24
DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 QUARTA-FEIRA 30 DE JULHO DE 2014 ANO XIII Nº 3142 hojemacau PÁGINAS 6 E 7 ABSOLVIDO Arquitectura Apartamentos deviam ser mais humanos AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB TRABALHO Um mercado de aparências PÁGINAS 2 E 3 SOCIEDADE PÁGINA 9 Estudo revela que por detrás de uma aparente harmonia se esconde uma crise profunda devido ao impacto de um único sector: O JOGO. Ben Leong em entrevista PUB O Caso das Campas chega ao fim. Inocentes – foi o veredicto do TJB que afirma não terem sido provados os factos da acusação. O futuro de Raymond Tam e dos outros três arguidos envolvidos no processo continua a ser um incógnita até que a sentença transite em julgado. PUB

Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Hoje Macau N.º3142 de 30 de Julho de 2014

Citation preview

Page 1: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 Q UA R TA - F E I R A 3 0 D E J U L H O D E 2 0 1 4 • A N O X I I I • N º 3 1 4 2hojemacau

PÁGINAS 6 E 7

ABSOLVIDOArquitectura Apartamentos deviam ser mais humanos

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

TRABALHOUm mercadode aparências

PÁGINAS 2 E 3

SOCIEDADE PÁGINA 9

Estudo revela que por detrás de uma aparente harmonia se esconde uma crise profunda devido ao impacto de um único sector: O JOGO.

Ben Leong em entrevista

PUB

O Caso das Campas chega ao fim. Inocentes – foi o veredicto do TJBque afirma não terem sido provados os factos da acusação. O futurode Raymond Tam e dos outros três arguidos envolvidos no processocontinua a ser um incógnita até que a sentença transite em julgado.

PUB

Page 2: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

HOJE

MAC

AU

2 hoje macau quarta-feira 30.7.2014ENTREVISTA

LEONOR SÁ [email protected]

O que pensa do estado actual de Macau, ao nível do urbanismo e da arquitectura? Na sua opinião, o que falta?Como todos sabemos, Macau é hoje uma cidade muito pequena, com apenas 30 quilómetros quadrados e a população é de cerca de 600 mil habitantes, sem contar com a mão de obra não-residente, de quase 100 mil pessoas... Há sempre carência na questão da habitação, há sempre ne-cessidade de mais casas. A escassez de apartamentos faz com que venham investidores de fora fazer especula-ção do mercado imobiliário. No que respeita ao problema da habitação, acho que a oferta é pouca e há muitas pessoas a precisar de casas, porque as que existem não chegam para toda a gente. Todos estes antecedentes geram muita procura e torna-se difícil de ter casas de boa qualidade quando é necessário construí-las a curto prazo. Recentemente, o Go-verno decidiu aumentar o número de habitações nos aterros da zona A. Acho que há parâmetros que deviam ser alterados antes da construção das casas, nomeadamente o IOS [Índice de Ocupação de Solos], que coorde-na a quantidade de edifícios que é permitido construir em determinado terreno. O mesmo irá eventualmente acontecer nas zonas B, C, D... Os parâmetros têm que ser alterados para se poder construir mais.

Em que consistiria essa alteração?Falando por exemplo, da zona A. O projecto inicial do Governo definia a construção de seis blocos de aparta-mentos, mas agora alterou para oito. Ou seja, é ocupada mais área e são construídas mais habitações.

Considera que seria melhor cons-truir menos edifícios com habita-ções maiores, ou mais blocos com apartamentos de menor dimensão?Depende de quem é o utilizador e qual é a finalidade da habitação. Actualmente, o Governo tem a visão de fazer apartamentos mais pequenos para efeitos de habitação económica, mas eu acho que devia ser feita a distinção entre dois tipos de casas. Ou seja, os de habitação pública devem ser apartamentos mais acessíveis e pequenos, pois possibilita que mais pessoas possam usufruir e não espe-rem tanto tempo. Acho que o Gover-

Para o presidente da Associação dos Arquitectos de Macau, Ben Leong, há vários diplomas e regulamentos legislativos a precisar de revisão e alteração urgente, a grande maioria por não ser conducente com a realidade da RAEM actual. Ben Leong disse ainda que apoia a acreditação profissional, mas nem sempre o registo nas Obras Públicas

no tem a responsabilidade de ajudar a população a conseguir habitações e uma vida mais estável e por isso é que considero que devia haver mais habitações públicas, providenciadas pelo Governo. Claro que também acho que os apartamentos deviam ser mais “humanos”, não deviam ser assim encaixados de qualquer maneira. Os projectos para este tipo de casas deviam ser melhor pensados. O Governo é que decide, através de uma guia, os tamanhos autorizados para os projectos que os arquitectos fazem, qual a área, etc...

Acha que o Governo devia criar uma nova guia, com uma expansão das áreas, por exemplo? Acho que a guia padrão actual e as áreas impostas são suficientes e aces-síveis para as pessoas, portanto acho que não há necessidade de mudar ou ampliar. Comparando com Hong Kong, por exemplo, onde ainda há espaço para construir. As áreas [de habitação pública] são ainda mais pequenas do que aqui. Nos anos 70 e 80, ainda havia bairros de lata e casas de madeira, que não tinham casa de banho nem cozinha... Hoje em dia, Macau está bastante melhor. As condições das habitações estão a melhorar cada vez mais.

Qual a sua opinião em relação ao preço das casas no território?Acho que são valores muito eleva-dos, sem dúvida. Quase ninguém da classe média consegue comprar casa. O Governo devia pensar não só em aumentar o número de habitações económicas, mas também de priva-das, que possam ser compradas por outro tipo de pessoas. Acho é que o problema da habitação só pode ser resolvido com a implementação da alteração do IOS – feito na zona A – em todas as outras zonas de cons-trução do território. Não há terrenos e se não construirmos em altura, vamos continuar com o mesmo problema.

É então, a favor da construção de prédios em altura?Claro, que remédio, em Macau... Se não conseguirmos desenvolver os edifícios volumetricamente, como podemos dar casa a toda a gente?

É que há várias pessoas – nomea-damente outros arquitectos – que estão contra a construção de pré-dios muito altos, por prejudicar a paisagem urbana da cidade...

BEN LEONG, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS ARQUITECTOS DE MACAU

“Os parâmetros têm que ser alterados para se poder construir mais habitações”

PERFIL O arquitecto Ben Leong está em Macau há vários anos, tendo

ficado recentemente responsável pela obras de comple-xos escolares na zona de Seac Pai Van. Exerce funções enquanto membro do Conselho do Planeamento Urba-nístico e é presidente da Associação dos Arquitectos de

Macau, onde desenvolve, entre outros, vários projectos para jovens arquitectos no território.“Quase ninguém da classe média consegue comprar casa. O Governo devia pensar não só em aumentar o número de habitações económicas, mas também de privadas, que possam ser compradas por outro tipo de pessoas.”

Page 3: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

3 entrevistahoje macau quarta-feira 30.7.2014

BEN LEONG, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS ARQUITECTOS DE MACAU

“Os parâmetros têm que ser alterados para se poder construir mais habitações”Se estiver numa zona patrimonial protegida, é claro que tudo tem que ser bem estudado e por isso mesmo é que foi feita a nova lei de protecção do património. Brevemente, também teremos o novo regulamento de construção urbana, que acho que já deve estar a ser pensado para ir ao encontro da legislação de protecção de património cultural.

Há uns tempos, falou sobre a zona de Coloane poder ser uma das opções para aliviar o problema da habitação e da falta de espaço em Macau e na Taipa. Em que consistiria isso?Até agora, não houve qualquer desen-volvimento [arquitectónico] naquela zona, sem ser Seac Pai Van, que está na periferia. Comparativamente com Macau e Taipa, acho que Coloane ainda tem terrenos que podem ser aproveitados para construção de habitações.

E acredita que é possível fazer isso sem ocupar zonas verdes da ilha?Sim, claro. A ideia não é desmanchar nem destruir zonas verdes. A zona dos prédios Hellen Garden, na praia de Hac Sá... Já lá está há muito tempo e nunca estragou zonas verdes. Não podemos ter aquela ideia geral de que se é para construir em Coloane é para destruir. As coisas têm que ser bem estudadas, mas acho que há terrenos que podem ser desenvolvidos, como por exemplo toda a linha que vai do Cotai até à zona do templo de Tam Kong, que não tem área verde... Até porque há muitas pessoas que até gostam de morar em Coloane, que é uma zona mais calma e com menos poluição. Pode-se pensar, por exem-plo, em prédios de densidade baixa [com poucos andares] a formarem um bairro residencial. No tempo da administração portuguesa, pensou--se em fazer uma zona de edifícios industriais e agora o Governo da RAEM está a pensar em reverter esta zona para área habitacional.

Essa hipótese já está a ser estudada pelo Governo?Sim. Aliás, julgo até que tem mesmo a iniciativa de fazer isso, junto a Seac Pai Van, onde existem edifícios in-dustriais que emitem muita poluição. Qualquer dia, deixa de haver espaço no Cotai – além de que é uma zona só de entretenimento – mas toda a zona por trás podia ser de habitação.

Isso obrigaria à criação de infra--estruturas de apoio, como escolas, supermercados, centros comer-ciais...Claro. O Governo também deveria pensar nisso quando estivesse a planear a questão. Têm que existir

vários serviços de apoio, como um mercado, centros educativos, etc... A opinião da população não pode passar em branco.

No que respeita ao diploma da acreditação profissional, que está actualmente em discussão na Assembleia Legislativa. No papel de presidente da Associação dos Arquitectos de Macau, como vê o desenvolvimento dos trabalhos?A associação já deu várias opi-niões ao Governo. Um dos pontos que queria referenciar é a questão das empreitadas públicas. As obras devem poder contar com a presença de técnicos especializa-dos de fora [de Macau] que podem fazer o projecto... Contudo, acho que devia haver um arquitecto local que se responsabilize pela assinatura e supervisão do projec-to. Outra das questões diz respeito à categorização. Neste momento, os arquitectos cumprem também o papel de urbanistas mas no futuro, a nova acreditação deverá definir diferentes escalões, com uma área específica para urbanistas. A associação propõe também ao Go-verno que os arquitectos de Macau possam continuar a desempenhar o papel de urbanistas, ou seja, a fazerem plantas de urbanismo. Há certos artigos que acho que não deviam ser utilizados em Macau. Muitas vezes, a discussão das leis passa pela comparação com outras regiões vizinhas, mas neste caso acho que não é possível comparar, por exemplo, com Hong Kong, que é um território muito maior. A associação tem estado a par das mudanças na legislação.

Que outros pontos julga serem importantes?Resumindo, acho que, no final, toda esta questão da acreditação profissio-nal tem que ver com a responsabili-zação do projecto e com a segurança das obras e do prédio, em termos futuros. Considero que a acreditação e o registo devem acontecer em prol da segurança. Por outro lado, acho que não é preciso diversificar muito, como acontece hoje em dia. Ou seja, não acho que seja necessário haver tantos tipos diferentes de engenheiros e arquitectos numa só obra e todos assinarem o projecto... Até porque assim torna-se complicado definir quem é o responsável pela obra, já que todos têm lá o seu nome.

Ou seja, é da opinião que o número de profissionais incluídos numa obra deviam ser reduzidos?Sim, isso e ter alguém que se res-ponsabilize essencialmente pela segurança da obra e sua manutenção.

A legislação, actualmente em discussão, engloba que tipo de profissionais?Urbanistas, arquitectos, engenheiros civis, electrotécnicos, electromecâni-cos, de indústria, engenheiros quími-cos e de gás, ambientais, de tráfego....

A legislação em estudo prevê o re-gisto de todos nas Obras Públicas?Sim. A questão é que quase todos os engenheiros das especialidades de que falei, por exemplo, apenas pode dedicar-se a uma área em qualquer parte do mundo. Ou seja, um enge-nheiro de tráfego apenas pode subs-crever projectos relacionados com o trânsito. Acredito que precisemos de todos estes profissionais cá em Macau, mas não precisam é todos de assinar um projecto. A minuta que está a ser discutida não é con-clusiva, mas sim, a ideia é que todos eles tenham que estar registados. Só deviam ser registadas as pessoas que têm responsabilidade sobre as obras específicas

Como é que seria feita a acredi-tação?Neste momento ainda é cedo para saber, mas julgo que deverá ser criada uma comissão para tratar disso.

No que toca à qualificação dos pro-fissionais de Macau. Considera que há pessoas qualificadas suficientes para exercer arquitectura?Muitos estudantes formados em arquitectura tiram os cursos em faculdades normais e conseguem

registar-se nas Obras Públicas. Futuramente, depois do diploma de acreditação, estes arquitectos recém-licenciados terão que fazer um exame e um estágio obrigatórios para exercerem funções na área. Acho que isto vai conseguir elevar o patamar de qualidade profissional.

Relativamente à lei do Planea-mento Urbanístico. Considera que vai ser fácil de implementar, mesmo com a construção massiva em Macau?Temos que ter noção que o objectivo da criação desta legislação não é es-tabelecer normas de construção dos edifícios. O intuito é estabelecer um diploma que defina que tanto o Go-verno como a população podem par-ticipar activamente, com opiniões, na construção dos novos projectos das Obras Públicas. É uma iniciativa nova em Macau, de consultoria, de pedir opinião das pessoas.

Todos os projectos que são discu-tidos nas reuniões ordinárias do Conselho do Planeamento Urba-nístico são alvo de consulta pública. Há quem considere que a maioria das pessoas não tem formação académica suficiente para lançar sugestões sobre estes projectos...Acho que esta iniciativa é bastante importante porque existe uma nova transparência por parte do Governo, existindo uma plataforma que pos-sibilita a participação da população. Antigamente, as obras eram todas discutidas só pelas Obras Publicas à porta fechada. Agora, com a co-missão, que tem vários membros que representam diversas áreas da população, é possível supervisionar melhor o plano urbano de Macau. Acho que isto consegue esbater um bocado a ideia de que o Governo está ligado ao sector dos empresários e que as coisas são feitas de forma pouco transparente...

