JTM 18-10-2011

Director José rocha Dinis | Director eDitorial executivo sérgio Terra | Nº 3880 | terça-feira, 18 De outubro De 2011

www.jtm.com.moao serviço De macau DesDe 1982

Tribuna de Macau Jornal

澳門論壇日報 10 PaTacas

Taiwan admite selar paz com a China na próxima décadataiwan pondera assinar um acordo de paz com a china na próxima década, desde que haja confiança mútua suficiente e um “elevado grau” de concordância por parte do povo formosino, disse ontem o Presidente Ma Ying-jeou, num comunicado divulgado pelo seu gabinete. Ma Ying-jeou disse que a ideia terá de ser analisada com “cautela”, mas sugeriu que a “melhoria gradual e ordenada das relações” entre Pequim e taipé abre novas perspectivas para resolver uma questão que se arrasta desde 1949, quando nacionalistas

chineses se refugiaram em taiwan. apesar da crescente aproximação entre os dois lados do estreito, a china continua a considerar taiwan como uma província “rebelde” e não descarta o uso da força para promover a reunificação. Na semana passada, durante as celebrações do centenário da rebelião que derrubou o regime imperial chinês, Pequim advertiu taiwan para não declarar oficialmente a independência e defendeu a “reunificação por meios pacíficos”. Por sua vez, Ying-jeou pediu à china que implemente a democracia e “encare a existência” de taiwan.

ÓRGÃo paRa os assuntos médicos pREtEndE REGulaR E oRdEnaR sEctoR da saúdE

Médicos estão “às escuras” sobre futuro Conselho Pág 3

Pág 9Beleza com inspiração grega

Pág 4

MP denuncia evasão fiscal

“em massa” e branqueamento

nas salas VIP dos casinos Pág 10

Grupo Desportivo Macau Sport

prestou homenagem a

quinteto de pilotos locais

Dirigente de Portugal defende que Macau precisa de mais enfermeiros e regulamentação Pág 2

Estudo recomenda reforço de recursos humanos paraatenuar tráfico de pessoas Pág 5

Novo Macau acusa Executivo de não cumprir promessassobre habitação económica Pág 6

Receitas do jogo geradas pelos grandes apostadoressão as que mais crescem Pág 7

Salários nas empresaspúblicas de Portugal vãosofrer cortes de 30% Pág 11

EscolHidas 12 sEmi-Finalistas do “macau coVER GiRl”

CGTP E UGT acordam greve geral contra austeridadea cGtP e a uGt acordaram ontem a marcação de uma greve geral em Portugal, em data a acertar. a decisão foi alcançada depois de uma reunião entre o secretário-geral da cGtP, carvalho da Silva, e o homólogo da uGt, João Proença. a proposta vai ter ainda de ser aprovada pelas duas estruturas dirigentes, o que deve acontecer até

amanhã, dia em que a data da paralisação deve ser anunciada, segundo confirmou João Proença à lusa, no final do encontro. a jornada de protesto visa as últimas medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro, Pedro Passos coelho, como os cortes nos subsídios de férias e de Natal na função Pública, no sector empresarial do estado e aos pensionistas. esta vai ser a segunda greve geral promovida entre cGtP e uGt. a primeira ocorreu em Novembro de 2010, e na qual participaram, segundo os dados das centrais sindicais, três milhões de trabalhadores. estava ainda previsto que o Governo entregasse no Parlamento a proposta para o orçamento de estado 2012 até às 17h00 de ontem (hora de Portugal).

pág 02 terça-feira, 18 de outubro de 2011 jornal triBuna de MaCau

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jornal triBuna de MaCau

localINCÊNDIO EM AUTOCARRO. um autocarro turístico incendiou-se ontem na avenida de Pac on, mas o incidente não causou vítimas. o incêndio, cujas causas ainda estão por apurar, impediu mesmo assim a circulação de viaturas na zona durante algum tempo.

SEM VISTOS NO MONTENEGRO. os titulares do passaporte da raeM passaram a estar isentos de visto para a entrada no Montenegro, onde poderão ficar até 90 dias. as mesmas condições aplicam-se aos cidadãos do Montenegro que visitem a raeM. actualmente, 93 países e territórios concedem a dispensa de visto e emitem visto à chegada aos titulares do passaporte da raeM.

RAQUEL CARVALHO

associação dos enfermeiros preocupadacom contornos da lei do erro médicoa lei do erro médico, em preparação, engloba todos os profissionais de saúde. No entanto, a associação luso-chinesa dos enfermeiros de Macau pouco ou nada sabe. “até agora não nos foi pedido nenhuma participação nisto. Houve uma única reunião há menos de um ano, em que nos disseram que iam começar esse trabalho, mas nunca mais nos foi dito nada, nem fomos consultados. Desconhecemos como está a ser elaborado, quem está a fazê-lo e qual é que é o conteúdo”, afirma fernanda cardoso. Sobre a responsabilização do profissional, que deverá estar incluída na proposta, a enfermeira concorda que “tem de haver uma regulamentação e responsabilização delineada na lei”. No entanto, “não sabemos como está a ser feita, não sabemos se está de acordo com aquilo que os enfermeiros pensam”. uma vez que todos os profissionais de saúde vão ser abrangidos, “cada uma das classes deveria ter uma palavra a dizer sobre isso”. Sem a associação nunca ter visto qualquer rascunho, fernanda cardoso salienta que é preciso “perceber como vão separar as diferentes responsabilidades que cada um tem consoante a função que exerce”. teresa oliveira Marçal adiciona ainda que “o acto de saúde tem vários actos e que o erro de saúde tem vários erros”. Portanto, “o erro de saúde pode ser médico ou de enfermagem”. a primeira coisa a fazer é, então, que “não se chame erro médico”, defende a presidente do conselho directivo da ordem dos enfermeiros de Portugal, de outro modo a responsabilidade fica apenas a cargo do médico. um bom baptismo é meio caminho andado, entende teresa oliveira Marçal, observando que antes da regulação do “erro de saúde” seria “melhor ter um estatuto profissional bem definido”. o assunto será debatido no seio da associação luso-chinesa dos enfermeiros de Macau ao longo das próximas semanas.

diRiGEntE da oRdEm dos EnFERmEiRos dE poRtuGal comEnta situaÇÃo no tERRitÓRio

Número de enfermeiros “tem de aumentar”A quantidade de enfermeiros no território deve crescer, a bem da futura saúde dos cidadãos, defende a vice-presidente do conselho directivo da Ordem dos Enfermeiros de Portugal. Consolidar o estatuto do enfermeiro e alinhavar um código deontológico são outras das lacunas que saltam à vista na RAEM. Há um “caminho de construção na profissão a fazer”, analisa Teresa Oliveira Marçal

Apenas 2.4 enfermeiros para mil habitantes é muito pouco, ob-serva a presidente do conselho

directivo da Ordem dos Enfermeiros (OE) de Portugal. Teresa Oliveira Mar-çal entende que consolidar e aumentar o rácio deve ser um objectivo do terri-tório, olhando para o envelhecimento da população e crescentes problemas citadinos. Gizar um regulamento do exercício de enfermagem e um código deontológico surgem também como prioridades, acrescenta a Associação Luso-Chinesa dos Enfermeiros de Ma-cau, que comemora 20 anos de exis-tência.

“Em Portugal temos dos rácios mais baixos da Europa, que é de 5.4, mas em Macau é apenas 2.4. Apesar da concentração do território, o que permite em termos comunitários uma maior facilidade e aproveitamento de recursos, é preciso pensar no envelhe-cimento da população e na existência de uma esperança média de vida muito

boa”. Com estes factos na balança, os governantes terão de colocar nos pra-tos a previsível necessidade de cuida-dos. “Quanto maior o envelhecimento da população mais cuidados devemos ter com as nossas crianças, porque co-meçam a ser menos e têm de ser muito bem cuidadas. E quanto maior o enve-lhecimento mais a necessidade de cui-dados ao nível da saúde mental e da saúde comunitária”.

Teresa Oliveira Marçal alerta para um futuro que não tardará. “Macau vai confrontar-se com uma necessidade de resposta fora do hospital para as situ-ações graves e agudas, mas também muitos cuidados de enfermagem no domicílio”. Embora a presidente do conselho directivo da OE de Portugal

tenha ficado “encantada” com as condi-ções físicas e materiais de um centro de saúde que visitou, essas características não chegam, realça. “Por detrás disto há muito trabalho de enfermagem que tem de ser feito, porque o crescimento das cidades criam um conjunto de pro-blemas decorrentes dos estilos de vida e alimentares ao nível da saúde mental e das doenças crónicas”. Comporta-mentos citadinos levam “à necessidade de cuidados de enfermagem, mais até do que cuidados médicos. Porque é o cuidado de enfermagem que fortalece o estilo de vida saudável”, acredita a dirigente.

As pessoas vão viver mais tempo com dificuldades e é em casa que pre-cisarão de apoio. “Sei que Macau não tem problemas financeiros. Mas a mi-nha experiência de vida diz-me que tudo é finito, até os recursos. Portan-to, é preciso investir muito bem e para investir muito bem é preciso investir muito em saúde”. Se houver um aba-não económico – analisa – e as pessoas não tiverem bons hábitos de vida e hi-giene, “a população não aguenta e as taxas de saúde caem”.

Para evitar que tal aconteça, a “educação para a saúde é fundamental, bem como ir a casa ver como é que as pessoas estão”. Algo que não é possível fazer em Macau devido ao número de profissionais na área da saúde. “Pre-cisamos de enfermeiros preparados para abordar as questões na comuni-dade. Um rácio de 2.4 não chega. Pode chegar para estar nas urgências, nos intensivos, nos hospitais e talvez nos centros de saúde, mas não chega para fazer este trabalho nas escolas e onde as pessoas vivem”, lamenta Teresa Oli-veira Marçal. O período de desafogo financeiro que Macau vive é, por isso, uma altura decisiva e “óptima para a saúde e tem de ser aproveitada com os enfermeiros, dialogando com as asso-ciações”, reitera.

REGULAR A PROFISSÃO. A par de “consolidar o rácio e melhorá-lo”, há outras carências que saltam à vista. “O estatuto do enfermeiro é muito impor-tante”, salienta a mesma dirigente. Mas há mais. “Temos o regime de carreira que é muito limitado à função que o enfermeiro faz. É abrangente em deter-minados pontos, contudo há coisas que não são claras. Não temos uma regu-lamentação do exercício profissional. Não temos um código deontológico”, complementa Fernanda Cardoso da Associação Luso-Chinesa dos Enfer-meiros de Macau.

Existe “um caminho de constru-ção da profissão a fazer”, resume Te-resa Oliveira Marçal. Estrada que deve ser percorrida com avanços “seguros”, mesmo antes de haver a ponderação de outras medidas – destaca Fernanda Cardoso - como aquela que está a ser discutida em Portugal sobre a possi-bilidade de os enfermeiros receitarem medicamentos, exames complemen-tares de diagnóstico e ajudas técnicas em circunstâncias específicas. “Parece-me cedo demais para avançarmos com esse passo aqui em Macau...Há as tais outras necessidades, que terão de ser colmatadas em termos de enfermagem na globalidade”.

Os dispositivos de regulação pro-fissional são a primeira etapa, concorda o elemento da OE, lembrando a impor-tância da formação. “Quanto melhor for o enfermeiro, melhores cuidados presta e mais ganhos há para a saúde e até em termos financeiros”, sublinha.

Actualmente, os profissionais li-cenciados no território não são reco-nhecidos em Portugal. A OE não tem recebido muitos pedidos vindos de profissionais da RAEM, no entanto Teresa Oliveira Marçal defende que “a bem da enfermagem a harmonização das qualificações e dos guias práticos é sempre um bom caminho”. Entre Ma-cau e Portugal é “um caminho possível e interessante”, mas - recorda a diri-gente - é preciso que exista essa inten-ção dos governos.

O intercâmbio no sentido inverso, de Portugal para a RAEM, é uma co-nhecida realidade. Houve mesmo, du-rante a visita de Teresa Oliveira Marçal ao território, uma “instituição presta-dora de cuidados que mostrou vontade de contratar cerca de cinco enfermeiros de Portugal especialistas em reabili-tação”. A dirigente não quis, todavia, avançar outros detalhes, uma vez que o processo ainda se encontra numa fase preliminar.

Teresa Oliveira Marçal esteve na RAEM a propósito da conferência sobre “Aperfeiçoamento do Ensino e Prática de Enfermagem no Século XXI”. Um evento que decorreu entre sábado e on-tem, servindo para marcar os 20 anos da Associação Luso-Chinesa dos Enfer-meiros de Macau, com a participação de profissionais do Continente, Hong kong, Taiwan, Portugal e Singapura.

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local (...) “Se publicarem uma lei sobre isto sem nos pedirem uma opinião, não vou concordar [com o Conselho]” (...) – Rui Furtado

(...) “[A criação deste Conselho] devia ser algo cristalino, devia saber-se como vai ser constituído, quais vão ser os membros. Mas ninguém sabe como vai funcionar” (...) – Fernando Gomes

legislação sem data nem consensoSem data para estar concluída está também a legislação sobre o erro médico, em discussão desde 2002, e que os Serviços de Saúde garantem estar em preparação. a 3ª comissão Permanente da assembleia legislativa também está a estudar a lei. ainda assim, o director dos Serviços de Saúde, lei chin ion, assegura que os cidadãos já estão protegidos pela legislação actual e que podem sempre recorrer às leis civis e criminais vigentes, lembrando a existência do centro de avaliação das Queixas relativas a actividades de Prestação de cuidados de Saúde. Mas a criação desta lei não tem gerado consenso, especialmente entre os juristas. o presidente da associação dos advogados, Neto valente explicou, na semana passada, que a actual legislação já responsabiliza os médicos. e alertou que uma lei mais específica é difícil de redigir até porque têm de ser os profissionais do ramo a avaliar se as práticas clínicas foram as correctas ou não. a constituição do conselho para os assuntos Médicos prevê esta situação, segundo as informações até agora disponíveis.

