20
TIAGO ALCÂNTARA UNIVERSIDADE Campus de ideias POLÍTICA PÁGINA 5 CONSUMO Contas às compras SOCIEDADE PÁGINA 7 CAFÉ Grãos convívios EVENTOS CENTRAIS MELCO CROWN Crime e castigo SOCIEDADE PÁGINA 8 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 TERÇA-FEIRA 4 DE NOVEMBRO DE 2014 ANO XIV Nº 3206 hojemacau TÁXIS AMARELOS FIM DA LINHA NEGRA PGS. 2-3 PUB AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB Depois do ultimato de sexta-feira à empresa que gere os táxis amarelos, o Governo anunciou no fim-de-semana a cessação do contrato com a Vang Iek devido à falta de consenso sobre as taxas adicionais. O serviço via telefone vai agora serassegurado pelos táxis pretos, decisão já considerada por alguns como “louca” e sem sentido. VIA

Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Hoje Macau N.º3206 de 4 de Novembro de 2014

Citation preview

Page 1: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

TIAG

O AL

CÂNT

ARA

UNIVERSIDADE Campus de ideias

POLÍTICA PÁGINA 5

CONSUMO Contas às compras

SOCIEDADE PÁGINA 7

CAFÉGrãos convívios

EVENTOS CENTRAIS

MELCO CROWN Crime e castigo

SOCIEDADE PÁGINA 8

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 T E R Ç A - F E I R A 4 D E N O V E M B R O D E 2 0 1 4 • A N O X I V • N º 3 2 0 6hojemacauTÁXIS AMARELOS FIM DA LINHA

NEGRA

PGS. 2-3

PUB

AGÊN

CIA C

OMER

CIAL

PICO

28

7210

06

PUB

Depois do ultimato de sexta-feira à empresa que gere os táxis amarelos, o Governo anunciou no fim-de-semana a cessação do contrato com a Vang Iek devido à falta de consenso sobre as taxas adicionais. O serviço via telefone vai agora ser assegurado pelos táxis pretos, decisão já considerada por alguns como “louca” e sem sentido.

VIA

Page 2: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

TIAG

O AL

CÂNT

ARA

hoje macau terça-feira 4.11.20142 REPORTAGEM

O ultimato que o Gover-no lançou à empresa dos táxis amarelos na quinta-feira não

precisou de muito tempo para se transformar numa decisão: o Exe-cutivo decidiu dar como terminado o contrato com a Vang Iek. O anún-cio foi feito no fim-de-semana por Wong Wan e deve-se, sobretudo, à falta de consenso entre empresa e Governo sobre o pagamento de taxas adicionais para os táxis chamados via telefone.

“A Vang Iek insiste que o Governo deve aceitar a proposta de incluir as taxas adicionais no contrato, bem como deve definir uma data para a actualização dessas [tarifas]. O Governo não conseguiu aceitar e, por isso, tomou uma de-cisão”, começou por dizer Wong Wan, director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). “De-pois de expirarem as cem licenças da Vang Iek no dia 6 de Novembro, não vão ser renovadas.”

Recorde-se que, actualmente, e depois de uma renovação provi-sória de um contrato entre a Vang Iek e o Governo, a empresa teria que ter 60% dos carros – que são, no total, cem – a atender clientes através de chamadas telefónicas e 40% dos restantes nas ruas, onde podiam apanhar clientes.

“Os rendimentos dos motoristas dos táxis amarelos eram menores do que os salários dos condutores dos táxis pretos, o que influenciou a vontade de trabalhar neste serviço”CHEANG VENG CHIDirector da Vang Iek

A empresa dos táxis amarelos cessa funções na quinta-feira, sendo que Macau ficará com menos 60 táxis a funcionar. O Governo não quer renovar o contrato por discordar do pedido de cobranças adicionais da Vang Iek, mas a empresa diz que só assim conseguiria manter os motoristas. Agora, está nas mãos dos táxis pretos suprir a falta de veículos até novo concurso público

FLORA [email protected]

JOANA [email protected]

VANG IEK SERVIÇO CESSA QUINTA-FEIRA. EMPRESA FALA EM FALTA DE APOIO

TAXIS PRETOS AQUECEM MOTORES´

Essa foi uma das condições do Executivo para que a empresa continuasse a funcionar, mas nem a isso a empresa terá conseguido responder.

Informações fornecidas ao HM pela Vang Iek indicam que a empresa tem apenas “entre 16% a 22%” dos seus carros a responder a chamadas telefónicas, sendo

que “40 e tal” táxis nem circulam por “falta de condutores”. Os que sobram, indica a empresa, andam na rua.

Contudo, se actualmente, circu-lam cerca de meia centena de táxis amarelos nas ruas de Macau – ou a ser chamados via telefone –, e mais mil táxis pretos, a partir de quinta-feira o número de carros a circular não só vão diminuir, como são os táxis pretos quem vai ter de suprir a falta de rádio-táxis. Essa preparação, dizia Wong Wan na semana passada, passa, por exemplo, por “acelerar a emissão das 200 licenças de táxis pretos” que foram este ano a leilão. De acordo com a DSAT, cem deles vão circular até Dezembro. Os outros, só para o ano.

SEM CONDIÇÕESA Vang Iek pedia 30 patacas de taxa adicional para quem chamasse um táxi, mas o Governo negou o requerimento. De acordo com o director-executivo da empresa, Cheang Veng Chio, essas taxas adicionais serviam para compensar os motoristas que, como já tinha

dito a empresa na semana passada, não eram suficientes para os cem carros amarelos.

Para o director executivo da Vang Iek, a maior causa para a saída dos táxis amarelos do mercado é a mão-de-obra, sendo que a aplicação de taxas adicionais iria servir para compensar os salários dos motoristas.

Cheang Veng Chio não quis comentar o caso ao HM, por “não

querer falar mais do assunto”, mas em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, disse que o serviço de rádio-táxis sempre correspondeu à “supervisão rigo-rosa do Governo”. Contudo, “os rendimentos dos motoristas dos táxis amarelos eram menores do que os salários dos condutores dos táxis pretos, o que influenciou a vontade de trabalhar neste servi-ço”, apontou.

“Aceitámos a supervisão rigo-rosa do Governo e os benefícios não podiam ser grandes, o que influenciou a escolha dos taxis-tas, porque o rendimento deles era mais baixo. Portanto grande parte das taxas adicionais [a serem cobradas aos passageiros] iriam servir para os salários”, defendeu ainda o director-executivo da Vang Iek.

PROPOSTAS RECUSADASCheang Veng Chio disse ainda que foram apresentadas várias propostas para o pagamento de taxas adicio-nais durante o dia e noite. Foi ainda proposto que os passageiros que optassem por determinados destinos não teriam de pagar essas taxas. O responsável garantiu que todas essas propostas visavam a “sobrevivên-

“A Vang Iek insiste que o Governo deve aceitar a proposta de incluir as taxas adicionais no contrato, bem como definir uma data para a actualização dessas [tarifas]. O Governo não conseguiu aceitare, por isso, tomou uma decisão”WONG WAN Director da DSAT

Page 3: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

ANDREIA SOFIA [email protected]

A Associação dos Passageiros de Táxi (MTPA, na sigla inglesa) opõe-se firmemente à deci-são do Governo em não renovar o contrato

com a empresa de rádio-táxis Vang Iek. Em decla-rações ao HM, o presidente da Associação, Andrew Scott, considera a decisão da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) como sendo “louca, que não faz qualquer sentido”.

“Isto é completamente descabido. No essencial precisamos de mais táxis em Macau. Estou chocado com esta decisão. O Governo poderia fazer várias coisas do conjunto de propostas que fizemos - e são tantas que nem sei por onde começar. Mas sim-plesmente não deveriam ter cancelado o contrato”, disse o responsável.

Andrew Scott considera não saber o que irá acontecer a partir desta quinta-feira, data em que os táxis amarelos deixarão de estar em circulação nas estradas.

“Os táxis pretos são responsáveis pelos problemas que actualmente existem no sector, os táxis amarelos fazem um bom trabalho. Wong Wan [director da DSAT], disse aos jornalistas que acabam os cem táxis da Vang Iek, mas que 200 novos táxis vão começar a operar. Mas acabar com os táxis amarelos não faz qualquer sentido. É como se eu dissesse: ‘vou ganhar 200 dólares no próximo mês, então vou deitar para o lixo cem’. Não sei quem vai substituir os táxis ama-relos, espero que não sejam os táxis pretos, porque têm uma má reputação na cidade e não estão a fazer um bom trabalho”, defendeu Andrew Scott.

Num comunicado entretanto divulgado, a asso-ciação intitula mesmo esta decisão da DSAT como sendo “terrível como política pública”.

“Macau tem 1080 táxis para uma população de 600

ASSOCIAÇÃO DE PASSAGEIROS DE TÁXI CONTRA FIM DO CONTRATO

“Decisão louca quenão faz qualquer sentido”

“Esta decisão vai dar o monopólio aos táxis pretos e o monopólio traz sempre maus resultados”ANDREW SCOTT Presidente da MTPA

mil pessoas e visitas de 31 milhões de pessoas por ano. Macau quer ser um destino moderno e internacional, mas em termos de indústria de táxis, é a chacota da Ásia. A escolha ilegal de passageiros por parte dos táxis pretos é algo crónico e normal”, pode ler-se.

“Um concurso público não vai resolver o pro-blema e precisamos de mais competição no sector dos táxis. Esta decisão vai dar o monopólio aos táxis pretos e o monopólio traz sempre maus resultados. É uma decisão louca que não faz qualquer sentido”, aponta ainda o responsável pela associação criada recentemente, depois de um movimento iniciado através da rede social Facebook.

O PREÇO CERTOO facto da Vang Iek pedir o pagamento de uma taxa adicional de 30 patacas por passageiro levou à não renovação do contrato. A MTPA defende, por exemplo, que 15 patacas seria “razoável”. “Pagar 15 patacas para chamar um táxi é absolutamente razoável, é melhor do que os actos ilegais que os táxis pretos fazem no serviço de rádio táxis e do que as 200, 500 ou mesmo mil patacas que são cobradas numa base diária quando os condutores escolhem os passageiros. Wong Wan fez um ultimato à empresa dos táxis amarelos – mas onde está o ultimato aos táxis pretos que escolhem clientes?”, considera a MTPA.

IMPORTAÇÃO NECESSÁRIA O presidente da MTPA estima que o território ne-cessite de cerca de mil a dois mil táxis para corres-ponder às necessidades dos turistas e da população. Mas a nível dos recursos humanos, Andrew Scott defende a importação.

“Precisamos de motoristas. Claro que não há pessoas suficientes em Macau para fazer esse tra-balho, então eles deviam permitir pessoas de outros países para conduzir os táxis. Precisamos do serviço de rádio-táxis em Macau”, defende.

Para já, a MTPA não vai apresentar nenhuma proposta alternativa ao Executivo sobre esta matéria, defendendo que devem ser tidas em conta algumas das propostas apresentadas no âmbito da consulta pública para a elaboração de um novo regime dos táxis. “Não temos uma proposta a entregar ao Gover-no sobre esta questão específica, mas temos várias ideias que queremos que o Governo implemente”, concluiu Andrew Scott.

O QUE PENSAM...

3 reportagemhoje macau terça-feira 4.11.2014

... OS TAXISTAS

• O espaço de sobrevivência da Vang Iek já era pouco e até há casos de pessoas que chamam os táxis e não os usam, diz um taxista de apelido Kuok, que trabalha na Vang Iek há 20 anos e que assegura que estava já “preparado psicologicamente”

• Muitos taxistas “mais velhos” já previam que a renovação do contrato não iria ocorrer, diz um outro taxista de apelido Wong, que apontou também ter confiança na empresa e que a culpa era de Wong Wan. “Ele não compreende o funcionamento da empresa. É preciso pagar a mais de cem funcionários e é difícil manter.”

... OS DEPUTADOS

• Ho Ion Sang considera “razoável” cobrar taxas adicionais quando os serviços atingirem a satisfação pretendida, assegurando que “os passageiros também deverão concordar com isso”. Em declarações ao Jornal Ou Mun, Ho Ion Sang referiu o serviço tem problemas já há muito tempo e que o Executivo teve tempo suficiente para compreender a causa do fracasso, mas que a DSAT reagiu de forma muito atrasada.

• Si Ka Lon concorda também com as taxas adicionais para manter a sobrevivência de taxistas caso o serviço seja bom. O deputado mostra-se preocupado sobre se as novas licenças de táxis pretos vão entrar no mercado em breve

• Kwan Tsui Hang considera que o pressuposto é que deve existir uma supervisão avançada aos táxis pretos, bem como um número suficiente de táxis

Tony Kuok Difícil ter empresas a concursoVANG IEK SERVIÇO CESSA QUINTA-FEIRA. EMPRESA FALA EM FALTA DE APOIO

TAXIS PRETOS AQUECEM MOTORES

cia” da empresa e a aceitação dos passageiros, porém, o consenso com o Governo não foi atingido.

Wong Wan disse apenas que até aceitaria taxas adicionais, mas que a empresa “não estava a ser razoável”.

Além disso, o director da DSAT fez questão de frisar que a empresa tinha apenas em circulação cerca de 60 táxis no total, pelo que a eli-minação deste serviço vai provocar apenas “uma diferença de dezenas” de carros nas ruas e “por um curto período de tempo”.

Com a Vang Iek de fora, resta ao Governo abrir um novo concurso público para que novas empresas concorram a este serviço de rádio--táxis, mas ainda não há uma data para que isso aconteça. Wong Wan garantiu também ao canal chinês da Rádio Macau que a revisão do regime de táxis e o concurso público para as licenças vão avançar em simultâneo.

TONY Kuok, presi-dente da Associa-

ção de Mútuo Auxílio dos Condutores de Táxi de Macau, concorda com a necessidade de cobrança de taxas adi-cionais pelos táxis da Vang Iek e diz mesmo que “acha difícil” que haja novas empresas a concorrer a concurso público para ficar com os serviços até então prestados pela empresa de rádio-táxis.