Acha que vai funcionar? É que a última decisão continua a ser das Obras Públicas.O papel da comissão é tipo con-sultoria e os seus membros estão presentes a título consultivo, não têm poder de decisão. No entanto, todas as opiniões dos membros são imediatamente transmitidas ao Governo, que acredito que ouve e pondera aquilo que ouve.

No que toca à legislação de Macau respeitante às áreas de arquitec-tura e urbanismo. Há alguma lei, decreto ou regulamento que con-sidera que deveriam ser alteradas, para um melhor funcionamento do sector?Tantos... O Regulamento Geral de

Construção Urbana, por exemplo... Ou o Regulamento de Segurança de Incêndios. São legislações que têm que ser revistas e alteradas.

Porquê?O regulamento de Segurança de Incêndios é de 1996 e o Geral de Construção Urbana é de 1985, mas a lei geral é dos anos 60 e é com-pletamente diferente da realidade actual. Já nem se fazem construções como aquelas que o diploma indica. Aquilo é destinado às colónias, como as de África e tudo mais... Já não fazem sentido. Houve algumas alterações, mas a sua base ainda está em vigor. Naquela altura, por exemplo, estipulava-se a construção de edifícios de três pisos e hoje em dia já nem se faz isso. Outra das questões é a área de regulamentação de toda a área eléctrica... Não há ne-nhuma legislação que reflicta sobre esta área e o mesmo acontece sobre a arquitectura ambiental e questões referentes ao ambiente.

Mas já existem algumas normas...Sim, mas todas elas são muito gerais, não há nada muito específico.

Em relação ao Metro Ligeiro. O as-sunto tem vindo a ser bastante de-batido pela população. Há mesmo, na zona norte, quem considere que o traçado da Areia Preta deveria ser subterrâneo ao invés de passar pelo meio do jardim. O projecto foi alvo de consulta pública e mais de cem pessoas sugeriram a constru-ção por baixo da terra, embora o Governo continue a afirmar que o metro será feito ao nível da rua. Qual é a sua perspectiva sobre o assunto?O Governo deve estar a considerar a questão do custo e do tempo de duração da obra. Construir o metro por baixo deverá custar mais dinheiro e demorar mais tempo, ainda por cima com o trânsito daquela zona, que é intenso.

Qual é, para si, a melhor solução?Tecnicamente, é indiferente que o metro passe por cima ou por baixo. O Governo tem é que ter em conta a opinião da população, que, pelos vistos, é bastante agressiva neste sentido. É preciso pensar na melhor opção para as pessoas e o Executivo tem que pensar ‘porque é que se faz assim ou assado’? Na minha opinião, no caso de construções desta enver-gadura, não há apenas uma opção certa e nunca ninguém vai estar plenamente de acordo com uma única hipótese. O ponto essencial, nestes casos, é o Governo conseguir tomar decisões que satisfaçam a vontade das pessoas.

“O Regulamento Geral de Construção Urbana, ou o Regulamento de Segurança de Incêndios, são legislações que têm que ser revistase alteradas”

“Não acho que seja necessário haver tantos tipos diferentes de engenheirose arquitectos numa só obra e todos assinaremo projecto...”

Page 4: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

4 hoje macau quarta-feira 30.7.2014POLÍTICA

FLORA [email protected]

O presidente da Asso-ciação dos Armadores de Ferro e Aço, Wong Wai Man, assegura que

conseguiu recolher 23 assinaturas de membros da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo para ser candi-dato a líder do Governo. O também activista não conseguiu reunir as 66 que precisava, mas considera que isso só aconteceu porque não há sufrágio directo.

Na semana passada, Chui Sai On conseguiu entregar 331 boletins de propositura para ser oficialmente candidato a líder do Governo. O actual Chefe do

Assistência social Falta de licenciamento “com impacto nos profissionais” Saúde Profissionaisquerem mais segurança

CHUI SAI ON APRESENTA PROGRAMA AO COLÉGIO ELEITORAL Sem mais concorrentes ao cargo para Chefe de Executivo, Chui Sai On segue sozinho para um lugar que já ocupa há cinco anos. Depois de terminado o prazo de entrega dos formulários de candidatura, ontem às 18 horas, a Comissão para os Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo (CAECE) falou à comunicação social, transmitindo que o passo seguinte será a realização de uma sessão de esclarecimento do programa político entre o único candidato e os membros da Comissão Eleitoral. Agendada para dia 16 do próximo mês, a reunião servirá para “os membros da Comissão Eleitoral colocarem questões sobre o programa político ao candidato”, como explica a presidente da CAECE, Song Man Lei, que, mais uma vez, não se mostrou disponível para comentar sobre o referendo civil.

“Se o Chefe do Executivo fosse eleito por todos os residentes de Macau, já conseguia assumir o cargo, porque já ganhei mais de 400 apoios”WONG WAI MAN Presidenteda Associação dos Armadoresde Ferro e Aço

Chui Sai On recolhe menos assinaturas do que há cinco anos, mas mesmo assim a corrida ao cargo de Chefe do Executivo vai ser feita a uma só voz

ELEIÇÕES CE WONG WAI MAN DIZ TER 23 ASSINATURAS DA COMISSÃO ELEITORAL

Chefe corre sozinho

A deputada Chan Hong apontou ontem numa

interpelação escrita que os regulamentos sobre subsídios para as entida-des privadas dos serviços sociais já são demasiado antigos e não são adequa-dos aos serviços actuais. Chan Hong assegura que os regulamentos têm falta de flexibilidade e trazem muitas dificuldades para o funcionamento das associa-ções dos serviços sociais.

A deputada dá como exemplo o subsídio actual para o sector, que é fixo e faz com que os funcionários não possam ter aumentos ao nível da remuneração, de acordo com experiência ou com os anos de trabalho, por

A deputada Wong Kit Cheng quer que o Go-

verno explique como é que as “autoridades tratam dos casos da violência contra os profis-sionais de saúde” e que tipo de apoio lhes é prestado. Numa interpelação escrita entregue à Assembleia Legislativa, a também vice-presidente da Associação Geral das Mu-lheres de Macau explica que, apesar de “não serem muitos os casos de profissionais de saúde gravemente ofendidos” em Macau, “são frequentes as injúrias, ameaças, assédio e encontrões intencionais” aos profissionais da área.

Para Wong Kit Cheng, este tipo de situação provoca aos trabalhadores “aborrecimen-

to, cansaço, frustração, falta de paciência e medo”, sentimen-tos que podem “afectar gra-vemente” o profissionalismo que é exigido na área da saúde. Ainda no mesmo documento, a deputada explica que, ao contrário de Macau, tanto Hong Kong como Taiwan têm uma legislação que pune com pena de multa e até de prisão quem pratica actos que “afectem o trabalho dos pro-fissionais de saúde ou ponham em perigo a segurança dos estabelecimentos de saúde” e, por isso, questiona o Governo se o mesmo vai acontecer no território. Wong Kit Cheng tem sido uma das deputadas activas no que se refere aos vários tipos de violência. - H.M.

exemplo. A deputada afirma que isto causa uma grande mobilidade do pessoal, algo que não faz com que a quali-dade dos serviços aumente, porque há poucos recursos humanos nesta área.

Chan Hong apela nova-mente ao Governo para pro-mover o mais rápido possível um sistema de licenciamento dos profissionais dos serviços sociais, promovendo mais apoios e aumentando a qua-

lidade dos funcionários locais deste sector. Actualmente, diz, estes não têm um plano de carreira concreto, o que faz com que o sector tenha pressão ao nível da mão-de--obra. - F.F.

ASPIRANTE A CANDIDATO CRIT ICA ELEIÇÕESTambém Lei Kuong Un, médico de medicina chinesa, tentou candidatar-se a Chefe do Executivo, mas não conseguiu obter assinaturas suficientes. Ainda assim, Lei Kuong Un tentou entregar 110 assinaturas de residentes de forma a mostrar a sua insatisfação perante a forma como é escolhido o Chefe do Executivo. “Percebo bem que as proposituras não são válidas, mas espero mostrar a minha insatisfação sobre o sistema da eleição. A Comissão Eleitoral não me deu nomes e números de telefone dos membros. Os 400 membros monopolizam as eleições”, frisou. A Comissão para os Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo vai, ainda assim, analisar as assinaturas de Lei Kuong Un, para verificar se existe alguma válida.

Executivo recebeu menos apoio do que em 2009, mas este ano o número de membros da Comissão Eleitoral também aumentou. Chui deixou em aberto a possibilidade de concorrência, mas Wong Wai Man não vai conseguir correr ao lado do actual líder do Governo – faltavam-lhe 43 assinaturas.

Wong Wai Man referiu ao HM que tentou “ao máximo contactar por si próprio ou através da ajuda de amigos os membros do Colégio Eleitoral para conseguir assinaturas”. Wong assegurou que “não foi difícil contactar” os membros, mas foi difícil que todos o apoias-sem. “Contactei muitos membros da Comissão Eleitoral, mas finalmente

acabei por ganhar apenas 23 as-sinaturas”, disse Wong Wai Man, continuando que, contudo, conse-guiu mais de 400 assinaturas de residentes de Macau.

O presidente da Associação dos Armadores de Ferro e Aço acredita mesmo que iria con-seguir ser eleito, caso fossem

os residentes a escolhê-lo. “Se o Chefe do Executivo fosse eleito por todos os residentes de Macau, já conseguia assumir o cargo, porque já ganhei mais de 400 apoios, mais do que as assinaturas dos membros

que Chui Sai On ganhou. Só que as assinaturas dos residentes

não são válidas.”

“REFERENDO NÃO ÉPARA AGORA”

Embora o líder da associação não consiga ser candidato,

Wong Wai Man espera que a sociedade de Macau possa

ser cada vez mais democrática. “Os 400 membros da Comissão

Eleitoral não podem representar todos os residentes de Macau. A eleição do Chefe [do Executivo] deverá ser um sufrágio, ou seja, todos os residentes poderão votar no cargo”, frisa.

No entanto, Wong critica a elaboração de um ‘referendo’ civil sobre o sufrágio universal a ser or-ganizado por três associações locais. “Aquele referendo é falso, porque Macau ainda não é maduro, nem a Lei Básica regulamenta que se faça um referendo. As associações estão a confundir coisas certas e erradas e estão a causar conflitos sociais.”

Também Lee Kin Yun, outro conhecido activista local pró--democracia diz discordar também do referendo civil.

Page 5: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

“O que sugerimos é que depois da primeira análise preliminar, dentro dos candidatos aceites, faremos o sorteio”

TIAG

O AL

CÂNT

ARA

5 políticahoje macau quarta-feira 30.7.2014

O objectivo é a agilização dos processos de atribuição de casas. A nova proposta de lei com alterações deve chegar à AL em Outubro ANDREIA SOFIA [email protected]

O processo de re- visão da Lei da Habitação Económica irá

incluir uma alteração que prevê maior celeridade na realização do sorteio para a atribuição de casas. A ga-rantia foi dada ontem pelo Executivo, em conferência de imprensa.

“O actual diploma exige que, depois de se receberem todas as candidaturas [ao concurso de habitação], têm de se fazer duas fases

O S deputados da 3ª. Co-missão Permanente da Assembleia Legislativa

(AL) querem que o Governo altere o valor mínimo das multas em casos de erro médico. A proposta foi feita em mais uma reunião, ocorrida ontem.

“As multas sobre o preenchi-mento dos processos clínicos,

N G Kuok Cheong e Au Kam San, deputados e membros da Associação Novo Macau

(ANM), entregaram ontem uma carta junto da sede do Governo com propostas para o planeamento de habitação pública na zona A dos novos aterros. Au Kam San disse que, em 2009, o Governo Central autorizou a utilização dos novos aterros, mas depois de cinco anos a Zona A, a mais importante, ainda não está planeada.

Por isso, apresentaram uma so-lução para a habitação económica e social. “Como as necessidades de habitação económica são maiores, a proporção deve ser 80% para a habitação económica e 20% para a social”, disse Au Kam San.

Além disso, frisam os deputa-dos, as autoridades prevêem que a zona A ficará concluída em 2016, mas terá de se esperar até 2019 para que os residentes possam fazer os seus pedidos. “E ainda mais três ou quatro anos depois é que vão conseguir ter a casa”, referem.

Au Kam San pediu ainda ao Governo para que este arranque

Zhang Dejiang Referendo “viola a Lei Básica”O presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, o principal órgão legislativo da República Popular da China, fez saber, ontem que está a par do referendo informal planeado por associações do campo pró-democrata de Macau, uma iniciativa que, no entender de Zhang Dejiang, “viola a Lei Básica”, diz a rádio Macau. O presidente da Assembleia Popular Nacional entende que “todas as actividades que violam a Lei Básica são erros que devem ser corrigidos”, bem como “explicados” aos residentes.

HABITAÇÃO PÚBLICA SORTEIO APÓS PRIMEIRA ANÁLISE DE CANDIDATOS

Dos preliminares aos actos

ERRO MÉDICO DEPUTADOS QUEREM REDUZIR MULTAS

Menos peso nas sançõesNOVOS ATERROS DEPUTADOS PEDEM 80% DE HABITAÇÃO ECONÓMICA NA ZONA A

Para satisfazer necessidades

sorteio já dentro do novo regi-me, garantiu André Cheong. A segunda fase de análise dos candidatos já será “muito mais rápida e fácil”, garantiu o director da DSAJ.

de trabalho: uma análise preliminar e, depois, uma mais profunda para con-firmar os dados. Somando essas duas fases, leva cerca de dois anos. Só depois dessas fases de apreciação, apurando os candidatos qualificados, é que fazemos o sorteio. O que sugerimos é que depois da primeira aná-lise preliminar, dentro dos candidatos aceites, faremos o sorteio. Depois essas pes-soas sorteadas é que vão ser sujeitas a uma apreciação mais detalhada”, explicou André Cheong, director dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ).

