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DIRECTOR JOSÉ ROCHA DINIS | DIRECTOR EDITORIAL EXECUTIVO SÉRGIO TERRA | Nº 3840 | SEGUNDA-FEIRA, 29 DE AGOSTO DE 2011 WWW.JTM.COM.MO AO SERVIÇO DE MACAU DESDE 1982 Tribuna de Macau Jornal 10 PATACAS Ligação férrea Gongbei-Cantão estreia no aniversário da RAEM As ligações de comboio entre Cantão e Zhuhai vão estender-se à zona da fronteira com Macau, sendo que a inauguração das viagens entre Gongbei e a capital da Província de Guangdong está prevista para o próximo dia 20 de Dezembro, data em que se assinalará mais um aniversário da RAEM. As autoridades de Zhuhai estimam que as obras deverão ficar concluídas no final de Novembro. Numa fase posterior, as ligações de comboio rápido para Cantão deverão incluir ainda um troço até à Ilha da Montanha, para além de um centro de transferência de passageiros do Metro Ligeiro, em Gongbei. A construção de uma ligação por via férrea entre Zhuhai e Cantão, com uma extensão de quase duas centenas de quilómetros, encurtou de quatro horas para apenas hora e meia a duração das viagens entre as duas cidades da Província vizinha. Joseph Estrada, ex-PR filipino está de visita a Macau Joseph Estrada, antigo Presidente da República das Filipinas, encontra-se em Macau, apurou ontem o JTM junto de fonte segura, que no entanto não soube precisar os motivos da visita ao território do antecessor de Glória Macapagal-Arroyo. Estrada ocupou o cargo de Presidente das Filipinas entre 1998 e Janeiro de 2001, altura em que foi deposto na sequência de uma revolta levada a cabo pelo exército, que fez subir Gloria Arroyo ao poder. O ex- Presidente seria depois condenado a prisão perpétua, no âmbito de um caso de corrupção, mas em 2007 beneficiou de um perdão concedido por Arroyo, que decidiu suspender a pena. Depois ter recuperado os seus direitos políticos e civis, Estrada regressou à ribalta no ano passado como um dos candidatos às eleições presidenciais, acabando por ser o segundo mais votado (com 26,25% dos votos), atrás de Benigno “Noynoy” Aquino (42,08%). “Continuamos com políticos que têm atitudes de bombeiros” PÁGS 2 E 3 ERIC SAUTEDÉ EM ENTREVISTA AO JTM Condutores fazem ultimato à Transmac para resolver diferendo PÁG 4 Open de Golfe vai ter recorde de prémios e vasta cobertura televisiva PÁG 6 Norte-americanas implacáveis na final do Voleibol Feminino CENTRAIS

JTM 29-08-2011

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Jornal Tribuna de Macau

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Director José rocha Dinis | Director eDitorial executivo sérgio Terra | Nº 3840 | seguNDa-feira, 29 De agosto De 2011

www.jtm.com.moao serviço De macau DesDe 1982

Tribuna de Macau Jornal

澳門論壇日報 10 PaTacas

Ligação férrea Gongbei-Cantãoestreia no aniversário da RAEMas ligações de comboio entre cantão e Zhuhai vão estender-se à zona da fronteira com Macau, sendo que a inauguração das viagens entre gongbei e a capital da Província de guangdong está prevista para o próximo dia 20 de Dezembro, data em que se assinalará mais um aniversário da raeM. as autoridades de Zhuhai estimam que as obras deverão ficar concluídas no final de Novembro. Numa fase posterior, as ligações de comboio rápido para cantão deverão incluir ainda um troço até à ilha da Montanha, para além de um centro de transferência de passageiros do Metro ligeiro, em gongbei. a construção de uma ligação por via férrea entre Zhuhai e cantão, com uma extensão de quase duas centenas de quilómetros, encurtou de quatro horas para apenas hora e meia a duração das viagens entre as duas cidades da Província vizinha.

Joseph Estrada, ex-PR filipinoestá de visita a MacauJoseph estrada, antigo Presidente da república das filipinas, encontra-se em Macau, apurou ontem o JtM junto de fonte segura, que no entanto não soube precisar os motivos da visita ao território do antecessor de glória Macapagal-arroyo. estrada ocupou o cargo de Presidente das filipinas entre 1998 e Janeiro de 2001, altura em que foi deposto na sequência de uma revolta levada a cabo pelo exército, que fez subir gloria arroyo ao poder. o ex-Presidente seria depois condenado a prisão perpétua, no âmbito de um caso de corrupção, mas em 2007 beneficiou de um perdão concedido por arroyo, que decidiu suspender a pena. Depois ter recuperado os seus direitos políticos e civis, estrada regressou à ribalta no ano passado como um dos candidatos às eleições presidenciais, acabando por ser o segundo mais votado (com 26,25% dos votos), atrás de Benigno “Noynoy” aquino (42,08%).

“Continuamos com políticos

que têm atitudesde bombeiros”

PáGS 2 e 3

EriC SautEdé Em ENtREVIStA Ao jtm

Condutores fazemultimato à Transmac para resolver diferendo

PáG 4

Open de Golfe vai ter recorde de prémios evasta cobertura televisiva

PáG 6

Norte-americanasimplacáveis na finaldo Voleibol Feminino

centraiS

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pág 02 segunda-feira, 29 de agosto de 2011 jornal tribuna dE maCau

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administração: José Rocha Dinis • Director: José Rocha Dinis Director Editorial Executivo: Sérgio Terra • Grande Repórter: Raquel Carvalho • Redacção: Fátima Almeida, Paulo Barbosa e Viviana Chan • Editor Multimédia: Pedro André Santos • Colaboradores: José Luís Sales Marques, Miguel Senna Fernandes, Rogério P. D. Luz (S. Paulo) e Rui Rey • Colunistas: Albano Martins, António Aresta, António Ribeiro Martins, Daniel Carlier, Henrique Manhão, João Guedes, Jorge Rangel, Jorge Silva, José Simões Morais, Luis Machado e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected] e [email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa e Xinhua Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

jornal tribuna dE maCau

“O Governo não gasta nem metade do que recolhe nos seus cofres e há necessidade de planear políticas mais viradas para o longo prazo” - idemlocal

“(...) era esperado que este Governo consultasse e que fosse um pouco mais pró-activo e previdente, tentando planear com antecedência e não apenas reagindo ao que sucede.” - Eric Sautedé

ERIc SAutEdé Em ENtREVIStA Ao jtm

Pessoas “esperam mais” de chui Sai onFormado pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, Eric Sautedé está radicado em Macau desde 2003 e tem vindo a acompanhar a actualidade política do território. Em entrevista ao JTM, o professor da Universidade de São José avalia o mandato de Chui Sai On e fala na necessidade de ter um Governo local mais sujeito ao escrutínio dos cidadãos

Como avalia os quase dois anos de governação de Chui Sai On, ten-do como termo de comparação os

mandatos de Edmund Ho?- O Governo anterior foi muito pe-

culiar, porque foi o primeiro depois da transferência de soberania. No primei-ro mandato, a preocupação foi tentar encontrar as fundações de uma nova Macau, com a abertura das novas licen-ças de Jogo, que vieram mudar a fisio-nomia da região. O segundo mandato de Edmund Ho foi um pouco desapon-tante. Houve várias questões, entre elas o caso Ao Man Long, um dos pontos de viragem que levou a que surgissem dúvidas quanto à Administração. Ha-via a ideia de que uma das qualidades de Edmund Ho era estar em contacto com a população e, de alguma forma, isto perdeu-se no seu segundo manda-to. Quanto a Chui Sai On, penso que foi mau ter havido apenas um candidato, embora saibamos que não se trata de eleições verdadeiras, mas de um pro-cesso de selecção. A existência de mais candidatos teria permitido uma dis-cussão mais aberta de alguns tópicos. É importante para a vida da comunidade o debate em torno de diferentes pon-tos de vista. Chui Sai On começou por ser visto com reservas por muita gente em Macau, embora já fizesse parte do Governo anterior, mas tomou medidas positivas logo no princípio, nomeando pessoas para serem intermediárias com o público, na forma de porta-vozes. Po-dia ver-se também o objectivo de che-gar a diferentes sectores da sociedade. Pela primeira vez, encontrou-se oficial-mente com os ‘democratas’ [membros da Associação Novo Macau] e com al-gumas das associações mais indepen-dentes. Isso foi interpretado como uma vontade de abranger mais sectores. Mas as pessoas continuam à espera de mais. Não vemos o Chefe do Executivo muito presente. Ele é, digamos assim, discreto.

- Mas não acha que há grandes transformações em curso na sociedade de Macau?

- Sim, se olharmos para o Metro Ligeiro, para outros transportes públi-cos e para projectos de construção que estão em curso... Mas era esperado que este Governo consultasse e que fosse um pouco mais pró-activo e previdente, ten-

tando planear com antecedência e não apenas reagindo ao que sucede. Conti-nuamos com políticos que têm atitudes de bombeiros, com o Chefe do Executivo a aguardar que os acontecimentos se de-senrolem antes de agir. Sei que são fei-tos estudos, mas parece haver um lapso temporal entre quando esses estudos são realizados e quando é preciso implemen-tá-los. O Governo não gasta nem metade do que recolhe nos seus cofres e há ne-cessidade de planear políticas mais vira-das para o longo prazo.

- Quem acompanha os debates parlamentares constata que existe, no mínimo, uma tendência para o consen-so, com muitos projectos de lei a serem aprovados por unanimidade. Trata-se de um consenso real, observável na so-ciedade?

- Em alguns assuntos, os ‘demo-cratas’ e o deputado Pereira Coutinho abstêm-se ou votam contra. Penso que os ‘democratas’ querem fazer vingar a ideia de que uma vida democrática não é necessariamente confrontacional, as pessoas podem debater os assuntos. Mas, muito frequentemente, julgo que têm a ideia de que o que expressam não está a ser tido em conta. Por outro lado, há muito trabalho que é feito nas comis-sões. Verifica-se o mesmo problema que acontece em democracias enraizadas, como na Europa ou nos EUA: as pessoas não têm acesso ao trabalho real que está a ser feito na Assembleia Legislativa [AL], o que é debatido nas comissões. Se isto for conhecido, as pessoas ficam com outra noção quanto à utilidade do deba-te. Vejo que há questões polémicas que são levadas à AL, mas parece-me que, comparando com outras assembleias, há uma falta de audições que envolvam pesquisa e a presença de diferentes ‘ac-

tores’, mesmo oriundos da sociedade civil, que dão as suas perspectivas e en-riquecem o debate. Isto não é suficien-temente feito em Macau. E há também uma falta de assessoria, embora esse aspecto esteja a melhorar. Sei que a lei foi reformulada, providenciando mais dinheiro para que os deputados tenham apoio, mas ainda não é suficiente. Há necessidade de fortalecer o debate na AL, que é o canal onde esses assuntos devem ser discutidos, com mais audiên-cias e com a publicação dos relatórios. Nos EUA, tudo é publicado e acessível de forma barata.

- E quanto ao debate feito através dos órgãos de comunicação social e da Internet?

- Há a necessidade de ter uma im-prensa chinesa mais vivaz. Como é que podemos conhecer o que pensa a opi-nião pública em Macau? Quando as pes-soas falam em ‘opinião pública’, muitas vezes estão a referir-se a impressões e a movimentos do género ‘not in my ba-ckyard’, que existem um pouco por todo o mundo. Mas isto não é opinião pública. As pessoas são sempre contra mudanças bruscas nas suas redondezas, porque acham que isso trará inconvenientes. Mas são necessárias explicações. (...) Em Macau, não há forma de avaliar se, quan-do se fala de ‘opinião pública’, se está a falar da maioria, ou apenas de algumas pessoas. É claro que se deve ter em con-ta a voz das minorias. Mas, às vezes, são as minorias muito pequenas que têm o protagonismo em Macau, por nenhuma razão aparente. E não há pedagogia para explicar à comunidade que assuntos es-tão em causa.

- Como caracteriza a conflitualida-de social em Macau? Que problemas são mais prementes?

- A habitação e os transportes são as duas áreas mais problemáticas. Há tam-bém a necessidade de controlar a infla-ção, mas as pessoas têm vindo a benefi-ciar do crescimento do PIB de Macau e o desemprego não é alto. Mas há pessoas que vão ser excluídas do mercado de tra-balho, sendo preciso delinear medidas para apoiar estas pessoas e providenciar-lhes formação. Nesta altura, há um deba-te quanto ao papel que o sector público deve ter, se deverá ser mais ou menos assistencialista.

- Há críticas à forma como é feita a gestão da mão de obra, dada a ênfase na contratação de trabalhadores locais. Acha essa política eficaz?

- Quando há um afluxo de traba-lhadores imigrantes, isso significa que a economia local não consegue encontrar a mão-de-obra necessária. Trata-se de um processo saudável. Ao tentar limitá-lo, pode-se chegar à situação que acontece no Mónaco, onde a preferência é dada a locais e o serviço não é bom. Muitas pessoas queixam-se. Na Malásia, um dos locais mais activos neste momento é Penang, onde existe um governador com muita autonomia, que mudou as re-gras que davam preferência a malaios. A real razão para que algumas pessoas em Macau se sintam privadas do acesso a trabalhos de chefia prende-se com a falta de formação e, nesse aspecto, nós [a Uni-versidade de São José] também temos uma responsabilidade. Temos que pro-videnciar excelente formação, mas isto exige tempo. As quotas só podem ser uma resposta transitória, como já foi re-ferido pelo Governo, mas isto é algo que devia ser explicado com mais detalhe às pessoas, em vez de se estar a alimentar um discurso populista, segundo o qual o perigo vem do exterior.

- Quais são as consequências da demasiada dependência dos casinos? E que estratégias efectivas podem ser adoptadas para a diversificação da eco-nomia?

- Já ouve várias tentativas. No início da década passada falava-se numa cida-de onde a biotecnologia poderia ter um papel... Penso que é bom não sonhar de-masiado. Apesar de não ser um grande apreciador de jogo e das actividades dos casinos, tenho que admitir que têm con-tribuído para um aumento da indústria do entretenimento. Primeiro tivemos o ‘Cirque du Soleil’ e agora temos a ‘Hou-se of the Dancing Water’, há concertos e muitos mais sítios com ofertas de entre-tenimento. Por exemplo, faço parte da direcção da Alliance Française e organi-zamos concertos. Vamos ter um concerto de jazz no ‘Bellini’, no início de Setem-bro. Agora existem os espaços para rece-ber concertos, enquanto dantes os dispo-níveis eram pequenos, ou pertenciam ao Governo e têm normas de programação que não são tão flexíveis, havendo a ne-cessidade de programar com muita ante-cedência. Em resumo, estas actividades trazem muitos turistas para descobrir Macau.

paulo barbosa

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“É lógico que os casos de Wai Weiwei e Liu Xiaobo foram mal geridos e isso é mau. Penso que o Governo poderia ter agido de forma diversa e não acredito que uma pessoa possa desafiar todo o sistema” - ibidemlocal

Eric Sautedé não prevê que haja uma universalização do voto na China, pelo menos num prazo previsível. O professor de Ciência Política da Universidade de São José reflecte sobre as consequências do uso das novas tecnologias na governação chinesa e considera que há um “duplo discurso” da comunidade internacional quanto à questão dos Direitos Humanos, que tende a penalizar a China

No fim do ano passado, a China ti-nha 457 milhões de internautas e a taxa de crescimento é de seis

milhões por ano. Tem vindo a estudar a forma como a emergência da Internet enquanto novo meio de comunicação se reflectiu no espectro político chinês. Quais são as consequências?

