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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica DEM/POLI/UFRJ PLACA AUTOCENTRANTE DE DUAS CASTANHAS COM TRAVA NO EIXO LONGITUDINAL Rodrigo Rebello da Motta PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO MECÂNICO. Aprovado por: ________________________________________________ Prof. José Stockler Canabrava Filho, PHD.Sc. (Orientador) ________________________________________________ Prof. Flávio de Marco Filho, D.Sc. ________________________________________________ Prof. Anna Carla Monteiro de Araujo, D.Sc. RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JANEIRO DE 2014

placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

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Page 1: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Departamento de Engenharia Mecânica

DEM/POLI/UFRJ

PLACA AUTOCENTRANTE DE DUAS CASTANHAS COM TRAVA NO EIXO LONGITUDINAL

Rodrigo Rebello da Motta

PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE

ENGENHARIA MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO MECÂNICO.

Aprovado por:

________________________________________________ Prof. José Stockler Canabrava Filho, PHD.Sc. (Orientador)

________________________________________________ Prof. Flávio de Marco Filho, D.Sc.

________________________________________________

Prof. Anna Carla Monteiro de Araujo, D.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JANEIRO DE 2014

Page 2: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

2

da Motta, Rodrigo Rebello

Placa Auto Centrante de Duas Castanhas com Trava no Eixo

Longitudinal / Rodrigo Rebello da Motta. – Rio de

Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2014.

X, 57 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: José Stockler Canabrava Filho

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia Mecânica, 2014.

Referências Bibliográficas: p. 47.

1. Introdução 2. Análise do processo de usinagem da Válvula esfera

2.1/16”. 3. Projeto do Dispositivo Dedicado para a usinagem da quarta

etapa de usinagem. 4. Cálculos de dimensionamento. 5. Análise de

balanceamento do P.A.C.T.E.L.

I. Stockler Canabrava, José. II. Universidade Federal do

Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia

Mecânica. III. Placa Auto Centrante de Duas Castanhas com Trava

no Eixo Longitudinal.

Page 3: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

3

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como

parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.

PLACA AUTOCENTRANTE DE DUAS CASTANHAS COM TRAVA NO

EIXO LONGITUDINAL

Rodrigo Rebello da Motta

Janeiro/2014

Orientador: José Stockler Canabrava Filho

Curso: Engenharia Mecânica

Com o crescimento do ramo de óleo e gás no Brasil as empresas do setor estão

tendo de se modernizar, aprimorando não só seus produtos, mas também seus meios de

produção. Utilizada na indústria de Óleo e Gás, a válvula esfera API-6 modelo 200 de

2.1/16” foi escolhida por se apresentar como um gargalo na linha de produção. O foco

desse trabalho é a elaboração de um dispositivo de duas castanhas compatível com spindle

ASA B5.9 Tipo A-11 para uma das etapas de usinagem do corpo dessa válvula que devido

à sua geometria se torna de difícil fixação no trono.

Este trabalho identifica os problemas no dispositivo utilizado por uma empresa,

propõe uma solução em forma de um novo método de fixação, faz uma análise das tensões

decorrentes dos esforços aos quais o dispositivo é submetido e depois uma análise de

balanceamento.

Page 4: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

4

Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial

fulfillment of the requirements for the degree of Engineer.

Self centering Chuck with two jaws and longitudinal locking mechanism

Rodrigo Rebello da Motta

January/2014

Advisor: José Stockler Canabrava Filho

Course: Mechanical Engineering

With the growth of the oil and gas industry in Brazil sector companies are having

to upgrade themselves, improving not only their products but also their means of

production. Used in the Oil and Gas industry, ball valve API-6 model 200, 2.1/16 "was

chosen to present itself as a bottleneck in the production line. The focus of this work is

the development of a device with two spindle jaws compatible with ASA B5.9 Type A-

11 for one of the stages of machining the body of the valve due to its geometry becomes

difficult mounting the throne.

This paper identifies the problems with the device used by a company, proposes a

solution in the form of a new method of attachment makes an analysis of the tensions

resulting from the efforts to which the device is submitted and then a balancing analysis.

Page 5: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

5

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1- VISTA EM CORTE PARCIAL DA VÁLVULA ESFERA 10

FIGURA 2- SEQUÊNCIA DE FABRICAÇÃO 11

FIGURA 3- ESQUEMA DA PRIMEIRA ETAPA DE USINAGEM 12

FIGURA 4- ESQUEMA DA SEGUNDA OPERAÇÃO DE USINAGEM 13

FIGURA 5-TERCEIRA OPERAÇÃO DE USINAGEM 14

FIGURA 6-FIXAÇÃO NA 4ª ETAPA DE USINAGEM 15

FIGURA 7- OPERAÇÃO EM QUESTÃO 16

FIGURA 8-FERRAMENTA USADA NESTA OPERAÇÃO 16

FIGURA 9-TORNEAMENTO INTERNO 17

FIGURA 10-FERRAMENTA UTILIZADA NESTA OPERAÇÃO 17

FIGURA 11-TORNEAMENTO INTERNO COM BARRA TIPO CEGONHA 18

FIGURA 12-BARRA DE MANDRILAR TIPO CEGONHA 18

FIGURA 13-TORNEAMENTO INTERNO COM BARRA DE MANDRILAR 19

FIGURA 14- BARRA DE MANDRILAR UTILIZADA 19

FIGURA 15- DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO ATUAL 20

FIGURA 16- DISPOSITIVO PROPOSTO 22

FIGURA 17- FLANGE ADAPTADOR 23

FIGURA 18- VISTA LATERAL DA PEÇA A SER USINADA 23

FIGURA 19- VISTA FRONTAL DA CASTANHA DIREITA MONTADA 24

FIGURA 20- VISTA SUPERIOR DO DISPOSITIVO 25

FIGURA 21-PINO GUIA POSICIONADO POR MOLA 25

FIGURA 22-CANAL DE LUBRIFICAÇÃO 26

FIGURA 23-SAÍDA PARA O CAVACO 26

FIGURA 24-ESQUEMA DAS FORÇAS NO FUSO 30

FIGURA 25- VISTA DO FUSO DO DISPOSITIVO 30

FIGURA 26- DETALHE DO SEXTAVADO INTERNO DO FUSO 31

FIGURA 28- ORIENTAÇÃO DOS VETORES 42

FIGURA 29-PROPRIEDADES DE MASSA DO DISPOSITIVO 43

FIGURA 30- FIGURA ESQUEMÁTICA 44

Page 6: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

6

LISTA DE GRÁGICOS GRÁFICO 1- FAIXA DE AVANÇO E PROFUNDIDADE DE CORTE INDICADAS (CATALOGO

GERAL 2013 DA MITSUBISHI CARBIDE PÁGINA A044) ......................................................... 28 GRÁFICO 2-FORÇA MÁXIMA APLICÁVEL EM ALAVANCA (PROJETISTA DE MÁQUINAS

EDIÇÃO 1988 PÁGINA 4-46).......................................................................................................... 32

LISTA DE TABELAS

TABELA 1-OPERAÇÕES DA PRIMEIRA ETAPA DE USINAGEM 12

TABELA 2- ETAPAS DA SEGUNDA ETAPA DE USINAGEM 13

TABELA 3-TERCEIRA ETAPA DE USINAGEM 14

TABELA 4 – QUARTA ETAPA DE USINAGEM – FOCO DESSE TRABALHO 15

TABELA 5-PARÂMETROS DE CORTE DO FACEAMENTO* 16

TABELA 6-PARÂMETROS DE CORTE DA OPERAÇÃO* 17 TABELA 7-PARÂMETROS DE CORTE DO TORNEAMENTO INTERNO COM BARRA TIPO

CEGONHA* 18 TABELA 8-PARÂMETROS DE CORTE DO TORNEAMENTO INTERNO COM BARRA DE

MANDRILAR 19

TABELA 9- REFERÊNCIA ISO E PARÂMETROS DE CORTE DAS FERRAMENTAS 27 TABELA 10- VELOCIDADES DE CORTE POR CLASSE DE INSERTO (CATALOGO GERAL 2013

DA MITSUBISHI CARBIDE PÁGINA A032) 28 TABELA 11-FATOR DE CORREÇÃO DOS COEFICIENTES DE TAYLOR DE ACORDO COM A

DUREZA DO MATERIAL USINADO (CATALOGO GERAL 2013 DA MITSUBISHI CARBIDE

PÁGINA A009) 28 TABELA 12- COEFICIENTES DE TAYLOR PARA CADA CLASSE DE INSERTO (CATALOGO

GERAL 2013 DA MITSUBISHI CARBIDE PÁGINA A009) 29 TABELA 13- PRESSÕES DE CORTE (CATALOGO GERAL 2013 DA MITSUBISHI CARBIDE

PÁGINA Q017) 29

TABELA 14- PARÂMETROS E FORÇAS DE USINAGEM 29 TABELA 15-MASSA, DISTÂNCIA AO CENTRO DE ROTAÇÃO DO CENTROIDE DAS

CASTANHAS E RESULTANTE DEVIDO A ROTAÇÃO 31

TABELA 16-TENSÕES E COEFICIENTES DE SEGURANÇA DA ROSCA ACME 3/4" 32

TABELA 17-TENSÕES E COEFICIENTES DE SEGURANÇA DA ROSCA M14 33 TABELA 18-PARAMÊTROS PARA O FATOR DE MODIFICAÇÃO DE SUPERFÍCIE DE MARIN

(ELEMENTOS DE MÁQUINAS DE SHIGLEY 8ª EDIÇÃO TABELA 6-2 PÁGINA 306) 33 TABELA 19-FATORES DE CONFIABILIDADE (ELEMENTOS DE MÁQUINAS DE SHIGLEY 8ª

EDIÇÃO TABELA 6-5 PÁGINA 311) 34 TABELA 20-FATORES DE CONCENTRAÇÃO DE FADIGA KF PARA ELEMENTOS ROSCADOS

(ELEMENTOS DE MÁQUINAS DE SHIGLEY 8ª EDIÇÃO TABELA 8-16 PÁGINA 455) 34

Page 7: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

7

Índice

1. Introdução ......................................................................................................................... 9

2. Análise do processo de usinagem da Válvula esfera 2.1/16” .......................................... 10

2.1 Processos Empregados na Fabricação da Válvula. ..................................................... 11

2.2 Etapas da Usinagem Empregadas na Fabricação da Válvula ...................................... 12

2.3 Identificação dos Problemas. ....................................................................................... 20

3. Projeto do Dispositivo Dedicado para a usinagem da quarta etapa de usinagem ............ 22

3.1 Sistema de fixação do dispositivo no torno ................................................................. 22

3.2 As Castanhas do Dispositivo ....................................................................................... 23

3.3 Guias do novo dispositivo ........................................................................................... 24

3.4 Pino guia do novo dispositivo ..................................................................................... 25

3.5 Facilidade de lubrificação ........................................................................................... 26

3.6 Saída para o cavaco ..................................................................................................... 26

4. Cálculos de dimensionamento ......................................................................................... 27

4.1 Esforços de corte durante a usinagem ......................................................................... 27

4.2 Esforços na parte central do fuso do dispositivo ......................................................... 30

4.3 Esforços nas roscas das extremidades do fuso ............................................................ 32

4.4 Fadiga no fuso ............................................................................................................. 33

4.4.1 Fator de acabamento superficial (Ka) ............................................................................................ 33

4.4.2 Fator de Tamanho (Kb) ................................................................................................................. 33

4.4.3 Fator de confiabilidade (Kc) .......................................................................................................... 34