A análise preliminar das mais de 42 mil candidaturas às 1900 fracções disponíveis já começou a ser feita em Março deste ano, prevendo--se a conclusão dos trabalhos em Março de 2015. Nessa altura, poderá ser realizado o

Tais alterações só serão concretizadas com a entrada em vigor da nova lei, algo que o Governo pretende que aconteça em 2015. André Cheong garantiu ainda que é objectivo do Executivo apresentar a nova proposta de lei à Assembleia Legis-lativa (AL) já em Outubro, depois de terminada a con-sulta pública.

dentro do regime sancionatório da proposta de lei, são, no mínimo, de cinco mil patacas. Alguns de-putados entendem que esta multa é elevada e não sabemos quais vão ser as instruções emitidas pelo Governo. Vamos ver se há necessidade de ajustar o valor da multa”, explicou Cheang Chi Keong, deputado que preside à

Comissão Permanente, encarre-gue da análise do diploma.

Os deputados já terminaram a análise de toda a proposta de lei do erro médico, sendo que só na próxima sessão legislativa, a 16 de Outubro, se deverá voltar a discutir esta questão, até à votação final do diploma.

Na reunião de ontem, foram ainda discutidas mais algumas informações. Uma delas está ligada à forma como são actual-mente elaborados os processos clínicos e mecanismos de no-tificação no hospital Conde de São Januário.

“No futuro, todos os hospitais de Macau e médicos vão ter de obedecer a algumas instruções sobre a elaboração de processos clínicos. Pretendemos saber o que está a passar-se neste mo-mento”, explicou Cheang Chi Keong.

A Comissão questionou ain-da a ausência de retroactividade nesta matéria, uma vez que os casos de erro médico pendentes não vão estar abrangidos com a nova lei. O Governo justificou--se dizendo que tal acontece devido às alterações que têm vindo a ser feitas ao diploma desde 2006. - A.S.S.

com os pedidos de habitação já em 2017.

O deputado disse ainda que, para além da Zona A e das restantes 4400 fracções de habitação pública já planeadas pelo Governo, existem 48 terrenos desocupados, pelo que espera que o Governo recupere “o mais rapidamente possível” os terrenos por forma a “satisfazer as necessidades a curto prazo”. - F.F.

Page 6: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

6 hoje macau quarta-feira 30.7.2014SOCIEDADE

TIAG

O AL

CÂNT

ARA

P AULINA Alves dos Santos, assistente no processo que levou

Raymond Tam a tribunal, garante que não vai recorrer da decisão que absolveu os quatro arguidos. A assistente e denunciante do chamado Caso das Campas também diz, contudo, que esta não é mais a sua responsabilidade.

“Eu tenho direito de recorrer, mas já tomei a decisão antes da leitura de não recorrer, porque conhe-ço muito bem o sistema de Macau e o MP tem direito de recorrer e deve ser ele a responder ao tribunal”,

JOANA [email protected]

I NOCENTES. O Tribunal Ju-dicial de Base (TJB) absolveu ontem Raymond Tam, ex--presidente do Instituto para

os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), e Lei Wai Nong, vice--presidente do instituto, do crime de prevaricação de que iam acu-sados. Além destes, também Fong Wai Seng, Chefe dos Serviços de Ambiente e Licenciamento, e Sio Kuok Kun, chefe funcional, foram absolvidos do mesmo crime.

A leitura da sentença não levou muito tempo ao juiz presidente do colectivo, Lam Peng Fai, que ontem entrou sozinho na sala de audiência. Para o TJB, os factos

PAULINA ALVES DOS SANTOS NÃO RECORRE E DIZ QUE MP AINDA INVESTIGA

“Há ainda mais processos”

CASO IACM RAYMOND TAM E TRÊS ARGUIDOS ABSOLVIDOS PELO TJB

Factos não provados

Todos absolvidos. Assim terminou o caso que se arrastava há vários anos nos tribunais. Para Raymond Tam “agora está tudo claro”

ÁLVARO RODRIGUES SATISFEIT0 COM DECISÃO

começou por explicar a tam-bém advogada. “Não sou eu. Se fosse eu recorria. Como assistente não vou recorrer e a razão é muito simples, tenho o MP. Não quero fazer mais figura. O meu trabalho terminou aqui.”

Paulina Alves dos San-tos, que já instaurou um processo sobre as campas contra Florinda Chan, Se-cretária para a Administra-ção e Justiça, sem sucesso, assegura que só entrou no processo para “ter acesso a mais provas”. Diz ainda que o MP tem em mãos mais ca-sos no âmbito da atribuição

de dez sepulturas no Cemi-tério de São Miguel Arcanjo, alegadamente ilegal.

“Entrei como assistente porque necessitava de ver os factos e as provas. Quando me tornei assistente o MP já tinha aberto o processo. Li o processo e verifiquei que tinha todas a provas, daí que aceitei continuar a trabalhar junto do MP como assistente”, afirmou Paulina aos jornalistas, à saída do tribunal.

Sobre se vai continuar a tentar provar que houve eventual ilegalidade na atribuição das dez campas perpétuas, Paulina Alves

dos Santos diz que também já fez o que tinha de fazer.

“Em relação às campas, já entreguei todas as provas ao MP e ainda há processos em investigação, mas não posso falar publicamente. Agora, o MP vai continuar a investigar os processos, há ainda mais processos. Se vai reabrir é tudo [da parte] dele, eu, da minha parte, entreguei as provas todas.”

Questionada sobre se acredita na justiça de Macau, a assistente disse apenas que “não quer” comentar, porque tem “de falar com responsa-bilidade”. - J.F.

da acusação não foram provados, nem através das testemunhas, nem das provas documentais trazidas a tribunal.

“Não houve testemunhas ou

provas documentais que mos-trassem que os quatro arguidos guardavam os documentos”, disse Lam Peng Fai, acrescentando que, por isso mesmo, seria difícil ao

tribunal saber se os arguidos os teriam de forma dolosa.

Uma das acusações do Minis-tério Público (MP) e da assistente no caso, Paulina Alves dos Santos,

era a de que Raymond Tam e os outros três arguidos atrasaram de forma propositada a entrega de documentos relacionados com a atribuição alegadamente ilegal de dez campas perpétuas no Cemitério de São Miguel Arcanjo ao MP. Os arguidos sempre afirmaram ter ten-tado procurar os documentos, ainda que nunca os tivessem encontrado.

Mas havia ainda outra acusação: a de que os funcionários teriam en-viado os documentos relacionados com as campas para o Gabinete da Secretária para a Administração e Justiça, Florinda Chan. Recorde-se que Florinda Chan tem a tutela do IACM e da antiga Câmara Munici-pal de Macau provisória. A Secre-tária já foi absolvida pelo Tribunal de Última Instância de acusações relacionadas com as campas.

Ontem, o tribunal também assegurou que não se fez qualquer prova de que os arguidos tivessem enviado algo para Florinda Chan. “Segundo as testemunhas, não foi possível provar que documentos tivessem sido remetidos a Florinda Chan em 2010. As testemunhas também dizem não ter recebido indicações ou directrizes dos ar-guidos [para esconder ou atrasar a entrega] de documentos.”

Os arguidos poderiam ter sido condenados até cinco anos de prisão.

À saída do tribunal, Álvaro Rodrigues, defensor de Raymond Tam, assegurou que a defesa estava “satisfeita com a decisão”, que acreditava que iria ser a absolvição dos arguidos. “Sempre confiamos na justiça. Desde o início deste processo que acreditamos que este processo não ia dar em nada, porque estávamos confiantes que a acusação não conseguia provar os factos de que so arguidos vinham acusados”, começou por dizer o advogado. “Estamos felizes. Queremos dar parabéns à justiça, porque ganhou a justiça.”Também Icília Berenguel, advogada de Fong Wai Seng, se mostrou satisfeita com o resultado. “A inocência

falou mais alto. É o que temos a dizer, para já”, disse aos jornalistas. Tam também não se alongou muito nas palavras, tendo apenas referido que o tribunal “já provou” que os arguidos são inocentes e que, por isso, “agora está tudo claro”. Já o vice-presidente, Lei Wai Nong, afirmou “estar muito satisfeito” com a decisão. À porta do tribunal, um grupo de pessoas – alguns funcionários do IACM - recebeu Raymond Tam e os outros três arguidos com aplausos, enquanto, a assistente no caso, Paulina Alves dos Santos, foi recebida com apupos quando passava pelo mesmo grupo de pessoas.

“Não houve testemunhas ou provas documentais que mostrassem que os quatro arguidos guardavam os documentos”LAM PENG FAI Juizpresidente do colectivo

Page 7: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

PUB

IACM FUNÇÕES DE ARGUIDOS ABSOLVIDOS MANTÉM-SE SUSPENSA

Futuro de Raymond Tam desconhecido

AnúncioConcurso Público para “Prestação de Serviços de Reparação e Manutenção do Sistema Electromecânico do Edifício situado na Estrada de D. Maria II

n.º 33 (Novembro de 2014 a Outubro de 2016)”

1. Entidade que procede o processo do concurso: Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT).2. Modalidade do concurso: concurso público.3. Local da prestação de serviços: edifício situado na Estrada de D. Maria II, nº 33.4. Objecto da prestação de serviços: Prestação de serviços de manutenção e reparação do sistema electromecânico de todo o edifício

acima mencionado, incluindo sistema de ar condicionado, sistema BMS, sistema de fornecimen-to de energia eléctrica e de iluminação, sistema de geradores de reserva e de pára-raios, sistema de abastecimento de água e de drenagem, sistema de combate contra incêndio, elevadores e esca-das rolantes, sistema de plataformas suspensas, sistema de baixa tensão e outros equipamentos.

5. Período da prestação de serviços: de 1 de Novembro de 2014 a 31 de Outubro de 2016 (24 meses).6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do acto público do concurso,

prorrogável, nos termos previstos no programa do concurso.7. Modo de retribuição ao adjudicatário: a prestação de serviço é por preço global. Caso haja necessidade de substituição de peças, a

sociedade adjudicatária deve apresentar antecipadamente uma outra cotação das mesmas. A DSSOPT reserva o direito da decisão final sobre a aceitação ou não da respectiva cotação.

8. Caução provisória: $ 100 000,00 (cem mil patacas), a prestar por depósito em dinheiro ou mediante garantia bancária aprovada nos termos legais.

9. Caução definitiva: 4% do preço total da adjudicação.10. Preço base: não há.11. Condições de admissão:

11.1. Empresários comerciais, pessoas singulares, com domicílio na Região Administrativa Especial de Macau, adiante designada por RAEM, cuja actividade total ou parcial se inscreva na área objecto deste concurso.

11.2. Sociedades comerciais com sede ou representação permanente na RAEM, cuja actividade total ou parcial se inscreva na área objecto deste concurso.

11.3. No caso de consórcio ou agrupamento de empresas, é necessário que todos os seus constituintes, cuja actividade total ou parcial se inscreva na área objecto deste concurso.

12. Local, data e hora limite para entrega das propostas:Local: Secção de Atendimento e Expediente Geral da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, n.º 33, r/c;Data e hora limite: dia 2 de Setembro de 2014, terça-feira, até às 12:00 horas.

13. Local, data e hora do acto público do concurso:Local: sala polivalente da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 5.º andar.Data e hora: dia 3 de Setembro de 2014, quarta-feira, pelas 9:30 horas.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Local, hora e preço para exame e obtenção da cópia do processo:Local: Departamento Administrativo e Financeiro da DSSOPT, sito na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 13.º andar.Hora: horário de expediente.Na Secção de Contabilidade da DSSOPT, poderão ser solicitadas cópias do processo de concurso ao preço de $ 70,00 (setenta patacas) por exemplar.

15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:- Preço total: 50%;- Plano de trabalhos: 20%;- Experiência de trabalhos: 20% (incluindo experiências acumuladas na RAEM ou no exterior de trabalhos de reparação e manu-tenção do mesmo tipo);- Integridade e Honestidade: 5%;- Registo de mão-de-obra ilegal, utilização de trabalhadores em desvio de funções ou que exerçam funções em locais que não coincidam com os previamente autorizados ou atraso de pagamento de salários: 5%.

16. Junção de esclarecimentos: Os concorrentes poderão comparecer no Departamento Administrativo e Financeiro da DSSOPT, sito na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 13.º andar, Macau, a partir de 22 de Agosto de 2014, inclusive, até à data limite para entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Macau, 25 de Julho de 2014A Directora dos Serviços, subst.

Chan Pou Ha

JOANA [email protected]

L EI Wai Nong, vice--presidente do Insti-tuto para os Assuntos Cívicos e Municipais

(IACM), vai manter-se suspenso das suas funções. Isso mesmo confirmou o Gabinete da Secretária para a Administração e Justiça ao HM, depois de Lei ter sido absolvido pelo Tribunal Ju-dicial de Base do crime de prevaricação de que vinha acusado há sete meses.

“Em relação à absolvição dos quatro trabalhadores do IACM, o Governo refere que respeita a independên-cia judicial e as sentenças proferidas pelos tribunais. O respectivo processo disci-plinar mantém-se suspenso e a suspensão preventiva de funções também se mantém, até que transite em julgado a sentença”, refere a resposta.

Lei Wai Nong foi suspen-so depois de ter sido tornado arguido, à semelhança de Raymond Tam, agora ex--presidente do instituto. Tam

foi o único a não ver o seu contrato renovado e não se sabe, agora, qual o futuro do funcionário.

Recentemente, Alex Vong foi nomeado como presidente do IACM por Florinda Chan, que explicou que a nomeação do novo presidente se deu apenas pelo facto de Raymond Tam ter terminado o seu mandato à frente do IACM no dia 8 de Maio e de continuar suspenso por ter sido consti-tuído arguido. “O IACM não pode ficar eternamente sem presidente. É importante ocupar esta [posição], que já não era possível manter vaga muito mais tempo”, disse a Secretária, na altura.

O HM tentou perceber qual vai ser o futuro de Ray-mond Tam, uma vez que este não está mais suspenso, mas o Governo não comentou. Tam-bém Tam, à saída do tribunal, não quis falar do assunto.

