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201

5 N

º 13

Yes, criança adora moda.

crise? não, obrigada.

e eles também!

o inverno vai ferver!

A moda a seus pés!

A moda a seus pés!

(37) 3226-3660 | comercialblittz@gmail.com | www.talya.com.br

Rua José Militão dos Reis, 402 - Park Dona Gumercinda Martins

ESTAMOS RECRUTANDO REPRESENTANTES.Te acompanha em todos os lugares.

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Rua José Militão dos Reis, 402 - Park Dona Gumercinda Martins

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CARTA AO LEITOR

Página virada, página aberta, prontinha para novos projetos e realizações. Costuma ser assim quando um ano termina e outro inaugura, como um caminho aberto a ser percorrido passo a passo. Neste 2015, que está só começando, não será diferente. Para quem busca concretizar tudo aquilo que até bem pouco tempo estava somente no plano das ideias, o ide-al é planejar, antecipar-se e, principalmente, manter-se bem informado. Afinal, sem ter em mãos as informações que re-almente importam, fica um tanto mais difícil preencher essa tal página em branco de maneira assertiva. É por isso que esta edição da Salt está tão especial. Para que fabricantes e lojistas do setor calçadista acertem a mão e invistam com a certeza de que estão no rumo correto. Aqui você encontra um apanhado do que realmente vai pegar no inverno 2015 e já se antecipa com detalhes frescos do verão 2016. Isso mesmo! A designer e empresária Paula Bahia é a nossa entrevistada e aqui ela fala sobre como começou e, principalmente, de como construir um senso estético apurado, o que é de vital importância para quem vive e trabalha no mundo da moda. Quer saber quais os prognósticos da economia para este ano que se inicia? Está tudo aqui. A gente ainda conta um pou-co a história de alguns estilistas que emprestam seu brilho para algumas das coleções mais bacanas de Nova Serrana, mostra nomes de empresários da região que estão em alta e muito mais. A cereja do bolo fica por conta da convidada para o editorial de moda: a linda (por dentro e por fora, viu?) atriz global Erika Januza, que em 2014 figurou no elenco da novela “Em família” como melhor amiga da personagem de Bruna Marchezine. Quer mais? Então, vem com a gente. A revista está linda de viver! Bom 2015 para todos nós.

Hellen Viegas FernandesDiretora

DIRETORAHellen Viegas

EDITORA DE JORNALISMOLenora Rohlfs

JORNALISMOAna Helena MirandaLorena Franco Milo

COLABORADORESBruna Bittar

PROJETO GRÁFICOVoice Design

DESIGNAntonio Roque, Kayta Alves e Mima Carfer

COMERCIALRogelma Alves

TRATAMENTO DE IMAGEMCarlos Rocha

REVISÃONayara Garófalo

FOTÓGRAFOSÁlvaro Fráguas, Breno Mayer, Daniel Mansur, Gui Paganini,

Kayta Alves, Liliane Silva e Yandeara Oliveira

OPERAÇÕESMarcella Belisario

GRÁFICAGráfica FORMATO

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO10.000 exemplares

DISTRIBUIÇÃOGratuita

CIRCULAÇÃONacional

CORRESPONDÊNCIAAv. José João Rodrigues, 1135, Fausto Pinto

da Fonseca - CEP: 35519-000Nova Serrana / MG

salt@revistasalt.com.brTel: 37 3226.4068

PARA ANUNCIARcomercial@revistasalt.com.br

A revista Salt é uma publicação da Salt Comunicação e Editora Ltda.

A revista Salt não se responsabiliza pelas opiniões, artigos e conceitos emitidos nos textos assinados e/ou anúncios, por

serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).

10 | REVISTA SALT

STYLING BRUNA BITTARFOTO ÁLVARO FRÁGUASBEAUTY EMERSON CARDOSOMODELO ERIKA JANUZABLAZER AUDREY

FB.COM/REVISTASALT

REVISTASALT.COM.BR

@revistasaLt

ÍNDICE

16 | TENDÊNCIA :: qual a cara do inverno 2015?

20 | VERÃO 2016 :: pistas para o ano que vem!

26 | ESPECIAL KIDS :: parece que elas já nascem sabendo

30 | TREND :: mood psicodélico

32 | TREND :: ritmo frenético

36 | ENTREVISTA :: Paula Bahia

40 | TREND :: mais detalhes, por favor!

42 | TREND :: muito estilo

44 | GENTE QUE FAZ :: ”a vida é um espelho”

46 | EDITORIAL :: arrase!

56 | COLUNA :: radar fashion

60 | LIFESTYLE :: com que sapato eu vou?

66 | MUNDO DA MODA :: estilo é o que não falta

72 | MARKETING :: fadas madrinhas

96 | AGENDA :: eventos do setor calçadista

18

46

18 | INVERNO 2015 :: dá-lhe marsala, porque a moda é tudo!

12 | REVISTA SALT

60

76 | ECONOMIA :: quando sucesso rima com otimismo

80 | BOA DICA :: arte em couro

82 | HISTÓRIA :: luxo dos luxos

84 | CLÁSSICOS :: eternos queridinhos

86 | TREND :: a cara dos pais

88 | PONTO DE VISTA :: natural ou sintético?

92 | COMPONENTES :: ao ataque

94 | ROTEIRO FASHION :: o charme fashion de florença

98 | ENDEREÇOS

COLABORADORES

14 | REVISTA SALT

ÁLVARO FRÁGUAS

O fotógrafo e publicitário Ál-varo Fráguas atua na área de produção e fotografia, princi-palmente de moda, há mais de 15 anos. Reconhecido no mer-cado, já assinou trabalhos para as principais marcas mineiras de moda.

YANDEARA OLIVEIRA

Há cerca de seis anos, a fotó-grafa Yandeara Oliveira costu-ma ser vista com sua câmera sempre a postos. Nesta edição da Salt, ela é responsável por vários cliques realizados em Nova Serrana.

BRUNA BITTAR

A stylist Bruna Bittar assina diver-sos editoriais de moda para revis-tas e catálogos de impor- tantes marcas mineiras. Nesta edição, ela assina o editorial Arrase!

LENORA ROHLFS

Lenora Rohlfs é jornalista, atua na imprensa mineira e nacional e trabalha para diversas mídias. Produz e apresenta o programa Tendências na Guarani FM, e é editora das revistas Habitat Imó-veis e Salt.

ROGELMA ALVES

Há três anos na Salt, Rogelma faz parte da equipe de Nova Serrana. Inicialmente à frente da adminis-tração da revista, hoje atua no se-tor comercial.

KAYTA ALVES

A estudante de publicidade Kayta Alves é também desig-ner gráfica e fotógrafa de pro-dutos. Acostumada a desen-volver catálogos para diversas marcas de calçados, bem como outras peças publicitárias, ela também integra a equipe de Nova Serrana.

16 | REVISTA SALT

TENDÊNCIA

CHANELINVERNO 2015

REVISTA SALT | 17

Mais do que um show à parte, desfiles de moda das principais grifes, sejam internacionais ou as tops brasileiras, costumam ser uma enciclopédia aberta de tendências. É de lá que saem as principais inspirações que definem, em todo canto, um sem-número de coleções. Cores, prints, shapes, acessórios... É uma maratona, um vai e vem de opiniões, de exclamações e até de nariz torcido até se chegar, enfim, aos itens fashion de cada estação, que são considerados indispensáveis. Das semanas de moda internacionais às nacionais, jornalistas especializados, formadores de opinião, celebridades, it girls, it boys e meros mortais elegem, com clamor, o que será usado nos próximos meses. Aqui, o foco é o inverno 2015. Pesquisamos, buscamos informações em blogs, revistas de moda e sites de macrotendências para fazer um pot-pourri daquilo que vai estar primeiramente nas araras e prateleiras das lojas e, depois, nos closets e sapateiras e, por fim, nas ruas.

TEM PRA TODO MUNDO Das passarelas do São Paulo Fashion Week, a blogueira Camila Coutinho elegeu a bolsa com franjas (olha ela aí de novo!) como acessório indispensável. Ins-piradas no ano chinês, que tem o cavalo como representante, a marca Lilly Sarti apresentou clutches molinhas nas cores bege, amarelo, marrom, cinza chumbo e preto, e, também, um mode-lo maior de bolsa, que tem como charme os detalhes de ferradu-rinhas. Sobre o achado, Camila foi direta ao ponto: “Tenho certe-za de que será um acessório do tipo tem que ter, sabe?”, brincou.

Já a jornalista Paula Merlo apostou na tendência do normcore, que nada mais é do que se produzir tendo como inspiração o conforto aliado a um jeito descolado de ser. O estilo é polêmico, daqueles que você ama ou odeia. Aí entra em cena uma das características do normcore, que é amarrar o casaco na cintura. Ok, mas a proposta é mais específica: não é exatamente aquele look de dar um nó nas mangas do agasalho por cima de qualquer peça. A ideia é deixar o elegante com um ar despojadinho. Ou seja, sabe aquele vestido que é a cara da riqueza? É ele que vai ganhar o casaco amarrado na cintura. Para arrematar o look, nada melhor do que um belo salto. Foi assim que Paula Merlo desfilou pelos corredores do São Paulo Fashion Week. No Instagram da bonita, a imagem com o look inspirado bombou e até virou caricatura.

Nos pés, sapatos com pegada masculina prometem dominar a cena. Gloria Coelho, por exemplo, levou às passarelas um mo-delo fechado, bicolor e de bico fino. Já Pat Bo, em parceria com Luiza Barcelos, desenvolveu um modelo Oxford com bordados que é um luxo! e a animale apostou suas fichas nas botas enver-nizadas com cano curto. O salto? Certamente não será o forte da estação. Agora, como sempre tem quem ame de paixão vi-ver nas alturas, uma boa aposta que virá firme no inverno são as plataformas ultramodernas e para todos os momentos, como as apresentadas pela iódice. •

A MODA ANDA BASTANTE ECLéTICA, COM OPÇÕES qUE ATENDEM A TODOS OS GOSTOS. MAS HÁ ALGUNS CONCEITOS qUE DEFINEM E DÃO A CARA DA ESTAÇÃO. AqUI VOCÊ CONFERE O qUE JÁ PEGOU E O qUE VAI PEGAR NO INVERNO 2015!

POR Lorena Franco Milo

FOTO Divulgação

DO INVERNO 2015?QUAL A CARA

18 | REVISTA SALT

INVERNO 2015

VALENTINO

GUCCI

PANTONE

VICTORIA BECKHAM

REVISTA SALT | 19

Quem trabalha com moda, vive da moda ou simplesmente ama moda viu, no final do ano, a nova tendência de cor lançada pela PANTONE para o ano de 2015. O nome dela é Marsala, um tom elegante e universalmente atraente. Para chegar à cor eleita (em código Pantone, 18-1438), a empresa conta com uma comissão que se reúne, em segredo, duas vezes ao longo dos 12 meses do ano. Os coloristas lançam conceitos de paletas, debatem as tendências relacionadas às cores escolhidas a partir do know-how de especialistas e, finalmente, escolhem qual tonalidade será o “new black”.

Nada nessa história é brincadeira. Definida a cor, pode ter certeza que ela vai acontecer, seja na roupa, no sapato, na decoração, acessórios, maquiagens, o que for. A verdade é que a Marsala já havia começado a dar o ar da graça durante 2014, em looks de famosas e também nas passarelas nacionais e internacionais (basta lembrar os desfiles Verão 2015 da Chloé e Rick Owens e Inverno 2015 das brasileiras Animale e Amapô).