ÓRGÃo paRa os assuntos médicos pREtEndE REGulaR E oRdEnaR sEctoR da saúdE

Médicos “às escuras” sobre futuro conselho Associações querem respostas sobre a forma como vai ser constituído o Conselho para os Assuntos Médicos, que especialistas vai ter e quem os vai seleccionar. Exigem saber também as atribuições do órgão e se vai funcionar como algo semelhante a uma Ordem dos Médicos. Queixam-se de até agora terem sido pouco ouvidos por quem está a elaborar o Conselho e de haver falta de informação

Até ao final do ano, vai ser cria-do o Conselho para os Assun-tos Médicos, uma entidade que

visa regular e ordenar o sector, segun-do já adiantou o director dos Serviços de Saúde de Macau, Lei Chin Ion. Mas em todo este processo, os médicos têm sido uma parte pouco ouvida, pelo menos segundo os representantes de algumas das principais associações destes profissionais da saúde de Ma-cau. E colocam várias questões que gostariam de ver respondidas.

Segundo as últimas informações oficiais, os trabalhos preparatórios para a criação de um Conselho já estão concluídos faltando ainda a aprovação dos regulamentos administrativos. “Ninguém sabe de nada”, resume ao JTM o médico Fernando Gomes, vice-presidente da Associação dos Médicos dos Serviços de Saúde de Macau e responsável pelo Serviço de Medici-na Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar Conde de São Januário. “[A criação deste Conselho] devia ser algo cristalino, devia saber-se como vai ser constituído, quais vão ser os membros. Mas ninguém sabe como vai funcionar”, critica. E diz mesmo que como tudo está a ser feito não dei-xa de ficar com “receio, apreensão e indignação”.

O presidente da Associação dos Médicos de Língua Portuguesa e chefe do Serviço de Cirurgia do Centro Hos-pitalar Conde de São Januário, Rui Furtado, também desconhece porme-nores do projecto. “Nunca fui contac-tado para nada”, resume ao JTM. Os receios são os mesmos do colega Fer-nando Gomes. “Primeiro é preciso sa-ber qual vai ser a função ao certo deste Conselho, porque eu não sei. Se é para ser algo semelhante a uma Ordem dos

Médicos, tal como existe em Portugal, e com funções de fiscalização, de ética e deontologia, algumas características sindicais, reconhecimento de especia-listas, principalmente do exterior, e de especialidades, então deveria ser uma escolha entre pares”, defende Furtado. E alerta ainda para uma especificidade de Macau: “uma Ordem regulamenta todo o tipo de medicina, pública e pri-vada, o que leva à questão de, se for para seguir esse modelo, como se vai conciliar a medicina ocidental, hipo-crática, com a medicina tradicional chinesa, que coexistem no território e cujas regras são diferentes?”. E con-clui que um modelo deste tipo “nunca podia ser instalado em Macau”.ASSOCIAÇÃO SEM RESPOSTA. Um ponto que Fernando Gomes considera ser fundamental é saber a constituição do futuro Conselho. “Quantos mem-bros vão ser? E de que área? E quantos são do público e do privado? É que é necessário que exista um equilíbrio. Ninguém se entende”, desabafa, asse-gurando que a sua associação já “colo-cou algumas questões à Direcção dos Serviços de Saúde, em Janeiro ou Feve-reiro, e até agora não recebemos qual-quer explicação”. E alerta ainda para outro tipo de distinção que é necessá-rio que se seja estabelecida: “o que está

a ser feito é um conselho médico ou um conselho clínico? É que se for um con-selho médico não pode incluir dentis-tas, enfermeiros ou farmacêuticos, por exemplo. E não vejo nenhuma razão para que seja incluído pessoal não mé-dico num Conselho para os Assuntos Médicos”, argumenta.

Apesar de se ter disponibilizado para fazer parte de um Conselho, “pro-posto pela associação mas entrando a nível individual”, Fernando Gomes confessa que ele próprio não conhece “as regras do jogo”. “Estou inscrito para, eventualmente, fazer parte do Conselho, por pertencer à associação e para, pelo menos, um médico portu-guês ter lugar lá”.PROCESSO “IRREPREENSÍVEL”. Comentando a criação do Conselho como presidente da Associação de Cardiologia de Macau, Mário Évora, tem uma visão mais positiva de todo este processo, que “tem sido irrepre-ensível”. “Todas as associações [do sector] foram convidadas para uma reunião e ficou estabelecido que po-deríamos ter o feedback que quisésse-mos”, assegura. Ainda assim, explica que não possui “muitos pormenores” pois é algo que ainda não está regula-mentado. “Não sei qual vai ser a ex-tensão do Conselho para os Assuntos Médicos mas prevejo que possa cobrir toda a prática médica em Macau, pois é o mais lógico”, explica o especialista, que refere que “todas as associações vão ter representatividade neste con-selho”.

Para Mário Évora é “em boa hora” que surge a constituição deste organismo, pois “vem suprir uma la-cuna na profissão em Macau. Os mé-dicos foram praticando sem uma Or-dem. Por exemplo, aqui nunca existiu um colégio de especialidades ou um conselho médico”, aponta. Estes são organismos necessários para “reco-nhecimento de habilitações de médi-cos vindos de fora, de zelo pela ética e pela deontologia [da prática clínica], e

até de emissão de pareceres técnicos” em casos onde se avalia se houve má prática clínica da parte do médico ou não.

Neste sentido, Rui Furtado tam-bém concorda com a existência de um órgão que tenha essas funções, pois “em Macau é a administração [hospi-talar e os Serviços de Saúde por ine-rência] que regulamenta tudo”. Mas espera o cirurgião que “antes de algu-ma coisa estar concluída seja dado um período para consulta [da lei]”. E dei-xa o aviso: “se publicarem uma lei so-bre isto sem nos pedirem uma opinião, não vou concordar [com o Conselho]”. Fernando Gomes também defende que “um esboço da lei deve poder ser consultado”. Já Mário Évora, por seu lado, explica que “qualquer profis-sional que queira saber mais sobre o Conselho pode colocar as questões às respectivas associações, que as devem reencaminhar para os Serviços de Saú-de”.

Das informações até agora dispo-nibilizadas, apenas se sabe que está previsto que o Conselho para os As-suntos Médicos seja criado até ao final do ano. Segundo já adiantou o direc-tor dos Serviços de Saúde, o Conselho vai servir para regular a avaliação dos médicos e melhorar também o plane-amento das actividades consoante os recursos humanos existentes. Por ou-tro lado, os profissionais que queiram exercer em Macau podem ter de vir a fazer um exame de acesso, para além de um período de estágio. Também foi garantido que o organismo vai ter competências a nível deontológico e ético, servindo para analisar queixas de más práticas. Mas não se sabe como vai ser constituído, como será feita a selecção dos profissionais e quem a faz. Estas questões foram colocadas pelo JTM aos responsáveis dos Servi-ços de Saúde, mas até ao fecho desta edição o organismo ainda não tinha dado qualquer resposta.

H.A.

Mário Évora, Fernando Gomes e Rui Furtado defendem que o Conselho deve ser analisado pelos profissionais antes da entrada em funcionamento


localDETECTADAS FICHAS FALSAS. um homem tentou trocar 33 fichas falsas num casino do NaPe. o suspeito é residente de Hong Kong e diz que recebeu as fichas de uma terceira pessoa, como forma de pagamento de dívidas.

FURTADA CARRINHA DE ENTREGAS RÁPIDAS. uma carrinha de uma empresa de entregas expresso foi furtada na rua do coronel Mesquita. Do interior do veículo desapareceram duas caixas com recibos.

PAULO BARBOSA

ano judiciário abre amanhãa sessão solene de abertura do ano Judiciário de 2011/2012 terá lugar amanhã, pelas 15:30 no Pequeno auditório do centro cultural de Macau. como é habitual, a cerimónia será presidida pelo chefe do executivo, chui Sai on, que irá proferir um discurso, tal como o presidente do tribunal de Última instância, Sam Hou fai, o procurador, Ho chio Meng e o presidente da associação dos advogados, Neto valente. a sessão contará ainda com a presença dos magistrados judiciais e do Ministério Público bem como dos advogados locais, para além de uma vasta lista de convidados.

Quatro furtos na almirante Sérgioa rua do almirante Sérgio foi alvo de quatro furtos a residências nos últimos dias. em três casos, as portas das casas apareceram abertas ou arrombadas. Desapareceram 70 mil patacas em dinheiro e jóias de uma casa e, noutro caso, foi sonegado um aparelho de ar condicionado. uma aparente acção concertada parece também ter acontecido num prédio da rua de bragança, onde foram furtados dois apartamentos no mesmo dia. cada morador estima que os prejuízos sejam, respectivamente, de 70 e 25 mil patacas.

polÍcia montou cilada a EXtoRsionÁRios

Resgate do telemóvel custava 30 mil patacasO que faria se recebesse uma mensagem a pedir um preço por um telemóvel que um seu familiar perdera? Foi este o dilema com que se confrontou o senhor Mok depois de receber uma mensagem do telemóvel da mulher. Mas não era a esposa que o contactava...

A polícia recebeu uma queixa pe-culiar no domingo. Um homem deslocou-se à esquadra alegando

que a esposa tinha perdido um telemóvel dispendioso e que, poucas horas depois, ele tinha recebido uma mensagem escri-ta com origem no aparelho desapareci-do. A mensagem referia que o telemóvel seria devolvido a troco de 30 mil patacas. Perplexo com a situação, o queixoso, de apelido Mok, prometeu entregar 10 mil patacas, mas deslocou-se à polícia, onde expôs toda a situação.

Já na esquadra, Mok voltou a receber uma chamada do telemóvel da esposa. Tratava-se de uma mulher que o advertiu para não fazer queixa à polícia, dado que todas as informações gravadas no tele-móvel já tinham sido copiadas para outro ficheiro. Com a participação da polícia, foi montada uma cilada aos extorsioná-

rios, tendo Mok preparado 20 notas de 500 patacas, a serem entregues à porta do “resort” da Wynn. Naquele local, os agentes observaram um homem de 41 anos a aconselhar uma comparsa a fugir logo que tivesse o dinheiro nas suas mãos, para evitar uma perseguição policial. Mal a mulher entregou o telemóvel à vítima, os agentes efectuaram a detenção.

A suspeita, que tem 38 anos e é na-tural do Interior da China, declarou-se apenas uma intermediária em toda a operação, que teria sido planeada pelo outro indivíduo. Segundo declarou, caso fosse bem sucedida receberia mil pata-cas, mas o suposto estratega da operação nega tudo.FALSIFICADOS CARTÕES DE CRÉ-DITO. Na sexta-feira, um banco (que não foi identificado pelo porta-voz da PJ) denunciou à polícia o registo de duas transacções feitas com cartões de crédi-to falsificados. A PJ não demorou muito tempo a deter um suspeito, que já esteve envolvido em dois casos semelhantes. O homem é residente de Macau e usou os cartões para pagamentos em postos de combustível, supermercados, restauran-tes e saunas. Ao todo, foram registadas 33 tentativas de compras com cartões falsos. Destas, 27 foram bem sucedidas, num valor de cerca de 32 mil patacas.

O autor destas operações reside na zona Norte. Na sua casa, foram encon-trados três bilhetes de identidade de

outras pessoas e um BIR forjado. O ho-mem defende-se dizendo que os cartões de crédito em causa lhe foram entregues como forma de pagamento de um em-préstimo.

Aos 46 anos, o suspeito tem um cadastro recheado. Na lista dos seus antecedentes criminais estão registados envolvimentos em casos de roubo qua-lificado, tráfico de estupefacientes e até numa tentativa de homicídio.UMA PRENDA “ENVENENADA”. Um residente comprou um telemóvel por mil patacas, com o objectivo de o oferecer ao filho. Mas não fez a compra numa loja, aceitando a proposta de uma mulher de nacionalidade vietnamita. O homem foi depois abordado pela polícia, que o acusa de comprar um aparelho que foi furtado de um cibercafé, em Maio.

O homem assegura que desconhe-cia a origem irregular do telemóvel que adquiriu e ajudou as autoridades a iden-tificar a vendedora. Esta, por sua vez,

alega ter tido um papel de intermediá-ria na venda. Afirma ainda que tentou encontrar o dono legítimo do aparelho, antes de o vender. A cidadã vietnamita encontra-se em situação de permanência irregular no território e tem 40 anos. PERSEGUIÇÃO FRENÉTICA. Agen-tes policiais observaram um homem a correr atrás de outro e juntaram-se à perseguição na Avenida da Amizade. O fugitivo acabou por ser interceptado e o perseguidor contou que fora rodeado por quatro homens, que lhe subtraíram uma carteira com 10 mil dólares de Hong Kong. Quando se apercebeu da situação, a vítima, que está de visita à RAEM, par-tiu em perseguição do grupo, mas foi perdendo o rasto dos seus elementos.

O único suspeito tem 29 anos e pro-vém da província de Guangxi. Interroga-do na esquadra, o indivíduo negou tudo e disse que começou a correr por desco-nhecer o motivo da fúria do perseguidor e por recear que este o agredisse.

indicam dados EntRE janEiRo E aGosto dE 2011

Processos-crime em alta no MPHouve mais 652 inquéritos a dar entrada no MP nos primeiros oito meses do ano em comparação com o período homólogo. Os crimes contra a honra cresceram 65 por cento, mas a criminalidade mais grave também cresceu: mais 40 por cento de processos relativos a branqueamento de capitais, mais 23 por cento relativos a furtos e roubos e mais 13 por cento de casos relacionados com drogas

O alerta foi dado ontem, com a divulgação dos números dos processos-crime que deram en-trada no Ministério Público (MP) nos primei-

ros oito meses do ano e que mostram um aumento de 10 por cento, em relação ao mesmo período do ano passado. “Estão cada vez mais ferozes e dissimulados os meios de criminalidade, pelo que temos de fazer [propor] novas disposições para a punição efectiva dos crimes”, refere-se num comunicado oficial, que faz referência aos 7.505 processos que deram entrada no MP, de Janeiro a Agosto deste ano, em contrapo-

sição aos 6.853 registados no período homólogo (ou seja, mais 652 inquéritos).