“O respectivo processo disciplinar mantém-se suspenso e a suspensão preventiva de funções também se mantém, até que transite em julgado a sentença”GABINETE DA SECRETÁRIA PARA A ADMINISTRAÇÃO E JUSTIÇA Sobre a suspensão de Lei Wai Nong, vice-presidente do IACM

7 sociedadehoje macau quarta-feira 30.7.2014

Page 8: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

8 sociedade hoje macau quarta-feira 30.7.2014

PUB

NOTIFICAÇÃO EDITAL (Trabalho ilegal – pagamento das multas)

N.º 59/14

Considerando que se revela ser impossível notificar, nos termos do artigo14.ºdoDecreto-Lein.º52/99/M,de4deOutubro,doartigo68.ºedon.º1doartigo72.ºdoCódigodoProcedimentoAdministrativo(CPA),aprovadopeloDecreto-Lein.º57/99/M,de11deOutubro,YEZELAN(titulardopassaportedaRepúblicaPopulardaChina),NGUYENTHIQUYEN(titulardopassaportedaRepúblicaSocialistadoVietname), SUNMEILING (titular de SalvoConduto paraHongKong eMacau daRepúblicaPopulardaChina),LIUYANG(titulardopassaportedaRepúblicaPopulardaChina), LIUYAN (titular do passaporte daRepública Popular daChina),CHENSUXIA(titulardopassaportedaRepúblicaPopulardaChina),LILANSU(titulardeSalvo Conduto para Hong Kong eMacau da República Popular da China), ZHOULANXIANG(titulardeSalvoCondutoparaHongKongeMacaudaRepúblicaPopulardaChina),LIUJING(titulardopassaportedaRepúblicaPopulardaChina),KANGXUEFANG(titulardopassaportedaRepúblicadaChina),LIUXIAOPING(titulardopassaportedaRepúblicaPopulardaChina),LIYING(titulardeSalvoCondutoparaHongKongeMacaudaRepúblicaPopulardaChina),LUOJING(titulardopassaportedaRepúblicaPopulardaChina),WANGQIANHONG(titulardeSalvoCondutoparaHongKongeMacaudaRepúblicaPopulardaChina),LIRUNCHENG(titulardobilhetedeidentidadederesidentepermanentedeHongKong),ZHANGJIAQIANG(titulardopassaportedaRepúblicaPopulardaChina),WANGCHUNMEI(titulardopassaportedaRepública Popular daChina), FANLIHUA (titular de SalvoConduto paraHongKongeMacaudaRepúblicaPopulardaChina),CHENLU(titulardeSalvoCondutoparaHongKongeMacaudaRepúblicaPopulardaChina),WANGHONGXIA(titulardeSalvoCondutoparaHongKongeMacaudaRepúblicaPopulardaChina)eLIUZHILIAN(titulardeSalvoCondutoparaHongKongeMacaudaRepúblicaPopulardaChina),pessoalmente,porofício,telefone,ououtraforma,sobreamatériaacusadapela infracção do RegulamentoAdministrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre aProibiçãodoTrabalhoIlegal,de14deJunho,eparaoefeitodoregimedeprocedimentoda aplicação da respectiva multa, Lurdes Maria Sales, Chefe do Departamento deInspecção do Trabalho (DIT), da Direcção dos Serviços para osAssuntos Laborais(DSAL),notifica,nostermosdon.º2doartigo72.ºdoCPA,osaludidosinfractores,doteordadecisãosancionatóriaemcausa,noseguinte:

1. DadoexpostoportercomprovadoaacçãodeYEZELAN,NGUYENTHIQUYEN,SUNMEILING,LIUYANG,LIUYAN,CHENSUXIA,LILANSU,ZHOULANXIANG,LIU JING,KANGXUEFANG,LIUXIAOPING,LIYING,LUOJING,WANGQIANHONG,LIRUNCHENG,ZHANGJIAQIANG,WANGCHUNMEI,FANLIHUA,CHENLU,WANGHONGXIAeLIUZHILIAN,bemcomoaculpadosinfractores,aoabrigodoartigo3.ºdoRegulamentosobreaProibiçãodoTrabalhoIlegal,nostermosdaalínea1)don.º1doartigo9.ºdomesmoregulamentoadministrativofoiaplicadaacadainfractor,apenademultadeMOP$20.000,00;

2. Informa-seaindaque,nostermosdon.º2doartigo17.ºdoRegulamentoAdministrativon.º26/2008NormasdeFuncionamentodasAcções InspectivasdoTrabalho,conjugadocomasalíneasa)eb)don.º2doartigo145.ºeosartigos149.ºe155.ºdoCPA,osactosadministrativosemcausapodemserimpugnados,noseguinte: a)Mediantereclamaçãoparaaautoradoacto(AChefedoDIT),noprazode15(quinze)dias,acontardodiaseguinteaodapresentenotificação;ou b)Mediante recurso hierárquico necessário para o superior hierárquico daautoradoacto(DirectordaDSAL),noprazode30(trinta)dias,acontardodiaseguinteaodapresentenotificaçãoedital. Poroutrolado,nostermosdon.º4doartigo150.º,conjugadocomon.º1doartigo156.ºdoCPA,odireitoacimareferidoéexercidopormeioderequerimento,noqualdevemserexpostososfundamentos(defactoededireito),juntandoosdocumentosconsideradosconvenientes,nãosendooactoacimamencionadosusceptívelderecursocontencioso.

3. Maisficamnotificadosque,nostermosdoartigo12.º doRegulamento sobre a Proibição doTrabalho Ilegal, e da alínea e) do artigo 14.ºdoDecreto-Lein.º52/99/M,conjugadocomosn.ºs1e2doartigo15.ºdoRegulamentoAdministrativon.º26/2008–NormasdeFuncionamentodasAcçõesInspectivasdoTrabalho,osaludidosinfractoresdevem,noprazode15(quinze)dias,acontardadatadapublicaçãodapresentenotificaçãoedital,comparecernaDSALparaolevantamentodaguiadepagamentodamultaeprocederaoseupagamentonaRepartiçãodeFinançasdeMacaudaDirecçãodosServiçosdeFinanças.Ficamaindanotificadosque,nos5(cinco)diassubsequentesaosdoprazoacimareferidodeverãoentregarnestesserviços,odocumentocomprovativodessepagamento,sobpenadascópiasdetodososdocumentosacompanhadasdocomprovativodecobrançacoercivaseremremetidosàRepartiçãodasExecuçõesFiscaisdaDirecçãodosServiçosdeFinançasparaserefectuadaacobrançacoercivanostermoslegais. DirecçãodosServiçosparaosAssuntosLaborais–DepartamentodeInspecçãodoTrabalho,aos25deJulhode2014.

AChefedoDIT

LurdesMariaSales

O S produtos tipi-camente portu-gueses sempre marcaram pre-

sença na Feira de Produtos de Marca Macau-Guangdong, mas faziam-se notar através de representantes localizados em Macau. Na sexta edição do evento, que começa ama-nhã, o público poderá visitar o primeiro espaço dedicado só a produtos portugueses, que contará com cinco em-presas lusas.

“Com vista a desenvol-ver com maior dinamismo a função de Macau como plataforma de serviços de cooperação entre a China e os países lusófonos e impulsionar a construção do centro de serviços co-merciais para as PME da China e dos países de língua

portuguesa, será instalada uma Zona de Exposição de Produtos de Portugal, destinada exclusivamente à venda de produtos e alimentos típicos de Portu-gal”, disse Irene Lau, vogal executiva do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento (IPIM).

Questionada sobre as razões da criação deste espaço seis anos depois da implementação da feira,

Irene Lau refere apenas que, até então, os produ-tos portugueses estavam presentes, mas através de representantes, tratando-se, pela primeira vez, de uma forma mais “directa” de apresentação.

Esta edição do evento, que dura até ao dia 3 de Agosto, na Doca dos Pes-cadores, conta este ano com mais stands - 102 contra os 87 do ano passado -, estan-do prevista a participação de 129 empresas que irão expor três tipos de mer-cadorias, como “produtos alimentares, artigos de uso diário e artigos para brindes”. No ano passado, a feira atraiu cerca de 137 mil pessoas e registou 40 milhões de patacas em vendas. - A.S.S.

SAER Relatório sugere aproximação de Portugal à ChinaO relatório trimestral da Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco (SAER) sugere uma aproximação do mercado português à China. Citado pela agência Lusa, o economista José Poças Esteves, presidente da SAER, explicou que, no caso de Portugal, o relatório sugere menos dependência em relação à Europa e um maior recurso a “factores de compensação” que passam pelo “bloco lusófono” e pelo bloco chinês, através de Macau. Poças Esteves sublinhou, por outro lado, que o último relatório da SAER confirma que há problemas de crescimento na economia mundial e defendeu uma maior cooperação entre blocos económicos: “Há um reajustamento de blocos económicos, há um reajustamento de poderes económicos que ainda não está feito e tem de haver maior cooperação entre as políticas dos países emergentes e as dos países desenvolvidos”.

102stands

CINCO EMPRESAS PORTUGUESAS NA FEIRADE PRODUTOS MACAU-GUANGDONG

Um pouco mais luso

129empresas

José Poças Esteves

Page 9: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

9 sociedadehoje macau quarta-feira 30.7.2014

FLORA [email protected]

A Federação das Associações dos Operários de Ma-cau (FAOM) e o

Instituto Laboral e de Recur-sos Humanos da Universida-de Renmin da China fizeram em conjunto um estudo sobre as relações laborais e a har-monia de Macau, que con-cluiu que as relações laborais de Macau dependem muito da prosperidade económica. O estudo, diz a FAOM, mos-tra que “após a aparência da harmonia, esconde-se uma crise profunda”.

Segundo o director da FAOM, Cheang Chon Sek, Macau actualmente enfrenta relações laborais complica-das, onde nem sempre é fácil assegurar os direitos dos tra-balhadores. “O estudo mostra que a estrutura dos sectores e as relações laborais estão desequilibradas por causa de uma indústria única – a indús-tria do jogo”, começa por di-zer ao jornal Ou Mun. “Além disso, o Governo da RAEM

O Governo reuniu ontem com a Associação de Técnicos e Engenheiros de Macau

(ATEM) no âmbito da consulta públi-ca sobre o traçado do Metro Ligeiro. Segundo o jornal Ou Mun, Wu Chou Kit, presidente da associação, consi-derou que o traçado na Avenida 1 de Maio é o mais aconselhável e com menos impacto à vida dos cidadãos.

Wong San Fat, vice-presidente da ATEM, também se mostrou favorável em relação ao traçado da Avenida 1 de Maio, por ser mais largo, mas consi-derou que o traçado da Avenida Leste do Hipódromo tem vantagens, porque “incomoda menos os residentes”.

“Como os residentes não são técnicos profissionais, se calhar não podem compreender a situação real do plano, mas as autoridades devem distribuir mais informações aos residentes”, disse o vice-presidente.

Igual opinião tem o presidente da ATEM. “Espero que os responsáveis apresentem mais informações sobre o metro, como os riscos de obras, custos e o tempo da sua execução. Espero que, com as obras do metro, se me-lhorem as infra-estruturas em termos de transporte e a situação confusa dos tubos de esgotos”, disse ainda.

Wong Tong criticou ainda o facto do Governo já ter uma posição em

relação à Avenida 1 de Maio, lem-brando as alterações já efectuadas nos NAPE.

“As autoridades deviam aprender com a experiência do traçado na Rua do Porto e não devem ter uma posição definida. Devem fazer uma maior pro-moção do metro, se não as consultas públicas são falsas”, disse ainda.

O traçado tem início na zona norte da Estação da Flor de Lótus Dourado, passa pela Avenida da Amizade e liga à Estação do Ter-minal Marítimo do Porto Exterior, circulando ao longo do reservatório, antes de entrar na Areia Preta, na zona norte. - F.F.

O Instituto Cultural (IC) confirmou ontem ao HM que está a ela-

borar “um regulamento de pedido de aluguer do Teatro D. Pedro V”, a fim de fornecer um palco para os “artistas locais” poderem actuar.

Ao HM, o IC adiantou ainda que está também prevista uma “reestruturação para 2015” do equipamento e palco do Teatro, para que seja possível a realiza-ção de “mais espectáculos” e em “melhores condições”.

Numa interpelação escri-ta, a deputada Chan Hong reforçava a necessidade de Macau ter “mais espaços para a realização de espectáculos”. Confrontado pelo HM sobre o assunto, o instituto esclarece a pergunta apresentada pela deputada relativamente a possíveis novos espaços na cidade, dizendo que está “a

decorrer um estudo”, ao seu encargo, em que se pretende “encontrar mais locais para actividades culturais”.

Na sua interpelação, Chan Hong explica que os equipa-mentos desactualizados “têm cerca de 20 anos” e limitam “a realização de espectáculos”. O que, segundo a deputada, “leva a alguns grupos de artistas conceituados não quererem actuar em Macau”.

O IC explica que está a “ela-borar uma resposta à interpe-lação” com mais pormenores.

O Teatro D. Pedro V tem sido palco para alguns dos espectáculos do Festival de Artes de Macau e Festival Inter-nacional de Música de Macau e concertos da Orquestra de Macau e Orquestra Chinesa de Macau. O Teatro já esteve aber-to ao público, para espectáculos, segundo a deputada. - HM

A Autoridade Portuária de Zhuhai (APZ) informou que, a partir de hoje, estará aberta uma nova via de circulação de carros entre Zhuhai e Macau. Para conseguir passar a fronteira os veículos devem possuir duas matrículas, uma de Guangdong e outra de Macau, e todos os passageiros, de Hong Kong e Macau, têm de ser portadores do cartão de autorização de circulação para o

interior da China. A viatura não poderá ultrapassar a lotação de sete pessoas. A APZ informou ainda que será proibida a passagem a todos aqueles que não respeitarem os critérios exigidos. Para verificação dos documentos, os passageiros deverão sair dos veículos e deslocarem-se até à zona assinalada para tratar das formalidades normais da passagem da fronteira. - F.F.