O tom, que leva o nome de um vinho italiano, é na verdade um revival daquela invasão “burgundy” vivida há algumas temporadas. Meio vinho, meio marrom, meio vermelho, o certo é que a cor é muito, muito chic! Melhor ainda, é bem mais democrática que a última star color: cai bem em peles branquelas, morenas e negras. No make, se já era difícil resistir a um bocão vinho, agora vai ficar impossível! Do efeito mate ao laqueado, o resultado é um look mega sofisticado instantâneo.

E o certo é que, apesar de ter uma pegada mais invernal, a Marsala arrasa em qualquer estação. “Confiança e estabilidade”, “bom gosto”, “natural e em contato com a natureza” e “agradável” foram alguns dos termos usados pela Pantone para descrever a cor! •

é COMO SE DERRUBASSEM UMA TAÇA DE VINHO EM TUDO qUANTO HÁ. A COR DA VEz CONSEGUE SER CHIqUE E DEMOCRÁTICA

POR Lenora Rohlfs

FOTO Divulgação

pORQUE A mODA é tUDO!Dá-LhE mARsALA,

CELINE

20 | REVISTA SALT

VERÃO 2016

Tudo bem, estamos em pleno verão 2015, mas já dá para se ter uma ideia de como será a estação mais quente do ano que vem. O bureau de tendências Trend Council divulgou boletim com as principais tendências de cores e estilos para a Prima-vera-Verão 2016. A primeira delas foi intitulada “Bird of Prey”, algo como “Pássaro da oração”, em tradução livre. Nela, ex-plora-se uma cartela de cores vibrantes que remetem às pe-nas de pássaros. Este material, inclusive, é um dos caminhos do Trend Council para o verão 2016.

Outra aposta do bureau é o que ele chama de “Tiny Dancer”, ou “Pequena Bailarina”. Modelagens que lembram os trajes de balé, acompanhadas de tecidos como o cetim e o filó, ga-nham destaque.

No quesito moda praia, o Trend Council agrupou tendências que apelidou de “Sea Creature”, ou “Criatura do Mar”. Entram em cena estampas digitais que exploram a animal print, colares com várias camadas, as já conhecidas franjas e as sandálias de corda.

qUEM GOSTA DE SE ANTECIPAR, JÁ PODE COMEÇAR A ENTENDER AS TENDÊNCIAS DO VERÃO 2016

POR Ana Helena Miranda

FOTOS Divulgação / Breno Mayer

pIstAs pARA O ANO QUE VEm! LOOK CILA,VERÃO 2014

REVISTA SALT | 21

TREND ALERT VERÃO 2016 Segundo o site WGSN, algumas tendências para o verão 2016 já estão acertadas. Há clássicos que permanecem, enquanto novidades do verão passado (2013) ganham novas releituras. Confira abaixo o que está por vir.

SURPRESA! A moda vira e mexe prega alguns sustos na gente. Quem lembra de consultoras e estilistas reprimindo os sapatos brancos vai ficar surpreso ao saber que eles subiram na pirâmide social da moda e prometem dominar o verão 2016.

PODEROSA As gladiadoras já cres-ceram e apareceram e, em 2016, ganham nova abordagem. O modelo flat continua, mas ganha um up com um pequeno salto.

22 | REVISTA SALT

VERÃO 2016

CASUAL FEELING Quem quer sair da ditadura das Havaianas pode apostar nos chinelos com tiras duplas, a la Birkenstock.

NEUTRALIDADE MÁxIMA Quando o assunto é cartela de cores, o verão 2016 aposta em tons bem neutros. Ponto para o cinza bem clarinho e para o rosa quase nude.

MODERNO E ETERNO Os mocassins carregam uma aura caretinha, resquício dos velhos tempos. Pois é hora de deixar o preconceito de lado e aderir ao modelo, que com cores e acabamentos variados, fica para lá de moderno. •

SWEAR BY

RICHARD NICOLL

TOD’SRICK

OWENS

26 | REVISTA SALT

ESPECIAL KIDS | COMPORTAMENTO

REVISTA SALT | 27

FOTOS Divulgação

POR Lenora Rohlfs

De repente, parece que ficou difícil ser criança. a fase, que há até pouco tempo era chamada de melhor idade, mudou de categoria. Agora a melhor idade é acima dos 60, a idade com que o indivíduo pode realmente ser a criança que quer ser.

Responsabilidades, cobranças, erotismo precoce, solidão com seus videogames, ensino cada vez mais voltado para a competição, preconceito, discriminação, a ne-cessidade de saber o máximo em relação a tudo e a todos. Não dá para saber onde esta história começou a ficar complicada, mas cada um dos itens relacionados aci-ma certamente tem sua parcela de contribuição para que o universo infantil já não seja mais aquele que podia ser traduzido facilmente como “uma época de sonho, de puro encantamento”.

Assim como o universo dos adultos, há, entre as crianças e também entre quem as educa para que sejam assim, uma busca frenética pelo poder do quem sabe mais. Mas a questão é saber mais sobre o quê? O que exigir ou cobrar de uma criança ou de um adolescente? Que postura é essa que o mundo de hoje pode querer de um ser em plena formação?

Ser criança hoje e há duas décadas (que estão logo ali... veja só) é muito diferen-te. Quem passou pela adolescência na década de 80, por exemplo, sabe que era comum não saber o que se queria ser na vida. A vida era uma página em branco – página de papel, não no word, no computador. O mais importante a ser aprendido naquela época era saber o que era caráter e o que era falta de caráter. Hoje esses valores continuam sendo passado para as crianças, mas o mundo já é outro.

Crianças hoje parecem já nascer ligadas no 220 volts . Sempre super espertas, com respostas na ponta da língua para todas as perguntas. Muitas vezes nem precisam entender do assunto. Porém, discursam sobre um tema com uma propriedade que realmente impressiona. Encontram soluções para certos problemas com uma sim-plicidade de dar inveja a qualquer marmanjo. São obrigadas, muitas vezes, a lidar com questões que décadas atrás crianças nem sequer tinham conhecimento.

CRIANÇAS ESPERTAS, LIGADAS NO 220 VOLTS: ESTÁ NA HORA DE DEIxAR qUE ELAS SEJAM SIMPLESMENTE CRIANÇAS E, AO MESMO TEMPO, ENTENDER qUE ESTIMULAR O COMPORTAMENTO DE MODA, DESDE CEDO, PODE SER BASTANTE SAUDÁVEL

Já NAsCEm sABENDOpARECE QUE ELAs

28 | REVISTA SALT

ESPECIAL KIDS | COMPORTAMENTO

MODA E CONSUMO INFANTIL Como o mundo já é outro realmente, pes-quisar sobre o universo infantil e sobre a relação das crianças com moda e consu-mo também pode reservar surpresas in-teressantes. Li em um blog, que não me lembro agora qual, a seguinte pergunta: você já parou para perceber qual a rela-ção que seu filho tem com as roupas que veste? Como ele escolhe o que vai usar – se já escolhe –, as peças com as quais ele se sente mais à vontade, as cores nas quais ele mais se reconhece ou se sim-plesmente não está nem aí pra nada e permite, numa boa, que você decida tudo por ele? Pois bem, saiba que esta relação desde já está contribuindo com o com-portamento de moda que ele vai adotar para si e, ainda, revelando um pouco de sua personalidade.

Como as crianças de hoje sabem exa-tamente aquilo que querem, a moda, como uma das formas de expressão mais evidentes, consegue ser um des-ses primeiros momentos de transmitir quem a criança é. Notar se ela curte um estilo mais romântico, moderno ou cria-tivo pode revelar mais sobre seus gos-tos, o modo como se sente e como ela quer ser percebida.

Estimular o comportamento de moda nas crianças pode ser saudável. Isso contribui com sua autoestima, autoconhecimento, segurança e livre arbítrio, características e valores que transcendem o ato de ves-tir. Que tal usar a moda como aliada na relação entre pais e filhos?

REVISTA SALT | 29

COMPORTAMENTO SOCIAL NO CONSUMO DA MODA INFANTIL Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconsequente. As crianças, ainda em pleno desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e, infelizmente, sofrem cada vez mais cedo com as graves conseqüências relacionadas aos excessos do consumismo.

As crianças são um alvo importante, não apenas porque escolhem o que seus pais compram e são tratadas como consumidores mirins, mas também porque quando impactadas desde muito jovens, tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é praticamente imposto.

a maioria dos pais cede à pressão dos filhos quando vai às compras, mesmo sabendo que o atendimento do pedido pode afetar o orçamento. Essa conduta foi detectada em 52% dos entrevistados em uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito e pelo portal Meu Bolso Feliz. O estudo indica formas de “negociação” entre filhos e pais. Para 22% dos pais, o argumento mais difícil de negar uma compra é “se você me der isso, eu prometo fazer aquilo”. Em segundo lugar, vêm as chantagens emocionais como “todo mundo tem e só eu que não vou ter” e “meus amigos vão rir de mim se eu for o único que não tiver”, apurando que 16% dos entrevistados cedem para não se sentirem culpados.

Os produtos mais comprados para os filhos nos últimos três meses são eletrônicos, como jogos, celulares e notebooks. Em seguida, roupas, programas de passeio, calçados e brinquedos. Os pesquisadores ouviram 694 pessoas com mais de 18 anos, alfabetizadas, de todas as classes econômicas, nas 27 capitais. texto do site oticalacroisette.com.br •

30 | REVISTA SALT

mOOD psICODéLICO Foi-se o tempo em que o look para MALHAR ERA SEM CHARME E SEM GRAÇA. CORES VIBRANTES E INTENSAS SÃO PRESENÇAS GARANTIDAS EM ACADEMIAS E RUAS. NOS TÊNIS, ENTÃO, NEM SE FALA! DO ROSA AOS MULTICOLORS, ELES TRADUzEM O ESTILO DESCONTRAÍDO E ALEGRE E AINDA SÃO UM INCENTIVO A MAIS, PARA NINGUéM PERDER O PIqUE FASHION. é PURA ANIMAÇÃO!

TREND

FOTOS Kayta Alves / Divulgação

POR Lorena Franco Milo

BIKER

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32 | REVISTA SALT

RItmO FRENétICO

TREND

CORRIDA, MUSCULAÇÃO, CROSS FIT, OU SIMPLESMENTE PARA O BATE PERNA, SEJA qUAL FOR A ESCOLHA, ELE MERECE UM BOM TÊNIS. AINDA BEM qUE A DOBRADINHA BELEzA E CONFORTO ANDAM GRUDADAS NESTA ESTAÇÃO. PARA OS GAROTÕES qUE qUEREM CHEGAR NO VERÃO COM TUDO EM CIMA, A MELHOR PEDIDA é ALIAR ESTILO DA CABEÇA AOS PéS, CLARO. DIFÍCIL SERÁ ESCOLHER qUAL O TÊNIS MAIS BONITO, PORqUE CONFORTÁVEIS, TODOS SÃO.

FOTOS Kayta Alves / Divulgação

POR Lorena Franco Milo

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36 | REVISTA SALT

Dizem que a criatividade mora em Minas. No quesito moda, é comum escutar também que o que é feito aqui tem sempre uma assinatura peculiar, que pode ser traduzida em um acabamento impecável e uma pegada artesanal, cada vez mais difícil de ser encontrada. Se esse olhar diferenciado está em falta em outros lugares, em Minas há um quê de poesia que parece estar sempre associado ao mundo fashion mineiro. Entre os nomes que justi-ficam tantos elogios, um deles, certamente é o de Paula Bahia.

