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Manual de Piscinas vol. 1 – Tratamento químico

Manual de Piscinas vol. 1 – Tratamento químico · Tabela 30. 4. Além do tratamento da água, há muitas questões que envolvem os corretos uso e funcionamento das pisci- ... adicional

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Manual de Piscinas vol. 1 – Tratamento químico

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Manual: Piscinas – vol. 1 – Tratamento químicoConteúdo: Eng. Nilson MaieráRevisão de texto: Vivien ChivalskiProjeto Gráfico e arte: Rose SardinIlustrações: ShutterstockCoordenação: Maria Regina Canever Domingues Realização:Universidade Corporativa Sindi-ClubeReitor – Cezar Roberto Leão GranieriDiretor Executivo – Cláudio José LaulettaCoordenadora – Maria Regina Canever Domingues

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Índice

Apresentação 5

Desinfecção, Oxidação e Parâmetros Químicos 7

Desinfecção 9

Cloro – Tipos, concentrações e características 10

Classificação dos cloros 11

Hipoclorito de sódio 12

Hipoclorito de cálcio 13

Dicloro 14

Tricloro 15

Desinfetantes alternativos 17

Ozônio 18

Ionização - íons de cobre e prata 20

Ultravioleta 21

Oxidação 23

Parâmetros Químicos 25

pH 26

Alcalinidade total 26

Relação de alcalinidade total e pH 27

Dureza cálcica 27

Ácido cianúrico 28

Vários 29

Tabela 30

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Além do tratamento da água, há muitas questões que envolvem os corretos uso e funcionamento das pisci-nas nos clubes. Para que os associados tenham equipamentos seguros e serviço de qualidade, devem ser observados importantes aspectos relacionados à manutenção do equipamento, além de normas técnicas e legislações específicas.

Temos na Universidade Sindi-Clube um conhecedor pleno do assunto piscinas: Nilson Maierá, consultor que não deixa uma única pergunta sem resposta e que tem orientado vários cursos e palestras, sempre muito concorridos e esclarecedores para operadores e profissionais que lidam com a conservação de parques aquáticos.

Piscina é um equipamento muito demandado e um serviço que influencia sobremaneira o nível de satisfação do associado com o clube. Depois de vários anos como orientador da Universidade, vimos que era o momento de reunir o conhecimento espaçado dos cursos de Maierá em uma única obra – um manual para ser consul-tado a qualquer momento.

Temos, então, o prazer de apresentar o “Manual de Piscinas”, organizado por Maierá, disponível em 12 volu-mes, que faz completa abordagem da matéria, com ênfase no uso prático e no dia a dia das piscinas.

Agradecemos o esforço feito por Maierá para consolidar um pouco do seu conhecimento nos fascículos dessa obra que, pela praticidade, temos certeza de que estará sempre à mão de quem trabalha para oferecer água límpida e saudável para o lazer e bem-estar, em piscinas confiáveis.

Cezar Roberto Leão Granieri Presidente

Apresentação

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Desinfecção, Oxidação e Parâmetros Químicos

A desinfecção destina-se à eliminação de germes, basicamente, dos patogênicos, ou seja, daqueles que podem causar doenças infecciosas aos seus hospedeiros.

A oxidação destina-se à eliminação das impurezas trazidas às piscinas, muitas vezes, pelo homem, mas não só por ele. São impurezas nas formas sólidas, líquidas e gasosas e incluem, principalmente, as cloraminas - produtos químicos pro-venientes da reação do cloro com matérias orgânicas e inorgânicas presentes na água, que causam desconfortos, como irritação dos olhos e das mucosas, ressecamento da pele e dos cabelos, etc.

É necessário ressaltar que a operação de oxidação é tão ou mais importante quanto à de desinfecção.

Os parâmetros químicos são auxiliares para manter a água desinfetada, cristalina e balanceada quimicamente.

Para iniciar, o foco será a desinfecção com o uso dos vários desinfetantes.

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Desinfecção

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Cloro

É um elemento químico, símbolo Cl, número atômico 17 e massa atômica 35,5. Para os químicos, dois átomos de cloro associam-se dando origem ao gás cloro, de fórmula Cl2. Em piscinas, o nome cloro está associado ao ácido hipocloroso.É o desinfetante mais usado em piscinas.

Tipos de cloros

• O cloro total é a soma do livre e do combinado. O cloro combinado é também denominado de cloramina.• O cloro livre é bom, pois é responsável pela destruição dos microrganismos.• O cloro combinado é ruim, pois, além de seu fraco poder de desinfecção, irrita pele e mucosas. Tem cheiro repugnante,

muitas vezes denominado de cheiro de cloro.• O cloro livre é composto do ácido hipocloroso e de íons hipoclorito.• O ácido hipocloroso é muito mais eficiente na desinfecção do que o íon hipoclorito.