Em declarações à

rádio, o responsável disse que é verdade que as “despesas com os rádio-táxis são altas e que os taxistas não ganham bem sem taxas adicionais”.

Tony Kuok é, ele próprio, presidente de uma das três empresas de rádio-táxis pretos que respondem a cha-madas e diz que “como os táxis amarelos não podem escolher os des-tinatários que procuram o serviço”, quando não

há taxas adicionais, as despesas são demasia-do altas.

“Quando um táxi amarelo precisa de ir de Macau para Coloane, é preciso um longo cami-nho para chegar, tem que se pagar combustíveis e perde-se tempo. Os taxistas precisam de sobreviver. De facto, a maioria de taxistas não pode ganhar bons rendimento e, portanto, poucos trabalham nesse serviço.”

Tony Kuok diz que, mesmo com novo con-curso público, poderão não existir empresas novas que se queiram juntar, porque vêem que a Vang Iek in-vestiu recursos e não conseguiu sobreviver. Dizendo que “é difícil manter os rádio-táxis em funcionamento”, Kuok ressalva mesmo que só vai concorrer a este serviço “se os contratos tiverem condições de sobrevivência”. - F.F.

30patacas de taxa adicional,

valor pedido pela Vang Iek

para quem chamasse um táxi

Page 4: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

HOJE

MAC

AU

GCS

4 POLÍTICA hoje macau terça-feira 4.11.2014

A Secretária assegura que a governação não sairá prejudicada com as possíveis alterações no elenco governativo

A Secretária para a Ad-ministração e Justiça, Florinda Chan, disse que qualquer alteração

no elenco governativo “não afec-tará” o trabalho do Executivo, nomeadamente o legislativo.

A Secretária, que falava aos jornalistas à entrada para a missa do Dia de Finados, que se assinalou no domingo, manifestou também “confiança de que o processo de transição governativa decorrerá sem percalços e que, tal como nos anteriores Governos de Macau, qualquer alteração não influenciará a transmissão de trabalhos, ou seja, a governação e as políticas manter--se-ão e prosseguirão”.

Recorde-se que o líder do Go-verno, Chui Sai On, foi reeleito em Agosto para um segundo mandato de cinco anos à frente dos destinos do Executivo e está actualmente a organizar o seu novo Governo, ten-do já dito que iria fazer alterações

Z HENG Anting, deputa-do eleito pela via direc-ta, entregou uma inter-

pelação escrita ao Governo onde pede maior combate a casos de contrabando de pro-dutos alimentares, chamando a atenção para situações onde a fiscalização de entidades como o Instituto para os Assuntos Cívicos e Munici-pais (IACM) ou Serviços de Alfândega nem sempre evita que esses produtos cheguem a locais onde o público faz as suas compras.

“Responsáveis dos su-permercados afirmaram que nem todos os produtos vendidos em Macau têm um fornecedor autorizado, pelo que é difícil conhecer a proveniência dos mesmos.

O Secretário para a Economia e Finan-

ças, Francis Tam, afirmou ontem que o Governo irá tratar de forma prudente as despesas públicas. Em comunicado, o Secretário assegura que as receitas do Governo deste ano são similares ao ano passado e que a elaboração do orçamento para o próxi-mo ano já foi concluído e que, apesar se manter optimista com as receitas, o Executivo tratará, ainda assim, prudentemente das despesas públicas.

Depois do Governo ter sido criticado por falta da prudência na despesa pública, Francis Tam indicou que face à actual instabilidade no âmbito económico, é difícil redu-

zir as despesas nas áreas de assistência social e dos assuntos relativos à vida da população, sendo que “alguns cidadãos ainda necessitam do apoio do Governo em várias áreas, sentindo insatisfação com os serviços prestados pelas autoridades”,pelo que o Governo continua a ponderar um aperfeiçoa-mento possível de acção social complementar.

O Secretário disse ainda que, a atitude de Governo no âmbito das despesas públicas é pru-dente, e devido a uma suficiência de reserva financeira, uma possível diminuição da receita do imposto de Jogo não afecta a estabilidade fi-nanceira do Executivo.

FLORINDA CHAN MUDANÇAS NÃO AFECTARÃO TRABALHOS

Tudo sobre rodas

“Mesmo que alguns trabalhos legislativos tenham de passar para o próximo Governo, as alterações de pessoal ou dos titulares dos principais cargos não terão interferênciasno andamentodo trabalho”

ALIMENTAÇÃO ZHENG ANTING COMBATE CONTRABANDO

Na cadeia alimentar

de Secretários, embora não tenha concretizado qualquer pasta que seria alvo de remodelação.

Com excepção dos secretários da Obras Públicas e dos Assuntos Sociais e Cultura, respectivamente Lau Si Io e Cheong U, todos os outros elementos - Florinda Chan, Francis Tam e Cheong Kuoc Vá - estão no Executivo desde a trans-ferência de poderes de Portugal para a China, a 20 de Dezembro de 1999.

HORA DE BALANÇOPara Florinda Chan, o “Governo da RAEM está a fazer o balanço de trabalhos e mantém-se em funções plenas”, sendo que a

responsável acredita que a futura alteração governativa não afectará a continuação e transmissão dos vários trabalhos do governo, “no-meadamente o trabalho legislativo e a cooperação com a Assembleia Legislativa”.

No que toca aos trabalhos legislativos, na opinião de Flo-rinda Chan, o Governo “continua a reforçar a comunicação com a Assembleia Legislativa e algumas propostas que já foram aprovadas na generalidade continuarão no processo da apreciação na especia-lidade nas comissões permanentes”.

“Todavia, o Governo manterá o intercâmbio e troca de impressões com os deputados e, se necessário, procederá à revisão das propostas, a fim de aperfeiçoar o conteúdo legal”, disse, ao salientar que “mesmo que alguns trabalhos le-gislativos tenham de passar para o próximo Governo, as alterações de pessoal ou dos titulares dos princi-pais cargos não terão interferências no andamento do trabalho”.

Em comunicado, a Secretária acrescenta ainda que a comuni-cação interna no Governo tem de “manter-se sólida e que a actual equipa nunca poupou esforços para o efeito”, pelo que o Chefe do Exe-cutivo e os Secretários têm mantido contactos em diversas áreas, através de reuniões, incluindo legislação, governação e balanço de trabalhos, para que tudo possa decorrer da melhor maneira possível. - Lusa/HM

Francis Tam Prudência nas despesas públicas

Os serviços competentes vão disponibilizar algum método ou directrizes, com vista a apoiá-los a conhe-cer a proveniência destes produtos?”, questiona o

deputado à Assembleia Le-gislativa (AL).

DESAFIOS À SAÚDEO número dois de Mak Soi Kun no hemiciclo fala ainda

do facto de existirem “muitos produtos alimentares contra-bandeados e sem inspecção sanitária no mercado”, con-siderando que “o problema da segurança alimentar em Macau enfrenta grandes desafios”.

O deputado quer, assim, saber “quais são as políticas de melhoramento e de apoio que os serviços responsáveis pela fiscalização vão implementar, com vista a garantir a segu-rança alimentar em Macau”. Como exemplo para as suas críticas, Zheng Anting, falou de um caso de apreensão de produtos no valor de 500 mil patacas, onde foram encontra-das dez toneladas de bebidas espirituosas, alimentos e “outros produtos alimentares sujeitos a inspecção sanitária”. Os mesmos acabaram por ser encontrados pelas autoridades de inspecção em 47 estabele-cimentos de três cadeias de supermercados. - A.S.S.

Page 5: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

LUSA

5 políticahoje macau terça-feira 4.11.2014

C ERCA de 40 pessoas, a maioria estudantes, parti-ciparam na sexta-feira no primeiro debate organiza-

do por activistas no novo campus da Universidade de Macau, na Ilha da Montanha, onde se apontou a falta de liberdade académica.

“Este é um momento histórico porque estamos a realizar a primei-ra assembleia na Ilha da Monta-nha”, disse aos jornalistas Jason Chao, ao frisar que “as autoridades não impuseram nenhuma restrição à realização da iniciativa”.

Recorde-se que a Ilha da Mon-tanha é território chinês, mas encontra-se sob jurisdição de Macau, aplicando-se as mesmas leis da RAEM, incluindo direitos e garantias que não estão previstos na China. Jason Chao saudou esse facto.

“Pelo menos agora sabemos que as leis de Macau se aplicam na Ilha da Montanha. E esperamos que alunos e os cidadãos em geral aproveitem esta oportunidade para se envolverem em mais iniciativas do género. Precisamos de aumentar a consciencialização sobre assun-tos importantes para a sociedade civil”, afirmou.

O reitor da Universidade de Macau, Wei Zhao, foi convidado a estar presente no debate, mas declinou o convite. Em resposta escrita aos activistas, lida por Jason Chao, o reitor disse que aquela uni-versidade estava “determinada em proporcionar um ambiente seguro, saudável e produtivo para alunos e docentes e em garantir a liberdade

“Antes de uma reforma institucional não me parece que haja suficiente protecção institucional e liberdade académica e de expressão” BILL CHOU Antigo professorde Ciência Política da UM

O primeiro debate na Ilha da Montanha sobre política aconteceu sem palavras de ordeme com a anuênciadas autoridades

UM PRIMEIRA ACTIVIDADE DE ACTIVISTAS ACONTECEU NA SEXTA-FEIRA

Estreia no campus

“Pelo menos agora sabemos que as leis de Macau se aplicam na Ilha da Montanha. E esperamos que alunos e os cidadãos em geral aproveitem esta oportunidade para se envolveremem mais iniciativas do género”JASON CHAO

académica e tolerância zero em relação a qualquer tipo de assédio”.

A iniciativa promovida sob a mensagem “Por um campus livre habitável, livre de assédio sexual e com liberdade académica”, che-gou a ser apresentada pelo grupo de activistas como um protesto, mas decorreu em formato de mesa redonda, sem cartazes ou palavras de ordem.

ALUNA IRREVERENTEDas poucas excepções à regra, a estudante Carol Lam marcou pre-sença na iniciativa que decorreu junto à biblioteca da UM, com uma faixa no cabelo, na qual pedia li-berdade académica e de expressão e o fim da opressão da política.

A mesma faixa era ainda or-namentada por um laço amarelo, em apoio aos estudantes de Hong Kong, que há mais de um mês protestam em Hong Kong em prol do sufrágio universal, explicou.

Carol Lam disse estar sobre-tudo preocupada com a liberdade académica: “A Universidade diz que respeita a liberdade académica

e a independência política, mas eu, enquanto aluna, não consi-go ver nada disso”, afirmou, ao defender que as instituições de ensino superior deviam estar mais preocupadas com o contributo que os professores podem dar para o de-senvolvimento intelectual, em vez de recearem eventuais influências das suas orientações políticas nas salas de aulas.

SEM LIBERDADEBill Chou, antigo professor de Ciência Política da UM, também presente no debate, disse aos jornalistas que “a liberdade aca-

démica não melhorou” desde o seu despedimento da Universidade de Macau e do também docente Éric Sautedé, da Universidade de São José.

O académico apontou a falta de autonomia das instituições de ensino superior de Macau e a fraqueza das associações do sector na defesa dos direitos dos professores.

“Ao contrário do que acontece nos países ocidentais, os docentes em Macau não estão protegidos, incluindo de eventuais acções de discriminação”, afirmou.

Nesse sentido, defendeu que,

“do ponto de vista institucional, a Universidade de Macau e mesmo outras universidades não muda-ram”.

“Antes de uma reforma insti-tucional não me parece que haja suficiente protecção institucional e liberdade académica e de expres-são”, reiterou.

O debate incluiu o tema do assédio sexual, depois de um ale-gado caso recente que envolveu um professor, suspenso por 12 dias, e uma aluna.

A UM relatou este mês que nos últimos seis anos recebeu duas queixas de assédio sexual.

No debate, os estudantes exi-biram ainda algumas fotos para evidenciar o estado de degradação de algumas instalações do novo campus universitário. - LUSA/HM

NOVO DEBATE SOBRE REFORMA POLÍTICA A Associação Novo Macau vai realizar hoje mais um debate no novo campus da Universidade de Macau (UM). Desta vez o tema de debate é “O movimento do guarda-chuva (Occupy Central) está a andar com grande dimensão. Como vai ser a reforma política em Macau?” Segundo o Facebook da associação, o debate vai acontecer às 13h00 em frente à Biblioteca do novo campus da UM. Os membros da associação vão discutir se o Occupy Central foi meramente uma ocupação ilegal e falar sobre os problemas que Macau pode enfrentar na reforma política.

Page 6: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

6 política hoje macau terça-feira 4.11.2014

PUB

LEONOR SÁ MACHADO [email protected]

A deputada Angela Leong sugere que o Governo aperte o cerco ao sis-tema de atribuição de

subsídios do Fundo de Protecção Ambiental e para a Conservação

HELLO KITTY DESMENTIDA LIGAÇÃO A PROJECTO A directora-executiva da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), Angela Leong, desmentiu qualquer ligação da operadora ao projecto do parque temático da Hello Kitty que está a ser pensado para a Ilha da Montanha. De acordo com notícia avançada pela revista Macau Business, a também deputada havia já anunciado a intenção de criar uma estrutura de entretenimento do género na propriedade da SJM no Cotai. No entanto, recusou-se a comentar o facto do referido parque de diversões poder vir a ter a famosa boneca nipónica como tema, tendo apenas confirmado que em nada a SJM tem que ver com a estrutura pensada para o território vizinho.

A deputada pede que o Governo reforce o controlo sobre o Fundo de Protecção Ambiental para evitar maiscasos de burla

“O Governo deve reforçar a fiscalização quanto às formalidades de candidatura ao Fundo, (...) assim como rever as actuais formalidades e reduzir a complexidade do respectivo processo, a fim de suprir as lacunas.O Governo vai fazer isso?”

