotógrafo. Este tipo de exposição é importante pela troca de experiências”, disse.

Com algumas exposições no currí-culo, mas também uma estreia no Mu-seu de Arte de Macau, Wong Ka Long apresenta na mostra colectiva uma sé-rie de trabalhos abstractos inspirados no tema do “caos” do “Oitavo dia”, em

contraposição ao “sétimo dia, ou dia do descanso”.

Entre os expositores está também Ung Vai Meng, que além de artista é presidente do Instituto Cultural de Macau e cujos desenhos de edifícios antigos da Região “transmitem a quie-tude de Macau antigo”.

Igualmente a residir em Macau há

vários anos, e um dos fundadores da associação “Art for All”, o artista russo Konstantin Bessmertny tem expostos uma série de trabalhos subordinados ao tema dos “sete pecados capitais”, representados “de uma forma descon-traída e livre”.

De referir ainda os trabalhos a tinta-da-china de Lok Tai Tong, as fi-

guras humanas de Wong Cheng Pou, o realismo de Chan Kai Chon, o abstra-cionismo de André Lui Chak Keong, o tradicional requinte de Lampo Leong e o traço de Christopher (Kit) Helen.

A exposição “Nas Comissuras da Memória: Desenhos Contemporâneos de Macau”, está patente até 12 de Fevereiro.

JTM/Lusa

pág 10 quinta-feira, 27 de outubro de 2011 jornAl tribunA de MAcAu

localPROVA DE VINHOS NO CLUB CHINA. o club china organiza na próxima segunda-feira uma prova de vinhos, das 17h00 às 20h00, da marca australiana taltarni. Seis tipos de vinho vão poder ser degustados pelos participantes.

EX-MINISTRO DEBATE IMPORTÂNCIA DA POLÓNIA. Pode uma Polónia de sucesso ajudar a união europeia a saltar a crise? a resposta a esta pergunta vai ser debatida amanhã, no clube Militar, às 19h00, e vai contar com a presença de andrzej olechowski, antigo ministro dos Negócios estrangeiros e da economia da Polónia.

JOHN (Turista da Austrália)

-Porque é que decidiu visitar a RAEM?

-Sou de Melbourne e é a primeira vez que estou em Macau. Sempre quis ver esta região, e agora que estou alojado em Hong Kong aproveitei para vir. Acho que esta é uma cidade bonita... A zona do centro é lindíssima. Contudo, fiquei impressionado com o estado dos prédios velhos em Macau. Estão sujos e necessi-tam de uma reconstrução. Gostava de os ver mais limpos do que actualmente. Não tem nada a ver com o estado dos edifícios em Lisboa, onde estive há pouco tempo. Detesto a arquitectura do Grand Lisboa, para mim é excessiva. Mas eu vim apenas para ver os traços da presença portugue-sa neste território, sobretudo para ver a arquitectura com sinais de Portugal.

-De tudo o que já visitou, o que é gos-tou mais?

-Gosto bastante da influência portugue-sa. Em Hong Kong conseguimos ver que toda a influência colonial britânica desa-pareceu. Mas em Macau encontramos si-nais dos portugueses em cada esquina.

-Já jogou nalgum casino?-Não. Penso que o limite mínimo para

jogar nos casinos é de 400 dólares de Hong Kong e, como sou um pobre trabalhador, não posso suportar esse custo. (risos)

-Como encara a presença dessa indús-tria neste território?

-Odeio os casinos e tudo o que tenha a ver com este tipo de jogo. É uma coisa terrível o que fizeram aqui em Macau. E também para todos os visitantes chineses que vêm a Macau e que ajudam ao desen-volvimento da indústria do jogo.

A.S.S.

“Vim ver

a arquitectura

com sinais

de Portugal”

VOX POPULIMARIA MANUEL MAcHADO REcORDA EX-ALUNOS

Ser professor em MacauSer professor “é ter nas mãos o Mundo de Amanhã”, afirmou a professora Maria Manuel Machado, na cerimónia do lançamento do livro da autoria do biógrafo e amigo Jorge Pinheiro, “Há Biscoitos no Armário”, na Casa de Macau em Lisboa, no sábado. No dia em que festejou 90 anos, a ex-professora não se esqueceu dos antigos alunos do Liceu Nacional Infante D. Henrique e da Escola Comercial, dedicando-lhes um conjunto de versos que o JTM hoje reproduz na íntegra

Não pretendo dar lições, nem exemplos nem tão pouco conselhos a ninguém pois embora já te-nha 90 anos a minha filosofia de vida não dá

para tanto. Apenas posso dizer-vos que me considero uma pessoa feliz e que muitas graças a Deus por ter nascido numa família profundamente cristã e por não ter inimigos nem querer mal a ninguém. Não sou am-biciosa, contento-me com aquilo que tenho e que sou, alegro-me quando tudo corre bem e conformo-me com os revezes que surgem na vida, tentando sempre vencê-los claro está. Considero-me pois uma pessoa perfeita-mente normal e talvez por ter seguido sempre o meu lema que é: “Há sempre tempo e lugar p’ra aprender, servir e amar”. Julgo que tem contribuído para esta lon-ga vivência.

Aprender – Com as lições que a vida – esta gran-de e sábia mestra – nos dá, a propósito de tudo o que acontece... mas não me esqueço de tirar as devidas ilações, aproveitando o que é bom e afastando aquilo que não presta. Assim acho que melhora a nossa con-duta, a nossa individualidade e até, muitas vezes a forma de pensar e de julgar. Aprendemos a perdoar e sentimo-nos mais felizes e mais responsáveis.

Servir – auxiliando e ajudando todos os que de nós carecem tanto social como económica ou moral-mente e quem não vive para servir, não serve para viver...já diziam os antigos e é bem verdade.

Amar – É o verbo mais belo que existe no mun-do, começamos por amar a Deus, a família, a Pátria e o próximo. Assim vive-se sempre bem com a nos-sa consciência e daremos aos outros muita felicidade também. É uma partilha mas paradoxalmente somos nós quem fica com a melhor parte...