4.4.4 Fator de concentração de tensões (Ke) .......................................................................................... 34

4.5 Torque de aperto nos parafusos de fixação flange adaptadora x dispositivo .............. 34

4.6 Análises com elementos finitos ................................................................................... 35

4.6.1 Resultados do estudo para as castanhas ......................................................................................... 36

4.6.2 Resultado do estudo para as guias ................................................................................................. 39

5. Análise de balanceamento do novo dispositivo .............................................................. 42

5.1 Balanceamento estático ............................................................................................... 43

5.2 Balanceamento dinâmico ............................................................................................ 44

6. Considerações finais ........................................................................................................ 46

Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 47

Anexos: ........................................................................................................................................ 48

Anexo1: Desenhos de fabricação do corpo da Válvula esfera ................................................ 48

Page 8: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

8

Anexo2: Padrões de Cones de Spindles ASA B5.9 Tipo A .................................................... 50

Anexo 3: Informações do modelo da castanha ........................................................................ 51

Anexo 4: Informações do modelo das guias ........................................................................... 57

Anexo 5: Cálculo do balanceamento do dispositivo de fixação da válvula esfera de 2.1/16in64

Anexo 6: Cálculo dos esforços no dispositivo de fixação da válvula esfera de 2.1/16in ........ 72

Anexo 7: Cálculo das condições de contorno nas castanhas e guias do dispositivo para utilizar

o método de elementos finitos. ................................................................................................ 92

Anexo 8: desenhos do dispositivo ........................................................................................... 98

Page 9: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

9

1. Introdução

Para viabilizar a expansão da linha de produtos de uma empresa de equipamentos para

a indústria de petróleo são necessárias alterações nos métodos de fabricação para fabricar

mais produtos de forma mais eficiente e com maior qualidade. Atualmente a válvula

esfera API-6 modelo 200 de 2.1/16” e de 3,1/16” se apresentam como gargalos na linha

de produção. Considerando que são produzidas aproximadamente 40 unidades de cada

uma por semana, o custo de produção de um dispositivo dedicado para uma das operações

se justifica.

O objetivo desse trabalho é, primeiramente, diagnosticar os problemas no dispositivo

de fixação utilizado atualmente. E, em seguida, apresentar um dispositivo de fixação,

compatível com o torno Doosan “PUMA 300”, que permita uma rápida fixação do corpo

da válvula esfera de 2,1/16” possibilitando assim reduzir o tempo de setup da operação

de usinagem do alojamento dos rolamentos da haste da válvula, garantindo a precisão e

repetitividade necessárias ao projeto. Além disso, preocupou-se em garantir um custo de

fabricação do dispositivo adequado.

Os próximos capítulos dessa monografia são descritos a seguir. No Capítulo 2 se

encontra uma análise do processo atual apontando as falhas e possíveis pontos onde

podem ser feitas alterações que levariam a um ganho de produtividade e/ou repetitividade

do processo. O Capítulo 3 contém a concepção do novo dispositivo que permitirá maior

produtividade e repetitividade ao processo.

O Capítulo 4 contém os cálculos de dimensionamento dos elementos do dispositivo.

No Capítulo 5 encontra-se uma análise dinâmica do dispositivo e uma discussão sobre as

possíveis causas de desbalanceamento e sua relevância para o processo. Este capítulo

também contém uma solução para efetuar o balanceamento. Finalmente encontram-se as

principais conclusões deste trabalho no Capítulo 6.

Page 10: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

10

2. Análise do processo de usinagem da Válvula esfera

2.1/16”

Utilizada na indústria de Óleo e Gás, a válvula esfera API-6 modelo 200 de 2.1/16”

foi escolhida por se apresentar como um gargalo na linha de produção. A Figura 1

apresenta um desenho em corte da válvula esfera API-6 modelo 200 de 2.1/16”. O

dispositivo para a sua fixação utilizado no processo de torneamento do alojamento dos

rolamentos não garante repetitividade com a qualidade especificada e possui um tempo

de setup muito elevado. Os desenhos de fabricação encontram-se no Anexo 1 e um

esquema da Válvula em corte parcial pode ser visto na Figura 1.

Figura 1- Vista em corte parcial da Válvula esfera

Desenvolvida para aplicações em árvores de Natal, cabeças de poço e Manifolds para

serviços com água, óleo e gás, a válvula esfera API-6 modelo 200 de 2.1/16” apresenta

como principais características (Oilequip, 2013):

Passagem Plena (não apresenta restrições à passagem do fluxo evitando

turbulência ou perdas de carga);

Vedação Bi-direcional (a vedação entre sede e esfera funciona em ambos os

sentidos de passagem de fluxo);

Haste/Esfera tipo Trunnion (a haste e a esfera são formadas por uma só peça,

proporcionando robustez e durabilidade no acionamento da válvula);

Contra-Vedação Metal-Metal (a haste possui uma área de vedação endurecida que

propicia uma contra-vedação no alojamento do bonnet, possibilitando a

substituição do engaxetamento da haste de forma segura, mesmo com a válvula

sob pressão de trabalho);

Page 11: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

11

Dispositivo de posicionamento e indicação de posição com 90° de giro, que

garantem um preciso fechamento e abertura da válvula;

Baixo Custo de Manutenção (devido ao seu projeto compacto com mancais auto-

lubrificantes, dispensa lubrificação e manutenção, eliminando as interrupções de

trabalho e defeitos por falta de lubrificação);

Baixo Torque de Acionamento (possui um sistema de rolamentos auto-

lubrificantes que reduzem a fricção entre a haste e os mancais. Utiliza sedes

totalmente confeccionadas de material termoplástico de alta resistência,

resultando num baixo torque para o acionamento da válvula.)

2.1 Processos Empregados na Fabricação da Válvula.

A Fabricação da válvula envolve processos de forjamento e de usinagem, que é

o objeto deste projeto.

Forjamento

Na empresa Forja Taurus, localizada no Rio Grande do Sul, um tarugo de aço é

forjado à quente para dar forma ao corpo da válvula e depois é submetido à

tratamento térmico para alívio de tensões.

Usinagem

Uma vez que o lote de forjados foi aprovado pelo controle de qualidade, eles são

encaminhados a usinagem. O processo de usinagem do corpo da válvula esfera é

efetuado na própria empresa e se divide em 5 etapas:

Figura 2- Sequência de fabricação

Para se acelerar o processo os tornos responsáveis pela 1ª e 2ª etapas de usinagem

ficam lado a lado. Então, assim que um pallet fica cheio de peças vindas da 1ª etapa, a

segunda pode começar imediatamente. Etapas da usinagem empregadas na fabricação da

válvula são detalhadas na Seção 2.2, a seguir.

Page 12: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

12

2.2 Etapas da Usinagem Empregadas na Fabricação da Válvula

1ª Etapa:

A Tabela 1 apresenta as fases de primeira etapa de usinagem e a Figura 3 um

desenho do bruto forjado indicando as superfícies a serem usinadas nesta etapa.

Tabela 1-Operações da primeira etapa de usinagem

Operações

1 Fixar o forjado na castanha do torno

2 Com auxílio de um relógio comparador garantir o tombamento da peça em relação ao eixo

do torno

3 Facear o topo da peça para garantir a posição Z0

4 Tornear o exterior da peça

5 Tornear o interior da peça

6 Facear o topo da peça até a medida do desenho

Figura 3- Esquema da primeira etapa de usinagem

Page 13: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

13

2ª Etapa:

A Tabela 2 apresenta as fases da primeira operação da usinagem e a Figura 4 um

desenho do bruto forjado indicando as superfícies a ser usinadas nesta etapa.

Tabela 2- Etapas da segunda etapa de usinagem

Operações

1 Fixar a peça na castanha do torno

2 Com auxílio de um relógio comparador garantir o tombamento da peça em relação ao eixo

do torno (penas primeira do lote)

3 Facear o topo da peça para garantir a posição Z0

4 Tornear o interior da peça

5 Tornear o perfil na face da peça

6 Facear o topo da peça até a medida do desenho

7 Tornear os canais de o-ring

Figura 4- Esquema da segunda operação de usinagem

Page 14: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

14

3ª Etapa:

Concluídas as etapas anteriores as peças pré-usinadas são levadas a um centro de

usinagem aonde são fixadas com ajuda de um gabarito e metade do lote tem a furação dos

seus flanges executada e a outra metade tem furos roscados abertos em posições casadas

com os furos da outra metade do lote. Permitindo assim a união das metades com

parafusos, sem a necessidade de porcas.

A Tabela 3 apresenta as fases da terceira etapa da usinagem e a Figura 5 um

desenho indicando as superfícies a serem usinadas nesta etapa.

Tabela 3-Terceira etapa de usinagem

Operações

1 Fixar a peça no gabarito do centro de usinagem

2 Fazer os furos de acordo com o desenho

3 Se assim indicado pelo desenho abrir roscas

Figura 5-Terceira operação de usinagem

Page 15: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

15

4ª Etapa:

O foco desse projeto é nesta etapa. Uma vez que os flanges foram devidamente

furados e roscados, as duas metades do corpo da válvula são presas uma a outra através

de quatro parafusos, passando um bloco padrão sobre uma superfície previamente usinada

para garantir o alinhamento das duas peças. Uma vez que o conjunto foi montado (Figura

6), ele é preso à um dispositivo fabricado internamente, especialmente desenvolvido para

esta operação, de modo a permitir a usinagem de todo o alojamento dos rolamentos em

uma única operação.

A Tabela 4 apresenta as fases da quarta etapa da usinagem. As operações de

usinagem e os parâmetros utilizados hoje, em sequência, são detalhados a seguir.

Tabela 4 – Quarta etapa de usinagem – Foco desse trabalho

Operações

1 Faceamento e chanfro

2 Torneamento interno

3 Torneamento interno com barra de mandrilar tipo cegonha (Desbaste)

4 Torneamento interno com barra de mandrilar (acabamento)

Figura 6-Fixação na 4ª etapa de usinagem

Page 16: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

16

1) Faceamento e chanfro:

Na Figura 7 pode-se ver em vermelho as áreas a serem usinadas nesta operação

que utiliza a ferramenta da Figura 8 e com os parâmetros de corte da Tabela 5.

Figura 7- Operação em questão

Figura 8-ferramenta usada nesta operação

Tabela 5-Parâmetros de corte do faceamento*

Avanço/rot. Velocidade de corte Profundidade de corte

0.2mm/rev. 160 m/min 1,00mm

Page 17: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

17

2) Torneamento interno:

Na Figura 9 pode-se ver em vermelho as áreas a serem usinadas nesta operação que

utiliza a ferramenta da Figura 10 e com os parâmetros de corte da Tabela 6.

Figura 9-Torneamento interno

Figura 10-Ferramenta utilizada nesta operação

Tabela 6-Parâmetros de corte da operação*

Avanço/rot Velocidade de corte Profundidade de corte

0.15mm/rev. 90 m/min 0,75mm

Page 18: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

18

3) Torneamento interno com barra de mandrilar tipo cegonha

(Desbaste):

Na Figura 11 pode-se ver em vermelho as áreas a serem usinadas nesta operação

que utiliza a ferramenta da Figura 12 e com os parâmetros de corte da Tabela 7.