Desde que começou a criar seus primeiros calçados há 20 anos, até os dias de hoje, Paula tem conquistado estilistas, celebrida-des e quem mais for apaixonado por um sapato bonito. Criativa e original, a cada estação a designer consegue manter o nível de sua produção sem fugir das características que fizeram com que seu sapato sobressaísse em um universo bastante competitivo e infestado de cópias. Por sinal, se existe algo que impressiona igualmente no trabalho de Paula Bahia é que nem o banal, nem a cópia fazem parte de seu repertório.

O segredo – se for possível traduzir em poucas palavras o sucesso de um trabalho autoral como o de Paula – é pro-curar sempre o equilíbrio entre a novidade e o comercial. Há ainda outro item indispensável para que a proposta da designer se sobressaia e mereça sempre a atenção e o aplauso de quem conhece de moda: seu constante aprimo-ramento do senso estético. Um caminho que, para Paula, está intimamente ligado às artes, onde quer que ela este-ja. E onde quer que ela esteja, seja no cinema, nas artes plás-ticas, na arquitetura e na própria moda, lá estará o olhar curioso da designer, com sua sede insaciável de absorver a beleza em cada mínimo detalhe.

Com uma produção de 1.500 pares/dia e uma demanda que vai muito além das duas coleções anuais, Paula Bahia conversou com a Salt em um tumultuado mês de dezem-bro. Para nós, é sempre um prazer ter por perto alguém como ela.

CONHECIDA POR CRIAR UM SAPATO qUE SOBRESSAI EM UM UNIVERSO BASTANTE COMPETITIVO, A RECEITA DA DESIGNER PAULA BAHIA é SIMPLES: BUSCAR APRIMORAR CONSTANTEMENTE O SENSO ESTéTICO

O CAmINhO é Um só

POR Lenora Rohlfs

FOTOS Liliane Silva / Divulgação

ENTREVISTA

REVISTA SALT | 37

qUANDO FOI qUE VOCÊ SE DESCOBRIU COMO DESIGNER DE SAPATOS? Na adolescência, eu já tinha o costume de desenhar para mim o sapato que eu gostaria de ter. Meus familiares e minhas amigas gostavam daquilo que viam e me pediam para fazer para eles também. A família e as amigas foram meus primeiros clientes.

E COMO SE PROFISSIONALIzOU? Só fui entender que realmente este era o meu caminho quando participei de uma feira de calçados em Belo Horizonte e o meu trabalho foi reconhecido e elogiado. Já tinha a fábrica há dois anos, e foi um momento muito marcante, pois tivemos muitos pedidos ali, vindos de todo o país. Dali em diante, começamos a parti-cipar de feiras Brasil afora, para tornar meu produto conheci-do. Aliás, participo de feiras do setor até hoje. Elas são muito importantes nessa divulgação.

VOCÊ CHEGOU A SE FORMAR EM ADMINIS-TRAÇÃO DE EMPRESAS E AINDA CURSOU UMA BOA PARTE DO CURSO DE DECORA-ÇÃO. EM qUE ESSES CURSOS INFLUENCIA-RAM qUANDO VOCÊ RESOLVEU MONTAR SUA EMPRESA? Nem o curso de Administração, nem o de Decoração foram determinantes no que faço. Mas acredito que ter me formado em Administração de Empresas me deu uma visão geral de um negócio, uma visão organizacional e de marketing. No caso da Decoração, já é um caminho mais ligado ao que escolhi para mim, já que é uma profissão volta-da para o senso estético, que amplia seu conhecimento sobre cores, sobre história da arte de um modo geral. Acredito que para um estilista, ter cultura, principalmente no que diz res-peito à arte, é muito importante.

COM 20 ANOS DE FÁBRICA, qUAIS AS MUDAN-ÇAS qUE VOCÊ CONSIDERA MAIS IMPORTAN-TES NESSE PERÍODO? Ah... no começo tínhamos que desbravar, aprender como é que se fazia um sapato. Era comum trazer um sapato de fora para entender como ele era feito. Essa dificuldade não existe mais, não precisamos fazer mais isso. Hoje, a dificuldade é estarmos inseridos em um mercado aberto para o mundo, extremamente competitivo, com a força do fast fashion, que acaba influenciando toda a cadeia da moda.

A qUE MERCADO SE DESTINA O SAPATO PAULA BAHIA? É muito importante saber para quem você cria, para quem você produz e hoje esta visão é bem clara para mim. Meu sapato não é direcionado para adolescentes. Crio minhas coleções pensando em uma mulher independente, ma-dura, que trabalha fora. É uma mulher moderna, elegante, que busca produtos de bom gosto, mas não é uma garotinha.

E COMO é SEU PROCESSO CRIATIVO? Primeiro é preciso entender o mercado. O tempo em que fazíamos duas co-leções por ano já é passado. Como o mundo está com as porteiras abertas e não existe mais uma estação definida, temos que estar ligados, pensando no diferente, no novo, buscando informação o tempo todo. Não podemos copiar nada. Tudo já foi muito visto e acaba que tudo é sempre uma repetição de algo que já foi criado. Acredito que a forma de se sobressair é estarmos sempre atentos ao nosso mundo, às nossas próprias vidas, ao nosso momento. É uma somatória de tudo isso que vai acabar culminando em um produto que é seu, que tem a sua assinatura.

COM TANTAS DETERMINANTES, O qUE MAIS TE INSPIRA? tudo me inspira. Moda de rua, um bom filme, arquitetura, música... tudo que apura o senso estético é inspira-dor para mim. Pode ser, por exemplo, o contato com a natureza, uma cachoeira ou uma praia linda. Tenho necessidade de me ali-mentar do que é belo.

“TUDO JÁ FOI MUITO VISTO E ACABA qUE TUDO é SEMPRE UMA REPETIÇÃO DE ALGO qUE JÁ FOI CRIADO. ACREDITO qUE

A FORMA DE SE SOBRESSAIR é ESTARMOS SEMPRE ATENTOS AO NOSSO MUNDO, àS NOSSAS

PRÓPRIAS VIDAS, AO NOSSO MOMENTO. é UMA SOMATÓRIA DE TUDO ISSO qUE VAI ACABAR CULMINANDO EM UM PRODUTO

qUE é SEU, qUE TEM A SUA ASSINATURA”.

38 | REVISTA SALT

VOCÊ JÁ TEVE MEDO DE FALTAR INSPIRAÇÃO NA HORA DE CRIAR, OU MESMO DE ERRAR A MÃO EM UMA COLEÇÃO? Mesmo trabalhando tanto, há tantos anos – afinal são duas décadas criativas, né? – , até hoje sinto uma ansiedade, como se fosse a minha primeira co-leção. É muita responsabilidade. Você tem que competir com outras marcas, com sapatos que vem de fora... daí que você tem que apostar no diferencial para se sobressair. Ao mesmo tempo, não dá para ser exótico demais, porque seu produto também tem que ser comercial. Acredito que o caminho é ser comercial sem ser banal.

SEU SAPATO PARECE TER SEMPRE UM EqUI-LÍBRIO ENTRE DIFERENTES MATERIAIS COM-PONDO A MESMA PEÇA. ONDE VOCÊ CONSE-GUE TANTA NOVIDADE. Costumo pesquisar em feiras nacionais como a Inspira Mais, que acontece em São Paulo e a FIMEC, no Rio Grande do Sul, ambas de componentes. Estou sempre atrás de materiais inusitados. É isso que muda tudo. Costumo dizer que meu sapato é o básico com aquela pitada a mais. Estou sempre procurando modernizar o básico.

NA PAULA BAHIA, VOCÊ TRABALHA COM SEU IR-MÃO, RODRIGO BAHIA, qUE é qUEM CUIDA DO FINANCEIRO, E COM SUA FILHA, qUE TAMBéM é ESTILISTA. COMO é TRABALHAR EM FAMÍLIA, qUAIS SÃO AS DIFICULDADES? Esta é uma relação que nem sempre é fácil. e para vencer as dificuldades, creio que o mais im-portante é que a posição de cada um tem que ser respeitada. À medida que você pensa assim, se acostuma a ver que não é seu irmão que está ali, é um parceiro que entende da parte dele e eu da minha. É por isso que dá certo. Quanto à minha filha, a soma é muito boa também. Cos-tumo dizer que ela traz para o meu trabalho a juventude e o frescor e eu levo para o dela – que em breve pretende lançar uma marca própria – a experiência. Ambas fazemos uma troca.

qUAL SUA PRODUÇÃO ATUAL E qUAIS OS PROJE-TOS DA PAULA BAHIA PARA 2015? Produzimos atualmente 150 pares/dia. Vendemos para o Brasil todo, mas nossa política de exporta-ção, com o dólar no patamar em que está, por enquanto está estacionada. Nosso projeto é continuar acertando nas coleções. É importante fazer um produto que agrade. O comércio não está lá essas coisas, mas não dá para desanimar nunca. É isso que nos faz seguir adiante. •

ENTREVISTA

40 | REVISTA SALT

TREND

mAIs DEtALhEs, pOR FAVOR!HÁ CERTEzAS qUE SÃO UNIVERSAIS: MULHERES ADOOOORAM DETALHES! POR ISSO, AS APLICAÇÕES NOS CALÇADOS PASSARAM DO FAMOSO “TEM qUE TER” PARA O “TODA COLEÇÃO TEM”. PEDRAS, FRANJAS, MIÇANGAS, SPIKES, TACHINHAS E SWAROVSKY SÃO ALGUMAS DAS PREFERÊNCIAS FEMININAS NESSE qUESITO. A PROPOSTA ESTÁ PRESENTE NAS BOTAS, ANKLE BOOTS, SAPATILHAS, PUMPS, FLATS E SANDÁLIAS. OU SEJA: ESTÁ EM TODA PARTE. #ADORAMOS!

FOTOS Kayta Alves / Divulgação

POR Lorena Franco Milo

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42 | REVISTA SALT

TREND

mUItO EstILOJÁ REPAROU COMO OS CALÇADOS MASCULINOS ESTÃO CADA VEz MAIS CHEIOS DE BOSSA? NÃO FAz MUITO TEMPO qUE O REPERTÓRIO DOS SAPATOS USADO POR ELES SE RESUMIA EM POUqUÍSSIMAS CORES, qUASE SEMPRE ESCURAS, qUASE NADA DE DETALHES E MODELOS SEM VARIAÇÕES. AINDA BEM qUE ESSA HISTÓRIA MUDOU: AS COLEÇÕES MASCULINAS TRAzEM PROPOSTAS qUE VÃO DO CLÁSSICO AO STREET, COM UMA CARTELA DE CORES DE FAzER INVEJA A qUALqUER MULHER.

FOTOS Kayta Alves / Divulgação

POR Lorena Franco Milo

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44 | REVISTA SALT

GENTE qUE FAz | NOVA SERRANA

REVISTA SALT | 45

DA SUPERAÇÃO AO SUCESSO, AS IRMÃS ROSANE E REJANE AMARAL SE DESCOBRIRAM NO UNIVERSO DOS CALÇADOS E, HOJE, COMANDAM uma bem-sucedida marca de Nova serraNa

“A VIDA é Um EspELhO”

POR Lorena Franco Milo

FOTO Yandeara Oliveira

Elas não estão para brincadeira. Há seis anos, com o intuito de recomeçar a vida, Rejane Amaral recebeu o apoio dos irmãos Rosane e Ronaldo e partiu em busca de um antigo sonho: montar uma fábrica de calçados. Com o feeling para a criação, Rejane sentia que tinha jeito para o negócio. Só faltava oportunidade e um pouco de coragem. O fruto dessa história, marcada por superação e determinação, responde pelo nome de Gabriela amaral, marca de flats femininas, uma das mais expressivas de Nova serrana.

