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SERVIO PBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR CENTRO DE PROCESSOS SELETIVOS

PROCESSO SELETIVO 2011 19 de dezembro de 2010

EDITAL N. 8/2010 COPERPS COPERPSUFPA (01 de setembro de 2010)Nome: N. de Inscrio:

BOLETIM DE QUESTESLEIA COM MUITA ATENO AS INSTRUES SEGUINTES.1 Este BOLETIM DE QUESTES contm 55 QUESTES OBJETIVAS (5 de Lngua Portuguesa, 5 de Matemtica, 5 de Histria, 5 de Geografia, 5 de Fsica, 5 de Qumica 5 de Biologia, 5 de Literatura, 5 de Filosofia, 5 de Sociologia e 5 de Lngua Qumica, Estrangeira). Cada questo apresenta cinco alternativas, identificadas com as letras (A), (B), (C) (D) e (E), das quais apenas ). (C), uma correta. Esta prova est redigida conforme o Acordo Ortogrfico da Lngua Portugu Portuguesa (1990). Confira se, alm deste BOLETIM DE QUESTES, voc recebeu o CARTO RESPOSTA destinado marcao das respostas CARTO-RESPOSTA das questes objetivas. necessrio conferir se a prova est completa e sem falhas, bem como se o seu nome e seu nmero de inscrio conferem com os dados contidos no CARTO-RESPOSTA. Caso exista algum problema, comunique imediatamente ao fiscal de RESPOSTA. comunique-o sala. A marcao do CARTO-RESPOSTA deve ser feita com caneta esferogrfica de tinta preta (preferencialmente) ou azul. eve O CARTO-RESPOSTA no pode ser dobrado, amassado, rasurado, manchado ou conter qualquer registro fora dos locais A destinados s respostas. No permitida a utilizao de qualquer espcie de corretivo. O C Carto s ser substitudo se contiver falha de impresso. O CARTO-RESPOSTA o nico documento considerado na avaliao. O BOLETIM DE QUESTES deve ser usado apenas . como rascunho e no valer, sob hiptese alguma, para efeito da correo. Ao trmino da prova, devolva ao fiscal de sala todo o material relacionado no item 3 acima e assine a LISTA DE PRESENA. A assinatura do seu nome deve corresponder quela que consta no seu documento de identificao. O tempo disponvel para a prova de quatro horas, com incio s 8 horas e trmino s 12 horas, observado o horrio de horas, Belm-PA. O candidato na condio de PcD tem direito a 1 (uma) hora alm do tempo determinado para a prova, desde que tenha, previamente, solicitado esse tempo adicional ao CEPS.

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10 Reserve os 20 minutos finais destinados prova para a marcao do CARTO inados CARTO-RESPOSTA.

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MARQUE A NICA ALTERNATIVA CORRETA NAS QUESTES DE 01 A 55.LNGUA PORTUGUESA Leia o texto A minha subida ao Everest, de Jos Saramago, para responder s questes de 01 a 05. A minha subida ao Everest 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Seja por causa da presso atmosfrica ou efeito de embarao gstrico, h dias em que nos pomos a olhar o transcurso passado da nossa vida e o vemos vazio, intil, assim como um deserto de esterilidades por cima do qual brilha um grande sol autoritrio que no nos atrevemos a olhar de frente. Qualquer recanto nos serviria ento para recolher a vergonha de no termos alcanado um simples patamar donde outra paisagem mais frtil se mostrasse. Nunca como nessas ocasies se toma maior conscincia de quanto difcil este aparentemente imediato ofcio de viver, que no parece sequer requerer aprendizagem. nesses momentos que fazemos decididos projectos de exaltao pessoal e nos dispomos a modificar o mundo. O espelho de muito auxlio no dispor das feies adequadas ao modelo que vamos seguir. Mas sobe a presso, o bicarbonato equilibrou a acidez e a vida vai andando, cambaia como se levasse um prego no taco e uma invencvel preguia de o arrancar. De modo que o mundo ser de facto transformado mas no por ns. No estarei, contudo, cometendo grave injustia? No haver no deserto uma sbita ascenso que de longe ainda precipite a vertigem mpar que o lastro denso que nos justifica? Por outras palavras, e mais simples: no seremos todos ns transformadores do mundo? um certo e breve minuto da existncia no ser a nossa prova, em vez de todos os sessenta ou setenta anos que nos couberam em quinho? Mal se vamos encontrar esse minuto num passado longe, ou no momento no temos olhos para outras ascenses mais prximas. Mas talvez haja a uma escolha deliberada, consoante o lugar onde falamos do nosso deserto pessoal ou os ouvidos que nos escutam. Hoje, por exemplo, seja qual for a razo, estou a ver, distncia de trinta e muitos, uma rvore gigantesca, toda projectada em altura, que parecia, na lezria circular e lisa, a haste de um grande relgio de sol. Era um freixo de couraa rugosa, toda fendida na base, e que desenvolvia ao longo do tronco uma sucesso de tufos ramosos, como andares que prometiam uma escada fcil. Mas eram, pelo menos, trinta metros de altura. Vejo um garoto descalo rodear a rvore pela centsima vez. Ouo o bater do seu corao e sinto-lhe as palmas hmidas das mos e um vago cheiro de seiva quente que sobe das ervas. O rapazinho levanta a cabea e v l no alto o topo da rvore que se agita lentamente como se estivesse caiando o cu de azul. Os dedos do p descalo firmam-se na casca do freixo, enquanto o outro p baloua o impulso que far chegar a mo ansiosa ao primeiro ramo. Todo o corpo se cinge contra o corpo spero e a rvore decerto ouve as pancadas surdas do corao que se lhe entrega. At o nvel das outras rvores antes conquistadas, a agilidade e a segurana alimentam-se do hbito. Mas, a partir da, o mundo alarga-se subitamente, e todas as coisas, at ento familiares, se vo tornando estranhas, pequenas, como um abandono de tudo e tudo abandona o rapaz que sobe. Dez metros, quinze metros. O horizonte roda devagar e cambaleia quando o tronco, cada vez mais delgado, oscila ao vento. E h uma vertigem que ameaa e no se decide nunca. Os ps arranhados so como garras que se prendem nos ramos e no os querem largar, enquanto as mos buscam frementes a altura, e o corpo se contorce contra o corpo vertical da rvore. O suor escorre, e de repente um soluo seco

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irrompe altura dos ninhos e dos cantos das aves. o soluo do medo de no ter coragem. Vinte metros. A terra est definitivamente longe. As casas rasteiras so insignificantes, e as pessoas como se tivessem desaparecido, e de todas apenas restasse o rapaz que sobe precisamente porque sobe. Os braos j podem cingir o tronco, as mos j se unem do outro lado. O topo est perto, oscilante como um pndulo invertido. Todo o cu se adensa por cima da ltima folha. O silncio cobre a respirao arquejante e o sussurro do vento nos ramos. este o grande dia da vitria. No me lembro se o rapaz chegou ao cimo da rvore. Uma nvoa persistente cobre essa memria. Mas talvez seja melhor assim: no ter alcanado o pinculo ento, uma boa razo para continuar subindo. Como um dever que nasce de dentro e porque o sol ainda vai alto.Jos Saramago, A bagagem do viajante: crnicas. VOCABULRIO: bicarbonato sal ou nion derivado do cido carbnico. cambaia que tem dificuldade em andar ou manter-se de p. taco parte da sola do calado a que se prende o salto, na altura do calcanhar. lastro base slida que legitima ou autoriza alguma coisa; assento, fundamento. quinho o que cabe ou deveria caber a uma pessoa ou coisa. leziria leito maior ou plancie de inundao, junto a certos rios, onde h depresses que so invadidas pelas cheias. freixo designao comum a diversas plantas do gnero Fraxinus, da famlia das oleceas, cuja madeira elstica tem diferentes empregos. caiar pintar ou recobrir com qualquer produto ou substncia branca. balouar fazer mover ou mover(-se); balanar(-se). cingir estar volta de; conter ou incluir em seu interior; fechar, rodear, circundar, cercar. frementes agitado, trmulo; (sentido figurado) apaixonado, vibrante. cimo a parte superior de uma coisa que tem maior altura que comprimento ou largura; a parte de cima; alto, topo. pinculo o ponto mais alto de um lugar.

01 Considerando-se que, segundo o texto, o ofcio de viver no simples, o dever que cabe a cada pessoa (A) (B) (C) (D) (E) cuidar-se para viver at os sessenta ou setenta anos. esforar-se para alcanar seus objetivos na vida. aventurar-se para ser reconhecido pelos outros. rebelar-se para transformar o mundo. proteger-se para no correr riscos.

02 Considerando-se o carter metafrico do texto, ao tratar do comportamento humano, infere-se que o ttulo A minha subida ao Everest remete ideia de(A) (B) (C) (D) (E) imprudncia. segurana. desafio. megalomania. vaidade.

03 No trecho De modo que o mundo ser de facto transformado mas no por ns. (linhas 10 e 11), a expressode facto imprime ao enunciado a ideia de que o autor (A) (B) (C) (D) (E) teme a transformao do mundo. julga necessria a transformao do mundo. torce por uma possvel transformao do mundo. se esfora para transformar o mundo. tem certeza de que o mundo ser transformado.

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04 A alternativa em que se apresenta uma sequncia descritiva empregada como recurso para ilustrar a teseproposta no texto (A) nesses momentos que fazemos decididos projectos de exaltao pessoal e nos dispomos a modificar o mundo. O espelho de muito auxlio no dispor das feies adequadas ao modelo que vamos seguir. (linhas 07 e 08) No estarei, contudo, cometendo grave injustia? No haver no deserto uma sbita ascenso que de longe ainda precipite a vertigem mpar que o lastro denso que nos justifica? Por outras palavras, e mais simples: no seremos todos ns transformadores do mundo? (linhas 12 a 14) Mal se vamos encontrar esse minuto num passado longe, ou no momento no temos olhos para outras ascenses mais prximas. Mas talvez haja a uma escolha deliberada, consoante o lugar onde falamos do nosso deserto pessoal ou os ouvidos que nos escutam.(linhas 16 a 18) Os braos j podem cingir o tronco, as mos j se unem do outro lado. O topo est perto, oscilante como um pndulo invertido. Todo o cu se adensa por cima da ltima folha. O silncio cobre a respirao arquejante e o sussurro do vento nos ramos. este o grande dia da vitria. (linhas 41 a 43) No me lembro se o rapaz chegou ao cimo da rvore. Uma nvoa persistente cobre essa memria. Mas talvez seja melhor assim: no ter alcanado o pinculo ento, uma boa razo para continuar subindo. (linhas 44 e 45)

(B)

(C)

(D)

(E)