Figura 11-Torneamento interno com barra tipo cegonha

Figura 12-Barra de mandrilar tipo cegonha

Tabela 7-Parâmetros de corte do torneamento interno com barra tipo cegonha*

Avanço/rot. Velocidade de corte Profundidade de corte

0.12mm/rev. 160 m/min 1,00mm

Page 19: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

19

4) Torneamento interno com barra de mandrilar (acabamento):

Na Figura 13 pode-se ver em vermelho as áreas a serem usinadas nesta operação que

utiliza a ferramenta da Figura 14 e com os parâmetros de corte da Tabela 8.

Figura 13-Torneamento interno com barra de mandrilar

Figura 14- Barra de mandrilar utilizada

Tabela 8-Parâmetros de corte do torneamento interno com barra de mandrilar1

Avanço/rot. Velocidade de corte Profundidade de corte

0.2mm/rev. 180 m/min 1,30mm

1 Todos os parâmetros de corte citados são referentes ao desbaste tendo em vista que são os valores

críticos de cada operação em relação a esforços.

Page 20: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

20

2.3 Identificação dos Problemas.

O responsável pelo desenho do forjado não considerou que após desbastar a face

do flange os diâmetros usinados nessa operação não mais teriam arcos de 180° cada.

Então, para reduzir o corte intermitente na operação seguinte e evitar quebras excessivas

de insertos, o engenheiro responsável pela produção fabricou a ferramenta (Figura 10) e

adicionou a segunda operação a esta etapa da usinagem do corpo da válvula.

Um dos principais desafios dessa etapa é a geometria da peça que torna sua fixação

no torno uma tarefa complexa, demandando um dispositivo próprio. Este dispositivo por

sua vez deve garantir a precisão e rugosidade de projeto, ser de fácil operação por parte

do técnico do torno de modo a garantir um baixo tempo de “porta a porta” (setup +

usinagem), baixa manutenção para evitar paradas excessivas na linha de produção, além

de uma boa repetitividade.

O dispositivo de fixação utilizado atualmente (Figura 15) apresenta problemas de

vibração e é de difícil utilização por parte do técnico do torno.

Figura 15- Dispositivo de fixação atual

Através de uma rápida análise constata-se algumas falhas de projeto neste dispositivo:

i. Não existe uma trava no eixo longitudinal da peça a ser torneada de forma que

toda vez que o operador for reiniciar o ciclo ele precisa utilizar um relógio

comparador para garantir o alinhamento correto da peça. O que pode levar mais

de 2min (mais de 10% do tempo total desta etapa).

Page 21: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

21

ii. O dispositivo é fixado ao eixo do torno através do sistema de castanhas do mesmo

e não no cone do spindle o que deixa o dispositivo muito mais suscetível a

vibrações. Devido à falta de robustez e da distância dos mancais do spindle que

este tipo de acoplamento implica.

Page 22: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

22

3. Projeto do Dispositivo Dedicado para a usinagem da

quarta etapa de usinagem

A solução proposta é essencialmente uma placa autocentrante que seja acoplada

diretamente ao cone da árvore do torno e que possua uma trava no eixo longitudinal

que impeça a rotação do corpo da válvula. O dispositivo passará a ser referido como:

P.A.C.T.E.L (Placa Autocentrante Com Trava no Eixo Longitudinal). A Figura 16

mostra a vista isométrica do P.A.C.T.E.L.

Figura 16- Dispositivo proposto

3.1 Sistema de fixação do dispositivo no torno

Como essa operação é feita em um torno que é dedicado exclusivamente a execução

dessa operação e da mesma operação na versão de 3.1/16” da mesma válvula é mais

vantajoso substituir a pinça do torno por um flange adaptador (Figura 17) acoplado

diretamente ao cone da árvore do torno. De modo a permitir a melhor fixação do

dispositivo em questão e futuramente o uso de uma versão do dispositivo para a válvula

esfera de 3.1/16”.

O torno em questão é um Puma 300 da Doosan. Consultando seu manual (Comtex

Machinery,2014) observa-se que seu cone (nose spindle) segue a norma: ASA B5.9 Tipo

A-11.

Page 23: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

23

Figura 17- Flange adaptador

Uma vez que o flange adaptador é devidamente fixado ao torno, o P.A.C.T.E.L é preso

no flange através de quatro parafusos M18 tipo caphead e tem sua centralização garantida

por um cone no mesmo padrão ASA B5.9 Tipo A-11 com a diferença da posição dos

parafusos.

3.2 As Castanhas do Dispositivo

Como nessa operação a seção circular do corpo da válvula, indicada na Figura 18, já

foi usinada acabada e possui uma boa circularidade e tombamento, essas seções foram

usadas para apoiar a válvula dos dois lados.

Figura 18- Vista lateral da peça a ser usinada

Para evitar hiperdefinir a fixação do corpo da válvula, o que poderia reduzir a precisão

do P.A.C.T.E.L, cada castanha é composta de um bloco V e um parafuso no topo com

ponta esférica recartilhada (DIN 916), ilustrado na Figura 19. Para garantir a

Page 24: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

24

centralização, as castanhas são movidas por um fuso com roscas ACME opostas, de modo

que ao girar o fuso, as castanhas convirjam para o mesmo ponto.

O Fuso também pode ser deslocado com ajuda do sistema de porca e contra porca nas

extremidades do P.A.C.T.E.L. O que permite centralizar o ponto de convergência das

castanhas.

Figura 19- Vista frontal da castanha direita montada

A folga entre as guias e a fêmea na castanha é ajustada durante a montagem, de

modo à minimizar o máximo possível as folgas e garantir uma rigidez elevada ao

sistema.

Para facilitar a manutenção, a maioria das superfícies de contato, presentes nas

castanhas são intercambiáveis e podem ser facilmente substituídas individualmente.

E os dois batentes inferiores do bloco V serão nitretados para adquirir uma dureza

superficial elevada.

3.3 Guias do novo dispositivo

As guias laterais do P.A.C.T.E.L possuem um ângulo de 4 graus, entre suas faces

alinhadas ao deslocamento das castanhas. Dessa forma, através de dois parafusos

posicionados nas extremidades opostas das guias, é possível retirar eventuais folgas

no dispositivo, garantindo uma rigidez e precisão elevados. Na vista superior exibida

na Figura 20 fica bastante evidente o ângulo das guias.

Page 25: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

25

Figura 20- Vista superior do dispositivo

3.4 Pino guia do novo dispositivo

Um dos maiores problemas do dispositivo utilizado atualmente é a falta de uma trava

que impeça a rotação no eixo Z. Portanto, no P.A.C.T.E.L foi adicionado um pino guia

(Figura 21) para garantir essa posição e dispensar o uso de relógios comparadores no

setup da válvula, ganhando um tempo precioso. Para evitar hiperdefinir o dispositivo, a

ponta do pino é cônica e ele tem sua posição em Z mantida por uma mola, de modo que

ele não irá interferir em outros posicionamentos. Um detalhe importante a respeito deste

elemento é que para reduzir o deslocamento do centro de gravidade da placa (por conta

dele), o pino guia é vazado no meio. Dessa forma, garante-se um peso baixo e um

deslocamento mínimo do centro de gravidade do dispositivo.

Figura 21-Pino guia posicionado por mola

Page 26: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

26

3.5 Facilidade de lubrificação

Para facilitar a manutenção do P.A.C.T.E.L, ele conta com canais de lubrificação

em cada uma das guias alimentados através de uma graxeira. Permitindo assim manter o

dispositivo em constante condição de uso, sem necessidade de desmonta-lo para

lubrificação. A Figura 22 mostra como esses canais garantem a lubrificação das

superfícies de contado das castanhas.

Figura 22-Canal de lubrificação

Seguindo está mesma linha de raciocínio, as buchas dos mancais são feitas de

bronze que por ser auto lubrificante elimina a necessidade de lubrificação constante.

3.6 Saída para o cavaco

Para evitar o acumulo de cavaco dentro da peça usinada, o P.A.C.T.E.L possui um

espaço entre a base do corpo da válvula e o dispositivo, assim como uma abertura em

cada castanha, indicados na Figura 23, para que a rotação ajude a eliminar o cavaco de

dentro da peça.

Figura 23-Saída para o cavaco

Page 27: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

27

4. Cálculos de dimensionamento

Este capítulo apresenta os resultados dos cálculos de dimensionamento e os

interpreta. Para maiores detalhes a respeito dos cálculos consulte a memória de cálculo

nos anexos 5 a 7.

4.1 Esforços de corte durante a usinagem

Para garantir uma melhor eficiência do processo se utiliza os parâmetros de corte

recomendados pelo fabricante das ferramentas (com exceção da segunda operação e da

operação de faceamento, tendo em vista que ambas usam ferramentas fabricadas na

própria Oilequip) e não os utilizado atualmente.

Começa-se encontrando no catálogo (Mitsubishi, 2013) os suportes e seus

respectivos insertos para torneamento interno (Tabela 9). Depois identifica-se no catálogo

os parâmetros recomendados para garantir a rugosidade superficial e vida do inserto

desejadas (Gráfico 1, tabelas 10 e 11).

Como os dados de velocidade de corte do catálogo são para uma vida de 15min e

o tempo de vida desejado é de 30 min, uma vez determina a velocidade de corte indicada

pelo fabricante, aplica-se a fórmula de Taylor para calcular a velocidade desejada.

Tabela 9- Referência ISO e parâmetros de corte das ferramentas

Ferramenta Referência da ferramenta Referência ISO do inserto

Barra de mandrilar S32S-CKUNL-16

KNUX-160405-R11

UE6110

Barra de mandrilar

tipo cegonha A32SPDZNL15

DNMG-160404-MA

MC6025

Como o inserto KNUX está fora de linha e se tornou um item especial, seus

parâmetros de corte não constam no catálogo do fabricante. Portanto irei adotar os

parâmetros de corte do inserto TNMG160404-R-K que tem uma geometria de quebra

cavaco semelhante ao inserto utilizado.

Page 28: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

28

Gráfico 1- Faixa de avanço e profundidade de corte indicadas (Catalogo Geral 2013 da Mitsubishi Carbide

página A044)

A rugosidade superficial (Ra) geral especificada no desenho é de 32 µm e para a

4ª operação (acabamento) é de 1.6µm. Obtendo a medida do raio de ponta de cada inserto,

pela nomenclatura ISO podemos determinar os valores de avanço com a fórmula de

rugosidade superficial teórica e depois com ajuda dos gráficos acima determinar as

profundidades de corte para cada uma das operações.

Uma vez determinadas profundidades de corte e o avanço para cada operação,

determina-se suas respectivas velocidades de corte. Como as velocidades sugeridas pelo

fabricante para cada classe são para uma vida média de 15min, aplica-se os coeficientes

de Taylor fornecidos pelo fabricante para poder obter uma vida de 30min. Além disso,

como a dureza superficial da peça usinada não é a mesma da usada para determinar a vida

do inserto, deve-se usar um segundo fator de correção também fornecido pelo fabricante.

Tabela 10- Velocidades de Corte por classe de inserto (Catalogo Geral 2013 da Mitsubishi Carbide página

A032)

Tabela 11-Fator de correção dos coeficientes de Taylor de acordo com a dureza do material usinado (Catalogo

Geral 2013 da Mitsubishi Carbide página A009)

Page 29: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

29

Tabela 12- Coeficientes de Taylor para cada classe de inserto (Catalogo Geral 2013 da Mitsubishi Carbide

página A009)

Uma vez que obtidas as profundidades de corte e avanços de cada operação pode-

se calcular as forças de corte, utilizando a tabela de pressões de corte (Tabela 13)

fornecida no catálogo da Mitsubishi.