Começou assim: as duas se uniram e Ronaldo Amaral, que já trabalhava com cal-çados, deu para as irmãs a primeira máquina da fábrica, batizada com o nome Ga-briela Amaral. Rosane, que era representante, logo assumiu a área administrativa. Rejane, claro, encarou a criação e produção dos calçados. À época, a empresa pos-sia três funcionários e uma produção de 100 pares ao dia. “Logo no início, eu me encontrei. Sentia um prazer pelo trabalho e uma alegria de viver que eu nunca havia sentindo antes”, observa Rejane.

A prova de tanto amor está no cotiado da empresária, que chega à fábrica antes das sete da manhã, o que significa que, em certas épocas do ano, o dia está começando a clarear. Os funcionários, somam 25 pessoas, fora os terceirizados. Eles costumam, chegar ao trabalho e Rejane já está lá: pronta para mais um dia de muitas atividades.

As duas irmãs falam da satisfação de terem tido a família como a base do negócio. “Os nossos pais sempre estão por aqui. além disso, meu filho, ainda pré-adolescente, adora sentir que nos dá uma forcinha na recepção”, explica Rosane. Há outros motivos para comemorar. Um deles diz respeito ao crescimento de 20% em 2014, número surpreen-dente para um setor que sofreu com as inconstâncias da economia brasileira durante este ano. Ao serem questionadas sobre a manutenção dos bons resultados, elas expli-cam que um dos fatores que contribuem para o sucesso da marca é o fato dos calçados possuírem um apelo atemporal. Bordados, pedrarias, cores e formas são combinados em harmonia com o estilo que define o DNa da marca.

Como exige em um mercado mutante e que demanda constantemente por novida-des, a Gabriela Amaral investe em um número maior de coleções anuais, além das duas tradicionais, previstas para o verão e para o inverno. isso significa mais de qua-renta modelos novos a cada coleção, que abastecem lojas em todo o Brasil. O reflexo está nos 1500 pares que são produzidos ao dia. E como a vida é um leva e traz, as irmãs que receberam a ajuda do irmão para começarem a caminhada, hoje, ajudam o sobrinho a montar o primeiro negócio. “A vida é um espelho! Se emitimos coisas boas, elas voltam para a gente”, finaliza rejane. •

ARRASE!STYLING BRUNA BITTAR

FOTOS ÁLVARO FRÁGUASBEAUTY EMERSON CARDOSO

MODELO ÉRIKA JANUZA

À ESQUERDA: BLUSA E CALçA MIxED

PULSEIRAS E COLAR MARAMARIA DESIGNSAPATO SOBRE SALTO

VESTIDO ATEENBRINCOS MARAMARIA DESIGN

SCARPIN AREzzO

BODY MIxEDSAIA ATEENBRINCO MARAMARIA DESIGNSCARPIN AREzzO

VESTIDO MIxEDPULSEIRAS MARAMARIA DESIGN

SANDÁLIA AREzzO

BLUSA E SAIA MIxEDBRINCO MARAMARIA DESIGNSANDÁLIA SOBRE SALTO

VESTIDO MIxEDCOLAR MARAMARIA DESIGN

SANDÁLIA SOBRE SALTO

MACACãO AUDREYCOLAR E ANEL MARAMARIA DESIGNSAPATO SOBRE SALTO

BLAZER ATEENCALçA AUDREY

COLAR MARAMARIA DESIGNCHAPÉU MARIA CHAPéUSANDÁLIA SOBRE SALTO

56 | REVISTA SALT

COLUNA | BRUNA BITTAR

RADAR FAshION

MELISSA + ALExANDRE HERCHCOVITCH: PARCERIA DE SUCESSO A Melissa sempre apostou em parcerias com grandes nomes da moda nacional e internacional para desenvolver modelos personaliza-dos e exclusivos. Com mais de 10 anos de parceria de sucesso, Melissa e Alexandre Herchcovitch se uniram novamente em 2014, na última edição do SPFW. Além da mostra interativa “Move! Plasticity”, em comemora-ção aos 35 anos de Melissa, Herchcovitch também desenvolveu o modelo Flower Boot, lançado em seu desfile que aconteceu na Bienal de São Paulo. O novo par assinado pelo estilista já está à venda na loja virtual da Melissa, galeria Melissa de SP e na loja Alexandre Herchcovitch.

FOTOS Divulgação

RELAÇÃO PASSIONAL ENTRE MULHERES BRASI-LEIRAS E SAPATOS Em Dezembro de 2014, aconteceu o lan-çamento do livro “Sapato de Mulher - Um Passeio pelo Imaginário das Brasileiras”, dos autores Eliana Castro, João Braga e Ricardo Feldman. A relação passional e, muitas vezes, inexplicável entre mulheres e sa-patos é o tema central do livro, que oferece uma perspectiva histórica e simbólica sobre o mesmo. Neste panorama, foram feitas entrevistas com mulheres de várias regiões do Brasil que contam suas histórias, compartilhando as emoções que os sapatos lhes despertam, além das diferentes perspectivas de editores de moda, stylists, designers de cal-çados, estilistas, psicólogos, historiadores, entre outros. As galerias de imagens foram editadas a partir de ampla pesquisa em acervos de grandes nomes da fotografia de moda nacional, como Gui Paganini, Jacques Dequeker, Fabio Bartelt e Bob Wolfenson, com a intenção de marcar a convivência entre passado e futuro, bem como reforçar a dis-seminação da cultura de moda.

KATE BOSWORTH LANÇA SUA PRIMEIRA COLEÇÃO DE SAPATOS Presença certa nos agitados festivais de música e fashionista de carteirinha, a atriz californiana Kate Bosworth, considerada um ícone de estilo, se aventura nos acessórios e lança sua primeira linha de sapatos com a Matisse Footwear. A coleção traz 10 modelos, entre botas, sandálias, clogs e mules, que serão vendidos em megastores espalhadas pelo mundo, a partir do fim de março de 2015. Como a própria estrela diz: “Há mulheres que usam salto agulha e correm por aí. Isso não é comigo. A verdade é que os sapatos precisam ser confortáveis e funcionais”, disse em entrevista ao WWD. A coleção cápsula terá preços entre US$ 300 a US$ 500.

REVISTA SALT | 57

NIKE x PEDRO LOURENÇO O estilista Pedro Lourenço fez parceria com a Nike e lançou coleção inspirada em mulheres contemporâneas, que vivem e treinam em ambientes urbanos. As principais cores da coleção são o nude e o preto. Discretas e elegantes, as peças foram criadas para fazer uma transição suave da academia para as ruas. A coleção Nike X Pedro Lourenço é composta por nove peças, que vão desde jaqueta, regata, blusa de man-ga longa, top, legging, saia, calça, shorts, além de dois modelos de tênis. A linha alia materiais inteligentes e design funcional da Nike com o estilo, elegância e o corte preciso de Pedro. Um dos destaques é a jaqueta de ne-oprene preta feita com técnica de alta costura de alfaiataria dos anos 1960 e construída com malha Dry-Fit. Os produtos estão à venda desde o mês de Novembro/2014, em São Paulo (Cartel 011 e loja do próprio estilista), Rio de Janeiro (Pop-Up Nike Ipanema), Nova York, Amsterdam, Berlim, Londres, Milão, Paris, Hong Kong, Xangai, e na loja online (nike.com/nikelab).

BOTAS OVER THE KNEE, A MEIA CALÇA DO INVERNO 2015 O reinado duradouro das ankle boots terá uma folga mais do que merecida no inverno. O desejo da nova estação vem bem acima dos tornozelos. As botas over the knee, que já dominam as ruas, vão dominar o seu armário. A idéia é substituir as clássicas meias-calças, pelos canos cada vez mais altos. Para acertar com tudo, faça produções com saias mínis de diferentes estilos e conquiste o visual da vez.

UNIVERSO DAS MOTOCICLETAS INSPIRA NOVA PARCERIA A bem-sucedida colaboração entre a marca West Coast e o site The Hype BR rendeu bons e novos frutos. Depois do sucesso da primeira parceria, em dezembro, aconteceu o lançamento da bota Baltimore Black/Gold Limited Edition, novo item criado em edição limitada pelas marcas parceiras. A bota tem como destaque a cartela de cores, formada pela combinação de preto e dourado. Segundo Lucas Penido, editor-chefe do The Hype BR, os universos do rock, das motocicletas customizadas e o personagem de Marlon Brando no filme “O selvagem” serviram de inspiração para o lançamento. A campanha da nova parceria foi clicada na famosa oficina de customização de motos Shibuya Garage, na capital paulista. A novi-dade conta com uma quantidade pequena e exclusiva de pares e custa, em média, R$ 350. O modelo está à venda na loja Kings, em São Paulo, e Black Boots, em Belo Horizonte. •

SOCIETY27 Com a ideia de que “um traba-lho coletivo pode levar à criação de algo úni-co”, um grupo de quatro pessoas fundou uma sociedade que tem como único produto um par de sapatos. O desenho é bem “clean” e os materiais são da mais alta qualidade. Mas a quantidade produzi-da não é muito normal: apenas 27 pares no total. O site oficial da empresa é uma página do facebook, na qual é possível acompanhar o processo de fabrica-ção dos tênis e toda a repercussão internacional do projeto, desde o momento da chegada do material, passando pela costura, até ele ficar pronto para o envio. Tem mais: a grande sacada da empresa é que os 27 compradores passam a fazer parte do processo colaborativo de criação dos próximos produtos da sociedade. Quer dizer, ter esse sapato não é apenas uma questão de comprar algo exclusivo, que pouca gente tem. É um convite para ser incluído em um se-leto grupo de criação coletiva. Eis o eixo central e o diferencial da marca.

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LIFESTYLE

REVISTA SALT | 61

SEM MEDO DE ASSUMIR qUE é VAIDOSO, O HOMEM TEM INVESTIDO CADA VEz MAIS NA CULTURA FASHION. DUVIDA? UMA BUSCA NA INTERNET PODE SOLUCIONAR ESSA qUESTÃO RAPIDINHO

COm QUE sApAtO EU VOU?

POR Lenora Rohlfs

FOTOS Fábio Cançado

alguns minutinhos no Google são suficientes para descobrir: muito além das páginas femininas que falam de moda, explicam tendências e mostram novidades, os sites com essa mesma intenção, mas para o público “deles”, costumam ser lindos e muito bons. E quem pensa que homem pode não se interessar por cosméticos, acessórios e cultura fashion de um modo geral, deve rever conceitos. E é bom rever com bastante cuidado. afinal, são homens os mais variados tipos, com as mais diferentes profissões – de médicos a mecânicos, de professores a advogados – homo ou heterossexuais. No mundo em que vivemos, saber se vestir bem não é coisa de gay, como muita gente pode pensar, é coisa de homem que gosta de se sentir bem, que assume sua vaidade, independente de sua condição sexual.