Vamos contribuindo assim para que o Mundo se torne muito melhor e muito mais alegre. Mas chega de prosa...

Agora um pouco de poesia que dirijo especial-mente aos meus antigos alunos de Macau.

Para os meus alunos queridoscom muito respeito e amorEscrevi estas rimas sem valor.

O que é ser Professor?!É aprender muito mais muito mais que ensinarE receber muito mais do que dar...É ser artista, pintor, escultor, actorMestre em pedagogia...e em fantasia!É ser luz, é ser bússola ou farolÉ ser leme, é ser sol!Porém, se é exigente – é mal amadoSe é competente – é invejado?!Incompreendido mas resignadoO Mestre reza uma oraçãoTodos os dias, com devoçãoE pede a Deus p’ra melhorarO seu “dom” de ensinarEssa aliança, de esforço, amor, dedicação,Partilha, entrega, inspiração,Que é uma força poderosa e mansa,Cheia de esperança, Que faz “crescer” em pazUma criança!

Ai, ser Professor

Será vício, talento ou Vocação?Ou será um precioso “Talismã”?Não sei...P’ra mim é muito maisÉ ter nas mãos o “Mundo de Amanhã”E quando mais tarde os alunos partemO mestre, comovidoFica de mãos vazias, de coração partidoMas de alma limpa, com o dever cumprido

Depois novos alunos virão ávidos de culturaE o professor derrama com ternuraO valor do Saber, da FormaçãoDa Integridade, da OrientaçãoNaquelas Cabecinhas, que amanhãNo firmamento da Pátria brilharão!E dessas Cabecinhas do passadoP’ra meu orgulho e agradoQuantas aqui estão hoje, a vosso lado?

Bem, e depois? Depois somam-se os anosE os desenganos...E fica sempre, vibrante e pura a Amizade.

Mas julga muito honrado professorQue o pagamento de real valorEsse,...só chegará... na Eternidade??

Mea culpa, Confesso o meu pecadoJuízo de valores...precipitado

Agradecendo com muita emoçãoPublicamente quero declararNa presença de todos que aqui estãoQue me sinto por demais compensadaE que a velha “MADAME” recebeu Graças a vós, alunos do LiceuMais,Muito mais... do que deu”.

“

jornAl tribunA de MAcAu quinta-feira, 27 de outubro de 2011 pág 11

acTual VOLTA AOMUND

DéCIMO MONGE TIBETANO IMOLA-SE PELO FOGO. um monge budista tibetano imolou-se pelo fogo depois de se cobrir de combustível, no extremo oeste da china, na terça-feira, sendo o décimo tibetano a usar essa forma extrema de protesto este ano, indicou um grupo internacional de defesa de direitos humanos.

Portugal endivida-se para pagar à bancao estado vai-se endividar para pagar as dívidas das empresas reclassificadas em contas nacionais, in-cluindo as sociedades veículos com os activos ilíqui-dos do bPN, indicou ontem o secretário de estado do orçamento. entre as dívidas destas entidades estarão 2,2 mil milhões de euros da refer, 500 milhões do Metro de lisboa, 600 milhões de euros do Metro do Porto, 1,8 mil milhões de euros da es-tradas de Portugal e 150 milhões de euros da rtP.

Cancelada marcha por causa de “indignados”a marcha anual de um banco de Hong Kong para angariação de fundos contra o cancro, no sábado, foi cancelada por razões de segurança relacio-nadas com os participantes do movimento «ocu-par ‘central’», acampados junto à sede da insti-tuição. No ano passado, mais de 1.500 pessoas participaram da marcha, cujos fundos angariados ascenderam a 1,6 milhões de dólares de Hong Kong.

Dreamliner aterrou em Hong Kong o novo boeing 787 Dreamlin-er aterrou on-tem em Hong Kong, des-tino escolhido para o voo co-mercial in-augural do mais recente modelo do fabricante americano que durou quatro horas e oito minu-tos. ontem foi operado um voo “charter” pela com-panhia all Nippon airways (aNa), a quem foi en-tregue a primeira aeronave, estando o arranque dos serviços regulares agendados para Novembro.

Consumo de álcool aumenta entre idosos o consumo de álcool pelos idosos está a au-mentar em Portugal, uma realidade “escondida” ligada muitas vezes ao isolamento e que exige respostas integradas da sociedade, alertam es-pecialistas. Segundo o presidente da associação Portuguesa de Gerontopsiquiatria, os idosos con-somem muitos psicotrópicos, principalmente as mulheres, e recorrem também ao álcool, muitas vezes para fugir de situações que os atormentam.

Lider do CNT líbio pede continuação da NATOo presidente do conselho Nacional de transição (cNt) líbio, Mustafa abdeljalil, pediu ontem, em Doha, a continuação da missão da Nato no país pelo me-nos “até ao fim do ano”. o dirigente afirmou que este pedido visa em particular “assegurar a protecção das fronteiras para impedir a entrada de armas a partir de países vizinhos” e “proteger os líbios dos restos do regime de Kadhafi que fugiram para países vizinhos”.

Peugeot suprime 6 mil postos de trabalho a PSa Peugeot citroen anunciou que planeia suprimir no próximo ano 6 mil postos de trabalho na europa, dos quais 5 mil na administração e mil na produção, inserido num programa de redução de custos devido à crise no mercado europeu.

Jovem professor salvo 66 horas após sismoum professor de 27 anos foi retirado ontem com vida dos escombros na província turca de van, este do país, 66 horas depois do sismo que aba-lou a região. Gözde bahar foi levado para um hos-pital de campanha instalado na zona, a mais afe-tada pelo sismo, revelou a Ntv e a cNN-turk. o jovem professor é a segunda pessoa retirada dos escombros com vida nas últimas seis horas.