Tabela 13- Pressões de corte (Catalogo Geral 2013 da Mitsubishi Carbide página Q017)

Por último utilizando a relação de proporcionalidade da força de corte com

a força de avanço, indicada na página 61 do livro “Tecnologia da Usinagem dos

Materiais” (Diniz et al., 2008), pode-se calcular a última, obtendo dessa forma os

valores da Tabela 14 para cada uma das operações.

Tabela 14- Parâmetros e forças de usinagem

1ª operação 2ª operação 3ª operação 4ª operação

Avanço 0,20mm/rot. 0,15mm/rot. 0,32mm/rot. 0,07mm/rot.

Profundidade de corte 1,00mm 0,75mm 2,00mm 1,00mm

Velocidade de corte 160,0m/min 90,0m/min 112,8m/min 139,4m/min

Força de corte 232,00N 97,88N 1856,00N 29,70N

Força de avanço 51,04N 21,53N 408,32N 6,53N

Page 30: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

30

4.2 Esforços na parte central do fuso do dispositivo

Para simplificar as contas assume-se que como as folgas nas guias são muito

menores do que as no fuso e as guias devem ser razoavelmente rígidas, os esforços

no fuso dos dispositivo são uniaxiais (Figura 24).

Figura 24-Esquema das forças no fuso

Figura 25- vista do fuso do dispositivo

Com o peso e a posição do centro de massa, em relação ao centro de rotação, de

cada castanha posso definir os esforços no fuso gerados pela rotação do dispositivo.

Page 31: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

31

Como as castanhas não são iguais elas possuem massas diferentes, de forma que

a resultante não é anulada por simetria e aponta na direção da castanha com o pino guia.

Tabela 15-massa, distância ao centro de rotação do centroide das castanhas e resultante devido a rotação

Castanha sem

pino guia

Castanha com

pino guia

Massa 11,46kg 11,52kg

Distância do centro de massa em

relação ao centro de rotação 103,97mm 103,67mm

Força resultante devido a rotação 7,322kN 7,339kN

Analisando as tabelas 13 e 14 posso constatar que o pico de esforço no fuso do

dispositivo ocorre durante a terceira operação e o valor da força máxima é:

𝐹max_𝑓𝑢𝑠𝑜 = 9,195𝑘𝑁.

Agora que os esforços sobre o fuso são conhecidos, pode-se compará-los com as

limitações físicas do mesmo, começando pelo torque máximo que um operador consegue

aplicar ao fuso e a força resultante desse torque nas roscas das castanhas. A Figura 26

mostra que o sextavado interno do fuso tem 8 mm.

Figura 26- detalhe do sextavado interno do fuso

O tamanho padrão do maior braço de uma chave Allen longa de 8mm é de 200mm

e a força máxima aplicável, a uma alavanca na posição na qual a chave vai estar, de 40kgf,

Page 32: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

32

como pode ser constatado analisando o Gráfico 2 retirado do livro “Projetista de

Máquinas” (Provenza, 1988). O que implica em um torque máximo igual a: 𝑇𝑚𝑎𝑥.𝑓𝑢𝑠𝑜 =

78,45𝑁 ∗ 𝑚, que implica em uma força nas castanhas de 𝐹𝑇𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 = 8,45𝑘𝑁

correspondendo a 92% da força máxima aplicada durante a usinagem.

Gráfico 2-Força máxima aplicável em alavanca (Projetista de Máquinas edição 1988 página 4-46)

Essa diferença de forças implica na existência de um ponto onde não há esforços

na rosca, que somado a pequenas vibrações pode levar ao deslocamento indesejado das

castanhas. O que não é aceitável. É necessário, portanto, adicionar uma extensão à chave

Allen para garantir o torque desejado.

Com um comprimento chave+ barra de 400mm a força resultante nas castanhas

passou a ser: 𝐹𝑡𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒2 = 16,898𝑘𝑁 que é 2 vezes maior do que as forças devido a rotação

e usinagem.

As tensões nos filetes das roscas Acme ¾” do fuso e seus respectivos coeficientes

de segurança foram calculados com base nas fórmulas das notas de aula do professor

Flávio (MARCO FILHO, 2012) considerando que o fuso é feito em AISI 4140 temperado

e revenido, estão descritos na Tabela 16.

Tabela 16-Tensões e coeficientes de segurança da rosca Acme 3/4"

Tensão Coeficiente de segurança

Tensão de cisalhamento no filete

da rosca 10,98MPa Cs >1,5

Tensão de compressão no filete

da rosca 7,79MPa Cs >1,5

Tensão de tração núcleo no fuso 109,77MPa Cs >1,5

Tensão de cisalhamento máximo

no núcleo da rosca central

durante o aperto do fuso

291,22MPa Cs >1,5

4.3 Esforços nas roscas das extremidades do fuso

As roscas M14 da extremidade do fuso são responsáveis pelo ajuste da centralização

das castanhas e por manter o conjunto centralizado durante a usinagem. Portanto, são elas

que resistem aos esforços assimétricos no fuso.

As tensões nas roscas M14 são apresentadas na Tabela 17.

Page 33: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

33

Tabela 17-Tensões e coeficientes de segurança da rosca M14

Tensão Coeficiente de segurança

Tensão de cisalhamento no

filete da rosca 0,74MPa Cs >1,5

Tensão de compressão no filete

da rosca 0,53MPa Cs >1,5

Tensão de tração núcleo no

fuso 17,89MPa Cs >1,5

Tensão de cisalhamento

máximo durante o aperto no

núcleo da rosca menor do fuso

519,18MPa Cs >1,5

4.4 Fadiga no fuso

Devido ao caráter senoidal do carregamento no fuso devido as forças de corte durante

a usinagem, calculou-se o coeficiente de segurança à fadiga para as roscas Acme ¾”, que

estão sujeitas a maiores tensões.

O coeficiente de segurança a fadiga nas roscas Acme ¾”, usando o critério de

Goodman como indicado no capítulo 4 do livro “Elementos de Máquinas Shigley”

(BUDYNAS et al., 2011) foi: 𝐶𝑆𝑓𝑎𝑑𝑖𝑔𝑎 = 77,267. Ou seja, vida infinita.

Os fatores para determinar o limite de resistência à fadiga utilizados são apresentados

nas seções 4.4.1 a 4.4.4.

4.4.1 Fator de acabamento superficial (Ka)

O fator de acabamento superficial pode ser calculado com base na Tabela 18.

Tabela 18-Paramêtros para o fator de modificação de superfície de Marin (Elementos de Máquinas de Shigley

8ª Edição tabela 6-2 página 306)

Acabamento superficial Fator a Sut MPa Expoente b

Retificado 1,58 -0,085

Usinado ou laminado a frio 4,51 -0,265

Laminado a quente 57,7 -0,718

Forjado 272 -0,995

Como o a seção central do fuso do P.A.C.T.E.L. terá de ser retificada para

garantir precisão, 𝐾𝑎 = 1,58 ∗ 𝑆𝑢𝑡−0,085 = 0,837

4.4.2 Fator de Tamanho (Kb)

Como o carregamento pode ser considerado axial: 𝐾𝑏 = 1

Page 34: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

34

4.4.3 Fator de confiabilidade (Kc)

O fator de confiabilidade pode ser calculado com base na Tabela 19.

Tabela 19-Fatores de confiabilidade (Elementos de Máquinas de Shigley 8ª Edição tabela 6-5 página 311)

Confiabilidade % Fator de confiabilidade Kc

50 1

90 0,897

95 0,868

99 0,814

99,9 0,753

99,99 0,702

A confiabilidade desejada é de 99%, pois uma falha no fuso pode provocar danos

catastróficos ao dispositivo. Logo: 𝐾𝑐 = 0,814

4.4.4 Fator de concentração de tensões (Ke)

O fator de concentração de tensão pode ser calculado com base na Tabela 20.

Tabela 20-Fatores de concentração de fadiga Kf para elementos roscados (Elementos de Máquinas de Shigley

8ª Edição tabela 8-16 página 455)

Grau SAE Grau

métrico

Roscas

Laminadas

Roscas

cortadas Filete

0 a 2 3,6 a 5,8 2,2 2,8 2,1

4 a 8

6,6 a

10,9 3

3,8 2,3

Tendo que o grau SAE de uma rosca com diâmetro de ¾” é 2 e que a rosca do

fuso será cortada, 𝐾𝑒 =1

2,8= 0,357.

4.5 Torque de aperto nos parafusos de fixação flange adaptadora x

dispositivo

Para determinar o aperto nos parafusos que unem a flange adaptadora ao

dispositivo em si, primeiro é preciso determinar qual a aceleração angular máxima a

qual o dispositivo pode ser submetido.

Como o torque máximo do spindle do torno segundo o fabricante é 𝑇𝑠𝑝𝑖𝑛𝑑𝑙𝑒 =

884𝑙𝑏𝑓 ∗ 𝑓𝑡, e o momento de inércia em relação ao eixo de rotação é 𝐼𝑓𝑢𝑙𝑙 =

2832382,58𝑘𝑔 ∗ 𝑚𝑚² pode-se deduzir a velocidade angular ideal máxima por:

Page 35: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

35

𝛼𝑠𝑝𝑖𝑛𝑑𝑙𝑒 =𝑇𝑠𝑝𝑖𝑛𝑑𝑙𝑒

𝐼𝑓𝑢𝑙𝑙= 423,157𝑟𝑎𝑑/𝑠

Agora que velocidade angular máxima a qual o dispositivo pode ser submetido é

conhecida, basta multiplicar essa velocidade angular pelo momento de inércia do

dispositivo sem a flange adaptadora.

𝑇𝑓𝑙𝑎𝑛𝑔𝑒 = 𝐼𝑑𝑖𝑠𝑝 ∗ 𝛼𝑠𝑝𝑖𝑛𝑑𝑙𝑒

Com o torque necessário entre as duas flanges, e considerando que o contato

ocorre primeiro no cone centralizador no centro da flange, pode-se usar a fórmula 16-

28 do livro “Elementos de Máquinas de Shigley” (BUDYNAS et al., 2011), e estimar

a força normal necessária para garantir o atrito que irá gerar o torque necessário para

manter o dispositivo fixo na flange.

(Equação 16-28 do shigley)Fflange

3Tflange Dflange2

dflange2

metalxmetal Dflange3

dflange3

Logo a força em cada parafuso será: 𝐹𝑓𝑙𝑎𝑛𝑔𝑒

4= 10,418𝑘𝑁

E portanto o torque em cada um dos parafusos que unem a flange adaptadora ao

dispositivo será: 𝑇𝑝𝑎𝑟𝑎𝑓.𝐹𝑙𝑎𝑛𝑔𝑒 = 862𝑁 ∗ 𝑚

4.6 Análises com elementos finitos

Devido à complexidade geométrica das castanhas e à complexidade das condições

de contorno nas guias, foi utilizada a extensão de elementos finitos do SolidWorks

para determinar as tensões nessas duas peças.

Apesar das guias e das castanhas não serem iguais é analisada apenas uma de cada,

pois existe uma semelhança geométrica e de carregamentos muito grande em ambos

os casos, não havendo motivo para se analisar todos os casos.

No caso da simulação que envolve a castanha, criou-se um único sólido com a

geometria da castanha montada porque o programa não lida bem com

descontinuidades. Portanto, utilizar uma montagem implicaria em problemas de

convergência para a simulação. Por isso adotou-se essa solução, minimizando as

chances de possíveis discrepâncias.

Page 36: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

36

4.6.1 Resultados do estudo para as castanhas

Nome Tipo Mín Máx.