O MHM (www.manualdohomemmoderno.com.br ) tem dicas para acertar o presente da namorada, tem uma ótima matéria sobre “pais loucos”, aqueles que estão fora do padrão a que nos acostumamos no dia a dia, e outra que fala dos melhores aplicativos para “pegação”. Há outros sites tão interessantes, bonitos e recheados de informa-ções que interessam ao universo masculino, como é o caso do www.homemmoderno.com.br ou o www.canalmasculino.com.br, um verdadeiro guia de moda e estilo para eles. Mas o mais interessante é que todos eles tem um destaque especial para a moda. Porque será? Porque o homem hoje não tem mais medo de falar que gosta de moda, que ama sapato e que, sim, gosta de estar bem na fita, bonito e bem-arrumado.

O homem hoje gosta de entender de moda e dizer que entende. E é por isso mesmo que a Salt resolveu criar um personagem, para ilustrar uma situação que pode ser con-siderada comum no universo masculino nos dias de hoje. Imagine a cena: o cara está se aprontando para sair, mas não consegue escolher o sapato. afinal, cada um é mais lindo que o outro. Quer conferir? Pois então veja as fotos que ilustram essa matéria, clicadas pelas lentes do fotógrafo Fábio Cançado. É só dar uma olhada nos sapatos das fotos para imediatamente ficar na dúvida: realmente é difícil escolher qual o mais bonito.

62 | REVISTA SALT

LIFESTYLE

Moda masculina. Funciona assim: quanto mais o homem entende de moda, mais ele quer se sentir inserido nesse contexto. E assim, quanto mais ele percebe que ser vaidoso é algo prazeroso e em sintonia com o mundo contemporâneo, mais a indústria da moda in-veste neste “novo homem”. No que diz respeito aos calçados, por exemplo, ele sabe que cada momento pede um modelo diferente. Para dias descontraídos e oasiões informais, o calçado casual é a melhor pedida. Difícil para eles é escolher, com tantas opções de cores, detalhes e shapes. Na foto, renan rocha fica na maior dúvida entre os modelos da Zotto e da stir. •

Os calçados agradam a todas as idades,

e o nosso segredo é o design desenvolvido

para te proporcionar conforto e estilo,

em todas as ocasiões.

www.trentocalcados.com.br | (37) 3226-8070Rua Jadir Machado, 366, Loja 3, Fausto Pinto da Fonsecacomercial@trentocalcados.com.br | vendas@trentocalcados.com.br

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MUNDO DA MODA

O DESIGNER JOTTA SYBBALENA

REVISTA SALT | 67

“Um costureiro deve ser um arquiteto no design, um escultor na forma, um pintor na cor, um músico na harmonia e um filósofo na medida”. Com esta frase, o mestre da alta costura Cristóbal Balenciaga definia a profissão em que reinou como um mito por muitos anos. Não por menos, a marca Balenciaga se transfor-mou em um dos grandes destaques quando o assunto é moda de luxo. Para quem se aventura nesse fantástico mundo criativo, a frase do mestre pode bem servir como um lema, principalmente entre estilistas, sejam eles de roupas ou de calçados.

Com um mercado concorrido e que, ao mesmo tempo, pede respostas rápidas, ser estilista de calçados é algo que hoje cos-tuma ser tão conectado ao criativo quanto ao modus operandi de uma empresa. No polo calçadista de Nova Serrana não é di-ferente. Um bom exemplo é a metodologia de trabalho que o designer Jotta Sybbalena vem desenvolvendo na cidade com algumas fábricas do setor. “Analiso o histórico e o ranking de vendas da empresa e, mediante esse estudo, defino com o co-mercial aquilo que chamamos de “continuáveis”, que são os modelos que na próxima estação vão estar presentes, porém com novos detalhamentos e somente pequenas mudanças em seu design”, explica.

Sybbalena segue os ensinamentos do estilista Walter Rodrigues, no que diz respeito à pirâmide de produtos: “Funciona superbem e costuma dar resultados bastante positivos”, comenta. Outro

fator importante nessa ação, segundo o designer, é definir o mix de produtos baseando-se não em idade, mas em tipos de mulhe-res e tipos de homens: “Esses tipos são detectados na pesquisa de moda global, tanto quanto nas conversas com o departamen-to comercial das empresas”, diz Jotta, que ressalta ainda que essa pesquisa contempla, de forma plena, o atual e o que está por vir, graças a novas ferramentas de pesquisa. “Consigo ver, curtir e salvar grande parte dos lançamentos internacionais com seis meses de antecedência”, explica. É assim que ele procura entender os novos movimentos de comportamentos sociais, bem como das novas gerações, que serão os consumidores de amanhã. “Procuro me inteirar de seus gostos, atitudes, músicas e tipos de festas que frequentam. Mantenho-me atualizado, com o espírito livre e jovem”. Com base nessa visão de atuação, Jotta Sybbalena tem desenvolvido trabalhos para marcas como a Floré e Letícia Moraes, bem como para a Fiocco, de tênis infan-to-juvenil, e a Bordec, de enfeites, todas de Nova Serrana. Outra que também faz parte do polo calçadista mineiro, para quem sybbalena já fez a direção criativa de uma coleção é a Fofiori. Além de todo esse trabalho, Jotta Sybbalena continua forte com sua marca, que leva seu nome. Participa do Minas Trend, princi-pal evento de moda mineiro há sete edições e está em busca de um parceiro para desenvolver seu trabalho. “Acredito que o futu-ro está em Nova Serrana e acho que, na hora certa, no momento certo, é lá que vou encontrar uma nova parceria para desenvol-ver meu trabalho.”

CONSIDERADA A CIDADE DO FUTURO PARA ALGUNS, NOVA SERRANA TEM AGREGADO UM NUMERO CADA VEz MAIOR DE ESTILISTAS E DESIGNERS DE CALÇADOS. CONHEÇA AqUI A HISTÓRIA DE ALGUNS DESSES NOMES

POR Lenora Rohlfs

FOTOS Gui Pagannini /Yandeara Oliveira

EstILO é O QUE NãO FALtA

68 | REVISTA SALT

MUNDO DA MODA

DO SUL DO PAÍS PARA NOVA SERRANA Naim El-Far, é gaúcho, empreendedor, dinâmico e a cada dia mais se destaca como estilista não só em Nova Serrana, mas por todo Bra-sil. Atualmente à frente do desenvolvimento das marcas Zotto e Strikwear, carrega um passado de aprendizado e conhecimento que galgou ainda jovem, quando inaugurou sua carreira em Novo Hamburgo - RS. Com o apoio do irmão, aos 19 anos e funcionário em uma sapataria, se sobressaiu inovando no design dos calçados. E não parou mais: nos anos em que morou na Argentina, desen-volveu habilidade na área de modelagem, agregando domínio ao talento nato e, retornando ao Brasil, passou a exercer a profissão em São Paulo e na capital paulista e no pólo calçadista de Franca - SP. Há 17 anos atuando em Nova Serrana, onde reside atualmente, já desenvolveu modelos para inúmeras marcas da região e do país. Hoje, além de comandar uma equipe, trabalha com tendências internacionais acompanhando a globalização, agregando as via-gens ao exterior ao fluxo criativo, com linhas modernas e arrojadas - tanto masculinas, quanto femininas. O estilista estuda criar sua própria marca, nomeada Elfarozzi. “Será um produto diferencia-do, para pessoas de bom gosto e que querem ter estilo sem abrir mão do conforto”, garante.

CAMINHOS DIFERENTES A história de Izabella Fer-nandes Teixeira, que também trabalha na área de criação em fábricas de Nova Serrana, é um pouco diferente da que vive o designer de Belo Horizonte. “Amo meu trabalho em Nova Serrana”, comenta ela, que é de Lagoa da Prata e foi trabalhar com o irmão na fábrica da marca Loretta, de calçados femini-nos. Embora já tenha feito curso de modelagem, para ela, o principal, ao criar, é ter sempre a intuição aguçada. Desde que começou, – quando a marca ainda era bem popular, isso há oito anos – até os dias atuais, ela comenta que houve várias mudan-ças na marca. Hoje, a Loretta está em capitais como São Paulo e Rio, bem como no interior desses dois estados e também em Minas, com uma produção de mil pares/dia. “Antes ninguém nem sabia o que era a Loretta. Hoje, a marca desperta não só o olhar da concorrência, como também o desejo da consumi-dora”, comemora Izabella. Acostumada a viajar para conferir de perto as novidades de feiras como a de Milão, na Itália, por exemplo, e também seguidora de sites e blogs de tendências, a estilista diz que a principal característica de seu trabalho é o sigilo. “Você acaba criando uma identidade, aquilo que é seu toque pessoal, mesmo com coleções tão diversificadas”. seu trabalho como estilista, pelo visto, tem rendido bons frutos, já que Izabella também atua em outras marcas que fazem parte do polo calçadista de Nova Serrana.

(37) 3226-6119 | 3225-3842 | winipeg@winipeg.com.br | winipegpedidos@hotmail.com

By

(37) 3225-3891 | krisle@krisle.com.br | francy@krisle.com.br

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72 | REVISTA SALT

MARKETING

Elas são tops, capas de revistas. E como são preciosas formado-ras de opinião, é só sair por aí com um sapatinho nos pés para atrairem todos os olhares. De olho no poder de blogueiras e it girls, marcas de sapatos apostam cada vez mais em linhas as-sinadas por personalidades de peso desse nicho web. As blo-gueiras Thássia Naves e Camila Coutinho, com suas coleções para Schutz e Dumond, respectivamente, são um bom exemplo disso. a arezzo também não ficou de fora e convidou as it girls Sophia Alckimim, Cris Tamer, Fabiana Justus e Lala Noleto para assinarem uma coleção cápsula para a marca. A iniciativa só pro-va que em tempos cibernéticos, as blogueiras são as novas fadas madrinhas da moda. Muito além de um sapatinho de cristal, elas criam sonhos e expectativas. Para completar o pacote, só falta mesmo incluirem o príncipe encantado no pacote.

PODEROSAS, BLOGUEIRAS E IT GIRLS TÊM SE TORNADO UMA DAS MELHORES FÓRMULAS DE SUCESSO NO CONCORRIDO MUNDO DOS CALÇADOS

POR Ana Helena Miranda

FOTOS Divulgação

FADAs mADRINhAs

UzA BY MARIANA RUY BARBOSA A atriz que encarna a personagem Maria Isis na novela global Império emprestou seu bom gosto à marca de calçados Uza. A coleção de Inverno 2014 traduziu bem o estilo de Mariana, com sapatilhas decoradas com pedrarias, muita animal print e saltos nas alturas.

REVISTA SALT | 73

AREzzO BY SOPHIA ALCKIMIM, CRIS TAMER, FABIANA JUSTUS E LALA NOLETO Habituês do high paulistano, estas meninas são sinônimo de bom gosto e de um lifestyle ultra sofisticado. De olho no poder de sedução que esse quarteto tem, a Arezzo convidou-as para criar uma coleção cápsula para o verão 2015. A parceria deu certo e os quatro modelos, cada um traduzindo o estilo de sua criadora, é o maior sucesso. •

DUMOND BY CAMILA COUTINHO A Du-mond foi a primeira marca nacional a apostar na parceria com blogueiras. A linha criada por Camila Coutinho inclui não só calçados, mas também bol-sas e cintos. O sucesso foi tanto que Camila conti-nua firme e forte com suas coleções. Cá entre nós, a marca ganhou um grande upgrade com a parce-ria, já que a blogueira injetou ânimo e informação de moda aos sapatos.

SCHUTz BY THÁSSIA NAVES A blogueira número 1 do Brasil, é a estrela da coleção de verão 2015 da Schutz. São 38 modelos, os mais variados possíveis. saltos finos para as “coxinhas”, tênis para as adeptas do normcore e a boa e velha rasteirinha de todo dia são alguns dos modelos criados pela blogger.

