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Foto: Jorge Etecheber Fevereiro de 2012 Ano 1 - Nº 1

Revista Volver #1 Edição

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1ª Edição da Revista Volver, Fevereiro/2012.

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Fevereiro de 2012Ano 1 - Nº 1

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04 MURALEnvie sua mensagem para nós

06 PRATA DA CASAO samba do fundo do nosso quintal

08ÍCONECamarada Vasco, um líder natural

09 ARTIGOJovens e suas diferenças

10 ESPECIALCiência, tecnologia e informação

12 PROFISSÕESSabe o que é um turismólogo?

13 RADAR ESTUDANTILSob nova direção, movimento

estudantil respira novos ares

14 ESPORTESA adrenalina radical do skate,

um esporte de diversos estilos

16 CINEMAConheça os indicados ao Oscar

17 EVENTOSUma olhada na noite rio-pretense

18 ARTIGOVocê conhece sua vocação?

CARTA AO LEITOR

EXPEDIENTE

Bons ventos!No começo do ano, estamos inclinados a alterar nossa rotina, nossos planos e, principal-mente, interessados em novos desafios. Nessa avalanche de ideias, aproveitei a experiência do ano que passou para, finalmente, viabilizar um sonho antigo. Tentada a criar um veículo capaz de dialogar com a juventude, mobilizei alguns amigos e colaboradores com pensamentos afins e, juntos, assistimos ao nascimento de uma nova proposta de comunicação. A revista “Volver” oferece um espaço dinâmico para que o potencial da cidade seja expos-to. Nesta primeira edição, profissionais de São José do Rio Preto contribuíram com artigos sobre temas diversos, além de assuntos como esporte, música, tecnologia e cinema. O nome reflete a iniciativa de se interessar por algo que está exposto. A palavra “volver”, em espanhol, indica voltar-se para mirar. Juntos, pretendemos indicar uma nova direção. Atrair a atenção e fazer com que o leitor se volte para o conteúdo da revista e, consequen-temente, valorize as qualidades de Rio Preto e região, é o nosso principal objetivo.

Ano 01 Nº 1 FEVEREIRO 2012

EDITORAMani Jardim

JORNALISTA RESPONSÁVELMani Jardim MTB PROTOCOLADO 46268.000254/2012-30

COLABORADORESAlexandre LuizFernando StefaniniJoão Paulo RilloJorge EtecheberGuilherme PuffRenato Dias Martino

DESIGN & PROJETO VISUALNoroeste Mídia [email protected]

IMPRESSÃOLWC Editora Gráfica LTDA

TIRAGEM20.000 exemplares

EDITORA RESPONSÁVELApta Editora & Serviços Gráficos LTDA

PARA [email protected](17) 9203.4983

A “Revista Volver” não se responsabili-za por opiniões emitidas por cola-boradores e entrevistados, conteúdo contido em anúncios e informes publicitários. Não publicamos matérias pagas. Proibida a reprodução das matérias sem autorização. Todos os direitos são reservados.

Mani JardimEditora da Volver

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SUMÁRIO

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“Nesse formato de publicação, a revis-ta é uma proposta de expansão. Uma visão inovadora do que acontece na cabeça do leitor. Um importante veícu-lo de comunicação e de ideias para a construção do mundo.”

RENATO DIAS MARTINOpsicoterapeuta e escritor

“Em tempos de novas tecnologias, em que a informação viaja em velocidades antes inimagináveis e que podemos ter o mundo em nossas mãos, che-ga em nossa cidade um veículo para mostrar o que temos de melhor, para um público em constante mudança. O jovem de Rio Preto acaba de ganhar uma nova voz.”

ALEXANDRE LUIZ DE BARROS ROSApós-graduado em Cinema e Vídeo, publicitário e blogueiro

“Considero a inicia-tiva da revista muito legal, pois propaga a cultura de quem está chegando e abre es-paço para os artistas de Rio Preto e região. É importante as pessoas aprenderem a valorizar o conteúdo da cidade.”

