31
3 Compensador Estático de Reativo 3.1 Considerações Iniciais [Passos F o , 2000] Os avanços na tecnologia de eletrônica de potência, em conjunto com avançadas metodologias de controle, tornaram possível o desenvolvimento do compensador estático de reativo (CER). Este equipamento é um importante componente para controle da tensão nodal, sendo formado por um grupo de capacitores e indutores shunt controlados por chaveamento contínuo de tiristores. Do ponto de vista operacional, o CER pode ser visto como uma reatância shunt variável, gerando ou absorvendo potência reativa, ajustada automaticamente em resposta à variação das condições de operação do sistema. A maioria dos programas de fluxos de potência não inclui um modelo especial para tal componente. O CER é normalmente modelado como sendo uma barra do tipo PV, com limites de geração de potência reativa. Este procedimento acarreta em erros consideráveis quando o equipamento está operando em seus limites. As curvas características V/I e V/Q, do CER em estado permanente, são mostradas nas Figuras 3.1 e 3.2. A faixa de controle linear é determinada pela susceptância máxima do indutor e pela susceptância total devido aos bancos de capacitores em serviço e à capacitância de filtragem . Da faixa linear na Figura 3.1 tem-se que: (3.1) rQ V V 0 + = min max max min Q Q V V r = (3.2) min max min min max max 0 Q Q Q V Q V V = (3.3)

COMPENSADORES ESTÁTICOS

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Compensador

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  • 3 Compensador Esttico de Reativo

    3.1 Consideraes Iniciais [Passos Fo, 2000]

    Os avanos na tecnologia de eletrnica de potncia, em conjunto com avanadas

    metodologias de controle, tornaram possvel o desenvolvimento do compensador esttico

    de reativo (CER). Este equipamento um importante componente para controle da

    tenso nodal, sendo formado por um grupo de capacitores e indutores shunt controlados

    por chaveamento contnuo de tiristores. Do ponto de vista operacional, o CER pode ser

    visto como uma reatncia shunt varivel, gerando ou absorvendo potncia reativa,

    ajustada automaticamente em resposta variao das condies de operao do

    sistema.

    A maioria dos programas de fluxos de potncia no inclui um modelo especial para tal

    componente. O CER normalmente modelado como sendo uma barra do tipo PV, com

    limites de gerao de potncia reativa. Este procedimento acarreta em erros

    considerveis quando o equipamento est operando em seus limites.

    As curvas caractersticas V/I e V/Q, do CER em estado permanente, so mostradas nas

    Figuras 3.1 e 3.2. A faixa de controle linear determinada pela susceptncia mxima do

    indutor e pela susceptncia total devido aos bancos de capacitores em servio e

    capacitncia de filtragem .

    Da faixa linear na Figura 3.1 tem-se que:

    (3.1) rQVV 0 +=

    minmaxmaxmin

    QQVVr

    = (3.2)

    minmaxminminmaxmax

    0 QQQVQVV

    = (3.3)

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  • 39

    Figura 3.1 - Caracterstica Tenso Versus Potncia Reativa do CER

    Da faixa linear na Figura 3.2 tem-se que:

    (3.4) rIVV 0 +=

    maxC

    maxL

    maxmin

    IIVVr

    = (3.5)

    maxC

    maxL

    maxC

    minmaxL

    max

    0 IIIVIVV

    = (3.6)

    Figura 3.2 Caracterstica Tenso Versus Corrente do CER

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  • 40

    3.2 Modelagem Descrita em [Lof, 1995]:

    A potncia reativa gerada por um CER localizado na barra K dada por [Erimnez, 1986]:

    s

    0kkG X

    )VV(VQ

    k

    = (3.7)

    A potncia reativa gerada pelo CER atualizada a cada iterao, em funo do valor

    atual do mdulo de tenso na barra considerada, da mesma forma que as cargas

    dependentes da tenso.

    A reatncia equivalente Xs em p.u. igual a inclinao da curva caracterstica de controle

    da tenso, Vk e V0 so os mdulos das tenses nodal e de referncia respectivamente.

    A equao (3.7) vlida somente quando a potncia reativa gerada est entre os limites

    definidos pelas susceptncias capacitiva e indutiva disponveis, cujos valores mximo e

    mnimo, respectivamente so dados por:

    ( )2minkmaxG

    maxcapV

    QBB k== (3.8)

    ( )2maxkminG

    minindV

    QBB k== (3.9)

    Caso o CER esteja operando num limite, ento o valor correspondente de susceptncia

    Bcap e Bind somado matriz admitncia nodal. O ponto de operao do CER verificado

    atravs do valor calculado da equao (3.7) em relao aos limites mximo e mnimo

    previamente estabelecidos. Caso esteja operando na faixa linear, a derivada da potncia

    reativa em relao ao mdulo da tenso nodal acrescentada, a cada iterao, ao

    elemento diagonal da submatriz L da matriz Jacobiana convencional do fluxo de potncia

    em coordenadas polares. Assim, o novo elemento (k x k) dado por:

    k

    Gkkk

    k

    kkk V

    QBV

    VQL k

    += (3.10)

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  • 41

    s

    0k

    k

    G

    XVV2

    VQ

    k =

    (3.11)

    3.3 Modelagem Proposta [Passos Fo, 2000]

    Para a representao do CER no problema de fluxo de potncia, considera-se a potncia

    reativa injetada na barra do CER como varivel de estado adicional. Para tornar o

    sistema de equaes possvel e determinado, uma equao de controle representando o

    comportamento deste dispositivo adicionada ao sistema de equaes. Esta equao

    modificada durante o processo iterativo, sendo funo do ponto de operao do

    equipamento bem como da modelagem de controle adotada (controle de potncia reativa

    ou corrente injetada).