76 | REVISTA SALT

COM PERSPECTIVAS qUE INDICAM RITMO BAIxO DE CRESCIMENTO NA ECONOMIA NOS PRÓxIMOS DOIS ANOS, ALGUNS EMPRESÁRIOS CRIAM FÓRMULA BASTANTE PARTICULAR PARA DRIBLAR AS DIFICULDADES

ECONOMIA

POR Lenora Rohlfs

ILUSTRAÇÃO Antonio Roque

RImA COm OtImIsmOQUANDO sUCEssO

São poucos os empresários que descobriram a fórmula ideal para driblar um ano com tantos reveses na economia como o de 2014. Considerado difícil tanto para o comércio como para a indústria, o período contou com um evento do porte da Copa do Mundo e com as eleições presidenciais. Concluído o processo eleitoral que reelegeu, no dia 26 de outubro, a presidenta Dilma Roussef para mais quatro anos de mandato, surgem expectativas em relação a como o mercado deve se comportar daqui para frente. Tanto para o setor varejista como para economistas em geral, as vendas devem continuar contidas no curto prazo. Tudo indica um ritmo baixo de crescimento para os próximos dois anos.

REVISTA SALT | 77

Nem mesmo as datas comemorativas, famosas por alavancar as vendas, foram suficientes para fazer com que o comércio esboçasse um sorriso, ainda que amarelo, em 2014. Em todo o Brasil, o varejo apresentou um desempenho modesto na maior parte das datas comemorativas e ainda sofreu com o resultado das vendas no período da Copa do Mundo. Para os lojistas, o Natal é sempre considerado o melhor momento de recuperar o prejuízo. “Com juros elevados e o peso da inflação, a indústria passa por um momento difícil. De um modo geral, daqui que escutamos e acompanhamos é que, as perspectivas não são das melhores, já que os lojistas também não estão conseguindo girar a mercadoria. Focar no otimismo e buscar alternativas de vendas pode ser uma saída”, afirma rodrigo Bahia, vice-presi-dente do Sindicalçados MG.

No setor de semiduráveis, que inclui calçados e acessórios, a in-flação tem se mantido entre 2% e 3%, sem gerar problemas. até setembro de 2014, entretanto, a inflação geral estava em torno de 6,75%, acima do teto previsto. Para 2015, o Banco Central cal-cula que o índice fique em 5,8%, embora essa informação não gere confiança no mercado de um modo geral.

Entre os empresários, as opiniões não são unânimes. Se para al-guns a perda de confiança no mercado aponta para um futuro em que a prosperidade é uma palavra que não faz parte do jargão do economês, para outros, o caminho do sucesso é investir em oti-mismo. É o caso de Gustavo Pereira, à frente da Injepol, fábrica de injetados de Nova Serrana. “Se fôssemos olhar para a economia nesses anos todos, não teríamos feito o que era preciso. Mesmo quando o mercado não está aquecido, não deixamos de buscar novidades, novos maquinários e tecnologias”, comenta o empre-sário. Com otimismo e visão de mercado, ele diz que a fábrica está

preparada para continuar investindo em crescimento. “Estamos sentindo que a perspectiva para 2015 é muito boa, pois estamos produzindo assertivamente”, afirma. Para Gustavo, as principais dificuldades de seu negócio estão muito mais ligadas à falta de mão de obra qualificada do que à situação econômica.

Como comentou o empresário José Galló, das Lojas Renner, re-centemente, um bom conselho aos lojistas é ouvir com atenção os consumidores e colaboradores, que costumam ter o poder de indicar o melhor caminho a seguir. É ele também quem enume-ra os maiores desafios do comércio para os próximos anos: 1) a gestão de custos requer muita atenção nos próximos anos; 2) Na hora de investir é preciso ficar atento à origem do capital. Cuida-do para não diminuir demasiado o capital de giro e buscar juros mais baixos. 3)Por fim, atenção ao câmbio: quem trabalha com itens importados deve ter cuidado redobrado. •

ENTRE OS EMPRESÁRIOS, AS OPINIÕES NÃO SÃO

UNâNIMES. SE PARA ALGUNS A PERDA DE CONFIANÇA

NO MERCADO APONTA PARA UM FUTURO EM qUE

A PROSPERIDADE é UMA PALAVRA qUE NÃO FAz PARTE

DO COTIDIANO DAS EMPRESAS, PARA OUTROS, O CAMINHO

DO SUCESSO é INVESTIR EM OTIMISMO.

O EMPRESÁRIO RODRIGO BAHIA

O EMPRESÁRIO GUSTAVO PEREIRA

80 | REVISTA SALT

BOA DICA

REVISTA SALT | 81

Dos pioneiros do mercado de calçados e bolsas da capital mi-neira às marcas que fizeram sucesso nos eufóricos anos 1980, sem esquecer das indústrias contemporâneas, que já nasceram sob o advento da tecnologia. O livro “Arte em Couro - A Força Empreendedora e a Energia Criativa da Indústria de Calçados e Bolsas de Belo Horizonte”, lançado em dezembro, faz uma fascinante viagem pela história do setor em Minas Gerais, com foco na região metropolitana da capital mineira. O projeto é uma realização do Sindicato das Indústrias de Calçados no Es-tado de Minas Gerais e do Sindicato das Indústrias de Bolsas e Cintos no Estado de Minas Gerais.

Em seu lançamento, o presidente do Sindicalçados MG, Jânio Gomes, comentou que o projeto começou com um sonho. “Isso nos leva a crer, cada vez mais, que sonhar é preciso, está no cer-ne do empreendedorismo. Este é o primeiro passo e o essencial para que nossas ideias se tornem realidade. O sonho é a alavanca que dispara um desejo interno intenso, capaz de abarcar outras pessoas, levando-as a sonhar conosco”, disse.

Arte em Couro aborda a produção do couro, sua importância econômica e cultural, relembrando também a história de Belo Horizonte e os movimentos culturais e estéticos que construí-ram as bases da moda e design no estado.

O período percorrido se inicia na década de 1960 e vai até o ano 2000. Nesse tempo, as empresas passaram da manufa-tura para a indústria produtiva, atingindo seu ápice nos anos 1980, época de efervescência mundial da moda, quando as novidades dos grandes centros fashion começaram a influen-ciar diretamente a produção local. São dessa época marcas

como a Cândida Andrade, criadora nata com estilo autoral, cujo trabalho é lembrado até hoje.

Conectada com as tendências mundiais, a indústria de calça-dos e bolsas se desenvolveu, constituindo um polo que cresceu e prosperou sob o primado da criatividade, do capricho artesa-nal, do bom gosto e do crescente direcionamento para o pú-blico feminino. Empresas pequenas e médias, em sua maioria, conseguiram chamar a atenção do Brasil por seu trabalho ino-vador e diferenciado, o que garantiu a Minas Gerais a fama de capital do design de calçados.

Os capítulos destacam também a trajetória dos principais empreendedores e estilistas, os cases de sucesso das grandes marcas e os fatos marcantes da evolução do segmento, que se firmou como um dos mais importantes da moda no Brasil. Por fim, o livro debate a atual situação da indústria de sapa-tos e bolsas no estado, identificando e discutindo desafios e oportunidades de negócio, e coloca à disposição das pessoas e empresas interessadas na atividade, informações relevantes e estratégicas sobre o setor.

Para sua realização, foram ouvidas cerca de 50 pessoas que atu-am no segmento, entre empresários, estilistas e designers. O trabalho se completa com farta pesquisa iconográfica, que traz fotos históricas e do acervo das empresas focalizadas. Com pro-jeto gráfico da New360 e editado pela Conceito editorial, sob os cuidados dos jornalistas José Eduardo Gonçalves e Silvia Rubião, com pesquisas e textos de Doia Freire e Teresa Cristina Motta e fotos de Daniel Mansur, “Arte em couro” tem coordenação geral do sistema FieMG. •

LANÇADO NO FINAL DE 2014, LIVRO CONTA A HISTÓRIA DO SETOR DE CALÇADOS E BOLSAS DO POLO DE BELO HORIzONTE E REGIÃO METROPOLITANA DA CAPITAL MINEIRA

DA Redação

FOTO Daniel Mansur / Divulgação

ARtE Em COURO

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HISTÓRIA

Uma cena corriqueira nos “Red Carpets”, os famosos tapetes ver-melhos onde as celebridades param para ser clicadas antes de sole-nidades ultrabadaladas, é fácil de ser percebida pelos mais atentos. Muitas das mulheres que passam por ali costumam se virar de lado e erguer levemente o pé para mostrar um solado vermelho. Esta é a marca registrada que consagrou Christian Louboutin, um dos maio-res designers de sapatos do momento. O francês é um dos nomes atuais que ditam moda nos pés das celebridades de Hollywood.

E é fácil reconhecer à distância quem calça seus extravagantes mo-delitos. Sola vermelha e saltos altíssimos aos quais nem Angelina Jolie, mesmo grávida, resiste. Além dela, a lista de clientes ilustres inclui a descolada Victoria Beckham, Katie Holmes, Nicole Richie, Kate Winslet e Dita Von Teese. Todas elas lindas, elegantes e famo-sas, mulheres lançadoras de tendências e que sabem se equilibrar com leveza em cima do salto. Mais que isso, conhecem de longe um produto diferenciado e de estilo próprio.

CHRISTIAN LOUBOUTIN, UM DOS MAIORES DESIGNERS DE SAPATO, é O HOMEM POR TRÁS DO SALTO AGULHA qUE TODA CONSUMIDORA LOUCA POR MODA, E COM A CARTEIRA RECHEADA, TEM qUE TER

FONTE mundodasmarcas.blogspot.com.br

FOTOS Divulgação

LUxO DOs LUxOs

REVISTA SALT | 83

O homem de nome complicado tem assumido ao longo dos últi-mos anos a posição de autor do salto agulha que toda consumi-dora louca por moda e, claro, com dinheiro de sobra, precisa ter. Christian Louboutin, mistura de francês com vietnamita, não é novato no ramo, mas chegou ao topo, segundo as caprichosas preferências do mercado de luxo. Tem duas marcas registradas: o salto altíssimo (na faixa dos 12 a 13 centímetros) e a sola laque-ada pintada de vermelho-sangue.

Fascinado por sapatos desde criança, o designer usou, como base de suas primeiras coleções, rascunhos de infância feitos em seus cadernos de escola. Sem loja, ele ia a cabarés e boates para vender seus sapatos. “as mulheres ficavam nuas, mas continu-avam calçadas”, disse ele certa vez em uma entrevista à revista Marie Claire. Na época, porém, eram frequentes os “nãos” de mulheres que alegavam não ter dinheiro.

Ex-aprendiz do mestre Charles Jourdan (com ele, aperfeiçoou os mais ou menos 100 passos para a confecção de um salto agulha perfeito) no começo da década de 80, Louboutin traba-lhou para grandes grifes mundiais, como Roger Vivier (o criador do salto agulha), Christian Dior, Chanel e Yves Saint Laurent, e até como paisagista e colaborador da revista Vogue, antes de se estabelecer, com a ajuda de dois amigos, por conta própria em Paris, no ano de 1992, com a inauguração de sua primei-ra loja na Galerie Vero-Dodat, uma elegante galeria parisiense próxima ao Museu do Louvre.