AMAURY SEMEDOO Lagartixa, percussionista e cava-quista

“Tivemos duas ditaduras no século passado, a

última silenciou uma geração inteira durante vinte

anos. Ainda hoje, sentimos as dores e as conse-

quências de um estado deformado pela censura

e violência. Os grandes meios de comunicação

pouco contribuem para o aprimoramento da

democracia. Controlado por pequenos grupos

econômicos e familiares, eles escondem uma

nação sedenta de informação e de troca cultu-

ral. Felizmente, a ousadia e a coragem rompem,

diariamente, os resquícios da cortina de ferro,

abrindo a esperança e convocando a juventu-

de a mudar de direção e reescrever sua própria

história. O projeto Volver carrega na alma essa

inquietude, sinto-me honrado em compartilhá-lo.”

JOÃO PAULO RILLO Deputado Estadual - PT

MURALDE RECADOS

ENVIE SUA OPINIÃO PARA NÓS. PUBLICAREMOS NESTA SEÇÃO E VOCÊ AINDA RECEBE A REVISTA EM SUA CASA DURANTE 12 MESES, SEM CUSTOS.

[email protected]

MURAL

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A banda rio-pretense Contos de

Réis surgiu oficialmente em 2010 com o propósito de res-

gatar o samba e suas vertentes

por meio de interpretações de grandes

compositores brasileiros e composições

autorais. Os jovens Victor Campos, violinista,

26 anos, Amaury Semedo, o Lagartixa,

percussionista e cavaquista, 28, e a vo-

calista Alessandra Lofran, 24, integram a

banda desde a sua formação. Em 2010,

Jânio Freitas, saxofonista e flautista, 32,

passou a fazer parte da equipe. No ano

passado, os músicos Diego Guirado,

baixista, 25, e Marcio Zanelli, percus-

sionista, 33, completaram o quadro de

integrantes. As influências são muitas. De acordo

com Lagartixa, cada integrante traz seu

próprio traço pessoal na maneira de

tocar e arranjar. “De um modo geral,

podemos destacar referências que vão

desde o samba do recôncavo baiano a

grandes nomes como Noel Rosa, Paulo

Moura, Chico Buarque e Baden Powell,

entre outros”. Alessandra conta que o nome Contos

de Réis foi escolhido pelo fato de

remeter aos tempos em que o samba

começava a ganhar notoriedade e se

tornava o ritmo que conhecemos hoje

e também por agregar valor conceitual

Jovens músicos rio-pretenses se preparampara lançar o primeiro CD em março

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POR MANI JARDIM

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Fevereiro/2012 > VOLVER > 7

ao gênero. “O conto de réis era uma

quantia monetária altíssima na época”,

resume a vocalista. O carisma dos músicos e a qualidade

do som oferecido fizeram com que a

banda não tivesse dificuldades para

conquistar a plateia. “Foi uma gran-

de surpresa quando vimos que nossa

música não tinha fronteiras de idade

nem estilo, todos pareciam apreciar o

samba que apresentávamos. Foi mesmo

um começo muito bacana”, comenta o violinista.

Para os amantes da boa música, a

novidade é que o grupo se prepara

para lançar o primeiro CD independen-

te em março. Estarão presentes desde

canções autorais às mais variadas ver-

tentes, como o Afro-Samba, Samba-

Rock, Samba-Raiz e Bossa-Nova. Além

do lançamento, os músicos também

se dedicam à parceria Timbre-Contos.

Juntos, alguns integrantes do grupo,

entusiastas do movimento, uniram-se

ao Timbre Coletivo para viabilizar o

circuito Fora do Eixo, que se apresenta

como uma alternativa cultural para a

cidade. Os coletivos são regidos por um

sistema de organização autossustentá-

vel não-capitalista que tem como base

a economia solidária. A equipe participa

como ponto de articulação local com o

intuito de trazer bandas ao projeto.

