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Jogo Galaxy aposta na classe média • P.6 Saúde na China Hospitais são campo de batalha • P.3 Taiwan Visita de Cheong U sem agenda política • P.5 Transportes Engarrafamento de 100 km na China • Última Desporto Open de Golfe não tem patrocinador • P.11 PUB GOVERNO DE HONG KONG CRITICA OPERAÇÃO DE RESGATE NAS FILIPINAS Polícia incompetente hoje AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB MOP$10 macau DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ QUARTA-FEIRA 25 DE AGOSTO DE 2010 • ANO IX • Nº 2195 MAIS DE UM MILHAR DE GRAVAÇÕES AO VIVO DOS “MONSTROS” DO JAZZ ESTÃO FINALMENTE NUM MUSEU DE NOVA IORQUE CenTraiS VALOR A ATRIBUIR AO SALÁRIO MÍNIMO VAI SER DISCUTIDO NA próXImA semANA O secretário para a Segurança de HK, Ambrose Lee, disse “lamentar profundamente” a forma como as autoridades filipinas lidaram com o sequestro de um grupo de turistas chineses, que acabou com a morte de dez dos reféns, dos quais sete eram residentes do vizinho território. A operação, transmitida em directo pela televisão, foi uma sucessão de erros e falhas que comprometem seriamente a imagem da polícias filipina. >PÁGINA 2 Página 4 mágIcOs, bruXOs e OutrOs PROFISSIONAIS CONVERGEM PARA VILAR DE PERDIZES, EM SETEMBRO Página 7 TemPo PoSSibiliDaDe De TrovoaDaS min 24 max 29 humiDaDe 75-95% CâmbioS euro 10.1 bahT 0.25 yuan 1.19 Pagar mas pouco www . hojemacau . com . mo LIGUE-SE A NÓS

Hoje Macau • 2010.08.25 #2195

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Edição do jornal Hoje Macau de Quarta-feira • 25 de Agosto de 2010 • ANO IX • Nº 2195

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Page 1: Hoje Macau • 2010.08.25 #2195

Jogo

Galaxy apostana classe média• P.6

Saúde na China

Hospitais sãocampo de batalha• P.3

Taiwan

Visita de Cheong U sem agenda política• P.5

Transportes

Engarrafamentode 100 km na China• Última

Desporto

Open de Golfe não tem patrocinador• P.11

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GOVErnO dE HOnG KOnG critica OpEraçãO dE rEsGatE nas filipinas

Polícia incompetente

hojeAgênciA comerciAl pico • 28721006

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MoP$10macau

dirECtOr carlos Morais josé • quarta-feira 25 de agosto de 2010 • ANO IX • Nº 2195

Mais dE uM Milhar dE GraVaçõEs aO ViVO dOs “MOnstrOs” dO Jazz EstãO finalMEntE nUM MUsEU dE nOVa iOrqUECenTraiS

ValOr a atribUir aO saláriO MíniMO Vai sEr discutido NA próXImA semANA

O secretário para a Segurança de HK, Ambrose Lee, disse “lamentar profundamente” a forma como as autoridades filipinas lidaram com o sequestro de um grupo de turistas chineses, que acabou com a morte de dez dos reféns, dos quais sete eram residentes do vizinho território. A operação, transmitida em directo pela televisão, foi uma sucessão de erros e falhas que comprometem seriamente a imagem da polícias filipina. >Página 2

Página 4

mágIcOs, bruXOs e OutrOsprOfissiOnais convergeM paraVilar dE pErdizEs, EM sEtEMbrO Página 7

TemPo PoSSibiliDaDe De TrovoaDaS min 24 max 29 humiDaDe 75-95% CâmbioS euro 10.1 bahT 0.25 yuan 1.19

pagar mas pouco

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actualquarta-feira 25.8.2010

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O executivO de Hong Kong criticou a forma como as autoridades das Filipinas conduziram a operação de resgate dos turistas feitos reféns no sequestro de um autocarro em Manila, que vitimou nove residentes daquela região chinesa.

O Secretário para a Segurança de Hong Kong, Ambrose Lee, disse ontem que “lamenta profundamen-te” a forma como as autoridades das Filipinas lidaram com o sequestro de um autocarro em Manila, que trans-portava 21 residentes de Hong Kong, por um ex-polícia armado.

O governante sublinhou que tinha pressionado as Filipinas, num encontro com o cônsul geral daquele país em Hong Kong, a ter como prioridade a garantia da segurança dos residentes do território feitos reféns.