Os crimes, considerados graves, que mais cres-ceram, de acordo com o número de processos que deram entrada, foram o branqueamento de capitais, em 40 por cento, o furto e roubo, em 23 por cento, e a criminalidade informática, 22 por cento. Os crimes contra a honra ocupam, ainda assim, o lugar cimeiro, com um aumento em 65 por cento dos inquéritos.

O branqueamento de capitais está sobretudo as-sociado ao jogo, principalmente ao ilícito nas salas VIP. Existem fenómenos de evasão fiscal em massa, branqueamento de capitais dissimulado, conluio e re-lações de sociedade complexas, “o que dá vantagem aos criminosos”, segundo a nota do MP. Neste capí-tulo, cresceram ainda em seis por cento os processos respeitantes a crimes de jogo ilícito e de usura, e em 11

por cento processos relacionados com burla e extorsão. Igualmente associado ao jogo aparece o crime de furto, que juntamente com os roubos, também aumentou.

Quanto aos crimes por posse e tráfico de estupe-facientes, durante o período de Janeiro a Agosto, o nú-mero dos inquéritos iniciados foi de 186, sendo seme-lhante ao mesmo período do ano passado. No entanto, houve um aumento em 13 por cento nos processos de acusação. Em cada mês, houve mais de 20 processos novos que tinham que ver com este tipo do crime. Além disso, ao mesmo tempo, registou-se um aumento na proporção dos processos relacionados com o tráfico de droga internacional. Para além dos turistas ocuparem uma proporção considerável no número de consumi-dores de droga, é também notado que esses consumi-dores são cada vez mais diversificados e jovens. Para o MP, esta realidade mostra a complexidade do crime que envolve estupefacientes, sendo que “é preciso to-mar novas medidas de prevenção e punição”.

Cresceu também a quantidade de processos que deram entrada relativamente a crimes de bigamia e de falsificação de identificação civil e houve um au-mento de 65 por cento e nove por cento nos processos sobre os crimes contra a honra e contra a vida priva-da, respectivamente.

Os processos por crimes causados por acidentes de viação cresceram 11 por cento e os inquéritos res-peitantes à criminalidade informática 22 por cento.

O aumento dos processos-crime autuados e dos crimes graves demonstra que “é preciso prestar aten-ção à segurança em Macau”. Na nota, é explicado que aumentou o número de jovens e de estrangeiros en-volvidos nos crimes e que houve um crescimento nos processos relativos à criminalidade organizada.

Outros processos que deram entrada no MP indi-ciam uma subida dos crimes relacionados com a viola-ção de propriedade intelectual, contra a saúde pública e infracção anti-económica e contra a vida privada.


localFISCALIZAÇÃO MASSIVA NÃO DETECTOU ILEGAIS. a PSP e a DSal levaram a cabo uma acção de fiscalização nos estaleiros do empreendimento “one Grantai”, na taipa. Durante a acção, que envolveu 77 agentes policiais, foi pedida a identificação a 146 operários. todos eles se encontravam em situação legal.

TENTOU FUGIR EM OPERAÇÃO STOP. Numa operação stop realizada ontem, um passageiro fugiu de um táxi, onde deixou um pacote de ketamina, mas acabou por ser detido pelos agentes policiais. o homem tem 33 anos e é um turista originário da província de Henan.

FÁTIMA ALMEIDA

VIVIANA CHAN

“cRoupiER” tERÁ sido BuRlada poR EX-colEGa

Nem fundo, nem casa económicaUma “croupier” terá sido vítima de burla e extorsão num caso perpetrado por uma antiga colega, segundo suspeita a PJ. A vítima pagou mais de um milhão de dólares de Hong Kong para investir num fundo que daria retorno financeiro e para pagar uma casa de habitação económica

Uma mulher de 34 anos, suspeita de burlar e extorquir uma amiga “croupier”, em mais de 1,35 milhões de patacas, foi detida no domin-

go à tarde pela Polícia Judiciária (PJ) quando preten-

dia sair de Macau pelas Portas do Cerco. Segundo anunciou ontem a PJ, o dinheiro serviria para um fundo, que dava um retorno lucrativo, e para uma habitação económica.

A polícia suspeita que a vítima, com mais de 50 anos, terá sido enganada, pelo menos, desde Março de 2009. As duas mulheres eram colegas e “crou-piers” num casino. A alegada burlona, de apelido Wong, e que actualmente trabalhava numa agência imobiliária, terá apresentado à vítima um negócio lucrativo: contou-lhe que tinha um familiar que era director de um fundo e que podia ganhar muito di-nheiro se fizesse um investimento. Ganharia pelo me-nos 800 dólares de Hong Kong mensalmente por um investimento inicial de 100 mil. A vítima acreditou e investiu 250 mil dólares de Hong Kong. Mas o único

retorno que obteve foram 800 dólares de “lucro” des-de o início.

A suspeita terá conseguido enganar ainda mais uma vez a colega, com a compra de uma casa econó-mica. Disse que conhecia dois funcionários do Instituto de Habitação, tendo mesmo mostrado à vítima cópias dos BIR dos dois funcionários, que se provou serem falsificações, com o objectivo de obter a sua confiança.

Mais uma vez, a vítima entregou à sua colega dinheiro, desta vez 1,1 milhões de dólares de Hong Kong para comprar a casa. E até Agosto deste ano, a suspeita voltou a pedir mais 350 mil dólares de Hong Kong para que a colega obtivesse o direito de utiliza-ção. Mas, nessa altura, a vítima alertou a polícia por ter perdido a confiança. A PJ suspeita, no entanto, que este tenha sido um caso de extorsão.

dEtEctados noVEs casos até aGosto dEstE ano

Mais formação para travar tráfico humanoPara combater o tráfico humano, a RAEM precisa de aumentar o nível de conhecimento sobre esta matéria. Segundo um estudo da Universidade de Macau, a sociedade, pilar fundamental na prevenção e denúncia, deveria ter mais formação sobre Direitos Humanos. O Governo garante que o número de casos está a diminuir, mas o relatório diz que são necessários mais profissionais para que os agressores não fiquem impunes. Só até Agosto, pelo menos nove mulheres foram exploradas sexualmente

Mesmo vivendo numa cidade que “joga” o seu desenvolvi-mento económico sobretudo

em casinos e no turismo, a maioria dos cidadãos “não tem conhecimento sobre o tráfico humano”. De acordo com um estudo da Universidade de Macau, até dentro das universidades os alunos e docentes vivem de certa forma arreda-dos de um crime que desde 2008 - ano em que surgiu uma legislação específi-ca para o combate do tráfico humano na RAEM - já atingiu cerca de 60 víti-mas. São na maioria mulheres do Con-tinente Chinês que chegam a Macau com o sonho de construírem uma vida melhor, que os cartazes enganosos ali-mentam do outro lado da fronteira. As expectativas esbarram no vazio quan-do pisam o território e vêem a esperan-ça de uma vida melhor trancada num quarto e o corpo explorado à força.

Embora Governo garanta que o fenómeno apresenta uma tendência decrescente este ano, em que houve re-gisto de nove casos até Agosto, o alar-me continua a soar. “Como predomi-nam no desenvolvimento económico de Macau os sectores do turismo e do jogo” e “a prostituição não é ainda um crime previsto na lei, Macau corre o ris-co de tornar-se num destino de tráfico de pessoas”, salienta o estudo levado a cabo entre Julho e Dezembro de 2010 e

ontem apresentado pela investigadora Vong Sou Kuan.

Atendendo a esta realidade, o re-latório aponta nas suas conclusões a necessidade de haver mais cooperação com o exterior, mais recursos humanos e também uma aposta na prevenção e na formação quer junto da sociedade de Macau quer perto dos que visitam a RAEM.

Como a eliminação das fontes do crime é essencial, o estudo frisa que o “Governo deve reforçar a comuni-cação com os territórios potenciais de exportação” de tráfico humano, como acontece em Hong Kong, bem como aumentar a cooperação com associa-ções civis.

A sensibilidade também deverá constar no processo cabendo aos res-ponsáveis dos serviços para o combate do tráfico humano serem mais incisi-vos no apelo aos empregados para que cumpram as suas responsabilidades empresariais neste domínio. Os carta-zes enganosos que existem do lado de lá da fronteira devem ainda ser con-trariados através de publicidades com informações claras sobre esta matéria em aeroportos e terminais dos diversos territórios.MAIS RECURSOS CONTRA O CRI-ME. Por outro lado, e na perspectiva dos legisladores que foram entrevista-dos no âmbito deste projecto, é neces-sário um maior número de recursos humanos. O aumento adequado de profissionais, sobretudo no ramo da in-vestigação, poderá ser crucial, até por-

que o sucesso de uma acusação “deve-se sempre ao testemunho das vítimas”. Neste sentido, Macau deve olhar para Hong Kong e tomar medidas que per-mitam a redução do tempo de todo o processo, prestar apoio psicológico e garantir a segurança dos familiares no local de origem.

Ainda que Vong Chun Fat, coor-denador da Comissão de Acompanha-mento das Medidas de Dissuasão do Tráfico Humano, diga que os profissio-nais que trabalham nesta área são “su-ficientes” (serão cerca de 7.000) reco-nhece a complexidade de se apurarem os responsáveis destes crimes.

Os números são um espelho dessa realidade, isto porque se olharmos para 2010 veremos que dos 14 casos suspei-tos de tráfico de pessoas conduzidos ao Ministério Público nove foram ar-quivados. Apenas um dos 25 arguidos foi condenado a cinco anos de prisão por crime de exploração sexual e ajuda a imigrante ilegal.

Vong Chun Fat diz que os resulta-dos podem ser explicados pelos obstá-culos em conseguir provas. “Algumas vítimas fugiram e depois encontraram polícias, mas devido à falta de conheci-mentos não conseguem identificar o lo-cal onde tudo se passou. Como há falta de informações é difícil detectar todos os arguidos”, disse referindo ainda que a maioria das vítimas expressa vontade de deixar Macau de imediato.

O mesmo responsável frisou ainda a necessidade de que os jovens conhe-çam melhor esta problemática. “Após

a promulgação da Lei em vigor desde 2008 encontramos várias dificuldades sobretudo devido à falta de conheci-mento. Depois deste estudo temos de convidar mais estudantes universitá-rios para que aprofundem esta ques-tão”, disse.

Como a sociedade é importante no combate ao comércio de pessoas, o estu-do sugere também que seja proporciona-da aos docentes mais formação sistemá-tica e que sejam criados materiais sobre esta matéria para as escolas. A inclusão dos Direitos Humanos nos currículos foi outra das sugestões apontadas.

Com uma nota mais positiva apa-recem os serviços de administração pública, já que dominam bem as dispo-sições legais sobre o combate ao tráfico humano e que concordam que a Lei “Combate ao Crime de Tráfico de Pes-soas” define de uma forma mais clara o seu âmbito de aplicação.

O facto de, ao contrário de Hong Kong, Macau ter uma legislação es-pecífica para esta questão foi também salientado no estudo que tinha como missão rever os trabalhos realizados no combate ao tráfico humano, analisar a legislação existente e medir o índice de conhecimento dos cidadãos.

Nesta matéria muito há a fazer. Para já parece ser a crise internacional a travar o aumento de casos de tráfico de pessoas, segundo Vong Chun Fat. Porém, e, embora assuma que o Go-verno está a trabalhar de acordo com as necessidades, esta é uma realidade cheia de silêncios.


VIVIANA CHAN

localPME’S EM DIFICULDADES. o presidente do iPiM admitiu, em entrevista ao Macau Daily times, que a economia da raeM está a crescer a um ritmo demasiado rápido para as pequenas e médias empresas locais. Jackson chang adiantou ainda que o Governo pondera vir a apoiar as PMe’s que invistam na ilha da Montanha.

SEQUESTRO NO COTAI. uma dívida de 200 mil patacas levou ao sequestro de um homem num quarto de hotel no cotai. Quatro alegados agiotas, com idades compreendidas entre os 22 e os 24 anos, terão ameaçado de morte o apostador do continente, caso a família não saldasse a dívida contraída há três anos. Segundo a tDM, os suspeitos já foram detidos e o caso entregue ao Ministério Público.

VOX POPULI

ANTOINETTE BRUGGER (visitante da Suíça)

-Porque é que decidiu vir a Macau?-O meu filho trabalha na área da ges-

tão hoteleira, num hotel na zona da Taipa. Então resolvi fazer uma visita de quatro dias para o ver. Esta já é a terceira vez que estou em Macau. Já estivemos em Hong Kong e se ainda tiver tempo irei ao Viet-name, mas depende do meu filho.

-Como encara a popularidade da in-dústria dos casinos?

-Não sou uma jogadora, mas sei que os chineses adoram apostar nos casinos. É algo que atrai bastante as pessoas até aqui, então não podemos fazer nada con-tra isso. É turismo...

-O que é que mais gosta de Macau?-Gosto bastante do lado histórico que

podemos encontrar no Largo do Senado. É muito característico, e esta atmosfe-ra é uma das melhores coisas. A história de Macau é um facto diferente além dos casinos. Por exemplo, Las Vegas não tem qualquer lado histórico.

-Comparando com os padrões euro-peus, considera que os serviços turísti-cos são bons?

-Depende sempre de onde se vá, mas no geral acho que são bons. Claro que nos grandes hotéis temos um serviço bastante bom.

-Ao nível do trânsito e dos transportes para turistas, acha que poderia ser me-lhorado?

-Se existissem mais táxis seria o ideal, porque nos dias de chuva é impossível apanhar um. Quando cheguei de Hong Kong, no cais, era quase impossível apa-nhar um transporte para o centro da ci-dade.

A.S.S.