05 Indique em qual passagem do texto A minha subida ao Everest h o emprego de expresses de sentido figuradopara retratar a reao humana ante ao fracasso: (A) (B) Qualquer recanto nos serviria ento para recolher a vergonha de no termos alcanado um simples patamar donde outra paisagem mais frtil se mostrasse. (linhas 03 a 05) nesses momentos que fazemos decididos projectos de exaltao pessoal e nos dispomos a modificar o mundo. O espelho de muito auxlio no dispor das feies adequadas ao modelo que vamos seguir. (linhas 07 e 08) Por outras palavras, e mais simples: no seremos todos ns transformadores do mundo? um certo e breve minuto da existncia no ser a nossa prova, em vez de todos os sessenta ou setenta anos que nos couberam em quinho? (linhas 13 a 15) Mal se vamos encontrar esse minuto num passado longe, ou no momento no temos olhos para outras ascenses mais prximas. Mas talvez haja a uma escolha deliberada, consoante o lugar onde falamos do nosso deserto pessoal ou os ouvidos que nos escutam. (linhas 16 a 18) o soluo do medo de no ter coragem. Vinte metros. A terra est definitivamente longe. As casas rasteiras so insignificantes, e as pessoas como se tivessem desaparecido, e de todas apenas restasse o rapaz que sobe precisamente porque sobe. (linhas 38 a 40) MATEMTICA

(C)

(D)

(E)

06 A tabela abaixo fornece os dados sobre a produo de alumnio primrio no Brasil, importante componente daproduo industrial do Estado do Par, e apresenta, alm disso, a porcentagem da produo exportada. Ano 1973 1978 1983 1989 2000 2004 Quantidade de alumnio (mil ton) 111700 186365 400744 887432 1271400 1457000 Exportao (%) 1 2,1 44,5 61,5 71,4 71,3

Alguns crticos destacam a importncia da produo de alumnio primrio na exportao de energia eltrica, devido ao grande consumo dessa forma de energia na produo industrial. Considerando que o consumo de energia dependa linearmente da quantidade de alumnio produzida, podemos afirmar que, comparando os anos de 1983 e 2004, o crescimento da quantidade exportada de energia eltrica presente na produo de alumnio primrio foi de aproximadamente: (A) (B) (C) (D) (E) 60% 263% 482% 363% 160%

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07 Uma rasa um paneiro utilizado na venda de frutos de aa. Um tpico exemplar tem forma de um tronco de cone,com dimetro de base 28 cm, dimetro de boca 34 cm e altura 27 cm. Podemos afirmar, utilizando capacidade da rasa, em litros, aproximadamente (A) (B) (C) (D) (E) 18 20 22 24 26 = 3,14, que a

08 Em um painel quadrado de nove lmpadas quadradas, em forma de um tabuleiro, apenas uma lmpada acendede cada vez, aleatoriamente. A regra que orienta esse processo a de que a prxima lmpada a acender uma das lmpadas com um lado comum que estiver acesa. Iniciando-se com a lmpada acesa na casa central, a probabilidade de a lmpada central se acender na quadragsima vez (A) (B) (C) (D) (E) 0 1/3 1/2 2/3 114

09 Uma das tcnicas para datar a idade das rvores de grande porte da floresta amaznica medir a quantidade doistopo radioativo C presente no centro dos troncos. Ao tirar uma amostra de uma castanheira, verificou-se que a 14 14 quantidade de C presente era de 84% da quantidade existente na atmosfera. Sabendo-se que o C tem decaimento exponencial e sua vida mdia de 5730 anos e considerando os valores de ln(0.50) = -0.69 e ln(0.84) = -0.17, podemos afirmar que a idade, em anos, da castanheira aproximadamente (A) (B) (C) (D) (E) 420 750 1030 1430 1700

10 A precipitao pluviomtrica mdia mensal em Belm, entre os anos de 1961 e 1990, est representada natabela abaixo, com valores em mm. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Considerando os dados da tabela, podemos afirmar: (A) (B) (C) (D) (E) No existe um perodo de alta precipitao pluviomtrica. A soma das trs mdias mensais de maior precipitao corresponde a mais de 50% da mdia da precipitao total. As quatro mdias mensais de menor precipitao correspondem a menos de 20% da precipitao total. A soma das mdias mensais dos seis meses de menores precipitaes corresponde a menos de um quarto da precipitao mdia anual. Apenas quatro das mdias mensais ficam acima de um doze avos da precipitao mdia anual. 366,5 417,5 436,2 360 304,4 140,2 152,1 131,1 140,8 116,1 111,8 216,4

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HISTRIA

11 Leia o texto abaixo e responda questo proposta.Alm de mobilizar multides nas ruas de Belm, no Par, o Crio de Nazar, que j patrimnio imaterial do Brasil, est perto de alcanar outro grande feito. A procisso pode se tornar Patrimnio Imaterial da Humanidade. At o fim de agosto de 2010, uma comisso da UNESCO decidir em Paris se a romaria catlica receber o ttulo. A indicao foi feita atravs do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (IPHAN). Foram reunidas, entre outras coisas, informaes, fotografias e cartas de apoio de grupos envolvidos na festividade e dossis.(Crio de Nazar deve se tornar Patrimnio imaterial da Humanidade. Retirado de http://extra.globo.com/geral/casosdecidade/posts/2010/07/23/cirio-de-nazare-deve-se-tornar-patrimonio-imaterial-da-humanidade-310367.asp Acessado em 26-10-2010. Texto adaptado).

A notcia anuncia a inteno de o Crio de Nazar tornar-se patrimnio imaterial da Humanidade. A festividade Nazarena pleiteia esse registro mundial junto a UNESCO e j possui o documento nacional porque, para instituies como o IPHAN, o Crio de Nazar significaria uma manifestao (A) (B) (C) catlica que agrega multides crists e associa a brasilidade identidade religiosa catlica do povo paraense e brasileiro, por meio de uma festa organizada por uma irmandade e vivida por catlicos do Brasil e do mundo; regional paraense, marcada pela musicalidade tpica e pela identidade tnico e religiosa de tradio catlica e do candombl, que se juntam em uma comemorao ecumnica que dura cerca de um ms. da identidade cultural paraense/brasileira, representada pela religiosidade popular, pela culinria e por prticas simblicas como o arraial, os brinquedos de miriti, as fitas, os ex-votos dos promesseiros e as festas como a da Chiquita. da cultura paraense, que passa pelas vrias procisses, pela corrida do Crio e pela venda generalizada de produtos regionais como a manioba e o churrasco de peru, tpicos alimentos que fazem parte do tradicional almoo do Crio. ecumnica, que une catlicos, protestantes e cultos afro-brasileiros na comunho de interesses religiosos e de paz e que por simbolizar o esprito de unio paraense e brasileiro, incentiva o desenvolvimento da solidariedade entre os cultos e crenas.

(D)

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12 Considere a seguinte passagem do texto de Richard Craze:A histria do mundo sem a histria das especiarias teria sido impossvel. As especiarias foram diretamente responsveis por guerras, rotas de comrcio, pela descoberta da Amrica, de ditos e decretos papais, curas medicinais, preparo de cosmticos e rituais religiosos. Contudo hoje as especiarias e seus usos parecem cair, gradualmente, em desgraa, restando a ela quase somente o exotismo culinrio.(CRAZE, Richard. O guia das especiarias. Lisboa: Livros e livros, 1998, p. 15).

Esse texto que analisa os muitos usos polticos e econmicos das especiarias, como o caf, o acar e os temperos, ao longo da histria, demarca um problema atual que distingue um antigo uso econmico e poltico de um uso atual e cultural para as especiarias. A desgraa no uso atual das especiarias relaciona-se ideia contempornea de que esses condimentos hoje significam (A) temperos exticos em um mundo globalizado e tecnologicamente desenvolvido, que no mais utiliza esses condimentos, prioritariamente, para temperar e conservar alimentos ou tratar doentes e embelezar as pessoas. produtos suprfluos e caros demais para fazerem sucesso em um mundo onde o espao essencial ocupado por produtos qumicos naturais como o sal iodado e o acar refinado, alimentos essenciais manuteno da vida e da sade dos seres humanos. produtos naturais demais em um mundo globalizado e notadamente delimitado por produtos e alimentos artificialmente criados em indstrias alimentcias, que fabricam essncias e aromas artificiais que imitam os produtos naturais como as especiarias. temperos que se tornaram de uso muito seletivo, uma vez que a maioria da populao consome hoje condimentos artificiais e congelados, cabendo aos mais ricos o privilgio de possuir uma culinria refinada e saudvel, repleta de especiarias frescas e cultivadas sem agrotxicos. produtos que se popularizaram mundialmente e que, por isso, perderam o atrativo econmico inicial e se tornaram apenas temperos de uso bastante restrito ao campo da culinria, especialmente a mais popular.

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13 Observe a imagem abaixo e responda questo proposta.

Alegoria libertao de todos os escravos na vila de Benevides no Par. Peridico A vida paraense, ano 1, no 31. Par 30 de maro de 1884. Retirado de SALLES , Vicente. O negro no Par. Belm: SECULT, 1988, p. 310.

A alegoria acima est no contexto do processo abolicionista brasileiro e paraense. Ela representa naquele contexto um ato de (A) luta aberta entre os abolicionistas republicanos (exaltados na figura da bela moa, a Mariane) em oposio ao retrocesso dos polticos conservadores do Imprio, que apoiavam a manuteno da escravido de origem africana. exaltao a um mundo novo, ali representado por cones da modernidade tecnolgica (o trem) e por ideias libertrias (a Mariane), ambos unidos na colnia de Benevides, smbolo paraense da imigrao e do uso do trabalho livre. exaltao da figura tnica do negro e origem africana no processo abolicionista paraense. O negro est ali representado na forma de uma bela mulher de traos afro-brasileiros, que exalta a modernidade em Benevides para seu povo. consagrao de Benevides como terra civilizada e abolicionista, com a presena de mulheres alfabetizadas (notar a Mariane assinando a ata de liberdade nacional dos escravos) e de estradas de ferro que trariam essa civilizao para o resto do Par e do Brasil consagrao de figuras polticas como a princesa Isabel, representada na alegoria assinando a Lei urea em Benevides, local smbolo no Par da campanha abolicionista desde de 1884, momento da inaugurao da estrada de ferro na regio.

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14 Borracha e borracheiro, segundo o dicionrio Houaiss, podem significar:Borracha: substncia elstica e impermevel, resultante da coagulao do ltex de vrios vegetais, esp. de rvores dos gn. Hevea e Ficus, com propriedades diversas e inmeros usos industriais, segundo os vrios tipos de tratamento a que submetida; caucho, goma-elstica. Borracheiro: 1) aquele que produz, industrializa ou vende borracha ('substncia') 2) Regionalismo: Brasil. indivduo que repara e/ou vende pneus; 3) Regionalismo: Norte do Brasil. m.q. seringueiro ('trabalhador').Houaiss (Dicionrio da Lngua portuguesa. Verbetes Borracha e borracheiro. Verso digital, SP: Instituto Antnio Houaiss, Editora Objetivo, 2009).