Destruída última bomba nuclear da Guerra Friaa última bomba nuclear americana, 600 vezes mais potente que a bomba atómica lançada sobre Hiroshima, foi desmantelada numa operação que mostra a vontade de barack obama de eliminar o mundo de armas nucleares. a execução do desm-antelamento foi feita longe dos olhares do público, mas os explosivos foram detonados numa acção a que assistiram jornalistas numa zona de segurança.

cHINA

Pequim investe no fundo europeuA China pretende investir no Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), revelaram ontem diplomatas europeus antes da cimeira de líderes europeus, em Bruxelas, que deverá decidir o reforço do montante disponível no fundo de resgate

A China está pronta” para reconstituir o fundo de res-gate europeu, criando uma

entidade autónoma de financia-mento, disse um diplomata que não se quis identificar à agência France Presse.

De acordo com a mesma fonte, os outros países emergentes, como o Brasil, a Rússia, a Índia e a Áfri-ca do Sul, “ainda não” disseram se irão participar no reforço do FEEF.

O chefe do fundo de resgate

da zona euro, Klaus Regling, visi-tará a China na próxima sexta-fei-ra, tendo na agenda vários encon-tros com os investidores no fundo de resgate europeu, adiantou um porta-voz do FEEF.

“Trata-se de uma ronda normal de negociações com os mais impor-tantes compradores de dívida do fundo europeu”, explicou Christof Roche, porta-voz do fundo de res-gate, citado pela Bloomberg.

O mundo inteiro estava on-tem com os olhos em Bruxelas, quando ao final da tarde os chefes de Estado e de Governo europeus se reunirem para acordar e anun-ciar um pacote global de medidas que estabilizem definitivamente a zona euro.

A missão dos líderes europeus é encontrar compromissos que permitam “salvar” a Grécia – de-signadamente através de um per-dão parcial, mas muito significa-

tivo, da sua dívida, no quadro de um segundo programa de ajuda -, proteger os bancos, por meio de um plano de recapitalização que poderá superar os 100 mil milhões de euros, e aumentar as “defesas” da zona euro, através do reforço da capacidade do fundo de resgate.

Depois da “maratona” de reu-niões mantidas entre sexta-feira e domingo últimos, o mundo espera para esta quarta-feira (já depois do fecho desta edição do JTM), tal como prometido pelos próprios líderes europeus, uma resposta abrangen-te e sem ambiguidades que trave a espiral da dívida soberana, e os mercados financeiros, que na segun-da-feira deram o “benefício da dú-vida” após uma série de encontros dos quais saíram apenas notícias de “progressos”, serão certamente mais exigentes quando abrirem na quinta-feira, já com as notícias do desfecho desta cimeira dos 17.

LUSOFONIA

Piores taxas de mortalidade infantilTrês países lusófonos – Guiné-Bissau, Angola e Moçambique – estão entre os que têm a pior taxa de mortalidade infantil, de acordo com o relatório sobre a Situação da População Mundial relativo a 2011 ontem divulgado

Segundo o relatório do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), em cada 1.000 nasci-dos vivos, morrem 192,6 na Guiné-Bissau (só ul-

trapassada por Afeganistão e Chade), 160,5 em Angola e 141,9 em Moçambique.

Entre os países de língua portuguesa, seguem-se São Tomé e Príncipe, com 77,8 crianças, e Timor-Leste, com 56,4. Mais abaixo, surgem Cabo Verde, com 27,5, e Brasil, com 20,6. Portugal apresenta uma taxa de 3,7.

Ainda no capítulo da saúde materno-infantil, 1.000 em cada 100.000 mulheres na Guiné-Bissau morrem no parto (pior registo só no Afeganistão e no Chade).

Com números acima das 500 mortes estão Angola (610) e Moçambique (550). Neste item, o relatório não apresenta dados sobre São Tomé e Príncipe, enquanto em Timor-Leste 370 em 100.000 mulheres morrem no parto. Os números descem em Cabo Verde (94), no Bra-sil (58) e em Portugal (7).

No que diz respeito à taxa de partos entre adoles-centes (15 a 19 anos), é Moçambique que lidera, com 185 (em cada 1.000), 170 na Guiné-Bissau, 165 em Angola, 92 em Cabo Verde, 91 em São Tomé e Príncipe, 59 em Timor-Leste, 58 no Brasil e 17 em Portugal.

Os indicadores fazem ainda referência à percenta-gem de “partos atendidos por pessoal qualificado em saúde”, sendo esta menor, entre os países da Comuni-dade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Ti-mor-Leste (18), inferior apenas no Afeganistão, Chade e Etiópia.

Em Guiné-Bissau (39) e Angola (47) menos de me-tade das mulheres beneficiaram deste atendimento es-pecializado. Acima dos 50 por cento surgem Moçambi-que (55), Cabo Verde (78), São Tomé (82) e Brasil (97).

Na saúde sexual e reprodutiva, é em Angola que as mulheres entre os 15 e os 49 anos menos usam con-traceptivos, seja através de que método for. Apenas seis por cento o fazem, seguidas por dez por cento das gui-neenses e dezassete por cento das moçambicanas.

Em Timor-Leste, 22 por cento das mulheres usam contraceptivos, taxa que aumenta para 38 por cento em São Tomé e Príncipe, 61 por cento em Cabo Verde, 80 por cento no Brasil e 87 por cento em Portugal.

Apenas quatro dos países da CPLP apresentam dados sobre a taxa de prevalência do vírus VIH/SIDA entre a população dos 15 aos 24 anos, com Moçambique a distanciar-se pela negativa, com percentagens de 3,1 por cento nos homens e de 8,6 por cento nas mulheres (apenas menor do que em países como Botsuana, Leso-to, África do Sul, Suazilândia e Zâmbia).

Na Guiné-Bissau, o vírus VIH/SIDA afeta 0,8 por cento de homens e 2,0 por cento de mulheres, em Ango-la, 0,6 por cento de homens e 1,6 por cento de mulheres e, em Portugal, 0,3 por cento de homens e 0,2 por cento de mulheres.