Tensão1 VON: tensão de von Mises 0,02MPa

Nó: 762

0,74MPa

Nó: 22396

castanha_A2_elementos_finitos-Estudo catanha-Tensão-Tensão1

Page 37: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

37

Nome Tipo Mín Máx.

Deslocamento1 URES: Deslocamento

resultante

1.70e-005 mm

Nó: 329

0.02019 mm

Nó: 20822

castanha_A2_elementos_finitos-Estudo catanha-Deslocamento-Deslocamento1

Page 38: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

38

Analisando os diagramas fica claro que as maiores tensões se concentram na rosca

do topo da castanha e de forma mais sutil nas quinas das guias. Porém, tanto as tensões

quanto os deslocamentos resultantes máximos, são totalmente aceitáveis e não vão

comprometer a funcionalidade nem a integridade do dispositivo.

No caso das roscas em si, os valores das tensões não são confiáveis, pois as mesmas

foram aproximadas para um furo cilíndrico. Logo, os resultados dentro dos cilindros

(roscas) não são válidos para análise.

Já no caso das quinas, deve se lembrar que na verdade duas delas são pontos de

união entre dois elementos, o que torna os resultados questionáveis de certa forma. Mas,

o fato de mesmo nas quinas que são concentradores de tensão, as tensões serem

praticamente desprezíveis indica que a probabilidade de haver falhas nesse ponto é baixa.

As condições de contorno utilizadas nessa simulação estão no Anexo 3

Page 39: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

39

4.6.2 Resultado do estudo para as guias

Nome Tipo Mín Máx.

Tensão1 VON: tensão de von

Mises

0,15 N/m^2

Nó: 10948

378,24MPa

Nó: 16689

guia A_elementos finitos-Estudo na guia-Tensão-Tensão1

Page 40: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

40

Nome Tipo Mín Máx.

Deslocamento1 URES: Deslocamento

resultante

0 mm

Nó: 417

0,02088 mm

Nó: 14260

guia A_elementos finitos-Estudo na guia-Deslocamento-Deslocamento1

Page 41: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

41

No caso das guias as maiores tensões, como já era esperado, foram no ponto de

fixação por parafusos. Mas como se mantiveram abaixo do limite de escoamento do

material, durante o pior cenário, não representam um problema. Os canais para de

lubrificação também enfraqueceram a estrutura, porém as vantagens deles

compensação esse enfraquecimento.

Os deslocamentos nas guias foram razoavelmente expressivos. Porém, como

durante o carregamento não haverá deslizamento da castanha na guia e as

deformações são dentro do regime elástico, elas não comprometem o

funcionamento do dispositivo.

As condições de contorno utilizadas nessa simulação estão no Anexo 4

Page 42: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

42

5. Análise de balanceamento do novo dispositivo

Em dispositivos rotatórios a capacidade de se executar o seu balanceamento é de

suma importância, pois quando se atinge rotações elevadas, um pequeno desbalanceio

pode levar a vibrações de amplitude elevada, seja ele resultante de uma imprecisão

no processo de fabricação ou devido à uma assimetria do dispositivo. O que no caso

do dispositivo torná-lo-ia incapaz de garantir a tolerância e a repetitividade

necessárias.

Infelizmente existe uma assimetria no dispositivo devido ao pino guia. Por causa

disso, seu centro de massa está deslocado do centroide de rotação e portanto, existem

componentes assimétricas no balanço das forças internas. Portanto, analisar a

grandeza desses esforços e seus efeitos no processo de usinagem é imprescindível,

assim como permitir um balanceamento do dispositivo depois de instalado.

Através do software de desenho computacional, SolidWorks identificou-se a

posição do centro de massa e a matriz de inércia do dispositivo. Cujos vetores seguem

a orientação indicada na figura 28, e tem seu 0 no ponto central da base do dispositivo.

Figura 27- orientação dos vetores

Page 43: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

43

Figura 28-Propriedades de massa do dispositivo

Como indicado no figura acima na configuração fechada o centro de massa esta

deslocado do eixo de rotação de -0.02mm em Z e -0.01mm em X.

De posse da dimensão do desbalanceio pode-se dar início à análise de seus efeitos

no dispositivo. A análise é feita em duas etapas, apresentada nas seções 5.1 e 5.2.

5.1 Balanceamento estático

Nesta etapa é calculado o que ocorreria ao fixar o dispositivo no spindle do

torno, ou seja, quais os efeitos do desbalanceio em uma situação estática. Como

ilustrada na Figura 30.

Page 44: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

44

Figura 29- Figura esquemática

O momento resultante nesta situação foi 𝑀𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜 = 0,033𝑁 ∗ 𝑚 , o que pode

ser desprezado, considerando que os atritos no spindle do torno são maiores do que isso.

Ao ser fixado no torno o dispositivo permanecera estático não importa a

orientação angular.

5.2 Balanceamento dinâmico

Apesar do efeito do desbalanceio ser desprezível em uma análise estática, o

verdadeiro efeito do desbalanceio só será percebido uma vez atingidas elevadas rotações

e é por isso que uma análise dinâmica é imprescindível.

Utilizando a matriz de inércia, obtida com o programa SolidWorks e os conceitos do

livro “Dinâmica Aplicada” (TENENBAUM, 2006), os vetores resultantes durante a

rotação do dispositivo podem ser facilmente calculados. Para esses cálculos são utilizados

como parâmetro a maior rotação atingida durante o processo que é a rotação arredondada

para cima que é 1100RPM.

O vetor força resultante encontrado foi: 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = [4.060

−2.03] 𝑘𝑔𝑓

O vetor momento resultante foi: 𝑀𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = [−5.568

09.072

]𝑁 ∗ 𝑚

Como o maior responsável por induzir vibrações em dispositivos rotatórios é

o momento resultante do desbalanceio. Foi calculado o módulo e a posição de uma

Page 45: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

45

massa de balanceio à ser acoplada ao P.A.C.T.E.L de forma a anular os momentos

resultantes do desbalanceio.

Para simplificar os cálculos a massa de balanceio foi considerada como

pontual.

O vetor posição da massa de balanceamento e seu módulo foram respectivamente:

𝑃𝑝 = [170,409

72104,693

]𝑚𝑚 e 𝑚𝑝 = 0,056𝑘𝑔.

O vetor momento resultante passou a ser: 𝑀𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = [5.18 ∗ 10−3

00

]𝑁 ∗ 𝑚.

Esses resultados usam como parâmetro a situação ideal que é o desenho do

projeto. No dispositivo real haverão desbalanceios decorrentes de variações geométricas,

aceitáveis para o projeto, que deveram ser compensados. Por isso o dispositivo conta com

vários furos roscados no seu entorno para que possam ser anexadas massas de balanceio.

Essas tiveram sua posição e magnitude definidas com ajuda de testes inlocu durante a

primeira instalação do dispositivo.

Page 46: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

46

6. Considerações finais

Após o cálculo das tensões nos pontos críticos do P.A.C.T.E.L, análise dos

diagramas obtidos através da análise por elementos finitos e cálculo do seu

desbalanceio, pode-se ficar confiante de ele funcionará melhor do que o dispositivo

antigo, melhorando a produtividade e a repetitividade do processo.

Mesmo com a necessidade de se fazer um balanceamento durante a primeira

instalação do dispositivo, o tempo e dinheiro gastos nesse teste são compensados pela

diferença de tempo de setup em relação ao dispositivo antigo, se considerado que são

fabricadas aproximadamente 40 unidades semanais dessa válvula e dependendo do

operador pode-se levar mais de 2min ajustando a peça no dispositivo. Além eliminar

a possibilidade de um erro de fixação condenar as duas peças do corpo da válvula.

A presença de pontos de ajuste estratégicos e a possibilidade de fácil substituição

de todas as superfícies críticas, como as guias e os batentes dos blocos V, não só reduz

o custo de fabricação do P.A.C.T.E.L, por aumentar as tolerâncias de fabricação de

peças chave, com também permite um custo de manutenção aceitável a longo prazo.

Tendo em vista que o comprometimento de um batente não implica na troca de uma

castanha inteira por exemplo. O fato do P.A.C.T.E.L. ser anexado diretamente ao

spindle do torno.

Page 47: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

47

Referências Bibliográficas

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DINIZ, Anselmo; COPPINI, Nivaldo e MARCONDES, Francisco - “Tecnologia da Usinagem dos

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FERRARESI, Dino - “Fundamentos da Usinagem dos Metais”, 5a ed., Editora Edgard Blücher

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GRANT, Hiram E. “Dispositivos em Usinagem”, Livraria Ciência e Tecnologia, 1982.

MARCO FILHO, Flavio - “Notas de aula de Elementos de máquinas 1”, (UFRJ), 2012/2.

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TENENBAUM, Roberto A. “Dinâmica Aplicada”, 3a ed., Editora Manole, 2006.

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“World Wide Chuck- Chuck Adapter Plates ASA B5.9 Type A”, Disponível em:

<http://www.worldwidechuck.com/Kitagawa/chuck-adaptors.htm>. Acesso em: 22/01/2014.

“Comtex Machinery- DAEWOO PUMA 300L CNC LATHE TURNING CENTER”, Disponível em:

<http://www.comtex.ca/2011/10/11034_doosan-puma-300l-cnc-lathe/>, Acesso em

22/01/2014.

Page 48: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

48

Anexos:

Anexo1: Desenhos de fabricação do corpo da Válvula esfera

Page 49: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

49

Page 50: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

50

Anexo2: Padrões de Cones de Spindles ASA B5.9 Tipo A

Fig. 1

Fig. 2

MODEL CB06A05 CB08A05 CB08A06 CB10A06 CB10A08 CB15A08 CB15A11 CB18A08 CB18A11 CB21A11 CB21A15 CN10A06

Spindle

Nose A2-5 A2-5 A2-6 A2-6 A2-8 A2-8 A2-11 A2-8 A2-11 A2-11 A2-15 A2-6

A 5.512 6.693 6.693 8.661 8.661 11.811 11.811 14.961 14.961 14.961 14.961 7.874

B 0.591 0.866 0.669 0.984 0.709 1.299 0.866 1.299 0.866 1.614 1.063 0.787

C 3.250 3.250 4.188 4.188 5.501 5.501 7.751 5.501 7.751 7.751 11.25 4.188

D 3.138 3.138 4.055 4.055 5.354 5.512 7.563 5.512 7.563 7.563 9.921 4.055

E 0.641 0.641 0.766 0.766 0.953 0.953 1.156 0.953 1.156 1.156 1.406 0.766

F 0.256 0.256 0.256 0.256 0.315 0.315 0.394 0.315 0.394 0.394 0.394 0.256

G 4.125 4.125 5.250 5.250 6.750 6.750 9.252 6.750 9.252 9.252 13.000 5.250

H 0.472 0.433 0.531 0.531 0.669 0.669 0.827 0.669 0.827 0.827 0.945 0.531

J 4.567 5.250 5.906 6.750 7.480 9.252 10.236 9.252 12.598 13.000 13.000 6.750

K M12 M16 M20 M20 M22 M16

L 0.433 0.669 0.433 0.787 0.551 0.984 0.669 0.984 0.669 1.260 0.787 0.787

M 0.276 0.433 0.276 0.531 0.394 0.669 0.433 0.669 0.433 0.827 0.591 0.315

N 0.260 0.260 0.354 0.433 0.433 0.531

Fig. 1A 2 1B 2 1C 2 1C 2 1C 2 1D 2

Page 51: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

51

Anexo 3: Informações do modelo da castanha

Nome do modelo: castanha_A2_elementos_finitos

Configuração atual: Valor predeterminado

Corpos sólidos

Nome e referência do

documento Tratado como Propriedades volumétricas

Caminho/Data do documento

modificado

Linha de divisão1

Corpo sólido

Massa:11.3665 kg

Volume:0.00144796 m^3

Densidade:7850 kg/m^3

Peso:111.391 N

D:\Rodrigo\Projeto final versão

2.0\castanha_A2_elementos_f

initos.SLDPRT

Jan 16 16:36:36 2014

Page 52: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

52

Propriedades do estudo

Nome do estudo Estudo catanha

Tipo de análise análise estática

Tipo de malha Malha sólida

Efeito térmico: Ativada

Opção térmica Incluir cargas de temperatura

Temperatura de deformação zero 298 Kelvin

Inclui efeitos da pressão de fluidos do

SolidWorks SimulationXpress

Desativada

Tipo de Solver FFEPlus

Efeito no plano: Desativada

Mola suave: Desativada

Atenuação inercial: Desativada

Opções de união incompatíveis Automática

Grande deslocamento Desativada

Calcular forças de corpo livre Ativada

Atrito Desativada

Usar método adaptável: Desativada

Pasta de resultados Documento do SolidWorks

(D:\Rodrigo\Projeto final versão 2.0)