- Tem um impacto, com se viu no re-cente acidente de comboio, com as pes-soas a quererem saber mais. A maioria da imprensa, com excepção de alguns títu-los de cariz económico ou local – que são um pouco mais livres – tem restrições. Mas a Internet trouxe espaço para que as pessoas possam expressar as suas preo-cupações e até fazer inquéritos de forma mais independente. O Governo chega a trazer essas informações para os debates que promove, a maioria das vezes recor-rendo à censura. A Internet acaba por ser uma ferramenta para o Governo ouvir as pessoas e ter uma percepção diferente daquilo que se passa.

- Disse, numa conferência, que o partido-Estado foi capaz de se adaptar e ser reactivo em relação à realidade, erigindo o pragmatismo ao estatuto de ideologia de Estado. Este pragmatismo concretiza-se numa maior liberdade de expressão?

- O Governo é controlado por um partido-Estado, por isso há um limite em termos daquilo que pode ser dito. A prioridade é o desenvolvimento da co-munidade e não liberdade para todos. O aspecto material é valorizado, por forma haja uma distribuição justa dos benefícios trazidos pelo desenvolvimento. Tudo o que é visto pelo Governo como oposto às suas prioridades e ao seu objectivo, que é o desenvolvimento, será censura-do e, por vezes, fortemente censurado. Há pessoas que foram condenadas a pesadas sentenças, e outras detidas sem acusação formada, com base nesses mo-tivos. O caso Ai Weiwei foi desse género. Ele foi libertado, mas agora não está a

falar, por alguma razão. Há também ad-vogados que criaram um movimento de direitos cívicos e que estão a ser pressio-nados para não aceitarem alguns casos, especialmente aqueles relacionados com a corrupção, ou com responsabilidades políticas. Portanto, há limites, mas tam-bém penso que o Governo se apercebeu de que há a necessidade de as pessoas se expressarem e de os relatórios oficiais serem fidedignos. Apesar dos limites, prevalece a ideia de que uma das razões que levou à queda dos outros Estados comunistas é porque estavam totalmen-te desligados daquilo que se passava nos seus países. A maioria das pessoas na China vivenciou fases de grande turbu-lência, nas décadas anteriores à Reforma e à abertura, especialmente durante a Re-volução Cultural, e, antes disso, durante o “Grande Salto para a Frente”. Por isso, ninguém quer uma situação revolucio-nária caótica.

- Ou seja, o Governo chinês é visto como parte da solução, e não como par-te do problema?

- É verdade que não pode haver um alto nível de críticas, mas há a crença de que o Governo pode emendar as ques-tões. E o Governo considera que está a trabalhar com o objectivo de chegar a uma sociedade harmoniosa. Estas ideias são muito propagandísticas, mas há uma forte vontade de tentar aliviar as situações de pobreza e encontrar redes sociais, no que diz respeito à prestação de cuidados de saúde, às reformas e ao desemprego. Tudo por forma a preservar um contrato social onde o Partido Comunista [PCC] continue a desempenhar um papel de liderança. No topo, eles sabem que há Governos locais que não são tão limpos como gostariam que fossem.

- Há também a questão da imagem que o partido-Estado passa para o exte-rior da China. Por exemplo, os casos de Ai Weiwei e Liu Xiaobo foram altamen-te criticados pela comunidade interna-cional. Estas críticas são desvalorizadas pelo poder chinês?

- Há países, como os do Norte da Europa e a Alemanha, que podem ter esse discurso e até receber o Dalai Lama sem que ‘paguem’ muito em consequên-cia. A China é um membro permanente do Conselho de Segurança e é um actor responsável em muitos aspectos. Por exemplo, a China até protege barcos de Taiwan nas acções anti-pirataria desen-volvidas ao largo da Somália. Se vermos o que se passa na Líbia, a França foi um primeiros países a reconhecer o Governo rebelde, mas, um ano antes, Kadhafi era

recebido com o tapete vermelho no Palá-cio de Versaillhes, em Paris... Há um du-plo discurso. Há razões de Direitos Hu-manos, de um lado, e razões de Estado e económicas, do outro. As duas não estão reconciliadas, na maioria dos casos. Mas quando temos um Estado que se com-porta de forma demasiado agressiva em relação à sua própria população, esse Es-tado deixará de ser tolerado. Esse não é o caso da China. É lógico que os casos de Ai Weiwei e Liu Xiaobo foram mal geri-dos e isso é mau. Penso que o Governo poderia ter agido de forma diversa e não acredito que uma pessoa possa desafiar todo o sistema. Mas, de uma forma ge-ral, o que está a acontecer à população da China não é comparável ao que sucede na Líbia, ou noutros países onde há dita-dores que não estão a trabalhar para o be-nefício da comunidade. Um dos aspectos mais duros da China é que continua a ser intolerante ao criticismo e ideias relacio-nadas com um sistema mais aberto, com eleições. Mas mesmo os críticos, como o Nobel da Paz, querem um sistema que integre o PCC. Eles nunca disseram que o Partido deveria desaparecer. Também os estudantes de Tiananmen pediam uma mudança vinda do Governo.

- Está latente uma espécie de “guerra comercial” entre a China e EUA. Esta situação pode deteriorar-se?

- A China investiu massivamente na dívida americana, o que também sig-nifica que a China precisa da economia americana para estimular o seu cresci-mento, através do comércio. A maioria do crescimento chinês deve-se às expor-tações. O Governo chinês tem falado em redireccionar as suas prioridades para o consumo doméstico, mas os números permitem constatar que, há 15 anos, o consumo doméstico representava 50% do PIB, enquanto que agora representa 34%. Penso que o que se passa é mais no domínio da retórica e que China e EUA estão condenados a entenderem-se.

- Há também um desentendimento quanto aos direitos dos trabalhadores, com a comunidade internacional a acu-sar a China de concorrência desleal...

- Há muitas reivindicações sociais na China. Isso fez-se sentir em 2010, em casos como o da Foxcom, onde as dife-renças salarias podiam ser de um para quatro, com o mesmo trabalho. A ques-tão dos salários baixos tem que ser rea-valiada, até porque o consumo domésti-co só sobe se os salários forem decentes. Há a necessidade de que as pessoas te-nham mais direitos. Os trabalhadores que migravam para as cidades costeiras e eram empregues em fábricas ligadas a multinacionais não tinham direitos. Não podiam casar, trazer os filhos para junto deles ou ter acesso a escolas e a cuidados de saúde. Há ainda alguns sítios assim, onde os trabalhadores são manietados pela polícia, mas isto mudou muito nos últimos três ou quatro anos.

- Pensa que o crescimento econó-mico conduzirá necessariamente à de-mocratização do sistema?

- Nem sempre é assim. Não vejo isso a acontecer. É claro que quando as pessoas se tornam mais ricas, querem ter uma palavra mais forte quanto ao que se passa nas suas comunidades. Por isso, o Governo tem de ser mais escrutinado, assumindo as suas responsabilidades. Na China, penso que há uma boa possi-bilidade de se ter um regime semi-autori-tário, dirigido pelo PCC. Não me parece que esteja a haver uma abertura no sen-tido da democratização, mas o Governo procura encontrar uma forma renovada de contrato social, em que alguns inte-lectuais são integrados em ‘think tanks’ e noutras organizações. Penso que é im-portante observar o que se está a passar na província de Guangdong, onde se es-tão a tentar encontrar novos canais para que a sociedade possa falar de forma mais directa com o Governo.

p.b.

Pequim busca “forma renovada de contrato social”

“A Internet trouxe espaço para que as pessoas possam expressar as suas preocupações e até fazer inquéritos de forma mais independente” - Ibidem

atraído pelas duas rodasa viver há 17 anos na Ásia, eric sautedé era responsável por um jornal académico em Hong Kong, quando foi convidado pelo instituto ricci para desenvolver um projecto semelhante em Macau. o gosto que já tinha pela região, que conhecia dadas as visitas frequentes e por ter coordenado uma publicação sobre a transferência de soberania, levou-o a aceitar o desafio, corria o ano de 2003. “Macau é um local mais descontraído do que Hong Kong e tenho aqui mais amigos do que quando vivia lá”, compara o académico de 43 anos. Quando não está a ensinar, o parisiense gosta de cultivar o gosto pelo motociclismo e também aproveita para passear de bicicleta, lamentando que Macau não esteja bem preparado para o uso deste meio de transporte não poluente. “Há uma oportunidade falhada com a falta de ciclovias em Macau, o que é triste, porque seria fácil ter bicicletas por todo o território. sempre que volto a Paris, utilizo as chamadas ‘bicicletas livres’, mesmo no inverno é uma óptima forma de percorrer a cidade, que é plana”, argumenta. o mergulho e a enologia estão também na lista de preferências de sautedé. este último gosto levou-o a completar o curso de formação avançada em prova de vinhos, ministrado pelo instituto de formação turística.

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localVoX populi

jOSé CARLOS(Residente na RAEM)

- Há quanto tempo é que mora em Ma-cau?

- Ao todo, há 11 anos. Estive aqui dois anos durante a administração portuguesa e estou cá pela segunda vez há nove anos.

- De que forma analisa a evolução de Macau em termos económicos e sociais?

- Macau tem crescido, o que nem sempre representa uma evolução. O crescimento vê-se nas opções que temos. Antigamente tínhamos de ir a Hong Kong para nos sen-tirmos mais cosmopolitas. Agora, acho que já há uma oferta razoável, ainda que muito dependente da indústria dos casinos.

- Macau tem hoje infra-estruturas sufi-cientes ou considera que o Governo ainda poderia fazer mais?

- Não é uma questão de Governo. É uma questão da iniciativa privada e essa mexe... Hoje, por exemplo, já podemos escolher um restaurante de cinco estrelas para jantar. Só continuamos sem cinema com legendas em inglês, o que numa cidade internacional é uma falha grande. Devíamos ter mais cine-mas com legendas em inglês.

- Como é que encara o crescimento da in-dústria do jogo? Acha que trouxe aspectos negativos?

- Todas as coisas têm um lado negativo e positivo, e esta também.

- Mas, por exemplo, tendo em conta que Macau tem-se debatido com a questão da inflação, julga que as duas situações po-dem estar relacionadas?

- Isso tem a ver com a indexação da mo-eda ao dólar americano. E, enquanto o dó-lar se desvalorizar, o que me parece que vai acontecer nos próximos anos, a pataca tam-bém irá. Não percebo nada de economia, mas “não bate a bota com a perdigota” uma das cidades mais ricas do mundo ter uma moeda que se desvaloriza todos os dias.

- Que comentário faz ao novo modelo dos autocarros que recentemente começou a funcionar?

- O problema não é dos autocarros. A questão é que toda a gente está a comprar um ou dois carros numa cidade que tem a mesma área desde há muito tempo. O siste-ma é que está mal controlado. Há uma falta de controlo no tráfego.

a.s.s.

“Há uma falta de controlo do tráfego”

coNdutoRES ExIgEm RESPoStA A REIVINdIcAÇÕES Até 3ª FEIRA

Ultimato na TransmacOs motoristas da Transmac ameaçam abandonar a empresa se as suas reivindicações não forem atendidas, até porque a Reolian está a oferecer um pacote salarial atractivo. Ontem, ficou a saber-se que a Transmac vai deixar de prestar apoio à Reolian nas carreiras números 1, 3 e 3A

Os motoristas da Transmac exigem que seja dada resposta às suas reivindicações até terça-feira, caso contrário ameaçam que poderão tomar me-

didas “sérias”. Os representantes dos funcionários da operadora consideram que a sua entidade patronal não está a proceder de forma “sincera” e prevêem que poderá acontecer uma fuga de recursos humanos, a acrescentar aos mais de 10 motoristas que entretanto já se despedi-ram, para ingressar na Reolian.

Os funcionários reivindicam que os trabalhadores com mais de 60 anos, ou que tenham completado 20 anos de serviço, possam obter 100% do valor da pen-são. Querem também que os motoristas que “tiverem problemas de saúde e não puderem cumprir o que está escrito no contrato, possam pedir reforma e obter cem por cento da pensão”.

Os trabalhadores consideram que as três sessões re-alizadas pela DSAL para recolher as suas opiniões sobre o assunto não tiveram utilidade, até porque, segundo ale-gam, “a DSAL está ao lado da Transmac” e tem atrasado o processo de decisão. “Já fomos exprimir as nossas opiniões e tivemos debates com a entidade patronal por muitas ve-zes. Mas ainda não temos nenhuma resposta clara sobre a questão da idade que dará direito a reforma. Os conduto-res já tiveram muita paciência para se coordenarem com as diferentes entidades intervenientes neste diferendo. Ao mesmo tempo, temos continuado nos nossos postos de trabalho a partir de início de novo modelo de transportes [que aconteceu 1 de Agosto]”, lê-se na declaração.

Para os funcionários, a sua proposta permitiria ul-trapassar a regra que impede a renovação da carta de condução de condutores profissionais com mais de 65 anos. Por outro lado, a proposta “pode dar assistência aos funcionários que já trabalham há muitos anos mas ainda não chegam a idade de ter reforma”, advogam.TRANSMAC DEIXA DE APOIAR. Entretanto, ontem foi revelado que a Tansmac vai deixar de dar apoio à Re-olian em alguns dos percursos que foram adjudicados à nova operadora. A empresa garante que muitos dos seus condutores têm sido aliciados pela concorrência e aban-

donaram os seus postos. Dado que “a falta de condutores em Macau é geral”, a Transmac alega que deixou de ter capacidade para garantir as rotas com os números 1, 3 e 3A. O diferendo entre as duas companhias parece es-tar relacionado com um anúncio publicado pela Reolian no sábado, em que são propostos salários mensais para motoristas que podem atingir 18 mil patacas. A acção de recrutamento indica que condutores com experiência su-perior a 10 anos poderão receber prémios anuais no valor de 100 mil patacas.

A directora da Transmac, Chan Hio Ieong, confirmou que mais de 10 condutores despediram-se no sábado e que, para “manter o seu funcionamento”, a Transmac vai parar de apoiar Reolian. A mesma responsável explicou que já tinha comunicado às autoridades esta intenção, re-alçando que a manutenção dos seus serviços está sempre em primeiro lugar. A directora pensa que a Reolian está a “atrair os condutores sem pensar nas despesas”, o que “não é uma solução em longo prazo” .

Apesar das reclamações, a Transmac decidiu au-mentar os salários a partir Setembro. Assim, os funcioná-rios desta operadora vão beneficiar de um aumento de 18%, e a empresa vai oferecer prémios de 30 mil patacas. Actualmente, os novos condutores recebem cerca de 13 mil patacas mensalmente.

Esta tomada de posição da Transmac não parece es-tar a preocupar a Reolian, pelo menos de acordo com de-clarações de um representante da operadora, citado pela TDM: “Agora temos condutores e autocarros suficientes. Por isso, só temos que ter esses novos funcionários a tra-balhar e passará a haver mais autocarros na rua.” Os Ser-viços para os Assuntos de Tráfego garantiram, através do director do Departamento de Controlo de Tráfego, que vão manter-se atentos às actividades das três operadoras de autocarros, por forma a garantir que há uma concor-rência saudável, não pondo de parte uma eventual redis-tribuição dos percursos, se tal se revelar necessário.

* Com Paulo Barbosa

ViViana chan*

Três pessoas terão sido alegada-mente burladas por um comer-ciante, que já viu ser-lhe dedu-

zida a respectiva acusação por parte do Ministério Público (MP). O caso envolve mais de 10 milhões de pata-cas e promessas de ajuda, envolvendo diligências em Macau, Guangdong e EUA, que não se terão concretizado.

O caso tem como figura central um comerciante de apelido Kuok e 47 anos de idade e remonta a Dezem-bro de 2009, altura em que, segundo explica o organismo, o arguido teve conhecimento que um parente da ví-tima de apelido Lao estava a ser in-vestigado pelos agentes de segurança pública. No comunicado enviado à imprensa, o MP não identifica o pa-rente de Lao, descrevendo-o apenas como “alto oficial do Governo”.