Para saber mais sobre a banda:contosdereis.tnb.art.br e myspace.com/contosdereis

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8 > VOLVER > Fevereiro/2012

Uma vida de mais de nove décadas de-dicada à construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É assim que po-demos definir a trajetória do comunista

Antonio Roberto de Vasconcellos.Vasco, como era chamado pelos

amigos, militou grande parte de sua vida no Partido Comunista

Brasileiro (PCB), o ‘Partidão’. Foi vereador em Campo Grande

(MS) no início dos anos de 1960. Com o golpe

militar, teve a prisão decretada em 1964. “O nosso Partidão tinha uma existência diária e permanente e jamais fizemos dos

resultados das urnas o nosso

objetivo maior. Aprendemos com Vasconcellos que a conquista do poder, a qualquer preço, é uma aspiração típica da burguesia”, recordou Liberato Caboclo, ex-prefeito de Rio Preto.

O comunista viveu na clandestinidade em Adolfo e Mendonça até que, em 1972, perío-do no qual utilizava codinomes para driblar a ditadura, foi preso novamente e levado para o quartel militar em Lins, local onde permaneceu por mais de um ano. Veio para Rio Preto em 1983, onde já tinha dezenas de amigos, e aqui se firmou como grande articulador político, sendo uma das figuras que mais influenciou políticos rio-pretenses.

“Ele tinha e mantinha o dever como princípio e este dever consistia na luta pela igualdade entre os homens. Era um verdadeiro animal político, como se autointitulava. Também se declarava ateu, mas como poucos praticou a máxima cristã do amai o próximo como a si mesmo”, destacou Manoel Antunes, ex-prefeito.

Vasco lutou ao lado de grandes nomes como Luiz Carlos Prestes, a quem serviu como segu-rança. “O idealista Vasconcellos será sempre uma paisagem belíssima na vida de quem, mesmo que pouco, o conheceu politicamente”, finaliza Antunes.

ÍCONE

VascoUm líder natural com energia para aceitar muitos desafios

Centro Cultural faz homenagemao velho comunista

Camarada

A Associação Cultural Antonio Roberto de Vasconcellos, Vas-

co, é uma instituição sem fins lucrativos e que tem como objetivo

principal promover o desenvolvimento sustentado de comunidades

rio-pretenses por meio de iniciativas sócio-culturais. Há mais de um

ano atuando em Rio Preto, o Vasco atendeu no ano passado mais de

150 crianças e adolescentes em diferentes bairros da cidade, aproxi-

mando o jovem da cultura por meio do teatro e da música.

Para Clara Tremura, presidente da entidade, o Centro, a exemplo

do velho comunista, falecido em dezembro de 2009, está compro-

metido com a liberdade. “Resolvemos homenagear esse grande

homem que sempre lutou por uma sociedade livre e consciente,

lutas que o Centro Cultural também defende”, comentou.

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Contato:R. São João, 1840 - Boa Vista

Fone: (17) 3011.1496

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Uns mais iguaisque outros

É um equívoco considerar a juventude de maneira generalizada. Não é raro ouvir por aí expressões do tipo: “os jovens já não são mais como anti-gamente”, “essa juventude não quer saber de

nada”, ou “na minha época, lutava-se por ideais”... e por aí vai! As várias gerações - que se modificam ao longo do tempo - são o reflexo do contexto político, social e econômico que as cerca.

A cultura de um povo determina suas atitudes e manifestações. E cultura não é algo que nasce pronto, que dá em árvore ou cai do céu. É herança e transfor-mação. Isso significa dizer que uma geração influencia diretamente as próximas gerações, que se encarregam em transformar a herança recebida.

Assim como não podemos falar em gerações iguais, os jovens não podem ser tratados igualmente quando enfrentam dificuldades distintas, moram em lugares distintos, estudam em escolas distintas, têm sonhos distintos e diferentes meios para alcançá-los.

No ingresso à universidade, na disputa por um emprego, na abordagem policial, por exemplo, sempre haverá jovens mais iguais que outros, diferenciados pelas roupas, origem, linguagem e cor da pele. Para o bem e para o mal.