Os verbetes acima esclarecem os significados do termo borracha no Brasil. Um desses significados pe em evidncia o Norte do pas, em que a palavra tem um emprego diferenciado historicamente porque (A) o norte do Brasil teve um contato mais prximo com a produo do ltex e, nesta regio, a palavra borracheiro passou a significar mais do que a produo da borracha em si, definindo tambm o seu produtor (trabalhador), o seringueiro. o Brasil, como um todo, conheceu a borracha como um produto que se industrializa, pois esse produto era extrado da Amaznia e industrializado no Centro Sul. Assim, no Norte o significado da borracha ligou-se ao campo do trabalho e no Sul vinculou-se ao da produo. o Norte do Brasil percebe a goma elstica de maneira mais ampla e correta, pois, distinguindo-se do resto do Brasil, os nortistas conhecem o processo de produo e trabalho com o ltex, diferentemente do que ocorre com os nordestinos e sulistas.

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o Centro-Sul do Brasil visualiza a borracha em seus produtos como os pneus; j o povo do Norte e CentroOeste percebem o produto em todo o seu processo produtivo, desde a extrao do ltex at a sua produo e comercializao. o Centro-Sul do Brasil o reduto da produo e do trabalho com o ltex, por isso o significado da palavra mais amplo. J no Norte e Nordeste apenas se sabe que a borracha tem utilidades como a fabricao do pneu, o que justifica o uso mais simplificado da palavra.

15 O texto abaixo recupera uma obra iluminista dirigida por Denis Diderot e Jean Le Rond d Alembert em 1772 na Frana intitulada de Enciclopdia ou Dicionrio racional das cincias, das artes e dos ofcios. No texto afirma-se que:na Enciclopdia no havia rea do engenho humano que no tivesse sido coberta. Ali se observava a confiana de que os homens eram, ou poderiam ser em breve, senhores de seu prprio destino, que poderiam moldar o mundo e a sociedade de acordo com as suas convenincias e vantagens. Era o poder da razo. Por isso mesmo a Enciclopdia no foi universalmente aceita. Poderes absolutistas civis e religiosos foram seus combatentes.(DENT, N. J. H.. Dicionrio de Rousseau. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p. 125. Texto adaptado).

A Enciclopdia proposta por homens iluministas como Diderot e DAlembert foi criticada no contexto francs do final do sculo XVIII, porque nesse momento o absolutismo e razo significavam (A) modos de viver compatveis, nos quais as novas e modernas ideias iluministas eram absorvidas pelo reis absolutistas, que percebiam nelas as vantagens de se moldar o mundo sua forma e maneira, tal qual Diderot em sua Enciclopdia, o que possibilitou o advento da monarquia constitucional. maneiras de fazer poltica muito diversas. Para os racionalistas, a poltica absolutista deveria ser reestruturada ou revolucionada, pois os novos saberes deveriam vir das experincias e das novas cincias e no de Deus e seus emissrios. formas incompatveis de fazer poltica, pois o povo francs era governado por um velho monarca autoritrio que se mantinha no poder devido ignorncia do povo. J livros como a Enciclopdia seriam a base da nova sociedade revolucionria e anarquista proposta por Diderot. formas de governo inconciliveis, pois o absolutismo era autoritrio e ultrapassado. J os enciclopedistas, como Diderot e D Alembert, desejavam a derrubada do Rei pelos revolucionrios comunistas, formadores de idias socialistas vinculadas ao marxismo contemporneo. maneiras de governar muito distintas, pois os enciclopedistas eram homens de letras, que iniciavam carreira poltica nas fileiras dos liberais exaltados, e o monarca absolutista era do partido conservador francs. GEOGRAFIA

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16 A atividade industrial e a industrializao brasileira esto desigualmente distribudas pelas regies do pas. Construdas predominantemente no sculo XX, elas so componentes da modernizao urbana que reinventa nossa sociedade e dinmica espacial. Sobre a indstria e industrializao brasileira, correto afirmar:(A) A industrializao tem suas razes fincadas na economia da cana-de-acar e do caf, que possibilitou a acumulao de capital necessria para a diversificao em investimentos no setor industrial, e esse fato permitiu a produo de bens de consumo durveis, sobretudo automveis e eletrodomsticos. A indstria nasce dos capitais restantes do declnio da economia da cana-de-acar e do caf. Esses capitais impulsionaram uma diversidade de pequenas indstrias de produo de bens de consumo no durveis, tais como perfumaria, cosmticos, bebidas, cigarros, que apoiadas pelo Estado se difundiram pelo pas. A ao do Estado foi fundamental para desencadear o processo de industrializao brasileira, por exemplo, criando empresas estatais, como a antiga Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderrgica Nacional, para investir na indstria de base. Sem elas no seria possvel a implantao de indstria de bens de consumo durveis. A industrializao brasileira fruto da capacidade inovadora do Estado e do empresariado nacional. Este ltimo no mediu esforos para construir em todo o territrio nacional sistemas de transporte, comunicao, energia e portos, necessrios circulao de bens, servios e pessoas por todas as regies. A industrializao brasileira se tornou possvel a partir de investimentos do capital internacional, que no mediu esforos para construir em todo o territrio nacional sistemas de transporte, comunicao, energia e portos, necessrios circulao de bens, servios e pessoas por todas as regies.

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17 Os grficos apresentados foram elaborados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e representam asdiferentes situaes climticas em duas capitais brasileiras, Belm (PA) e Teresina (PI).

Considerando o conhecimento a cerca desse assunto e interpretando as informaes apresentadas, indique qual das alternativas corresponde anlise correta sobre os grficos. (A) (B) As cidades de Belm e Teresina encontram-se em mesma Longitude, portanto no apresentam diferenas significativas nos valores de temperatura durante o ano. Mesmo localizadas na zona intertropical, as duas cidades analisadas apresentam comportamento diferenciado quanto ao regime das chuvas, uma vez que a estao climtica do inverno de Teresina mais seca que a de Belm. A altitude um fator determinante nos valores de precipitao; isso explica a reduo da quantidade de chuvas entre os meses de junho a outubro nas duas cidades analisadas, localizadas na regio costeira do pas. Constata-se no grfico que a amplitude trmica anual para Belm e Teresina grande em virtude da proximidade ao Equador. Na estao climtica do vero, tanto para Belm como para Teresina, observam-se temperaturas mais elevadas e baixo nvel de precipitao.

(C) (D) (E)

18 O perodo da globalizao marcado por aes polticas entre naes para implantao de sistemas tcnicos econdies territoriais que possibilitaram circulao de mercadorias, bens e servios com maior fluidez e sem grandes obstculos. Sobre esse perodo correto afirmar: (A) As condies polticas para globalizao foram criadas com a predominncia de orientaes neoliberais nos pases da Europa, da Amrica e da sia, que reestruturaram o Estado, fortalecendo empresas estatais, ampliando direitos trabalhistas e protegendo mercados e setores da economia de investidores internacionais. Acordos polticos na Europa, sobretudo aps a queda do socialismo no Leste Europeu, permitiram a formao da Federao dos Estados Europeus, a construo do Parlamento Europeu e de uma cidadania europeia constitucionalmente definida. Isso tudo revela que, no perodo da globalizao, o estado nacional cede espao ao plurinacional. Caminhamos para a realizao da unicidade normativa, isto , cada vez mais as naes latino-americanas se adquam de forma irrestrita s legislaes impostas por centros europeus e norte-amercianos que decidem sobre a economia e a poltica mundiais. Assim, servios como educao, sade, comunicao e transportes, alm de polticas como a previdenciria so regulados segundo determinaes exgenas ao pas.

(B)

(C)

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(D)

(E)

A economia europeia fortaleceu-se no perodo da globalizao. Alicerada na moeda nica, na produo industrial e na dinmica agrcola, a economia grega uma das que mais cresce e se destaca por ter passado inclume pela crise financeira que assolou o mundo a partir de 2008. A tcnica, a cincia e a pesquisa aplicada tornaram-se grandes foras produtivas do mundo globalizado, capazes de produzir objetos tcnicos de vida til reduzida. Patrocinadas pela iniciativa pblica e privada, elas envolvem o planeta e criam condies para produo e disseminao da sociedade de consumo.

19 O trecho abaixo parte do artigo publicado no Jornal Folha de So Paulo do dia 16/09/2010 referente ao biomacerrado. Governo brasileiro estuda medidas para conter desmatamento no cerrado O Ministrio do Meio Ambiente anunciou na ltima quarta-feira (15) medidas para conter o desmatamento no cerrado. As iniciativas incluem a criao de uma "lista negra" de at 50 municpios crticos e de um sistema de monitoramento por satlite em tempo real. (...).O PPCerrado (Plano de Preveno e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado) ser o instrumento usado para cumprir a meta brasileira de reduzir em 40% as emisses de gs carbnico pelo desmatamento no bioma at 2020. A meta, assumida em 2009 na conferncia de Copenhague, foi calculada sobre a mdia verificada entre 2002 e 2008, de 14,2 mil km2 anuais. Para cumpri-la, o governo planeja criar 2,5 milhes de hectares de unidades de conservao, demarcar 5,5 milhes de hectares em terras indgenas e bancar a recuperao de 8 milhes de hectares em pastos degradados. (...)disponvel em WWW.folha.uol.com acessado em 02/10/10

Considerando o texto acima e demais conhecimentos sobre o tema tratado, assinale a alternativa que explica corretamente essa situao. (A) Grande parte da devastao do cerrado foi provocada pela ocupao humana decorrente das frentes de expanso e povoamento, iniciadas na primeira metade do sculo XX e impulsionadas por atividades econmicas como a pecuria tradicional e, mais recentemente, o agronegcio da soja. O desmatamento, no cerrado data do perodo da colonizao brasileira, quando a vegetao neste bioma foi substituda pela agricultura extensiva para exportao, no incio pela cana-de-acar e mais tarde, pela monocultura cafeeira. As queimadas e o desmatamento ameaam a biodiversidade na regio do cerrado. No entanto, em rea destinada s unidades de conservao, essas prticas so raras devido intensa fiscalizao. Isso explica o empenho do governo em ampliar essas reas de proteo do cerrado na Amaznia. A anlise multitemporal realizada por satlite constatou que, nos ltimos anos, o aumento do desmatamento do cerrado resultado da rpida expanso urbana nos 50 municpios a que o texto se refere. O tipo de solo cido e a vegetao de tronco retorcido so caractersticas naturais favorveis aos processos de degradao, como a expanso de voorocas no cerrado. Entre as medidas de preservao para recuperar essas reas degradadas, o governo incentiva o plantio de gramneas para pastagem.