PROTECÇÃO AMBIENTAL ANGELA LEONG QUER MAIS FISCALIZAÇÃO E REVISÃO DE CRITÉRIOS

Simplificar para vencerEnergética concedido. Em inter-pelação escrita, Leong defende a necessidade de uma maior fiscalização às entidades reque-rentes, pedido que surge depois do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) ter detectado, este mês, um caso suspeito de falsificação de documento e burla. Um que, no mês passado, se juntou a outros dois, relacionados com outros fundos.

“O Governo deve reforçar a fiscalização quanto às formali-dades de candidatura ao Fundo e à apresentação das respectivas informações, assim como rever

as actuais formalidades e reduzir a complexidade do respectivo processo, a fim de suprir as lacu-nas. O Governo vai fazer isso?”, questionou.

Além disso, Angela Leong quer ainda saber quais as medidas preventivas a implementar pelo Executivo, de forma a evitar que tais situações surjam novamente. “De que medidas dispõe o Gover-no para evitar o aparecimento de situações idênticas?”, questionou

a deputada no documento entregue ao Executivo.

Recorde-se que o referido caso teve lugar no passado dia 8, depois do CCAC ter detectado anomalias no processo de candidatura ao Fun-do. O caso, que foi imediatamente encaminhado para o Ministério Público, envolve quatro arguidos, três deles residentes do território e um de Hong Kong. De acordo com o CCAC, os arguidos terão obtido, várias vezes, subsídios “por meios fraudulentos”, apresentando, aos

serviços competentes, preços de-masiados elevados pelos produtos por este fornecidos.

COMPLICATIVOSPara a deputada, contudo, os pro-blemas não se devem apenas à falta de fiscalização do Governo. Angela Leong diz também que o processo de candidatura é demasiado com-plexo para ser levado a cabo apenas pela empresa candidatas, várias delas pedindo auxílio externo a outras empresas que funcionam como consultoras.

Assim, Leong pediu ainda que o Governo facilitasse todo o referido processo, para evitar a introdução de mais empresas, consequente-mente evitando tentativas de fraude e burla. “O Governo vai clarificar as instruções de candidatura e elevar a sua transparência, para as pequenas e médias empresas tomarem conhecimento da forma de candidatura e serem as próprias a apresentá-la, e para as respectivas políticas poderem produzir os seus devidos efeitos?”, questionou.

Page 7: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

7SOCIEDADEhoje macau terça-feira 4.11.2014

O relatório de “Constatação de Preços nos Supermercados” levado a cabopelo Conselhodos Consumidores revela as disparidades de preços nos vários estabelecimentos de MacauFIL IPA ARAÚ[email protected]

A lista de supermer-cados mais baratos de Macau, no mês de Setembro, indica

que o estabelecimento Tai Fung, situado na Taipa, e outro na zona de Iao Hon, são os que têm os preços mais baratos. Os dados tornados públicos pelo Conselho dos Consumidores (CC) mostram que o terceiro lugar é ocupado pela companhia San Fa Seng, no estabelecimento situado nas Portas do Cerco.

O CC tornou também públi-co, no final da semana passada, o relatório de “Constatação de Preços nos Supermercados” que tem como objectivo mostrar a diferença de preços de alguns produtos nos diversos super-mercados.

Da lista de análise fazem par-te as companhias ‘New Yaohan’, ‘Chip Seng’, ‘Loi Loi’ – também conhecido por Royal – ‘Tai Fung’, ‘San Miu’, ‘Park’n Shop’,

Saúde Acordo de Segurança ocupacionalMais de 35 entidades de Macau, nas áreas da Saúde, Educação, Hotelaria e Restauração e Construção, assinaram no final do mês passado o ‘Acordo de Segurança e Saúde Ocupacional’, segundo informou a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) em comunicado à imprensa. No jantar da 22ª Conferência de Segurança e Saúde Ocupacional as entidades assumiram, desta forma, o compromisso para a concretização da segurança e saúde ocupacional. Os participantes da conferência visitaram ainda as instalações do espectáculo “The House of Dancing Water” no City of Dreams, onde puderam observar os equipamentos e a gestão de seguranças de saúde ocupacional do evento.

Sin Fong 30 famílias em habitações sociaisO director do Instituto de Acção Social (IAS), Iong Kong Io, indicou que 30 famílias do Edifício Sin Fong já estão a residir em casas de habitação social e outras 30 aguardam que lhes seja atribuída ainda uma fracção. Depois dos proprietários do edifício danificado terem pedido alojamento temporário ao IAS, o director informou, neste sábado, que o Governo já tinha reservado uma parte das fracções de habitação social para os proprietários. Até ao momento, 30 das 60 famílias já estão colocadas nas novas habitações. Iong Kong Io acredita que este método é o a melhor que o subsídio mensal distribuído ao moradores. Os inquilinos permanecerão nas habitações até à conclusão da reconstrução do Sin Fong. O director informou ainda que o subsídio deixará de ser atribuído a meio do próximo ano.

Caixa Postal Económica Serviços na sede dos Correios A Caixa Postal Económica (CEP) passa, desde hoje, a funcionar no edifício da Sede dos Correios, na Avenida de Almeida Ribeiro. O anúncio foi feito ontem pela Direcção dos Serviços de Correios, que justificaram a mudança de local com “necessidades de desenvolvimento” do CEP. A partir de agora, todos os serviços de transferência de fundos, câmbio de moedas e depósitos passam a ser feitos no edifício localizado na esquina do Leal Senado, aberto de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas, e sábados e domingos, das 13 às 18 horas. Recorde-se que apenas estes serviços serão prestados na Sede dos Correios, os restantes continuando a ser efectuados na Caixa Postal Económica, localizada na Rua da Sé.

O preço do metro quadrado das fracções autónomas

habitacionais em Macau au-mentou 23,7% nos primeiros nove meses deste ano, compa-rativamente ao mesmo período de 2013, foi anunciado.

De acordo com os dados disponíveis no portal dos Ser-viços de Finanças de Macau, que apresenta os valores tendo em consideração a declaração do imposto de selo, o preço médio do metro quadrado em

Macau atingiu nos primeiros nove meses do ano 100.618 patacas, contra 81.337 pata-cas de média entre Janeiro e Setembro de 2013. Ao mesmo tempo foi registada uma queda de 33,5% na venda de casas, com apenas 5904 unidades transaccionadas entre Janeiro e Setembro deste ano contra 8873 unidades no mesmo pe-ríodo do ano passado.

A ilha de Coloane continua a ser o ponto da cidade onde

o preço do metro quadrado é mais elevado tendo, no período em análise, aumentado 20,58% para 124.508 patacas.

Na comparação mensal, ou seja, entre Setembro de 2013 e o mesmo mês deste ano, o metro quadrado registou uma subida de 29,6% para 97.386 patacas. Já o número de frac-ções transaccionadas caiu 23% entre Setembro do ano passado e o mesmo mês deste ano para 461 unidades.

CC NEW YAOHAN COM OS PREÇOS MAIS ELEVADOS

Contas antes das compras

‘Seng Cheong’, Tian Ke Long’ e ‘Vang Kei’.

CONTAS À VIDADividido por categorias, o rela-tório mostra que o supermercado ‘New Yaohan’ é maioritariamente o que apresenta valores mais altos na altura de comprar produtos. Exemplo disso é uma garrafa de 1,25L de Coca-cola que é vendida a 10 patacas no também conhecido como ‘Papapun’, en-quanto no ‘Loi Loi’ é vendida a 4,8 patacas. O leite fresco ‘Dairy Farm’ – embalagem vermelha – é também um produto com uma diferença acentuada, quando este estabelecimento o disponibiliza por 16,8 patacas e o supermer-cado ‘Tai Fung’ o vende por 5,5 patacas. Com uma diferença de 15 patacas está a embalagem de 250g da pasta dentífrica “Colgate Fluoride”, vendida por 29 pata-cas no New Yaohon, e por 14 no supermercado ‘Tian Ke Long’.

Relativamente à categoria

categoria ‘Comidas e bebidas’ foi a que recebeu mais críticas, acumulando um total de 23 queixas no mês de Agosto. A lista segue-se com os aparelhos de comunicação, com 22, serviços de telecomunicações com 18, aparelhos eléctricos com nove queixas e, por último, as cate-gorias Joalharias e Bijutarias e a Vestuário e Produtos de Couro, com oito queixas cada uma.

Habitação Preço do metro quadrado sobe mais de 20%

‘Produtos Químicos de Limpeza’, o supermercado consegue ofere-cer produtos mais baratos que a maioria, caso disso é o detergente para vidros ‘Magiclean’, que é vendido a mais de 15 patacas em todos os estabelecimentos em estudo, menos o New Yaohan, que o vende a 10 patacas. Também o amaciador ‘Comfort’ tem uma diferença de três patacas.

COMES E BEBES NO TOPO DAS QUEIXASNum comunicado à imprensa, o CC informou que está a decorrer um estudo referente ao mês de Outubro sobre o preço dos pro-dutos na zona da Taipa e Coloane. A organização informa ainda que, em caso de necessidade, existe uma linha aberta para os consu-midores conseguirem garantir respostas às suas dúvidas.

Recorde-se que, segundo da-dos avançados pelos autoridades competentes, no último relatório de queixas dos consumidores, a

10patacas, preço de uma garrafa

de 1,25L de Coca-cola no New

Yaohan

4,8patacas, preço de uma garrafa de

1,25L de Coca-cola no “Loi Loi”

Page 8: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

hoje macau terça-feira 4.11.20148 sociedade

Condutor atinge transeunte em manobra de estacionamentoNo passado domingo, um condutor atingiu um transeunte depois de bater e partir uma das paredes de estacionamento do edifício Grandeur Heights. O incidente deu-se às 20 horas de domingo, quando o condutor quis sair do local, virando na descida do terceiro para o segundo andar, manobra que acabou por provocar a queda da parede. De acordo com dados da PSP, partes do prédio caíram na rua e atingiram um homem de 20 anos. Tanto o condutor como o transeunte ficaram feridos, pelo que forma imediatamente levados para o hospital Conde S. Januário, estando o jovem ainda em observação.

Mercado do Patane Projecto de 200 milhões em 2015O projecto para o novo Mercado Municipal do Patane – em discussão há um ano – foi aprovado e tem como data prevista para o arranque da obra o início do próximo ano. Num total de 12 andares, o mercado contará com cinco pisos de estacionamento, quatro de equipamentos sociais e os primeiros três funcionarão como mercado de peixe, carne e vegetais. As informações foram avançadas pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, que apontaram como data prevista de conclusão o ano de 2017. A obra, segundo o IACM, está orçamentada em 200 milhões de patacas.

Moon Ocean Finalizada venda

ESTÁ finalmente concre-tizada a venda da Moon

Ocean, empresa subsidiária da Chinese Estates Holding, que detinha os terrenos do empreendimento La Scala, em frente ao aeroporto. O negócio, avaliado em mais de 4,8 milhões de dólares de Hong Kong, foi finalizado dia 31 de Outubro, segundo um comunicado da empresa enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong.

A venda da Moon Ocean ao empresário Joseph Lau já era conhecida desde o início do mês passado e foi feita à empresa offshore One Midland, detida por Joseph Lau e com registo nas Ilhas Virgens Britânicas. Recorde-se que Joseph Lau foi condenado a cinco anos e três meses de prisão por corrupção activa e lavagem de dinheiro no âmbito do processo que levou à prisão Ao Man Long, ex-Secretário para as Obras Públicas e Transportes. Joseph Lau foi acusado de ter subornado Ao Man Long em mais de 20 milhões para conseguir a construção do empreen-dimento La Scala, a par de Steven Lo, a quem pertencia a Moon Ocean em conjunto com outras empresas. Num comunicado recente enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, a Chinese Estate Holdings esperava ter um lucro de quase três milhões de dólares de Hong Kong com este negócio.

“Durante os últimos dois anos, a empresa gastou uma parte significativa do seu tempo e esforço de gestão para responder aos procedimentos administrativos iniciados pelo Governo de Macau para a recuperação do terreno de Macau”, podia ler-se no co-municado citado pelo jornal Ponto Final. - A.S.S.

A Melco Crown foi mul-tada pelo Governo por ter violado a Lei de Pre-venção e Controlo do

Tabagismo. De acordo com a TDM, ainda não se sabe qual o valor que a operadora de Jogo terá de pagar, mas sabe-se que varia entre as dez mil patacas e as cem mil patacas.

Faleceu o vice-presidente do jornal Ou Mun

ASSOCIAÇÃO PEDE MULTADE UM MILHÃOA Associação New Gaming Employees Advance entregou ontem uma carta na Sede do Governo, onde se manifesta sobre a suspeita de alargamento das áreas de fumo nos casinos e a insuficiência na supervisão por parte do Executivo. No documento, a associação sugere que as autoridades definam uma multa mínima de um milhão patacas para os infractores. Caso as violações sejam graves, as autoridades deverão obrigar os casinos a implementar a proibição total de tabaco, sugere ainda. – F.F.

O Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, lamentou a morte

de Lei Pang Chu, vice-presidente do Jornal Ou Mun, que faleceu no passado dia 31.

Numa carta dirigida à família, Chui Sai On recorda Lei Pang Chu como alguém que “envidou todos os esforços para a promoção da comunicação social de Macau, divulgando as opiniões da popu-lação, fiscalizando o Governo, colaborando com colegas do sector da comunicação social e ajudando jovens jornalistas”.

“Foi também um pioneiro e um

modelo de patriotismo e de amor a Macau, tendo desempenhado as funções de membro permanente da Comissão Consultiva da Lei Básica de Macau, sub-secretário--geral da Associação Promotora da Lei Básica de Macau, membro da Comissão de Selecção do Primeiro Governo de Macau e representante de Macau na 10.ª Assembleia Popu-lar Nacional, onde contribuiu, pelos seus trabalhos, ideias e sugestões, para o regresso de Macau à Pátria

e à criação e desenvolvimento da Região Administrativa Especial de Macau”, escreveu o líder do Governo.