Nos indicadores relativos à educação, a taxa de al-fabetização da população entre os 15 e os 24 anos é de 78 por cento nos rapazes e 62 por cento nas raparigas tanto na Guiné-Bissau como em Moçambique, e de 81 por cento e 65 por cento em Angola.

Taxas de alfabetização totais ou quase totais verifi-cam-se em São Tomé e Príncipe (95 por cento dos rapa-zes e 96 por cento das raparigas), no Brasil e em Cabo Verde, com os mesmos números para rapazes e rapa-rigas (97 e 99 por cento), e em Portugal (100 por cento para os dois sexos).

Não há dados sobre a alfabetização em Timor-Les-te, mas o relatório indica que 79 por cento dos rapazes e 76 por cento das raparigas em idade escolar estão ma-triculados no “ensino fundamental”.

O relatório sobre a Situação da População Mundial é divulgado anualmente pelo Fundo das Nações Uni-das para a População, alterando os tópicos e os países de foco. Na edição relativa a 2011, Moçambique é o úni-co país do bloco lusófono analisado ao pormenor.

pág 12 quinta-feira, 27 de outubro de 2011 jornAl tribunA de MAcAu

“As pessoas partem do princípio de que terminam uma licenciatura, têm já toda a formação necessária para integrar o mercado de trabalho mas, na verdade, não há competências práticas em muitos casos”

Miguel Gonçalves ao “Ponto Final”

Dit

o oPInIãoIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

27/10/1991

Há 20 anos

ROCHA VIEIRA FEZCONSULTA À ASSEMBLEIAO Governador de Macau apresentou à Assembleia Legislativa (AL), em reunião à porta fechada, uma proposta de perfil do alto comissariado contra a corrupção e para a legalidade administrativa. No encontro de 15 minutos, Rocha Vieira, a quem cumpre nomear o alto comissariado após consulta à AL, delineou o perfil da personalidade a indigitar, destacando, entre outros atributos, a independência face a grupos político-económicos, a competência, o conhecimento dos processos administrativos e criminais, além da capacidade de gerar consensos. O Governador referiu ainda aos deputados a sua abertura a propostas da AL que venham a enriquecer o perfil indicado, escusando-se, no entanto, a avançar nomes para o cargo criado pela Assembleia em Julho de 1990 após sete anos de discussões. O Alto Comissário Contra a Corrupção e para a Legalidade Administrativa tem um mandato com a duração de quatro anos, passível de duas reconduções por períodos de dois anos, contando-se entre os seus atributos a prossecução de “acções de prevenção de actos de corrupção ou de fraude” e a promoção “através de meios informais da Justiça, legalidade e eficiência da Administração Pública”.

PorTuGuESES no orIEnTE

28 de Março de 1972, 5 horas da manhã. Autorizado superiormente, conduzo um velho jeep militar numa picada do Norte de Moçambi-

que, pouco antes de regressar à vida civil após “dois anos de guerra”, como antigamente se dizia.

Repentinamente, e percorridos já 300 quilómetros, no lusco-fusco do romper do dia, um nativo em corrida atravessa a picada resvés com a frente da viatura. Numa brusca manobra desvio-me do vulto que desapa-rece na mata: mas esta não se segura, desequilibra-se e tomba.

Nada de grave: uma leve fractura no pé de um militar, pequenas amolgadelas no jeep.

Inicia-se o processo judicial. Cumpro mais alguns meses de “mato” e sou levado ao tribunal militar como se de um perigosíssimo criminoso se tratasse. Por trás de mim marcham dois polícias de metralhadora em punho.

Nesta caricata cena, duas lágrimas deslizam-me no rosto: sim, por-que acabara eu há bem pouco de ser louvado pelo Comandante das For-ças Armadas e aguardava a atribuição de uma Medalha de Mérito Militar pelo louvor onde constava entre outros“...por acções em combate frente ao inimigo, destacando-se nas operações tal... tal... tal, incutindo no seu Grupo de Comandos um cunho muito especial de modo a obter o máxi-mo rendimento no aspecto disciplinar e operacional... com o seu exemplo tem conseguido e arrastado os seus subordinados para além do que é nor-mal exigir, ... etc.”.

Sim, como tantos outros milhares de portugueses havia com honra cumprido a minha obrigação para com a Pátria. Tinha dado o meu me-lhor.

Não havendo matéria de delito, esperava a minha absolvição. Mas fui condenado, porque um velho e esverdeado coronel-juiz assim decide na sentença: «condenado à prisão porque todo o cidadão num último mo-mento, faz um último gesto, para evitar uma última situação. Considero que o réu não fez. Condeno-o assim a cumprir um dia de prisão por cada um dos “últimos” citados, num total de 3 dias...».

Um último gesto? Seria atropelar e abandonar? Travar não adian-tava... Enfim. Antes o edifício da Justiça era assim. Excessos! Em 1974, quando me apresento como professor em Santarém, ainda vem o registo criminal a vermelho, o que deu azo a algumas considerações...

Vem isto a propósito da fulgurante prisão e imediata libertação de Isaltino de Morais, o presidente da Câmara de Oeiras. Sim porque ele valeu-se da “tirada jurídica” para mim criada para cumprir menos de um dia de prisão, pois enquanto cidadão “num último momento, fez um últi-mo gesto, para evitar uma última situação”, ou seja, evitou o cumprimen-to da sentença que todos os portugueses aguardam, para ver se as penas

também tocam aos grandes... e aos políticos.Hoje é assim! O edifício da Justiça em Portugal, e as leis pelas quais

se rege, já nos habituaram a uma extensa e extravagante ineficiência e ine-ficácia, mas muito conveniente para a manutenção do lodaçal de interes-ses, negócios, luta partidária, confusão ideológica, corrupção, etc., em que se transformou a nossa sociedade e o Estado, como alguém já referiu...