“Gosto bastante do lado histórico

de Macau”

MIcE promovido na TailândiaDurantes dois dias, responsáveis pelo turismo de Macau, com cerca de três dezenas de empresários, promoveram os produtos de turismo de negócios da RAEM na Tailândia. Os Serviços de Turismo garantem que o número de empresários a participar neste tipo de actividades tem vindo a aumentar

A Direcção dos Serviços de Turismo (DST), acompa-nhada de 28 representantes

da indústria turística local, esteve recentemente em Banguecoque, na Tailândia, para promover os mais recentes produtos de turismo de negócios de Macau.

A Feira do Turismo de Incen-tivos, Convenções e Reuniões da Ásia 2011 (IT&CMA2011), que já vai na 19ª edição, é uma das prin-cipais feiras de reuniões e incenti-vos da região, e ao mesmo tempo uma plataforma para a promoção do turismo de exposições e incen-tivos, que todos os anos atrai mais de um milhar de compradores in-ternacionais e participantes.

Segundo a DST, nos últimos

anos o número de representantes da indústria turística de Macau que participa em grandes feiras internacionais especializadas em turismo de negócios tem vindo a aumentar. E as causas são atribuí-das à crescente oferta de produtos do sector e à cada vez maior con-fiança e apoio dos operadores tu-rísticos locais à transformação de Macau num destino de turismo de negócios da região Ásia-Pacífico.

Por outro lado, os responsáveis do turismo de Macau em conjunto com o Serviço de Convenções e Ex-posições da Tailândia, organizaram uma bolsa de contactos “Seminário MICE Macau e Tailândia”, que jun-tou 31 representantes de empresas, agências de viagem e organizado-

res de eventos da Tailândia e outros 22 representantes de Macau, para a actualização de produtos, serviços e contactos de negócios.

Durante o certame, os respon-sáveis da DST, que é membro da Associação Asiática de Serviços de Visitantes e Convenções (AACVB, da sigla inglesa), participaram ain-da numa conferência de imprensa com o propósito de dar a conhecer as últimas novidades e projectos da associação, que passa agora a estar aberta também a serviços de convenções de cidades e provín-cias, organizações de promoção de destinos e de destinos de turismo de negócios, e organizadores de conferências. A IT&CMA decorreu entre 4 e 6 de Outubro.

noVo macau insistE nas cRÍticas ao GoVERno

Promessas por cumprirsobre casas económicasA Associação Novo Macau insiste que o Governo deve proceder à definição dos preços das casas económicas com mais transparência. Certo de que a Administração está a faltar ao prometido, Au Kam San acusa o Executivo de não ter ponderado verdadeiramente as capacidades financeiras dos candidatos

A Lei da Habitação Económica continua a gerar dúvidas aos deputados. Para Au Kam San, o di-ploma carece de artigos que regularizem os for-

mulários que fixam os preços para comprar uma casa da Administração. O deputado da Associação Novo Macau (ANM) acusa o Governo de não estar a cumprir as promessas feitas durante a discussão do diploma na especialidade. Isto porque, na altura, o Executivo, questionado várias vezes sobre esta matéria, apenas garantiu que o valor de cada pé quadrado rondaria as 1.100 patacas. Porém face aos valores divulgados, a ANM não tem dúvidas que o Governo está a faltar com prometido, já que, segundo as contas de Au Kam San, estão a ser cobrados valores quatro vezes maiores do que aqueles que deveriam ser os correctos.

O deputado insiste que deve haver uma maior

transparência em todo o processo de construção e ven-da habitações económicas. A mesma opinião é partilha-da por Ng Kuok Cheong que salientou que a polémica que estalou na semana passada e envolveu residentes, Governo e a empresa construtora das Torres da Tran-quilidade, deveu-se à falta de clareza no processo de fixação dos preços por parte do Chefe do Executivo.

Numa conferência de imprensa realizada ontem pela ANM, Au Kam San acusou ainda o Governo de não ponderar seriamente sobre a capacidade financeira dos candidatos na altura de definir os valores dos apar-tamentos e criticou a falta de atenção do Executivo para com as necessidades da população. Os montantes fixa-dos levaram até o tribuno a questionar: “para quem é que o Governo está a construir habitação económica?”.

Para o deputado, “é ridículo que se construam es-tas habitações sem pensar nas capacidades financeiras dos candidatos”. “O Governo quer criar mais receitas financeiras para apoiar os carenciados, mas assim, para ajudar os pobres, está a roubar os pobres”, criticou.

O descontentamento dos residentes e de alguns deputados surgiu quando foram fixados os preços das casas económicas da Rua da Tranquilidade. Os mem-bros da ANM esperam que o episódio não se repita no final do ano quando começarem a ser celebrados os contratos de pré-venda das habitações do lote TN27, na Taipa. Os deputados advertem para que não sejam contemplados, na fixação dos preços, critérios que se desviem das capacidades financeiras dos candidatos.


localNÚMERO DE MESAS “FLEXÍVEL”. o Governo poderá “flexibilizar” o limite anual de 3% para a expansão do número de mesas entre 2013 e 2023, segundo Zeng Zhonglu. Para o professor do centro de estudos económicos, Políticos e Sociais do instituto Politécnico, o aumento de mesas no 3º trimestre poderá funcionar como um factor de pressão para o Governo.

COTAI COM CASINOS “VENCEDORES”. as operadoras com casinos no cotai foram os grandes “vencedores” do jogo no 3º trimestre, indica um estudo do Morgan Stanley, citado pela Macau business. o banco de investimento prevê que os ganhos operacionais da Melco crown e Galaxy deverão crescer 13 e 72% no 3º trimestre, superando largamente os casinos da península de Macau.

SÉRGIO TERRA

dÍli EnVia ministRo da Economia ao cERtamE

Timor-leste ao “mais alto nível” na MIFO ministro da Economia e Desenvolvimento de Timor-Leste, João Gonçalves, viaja hoje para Macau para participar na Feira Internacional e promover o investimento de empresas estrangeiras no país

Recebi um convite do Governo de Macau e este ano vamos estar representados ao mais alto nível na Feira Internacional”, disse o ministro da Eco-

nomia.Segundo João Gonçalves, durante a sua estada em

Macau vai aproveitar para “promover o investimento em Timor-Leste”, nomeadamente junto de empresá-rios da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “É uma óptima oportunidade para promover o investimento ao nível da CPLP”, afirmou, citado pela agência Lusa.

Timor-Leste vai ter na Feira Internacional de Ma-cau (MIF, na sigla inglesa) um pavilhão com produtos nacionais. Na feira, estará também presente um “stand” do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial

entre a China e os Países de Língua Portuguesa.Segundo dados preliminares avançados pelo presi-

dente do Instituto de Promoção do Comércio e do Inves-timento de Macau (IPIM) já se registou um crescimento de cerca de 18 por cento, em termos do número de expo-sitores da MIF face à edição anterior, sendo de realçar a estreia de países como o Quénia ou o Nepal no certame.

Um dos pontos altos da Feira prende-se com a par-ticipação num dos fóruns no primeiro dia de Cao Yuan-zheng, economista chefe do Banco da China desde Fe-vereiro. Cao Yuanzheng assumiu o cargo de especialista no Banco Mundial, Banco Asiático de Desenvolvimento e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimen-to, bem como de consultor de diversos países, incluindo Vietname, Mongólia, República Checa, Cazaquistão, en-

tre outros.O economista também exerceu funções no seio da

Comissão Estatal para a Reforma do Sistema Económi-co da China, tendo ingressado no Banco da China em 1998, onde presidiu a trabalhos de reestruturação e de lançamento de acções na bolsa de valores de grandes empresas.

Em 2010, a MIF contou com mais de 1.400 stands, distribuídos por uma área total superior a 3.000 metros quadrados, tendo atraído, cerca de 760 empresas expo-sitoras e registado oitenta mil entradas. De acordo com dados do IPIM realizaram-se 1.151 sessões de bolsas de contacto, que culminaram na assinatura de 62 protoco-los, cujos valores envolvidos ascenderam a quatro mil milhões de patacas.

Mesas aumentaram 11% num anoNo final de Setembro, os casinos do território disponibilizavam 5.379 mesas de jogo, o que representa um acréscimo de 11,18 por cento face às 4.838 em funcionamento um ano antes. Dados da Direcção de inspecção e coordenação de Jogos indicam ainda que o número de “slot-machines” subiu 11,06 por cento, de 14.316 para 15.900. recorde-se que o Secretário para a economia e finanças, francis tam, revelou que o executivo vai impor, entre 2013 e 2023, um limite anual de crescimento às mesas de jogo na ordem dos três por cento.

GRandEs apostadoREs assEGuRam QuinHÃo cada VEZ maioR das REcEitas

Jogo VIP é o que mais cresceO ritmo de crescimento das receitas das mesas VIP superou largamente a evolução do mercado de massas nos primeiros nove meses deste ano, deixando os casinos de Macau ainda mais dependentes dos grandes apostadores

Contrariando as previsões de al-guns analistas, que têm antecipa-do um crescimento do “peso” do

mercado de massas, a preponderância do segmento VIP continua a aumentar em termos das receitas brutas geradas pelos casinos de Macau. É nesse senti-do que apontam os dados publicados pela Direcção de Inspecção e Coorde-nação de Jogos (DICJ) relativamente aos primeiros nove meses deste ano, ao indicarem que as receitas derivadas do bacará VIP registaram um acréscimo de cerca de 50,1 por cento para 142.859 milhões de patacas, comparativamente aos 95.176 milhões contabilizados em igual período de 2010. Já as receitas do mercado de massas “apenas” aumen-taram 35,28 por cento para 51.491 mi-lhões no intervalo de um ano.

Entre Janeiro e Setembro, o bacará VIP assegurou assim 73,5 por cento do total das receitas dos casinos, depois de ter absorvido 71,4 por cento no período homólogo do ano transacto. Se juntar-mos às contas as apostas de futebol, basquetebol, cavalos, cães e lotarias di-

versas, verifica-se que a percentagem do bacará VIP em toda a indústria do jogo subiu de 70,9 para cerca de 73,2 por cento, relativamente aos três pri-meiros trimestres de 2010.

Bem menos expressivo foi o valor movimentado pelo bacará nas mesas comuns, que ascendeu a 34.726 milhões de patacas no período em análise, o que equivale a 17,86 do total dos casinos e 17,78 por cento de toda a indústria. Nas suas diferentes vertentes, o bacará manteve-se como o jogo mais popular dos casinos, com receitas de 177.585 milhões de patacas que representam 90,9 por cento do total do sector e 91,4 por cento dos jogos de fortuna ou azar.

Ao comprovarem que os grandes apostadores continuam a assumir-se como os grandes “motores” do novo “boom” da indústria do Jogo em Ma-cau, os dados até Setembro poderão fazer ressurgir os receios de alguns ana-

listas e investidores sobre a crescente dependência dos casinos relativamente à actividade dos “junkets”, os promoto-res das salas VIP que atraem a Macau os jogadores mais abastados, maioritaria-mente oriundos da China Continental.

A última “onda” de inquietação ocorreu no mês passado, quando as acções de todas as operadoras do jogo sofreram quebras abruptas, nalguns ca-sos superiores a 20 por cento, devido ao facto dos investidores temerem a impo-sição de restrições no acesso ao crédito na China Continental, o que limitaria necessariamente a margem de manobra dos “junkets” nas salas VIP de Macau.

Os números da DICJ revelam que as receitas brutas de todos os jogos de fortu-na ou azar avançaram 45,9 por cento para 194.350 milhões de patacas, comparati-vamente aos três trimestres homólogos de 2010. Em termos globais, incluindo as apostas de futebol, basquetebol, cavalos,

cães e lotarias diversas, a contabilidade evidencia uma subida de 45,5 por cento para 195.256 milhões de patacas.

Só entre Julho e Setembro, as recei-tas da indústria do jogo cifraram-se em 70.521 milhões de patacas, superando os 58.835 milhões do primeiro trimes-tre e os 65.900 milhões do segundo.

Na actividade dos casinos destaca-ram-se ainda as “slot-machines”, com as receitas a registarem um acréscimo de 35 por cento para 8.383 milhões de patacas no acumulado até Setembro. Apesar desta subida, o “peso” das má-quinas nas contas dos casinos quedou-se pelos 4,3 por cento.CORRIDAS MENOS RENTÁVEIS. Entre Janeiro e Setembro, as receitas das corridas de galgos e cavalos man-tiveram a tendência de quebra, ao to-talizarem 239 e 336 milhões de patacas, respectivamente, contra os 268 e 341 milhões apurados no mesmo período de 2010.

No domínio das apostas desporti-vas, os jogos de futebol continuam a ser os mais atractivos, apesar do volume de receitas ter descido de 288 para 259 mi-lhões de patacas na comparação homó-loga. Já as apostas no basquetebol ren-deram 68 milhões, mais 18 milhões do que há um ano, facto que deverá estar relacionado com a recente realização do Campeonato Europeu da modalidade.

Macau dispõe actualmente de 34 ca-sinos, dos quais 20 são explorados pela Sociedade de Jogos. Os restantes estão distribuídos pela Galaxy (seis), Sands China e Melco Crown (ambas com três), Wynn e MGM Macau (com um).

Receita de impostos do jogo excede previsão do orçamento em 150%o Governo de Macau vai arrecadar em 2011 impostos do jogo equivalentes a cerca de 150 por cento do orçamento da receita previsto para o ano, indicam analistas do sector do jogo contactados pela agência lusa. “as contas são simples de fazer e podem sempre pecar por conservadoras, mas se o quarto trimestre de 2011 no sector do jogo for idêntico ao terceiro trimestre, então 2011 vai encerrar com receitas de cerca de 265.500 milhões de patacas, o que implica uma receita de impostos directos e indirectos de cerca de 103.540 milhões de patacas”, sustentam vários analistas. apesar de ser previsto um novo recorde de receitas brutas para outubro - o último recorde foi registado em agosto com 24.769 milhões de patacas -, os analistas encaram apenas a possibilidade das receitas dos últimos três meses do ano se manterem idênticas às do período de Julho a Setembro. “claro que as receitas podem ser mais elevadas, mas numa perspectiva conservadora e mais realista, pode apenas fazer-se um cálculo do último trimestre a uma receita aproximada do terceiro trimestre”, sustentam.