O nível de desigualdade entre os jovens pode ser medido pela quantidade discrepante de jovens pobres pardos e negros presos ou mortos em decorrência da violência urbana, quando comparados aos jovens brancos e ricos.

Tratar esse quadro como mera coincidência é dar as costas a um genocídio social coletivo abençoado pela visão míope e torta de que todos são iguais. É cômodo dizer que todos são iguais quando se consegue condi-ções diferentes e privilegiadas para os seus.

O protagonismo juvenil, calcado no voluntarismo, espontaneidade e desprendimento para ações coleti-vas, é, por vezes, substituído por valores conservadores que tratam a solidariedade como coisa de gente ingê-nua e atrasada. Propaga-se a ideia de que moderno é salvar a si próprio, à revelia do mundo.

É fato que esse conceito é formado por aqueles que não temem os iguais separados, mas sim os diferentes que sonham juntos. Lutar contra esse pensamento pri-mitivo e selvagem é tarefa de todos aqueles que, inde-pendente da data de nascimento, carregam na alma os sonhos e a inquietude sempre jovens. E a melhor arma é estimular a busca por uma consciência coletiva plural, rebelde e libertadora.

É comum uma geração inteira de jovens ser tratada como personagem único da história de um povo, ignorando as diferentes gerações inseridasem diferentes momentos

JOÃO PAULO RILLO

Deputado Estadual - PTcontato@ joaopaulo

rillo.com.br

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ESPECIAL

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Sob o signo da modernidadeLonge desse efeito colateral, Felipe Costa da Silva é a expressão do desdobramento positivo. Nascido sob o signo da modernidade, o supervisor de atendimento de uma empresa de softwares de Rio Preto tem, desde os nove anos, uma relação de cumplicidade com a tecnolo-gia da informação. “Adorava jogar, ouvir músicas no computador”, relembra. Felipe admite impactos em seu comportamento por conta dessa relação íntima com a inova-ção. Informação, por exemplo, é algo que deve ser obtido com rapidez. “Eu sei como buscar”, resume, com a objetividade característica de uma geração de discurso ágil e de combustão fácil nas redes sociais.

Ciência, tecnologia e informação se unem para criar um novo mantra. Uma panaceia contemporânea capaz de influenciar comportamento, linguagem e perspectivas econômicas e produtivas, presentes desde os legumes embalados à vácuo até nas mais sofisticadas linhas de produção de peças para um Mercedes-Benz.

Novo paradigma para a produção Com esse objetivo, o deputado estadual João Paulo Rillo juntou os parlamentares de Rio Preto e região em uma frente para concretizar o Parque Tecnológico na cidade, concentrando empresas e instituições em um ambiente favorável à inovação tecnológica. Ele e o empresário Mauro Mano Sanches, cuja empresa, no distrito Ulisses Guimarães, produz peças para grandes empresas auto-motivas, juntos, defendem a aproximação entre a universidade e os setores produtivos. Seria uma mudança de paradigma na produção. “Não podemos continuar sustentando nossa economia a partir de commodities”, diz Mano Sanches, pioneiro na defesa do Parque. Rillo lembra que pro-dução qualificada exige empregos qualificados e bem remunerados. “Aperfeiçoar a formação da sociedade dá continuidade ao processo de crescimento do país”, avalia.

A criatividade emcontraposição à inutilidadeHugo Ramón Barbosa Oddone, psicólogo, gestalt-terapeuta e consultor, observa que a distribuição de renda e as políticas públicas democratizaram o acesso dos jovens brasileiros, gerando o que ele chama de instilação da esperança. “Há uma sensação real de que não dá para parar o Brasil. Cabe ao jovem dar sentido às mudanças”, sugere. Ele destaca a necessidade de manter o enfoque holís-tico da educação, utilizando-se as novas tecnologias como ferramentas a serviço da criatividade. “Criar e ser jovem são sinônimos”, equaciona. Porém, Oddone aponta também a face perversa das novas tecnologias, que afeta os jovens em especial. Ele teme a redução do homem a um apêndice da máquina, a um dente de engrenagem, e a transformação dele em homo consumens, obcecado em ter e usar mais. “Assim, esta sociedade – sob influência política ultraconservadora - produz coisas inúteis e, no mesmo grau, gente inútil”, alerta.