Salientando que a morte de Lei Pang Chu é uma “pesada perda” para a imprensa de Macau, o líder do Executivo lembrou ainda que o dirigente do jornal Ou Mun desem-penhou outros trabalhos além do jornalismo e foi um “grande sábio da literatura e caligrafia chinesa, sendo autor de várias obras de

poemas e romances, entre as quais ‘O Presente e Passado de Macau’ e ‘Obras Literárias de Macau’, que se tornaram obras exemplares da cultura local”.

Ao longo da sua carreira, Lei Pang Chu foi ainda um “forte con-tribuidor para a cultura e arte de Macau, sendo um dos fundadores da Associação dos Escritores de Macau e da Associação dos Calígrafos e Escultores de Selos de Macau”, entre outras associações onde participou.

A morte de Lei Pang Chu foi conhecida em Macau na noite de sexta-feira. - LUSA/HM

Os Serviços de Saúde reafirmamque não foramdadas autorizações de fumo nas áreas reclamadas pela operadora e confirmam a multa que pode ir dasdez mil às cemmil patacas

TABACO MELCO CROWN MULTADA

Sem perdão

Os Serviços de Saúde (SS) falam ainda em mais penalizações, mas não avançam com detalhes.

A Melco Crown, recorde-se, foi acusada de infringir a lei por ter permitido a jogadores fumar em zonas onde não era permitido fazê-

-lo, sendo que a operadora sempre assegurou ter autorização para tal. Os SS dizem que não.

“Naquele espaço, nunca foi colocado um sinal de proibição de fumar, para lembrar os clientes de que não podem fumar ali”, come-çou por dizer Chan Wai Sin, sub--director dos SS, à TDM. “Como já disse, isso viola as regras que exigem que esses sinais estejam afixados e, portanto, [a Melco Crown] vai ser multada com uma multa que pode ir de dez mil a cem mil patacas.”

IRREDUTÍVEISUm comunicado chegado às redac-ções na quinta-feira passada reforça

a posição defendida pelos SS de que “até ao presente dia, não foi autorizado qualquer pedido de ins-talação de novas áreas de fumadores em casinos”. Chan Wai Sin disse ainda que “as pessoas só podem fumar nas salas VIP que já tiveram autorização para tal”, pelo que não basta ser uma sala privada para que os jogadores possam fumar.

A Melco Crown sempre garan-tiu que “todas as áreas que operam como áreas para fumadores foram aprovadas desde 2012 por des-pacho do Chefe do Executivo”, mas os SS negam que isso seja verdade e referem que já foram ao local duas vezes para inspec-ção ‘in loco’. “Os SS voltaram a enviar agentes para fiscalização e recolha de evidências, bem como solicitaram a implementação rigorosa das disposições cegais quanto à afixação de dísticos de sinalização de proibição de fumar em lugares visíveis nas áreas onde é proibido fumar”.

“Até ao presente dia, não foi autorizado qualquer pedido de instalação de novas áreas de fumadores em casinos”CHAN WAI SINSub-director dos SS

Page 9: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

TIAG

O AL

CÂNT

ARA

9 sociedadehoje macau terça-feira 4.11.2014

As estatísticas tornadas públicas pela DSEC demonstram uma subida do tráfego terrestre e aéreo

O S últimos dados da Direcção dos Serviços de Estatística

e Censos (DSEC) apontam para um aumento de 5% dos veículos a circular no território em relação ao ano passado, o que perfaz 236,3 mil. Também o número de acidentes de viação aumen-tou 5% durante este período, contando-se 11737 sinistros nos nove primeiros meses de 2014, dos quais resultaram quase 4000 vítimas, uma dezena delas mortais.

As estatísticas mostram ainda que há mais de 15 mil novas matrículas nas

Hotéis Taxa de ocupação sobe até Setembro Mais de oito milhões de turistas ficaram hospedados nos hotéis de Macau nos primeiros nove meses do ano, um acréscimo de apenas 1% em número, mas que elevou a taxa de ocupação em quatro pontos para 86%, foi anunciado. De acordo com os dados divulgados pelos Serviços de Estatística e Censos, entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro, o número de hóspedes dos hotéis locais representou 69% do número total de turistas, menos um ponto percentual face ao mesmo período de 2013. No final de Setembro, Macau tinha em actividade 98 hotéis e pensões que disponibilizavam 28 mil quartos. Dos quartos disponíveis, 18 mil, ou 64%, estavam localizados em unidades hoteleiras de 5 estrelas. Até ao final de Setembro, Macau tinha recebido 23,5 milhões de visitantes, mais 7% do que no mesmo período de 2013.

MGM Quebras nas receitasA MGM China anunciou receitas líquidas de 6157 milhões de dólares de Hong no terceiro trimestre do ano, uma quebra homóloga de 2%. Apesar da quebra de receitas líquidas, o EBITDA ajustado da companhia entre Julho e Setembro subiu 14% para 1774 milhões de dólares de Hong Kong. Na comunicação dos resultados, a MGM China salienta que tem uma quota de mercado de cerca de 10% nas receitas do sector do Jogo em casino. Nas contas, afere-se também que a taxa de ocupação do MGM Macau foi de 98,8% no terceiro trimestre e que a receita por quarto disponível aumentou 11% para 2254 dólares de Hong Kong. O projecto que a empresa está a desenvolver no Cotai mantém-se dentro do orçamentado e cumprindo os prazos de abertura, previstos para 2016.

MIECF 2015 Economia Verde no fim de Março A próxima edição do “Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental” vai decorrer entre os dias 26 e 28 de Março de 2015, aponta um comunicado oficial. O evento foi recentemente promovido em Hong Kong com responsáveis do Instituto de Promoção ao Comércio e Investimento (IPIM) e terá como tema “Economia Verde – Soluções para o Ar Verde”. Gro Harlem Brundtland, ex-primeiro ministro da Noruega e presidente da Comissão Especial do Meio Ambiente da ONU, estará presente na sessão inaugural.

UM Novo director de Gabinete de Assuntos GlobaisA Universidade de Macau (UM) nomeou o professor e físico Da-Hsuan Feng para director do Gabinete de Assuntos Globais e assistente do reitor da instituição. No seu novo cargo, Feng deverá ajudar a UM a desenvolver e implementar estratégias de nível global de forma a expandir a rede internacional da universidade, assim permitindo que a UM “deixe uma pegada internacional ainda maior”. O académico é membro da Sociedade Americana de Física e um especialista nas áreas da Astrofísica nuclear, Óptica Quântica e Física Matemática. Além de trabalhar nas áreas de investigação e do ensino há mais de três décadas, Feng foi ainda director do departamento de Física Teorética da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos e vice-presidente de investigação e desenvolvimento económico na Universidade do Texas, em Dallas. O académico trabalhou ainda em instituições de ensino de Taiwan e do continente.

M ACAU exportou entre Janeiro e Setembro produtos no valor

de 7290 milhões de patacas, mais 8% do que no mesmo período de 2013, foi anunciado. A balança comercial local é, no entanto, cada vez mais deficitária de-vido ao forte aumento das importações.

De acordo com os dados disponibi-lizados pelos Serviços de Estatística e Censos, as vendas de Macau ao exterior estão fortemente apoiadas na reexpor-

TRANSPORTES MAIS CARROS, MAIS ACIDENTES E MAIS VOOS

A verdade dos números

236,3mil, número de veículos em

circulação

11.737sinistros nos nove primeiros

meses de 2014

DESTINO FINALO director executivo da CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, Jackson Tsui, estima que o volume de passageiros deve chegar aos 5,5 milhões este ano. “No ano passado já excedemos os cinco milhões de passageiros e este ano estamos a apontar para 5,4 ou 5,5 milhões de passageiros”, afirmou Jackson Tsui à margem da cerimónia de baptismo do novo avião da Air Macau. Até Setembro, o Aeroporto de Macau registou um volume total de 4.078.938 passageiros. Jackson Tsui justificou o aumento do número de passageiros com o facto de Macau se estar a posicionar cada vez mais como destino e também à dinâmica das companhias de baixo custo, com respectivo aumento do número de voos em ‘low cost’. “Muitos visitantes que vêm para Macau consideram Macau como destino final. Eles vêm para a cidade para jogar e para fazer turismo cultural. Nos últimos nove meses assistimos à subida dos indicadores, pelo que prevemos um crescimento de cerca de cinco por cento”, acrescentou.

ruas, registando-se assim um aumento de 8% face ao período homólogo do ano passado. No que diz respeito ao movimento automóvel nas fronteiras, registou-se um au-mento de 6% nas deslocações entre Macau e o continente, a maioria ocorrendo no posto das Portas do Cerco. Também a actividade marítima entre o território, Hong Kong e a China aumentou, tendo-se realizado mais de 100 mil viagens, 70 mil delas tendo lugar a partir do Terminal Marítimo do Porto Exterior.

PELOS ARESA DSEC informa ainda que também o aeroporto de Ma-cau viu os seus voos aumentar 7% em termos anuais, tendo--se realizado 35484 voos comerciais, a grande maioria de e para a China continental e Taiwan. Uma das travessias que mais aumentou, em ter-mos percentuais, foi de e para a Coreia do Sul, que registou um crescimento de 51%, ou seja, mais de metade do valor do ano passado.

Também o volume de carga importada e exportada

por via aérea aumentou 1% e 2% relativamente ao mesmo período do ano passado, sendo que Taiwan perma-nece como o principais exportador e importador, representando 43% e 52% do mercado total.

tação, que totalizou um valor de 5.810 milhões de patacas, mais 11% do que nos primeiros nove meses de 2013. Já a exportação doméstica, calculada em 1490 milhões de patacas, caiu em termos homólogos 1%.

No capítulo das importações, Macau comprou produtos no valor de 65.180 milhões de patacas, uma subida homó-loga de 12% que ampliou o défice da balança comercial para 57.890 milhões

de patacas. Por destino, as vendas de Macau para Hong Kong e para a União Europeia, respectivamente com um valor de 4320 milhões de patacas e 218 milhões de patacas, subiram em termos homólogos 20% e 5%.

A China continental e a União Euro-peia foram nos primeiros nove meses do ano as principais fontes abastecedoras de Macau com a venda de produtos à RAEM calculada em 21.140 milhões de patacas e 16.480 milhões de patacas, uma subida homóloga de, respectivamente, 10% e 22%.

Exportações locais aumentam

Em termos do mercado de comunicações local, a DSEC registou um aumento de 8% no que diz respeito ao número de pessoas com te-lemóveis, ao mesmo tempo que diminuiu o número de pessoas com telefone fixo. Também a percentagem de utilizadores de internet cresceu quase 20%. - L.S.M.

Page 10: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

FACE

BOOK

10 hoje macau terça-feira 4.11.2014EVENTOSTaiwan David Taono VenetianÉ já no próximo dia 22 de Novembro que o cantor e compositor David Tao vai actuar no Venetian Theatre. Esta será a quinta vez que o músico de Taiwan vem a Macau mostrar as suas canções do género R&B com pinceladas rock, num espectáculo intitulado “Blissful Moment”. Os bilhetes já estão à venda e os preços variam entre as 380 e 980 patacas. O espectáculo terá início às 19h45.

MAM Cerâmicae Gravura de Heidi Lau Até ao dia 7 de Dezembro, no Museu de Arte de Macau, é possível ver a exposição “A Região Obscura – Cerâmica e Gravura” da artista local Heidi Lau. Da mostra agora em exibição fazem parte trabalhos de cerâmica e também de papel. Os trabalhos “filtram técnicas, memórias, temas cósmicos e espirituais através da perspectiva idiossincrática da artista”, revela um comunicado. Heidi Lau nasceu em Macau e estudou nos Estados Unidos, local onde actualmente reside. Com vários exposições em galerias internacionais, Heidi é a actual artista residente do Centro de Artes do Livro em Nova Iorque, sendo ainda instrutora técnica na Escola de Arte Cooper Union, desde 2011. O bilhete de entrada tem um custo de cinco patacas nos dias úteis e sábados. Aos domingos e feriados a entrada é gratuita.

MGM Campeonatode Dança do LeãoO grupo MGM Macau e a Associação Geral Wushu de Macau vão organizar a Dança Internacional do Leão MGM Macau 2014, durante o próximo fim de semana. Serão 15 as equipas mundiais a lutar pelo prémio final. A operadora de Jogo vai ainda acolher a Competição Feminina de Dança do Leão, onde nove equipa de mulheres vão igualmente competir pelo primeiro lugar no pódio. Sábado é o primeiro dia da iniciativa e compreende várias apresentações e espectáculos de cada um dos grupos em competição, entre as 14h30 as 16h30 horas. No segundo e último dia serão anunciados os vencedores e terá lugar a entrega de prémios, entre as 16h15 e as 17 horas. O evento tem lugar na Grande Praça do casino e hotel MGM.

ANDREIA SOFIA [email protected]

D E país do chá, a China transformou-se no país do café. Dados recentes da China Coffee Association

Beijing revelam que o consumo de cafeína está a crescer 15% por ano, sendo que hoje os chineses bebem, em média, cinco chávenas de café por dia.

Em Macau, a moda do café também parece ter pegado. Assim considera Jeremy Souders, que che-gou à RAEM em 2004, numa altura em que só havia um café da cadeia Starbucks no largo do Senado.

Este norte-americano, apaixona-do pelo mundo dos cafés e membro de uma associação europeia da área, acaba de trazer para o terri-tório o ‘Macau Coffee Meet Up’, um grupo de confraternização para todos aqueles que gostam de café e querem aprender a confeccioná-lo de várias formas.

O primeiro evento decorreu no edifício Riviera, numa sala alugada. Apareceram 15 pessoas. O segundo aconteceu nos mesmos moldes.