(B)

(C)

(D) (E)

20 Na regio Amaznia travam-se conflitos pela apropriao e uso dos recursos naturais. Eles se tornam intensos apartir da dcada de 1970 e 1980, quando os grandes projetos de explorao e beneficiamento mineral, metalrgico, energtico e agropecurio se estabelecem nesta parte do territrio nacional. Desde ento, o capital nacional e internacional, o Estado, grupos e movimentos sociais organizados disputam a apropriao e o uso do subsolo, do solo, da gua, dos bens da floresta, entre outros recursos. Sobre a atuao das organizaes e dos movimentos sociais nessa regio correto afirmar: (A) Desde a dcada de 1970, a Comisso Pastoral da Terra(CPT) representa os interesses de trabalhadores rurais, posseiros e pees, visto que, naquele perodo, as lideranas populares no campo e na cidade eram alvo da represso poltica. A regularizao fundiria a sua principal reivindicao e foi somente conquistada a partir do programa Amaznia Terra Legal do Governo Federal. O Movimento dos Atingidos por Barragens(MAB) um dos movimentos sociais crticos matriz energtica implantada na Amaznia, que constri complexos hidreltricos para atender as demandas dos grandes projetos de explorao e beneficiamento mineral, tais como Albrs/Alunorte. Sua principal reivindicao a utilizao de recursos renovveis como a biomassa da floresta. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra(MST) desde 1990 atua no Sudeste do Para, quando dirige as primeiras ocupaes. Dentre suas reivindicaes est a reforma agrria de mercado, pela qual o Movimento pressiona o Estado para que haja desapropriao e indenizao das terras improdutivas e para que sejam vendidas a preos de mercado para os trabalhadores rurais. A Aliana dos Povos da Floresta um movimento social que congrega povos indgenas, seringueiros, ribeirinhos, camponeses, em suma, todos os que tm nos recursos da floresta seu principal sustento. Esse movimento nasce como resposta implantao de grandes projetos de explorao mineral e madereira, e de beneficiamento energtico, agropecurio e rodovirio, que ameaam a reproduo da floresta, de seus recursos e povos. As organizaes e os movimentos sociais que atuam na Amaznia agrupam-se em torno de duas grandes matrizes: a desenvolvimentista e a ambientalista. A primeira prope o nacional desenvolvimentismo, impulsionado por grandes obras de infraestrutura que est representado no Programa de Acelerao do

(B)

(C)

(D)

(E)

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Crescimento(PAC). A segunda defende o desenvolvimento economicamente vivel, ambientalmente sustentvel e socialmente justo. FSICA

21 Belm tem sofrido com a carga de trfego em suas vias de trnsito. Os motoristas de nibus fazemfrequentemente verdadeiros malabarismos, que impem desconforto aos usurios devido s foras inerciais. Se fixarmos um pndulo no teto do nibus, podemos observar a presena de tais foras. Sem levar em conta os efeitos do ar em todas as situaes hipotticas, ilustradas abaixo, considere que o pndulo est em repouso com relao ao nibus e que o nibus move-se horizontalmente.

Sendo v a velocidade do nibus e a sua acelerao, a posio do pndulo est ilustrada corretamente (A) (B) (C) (D) (E) na situao (I). nas situaes (II) e (V). nas situaes (II) e (IV). nas situaes (III) e (V). nas situaes (III) e (IV).

22 Os ndios amaznicos comumente pescam com arco e flecha. J na sia e na Austrlia, o peixe arqueiro captura insetos, os quais ele derruba sobre a gua, acertando-os com jatos disparados de sua boca. Em ambos os casos a presa e o caador encontram-se em meios diferentes. As figuras abaixo mostram qual a posio da imagem da presa, conforme vista pelo caador, em cada situao.

Identifique, em cada caso, em qual dos pontos mostrados, o caador deve fazer pontaria para maximizar suas chances de acertar a presa. (A) (B) (C) (D) (E) Homem Homem Homem Homem Homem em em em em em A; peixe arqueiro em 1 A; peixe arqueiro em 3 B; peixe arqueiro em 2 C; peixe arqueiro em 1 C; peixe arqueiro em 3

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23 O acelerador de partculas LHC, o Grande Colisor de Hadrons (Large Hadron Collider), recebeu da imprensavrios adjetivos superlativos: a maior mquina do mundo, o maior experimento j feito, o big-bang recriado em laboratrio, para citar alguns. Quando o LHC estiver funcionando a plena capacidade, um feixe de prtons, 14 4 percorrendo o permetro do anel circular do acelerador, ir conter 10 prtons, efetuando 10 voltas por segundo, no anel. Considerando que os prtons preenchem o anel uniformemente, identifique a alternativa que indica corretamente a corrente eltrica que circula pelo anel. (A) (B) (C) (D) (E) 0,16 A -15 1,6 x 10 A -29 1,6 x 10 A -9 1,6 x 10 A -23 1,6 x 10 A

Dado: carga eltrica do prton 1,6 x 10

-19

C

24 A Hidreltrica de Tucuru, no Par, a maior usina hidreltrica em potncia 100% brasileira. A sua barragem criaum desnvel de 72m no rio Tocantins. Quantos litros de gua precisam descer desta altura, para que a correspondente variao de energia potencial gravitacional, transformada em energia eltrica, mantenha ligado um ferro de passar roupa de 1KW de potncia, durante uma hora? Para responder a questo, assuma que o processo 100% eficiente, ou seja, a variao de energia potencial gravitacional da gua converte-se integralmente na energia eltrica consumida pelo ferro de passar. Considere tambm que 1 litro de gua tem uma massa de 1Kg e que a 2 acelerao da gravidade 10m/s . A resposta correta : (A) (B) (C) (D) (E) 50 litros 720 litros 2000 litros 3600 litros 5000 litros

25 Na madrugada de 12 de julho de 1884, no largo da S em Belm, o paraense Julio Cezar Ribeiro de Souza comeou a encher seu dirigvel Santa Maria de Belm, para validar, na prtica, o sistema de navegao area por ele inventado. Devido a problemas na produo do hidrognio, o processo foi suspenso s 11h da manh, antes de se completar o enchimento do dirigvel. Nesse horrio, a intensa radiao solar provoca o aquecimento do gs contido no balo. Assumindo que o hidrognio no balo um gs ideal e que a partir das 11h tanto a sua presso quanto seu nmero de moles permanecem constantes, identifique qual dos grficos abaixo descreve acertadamente a variao do volume V do balo, com relao variao da temperatura T, aps as 11h.. V(A) (B)

V

V(C)

T V(D)

T V(E)

T

T

T

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QUMICA

26 A absoro de nitrognio um processo qumico vital para a nutrio das plantas. Com o aumento da populao mundial, a agricultura precisa fazer uso de fertilizantes base de amnia (NH3) para aplicao nas reas de plantio. A produo anual de amnia de mais de 100 milhes de toneladas, e o processo mais utilizado para sua obteno a reao entre os gases nitrognio (N2) e hidrognio (H2), conhecido como processo Haber-Bosch. Considerando a converso completa, em um ensaio utilizando 168,0 L de gs nitrognio e 448,0 L de gs hidrognio, a massa, em gramas, de amnia produzida aproximadamente igual a(A) (B) (C) (D) (E) 127,5 226,7 340,0 467,5 536,8 Dados: Massa molar: H = 1,00 g mol , N=14,00 g mol Volume molar = 22,40 L mol-1 -1 -1

27 Sobre o processo de ionizao de um tomo A, mostrado abaixo,A(g) + energia A so feitas as seguintes afirmativas: I II A energia de ionizao aumenta medida que o raio atmico diminui; sendo assim, necessria uma quantidade de energia maior para remover eltrons de tomos menores. O ction formado possui um raio maior que o raio do tomo pelo fato de a perda do eltron deixar o tomo carregado mais positivamente e assim diminuir a atrao entre os eltrons resultantes e o ncleo, o que promove a expanso da nuvem eletrnica. A primeira energia de ionizao sempre a maior e, consequentemente, a remoo de eltrons sucessivos do mesmo tomo se torna mais fcil. A energia de ionizao em tomos localizados no mesmo perodo da tabela peridica aumenta no mesmo sentido do aumento da carga nuclear.+ (g)

+e

-

III IV

Esto corretas as afirmativas (A) (B) (C) (D) (E) I e III II e IV II e III I e IV I, II e IV

28 Os automveis modernos movidos a gasolina so equipados com dispositivos antipoluio, popularmente conhecidos como catalisadores. Os gases que saem do motor so forados a passar pelo conversor cataltico (catalisador), que contm metais apropriados como Pt e Rh, os quais aumentam a velocidade de uma srie de reaes. Dessa forma, alguns gases txicos so transformados em gases no txicos (ou menos txicos), o que diminui a poluio atmosfrica.Abaixo se tem a representao de reaes qumicas numeradas de I a V: I II III IV V 2 NH3(g) + 2O2(g) 2CO(g) + 2 NO(g) CO2(g) + 2 NO2(g) 2 NO(g) 2 CO(g) + O2(g) N2O (g) + 3 H2O(g) 2 CO2(g) + N2(g) C(s) + 2 NO(g) + 2O2(g) 2 CO2(g)

N2(g) + O2(g)

Dessas reaes, as que so catalisadas em um conversor cataltico automotivo so as de nmero (A) (B) (C) (D) (E) I, II e IV I, III e IV II, III e V II, IV e V I, III, IV e V

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29 O polietileno um dos polmeros mais empregados na fabricao de utenslios utilizados no cotidiano. Essepolmero pode ser sintetizado por diferentes rotas, obtendo-se cadeias carbnicas longas e altamente lineares, praticamente sem ramificaes, ou cadeias carbnicas de menor tamanho e com maior nmero de ramificaes. As propriedades fsicas desse polmero so alteradas de acordo com o tipo de cadeia carbnica formada. A esse respeito, correto afirmar: (A) (B) (C) (D) (E) As cadeias altamente lineares permitem a mxima interao entre elas e conduzem formao de um polietileno com maior resistncia mecnica. As cadeias com ramificaes permitem a formao de ligaes cruzadas e conduzem formao de um polietileno mais cristalino. As cadeias com ramificaes aumentam a densidade do polmero e levam formao do polietileno de alta densidade (PEAD). As cadeias altamente lineares diminuem a densidade do polmero e levam formao do polietileno de baixa densidade (PEBD). As cadeias com ramificaes levam formao de um polmero termofixo e impedem que o polietileno possa ser moldado em temperaturas elevadas.

30 O alumnio obtido por meio da eletrlise gnea do xido de alumnio hidratado (Al2O3.nH2O), tambmdenominado de alumina. Esse processo consome muita energia, pois alm da energia para a eletrlise tambm o necessrio manter a alumina a cerca de 1000 C. Entretanto, para reciclar o alumnio necessrio fundir o metal a uma temperatura bem menor. Tendo como referncia os dados sobre o alumnio, abaixo, e considerando a o temperatura ambiente de 25 C, correto afirmar que a energia mnima necessria, em kJ, para reciclar um mol desse metal aproximadamente igual a (A) (B) (C) (D) (E) 11,3 26,1 26,7 289 306 Dados sobre o alumnio: -1 Massa molar = 27,0 g mol o Ponto de fuso = 660 C -1 o -1 Calor especfico = 0,900 J g C -1 Entalpia de fuso = 10,7 kJ mol

BIOLOGIA

31 Escavaes arqueolgicas em solos rochosos do perodo Carbonfero, com aproximadamente 300 milhes deanos, descobriram fsseis vegetais. A anlise dos fsseis mostrou a presena de traquedes, com paredes reforadas de lignina, e ausncia de vulos. Baseando-se nas caractersticas dos vegetais fossilizados, pode-se inclu-los no grupo das (A) (B) (C) (D) (E) Pteridfitas. Angiospermas. Gimnospermas. Brifitas. Fanergamas.