OPERÁRIOS ESTUDO MOSTRA RELAÇÃO LABORAL DESEQUILIBRADA

A crise por detrás da harmonia

METRO LIGEIRO ENGENHEIROS A FAVOR DO TRAÇADO NA AV. 1 DE MAIO

O mais aconselhávelIC TEATRO D. PEDRO V VAI TER REGIME DE ALUGUER PARA ARTISTAS

Um palco aberto

O estudo levado a cabo pela FAOM e pelo Instituto Laboral e de Recursos Humanos da Universidade Renmin da China revela várias deficiências no mercado laboral de Macau. As conclusões do relatório apontam o sector do jogo como o grande causador de desiquilíbrios

tem falta de um mecanismo de relações laborais a longo prazo. Quando o Governo intervém no mercado laboral, tem também falta de critérios sistemáticos. Esse é um risco, que impede a construção de relações laborais harmonio-sas”, disse o director ao jornal Ou Mun.

CICLO VICIOSO O estudo revela também que o Governo alargou as políticas aos trabalhadores não residentes (TNR). Em-bora admita que os TNR complementam, de certa maneira, as necessidades do

mercado laboral, a FAOM considera que a sua presença influencia a empregabilida-de dos trabalhadores locais e reduz a remuneração de todo o mercado laboral.

“A actual situação das relações laborais escondem muitos problemas e crises, devido a ser uma estrutura de sector único. O ambiente externo dá impacto às re-lações laborais de Macau, influenciando ainda a falta de mão-de-obra, a estrutura desequilibrada dos recursos humanos e o fraco poder de desenvolvimento das peque-nas e médias empresas.”

“O estudo mostra que a estrutura dos sectores e as relações laborais estão desequilibradas por causa de uma indústria única – a indústria do jogo”CHEANG CHON SEKDirector da FAOM

Fronteira Aberta mais uma via para carros entre Zhuhai e Macau

Page 10: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

10 publicidade hoje macau quarta-feira 30.7.2014

Page 11: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

11CHINAhoje macau quarta-feira 30.7.2014

PUB

ANÚNCIODivisão de coisa comum n.º CV1-13-0188-CPE 1º Juízo

Requerente: HO KA LOK, solteiro, maior, titular do BIRM nº 511xxx9(6), residente na Ilha da Taipa, R.A.E.M., na Avenida Dr. Sun Yat Sen, nº 623, Edifício Hoi Yee Garden, 12º andar “L”.

Requeridos: AO SOK FONG, solteira, maior, titular do BIRM nº 514xxx4(7), residente em Macau, na Rua da Prainha, Edifício Man Heng, 5º, andar “B”; e BANCO WENG HANG, S.A., com sede em Macau, na Avenida de Almeida Ribeiro, nº 221 a 241, R/C.

***

FAZ-SE SABER que nos autos acima indicados são citados os credores desconhecidos dos réus para, no prazo de QUINZE DIAS, que começa a correr depois de finda a dilação de vinte dias, contada da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamar o pagamento dos seus créditos pelo produto do bem sobre que tenha garantia real e que é o seguinte:

ImóvelDenominação: EDIFÍCIO “HOI YEE FA YUEN”, 12º ANDAR MORADIA L12.Localização: TAIPA, RUA DE HONG CHAU NºS 52 – 82; RUA DE LAGOS NºS 51 – 91; AVENIDA DR. SUN YAT SEM (TAIPA) NºS 583 – 659.Finalidade: HABITAÇÃONúmero de matriz: 40701Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: 21875 a fls.105 do Livro B-120A. Número de inscrição da propriedade horizontal: ---

***R.A.E.M., 26 de Junho de 2014.

HM- 1.ª VEZ 30-7-14

A China vai necessitar de aumentar a importação de alimentos de manei-ra a orientar uma parte

maior dos seus escassos recursos hídricos para a produção de ener-gia, especialmente nas regiões áridas mas ricas em carvão como Xinjiang e Ningxia, disse um responsável do sector ambiental do país esta segunda-feira.

O chefe do escritório de avaliação de impacto ambiental do Ministério da Protecção Am-biental, Mu Guangfeng, disse em conferência de imprensa que a China vai precisar de abrir ainda mais as portas para a importação de alimentos do exterior e impor maiores restrições ao consumo de água para a agricultura em regiões como Xinjiang.

O responsável lembrou ainda que a China, o país com a maior indústria manufactureira do mundo, envia milhares de navios para outros países e muitos deles regressam vazios. Enchê-los com grãos seria a solução ideal, adiantou.

“Não podemos ignorar a pro-dução de energia, e se abrirmos a nossa mente um pouco, não será possível restringir o uso de água para a agricultura em lugares como Shaanxi, no norte,

S EIS sobreviventes do naufrágio do ‘ferry’ sul-coreano ‘Sewol’ culparam na segunda-feira a tri-

pulação, que ordenou aos passageiros que se mantivessem nos camarotes, e os serviços de socorro por não ajuda-rem quem ficou preso nos primeiros momentos do acidente.

Os seis estudantes, que testemu-nharam pela primeira vez, reconsti-tuíram os acontecimentos de 16 de Abril último, na primeira audiência de sobreviventes do desastre no pro-cesso contra o capitão do ‘ferry’ e 14 tripulantes.

A acusação mantém que o capitão, Lee Joon-seok, de 69 anos, e três tripulantes abandonaram a embar-cação sem ter em conta a segurança dos passageiros, depois de atrasarem a operação de evacuação do ‘ferry’. Este comportamento pode ter eleva-do o número de mortos, 304 em 476 passageiros. Destes 476, 325 eram alunos no liceu Dawon e deste grupo 75 sobreviveram ao desastre.

De acordo com o relato de uma das estudantes, pelo menos 30 colegas obedeceram às ordens da tripulação e ficaram em fila indiana numa passagem do ‘ferry’, que levava a

uma saída de emergência, enquanto a embarcação se afundava. “Como não chegavam os serviços de socorro, muitos decidiram saltar para o mar. Depois de eu ter saltado, uma onda varreu a saída de emergência e os dez que se encontravam na passagem já não conseguiram sair”, relatou a jovem, de acordo com a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.

Outra estudante afirmou que a guarda costeira sul-coreana recolhia apenas os jovens que se encontravam na água e não actuou para salvar aqueles que continuavam no ‘ferry’ à deriva, apesar de estarem ao alcance das equipas de socorro. “Ficaram parados a ver o barco a afundar-se, mesmo depois de eu lhes ter dito que havia muitas pessoas presas junto à saída de emergência”, afirmou a sobrevivente.

Os seis estudantes foram unânimes ao afirmar que a tripulação insistiu para que ficassem nas cabinas du-rante o afundamento, e pediram ao tribunal “um castigo severo” para os responsáveis.

Depois desta audiência, que decor-reu à porta fechada e sem a presença dos 15 acusados no tribunal de Ansan,

a sul de Seul, vão realizar-se outras para ouvir os testemunhos de dezenas de sobreviventes.

O capitão e três dos tripulantes foram acusados de homicídio por negligência grave, crime passível da pena de morte, embora esta não seja aplicada na Coreia do Sul desde 1997. Os restantes 11 tripulantes foram acu-sados de conduta negligente resultante em morte e podem ser condenados a prisão perpétua.

O processo está a decorrer em Gwangju, a 265 quilómetros a sul de Seul, mas os juízes e advogados des-locaram-se por dois dias ao tribunal de Ansan, onde se situa o liceu, para ouvir os 17 estudantes sobreviventes que aceitaram testemunhar.

Este desastre deixou a Coreia do Sul de luto, traumatizada pela morte de tantos adolescentes.

O “Sewol” parou cerca das 09:00 da manhã, por razões desconhecidas, e a tripulação pediu aos passageiros para não saírem dos lugares e das cabines, durante perto de 40 minutos. Quando o navio começou a afundar era demasiado tarde, os passageiros não conseguiram alcançar as saídas inundadas e ficaram presos. - Lusa

Casal de investigadores da GlaxoSmithKlinevai ser julgadoUm casal de investigadores no caso da britânica GlaxoSmithKline irá a julgamento em 8 de Agosto sob a acusação de compra ilegal de informações pessoais, anunciou um tribunal da China. Peter Humphrey, britânico de 58 anos, e a esposa, a norte-americana Yu Yingzeng, de 61 anos, serão julgados no Tribunal Intermediário do Povo em Xangai. As autoridades chinesas puseram os dois investigadores sob custódia no ano passado depois da Glaxo os ter contratado para investigar um vídeo sexual envolvendo o principal executivo da companhia na China. Segundo um porta-voz da britânica, o vídeo foi feito sem o conhecimento ou consentimento do executivo e enviado por e-mail a outros colegas em Março do ano passado.

REGIÃO

COREIA DO SUL TRIPULAÇÃO DO FERRY E SERVIÇOS DE SOCORRO CULPADOS

Sobreviventes apontam o dedo

“Algumas pessoas dizem que não podemos importar comida, mas o que dizer da energia? Mais de 60 por cento do nosso petróleo é importado”MU GUANGFENG Funcionário do Ministério da Protecção Ambiental

No maior mercado de manufactura do mundo a oferta de água per capita é apenas um quarto da média global

IMPORTAÇÃO DE ALIMENTOS PRECISA DE AUMENTAR

Em nome da água

e quebrar o tabu de usar o espaço dos nossos navios para comprar grãos no exterior?”, perguntou o mesmo.

Os comentários de Mu reflec-tem um amplo debate entre os líderes chineses acerca da me-lhor maneira de usar os recursos hídricos do país, cada vez mais limitados, face a uma crescente procura nas indústrias e nas zonas rurais.

A oferta de água per capita na China é apenas um quarto

da média global e no norte do país a falta do recurso hídrico ameaça descarrilar planos de desenvolvimento de reservas de carvão.

A China já é o maior im-portador de soja e tem vindo gradualmente a abrir o seu mercado para milho estrangeiro. No entanto, o país continua re-lutante em grandes importações de alimentos básicos como trigo e arroz, de acordo com uma meta governamental de manter a taxa de auto-suficiência em alimentos na faixa dos 95 por cento.

“Algumas pessoas dizem que não podemos importar comida, mas o que dizer da energia? Mais de 60 por cento do nosso petró-leo é importado assim como 50 por cento do nosso gás natural”, acrescentou Mu.

Page 12: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

12 hoje macau quarta-feira 30.7.2014EVENTOS

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

HISTÓRIA DE UM CARACOL QUE DESCOBRIU A IMPORTÂNCIA DA LENTIDÃO • Luis Sepúlveda

Os caracóis que vi-vem no prado chama-do País do Dente-de--Leão, sob a frondosa planta do calicanto, estão habituados a

um estilo de vida pachorrento e silen-cioso, escondidos do olhar ávido dos outros animais, e a chamar uns aos outros sim-

plesmente «caracol». Um deles, no entanto, acha injusto não ter um nome e fica es-pecialmente interes-sado em conhecer os

motivos da lentidão. Por isso, e apesar da reprovação dos restantes caracóis, embarca numa via-gem que o vai levar

ao encontro de uma coruja melancólica e de uma tartaruga sábia, que o guiam na compreensão do valor da memória e da

verdadeira natureza da coragem, e o aju-dam a orientar os seus companheiros numa aventura ousada rumo à liberdade.

O Festival Inter-nacional de Mú-sica de Macau (FIMM) vai,

este ano, voltar a organizar workshops de jazz, integrados no programa do festival, com vista a formar mais talentos de jazz locais.

Os “Workshops de Jazz”, que vão ser orientados mais uma vez pelo músico por-tuguês Zé Eduardo e o seu grupo, terão lugar entre os dias

O artista português Nuno Gil foi incluí-do na publicação

britânica “100 Painters of Tomorrow”, resultado de uma selecção entre 4.300 artistas de 40 países, que deverá ser lançada em Setembro deste ano, em Londres, pela editora Thames & Hudson, revela o Diário Digital.

Fonte da galeria Módulo, em Lisboa, disse à agência Lusa que o artista chegou à fase da pré-selecção dos “100 Painters of Tomorrow” (100 pintores do amanhã), num grupo de 400, e foi depois incluído no grupo dos cem artistas cujo tra-balho foi considerado mais interessante, numa visão da arte do futuro.

A publicação, com 288 páginas e 330 ilustrações do trabalho dos artistas, que representam diversas técnicas e estilos - desde a abstracção, figurativo, minimalismo ou realismo mágico - antecederá uma exposição a realizar em Outubro, em Londres.

Da autoria de Kurt Beers, director da galeria Beers Contemporary, na capital britânica, o livro inclui artis-tas de países como o Reino Unido, Estados Unidos,

Turquia Timor- -Leste em Festival de Arte e Cultura O grupo timorense Furak Timor vai participar no Festival de Arte e Cultura de Istambul, na Turquia, em Agosto para promover a dança e a música tradicional de Timor-Leste. “Esta é a primeira vez que o nosso grupo vai participar num festival internacional e é uma oportunidade de partilhar a singularidade do património tradicional de Timor-Leste”, afirmou, em comunicado divulgado ontem à imprensa, o director do grupo Olívio dos Santos. Segundo Olívio dos Santos, o grupo vai estar representado por 22 elementos. O festival, que vai decorrer entre 1 e 9 de Agosto, foi considerado em 2010 e 2011 pelo Conselho Internacional de Organização do Festival de Folclore e Arte Popular como dos melhores do mundo. No festival, o grupo Furak Timor vai também ter oportunidade de vender artesanato timorense e de entregar ao Museu Internacional de Trajes Tradicionais um traje tradicional timorense. O grupo Furak Timor foi criado em 2006 e tem como objectivo divulgar a cultura de Timor-Leste através da dança e da música. - Lusa

Brasil, Canadá, Bélgica, China, Turquia, Índia, Irão, México, Singapura, África do Sul e Polónia.

O júri de selecção dos artistas foi composto pelos curadores de arte Tony Godfrey, Yoko Hasegawa e Gregor Muir, a pintora Cecily Brown, os críticos Suzanne Hudson, Barry Schwabsky e Philip Tinari, a editora e escritora Jacky Klein, a coleccionadora Va-leria Napoleone e o próprio Kurt Beers.

Nascido em Lisboa, em 1983, Nuno Gil fez o curso geral de artes na escola secundária especializada em ensino artístico Antó-nio Arroio, em Lisboa, e é licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

Realizou a primeira ex-posição individual em 2009, na Fábrica Features e, em 2012, no Módulo-Centro Difusor de Arte.