O Instituto Ricci aco-lhe, às 15h30 horas do dia 10 deste

mês, uma conferência so-bre a passagem do Conde Maurice Benyowsky por Macau. O orador será Ed-ward Kajdański.

A iniciativa vai com-preender três painéis, a exploração da passagem e da rota marítima desta figura por Macau – feita pelo director do MAM, Chan Ieng Hin – e a apresentação de várias publicações sobre o tema. A conferência vai centrar-se em questões relacionadas com a viagem de Benyowsky à Ásia, desde

A paixão pelo mundo dos grãos de café fez Jeremy Souders criar o ‘Macau Coffee Meet Up’, um grupo de pessoas que se encontram para saborear cafés de todo o mundo e partilhar experiências sobre um gosto em comum.A ideia é organizar um evento por mês

CAFÉ ‘MACAU COFFEE MEET UP’ REÚNE AMANTES DA BEBIDA

Do cheiro ao sabor

HISTÓRIA CONFERÊNCIA SOBRE CONDE BENYOWSKY NO INSTITUTO RICCI

Memórias e viagens

Criado oficialmente em Agosto, o ‘Macau Coffee Meet Up’ tem actual-mente 73 membros, uma página no Facebook e uma app para telemóvel.

Ao HM, Jeremy Souders confes-sa estar a pensar em organizar um evento por mês, depois do arran-que da experiência se ter revelado frutífero.

“Tenho uma amiga em Hong Kong que também adora café como eu e que criou o mesmo evento lá. Há algum tempo ela trouxe o seu grupo para Macau, levei-os a alguns cafés e tive a ideia de criar o mesmo tipo de encontros em Macau. Há cerca de três meses comecei a organizar as reuniões e promovi o primeiro evento há dois meses. Aí, decidi levar cafés de todo o mundo”, explicou o antigo proprietário de um café na Universidade de Ciências e Tecno-logia (MUST), actualmente fechado.

SABORES DO MUNDOO ‘Macau Coffee Meet Up’ tem o patrocínio da ‘Macau Coffee Ex-change’, a loja de Jeremy Sounders que traz para o território grãos de café oriundos de várias partes do mundo, com diferentes sabores. E ao

Taiwan até ao continente e a Macau, onde acabou por ficar durante quatro meses antes de voltar para França.

Em cima da mesa es-tarão lógicas relacionadas com a autenticidades do seu diário de bordo. Outra das questões tem a ver com Aphanasia, filha do Go-vernador Kamchatka e que acompanhou o conde neste viagem marítima, acabando por falecer no território. O diário de Benyowsky, intitu-lado “Memórias e viagens”, foi publicado em 1790, mas ainda restam várias dúvi-das sobre a autenticidade de alguns pormenores do

manuscrito, bem como do mapa traçado pelo Conde.

Maurice August Beny- owsky integrou a Confe-deração de Bar, um grupo criado em 1768, na cidade de Bar, na Ucrânia. Chefiado por Joseph Pulaski e Michel Krasinski, o colectivo lutou contra o poder russo durante quatro anos para, em 1772, deixarem as armas, sendo declarada a primeira partilha da então Polónia.

ORADOR EXPERIENTEEdward Kajdański, o ora-dor e parte integrante da organização desta iniciativa, nasceu na cidade chinesa de

Harbin e tem um longo cur-rículo na área do Comércio Externo e Diplomacia, sen-do fluente em mandarim, in-glês, latim e russo. Além de ter trabalhado como Cônsul da Polónia em Guangzhou, publicou mais de 20 obras sobre Etnografia e História da China e a presença polaca deste lado do mundo, tendo ainda redigido vários artigos de âmbito académico. O seu último livro, “Memórias do meu Atlantis”, foi publicado em 2013. Nele, Kajdański narra a história da sua famí-lia e experiências no Oriente durante as décadas de 20 e 30 do século XX.

Page 11: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

COMA COMIGO - FÁCIL, BOM & BARATO • Helena Sacadura CabralO novo livro de culinária de Helena Sacadura Cabral. Reconhecida cozinheira, a autora apresenta agora uma selecção de receitas fáceis de pôr em prática, saborosas e a um preço em conta, numa altura em que as pessoas se preocupam simultaneamente com a poupança e em manter uma alimentação saudável. Além de fotos de receitas, o livro apresenta algumas dicas de Helena Sacadura Cabral, que vão ajudar a tornar ainda mais fácil e inspirador o momento de cozinhar.

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

CASO KUKÓTSKI • Liudmila Ulítskaia«O jovem cirurgião e obstetra Pável Kukótski, descendente de uma linhagem de médicos, possui um dom. Tem uma visão de tipo radiológico que lhe permite ver qual a doença dos seus pacientes. Caso Kukótski é uma das obras mais importantes de Liudmila Ulítskaia e decorre durante quase meio século da história russa, sendo percorrido pelos temas recorrentes na obra da autora, sobretudo a relação entre a religião e a ciência.»

11 eventoshoje macau terça-feira 4.11.2014

A paixão pelo mundo dos grãos de café fez Jeremy Souders criar o ‘Macau Coffee Meet Up’, um grupo de pessoas que se encontram para saborear cafés de todo o mundo e partilhar experiências sobre um gosto em comum.A ideia é organizar um evento por mês

CAFÉ ‘MACAU COFFEE MEET UP’ REÚNE AMANTES DA BEBIDA

Do cheiro ao sabor“É uma forma de juntar pessoas. Em Hong Konghá vários grupos deste género, com pessoasque se reúnem para debater sobre política, vinhos,comida. Em Macau, existem cerca de quatroou cinco grupos”JEREMY SOUDERS Mentor do ‘Macau Coffee Meet Up’

HISTÓRIA CONFERÊNCIA SOBRE CONDE BENYOWSKY NO INSTITUTO RICCI

Memórias e viagens

contrário do que se possa pensar, nem só de estrangeiros se faz este grupo.

“É entusiasmante ver que as pes-soas que participam vêm de diferentes contextos. Temos pessoas de Macau, estrangeiros que trabalham em casinos, hotéis ou nas universidades. Há muitos jovens que estão de facto interessados no café e que querem aprender tudo sobre essa área. É engraçado poder partilhar isso, eles de facto querem aprender a fazer as coisas com qualida-de. Há pessoas que querem aprender a fazer cafés expresso, a conhecer melhor os grãos de café, café com leite. Temos diferentes interesses e diferentes áreas a explorar nos próximos eventos”, explicou o mentor do ‘Macau Coffee Meet Up’.

PELO CONVÍVIOO facto de mais jovens estarem interessados neste tipo de eventos também se conjuga com o surgimen-to de vários locais em Macau onde o café é a bebida por excelência e um dos principais atractivos.

“Actualmente, há mais de dez

Starbucks e há muitos novos cafés que tentam servir as bebidas de forma especial e ter produtos locais. Há dois anos havia um ou dois, hoje serão mais do que seis. O interesse no café está apenas a começar e é curioso ver o quão rápido cresceu”, considerou Jeremy Sounders.

“É divertido reunir pessoas, num ambiente de convívio, onde todos podem fazer perguntas. Não é neces-sário ter nenhuma aptidão especial ou conhecimentos para ser membro. Começámos do nada e actualmente temos 70 membros. Temo-nos diver-tido imenso, é um clube de natureza social”, garantiu o responsável que importou um modelo muito comum na região vizinha.

“É uma forma de juntar pessoas. Em Hong Kong há vários grupos deste género, com pessoas que se reúnem para debater sobre política, vinhos, comida. Em Macau, existem cerca de quatro ou cinco grupos. Penso que esta plataforma vai cres-cer mais”, adiantou ainda Jeremy Sounders.

FACE

BOOK

Page 12: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

PUB

12 CHINA hoje macau terça-feira 4.11.2014

Charmoso, determinado e versátil, são alguns dos adjectivos usados nas biografias do presidente russo e que agora invadem as livrarias chinesas

D EZENAS de biografias e ensaios sobre Vladimir Putin inundaram este ano as livrarias chine-

sas, projectando o presidente russo como um dos líderes estrangeiros mais populares na China.

Para os novos e velhos nacio-nalistas, cujo ressentimento anti--ocidental sobreviveu às reformas económicas pró-capitalistas dos últimos 35 anos, o estilo de “Pu Jing” (Putin, em chinês) será mesmo “um modelo” a seguir nas relações com os Estados Unidos e a União Europeia.

“Muitos chineses acham que a diplomacia do país é demasiado fraca. Por isso a dura atitude de Putin contra os países ocidentais fez dele um ídolo entre os chine-ses”, afirmou um investigador da

O enviado especial de Taiwan à cimei-ra da Associação

de Cooperação Económica da Ásia-Pacífico (APEC), que decorrerá em Novem-bro em Pequim, descartou ontem preocupações rela-tivamente a disputas que têm ofuscado a melhoria de relações com a China.

O antigo vice-Presiden-te Vincent Siew, enviado do Presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, à cimeira da APEC, disse que os laços com a China estão no cami-nho certo numa perspectiva de longo prazo.

“Tem havido altos e bai-xos nos laços entre os dois

CERCA de dois milhões de veículos saíram da

circulação em Pequim on-tem, no primeiro de dez dias de restrições ao trânsito para assegurar a qualidade do ar na cidade durante a cimei-ra da APEC (Cooperação Económica Asia-Pacífico).

Como há seis anos, por ocasião dos Jogos Olímpi-cos, até dia 12, os automóveis de Pequim circularão alter-nadamente, de acordo com o

ultimo numero da respectiva matrícula: ontem pararam os pares; hoje serão os ímpares.

A quantidade de emis-sões dos cerca de 5,5 mi-lhões de automóveis que circulam diariamente em Pequim é considerada uma das principais causas da elevada poluição da cidade e consequente diminuição do número de turistas.

Desta vez, os visitantes incluem os líderes de vinte

países e regiões do anel do Pacifico, entre os quais os presidentes ou primeiros--ministros dos Estados Uni-dos, Rússia, Japão, Coreia do Sul, Indonésia e Canadá.

Cinco cidades próxi-mas de Pequim, apontadas como das mais poluídas da China, adoptaram idênticas restrições à circulação, e algumas das suas empresas foram obrigadas a reduzir a laboração.

O SUCESSO CHINÊS DE VLADIMIR PUTIN

O ídolo que vem do frio

TAIWAN ENVIADO À CIMEIRA DA APEC RELATIVIZA DISPUTAS

Tranquilidade no Estreito

nível de aprovação do presidente russo chegou aos 92%.

PARTILHASChina e Rússia partilham uma fronteira com 4.195 quilómetros de extensão e na energia e outras áreas as suas economias são con-sideradas complementares.

Há cinco meses, quando os EUA e a UE impuseram sanções à Rússia devido a ingerência de Moscovo na Ucrânia, os dois países finalizaram um acordo de 400.000 milhões de dólares sobre o fornecimento de gás natural russo à China.

“Culturalmente, os russos são europeus, muito diferentes dos chineses. O actual bom relaciona-mento entre Moscovo e Pequim é um casamento de conveniência”, diz um diplomata ocidental que já esteve colocado nas duas capitais.

Como o presidente norte--americano, Barack Obama, e os líderes de quase vinte países do anel do Pacifico, Putin é esperado na próxima semana em Pequim, para a Cimeira anual da APEC (Coope-ração Económica Ásia-Pacífico).

É uma das maiores reuniões internacionais organizadas pela China e uma ocasião dourada para as livrarias de Pequim.

A avaliar pela imprensa local, neste aspecto, o único estadista que pode competir com Putin é a presi-dente sul-coreana, Park Geun-hye.

Academia Chinesa de Ciências Sociais, Zheng Yu, citado pelo China Daily.

A maioria das biografias des-creve Putin como “um homem forte, masculino, determinado e versátil”, assinalou o jornal acerca do fenómeno.

“Putin: Ele Nasceu para a Rús-sia”, “O Punho de Ferro de Putin”, “Putin: O Homem Perfeito aos Olhos das Mulheres” e “O Charme do Rei Putin” são alguns dos títulos expostos nas livrarias.

Duas colectâneas de discursos e entrevistas de Putin foram tam-bém publicadas na China, numa distinção rara para um estadista estrangeiro.

RELAÇÕES EM ALTADurante quase três décadas, até ao colapso da União Soviética, em 1991, as relações entre Pequim e Moscovo foram marcadas por acesas disputas ideológicas e ter-ritoriais.

Em Abril de 2013, na sua primeira viagem oficial ao estrangeiro como Presidente da Republica, iniciada

em Moscovo, o novo secretário--geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping, disse que as relações sino-russas estavam a atravessar “o melhor momento de sempre”.

Segundo relatos russos, num encontro com estudantes, o líder referiu até que ele e Putin tinham “personalidades semelhantes”.

Xi Jinping foi também o pri-

meiro presidente chinês a assistir à abertura de uns Jogos Olímpicos fora da China, neste caso em Sochi, na Rússia, em Janeiro passado.

Após a controversa integração da Crimeia na Rússia, em Março passado, o índice de popularidade de Putin entre a opinião pública russa atingiu os 75,7% , mas numa sondagem online feita na China, o

COMISSÃO DE REGISTO DOS AUDITORES E DOS CONTABILISTASAVISO

Torna-se público, de acordo com o nº. 1 do ponto 6º. dos Regulamentos para a prestação de provas para inscrição inicial ou revalidação de registo como auditor de contas, contabilista registado e técnico de contas, elaborados nos termos do artigo 18º. do Estatuto dos Auditores de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei nº. 71/99/M, de 1 de Novembro, do artigo 13º. do Estatuto dos Contabilistas, aprovado pelo Decreto-Lei nº.72/99/M, de 1 de Novembro, e da alínea 3) do artigo 1º. do Regulamento da Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº.2/2005, de 17 de Janeiro, que se encontra afixada, na sobreloja da Direcção dos Serviços de Finanças, sito na Avenida da Praia Grande nº.575, 579 e 585, e colocado no respectivo “Web-site”, no local relativo à CRAC e para efeitos de consulta, a lista definitiva dos candidatos à prestação de provas para inscrição inicial ou revalidação de registo como Auditor de Contas, Contabilista Registado e Técnico de Contas no ano de 2014, elaborada e homologada por deliberação do Júri designado para o efeito. Mais se informa que a prestação de provas foi pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude reconhecida como um dos itens subsidiáveis no âmbito do “Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo”. Os candidatos poderão pois optar por liquidar as taxas devidas deduzindo o respectivo montante da sua conta do “Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo” (adverte-se, no entanto, para o facto de que apenas se aceitará o pagamento integral do valor em causa). Em caso de dúvidas, agradecemos que contacte a CRAC, durante as horas de expediente, através dos números de telefone 85995343 ou 85995344.Direcção dos Serviços de Finanças, aos 16 de Outubro de 2014.