PublIcIDaDE


localTRIBUTO DE CHARLIE SANTOS A PAUL ANKA. “Diana” é o mais recente tema divulgado no “Youtube” por charlie Santos, músico macaense radicado no brasil. integrada no álbum “lendas do Pop rock”, a música é um tributo a Paul anka.

DEZ LAMBORGHINI PARA MACAU. Depois da abertura de uma concessionária da lamborghini em Julho, a marca de automóveis prevê a venda de 10 carros na raeM este ano. Segundo o South china Morning Post, há interesse dos casinos em adquirir os veículos.


“macao idEas” QuER aumEntaR pRomoÇÃo junto dE plataFoRmas pRoFissionais

13 mil visitas em seis mesesAbriu ao público em Maio deste ano, e deste então já foram 13 mil as pessoas que passaram pelo espaço destinado a promover tudo o que tem a etiqueta “Made in Macau”

Nos seis meses de existência do Centro de Ex-posição de Produtos de Macau, intitulado “Macao Ideas”, já foram 13 mil as pessoas que

passaram pelo espaço instalado pelo Instituto de Pro-moção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM) no Centro de Actividades Turísticas. Criado para pro-mover os produtos fabricados e concebidos na RAEM, ou para agenciamento dos que têm origem nos países de língua portuguesa, o Centro já atraiu 85 empresas locais e 600 produtos. Além disso, 63 delegações em-presariais oriundas de vários países e do Interior da China visitaram o “Macao Ideas”.

Com estes números, o IPIM pretende continuar a apostar numa maior promoção deste local junto do sector profissional. Para isso, vai fomentar diversas iniciativas nesse sentido, incluindo junto do Ministé-rio do Comércio da China, além de melhorar o seu sítio na internet.

A pensar na importância dos meios multimédia, este centro vai ainda ajudar as empresas a distribuir marcadores de páginas a quem passar pelo “Macao Ideas”. Elaborados em conjunto com as empresas presentes, os marcadores vão disponibilizar mais informações que poderão ser utilizadas nos “smar-

tphones”, de forma a ser partilhada nas redes so-ciais.

A pensar na Feira Internacional de Macau (MIF), que se realiza entre 20 e 23 de Outubro, o “Macao Ide-as” vai desenvolver duas iniciativas durante o even-to. Os marcadores com o “Quick Response Code” voltam a ser distribuídos, para que os visitantes da MIF conheçam também o espaço da responsabilidade do IPIM.

Além disso, as empresas que quiserem fazer ou renovar a inscrição na “Macao Ideas” terão acesso a descontos durante a MIF.

jÁ EstÃo EscolHidas as sEmi-Finalistas do concuRso

“Mitologia grega” no “Macau cover Girl”São 12 as semi-finalistas que este ano vão espalhar beleza na terceira edição do “Macau Cover Girl”. Com mais apoios na organização, a iniciativa vai decorrer no dia 25 de Novembro no Albergue SCM, inserida no projecto “Macau Cover Link”. Este continua no dia 26 com os desfiles do “L-Show”

Wong Wing Gee veste um vestido branco e o seu rosto está coberto de maquilhagem, tal como as suas colegas. Esta estudante da

Universidade de Macau é uma das 12 semi-finalistas que este ano compõem o grupo das mais belas da terceira edição do “Macau Cover Girl” (MCG). Para Wong, o objectivo de vir a desfilar numa “passerelle” não é o único motivo que a levou a inscrever-se nesta competição. “Acho que é algo que me vai dar experi-ência e posso conhecer pessoas novas e fazer amigos. Posso também conhecer mais sobre eventos, gosto também de explorar as artes e foi o que me levou a participar”, disse a concorrente.

Inserida no “Macau Cover Link”, a nova edição deste concurso começou a ser pensada em Agosto. A publicidade foi colocada nos jornais e foram distribu-ídos folhetos em algumas zonas da RAEM. No total, foram cerca de 30 as candidatas, com idades compre-endidas entre os 16 e os 25 anos. Aquelas que conse-guiram chegar à fase final tiveram de passar por um rigoroso processo de selecção, em que foram tidas em conta várias características, desde a aparência à personalidade. “No sentido de valorizar a beleza das semi-finalistas, concebemos cuidadosamente os cabe-los, maquilhagem e imagem como um todo. Criámos

12 deusas, tendo como base a mitologia grega”, disse Alo Lo, director de imagem da MCG 2011.

Nico Wong, fotógrafo oficial desta iniciativa, refe-riu ainda que “depois de participar nas duas edições da MCG e no trabalho de preparação dos bastidores, sinto que tanto a produção como as participantes progrediram imenso”. UM CONCEITO NOVO. A responsabilidade desta competição está a cargo da “Macau Cover Girl Co. Ltd”, subsidiária da empresa “Summit Mice Co. Ltd”. Mas este ano há mais duas ajudas de peso na organi-zação. São elas o Albergue SCM, onde vão decorrer os desfiles, e a “M-Power Creation”.

Guiomar Pedruco, directora-geral da “Macau Cover Girl Co. Ltd”, falou daquilo que o público po-derá ver este ano. Não vai ser “um simples desfile de moda. Prometemos apresentar um conceito comple-tamente novo, um espectáculo marcante e inesquecí-

vel”. A responsável falou ainda da maior quantidade de apoios conseguidos este ano. “Estou muito feliz por ver que o conceito ‘Macau Cover Girl’ gerou re-conhecimento e apoios. A MCG 2011 é o resultado da colaboração de profissionais da indústria da moda e baseia-se no vasto talento criativo local”, afirmou Guiomar Pedruco.

Depois da escolha das mais belas, o “Macau Cover Link” prossegue no dia 26 de Novembro, com a reali-zação do primeiro “L-Show”. A curadoria está a cargo de Paulo Gomes e dos responsáveis pela marca “Lines Lab”, Clara Brito e Manuel da Silva. Clara Brito referiu ao JTM que “é um evento onde há maior responsabili-dade, porque além de estarmos a tomar conta de toda a produção e do lado criativo do evento, tivemos de escolher dentro desta panóplia de designers dos países lusófonos quem vinha representar os países”.

De Portugal chega Dino Alves, que recentemen-te encerrou a Moda Lisboa. “Não queríamos trazer o mais óbvio da moda”, contou Manuel da Silva. Por isso, o responsável optou pela “irreverência” do es-tilista português. “Dino trabalha tanto com homens como com mulheres, tem um lado muito performati-vo no trabalho que faz. Não é uma moda do pronto-a-vestir. Nos dias de hoje ela está em todo o lado e torna-se excessivamente monótona. E ele faz um bo-cadinho mais do que roupa. E acho que isso é impor-tantíssimo”, explicou o designer.

Mas a roupa da marca “Lines Lab” também vai estar na “passerelle”. “Vai ser algo mais convencio-nal, uma colecção de contrastes no que diz respeito aos materiais, em que vamos estar a contrastar mate-riais naturais com sintéticos. Depois temos também um contraste de cores. Depois há algumas surpre-sas”, explicou Manuel da Silva.

A.S.S.

Clara Brito integra grupo de curadores dos desfiles de moda do “L-Show”

ver vídeo na edição online do jtm www.jtm.com.mo


local(...) “Podemos dedicar-nos também ao futebol, que é o ‘desporto-rei’, de que toda a gente gosta em Macau. Há falta de espaços, mas seria bonito que pudéssemos regressar ao futebol. Isso está em aberto” (...) - idem

(...) “A diferença entre as equipas de Hong Kong e Macau era muito grande, o conhecimento técnico e a parte financeira eram também superiores, portanto, era necessária uma estratégia de agrupamento em equipas para representar Macau e obter melhores resultados” (...) - Palmiro Estorninho

GRupo dEspoRtiVo macau spoRt distinGuE coRREdoREs

Homenageados cinco pilotos locaisO Grupo Desportivo Macau Sport homenageou cinco pilotos locais. Palmiro Estorninho recorda a história do grupo fundado em 1994, que hoje se dedica apenas ao automobilismo, para além de estar envolvido em campanhas de beneficência

PAULO BARBOSA

47 mil patacas para apoiarescolas em zonas rurais da chinao Grupo Desportivo Macau Sport (GDMS) entregou um cheque de 47 mil patacas destinado à aquisição de materiais escolares em zonas rurais da china. “Na parte interior da china, ainda há muitas aldeias que têm problemas para equipar as escolas e as pessoas vivem em situações que não são tão fáceis”, descreve Palmiro estorninho. o cheque resulta de uma acção de angariação de fundos levada a cabo pelo GDMS durante dez dias e foi entregue a bian tao, o director geral do Departamento de coordenação do Gabinete de ligação do Governo central na raeM. o presidente do GDMS destaca que a componente de beneficência tem estado presente desde a fundação do grupo. “No nosso estatuto, temos como objectivo participar em provas desportivas. Mas consideramos importantes as partes cultural e social”, refere estorninho, que acrescenta ter planeado “um projecto social muito maior, que pode envolver pessoas de Hong Kong e de cantão”.

Cinco pilotos de Macau foram agraciados como sócios honorá-rios do Grupo Desportivo Macau

Sport (GDMS), numa cerimónia que aconteceu no sábado, no Clube Militar. Alguns dos homenageados são “velhas glórias” do automobilismo local, ou-tros continuam a competir. Para o pre-sidente do GDMS, Palmiro Estorninho, o gesto constituiu uma retribuição aos “corredores que se dedicaram ao longo de muitos anos ao automobilismo, com o objectivo de participarem em várias edições do Grande Prémio de Macau, demonstrando coragem, dedicação, le-aldade e amizade”. Os homenageados com as taças do GDMS foram Álvaro Mourato, Rui Valente, Ricardo Lopes, Rui Clemente e Manuel Manhão.

A história do GDMS remonta aos tempos da criação da “Macau Racing Team”, fundada por Palmiro Estorni-nho e Rui Clemente nos anos 80, que era “uma equipa de corredores macaenses, que competia em Macau e noutras par-tes da Ásia”. Na altura, Palmiro Estor-ninho considerou pertinente a criação de uma equipa local. Segundo recorda, “a diferença entre as equipas de Hong Kong e Macau era muito grande, o co-

nhecimento técnico e a parte financeira eram também superiores, portanto, era necessária uma estratégia de agrupa-mento em equipas para representar Macau e obter melhores resultados”.

Passados alguns anos, os fundado-res consideraram que chegara o momen-to de alargar o leque de modalidades do clube, para “representar o desporto macaense”. E foi assim que se deu o aparecimento do GDMS, que organizou equipas em várias modalidades, com destaque para o futebol e o hóquei em campo. Esta última é uma modalidade muito tradicional em Macau, na qual o GDMS venceu o campeonato. O clube surgiu em fase de plena pré-transição”, quando os macaenses sentiam que a sua identidade estava em jogo. “Antes da transição tivemos ansiedade e muitos de nós partiram para Portugal ou para outras partes do mundo. (...) Foi muito discutido se as pessoas pretendiam sair

de Macau ou não. E não há nada melhor do que ter um grupo de pessoas amigas mais juntas. Uma das melhores formas de fazer isso é um grupo desportivo, que tenha também finalidades culturais e sociais”, aponta Estorninho.

Neste momento, O GDMS voltou a concentrar-se apenas no automobi-lismo. Estorninho refere ao JTM que o clube “não tem muitos sócios”, mas os que existem “são amigos de longa data”. Para o futuro, o grupo pretende continuar com as actividades no auto-mobilismo e pondera o regresso ao fu-tebol. “Podemos dedicar-nos também ao futebol, que é o ‘desporto-rei’, de que toda a gente gosta em Macau. Há falta de espaços, mas seria bonito que pudéssemos regressar ao futebol. Isso está em aberto”, revela o presidente.

Quanto ao desporto automóvel, Pal-miro Estorninho considera que existem “vários bons corredores macaenses” e que tem havido apoio aos pilotos locais por parte do anterior Chefe do Executi-vo, Edmund Ho, uma política que “tem continuado a ser seguida pelo Governo de Chui Sai On”. Alguns desses pilotos serão postos à prova no próximo mês, durante a prova que constitui “o maior cartaz turístico de Macau”. Dos pilotos homenageados, vão participar na 58.ª edição da prova Álvaro Mourato, Rui Valente e Ricardo Lopes.PILOTOS EXPERIENTES E AMBI-CIOSOS. Afirmando-se “muito con-tente” com a distinção concedida pelo GDMS, Manuel Manhão contou ao JTM que começou a correr em Macau e fora do território em 89, nos carros de turis-mo. Como para muitos outros pilotos locais, o ponto alto da sua carreira au-

tomobilística (Manhão foi também fute-bolista nalgumas das principais equipas da região) aconteceu aquando das pre-senças nas provas do Grande Prémio de Macau, principalmente em 1991, quan-do se classificou em 2.º lugar no troféu ACP. “Corri duas vezes na Guia, antes tive que passar pela Taça Macau Cup. Fui também o primeiro piloto de Macau a correr no Circuito Internacional de Zhuhai, aquando da sua inauguração, penso que em 1994. Foi uma corrida em que fiquei em sexto lugar e terceiro na classificação de 1600”, relembra.

O trabalho e a família levaram Ma-nuel Manhão a suspender o seu per-curso no desporto automóvel há cerca de 10 anos. O sonho de “regressar aos eventos grandes” persiste, mas o des-porto evoluiu e são cada vez mais pre-cisos “bons patrocínios para conseguir competir com os carros actuais, que são bastante potentes e praticamente todos de fábrica”. Um retorno à com-petição significaria “recomeçar pratica-mente desde o zero”, ainda para mais para quem tem a fasquia alta. “Sou um bocado ambicioso. Não gosto de ir lá para brincar. Gosto de ir para competir e para ganhar. Sem ter um patrocínio como deve ser é melhor não ir”, des-creve o antigo piloto, que tem 43 anos. Por agora, o novo sócio honorário do GDMS contenta-se com o papel de es-pectador atento do Grande Prémio de Macau, depois de ter sido colaborador da organização durante vários anos.