O arguido alegou conhecer al-guém que o podia ajudar a evitar a referida investigação mediante o pa-

comERcIANtE AcuSAdo dE BuRLA No VALoR dE 10 mILhÕES

Promessas sem fronteirasgamento de dinheiro, adianta o MP, acrescentando que tal não viria a acontecer, acabando a vítima por per-der um total de 1,26 milhões de yuan e 790 mil dólares de Hong Kong.

Na mesma altura, o arguido tam-bém soube que outra alegada vítima deste caso, de apelido Sou, pretendia arranjar uma carta de condução que fosse válida na Província de Guang-dong e em Macau. Segundo o MP, Kuok alegou conhecer muita gente que o podia ajudar, o mesmo se apli-cando a uma situação ocorrida em Fevereiro de 2010, depois de ter sido informado de que Sou pretendia imi-grar para os EUA. “O arguido disse que tinha parentes que trabalhavam no departamento de Imigração dos EUA que o podiam ajudar a tratar das respectivas formalidades, mas que era precisa uma oferta pecuniária e de lembranças preciosas”, refere a mesma nota. Porém, de acordo com a

acusação, mais uma vez as promessas não foram cumpridas fazendo com que Sou acabasse por ser lesado em 515 mil yuan e 2,43 milhões de dóla-res de Hong Kong. O caso inclui ainda uma terceira vítima, de apelido Lam, à qual o arguido terá dito, em Março e Abril do mesmo ano, que podia com-prar automóveis de luxo dos EUA por um preço 35% inferior ao praticado no mercado e exportá-los para a China via Macau. Porém, o negócio exigiria o “pagamento do depósito para a com-pra” e de “tarifas de formalidades”. Lam reclama agora perdas que ascen-dem a 6,70 milhões de yuan.

“As três vítimas acreditaram no que o arguido disse e pagaram tudo o que pediu”, salienta o MP, ao explicar que, quando Lao, Sou e Lam pediram informações sobre os resultados das “tarefas” que lhe fo-ram confiadas, o arguido “desapa-receu” e ficou incontactável.

Reolian está a “atrair os condutores sem pensar nas despesas” - Chan Hio Ieong, directora da Transmac

(...) “Já fomos exprimir as nossas opiniões e tivemos debates com a entidade patronal por muitas vezes. Mas ainda não temos nenhuma resposta clara sobre a questão da idade que dará direito a reforma” (...) - comunicado dos trabalhadores da Transmac

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jornal tribuna dE maCau segunda-feira, 29 de agosto de 2011 pág 05

localINCENTIVOS À SEPARAÇÃO DE RESÍDUOS. os serviços de Protecção ambiental e a união geral das associações dos Moradores estão a promover a separação dos resíduos em 11 locais. os primeiros dados, apurados durante um mês, apontam para a recolha de 312 quilos de papéis, 111 quilos de garrafas de plástico e 349 latas de alumínio/ferro.

DEPUTADA CRITICA ATRASO EM OBRA. angela leong alertou para os atrasos na construção da sala de espera do terminal de autocarros localizado junto às Portas do cerco. em interpelação escrita, a deputada apelou à conclusão da obra até outubro, bem como à melhoria do sistema de ventilação.

Melhorar as condições de segu-rança dos estabelecimentos de comidas de Macau, no que

diz respeito ao uso de combustível e de outros equipamentos, é o principal ob-jectivo do grupo de trabalho criado em Agosto pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM). Até ao momento, a primeira fase de fiscalização abrangeu 46 estabelecimentos de comi-das e bebidas com infracções cometidas, mas o objectivo é alargar o processo a todos os espaços do género em Macau, como referiu em conferência de impren-sa Leong Kun Fong, membro do Conse-lho de Administração do IACM. “A pri-meira fase dos trabalhos abrange todos os estabelecimentos que anteriormente cometeram infracções, mas de facto visa a inspecção de todos os estabelecimentos de Macau”, disse. Leong Kun Fong ga-rantiu ainda que dos 46 restaurantes que foram incluídos na lista de fiscalização prioritária, sete conseguiram melhorar as suas condições de segurança, enquan-to três espaços ainda se encontram em processo de aperfeiçoamento.

Muitos dos problemas de seguran-ça que estão associados a estes espaços estão relacionados com o excesso de de-pósito de combustível, as condições de instalação de fogões ou fugas de tubos. Leong Kun Fong explicou que na última inspecção efectuada “dez estabelecimen-tos tinham excesso de depósito de com-bustível, mas foram aplicadas sanções e foi-lhes dado um prazo para corrigir”.

Para já, o objectivo é continuar a chamar a atenção dos proprietários de restaurantes para a necessidade de terem

um espaço aberto de acordo com as leis e normas de segurança. “Esta operação pretende diminuir todos os riscos que nós podemos correr, e eliminá-los o má-ximo possível. Garantir a segurança pú-blica é a nossa prioridade”, defendeu o mesmo responsável. Para tal, está agen-dada para 15 de Setembro uma reunião com a Associação dos Estabelecimentos de Comidas, bem como três sessões de palestras, para explicitar as regras de funcionamento e de segurança a apli-car nestes casos. “Este encontro com os representantes do sector vai permitir transmitir estas ideias e muito em breve vamos também organizar uma palestra sobre a segurança dos combustíveis. Pre-tendemos com essas iniciativas estabele-cer um diálogo com os serviços públicos e com o sector de actividade, tudo com o objectivo de manter a segurança”.

Durante o processo de inspecção efectuado pelo grupo de operação co-lectiva do IACM, são analisados todos os mecanismos que possam incorrer em infracção, ou seja, “situações que possam constituir perigo para a segurança am-biental e do público”. Depois são aplica-das as devidas sanções e dado um prazo ao estabelecimento para melhorar todas as condições deficitárias, o que depende de cada caso. “Cada situação é diferen-te, alguns problemas são corrigidos em algumas horas, outros levam dias. Tudo depende do parecer técnico dado pelo grupo de inspecção”, salientou Leong Kun Fong.

E é precisamente esse parecer que vai determinar se o estabelecimento encerra ou não. “Depois de se verificarem situ-ações que violem a lei, o primeiro passo será a penalização. O encerramento será

baseado nos pareceres técnicos do grupo de operação colectiva, e temos de ter con-fiança”, afirmou Leong Kun Fong. EXPLOSÃO SERVIU DE “LIÇÃO”. Questionado sobre o acidente ocorrido há cerca de um mês num estabelecimento do Edifício Centro Internacional, e que cau-sou 13 feridos, Leong Kun Fong assegu-rou que o IACM fez todas as acções pos-síveis no processo de inspecção ao local. “Fizemos todo o trabalho necessário de inspecção, inclusivamente a aplicação da multa. Quanto à situação de salubridade pública, o IACM irá melhorar essa situa-ção, de acordo com as suas competências e fazendo a ligação com os serviços públi-cos. Este incidente abalou a sociedade de Macau e foi de facto uma lição que apren-demos, e vamos actuar de acordo com a gravidade das infracções”, disse.

Por determinar está ainda o apu-ramento das responsabilidades do aci-dente que terá sido provocado por uma fuga de gás, de acordo com uma investi-gação preliminar do Corpo de Bombei-ros. “Até agora, a responsabilidade de-veria ser assumida por todos os donos do estabelecimento, esta é a maneira correcta de o fazer”, defendeu o respon-sável do IACM. Isto porque o dono do estabalecimento em causa terá fugido, e até ao momento desconhece-se o seu paradeiro, como afirmou Leong Kun Fong. “Temos um mecanismo de aviso e depois de emitido haverá outros passos a dar. O pessoal responsável não vai po-der escapar das suas responsabilidades. Vamos fazer os possíveis para verificar essa situação”, garantiu.

a.s.s.

IAcm PRomEtE mAIS FIScALIZAÇÃo PARA todoS oS EStABELEcImENtoS

39 restaurantes continuam na “lista negra”Do grupo de 46 estabelecimentos de comidas com historial de infracções apenas sete melhoraram já as suas condições de segurança, concluiu um grupo de inspectores tutelado pelo IACM. O objectivo é alargar este processo de fiscalização a todos os estabelecimentos, assegurou o organismo

uNIdAdES PREmIAdAS REduZEm coNSumo dE ENERgIA E ÁguA

Hotéis estão mais “verdes”Os empreendimentos que receberam o prémio “Hotel Verde” já obtiveram resultados significativos em termos de poupança no consumo de energia eléctrica e água, bem como na redução do volume da produção de resíduos

Nos hotéis distinguidos pelo Go-verno devido às acções imple-mentadas em prol da protecção

ambiental, o volume de energia eléctri-ca consumida registou quebras de 7% a 42% entre Janeiro e Novembro de 2010, comparativamente ao período homólo-go de 2007, o que equivale a uma redu-ção de 5.200 toneladas de carbono. Os dados revelados pela Direcção dos Ser-viços de Protecção Ambiental (DSPA) indicam ainda que o consumo de água também desceu entre 13% e 41%, en-quanto que o volume da produção de resíduos baixou entre 13% e 36%.

Apesar de encarar os números com optimismo, a DSPA assegura que, em colaboração com os sectores de hotela-ria e turismo, continuará a optimizar e a melhorar os critérios e indicadores do “Prémio Hotel Verde”, por forma a que

as unidades hoteleiras promovam ain-da mais a poupança de recursos.

“Para evidenciar a flexibilidade e a imparcialidade da atribuição de prémios, foi introduzido, pela primei-ra vez, no Prémio Hotel Verde Macau 2011, um sistema de avaliação por factores de ponderação”, explicou a DSPA, numa sessão de esclarecimento sobre as novas regras, ao frisar que os candidatos estão obrigados a respeitar as exigências definidas. Desta forma, o organismo pretende assegurar “um melhoramento constante das medidas adoptadas a favor do ambiente, nome-adamente na conservação de energia e de água e na redução de resíduos”.

A DSPA recordou ainda que o Go-verno instituiu o “Fundo para a Protec-ção Ambiental e a Conservação Ener-gética”, através do qual, poderá ser concedido apoio financeiro às empre-sas para a aquisição ou substituição de produtos e equipamentos que possam contribuir para a melhoria da qualida-de do ambiente, o aumento da eficiên-cia energética ou a poupança de água.

Sem adiantar pormenores, a DSPA prometeu lançar uma série de políti-cas e medidas no sentido de reforçar a cooperação contínua com o sector do

Vários hotéis têm adoptadosoluções amigas do ambiente

Não residentesvoltaram a crescerno mês de Julho O número de trabalhadores não residen-tes em Macau manteve a tendência de crescimento no mês de Julho, ao atingir um total de 87.127, mais 2,2 por cento do que os 85.273 contabilizados em Junho, revelam dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública publicados no “site” do Gabinete para os Recursos Humanos (GRH). Mais de metade dos trabalha-dores não residentes continuam a ser oriundos da China Continental (50.118), seguindo-se os mercados das Filipinas (12.496), Vietname (7.840), Hong Kong (5.697), Indonésia (4.419), Nepal (1.884), Tailândia (849), Malásia (781), Birmânia (468) e Taiwan (477). No final do mês de Julho, o ramo dos hotéis e restaurantes destacava-se em termos da importação de mão-de-obra, ao absorver um total de 25.334 trabalhadores não residentes. Já as famílias empregavam 15.980 traba-lhadores domésticos não residentes. Na área das lotarias e actividades culturais e recreativas o número total cresceu para 11.604, mas inclui 3.500 trabalhadores não residentes do ramo da construção civil que foram contratados directamen-te pelas empresas de lotarias e outros jogos de apostas.

turismo e hotelaria, contribuir para a protecção do ambiente, reduzir os cus-tos das actividades hoteleiras, reforçar a responsabilidade empresarial dos hotéis e elevar a imagem destes em termos do seu desempenho na promoção da pro-tecção ambiental.

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pág 06 segunda-feira, 29 de agosto de 2011 jornal tribuna dE maCau

localAFA SATISFEITA COM PRESENÇA EM TAIPÉ. a associação “art for all” (afa) fez um balanço positivo da sua participação na feira “art taipei 2011”, que juntou cerca de 700 artistas na capital de taiwan. fortes Pakeong sequeira, João Ó, sylviye lee ieng Wai, tong chong e lai sio Kit foram os artistas de Macau presentes no evento.

ARQUIVO ENCERRA SALA. a sala de leitura do arquivo Histórico de Macau ficará encerrada ao público a partir de hoje até 11 de setembro. a medida foi motivada pela realização de obras de manutenção no edifício do arquivo.

Aviso para Levantamento de Documento

O Serviço de Migração do CPSP emite a partir de 29/08/11 até 02/09/11 os TI/TNR correspondentes aos n.°s dos recibos de receita arrecadada constantes no quadro seguinte. Os respectivos trabalhadores devem inicialmente confirmar a emissão do seu TI/TNR na respectiva data indicada no quadro através da página na internet desta Polícia (http://www.fsm.gov.mo/psp/tnr2/enq.asp) ou, telefonar para o n.° 28725488. Posteriormente, na referida data e munidos do respectivo recibo e do TI/TNR de modelo antigo, devem dirigir-se pessoalmente ao Com.° TNR do SM para procederem ao levantamento do TI.

O ComandanteLei Siu Peng

Superintendente-Geral

29/08/2011

Pedidos de renovação cujos recibos de receita arrecadada foram emitidos a partir de 06/07/10 bem comos

os interessados não possuidores de TI/TNR de modelo antigo

Data para o levantamento

29/08/201130/08/201131/08/201101/09/201102/09/2011

Data de emissão do recibo

15/10/2010 - 10/11/201010/11/2010 - 01/12/201001/12/2010 - 21/12/201021/12/2010 - 05/01/201105/01/2011 - 25/01/2011

N° do recibo

244851 até 253824253827 até 261426261446 até 268087268089 até 273181273182 até 278683

ESCAE CONSULTADORIA (MACAU) LDA.

Pessoa Colectiva nº 38744 (SO)

Dissolvida e extinta pelo encerramento da

liquidação Ap. 46/16082011 da Conservatória

dos Registos Comercial e de Bens Móveis

Qualified native English teacher (F), available from Sept/Oct. 2011 in Macau.

From children to IELTS. Uni. of NSW degree plus DELTA

(Cambridge Diploma). Need a contract basis.

Also speak good French, Spanish.

Please contact directly Macau: (853) 63805076 HK: (852) 63403581

[email protected]

tuRISmo AtENto A “SEtE mARAVILhAS dA gAStRoNomIA”

concurso pode “aguçar”“apetite” em MacauO concurso “7 Maravilhas da Gastronomia” é uma oportunidade para aumentar as exportações de Portugal para a Ásia, sobretudo de vinhos, defendem responsáveis ligados ao turismo em Macau, ao referirem a abertura e curiosidade daquele continente por novos paladares

O que se nota nos últimos anos, e principalmente em Macau e na China, é a abertura do país. E isso traz muita gente curiosa e com vontade de

experimentar coisas novas, tanto ao nível dos vinhos como da culinária”, disse à Agência Lusa o assistente de direcção de alimentação e bebidas do hotel Four Se-asons Macau, Ricardo Pina, ao notar que “o cliente chi-nês gosta de comer bem”.

Por sua vez, António Coelho, chefe e proprietário do restaurante “António”, na vila da Taipa (Macau), constatou que o vinho “tem vindo a ganhar populari-dade” entre os chineses que visitam Macau, e defendeu que é preciso exportar para outras paragens da Ásia, como “o Vietname, as Filipinas, a Tailândia ou a Coreia do Sul”.

A Região pode ser “um centro de distribuição de vinho português” para o continente asiático, sublinhou, destacando ainda a possibilidade de entrada de vinhos até aqui desconhecidos no território onde persiste um legado português com quase 500 anos.

Para o proprietário do restaurante recomendado pelo guia Michelin, “serão dados a conhecer muitos vi-nhos, o que pode aguçar o apetite de muitos restauran-tes em Macau”.