Concentrações e características

O Código Sanitário do Estado de São Paulo, decreto-lei nº 13.166, de 23 de janeiro de 1979, especifica que a concentra-ção de cloro deva ficar no intervalo de 0,5 ppm e 0,8 ppm. A ABNT, NBR 10.818, especifica que a concentração de cloro fique no intervalo de 0,8 ppm e 3,0 ppm.Existe divergência entre intervalos permitidos de cloro pela lei (decreto lei 13.166) e a ABNT (NBR 10.818). O clube deve saber a diferença e cumprir a legislação vigente.Quanto mais baixo o pH, maior é a concentração do ácido hipocloroso e, portanto, melhor a eficiência do cloro.No Brasil, a concentração de cloro livre é de 0,8 a 3,0 ppm (ABNT). Nos Estados Unidos, é de 2 a 4 ppm. A grande vantagem do cloro, entre muitas outras, é seu efeito residual na água, o que faz seu uso obrigatório em desin-fetantes alternativos, que não possuem essa vantagem. O uso de desinfetantes alternativos, contudo, possibilita o uso de concentrações de cloro menores.Seu consumo pode ser muito rápido, dependendo do sol, da carga de banhistas e de outros fatores. Suas medições de-vem ser feitas em intervalos pequenos. As leis e normas para piscinas públicas e de uso restrito (como o caso dos clubes) obrigam ou recomendam medir o cloro a cada duas horas.A pureza de um produto clorado é a porcentagem desse produto em sua embalagem.Cloro ativo é a quantidade de cloro (ácido hipocloroso) que é fornecido à água da piscina, que reage com a água (hidró-lise). O valor de cloro ativo tem interesse econômico e deve ser estampado na embalagem do produto. O gás cloro, por convenção, tem cloro ativo de 100% e o hipoclorito de sódio tem cloro ativo de 12% e hipoclorito de cálcio de 65 a 70%.Para a obtenção do cloro ativo, parte-se da sua pureza e de cálculos comparativos com o gás cloro.O cloro ativo de um produto clorado é o que de fato interessa na química do cloro.Nos Estados Unidos, cloro ativo é denominado de available chlorine ou cloro disponível.

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Cloro residual é o cloro medido na água em ppm. É o mencionado na legislação relacionada ao assunto.A demanda de cloro em uma piscina é a diferença entre o cloro introduzido na água e o cloro residual.

Casos especiais

Devido ao menor consumo de cloro à noite, é aconselhável o uso maior de cloro nesse período pela ausência de radiação ultravioleta.Antes e depois de chuva ou de uma carga maior de banhistas, deve-se adicionar desinfetante (cloro) acima do usual, de acordo com o necessário. Se a água da piscina estiver turva, na cor verde opaca, semelhante a um caldo de cana, certamente ela está contaminada com alga verde. A supercloração é a melhor alternativa e, como um auxiliar precioso, deve-se usar um algicida de choque após a cloração. Para a remoção das algas mortas, recomenda-se usar um clarificante.Nota: Medição de cloro e medições falsas serão apresentadas nos módulos 3 e 4.

Classificação dos cloros

Os cloros se classificam em dois tipos principais: cloros inorgânicos ou não estabilizados e cloros orgânicos ou estabilizados.

São os cloros não estabilizados:• gás cloro;• hipoclorito de sódio, também denominado de cloro líquido;• hipoclorito de cálcio, também denominado de cloro granulado;• hipoclorito de lítio.

Nota: aqui não será estudado o gás cloro. Apesar de seu baixo custo, exige uma série muito grande de cuidados, que encarecem seu uso. O uso é limitado a grandes instalações de abastecimento de água. O hipoclorito de lítio não é usado no Brasil. Seu uso é restrito a algumas piscinas dos Estados Unidos. Apesar de apre-sentar muitas vantagens, tem alto custo.

São cloros estabilizados:• dicloro; • tricloro.

Nota: o dicloro pode ser vendido na forma de dicloro dihidratado, que possui um teor de cloro ativo menor, mas apresenta menos risco na estocagem e no transporte.O dicloro é vendido com mistura de outros produtos químicos como floculantes e algicidas e, logicamente, tem menor teor de cloro ativo.

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Hipoclorito de sódio

Também conhecido como cloro líquido, água sanitária ou água de Javel. Apresenta cor clara, ligeiramente amarelada.Decompõe-se na presença de luz e tem leve odor característico. Em porcentagens menores (5% a 6%), é usado na de-sinfecção de vestiários e decks (terraços). Esse tipo de cloro é fabricado em grandes instalações industriais, com o uso de aparelhagem complexa, mas também pode ser obtido por meios bem simples como, por exemplo, a partir de sal de cozinha, por equipamentos denominados de geradores de cloro.Reage com a água originando hidróxido de sódio e ácido hipocloroso. Tem pH=13 e cloro ativo na faixa de 8,38% e 12,30%. Para fins comerciais, o indicado é o com pureza de 12,0%.

Vantagens

• Tem baixo custo.• Apresenta alta taxa de solubilidade. • Não produz resíduos a não ser pequenas quantidades de cloreto de sódio.• É de fácil colocação na piscina, de forma manual ou automática.• É muito indicado para uso por bombas dosadoras.