De todos os pilotos agraciados que estão no activo, Álvaro Mourato é o que tem obtido melhores resultados nas úl-timas épocas. No ano passado, Mourato venceu o Troféu Hotel Fortuna/Inter-port Hong Kong Macau, depois de as-sumir a prova com uma arrojada ultra-passagem ao seu conterrâneo Jerónimo Badaraco, que terminaria em segundo na prova disputada pelos pilotos de Macau e de Hong Kong. Este ano, Mou-rato tem competido no “Macau Touring Car Series” e também no “Asia Touring Car Championship” e no “Hong Kong Touring Car Championship”. “Comecei em 1989, tenho 13 anos de experiência nas corridas. O melhor resultado que obtive foi com certeza no ano passado, quando ganhei o Troféu Hotel Fortuna e bati o recorde da volta mais rápida”, refere ao JTM. Nesta edição do Grande Prémio, o piloto volta a estar inscrito na corrida Interport, onde se apresentará aos comandos de um Honda Integra DC5 da HID Racing Team.

Álvaro Mourato, Rui Valente, Ricardo Lopes, Rui Clemente e Manuel Manhão foram distinguidos

Álvaro Mourato recebe a taça, entregue por um membro do Gabinete de Ligação, acompanhado pelo presidente do GDMS (à direita).


acTual Volta aomund

CARROS MAIS CAROS EM PORTUGAL. comprar carro novo em 2012 vai sair mais caro. isto porque o imposto Sobre veículos (iSv) deverá sofrer um agravamento em 2012, de 10 para 15% por conta do aumento das taxas sobre as componentes ambiental e de cilindrada.

RTP confirma corte de 300 pessoasa medida mais emblemática do governo em relação às despesas da rtP passa pelo corte das avenças aos políticos que fazem comentários no universo de canais da estação pública. Já a mais dura será a rescisão de 300 funcionários que poderá custar cerca de 13 milhões de euros, mas permitirá uma poupança anual de 12 milhões a partir daí. a rtP tem actualmente mais de dois mil funcionários que auferem, em média, 2850 euros de salário mensal bruto. Por outro lado “está a ser muito equacionada a hipótese de encerrar delegações”, ao que tudo indica “também alguma das internacionais”, onde poderão ser aproveitadas as sinergias com a lusa.

ETA pode anunciar fim definitivo de violência a organização terrorista basca eta, responsável pela morte de mais de 800 pessoas nos últimos 40 anos, poderá anunciar esta semana um fim defini-tivo da violência, noticia o jornal inglês the Guard-ian. citando “fontes próximas às negociações”, o jornal inglês refere que o anúncio poderá vir na sequência da conferência internacional que deco-rre em San Sebastián, na qual participam, entre outros, o ex-secretário-geral da oNu, Kofi annan.

Philips vai suprimir 4.500 empregos até 2014 o gigante holandês da eletrónica Philips anun-ciou a supressão de 4.500 empregos até 2014, entre os quais 1.400 na Holanda, no quadro de um programa de redução de custos de 800 mil-hões de euros. cerca de 60% da poupança re-alizada no âmbito do programa de redução de custos estará “ligada ao pessoal”, indicou a Philips, enquanto os 40% restantes estão relacionados “com outros custos estruturais”.

Pequim ameaça deter dissidente Hu Jiaa polícia chinesa advertiu que o dissidente Hu Jia seria novamente preso se continuasse a falar à imprensa estrangeira, indicou ontem uma or-ganização de defesa dos direitos do Homem. o opositor, de 38 anos, tinha sido condenado a três anos de prisão por subversão, tendo sido proibido de se “expressar publicamente”, uma imposição que não respeitou. as autoridades advertiram agora que Hu Jia será colocado em “prisão ad-ministrativa” caso viole “uma das condições de privação dos direitos civis”, soube-se.

Coreia do Norte e EUA retormam diálogorepresentantes de alto nível da coreia do Norte e estados unidos vão reunir-se na próxima se-mana em Genebra para desbloquear as conver-sações a seis sobre o desarmamento nuclear norte-coreano, revelou ontem a agência Yonhap. em Julho, Washington e Pyongyang mantiver-am encontros em Nova iorque sobre a possi-bilidade de retomar as conversações a seis em que participam também a china, coreia do Sul, Japão e rússia. o fórum de diálogo, em que se procura o fim do programa nuclear da coreia do Norte, está suspenso desde finais de 2008.

Extraem combustível do cargueiro encalhadoas equipas de resgate e limpeza da Nova Zelân-dia estão a trabalhar em contra-relógio para ex-trair o combustível do cargueiro rena, encalhado no recife astrolabe, a doze quilómetros da cidade portuária de tauranga, na ilha Norte, desde o dia 5 de outubro. as autoridades já decretaram o inci-dente como a maior catástrofe ecológica da região.

Exercícios militares perto das ilhas Spratlycerca de 3.000 soldados americanos e filipinos iniciaram duas semanas de exercícios militares nas filipinas, que incluem um ataque na praia jun-to às disputadas ilhas Spratly. o oficial americano Nick eisenbeiser disse ontem que as manobras militares têm como objectivo aperfeiçoar a capaci-dade dos aliados militares para garantir a segu-rança regional e não têm como alvo imaginário a china ou outro país. a china, filipinas e outros quatro países asiáticos reclamam as ilhas Spratly.

poRtuGal

cortes de 30% nos saláriosdas empresas públicasAs remunerações dos trabalhadores das empresas públicas, especialmente da área dos transportes terrestres, vão ser reduzidas de forma a igualarem os salários médios praticados na Função Pública que são 30%, 40% ou 70% mais baixos que os valores que os trabalhadores da STCP, Carris ou Metro de Lisboa levam para casa

Segundo o matutino “i”, os funcionários públicos ganham em média perto de 15 mil euros brutos por ano, nas empresas de transporte as remune-

rações médias rondam entre os 25 mil euros (STCP) e os 54 mil euros anuais (Metro de Lisboa). Agora, e até 2015, os valores vão ser nivelados em baixa: “No horizonte 2011-2015, deverá ser obtida a convergência dos níveis salariais [nas empresas públicas], em remu-nerações principais e acessórias, com os praticados nas Administrações Públicas”, assume o governo de forma clara nas Grandes Opções do Plano 2011 - 2015. Como nos próximos anos os salários dos funcionários públicos vão ficar congelados, então esta convergência salarial só poderá ocorrer nivelando por baixo.

Para que tal ocorra, diz o executivo já no Plano Estratégico de Transportes (PET), há quatro medidas a tomar: reduzir encargos com administrações das em-presas públicas – que tem pouco impacto –, reduzir os quadros de efectivos “que se encontram sobredimen-sionados”, reduzir a oferta das empresas e, por fim, “celebrar novos acordos de empresa, adequados à si-tuação financeira das empresas e do país e em linha com as práticas e direitos vigentes para a generalidade dos trabalhadores portugueses”.

Por esta expressão entenda-se cortar a direito nos subsídios e ganhos acessórios, além do vencimento base, praticados nas empresas públicas – como pré-mios por cada dia de trabalho a que não faltem ou subsídios por quilómetro percorrido, no caso de ma-quinistas. Só atacando nestas frentes, defende o go-verno, será possível “uma acentuada redução dos custos com pessoal” nos transportes públicos, de forma a tornar o sector viável e, assim, “preservar os muitos postos de trabalho que, em consequência da continuação ou agravamento dos actuais desequilí-brios financeiros do sector, seriam inevitavelmente destruídos”, como se lê no PET.251 MILHÕES EM PESSOAL. A Carris, STCP, Metros de Lisboa e Porto e CP gastam anualmente 251 milhões de euros na rubrica custos com pessoal, dando empre-

GloBaliZaÇÃo

FMI tem os meios “apropriados”Os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) são adaptados à situação, afirmou ontem à rádio Europe 1 a directora-geral Christine Lagarde, quando vários países europeus ponderam recorrer ao fundo para evitar qualquer contágio da crise da zona euro

Considero que hoje o FMI tem os meios apropriados”, afirmou Lagarde.

Vários países membros do G20, cujos ministros das finanças se reuniram na sexta-feira e sába-do em Paris, manifestaram o de-sejo de aumentar os recursos do Fundo.

Os Estados Unidos opuseram-se a essa hipótese considerando que os recursos são suficientes.

Interrogado sobre o que cons-titui um nível adequado de recur-sos para o FMI, Lagarde não quis avançar números. “Não tenho qualquer número na cabeça. O meu princípio é o da adequação

entre os recursos do Fundo e as necessidades. Hoje, estou em situ-ação de adequação”, assegurou.

Os países ricos e emergentes do G20 comprometeram-se por ocasião da sua reunião em Paris “a garantir que o FMI disponha dos recursos adequados para as-sumir as suas responsabilidades” e voltarão a discutir o assunto em Cannes, por ocasião da cimeira do G20, a 03 e 04 de Novembro.

“O que é indispensável é que os recursos do FMI sejam adequa-dos para fazer frente às necessida-des dos seus membros em função das circunstâncias económicas”, afirmou Lagarde perante a im-

prensa.A directora-geral do FMI con-

siderou em Washington há três semanas que os recursos da insti-tuição fariam “pálida figura” se a crise se agravasse.

Na última segunda-feira, La-garde voltou a alertar para os pe-rigos de um agravamento da crise que se está a alargar, segundo a responsável, para os países emer-gentes.

“A situação económica não melhorou” desde a reunião do G20, há três semanas, em Washington, com as “perspectivas de risco” a tornarem-se “mais sombrias”, afir-mou no sábado.

go a 9206 trabalhadores – dados do final de 2010. Este valor aponta para uma média global de 27,4 mil eu-ros por trabalhador em cada uma das cinco empresas – incluindo impostos e Segurança Social –, valor bem acima do custo médio de um funcionário público para o Estado considerando as mesmas rubricas.

Olhando individualmente para cada empresa os valores são: na Carris um trabalhador custa em mé-dia 30 mil euros à empresa, na STCP perto de 25 mil, no Metro do Porto 48 mil euros, na CP a média é de 39 mil euros e no Metro de Lisboa cada trabalhador custa 54 mil euros/ano.

Imaginando que o governo consegue levar a cabo este nivelamento em baixa dos salários até 2015, então os encargos das empresas com os seus trabalhadores podem passar dos 251 milhões de euros de 2010, para menos de 140 milhões no final de 2015 – sem con-tar com os ganhos ao nível da redução de efectivos. Quanto aos cortes nas administrações, o impacto pos-sível atinge os 1,6 milhões de euros anuais.


DESPoRToLAZIO GANHA à ROMA NOS DESCONTOS. a lazio venceu a roma por 2-1, com um golo nos descontos pelo alemão Miroslav Klose, no encontro que encerrou a sétima jornada da liga italiana de futebol.

DAN WHELDON MORREU EM ACIDENTE. o piloto britânico Dan Wheldon morreu devidos às graves lesões sofridas num acidente que envolveu 15 carros durante a corrida de indycar, no circuito oval de las vegas. os pilotos em prova foram informados da morte de Wheldon, de 33 anos, durante uma reunião de aproximadamente duas horas após o acidente, que muitos consideraram como dos piores que já tinham visto.

liGa dos campEÕEs

Real Madrid, bayern e Marselha sem falhasO Real Madrid, o Bayern de Munique e o Marselha são as únicas três equipas que chegam 100 por cento vitoriosas à terceira jornada da Liga dos Campeões em futebol

Os “merengues”, há muito em bus-ca de um 10.º troféu (arrebataram o nono em 2002), lideram o Gru-

po D, os germânicos, anfitriões da final, comandam o A e os franceses, muito mal no campeonato interno, mandam no F.

Novamente no Bernabéu, o Real Madrid, provavelmente com Ricardo Carvalho, Pepe, Fábio Coentrão e Cristia-no Ronaldo no “onze”, defronta o Lyon, que vinha sendo a “besta negra” dos ma-drilenos nos últimos anos, mas não re-sistiu a época passada (1-1 em casa e 0-3 em Madrid, nos “oitavos”). Em caso de triunfo, os terceiros classificados da Liga espanhola aumentam para cinco pontos a vantagem sobre o segundo classificado (o Ajax pode lá chegar se vencer fora o Dinamo de Zagreb), margem que quase vale um lugar nos “oitavos”.

A situação do Bayern Munique (seis pontos), líder destacado da “Bundesli-ga”, é similar à do Real Madrid, com a diferença de que viaja ao reduto do se-gundo, o Nápoles (quatro), que, de forma inesperada, perdeu sábado na recepção ao Parma (1-2), para a Liga italiana.

Enquanto no San Paolo se jogará pela liderança, o Manchester City (um ponto), líder da Liga inglesa, e o Villar-real (nenhum) têm a primeira de duas ci-meiras em que jogam as últimas cartadas

em relação ao apuramento.Já o Marselha (seis pontos), a 14 pon-

tos do líder Paris Saint-Germain após 10 rondas do campeonato gaulês, é, como os “merengues”, anfitrião do segundo, o Arsenal (quatro), também a navegar lon-ge da frente (12 pontos) em Inglaterra.

No outro encontro do agrupamen-to, o Borussia de Dortmund (um ponto), campeão alemão, procura manter-se na luta pelo apuramento, que passa, forço-samente, por conquistar qualquer coisa no reduto do Olympiakos (zero).

Tão próximos, ou mais, do apura-

mento, deverão também ficar, no Gru-po H, o campeão europeu FC Barcelona (quatro pontos), que recebe o Viktoria Pl-zen (um), e o AC Milan (quatro), anfitrião do BATE Borisov (um).

No Grupo E, o Chelsea (quatro pon-tos) recebe o Genk (um) e deve reforça a liderança, enquanto o Bayer Leverkusen (três) e o Valência (dois), de Ricardo Costa e Miguel, jogam para o segundo posto.