Um exemplar da sua primeira fornada foi direto para o acervo permanente do Instituto de Moda do Metropolitan Museum de Nova York. A segunda coleção, intitulada “Trash”, não ti-nha nada de lixo, mas utilizava como decoração bilhetes de ônibus, tampas de latinha de cerveja e outras traquitanas do cotidiano. Quatro meses após a inauguração da boutique, uma jornalista americana da W Magazine estava em Paris para descobrir novos endereços “trend” na cidade. Foi quan-do ela ouviu uma animada conversa de duas mulheres sobre os sapatos da boutique de Christian Louboutin; uma delas era a Princesa Caroline de Mônaco. A matéria foi publicada, o ne-gócio decolou e o resto é história.

Os sapatos de Louboutin não são mesmo para qualquer uma. Um modelo básico custa em torno de US$ 500, mas pode ultra-passar facilmente a cifra de US$ 1.000 dependendo do material com o qual é feito. O preço não é exatamente de obra de arte, mas o designer já transformou seus sapatos em peças dignas de exposição. Não é à toa que a CHRISTIAN LOUBOUTIN é consi-derada pelo Luxury Institute, há três anos seguidos, a marca de sapatos mais desejada do mundo.

ESTILO PRÓPRIO O estilista conquistou o mundo da moda com modelos completamente despojados, primando pelo design e pela combinação de cores e adornos arrojados, com saltos que já chegaram a 25 centímetros de altura, em um modelo feito por encomenda. Nas lojas, o máximo à venda são 16 centímetros de altura, mas Louboutin revela que a média dos modelos fica com módicos sete ou oito centímetros.

Há ainda, pasmem, as apreciadoras das pequenas torres criadas pelo francês, os modelos rasteiros, totalmente no chão. Mas foi na esfera das festas, dos tapetes vermelhos, das ocasiões em que todo mundo comenta o que todo mundo usa, que Louboutin se superou – como bem atestam freguesas fiéis como Caroline de Mônaco, Nicole Kidman e, surpresa, Sarah Jessica Parker.

Seus sapatos são fabricados na Itália, em uma cidade perto de Milão, e criados no ateliê do designer, em Paris. Seu modelo mais caro, chamado de Lady Rings, é de camurça com cristais, e tem preço de € 1.290. O Pesce, fazendo jus ao nome, dese-nha, com recortes de couro, uma exótica carpa. O preço médio fica em torno dos 500 euros.

AS FONTES Texto inspirado e compilado do blog mundo-dasmarcas.blogspot.com.br, cujo artigo tem como fontes informações que foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipe-dia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). •

84 | REVISTA SALT

CLÁSSICOS

Imagine uma peça que, algum dia, esteve na vitrine como qualquer outra, sem que ninguém desse muita importância ao fato. Isso acontece todos os dias em milhões e milhões de vitrines, nos mais variados tipos de lojas, espalhadas pelos quatro can-tos do planeta. Mas existem certos produtos que, mesmo não tendo surgido como protagonistas, acabaram virando clássicos da cena fashion. São atemporais. Ou seja, seu avô pode já ter usado, você pode adorar e seu neto, quem sabe, vai amar ter um. Nós separamos alguns desses clássicos e aqui você fica sabendo onde foi que tudo começou, bem lá atrás, quando cada peça dessa ainda era, digamos, uma peça qualquer.

SEU AVô JÁ GOSTAVA E SEUS NETOS, PROVAVELMENTE, VÃO AMAR. ITENS FASHION qUE VIRARAM CLÁSSICOS SÃO CARREGADOS DE HISTÓRIA E, ANTES DE SE TORNAREM ETERNOS PROTAGONISTAS, JÁ FORAM MEROS COADJUVANTES

POR Lenora Rohlfs

FOTOS Divulgação

EtERNOs QUERIDINhOs

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01. Hoje em dia, toda marca de óculos tem um modelo se-melhante. Mas o wayfarer, da Ray-Ban, foi desenvolvido em 1952 e foi considerado revolucionário por sua armação feita de plástico, e não de metal. Sucesso de vendas, ele já foi usa-do por estrelas de cinema que também são atemporais, como Audrey Hepburn e Jack Nicholson. Ah! E sabe onde tudo co-meçou? Em Rochester, nos Estados Unidos.

02. O famoso Converse All Star também é uma criação dos norte-americanos. Nasceu em Massachusetts, na primeira metade do século 20. Dá para imaginar que, em 1917, esse tênis já estava em ação? Pois estava. Criado pela Converse Rubber of Massachusetts, as primeiras adaptações feitas nes-se modelo foram sugeridas pelo jogador de basquete Charles Chuck Taylor. Aliás, o atleta foi também o primeiro da história a ter contrato de patrocínio com uma marca de sapato.

03. Chama-se camisa Breton aquela peça que, provavelmen-te, você tem no guarda-roupa, branca com listras azuis. Com ela damos um pulo no passado e também na história. É que ela foi criada em 1858, feita para ser uniforme da Marinha da região da Bretanha. O item original foi concebido com 21 faixas, uma para cada vitória de Napoleão. Quem colocou a dose de estilo necessária foi Coco Chanel, que lançou sua ver-são inspirada nos marinheiros, em 1917. Daí que a peça caiu nas graças de grandes nomes, como Pablo Picasso e Marilyn Monroe... precisa dizer mais alguma coisa?

04. Outra peça clássica, o trench-coat, aquele casaco lindo que deixa qualquer pessoa superelegante, também veio do universo dos militares. Sua história começa em 1879, com a criação da gabardine, tecido inventado por Thomas Burberry, fundador da famosa grife batizada com seu sobrenome. Usa-do inicialmente pelo Exército, parece que seria praticamente impossível imaginar que ele não cairia nas graças do resto do mundo. Logo, logo, ele se popularizou e ganhou versões para civis. Deu no que deu. No inverno, principalmente, todo mun-do quer um trench-coat para chamar de seu.

05. É comum ver as mais diferentes marcas de calçados lan-çando coleções em que a sola colorida é presença forte. Mas a vermelha, a mais icônica de todas, principalmente se for em um scarpin, é a marca do designer francês Christian Loubou-tin. Em 2008, ele conseguiu a patente desse detalhe, mas não sua exclusividade. Dois anos depois, a grife Yves Saint Lau-rent ganhou na justiça o direito de usar o mesmo recurso em uma de suas coleções. •

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A CARA DOs pAIs, OU QUAsE...

TREND

CALÇADO COM PEGADA PURAMENTE INFANTIL? OS BAIxINHOS ADORAM, MAS é SÓ CRESCEREM UM POUqUINHO PARA MUDAREM DE OPINIÃO. AÍ, VALE MUITO MAIS UM PARECIDO COM O qUE O PAI OU O JOGADOR DE FUTEBOL PREDILETO USAM. PARA ATENDER A ESSA DEMANDA, HÁ INúMERAS MARCAS NO MERCADO. MAS ATENÇÃO! A ESCOLHA DEVE SER SEMPRE POR AqUELAS qUE INVESTEM EM CONFORTO E qUALIDADE TANTO qUANTO EM DESIGN E APELO FASHION. OS CALÇADOS INFANTOJUVENIS NUNCA ESTIVERAM TÃO EM ALTA E COM TANTAS OPÇÕES. MESMICE? DE JEITO NENHUM!

FOTOS Kayta Alves / Divulgação

POR Lorena Franco Milo

Pé DE CHULé

LINDÍSSIMA

SOPHIA WEBSTER

STELLA MCCARTNEY

RALPH LAUREN

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PONTO DE VISTA

Com a sustentabilidade em pauta, a indústria e os designers ti-veram que correr atrás de novos materiais que pudessem subs-tituir o couro com perfeição. Surgiu então o couro sintético, material que é, na verdade, um laminado com um tipo de subs-trato derivado do petróleo, geralmente coberto com poliureta-no. A própria nomenclatura “couro sintético” causa polêmica entre os químicos. Em entrevista ao jornal O Globo, Luis Carlos

Faleiros Freitas, do Laboratório de Calçados e Produtos de Pro-teção do instituto de Pesquisas tecnológicas (iPt), afirma que só se deve chamar de couro o que é pele de animal curtida. Ter-mos como “couro ecológico” e “couro verde” são comumente usados pela indústria da moda e utilizam em sua composição um laminado de borracha, mas também não possuem origem animal. Portanto, não deveriam ser chamados de couro.

SINôNIMO DE SOFISTICAÇÃO E STATUS, O COURO DESCEU ALGUNS DEGRAUS NA PIRâMIDE SOCIAL DA MODA. UM DOS PRINCIPAIS MOTIVOS é A PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE

POR Ana Helena Miranda

FOTOS Divulgação

NAtURAL OU sINtétICO?

REVISTA SALT | 89

VANTAGENS E DESVANTAGENS Mas nem tudo são flores quando se trata do couro sintético. Por ser um material com muita química envolvida, sua vida útil é mais limitada, dependendo muito do seu es-tado de conservação. O ideal é que ele fique longe da umidade, para não esfarelar, e que seja lavado a seco. Já o couro natural deve ser sempre hidratado. Pode-se usar um hidratante comum com um pedaço de algo-dão para garantir a durabilidade da peça.

Uma vantagem do couro dito sintético é seu preço, muito abaixo do couro de origem animal. Por isso, ocupa a preferência dos consumidores que não prio-rizam a questão ambiental ao comprar um produto. Enquanto uma jaqueta de couro sintético da marca Ellus custa em torno de R$ 800, uma de couro na-tural da estilista mineira Patrícia Motta não sai por menos de R$ 3500.

SUSTENTABILIDADE EM FOCO De olho neste nicho de mercado, várias empresas calçadistas investem na sustentabilidade como seu diferencial. A marca Vegano Shoes aposta em sapatos que não usam de forma alguma materiais de origem animal. Segundo o texto de apresentação em seu site, a mar-ca se preocupa, e muito, com os animais: “Lutamos e acreditamos que essa crueldade com seres sensíveis e, na maioria das vezes, indefesos seja considerada um crime em um futuro próximo”. No portfólio da grife, destacam-se materiais como a lona e o couro sinté-tico. a marca ahimsa também se define como uma empresa vegana, que “prioriza a paz e o amor”. Todos os seus sapatos são isentos de insumos animais, assim como a marca internacional alternative Outfitters ve-gan Boutique, que foi pioneira no quesito sustentabi-lidade. Premiada pela ONG Peta, que cuida dos direi-tos dos animais, apresenta uma variedade enorme de calçados e produtos de beleza, cuja origem e processo de produção não maltratam os animais nem a nature-za em geral. eles se definem como uma empresa com produtos cruelty-free, sem crueldade, em tradução li-vre. O surgimento desse mercado vegano só compro-va que a indústria da moda, cada vez mais, deverá in-cluir a sustentabilidade tanto em seu processo criativo quanto em seu processo de produção. •

UMA VANTAGEM DO COURO DITO SINTéTICO é SEU PREÇO,

MUITO ABAIxO DO COURO DE ORIGEM ANIMAL.

POR ISSO, OCUPA A PREFERÊNCIA DOS CONSUMIDORES

qUE NÃO PRIORIzAM A qUESTÃO AMBIENTAL AO COMPRAR

UM PRODUTO.