O Presidente da CRACIong Kong Leong

Poluição Pequim restringe trânsito automóvel

lados do Estreito ao longo das últimas décadas. Assim como não há necessidade de se sentir contente quando as coisas correm bem, também não há necessidade de se sentir frustrado quando uma chatice emerge”, disse em conferência de imprensa.

Falando, em termos genéricos, frisou que “as relações entre os dois lados são pacíficas e estáveis, não se esperando que sofram um impacto negativo”.

PEDRAS NO CAMINHOAs declarações surgem depois de o Global Times, jornal controlado pelo Partido Comunista chinês,

ter recentemente acusado os serviços de informação de Taiwan de tentarem re-crutar estudantes chineses que estudam na ilha, para espiarem a China. Taipé negou as acusações.

Vincent Siew disse que vai discutir assuntos comerciais com os líderes regionais durante a cimei-ra e promover a proposta de Taiwan de se juntar a mais blocos comerciais regionais.

Contudo, não adiantou que tipo de temas pretende abordar com o Presidente chinês, Xi Jinping, num eventual encontro bilateral. Tal encontro não está agen-dado nem confirmado, mas aconteceu em anteriores cimeiras da APEC.

Historicamente, aos líderes de Taiwan é barrada a participação em cimeiras da APEC devido à objecção por parte de Pequim, pelo que Taiwan faz-se repre-sentar normalmente por conselheiros económicos ou líderes empresariais.

“Muitos chineses acham que a diplomacia do país é demasiado fraca. Por isso a dura atitude de Putin contra os países ocidentais fez dele um ídolo entreos chineses”ZHENG YU Investigadorda Academia Chinesade Ciências Sociais

Page 13: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

PUB

13 chinahoje macau terça-feira 4.11.2014

A China completou no sábado a primeira missão de retor-no à lua, com a reentrada bem sucedida na atmosfera

terrestre e a aterragem de uma sonda não tripulada, noticiaram os órgãos de informação estatal.

A sonda aterrou com segurança no norte da China, na região da Mongólia Interior, disse a agência estatal Xinhua,

U M britânico foi ontem presente a tribunal em Hong Kong, acu-

sado do homicídio de duas mulheres, cujos cadáveres foram encontrados no seu

Testado com êxito sistema a laser para abater drones

A China testou com êxito um sistema de defesa com um raio laser de alta precisão capaz de abater aviões não tripulados (drones) de pequena dimensão que voem a baixa altitude, informou a Xinhua. O sistema tem capacidade para derrubar vários aparatos num raio de dois quilómetros em apenas cinco segundos após localizado o alvo, indicou, ontem à noite, a agência oficial chinesa, citando um comunicado da Academia Nacional de Engenharia, que participa no projecto. O novo sistema foi desenhado para destruir aparelhos que voam a uma altitude máxima de 500 metros e a uma velocidade inferior a 50 metros por segundo. O mecanismo vai ser instalado ou transportado em veículos e espera-se que desempenhe um “papel fundamental” na garantia da segurança durante grandes eventos em zonas urbanas”, realça a Xinhua.

Hong Kong Economia não foi muito afectada por protestosO presidente da Autoridade Monetária de Hong Kong, Norman Chan, disse ontem que os protestos pró-democracia iniciados há mais de um mês não tiveram grande impacto na economia da cidade até à data. Norman Chan, que falava numa reunião do painel do Conselho Legislativo sobre Assuntos Financeiros, advertiu, no entanto, que é muito importante que a campanha de desobediência civil termine rapidamente porque está a afectar o Estado de Direito no território, o que poderia afectar a confiança dos investidores a longo prazo, refere a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK). Norman Chan foi no início deste ano reconduzido no cargo de líder da Autoridade Monetária de Hong Kong por mais cinco anos pelo governo da antiga colónia britânica. O anúncio foi feito em Março pelo secretário para as Finanças de Hong Kong, John Tsang, que elogiou o trabalho de Norman Chan no combate aos desafios que se seguiram à crise financeira global em 2008 e na manutenção da estabilidade do sistema monetário e financeiro do território.

Xangai Seis mortos em acidente com autocarro Seis pessoas morreram e mais de 40 outras ficaram feridas ontem, em Xangai, depois de o autocarro turístico em que seguiam ter capotado, informaram as autoridades locais. Os feridos, incluindo vários com gravidade, foram transportados para o hospital. A polícia está a investigar as causas do acidente ocorrido numa estrada que leva a uma ponte que liga o centro financeiro da China à ilha de Yangshan, detalha a agência Xinhua.

RETORNO DE SONDA NÃO TRIPULADA À LUA

Missão cumprida

HONG KONG BRITÂNICO ACUSADO DE DUPLO HOMICÍDIO

“Halloween” macabro

11,2quilómetros por segundo, velocidade

de reentrada na atmosfera

1.500graus Celcius temperatura gerada

na reentrada

citando o Centro de Controlo Aeroes-pacial de Pequim.

A Xinhua referiu que a sonda tirou “algumas fotos incríveis” da terra e da lua.

Na reentrada da atmosfera terres-tre, a sonda viajou a uma velocidade de 11,2 quilómetros por segundo, um registo que pode gerar temperaturas superiores a 1.500 graus Celcius, disse a agência chinesa.

A missão da sonda não tripulada, que deve ter estado a 413.000 quilóme-tros da terra, era de viajar de até à lua, viajar em torno do planeta e regressar à terra, referiu a Agência Estatal da Ciência, Tecnologia e Indústria para a Defesa.

TESTE PARA 2017A missão foi lançada para testar tec-nologia a usar na Chang’e-5, a quarta sonda lunar, cujo objectivo é recolher amostras da superfície lunar e que será lançada por volta de 2017.

A primeira operação do género levada a cabo pelo gigante asiático terminou com sucesso

Pequim vê no programa espacial de vários milhares de milhões de dólares como uma marca da sua crescente estatura global e da sua capacidade técnica.

O projecto espacial militar, que consagra planos para uma estação em órbita permanente em 2020, e, eventualmente, enviar um ser humano à lua, é também visto como prova do sucesso do Partido Comunista em in-verter a sorte da nação, assolada pela pobreza outrora.

O módulo, designado Jade Rabbit e lançado como parte da missão lunar Chang’e-3 no final do ano passado, foi considerado um sucesso pelas autoridades chinesas, pese embora tenha sofrido problemas mecânicos.

apartamento, um deles em decomposição numa mala.

Rurik Jutting, de 29 anos, que trabalhava para o Bank of America Merrill Lynch, foi acusado de dois crimes

de homicídio e colocado em prisão preventiva até nova audiência de julgamento, a 10 de Novembro.

Foi o próprio Jutting a chamar a polícia ao seu apartamento no centro de Hong Kong, no distrito de Wanchai, às primeiras horas de sábado.

À semelhança de outras cidades a nível mundial, a noite de sexta-feira foi marcada pelos festejos de “Halloween” em Hong Kong.

CADÁVER NA MALAA polícia descobriu o corpo desnudado de uma mulher com golpes desferidos por arma branca no apartamento localizado no 31.º andar. O

cadáver de outra mulher foi encontrado em decomposi-ção numa mala na varanda do apartamento.

As mulheres foram re-feridas pela imprensa local como prostitutas oriundas do sudeste da Ásia e, se-gundo informou o governo de Jacarta, pelo menos uma das vítimas é uma jovem indonésia de 25 anos.

Formado em Cambridge, Jutting apareceu em tribunal calmo, com uma t-shirt preta e de óculos escuros, numa audiência breve de cerca de 15 minutos, durante a qual se pronunciou apenas duas vezes para confirmar que entendia as acusações, indica a AFP.

Hong Kong, com uma população estimada em cerca de sete milhões e uma taxa de criminalidade baixa, registou 14 homicídios na primeira metade do ano.

Page 14: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

14 hoje macau terça-feira 4.11.2014

hARTE

S, L

ETRA

S E

IDEI

AS

CATÁLOGO DE CICLO DE CINEMA CHINÊS II

E STAS linhas completam al-gumas observações, iniciadas há uma semana, sobre o catá-logo que se editou por altura

de uma pioneira mostra de cinema chinês realizada pela Cinemateca Portuguesa em Outubro de 1987.

Centram-se essas, em grande par-te, num longo artigo de José Manuel Costa sobre a história do cinema chi-nês desde os seus inícios até à década de 80. Entre os filmes que se mostra-ram, 37 no total, o mais recente foi Daoma Zei/O Ladrão de Cavalos, de Tian Zhuangzhuang (1986).

De dois artigos de Tony Rayns, conhecido comentador e crítico de cinema muito inclinado para o filme asiático, retira-se igualmente algum proveito. O autor admite, no entan-to, que, em 1985, existe ainda uma vasta ignorância sobre a história do cinema chinês.

A dívida que este cinema tem para com a literatura sobrevive, nos dias de hoje, no discurso fílmico. Quantas vezes, no cinema chinês contemporâ-neo, todo um filme está obsessivamen-te centrado na trama, numa espécie de ditadura do enredo. Esta circunstância (que eu considero uma enorme des-vantagem e que promove um imenso aborrecimento) tem origem, segundo Rayns, numa filiação na literatura e no drama e numa incapacidade do cine-ma se fazer valer por si próprio.

Por vezes, a obsessão com o con-tar da história sobrepõe-se a tudo o mais de uma forma avassaladora. To-dos conhecemos filmes chineses que se estendem por décadas e décadas numa fúria não tanto de mostrar mas de contar, disposição narrativa que o articulista britânico refere.

Conta ele que foram várias as crí-ticas feitas a filmes em que estas se di-rigem negativamente aos argumentos ou às obras de que foram adaptados e não às suas especificidades cine-matográficas. Como se o cinema não existisse.

Para além do teatro, esta cinema-tografia tem raízes profundas na poe-

luz de inverno Boi Luxo

sia e no romance. Numa entrevista ao realizador Sang Hu, que o catálogo contém, este fala da influência da pintura, da poesia e da literatura. Li Shaobai, numa outra entrevista, re-fere como, dos anos 20 aos anos 40, se desenvolveu um estilo próprio à China que tem origem na literatura, no teatro e nas artes tradicionais. Xie Jin, por sua vez, exemplifica como os planos devem suceder-se sem que a découpage se torne evidente usando um exemplo da poesia de Li Bai.

A pintura chinesa em longos ro-los permite igualmente que o olhar se mova sem interrupção, num mo-vimento contínuo e suave – como lembra Marion Blank num texto que se inclui neste livro – o que continua a sublinhar um desejo horizontal de mostrar. É impossível não lembrar, embalado por este impulso, um filme relativamente recente, Sanxia haoren/Still Life, de Jia Zhengke, um dos fil-mes chineses de sempre a que dedico uma admiração incondicional. Não são muitos.

Outra das suas especificidades consiste numa indefinição entre a noção de ficção e historiografia, que leva à inclusão, num filme, de mate-rial aparentemente desconexo, uma mistura que se estende a uma alter-nância entre o lírico e o narrativo.

Se estas observações se tecem em relação a escritos anteriores ao século XX, aplicá-las ao cinema em revista parece pertinente.*

Ao mesmo tempo, a influência do huaju, um género dramático moderno à maneira ocidental, influenciou tam-

bém intensamente o cinema sínico dos anos 30, algum do qual, como havíamos notado, tem hoje alguma fama internacional e marcou a nos-sa percepção desta época rica como uma época em que impera um realis-mo poético. Li Shaobai, na entrevista acima referida, nota como a mistura entre o realismo e o romantismo é uma característica de alguma poesia antiga chinesa.

Encenadores, actores e escritores de huaju transferiram-se, aos poucos, para a indústria do cinema em Xan-gai, alterando-a para sempre.

A estes anos de distância, conti-nuamos a encontrar algumas destas disposições de par com uma influên-cia, no cinema mais comercial, de um modo de contar mais próximo de um discurso internacional de raiz hollywoodesca.

Estamos a afastar-nos do catálo-go. As observações que Rayns ofere-ce sobre a estética deste cinema são fragmentárias. Seria difícil, nos anos 80, quando o acesso a muitos filmes chineses era difícil ou só se conseguia através de esforços que envolvessem a oficialidade chinesa, ter uma visão de conjunto. O acesso a outra docu-mentação relevante apenas nessa dé-cada começou, gradual e lentamente, a ser possível.

Continuando. “Os interlúdios líricos e as metáforas visuais” que encontramos frequentemente no cinema chinês, têm origem em poesia por vezes mui-to antiga. Rayns dá o exemplo de Yi-jiang Chunshui Xiang Dong Liu/O Rio da Primavera Corre para Leste, “extraído de um célebre poema de Li Yu (...) O filme relê o verso como uma metáfora de sentimento in-findável”.