Além da expansão da cultura vinícola, a transmis-são televisiva da iniciativa “7 Maravilhas da Gastro-nomia” pode contribuir para diversificar os produtos portugueses entrados na Região, porque “nem todos chegam ainda”, salientou.

“Estes programas, vistos noutros países, essencial-mente através da RTP internacional, dão a conhecer de-terminados produtos que ainda não existem em Macau e que os importadores podem pensar em importar tam-

bém”, continuou António Coelho.

A pedagogia vai até aos restau-rantes espalhados pelo mundo, com o chefe a observar que o concurso pode levar os respectivos proprietários a “reporem al-guns pratos esquecidos nas suas cartas”.

“Nem toda a gente conhecerá a alheira de Miran-dela, por exemplo. E mesmo o pastel de nata, que é bas-tante conhecido na Ásia, não será tão conhecido noutras regiões do mundo”, justificou.

O empresário português orgulha-se de ter quase todos os 21 pratos nomeados na carta de “O António”, excepto o “xarém com conquilhas” e a “sopa da pedra”, o primeiro por não o considerar uma das sete maravi-lhas gastronómicas portuguesas, e o segundo pelas di-ficuldades inerentes à distância dos continentes, mas, ainda assim, é confeccionado a pedido.

A competição dos pratos típicos portugueses é tema de conversa nas mesas dos emigrantes, e às ve-zes coloca-lhes o desafio de uma receita antiga, como já aconteceu a Ricardo Pina.

O profissional do hotel Four Seasons em Macau, que já trabalhou em Portugal, na Jamaica e noutras regi-ões da Ásia, vê no concurso “uma boa oportunidade de marketing” e de afirmação da identidade gastronómica portuguesa, muitas vezes “injustamente confundida com a espanhola”.

A cerimónia da declaração oficial das “7 Maravi-lhas da Gastronomia” vai decorrer no dia 10 de Setem-bro, em Santarém.

Na final do concurso estarão representadas 21 iguarias, de norte a sul e ilhas, depois de na primeira fase terem entrado em prova mais de 400 pratos.

Macau registou mais de 13 milhões de visitantes no primeiro semestre de 2011, mais de 90% dos quais vindos da China Continental, Hong Kong e Taiwan.

JTM/Lusa

BrevesUM coopera comMinas Gerais o director da faculdade de ciências sociais e Humanas da universidade de Macau (uM), Hao Yufan, e o sub-director do Departamento de Português, Yao Jing Ming, deslocaram-se ao Brasil para discutir a realização de acções de intercâmbio de professores e alunos e o desenvolvimento de projectos de ensino e de pesquisa com a universidade federal de Minas gerais (ufMg), noticiou a instituição brasileira na sua página da internet. a visita surge na sequência de uma outra realizada em Maio por rui Martins, vice-reitor da uM, que assinou na altura um memorando tendo em vista a concretização daquelas iniciativas. “vamos discutir os desdobramentos concretos do acordo de cooperação que pretendemos efectivar em 2012”, explicou eduardo vargas, director de relações internacionais da ufMg, ao notar que o acordo começou a ser discutido em 2010, quando representantes da instituição brasileira participaram, em Macau, no encontro anual da associação das universidades de língua Portuguesa (aulP). “Macau é uma porta de entrada para a Ásia e faz parte da comunidade chinesa, de modo que esse intercâmbio representa uma abertura para a nossa relação com a china”, comentou o reitor da ufMg, clélio campolina.

Governo aperfeiçoasegurança informáticao governo da raeM vai apostar na gestão centralizada da segurança informática, elaborar mais regulamentações nesse âmbito e elevar o nível de sensibilização junto dos serviços públicos, assegurou a Direcção dos serviços de administração e função Pública (safP). a garantia foi dada depois de terem sido detectadas “deficiências” no último inquérito sobre a segurança da informática, realizado em Março do corrente ano. os itens relacionados com a “consciência de segurança e formação”, “investigação e auditoria”, “avaliação de riscos” e “coordenação na emergência de incidentes de segurança” foram os que apresentaram níveis mais baixos em termos de melhoramentos.

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localALBERGUE E IEEM ORGANIZAM ACE5. o instituto de estudos europeus de Macau (ieeM) e o albergue scM integram a organização do 5º simpósio sobre arquitectura, cultura e ambiente (ace5), que decorrerá em vila viçosa, entre 14 e 15 de outubro. inicialmente criado para Macau, o ace seguiu o rumo da internacionalização em 2009.

FESTIVAL GASTRONÓMICO NA DOCA. um festival de gastronomia internacional vai animar a Doca dos Pescadores entre 5 de setembro e 7 de outubro. o evento dará ênfase à gastronomia do sudeste asiático, alemanha, rússia, austrália e Portugal.

BrevesIPM deu boas-vindas a mais de 700 alunos o instituto Politécnico de Macau (iPM) iniciou o ano académico de 2011/2012 com mais de 700 novos estudantes. Na cerimónia de abertura, realizada no sábado, o presidente do iPM, lei Heong iok, salientou que o número de candidatos à frequência de cursos na instituição continua a crescer de forma contínua, tendo atingido mais de 2.500 este ano. No total, o iPM admitiu mais de 600 alunos locais e cerca de uma centena provenientes do interior da china. lei Heong iok voltou ainda a destacar a importância da cooperação com instituições lusas, ao adiantar que mais de 20 estudantes de Portugal vão fazer acções de intercâmbio no iPM no corrente ano.

Deputado exige Lei anti-violência domésticaHo ion sang, deputado da assembleia legislativa, exortou o governo a avançar com a proposta de lei que visa combater a violência doméstica. Para Ho ion sang, que também é subdirector da união geral das associações dos Moradores de Macau, é urgente acelerar o trabalho legislativo sobre essa matéria por forma a reforçar a segurança das mulheres e dos filhos. Numa interpelação escrita submetido ao governo, o mesmo responsável lembrou ainda que a associação das Mulheres anunciou ter recebido, via telefone, 2.300 pedidos de apoio nos últimos seis anos, incluindo 1.300 casos directamente relacionados com a violência doméstica.

Mais dois auto-silos abertos ao público os auto-silos da estrada flor de lótus - ao lado dos serviços de imigração, em Pac on - e do edifício fai fu, que integra o complexo de habitação social de fai chi Kei, entraram em funcionamento à meia-noite de ontem, anunciou a Direcção dos serviços para os assuntos de tráfego (Dsat). No total, os dois novos parques de estacionamento disponibilizam 631 lugares para automóveis ligeiros e 706 para motociclos. as tarifas foram fixadas em três patacas por hora para os automóveis ligeiros e uma pataca para os motociclos. o auto-silo do edifício fai fu ocupa três andares, enquanto que o de Pac on é uma instalação independente de cinco pisos, com ligação à fronteira da Ponte de flor de lótus através da parte superior da infra-estrutura.

Doença cerebrovascularmotiva palestra na APOMAC

“Doença cerebrovascular” foi o tema de uma palestra promovida no sábado pela associação dos aposentados, reformados e Pensionistas de Macau

(aPoMac), em colaboração com o Hospital Kiang Wu. Proferida pelo neurologista Ben tam, médico especialista do referido hospital, a palestra teve o patrocínio da Direcção dos serviços de saúde e, segundo a aPoMac, contou com uma grande participação dos seus associados que colocaram várias questões relacionadas com a doença em causa.

oPEN dE mAcAu SERÁ VISto Em 200 PAÍSES

Golfe volta a coloane com recorde de prémiosO regresso do Open de Golfe de Macau já foi confirmado pela “Asian Tour”. Agendada para meados de Setembro, a prova promete ser a mais atractiva de sempre, oferecendo um recorde de prémios e uma vasta cobertura televisiva

A “Asian Tour” reintegrou o Open de Golfe de Macau no seu calendário anual de provas, con-firmando assim o cenário antecipado pelo JTM

no início deste mês. O regresso da modalidade aos “gre-ens” do “Golf and Country Club”, em Coloane, está marcado para o período de 15 a 18 de Setembro e pro-mete ficar na história do Open de Macau, devido à forte aposta feita pela organização.

Além de bater o seu recorde de prémios em cerca de 50 por cento, atingindo os 750 mil dólares norte-ame-ricanos, a prova também terá uma cobertura televisiva sem precedentes. Segundo as entidades organizado-ras, quatro rondas do Open de Macau terão honras de transmissão mundial através da plataforma televisiva da “Asian Tour”, assegurada pelo grupo IMG. “Com o Open de Macau a ter lugar numa segunda metade do ano muito activa para a Asian Tour, o torneio será uma parte integrante da corrida à nossa Ordem de Mérito”, sublinhou Kyi Hla Han, presidente executivo do circui-to profissional asiático de golfe.

Por isso, o responsável da “Asian Tour” acredita que o Open de Macau irá reunir as principais estrelas do circuito, para “competirem por um título verdadei-ramente prestigioso”. “O Open de Macau possui um rico legado e tem sido um dos torneios mais populares para os nossos jogadores ao longo dos anos”, vincou ainda Kyi Hla Han.

O entusiasmo estende-se também ao presidente do Instituto do Desporto, que destacou a importância da parceria estabelecida com a IMG, na medida em que permitirá levar imagens da prova a cerca de 800 milhões de espectadores de duas centenas de países. “Com as transmissões televisivas em directo, o Open de Macau irá percorrer um longo caminho para promover a cida-de como um destino vibrante”, frisou Alex Vong.

“Com um recorde de prémios, acreditamos que este é o início de um novo e emocionante capítulo para

o Open de Macau”, acrescentou o mesmo responsável.O Open de Macau integra o circuito da “Asian

Tour” desde 1998, mas no ano passado foi suspenso por falta de patrocinadores, o que obrigava o Governo a to-talidade dos custos. Segundo o Instituto do Desporto, a situação arrastava-se desde 2003, altura em que a Socie-dade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) deixou de patrocinar o evento.

Para o presidente da “Asian Tour”, o regresso da prova de Macau também veio consolidar o crescimen-to do circuito asiático, traduzido no primeiro semestre deste ano pelo lançamento de dois novos torneios, na Índia e Indonésia. Para Outubro e Dezembro estão ain-da previstas mais duas estreias no calendário asiático, concretamente em Seul e Banguecoque.

O indiano S.S.P. Chowrasia é o actual líder da clas-sificação da Ordem de Mérito da “Asian Tour”, após ter conquistado prémios superiores a 220 mil dólares americanos, mas os seus rivais directos terão agora em Coloane uma oportunidade adicional para encurtarem distâncias, caso consigam prestações à altura de ilus-tres vencedores da prova, como o inglês Lee Westwood (1999), o chinês Zhang Lianwei (2001 e 2002), o escocês Colin Montgomerie (2003), o formosino Lu Wen-teh (2007) ou o tailandês Thaworn Wiratchant, último cam-peão do Open, em 2009.

Ao longo da sua história, o evento também atraiu outros nomes com créditos firmados no golfe mundial, como Nick Price (Zimbabwe), Nick Faldo (Inglaterra), Vijay Singh (Fiji), Steve Elkington (Austrália), Fred Couples e Mark O’Meara (EUA) ou Padraig Harring-ton (Irlanda).

Embora tenha perdido a lide-rança do campeonato, o pilo-to de Macau acredita que os

resultados alcançados em Sepang ainda o mantêm numa boa posição para lutar pelo título. Após ter sido o mais veloz nos treinos livres, Ro-dolfo Ávila foi o quarto mais rápi-do na qualificação para a primeira corrida, que juntou 26 pilotos. O piloto da “Team Jebsen” não con-seguiu ultrapassar nenhum dos adversários e efectuou uma corri-da solitária, vendo a bandeira de xadrez no quarto lugar.

A história repetiu-se na se-gunda manga, disputada ontem, com a Ávila a terminar as 11 voltas ao circuito de Sepang na posição em que arrancou.

“Certamente que gostaria de ter subido ao pódio este fim-de-semana, mas foi impossível. Desta vez não conseguimos fazer aquela

PILoto NÃo chEgou Ao PÓdIo Em SEPANg

Ávila perdeu a liderançaRodolfo Ávila abandonou a liderança da Taça Porsche Carrera Ásia, depois de ter terminado na quarta posição as duas corridas realizadas este fim-de-semana no circuito malaio de Sepang

diferença nas afinações do carro. Nas nove primeiras curvas não per-díamos tempo para os nossos mais directos opositores, mas no último terço do circuito estávamos clara-mente mais lentos. O mais impor-tante é que saímos de Sepang ainda bem colocados para lutar pelo título do campeonato”, salientou Rodolfo Ávila, no final das corridas.

Os dois resultados obtidos em Sepang relegaram Ávila para a segunda posição do campeona-to, mas a assessoria do jovem pi-loto sublinha que a desvantagem é passível de anulação nos dois eventos da Taça Porsche Carrera Ásia que ainda faltam disputar esta temporada.

A próxima prova do campe-onato será realizada no circuito Marina Bay, o traçado citadino que vai acolher o Grande Prémio de Fórmula 1 de Singapura.

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Ainda o jogo não tinha começado e já se percebia que iria existir um duelo não apenas em cam-po mas também nas bancadas. De um lado, os

brasileiros faziam a festa cantando e gritando, enquan-to que do outro se apoiava os Estados Unidos. Thaissa, Dani Lins ou Fabi eram alguns dos nomes que se po-diam ler nos cartazes amarelos, e o momento da entra-da das jogadoras em campo levou o público ao rubro.

Os Estados Unidos começaram o jogo a marcar e, no final do primeiro “set”, mantiveram a vantagem, mas a equipa brasileira deu boa resposta e fez bons re-mates, apesar da forte defesa americana.

Estimuladas por uma vitória de 26-24, as norte-americanas entraram no segundo “set” a atacar ainda mais. As brasileiras continuavam a não facilitar e conse-guiram manter bastante equilíbrio na partida. Da ban-cada ouvia-se “Sheila” e canções que se sobrepunham aos gritos de apoio às americanas. “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”, ouvia-se. Do lado oposto, viam-se bandeiras americanas e ouvia-se “USA, USA”. Continuavam os bons remates e defesas de ambos os lados, que levaram o público ao rubro. No final, o “set” ficou por 25-20, com vantagem dos Esta-dos Unidos.

No terceiro “set”, a diferença no resultado, com vantagem das americanas, tornou-se mais evidente. Contudo, as brasileiras não deixaram de atacar as ad-versárias com remates fortes. A capitã Fabiana Claudino benzeu-se antes de entrar em campo, num dos interva-los do terceiro “set”, mas tal não foi suficiente para dar sorte à equipa. Os Estados acabaram mesmo por vencer este último “set” por 25-21, o que resultou numa vitória por 3-0 e na revalidação do título mundial.

A derrota não parou a festa em ambos os lados, e continuaram as canções e os gritos de apoio, prin-cipalmente no momento em que as equipas subiram ao pódio. Na bancada onde se viram mais bandei-ras americanas, o JTM encontrou dois jovens que seguravam um cartaz a dizer “I love Hooker”. “Os Estados Unidos jogaram muito bem e para mim a Hooker (Destinee) é a melhor da equipa. Acho que jogaram muito bem”, disse Nam, enquanto continu-ava a gritar “USA, USA”. Do outro lado, Natacha, residente em Macau há 11 anos, confessou que já sa-bia que ia ser um jogo difícil. “Elas estavam muito fortes, já tínhamos visto que tinham potencial. Foi uma boa final com duas equipas muito fortes”, afir-mou a brasileira ao JTM.