E, de último em último recurso, (quantos mais serão?) Isaltino vai fugindo à última situação, apesar de todos os tribunais terem concluído que era culpado e o terem condenado, e apenas divergirem na pena. Este, claro, ansioso que o relógio da prescrição acelere o tiquetaque, joga com os “últimos”... Pergunta-se: “Em Portugal, quando os meios acusatórios não faltam, como é possível ir saltando alegremente, como tem acontecido, de processo em processo, com testemunhas às centenas, de recurso em re-curso, até à prescrição ou até à absolvição final?” Será que só há sentenças para os pequenos? Que país é este onde a Justiça assim funciona? O que nos separa da justiça de Burkina Faso?

Por esse mundo fora, EUA, Islândia, Ucrânia, etc. gestores, autarcas e ex-primeiro-ministros têm sentado no banco de réus e sido condenados ou a aguardar condenação (ou inocência) por corrupção, negligências, assina-tura de contratos altamente lesivos para os respectivos países, etc. etc.

E por cá como ficamos? Eternamente impunes os nossos governan-tes, por tantos crimes já conhecidos? E que dizer de outros tipos de crimes que agora se vão conhecendo, como o dos gestores das nossas Empresas Públicas (p.ex. REFER, METRO, CARRIS, etc), atribuindo a si próprios milionários prémios como se fossem grandes cérebros em excelentes de-sempenhos, quando afinal essas empresas apresentavam há anos dívidas de dezenas de milhões? Crimes que lesaram todo o país, que terá que as pagar, não se sabe é como...

Já Eça de Queirós, em 1872, nos avisava: “...da mesma indignidade política, da mesma ladroagem pública, da mesma agiotagem, da mesma administração grotesca de desleixo e de confusão”. Um aviso com mais de 100 anos.

E ninguém fez caso! É que olhamos agora para estes últimos anos e perguntamos: como foi possível deixarmos acumular tantos erros e somar tantos excessos? Quando, e a bem da Nação, acabamos com este tipo de gente sem moral, que ficam ricos pela “posição, suborno e influência”, mesmo que para isso tenham que afundar Portugal?

E não me venham com o “é impossível por atropelo do Estado de Direito, com os ilícitos penais da pessoa, etc. etc”... pois o sistema permite que advogados “sapientes e vendilhões” defendam esse tipo de gente. Portugal tem que estar primeiro!

* Professor do Instituto Politécnico de Macau.

Cândido Azevedo*

Sim, já fui condenado a 3 dias de prisão..., sem direito a recurso!

2ª Vez

Acção Divisão de Coisa Comum nº CV3-11-0068-CPE 3° Juízo Cível

Autora: LAm Ngou mui, residente na Rua de Coimbra, 342, Complexo Habitacional Hou Teng Tou Wui, Bloco 15, Edifício Ieong Hou Hin, 28º A, Taipa, Macau.Réus: LAo CoC Vu, com última residência conhecida na Rua de Marques de Oliveira, 8 em Macau, ora ausente em parte incerta.

FAz-sE sAbER quE, por esta Secção, correm édtos de TRInTA DIAS, citandos da segunda e útlima publicação do anúncio, citando o Réu acima identificado, para no prazo de TRInTA DIAS, decorrido que seja o dos éditos, contestar a Acção de Divisão de Coisa Comum, devendo logo oferecer as provas que disponha nos temos do art. 947º do CPCM, pelos fundamentos constantes da petição inicial que se encontram à disposição do citando nesta Secção.

A intervenção do citando nos autos implica a constituição de advogado - artº 74º do Código Processo Civil de Macau.

RAEM, aos 10 de Outubro de 2011.

O Juiz de Direito,a) Rui Carlos Pereira RibeiroO Escrivão Judicial Principal,

a) Acácio Coelho

“JTM” - 27 de Outubro de 2011

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jornAl tribunA de MAcAu quinta-feira, 27 de outubro de 2011 pág 13

oPInIão“Em vez de anteciparem os problemas através de uma leitura correcta da situação, protelou-se ou, mais grave ainda, não se tomou qualquer decisão o que contribuiu para a degradação da saúde ou dos seus serviços prestados à população”-Jorge Silva

“Pedro Passos Coelho abriu a caixa de Pandora e não sabe, nem pode, voltar a fechá-la. Curiosamente, ele é, a um tempo, refém das resoluções que toma e da surpresa que elas lhe provocam, por conduzirem à desagregação social.”-Baptista Bastos

TrIbuna

nem tudo é economia!

Baptista-Bastos

Que nos aconteceu para nos acontecer esta gente? Claro que esta gente é a soma de

numerosas parcelas de indigência política, que fomos adicionando a uma espécie de esperança renovada de cada vez que o Go-verno mudava. Tínhamos perdido a fé na ideologia, negligenciando que outra ideolo-gia seria a substituta da que perdêramos. Fé. Isso mesmo. Entráramos nos domínios do irracional. A consciência das nossas derrotas acentuou o oportunismo de muitos. Sabemos quem são. Estão nos jornais, nas televisões, nas grandes empresas, na política. O geral está subordinado ao individual, e implica que os comportamentos ou o escrúpulo de cada um sejam determinados pelas rígidas referências da nova ideologia.

Olhamos para esta gente, lemos e ou-vimos o que esta gente diz e, com nitidez crescente, percebemos que a deriva das suas impreparações chega a ser criminosa. Fazem, decidem, ordenam, desconhecendo, igno-rando ou descurando os resultados. Subsiste uma relação pouco estruturada, e por isso mesmo mais perigosa, com um nacionalismo rudimentar. A expressão da actividade go-vernativa reflecte o que se passa na Europa do Partido Popular. O predomínio da Direita e da Extrema-Direita espelha-se na prática do Executivo de Passos Coelho. Só não vê quem não quer ver ou não lhe interessa ver.