Alguns filmes mais antigos, por sua vez, mostram-se muito directa-mente influenciados pela estética de Hollywood. O autor do artigo usa como exemplo dois filmes dos anos 20 (como referi anteriormente, no entanto, uma parte muito significa-tiva do cinema mudo dos anos 20 perdeu-se em guerras e devido a ex-

cessos de purificação revolucionária): Laogong Zhi Aiqing/Trabalhos do Amor ou Romance de um Vendedor Ambulante e Yichuan Zhenzhu/O Colar de Pérolas, o primeiro, de 1922, em imitação do estilo cómico de Buster Keaton e o segundo, de 1925, baseado num con-to de Maupassant. O artigo refere, a nível estético, a total ausência de ti-ques locais.

Se, mais tarde, durante os anos 30, se assiste a um aumentar do senti-mento nacionalista e xenófobo, com-preensivelmente alimentado pelo comportamento petulante das potên-cias ocupadoras e, mais especifica-mente, pela agressão japonesa, é fácil de perceber que se tenha instalado uma rejeição de modelos ocidentais em favor da construção de uma lin-guagem nacional. É nesta década que o cinema de afirmação esquerdista se afirma de modo directo, uma matriz que se infiltrará mais tarde suavemen-te e sem cortes no cinema pós-49.

Na década de 40, inevitavelmente, insinua-se na indústria cinematográfi-ca chinesa a influência do cinema so-viético realista e socialista. Tudo isto é, confesso-o, um pouco entediante.

O segundo artigo de Rayns cons-tante do catálogo em apreciação refe-re-se a Huang Tudi/Terra Amarela. Não poderia deixar de causar algum frisson vê-lo, em Portugal, nos anos 80, ain-da não muito longe do esforço de in-tegração da identidade rural que tam-bém aí se tentou depois de Abril de 1974. Além disso, em Huang Tudi/Terra Amarela corre um vento longínquo a uma propaganda cega, um vento in-dividual e já não apenas colectivo.

Quando Rayns escreve existia já a noção de Quinta Geração. Este nar-ra os inícios da sua história, uma que hoje se consulta com facilidade e que aqui se não repete. Terra Amarela é um dos primeiros filmes desta vaga. Pas-sa-se nas margens do Rio Amarelo, uma zona que Zhang Yimou, o opera-dor de câmara, mais tarde conhecido realizador, conhecia bem.

É provavelmente isto que eu ad-miro no filme realizado por Chen Kaige. Existe nele um conhecimen-to profundo do lugar, e para lá das considerações históricas que nele se tecem, e mesmo para lá da dimensão, mais atraente, da história libertá-ria pessoal da protagonista feminina (uma menina que foge a um casamen-to forçado), é o conhecimento da ter-

PARA ALÉM DO TEATRO, ESTA CINEMATOGRAFIA TEM RAÍZES PROFUNDAS NA POESIAE NO ROMANCE

Page 15: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

15 artes, letras e ideiashoje macau terça-feira 4.11.2014

ra (o amor não me interessa) e a sua exibição entre o brutal e o afectuoso que me faz regressar a ele.

O que diz Rayns? Refere as as-sociações poéticas e históricas que o complexo cultural ligado ao Rio Amarelo suscita junto dos chineses, e a vontade de (a acção passa-se no final dos anos 30) compreender a China profunda, rural, pobre, rude, seca, interior - contrária ao litoral abastado ou às grandes cidades. Esta compreensão permitirá ao Partido, durante a década de 40, controlar o destino do país que reivindica para o seu programa. A missão do protago-nista é recolher canções folclóricas.

Ainda segundo o articulista britâ-nico, um dos interesses do filme tem uma raiz histórica. É mostrar um dis-curso que não se filia nem na tradição esquerdista dos anos 30 nem na tradi-ção maoísta posterior. O seu aspecto visual é mais próximo da pintura que do melodrama chinês. Além disso - e quem sabe se não é isso que também me une a Terra Amarela - a falta de acontecimentos afasta este filme da-queles que, por influência do teatro e da literatura, sofrem a ditadura do contar da história.

O catálogo da Cinemateca ofe-rece outros textos. Um longo texto de Gil Abrunhosa intitulado Aspectos da China Cinema e Sociedade; Notas sobre o Cinema Chinês dos anos 30, de Ma-rion Blank; Sombras Eléctricas, de João Barroso; Ao Encantador do Jardim das Pereiras, sobre o teatro chinês, de S. Eisenstein; um Roteiro, pequena en-ciclopédia com entradas pertinentes ao assunto em questão; um Dicionário de Realizadores; uma Cronologia muito completa de acontecimentos cinema-tográficos, políticos e culturais; uma Bibliografia Sumária e o Programa dos filmes mostrados.

O catálogo dispensa, ao mesmo tempo, um vasto conjunto de foto-grafias, 105, de filmes chineses. Numa altura anterior à internet e à facilidade com que, nos dias de hoje, se acede a imagens de tudo, este conjunto é uti-líssimo e belo, não só para compreen-der os filmes como para ver a China.

* Tony Rayns fá-las a partir da apreciação de um ensaio de Andrew H. Plaks, chamado “Towards a Critical Theory of Chinese Narrative”, in Chinese Narrative, Princeton University Press, 1977, que fala de “não-eventos (...) longas digressões em relação ao principal centro de interesse da narrativa”.

NUMA ALTURA ANTERIOR À INTERNET E À FACILIDADE COM QUE, NOS DIAS DE HOJE, SE ACEDE A IMAGENS DE TUDO, ESTE CONJUNTO É UTILÍSSIMO E BELO, NÃO SÓ PARA COMPREENDER OS FILMES COMO PARA VER A CHINA

Page 16: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

16 DESPORTO hoje macau terça-feira 4.11.2014

MARCO [email protected]

F OI um fim-de-semana agri-doce, o fim-de-semana de André Couto em Xangai. O piloto lisboeta, que corre

há quase uma década e meia com as cores do território, esteve em destaque na penúltima ronda da Taça Audi R8 LMS, ao vencer a primeira das duas corridas que en-globavam o programa competitivo no circuito internacional da capital económica da República Popular da China.

A prova, integrada no universo das corridas de suporte da etapa chinesa do campeonato do mundo de resistência, decide-se a 13 de Dezembro, nos Emirados Árabes Unidos, mas poderia ter ficado parcialmente resolvida nas curvas e contra-curvas de Xangai, não fosse o malaio Alex Yoong ter deixado claro que continua a ser o mais sério rival de André Couto na corrida

O sete do Sport Co-mércio e Bigodes despediu-se on-

tem da edição de 2014 do Campeonato da “Bolinha” da II Divisão, ao perder frente ao Hac Sa num jogo impróprio para cardíacos. A formação de matriz por-tuguesa dominou durante uma boa parte do desafio e inaugurou o marcador na recta final da primeira parte,

“A meu ver, tenho sido sempre o piloto mais rápido e tenho mantido alguma regularidade ao longo do campeonato todo”

VITÓRIA FOI A QUARTA DA TEMPORADA PARA O LUSO-MACAENSE

André Couto venceu em Xangaipelo triunfo na competição. No Circuito Internacional da capital económica da China, Couto saiu da “pole position” para a nona corrida da temporada e mesmo depois de uma luta renhida com Alex Yoong, cruzou a linha na primeira posição.

O triunfo foi o quarto do ano para o piloto de Macau, mas exigiu uma determinação a toda a prova a André Couto.

O antigo vencedor da Taça Intercontinental de Fórmula 3 saiu para a corrida na liderança do pelo-tão mas perdeu um lugar para Alex Yoong logo na largada, devido a um desentendimento com Franky Cheng Congfu. André Couto não baixou os braços e pressionou o

antigo piloto de Fórmula 1, aca-bando por ultrapassar Alex Yoong numa manobra em que as viaturas de ambos os pilotos se tocaram. Menos lesto a controlar o carro, o piloto malaio não conseguiu evitar um pião e caiu para o sexto lugar. O percalço abriu caminho para o triunfo de Couto, que terminou a prova à frente do actual campeão em título Aderlly Fong e de Franky Cheng Congfu, que a correr em casa não deixou créditos por mãos alheias e subiu ao degrau menos elevado do pódio.

POSIÇÕES INVERTIDASNa segunda corrida as posições in-verteram-se e Alex Yoong venceu

mesmo. O piloto luso-macaense foi atirado para fora de pista logo após a largada, numa altura em que seguia no quarto lugar. Um toque na traseira do Audi R8 LMS do piloto do território fez Couto

FORMAÇÃO DE MATRIZ PORTUGUESA PERDEU NAS GRANDES PENALIDADES

Bigodes fora de provacom Rodrigo Marques a marcar a passe de Daniel Silva Melo, escassos mi-nutos depois de ter entrado no desafio.

Em desvantagem no marcador, o Hac Sa cha-mou a si as rédeas do desafio durante a etapa complementar e construi algumas boas oportuni-dades, mas o Comércio e Bigodes conseguiu manter

as redes invioladas quase até ao final da partida. Nos derradeiros segundos do tempo regulamentar, a formação de matriz chinesa conseguiu repôr a igualdade, adiando a decisão para a lotaria das grandes penalidades. O conjunto de matriz portu-guesa ainda pediu penalti no período de descontos, depois de Daniel Silva

Melo ter sido carregado no último reduto adversário, mas o árbitro da partida nada assinalou.

No tira-teimas das grandes penalidades, o Hac Sa foi mais feliz: Tiago Azevedo e Fernan-do Silva não conseguiram converter para o Sport Comércio e Bigodes e a formação de matriz por-tuguesa ficou-se pelos

dezasseis avos de final do Campeonato da “Bolinha” da II Divisão. Hoje é a vez da Casa de Portugal tentar a sorte. A formação orientada por Pelé disputa o acesso aos oitavos-de--final da prova frente ao sete dos Spartans, às oito e um quarto da noite. - M.C.

cair para a última posição, a uma distância substancial da lideran-ça. O ás do volante, de 37 anos, ainda recuperou até ao oitavo lugar, mas o esforço acabou por se revelar inglório, uma vez que Alex Yoong venceu e recuperou a liderança do Campeonato, uma posição que André Couto ocupou por meia dúzia de horas. O pilo-to português, que corre com as cores da Região Administrativa Especial de Macau, entra para a ronda decisiva da competição a sete pontos do líder, ainda com ambições legitimas de garantir nos Emirados Árabes Unidos o título na Taça Audi R8 LMS: “A meu ver, tenho sido sempre o pi-loto mais rápido e tenho mantido alguma regularidade ao longo do campeonato todo. Em três corri-das não tive grande sorte, porque estive envolvido em episódios do género daquele que me afastou da luta pelo pódio na segunda corrida em Xangai. Na primeira corrida houve um piloto que me empurrou para fora de pista logo na primeira curva, agora, neste fim-de-semana outro e no Circuito de Fuji outro. Podia estar num cenário diferente, mas o automobilismo é assim”, admite Couto em declarações ao programa TDM Desporto, do Canal Macau.

A última ronda da edição de 2014 da Taça Audi R8 LMS disputa--se a 13 de Dezembro, no Circuito Internacional de Yas Marina, nas imediações de Abu Dhabi.

Page 17: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

hoje macau terça-feira 4.11.2014 (F)UTILIDADES 17

TEMPO MUITO NUBLADO MIN 20 MAX 26 HUM 50-80% • EURO 10.0 BAHT 0 .2 YUAN 1.3

ACONTECEU HOJE 4 DE NOVEMBRO

O QUE FAZER ESTA SEMANA?C I N E M ACineteatro

U M L I V R O H O J E

SALA 1KUNG FU JUNGLE [C]Um filme de: Teddy ChenCom: Donnie Yen, Charlie Young, Wang Bao-qiang14.15, 16.05, 17.55, 21.30

ALEXANDER AND THE TERRIBLE, HORRIBLE, NO GOOD, VERY BAD DAY [B]Um filme de: Miguel ArtetaCom: Steve Carell, Jennider Garner19.45

SALA 2FURY [C]Um filme de: David Ayer

Com: Brad Pitt, Shia LaBeouf, Logan Lerman14.00, 16.30, 19.00, 21.30

SALA 3OUIJA [C]Um filme de: Stiles WhiteCom: Olivia Cooke, Daren Kagasoff, Douglas Simth, Ana Coto14.15, 16.00, 17.45, 21.30

LET’S BE COPS [C]Um filme de: Luke GreenfieldCom: Jake Johnson, Damon Wayans Jr.19.30

KUNG FU JUNGLE

Morre Yitzhak Rabin, político que lutou pela paz no Médio Oriente• Hoje é dia de recordar Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel, Nobel da Paz, pelos seus esforços de paz no Médio Oriente. Foi assassinado a 4 de Novembro de 1994, por um extremista.Yitzhak Rabin nasceu em Jerusalém, no dia 1 de Março de 1922. Foi o quinto chefe de governo de Israel, exercendo a função entre 1974 e 1977. Regressou ao cargo de primeiro--ministro em 1992, exercendo funções até 1995, ano em que foi assassinado.Filho de pai norte-americano e mãe russa, judeus que emigraram para a Palestina, Rabin nasceu em Jerusalém, mudando-se com a família Telavive, onde cresceu e se formou.Ingressou numa organização paramilitar judaica e tornou-se oficial de operações. Durante a Guerra de Independência, comandou a brigada que conquistou a parte Ocidental de Jerusalém. Com o cessar fogo de 1949, foi membro da delegação israelita nas negociações de paz com o Egipto.Exerceu também o cargo de chefe do Estado-Maior israelita, entre 1964 e 1968, liderando o exército na vitória de Israel na guerra de 1967, que o opôs o país aos seus vizinhos árabes.Aposenta-se das Forças de Defesa de Israel e torna-se embaixador nos EUA, até 1973, ano em que regressa a Israel, sendo eleito deputado no Parlamento. Foi ainda ministro do Trabalho, no governo de Golda Meir e foi eleito primeiro-ministro, mas demite-se em 1977.É eleito Partido Trabalhista, em 1992, e vence as legislativas desse ano, regressando ao cargo de chefe de governo. Neste mandado, desempenha um papel importante nos Acordo de Paz de Oslo e no tratado de paz com a Jordânia.Recebe o Prémio Nobel da Paz em 1994, pelos esforço na defesa da paz no Oriente Médio, galardão que partilha com Shimon Peres, ministro dos Negócios Estrangeiros, e com o então líder da Organização da Libertação da Palestina, Yasser Arafat.No dia 4 de Novembro de 1995, quando participava num comício pela paz na Praça dos Reis, foi assassinado pelo estudante judeu ortodoxo, militante de extrema-direita opositor às negociações com os palestinianos. A praça foi rebaptizada com o nome Praça Yitzhak Rabin.