32 A Agricultura, apesar de ser uma atividade humana importantssima para a sobrevivncia de nossa espcie, vemprovocando, juntamente com o desmatamento, um aumento das taxas de eroso. Grande parte dos solos cultivveis do planeta j foi destruda pela eroso, principalmente aps a II Guerra Mundial. Alm dos problemas causados prpria atividade agrcola, a eroso provoca grandes danos ambientais, como o assoreamento de vrzeas, audes, riachos e rios. Uma das prticas utilizadas para minimizar a eroso consiste em (A) (B) (C) (D) (E) substituir a mo-de-obra humana por mquinas pesadas. usar intensivamente produtos qumicos no controle das ervas daninhas, para permitir, assim, que o solo absorva rapidamente a gua, impedindo o deslocamento superficial da gua. fazer o cultivo das plantas em curva de nvel e usar culturas de cobertura, o que proteger o solo da ao erosiva das chuvas. fazer o plantio em pocas sem chuva. eliminar a vegetao de reas com declividade acentuada para permitir a drenagem da gua.

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33 O grfico a seguir representa os nveis dos hormnios estrgeno e progesterona no sangue de uma mulher,durante seu ciclo menstrual. E- Estrgeno P- Progesterona

14 dia

28 dia

A anlise do grfico permite afirmar: (A) (B) (C) (D) (E) A mulher est grvida, pois os nveis dos hormnios reduziram no final do ciclo menstrual. A mulher est grvida, pois os nveis dos hormnios esto baixos no perodo da ovulao. Se a mulher fizesse sexo sem preocupaes contraceptivas nos cinco dias antes do perodo da ovulao ou nos cinco dias aps esse perodo, suas chances de engravidar seriam elevadas. Se a mulher estivesse grvida, os nveis de estrgeno e progesterona seriam baixos desde a ovulao. A elevao dos nveis de progesterona aps a ovulao impedir a gravidez.

34 O albinismo uma doena metablica hereditria, resultado de disfuno gnica na produo de melanina. Paraque a doena se manifeste necessrio que a mutao esteja em homozigose (doena autossmica recessiva). J o daltonismo uma doena recessiva ligada ao cromossomo X. Considerando-se um homem daltnico com pigmentao de pele normal (cujo pai era albino), casado com uma mulher duplamente heterozigota para essas duas doenas, a probabilidade do casal ter uma filha com pigmentao de pele normal e com daltonismo de (A) (B) (C) (D) (E) 1/16. 1/8. 1/2. 3/16. 3/8.

35 Todos os organismos so compostos de clulas. Todas as clulas so originadas a partir de clulas preexistentes. Essas duas afirmativas constituem a Teoria Celular. Com base nessa teoria, constatou-se, com auxilio de microscpios, a existncia de dois tipos de clulas que constituem os seres vivos: as clulas eucariotas e as procariotas. Das estruturas ou organelas apresentadas abaixo, identifique aquelas que so encontradas somente em clulas eucariotas.(A) (B) (C) (D) (E) Cromatina, mitocndrias e peptdioglicano; Carioteca, mitocndrias e lissosomos; Parede celular, mesossomas e cloroplastos; Cromossomos, fmbrias e lisossomos; Carioteca, plasmdeos e aparelho de Golgi. LITERATURA

36 Leia este soneto de Manuel Maria Barbosa du Bocage.J se afastou de ns o Inverno agreste Envolto nos seus midos vapores; A frtil Primavera , a me das flores O prado ameno de boninas veste : Varrendo os ares o sutil nordeste Os torna azuis : as aves de mil cores Adejam entre Zfiros, e Amores, E torna o fresco Tejo a cor celeste ; Vem, Marlia, vem lograr comigo Destes alegres campos a beleza, Destas copadas rvores o abrigo : Deixa louvar da corte a v grandeza: Quanto me agrada mais estar contigo Notando as perfeies da Natureza!

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Entre as afirmaes abaixo, a nica que NO contempla caractersticas quanto ao estilo e ao contedo do soneto transcrito, : (A) (B) (C) (D) (E) Trata-se de um poema em que se manifestam as convenes do Arcadismo . O texto atende s normas estabelecidas pelo classicismo greco-latino. A contemplao da natureza remete para certa nfase ertica. Paz e harmonia so elementos presentes no texto, em destaque. A natureza aparece, no poema, como mediadora da relao amorosa.

37 No perodo literrio, conhecido como Naturalismo, estilo de poca de que participa Ingls de Souza, como sendo um dos representantes mais legtimos da prosa naturalista brasileira, h uma renovao de conceitos atinentes produo literria. Sobre o Naturalismo, INCORRETO o seguinte comentrio:(A) (B) (C) (D) (E) So comuns na obra naturalista temas do cotidiano urbano ou rural. A linguagem da prosa naturalista , em geral, coloquial, simples e direta. Baseia-se na filosofia de que s as leis da natureza so vlidas para explicar o mundo. A prosa literria naturalista retrata a realidade de forma ainda mais objetiva e fiel do que no Realismo. O homem no se sujeita aos condicionamentos biolgicos e sociais, tendo em vista os ajustes entre cincia e manifestaes culturais, prprios deste perodo.

38 Leia o seguinte poema de Cesrio Verde, representante da poesia realista portuguesa.NUM LBUM I s uma tentadora: o teu olhar amvel Contm perfeitamente um poo de maldade, E o colo que te ondula, o colo inexorvel No sabe o que paixo, e ignora o que bondade. II Quando me julgas preso a erticas cadeias Radia-te na fronte o cu das alvoradas, E quando choro ento quando garganteias As peras de Verdi e as rias estimadas. III Mas eu hei de afinal seguir-te a toda a parte, E um dia quando eu for a sombra dos teus passos, Tantos crimes ters, que eu hei de processar-te, E enfim hs de morrer na forca dos meus braos. (Cesrio Verde) O poema transcrito constri-se e valoriza-se a partir dos elementos abaixo referidos, com exceo de: (A) (B) (C) (D) (E) H nfase indiscutvel de linguagem clara e rica em termos concretos. A supremacia do mundo externo impe a presena do real objetivo nesta criao potica. Percebe-se certa erudio a partir de referncia msica, por exemplo. Ao contrrio do homem, a mulher corresponde prpria idealidade do eterno feminino. O eu potico funciona como uma espcie de espelho em que se repercutem os dramas do homem citadino

39 O conto Acau, de Ingls de Souza, considerado um dos textos que melhor representa a tendncianaturalista do escritor paraense, sendo que o narrador, em todo o percurso narrativo, pontua situaes relacionadas de perto com seres e crendices que povoam o imaginrio amaznico. Entre as afirmativas abaixo, assinale a que contraria esse comentrio. (A) (B) (C) (D) (E) O dia de sexta-feira era considerado, pelos habitantes do local, como o mais agourento. Quanto s filhas do capito: Vitria, a filha adotiva, tinha um comportamento estranho e Aninha, a legtima, parecia sofrer de algum mal. A histria do conto se passa no povoado de Faro, referido pelo narrador como talvez o mais triste e abandonado dos povoados do vale do Amazonas. O capito trouxe uma criana para casa, encontrada em meio a uma experincia que no fica muito clara, mas que tem a ver com cobra grande, curupira e boto. O capito Jernimo Ferreira sara para caar e ouviu um rudo estrondoso, que mereceu a seguinte descrio do narrador: Os cabelos do capito Ferreira puseram-se de p e duros como estacas. Ele bem sabia o que aquilo era.

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40 Considere os fragmentos extrados do romance Vidas secas, de Graciliano Ramos. A passagem em que o narrador do romance descreve a aridez do espao e faz meno clara ao tempo decorrido entre as aes do personagem, est transcrita em:(A) (B) A famlia estava reunida em torno do fogo, Fabiano sentado no pilo cado, [...] esfregou as mos satisfeito e empurrou os ties com a ponta da alpercata. (p. 63) Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a tera dos cabritos. Mas como no tinha roa e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de feijo e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, no chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito. (p. 93) Fabiano tinha ido feira da cidade comprar mantimentos. Precisava de sal, farinha, feijo e rapaduras. Sinha Vitria pedira alm disso uma garrafa de querosene e um corte de chita vermelha. Mas o querosene de seu Incio estava misturado com gua, e a chita da amostra era cara demais. (p. 27) Fabiano curou no rasto a bicheira da novilha raposa. Levava no ai um frasco de creolina, e se houvesse achado o animal, teria feito o curativo ordinrio. Mas sups distinguir as pisadas dele na areia, baixou-se, cruzou dois gravetos no cho e rezou. Se o bicho no estivesse morto, voltaria para o curral, que a orao era forte. (p.17) Fabiano meteu-se na vereda que ia desembocar na lagoa seca, torrada, coberta de catingueiras e capes do mato. [...] Andara cerca de cem braas quando o cabresto de cabelo que trazia no ombro se enganchou num p de quip. Desembaraou o cabresto, puxou o faco, ps-se a cortar os quips e as palmatrias que interrompiam a passagem. Tinha feito um estrago feio, a terra se cobria de palmas espinhosas. Deteve-se percebendo rumor de garranchos, voltou-se e deu de cara com o soldado amarelo que, um ano antes, o levara cadeia, onde ele aguentara uma surra e passara a noite. (p.101-102) FILOSOFIA

(C)

(D)

(E)

41 A cidade de Atenas promoveu um concurso para a escolha da esttua da deusa Atena, a ser instalada noPaternon. Dois escultores apresentaram suas obras. Uma delas era uma mulher perfeita e foi admirada por todos. A outra, era uma figura grotesca: a cabea enorme, os braos muito longos e as mos maiores que os ps. Quando as duas esttuas foram colocadas nos altos pedestais do Paternon, onde eram vistas de baixo para cima, a esttua perfeita tornara-se ridcula: a cabea e as mos de Atena pareceram minsculas e desproporcionais para seu corpo; em contrapartida, a esttua grotesca tornara-se perfeita, pois a cabea, os braos e as mos se tornaram proporcionais ao corpo. A esttua grotesca foi considerada a boa imitao e venceu o concurso.(CHAU, Marilena, Convite Filosofia, So Paulo, Editora tica, 2003, p. 284, texto adaptado).

O exemplo citado no texto acima ilustra como os gregos na Antiguidade concebiam a relao entre arte e natureza. Tendo por base a concepo aristotlica acerca dessa relao, podemos dizer que a esttua grotesca venceu o concurso porque o escultor (A) (B) (C) imitou a deusa Atena considerando que para uma obra ser bela tem de ter, alm da proporo, certa esquisitice. no se preocupou em reproduzir uma cpia fiel da deusa Atena, pois no mundo sensvel temos apenas uma imitao da verdadeira realidade que se encontra no mundo inteligvel. tomou como parmetro, ao representar a deusa Atena, a ideia de que o belo relativo ao gosto de cada pessoa, por isso a deusa poderia ser percebida diferentemente por cada um, dependendo do lugar onde fosse colocada. reproduziu a deusa Atena tendo como padro de beleza o imaginrio popular da poca, que apreciava figuras grotescas. representou a deusa Atena levando em conta que o belo consiste na proporo, na simetria e na ordem, por isso fez um clculo matemtico das propores entre as partes do corpo, o local em que seria instalada e como seria vista.