    Seja um CER localizado na barra k, controlando o mdulo da tenso na barra m. A

    estrutura genrica do controle de tenso a mostrada em (3.12)

    =

    M

    M

    M

    M

    OMKMMKMMNKKKKKMKMMKMMKKKKK

    KKKKKMKMMKMMKKKKK

    KKKKNMKMMKMMO

    M

    M

    M

    M

    x

    V

    V

    xy

    Vyy

    Vyy

    xQ

    VQQ

    VQQ

    xP

    VPP

    VPP

    xQ

    VQQ

    VQQ

    xP

    VPP

    VPP

    y

    QP

    QP

    m

    m

    k

    k

    mmkk

    m

    m

    m

    m

    m

    k

    m

    k

    m

    m

    m

    m

    m

    m

    k

    m

    k

    m

    k

    m

    k

    m

    k

    k

    k

    k

    k

    k

    m

    k

    m

    k

    k

    k

    k

    k

    m

    m

    'k

    'k

    (3.12)

    A nova varivel de estado neste caso ento:

    (3.13) kGQx =

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  • 42

    Como pode ser visto nas Figuras 3.1 e 3.2, o CER apresenta trs regies definidas de

    operao, tanto para o controle de corrente quanto para o controle de potncia reativa:

    Capacitiva, onde se comporta puramente como um capacitor.

    Linear, onde sua potncia reativa ou corrente injetada funo da tenso na barra

    controlada.

    Indutiva, onde se comporta puramente como um indutor.

    A equao de controle y, a ser adicionada ao problema, funo da faixa onde o CER

    est operando, sendo definida pelo valor da tenso da barra controlada, ou seja:

    Faixa Capacitiva:

    minmm VV < (3.14)

    Faixa Linear:

    minmm

    maxm VVV (3.15)

    Faixa Indutiva:

    maxmm VV > (3.16)

    Do ponto de vista prtico, a inclinao da reta de controle r, a tenso de referncia V0, a

    reatncia mnima Bmin e a reatncia mxima Bmax so conhecidos. As tenses mnima e

    mxima so avaliadas a cada iterao da seguinte forma para o modo de controle de

    potncia reativa:

    (3.17) 2mmin0maxm VrBVV +=

    (3.18) 2mmax0minm VrBVV +=

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  • 43

    Para o controle de corrente injetada, tem-se:

    (3.19) mmin0maxm VrBVV +=

    (3.20) mmax0minm VrBVV +=

    As mudanas no modo de operao do CER pode levar a alteraes bruscas no mtodo

    de Newton-Raphson durante o processo iterativo, e com isto gerar trajetrias de

    convergncias oscilatrias, fazendo com que o sistema se torne no convergente ou at

    mesmo divergente. De modo a evitar este fato, as mudanas no ponto de operao do

    CER da faixa capacitiva para a indutiva e vice-versa so feitas obrigando o CER a passar

    pelo ponto da tenso de referncia V0 na faixa linear.

    A potncia reativa injetada pelo compensador atualizada a cada iterao por:

    (3.21) ( ) hGhG1hG kkk QQQ +=+

    Em (3.12), na coluna adicional somente o elemento relativo a equao de no

    nulo. Na linha relativa a equao adicional, as derivadas relativas a V

    'kQ

    k, Vm e x no sero

    nulas.

    3.4 Regies Capacitiva e Indutiva [Passos Fo, 2000]

    Para as regies capacitiva e indutiva de operao, as equaes de controle para as duas

    modelagens so idnticas, tendo em vista que o equipamento se comporta como uma

    reatncia fixa localizada na barra, em ambos os casos. As equaes de controle para as

    regies indutiva e capacitiva so dadas por (3.22) e (3.23), respectivamente.

    (3.22) 0

    0

    VBQ 2kminGk =

    (3.23) VBQ 2kmaxGk =

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  • 44

    Os resduos relativos s equaes de controle definidas em (3.22) e (3.23) so dados

    por:

    (3.24) kG

    2kmin QVBy =

    (3.25) kG

    2kmax QVBy =

    3.5 Regio Linear [Passos Fo, 2000]

    a) Corrente injetada

    Para a regio de operao linear em controle de corrente injetada tem-se a seguinte

    equao de controle:

    (3.26) 0rIVV k0m =

    O resduo relativo equao de controle definida em (3.26) dado por:

    (3.27) mk0 VrIVy +=

    b) Potncia reativa injetada

    A equao para o controle de potncia reativa injetada dada por:

    (3.28) 0rQVVkG0m =

    O resduo relativo equao de controle definida em (3.28) dado por:

    (3.29) mG0 VrQVy k +=

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  • 45

    3.6 Exemplo Ilustrativo [Passos Fo, 2000]

    Considere o sistema de 6 barras mostrado na Figura 3.3. O CER localizado na barra 6

    controla a tenso na barra 4. Os circuitos fictcios em linhas tracejadas e a barra adicional

    fictcia esto em destaque na Figura 3.4. As barras fictcias e suas ligaes s barras

    adjacentes tm correspondncia com os novos elementos no nulos da matriz Jacobiana.

    Figura 3.3 Sistema Exemplo de 6 Barras para Aplicao do Controle de Tenso do CER

    Figura 3.4 Sistema Exemplo de 6 Barras com a Estrutura do Controle de Tenso por CER

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  • 46

    O sistema linearizado a ser resolvido a cada iterao dado pela equao (3.30).