Os diversos sectores da sociedade portu-guesa estão a ser atingidos por uma ordem “re-

formista”, que tende a ocupar todo o espaço de definição política. Não há “reforma” nenhuma: apenas se manifesta a vontade de uma regres-são, que caracteriza a lógica da subordinação política à finança e à economia. Nem tudo é economia, como persistentemente no-lo im-pingem. Há valores que a economia espezinha, através de um diferencialismo que alimenta a exclusão, a dualização socioeconómica e, por consequência, o desemprego e todo o cortejo de misérias. Passos Coelho não só obedece à carti-lha como a ultrapassa em zelo e solicitude.

Estamos numa situação social e política muito delicada e perigosa. A teoria do quero, posso e mando não conduz a soluções viá-veis; momentaneamente pode, acaso, resul-tar, mas apenas momentaneamente. Incul-cam-nos a ideia de que não há alternativa. A salvaguarda da nossa saúde mental impele-nos a contrariar esta tese. Em nada, em ne-nhuma actividade humana há, somente, uma saída. Outras alternativas teriam de nos ser apresentadas. Mas essa ausência de propos-tas também faz parte da lógica do sistema.

Já o escrevi e repito-o: Pedro Passos Coe-lho abriu a caixa de Pandora e não sabe, nem pode, voltar a fechá-la. Curiosamente, ele é, a um tempo, refém das resoluções que toma e da surpresa que elas lhe provocam, por condu-zirem à desagregação social. Um processo de desestruturação está em marcha. Temos força e convicções para o fazer parar? Eis a questão.

JTM/DN

uM PonToé TuDo

nem chegam a bucha e Estica

Alessandra Mussolini é neta do ditador fascista

e milita no Popolo della Li-bertà, que apoia o Governo italiano.

Mas ontem, durante os momentos frenéticos que quase fizeram cair Berlusconi - o que se tivesse acontecido poria a cimeira europeia de hoje sem saber como descal-çar a bota italiana -, Alessan-dra lembrou-se de uma com-paração que bebeu menos no avô Mussolini e mais na sua tia materna, a grande Sophia Loren: “Sarkozy e Merkel? Gianni e Pinotto”, disse.

Eu traduzo: Gianni e Pinotto eram os nomes de cartaz, em Itália, de Abbott e Costello, dupla de cómicos americanos da Hollywood dos anos 30 e 40.

Comparação feita por-que Sarkozy é magro como Bud Abbott/Gianni, e Merkel tem as carnes cheias de Lou Costello/Pinotto.

Mas Alessandra Mussoli-

ni, além de sobrinha de quem é, também foi actriz. Ela tem referências cinematográficas que lhe permitiam beliscar mais do que em meras seme-lhanças físicas.

Abbot e Costello (Gianni e Pinotto) são uma dupla me-nor do cinema burlesco, sim-ples cópia dos grandes Laurel e Hardy (famosos entre nós como Bucha e Estica).

Irónico, Hardy definiu a dupla que o imortalizou, as-sim: “Duas cabeças sem um só pensamento.”

Alessandra Mussolini poderia ter pegado na deixa e ter invocado Laurel e Har-dy para dizer que Sarkozy e Merkel não têm ideia nenhu-ma para a crise.

Mas não, ela preferiu dizer que a dupla líder da Europa nem a Bucha e Estica chega.

São irrelevantes suce-dâneos, simples Gianni e Pinotto.

JTM/DN

Ferreira Fernandes

uM ouTro olHar

o espírito de Macau

Jorge Silva*

1. Quem chegasse a Macau no fim-de-semana passado, ficaria a per-

ceber, certamente, uma das razões do espírito ou da diferença do território no âmbito da China - a sua diversida-de, a marca lusófona, que o distingue do resto do continente e que o torna absolutamente singular.

A partir de uma excelente e folclórica ideia do tempo dos por-tugueses, a Festa da Lusofonia faz parte do calendário de celebrações de Macau e, de ano para ano, apre-senta melhorias que muito apraz registar.

Para além do convívio entre gente que, em comum, tem a língua portuguesa e grande parte dos cos-tumes, a Lusofonia aproximou-se da população graças ao desfile nas Ruínas de São Paulo e nas actua-ções dos artistas e grupos no largo do Senado. Isto é, a Macau chinesa ou a Macau local fica a inteirar-se da componente lusófona na sua terra e em que medida isso contribui para a construção de uma idiossincrasia do território.

Se, na verdade, tudo começou

com a tal ideia da governação portu-guesa, importa salientar, com toda a justiça, que a mesma foi acarinhada pelos dois Chefes do Executivo da RAEM, apostados que estiveram e es-tão na defesa do estatuto único desta terra.

2. Os esclarecimentos do director dos Serviços de Saúde sobre o caso

dos médicos do internato geral não se percebem muito bem. O director e aqueles serviços, tal como o governo ou a tutela do sector, tinham a obri-gação de entender o que fazia falta na área da saúde em termos humanos e logísticos.

Em vez de anteciparem os proble-mas através de uma leitura correcta da situação, protelou-se ou, mais grave ainda, não se tomou qualquer decisão o que contribuiu para a degradação da saúde ou dos seus serviços prestados à população.

O director vem agora dizer que se aprendeu a lição e que as correcções es-tão a caminho. Vamos esperar para ver.

Quanto ao Comissariado de Audi-toria, continua a cumprir muito bem o

seu papel.

3. O que parecia ser um elefante bran-co, dá sinais de dinamismo que, ali-

ás, começam a ser compensados. Falo do empreendimento da Galaxy que apresentou excepcionais resultados do casino durante os feriados de Outubro a ponto de superar o crónico primeiro lugar pertença da Sociedade de Jogos de Macau, além de uma taxa de ocupa-ção dos três hotéis considerada satisfa-tória.

Pois, agora, o Galaxy promete ofe-recer nove salas de cinema no seu com-plexo, algo que notoriamente faltava ao centro comercial do Venetian, uma espécie de pecado original que cerceou, um pouco, a oferta do grande projecto da Sands China.