(D) (E)

42 A soberania no pode ser representada pela mesma razo por que no pode ser alienada, consisteessencialmente na vontade geral e a vontade absolutamente no se representa. (...). Os deputados do povo no so nem podem ser seus representantes; no passam de comissrios seus, nada podendo concluir definitivamente. nula toda lei que o povo diretamente no ratificar; em absoluto, no lei.(ROSSEAU, J.J. Do Contrato social, So Paulo, Abril Cultural, 1973, livro III, cap. XV, p. 108-109)

Rousseau, ao negar que a soberania possa ser representada preconiza como regime poltico: (A) (B) (C) (D) (E) um sistema misto de democracia semidireta, no qual atuariam mecanismos corretivos das distores da representao poltica tradicional. a constituio de uma Repblica, na qual os deputados teriam uma participao poltica limitada. a democracia direta ou participativa, mantida por meio de assembleias frequentes de todos os cidados. a democracia indireta, pois as leis seriam elaboradas pelos deputados distritais e aprovadas pelo povo. um regime comunista no qual o poder seria extinto, assim como as diferenas entre cidado e sdito.

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43 Adorno e Horkheimer (os primeiros, na dcada de 1940, a utilizar a expresso industria cultural tal como hoje a entendemos) acreditam que esta indstria desempenha as mesmas funes de um estado fascista (...) na medida em que o individuo levado a no meditar sobre si mesmo e sobre a totalidade do meio social circundante, transformando-se em mero joguete e em simples produto alimentador do sistema que o envolve.(COELHO, Teixeira. O que industria cultural, So Paulo, Editora Brasiliense, 1987, p. 33. Texto adaptado)

Adorno e Horkeimer consideram que a indstria cultural e o Estado fascista tm funes similares, pois em ambos ocorre (A) (B) (C) (D) (E) um processo de democratizao da cultura ao coloc-la ao alcance das massas o que possibilita sua conscientizao. o desenvolvimento da capacidade do sujeito de julgar o valor das obras artsticas e bens culturais, assim como de conviver em harmonia com seus semelhantes. o aprimoramento do gosto esttico por meio da indstria do entretenimento, em detrimento da capacidade de reflexo. um processo de alienao do homem, que leva o individuo a perder ou a no formar uma imagem de si e da sociedade em que vive. o aprimoramento da formao cultural do individuo e a melhoria do seu convvio social pela inculcao de valores, de atitudes conformistas e pela eliminao do debate, na medida em que este produz divergncias no mbito da sociedade.

44 Em minha opinio, o voto livre deve ser defendido por razes filosficas. (...) Ao tornar o voto obrigatrio, dealgum modo reduzido o grau de liberdade que existe por trs da deciso espontnea do cidado de ir seo eleitoral e escolher um candidato. Podemos afirmar que o voto obrigatrio, constrangido pela lei, no moral se comparado ao sufrgio livre, resultado da deliberao de um sujeito autnomo. E, para Kant, h uma identidade entre ser livre e ser moral.(Disponvel em http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u356288.shtml. Texto adaptado)

O autor do texto se manifesta contrrio ao voto obrigatrio e justifica sua posio tendo por base a tica kantiana. Do ponto de vista de Kant, o individuo ao votar constrangido pela lei no age moralmente porque (A) (B) (C) (D) (E) a ao praticada no foi livre, na medida em que uma ao verdadeiramente livre deve visar felicidade do individuo e no ao interesse do Estado. forado, sem aprovao de sua vontade, a praticar um ato cujo mbil no o princpio do dever moral. o seu voto no foi fruto de uma escolha consciente, mas sim motivado por ideologias partidrias. sua ao foi praticada por imposies do Estado e favorece candidatos desonestos, que podem comprar votos. agiu por imposio da lei jurdica e no da lei moral, que requer que sua escolha esteja comprometida com interesses externos ao sujeito.

45 A palavra tecnologia, aplicada atualmente com grande latitude (...), uma expresso especfica, em uso a partir de 1772, denotando um fenmeno moderno, que reprojetamos a condies distintas das de nosso tempo: a ligao da cincia com a tcnica, ou seja, o ciclo do desenvolvimento da tcnica embasada no conhecimento cientfico, e que evolve em funo dele tanto quanto o faz progredir.(NUNES, Benedito. Cultura tradicional e cultura de massa in Ensaio, So Paulo, Ed. Ensaio, p. 106)

Tendo por base o texto, correto afirmar que, (A) (B) (C) cincia e tecnologia se desenvolveram, em sua maior parte, independentemente uma da outra. o progresso tecnolgico foi obra de inventores e artfices que usavam os conhecimentos prticos e pouca ou nenhuma cincia. as mais importantes descobertas tecnolgicas, sobretudo a partir do sculo XVII, assentaram-se em teorias estabelecidas pela cincia; esta, por sua vez, desenvolveu-se sem qualquer relao com as tcnicas produzidas na poca. so as necessidades tecnolgicas que do vigor e direo pesquisa cientfica. o avano tecnolgico se apoia em descobertas cientficas, mas tambm possibilita que a cincia progrida.

(D) (E)

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SOCIOLOGIA

46 Uma das formas mais agudas de desemprego presentes na contemporaneidade o desemprego provocadopela mudana na configurao da estrutura ocupacional e na demanda da fora de trabalho, em razo da adoo pelas empresas pblicas e privadas de novos programas de gesto e organizao do trabalho, de novas tecnologias, de ruptura da parte das cadeias produtivas, com o fechamento de empresas, e da desnacionalizao de parte do parque produtivo. Sobre as consequncias desse processo de desemprego, considere os fatos citados nos itens abaixo: I II III IV V a no incluso dos jovens e a excluso dos idosos do mercado de trabalho. a expanso do trabalho em domicilio. a ocorrncia da expanso de oportunidades de trabalho no chamado Terceiro Setor (iniciativas privadas com fins pblicos), especialmente em pases capitalistas avanados. a intensa atividade sindical. a aceitao dos trabalhadores herdeiros de uma cultura fordista em detrimento de trabalhadores polivalentes e multifuncionais da era toyotista.

Est correto o que se apresenta no(s) item(ns) (A) (B) (C) (D) (E) III somente. I e II somente. I e III somente IV e V somente. I, II e III.

47 As imagens abaixo representam o trabalho infantil. A primeira retrata a Europa, mais especificamente a situao de trabalho enfrentada pelas crianas na Inglaterra, durante os primeiros tempos do desenvolvimento da grande indstria. A segunda gravura nos remete ao trabalho infantil em um centro urbano brasileiro no sculo XXI.

A cerca desse tema, avalie as seguintes afirmaes: I II III IV V No Brasil, polticas pblicas desenvolvidas por vrios governos no tm conseguido resolver o problema do trabalho infantil. O desemprego que afeta um nmero significativo de chefes de famlia acaba por fazer com que jovens sejam obrigados a se inserirem precocemente no mercado de trabalho para ajudar a famlia. Jovens brasileiros fazem questo de se inserirem no mercado de trabalho pois anseiam ter seu prprio dinheiro para consumir os bens que a propaganda lhes oferece. Tal como no sculo anterior, na Inglaterra, hoje o Brasil, em pleno Sculo XXI, no conseguiu erradicar o trabalho infantil. O desemprego que afeta a populao economicamente ativa no um problema recente e, nas ltimas dcadas recrudesceu no Brasil.

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So corretas, as afirmaes (A) (B) (C) (D) (E) I e III somente. III e IV somente. I, III e V somente. I, II, IV e V somente. I, II, III, IV e V.

48 Considere a letra da msica Cidado, interpretada por Z Ramalho e composta por Lcio Barbosa, abaixo transcrita:Cidado T vendo aquele edifcio moo Ajudei a levantar Foi um tempo de aflio Eram quatro conduo Duas pr ir, duas pr voltar Hoje depois dele pronto Olho pr cima e fico tonto Mas me vem um cidado E me diz desconfiado "Tu t a admirado? Ou t querendo roubar?" Meu domingo t perdido Vou pr casa entristecido D vontade de beber E pr aumentar meu tdio Eu nem posso olhar pro prdio Que eu ajudei a fazer... Com base na leitura do texto, avalie as afirmaes a seguir: I II III IV No h acesso aos bens produzidos pelos trabalhadores brasileiros. H condies precrias de trabalho dos trabalhadores brasileiros. H preconceito existente em relao s pessoas que no possuem condies de se trajarem dignamente. A sociedade brasileira uma sociedade justa, onde todos tm os mesmos direitos educao, sade e moradia.

So corretas somente as afirmaes (A) (B) (C) (D) (E) I, II e III. III e IV. I, III. II e IV. II e III.

49 A cultura compreendida como um conceito polissmico e suas caractersticas demonstram que ela pode,contraditoriamente, ser esttica e dinmica. Ao considerar-se estas ponderaes acerca das culturas, correto afirmar: (A) Apesar de ser contempornea, a busca pela qualidade de vida uma constante nas sociedades e culturas humanas que est ligada luta pela sobrevivncia e ao modo de viver das pessoas em situao em que no h conflitos e diferenciao sociais. O consumismo uma prtica que visa satisfao das necessidades criadas no estgio atual do capitalismo, e incentivado pelos meios de comunicao. O desejo de consumo, que est vinculado cultura greco-romana, j fora registrado durante o capitalismo industrial. A busca pela conquista do corpo belo e saudvel est presente em vrias sociedades. O que varia so as estratgias e os parmetros para definir sade e beleza ao longo do tempo e conforme as realidades sociais. As concepes locais sobre desenvolvimento e sucesso esto presentes em planejamentos governamentais da Amrica Latina e influenciaram aes em projetos econmicos e culturais existentes desde meados do sculo XX. Culturas esto presentes desde o surgimento da sociedade humana e, desde esse perodo as alteraes somticas e culturais so perceptveis mediante observao das diversas prticas polticas e econmicas das populaes amerndias.