Page 53: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

53

Unidades

Sistema de unidades: SI (MKS)

Comprimento/Deslocamento mm

Temperatura Kelvin

Velocidade angular Rad/s

Pressão/Tensão N/m^2

Propriedades do material

Referência do modelo Propriedades Componentes

Nome: AISI 4140 Aço recozido

Tipo de modelo: Isotrópico linear elástico

Critério de falha

predeterminado:

Desconhecido

Limite de escoamento: 4.7e+008 N/m^2

Resistência à tração: 7.45e+008 N/m^2

Módulo elástico: 2.05e+011 N/m^2

Coeficiente de Poisson: 0.285

Massa específica: 7850 kg/m^3

Módulo de

cisalhamento:

8e+010 N/m^2

Coeficiente de

expansão térmica:

1.2e-005 /Kelvin

Corpo sólido 1(Linha de

divisão1)(castanha_A2_element

os_finitos)

Dados da curva:N/A

Page 54: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

54

Acessórios de fixação e Cargas

Nome do

acessório de

fixação

Imagem de acessório de

fixação Detalhes de acessório de fixação

Fixo-1

Entidades: 1 face(s)

Tipo: Em faces cilíndricas

Translação: ---, ---, 0

Unidades: mm

Forças resultantes

Componentes X Y Z Resultante

Força de reação(N) 0.106762 0.20029 9521.19 9521.19

Momento de reação(N·m) 0 0 0 0

Rolagem/Desliza

mento-2

Entidades: 6 face(s)

Tipo: Rolagem/Deslizamento

Forças resultantes

Componentes X Y Z Resultante

Força de reação(N) -991.211 -708.412 -2.08466 1218.34

Momento de reação(N·m) 0 0 0 0

Page 55: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

55

Nome da carga Carregar imagem Detalhes de carga

Força-7

Entidades: 1 face(s)

Tipo: Aplicar força normal

Valor: 9559 N

Força-8

Entidades: 1 face(s)

Tipo: Aplicar força normal

Valor: 1397 N

Força-9

Entidades: 1 face(s)

Referência: Aresta< 1 >

Tipo: Aplicar força

Valores: ---, ---, -1699 N

Informações de malha

Tipo de malha Malha sólida

Gerador de malhas usado: Malha padrão

Transição automática: Desativada

Incluir loops de malha automáticos: Desativada

Pontos Jacobianos 4 Pontos

Tamanho do elemento 10.4177 mm

Tolerância 0.520884 mm

Qualidade da malha Alta

Page 56: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

56

Informações de malha - Detalhes

Total de nós 26649

Total de elementos 17511

Proporção máxima 20.755

% de elementos com Proporção < 3 94.8

% de elementos com Proporção < 10 0.137

% de elementos distorcidos(Jacobiana) 0

Tempo para conclusão da malha (hh;mm;ss): 00:00:01

Nome do computador: XPSMOTTA

Page 57: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

57

Anexo 4: Informações do modelo das guias

Nome do modelo: guia A_elementos finitos

Configuração atual: Default

Corpos sólidos

Nome e referência do

documento Tratado como Propriedades volumétricas

Caminho/Data do documento

modificado

Linha de divisão4

Corpo sólido

Massa:2.56402 kg

Volume:0.000326626 m^3

Densidade:7850 kg/m^3

Peso:25.1274 N

D:\Rodrigo\Projeto final versão

2.0\guia A_elementos

finitos.SLDPRT

Jan 14 20:18:27 2014

Page 58: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

58

Propriedades do estudo

Nome do estudo Estudo na guia

Tipo de análise análise estática

Tipo de malha Malha sólida

Efeito térmico: Ativada

Opção térmica Incluir cargas de temperatura

Temperatura de deformação zero 298 Kelvin

Inclui efeitos da pressão de fluidos do SolidWorks

SimulationXpress

Desativada

Tipo de Solver FFEPlus

Efeito no plano: Desativada

Mola suave: Desativada

Atenuação inercial: Desativada

Opções de união incompatíveis Automática

Grande deslocamento Desativada

Calcular forças de corpo livre Ativada

Atrito Desativada

Usar método adaptável: Desativada

Pasta de resultados Documento do SolidWorks

(D:\Rodrigo\Projeto final versão 2.0)

Page 59: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

59

Unidades

Sistema de unidades: SI (MKS)

Comprimento/Deslocamento mm

Temperatura Kelvin

Velocidade angular Rad/s

Pressão/Tensão N/m^2

Propriedades do material

Referência do modelo Propriedades Componentes

Nome: AISI 4140 Aço,

normalizado a 870C

Tipo de modelo: Isotrópico linear elástico

Critério de falha

predeterminado:

Desconhecido

Limite de escoamento: 4.6e+008 N/m^2

Resistência à tração: 7.31e+008 N/m^2

Módulo elástico: 2.05e+011 N/m^2

Coeficiente de Poisson: 0.285

Massa específica: 7850 kg/m^3

Módulo de

cisalhamento:

8e+010 N/m^2

Corpo sólido 1(Linha de

divisão4)(guia A_elementos

finitos)

Dados da curva:N/A

Page 60: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

60

Acessórios de fixação e Cargas

Nome do

acessório de

fixação

Imagem de acessório de

fixação Detalhes de acessório de fixação

Rolagem/Desliza

mento-1

Entidades: 2 face(s)

Tipo: Rolagem/Deslizamento

Forças resultantes

Componentes X Y Z Resultante

Força de reação(N) -2180.84 -1054.89 152.429 2427.36

Momento de reação(N·m) 0 0 0 0

Rolagem/Desliza

mento-2

Entidades: 1 face(s)

Tipo: Rolagem/Deslizamento

Forças resultantes

Componentes X Y Z Resultante

Força de reação(N) 0.205543 -51.3243 0.359723 51.326

Momento de reação(N·m) 0 0 0 0

Fixo-1

Entidades: 6 face(s)

Tipo: Geometria fixa

Page 61: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

61

Forças resultantes

Componentes X Y Z Resultante

Força de reação(N) 990.24 -64.1454 19052.1 19077.9

Momento de reação(N·m) 0 0 0 0

Nome da carga Carregar imagem Detalhes de carga

Torque-1

Entidades: 2 face(s)

Referência: Face< 1 >

Tipo: Aplicar torque

Valor: 1370 N·m

Torque-2

Entidades: 2 face(s)

Referência: Face< 1 >

Tipo: Aplicar torque

Valor: 1371 N·m

Força-4

Entidades: 2 face(s)

Tipo: Aplicar força normal

Valor: 1188 N

Page 62: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

62

Informações de malha

Tipo de malha Malha sólida

Gerador de malhas usado: Malha padrão

Transição automática: Desativada

Incluir loops de malha automáticos: Desativada

Pontos Jacobianos 4 Pontos

Tamanho do elemento 6.88864 mm

Tolerância 0.344432 mm

Qualidade da malha Alta

Informações de malha - Detalhes

Total de nós 20547

Total de elementos 12726

Proporção máxima 26.91

% de elementos com Proporção < 3 94.7

% de elementos com Proporção < 10 0.149

% de elementos distorcidos(Jacobiana) 0

Tempo para conclusão da malha (hh;mm;ss): 00:00:01

Nome do computador: XPSMOTTA

Page 63: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

63

Page 64: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

64

Anexo 5: Cálculo do balanceamento do dispositivo de fixação

da válvula esfera de 2.1/16in

Legenda:

Dados iniciais:...................

Cálculos:............................

Resultados:......................

XXX

XXX

XXX

Page 65: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

65

Posição do centro de Massa do

dispositivo:...................

Massa do dispositivo:...................

Densidade do Aço:...............

1- Análise estática do desbalanceamento do dispositivo:

1.1- Braço de alavanca devido ao desbalanceamanto:

1.2- Momento devido ao desbalanceamanto:

Considerando que os atritos internos dos spindle da máquina geram momentos maiores do que

isso, o dispositivo irá ficar parado em qualquer orientação quando acoplado ao spindle do torno.

MC

0.02 mm

93.01mm

0.01 mm

Md 150.06kg

aço 7850kg

m3

RMC MC

1

0

0

2

MC

0

0

1

2

RMC 0.022 mm

Mest Md RMC g Mest 0.033 N m

Page 66: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

66

2-Cálculo das forças devido ao desbalanceamento dinâmico do

dispositivo:

Hipótese 2- Como não há uma grande variação no diâmetro da área usinada irei considerar a

velocidade angular como constante.

Velocidade angular crítica:...........

2.1-Cálculo das forças resultantes no spindle:

max

0

1100rpm

0

R1 MC

1

0

0

2

MC

0

0

1

2

R1 0.022 mm

y2 MC

0

1

0

PMc ( )

R1 cos ( )

y2

R1 sin ( )

VMc ( )

R1 max cos ( )

0

max R1 sin ( )

Page 67: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

67

Logo as forças resultantes serão:

Logo o vetor força resultante será:

2.2-Cálculo dos momentos resultantes no spindle:

GM ( ) Md VMc ( )

F1 ( )tGM ( )

d

d

F 1 ( ) Md

R1 max 2

cos ( )

0

max 2

R1 sin ( )

Fresult_1 Md

R1 max 2

cos atan 2( )( )

0

max 2

R1 sin atan 2( )( )

Fresult_1

2.03

0

4.061

kgf Fresult_1

19.912

0

39.823

N

IMc

3432141.81

683.7

6825.08

683.7

2832505.04

419.65

6825.08

419.65

3302370.15

kg mm2

HM IMc max

M 1 max HM

M 1

5.568

0

9.072

N m

Page 68: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

68

3- Cálculo da massa necessária para compensar o desbalanceamento

dinâmico do dispositivo:

Hipótese 1- Vou considerar a carga de balanceio como uma massa pontual

3.1-Definindo o vetor posição e velocidade da massa pontual:

A posição radial do vetor é a medida do circulo externo do dispositivo, a altura pela posição dos

furos para acoplar as massas de balanceio e o ângulo. ou em coordenadas cartesianas:

Diâmetro externo do dispositivo:.............