Desvantagens

• Trabalha-se com volumes grandes porque esse tipo de cloro é composto de 85% a 90% de água, fator que dificulta a armazenagem, o transporte e o manuseio.

• Apresenta riscos de vazamento, derramamento, contaminação, etc.• Por ser líquido, existe maior risco de contato acidental com o produto, que é agressivo aos olhos, à pele, às roupas, etc.• Tem estocagem e compra submetida a controle e fiscalização.• Contém alto pH (= 13). Isso aumenta o pH da água da piscina e requer acentuado consumo de ácido, envolvendo risco

adicional para sua correção.• Com o tempo, o teor de cloro diminui. Aceleram essa redução, entre outros, a temperatura, a luz solar e as impure-

zas de sais e óxidos metálicos. Em temperaturas ambientes de 20oC, tem-se a decomposição de aproximadamente 15% do teor de cloro ativo no período de 30 dias. Na decomposição do cloro líquido, é liberado oxigênio e não cloro. Consegue-se reduzir esse fenômeno com o uso de bombonas opacas e escuras armazenadas em ambientes frescos, protegidos da luz solar.

• É facilmente adulterado com a adição de água.

Nota: o cloro líquido, quando não falsificado, é a maneira mais econômica de cloro, mesmo sabendo-se que perde sua concentração no tempo.Cloro líquido, quando falsificado pela adição de água, é facilmente verificado pelo uso de um densímetro.

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Hipoclorito de cálcio

Também chamado de cloro granulado, sólido ou seco. Tem cor branca.Reage com a água originando hidróxido de cálcio e ácido hipocloroso. Tem pH=11 e cloro ativo na faixa de 65% a 70%. Para cada 10 ppm de hipoclorito de cálcio introduzidos à água da piscina, a dureza cálcica aumenta em aproximadamente 2,5 ppm.

Vantagens

• É de fácil manuseio e armazenagem, requer pouco espaço, devido à alta concentração do cloro.• É fonte concentrada de cloro, permitindo rápida cloração.• Decompõe-se insignificantemente quando estocado, o que lhe garante longa vida.• Ajuda a corrigir a baixa dureza da água quando necessário.• Sem ácido cianúrico em sua composição, não eleva sua concentração a valores nocivos à desinfecção do cloro.

Desvantagens

• Aumenta o pH da água (menos que o cloro líquido).• No caso de águas duras, aumenta sua dureza para valores acima do recomendado.• Há riscos e requer cuidados na estocagem, pois se trata de um oxidante forte.• Há risco de erro com relação à dosagem de cloro.• Há risco de inalação do produto (menor no caso de cloro na forma granular).• Por ser normalmente introduzido na piscina em forma de solução, existe risco de contato acidental do produto

com a pele, os olhos, etc.• Tem maior probabilidade de entupimento das bombas dosadoras.• Quando lançado diretamente em piscinas vinílicas ou de fibra de vidro, em forma de grânulos, descolore o piso.• Torna a água turva, pelo menos logo que é lançado na piscina, devido à existência de materiais insolúveis em sua

composição.

Nota: Essas duas últimas desvantagens podem ser eliminadas, dissolvendo-se cloro granular em água num balde não metálico (é importante jogar o cloro na água do balde e não o inverso). Deve-se deixar a solução à sombra, em repouso, por pelo menos meia hora, sempre longe do alcance de crianças.Em seguida, deve-se adicionar apenas a parte líquida à água da piscina e descartar a parte sólida. Essa operação tam-bém atenua a entrada de sólidos dissolvidos e o aumento da dureza quando ela já está alta.

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Dicloro

Também chamado de dicloro-s-triazina-triona de sódio e isocianurato de sódio.Quando introduzido na água, produz o ácido cianúrico, que age como estabilizante. É um pó granulado branco que se dissolve rapidamente na água.Ao reagir com a água, produz o ácido hipocloroso e o sal sódico cianúrico. Este, reagindo com a água, produz o ácido cianúrico. Por isso, é chamado de cloro estabilizado. Tem pH=6,7 e cloro ativo de 65%.A alta solubilidade e a pequena influência no pH da água são fatores importantes. Atualmente o preço é praticamente igual ao do cloro granulado, o que se constitui uma grande vantagem, porque o estabilizante vem de graça.

Vantagens

• É de fácil manuseio.• Exerce pouca influência sobre o pH.• É de baixo consumo, quando comparado aos cloros não estabilizados em piscinas abertas e em dias ensolarados.• Tem alta taxa de solubilidade, portanto, é ideal para piscinas vinílicas e de fibra de vidro. Pode ser lançado na forma

sólida diretamente na água sem manchar o acabamento.• Sem cálcio na sua composição, não aumenta a dureza da água.

Desvantagens

• Apresenta riscos e requer cuidados na estocagem, devido ao teor de cloro disponível (aproximadamente 65%).• Na operação de supercloração, aumenta o teor de ácido cianúrico na água.• Usando-se 1,0 kg de dicloro, em 10 m3 de água, o ácido cianúrico aumenta em aproximadamente 4 ppm.• Seu uso frequente pode aumentar, em muito, o teor de ácido cianúrico. Isso pode provocar o que se chama de

sobre-estabilização, fenômeno que reduz a eficácia do cloro.