(B)

(C) (D)

(E)

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50 A figura abaixo, produzida por Gilbert Borais (2007), apresenta como tema de reflexo a questo dodesmatamento e os impactos socioambienta decorrentes dessa ao. socioambientais

Qual a alternativa que corresponde corretamente s resultantes da ao humana represent representada nesta charge? (A) (B) (C) As aes isoladas causam impactos socioambientais irreversveis devido amplitude de efeitos do desmatamento, tais como: aquecimento global, enchentes dos rios e extino de espcies animais e vegetais. o: A derrubada de florestas da mata de terra firme motivada por interesses econmicos, e pode acarretar prejuzos se forem utilizadas estratgias que desconsiderem a sustentabilidade socioambiental. sustentabilidade O enriquecimento ser a principal conseq ncia econmica para aquelas pessoas que exploram a floresta de consequncia maneira sustentvel, pois ao agirem de modo isolado os lucros advindos com esta atividade no precisaro ser em partilhados com povos das florestas tropicais tropicais. A derrubada de rvores nativas e destruio das florestas tropicais so inevitveis devido ao atual modelo de is desenvolvimento que se utiliza de Unidades de Conservao, como, por exemplo, as Reservas Extrativistas Extrativistas. A utilizao de tecnologia industrial contribui para a conservao da biodiversidade e dificulta aes de organizaes no governamentais ambientalistas nas florestas de terra firme.

(D) (E)

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ESPANHOL Leia atentamente o texto abaixo para responder ao que se pede no comando das questes 51 a 55. El hambre en el mundo cae en 2010 por primera vez en quince aos

Un nio de dos aos, alimentado por su hermana en un campamento de Pakistn. IAKI DEZ (Corresponsal en Roma)

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39

Se reduce casi un 10% el nmero de hambrientos sobre la tierra. 925 millones de personas pasan hambre en 2010 frente a los 1.020 millones de 2009. Es una cifra dramtica pero se baja del umbral de los 1.000 millones con los que ya nos habamos habituado a convivir. Es la primera reduccin en 15 aos, segn un informe de la Organizacin de la Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentacin (FAO). Con todo, la FAO sigue viendo la actual cifra como "inaceptable". Su director general, Jacques Diouf, ha sealado que "cada seis segundos muere un nio por problemas relacionados con la desnutricin", de manera que "el hambre sigue siendo la mayor tragedia y el mayor escndalo del mundo". La cada de los precios tiene buena parte de la culpa del descenso en el nmero de hambrientos. Sin embargo, subraya la FAO, el hambre es un problema que cuya resolucin est muy lejana y tambin est muy lejana la cifra de 400 millones de hambrientos para 2015, un reto que se fij en la Cumbre Mundial de Alimentos de 1996. El descenso ms importante del nmero de hambrientos se ha producido en la regin de Asia Pacfico donde hay un 12% menos de personas que pasan hambre con respecto al ao pasado. Se ha pasado de 658 a 578 millones de hambrientos en la zona. Son buenos datos pero el dramatismo persiste. Como dice la directora ejecutiva del Programa Mundial de Alimentos, Josette Sheeran, una de cada seis personas de la Tierra se levanta cada da sin nada que comer. Pese al declive de la malnutricin crnica recogido por la FAO en el informe, los disturbios por la subida del precio de los alimentos en Mozambique, las protestas en Egipto y el aumento de los precios de los cereales debido a la sequa y los incendios en Rusia han puesto el tema del hambre y la seguridad alimentaria de nuevo en la agenda global. La FAO detalla que la mayora de la gente que sufre hambre en el mundo sigue viviendo en los pases en desarrollo, donde suponan un 16% de la poblacin en 2010. Esta marca supone una ligera mejora respecto al 18% de poblacin hambrienta que registraron estos pases en 2009, pero la organizacin advierte de que an queda lejos del objetivo de la ONU de reducir esta proporcin del 20% que haba en 1990 al 10% marcado para 2015 en el marco de los Objetivos del Milenio. "El hecho de que cerca de 1.000 millones de personas sigan pasando hambre pese a la reciente crisis financiera y del mercado de los alimentos indica un problema estructural ms profundo", defiende la FAO en su informe. "Los gobiernos deberan favorecer un incremento de la inversin en agricultura, expandir la red de proteccin y asistencia social y poner en marcha actividades de generacin de riqueza entre los pobres en las poblaciones rurales y urbanas", concluye el informe, previo a la cumbre especial de la prxima semana en Naciones Unidas sobre la revisin de los Objetivos del Milenio. De cara a los prximos aos, lo que ms preocupa a la FAO es la inestabilidad de los mercados: su volatilidad es lo ms peligroso dentro de un panorama en el que no se barruntan nuevas crisis alimentarias. Este anuncio de la cifras se produce a pocos das de la publicacin de uno de los informes anuales ms importantes de la organizacin: el estado de la inseguridad en el mundo que se dar a conocer el mes que viene de manera conjunta con el Programa Mundial de Alimentos y que, este ao, incluye una seccin especial centrada en los pases que sufren crisis prolongadas.Adaptado de: http://www.rtve.es/noticias/20100914/hambre-mundo-cae-2010-primera-vez-quince-anos/353962.shtml

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51 Marque a nica opo que NO est de acordo com a ideia principal veiculada pela figura apresentada no texto.(A) (B) (C) (D) (E) El hambre en el mundo cae en 2010 por primera vez en quince aos. Se reduce casi un 10% el nmero de hambrientos sobre la tierra. La cada de los precios tiene buena parte de la culpa del descenso en el nmero de hambrientos. Un panorama en el que no se barruntan nuevas crisis alimentarias. Cada seis segundos muere un nio por problemas relacionados con la desnutricin.

52 De quem a responsabilidade da afirmativa: El hambre sigue siendo la mayor tragedia y el mayor escndalo del mundo?(A) (B) (C) (D) (E) do jornal RTVE. do jornalista Iaki Diez. do diretor geral Jacques Diouf. da diretora executiva Josette Sheeran. da ONU.

53 Assinale o fragmento em que o conector NO estabelece relao de oposio entre as ideias do texto.(A) (B) (C) (D) (E) Sin embargo, el hambre es un problema que cuya solucin est muy lejana. Son buenos datos pero el dramatismo persiste. Es una cifra dramtica pero se baja del umbral de los 1.000 millones. El hambre sigue siendo la mayor tragedia y el mayor escndalo del mundo. Pero la organizacin advierte de que an queda lejos del objetivo de la ONU.

54 A partir dos dados apresentados no texto, correto afirmar:(A) (B) (C) (D) (E) Em 2009, mais de um bilho de pessoas passaram fome. Em 2012, diminuir em 12% o nmero de pessoas que passam fome. Um milho de pessoas passar fome por causa da crise financeira. 400 milhes de pessoas passaro fome em 2015. Em 2015, diminuir em 10% o nmero de pessoas que passam fome.

55 De acordo com a afirmao: Son buenos datos pero el dramatismo persiste (linha 15), podemos concluir:(A) (B) (C) (D) (E) O ano de 2009 foi considerado o pior ano para a populao faminta e desnutrida. Na regio sia-Pacfico, apesar de alguns resultados positivos, a fome ainda um problema. O exemplo da regio sia-Pacfico revela que possvel aumentar o nmero de famintos no mundo. De acordo com Josette Sheeran, o ano de 2010 superou todas as expectativas ao drama da fome. possvel combater a fome com a ajuda da populao e do Programa Mundial de Alimentos.

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INGLS Leia atentamente o texto abaixo para responder ao que se pede no comando das questes 51 a 55. The Impact of Media Violence on Children and Adolescents: Opportunities for Clinical Interventions Eugene V Beresin 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Over the past 30 years there has been extensive research on the relationship between televised violence and violent behavior among youth. Longitudinal, cross-sectional, and experimental studies have all confirmed this correlation. Televised violence and the presence of television in American households have increased steadily over the years. Studies reveal that children watch approximately 28 hours of television a week, more time than they spend in school. The typical American child will view more than 200,000 acts of violence, including more than 16,000 murders before age 18. Television programs display 812 violent acts per hour; children's programming, particularly cartoons, displays up to 20 violent acts hourly. How does televised violence result in aggressive behavior? Some researchers have demonstrated that very young children will imitate aggressive acts on TV in their play with peers. Before age 4, children are unable to distinguish between fact and fantasy and may view violence as an ordinary occurrence. In general, violence on television and in movies often conveys a model of conflict resolution. It is efficient, frequent, and inconsequential. Heroes are violent, and, as such, are rewarded for their behavior. They become role models for youth. The typical scenario of using violence for a righteous cause may translate in daily life into a justification for using violence to retaliate against perceived victimizers. Hence, vulnerable youth who have been victimized may be tempted to use violent means to solve problems. Unfortunately, there are few, if any, models of nonviolent conflict resolution in the media. Additionally, children who watch televised violence are desensitized to it. They may come to see violence as a fact of life and, over time, lose their ability to empathize with both the victim and the victimizer. Child and adolescent psychiatrists, pediatricians and other physicians can have a major impact on the effects of media violence. The American Academy of Pediatrics (AAP) has created a list of recommendations to address television violence. It suggests that physicians talk openly with parents about the nature and extent of viewing patterns in their homes. Parents should limit television to 1-2 hours daily and watch programs with their children, enabling them to address any objectionable material seen. Physicians should make parents and schools "media literate," meaning they should understand the risks of exposure to violence and teach children how to interpret what they see on television and in the movies, including the intent and content of commercials. In doing so, children may be increasingly able to discern which media messages are suitable. Schools and homes should teach children conflict resolution. Physicians, in their role as health promoters, should become more active in educating the media to become more sensitive to the impact of violence on youth. The arena of media violence is a new frontier where physicians can promote health through public education and advocacy.

(http://www.aacap.org/cs/root/developmentor/the_impact_of_media_violence_on_children_and_adolescents_opportunities_for_clinical_interventions)

51 Segundo o texto, as crianas americanas(A) (B) (C) (D) (E) passam mais tempo em frente televiso do que na escola. despendem 20 horas por semana assistindo a desenhos animados. assistem a 812 cenas de violncia por hora em programas de televiso. tero visto 200.000 assassinatos na televiso, antes de completar 18 anos. so expostas, por ano, a aproximadamente 16.000 programas de televiso.

52 O texto afirma que, em geral, a violncia na televiso e nos filmes frequentemente expressa(A) (B) (C) (D) (E) situaes dramticas do dia-a-dia. um modelo de soluo de conflitos. uma concepo perversa da realidade. o desejo do pblico por aes violentas. a banalizao dos comportamentos dos heris.

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53 No enunciado They become role models for youth (linhas 16 e 17), o vocbulo sublinhado se refere a(A) (B) (C) (D) (E) programas de televiso. atos violentos. conflitos. filmes. heris.

54 Segundo o texto, a Academia Americana de Pediatria(A) (B) (C) (D) (E) recomenda que as crianas parem de ver televiso e saiam para brincar fora de casa. sugere que os pais limitem a quantidade de horas que seus filhos passam diante da televiso. recomenda que os pais conversem com seus filhos sobre a diferena entre realidade e fantasia. culpa os pais por deixarem suas crianas assistirem a filmes e programas de televiso violentos. sugere que se faa acompanhamento psicolgico das crianas que assistem a muitos atos de violncia.

55 De acordo com o texto, os mdicos devem fazer com que os pais e a escola sejam letrados em mdia, ou seja,pais e educadores devem (A) (B) (C) (D) (E) se reunir para discutir as consequncias da exposio violncia na televiso. assistir aos programas de televiso junto com as crianas e limitar o acesso das crianas televiso. estudar os riscos da exposio violncia na televiso, para determinar o que as crianas devem assistir. conversar com especialistas em mdia assim que perceberem algum comportamento agressivo nas crianas. compreender os riscos da exposio violncia e ensinar as crianas a interpretar o que elas veem na televiso e nos filmes.