Participou ainda em mais de uma dezena de ex-posições colectivas, sobre-tudo em Lisboa, e também em Madrid.

Tem vindo a desenvolver o seu trabalho em desenho e pintura, em particular.

BRITÂNICOS DESTACAM NUNO GIL

Arte do futuro

Divididos em três níveis,os workshops têm início no dia11 de Agosto, estendendo-se atéao fim do mês. O músico português, Zé Eduardo, voltaa estar à frente da iniciativa

FIMM WORKSHOPS DE JAZZ EM AGOSTO

Talentos precisam-se

11 e 28 de Agosto e integram este ano um programa mais completo, com três níveis - bá-sico, principiante e avançado.

As classes do nível básico “Mini Jazz” destinam-se a maiores de oito e menores de 15 anos, com pelo menos dois anos de experiência em instrumentos musicais ocidentais.

Por sua vez, as clas-ses do nível principiante destinam-se a proporcionar

formação adicional especial em instrumentos musicais, enquanto que as classes do nível avançado procuram reforçar a formação em ac-tuações de improviso e em agrupamento.

Os candidatos aos níveis principiante e avançado só serão aceites mediante entre-vista prévia a realizar no dia 9 de Agosto, devendo os can-didatos ao nível principiante preparar uma peça musical à escolha com três minutos de duração, no máximo. Já os candidatos ao nível avançado deverão escolher um tema de jazz do livro “Real Book” e deverão também incluir pelo menos uma passagem improvisada. Os formandos que mais se destacarem serão convidados para participar na “Sessão de Partilha Musical” a ter lugar no dia 30 de Agosto, na Casa Garden, apresentando

ao público os resultados da sua aprendizagem.

Segundo o comunicado de imprensa, Zé Eduardo é um dos nomes incontornáveis do jazz português e europeu, sendo também pedagogo de jazz, maestro, compositor e professor. Em final dos anos 70 fundou e dirigiu a Escola de Jazz do Hot Club de Portugal e, em 1982, foi convidado e nomeado director pedagógico do Taller de Música, cargo que exerceu durante dez anos. Os instrutores do seu grupo são também pedagogos de jazz, possuindo uma rica experiên-cias educativa.

Os workshops são reali-zados em inglês com inter-pretação para cantonês e as propinas são de 400 patacas para o nível básico, 800 pata-cas para o nível principiante e 1200 patacas para o nível avançado.

Page 13: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

PUB

13 eventoshoje macau quarta-feira 30.7.2014

A China já investiu 280 milhões de yuan para proteger as relíquias

do antigo reino de Koguryo desde que a UNESCO as de-clarou Património Mundial há dez anos atrás.

Com quase 2.000 anos de idade, as propriedades do património cultural em Ji’an, um pequeno distrito

Tibete Construções tradicionais vão ser mais protegidas

FIMM WORKSHOPS DE JAZZ EM AGOSTO

Talentos precisam-se

CARLOS PINTO

CHINA MILHÕES PARA PROTEGER PATRIMÓNIO MUNDIAL

Koguryo preservado

na Província de Jilin, no nor-deste da China, consistem nas cidades montanhosas de Wunu e Wandu, na cidade de Guonei, na Estela do Rei Haotaiwang e em 38 tumbas de reis e nobres de Koguryo.

Dong Feng, director da Administração de Patrimó-nio Cultural de Ji’an, disse à Xinhua que a verba bene-

ficiou mais de 20 projectos, incluindo a preservação de murais nas tumbas, a protec-ção da cidade montanhosa de Wandushan e a construção do Museu de Ji’an, onde mais de 1.000 relíquias culturais estão a ser exibidas numa área de 6.400 metros quadrados.

Por sua vez Jin Xudong, chefe da Administração Pro-vincial de Património Cul-tural que dirige o trabalho arqueológico, salientou que Koguryo foi o primeiro caso de sucesso na China relativo à protecção de um sítio com património histórico.

Consagrado como um grande exemplo da evolu-ção de pedras sobrepostas e construção de tumba de barro, o local representa a criatividade humana na Idade Média, de acordo com a avaliação do Comité de Património Mundial.

Em 2013, o turismo gerou 20% do Produto Interno Bruto da cidade de Ji’an, segundo as estatísticas oficiais.

O Tibete estabeleceu um comité de especialistas para a protecção de construções e arquitecturas tradicionais com a finalidade de preservar melhor a cultura local. O comité é composto por membros de departamentos locais de habitação, desenvolvimento urbano e rural, cultura e finanças, assim como de universidades e academias, disse à Xinhua, Li Xinchang, funcionário do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano e Rural do Tibete. As tarefas principais dos membros, cujo mandato será

de cinco anos, incluem fornecer orientação técnica na protecção de habitação tibetana, apresentar propostas para legisladores, estudar tecnologia e conduzir pesquisas. As construções tradicionais estão a desaparecer face à crescente urbanização chinesa. O Ministério da Habitação e do Desenvolvimento Urbano e Rural estimulou pesquisas sobre construções e arquitecturas tradicionais chinesas, para melhorar o catálogo e documentação de casas antigas, informa a rádio China.

Page 14: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

14 hoje macau quarta-feira 30.7.2014

HUAI NAN ZI 淮南子 O LIVRO DOS MESTRES DE HUAINAN

Da Sabedoria – 107

A insanidade e a sanidade uma à outra se magoam; ganância e natureza uma à outra se magoam. Não podem coexistir; quando uma governa, a outra decai. Como tal, os sábios reduzem o desejo e seguem a natureza.

* * *

Os sábios não são controlados por nomes, nem governados por planos, nem tomados por afazeres, nem regidos pelo intelecto. No informe se escondem; os seus actos são sem rasto e sem rasto seu vaguear. Não trazem a fortuna nem são causa de calamidade; mantêm uma abertura sem egoísmo e agem quando é inevitável.

* * *

Os sábios podem ser negativos ou positivos, fracos ou fortes. Agem, ou se mantêm imóveis, segundo os tempos; conseguem os seus feitos com base em recursos. Quando as pessoas agem, os sábios adivinham as consequências. Quando os eventos têm início, os sábios adivinham como evoluirão.

* * *

Com a arte da Via não é possível procurar fama através da promoção, mas é possível desenvolvermo-nos retirando-nos. Não é possível tirar vantagens, mas é possível evitar danos.Assim, os sábios não buscam fama por seus actos, nem elogio por sua sabedoria. Emulam a própria natureza, de forma a que o ego não esteja envolvido.

* * *

Os sábios fazem as coisas quando ainda são pequenos e, assim, conseguem suplantar os grandes. Vêem as coisas que estão perto para estarem cientes das coisas à distância.

* * *

Os sábios não se envergonham de um baixo estatuto social, mas envergonham-se de não porem em prática a Via. Não se inquietam que sejam curtas suas vidas, mas preocupam-se com o sofrimento da gente comum.

* * *

Sendo tão evidente que se preocupam com os outros, não será contraditório chamá-los inactivos?

Tradução de Rui Cascais | Ilustração de Rui Rasquinho

Huai Nan Zi (淮南子), O Livro dos Mestres de Huainan foi composto por um conjunto de sábios taoistas na corte de Huainan (actual Província de Anhui), no século II a.C., no decorrer da Dinastia Han do Oeste (206 a.C. a 9 d.C.). Conhecidos como “Os Oito Imortais”, estes sábios destilaram e refinaram o corpo de ensinamentos taoistas já existente (ou seja, o Tao Te Qing e o Chuang Tzu) num só volume, sob o patrocínio e coordenação do lendário Príncipe Liu An de Huainan. A versão portuguesa que aqui se apresenta segue uma selecção de extractos fundamentais, efectuada a partir do texto canónico completo pelo Professor Thomas Cleary e por si traduzida em Taoist Classics, Volume I, Shambhala: Boston, 2003. Estes extractos encontram-se organizados em quatro grupos: “Da Sociedade e do Estado”; “Da Guerra”; “Da Paz” e “Da Sabedoria”. O texto original chinês pode ser consultado na íntegra em www.ctext.org, na secção intitulada “Miscellaneous Schools”.

hARTE

S, L

ETRA

S E

IDEI

AS

Page 15: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

15 artes, letras e ideiashoje macau quarta-feira 30.7.2014

A insanidade e a sanidade uma à outra se magoam. Quando uma governa, a outra decai.

Page 16: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

hoje macau quarta-feira 30.7.201416 publicidade

Page 17: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

17 publicidadehoje macau quarta-feira 30.7.2014

Page 18: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

18 publicidade hoje macau quarta-feira 30.7.2014

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 301/AI/2014

-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora 林玉蘭(Portadora do Bilhete de Identidade de Residente da R.P.C. n.° 36012219650515xxxx), que na sequência do Auto de Notícia n.° 25.1/DI-AI/2013 de 28.02.2013, levantado pela DST, por prestação ilegal de alojamento da fracção autónoma situada na ravessa da Sé n.° 8, Edifício Lueng Heng 1.° andar A, Macau, bem como por despacho da signatária de 17.07.2014, exarado no Relatório n.° 540/DI/2014, de 14.07.2014, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas), e ordenada a cessação imediata da prestação ilegal de alojamento no prédio ou da fracção autónoma em causa, nos termos do n.°1 do artigo 10.° e n.°1 do artigo 15.°, todos da Lei n.° 3/2010. ---------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. ---------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. -------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. --------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 17 de Julho de 2014.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 327/AI/2014

-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora CAI CHUNHUA (portadora do passporte da R.P.C. n.° G39959XXX), que na sequência do Auto de Notícia n.° 91/DI-AI/2012 de 24.08.2012, levantado pela DST, por prestação ilegal de alojamento da fracção autónoma situada na Rua do Terminal Maritimo, n.os 93-103, Edf. Centro Internacional de Macau, Bloco 2, 14.° andar A, bem como por despacho da signatária de 17.07.2014, exarado no Relatório n.° 565/DI/2014, de 08.07.2014, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas), e ordenada a cessação imediata da prestação ilegal de alojamento no prédio ou da fracção autónoma em causa, nos termos do n.°1 do artigo 10.° e n.°1 do artigo 15.°, todos da Lei n.° 3/2010. ----------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -----------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. ----------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. ---------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 17 de Julho de 2014.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 328/AI/2014

-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora CAI CHUNHUA (portadora do passporte da R.P.C. n.° G39959XXX), que na sequência do Auto de Notícia n.° 91.1/DI-AI/2012 de 24.08.2012, levantado pela DST, por quem angariar pessoa com vista ao seu alojamento na fracção autónoma situada na Rua do Terminal Maritimo, n.os 93-103, Edf. Centro Internacional de Macau, Bloco 2, 14.° andar A e utilizada para a prestação ilegal de alojamento, bem como por despacho da signatária de 17.07.2014, exarado no Relatório n.° 566/DI/2014, de 08.07.2014, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $20.000,00 (vinte mil patacas), nos termos do n.° 2 do artigo 10.° da Lei n.° 3/2010. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -----------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. ----------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. ---------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 17 de Julho de 2014.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 366/AI/2014

-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora XIAO, XIAOYING (portadora do Passaporte da China n.° E00918XXX), que na sequência do Auto de Notícia n.° 40/DI-AI/2013 de 16.04.2013, levantado pela DST, por controlar a fracção autónoma situada na Rua de Cantao, n.° 72-R, Edf. I San Kok, 30.° andar F e utilizada para a prestação ilegal de alojamento, bem como por despacho da signatária de 17.07.2014, exarado no Relatório n.° 624/DI/2014, de 09.07.2014, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas), e ordenada a cessação imediata da prestação ilegal de alojamento no prédio ou da fracção autónoma em causa, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e n.° 1 do artigo 15.°, todos da Lei n.° 3/2010. -------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -----------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. ----------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. ---------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 17 de Julho de 2014.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 58/2014(Solicitação de Comparência do Trabalhador)

Nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugadas com o artigo 58.º e n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de11 de Outubro, notifica-se o sr. ALMENDRAS CHRISTHOPHER CABIGAS, ex-trabalhador da sociedade “COMPANHIA DE SEGURANÇA CHONG HAP”, LIMITADA”, para no prazo de 10 (dez) dias, a contar do primeiro dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, comparecer no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, a fim de prestar declarações no processo n.º 1826/2013, proveniente da queixa apresentada nestes Serviços em 26/2/2013 e relativamente à matéria de compensação do trabalho extraordinário.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 17 de Julho de 2014.

A Chefe do DIT

Lurdes Maria Sales

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO PARA

“Embelezamento da Rua da Encosta e Acesso pedonal entre ZAPE e Guia –Obra da Passagem Inferior Para Peões II”

1. Entidade que põe a obra a concurso: Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.2. Modalidade de concurso: Concurso Público.3. Local de execução da obra: Cruzamento da Calçada da Vitória com a Estrada dos Cacilhas,Guia.4. Objecto da Empreitada: Construção de passagem inferior para peões e elevadores ligando à zona de lazer inferior de Pavilhão de “Cheoc

Kung”e Calçada da Vitória.5. Prazo máximo de execução: 540 dias (quinhentos e quarenta dias).6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do encerramento do acto público

do concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por Série de Preços. 8. Caução provisória: $920 000,00 (novecentas e vinte mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-

caução aprovado nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos pagamentos

parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).10. Preço Base: não há.11. Condições de Admissão: Serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem como as

que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: Secção de Atendimento e Expediente Geral da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, R/C, Macau;Dia e hora limite: dia 3 de Setembro de 2014 (quarta -feira), até às 12:00 horas.Em caso de encerramento desta Direcção de Serviços na hora limite para a entrega de propostas acima mencionada por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora limites estabelecidas para a entrega de propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte.