    =

    6G

    6

    6

    5

    5

    4

    4

    3

    3

    2

    2

    1

    1

    777674

    66666464

    66666464

    55555353

    55555353

    464644444242

    464644444242

    353533333131

    353533333131

    242422222121

    242422222121

    131312121111

    131312121111

    6

    6

    5

    5

    4

    4

    3

    3

    2

    2

    1

    1

    Q0V

    V

    V

    V

    V

    V

    L0L000L00000000100000000000010LJ00LJ000000

    00NH00NH0000000000LJ00LJ00000000NH00NH000000LJ00LJ00LJ0000NH00NH00NH000000LJ00LJ00LJ0000NH00NH00NH000000LJ00LJLJ000000NH00NHNH00000000LJLJLJ00000000NHNHNH

    f0QPQPQPQPQPQP

    (3.30)

    O resduo de potncia reativa na barra onde se encontra o CER dado por:

    (3.31) ( ) cal6LGcal6esp6'6 QQQQQQ 66 ==

    Considerando o modo de contrlole de potncia reativa, tem-se:

    Faixa capacitiva:

    ( )0,0

    VVBQ

    L4

    26maxG

    746

    =

    = (3.32)

    ( )6max

    6

    26maxG

    76 VB2VVBQ

    L 6 =

    = (3.33)

    ( )0,1

    QVBQ

    L6

    6

    G

    26maxG

    77 =

    = (3.34)

    6G26max QVBf = (3.35)

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  • 47

    Faixa linear:

    ( )0,1

    VrQVV

    L4

    G0474

    6=

    = (3.36)

    ( )0,0

    VrQVV

    L6

    G0476

    6=

    = (3.37)

    ( )r

    QrQVV

    L6

    6

    G

    G0477 =

    = (3.38)

    4G0 VrQVf 6 += (3.39)

    Faixa indutiva:

    ( )0,0

    VVBQ

    L4

    26minG

    746

    =

    = (3.40)

    ( )6min

    6

    26minG

    76 VB2VVBQ

    L 6 =

    = (3.41)

    ( )0,1

    QVBQ

    L6

    6

    G

    26minG

    77 =

    = (3.42)

    6G26min QVBf = (3.43)

    No caso do controle por corrente injetada, os elementos das faixas capacitiva e indutiva

    so idnticos ao do controle anterior. Por outro lado, os elementos da faixa linear so

    dados por:

    0,1V

    VQ

    rVVL

    4

    6

    G04

    74

    6

    =

    = (3.44)

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  • 48

    26

    G

    6

    6

    G04

    76V

    rQV

    VQ

    rVVL 6

    6

    =

    = (3.45)

    6G

    6

    G04

    77 Vr

    QV

    QrVV

    L6

    6

    =

    = (3.46)

    46

    G0 VV

    QrVf 6 += (3.47)

    Da soluo de (3.30) determina-se a varivel . O novo valor da potncia reativa

    gerada na barra 6 dado por:

    6GQ

    (3.48) ( ) hGhG1hG 666 QQQ +=+

    3.7 Clculo da Potncia Injetada e das Matrizes A, B, C, D

    O objetivo desta seo mostrar o clculo dos ndices de avaliao de segurana de

    tenso em barras onde o CER est conectado e em barras com tenso controlada pelo

    CER.

    A modelagem deste equipamento no sistema linearizado de equaes considera a

    potncia reativa injetada na barra do CER como varivel dependente adicional. Para

    tornar o sistema de equaes possvel e determinado, uma equao de controle

    representando o comportamento deste dispositivo adicionado ao sistema de equaes.

    Esta equao modificada durante o processo iterativo, sendo funo do ponto de

    operao do equipamento bem como da modelagem de controle adotada (controle de

    potncia reativa ou corrente injetada).

    A equao de controle y, a ser adicionada ao problema, funo da faixa onde o CER

    est operando, ou seja, quando a tenso da barra de conexo inferior ao valor Vmin o

    CER opera na regio capacitiva. Quando a tenso do sistema maior que a tenso Vmax

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  • 49

    o CER opera na regio indutiva. Portanto, quando a tenso de operao estiver

    compreendida entre Vmin e Vmax o CER opera na regio controlvel e tem seu

    comportamento definido por uma reta. Dependendo do nvel de tenso onde o CER

    instalado o mesmo pode ser conectado diretamente ou atravs de um transformador de

    conexo lado de baixa tenso, barra de tenso controlada.

    Em (3.49) apresentado o sistema de equaes linearizadas resolvido a cada iterao

    do processo de soluo do problema de fluxo de carga pelo mtodo de Newton-Raphson.

    Aps a convergncia, esse sistema usado para o clculo dos ndices de avaliao da

    segurana de tenso. A barra k a barra onde se encontra o CER e a barra m a barra

    que tem seu mdulo de tenso controlada pelo CER.

    =

    Gk

    m

    m

    k

    k

    Gkmk

    m

    m

    m

    m

    k

    m

    k

    mm

    m

    m

    m

    k

    m

    k

    m

    m

    k

    m

    k

    k

    k

    k

    km

    k

    m

    k

    k

    k

    k

    k

    m

    m

    k

    k

    Q0

    V

    V

    Qy0

    Vy0

    Vy0

    010000

    00VQQ

    VQQ

    00VPP

    VPP

    10VQQ

    VQQ

    00VPP

    VPP

    fo

    QP

    QP

    M

    M

    M

    LL

    LL

    MMMMLMML

    LL

    LL

    MMMMLMML

    LL

    LK

    MMMMLMMO

    M

    M

    M

    (3.49)

    3.7.1 Clculo dos ndices para a Barra do CER

    Com o objetivo de se obter a nova matriz [D] para a barra k onde se encontra o CER,

    (3.49) foi reajustada conforme (3.50).

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  • 50

    =

    k

    k

    Gk

    m

    m

    k

    k

    k

    k

    m

    k

    m

    kk

    k

    k

    k

    m

    k

    m

    kkGkm

    k

    m

    k

    m

    m

    m

    m

    mk

    m

    k

    m

    m

    m

    m

    m

    k

    k

    m

    m

    V

    Q0

    V

    VQQ10

    VQQ

    VPP00

    VPP

    Vy0

    Qy0

    Vy0

    000100

    VQQ00

    VQQ

    VPP00

    VPP

    QPf

    0

    QP

    M

    M

    LL

    LL

    LLLL

    MMMMLMMLLL

    LLMMMMLMML

    M

    M

    (3.50)

    A matriz Jacobiana de (3.50) pode ser convenientemente particionada com a forma de

    (3.51), destacando-se as equaes referentes barra onde o CER se encontra.