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Tricloro

Também chamado de tricloro-s-triona ou ácido tricloro isocianúricoAssim como os dicloros, reage com a água, produzindo o elemento estabilizante (ácido cianúrico ou isocianúrico). Tem pH = 2,8 e cloro ativo aproximado de 87%.Diferentemente dos dicloros, possui baixa solubilidade. Por essa razão, é usado em cloradores de erosão, na tubulação de retorno. Em clubes, não deve ser usado em flutuadores como são usados, por exemplo, em residências.

Vantagens

• É de fácil manuseio.• É indicado para uso em cloradores, devido à baixa taxa de solubilidade.• É de baixo consumo, quando comparado aos cloros não estabilizados, principalmente, em piscinas abertas e em dias

ensolarados.• Sem cálcio em sua composição, não aumenta a dureza da água.

Desvantagens

• Exige correção constante do pH e da alcalinidade da água da piscina, a menos que o tricloro contenha, em sua com- posição, barrilha ou bicarbonato de sódio em proporções corretas, já que o pH é baixo.

• Apresenta riscos e cuidados na estocagem, devido ao alto teor de cloro (87% de cloro disponível), podendo provocar incêndio ou explosão quando entra em contato com papel, óleo, tinta, etc.

• Na operação de supercloração, aumenta o teor de ácido cianúrico na água. Por isso, não deve ser usado nessa situação.• Usando-se 1,0 kg de tricloro em 10 m3 de água, o ácido cianúrico aumenta em aproximadamente 4 ppm • Seu uso frequente pode aumentar em muito o teor de ácido cianúrico, provocando o que se chama de sobre-estabiliza-

ção, fenômeno que reduz a eficácia do cloro.• Exige medição frequente. Há possibilidade de alterações por reduzir em muito o pH e a alcalinidade total.

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Desinfetantes alternativos

Serão abordados os principais desinfetantes alternativos e somente suas vantagens e desvantagens.Serão mencionados os seguintes desinfetantes alternativos: • ozônio;• ionização;• ultravioleta.

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Ozônio

Vantagens

• Tem maior poder germicida. Destrói bactérias, vírus, protozoários, esporos, cistos, fungos, leveduras, etc; mesmo em concentrações muito baixas e com tempo de contato bem pequeno, sem acrescentar contaminantes à água da piscina. Em relação ao cloro, que é considerado um bom desinfetante, o ozônio apresenta para a mesma concentração do cloro, um tempo de ação inferior.

• Devido ao alto poder de oxidação (maior que o cloro), muitos produtos nocivos encontrados na água serão oxidados (destruídos ou decompostos) pelo ozônio. Assim sendo:

- Destrói, por oxidação, cloraminas inorgânicas e orgânicas, responsáveis pelo mau cheiro e causadoras de irritação na pele, mucosas e olhos e destrói óleos usados pelos banhistas.

- Oxida ferro a hidróxido férrico e manganês a óxido de manganês, que são removidos por sedimentação e/ou filtração.- Oxida ácido sulfídrico a ácido sulfúrico, o primeiro responsável por cheiro desagradável.- Oxida cianidas a cianatos.- Oxida tiocianatos, transformando-os em gás carbônico e nitrogênio e brometos a bromo.- Oxida compostos orgânicos e inorgânicos, que imprimem cor à água, removendo a coloração indesejada.- Oxida produtos que conferem à água sabor e odor desagradáveis e elimina tais inconvenientes.- Oxida a maioria dos hidrocarbonetos encontrados na água.- Oxida produtos orgânicos, quebrando suas moléculas. Isso possibilita fácil remoção pela mineralização desses pro-

dutos. A mineralização consiste na transformação dos produtos orgânicos em diversos tipos de gás, principalmente o gás carbônico que se liberta, e água; Quando não ocorre a mineralização, a matéria orgânica é parcialmente oxidada, mas se torna filtrável.

- Tem pH neutro, não altera o pH e não é afetado por ele.- É saudável na água da piscina, pois se decompõe em oxigênio, não deixando traços de produtos químicos.- Devido à oxidação de todos esses produtos, o ozônio ajuda a reduzir o total de sólidos dissolvidos.

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Desvantagens

• Tem baixo efeito residual desinfetante. Na água da piscina, a semivida é de menos de meia hora na temperatura de 20oC. A semivida varia com a impureza da água e, no caso de água bidestilada, a semivida é alta, enquanto a da tor- neira da concessionária a 20oC é de 25 minutos apenas. Em temperaturas maiores, a decomposição é mais rápida, assim como na presença de contaminantes, fato que obriga a ser usado em conjunto com outros desinfetantes de efeito residual prolongado, como o bromo e o cloro.