“OS FILHOS DA DROGA”(CHRISTIANE F., 1978)

Com 13 anos apenas, Christiane F. entra no mundo da droga e da prostituição. “Os Filhos da Droga”, um dos primeiros livros que me lem-bro de ter lido, não é apenas mais uma história sobre a toxicodependência e as consequências daí adjacentes. Christiane F. vai mais longe e, ao contar a sua história a Kai Herrmann e Horst Rieck – jornalistas que escreveram o livro com Christiane – a autora leva-nos a um lugar estra-nho, onde nos chocamos com uma adolescente

que vê a sua família destruída por causa de discussões entre o pai e a mãe e, dois anos depois do primeiro ‘charro’, precisa de se prostituir para pagar as doses de heroína diária. - Joana Freitas

• AmanhãDANÇAS PRIVADAS (FRINGE 2014) Casas-Museu da Taipa, 19h00 – 23h00Preço varia consoante o espectáculo

POETA E A CANÇÃO DE ZHOU YUNPENG (FRINGE 2014)Lagos Nam Van, 20h00 – 21h15Entrada livre

• Quinta-feiraTEATRO PUXE (FRINGE 2014)Zona de Lazer da Rua dos MercadoresEntrada livre • Sexta-feira TEATRO O SILÊNCIO É DE OURO (FRINGE 2014)Teatro Hiu Kok50 patacas

• DiariamenteFESTIVAL DE GASTRONOMIA MACAENSE (ATÉ 5 DE NOVEMBRO)Hotel Four Seasons, Cotai18h00 às 22h00498 patacas por adulto, 249 para crianças até aos 12 anos

EXPOSIÇÃO “BEYOND PIXELS” DE VICTOR MARREIROS (ATÉ DIA 31/12)Signum Living Store, Rua Almirante SérgioEntrada livre

“VIAGEM À TERRA DOS SONHOS” DE SU JIAN LIANG (ATÉ DIA 23/10)Galeria da Fundação Rui CunhaEntrada livre

“SABORES DO MUNDO”, MOSTRA DE CULINÁRIA DOS PLP (ATÉ DIA 7 DE NOVEMBRO)Restaurante Feast, Sheraton Macau, 12h00 – 15h00 e 18h00 – 22h00

FEIRA DE ARTESANATO DA CHINA E DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESAFeira do Carmo, Taipa, 16h00 às 21h00Entrada livre

EXPOSIÇÃO DE ARQUITECTURA “MAKING OF”,DE MARIA JOSÉ DE FREITAS E AETEC-MOCreative MacauEntrada livre

João Corvofonte da inveja

Nada como sermos deuses e justiceirospara humilhar umas pessoas.

Page 18: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

18 OPINIÃO hoje macau terça-feira 4.11.2014

cartoon por Stephff

E sabido que três acontecimen-tos deste virar de século tive-ram efeito directo na situação actual do nosso país: a entrada da China na Organização Mundial do Comércio, o alar-gamento da União Europeia ao leste europeu e a entrada de Portugal no euro. Em cada um deles houve conversas sobre

“estar na frente do comboio”, sobre grandes oportunidades para o país ou, simplesmen-te, sobre a inevitabilidade do processo e a necessidade de nos adaptarmos a ele. A realidade foi muito diferente das promessas.

Hoje é hoje, Portugal está como está, e as pessoas às vezes dão-se a suposições: não valeria a pena ter havido mais reflexão, termos sido mais informados e preparados? Não teria sido bom que os políticos fossem um bocadinho para lá dos chavões? Não teria sido útil que os jornalistas deixassem de lado as respostas fáceis, o “isto não ven-de”, o “é demasiado complicado, as pessoas não querem ler”? Talvez fôssemos hoje um

Estamos, portanto, esclarecidos quanto à necessidade de um governo actuante: quem mandatou Bruno Maçães para estar do lado das multinacionais contra os tribunais?

Rui TavaResin Público

Quem mandatou Maçães?país um pouco mais justo e desenvolvido. Talvez tivéssemos encontrado para a nossa economia um papel que não fosse o do empobrecimento.

Teremos aprendido a lição? É fácil fa-zer o teste. Temos agora em cima da mesa um acordo comercial cujo impacto será equivalente ao de qualquer dos três acon-tecimentos que mudaram o mundo à nossa volta. Trata-se do TTIP, Acordo de Parceria Transatlântica de Investimento e Comércio, cujas negociações decorrem agora entre a União Europeia e os Estados Unidos da América, e que se propõe criar a maior zona de livre-comércio do mundo.

Tudo nas vidas de 800 milhões de pes-soas de ambos os lados do Atlântico pode ser afectado por este acordo: das normas de segurança alimentar às bitolas de protecção ambiental, dos empregos aos salários, dos serviços ao consumo.

Duas coisas são necessárias para estar-mos preparados: um governo actuante na defesa dos interesses do país e uma cidadania europeia activa e informada.

Vejamos a primeira. Uma das poucas coisas que se sabe sobre as negociações euro-americanas é que delas faz parte um mecanismo para, no essencial, proteger as multinacionais dos tribunais comuns, dando--lhes a possibilidade de usarem jurisdições especiais para processarem os estados contra, por exemplo, novas leis de protecção do consumidor. Esta possibilidade é um dos exemplos mais gritantes de como os pode-rosos se regem por regras que não estão ao acesso do cidadão comum, tendo levado

´ mesmo à oposição do recém-empossado presidente da Comissão Europeia. E que fizeram os governos europeus? Catorze deles assinaram uma carta tomando partido pelas multinacionais. Entre as assinaturas, consta a do Secretário de Estado português Bruno Maçães.

Estamos, portanto, esclarecidos quanto à necessidade de um governo actuante: quem mandatou Bruno Maçães para estar do lado das multinacionais contra os tribunais? O nosso governo não parece estar a defender os nossos interesses. Esperemos que a Assem-bleia da República force ao esclarecimento destas questões.

Mas, ao menos desta vez, o discurso da inevitabilidade não cola. Para entrar em vigor, este acordo internacional precisa de aprovação no Parlamento Europeu, o tal que segundo Marinho Pinto não serve para nada. É aqui que entra a necessidade de uma cidadania informada e activa, em Portugal e na Europa. Está visto que, se não nos defendermos, ninguém o fará por nós.

RELAÇÃO EM CRISE

Page 19: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

hoje macau terça-feira 4.11.2014

‘‘édi toon t em

macauhorah

hojeglobalw w w. h o j e m a c a u . c o m . m of a c e b o o k / h o j e m a c a ut w i t t e r / h o j e m a c a u

L I G U E - S E • PA R T I L H E • V I C I E - S E

POR CARLOS MORAIS JOSÉ

www.hojemacau.

com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Cecília Lin; Flora Fong (estagiária); Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Agnes Lam; Arnaldo Gonçalves; Correia Marques; David Chan; Fernando Eloy ; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau Pineda; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

VÍTIMAS DO TUFÃO Haiyan, que destruiu as Filipinas, marcham com retratos do Papa Francisco, a quem pedem ajuda para travar as demolições das suas casas de madeira antes da visita do Pontífice a uma das regiões mais afectadas, Palo.

DIÁRIO 19DE BORDO

“Ainda não completei os anos para me poder aposentar. Não sei se fico ou não [no Executivo], depende do Governo. Se não ficar como Secretário, vou desempenhar funções para o IACM”LAU SI IO• Actual Secretário para as Obras Públicas e Transportes sobre a sua eventual saída do Executivo

“Os drones não devem fotografar ou filmar as situações que envolvam a vida privada de terceiros. Quando os drones fotografam ou filmam o interior de uma habitação ou a vida privada de terceiros, ou gravam a voz sem autorização, as entidades e indivíduos, além da Lei de Protecção de Dados Pessoais, devem prestar atenção às disposições legais do Código Penal”COMUNICADO DO GPDP

“Há sempre uma sombra a que chamamos a ‘sombra de Ao Man Long’”JAIME CARION• Ex-director das Obras Públicas sobre o balanço do trabalho e o escândalo de corrupção do ex-Secretário para o sector

INDEPENDENTEMENTE de quem ocupar a pasta das Obras Públicas e Transportes, recairá sobre ele uma tarefa imediata e urgente: racionali-zar o trânsito na cidade e nas ilhas. Isto passa pela avaliação do que se passa em termos de circulação de automóveis particulares, transportes pú-blicos, camiões e, sobretudo, peões. É que torna-se óbvia, a todos quantos circulem pelo centro da cidade, a falta de espaço para as pessoas, que se comprimem nos passeios. A causa deste facto é o aumento exponencial de turistas, o que beneficia a cidade e a econo-mia, mas que traz este tipo de problemas para os quais urge encontrar uma solução.Com o passar do tempo e o ajustamento de Macau aos pa-drões internacionais, é eviden-te que só existe uma saída para este tipo de situação. Ela tem sido experimentada com su-cesso por toda a Europa e pela China, sobretudo nas zonas comerciais e patrimoniais das cidades, com resultados muito satisfatórios. Chama-se zonas pedonais, isto é, áreas onde não é permitida a circulação de viaturas, realizando-se o abastecimento das lojas a horas determinadas, normalmente de madrugada.As vantagens das zonas pedo-nais são imensas. Para além de permitirem uma circulação folgada das pessoas, desanu-viam o ar do espaço circun-dante, protegendo, na medida do possível, o património contra os efeitos da poluição. Por outro lado, promovem o aparecimento de mais espaços de lazer, como esplanadas, por exemplo, o que proporciona um ambiente mais cosmopo-lita à cidade. Esta bem precisa.É certo que o próximo secre-tário para as Obras Públicas vai ter de disciplinar táxis e autocarros, reformular a cir-culação do trânsito e perceber afinal a quem serve o metro ligeiro. Mas espera-se que quando o fizer tenha na sua frente uma visão de Macau, de hoje e do futuro, que lhe permita estabelecer as linhas de força de uma política sensata e contemporânea, culta e sensível à qualidade dos cidadãos, no sentido de tornar a RAEM na sociedade de excelência prometida, que todos continuamos a desejar e acreditar possível.

“É difícil manter os rádio-táxis em funcionamento”Tony Kuok, presidente da Associação do Mútuo Auxílio de Condutores de Táxi | Pgs. 2-3

EPA/

DENN

IS M

. SAB

ANGA

NA sociedade

prometida

Page 20: Hoje Macau 4 NOV 2014 #3206

PUB

hoje macau terça-feira 4.11.2014

O comércio entre a China e os países de língua portuguesa aumentou

4,06% entre Janeiro e Setem-bro deste ano para um total de 102,58 mil milhões de dólares, foi anunciado.

De acordo com os números disponibilizados pela alfândega chinesa, a China vendeu aos países de língua portuguesa produtos no valor de 33,24 mil milhões de dólares, uma subida de 3,98%, e comprou produtos no valor de 69,34 mil milhões de dólares, um crescimento de 4,10%.

O Brasil, como principal parceiro lusófono da China, re-gistou trocas comerciais globais no valor de 68,23 mil milhões de dólares, uma subida de 1,38% face aos primeiros nove meses de 2013.

De Pequim para Brasília seguiram produtos no valor de 25,69 mil milhões de dólares, ou menos 2,58% e em sentido inverso produtos no valor de 42,53 mil milhões de dólares, um aumento de 3,94%.

Já com Angola, o segundo parceiro lusófono da China, as trocas comerciais totalizaram 28,26 mil milhões de dólares, a traduzirem um aumento de 4,31%, com Pequim a vender ao país africano produtos no valor de 3,88 mil milhões de dólares, ou mais 38,45%, e a comprar produtos no valor de 24,37 mil milhões de dólares, uma subida de 0,28%.

Com Portugal, o terceiro país da lusofonia com maior peso no comércio, as trocas comerciais totalizaram 3,61 mil milhões de dólares, mais 24,93% do que entre Janeiro e Setembro de 2013.

De Pequim seguiram para Lisboa produtos no valor de 2,33 mil milhões de dólares, uma subida de 27,07% enquanto em sentido inverso as compras chi-nesas totalizaram 1,28 mil mi-lhões de dólares, mais 21,21%.

Apesar de um forte cresci-mento, a China continua a ven-der a Portugal mais produtos e a manter uma balança comercial positiva para o seu lado. - Lusa

A China ultrapassará os Es-tados Unidos como maior

mercado mundial de cinema dentro de três anos se mantiver o actual ritmo de crescimento, estima um responsável do sector citado ontem na imprensa oficial.

As receitas de bilheteira nos primeiros nove meses deste ano somaram 22 mil milhões de yuan, excedendo o total de 2013, e até

ao final de 2014 deverão atingir 30 mil milhões de yuan, disse Wang Fenglin, vice-presidente da Associação de Produtores de Cinema da China. As produções nacionais arrecadaram 51,4% das receitas e os filmes estrangeiros, cuja importação está sujeita a quotas, 48,6%, indicou o respon-sável. A China importa apenas 34 filmes por ano, a maioria dos quais norte-americanos.

A oferta é limitada, mas o número de salas e as receitas de bilheteira têm crescido anual-mente cerca de 30% e, em 2012, a China tornou-se o segundo maior mercado mundial do ci-nema, ultrapassando o Japão.

COMÉRCIO ENTRE CHINA E PLP AUMENTA 4%

Portugal estáno terceiro lugar

Cinema China a caminho de ser maior mercado mundial