    =

    k

    k

    Gk1

    132

    1

    k

    k

    V

    Q0V

    .DCCBAABAA

    QPf

    0QP

    (3.51)

    onde:

    A representa a matriz Jacobiana original do sistema CA, excluindo as linhas e colunas

    referentes barra k,

    A1- representa as derivadas de potncia ativa e reativa do sistema CA, excluindo as

    linhas e colunas referentes barra k, em relao s variveis dependentes adicionais,

    A2 representa as derivadas das equaes de controle em relao ao ngulo e mdulo

    da tenso de todas as barras do sistema CA, excluindo as linhas e colunas referentes

    barra k,

    A3 - representa as derivadas das equaes de controle em relao s variveis

    dependentes adicionais,

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  • 51

    B - representa as derivadas de potncia ativa e reativa do sistema CA, excluindo as

    linhas e colunas referentes barra k, em relao ao ngulo e mdulo da tenso da barra

    k,

    B1 representa as derivadas das equaes de controle em relao ao ngulo e mdulo

    da tenso da barra k,

    C representa as derivadas de potncia ativa e reativa da barra k em relao ao ngulo

    e mdulo da tenso do sistema CA original, excluindo as linhas e colunas referentes

    barra k,

    C1 - representa as derivadas de potncia ativa e reativa da barra k em relao s

    variveis dependentes adicionais,

    D representa as derivadas de potncia ativa e reativa da barra k em relao ao ngulo

    e mdulo da tenso da referida barra.

    A partir da, determina-se a nova matriz [D] que ir relacionar Pk, Qk, com k e Vk :

    ( ) E1EE' B.A.CDD =

    onde:

    = 32

    1E

    AAAAA ,

    = 1E

    BBB , [ ]1E CC=C

    3.7.2 Clculo dos ndices para a Barra Controlada pelo CER

    Com o objetivo de se obter a nova matriz [D] para a barra que tem seu mdulo de tenso

    controlada pelo CER, (3.49) foi reajustado conforme (3.52).

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0116362/CA

  • 52

    =

    m

    m

    Gk

    k

    k

    m

    m

    m

    m

    k

    m

    k

    mm

    m

    m

    m

    k

    m

    k

    mmGkk

    m

    k

    m

    k

    k

    k

    k

    km

    k

    m

    k

    k

    k

    k

    k

    m

    m

    k

    k

    V

    Q0

    V

    .

    VQQ

    00VQQ

    VPP

    00VPP

    Vy0

    Qy0

    Vy0

    000100

    VQQ

    10VQQ

    VPP

    00VPP

    QPf

    0

    QP

    M

    M

    LL

    LL

    LL

    LL

    MMMMLMML

    LLLLLLLL

    MMMMLMML

    LL

    LK

    MMLLLMMO

    M

    M

    (3.52)

    Quando a barra de tenso controlada aquela onde se encontra o controle, as barras k e

    m coincidem. Assim (3.52) torna-se (3.53).

    =

    k

    k

    Gk

    3

    3

    k

    k

    k

    k

    k

    3

    k

    3k

    k

    k

    k

    k

    3

    k

    3kGk

    k

    3

    k

    3

    3

    3

    3

    3k

    3

    k

    3

    3

    3

    3

    3

    k

    k

    3

    3

    V

    Q0

    V

    .

    VQQ

    10VQQ

    VPP

    00VPP

    Vy0

    Qy0

    0001

    VQQ

    00VQQ

    VPP

    00VPP

    QPf

    0

    QP

    M

    M

    LL

    LL

    LMML

    LMML

    MMMMLMML

    LLLLLLLL

    MMMMLMML

    LL

    LK

    MMLLLMMO

    M

    M

    (3.53)

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  • 53

    Para a anlise da barra de tenso controlada, considera-se momentaneamente a perda

    do controle de tenso. Isto feito simulando-se a passagem da faixa linear para a faixa

    no linear de operao do CER. Para tal utiliza-se as equaes de controle referentes s

    faixas no lineares, ou seja, (3.23) para a faixa capacitiva e (3.22) para a faixa indutiva,

    conforme o CER esteja gerando ou absorvendo potncia reativa no ponto de operao

    em anlise, ao invs de (3.26) ou (3.28).

    importante lembrar que em (3.23) para a faixa capacitiva e em (3.22) para a faixa

    indutiva deve-se usar o valor da susceptncia B de acordo com a injeo reativa e com a

    tenso no ponto de operao em anlise. Logo, no clculo da matriz [D] para a barra de

    tenso controlada, a susceptncia deve ser considerada fixa.

    Os sistemas linearizados (3.52) e (3.53) podem ser convenientemente reorganizados

    como em (3.54), destacando-se as equaes referentes barra m onde o CER controla o

    mdulo da tenso.

    =

    m

    m

    Gk1

    132

    1

    m

    m

    V

    Q0V

    .DCCBAABAA

    QPf

    0QP

    (3.54)

    onde:

    A - representa a matriz Jacobiana original do sistema CA, excluindo-se as linhas e

    colunas referentes barra m.

    A1 representa as derivadas de potncia ativa e reativa do sistema CA, excluindo-se as

    linhas e colunas referentes barra m, em relao s variveis dependentes adicionais.

    A2 representa as derivadas das equaes de controle em relao ao ngulo e mdulo

    da tenso de todas as barras do sistema CA, excluindo-se as linhas e colunas referentes

    barra m.

    A3 - representa as derivadas das equaes de controle em relao s variveis

    dependentes adicionais.