13. Local, dia e hora do acto público do concurso :Local: Sala de reunião da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 5º andar, Macau;Dia e hora: dia 4 de Setembro de 2014 (quinta -feira), pelas 9:30 horas.Em caso de adiamento da data limite para a entrega de propostas mencionada de acordo com o número 12 ou em caso de encerramento desta Direcção de Serviços na hora estabelecida para o acto público do concurso acima mencionada por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora estabelecidas para o acto público do concurso serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público do concurso para os efeitos previstos no artigo 80º do Decreto-Lei n.º74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Línguas a utilizar na redacção da proposta:Os documentos que instruem a proposta (com excepção dos catálogos de produtos) são obrigatoriamente redigidos numa das línguas oficiais da RAEM, caso os documentos acima referidos estiverem elaborados noutras línguas, deverão os mesmos ser acompanhados de tradução legalizada para língua oficial, e aquela tradução deverá ser válida para todos os efeitos.

15. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: Departamento de Infraestruturas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 16º andar, Macau;Hora: horário de expediente (Das 9:00 às 12:45 horas e das 14:30 às 17:00 horas)Na Secção de Contabilidade da DSSOPT, poderão ser solicitadas cópias do processo de concurso ao preço de $880,00 (Oitocentas e oitenta patacas).

16. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:- Preço razoável 55%;- Plano de trabalhos 15%;- Experiência e qualidade em obras 18%;- Integridade e honestidade 12%.

17. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer no Departamento de Infraestruturas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 16º andar, Macau, a partir de 11 de Agosto de 2014 (inclusivé) e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.Macau, aos 23 de Julho de 2014.

A Directora dos Serviços, Substa Chan Pou Ha

Page 19: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

19hoje macau quarta-feira 30.7.2014 ócios / negóciosMARTA MARQUES CONSULTORIA (FITNESS E PT) MARTA MARQUES, FUNDADORA

TRABALHO DOIS EM UM

“A língua é, sem dúvida, uma das maiores barreiras para encontrar trabalho aqui. Tal como os ‘lobbies’. Infelizmente, há sempre alguém que chega primeiro”

LEONOR SÁ [email protected]

A S aulas de fitness de Marta Baptista Marques começaram em Outubro de 2012, quando a licenciada em

Marketing estava ainda a trabalhar na Associação de Advogados de Macau. No entanto, a ideia acabou por ganhar diferen-tes contornos e a treinadora ‘marketeer’ decidiu abandonar o trabalho das 9 às 18 horas, para se dedicar a tempo inteiro àque-la que viria a ser a sua própria empresa, a Marta Marques Consultoria. O ramo mais conhecido do seu recente negócio são as aulas de Fitness e as sessões de Personal Training, que contam já com várias inscri-ções, nomeadamente de pré-adolescentes a partir dos 11 anos.

As aulas são dadas nos ginásios de dois conjuntos residenciais da Taipa e contam com várias horas por semana ao final da tarde. Também os sábados de manhã são dedicados à ginástica. As aulas começaram com alunas maioritariamente portuguesas, mas hoje em dia 60% das alunas são de etnia chinesa.

A jovem de 34 anos é licenciada em Gestão de Empresas, pelo Instituto Uni-versitário de Lisboa (ISCTE), e conhece bem o mercado da organização de eventos, já que também fez uma pós-graduação nesta área. Veio para Macau há três anos mas confessa que é “muito complicado” arranjar trabalho na área do marketing em Macau e aponta a falta de conhecimento de língua chinesa e os ‘lobbies’ existentes no território como os dois principais obs-táculos. “A língua é, sem dúvida, uma das maiores barreiras para encontrar trabalho aqui. Tal como os ‘lobbies’. Infelizmente, há sempre alguém que chega primeiro.”, conta Marta ao HM.

No fitness, tudo começou com a ideia de quatro amigas, que sugeriram a Marta que recomeçasse a dar as aulas de ginástica que lecciona em regime de tempo parcial durante a licenciatura. “Elas precisavam de fazer ginástica e queixavam-se que não havia nada de jeito em Macau. Comecei com essas amigas e fiz um grupo no Face-book, onde se juntaram mais. Inicialmente, éramos dez pessoas às segundas, quartas e sextas”, explicou ao HM. Despendeu, du-rante vários meses, oito horas diárias dentro do escritório de advogados, dedicando-se, das 18 às 20 horas às aulas de ginástica. Hoje em dia, a grande maioria dos ins-critos nas aulas são mulheres, mas Marta confessa, com orgulho, que “já começam a haver homens interessados”. Lamenta que sejam “poucos”, mas está ciente de que ainda existe algum preconceito social com o facto dos homens participarem em

É essencialmente conhecida como “a professora de ginástica do Facebook”, uma vez que é o seu meio de divulgação de eleição. Marta Marques conjuga os seus conhecimentos académicos de Marketing com o desporto e hoje em dia dá aulas em dois ginásios de empreendimentos residenciais, além de trabalhos de consultoria

aulas. “Eles têm vergonha, mas é muito giro trabalhar com homens”, diz.

FLEXIBILIDADE DE CARTEIRA E HORÁRIOSNo início, as aulas eram dadas no ginásio dos edifícios residenciais Nova City, na Taipa, mas a iniciativa começou a ter pernas para andar e hoje em dia, Marta só deseja que as rendas fossem mais baixas para que fosse possível alugar um espaço onde pudesse dar as suas aulas sem ter que depender da disponibilidade de parte de um ginásio colectivo. Os horários estabeleci-dos para as aulas são flexíveis porque, de acordo com a professora, o mundo já não está preparado para afiliações. “Ninguém se quer afiliar a uma coisa que precise de rigor. Decidi começar a fazer horários flexíveis, depois de uma amiga minha me ter explicado que aqui em Macau muitas pessoas trabalham por turnos e não podem afiliar-se a uma coisa que precise de rigor e horários pré-estabelecidos”, disse ao HM.

GINÁSTICA E NÃO SÓPara além das aulas de ginástica e de todo o trabalho de marketing e publicidade que estão sobre os ombros de Marta dia após dia, a desportista tem ainda tempo para se dedicar aos outros ramos da empresa. Outras actividades esporádicas incluem consultoria de imagem, venda de produtos e marketing pessoal e Marta confessa-se disposta a fazer parcerias com outras empresas no âmbito da organização de iniciativas, por exemplo. “Consultoria de imagem consiste em ajudar uma pessoa a perceber que roupas lhe ficam melhor de acordo com a cor da pele, o estilo de cabelo... Ir às compras com a pessoa e ajudá-la a organizar o seu armário, por exem-plo”, disse Marta, quando questionada pelo HM sobre em que consiste a consultoria de imagem, uma das tarefas que mais prazer dá à ‘marketeer’.

“Neste momento tenho seis ou sete pessoas à espera [para fazer as sessões de aconselhamento]. Mais uma vez, o grande problema é a língua, porque as pessoas que têm mais dinheiro e estão dispostas a inves-tir em serviços deste género falam chinês. Já arranjei uma pessoa que me pode fazer a tradução, mas é complicado ir às compras com uma tradutora”, lamentou. Porém, são os produtos que permitem que a desportista faça mais negócios. “As pessoas começam a já não acreditar em produtos tipicamente chineses”, justificou Marta.

Para já, as aulas de Fitness e as sessões de Personal Training são para manter e como há que agradar a gregos e troianos, a treinadora e empresária está já a ponderar criar mais sessões de Insanity – aulas de grande esforço baseadas em exercícios combinados – para alunos do sexo mas-culino. Está ainda a pensar em começar a dar aulas de hip-hop para quem precisa de um pouco mais de actividade.

Page 20: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

20 DESPORTO hoje macau quarta-feira 30.7.2014

PUB

WWW. IACM.GOV.MO

Para comemorar a 40.ª época seguida na 1.ª divisão, o clube reúne uma equipa engraçada para assustar os grandesRUI MIGUEL TOVARin Jornal i

O quarto grande, muito se fala sobre o quarto grande do futebol português.

O Belenenses reclama para si esse título, com base no primeiro lugar em 1945-46, e o Boavista rouba-lhe o protagonismo em 2000-01. Como se não bastasse, um outro B intromete-se nesta discussão: é o Braga. Mas como,

Futebol Portugal chega à finaldo Europeu de sub-19A selecção portuguesa de sub-19 venceu a Sérvia no desempate por penáltis e vai disputar a final do torneio com a Alemanha. Portugal qualificou-se para a final do Europeu sub-19 de futebol, ao eliminar a campeã Sérvia, por 4-3, no desempate por grandes penalidades, após um empate a zero ao fim de 120 minutos no Pancho Arena, em Felcsut, Hungria. Tal como em 2013, as duas equipas não conseguiram definir o finalista em 120 minutos, mas desta feita Portugal foi mais eficaz, falhando apenas uma vez, por Tomás Podstawski, enquanto pelos sérvios desperdiçaram Gacinovic e Milinkovic-Savic. Na final, Portugal, que procura o segundo título e chega 11 anos depois de novo à final, vai encontrar a Alemanha, que goleou a Áustria, por 4-0.

Águias não desistem de RomeroA transferência do internacional argentino Sergio Romero (Sampdoria) para o Benfica estará mais complicada, mas o clube português ainda não terá atirado a tolha ao chão, segundo noticia A BOLA. As exigências salariais pretendidas por Romero são muito elevadas e a direcção do Benfica estará a trabalhar para tentar arranjar um solução.

BRAGA GRANDE INVESTIMENTO PARA SER O QUARTO GRANDE

Prémio regularidade

se tem cerca de zero títulos de campeão e só um vice, em 2010? Pois...

Para já, há o tema da regulari-dade. Recuemos 40 anos, até ao início da liga 75-76. Saúdam-se os regressos de Braga e Beira--Mar nos lugares de Olhanense e Espinho. Seguem-se o cam-peão Benfica e os restantes 13 sobreviventes entre FC Porto, Sporting, Belenenses, Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal, Leixões, Académica, U. Tomar, CUF, Farense, Estoril, Atlético e

Boavista. Daí para cá, o futebol português dá voltas e voltas, há campeonatos com 18 equipas, até 20, de novo 16, agora 18. Nesse hiato temporal, quatro equipas há que não saem do lugar: os três grandes mais o Braga - e em 14 desses anos o Braga acaba no top 5.

Começámos com o passa-do-presente (atenção, o Braga chega à final da Liga Euro-pa-2011), damos agora um salto para o futuro-recente. O presidente chama-se António

Salvador, o treinador Sérgio Conceição. Há ali química. À fome de ganhar junta-se o po-der do dinheiro para corrigir o 9º lugar de 2013-14 (e a dupla eliminação das taças aos pés do Rio Ave) e ir mais além.

Os reforços fazem fila, com destaque para o guarda-redes Matheus (América Mineiro, Brasil), o lateral-direito Mar-celo Goiano (Académica), o central Wallace (Cruzeiro). Alto lá e pára o baile. Este menino Wallace tem só 19 anos, é campeão do Torneio de Toulon-2013 pela selecção brasileira, mede 1,91 metros e a totalidade do seu passe custa 9,5 milhões de euros à Gestifute (empresa de Jorge Mendes), que o cede ao Braga.

Siga o baile. O lateral-es-querdo Tiago Gomes (Estoril), quem sabe outro lateral-es-querdo com Djavan (Benfica), o médio Pedro Tiba (Vitória de Setúbal) e os avançados Jonathan Rodríguez (Peñarol, Uruguai) mais Ghilas (FC Por-to). Dá que pensar, não dá? Quer dizer, temos de juntar ainda os históricos Custódio, Alan, Ader-lan, Paulo Vinicius, Luiz Carlos, Hugo Vieira, Rafa Silva, Éder, Hélder Barbosa e voilà temos equipa para dar que pensar.

ANÚNCIO“ Fornecimento, ao IACM, de Combustíveis e Lubrificantes, no ano 2015”

Concurso Público no. 002/IACM/2014

Avisam- se todos os interessados que se encontra aberto concurso público para o “Fornecimento, ao IACM, de Combustíveis e Lubrificantes, no ano 2015” , nos termos do despacho da Secretária para a Administração e Justiça, de 21 de Julho de 2014. A lista dos produtos é a constante do quadro anexo ao caderno de encargos do presente concurso.

O programa de concurso e o caderno de encargos podem ser obtidos, todos os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro no. 163, r/c, Macau.

O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 15 de Setembro de 2014. Os concorrentes ou seus representantes devem entregar as suas propostas e documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IACM, sito na Sede do IACM, ou remetê-los pelo correio sob registo e com aviso de recepção, bem como prestar a caução provisória de MOP25.000,00 (vinte e cinco mil patacas). A caução provisória pode ser efectuada, na Tesouraria da Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros do IACM, sita no mesmo edifício no.163, r/c, por depósito em dinheiro, cheque, garantia bancária ou seguro-caução, em nome do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.

O acto público de abertura das propostas realizar-se-á no auditório do Centro de Formação do IACM, sita na Avenida da Praia Grande, no.804, Edf. China Plaza 6.o

andar, pelas 10:00 horas do dia 16 de Setembro de 2014.

Macau, aos 24 de Julho de 2014

O Presidente do Conselho de Administração

Vong Iao Lek

Page 21: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

TEMPO POUCO NUBLADO MIN 27 MAX 34 HUM 60-90% • EURO 10.7 BAHT 0.2 YUAN 1.2

ACONTECEU HOJE 30 DE JULHO

Pu Yi

LÍNGUADE gATO

hoje macau quarta-feira 30.7.2014 (F)UTILIDADES 21

João Corvo fonte da inveja

Nasce Eunice Muñoz, uma das maiores actrizes portuguesas• No dia 30 de Julho de 1928, nasceu, na Amareleja, Eunice Muñoz, mulher das Artes que viria a cumprir o sonho de ser actriz, tornando-se numa referência da representação em Portugal.É considerada uma das melhores actrizes portuguesas de todos os tempos, uma referência, no cinema, na televisão e, sobretudo, no teatro, chão que ainda pisa, numa carreira notável.Hoje é dia de fazer uma vénia a Muñoz, no dia em que cumpre mais um aniversário de um longa vida, que será sempre curta de mais, em virtude da dimensão do seu trabalho e do seu contributo para a arte que encarnou, desde muito jovem.Membro de uma família de actores, Eunice Muñoz aprendeu a lidar com o teatro. A estreia dá-se em 1941, na peça ‘Ven-daval’, de Virgínia Vitorino, com a Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro, no Teatro Nacional D. Maria II.Poucas representações bastaram para se perceber a imen-sidão do seu talento. Palmira Bastos, Raul de Carvalho, João Villaret e Amélia Rey Colaço reconheceram o diamante em bruto, que teria de ser lapidado naquela companhia. Como aluna da Escola de Teatro Conservatório Nacional, torna-se célebre em ‘A Casta Susana’, de Georg Okonkowikski. Termina o Conservatório, com 18 valores.Eunice vai sendo lapidada – popularizando-se no Teatro Variedades, ao lado de Vasco Santana e Mirita Casimiro –, até que em 1946 se estreia no cinema. E fá-lo com distinção, com uma representação premiada, no filme ‘Camões’, de Leitão de Barros.Apesar de ter encarnado diversas artes, entre as quais a declamação de poemas, o teatro foi sempre a sua casa e em décadas de carreira contracena com grandes nomes, em peças de grandes autores, nos maiores palcos nacionais.