• É pouco eficaz contra algas. Como a semivida é baixa e quase todo o tratamento é feito fora da piscina, o ozônio é pouco eficiente contra algas, principalmente as aderentes de cores mostarda e preta, que se desenvolvem nas paredes e piso da piscina, mesmo quando destrói a maior parte de seu alimento. No tratamento da água da piscina, o autor tem encontrado dificuldade na eliminação das algas verdes, o que obriga o uso de algicida como tratamento suplementar.

• É difícil a mensuração de sua concentração na água e no ar, porque são concentrações muito baixas, portanto com baixa precisão e ao uso de aparelhagem de medição muito cara. Também a medição da concentração de ozônio sofre a influência de outros produtos encontrados na água o que obriga a aparelhos mais sofisticados para eliminar esta interferência.

• É difícil a mensuração de baixos teores de cloro. Uma das grandes vantagens do ozônio é a utilização de baixos teores de cloro livre, algo em torno de 0,5 ppm. Mas a medição de baixos valores de cloro livre com os kits de teste normais é extremamente difícil.

• É difícil a mensuração de cloro combinado. Se a dificuldade de medir cloro livre é grande, a dificuldade para medir cloro combinado é ainda maior, porque o cloro combinado na água deve ser menor do que 0,2 ppm (de acordo com as nor-mas americanas), mas os kits de teste não possuem precisão para valores assim baixos, sem falar que a concentração de ozônio na água interfere nos resultados.

• Exige um tanque de contato em instalações maiores, como no caso de clubes. Isso aumenta o custo da instalação.• Demanda a ozoneização de apenas uma parte da água, por volta de 30 a 40% para não se aumentar muito o custo da

instalação do ozônio.• Apresenta toxidez. O ozônio no ar é, sem dúvida, substância tóxica ao homem. Essa toxidez está relacionada à con-

centração do ozônio no ar e ao tempo de exposição. Além disso, o ozônio é mais denso que o ar, o que aumenta sua concentração na superfície da piscina, fato agravado em piscinas cobertas. Equipes de treinamento em que a respira-ção é mais intensa e por longo tempo de exposição, exigem mais cuidado na concentração de ozônio no ar.

O ser humano tem uma sensibilidade alta ao cheiro do ozônio, mesmo em concentrações tão baixas como 0.04 ppm, mas o perigo é que as pessoas se acostumam com essas características. No caso de clubes, em que a instalação de ozônio deve estar em um local especial, normalmente, na casa de máquinas, deve-se tomar muito cuidado porque o ozônio é tóxico no ar.

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Ionização - íons de cobre e prata

Vantagens

• Tem como maior vantagem a ausência quase total de cloro na água. Com isso, evitam-se todos os problemas que o cloro e as cloraminas provocam. A maioria das legislações obriga, mesmo no caso de ionizadores, a utilização de uma pequena concentração de cloro ou de bromo - bem menor que a das normalmente especificadas e que varia de país para país ou de estado para estado.

• Não altera o pH da água.• O pH tem pouca ou nenhuma influência na ação desinfetante do cobre e da prata.• Não altera a dureza e a alcalinidade da água.• Não sofre decomposição, se estiver sujeito à luz solar.• Exige menor controle da água e menor frequência na compra de produtos químicos para piscina.• Possibilita que a água de retrolavagem seja usada para regar grama e jardim.• Possibilita a eliminação da aspersão direta de produtos na água, como ocorre normalmente com o cloro, que em geral,

é aplicado manualmente. A vantagem é que, neste caso, o aparelho é colocado na linha de retorno.• Como todo o processo contínuo de introdução de desinfetante, elimina picos (tanto para baixo como para cima) de

concentrações de desinfetantes na água, como acontece com o cloro colocado manualmente na piscina.

Desvantagens

• Tem alto custo inicial na compra do aparelho.• Pode manchar a piscina e tingir os cabelos dos banhistas (principalmente os loiros) com o uso de cobre na água em

quantidade superior a 1 ppm.• É convertido em óxido de cobre, que é preto, e apresenta alto potencial para manchar a piscina na presença de oxidan-

tes potentes como o cloro ou peroximonosulfato de potássio.• Podem sofrer precipitação devido à baixa solubilidade, já que a prata pode combinar com cloretos, formando cloreto

de prata, e com carbonatos, formando carbonato de prata. • A prata e o cobre não são oxidantes.• Há dificuldade na medição do teor de prata.• O efeito desinfetante é mais lento que o cloro.• É pouco eficiente sem uma pequena porcentagem de cloro - próximo de 0,3 ppm.

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Ultravioleta

Vantagens

• Não tem os inconvenientes do cloro, mesmo que uma pequena quantidade dele deva ser mantida devido ao seu efeito residual. Portanto são diminuídos o odor, olhos irritados e coceiras na pele decorrentes das cloraminas.

• Tem pouca interferência no pH.• É o único desinfetante que não acrescenta nenhum produto químico à água.• Não confere sabor e cor à água.• Exige pouco manuseio de produtos químicos.• Diminui problemas de estocagem de produtos químicos.• Em sua atuação, não sofre influência da temperatura.• Não produz subprodutos.• Não necessita de tanque de contato (vantagem em relação ao ozônio).• Atua na vazão total de retorno (vantagem em relação ao ozônio).