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  • 54

    B - representa as derivadas de potncia ativa e reativa do sistema CA, excluindo-se as

    linhas e colunas referentes barra m, em relao ao ngulo e mdulo da tenso da

    barra m.

    B1 representa as derivadas das equaes de controle em relao ao ngulo e mdulo

    da tenso da barra m.

    C representa as derivadas de potncia ativa e reativa da barra m em relao ao ngulo

    e mdulo da tenso do sistema CA original, excluindo-se as linhas e colunas referentes

    barra m.

    C1 - representa as derivadas de potncia ativa e reativa da barra m em relao s

    variveis dependentes adicionais.

    D representa as derivadas de potncia ativa e reativa da barra m em relao ao ngulo

    e mdulo da tenso da referida barra.

    A partir da, determina-se a nova matriz [D] que ir relacionar Pm, Qm, com m e Vm:

    ( ) E1EE' B.A.CDD = onde:

    = 32

    1E

    AAAAA ,

    = 1E

    BBB , [ ]1E CC=C

    3.8 Exemplos Numricos

    3.8.1 Sistema de 5 Barras

    Ser considerado o sistema de 5 barras da Figura 3.5. Os taps dos LTCs so fixos. Os

    dados do CER so:

    XSL = -2,00%1

    1 No programa ANAREDE o sinal negativo deste parmetro considerado internamente. Deve-se

    usar o valor 2,00% .

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  • 55

    Qmin = - 50 MVAr (para V = 1 p.u.)

    Qmax = 50 MVAr (para V = 1 p.u.)

    Figura 3.5 - Sistema de 5 Barras com o CER

    O sistema linearizado das equaes de fluxo de carga do sistema - teste para o clculo

    dos ndices, considerando-se a estrutura atual da matriz Jacobiana, mostrado em

    (3.55). considerado para o CER o modelo de injeo de potncia reativa.

    =

    5G

    4

    4

    5

    5

    5G45

    4

    4

    4

    4

    5

    4

    5

    44

    4

    4

    4

    5

    4

    5

    4

    4

    5

    4

    5

    5

    5

    5

    54

    5

    4

    5

    5

    5

    5

    5

    4

    4

    5

    5

    Q0V

    V

    .

    Qy0

    Vy0

    Vy0

    010000

    00VQQ

    VQQ

    00VPP

    VPP

    10VQQ

    VQQ

    00VPP

    VPP

    f0QP

    QP

    M

    M

    LL

    LL

    LL

    LL

    MMMMLMML

    MMMMLMML

    LL

    LK

    MMMMLMMO

    M

    M

    (3.55)

    3.8.1.1 Clculo dos ndices da Barra 5 com Controle de Tenso na Barra 4

    Com o objetivo de se obter a matriz [D] para a barra 5 onde se encontra o CER, (3.55)

    foi reajustada conforme (3.56), destacando-se as equaes referentes a esta barra. O

    CER controla a tenso da barra 4.

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  • 56

    =

    5

    5

    5G

    4

    4

    5

    5

    5

    5

    4

    5

    4

    55

    5

    5

    5

    4

    5

    4

    555G4

    5

    4

    5

    4

    4

    4

    4

    45

    4

    5

    4

    4

    4

    4

    4

    5

    5

    4

    4

    V

    Q0

    V

    .

    VQQ

    10VQQ

    VPP

    00VPP

    Vy0

    Qy0

    Vy0

    000100

    VQQ

    00VQQ

    VPP

    00VPP

    QPf

    0

    QP

    M

    M

    LL

    LL

    LL

    LL

    MMMMLMML

    LL

    LL

    MMMMLMML

    LLLLLLLK

    MMLLLMMO

    M

    M

    (3.56)

    3.8.1.2 Clculo dos ndices para a Barra 4 Controlada pelo CER

    Com o objetivo de se obter a matriz [D] para a barra 4 que tem seu mdulo de tenso

    controlada pelo CER, (3.55) foi reajustado conforme (3.57).

    =

    4

    4

    5G

    5

    5

    4

    4

    4

    4

    5

    4

    5

    44

    4

    4

    4

    5

    4

    5

    445G5

    4

    5

    4

    5

    5

    5

    5

    54

    5

    4

    5

    5

    5

    5

    5

    4

    4

    5

    5

    V

    Q0

    V

    .

    VQQ00

    VQQ

    VPP

    00VPP

    Vy0

    Qy0

    Vy0

    000100

    VQQ

    10VQQ

    VPP

    00VPP

    QPf

    0

    QP

    M

    M

    LL

    LL

    LL

    LL

    MMMMLMML

    LLLLLLLL

    MMMMLMML

    LL

    LK

    MMLLLMMO

    M

    M

    (3.57)

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0116362/CA

  • 57

    3.8.1.3 Clculo dos ndices para a Barra 5 Controlada pelo CER

    Com o objetivo de se obter a matriz [D] para a barra 5 que agora tem seu mdulo de

    tenso controlada pelo CER, (3.55) foi reajustado conforme (3.58).

    =

    5

    5

    3

    3

    5

    5

    5

    5

    5

    3

    5

    35

    5

    5

    5

    5

    3

    5

    355G

    5

    3

    5

    3

    3

    3

    3

    35

    3

    5

    3

    3

    3

    3

    3

    5

    5

    3

    3

    V

    5Q0

    V

    .