Em conferência de imprensa, Fabiana Claudino apontou os erros das brasileiras: “Não entrámos com a alegria que temos vindo a mostrar ao longo destes jo-gos. O bloqueio e a defesa delas foi diferente do nosso, e não conseguimos fazer bem isso”. Já a capitã da equi-pa americana, Jennifer Tamas, agradeceu a recepção da RAEM. “A nossa equipa esteve fantástica. Macau rece-beu-nos muito bem desde a última final, há 10 anos, e o apoio foi muito grande”, salientou. UMA DECEPÇÃO CHAMADA CHINA. De manhã, Sérvia e Rússia defrontaram-se num jogo que confir-mou as sérvias como a grande surpresa desta final, tendo conquistado o terceiro lugar com uma vitória por 3-0. O treinador sérvio, Zoran Terzic, lembrou o facto de ser a primeira vez que a sua equipa chegou a uma

EuA RENoVARAm o tÍtuLo do gRANdE PRémIo muNdIAL dE VoLEIBoL FEmININo

americanas foram rainhas da festa no “Dome”Foi um jogo equilibrado num pavilhão com alguns lugares vazios, mas cheio de emoção vinda das bancadas. Os Estados Unidos renovaram o título de melhores do mundo e ganharam ao Brasil por 3-0. De manhã, a Sérvia levou a melhor sobre a Rússia e ocupou o lugar mais baixo do pódio no Grande Prémio de Voleibol Feminino

local“A nossa equipa esteve fantástica. Macau recebeu-nos muito bem desde a última final, há 10 anos, e o apoio foi muito grande” - jennifer Tamas, capitã dos EUA

“Não entrámos com a alegria que temos vindo a mostrar ao longo destes jogos. O bloqueio e a defesa delas foi diferente do nosso, e não conseguimos fazer bem isso” - Fabiana Claudino, capitã do Brasil

1ª Vez

TRIbUNAL DE SEgUNDA INSTâNCIA ANÚNCIO

Proc. nº 399/2011Autos de Revisão e Confirmação de Decisões

Proferidas por Tribunais ou Árbitos do Exterior de Macau

Requerente: Filomena Marie Jorge dos Santos, solteira, maior, de nacionalidade australiana, residente em 33 Church Street, Abbotsford, Melbourne VIC 3067, Austrália. Requeridos: Interessados Incertos e Ministério Público.

FAZ-SE SABER que, pelo Tribunal e processo supra identificados, correm éditos de 30 (trinta) dias, citando os Interessados Incertos, para no prazo de 15 (quinze) dias, findo o dos éditos, que se contará a partir da segunda e última publicação deste anúncio, contestarem, querendo (nos termos do nº 1 do artº 1201º do Código do Processo Civil de Macau), o pedido formulado pela Requerente, que resumidamente consiste em pedir a revisão e confirmação da sentença proferida em 02/06/2010, pelo Supremo Tribunal de Victoria, Austrália, que decretou provado e reconhecido como válido o testamento de Natalino Nael Felicio Jorge, lavrado a 06/09/2007 (falecido em 22/01/2010, no estado de solteiro e sem descendência), tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial e respectivos documentos que se encontram na Secretária deste Tribunal à disposição de eventuais interessados, sob pena do processo prosseguir os ulteriores termos com a intervenção do Digno Magistrado do Ministério Público, nos termos do disposto no artº 51º, nº 1 do Código do Processo Civil de Macau.

A constituição de Advogado, com inscrição em Associação dos Advogados de Macau é obrigatória, nos termos do artº 74º, nº 1, alínea b) do Código de Processo Civil de Macau, se for contestado o pedido formulado pela requerente.

Macau, 21 de Julho de 2011.

O Juiz Relator,Lai Kin Hong

A Escrivã-Principal,Leong Cho Hong

“JTM” - 29 de Agosto de 2011

ANÚNCIO

HONg LONg - COMPANHIA DE INVESTIMENTO (INTERNACIONAL), LIMITADA

Anuncia-se, para os devidos efeitos, que conforme deliberação dos sócios, cuja menção foi inscrita no livro de actas da sociedade em 8 de Julho de 2011, foi deliberada a dissolução e o encerramento da HONg LONg - COMPANHIA DE INVESTIMENTO(INTERNACIONAL), LIMITADA, em chinês e, em inglês, HONG LONGINVESTMENT COMPANY (INTERNATIONAL) LIMITED, com sede na Rua de Malaca, n.º 96, Edifício Centro Internacional, Bloco I, r/c, H, I, J, em Macau, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o n.º 16473(SO) com o capital social de MOP100.000,00 (cem mil patacas).

O acto supra mencionado foi devidamente registado na aludida Conservatória pela inscrição a que se refere a apresentação n.º 38/16082011 e o título em que se baseou o mesmo encontra-se arquivado na respectiva pasta, pelo que a referida sociedade é considerada extinta, para todos os efeitos legais.

Macau, 26 de Agosto de 2011

Pela Administração,Hoi Wa Fan

ANÚNCIO

COMPANHIA DE INVESTIMENTO E CONSTRUÇÃO PREDIAL

WA LONG, LIMITADA

Anuncia-se, para os devidos efeitos, que conforme deliberação dos sócios, cuja menção foi inscrita no livro de actas da sociedade em 30 de Junho de 2011, foi deliberada a dissolução e o encerramento da COMPANHIA DE INVESTIMENTO E CONSTRUÇÃO PREDIAL WA LONG, LIMITADA, em romanização, WA LONG TEI CHAN TAU CHI IAO HAN CONG SI e, em inglês, WA LONG CONSTRUCTION AND INVESTMENT COMPANY LIMITED, com sede na Rua de Malaca, n.º 96, r/c, Edifício Centro Internacional, Bloco 1, em Macau, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o n.º 6243(SO) com o capital social de MOP100.000,00 (cem mil patacas).

O acto supra mencionado foi devidamente registado na aludida Conservatória pela inscrição a que se refere a apresentação n.º 37/16082011 e o título em que se baseou o mesmo encontra-se arquivado na respectiva pasta, pelo que a referida sociedade é considerada extinta, para todos os efeitos legais.

Macau, 26 de Agosto de 2011

Pela Administração,Che Iok Teng

Page 9: JTM 29-08-2011

pág 09segunda-feira, 29 de agosto de 2011 jornal tribuna dE maCau

final. “Estou muito orgulhoso. É a primeira vez que a Sérvia participa na grande final da FIVB e ganhámos uma medalha de bronze. Espero que joguemos ao mes-mo nível no próximo campeonato europeu”. Já a capitã russa, Maria Borisenko, agradeceu à sua equipa depois do jogo. “Tivemos uma competição dura e longa. Tenho que agradecer à minha equipa pelo esforço”. A China acabou por se revelar como a grande decepção da fase final, tendo ficado em 8o e último lugar, sem qualquer vitória. O Japão assumiu a quinta posição, seguido da Tailândia e da Itália.

Em jeito de balanço, José Tavares, vice-presidente do Instituto do Desporto e um dos membros do comité de organização do evento, afirmou ao JTM que espera-va mais adesão do público. “Os bilhetes estavam todos

EuA RENoVARAm o tÍtuLo do gRANdE PRémIo muNdIAL dE VoLEIBoL FEmININo

americanas foram rainhas da festa no “Dome”

local“Fizemos carreiras especiais, mas houve sempre dificuldade em encher este espaço. Se calhar vai levar tempo até as pessoas se acostumarem que o ‘Dome’ não fica tão longe do Senado” - josé Tavares, vice-presidente do Instituto do Desporto

vendidos, mas há pessoas que não estando a China a jogar, pensam duas vezes e não vêm”. “Sucesso” foi a palavra que utilizou para descrever a organização des-te campeonato. “Houve uma mudança do formato da competição, com mais equipas, e nas próprias instala-ções, que são melhores. A Federação está muito satisfei-ta”, assegurou.

Contudo, José Tavares recordou que a localização do “Macau Dome” poderá ter sido um factor para uma menor afluência do público. “Fizemos carreiras espe-ciais, mas houve sempre dificuldade em encher este espaço. Se calhar vai levar tempo até as pessoas se acos-tumarem que o ‘Dome’ não fica tão longe do Senado”, afirmou o responsável.

a.s.s.

“Estou muito orgulhoso. É a primeira vez que a Sérvia participa na grande final da FIVB e ganhámos uma medalha de bronze. Espero que joguemos ao mesmo nível no próximo campeonato europeu” - Zoran Terzic, treinador da Sérvia

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COMPANHIA DE INVESTIMENTO E CONSTRUÇÃO PREDIAL

POU UN, LIMITADA

Anuncia-se, para os devidos efeitos, que conforme deliberação dos sócios, cuja menção foi inscrita no livro de actas da sociedade em 30 de Junho de 2011, foi deliberada a dissolução e o encerramento da COMPANHIA DE INVESTIMENTO E CONSTRUÇÃO PREDIAL POU UN, LIMITADA, em romanização, POU UN TEI CHAN SAT IP IAO HAN CONG SI e, em inglês, POU UN CONSTRUCTION AND INVESTMENT COMPANY LIMITED, com sede na Rua de Malaca, n.º 96, r/c, Edifício “Centro Internacional”, Bloco 1, em Macau, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o n.º 6241(SO) com o capital social de MOP100.000,00 (cem mil patacas).

O acto supra mencionado foi devidamente registado na aludida Conservatória pela inscrição a que se refere a apresentação n.º 40/16082011 e o título em que se baseou o mesmo encontra-se arquivado na respectiva pasta, pelo que a referida sociedade é considerada extinta, para todos os efeitos legais.

Macau, 26 de Agosto de 2011

Pela Administração,Che Iok Teng

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COMPANHIA DE INVESTIMENTO E CONSTRUÇÃO PREDIAL

POU I, LIMITADA

Anuncia-se, para os devidos efeitos, que conforme deliberação dos sócios, cuja menção foi inscrita no livro de actas da sociedade em 30 de Junho de 2011, foi deliberada a dissolução e o encerramento da COMPANHIA DE INVESTIMENTO E CONSTRUÇÃO PREDIAL POU I, LIMITADA, em romanização, POU I TEI CHAN CHI IP IAO HAN CONG SI e, em inglês, POU I CONSTRUCTION AND INVESTMENT COMPANY LIMITED, com sede na Rua de Malaca, n.º 96, r/c, Edifício “Centro Internacional”, Bloco 1, em Macau, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o n.º 6242 (SO) com o capital social de MOP100.000,00 (cem mil patacas).

O acto supra mencionado foi devidamente registado na aludida Conservatória pela inscrição a que se refere a apresentação n.º 39/16082011 e o título em que se baseou o mesmo encontra-se arquivado na respectiva pasta, pelo que a referida sociedade é considerada extinta, para todos os efeitos legais.

Macau, 26 de Agosto de 2011

Pela Administração,Che Iok Teng

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COMPANHIA DE DECORAÇÃO E ObRAS

POU LONg (MACAU) LIMITADA

Anuncia-se, para os devidos efeitos, que conforme deliberação dos sócios, cuja menção foi inscrita no livro de actas da sociedade em 30 de Junho de 2011, foi deliberada a dissolução e o encerramento da COMPANHIA DE DECORAÇÃO E ObRAS POU LONg (MACAU) LIMITADA, em romanização, (OU MUN) POU LONG CHIT KAI CONG CHENG IAO HAN CONG SI e, em inglês, POU LONG(MACAU) DESIGN & ENGINEERING COMPANY LIMITED, com sede na Rua de Malaca, n.º 96, Bloco 1, rés-do-chão “HIJ”, em Macau, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o n.º 12543(SO) com o capital social de MOP100.000,00 (cem mil patacas).

O acto supra mencionado foi devidamente registado na aludida Conservatória pela inscrição a que se refere a apresentação n.º 36/16082011 e o título em que se baseou o mesmo encontra-se arquivado na respectiva pasta, pelo que a referida sociedade é considerada extinta, para todos os efeitos legais,

Macau, 26 de Agosto de 2011

Pela Administração,Che Iok Teng

ecos da bancada

JANE MARTINS(Residente em Macau)

- Tem acompanhado sempre o Grande Prémio de Voleibol?

- Vivo há 25 anos em Macau, e desde o primeiro ano que acompanho aqui o Grande Prémio de Vo-leibol.

- Especialmente a equipa brasileira...- Sim, há muitos anos que o faço. Acho que o Bra-

sil esteve muito bem este ano.- Qual é o balanço que faz desta competição e

das equipas?- Acho que a China foi uma pena, porque caiu

bastante nos últimos anos. Os EUA sempre foram uma equipa muito boa e a surpresa foi a Sérvia. Pensei que a Rússia estaria um pouco melhor.

- A China era uma das equipas favoritas. Quais terão sido os motivos do seu fraco desempenho?

- Talvez tenha sido porque têm jogadoras mui-to novas. Não tiveram aquela que é a número um, uma jovem com 18 anos, que já vi jogar há quatro anos.

- E quanto à organização?- Foi muito boa. Pensei que hoje o pavilhão iria

esgotar, mas estou a ver que está muito fraco, talvez porque a China não passou a esta fase.

- Fazem falta mais eventos destes em Macau?- Sim, e até noutros desportos, como o basquete-

bol e o andebol, de que gosto muito. É uma pena, mas já é bom ter estes jogos muito interessantes, que vejo há muito tempo.

- Gosta tanto de voleibol como de futebol?- Gosto mais de voleibol para assistir, porque não

entendo muito de futebol. a.s.s.

“organização foi muito boa”

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pág 10 segunda-feira, 29 de agosto de 2011 jornal tribuna dE maCau

BLAkE CAMPEÃO MUNDIAL DOS 100 METROS. o atleta jamaicano Yohan Blake é o novo campeão do Mundo dos 100 metros, após vencer a final disputada em Daegu, coreia do sul, na qual o compatriota usain Bolt foi desclassificado por falsa partida. DeSPorTo

OSASUNA FOI EMPATAR AO ATLÉTICO DE MADRID. o empate a zero do osasuna no terreno do atlético de Madrid é a primeira surpresa da liga espanhola que começou este fim de semana. Nos outros encontros já disputados, granada,0- Bétis sevilha,1, sporting gijon,1 -real sociedad, 2, valência,4 - racing santander, 3.

LIgA PoRtuguESA

Gil estreou-se a ganhar, Briosa a perderO Gil Vicente estreou-se a vencer na Liga portuguesa de futebol, ao bater em casa a “invicta” Académica por 2-0, no encontro inaugural da terceira jornada, no Estádio Cidade de Barcelos

André Cunha, de cabeça, após um livre, e Cláu-dio, de grande penalidade, ambos já na segunda parte, selaram o triunfo do conjunto dos anfitri-

ões e o primeiro desaire dos “estudantes”, que haviam ganho os dois jogos inaugurais.

Entraram melhor os homens de Coimbra, que

nos primeiros 10 minutos dominaram e tiveram dois remates perigosos à baliza contrária, com Éder e Dio-go Valente a erraram o alvo.

A equipa de Pedro Emanuel demonstrava bom entrosamento, com um meio-campo coeso e dois alas muito rápidos.

Os barcelenses, algo surpreendidos pela dinâmi-ca do adversário, conseguiram, porém, equilibrar a contenda e acabaram até por criar algum embaraço

ao último reduto da Académica, com Luís Carlos e Hugo Vieira como protagonistas.

O “nulo” ao intervalo indicava não só o equi-líbrio verificado, mas também a falta de eficácia dos avançados.

Na segunda parte, o equilíbrio manteve-se, mas fo-ram os locais que demonstraram maior acutilância ofen-siva, graças à velocidade de Luís Carlos e Hugo Vieira, e depois à de Richard, que entrou aos 58 minutos.

O brasileiro, que entrou bem no jogo e teve logo um remate perigoso, acabaria mesmo por apontar o livre que resultou no primeiro golo da partida, apon-tado por André Cunha, com um precioso desvio de cabeça.

O golo galvanizou a equipa de Barcelos, que pas-sou a aparecer mais vezes, e com mais perigo, na área da Académica.

A três minutos do final, Adrien, dentro da área, interceptou com o braço um cruzamento de Richard e o árbitro auxiliar deu indicação a Olegário Benque-rença da infracção.

Da grande penalidade, resultou no segundo golo do Gil Vicente, apontado por Cláudio, que acabou com o encontro aos 88 minutos.