Desvantagens

• A turbidez da água que, mesmo sendo mínima, reduz a eficiência dos raios ultravioleta.• Não apresenta efeito residual devendo, portanto, ser usada juntamente com uma pequena quantidade de cloro ou de

bromo.• Não tem poder oxidante, o que obriga o uso de um oxidante.• Pede investimento relativamente alto.• Há custo de manutenção quando há necessidade de trocar lâmpadas.

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Oxidação

A operação de oxidação é uma operação muito importante no tratamento de água de piscinas, porém, muitas vezes, é negligenciada.O pessoal envolvido no tratamento de uma piscina deve estar atento à eliminação dos contaminantes químicos por oxi-dação.Para se ter uma noção de como a oxidação é importante, quando se usa cloro em uma piscina, 90% são consumidos para a operação de oxidação e 10% para a operação de desinfecção.A maioria dos contaminantes sólidos, líquidos ou gases de piscinas são de origem orgânica. São, portanto, produtos re-dutores, o que facilita sua oxidação e eliminação.Como se dá a oxidação? Primeiramente partículas maiores são retidas pelos filtros, com filtro de areia filtrando partículas maiores de 30µ, de cartucho maiores de 15µ, de diatomita, zeolita e vidro reciclado moído 3µ.A operação seguinte, denominada de floculação/decantação, é a retirada de grande parte das partículas menores que passarão pelo filtro. Normalmente essas partículas estão em estados coloidais, em que as dimensões são muito peque-nas (dimensões variando de 1 nanômetro a 1 micron).A próxima etapa é a operação de oxidação, em que as pequenas partículas, não eliminadas pela operação de floculação/decantação, serão transformadas em gases como, gás carbônico, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio que saem da água além da água que permanece na piscina.O cloro e o ozônio são oxidantes e também desinfetantes. O monopersulfato de potássio e o peróxido de hidrogênio (água oxigenada) são somente oxidantes. A oxidação, embora consiga eliminar muitas partículas e substâncias líquidas, não consegue eliminar todas elas. Isso vai aumentar o teor de sólidos dissolvidos. Quando o teor de sólidos dissolvidos aumenta acima de determinados valores, o consumo de desinfetante aumenta, as-sim como a corrosão. Nesse caso, a maior dificuldade é de deixar a água cristalina.O tratamento de choque nada mais é do que acrescentar uma grande quantidade de oxidante com a finalidade de eliminar uma grande quantidade de material orgânico e substâncias como cloraminas entre outras.São consideradas operações de oxidação não cloradas as feitas com monoperssulfato de potássio e peróxido de hidrogênio.A operação de oxidação feita com produto clorado é chamada de supercloração. Tem também a função de eliminar algas.

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Parâmetros químicos

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Alcalinidade total

A alcalinidade total da água é caracterizada pela presença de materiais alcalinos dissolvidos na água, como bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos. Em termos práticos, a alcalinidade total age como um amortecedor de variações de pH.Quando uma piscina usa ácido cianúrico, a alcalinidade total medida deve ter seu valor corrigido a menos, em 30% da concentração do ácido cianúrico.A alcalinidade total é um dos componentes da fórmula do índice de saturação, conhecido como índice de Langelier.Para se aumentar a alcalinidade total, usa-se o bicarbonato de sódio. Para sua redução, usam-se os mesmos produtos já usados para a redução de pH.

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pH

A água da piscina com pH abaixo de 7,2 e acima de 7,8 é ofensiva à pele, aos olhos e às mucosas dos usuários, Além do mais, pH inferior a 7,2 embora confira uma maior eficiência ao cloro, aumenta a corrosão dos equipamentos, tais como, bombas, filtros, aquecedores, etc. O pH acima de 7,8 pode aumentar a precipitação de carbonato de cálcio, que vai preju-dicar a areia dos filtros (endurecendo-a), depositar nas tubulações hidráulicas, diminuindo sua vazão e nos aquecedores diminuindo sua eficiência.Quando se quer elevar o pH, a correção deve ser feita por uma substância básica. Na prática, é realizada com carbonato de sódio, substância denominada de barrilha. O bicarbonato de sódio, usado para aumentar a alcalinidade total, eleva ligeiramente o pH.Para a redução do pH, deve-se usar uma substância ácida. Normalmente o produto mais usado é o ácido clorídrico ou bissulfato de sódio, conhecido como ácido seco.O ácido clorídrico vendido no Brasil possui concentrações inferiores aos de outros países. Antes da redução do pH, obser-ve na embalagem sua concentração e as quantidades a serem usadas na correção do pH.Com pH acima de 8,2, a piscina é considerada como praticamente sem cloro.Para uma boa eficiência do cloro seria indicado o pH estar abaixo de 7,0, mas fatores acima determinam um pH maior.Sendo esse um parâmetro físico-químico muito importante, ele deve ser medido frequentemente. No caso de clubes, a legislação obriga uma medição a cada duas horas.O pH é um dos componentes da fórmula do índice de saturação, conhecido como índice de saturação de Langelier.Nota: O índice da Langelier será apresentado no volume 4.