4. A brutal execução do antigo líder líbio, Muamar Khadafi, acaba por

nos lembrar como se ajustam as con-tas nos países árabes que se inspiram totalmente na religião e no fanatis-mo. Um bandido como Khadafi teria de morrer como viveu, na ponta da espada ou com uma bala dentro do

corpo.Cabe, agora, ao Conselho Nacio-

nal de Transição demonstrar ao mundo ao que veio. Uma agenda democrática e reformista exige o desarmamento das milícias e o primado da lei sobre o Corão.

Quanto aos Estados Unidos e o resto do Ocidente, devem estar sa-tisfeitos - sem terem dado um tiro na linha de partida da primavera árabe, souberam cavalgá-la, escolher os par-ceiros certos e manter a via aberta para os negócios de petróleo.

É claro que com o fim dos líderes da Tunísia, Egipto e Líbia, ainda res-tam ditadores árabes ou muçulmanos como os presidentes da Síria e do Ié-men que poderão ser os próximos na linha de remoção.

Isto para não falar de outros casos mais complicados e de difícil resolu-ção face às profundas ligações milita-res aos Estados Unidos.

Os casos da Arábia Saudita e do Bahrein, obviamente...

* Jornalista

pág 14 quinta-feira, 27 de outubro de 2011 jornAl tribunA de MAcAu

lazErDARRELL HAMMOND REVELA ABUSOS DA MÃE. o comediante americano Darrell Hammond afirma em autobiografia que sofreu violentos abusos por parte de sua mãe durante a infância, incluindo choques eléctricos, e que por isso cometeu automutilações e foi viciado em álcool, cocaína e crack.

HILARy DUFF NãO QUER QUE FILHO SEjA ARTISTA. a actriz e cantora Hilary Duff, 24, disse à cNN que não deseja que seu filho siga os seus passos. “eu rezo para Deus para que ele queira algo diferente. a indústria é muito invasiva, muito diferente do que costumava ser”, explicou.

“nunca me apaixonei”, diz Kelly clarksonKelly clarkson, 29 anos, que ficou famosa após vencer a primeira edição do reality show american idol, em 2002, disse em entrevista ao uSa today, que nunca se apaixonou. a cantora explicou que nunca encontrou ninguém que quebrasse essa “barreira” e que a fizesse sentir bem, confortável para se abrir e falar sobre qualquer coisa. “Nunca tive essa experiência”, frisou. clarkson comentou que quando se é músico, imagina as dificuldades de namorar alguém, principalmente pelo facto de passar os dias em viagem e não ter tempo para as coisas pessoais. e concluiu que não tem

pressa de se casar, já que acredita que quanto mais se espera, menor é o risco de separação.

Kimberly Stewart elogia benício Del Toro

a modelo e actriz, de 32 anos - filha do roqueiro rod Stewart-, posou para a capa da “Hello! Magazine” ao lado da pequena Delilah, fruto de um relacionamento com o actor benício Del toro. apesar de ambos não viverem juntos, Kimberly contou à publicação inglesa que o galã é um óptimo pai e que está muito envolvido na vida

da criança, hoje com dois meses. Durante o nascimento tanto Del toro quanto o restante da família estiveram no hospital. “a minha mãe e benicio foram à sala de parto comigo”, contou.

Michelle Williams escapou de Hollywood com sanidadeMichelle Williams, actriz que ficou famosa quando interpretou a personagem Jen lindley em “Dawnson’s creek”, declarou ao “the Sun” que Hollywood é um lugar sem limites. “tenho sorte. Morei em Hollywood durante a minha adolescência e consegui escapar com sanidade”, disse. “Mudei-me para lá com apenas 16 e achei um lugar perigoso, sem regras e sem limites”, afirmou. a actriz estreou-se no cinema quando tinha apenas 13 anos, com uma participação no remake do filme lassie. Depois participou de brokeback Mountain, onde conheceu Heath ledger, que morreu em 2008 e de quem teve a filha Matilda. aos 31 anos, Michelle é a estrela de “My Week with Marilyn”, com estreia mundial em Novembro.

robin Williams casa-se pela terceira vez

o actor robin Williams casou-se pela terceira vez na califórnia. a eleita foi Susan Schneider, com quem namorava há dois anos. Na cerimónia estiveram convidados ilustres, como Steven Spielberg, George lucas e billy crystal. a filha

do actor, Zelda, de 22 anos, postou diversas mensagem relacionadas à cerimónia no seu twitter oficial. “a loucura do casamento vai começar”, anunciou. alguns dias antes, Susan declarou ao jornal San francisco chronicle que estava muito feliz com a união.

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Ho cHio Meng AgrAdece A pinto Monteiro pelA vindA de MAgistrAdos portugueses

eMpregAdAs FilipinAs coMnovA esperAnÇA eM Hong Kong

Um juiz de Hong Kong decidiu ontem que o tribunal de imigração deve considerar o pe-dido de residência permanente apresentado por uma empregada doméstica filipina, o que poderá levar à obtenção do estatuto pela re-querente. Esta sentença no caso de Evangeline Banao Vallejos segue a decisão do tribunal de primeira instância de Hong Kong. A 30 de Se-tembro, o Tribunal de Primeira Instância con-siderou inconstitucional uma lei que proíbe milhares de empregadas domésticas filipinas

ou indonésias de obter um visto de residência permanente. Na decisão, o tribunal consi-derou que a lei em causa viola a Lei Básica de Hong Kong. “A minha conclusão é que se nos apoiamos na interpretação da lei, a disposição sob revisão não é coerente com a Lei fundamental”, escreveu então o juiz Johnson Lam. Evangeline Banao Vallejos, que trabalha como empregada doméstica de famílias do território desde 1986, iniciou em 2010 uma acção judicial para obter o estatuto de residente permanente. Este estatuto permite votar e ter um melhor acesso a vários serviços públicos de Hong Kong. O advogado de Evangeline Banao Vallejos, Mark Daly, afirmou que agora o estatuto de residência da sua cliente está “100 por cento garantido”. O governo vai interpor um recurso da decisão. A sentença ontem profe-rida poderá ter implicações em 117.000 das 292 mil empregadas domésticas que há mais de sete anos vivem em Hong Kong. Mas as leis de imigração excluem deste artigo as 292.000 empregadas domésticas estrangeiras, argumentando que não podem ser reconhecidas como «residentes regulares», disposição contestada pelos advogados de Vallejos. O caso está longe de ser consensual em Hong Kong. Os defensores dos direitos das empregadas domésticas afirmam que estas são vítimas de discriminação étnica. Os opositores invocam que a concessão do estatuto de residente permanente iria resultar numa “pressão elevada sobre os recursos da cidade”.