Benfica vai hoje à Madeirao Benfica joga na noite de segunda-feira na Madeira frente ao Nacional, enquanto o Braga se desloca ao reduto do vitória de setúbal. Na última madrugada, hora de Macau, realizava-se o sporting-Marítimo, antecedido pelo vitoria de guimarães-Beira Mar, feirense- Paços de ferreira e rio ave-olhanense.

O encontro realiza-se em Old Tra-ford já depois do fecho desta edição do JTM, prevendo-se um

grande espectáculo de futebol, uma vez que o Arsenal costuma superiorizar-se nos jogos grandes, isto apesar de ter per-dido recentemte duas das suas maiores estrelas.

Horas antes, o outro clube de Man-cheester, o City, que este ano tem fun-dadas expectativas de ocupar lugares cimeiros, quiçá vencer a Premier League, deslocava-se a Londres para defrontar o Totenham. Jogo que está a decorrer no momento do fecho desta edição. De no-tar que Nasri e Aguero fazem parte do onze inicial do City. Tevez e Mário Balo-telli estavam no banco.

Também ontem, o West Bromwich defrontava o Stoke City.

Nos jogos de Sábado, saliente-se que o Liverpool juntou-se a Chelsea e Wol-

verhampton na liderança provisória da Liga, após a vitória por 3-1 sobre o Bolton.

Horas depois do triunfo sofrido do Chelsea sobre o recém-promovido Norwich, por 3-1, e do “nulo” do Wol-verhampton na visita ao Aston Villa, o Liverpool alcançou a segunda vitória no campeonato, uma semana depois do triunfo por 2-0 no terreno do Arsenal.

Em Anfield Road, Jordan Hender-son inaugurou o marcador, em “cima” do primeiro quarto de hora, com a equi-pa da casa a resolver de vez a partida no inicio do segundo tempo, e no espaço de um minuto, com golos do eslovaco Mar-tin Skrtel e do escocês Charlie Adam.

Já em período de compensações, o croata Ivan Klasnic apontou o golo de honra para os visitantes.

Em Stamford Bridge, em Londres, o Chelsea sofreu para bater o Norwich e ainda perdeu o avançado marfinense Di-

dier Drogba, que abandonou o relvado de maca, depois de chocar com o guar-da-redes John Ruddy.

O avançado africano, cujos primei-

ros exames apontam para uma eventu-al lesão no pescoço, caiu inanimado no chão e foi retirado em maca, forçado uma paragem de cerca de dez minutos.

PREmIER LEAguE

atenções no Manchester-arsenalAs atenções da Premier League concentravam-se ontem no Manchester United-Arsenal, que ditará o comandante da tabela e poderá levar os arsenalistas ao desespero pois já perderam com o Liverpool

Situação clínica de Drogba não está totalmente definida

BuNdESLIgA

Bayern e Bremen no comando provisórioBayer Leverkusen e o campeão Borussia de Dortmund empataram a zero, em encontro da quarta jornada da Liga alemã de futebol, e deixaram Bayern Munique e Werder Bremen na liderança provisória

Num jogo cujo vencedor se juntaria à dupla co-mandante provisória

da “Bundesliga”, Bayer Le-verkusen e Borussia de Dort-mund não foram além de um “nulo”, num jogo marcado por uma expulsão para cada lado.

Primeiro foi o checo Mi-chel Kadlec a deixar os anfi-triões reduzidos a 10, ao ver o segundo amarelo aos 65 minu-tos. A superioridade numérica foi anulada aos 77 minutos,

quando Mario Gotze também foi “amarelado” pela segunda vez.

Do domingo, Borussia Moenchengladbach e Hanno-ver podem ultrapassar Bayern e Werder Bremen, caso vençam Schalke 04 e Mainz, respectiva-mente.

O Bayern foi ao terreno do Kaiserslautern vencer por 3-0, graças a um “hat-trick” de Mario Gomez, que marcou os dois primeiros na cobrança de

grandes penalidades (37 e 55 minutos) e fechou a contagem a 21 minutos do final.

Também na condição de visitante, o Werder Bremen so-freu um pouco mais para bater o Hoffenheim, por 2-1, tendo mesmo de virar o golo inau-gural dos anfitriões, apontado pelo jovem avançado brasilei-ro Firmino Barbosa, aos 37 mi-nutos.

Os forasteiros chegariam ao empate apenas um minuto

depois, através do austríaco Marko Arnautovic, conquis-tando os três pontos já na reta final do jogo, com um golo do sueco Markus Rosenberg, a sete minutos do termo.

Com o português Sereno a titular, o Colónia alcançou fi-nalmente a primeira vitória na prova, num jogo “impróprio para cardíacos”, em Hambur-go, que terminou com 4-3 a fa-vor dos visitantes.

Diante uma equipa que

também chegava à quarta jor-nada sem vitórias, o Colónia começou praticamente o jogo a perder, passou para a frente do marcador no início do segundo tempo, voltou a ficar em des-vantagem e lançou-se na dra-mática vitória nos últimos seis minutos.

Christian Clemens (84 minutos) e o canadiano Kevin McKena (88) foram os “sprin-ters” desta estreia vitoriosa do Colónia.

Page 11: JTM 29-08-2011

acTUal o muNdNoS “mEdIA”

PoRtugAL

PoRtugAL

PoRtugAL

PoRtugAL

jAPÃo

tAILâNdIA

kADhAFI QUER NEGOCIAR. o líder líbio Muammar Kadhafi, em paradeiro incerto após a tomada de tripoli pelos rebeldes, diz que está disposto a negociar uma “transição de poder pacífica” propondo negociações lideradas pelo seu filho, saadi Kadhafi.

jornal tribuna dE maCau segunda-feira, 29 de agosto de 2011 pág 11

PoRtugAL

Quase 500 nomeações em dois mesesDois meses depois de ter tomado posse, o Governo já nomeou quase 500 funcionários para o executivo, com o gabinete do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares a liderar a lista, com 65 elementos

De acordo com os dados disponíveis sexta-feira no portal do Governo,

entre as 65 pessoas do ministé-rio de Miguel Relvas, 15 foram nomeadas para o gabinete do ministro, e nove para o gabinete do secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos As-suntos Parlamentares.

Para a secretaria de Estados dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade foram nomeadas 10 pessoas, para o gabinete da secretária de Estado da Adminis-tração Local e Reforma Adminis-trativa foram nomeados 13 fun-cionários, enquanto na secretaria de Estado do Desporto e Juven-tude existiram 18 nomeações.

Contudo, tal como em ou-tros ministérios, como o caso do ministério da Agricultura, o Governo não divulga os nomes e remunerações de todas as pes-soas que foram nomeadas para o ministério de Miguel Relvas.

Por exemplo, no quadro disponível relativo ao gabinete do ministro Adjunto e dos As-suntos Parlamentares é indica-

do que foram feitas 15 nomea-ções, mas apenas se encontram “discriminados” os nomes e re-munerações de 12 pessoas.

O segundo maior minis-tério em termos de pessoal no-meado é o da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Orde-namento do Território, com 60 nomeações, incluindo 14 para o gabinete de Assunção Cristas, 10 para a secretaria de Estado da Agricultura, sete para a se-cretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, 10 para a secretaria de estado do Mar e 19 para a secretaria de Estado do Ambiente e do Or-denamento do Território.

O terceiro ministério onde foram feitas mais nomeações foi o ministério da Economia, num total de 59, das quais 15 para o

gabinete de Álvaro Santos Pe-reira. As restantes 44 nomeações estão distribuídas seis secreta-rias de Estado do ministério da Economia. A estrutura mais pequena é o gabinete do secre-tário de Estado da Presidência do Conselho de ministros, para onde foram nomeados apenas 8 funcionários.

Abaixo das duas dezenas de nomeações estão ainda o gabine-te do secretário de Estado Adjun-to do primeiro-ministro, com 12, incluindo os setes funcionários da Estrutura de Acompanha-mento dos Memorandos, o mi-nistério da Justiça, com 13 (sete para o gabinete de Paula Teixeira da Cruz e seis para a secretaria de Estado da Administração Pa-trimonial), e a secretaria de Esta-do da Cultura, com 19.

A meio da ‘tabela’ está os ministérios da Defesa Nacional, com 30 nomeações (24 para o gabinete de José Pedro Aguiar-Branco e seis para o gabinete do secretário de Estado Adjunto), e o ministério da Educação e Ci-ência, para onde também foram nomeados 30 funcionários (12 para o gabinete de Nuno Crato e os restantes para as quatro secre-tarias de Estado do ministério).

No ministério da Adminis-tração Interna foram feitas 33 nomeações, 16 para o gabinete de Miguel Macedo, oito para o gabinete do secretário de Esta-do Adjunto e nove para a secre-taria de Estado da Administra-ção Interna.

Abaixo das 40 nomeações estão ainda o gabinete do pri-meiro-ministro, com 36 nomea-ções, e o ministério da Finanças, com 37 (12 para o gabinete de Vítor Gaspar e as restantes para as quatro secretarias de Estado do ministério).

No ministério dos Negó-cios Estrangeiros foram feitas 39 nomeações, 13 das quais para o gabinete de Paulo Por-tas, distribuindo-se as restantes pelas três secretarias de Estado do ministério.

Para o ministério da Saú-de foram nomeados 42 pes-soas, 18 para o gabinete de Paulo Macedo, 13 para o ga-binete do secretário de Estado Adjunto e 11 para o secretário de Estado da Saúde.

Ruas de Nova Iorque ficaram praticamente vazias com a aproximação do furacão Irene. À hora do fecho desta edição, o “Irene” era o grande destaque dos noticiários da CNN, embora pareça estar a perder potência

O furacão “Irene” atingiu ontem os estados da Virgínia e Nova Iorque, tendo já causado pelo menos dez

mortos desde a sua chegada no sábado à costa leste dos EUA, onde cerca de 1,5 mi-lhões de pessoas foram retiradas.

O “Irene” atingiu no sábado a Carolina do Norte, tendo afectado esta noite a Vir-gínia e Nova Iorque, estando a deslocar-se para a região de Nova Inglaterra.

Com ventos de 130 Km/h, o “Irene”, de categoria um num máximo de cinco na escala de Saffir Simpson, causou tornados nos estados de Delaware e Maryland e qua-tro mortos na Carolina do Norte, três na Virgínia e um na Florida, depois de a sua passagem pelas Caraíbas ter causado seis vítimas mortais na região.

Os danos materiais ainda não foram calculados pelas autoridades locais.

Aquele que é o primeiro furacão que atinge o território norte-americano desde 2008 forçou a retirada de cerca de 1,5 mi-lhões de pessoas na costa leste dos EUA, a

maioria (cerca de um milhão) no estado de Nova Jérsia, e pelo menos 1,8 milhões de pessoas estão sem electricidade da Carolina do Norte a Nova Jérsia.

Washington e Nova Iorque declara-ram o estado de emergência e o sistema de transportes na região nordeste do país está totalmente paralisado, o que causou o can-celamento de mais de 10 mil voos.

O presidente do município de Nova Iorque, Michael Bloomberg, declarou na noite de ontem que o “Irene” já atingiu a ci-dade e alertou os residentes para permane-cerem em casa, uma vez que já não é seguro sair à rua, depois de ter sido ordenada uma retirada inédita de 370 mil residentes das áreas costeiras.

O serviço de transporte público de Nova Iorque está suspenso, designadamen-te Metro, autocarros e comboios, e as pontes poderão fechar ao longo do dia dependen-do da intensidade dos ventos.

Está activo um alerto de furacão da Ca-rolina do Norte até Massachusetts, incluin-do Nova Iorque e Long Island, e um alerta de tempestade tropical de Maryland até à fronteira entre os EUA e o Canadá.MAIS DE 2.000 VOOS CANCELADOS. Cinco aeroportos de Nova Iorque encerra-ram para a chegada de voos devido à apro-ximação do furacão “Irene”, tendo já sido também canceladas cerca de 2.000 partidas. Esta decisão das autoridades locais afetou

os aeroportos John F. Kennedy, LaGuardia, Newark, Stewart e Teterboro e aplica-se a voos domésticos e internacionais.

As partidas estão ainda autorizadas, mas a maior parte dos voos previstos para o fim-de-semana foram já cancelados pelas companhias aéreas, ascendendo a mais de 2.000, de acordo com a AP.

O presidente do município de Nova Iorque, Michael Bloomberg, ordenou na sexta-feira a retirada de mais de 250 mil pessoas das zonas que poderão ser afecta-das por inundações, numa decisão sem pre-cedentes. Entre os bairros afetados encon-tram-se Brooklyn, Queens, Staten Island, Governor’s Island e Battery Park City, no sul de Manhattan, onde se encontra Wall Street e o principal distrito financeiro do mundo.

A cidade abriu cerca de 100 abrigos com capacidade para 71 mil pessoas.

EuA

costa leste quase paralisada

Page 12: JTM 29-08-2011

pág 12 segunda-feira, 29 de agosto de 2011 jornal tribuna dE maCau

(...) “Procurem no Luxemburgo, nos paraísos fiscais de Inglaterra, das Ilhas Caimão e encontrarão lá mais dinheiro do que existe em circulação no País. Vão pagar a meia dúzia de ricos que não se escondem porque ganham o seu dinheiro legitimamente” (...)

Francisco Moita Flores in “Correio da Manhã”D

ito

oPiNiãoIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

29/08/1991

Há 20 anos

CENTRO COMERCIAL VAIINICIAR CONSTRUÇÃONa próxima terça-feira uma pequena cerimónia assinalará no local o início da construção do Centro Comercial Jai Alai, que vai ocupar o vasto espaço que até há dias servia como parque de estacionamento da Pelota Basca, sendo também e principalmente utilizado pelos que se deslocavam a Hong Kong. Para substituir esse parque foi construído ao lado do edifício da Pelota Basca um silo automóvel que já está em funcionamento e cobrirá as necessidades de estacionamento na zona. O Centro Comercial, cuja construção vai ser iniciada, resulta de uma sociedade entre a STDM e uma empresa especializada japonesa, que já possui uma vasta rede de estabelecimentos na região. Pela dimensão e pelo equipamento projectado, será o primeiro verdadeiro Centro Comercial de Macau, onde era já sensível e notória a sua falta. Dois novos hotéis estão em vias de conclusão naquela zona, começando portanto a concretizar-se o desvio do centro de Macau para a área do Porto Exterior, embora ainda durante alguns anos mantendo um certo ar de “estaleiro”, dadas as grandes obras que estão em curso, nomeadamente o terminal marítimo, os acessos à nova ponte e a ocupação de vários lotes de já concessionados mas cuja construção ainda não começou. Por realizar, também, a alameda que virá do NAPE até à Rodrigo Rodrigues e também o grande jardim no lado oriental daquele aterro. Mais alguns anos, portanto, até o conjunto se completar, não havendo dúvidas que – conjuntamente com a Praia Grande – a zona “nobre” da cidade vai prolongar-se pela beira-mar...

ZHUHAI CONTINUAA CRESCER EM FLECHAA Zona Económica Especial de Zhuhai registou um crescimento em todos os sectores da economia, mantendo-se os níveis de investimento estrangeiro, revelaram estatísticas publicadas por aquele município. O sector industrial de Zhuhai, vizinho a Macau, está a crescer a uma taxa de oito por cento por mês, prevendo-se que a produção industrial total exceda 10 mil milhões de renminbis em 1991, de acordo com os mesmos dados. O investimento estrangeiro no município continua em expansão com 470 milhões de dólares norte-americanos no primeiro semestre do corrente ano, o que representa um aumento de mais de 100 por cento em relação a 1990. Desde a inauguração da Zona Económica Especial de Zhuhai no final dos anos 70, o município recebeu cerca de três mil empresas financeiras pelo estrangeiro, com um investimento total de 1,2 mil milhões de dólares norte-americanos. O crescimento de investimento estrangeiro atingiu um novo recorde, este ano, com uma média de cerca de duas empresas financiadas pelo estrangeiro a abrir todos os dias em Zhuhai.

falar De NóS Jorge A. H. Rangel*

a Marinha em Macau- canhoneiras, cruzadores e avisos

“A partir de 1945, quando a Guerra terminou, a Marinha Portuguesa retomou a sua tradição de manter regularmente

uma unidade naval em Macau ...”