Programe sua viagem com aagência oficial do evento:

Tel. (37) 3226-6200satur@satur.com.br - www.satur.com.br

VENHA FAZER PARTE DO MAIS IMPORTANTEENCONTRO DA MODA CALÇADISTA DE MINAS GERAIS

fenova.com.brÉ PROIBIDA A ENTRADA DE MENORES DE 12 ANOS

10 a 12/março/201510 às 19hs

Centro de Convenções de Nova Serrana

MODAINFORMAÇÃO

TENDÊNCIASOUTONO/INVERNOMODAOUTONO/INVERNOMODATENDÊNCIASOUTONO/INVERNOTENDÊNCIAS

BONS NEGÓCIOSOUTONO/INVERNO

BONS NEGÓCIOSOUTONO/INVERNO

TROCA DE IDEIASINFORMAÇÃO

TROCA DE IDEIASINFORMAÇÃOBONS NEGÓCIOS

TROCA DE IDEIASBONS NEGÓCIOS

ATUALIZAÇÃOTROCA DE IDEIASATUALIZAÇÃOTROCA DE IDEIASPARCERIATROCA DE IDEIASPARCERIATROCA DE IDEIASATUALIZAÇÃOPARCERIA

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92 | REVISTA SALT

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01. PEGADA BOYISH Os oxfords, sapatos que vieram do armário masculino, são uma das sensações desta tem-porada. Nos últimos desfiles do inverno 2015, diversas mar-cas mostraram que o modelo é ideal para dar um ar forte e moderno às mulheres. O sapato, que surgiu na Inglaterra no século 17, ganhou fama depois que os estudantes da Uni-versidade de Oxford o adotaram como uniforme. A versão repaginada traz bordados, tons metalizados e o bom e velho (e elegante) bicolor.

02. DEU BRANCO Que os tênis estão na lista dos me-lhores amigos das mulheres já não é novidade. O que chama atenção é o fato de que, durante a edição de inverno 2015 do São Paulo Fashion Week, it girls, jornalistas, modelos e fashionistas adotaram o calçado na cor branca. Do tipo “vai com tudo”, eles aparecem em vários formatos e tamanhos, do cano alto ao baixo, do bem surrado ao novo, e até com asas. Pode investir sem medo de ser feliz.

03. LADIES, GO! Que mulher não ama uma sapatilha! Mais feminina do que nunca, ela é sinônimo de conforto e elegância para todas as ocasiões. Para descer, literalmente, do salto com glamour, os modelos com bico fino tomaram conta do mercado, dos editoriais de moda e, claro, dos pés das mulheres mais inspiradoras do planeta. Aposte em la-ços, aplicações, tornozeleiras e outros mimos.

04. NAS NUVENS Para quem não abre mão dos saltos, a aposta são os formatos quadrados, que dão muito mais es-tabilidade e conforto. Diferente dos modelos agulha e fino, o modelo é perfeito para encarar a correria do dia a dia ou, até mesmo, aquela festa mais descontraída. Com ares retrô, as sandálias de salto quadrado chegam no inverno capri-chadas nos spikes, tachas, estampas animal print e étnicas, além dos brilhos, perfeitos para a noite.

05. ESTAMPAS DIVERTIDAS Quem diria! Os emoti-cons, fofos and fun, foram parar nos calçados. As carinhas, corações e outras figuras que todo mundo acostumou a acrescentar às conversas no WhatsApp e nas demais redes sociais, inspiraram o e-commerce de luxo Moda Operandi a criar uma coleção pra lá de conectada. Por enquanto, a marca não entrega no Brasil. Então, que tal levar a novidade para seus clientes? eles vão amar! •

COMPONENTES

UM COMPONENTE, qUANDO BEM USADO, é O qUE DÁ VIDA E GRAÇA NO MUNDO FASHION. A SALT GARIMPOU OS HITS DO INVERNO 2015 E MOSTRA, AqUI, DETALHES qUE NÃO PODEM FALTAR NOS CALÇADOS MAIS ESTILOSOS

POR Lorena Franco Milo

FOTOS Divulgação

AO AtAQUE

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ROTEIRO FASHION

Ok! Tudo bem! Paris e Milão podem ser o roteiro predileto para quem vive de, ou, simplesmente, acompanha o mundo fashion. Todo ano, a indústria da moda organiza um elabo-rado calendário para que, em poucos minutos, as passarelas da Cidade Luz e aquelas da capital lombarda exibam ao pú-blico o trabalho de um ano inteiro. No entanto, é bom pres-tar atenção em uma charmosa cidade italiana, onde o ritmo da alta moda ainda não foi “contaminado” pelos holofo-tes da grande mídia ou até por personagens extravagantes como Anna Wintour. Muito pelo contrário. Em Florença, o tempo corre mais lento e a sistemática produção em série ainda não substituiu as mãos hábeis de inteiras gerações de artesãos. Ali, a busca pela economia do tempo cedeu espa-ço para as habilidades manuais e intelectuais que transfor-

mam, por exemplo, um pedaço de couro em um sapato sob medida, uma pedra rústica em uma joia de valor inestimá-vel. Não é de hoje que Florença abriga grandes artesãos e é possível fazer roteiros incríveis, com visitas guiadas a ate-liês e monumentos. Uma ocasião imperdível para conhecer de perto os segredos dos melhores artesãos italianos. Uma visita para quem é do setor calçadista, por exemplo, é aos laboratórios de Saskia Wittmer, que transferiu-se para Flo-rença exatamente para aprender a arte de fabricar calça-dos. Hoje, ela realiza, manualmente e sob medida, sapatos masculinos e femininos com materiais inusitados. Há muito para ver e vale pesquisar, uma vez que a prefeitura da cidade costuma oferecer os roteiros gratuitament: basta agendar por email. simples assim! •

é CHIC E ELEGANTE. MAS AqUI O TEMPO PARECE CORRER MAIS LENTO, qUASE ARTESANAL

POR Lenora Rohlfs

FOTO Divulgação

O ChARmE FAshION DE FLORENçA

96 | REVISTA SALT

AGENDA

CONFIRA AqUI OS PRINCIPAIS EVENTOS LIGADOS AO SETOR DE CALÇADOS qUE VOCÊ NÃO PODE PERDER

11 a 14 de janeiro de 2015Couromoda :: 42ª Feira Internacional de Calçados e Artefatos de Couro - Expocenter Norte - São Paulo/SPwww.couromoda.com

12 a 15 de janeiro de 2015São Paulo Prêt-à-Porter - São Paulo/SPwww.pretaporter.com

13 a 14 de janeiro de 2015Inspiramais Verão 2016 - Salão de Design e Inovação de Materiais – São Paulo/SPwww.inspiramais.com.br

20 a 23 de janeiro de 2015Fenim Outono/Inverno 2015 - Bento Gonçalves/RSwww.fenimfeiras.com.br

27 a 30 de janeiro de 2015Calce a Moda Arcae - Curitiba/PRwww.calceamoda.com.br

4 a 6 de fevereiro de 2015 GDS:: Dusseldorf - Alemanhawww.gds-online.com

9 a 11 de março de 2015 40 Graus :: Feira de Calçados e Acessórios - Natal/RNwww.feira40graus.com.br

17 a 20 de março de 2015 FIMEC - Novo Hamburgo/RSwww.fimec.com.br

7 a 10 de abril de 2015Minas Trend Preview - Expominas - Belo Horizonte/MG www.minastrend.com.br

7 a 10 de abril de 2015Tecnotêxtil Brasil 2015 - São Paulo/SP www.tecnotextilbrasil.com.br

25 a 27 de maio de 2015SICC - Gramado/RSwww.sic.com.br

6 a 9 de julho de 2015Francal - 47ª Feira Internacional de Calçados e BolsasAnhembi - São Paulo/SPwww.feirafrancal.com.br

16 a 18 de novembro de 2015Zero Grau - Gramado/RSwww.feirazerograu.com.br

FIQUE AtENtO

ANA FLORRUA DELBAR PINTO DA FONSECA, 918JARDIM PADRE LAURONOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3226-2614

BIKERRUA JUCELINO KUBITSCHECK N° 302 BAIRRO SERRAPerDiGãO - MGteL.: (37) 3287.1756

BLITz STARRUA JOSÉ MILITãO REIS, 402PARK D’GUMERCINDA MARTINSNOva serraNa - MGTEL.: (37) 3226-3109

CARMEM GOLDAV. JESSE CORREA DE LACERDA, 321 - AMAZONASNOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3226-33 18

CLÓVIS CALÇADOSRUA HIPÓDROMO, 154 - BRÁSSãO PAULO - SPTEL.: (11) 3327-3327

CORVETTIAV. JOSÉ JOãO RODRIGUES, 1135 FAUSTO PINTO DA FONSECA NOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3228-9500

DIVA RARARUA LEONARDO AZEVEDO, 226LARANJEIRASNOva serraNa - MGTEL.: (37) 3225-2071

EMANUELE BARROSRUA GENÉSIO MILITãO DOS REIS, 505PARK D’GUMERCINDA MARTINSNOva serraNa - MGteL.: (37) 3225-4247

FIOCCORUA JOãO FERREIRA DOS SANTOS, 485PARK D’GUMERCINDA MARTINSNOva serraNa - MGteL.: (37) 3226-23 23

FRONTSYSRUA GUSTAVO CAPANEMA, 95SãO JOSÉBOM DESPACHO - MGTEL.: (37) 8844-3626 / (37) 9105-1617

GABRIELA AMARALAV. BENJAMIM MARTINSDO ESPÍRITO SANTO, 1754PARK D. GUMERCINDA MARTINS NOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3226-3228

HOSTRUA JOãO JOSÉ DE FREITAS, 585FREI PAULONOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3225-2334

IzALURUA CARIJÓS, 412 - CENTROMOEMA - MGTEL.: (37) 3525-1415

JúLIA MEzzETTIRUA CARMEM DUARTE, 555PLANALTONOva serraNa - MGteL.: (37) 3226-9200

KRISLERUA JOãO FERREIRA DOS SANTOS, 495 PARK D. GUMERCINDA MARTINSNOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3225-3891

MORGANA REISAV. JOSÉ JOãO RODRIGUES, 1135 FAUSTO PINTO DA FONSECA NOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3228-9500

MY zONAV. OURO PRETO, 882 - CENTROPERDIGãO - MGTEL.: (37) 3287-1878

PANKRUA PATRÍCIA LACERDA DOS SANTOS, 323 - aNDré De FreitasNOva serraNa - MGteL.: (37) 3226-1077

RAYONAV. DONA LINDICA, 252LAGOA DOURADAPERDIGãO - MGTEL.: (37) 3287-1036 / (37) 3287-0165

SINDINOVARUA ANTôNIO MARTINS, 75FREI PAULONOva serraNa - MGteL.: (37) 3228-8500

STAR CHIC/WINIPEGRUA VEREADOR LEONEL LINO, 1215JARDIM PADRE LAURONOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3226-6119

TANDDERrua C, 489 - sãO MarCOsNOva serraNa - MGteL.: (37) 3226-3463

TIÊ REPRESENTAÇÕESE ASSESSORIAAV. JOSÉ JOãO RODRIGUES, 1135 FAUSTO PINTO DA FONSECA NOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3228-9500

TINA TEENRUA ZACARIAS GUIMARãES, 376 MORADA SOLNOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3226-5927

TRENTORUA JOãO JOSÉ DE FREITAS, 230 PARK D. GUMERCINDA MARTINS NOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3226-8070

VIA EURORUA PADRE LIBÉRIO, 1835JARDIM PADRE LIBÉRIONOva serraNa - MGteL.: (37) 3226-3016

x-BYRIORUA LAVÍNIA QUEIROZ, 1608 JARDIM PADRE LAURO NOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3226-1864

zOTTORUA GENÉSIO MILITãO DOS REIS, 572 PARK D’GUMERCINDA MARTINSNOVA SERRANA - MGTEL.: (37) 3226-9600

ENDEREÇOS

98 | REVISTA SALT