Quem lhe deu aquilo? Ora, no meio disto tudo das eleições para o Chefe do Executivo, de candidatos para lá e candidatos para cá, o que, no fundo, quero saber é quem é que deu 23 assinaturas ao Wong Wai Man. O activista - que acredita que conseguir 400 assinaturas de apoio de residentes lhe dava o lugar de Chefe do Executivo – jura a pés juntos que 23 membros da Comissão Eleitoral assinaram os boletins de propositura para que conseguisse ser candidato. Ele não mostrou as proposituras, que eu saiba, pelo que me disseram... claro que, como gato que sou, esta foi a primeira coisa que eu quis saber. Mas, se de facto, Wong conseguiu reunir as 23 assinaturas, eu pergunto: como? Alguma coisa aqui não está bem. Quem é que, de membros da Comissão, escolhidos a dedo, vai apoiar um activista? Será que isto é imaginação do aspirante a candidato ou será que é truque de alguns membros da Comissão, para fazer o senhor feliz e mostrar que, afinal, meus caros, há sempre esperança? Hmm... não sei bem o que aconteceu aqui, mas a verdade é que estou com as pulgas atrás das orelhas – hojesão várias.

C I N E M ACineteatro

SALA 1DAWN OF THE PLANET OF THE APES [B]Um filme de: Matt ReevesCom: Jason Clarke, Gary Oldman, Keri Russel14.30, 16.45, 21,30

DAWN OF THE PLANET OF THE APES [3D] [B]Um filme de: Matt ReevesCom: Jason Clarke, Gary Oldman, Keri Russel19.15

SALA 2PLANES 2: FIRE & RECUE [A]FALADO EM CANTONÊSUm filme de: Bobs Gannaway14.30, 16.15, 19.45

PLANES 2: FIRE & RECUE [3D] [A]FALADO EM CANTONÊS

Um filme de: Bobs Gannaway18.00

DELIVER US FROM EVIL [C]Um filme de: Scott DerricksonCom: Eris Bana, Edgar Ramirez, Olivia Munn, Sean Harris21.30

SALA 3STEP UP ALL IN [B]Um filme de: Trish SieCom: Alyson Stoner, Biana Evigan, Ryan Gusman, Adam G. Sevani14.30, 16.45, 21.30

STEP UP ALL IN [3D] [B]Um filme de: Trish SieCom: Alyson Stoner, Biana Evigan, Ryan Gusman, Adam G. Sevani19.15

Uma mulher ferida deita-se na cama e desabafa os prazeres de uma vida. É assim o começo do filme “Ninfomaníaca”, que conta a história de uma mulher viciada em sexo. Filme polémico desde o primeiro minuto em que surgiu nos cinemas, é uma película dividida em duas partes que, mais do que chocar, faz pensar sobre a presença do sexo na vida de um ser humano, mas também nos sentimentos contraditórios que pode des-poletar. - Andreia Sofia Silva

NINFOMANÍACALARS VON TRIER

H O J E H Á F I L M E

Sem culpa, nem pudor: assim deves caminharsobre as águas até chegares a mim.

Page 22: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

hoje macau quarta-feira 30.7.201422 publicidade

Page 23: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

PUB

hoje macau quarta-feira 30.7.2014

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Cecília Lin; Flora Fong (estagiária); Leonor Sá Machado; Ricardo Borges (estagiário) Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Agnes Lam; Arnaldo Gonçalves; Correia Marques; David Chan; Fernando Eloy ; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau Pineda; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

Um banco dentro do toucado

23OPINIÃO

A paixão do coleccionis-mo parece ter tomado conta do povo portu-guês. As colecções de moedas são estimu-lantes apenas até certo ponto, e por isso os portugueses dedicam--se agora a coleccionar bancos. É a piscina

dos grandes da numismática. O valor das moedas depende da sua raridade e do seu estado de conservação. Suponho que com os bancos suceda o mesmo.

Até agora, os portugueses só consegui-ram adquirir bancos mal conservados, mas começa a ser uma colecção que impressio-na, uma vez que são todos muito raros. O

RicaRdo aRaújo PeReiRain Visão

BPN foi o primeiro, e por isso será sempre especial, mas o coleccionismo é um vício, e por isso vamos comprando outros, devagari-nho. Esta mega-numismática requer alguns cuidados. O cidadão que deseje continuar a comprar bancos fará melhor se tirar o seu dinheiro dos bancos. É mais fácil comprar os bancos a prestações, através dos impostos, do que investir as poupanças todas de uma vez, ficando sem elas.

O melhor método, e o mais seguro, parece ser o mais antigo: guardar o dinheiro no col-chão. O meu colchão tem várias vantagens. A primeira é que sou eu quem lhe faz a supervi-são, e tenho mais tempo para lhe dar atenção do que o Banco de Portugal. Todos os dias, verifico se o meu colchão abriu offshores nas ilhas Caimão, ou se perdeu milhões em Angola. Até agora, nada. Tem sido um bom colchão, não só a gerir os meus activos como a

proporcionar suporte lombar o que os bancos, aliás, sempre negligenciaram.

A segunda vantagem é o rigor e a estabili-dade que o colchão me proporciona. Todos os dias saem novas notícias sobre as desavenças e dívidas da família Espírito Santo. Mas a família Molaflex mantém o recato e a discrição próprias dos grandes banqueiros de antigamente.

O poeta Nicolau Tolentino escreveu um soneto divertido sobre a moda da sua época. As senhoras usavam penteados muito volumosos, e o poema contava a história de uma moça que tinha um colchão escondido no toucado. Hoje, a moda já não ameaça os colchões. E, embora os banqueiros usem, quase todos, o cabelo bem aparado, muitos conseguem levar um banco inteiro escondido na algibeira. Mais um ponto a favor dos colchões.

“A paixão do coleccionismo parece ter tomado conta do povo português. As colecções de moedas são estimulantes apenas até certo ponto, e por isso os portugueses dedicam-se agora a coleccionar bancos”

Page 24: Hoje Macau 30 JUL 2014 #3142

hoje macau quarta-feira 30.7.2014

Referendo Decisão do TUI conhecida hojeO recurso sobre a legalidade do referendo civil encabeçado pela Sociedade Aberta de Macau será discutido hoje pelo Tribunal de Última Instância, (TUI). A função de juiz relator foi entregue a Song Man Lei, também presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo (CAECE), que estará acompanhada pelos juízes adjuntos, Sam Hou Fai, presidente do TUI e Viriato Lima. A sessão está marcada para as 16 horas.

Gaza 110 mortos em 24 horas Gaza enfrentou ontem um dos seus piores bombardeamentos em 22 dias de conflito, com pelo menos 110 palestinianos mortos, um dia depois do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter alertado para uma «ofensiva prolongada» em Gaza. De acordo com fontes palestinianas na ONU, mais de 110 palestinianos, a maioria civis, morreram nas últimas 24 horas, ultrapassando 1.100 desde 8 de Julho. Até segunda-feira, tinha sido mortas 229 crianças. Ainda segundo a ONU, moradores de 40% de Gaza receberam um alerta para que deixassem as suas casas esta terça-feira. No total, 182.604 pessoas (10% da população da faixa) já estão refugiados em 82 abrigos da UNWRA.

PUB

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 379/AI/2014-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 黃修堤(portador do passaporte da RPC n.o E00719xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.o 36/DI-AI/2013, de 30.03.2013, levantado pela DST e por despacho da signatária de 17.07.2014, exarado no Relatório n.o 645/DI/2014, de 08.07.2014, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório, por controlar a fracção autónoma situada na Avenida do Dr. Rodrigo Rogrigues n.o 1142-M, Edf. Centro Internacional de Macau, Bloco 12, 11.o andar A e utilizada para a prestação ilegal de alojamento. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele Auto de Notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito. Nos termos do n.o 2 do artigo 14.o da Lei n.o 3/2010 não é admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A matéria constante daquele Auto de Notícia constitui infracção ao artigo 2.o da Lei n.o 3/2010, tal facto é punível nos termos no n.o 1 do artigo 10.o da Lei n.o 3/2010. ---------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício �Centro Hotline�, 18.o andar, Macau.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 17 de Julho de 2014.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

U M antigo membro do comité permanente do Partido Co-munista Chinês (PCC), prin-cipal órgão partidário, vai ser

investigado “por graves violações da disciplina”, uma expressão usada para casos de corrupção, anunciou ontem a agência oficial chinesa Xinhua.

Zhou Yongkang, que saiu do co-mité permanente do PCC em 2012, torna-se assim um dos principais responsáveis chineses a ser inves-tigado desde o famoso “bando dos quatro”, uma facção que incluía a viúva do fundador do partido Mao Tse-tung, em 1980.

M UÇULMANOS ex-tremistas da região ocidental chinesa

de Xinjiang foram para o Médio Oriente obter treino, chegando alguns a entrar no Iraque para participar na cres-cente irrupção de violência no país, disse esta segunda--feira o enviado especial da China para a região.

A China tem vindo a ex-pressar repetidamente a sua preocupação sobre o surto de violência no Iraque e o avanço do grupo Estado Is-lâmico do Iraque e o Levante (EIIL), que conquistou uma grande porção de território no norte do país e levou ao colapso das forças do gover-no iraquiano.

A Coreia do Norte denunciou as alegações de que o país fornecia mísseis ao Hamas e

material para apoiar o Hezbollah como “pura ficção” e um esforço “sinistro” para ligar Pyongyang aos conflitos no Médio Oriente.

A informação do Ministério dos Negó-cios Estrangeiros norte-coreano foi difun-dida na segunda-feira pela agência KCNA, e segue uma informação divulgada no fim de semana pelo britânico Daily Telegraph, o qual citava fontes de segurança ocidentais indicando que o movimento islamita Hamas tinha realizado um pagamento inicial à Co-reia do Norte para adquirir mísseis adicionais e equipamentos de comunicação.

Além disso, a informação é veiculada

dias depois de um juiz de um tribunal fe-deral em Washington ter determinado que a Coreia do Norte forneceu armamento ao Hezbollah no Líbano.

“Isto é um sofisma sem fundamento e pura ficção promovidos pelos Estados Unidos para isolar (a Coreia do Norte) internacionalmente”, refere o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pyongyang.

“Na base dessa propaganda está a intenção sinistra de os EUA justificarem os seus actos criminosos de apoio a Israel”, indica, acusan-do Washington de tentar instigar o sentimento anti-Pyongyang, ligando a Coreia do Norte às disputas no Médio Oriente. - Lusa

Coreia do Norte rejeita acusações de venda de armas ao Hamas e Hezbollah

EXTREMISTAS CHINESES A COMBATER NO IRAQUE

De Xinjiang para o Médio Oriente

PCC ANTIGO MEMBRO DO COMITÉ PERMANENTE SOB INVESTIGAÇÃO

Já não há intocáveisAntes, entre 2002 e 2007, ocupou

as funções de ministro da Segurança Pública chinesa.

Zhou era um dos aliados do di-rigente político caído em desgraça Bo Xilai.

O processo vai ser conduzido pela comissão central de investi-gação disciplinar (CCDI, sigla em inglês), órgão responsável por estes casos, acrescentou a Xinhua.

A decisão foi tomada no âmbito dos regulamentos partidários em vigor, de acordo com a Xinhua.

A medida deverá ter repercus-sões em todo o sistema político chinês, uma vez que até aqui os membros do partido eram conside-ráveis intocáveis, mesmo depois de reformados.

Durante meses, aliados de Zhou na sua zona de influência, na pro-víncia de Sichuan (sudoeste), e na petrolífera estatal chinesa CNPC, têm sido alvos de investigações da CCDI.

De 2007 a 2012, Zhou Yongkang integrou o comité permanente do PCC, um grupo de sete pessoas (incluindo o presidente e o primeiro--ministro) que toma as decisões mais importantes na China.

A investigação a Zhou Yongkang, aliado de Bo Xilai, vem acabar com a imunidade dos membros do comité permanente do PCC que eram consideráveis intocáveis, mesmo depois de reformados

O EIIL mudou o seu nome para Estado Islâmico e proclamou a criação de um califado nos territórios que ocupou na Síria e no Iraque.

Wu Sike, que retornou recentemente da região, disse a repórteres que a China estava extremamente preocupada sobre o papel de grupos extremistas que estão a combater na Síria e no Iraque.

“Esses extremistas vêm de países islâmicos, da Eu-ropa, da América do Norte

podem estar no Médio Oriente, ou a combater ou a treinar, mas disse estimar, com base em relatos da im-prensa internacional, que o número seja de cerca de 100 pessoas.

Os serviços de inteli-gência dos Estados Unidos estimam que entre sete mil a 23 mil extremistas vio-lentos que estão a operar na Síria são combatentes estrangeiros, a maioria dos quais proveniente da Europa.

e da China. Após ficarem imersos em ideias extre-mistas, quando voltam para casa eles representam um desafio e um risco severo à segurança desses países”, acrescentou Wu, que tem 40 anos de experiência diplo-mática no Médio Oriente e fala árabe.

Xinjiang, que abriga a etnia muçulmana uigur, tem sido há anos palco de uma inquietação popular, que Pequim atribui a ex-tremistas islâmicos que

querem estabelecer um Estado Independente na região.

Wu não especulou sobre quantos cidadãos chineses