Nos dois artigos anteriores, pudemos recordar, atra-vés de textos do Comandante José Ferreira dos San-

tos (“Navios da Armada Portuguesa na Grande Guerra”, Academia de Marinha, 2008), os serviços relevantes pres-tados pela canhoneira “Pátria” e pela lancha-canhoneira “Macau”. Além destas, que tiveram longa permanência no Extremo Oriente, outras canhoneiras fizeram comis-sões temporárias (“em estação”, como então se dizia) nas águas do território, na primeira década do século XX: “Zaire” (1900-1902), “Diu” (1902-1904) e “Rio Lima” (1905-1910). Também tivemos, entre nós, vários cruzado-res e, mais tarde, avisos, em missão de soberania.

O Comandante Adelino Rodrigues da Costa (“A Ma-rinha Portuguesa em Macau”, Capitania dos Portos de Macau, 1999), sintetizou muito bem a presença de cruza-dores e avisos neste território:

OS CRUzADORES EM MACAU“Para além das canhoneiras que asseguravam uma

presença naval de carácter permanente mas meramen-te simbólica, em situações de maior melindre político ou militar como as que ocorreram na região, foram destaca-das para Macau outras unidades navais, nomeadamente os cruzadores ʻAdamastorʼ, ʻVasco da Gamaʼ, ʻRainha D. Améliaʼ e ʻRepúblicaʼ. Alguns desses conflitos tiveram carácter regional e levaram as nações europeias a manter forças navais na área, mas a permanência dos cruzadores portugueses só podia ser entendida como uma afirmação de prestígio perante outras marinhas europeias e não como uma atitude de afrontamento. O cruzador ʻAdamastorʼ, um dos mais emblemáticos navios do seu tempo, que to-mou parte nas acções de implantação da República Portu-guesa e em operações durante a I Guerra Mundial, esteve em estação em Macau por 5 vezes (1900-1901, 1904-1905, 1912-1913, 1927-1928 e 1930-1933), tendo sido o cruzador que permaneceu em Macau por mais tempo. Das suas guarnições fizeram parte destacadas figuras da Marinha Portuguesa como o guarda-marinha Carvalho Araújo (Co-mandante do caça-minas ̒ Augusto de Carvalhoʼ durante a I Guerra Mundial) e o guarda-marinha Albano Rodrigues de Oliveira (Governador de Macau). O cruzador ̒ Vasco da Gamaʼ esteve em Macau por duas vezes (1904-1905 e 1909-1910), tendo visitado o Japão e diversos portos chineses. O cruzador ʻRainha D. Améliaʼ permaneceu em Macau entre Setembro de 1909 e Abril de 1911, tendo passado a chamar-se ʻRepúblicaʼ em 1910, na sequência da implan-tação do regime republicano em Portugal. Alguns anos mais tarde, um outro cruzador com o nome de ʻRepúblicaʼ foi deslocado para Macau desde Julho de 1925 a Setem-bro de 1927, tendo permanecido em Shanghai durante 4 meses e integrado as forças multinacionais de protecção aos ocidentais residentes na cidade, quando a guerra civil se instalou na região. Desempenhou as funções de navio-chefe das Forças Navais de Macau, então constituídas, que na época também incluíram o cruzador ʻAdamastorʼ, as canhoneiras ʻPátriaʼ e ʻMacauʼ, e os hidroaviões do Centro de Aviação Naval. Esta foi a maior concentração de meios navais que Portugal alguma vez colocou em Macau, só compreensível num quadro de afirmação portuguesa face às nações ocidentais que então mantinham uma presença naval nos mares da China, mas cujo potencial militar era diminuto.”

A ERA DOS AVISOS “No início dos anos 30 e na sequência de um pro-

grama de modernização da sua esquadra que ficou co-nhecido como ʻPrograma Magalhães Corrêaʼ, a Marinha Portuguesa começou a dispor de um novo conjunto de navios designados por avisos, especialmente concebidos

para operar por longos períodos no Ultramar. O vocá-bulo ʻestaçãoʼ caiu então em desuso porque a mobili-dade dos navios era maior e as comunicações navais se tinham desenvolvido, permitindo uma utilização em áreas mais diversificadas e de acordo com as necessi-dades. As ausências dos navios de guerra do porto de Lisboa passaram então a ser designadas por ʻcomissõesʼ e alguns dos avisos depressa passaram a permanecer em comissão em Macau, quer antes, quer depois da II Grande Guerra. O primeiro navio dessa série que visi-tou Macau foi o aviso de 2.ª classe ʻGonçalves Zarcoʼ que, estando em viagem pela China, Hong Kong e Japão em 1935, esteve em Macau durante alguns dias. Porém, o primeiro aviso que estacionou em comissão em Macau foi o aviso de 2.ª classe ʻGonçalo Velhoʼ, que entrou no porto pela primeira vez no dia 18 de Setembro de 1937 e permaneceu na área durante cerca de 15 meses, regres-sando a Lisboa em Dezembro de 1938. Três meses an-tes, no dia 4 de Setembro de 1938, também o ʻGonçalves Zarcoʼ iniciava a sua comissão em Macau, que terminou em Abril de 1939, tendo sido substituído pelo aviso da 2.ª classe ʻJoão de Lisboaʼ, que permaneceu em Macau entre Abril e Novembro de 1939. O ʻGonçalo Velhoʼ che-gou novamente a Macau para a sua segunda comissão no mês de Junho de 1940, permanecendo até Março de 1941. Em Maio de 1941, o ̒ João de Lisboaʼ entrou de novo em Macau para iniciar a sua segunda comissão, que foi dada por finda em 15 de Maio de 1942, exactamente um ano depois. A II Guerra Mundial estendera-se ao Extre-mo Oriente e o Governo Português decidiu que o navio regressasse a Lisboa, como afirmação de neutralidade perante o conflito, tendo a viagem para Lisboa sido feita pelo oceano Pacífico. Durante a Guerra, depois da saída do ʻJoão de Lisboaʼ e da venda da canhoneira ʻMacauʼ aos japoneses, a Marinha Portuguesa não localizou quaisquer outros navios em Macau. O estatuto de neu-tralidade adoptado na Europa, estendia-se à Ásia e ao Pacífico. A partir de 1945, quando a Guerra terminou, a Marinha Portuguesa retomou a sua tradição de man-ter regularmente uma unidade naval em Macau, não só como instrumento de afirmação de soberania, mas também como elemento de apoio ao Governo de Ma-cau, nomeadamente na área das comunicações. Os avi-sos de 1.ª classe ʻAfonso de Albuquerqueʼ e ʻBartolomeu Diasʼ, que estiveram empenhados nas operações de re-ocupação de Timor, também estacionaram em Macau, mas foram sobretudo os avisos de 2.ª classe que mais regularmente aí permaneceram. Nunca se verificaram quaisquer incidentes significativos com esses navios, mesmo durante os tempos de instabilidade provocada pelas transformações políticas que levaram à procla-mação da República Popular da China”. (...) Depois da Guerra, voltámos a receber em Macau o “Gonçalo Velho”, de Outubro de 1945 a Julho de 1946 e de Julho de 1950 a Setembro de 1954. Também estiveram aqui o “Afonso de Albuquerque”, em missão de soberania em Macau e Timor de Novembro de 1945 a Janeiro de 1947 e em visitas ocasionais em Janeiro de 1952 e Maio de 1960, o “Pedro Nunes”, de Abril de 1948 a Julho de 1950, o “Bartolomeu Dias” (que já estivera nas nossas águas de Outubro de 1937 a Abril de 1938), de Fevereiro a Agosto de 1946, e de novo o “João de Lisboa”, de Maio de 1949 a Junho de 1951 e de Janeiro a Setembro de 1956.

Fechou este longo ciclo o “Gonçalves Zarco”, o primeiro aviso a entrar em Macau e também o último a sair, quando concluiu a sua missão nos mares do Ex-tremo Oriente, numa comissão derradeira que ocorreu de Outubro de 1956 a Março de 1964. Depois, só oca-sionalmente recebemos visitas de navios da Armada Portuguesa.

* Presidente do Instituto Internacional de Macau.Escreve neste espaço às 2.as feiras.

(...) “A partir de 1945, quando a Guerra terminou, a Marinha Portuguesa retomou a sua tradição de manter regularmente uma unidade naval em Macau, não só como instrumento de afirmação de soberania, mas também como elemento de apoio ao Governo de Macau, nomeadamente na área das comunicações” (...) - Comandante Adelino Rodrigues da Costa, citado por Jorge Rangel

Page 13: JTM 29-08-2011

jornal tribuna dE maCau segunda-feira, 29 de agosto de 2011 pág 13

oPiNião(...) “Está aberta uma discussão interessante: o que é uma pessoa rica? Quanto tem de ter em património, ganhos anuais fixos e outros rendimentos? Num país tão roído pela crise, pelas dificuldades, vem aí muita miséria dialéctica” (...) - João Marcelino

(...) “Se querem fazer política a sério, talvez não fosse má ideia taxar ordinariamente os ricos filhos da especulação, dando ao mesmo tempo incentivos fiscais aos ricos filhos do trabalho e que investem no desenvolvimento económico e social do País” (...) - Paulo Baldaia

1. Pouco mais de uma semana depois do en-contro de Merkel e Sarkozy, em Paris, o PSOE

e o PP selaram em Espanha um acordo de esta-bilidade orçamental que vai no sentido do pre-tendido pelos líderes da Europa. A Constituição espanhola será revista no seu artigo 135 e, em-bora não contemple limites específicos ao défice, uma lei orgânica complementar permitirá que a partir de 2020 haja um tecto claro: 0,40% do PIB, distribuídos entre administração central (0,26%) e autonómicas (0,14%).

A própria Alemanha protagonizou um pro-cesso semelhante em 2009, porque, ao contrário do que diz Cavaco Silva, não está em causa ape-nas “uma enorme desconfiança dos decisores políticos em relação à sua própria capacidade de conduzir políticas orçamentais correctas”. A questão é que, hoje em dia, para controlar as máquinas nacionais, regionais e autonómicas é necessário haver mecanismos na lei que respon-sabilizem a vasta equipa de centenas de eleitos e nomeados de cujas vontades e actos nasce o défice global.

No caso de Portugal, veja-se como ainda agora aparece mais um buraco escondido debai-xo das estradas, das Scut e dessa maravilhosa criação designada de parcerias público-priva-das.

É claro que em Espanha - desmentem todos - este entendimento entre Rubalcaba (Zapatero

as condições de quem manda (ii)vai dando protagonismo ao futuro candidato so-cialista) e Rajoy não tem nada que ver com a com-pra que por estes dias o Banco Central Europeu vai fazendo de dívida espanhola e italiana, prote-gendo ambos os países, como há uns meses fazia em relação a Portugal. Claro que não...

Este é o enquadramento em que Pedro Passos Coelho parte para uma oportuna digressão que o levará a Madrid e, depois, ao contacto com Merkel e Sarkozy.

No regresso começaremos a ouvir falar mais intensamente do entendimento que, a propósito do processo de revisão constitucional, PSD e PS irão produzir em matérias de endividamento e controlo do défice.

A Europa vai exigir cada vez maiores garan-tias aos problemáticos países do Sul do Euro, por-que igualmente se vai percebendo que mais tarde ou mais cedo a salvação da moeda comum passa pelas obrigações europeias (os eurobonds).

Pode ser um entendimento mais ou menos lato - por exemplo, em Espanha não ficou contemplado o que quer que seja em relação aos montantes da dívida -, mas terá de ser um acordo - como, de res-to, veremos acontecer em relação ao comboio de alta velocidade por muito que o ministro da Eco-nomia precise em Sines o que gostaria de ter dito em Madrid.

Quando se é oposição, as convicções podem ser genuínas e gratuitas; no governo, na vida real,

tudo é mais difícil. Há sempre compromissos a estabelecer...

2. Da Europa vem também outra discussão que nunca seríamos capazes de fazer sozi-

nhos, como o provam as declarações de Américo Amorim: a da futura taxação da riqueza.

É uma discussão óptima para a exacerbação da demagogia mais populista, mas é evidente que há aqui um caminho a percorrer, algures en-tre a pressa do BE e as muito cautelosas declara-ções governamentais.

Mas há um aspecto em que é difícil negar ra-zão a Manuel Carvalho da Silva: este movimen-to para tornar as sociedades mais justas, menos assimétricas, passa pelo combate à movimenta-ção de dinheiro por paraísos fiscais, onde não há cobrança de impostos, pelo combate à fraude e evasão fiscal.

Sinceramente, não acredito que ainda este-jamos (na Europa, não apenas em Portugal) pre-parados para esse caminho.

Está aberta uma discussão interessante: o que é uma pessoa rica? Quanto tem de ter em património, ganhos anuais fixos e outros rendi-mentos? Num país tão roído pela crise, pelas di-ficuldades, vem aí muita miséria dialéctica.

*Director do Diário de NotíciasJTM/DN

João Marcelino*TriBUNa

TriBUNa Paulo Baldaia

UM PoNToé TUDo

Sonhadorese engenheiros

Ferreira Fernandes

A Samsung e a Apple lutam em tribunal. A americana acusa o Samsung Galaxy Tab de ser có-

pia do desenho do iPad. Em sua defesa, a sul-coreana passou uma cena do filme

2001: Odisseia do Espaço, de Stanley Kubrick, filmado em 1968 (na pré-História dos computadores). Dois actores mani-pulam tablets rectangulares, com ecrãs até aos bordos, cantos arredondados e superfície plana e negra - tal como o iPad e o Galaxy Tab...

O tribunal vai decidir entre a Samsung e a Apple, não prognostico a sentença.

Mas anoto que o tribunal não tenha em conta uma outra solução: porque é que ambas, Samsung e Apple, não pagam a quem, mesmo sem saber como pôr em prática, soube sonhar antes das empresas? Isto é, ao visionário Stanley Kubrick?

As invenções precisam tanto de sonhadores como de cientistas.

Todas as questões básicas da bicicleta - a roda, a transmis-são por pedais, a manilha para controlar a direcção, o selim... - eram conhecidas séculos antes, mas ela só foi inventada no começo do séc. XIX, fazendo-a contemporânea do automóvel a vapor, bem mais complicado.

Até no romance Um Americano na Corte do Rei Artur, o grande Mark Twain pôs cavaleiros medievais a andar de bici-cleta, para sublinhar esse estranho atraso de invenção...

Mais inteligente do que o debate jurídico entre a Apple e a Samsung, foi a Intel, empresa de processadores, que contra-tou quatro escritores de ficção científica para espevitar os seus engenheiros.

JTM/DN

ricos filhos da...

Escrevo contra corrente, escrevo contra a demagogia. Recuámos ao pós-revolução e

fazemos de conta que vamos fazer com que os ricos paguem a crise. Paremos por minutos para pensar num simples facto:

- Em França, uma taxa de 2% ou 3% apli-cada aos mais ricos deverá gerar uma receita de 300 a 450 milhões de euros. Isto é em Fran-ça, onde há muitos ricos com muito dinheiro. Imagine-se que em Portugal, onde há alguns ricos com algum dinheiro, se consegue uma receita de 50 a cem milhões. Isso equivale a qualquer coisa entre 0,03% e 0,06% do PIB. Dá para perceber que não são os ricos que vão pa-gar a crise.