    VQQ

    10VQQ

    VPP

    00VPP

    Vy0

    Qy0

    0001

    VQQ

    00VQQ

    VPP

    00VPP

    QPf

    0

    QP

    M

    M

    LL

    LL

    LMML

    LMML

    MMMMLMML

    LLLLLLLL

    MMMMLMML

    LL

    LK

    MMLLLMMK

    M

    M

    (3.58)

    Para a anlise da barra de tenso controlada, considera-se momentaneamente a perda

    do controle de tenso. Isto feito simulando-se a passagem da faixa linear para a faixa

    no linear de operao do CER. Para tal utiliza-se as equaes de controle referentes s

    faixas no lineares, ou seja, (3.23) para a faixa capacitiva e (3.22) para a faixa indutiva,

    conforme o CER esteja gerando ou absorvendo potncia reativa no ponto de operao

    em anlise, ao invs de (3.26) ou (3.28).

    importante lembrar que em (3.23) para a faixa capacitiva e em (3.22) para a faixa

    indutiva deve-se usar o valor da susceptncia B de acordo com a injeo reativa e com a

    tenso no ponto de operao em anlise. Logo, no clculo da matriz [D] para a barra de

    tenso controlada, a susceptncia deve ser considerada fixa.

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  • 58

    3.8.2 Resultados

    3.8.2.1 Ponto de Operao na Regio A (Parte Superior da Curva V x S)

    Utilizando o ponto de operao da Tabela 3.1 para o sistema de 5 barras descrito

    anteriormente e efetuando os clculos obtm-se:

    CER Controlando a Tenso na Barra 4

    Barra 4

    Si = 0,00000 Si0 = 99,80010 Sm = 35,49959

    Barra 5

    Si = 8,51787 Si0 = 47,08128 Sm = 32,52554

    CER Controlando a Tenso na Barra 5

    Barra 5

    Si = 8,53904 Si0 = 47,26701 Sm = 24,40386

    Tabela 3.1 Ponto de Operao da Regio A

    CER Controlando a Barra 4 CER Controlando a Barra 5

    11V 0,0050,1 0,0050,1

    22V 6,7010,1 6,7010,1

    33V 3,2999,0 3,2000,1

    44V 8,0999,0 8,0000,1

    55V 8,9015,1 8,9017,1

    QCER 3,2 MVAr 6,6 MVAr

    t13 0,8 0,8

    t24 0,9 0,9

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  • 59

    Os valores de Si e Si0 para a barra 5 so ligeiramente diferentes por que foram usados

    dois pontos de operao ligeiramente diferentes, como pode ser observado na Tabela

    3.1. Alm do motivo mencionado, os valores de Sm para a barra 5 so bem diferentes

    tambm por que as matrizes utilizadas so diferentes. Quando o CER controla a tenso

    na barra 5, supe-se a perda de controle quando do clculo dos ndices da barra 5. Por

    outro lado, isso no feito quando o CER controla a tenso na barra 4. por isso que

    neste caso Sm (= 35,49959) maior do que naquele caso (= 24,40386).

    3.8.2.2 Ponto de Operao na Regio B (Parte Inferior da Curva V x S)

    Utilizando o ponto de operao da Tabela 3.2 para o sistema de 5 barras descrito

    anteriormente e efetuando os clculos obtm-se:

    CER Controlando a Tenso na Barra 4

    Barra 4

    Si = 0,00000 Si0 = 84,45610 Sm = 50,24103

    Barra 5

    Si = 18,02733 Si0 = 15,05705 Sm = 17,63140

    CER Controlando a Tenso na Barra 5

    Barra 5

    Si = 18,04973 Si0 = 14,43407 Sm = 11,75584

    O mesmo comentrio feito para o item 3.8.2.1 se aplica aqui no item 3.8.2.2. Os valores

    de Si e Si0 para a barra 5 so ligeiramente diferentes por que foram usados dois pontos

    de operao ligeiramente diferentes, como pode ser observado na Tabela 3.2. Alm do

    motivo mencionado, os valores de Sm para a barra 5 so bem diferentes tambm por que

    as matrizes utilizadas so diferentes. Quando o CER controla a tenso na barra 5, supe-

    se a perda de controle quando do clculo dos ndices da barra 5. Por outro lado, isso no

    feito quando o CER controla a tenso na barra 4. por isso que neste caso Sm

    (=17,63140) maior do que naquele caso (=11,75584).

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  • 60

    Tabela 3.2 Ponto de Operao da Regio B

    CER Controlando a Barra 4 CER Controlando a Barra 5

    11V 0,0050,1 0,0050,1

    22V 4,7010,1 5,7010,1

    33V 7,9985,0 8,9979,0

    44V 1,14919,0 3,14913,0

    55V 0,50574,0 5,51562,0

    QCER -6,4 MVAr 27,9 MVAr

    t13 0,8 0,8

    t24 0,9 0,9

    3.8.2.3 Ponto de Operao na Regio C ("Ponta do Nariz" da Curva V x S)

    Utilizando o ponto de operao da Tabela 3.3 para o sistema de 5 barras descrito

    anteriormente e efetuando os clculos obtm-se:

    CER Controlando a Tenso na Barra 5

    Barra 5

    Si = 19,28414 Si0 = 23,03737 Sm =19,69895

    Os valores de Si e Sm que teoricamente seriam iguais, s no o so por que o ponto de

    operao no corresponde exatamente, com inmeras casas decimais, ao ponto de

    mximo carregamento.

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  • 61

    Tabela 3.3 Ponto de Operao da Regio C

    11V 0,0050,1

    22V 9,9010,1

    33V 1,11000,1

    44V 3,16963,0

    55V 9,44710,0

    QCER 0,0 MVAr

    t13 0,841

    t24 0,9

    Os resultados obtidos nesta seo servem para aferir os resultados a serem obtidos pelo

    cdigo FORTRAN do programa ESTABTEN.

    A ttulo de curiosidade, na Tabela 3.4 so apresentados os valores do ndice Sm para as

    barras de tenso controlada quando as equaes de controle do CER referentes faixa

    de operao no-linear no so includas no sistema linearizado. Os demais ndices no

    sofrem influncia desta considerao.

    Como os valores das duas colunas da tabela so calculados a partir de um nico ponto

    de operao, e como no h processo iterativo no clculo, a diferena existente entre os

    valores deve-se ao fato do clculo ser feito com duas matrizes diferentes. Como pode ser

    observado na tabela, a diferena numrica mnima.