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PROFISSÕES

Turismólogo: Profissão reconhecida

Uma área abrangente que requer especialização e planejamento

Atualmente, com a regu-lamentação da profissão, sancionada neste ano pela presidente Dilma,

que vinha sendo reivindicada desde a formação da primei-ra turma, na década de 70, os profissionais de turismo puderam ampliar ainda mais sua área de atuação.

“Agora, além de gestores e administradores de tudo que envolve o trade turístico, também somos responsáveis por planejar, supervisionar, vistoriar e assinar projetos turísticos que queiram obter verbas públicas”, explica a turismóloga Walkíria Mecena Dias Gayotto Rumi, que atua na área de Consultoria em Projetos Turísticos para investidores parti-culares e prefeituras.

A faculdade de turismo mescla conhecimentos de geografia, história, administração, ciências sociais, arte, patrimônio e estatís-

tica. Inclui tam-bém assuntos

em voga, como eco-

logia,

meio ambiente e responsabilida-de social. A formação é com-plementada com estágios nos diferentes setores que a atividade abrange: do hotel a ONGs que promovem a formação técnica das comunidades que recebem os turistas.

O turismólogo é importante para ajudar a gerar riquezas, sem descuidar da preservação das cidades relacionadas com sua atividade ou com o bem-estar das comunidades envolvidas. Para Walkíria, a profissão de turismó-loga é fascinante. “É muito bom poder ensinar a população de cada local enxergar as oportu-nidades que estão diante deles, seja através do artesanato, da culinária, da cultura ou até da ar-quitetura, e com isso capacitá-los para que mudem suas vidas e de suas comunidades”, finaliza.

Interior de São Paulo tem opção para turismo

O turismo - um dos setores que mais cresceu nos últimos anos em todo o país - mostra números bastante expressivos em nossa

região. No ano passado, a pro-cura por viagens, no Brasil, cresceu 14% em compara-ção a 2010.

A região noroeste do Estado de São Paulo possui mais de 50 cidades, em um raio de 200 quilômetros, que merecem desta-que com relação ao turismo. Rica em lugares com belezas naturais, como cachoeiras, rios e lagos, propícios para passeios, que re-presentam um grande potencial turístico. Há cerca de 30 prainhas na região dos Grandes Lagos, em que o turismo se desenvolve em torno da pesca e do lazer, locais que atraem milhares de pessoas todos os fins de semana, principalmente os praticantes de esportes náuticos. Outro tipo de turismo muito praticado na região, com destaque para Rio Preto, é o turismo de negócios. A cidade recebe anualmente cen-tenas de congressos de diversas áreas que movimentam hotéis, restaurantes e comércio.

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“Ah, se eu tivesse a sua idade...”. Este é um comentário comum aos jovens quando são indagados pelos mais velhos. Muitos entendem que não fizeram o suficiente na juven-tude e que, se pudessem voltar no tempo, fariam melhor ou com mais intensidade. Mas nem todos pas-sam por esse período sem grandes feitos.

A União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) permite que a juventude se manifeste, fazendo com que esta fase seja marcada por atitudes. A UMES – Rio Preto foi fundada em abril de 1993, impulsio-nada pelo movimento Fora, Collor! A primeira diretoria foi eleita em chapa única por eleição direta em que votaram cerca de 15 mil estu-dantes, fato até então inédito.

A entidade já garantiu muitas conquistas. No seu primeiro ano de existência, aprovou na Câmara Municipal a lei da meia-entrada, apresentada pelo vereador Marco Rillo, que garantiu aos estudantes o direito de pagar 50% do valor do ingresso. O projeto também conce-deu o direito de emitir a Carteirinha Estudantil, que viabiliza financeira-mente o funcionamento da União.