Não resolve coisa nenhuma e esconde o que de verdadeiramente importante há para resolver. Em Portugal, com a sucessão de PEC, o trabalho paga cada vez mais impostos, enquanto o capital especulativo passa férias nos paraísos fiscais. Para termos ideia do que estamos a falar, convém recordar que este ano têm estado a voar em direcção aos paraísos cerca de nove milhões de euros por dia. E isto foi antes de começar a discussão sobre o im-posto para os ricos. Imagine quantos milhões estarão a voar no momento em que lê esta cró-nica. É que os governos nunca querem taxar o capital, com medo de que ele fuja, mas ele está sempre a fugir.

O que há a fazer para colocar os ricos a contribuir para uma sociedade mais equili-brada não passa por lhes sacar uns milhões

com que alimentamos a nossa fobia à riqueza (dos outros), mas sim pela criação de uma po-lítica fiscal estável que os incentive a inves-tir a riqueza que geraram. A discussão sobre o imposto dos ricos não enriquece, aliás, o debate político e social. Não se faz distinção alguma entre os que enriquecem a trabalhar e transformam a riqueza em novos postos de trabalho e os que enriquecem a especular e a fazer desaparecer o dinheiro para os destinos paradisíacos.

Para que não fiquem dúvidas: se quise-rem fazer um referendo sobre a contribuição extraordinária de todos os ricos, e não só dos que trabalham, eu voto sim. Devem ter por lá mais uns milhões que não fazem mossa nas suas poupanças. Mas se querem fazer políti-ca a sério, talvez não fosse má ideia taxar or-dinariamente os ricos filhos da especulação, dando ao mesmo tempo incentivos fiscais aos ricos filhos do trabalho e que investem no de-senvolvimento económico e social do País. Ninguém me encomendou o sermão, mas jul-go ter percebido onde quer chegar Américo Amorim.

E os ricos podem ser mais solidários? Po-dem e devem. Warren Buffett, que lançou este debate no mundo Ocidental, não luta por um imposto extraordinário. Ele, que utiliza a qua-se totalidade da sua fortuna para ajudar os ou-tros, o que pede é uma mudança consistente de uma política de mimos que dura há décadas.

JTM/DN

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pág 14 segunda-feira, 29 de agosto de 2011 jornal tribuna dE maCau

lazerLEILOADO SINGLE DOS BEATLES POR 116 MIL PATACAS. um single assinado da canção “Please please me”, dos “Beatles”, foi vendido em leilão por 9.000 libras (mais de 116 mil patacas), em liverpool. a compradora é uma mulher de liverpool que, quando era jovem, pediu à banda para assinar o single após um concerto naquela cidade.

ÁLBUM DE WINEhOUSE É O MAIS VENDIDO DO SÉCULO. “Back to Black”, o último álbum de amy Winehouse, é o álbum mais vendido do século no reino unido. a morte da cantora, a 23 de Julho, em londres, impulsionou vendas de 3,25 milhões de cópias no país.

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Já À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA

elle Macpherson de fériascom o filho em orlandoa supermodelo australiana, elle Macpherson, não passou despercebida na sua visita aos estúdios da universal a orlando. elle Macpherson passeou com o filho, cy, de oito anos, pelas várias atracções que existem no complexo. a australiana está nos estados unidos a filmar e produzir o novo programa da NBc, “fashion star”.

Jennifer aniston grávida de gémeosNão é a primeira vez que surgem rumores de que Jennifer aniston está grávida. Desta vez, porém, a revista life and style avançou que a actriz está à esperar não de um, mas dois filhos! a publicação garante que aniston, de 41 anos, está finalmente grávida de gémeos, fruto da relação com Justin theroux, e adianta ainda que o casamento faz parte dos planos do casal, a curto prazo.

Mark Wahlberg decide vender hambúrgueres

o actor Mark Wahlberg, em parceria com seus irmãos Donnie e Paul, que é chefe de cozinha, decidiu abrir um restaurante de hamburgers chamada “Wahlburgers”. De acordo com o site contactmusic.com, o local escolhido foi o bairro de Hingan, em Massachusetts. o nome do estabelecimento foi registado e a ideia é expandir a marca. Mark, Donnie, Paul e os outros parceiros de negócios também têm planos para abrir uma pizzaria em breve.

irina Shayk pensavaque seria escritorairina shayk revelou numa entrevista à “forbes” que nunca pensara em seguir a carreira de modelo. “adorava ler Dostoievski e escrever histórias, pensava que ia fazer qualquer coisa ligada à literatura ou ser escritora. Nunca pensei ser modelo”, confessou a namorada de cristiano ronaldo. a russa, de 25 anos, falou da família, da morte do pai quando tinha apenas 14 anos, e do seu percurso na moda evidenciando que nem tudo foram rosas.

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jornal tribuna dE maCau segunda-feira, 29 de agosto de 2011 pág 15

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00:20 Tooth Fairy

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19:30 Epad On Max

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43 mgm12:30 Eye of the Tiger

14:00 Kuffs

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18:45 The Russia House

21:00 Deadly Intent

22:30 Ruby Jean and Joe

00:15 Troll 2

50 Discovery13:00 Mythbusters

14:00 Man Vs. Wild

16:00 Storm Chasers 2010

17:00 Dirty Jobs

18:00 Everything You Need To Know

18:30 How Do They Do It

19:00 Gold Rush: Alaska

20:00 Man, Woman, Wild

21:00 Toughest Military Jobs

22:00 Extreme Loggers

23:00 Deadliest Catch

00:00 Toughest Military Jobs

51 ngc12:00 Dog Whisperer

16:00 Crystal Skull Legend

17:00 Hooked

21:00 The Border

54 hisTory13:00 Modern Marvels

14:00 Da Vinci &

The Code He Lived By

16:00 Malaysia Revisited

17:00 Swamp People

18:00 Modern Marvels

19:00 Monsterquest

20:00 IRT Deadliest Roads

21:00 Pawn Stars

23:00 American Pickers

00:00 American Restoration

55 BiograPhy channel13:00 Four Heavenly Kings

14:00 Blondie

15:00 My Ghost Story

16:00 Megan Fox

17:00 Jennifer Love Hewitt

18:00 Breakthrough

with Anthony Robbins

19:00 Sell This House

19:30 Caesars 24/7

20:00 Airline USA

21:00 Sudirman Arshad

22:00 Child of Our Time

23:00 Relapse

00:00 I Survived

62 aXn14:00 Wipeout

14:55 Chuck

15:50 Csi: Ny

16:40 Ncis: Los Angeles

17:30 Hawaii Five-0

18:20 Wipeout

19:15 Top Chef

20:10 Criss Angel Mindfreak

21:05 Hawaii Five-0

22:00 The Voice

22:55 Justified

23:50 The Voice

63 sTar WorlD13:35 Grey’s Anatomy

14:30 The Gates

15:25 Glee

16:20 Ugly Betty

17:15 Australia’s Next Top Model

18:10 How I Met Your Mother

18:35 Masterchef Australia

19:30 DC Cupcakes

20:00 Hell’s Kitchen

20:55 The Glee Project

21:50 Glee

22:45 Masterchef Australia

23:40 DC Cupcakes

82 rTPi14:00 Telejornal Madeira

14:38 Entre Pratos

15:10 História da emigração Portuguesa

16:00 Bom Dia Portugal

17:00 Quem Quer Ser Milionário

17:56 Resistirei

18:42 Reportagem Rtp

19:10 Liberdade 21

20:00 Da Tarde

21:15 O Preço Certo

22:04 Maternidade

22:50 Verão Total: Especial

“7 Maravilhas Da Gastronomia”

01:00 Portugal Em Directo

Torre De macau caPTain americaUm filme de: Joe Johnston. Com: Chris Evans, Samuel L. Jackson.

cineTeaTro SALA 2 coWBoys & aliensUm filme de: Jon Favreau • Com: Daniel Craig e Harrison Ford

14:30h 16:45h 19:15h 21:30hcineTeaTro SALA 3 WasaoFalado em CantoneseUm filme de: Yoshinari Nishiköri

14:15h 18:00h 19:45h

cineTeaTro SALA 1 rise of The PlaneT of The aPesUm filme de: Rupert WyattCom: James Franco, Freida Pinto e John Lithgow.

14:15h 18:00h 21:45h

14:30h 16:45h 19:15h 21:30h

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 238/2011

(Solicitação de Comparência do Trabalhador)

Nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugadas com o artigo 58.° e n.º 2 do artigo 72.° do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, notifica-se o senhor LAO, TAK UN, ex-trabalhador da COMPANHIA WEIXIN GRUPO (MACAU) LIMITADA, para no prazo de 10 (dez) dias, a contar do primeiro dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, comparecer no Departamento de Inspecção do Trabalho, sito na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 221-279, Edifício Advance Plaza, 1.º andar, Macau, a fim de prestar declarações no processo n.º 2845/2011, proveniente da queixa que o mesmo apresentou nestes Serviços em 15/4/2011 e relativamente à matéria de resolução do contrato de trabalho.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais - Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 25 de Agosto de 2011.

O Chefe do Departamento,Raimundo Vizeu Bento

Av. Almeida Ribeiro, Nº 99, Edifício Comercial Nam Wah, 6º andar, Sala 608, Macau

Monday to Friday: 9:30 am - 1:00 pm / 3:00 pm - 7:30 pm Saturday: 9:30 am - 2:00 pm

Services General Practice,

Chiropractic, Physical & Rehabilitation Therapy,

Custom Orthotics,

Aromatherapy

For Appointment Tel: 28335035 Fax: 28335036

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Monday to Friday: 9:30 am - 1:00 pm / 2:30 pm - 6:30 pm Saturday: 9:30 am - 2:00 pm

Consultation by appointment: Mon to Sat: 10:30am - 7:30pmSun: 10:30am - 2:00pm

Tue and public holidays: closed

Website: www.icqoral.com

ICQ dental team is a group of dental specialists with internationally recognized qualifications.We provide all range of dental services:

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Page 16: JTM 29-08-2011

pág 16 segunda-feira, 29 de agosto de 2011 jornal tribuna dE maCau feCHo desta edição JtM - 23:20Horas

úlTiMajornal tribuna dE maCau

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“grEvE ao CaSamEnto” amEaÇa Futuro daS mulhErESPoderá haver uma diminuição drástica do núme-ro de mulheres nalguns dos países e regiões mais prósperos da Ásia, de acordo com um estudo pu-blicado pela revista “The Economist”. O estudo tem como base estatísticas da ONU, que lançam o alerta para a prática seguida por muitas mulhe-res, que optam por não se casar. De acordo com números da ONU, em 83 países e regiões de todo o mundo as mulheres não terão filhas em quan-tidade suficiente para que se verifique a renovação geracional, a não ser que as taxas de natalidade se invertam. Caso se confirmem as taxas de reprodução previstas pela ONU para os cinco anos compreendidos entre 2010 e 1015, o número das mulheres em Hong Kong pode cair das actuais 3,75 milhões para apenas uma no ano de 2798, refere o estudo. Se estas previsões se confirmassem, as mulheres seriam ‘extintas’ daquela região em apenas 25 ge-rações. Em Macau, essa situação poderia acontecer ainda antes, devido à menor dimensão da sua população. Pelos mesmos motivos, países como o Japão, Alemanha, Rússia, Itália e Espanha ficariam sem população antes do próximo milénio. A revista “The Economist” re-fere que muitas mulheres nas partes mais ricas da Ásia entraram numa autêntica “greve ao casamento”, preferindo a vida de solteiras. Esse é um dos motivos que levam a que as taxas de fertilidade estejam em queda. Mas, as mulheres asiáticas não estão sozinhas nesta escolha, que faz perigar a renovação geracional nos já mencionados 83 países. Apesar da “greve” ao matrimónio, o estudo refere que este continua a ser “quase universal” no Sul da Ásia e China, com 98% de homens e mulheres a “darem o nó”. Em contraste, nalguns países ocidentais, um quarto das pessoas na faixa dos 30 coabitam ou nunca foram casados , enquanto metade dos casamentos terminam em divórcio. Na Ásia, apenas cerca de dois por cento dos nascimentos ocorreram fora do casamento no Japão em 2007. Já na Suécia, em 2008, 55% dos nascimentos envolveram mães solteiras, enquanto que na Islândia essa percentagem atingiu os 66%.

alEmanha dESEja Criar “EStadoS unidoS da Europa”A ministra do Trabalho alemã, Ursula von der Leyen, considera que a crise pode ser superada com a criação dos “Estados Unidos da Europa”. “O meu objectivo são os Estados Unidos da Eu-ropa, seguindo o exemplo de outros estados fede-rais como a Suíça, Alemanha ou os Estados Uni-dos de América”, afirmou Ursula von der Leyen na edição de ontem da revista alemã Der Spiegel. Uma união política permitiria, segundo a gover-nante, unificar questões importantes em matéria de política financeira, fiscal e económica, “aproveitando as vantagens da dimensão da Europa”. No enten-der da ministra do Trabalho alemã e vice-presidente do partido da chanceler Angela Merkel, a União Democrata Cristã (CDU), a moeda única europeia não é suficiente para fazer face à competição global. Ursula von der Leyen também defendeu recentemente a exigência da Finlândia de que os países que benefi-ciam da ajuda do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) apresen-tem como caução desses empréstimos as reservas de ouro que possuam ou as participações que detenham em empresas estatais. Em declarações à televisão pública ARD, a governante - que é apontada pela imprensa alemã como uma possível sucessora de Angela Merkel - argumentou que só assim esses Estados “continuarão a envidar esforços para consolidar as finanças públicas”.

vEttEl voltou ÀS vitÓriaSEm dia dE “dobradinha”

Sebastian Vettel somou ontem a sétima vitória do ano, ao vencer o Grande Prémio da Bélgica, 12ª prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, num dia em que a Red Bull-Renault conseguiu a segunda “dobradinha” da temporada. O alemão, que largara da “pole position”, superou o austra-liano Mark Webber, seu companheiro de equipa na Red Bull-Renault, e o britânico Jenson Button, da McLaren-Mercedes. Vettel aumentou a vantagem no comando do Mundial de Pilotos, passando a somar 259 pontos, contra 167 de Webber e 157 do

espanhol da Ferrari Fernando Alonso. No Mundial de Construtores, a Red Bull-Renault tota-liza 426 pontos e a McLaren-Mercedes é segunda com 295.

Corrida para Salvar livraria dE “notting hill”

Está em marcha um movimento lançado pela poeta e jornalista Oli-via Cole para salvar a livraria “The Travel Bookshop”, especializada em livros de viagens, onde Hugh Grant e Julia Roberts se conhecem na comédia romântica Notting Hill, de Roger Michell (1999), e que vai fechar as portas no iní-cio de Setembro, 32 anos após a sua instalação naquele bairro de

Londres. Apesar de se ter tornado numa das maiores atracções turísticas londrina graças ao filme, o proprietário, Simon Gaul, que vive em França, decidiu encerrar a The Travel Bookshop. Os filhos não estão interessados no negócio e as vendas baixaram devido à crise. A livraria foi posta à venda em Maio passado, mas não apareceram compradores. Toda a existência da loja está em saldo desde o passado dia 22, e até dia 5 de Setembro, quando deverá fechar as portas. Olivia Cole serviu-se do Twitter para lançar o seu apelo, que já teve o apoio dos membros do elenco de Notting Hill.

“MAPPING” VOLTA A ILUMINAR RUÍNAS. o espectáculo “encontros: Mapping audiovisual das ruínas de s. Paulo” foi retomado na sexta-feira para animar ainda mais um dos principais pontos turísticos de Macau. até 4 de setembro, a organização do espectáculo continuará a promover duas projecções diárias às 20:00 e 21:00 horas nas ruínas de s. Paulo, com entrada livre. encomendado pelo instituto cultural, o espectáculo foi produzido pela “Mapping telenoika” de Barcelona, com o apoio da agência “Panda artist Management”, e recorre a tecnologia audiovisual de ponta para retratar vários capítulos da história das ruínas de são Paulo e de Macau.

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