Na segunda feira à noite, o chefe do executivo da antiga colónia britâ-nica, Donald Tsang, já tinha tecido as mesmas críticas ao afirmar, em conferência de imprensa, que “é de-cepcionante o facto de os residentes de Hong Kong terem tentado reali-zar uma viagem de lazer a Manila, que acabou com morte”. “É muito trágico”, considerou, adiantando que a “forma como se lidou (com a situação) e, particularmente, o seu resultado foram decepcionantes”.

Aquino não AtendeudonAld tsAngTsang referiu que tentou contactar o presidente das Filipinas para

Aquino promete "tudoo que for necessário"O presidente filipino, Noynoy Aquino, prometeu ontem “tudo o que for necessário para a recu-peração e regresso a casa dos sobreviventes” do sequestro. "Com todo o povo filipino, desejo apresentar as nossas mais sentidas condo-lências às famílias das vítimas”, disse Noynoy Aquino num comunicado difundido em Manila. O presidente filipino garantiu “a mais completa cooperação” com as autoridades de Hong Kong e instruiu os ministros do Interior e da Justiça para liderarem o inquérito ao incidente, refere o comunicado.

Muito trabalho pararecuperar a imagemO Secretário do Turismo das Filipinas reconheceu ontem que o sequestro vai afetar a imagem do país e será necessário muito trabalho para a recuperar. “O que aconteceu na segunda feira vai afetar defini-tivamente a nossa imagem no exterior. Teremos de trabalhar muito para recuperarmos desta situação”, disse Alberto Lim. Ao sublinhar que as Filipinas recebem anualmente cerca de 120 mil turistas de Hong Kong, o responsável realçou a necessidade de “deixar claro que o incidente de segunda feira é isolado e não uma ocorrência comum”. “Vamos conseguir (recuperar desta situação)”, adiantou.

Pequim engrossa a vozA China condenou firmemente o sequestro de turistas chineses em Manila e pediu ao governo filipino um rigoroso inquérito sobre o incidente. A posição foi manifestada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Yang Jiechi, num telefonema ao homólogo filipino, Alberto Rómulo. Yang Jiechi afirmou que “o governo chinês ficou chocado com o incidente, lamentava o assassínio de turistas de Hong Kong e condenava firmemente a brutalidade contra inocentes turistas”. O MNE telefonou a Donald Tsang, e apresentou as condolências do governo central às famílias das vítimas. “A China pediu à parte filipina que tome medidas para proteger a vida e manter a segurança dos cidadãos chineses no país”, disse Ma Zhaoxu.

RAEM aconselha maiscuidado com a segurançaO executivo de Macau alertou os residentes para terem atenção à situação nas Filipinas e acautelarem a sua segurança, caso se encontrem naquele país. O Gabinete de Gestão de Crises do Turismo de Macau informou que o governo de Hong Kong elevou o nível de alerta turístico para negro nas Filipinas, desaconselhando as viagens àquele país. Neste contexto, o organismo aconselhou a população de Macau a "ter atenção à situação nas Filipinas e a manter-se vigilante quanto à segurança pessoal, caso se encontre actualmente naquele país".

Filipinas | Governo de HonG KonG critica operação de resGate dos turistas sequestrados em manila

Polícia filipina admite falhas

expressar a sua “profunda pre-ocupação” com o caso, mas sem sucesso, e acrescentou que os cor-pos das vítimas e os sobreviventes regressarão a Hong Kong o mais depressa possível.

O líder do governo da antiga colónia britânica disse ainda que a região vai manter as bandeiras a meia haste e os principais membros do executivo vão cancelar as acti-vidades adiáveis, além de ter sido feito esta manhã um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do sequestro.

Em declarações aos ‘media’ das Filipinas e ontem citada pela

imprensa de Hong Kong, uma das turistas sobreviventes, que perdeu o marido e duas filhas durante o sequestro, criticou as autoridades filipinas por terem prolongado a operação de resgate dos reféns por mais de dez horas. “O sequestrador não nos queria matar, só começou a disparar quando as negociações falharam”, disse.

Fotografias do resgate das víti-mas dominaram ontem as primei-ras páginas da imprensa de Hong Kong, em que o preto e o vermelho são as cores dominantes, e inserem editoriais críticos à actuação das autoridades filipinas.

“A polícia falhou por não ter entrado no autocarro depois de o ter cercado durante cerca de meia hora”, lê-se no editorial do Hong Kong Economic Journal, que aponta “falta de planeamento estratégico”, defendendo que “esta tragédia poderia ter sido evitada”.