    Tabela 3.4 - ndices Sm Calculados com e sem a Incluso das Equaes de Controle do CER Referentes Faixa de Operao No - Linear

    Barra Controlada Sm c/ equaes* Sm s/ equaes

    barra 4 35,49959 35,49939 Regio A

    barra 5 24,40386 24,40320

    barra 4 50,24103 50,24206 Regio B

    barra 5 11,75584 11,75430

    Regio C barra 5 19,69895 19,68182

    * clculo realista

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  • 62

    3.8.3 Resultados Utilizando Compensador Sncrono

    Nesta seo so apresentados os resultados utilizando a modelagem tradicional do

    compensador sncrono, barra PV quando h capacidade de controle e barra PQ quando

    no h, para fins de comparao com a modelagem apresentada para o CER. Portanto, neste teste, considera-se no sistema linearizado somente as equaes do fluxo de carga,

    no considerando-se as equaes de controle de tenso.

    Sabe-se que, no modelo atual da funo fluxo de carga do programa ANAREDE, o

    sistema linearizado contm equaes de controle de tenso quando a barra controlada

    remoto. Quando a barra controlada a prpria barra do CS (ou gerador) no h esse tipo

    de equaes.

    3.8.3.1 Ponto de Operao na Regio A (Parte Superior da Curva V x S)

    Utilizando o ponto de operao da Tabela 3.1 para o sistema de 5 barras descrito

    anteriormente e substituindo o CER pelo CS obtm-se:

    CS Controlando a Tenso na Barra 4

    Barra 4

    Si = 0,00000 Si0 = 99,80010 Sm = 35,49939

    Barra 5

    Si = 8,51787 Si0 = 47,08128 Sm = 24,30046

    CS Controlando a Tenso na Barra 5

    Barra 5

    Si = 8,53904 Si0 = 47,26701 Sm = 24,40320

    Os valores de Si , Si0 e Sm para a barra 5 so ligeiramente diferentes por que foram

    usados dois pontos de operao ligeiramente diferentes, como pode ser observado na

    Tabela 3.1.

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  • 63

    3.8.3.2 Ponto de Operao na Regio B (Parte Inferior da Curva V x S)

    Utilizando o ponto de operao da Tabela 3.2 para o sistema de 5 barras descrito

    anteriormente e substituindo o CER pelo CS obtm-se:

    CS Controlando a Tenso na Barra 4

    Barra 4

    Si = 0,00000 Si0 = 84,45610 Sm = 50,24206

    Barra 5

    Si = 18,02733 Si0 = 15,05705 Sm = 11,89675

    CS Controlando a Tenso na Barra 5

    Barra 5

    Si = 18,04973 Si0 = 14,43407 Sm = 11,75430

    Os valores de Si , Si0 e Sm para a barra 5 so ligeiramente diferentes por que foram

    usados dois pontos de operao ligeiramente diferentes, como pode ser observado na

    Tabela 3.2.

    3.8.3.3 Ponto de Operao na Regio C ("Ponta do Nariz" da Curva V x S)

    Utilizando o ponto de operao da Tabela 3.3 para o sistema de 5 barras descrito

    anteriormente e substituindo o CER pelo CS obtm-se:

    CS Controlando a Tenso na Barra 5

    Barra 5

    Si = 19,28414 Si0 = 23,03737 Sm=19,69895

    Os valores de Si e Sm que teoricamente seriam iguais, s no o so por que o ponto de

    operao no corresponde exatamente, com inmeras casas decimais, ao ponto de

    mximo carregamento.

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  • 64

    Tabela 3.5 - ndices Calculados com o Modelo do CER e com o Modelo do CS

    Barra Si Si0 Sm

    Ponto de Operao na Regio A

    CER 4 0,00000 99,80010 35,49959 CS 4 0,00000 99,80010 35,49939

    CER 5 8,51787 47,08128 32,52554 Controlando a Tenso

    na Barra 4 CS 5 8,51787 47,08128 24,30046

    CER 5 8,53904 47,26701 24,40386 Controlando a Tenso na Barra 5 CS 5 8,53904 47,26701 24,40320

    Ponto de Operao na Regio B

    CER 4 0,00000 84,45610 50,24103 CS 4 0,00000 84,45610 50,24206

    CER 5 18,02733 15,05705 17,63140 Controlando a Tenso

    na Barra 4 CS 5 18,02733 15,05705 11,89675

    CER 5 18,04973 14,43407 11,75584 Controlando a Tenso na Barra 5 CS 5 18,04973 14,43407 11,75430

    Ponto de Operao na Regio C

    CER 5 19,28414 23,03737 19,69895 Controlando a Tenso na Barra 5 CS 5 19,28414 23,03737 19,69895

    Comparando os resultados obtidos na Seo 3.8.2 com os resultados obtidos na Seo

    3.8.3, mostrados novamente na Tabela 3.5, verificou-se haver diferena nos valores dos

    ndices apenas quando o controle de tenso remoto e a anlise feita na barra do

    equipamento, que no tem sua tenso controlada. Esta barra, para a modelagem que

    utiliza o CER como equipamento de controle, considerada com capacidade de controle.

    No entanto, para a modelagem que considera o CS como equipamento de controle,

    supe-se que esta barra tenha perdido esta capacidade. Essa a razo da diferena

    entre valores.

    3.8.4 Sistema de Grande Porte

    Para anlise da potncia aparente injetada na barra k, a qual est conectado o

    compensador esttico de potncia reativa, utiliza-se o diagrama unifilar da Figura 3.6 e os

    dados de carga mdia de dezembro de 2001.