Vetor posição da massa de balanceio:

Ddisp 400mm

0 atan

MC

1

0

0

MC

0

0

1

0° 63.435 °

Pp

Ddisp

2cos 0

72mm

Ddisp

2sin 0

y Pp

0

1

0

Page 69: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

69

Vetor velocidade da massa de balanceio:

3.2-Definindo equações de movimento:

Vp

Ddisp

2max cos 0

0

Ddisp

2max sin 0

Gp mp mp Vp

F2 mp tGp mp d

d

F 2 mp mp

Ddis p

2max

2 cos 0

0

max 2

Ddis positivo

2 sin 0

Hp mp Pp Vp mp

M 2 mp tHp mp d

d

M 2 mp

Ddisp

2max

2 y sin 0

0

max 2

Ddisp

2 y cos 0

mp

Page 70: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

70

3.3-Massa de balanceio:

Esse programa visa otimizar a posição da massa de balanceio. Para então poder definir a massa de

balanceio

1 mp

M 1

0

0

1

max 2

Ddisp

2 y cos 0

1 0

1 1 0.1°

mp

M 1

0

0

1

max 2

Ddisp

2 y cos 1

Ddisp

2max

2 y sin 1

0

max 2

Ddisp

2 y cos 1

mp M 1

1

0

0

0.01N mwhile

1

31.565°

mp

M 1

0

0

1

max 2

Ddisp

2 y cos 1

mp 0.056kg

Page 71: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

71

2.4-Conferindo os efeitos da massa de balanceio sobre os momentos

resultantes no dispositivo:

M2

Ddisp

2max

2 y sin 1

0

max 2

Ddisp

2 y cos 1

mp

M2 M 1

5.18 103

0

0

N m

Pp

Ddisp

2cos 1

72mm

Ddisp

2sin 1

170.409

72

104.693

mm

Page 72: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

72

Anexo 6: Cálculo dos esforços no dispositivo de fixação da

válvula esfera de 2.1/16in

Legenda:

Dados iniciais:...................

Cálculos:............................

Resultados:......................

0-Material da peça:

A peça a ser fixada no dispositivo é feita de Aço AISI 4140 forjado e normalizado.

Os elementos de liga são:

E as propriedades desse metal são:

Módulo de Young do aço 4140:........................

Tensão limite de Escoamento do aço 4140:.......

Tensão limite de ruptura do aço 4140:.............

Dureza superficial do aço 4140:....................

Considerando as porcentagens de manganês e Cromo no aço AISI 4140, podemos

consideralo um Aço cromo manganês.

Fazendo uma aproximação linear temos a pressão de corte usinagem no intervalo de

0.1mm/rev à 0.2mm/rev.

XXX

XXX

XXX

Carbono 0,40%

Silício 0,25%

Manganês 0,85%

Cromo 1,00%

Molibidênio 0,25%

E4140 207GPa

Sy4140 710MPa

Sut 4140 920MPa

Dureza4140 300HB

Page 73: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

73

Pressão de corte:................................

1-Esforços de corte durante o processo de usinagem:

Como o objetivo é identificar os esforços críticos não irei calcular as forças de corte nas

operações de acabamento. Tendo em vista que ela serão muito menores do que as

encontradas nas operações de desbaste.

1.1-Primeira operação (faceamento):

Velocidade de corte da 1ª operação:..........

Profundidade de corte da 1ª operação:..........

Avanço por rotação da 1ª operação:..........

Kc feed( ) feed 5.8 103

MPa

mm

Vc1 160m

min

ap1 1mm

feed1 0.2mm

Page 74: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

74

1.1.1-Força de corte na primeira operação:

1.1.2-Força de avanço na primeira operação:

Vou considerar a força na direção do avanço com magnitude igual a 22% da na direção da

velociade de corte. Como indicado napágina 61 do livro Tecnologia da usinagem dos materiais.

1.2-Segunda operação (Torneamento interno com barra de mandrilhar):

Esta operação existe devido há uma falha de projeto que não previu que ao usinar a face da

flange as duas metades da circunferência a ser usinada nesta operação seriam comprometidas.

Então para evitar reduzir a vida dos insertos devido ao corte intermitente, foi adcionada esta

operação.

Velocidade de corte da 2ª operação:......

Profundidade de corte máxima da 2ª operação:....

Avanço por rotação da 2ª operação:...............

Diâmetro da Barra de mandrilar da 2ª operação:...

Fcorte1 Kc feed1 ap1 feed1

Fcorte1 232N Fcorte1 23.657 kgf

Ffeed1 Fcorte1 0.22

Ffeed1 51.04N Ffeed1 5.205 kgf

Vc2 90m

min

ap2 0.75mm

feed2 0.15mm

Dbarra_mandrilhar 48mm

Page 75: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

75

1.2.1-Força de corte na 2ª operação:

1.2.2-Força de avanço na 2ª operação:

Vou considerar a força na direção do avanço com magnitude igual a 22% da na direção da

velociade de corte. Como indicado napágina 61 do livro Tecnologia da usinagem dos materiais.

1.2.4-Rotação na 2ª operação:

1.3-Terceira operação (Torneamento interno com barra tipo "cegonha"):

Rugosidade superficial esperada na 3ª operação:..........

Raio de ponta do inserto usado na 3ª operação:..........

1.3.1-Avanço na 3ª operação:

Fcorte2 Kc feed2 ap2 feed2

Fcorte2 97.875N Fcorte2 9.98 kgf

Ffeed2 Fcorte2 0.22

Ffeed2 21.532N Ffeed2 2.196 kgf

op2

2Vc2

Dbarra_mandrilhar 596.831 rpm

Ra3 32m

Rp3 0.4mm

feed3 8 Ra3 Rp3

feed3 0.32 mm

Page 76: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

76

1.3.2-Profundidade de corte na 3ª operação:

Analisando o gráfico defini a profundidade de corte como 2mm

1.3.3-Velocidade de corte na 3ª operação:

1.3.4-Força de corte na 3ª operação:

ap3 2mm

Vc3 200 0.68 0.83( )m

min

Vc3 112.88m

min

Fcorte3 2900MPa ap3 feed3

Fcorte3 1.856 kN Fcorte3 189.259 kgf

Page 77: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

77

1.3.5-Força de avanço na 3ª operação:

Vou considerar a força na direção do avanço com magnitude igual a 22% da na direção da

velociade de corte. Como indicado napágina 61 do livro Tecnologia da usinagem dos materiais.

1.4.6-Velocidade angular máxima na 3ª operação:

Diâmetro menor da superfície usinada:..........

1.4-Quarta operação (Torneamento interno):

Rugosidade superficial esperada na 3ª operação:..........

Raio de ponta do inserto usado na 3ª operação:..........

1.4.1-Avanço na 3ª operação:

Ffeed3 Fcorte3 0.22

Ffeed3 408.32N Ffeed3 41.637 kgf

Dusi 48mm

op3

2Vc3

Dusi

748.559rpm

Ra4 1.6m

Rp4 0.4mm

feed4 8 Ra4 Rp4

feed4 0.072 mm

Page 78: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

78

1.4.2-Profundidade de corte da 3ª operação:

Analisando o gráfico defini a profundidade de corte como 1.0mm

1.4.3-Velocidade de corte da 3ª operação:

Logo multiplicando a velociade de corte indicada pelos fatores de correção para uma vida de

30min teremos uma velociade de corte de:

1.4.4-Força de corte na 4ª operação:

ap4 1.0mm

Vc4 250 0.82 0.68( )m

min

Vc4 139.4m

min

Fcorte4 Kc feed4 ap4 feed4

Fcorte4 29.696N Fcorte4 3.028 kgf

Page 79: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

79

1.4.5-Força de avanço na 4ª operação:

Vou considerar a força na direção do avanço com magnitude igual a 22% da na direção da

velociade de corte. Como indicado napágina 61 do livro Tecnologia da usinagem dos materiais.

2-Esforços no fuso:

Ffeed4 Fcorte4 0.22

Ffeed4 6.533N Ffeed4 0.666 kgf

Page 80: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

80

Para esses cálculos vou assumir que os esforços no fuso são uniaxiais.

2.1-Esforço em Z devido a rotação:

Massa da castanha sem pino:..........

Massa da castanha com pino:........

Distância do centro de massa da castanha sem pino em relação ao centro

de rotação:..........

Distância do centro de massa da castanha com pino em relação ao

centro de rotação:..........

Mcast_sem 11.46kg

Mcast_com 11.52kg

Z0_cast_sem 103.97mm

Z0_cast_com 103.67mm

Frot_cas t_sem Mcast_sem op3 2

Z0_cast_sem

Frot_cast_sem 7.322 kN Frot_cast_sem 746.588kgf

Frot_cas t_com Mcast_com op3 2

Z0_cast_com

Frot_cast_com 7.339 kN Frot_cast_com 748.331kgf

Page 81: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

81

2.2-Delta do esforço devido à rotação:

2.3-Força máxima no fuso:

Analisando os esforços de corte que atuam na direção do eixo Z conclui que o pico de força

acontece na terceira operação.

Limite de escoamento do aço 4140 temperado e

revenido a 315°:..........

Limite de escoamento do aço 4140 em cisalhamento:

Menor diâmetro da rosca central:..........

Maior diâmetro da rosca central:..........

Comprimento rocado em cada castanha:..........

Passo da rosca central:..........

F rot_cast Frot_cast_com Frot_cast_sem

F rot_cast 1.743 kgf F rot_cast 17.096 N

Fmax_fuso Fcorte3 Frot_cast_com

Fmax_fuso 9.195 kN Fmax_fuso 937.591kgf

Sy4140TR 1570MPa

SY4140TR

Sy4140TR

2

drfuso_central 14mm

Drfuso_central 19.05mm

Hcastanha 70mm

Pfuso_central 4.23mm

F75%_rc

Sy4140TR drfuso_central Hcastanha

4

F75%_rc 1.208 103

kN F75%_rc 1.232 105

kgf

2.4-Força necessária para atingir 75%do limite de escoamento

na rosca central do fuso:

Page 82: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

82

2.5-Torque máximo aplicável com, uma chave Allen, a rosca do fuso:

Sabendo que o braço de alavanca de uma chave Allen de 8mm com braço longo é de

aproximadamente 200mm. Posso estimar o torque máximo aplicável ao dispositivo, usando a

tabela do Protec como parâmetro.

Força máxima exercível em uma alavanca curta para baixo:

Comprimento do braço da chave:..........

2.6-Força resultante do torque máximo aplicável com, uma chave Allen,

a rosca do fuso:

Ângulo entre os dentes da rosca ACME:..........

Coeficiente de atrito metal x metal na rosca:..........

Falvanca.max 40kgf

Lbchave 200mm

Tmax.fuso Falvanca.max Lbchave 78.453 N m

acme 29°

rosca 0.1

Page 83: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

83

Como esse torque é insuficiente vou adicional uma extensão a chave Allen aumentando seu

braço de alavanca para 500mm

2.7-Força resultante do torque máximo aplicável com, uma chave Allen +

barra extensora, a rosca do fuso:

Comprimento do braço da chave + barra:........