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ALEMO Leia atentamente o texto abaixo para responder ao que se pede no comando das questes 51 a 55. Brasilien grndet Naturschutzgebiet: 16 Millionen Hektar des Regenwaldes geschtzt

Brasilien grndete im Amazonas-Regenwald das grte Naturschutzgebiet der Erde. Mit einer Flche von 16 Millionen Hektar - ungefhr doppelt so gro wie ganz sterreich - wurden sieben Nationalparks verbunden und zum Naturschutzgebiet erklrt. Die Auswirkungen sollen global zu spren sein. Brasilien hat im Amazonas-Regenwald nach eigenen Angaben das grte Urwaldschutzgebiet der Erde geschaffen. Die sieben zusammenhngenden Nationalparks htten eine Gesamtflche von knapp 16 Millionen Hektar (160.000 Quadratkilometer). Das Naturschutzgebiet ist damit rund doppelt so gro wie sterreich (83.800 Quadratkilometer). In der Region soll im Bundesstaat Par - der von Landkonflikten, illegaler Abholzung und der sklavenhnlichen Ausbeutung der Indios besonders schlimm betroffen ist - eine Strategie der nachhaltigen Entwicklung angewandt werden. In dem Schutzgebiet werde Abholzung grundstzlich verboten sein. Landwirtschaftliche Betriebe wrden allerdings erlaubt werden, aber nur unter strikter Kontrolle des Staates. Mit der Grndung des neuen Naturschutzgebiets, das auch in die Bundesstaaten Amap und Amazonas hineinreicht, seien nun im gesamten Amazonas-Regenwald 42 Prozent der Flche der "grnen Lunge der Erde" unter Schutz gestellt, betonte der Sprecher des staatlichen Instituts fr Umweltforschung im Amazonasgebiet (Imazon). Die positiven Auswirkungen des Projekts wrden global zu spren sein. Geschtzt wrden nun auch zahlreiche Arten von Vgeln, Wildkatzen, Affen und Reptilien, die zum Teil vom Aussterben bedroht seien. (apa/red)Texto adaptado:www.news.at/ 05.12.2006

GLOSSRIO r Regenwald floresta tropical r Urwald floresta virgem s Gebiet regio, rea r Schutz proteo spren sentir, perceber

51 Assinale a alternativa correta:(A) (B) (C) (D) (E) O Brasil fundou na Amaznia a maior rea de proteo ambiental do mundo. A ustria fundou na Amaznia a maior rea de proteo ambiental do mundo. O Brasil desmatou 16 milhes de hectares na Amaznia. O Brasil desmatou uma rea correspondente a duas vezes o tamanho da ustria. O Brasil e a ustria, juntos, fundaram a maior rea de proteo ambiental do mundo.

52 A maior reserva de proteo ambiental do mundo declarada formada por sete parques(A) (B) (C) (D) (E) na Amaznia e dois na Europa. nacionais localizados no sul do Brasil. nacionais reunidos na regio amaznica. de preservao ambiental localizados nas diversas regies do Brasil. nacionais localizados nos diversos continentes do globo terrestre.

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53 Identifique estratgias que, segundo o autor, se aplicam ao desenvolvimento sustentvel no Par:(A) (B) (C) (D) (E) a proibio do desmatamento ilegal em rea de preservao natural e o controle do trabalho escravo na regio. a proibio do desmatamento ilegal em rea de preservao natural e a permisso de projetos agrrios sob controle estrito do Estado. a proibio do desmatamento ilegal em rea de preservao natural e o controle na explorao de extrao de minerais na regio. a proibio da explorao de minerais na regio e a permisso de projetos agrrios sob controle estrito do Estado. a proibio da explorao de minerais na regio e o controle do trabalho escravo na regio.

54 O autor afirma que(A) (B) (C) (D) (E) 42% do chamado pulmo verde do mundo formado pelas florestas do Amap e do Amazonas. 42% do chamado pulmo verde do mundo formado pelas florestas do Par e do Amazonas. 42% da floresta amaznica est sob proteo ambiental . 42% da floresta amaznica no est sob proteo ambiental . 42% de florestas foram devastadas.

55 Com a fundao da nova rea de proteo ambiental,(A) (B) (C) (D) (E) a cadeia alimentar dos animais estaria assegurada. todas as espcies de vegetais estariam protegidas de extino. aves, gatos e cachorros do mato e peixes em extino estariam protegidos. a explorao mineral reduziria substancialmente. muitas espcies de aves, gatos selvagens, macacos e rpteis em extino seriam protegidas.

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FRANCS Leia atentamente o texto abaixo para responder ao que se pede no comando das questes 51 a 55.

Facebook, nocif pour les ados?Marie Briand1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Beaucoup de parents sinquitent de lusage par les adolescents de Facebook, MySpace ou autres sites de rseaux sociaux. Ny a-t-il pas un risque pour leur enfant de crer des relations amicales artificielles qui se substituent aux rencontres relles, ou de faire de mauvaises rencontres et de subir de mauvaises influences? Une tude est de nature les rassurer. Elle suggre que de telles pratiques ne sont pas si dangereuses. Du moins, pas pour ceux qui se portent bien... Amori Yee Mikami, professeure de psychologie luniversit de Virginie, et son quipe, ont compar la vie relationnelle de 92 adolescents dans le monde rel et dans celui de leurs rseaux sociaux. Il apparat que les jeunes gens sociables, ayant des relations positives avec de nombreux amis, ne font quenrichir leur nombre de relations par lintermdiaire des rseaux sociaux dInternet. Par contre, les adolescents plus solitaires ou qui ont des problmes pour se faire des amis dans la vie relle , frquentent peu ces sites et prouvent galement des difficults y nouer des contacts. Enfin, ceux qui manifestent des troubles (agressivit ou dpression) recherchent sur les sites des gens qui leur ressemblent. En dautres termes, les sites sociaux ne se substituent pas au relations relles, mais les renforcent. Elles nont de mauvaises influences que sur ceux qui ont dj des comportements pathologiques. Lintrt de cette tude est davoir compar le comportement et la sociabilit de ces sujets des valuations effectues sur eux huit ans auparavant, alors qu'ils n'avaient que treize ou quatorze ans. Il en ressort que la qualit de leurs relations sociales est reste stable. Cela relativise donc fortement limpact des sites Internet sur la sociabilit habituelle des jeunes. Les parents des jeunes adolescents sans problmes nont pas sinquiter de linfluence des sites sociaux , rsume Amori Yee Mikami. En revanche, prvient-elle, ces sites ne compensent pas la solitude ou les difficults relationnelles, et renforcent les penchants morbides des adolescents problmes .Disponible sur:. Consult le 02 nov. 2010.

51 Pode-se afirmar que o texto um(a)(A) (B) (C) (D) (E) editorial em que Marie Briand, a autora do texto, se manifesta contra os sites de relacionamento. artigo de jornal sobre a importncia das relaes que se estabelecem, no mundo virtual, na vida dos jovens franceses. crnica em que a autora do texto relata os hbitos de adolescentes relacionados a sua frequncia em sites sociais, como Facebook, MySpace. folder informativo sobre os malefcios de sites sociais, como Facebook, MySpace, no comportamento de jovens adolescentes. artigo de revista em que se revelam os resultados de uma pesquisa sobre as relaes entre o hbito de frequentar sites sociais e a sociabilidade de adolescentes.

52 O enunciado que melhor sintetiza as ideias desenvolvidas no texto :(A) (B) (C) (D) (E) As relaes que se estabelecem nos sites sociais tendem a substituir as relaes do mundo real. Frequentar sites de relacionamento, como Facebook e MySpace, no oferece nenhum tipo de risco aos adolescentes. Sites sociais, como Facebook e MySpace, so prejudiciais aos adolescentes, visto que os jovens so mais suscetveis a influncias externas. Apenas os pais cujos filhos adolescentes tm facilidade de fazer amigos devem preocupar-se com a influncia dos sites sociais sobre o comportamento dos filhos. A influncia dos sites de relacionamento sobre o comportamento dos adolescentes relativa: apenas os pais de adolescentes com problemas devem preocupar-se com isso.

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53 No fragmento Ny a-t-il pas un risque pour leur enfant de crer des relations amicales artificielles qui sesubstituent aux rencontres relles, ou de faire de mauvaises rencontres et de subir de mauvaises influences? (linhas 2-4), a expresso mauvaises rencontres associa-se, no contexto, ideia de (A) (B) (C) (D) (E) fidelidade. dificuldade. nocividade. insuficincia. enfermidade.

54 A alternativa em que a referncia entre parnteses NO corresponde ao elemento destacado no fragmento transcrito :(A) (B) (C) (D) (E) mais les renforcent [linha 13] - (sites sociaux). dans celui de leurs rseaux sociaux [linha 7] - (monde). Une tude est de nature les rassurer [linha 4] - (parents). Elle suggre que de telles pratiques ne sont pas si dangereuses [linhas 4-5] - (tude). qui se substituent aux rencontres relles [linhas 2-3] - (relations amicales artificielles).

55 Leia o fragmento de texto abaixo transcrito:ne font quenrichir leur nombre de relations par lintermdiaire des rseaux sociaux dInternet (linhas 8-9) Expressa-se, nessa passagem, a ideia de que (A) (B) (C) (D) (E) os jovens, nos dias de hoje, s conseguem estabelecer relaes sociais positivas por meio das redes sociais da Internet. os sites de relacionamento s fazem aumentar o nmero de amigos de jovens com facilidade de relacionamento. somente os jovens adolescentes conseguem estabelecer facilmente relaes positivas com muitos amigos nas redes sociais da Internet. os jovens sociveis no conseguem enriquecer seu crculo de amizades por meio de sites de relacionamento, como Facebook e MySpace. at os jovens pouco comunicativos conseguem enriquecer o nmero de relaes de amizade por intermdio das redes sociais da Internet.

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ITALIANO Leia atentamente o texto abaixo para responder ao que se pede no comando das questes 51 a 55. Mario Vargas Llosa: all' autore peruviano, 74 anni, il Nobel per la letteratura Lo scrittore che denuncia la violenza del potere Quando il ventottenne Mario Vargas Llosa pubblic il suo primo romanzo, La citt e i cani, era il 1962. Quel libro aveva alle spalle la frequentazione del Leoncio Prado, un collegio diretto da militari. A mandarvelo era stato il padre, un giornalista che il figlio aveva incontrato molto tardi. Per un pezzo - raccont pi tardi - ero stato convinto che fosse morto. Quando scoprii che invece esisteva ed era vivo, non c' era gi pi nessuna possibilit di comunicazione tra noi (...). Lui disapprovava il modo in cui ero stato tirato su, coccolato e vezzeggiato: pens che il Leoncio Prado avrebbe fatto di me un uomo. Ne fece, in realt, non solo