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Dureza cálcica

Dureza cálcica da água de uma piscina é sua quantidade de íons de cálcio. Quando a dureza cálcica for alta, a probabilidade da formação de carbonato de cálcio é grande e ele pode precipitar.A faixa ideal de dureza numa piscina é de 200 a 400 ppm de carbonato de cálcio. Valores menores que 200 podem tornar a água agressiva. Valores maiores que 400 ppm podem turvar a água devido à precipitação de carbonato de cálcio no fundo da piscina, precipitar nos aquecedores a gás diminuindo seu rendimento e formar canais nos filtros de areia prejudicando sensivelmente a filtração.O uso do hipoclorito de cálcio aumenta a dureza cálcica.Em determinadas estações de água, em que se utilizam poços artesianos com alta concentração de cálcio ou piscinas alimentadas com poços artesianos com alta concentração de cálcio, deve-se evitar o uso de hipoclorito de cálcio.Como medida paliativa, com concentrações ligeiramente superiores a 400 ppm, de dureza cálcica, deve-se trabalhar com pH na faixa de 7,2 a 7,4.Para se aumentar voluntariamente a dureza cálcica da água de uma piscina, usa-se o cloreto de cálcio.Para diminuir essa dureza, deve-se trocar a água da piscina, total ou parcialmente, por uma água de dureza baixa. Outra maneira de reduzir é usar ímãs de grande potência na tubulação de retorno.A variação de dureza da água de uma piscina é lenta, fazendo com que sua frequência de medição seja pequena.Geradores de cloro temem o cálcio porque ele pode impregnar as placas eletrolíticas do aparelho diminuindo sua efici-ência e vida.

Relação de alcalinidade total e pH

Para baixar o pH e alcalinidade total, usam-se os mesmos produtos químicos. São eles o ácido clorídrico, usado em dife-rentes concentrações, e o bissulfato de sódio.Para diminuir o pH, os produtos são adicionados à piscina de maneira a serem espalhados o máximo possível. Já para a alcalinidade total, joga-se o produto concentradamente em um mesmo local.Quando for necessário corrigir o pH e a alcalinidade, primeiro deve-se corrigir a alcalinidade e depois o pH, pois o controle do pH é largamente dependente da alcalinidade total. É importante lembrar-se de fazer essas correções em várias etapas.Carbonato de sódio e bicarbonato de sódio são quimicamente produtos diferentes. A priori, o primeiro aumenta o pH da água e o segundo a alcalinidade total.

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Ácido cianúrico

Existem vários sinônimos para este ácido: triazina-triol e tri-hidroxi-s-triazina.O cloro em piscinas abertas e em dias de sol é decomposto pelos raios ultravioleta do sol. Isso exige constante controle e adição de cloro. O uso do ácido cianúrico na piscina, contudo, é fundamental para redução na perda de cloro.Estudos indicam uma redução aproximada de oito vezes o consumo de cloro.Em piscinas abertas, deve-se usar o ácido cianúrico na concentração ideal de 30 a 50 ppm e máxima de 100 ppm.O ácido cianúrico pode ser introduzido na água de duas maneiras: puro ou por meio dos compostos orgânicos clorados como o dicloro e o tricloro. Até a concentração do ácido chegar em 50 ppm, recomenda-se o uso de di e o tri, o que é bom porque o ácido vem como bônus. Porém a partir de 100 ppm, a introdução do ácido é um estorvo para a eficiência da desinfecção do cloro.A única maneira econômica de baixar o teor de ácido cianúrico é esvaziar parcial ou totalmente a piscina e enchê-la no-vamente.Concentração acima de 100 ppm de ácido cianúrico na piscina passa a ter uma influência negativa na ação do cloro. Essa afirmação é objeto de muita polêmica.O ácido cianúrico interfere no ORP (potencial de óxido redução) e quanto maior sua concentração menor o ORP. Porém, sua influência é bem menor do que o pH.