A diretoria é composta por estu-dantes secundaristas que lideram o quadro durante dois anos. No 13° Congresso da UMES, realizado no dia 03 de dezembro de 2011, no Centro Cultural Vasco, foi eleita uma nova diretoria. A recém presidente, Beatriz Costa, 18 anos, acredita que este será um período de transfor-mações. “A nossa proposta dentro de tantos projetos e eventos é, acima de tudo, levar a discussão e ser parte do processo em busca do estudante crítico. Aquele que se levanta, luta e reconhece o sistema que massacra. Esse é o sonho e essa é a busca”, comenta a presidente.

Beatriz enfatiza a importância

da Carteirinha Estudantil, como ferramenta de auxílio, pois fornece, além do respaldo econômico, o contato com a escola e com o estu-dante. “Para alcançar as conquistas que desejamos, é necessário que o estudante se sinta representado e encontre uma entidade ativa”, conclui.

Nesta jornada rumo a uma sociedade mais participativa, é fundamental privilegiar a voz dos estudantes, tendo em vista que os jovens buscam a mudança social, expressa através da crítica, da criação e, sobretudo, da vivência de novos padrões democráticos. A sociedade precisa de novas ideias.

NovosAresSob nova direção, movimento estudantil promete dar voz à juventude

RADAR ESTUDANTIL

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POR MANI JARDIM

Contato:Fone: (17) 3033.2033www.umesriopreto.com

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Adrenalina

Radical

ESPORTES

Apesar de oferecer um leque de manobras complicadas,o skate tem diversos estilos que respeitam o nível de cada atleta

O designer de jóias, de Rio Preto, Luis Carlos Sabones, 41 anos, conta que pratica a atividade desde os dez. Para ele, a prática traz inúmeros benefícios que vão desde a vivência nas ruas aos resultados que favorecem a coordenação motora. “Esse prazer influencia minhas coleções de jóias e também é fundamental no meu dia a dia, acho que todo mundo tem que fazer o que gosta.” Sabones comenta que o hobby é algo que ele pretende passar para os seus futuros filhos. Na tentativa de mostrar a importância do esporte, alguns jovens da cidade se uniram para montar um projeto que se baseia em dados da Confederação Brasileira do Skate (CBSK). Fabrício Castilho Epifanio, 24 anos, gerente de uma loja de skate, é um dos envolvidos. POR MANI JARDIM

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Fevereiro/2012 > VOLVER > 15

“Esta é uma associação prevista para começar no início de 2012; ela conta com a união de vários skatistas que buscam mudar a realidade e a visão do skate em Rio Preto.” Inicialmen-te, o grupo pretende aumentar as condições para a prática e desenvol-ver projetos que visem novas e mais modernas unidades de skate. Buscar alternativas para que cada vez mais pessoas conheçam o skate faz parte da rotina do atleta Flávio Augusto Lopes, o Flavinho, de 27 anos. O skatista, referência no interior do estado de São Paulo, é responsá-vel pelo projeto da pista do Júpiter Olímpico, em Rio Preto, junto com o professor de skate Rodrigo Zaneli. Recentemente, a dupla se dedica ao mais novo projeto aprovado, a praça de skate de Guapiaçu, inaugurada em novembro de 2010. “A praça traz um estilo que ainda não existe no

Brasil”, comenta Flavinho. De acordo com o skatista, há quatro anos um projeto semelhante foi apresentado para a prefeitura de Rio Preto, mas foi recusado. A tentativa de disseminar o skate e permitir novas possibilidades pare-cem ter agradado o público. Flavinho conta que, por dia, cerca de 60 pesso-as passam pela praça. “Para andar no local, não existe custo nem restrição de idade, o diferencial é que as crian-ças que estão iniciando recebem o acompanhamento de Zaneli”, diz. Rio Preto e região oferecem alterna-tivas para quem pretende começar a se dedicar ao esporte. O ideal para quem está começando é buscar aparatos que garantam a segurança, como capacete e joelheira; uma dose de adrenalina e coragem também não pode faltar. Reúna os amigos, um skate de qualidade e divirta-se!