Em matéria de surpresas, a maior acontece, para já, no Grupo B, em que lidera o “repescado” Trabzonspor, que o Benfica afastou na terceira pré-eliminató-ria, após vencer fora o Inter (1-0) e empa-tar em casa com o Lille (1-1).

Os turcos defendem o primeiro pos-to no reduto do CSKA, no único encontro da ronda que começa mais cedo (00.00 horas em Macau), enquanto o Inter, após o 3-2 em Moscovo, tenta esquecer em França o miserável percurso interno.

Nos grupos C e G, o Benfica e o Por-to são adversários dos outros dois líde-res surpresa, respectivamente o Basileia, que recebe os “encarnados” após o 3-3 de Old Trafford, e o APOEL Nicósia, de visita ao Dragão. Os campeões ingleses e vice-campeões em título, que nos últimos 15 anos só ficaram uma vez pela fase de grupos – também num grupo com o Ben-fica (2005/2006) -, têm um compromisso importante no reduto do Otelul Galati.

JoGoS DE HoJE:Grupo a-Manchester city-villarreal e Napoles- bayern Munich;Grupo b- cSKa Moscovo-trabzonspor e lille-inter Milan;Grupo c- basileia-benfica e otelul Galati- Manchester united;Grupo D- Dinamo Zagreb-ajax e real Madrid-lyon.

PolidesportivoAmadores afastam Leiria e Vitória de Setúbalunião de leiria e vitória de Setúbal protagonizaram as grandes surpresas da 3ª eliminatória da taça de Portugal ao caírem frente a adversários das divisões amadoras. a união foi ao terreno do alcochetense, da Série e da iii Divisão, perder por 2-1. o vitória de Setúbal saiu derrotado por 1-0, pelo Mirandela, da zona Norte da ii Divisão, graças a um golo solitário de Paulo roberto, logo aos cinco minutos. o vitória de Guimarães apanhou um grande susto frente aos alentejanos do Moura, mas acabou por resolver a eliminatória no prolongamento, ao vencer por 2-1. o rio ave também esteve perto de dizer precocemente adeus à taça, mas conseguiu anular uma vantagem de dois golos do Sousense, da série b da iii Divisão, e resolveu o encontro no prolongamento, com um triunfo por 5-2. a próxima ronda está agendada para 20 de Novembro.

Sevilha “encosta” ao Real o Sevilha venceu o Sporting Gijón, por 2-1, no último jogo da oitava jornada da liga espanhola. o levante prosseguiu a sua carreira fulgurante com uma vitória por 3-0 na recepção ao Málaga, com golos de barkero Saludes, Juan Juanlu e Koné.

Newcastle e Spurs empatam Newcastle e tottenham empataram no a dois golos e atrasaram-se na perseguição aos primeiros classificados. o Newcastle é o quarto, com 16 pontos, menos três do que o chelsea (3.º), quatro do que o Manchester united (2.º) e seis do que o líder Manchester city. o tottenham é sexto.

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TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUízO DE PEqUENAS CAUSAS CívEIS

ANÚNCIO Cumprimento de Obrigações Pecuniárias

nº PC1-11-0380-COP Juízo de Pequenas Causas Cíveis

Autor: SMARTONE - COMUNICAÇÕES MÓvEIS, S.A., com sede em Macau, na Avenida Xian Xing Hai, s/n, Edifício Zhu Kuan, 12.º andar “A-F” e “N”.Réu: JASON LUKE DONNELLY, residente em Macau, no Syringa Court, 22.º andar “F”, Ocean Gardens, Taipa, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que nos autos, Juízo e Tribunal acima referidos, correm éditos de TRINTA (30) DIAS, contados da data da publicação do anúncio, citando o Réu JASON LUKE DONNELLY, acima identificado, para querendo, no prazo de quinze (15) dias, findo o dos éditos, contestar, sob pena de, não o fazendo, prosseguindo os autos os seus ulteriores termos à sua revelia.

O pedido formulado pelo Autor consiste na condenação do Réu a pagar a dívida, as despesas e os juros de mora na quantia de MOP$12.068,07 (doze mil e sessenta e oito patacas e sete avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa de juros convencionais, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição do citado.

R.A.E.M., aos 10 de Outubro de 2011.

O Juiz,Chan Chi Weng

A Escrivã Judicial Auxiliar,Lei Veng Si

“JTM” - 18 de Outubro de 2011 1ª Vez

Execução Ordinária nº Cv1-09-0059-CEO 1° Juízo Cível

Exequente: BANCO COMERCIAL DE MACAU, S.A., com sede em Macau, na Avenida da Praia Grande, nº 572.Executados: Fábrica de Artigos de vestuário Seng Lei Wai, Limitada, matriculada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o n° 11580(SO), com sede em Macau, na Avenida do Almirante Magalhães Correia, n° 105, Centro Industrial Furama, 2° andar A, B, C e 10 andar A; Hoi Chan Fai, solteiro, menor, nascido em 11/11/1994, herdeiro de Hoi Fok Heng; Hoi Tong Seng, solteiro, maior, herdeiro de Hoi Fok Heng, residentes em Macau, Avenida do Nordeste, Edif. Island Park, Bloco 3, 4° andar F.

FAz-SE SABER que nos autos acima indicados são citados os credores desconhecidos dos executados para, no prazo de QUINZE DIAS, que começam a correr depois de finda a dilação de vinte dias, contados da data da segunda e útlima publicação do anúncio, reclamar o pagamento dos seus créditos pelo produto do bem penhorado sobre que tenha garantia real e que é o seguinte:

Imóvel penhoradoDenominação: fracção autónoma, “C23” do 23° andar “C”.Situação: sito em Macau, n.º 177 a 199 da Rua de Francisco Xavier Pereira, n.º 124 a 30 da Avenida de Venceslau de Morais e n.º 1 a 25 da Rua das Industrias.Finalidade: para habitação.Número de matriz: 070913.Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: n° 21372, a fls. 76V. do Livro B49.Número de inscrição da propriedade horizontal: nº 26618, a fls. 139. do Livro F34 (aí hipotecada e penhorada ao Banco Comercial de Macau, S.A. pela inscrição n° 66372C, 32704F e 32974F, e penhorada ao Banco da China pela inscrição n° 32706F e 32895F).

Em RAEM, 08/09/2011.

A Juiz,Kan Cheng Ha

O Escrivão Judicial Auxiliar,Loi Wa Chon

“JTM” - 18 de Outubro de 2011

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUízO CívEL

ANÚNCIO


“Mas afinal quais são os critérios para a escolha dos artistas [da festa da lusofonia]”

Pu Yi in “Hoje Macau”

Dit

o

In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

18/10/1991

Há 20 anos

novaS eXiGÊnciaSÀ SeGUrança PrivadaO governo de Macau aprovou um decreto-lei que regulamenta a actividade das empresas privadas de segurança no território, anunciou o porta-voz do Governador. Salavessa da Costa, que falava durante o habitual encontro semanal com a imprensa, esclareceu que o diploma será publicado no Boletim Oficial da próxima semana. “O objectivo do decreto-lei agora é submeter-se ao controlo da administração, uma actividade privada relacionada com a ordem e segurança públicas, que até agora não se encontrava regulamentada no território”, disse.De acordo com o diploma, as empresas só poderão prestar qualquer serviço privado de segurança a terceiros mediante despacho do governador, cabendo ainda à administração controlar a qualidade e idoneidade moral dos funcionários das companhias. As cerca de 12 empresas privadas de segurança que já operam no território e os serviços da administração directamente relacionados com aquela área dispõem, de acordo com o diploma, de 90 dias para adaptação às novas regras. A nova legislação determina ainda que, a partir da publicação do diploma, as empresas que se constituam naquela área terão que efectuar uma caução no valor de um milhão de patacas, ficando igualmente obrigadas a apresentar um seguro de responsabilidade no valor de cinco milhões de patacas. Salavessa da Costa abordou também a recente publicação de um decreto-lei que regulamenta os concursos públicos por hasta pública no território e que veio alterar a legislação sobre esta matéria, em vigor desde 1973. Salavessa da Costa esclareceu que a nova regulamentação dos concursos públicos por carta fechada só será apresentada após a aprovação pela Assembleia Legislativa de Macau de alterações à lei de terras já avançada pelo Governador.

Tenho tido a natural preocupação de aqui abordar assun-tos que tenham Macau como “leitmotif” (o termo germâ-

nico deixou de se restringir a um tema musical que se repete ao longo de uma composição, em que Wagner, entre outros, foi exímio, estendendo-se a outras formas de arte e circuns-tâncias )...

Assim, e porque Macau é um mundo que comporta uma multitude de mundos, hoje falo-vos de um texto a que tive acesso, que diz bem das preocupações duma juventude maioritariamente pensante, embora desaproveitada, sabe-se lá até quando, debatendo-se com realidades outrora impen-sáveis, a nível planetário.

O seu autor, Jaime Aragão da Rocha é, aos vinte e pou-cos anos, um actor premiado, dramaturgo e ficcionista com talento imparável. Lendo-o, cai por terra o chavão “é jovem, não pensa”, ficando-se com a noção do elevado grau de cons-ciencialização das mais recentes gerações, face aos escolhos que enfrenta, particularmente, a sociedade ocidental.

Partilho hoje convosco, um excerto de um surpreenden-te texto do referido autor, que me remeteu para H. G. Wells. Nos tempos de hoje, quando tiver editor, poderá ser classi-ficado de misto de “ciberpunk “ e “stempunk”, ou seja, um subgénero da literatura de ficção que acompanha as transfor-mações tecnológicas.

Título:”As Vésperas do Caos”. Trata-se de uma trilogia em que o real, o sonho ou o absurdo parecem indistintos.

O narrador omnisciente, senhor de um estilo dúctil, muito próprio, do fundo de uma era que virá, disseca as transformações que foram arrastando a humanidade para um quotidiano surreal.

“Nessa conjuntura só o mais alienado dos mortais se acharia superior ao mais primitivo dos seus semelhantes.

A humanidade vivia plastificada, fingindo sentimentos e escolhas, cada camada social vivendo a sua própria utopia. (...) Uma humanidade inteira a achar que a vida era feliz por ter de esperar a estreia de um filme, o lançamento e um livro, um jogo de futebol, o último capítulo de uma telenovela, o diploma de um filho, sem metros quadrados numa capital para o abrigo de quatro pessoas (...) achando que era melhor que uma casa de palha no meio de uma floresta ou vale ro-choso, feita pelos reais nativos dessa terra.

(...) A paranóia chegava a tanto que, nas vésperas do caos, vivia-se um tempo em que todo o convívio era feito à base de uma ligação através da rede mundial de computadores, não se conhecia metade dos moradores de um número comum de uma rua, mas se alimentava a amizade com alguém de uma outra qualquer parte do mundo, muitas vezes, sem a remota possibilidade de um dia lhe dar um abraço...

As crianças eram animais de apartamento (...) um pouco mais felizes eram aqueles filhos de pais separados que conse-guiam, uma vez por semana, estar num diferente museu ou parque da cidade. Algo cansativo mas discrepante dos jogos electrónicos, jogado de sete a oito horas por sábado. Crianças que não gripavam, e se qualquer problema de saúde por iro-nia do destino as encontravam, os pais sorriam e descongela-vam as células estaminais guardadas numa câmara qualquer. Deus abençoe o financiamento daquele banco.

(...) Nessa época, a arte agonizava nos palcos, telas e par-tituras. O preço de um certo quadro ou livro era a desculpa para o consumo de expressões populares de qualidades du-vidosas mas de retorno instantâneo. O único sobrevivente por mais uns tempos foi a comédia, embora tivesse perdido a inocência dos tempos do cinema mudo, arrancava gargalha-das por satirizarem as mazelas humanas. Não sobreviveu, também, por muito tempo.

Quando tudo aconteceu vivia-se a época do politica-mente correcto - já não se podia fazer piada de nada, se al-gum humorista ironizasse com uma profissão caía o céu na sua cabeça, se o alvo da piada fosse uma religião, caía o in-ferno.

(...) Dez ou doze anos depois da viragem do segundo milénio da era cristã, surgiram novas palavras e siglas tais como tsunami, aquecimento global, TOC... Alguns noticiá-rios de forma exaustiva contribuíram para que algumas sei-tas confirmassem as suas teorias proféticas. (...) Procurava-se um assassino nas cavernas do oriente-médio , arroz nos cam-pos asiáticos, petróleo no fundo do mar sul-americano.

O mundo seguia o seu pseudo normal naquele que será lembrado como o dia da nova anunciação (...) eis que de uma ponta à outra do globo, todos os monitores existentes dos sistemas de segurança, das montras das lojas de electrónica, das residências, hospitais e lares, computadores e radares, todos emitiram no mesmo momento, o mesmo sinal. Rádios, telemóveis, telefones, tudo que emitisse som, ou vídeo expe-diu uma mensagem universal “olhem para o céu”.

Aquele era um dia único e cheio de singularidades. Foi por exemplo o dia em que se falou palavrões em toda a histó-ria da humanidade, como se cada cidadão desbocado tivesse arrancado a cabeça do dedão do pé , com uma topada”...

É neste tom jocoso, muito peculiar, que Jaime Aragão da Rocha prossegue, conseguindo transportar-nos a um mundo em que a ficção encaixa com a realidade, fazendo, inteligen-temente, despertar de perigosa letargia certas (in)consciên-cias...

* Professora / Jornalista. Ex-residente em Macau.

O dirigente do PS francês Paul Quilès foi herói involuntário das primárias.Ao meio da tarde, ainda sem resulta-

dos, os jornais receberam um comunicado dele saudando a vitória de Hollande.

Ele explicou a precipitação: tinha preparado dois comunicados, mas “ami-nha bateria foi abaixo e quando voltei a ligar o computador um dos comunicados partiu!”

A Internet é traiçoeira, quem nunca mandou uma mensagem errada que atire o primeiro sms.