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  • 65

    Figura 3.6 - Esquema Demonstrativo das Potncias Ativa e Reativa Injetadas na Barra 389 OPRETO2-CEST

    Tabela 3.6 - Relatrio de Barras e Circuitos CA do Sistema

    RELATRIO DE BARRAS CA DO SISTEMA

    BARRA TENSO GERAO INJ EQV FATOR CARGA ELO CC SHUNT MOTOR NUM. TP AR MOD/ MW/ MW/ GER % MW/ MW/ Mvar/ MW/ NOME ANG Mvar/ Mvar EQV % Mvar Mvar EQUIV Mvar CE Mvar

    389 0 1 0.979 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 OPRETO2-CEST -36.5 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 -55.7

    RELATRIO DE CIRCUITOS CA DO SISTEMA

    X--- DADOS-BARRA ----X-------- CARGA -----------X------ GERAO --------X DA BARRA TENSO > MW Mvar > MW Mvar NUM. TIPO MOD PARA BARRA F L U X O S - C I R C U I T O S NOME ANG NUM. NOME NC MW Mvar TAP DEFAS TIE

    389 0 0.979 > -55.7MVAR OPRETO2-CEST -36.5 387 OPREFIC1-138 1 0.0 -55.7 0.975F 02

    Pela lei de Kirchhoff, o somatrio de todas as potncias (fluxos e injees) em uma barra

    nulo. Assim, as equaes de fluxos de potncia ativa e reativa, para a barra 389

    OPRETO2-CEST, podem ser escritas como:

    0 (3.59) PPPP389i

    i389389D389G389 ==

    (3.60) 0QQQQ389i

    i389389D893G389 ==

    Substituindo os valores da Tabela 3.6 em (3.59) e (3.60), tem-se:

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  • 66

    0P389 =

    0)7,55(7,55Q389 ==

    Pela teoria de avaliao de segurana de tenso com base no ponto de operao, a

    potncia aparente injetada :

    DGI SSS =

    )907,55()7,55j0(0)7.55j0()jQP()jQP(S 0DDGGI ===++=

    MVA7,55SI =

    Para anlise da potncia aparente injetada na barra m, que possui seu mdulo da tenso

    controlada pelo compensador esttico de potncia reativa, utiliza-se do diagrama unifilar

    da Figura 3.7 e da Tabela 3.7.

    Figura 3.7 - Esquema Demonstrativo das Potncias Ativa e Reativa Injetadas na Barra 386 OPRETO2 138

    Tabela 3.7 - Relatrio de Barras e Circuitos CA do Sistema

    RELATRIO DE BARRAS CA DO SISTEMA

    BARRA TENSO GERAO INJ EQV FATOR CARGA ELO CC SHUNT MOTOR NUM. TP AR MOD/ MW/ MW/ GER % MW/ MW/ Mvar/ MW/ NOME ANG Mvar/ Mvar EQV % Mvar Mvar EQUIV Mvar CE Mvar

    386 0 2 1.045 0.0 0.0 0.0 47.0 0.0 0.0 0.0 OPRETO2138 -36.3 0.0 0.0 0.0 10.0 0.0 0.0 0.0

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  • 67

    RELATRIO DE CIRCUITOS CA DO SISTEMA

    X--- DADOS-BARRA ----X-------- CARGA --------X--------- GERAO --------X DA BARRA TENSO > MW Mvar > MW Mvar NUM. TIPO MOD PARA BARRA F L U X O S - C I R C U I T O S NOME ANG NUM. NOME NC MW Mvar TAP DEFAS TIE X---------X-------X----X------------X--X-------X-------X------X-----X---X

    386 0 1.045 > 47.0MW 10.0MVAR OPRETO2--138 -36.3 376 TAQUARIL-138 1 18.8 -0.4 376 TAQUARIL-138 2 18.8 -0.4 387 OPREFIC1-138 1 -91.4 21.8 1.000F 388 OPREFIC2-138 1 -90.8 -41.5 1.000F 1566 SARAMENH-138 1 48.8 5.3 03 1566 SARAMENH-138 2 48.8 5.3 03

    Utilizando-se os dados do relatrio de barras da Tabela 3.7 em (3.61) e (3.62) tem-se:

    0)PPPP(PPP386i

    1566386388386387386376386386D386G386 =+++=

    0)6,978,904,916,37(470P386 =+=

    0)QQQQ(QQQ386i

    1566386388386387386376386386D386G386 =+++=

    0)6,105,418,218,0(100Q386 =++=

    Pela teoria de avaliao de segurana de tenso com base no ponto de operao, a

    potncia aparente injetada :

    DGI SSS =

    0

    I 98,16705,48)10j47(0S =+=

    MVA05,48SI =

    Os resultados obtidos nesta seo para a potncia injetada servem para aferir o valor a

    ser calculado pelo cdigo FORTRAN do programa ESTABTEN.

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  • 68

    3.9 Concluso

    A barra onde est conectado um compensador esttico e a barra que tem a tenso

    controlada por este precisam ter seus ndices de avaliao das condies de estabilidade

    de tenso calculados, como para qualquer outra barra. Mostrou-se como se deve calcular

    as potncias injetadas e tambm como deve ser particionada a matriz Jacobiana.

    Os ndices de avaliao das condies de estabilidade de tenso para a barra que tem a

    tenso controlada pelo CER devem ser calculados substituindo-se as equaes de

    controle na faixa linear de operao pelas equaes na faixa no-linear de operao do

    CER. A susceptncia a ser fixada deve corresponder quela do ponto de operao em

    anlise, sendo dependente da potncia reativa, gerada ou absorvida, e da tenso. Este

    procedimento simula a perda do controle de tenso pelo CER.

    Deve se ter em mente que os ndices calculados esto relacionados com a variao

    infinitesimal da potncia ativa e reativa gerada, se houver, e da potncia ativa e reativa

    da carga, se houver. A matriz [D'] relaciona essas variaes de potncia ativa e reativa

    com as variaes de mdulo e ngulo da tenso na barra.

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