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Vários

A adição de produtos químicos pela coadeira ou pelo pré-filtro da bomba de filtração, apesar de recomendado por alguns, é uma prática condenável porque pode corroer os equipamentos, principalmente, quando se tratar de produtos clorados ou ácidos.O cloreto de sódio, vulgarmente chamado de sal de cozinha, nunca foi e nunca será desinfetante. Piscinas tratadas com sal são na verdade tratadas com cloro líquido, uma vez que o sal, ao passar numa célula eletrolítica colocada na tubulação de retorno, é transformado em cloro líquido.Outra maneira de produção de cloro é pôr uma pequena instalação industrial e o cloro é introduzido na piscina manual-mente ou por bomba dosadora.O surgimento de alga verde na piscina é um provável sinal que ela ficou algumas horas sem cloro.Para se evitar problemas como incêndios e explosões, não se devem misturar produtos químicos principalmente cloro granulado e tricloro.Ao acrescentar um produto para corrigir uma grandeza físico-química de uma piscina, deve-se fazer o cálculo por meio de tabelas apropriadas e acrescentar em torno de 70% do produto corretor. A seguir, devem-se fazer as necessárias me-dições. Após um ou mais ciclos de filtração, acrescente a quantidade necessária para corrigir totalmente a grandeza em questão. É importante lembrar que é fácil acrescentar produtos, mas é difícil retirá-los.Floculantes ou clarificadores só devem ser usados em condições pontuais. Se for uma operação rotineira, deve-se checar todo o sistema de filtração.Medições de alcalinidade total, dureza cálcica, TSD (teor de sólidos dissolvidos) e concentração do ácido cianúrico podem ser medidas a cada 15 dias ou quando necessário.O índice de Langelier deve ser calculado a cada 15 dias.Para se corrigir parâmetros químicos, que estão fora dos seus intervalos ideais, é útil valer-se de tabelas e ábacos de correção para facilitar o cálculo das quantidades necessárias, considerando o volume da piscinaDecantação com sulfato de alumínio deve ser evitada, tanto no pré-filtro como sua introdução no interior do filtro.O uso de produtos químicos com várias finalidades deve ser evitado no caso de clubes a menos em condições especiais.Em piscinas em que a introdução de produtos químicos está localizada na tubulação de retorno, deve haver dispositivos para parar a introdução de produtos químicos, assim que a circulação de água for interrompida.Quando se deve introduzir mais de um produto na piscina, é muito conveniente e seguro jogar em determinados interva-los, como uma hora, ou após um ciclo completo de recirculação.Piscinas que se utilizam de cloro líquido, devem utilizar bombonas de 30 kg (não de 60 kg), por questões ergonométricas. Deve-se comprar lotes pequenos (dentro do possível) e os últimos lotes devem ser os primeiros a serem usados.

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Produtos Químicos Corretores de Parâmetros Fisico-Químicos

NOME NOME FÓRMULA PUREZA FINALIDADE CORREÇÕES DOSAGEM QUÍMICO COMERCIAL MOLECULAR % g/m³ ml/m³” Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 31,4 Abaixar pH De 8,2 para 7,6 18 ml

Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 20,0 Abaixar pH De 8,2 para 7,6 28 ml

Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 8,0 Abaixar pH De 8,2 para 7,6 71 ml

Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 31,4 Abaixar AT 10 mg/ l (ppm) 20 ml

Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 20,0 Abaixar AT 10 mg/ l (ppm) 31,5 ml

Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 8,0 Abaixar AT 10 mg/ l (ppm) 78,6 ml

Bisulfato de Sódio Ácido Seco NaHSO4 93,2 Abaixar pH De 8,2 para 7,6 15,6 g

Bisulfato de Sódio Ácido Seco NaHSO4 93,2 Abaixar AT 10 mg/ l (ppm) 25,7 g

Carbonato de Sódio Barrilha Na2CO3 100,0 Aumentar pH De 6,8 para 7,6 20,0 g

Bicarbonato de Sódio Bicarbonato NaHCO3 100,0 Aumentar AT 10 mg/ l (ppm) 16, 8

Cloreto de Cálcio CaCL2.5H20 76,0 Aumentar DC 10 mg/ l (ppm) 14,4 g

Ácido Cianúrico H3N3C3O3 99,5 Aumentar AC 1 mg/ l (ppm) 1 g

Cloreto de Sódio Sal de Cozinha NaCL 99,8 Aumentar o Sal 1g/1 1000 g

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NOME NOME FÓRMULA PUREZA FINALIDADE CORREÇÕES DOSAGEM QUÍMICO COMERCIAL MOLECULAR % g/m³ ml/m³” Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 31,4 Abaixar pH De 8,2 para 7,6 18 ml

Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 20,0 Abaixar pH De 8,2 para 7,6 28 ml

Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 8,0 Abaixar pH De 8,2 para 7,6 71 ml

Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 31,4 Abaixar AT 10 mg/ l (ppm) 20 ml

Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 20,0 Abaixar AT 10 mg/ l (ppm) 31,5 ml

Ácido Cloridrico Ácido Muriático HCL 8,0 Abaixar AT 10 mg/ l (ppm) 78,6 ml

Bisulfato de Sódio Ácido Seco NaHSO4 93,2 Abaixar pH De 8,2 para 7,6 15,6 g

Bisulfato de Sódio Ácido Seco NaHSO4 93,2 Abaixar AT 10 mg/ l (ppm) 25,7 g

Carbonato de Sódio Barrilha Na2CO3 100,0 Aumentar pH De 6,8 para 7,6 20,0 g

Bicarbonato de Sódio Bicarbonato NaHCO3 100,0 Aumentar AT 10 mg/ l (ppm) 16, 8

Cloreto de Cálcio CaCL2.5H20 76,0 Aumentar DC 10 mg/ l (ppm) 14,4 g

Ácido Cianúrico H3N3C3O3 99,5 Aumentar AC 1 mg/ l (ppm) 1 g

Cloreto de Sódio Sal de Cozinha NaCL 99,8 Aumentar o Sal 1g/1 1000 g

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