Mas o Twitter francês, ontem, explo-diu em falsas mensagens inspiradas no

erro de Quilès...As frases que se seguem sou eu a

imitar desculpas à la Quilès.-”A minha bateria estava um buraco,

quando liguei o computador, toda a gente viu” (Jardim).

-”A minha bateria era de energia re-novável, quando quis reiniciar o compu-tador o contrato com este não tinha sido renovado” (Sócrates).

-”A minha bateria apagou-se por causa da insuportável política do Gover-no, quando liguei o computador já a cul-pa era da crise internacional” (Cavaco).

-”A minha bateria estava tão em bai-

xo que eu protestei, quando liguei o com-putador já não havia nem computador nem bateria” (Louçã ou Jerónimo).

-”A minha bateria foi-se abaixo, quando liguei o computador a culpa era da bateria do Sócrates” (Passos Coelho).

-”A minha bateria estava em baixo, quando liguei o computador, claro que a Mota-Engil foi indemnizada” (ex-secretá-rio de Estado das Obras Públicas Paulo Campos).

-”A minha bateria pode extinguir-se” (António Barreto)...

JTM/DN

Despertando certas (in)consciências

a Internet é muito traiçoeira

oPINIãoVEMoS, ouVIMoS

E lEMoS

uM PoNTo é TuDo

Maria Lourenço*

Ferreira Fernandes


lazERPAUL MCCARTNEy EM LUA-DE-MEL NAS CARAÍBAS. Paul Mccartney e Nancy Shevell terão voado para as ilhas Mustique, nas caraíbas, para passar a lua-de-mel, de acordo com o site female first. uma das hipóteses é que estejam a viver na mansão de Mick Jagger, que fica de frente para a praia.

HILLARy SWANK ARREPENDIDA. a actriz americana Hillary Swank manifestou o seu “profundo arrependimento” por ter participado da festa de aniversário do Presidente checheno, ramzan Kadyrov, questionado por organizações de direitos humanos, e disse que doará o dinheiro que recebeu.

beldade francesa vai seduzir James bondNovo filme do 007, com Daniel craig, tem a sua ‘femme fatale’ escolhida. actriz e manequim bérénice Marlohe já é uma das mais ‘sexy’ nos eua. o nome dela é Marlohe. bérénice Marlohe. a beldade, de 32 anos, acaba de ser confirmada como a próxima bond Girl, no 23.º filme de James bond, provisoriamente intitulado Skyfall, e protagonizado pelo britânico Daniel craig. Mas muito pouco se conhece da vida pessoal da manequim e actriz francesa. com um corpo de fazer inveja e uma beleza exótica, iniciou-se no mundo da moda em 2003, tendo protagonizado campanhas de publicidade junto de estilistas como tom ford e de marcas como a Samsung e a avon.

aumentam rumores de lopez com cooper

a cantora Jennifer lopez e o actor bradley cooper, foram vistos pela segunda vez em menos de um mês a jantarem sozinhos, aumentando os rumores de que há uma

relação entre eles. em Julho, Jennifer lopez separou-se de Marc anthony, com quem esteve casada sete anos. citadas pelo tMZ, fontes próximas garantem que os jantares foram “de negócios”, enquanto outras reconhecem que “não são um casal, mas têm-se visto com alguma frequência”

lohan pode apanharano e meio de prisãolindsay lohan pode ser sentenciada a um ano e meio de prisão, se a juíza Stephanie Sautner decidir que ela violou a condicional, refere o site tMZ. Na próxima quarta-feira, lindsay vai apresentar-se no tribunal e deve responder a uma série de questões - entre as quais a ausência do serviço comunitário por nove vezes. a actriz teria sido expulsa por culpa de seu mau comportamento. outra questão é a alegada falta a sessões de terapia obrigatória durante semanas a que lohan diz ter telefonado ao médico...

Scarlett Johansson afirma terficado deprimida após divórcioScarlett Johansson declarou que ficou deprimida após o divórcio com ryan reynolds. “após uma semana eu tentei reerguer-me e comecei a ir à academia de ginástica frequentemente”, declarou à revista alemã Gala. Sobre o fim precoce do casamento de menos de três anos, Scarlett fala pouco. “essa questão é muito pessoal. Só digo que posso ser crítica demais comigo mesma e com pessoas ao meu redor. e não me quero comprometer”, concluiu.


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23:00 02:45The Haunting In Connecticut

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Capitania dos Portos

Notificação edital

Nos termos do disposto n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, são notificados Lei Sio Heng e outros interessados desconhecidos do conteúdo da seguinte audiência escrita:

O terreno n.º X-3, situado em Lai Chi Vun, Coloane, com uma área de 1,906 m2, é identificada na planta cujo n.º cadastro 71155001(processo n.º 6083/2002).

Tendo por referência o artigo 1.º da lei n.º 6/86/M de 26 de Julho, o terreno n.º X-3, situado em Lai Chi Vun, Coloane, pertence ao domínio público hídrico. De acordo com a certidão de registo predial emitida pela Conservatória do Registo Predial em 26 de Agosto de 2011, até 12 de Agosto de 2011, da referida Conservatória não consta a descrição do referido terreno.

Nos termos do artigo 7.º da Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau, o terreno n.º X-3, situado em Lai Chi Vun, Coloane, é propriedade do Estado e o Governo da Região Administrativa Especial de Macau é responsável pela sua gestão, uso e desenvolvimento.

O prazo de validade da licença de ocupação a título precário (n.º 265/2009) do terreno n.º X-3, situado em Lai Chi Vun, Coloane, expirou em 31 de Dezembro de 2010. A partir dessa data, o Governo da RAEM não emitiu nenhuma nova licença de ocupação a título precário do terreno em causa.

Sendo considerada coisa fora do comércio, o terreno n.º X-3, situado em Lai Chi Vun, Coloane, não pode ser objecto de direitos privados. Portanto, a edificação (estaleiro naval) erguida no referido terreno não pode ser objecto de direitos reais.

Tendo por referência o artigo 24.º da lei n.º 6/86/M de 26 de Julho, e nos termos do disposto no artigo 75.º da Lei de Terras, o ocupante não tem direito de levantar as benfeitorias introduzidas no terreno nem de ser indemnizado por elas, qualquer que seja o motivo do termo da ocupação.

Tendo por objectivo gerir, usar e desenvolver eficazmente o terreno n.º X-3, situado em Lai Chi Vun, Coloane, pelo Governo da RAEM, o Governo da RAEM tem poderes para ordenar a devolução do referido terreno, exigir dos referidos interessados a remoção das materiais nele colocados, sem causar danos ao estaleiro instalado no referido terreno.

Nos termos do disposto no artigo 7.º da Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau e da alínea o) do artigo 41.º da Lei de Terras, compete ao Chefe do Executivo emitir ordem para que seja devolvido o terreno n.º X-3 situado em Lai Chi Vun, Coloane.

Nos termos do disposto nos artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, os interessados podem, por escrito, no prazo de dez dias, pronunciar-se sobre a matéria acima referida.

Os interessados podem consultar o processo, no horário de expediente, no Núcleo de Processamento de Matrícula e Licenciamento do Departamento de Embarcações e Assuntos Portuários da Capitania dos Portos.

11 de Outubro de 2011, Macau.

A Directora,Wong Soi Man

pág 16 terça-feira, 18 de outubro de 2011 jornal triBuna de MaCau feCHo deSta edição JtM - 00:30HoraS

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Xangai aColhe Maior eXposiçãode paBlo piCasso na China

A maior exposição de obras de Pablo Picasso já organizada na China foi inaugurada ontem em Xangai, onde ficarão paten-tes 48 pinturas do artista du-rante três meses. As obras, que pertencem essencialmente ao Museu Picasso de Paris, fecha-do por mais de dois anos devi-do a trabalhos de restauração, são apresentadas no Pavilhão da China da Exposição Univer-sal realizada no ano passado. Além das pinturas, a exposição

também inclui sete esculturas e sete desenhos de um dos fun-dadores do cubismo. A exposição abrange a longa carreira ar-tística de Picasso, desde uma obra criada quando tinha 14 anos a outra pintada pouco antes da sua morte, em 1973.

MoviMento “anti-Wall street”MereCe “reFleXão”, diZ peQuiM

O Governo chinês evitou ontem pronunciar-se sobre o Movimento de Ocupação da Wall Street, indicando apenas que a “reflexão” suscitada pe-los protestos sociais nos Estados Unidos poderá contribuir para o desenvolvimento da economia global. “Há questões que merecem, de facto, ser analisadas”, disse um porta-voz do ministério chi-nês dos Negócios Estrangeiros, Liu Weimin, ao ser questionado sobre os efeitos daquele movimento na economia global. “Acreditamos que essa re-flexão contribuirá para o saudável e firme desen-volvimento da economia mundial”, acrescentou. A imprensa oficial chinesa em inglês tem dado grande destaque aos protestos sociais nos Estados

Unidos, realçando as “dificuldades” dos países ocidentais em vencer a crise. “O capitalismo já não é o sistema adequado para a globalização. Todo o mundo ocidental parece não ter solução para aliviar a insatisfação do público”, afirmou ontem o Global Times, jornal do grupo Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês.

EN PaSSaNT

Os restos mortais de Carlos de Oliveira foram ontem trasladados para o Jazigo dos Escritores do Cemitério dos Prazeres. A Asso-ciação Portuguesa dos Escritores homenageou assim, um dos expoentes do neo-realismo português, no 30º aniversário da sua morte.Não cheguei a conhecer Carlos de Oliveira apesar de termos per-corridos os mesmos caminhos. Havia uma geração de diferença.Dos livros conheci-o, ainda menino, da “Casa na Duna” e de “Uma abelha na chuva”, exemplares que o meu Pai guardava religiosamente. Sendo família conhecida das Febres, era como se fosse “lá de casa”. Merecia uma consideração especial, ainda que não se com-preendessem até às últimas consequências a difícil realidade que a sua obra escalpelizava.Mais tarde defrontei-me com as sua vivências de Coimbra, das Febres e em especial da Praia de Mira, onde passava o Verão. Car-los de Oliveira nunca perdia uma oportunidade de passar por terras da Gândara (que o recordam em ruas e praças), onde fixou a teia de “Finisterra” o seu último, e muito premiado romance, e que muitos assinalam ser “mera revisitação” da Casa da Duna. Como confirmando a máxima de Miguel Torga de que cada es-critor só tem uma coisa para dizer, eu ando a fazê-lo há muitos livros e há muitos anos.

José Rocha Dinis

43 MilhÕes de europeus seM dinheiro para CoMer Cerca de 43 milhões de pesso-as estão em risco de carência alimentar na Europa e não têm meios para pagar uma refeição completa e 79 milhões vivem abaixo do limiar de pobreza, indicam dados do Programa Europeu de Apoio Alimen-tar. Ontem assinalou-se o Dia mundial contra a pobreza ex-trema e o Programa Europeu de Apoio Alimentar realiza, em Bruxelas, uma conferência de imprensa para abordar o tema, com a presença de repre-sentantes do Comité Económi-co e Social e de Instituições de Solidariedade Social, entre as quais, a Federação Portuguesa de Bancos Alimentares. O ano passado, os 240 Bancos Alimenta-res distribuíram 360 mil toneladas de produtos alimentares a Instituições de Solidariedade Social em 21 países europeus. Estas instituições distribuíram os produtos a pessoas carenciadas sob a forma de cabazes ou de refeições; mais de metade do total dos alimentos entregues provinham do Programa europeu que ajudou 18 milhões de pessoas carenciadas. Segundo o Eurostat, 79 milhões de pessoas vivem na Europa abaixo do limiar de pobreza e 30 milhões sofrem de subnu-trição. Iniciado em 1987, o Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados (PCAAC) permite fornecer alimentos produzidos com os ‘stocks’ dos excedentes de produtos agrícolas, os chamados “stocks de intervenção”. No entanto, estes ‘stocks’ têm vindo a diminuir ano após ano devido às reformas da PAC e do acréscimo de procura de produtos agrícolas no mundo. O PCAAC tem contribuído para combater a pobreza e promover a inclusão social: 18 milhões de cidadãos europeus beneficiaram este ano deste programa comunitário em 20 Estados-membros da União Europeia.

uma coisa

Correu a Maratona aos 100 anosUm homem de 100 anos de idade terminou uma maratona, em Toron-to, no Canadá, no domingo. Fauja Singh não ganhou, mas completou o trajecto e é o mais velho de sempre a correr a prova. O corredor, apeli-dado de “Tornado de Turbante”, ao cumprir o percurso, de 42 quilóme-tros, tornou-se o atleta mais velho a terminar uma maratona. Sin-gh começou a correr aos 89 anos e já completou oito maratonas. Nasceu na Índia rural, em 1911, e só se lançou nas corridas depois de se mudar para Inglaterra, após da morte da mulher e do filho. “Diz que ninguém o obriga a fazê-lo. É um desejo dele”, referiu Harmander Singh, treinador e tradutor de Fauja, à CNN.

guarda-redes de Costas na MarCação de penáltiEm sinal de protesto contra a decisão de um árbitro, o guarda-redes do Vointa Sibiu virou-se de costas na al-tura que foi marcada uma grande penalidade. Esta situ-ação insólita aconteceu no fim-de-semana nos minutos finais do jogo entre o Petrolul Ploiesti e o Vointa Sibiu, da I Liga romena. O marcador estava 3-1 a favor dos da casa e os jogadores do Sibiu furiosos com as decisões do árbitro que já tinha expulsado dois jogadores, um dos quais o guar-redes. Já nos descontos, o árbitro marcou mais uma grande penalidade a favor do Petrolul Ploiesti e o guarda-redes Remus Danalache virou-se de costas. O árbitro mostrou-lhe um cartão amarelo, mandou repetir o penalty e desta vez Danaleche virou-se de frente, de braços abertos, não se mexendo. No final, o guardião con-fessou que a decisão de se colocar de costas foi tomada de comum acordo por toda a equipa em sinal de protesto contra as decisões do árbitro. ver vídeo na edição online do jtm www.jtm.com.mo

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JTM 18-10-2011