cortes nos sAlários Milionários dA rtpA revista “Focus” escreve que a estação pública RTP não vai passar ao lado da contenção orçamental e que essa é a premissa a seguir. Em causa estão os ordenados pagos quer aos administradores, quer aos funcionários encarre-gues da informação e do entretenimento. Há mui-ta gente a ganhar muito dinheiro e a revista revela alguns dos ordenados mais chorudos da RTP. De acordo com as instruções dadas pelo ministro Miguel Relvas, administradores não poderão ganhar mais que o PR, o que equivale a 6523 euros mensais. Actualmente, segundo a revista, o presidente da estação recebe 15 mil euros mensais/brutos, pelo que terá de passar a receber menos de metade, e o director de informação, Nuno Santos, aufere 14 mil. Outros elementos da direcção de informação também sentirão agora o peso da crise, como Vítor Gonçalves, que recebe 8 mil ou José Rodrigues dos Santos, que ganha 13 mil. Os contratos que vin-culam os apresentadores de programas de entretenimento têm estado a salvo da crise. No entanto, à medida que cada vínculo for atingindo o seu termo, os cortes poderão ir de 10 a 50 por cento. Assim, alguns dos rostos famosos que ganham ordenados milionários na RTP verão os mesmos reduzidos, como são os casos de Fátima Campos Ferreira (10 mil euros mensais), Catarina Furtado (30 mil), Fernando Mendes (20), José Carlos Malato (20), Maria Elisa (7), Jorge Gabriel (18), Sónia Araújo (14), João Baião (15), Tânia Ribas de Oliveira (10) ou Sílvia Al-berto (15 mil), entre outros.

WineHouse Morreu de intoXicAÇÃo AlcoÓlicAA causa da morte da cantora Amy Winehouse foi ontem estabelecida pelas autoridades: intoxicação alcoólica. Amy tinha no sangue 4,16 g/l de álcool no sangue e, segundo as conclusões do inquérito, entrou em coma e acabou por morrer. No inquérito legal concluído em Londres ficou estabelecido que Amy Winehouse tinha passado por um período de três semanas de abstinência, mas que na noite fatal começou a ‘beber até cair’. A médica legista do Hos-pital St. Pancras, Suzanne Greenway, afirmou, sem margem para dúvidas, que a quantidade de álcool no sangue da cantora era o suficiente para a matar. No inquérito, segundo a edição online do jornal Daily Mirror, foi ouvido também o guarda-costas da cantora, que vivia na mesma casa. Andrew Morris afirmou que foi ao quarto de Amy pelas dez da manhã do dia da morte, mas que pensou que ela estivesse a dormir. Só às 15 horas, quando se apercebeu que ela não se tinha mexido, ligou para o número de emergência.

gestores pÚblicos portuguesescoM sAlários e pensÕes liMitAdAsGoverno e PS de acordo sobre necessi-dade de limitar remunerações em em-presas do Estado. Pedro Passos Coelho anunciou ontem que na próxima sema-na terá pronto um novo estatuto dos gestores públicos, que limita fortemen-te as suas remunerações. Nas empresas do Estado sem concorrência de mer-cado, os gestores não poderão ganhar mais do que o Presidente da República. Os socialistas também estão a preparar um “pacote” sobre a mesma matéria para ser apresentado já na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2012. O PS quer, entre outras coi-sas, limitar a acumulação de pensões com ordenados dos administradores do sector empresarial do Estado. PSD e CDS concordam. As propostas também deverão estar prontas na próxima semana.

O Procurador da RAEM, Ho Chio Meng, encon-trou-se em Lisboa com o Procurador-Geral da República Portuguesa, Pinto Monteiro, tendo sa-lientado que, após a transferência de soberania, o Ministério Público (MP) de Macau tem manti-do “boas relações e intercâmbio” com o seu ho-mólogo português. Durante o encontro, Ho Chio Meng agradeceu ainda a Pinto Monteiro por ter autorizado a vinda de vários magistrados por-tugueses para Macau. De acordo com uma nota do MP, o Procurador-Geral de Portugal também se manifestou grato pelo facto do organismo de Macau enviar anualmente para Portugal os no-vos diplomas e informações legais do território. Pinto Monteiro disse ainda que espera poder re-forçar a cooperação e intercâmbio com os órgãos judiciais de Macau, acrescenta o comunicado.

Além da deslocação à Procuradoria-Geral, Ho Chio Meng aproveitou ainda a estadia na capital portuguesa para visitar a Delegação Económica e Comercial de Macau, onde foi recebido pelo respectivo chefe, Raimundo do Rosário. Além do Procurador da RAEM, também integraram a comitiva a assessora Cheang Hang Chip e as funcionárias Chan Hio Wai e Lei Lai Peng. Ho Chio Meng deslocou-se a Lisboa depois de ter participado na 5ª Conferência da Associação Internacional das Autoridades Anti-Corrupção (IAACA), que decorreu entre os dias 21 e 23 des-te mês em Marrakech, Marrocos. Neste evento estiveram ainda a procuradora adjunta Kuok Sio Peng, a delegada do Procurador Chan Mei Fan, os assessores Cheang Hang Chip e Chao Iao Ching e a chefe funcional Chan Hio Wai.