2.8-Tensão de cisalhamento máxima na rosca central do fuso:

Dmédio.fuso.central

Drfuso_central drfuso_central 2

Ftorque

2 Tmax.fuso

Dmédio.fuso.central

Dmédio.fuso.central rosca Pfuso_central secacme

2

Pfuso_central Dmédio.fuso.central secacme

2

Ftorque 8.449 kN

Ftorque

Fmax_fuso

0.919

Lb 400mm

Torque max.fuso2 Falvanca.max Lb 156.906 N m

Ftorque2

2 Torque max.fuso2

Dmédio.fuso.central

Dmédio.fuso.central rosca Pfuso_central secacme

2

Pfuso_central Dmédio.fuso.central secacme

2

Ftorque2 16.898 kN

Ftorque2

Fmax_fuso

1.838

cis_RC

2 Ftorque2

drfuso_central Hcastanha 10.977 MPa

Cscis_RC

SY4140TR

cis_RC

71.514

Page 84: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

84

2.10-Tensão de compressão máxima na rosca central do fuso:

2.11-Tensão de tração máxima no núcleo da rosca central do fuso:

2.12-Tensão de cisalhamento máximo no núcleo da rosca central durante

o aperto do fuso:

comp_RC

Ftorque2 4 Pfuso_central

Drfuso_central2

drfuso_central2

Hcastanha

7.79 MPa

Cscomp_RC

Sy4140TR

comp_RC

201.551

traç_RC

4 Ftorque2

drfuso_central2

109.769 MPa

Cstraç_RC

Sy4140TR

traç_RC

14.303

torque1

16Torque max.fuso2

drfuso_central3

291.224 MPa

Cs.torque1

SY4140TR

torque1

2.696

3-Tensões na rosca de menor diâmetro do fuso:

Menor diâmetro da rosca menor:..........

Maior diâmetro da rosca menor:..........

Comprimento das porcas:..........

Passo da rosca menor:..........

A rosca menor é o que impede o deslocamento do fuso devido à ação de forças

assimétricas. Logo:

3.7-Tensão de cisalhamento máxima na rosca menor do fuso:

drrosca_menor 11.546mm

Drrosca_menor 14mm

Hporca 70mm

Prosca_menor 2mm

Fext.fuso F rot_cast Fcorte3

cis_Rm

Fext .fuso

drrosca_menor Hporca 0.738 MPa

Page 85: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

85

3.8-Tensão de compressão máxima na rosca menor do fuso:

3.9-Tensão de tração máxima no núcleo da rosca menor do

fuso:

2.12-Tensão de cisalhamento máximo durante o aperto no

núcleo da rosca menor do fuso:

Cscis_Rm

Sy4140TR

cis_Rm

2.128 103

comp_Rm

Fext .fuso 2 Prosca_menor

Drrosca_menor2

drrosca_menor2

Hporca

0.543 MPa

Cscomp_Rm

Sy4140TR

comp_Rm

2.889 103

traç_Rm

4 Fext .fuso

drrosca_menor2

17.89 MPa

Cstraç_Rm

Sy4140TR

traç_Rm

87.759

torque2

16Torque max.fuso2

drrosca_menor3

519.178 MPa

Cs.torque2

SY4140TR

torque2

1.512

Page 86: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

86

4-Fadiga no fuso devido ao caráter cíclico dos esforços de corte

durante a usinagem:

Limite de resistência a tração do aço 4140

temperado e revenido a 315°:..........

Temperatura ambiente

Valores retirados do Shigley Rosca usinada

99% de confiabilidade

Rosca cortada

Tração axial

4.1-tensão média e de amplitude no filete da rosca central do fuso:

Sut 4140TR 1760MPa

Se1 0.566 9.68 105

Sut4140TR

MPa

Sut4140TR

Kd 1

Ka 1.58Sut4140TR

MPa

0.085

Kcfad 0.814

Ke1

2.8

Kb 1

Se Ka Kb Kcfad Kd Ke Se1

mfuso

2 Ftorque Frot_cast_com drfuso_central Hcastanha

10.256 MPa

afuso

2 Fcorte3 drfuso_central Hcastanha

1.206 MPa

Page 87: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

87

Critério de Goodman

4.3-tensão média e de amplitude no núcleo da rosca do fuso:

4.4-Coeficiente de segurança a fadiga no

núcleo da rosca do fuso:

5-Tensões nos parafuso do dispositivo:

Torque máximo do spindle:........

Momento de inércia em y do dispositivo com

a flange:........

5.1-Aceleração angular máxima do spindle:

4.2-Coeficiente de segurança a fadiga no filete da rosca do fuso:

1

afuso

Se

mfuso

Sut4140TR

77.267

mfuso2

2 Ftorque Frot_cast_com

drfuso_central2

51.279 MPa

afuso2 2Fcorte3 F rot_cast

drfuso_central2

6.084 MPa

1

afuso2

Se

mfuso2

Sut 4140TR

15.376

Tspindle 884lbf ft

Ifull 2832382.58kg mm2

spindle

Tspindle

Ifull

spindle 423.157rad

s2

Page 88: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

88

5.2.1-Mínima força de compressão exercida pelos parafusos que

conectam flange e dispositivo:

Diâmetro maior da flange:........

Diâmetro menor da flange:........

Momento de inércia em y do dispositivo sem

a flange:........

Coeficiente de atrito metalxmetal na flange

:..........

(Equação 16-28 do shigley)

Dflange 400mm

dflange 192.32mm

Idisp 1821574.29kg mm2

metalxmetal 0.12

Tflange Idisp spindle

Fflange

3Tflange Dflange2

dflange2

metalxmetal Dflange3

dflange3

Page 89: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

89

Logo a força exercida por cada parafuso deve ser minimamente:

5.2.2-Máxima força de compressão exercida pelos parafusos que

conectam flange e dispositivo:

Diâmetro maior do parafuso M18:........

Diâmetro menor do parafuso M18:........

Diâmetro efetivo do parafuso M18:........

Passo do parafuso M18:........

ângulo da rosca métrica:........

5.2.3-Torque de pré carga nos parafusos que conectam flange e

dispositivo:

Fflange 41.671 kN

Fflange

410.418 kN

DM18 18mm

dM18 14.93mm

def.M18 16.375mm

PM18 2.5mm

metrica 60°

Fmax.M18 Sy4140 dM182

4

Fmax.M18 124.299 kN

Fpc.M18 Fmax.M18 0.7 87.009 kN

Tparaf.flange

Fpc.M18 def.M18

2

PM18 def.M18 secmetrica

2

def.M18 rosca PM18 secmetrica

2

Tparaf.flange 862.053 N m

Page 90: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

90

5.3- Carga mínima necessária nos parafuros dos mancais:

Massa do mancal:........

Raio de rotação do mancal:........

5.3.1- Forças atuando nos mancais:

Os mancais são responsaveis por suportar todas as cargas assimetricas. Ou seja a resultante

devido a rotação (porque as castanhas tem massas diferentes) e os esforços de usinagem.

Assumindo que o fuso não contribua na resistência ao arrancamento dos mancais no caso do esforço

devido a rotação.

Portanto a força de atrito necessaria para manter o mancal no lugar será:

5.3.2- Forças de aperto necessária nos parafusos

do mancal:

Mmancal 1.8kg

Rmancal 160.44mm

Frot.mancal Mmancal op32

Rmancal 1.775 kN

Ffuso.mancal Fcorte3 F rot_cast 1.873 kN

Fatmancal Frot.mancal Ffuso.mancal 98.522 N

Page 91: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

91

5.3.3-Tensões devido a força de aperto nos parafusos do

mancal: Diâmetro maior do parafuso M8:........

Diâmetro menor do parafuso M8:........

Fparaf.mancal

Fatmancal

metalxmetal

0.821 kN

DM8 8mm

dM8 6.77mm

tração_M8

Fparaf.mancal

dM8 2 2

4

11.404 MPa

cis_M8

Fparaf.mancal

dM82

2

2.851 MPa

Cstração.M8

Sy4140

tração_M8

62.259

Page 92: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

92

Anexo 7: Cálculo das condições de contorno nas castanhas e

guias do dispositivo para utilizar o método de elementos

finitos.

Legenda:

Dados iniciais:...................

1- Força de corte perpendicular com o fuso:

1ª hipótese: as guias e o fuso são rígidos.

2ª hipótese: o corpo da válvula é rígido e transfere todos os esforços sem que haja deformação

do mesmo.

3ª hipótese: como o dispositivo é primeiramente comprimido durante a montagem, com uma

força maior do que a de abertura gerada pela rotação das castanhas e muito maior do que a de

aperto no parafuso do topo da castanha, o cisalhamento no mesmo pode ser desprezado.

XXX

Page 93: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

93

Distância máxima ente o eixo 1 e a força de corte:.....

Raio médio de atuação de F3 em

relação ao eixo 1:.....

ΣMz=0, logo:

Fcorte

1.856 kN

408.32 N

0

Ffuso

0

0

16.898 kN

F1 Ffuso

0

0

1

F6 Fcorte

1

0

0

F7 Fcorte

0

1

0

F2 F1

ER1_Fcorte 66.7mm

Rm_F377.9 62.32( )mm

435.055 mm

F3

F6

2

ER1_Fcorte

Rm_F3 F3 1.766 kN

Para fins de simplificação considerarei F1= -F2

Page 94: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

94

ΣMy=0_A, logo:

Coeficiente de atrito metal x metal:..........

ΣMx=0_C, logo:

AB 171.3mm

AFcorte 109.68mm

F8

F6

sin 45°( )

AFcorte

AB

F8 1.681 kN F8 sin 45°( ) 1.188 103

N

metalxmetal 0.12

C_F 9 206.15mm C_F 8 188.8mm

C_F 4 199.8mm C_F 7 127.15mm

F9 F4 F8 sin 45°( )F7

2

F4

F8 sin 45°( ) C_F 8 C_F 9 F7 C_F 7

C_F 9

2

C_F 4 C_F 9

F4 1.699 kN

Page 95: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

95

Cálculo dos esforços nas guias do dispositivo

através do método de elementos finitos.

1- Força de corte paralela ao fuso:

Page 96: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

96

Page 97: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

97

Distância o referencial zero à linha média das

guias:........

Distância o referencial zero ao centro de massa da

castanha com guia:........

Distância o referencial zero ao centro de massa da

castanha sem guia:........

Distância o referencial zero ao centro do corpo da

válvula:........

Força devido à rotação da castanha com guia:....

Força devido à rotação da castanha sem guia:....

Força de corte durante a 3ª operação de usinagem:....

Força de avanço durante a 3ª operação de usinagem:....

Força de compressão das castanhas:....

Momento devido à rotação da castanha sem guia:

Momento devido à rotação da castanha com guia:

L 0 127mm

yC_com 182.1mm

yC_sem 181.9mm

yC_valv 228.05mm

Frot_cast_com 7.339kN

Frot_cast_sem 7.322kN

Fcorte3 1.856kN

Ffeed3 408.32N

Ftorque2 16.898kN

Mrot_sem Frot_cast_sem yC_sem L 0

Mrot_sem 401.978N m

Mrot_com Frot_cast_com yC_com L 0

Mrot_com 404.379 N m

Page 98: placa autocentrante de duas castanhas com trava no eixo longitudinal

98

Anexo 8: desenhos do dispositivo

Normal na castanha sem guia devido à compressão:

Normal na castanha com guia devido à compressão:

Momento devido à normal na castanhas sem guia devido à compressão:

Momento devido à normal na castanhas com guia devido à compressão:

Força para baixo feita pela castanha mais próxima a ferramenta de corte:

Ncomp_sem Ftorque2 2Frot_cast_sem Frot_cast_com

Ncomp_sem 9.593 kN

Ncomp_com Ftorque2 Frot_cast_com

Ncomp_com 9.559 kN

Mcomp_sem Ncomp_sem yC_valv L 0

Mcomp_sem 969.373 N m

Mcomp_com Ncomp_com yC_valv L 0

Mcomp_com 965.937 N m

F8 cos 45°( ) F7 780.04N

Mtotal_sem Mrot_sem Mcomp_sem 1.371 103

N m

Mtotal_com Mrot_com Mcomp_com 1.37 103

N m