Pista do Júpiter Olímpico: Avenida Du-que de Caxias, bairro Vila Elvira. Horário de funcionamento: de segunda a segunda das 8h às 20h.

Pista do Pinheirinho: Rua Beatriz da Conceição, n° 340, bairro Solo Sagrado. Horário de funcionamento: de segunda a segunda das 8h às 22h.

Pista de Guapiaçu: Rua Rui Barbosa, n° 340, Praça Cecap. Horário de funciona-mento: de terça a domingo das 8h às 17h.

Locais para andar

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Skatista Flavinho pratica manobras em seu mais novo projeto aprovado

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É normal que, na hora de escolher um filme para assistir, torne-se fator decisivo o quanto uma ou outra produção ganhou de prêmios. Mas, de uns tempos para cá, essa não tem sido uma prática muito confiável. Ano pas-sado, por exemplo, dos longas que concorreram à categoria principal do OSCAR, pelo menos dois mereciam levar a estatue-ta, por conquista artística e domínio pleno da lin-guagem cinematográfica. Cisne Negro, um drama psicológico complexo e perturbador, e A Rede Social, a história por trás da criação do Facebook, contada de forma sórdi-da, eram fortes candida-tos. Porém, quem acabou ganhando foi O Discurso do Rei, produção sobre o monarca britânico George VI e sua falta de habilida-de em falar em público.

Sem entrar no mé-rito da trama, o mais importante na hora de se entregar aquele que é considerado o prê-

mio mais influente da indústria cinematográfica norte-americana deveria ser a relevância da obra para a sétima arte. Mas parece que é levado em consideração o nível de empatia com o públi-co. O Discurso do Rei é obviamente mais agradá-vel, simpático e “inofen-sivo” para o espectador comum. Uma história de superação, mostrada quase na forma de um filme de “auto-ajuda”, tem mesmo boas chances de agradar. Mas isso não coloca nenhuma obra como merecedora de um prêmio cuja finalidade é destacar o “melhor” e não o mais comercial.

Neste mês de fevereiro, acontece a edição 2012 do OSCAR e situação se-melhante pode novamen-te marcar a premiação. Apesar de os indicados não terem sido revelados até o fechamento desta edição, pode-se prever al-guns filmes disputando o páreo. Árvore da Vida, do diretor Terrence Malick,

um exercício cinemato-gráfico que instiga uma profunda reflexão. Tudo Pelo Poder, que, apesar da visão fatalista, é uma boa película sobre os bas-tidores da política. Meia Noite em Paris, recente produção de Woody Al-len, ou mesmo The Artist, longa mudo e em preto e branco que conquistou a crítica e se tornou favorito de vários prêmios pré--Academia.

Por outro lado, se os critérios forem os mesmos do ano passado, quem tem mais chance de vencer é Cavalo de Guerra, o novo filme de Steven Spielberg, cuja trama mostra a amizade de um garoto e seu ca-valo durante a 1ª Guerra Mundial. Melodramático e feito para encher os olhos do espectador de lágrimas, a produção tem tudo para agradar por seu tom familiar. Numa premiação que prefere “sessão da tarde” à cele-bração artística, não seria surpresa alguma.

ALEXANDRE LUIZPublicitário e blogueiro [email protected]

CINEMA

Sobre o autor: Alexandre Luiz de Barros Rosa, pós-graduado em Cinema e Vídeo, escreve para o blog RE-ENTER e no site Cine Alerta.

Melodrama de Spielberg ‘Cavalo de Guerra’ tem chances no Oscar

Filme de Terrence Malick dividiu opiniões em 2011

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Fevereiro/2012 > VOLVER > 17

EVENTOS

A sétima edição do evento Fora do Eixo foi rea-lizada no último dia 19 de janeiro, na Cervejaria Riopretana, em São José do Rio Preto, ideali-zada pelo Timbre Coletivo e pelo Circuito Fora do Eixo. Na noite, estiveram presentes cerca de 250 pessoas. As atrações do circuito foram as bandas de reggae Ambulantes, de São Paulo, e Neriahkaya, de Rio Preto, e também o grupo Dureggaeaohiphop e o DJ Nego Dan, além de intervenções de graffiti e áudio visual. O circuito é uma rede de trabalhos concebida por produtores culturais das re-giões centro-oeste, norte e sul do Brasil. O projeto, que existe desde 2005, é constitu-ído por mais de 80 instalações, presentes em 26 estados do País.

NOITE FORADO EIXO7ª Edição

Conheça mais de Timbre Coletivofacebook.com/timbrecoletivofde

Conheça mais sobre o Circuito Fora do Eixo facebook.com/foradoeixo

Alexandre Kaldera, Taroba e Pecks

Joe, Bruna Junqueira, Willian Cardoso

Taroba e Bobby Santos

Galera curtindo o evento

Banda Ambulantes Som Mozum

Nathalie Gingold e Fernando Macaco

Matheus Pereira, Gustavo Colombo, Carlos Henrique, André Aguirre e Yago Marçal

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18 > VOLVER > Fevereiro/2012

D e certo ponto de vista literal, ou encontramos um equivalente ao conceito de chamamento, ou aquilo que chama outrem. Algo que norteia, propondo uma forma de predestinação. Talvez, poderíamos

propor até um modelo de inclinação que possa sugerir uma tendência. Algo que, em alguns casos, pode ser descrito como talento, ou, em um vocabulário coloquial, uma queda.

A vocação é aquilo que nos invoca, convidando a trilhar um caminho e daí então passa a nos cobrar para que tentemos, a todo custo, angariar recursos no intuito de justificá-la. Essa ideia nos move para certa direção, muitas vezes até sem que percebamos. Algo que está, de alguma forma, impresso no espírito.

Não sossega, mesmo quando se está sossegado. A voca-ção tem uma relação direta com o sonhar, por conta disso mesmo, quando dormimos, nossa vocação está em plena atividade. Tem uma face da qual nunca se conhece por com-pleto, mas que, ao mesmo tempo, nos chama o tempo todo. Isso faz com que amor e ódio disputem espaço num mesmo pensamento.

Essa que pode até ser chamada de habilidade especial é maior e claramente diferente do desejo daquele cuja alma ela habita. É uma forma de desejo, no entanto, que vem antes do

eu desejante num exemplo claro de certo pensamento que estava no mundo antes do pensador. Uma aptidão não de-pende da vontade do sujeito para existir. Muitas vezes, o que se deseja é exatamente não ter certa vocação. Assim como podemos desejar ter certa vocação da qual pode parecer-nos completamente ausente em nós.

Seja qual for o modelo de relacionamento com a vocação, é um ambiente apto à geração da inveja. Alguém que, de alguma forma, não pode conhecer e, assim, desenvolver sua vocação pode invejar aquele do qual, pelo menos aparente-mente, desempenha bem a sua. Podemos pensar também em uma situação em que nossa vocação tenha nos levado por ca-minhos tão tortuosos, que invejemos aquele que (pelo menos à vista) não dá a mínima para essa história de vocação.

A necessidade de conhecer a vocação é análoga ou, de alguma forma, coincide com a tarefa do conhecimento do eu. Descobri-la e criar um vínculo com a própria vocação é a criação de um instrumento para nos tornarmos reais no mundo. Em última análise, um veículo para a realização. Uma permissão da alma para que um sonho seja percebido, con-tido, ou acolhido afetivamente no eu e que, daí por diante, desenvolva-se, cunhando recursos através da criatividade, em prol da realização.

RENATO DIAS MARTINOPsicoterapeuta e [email protected]

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