As mais de dez horas que demo-rou a operação de resgate dos reféns “levam as pessoas a questionar a competência da polícia” filipina, escreve o Apple Daily, enquanto o South China Morning Post defen-de uma “investigação rigorosa” e alerta para o facto de “haver muitas

armas à disposição de qualquer um nas Filipinas”.

PolíciA Admite fAlhAs A própria polícia das Filipinas ad-mitiu falhas na operação de resgate dos reféns. O chefe da polícia das Filipinas, Leocadio Santiago, defen-deu que as forças policiais seguiram os procedimentos correctos para o resgate dos reféns, mas reconheceu algumas falhas na operação.

“Observámos algumas falhas evidentes ao nível da capacidade e das tácticas utilizadas ou dos procedimentos empregues e vamos agora investigar a situação”, disse o responsável ao canal de televisão local GMA 7.

Leocadio Santiago considerou que os agentes da polícia agiram bem ao prolongarem as negocia-ções com o sequestrador, o que fez com que a operação de resgate dos reféns se prolongasse por mais de dez horas, com transmissão directa em televisões de todo o mundo. “A polícia estava disposta a prosseguir as negociações, porque acreditava conseguir, deste modo, que o se-questrador cedesse”, defendeu.

O presidente das Filipinas, Noy-noy Aquino, disse também não estar satisfeito com a forma como a polícia lidou o caso e ordenou a abertura de uma investigação. Oficiais chineses encontraram-se ontem com agentes da polícia das Filipinas para agilizar o regresso dos corpos das vítimas a Hong Kong.

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em 2006, último ano sobre o qual o Ministério da Saúde publicou estatísticas sobre violência hospita-lar, foram registadas mais de 5.500 agressões a trabalhadores da área da saúde por partes de doentes ou seus familiares. "Acho que a polícia deveria ter uma base permanente aqui", disse um neurocirurgião do hospital Shengjing. "Sinto sempre presente esse perigo".

Só no mês de Junho, um médico foi apunhalado até a morte na pro-víncia de Shandong pelo filho de um doente que morrera de cancro no fígado. Três médicos da província de Shanxi sofreram queimaduras graves quando um paciente incen-diou uma ala de um hospital. E um pediatra na província de Fujian magoou-se por ter pulado da janela do quinto andar para escapar à ira dos pais de um bebé que falecera sob os seus cuidados.

cAsos e mAis cAsosAo longo do último ano, famílias de doentes mortos forçaram os médicos a usar roupas de luto como sinal de expiação pelos péssimos cuidados prestados. Também or-ganizaram protestos para impedir admissões hospitalares.

Há quatro anos, duas mil pessoas revoltaram-se num hospital depois de relatórios terem indicado que uma criança de três anos viu o seu trata-mento ser recusado porque o avô não podia pagar 600 yuans adiantados. A criança morreu.

Estes episódios são, de certa for-ma, comuns na China. O governo afirmou em 2008 que mais de 90 mil casos de revolta ocorrem todos os anos. Os médicos e enfermeiros dizem que as tensões nas relações com os familiares dos doentes são muitas vezes resultado de expec-tativas irreais de famílias pobres que, tendo vindo de muito longe e gasto todas suas economias em cuidados com a saúde, esperam milagres médicos.

Entretanto, a violência também reflecte um descontentamento mais amplo com o sistema de saúde pública chinês. Embora o governo já tenha oferecido cuidados bási-cos a preços nominais, recuou na década de 1990, deixando que os hospitais amealhem o seu próprio sustento.

um dos sistemAs mAisdesiguAis do mundoNo ano 2000, a Organização Mun-dial de Saúde classificou o sistema de saúde da China como um dos mais desiguais do mundo, ficando em 188º lugar entre 191 países. Qua-se duas de cada cinco pessoas doen-tes não eram tratadas. Apenas uma em cada dez tinha seguro de saúde.

Hospitais da cHina são campo de batalHa entre médicos e familiares de doentes

Bata leve, levemente...

Nos últimos sete anos, o estado interveio novamente, reduzindo a lacuna em gastos com a saúde pública em relação a outros países em desenvolvimento com níveis de rendimento similar, segundo especialistas em saúde, injectando dezenas de bilhões de dólares em planos de seguro governamentais e

construções de hospitais. O Banco Mundial estima que mais de três em cada quatro chineses tenham seguro, embora a cobertura muitas vezes seja básica. E muito mais pessoas estão a receber assistên-cia: o Banco Mundial diz que as admissões em hospitais em regiões rurais dobraram em cinco anos.

"É um aumento bastante acentu-ado", disse Jack Langenbrunner, coordenador de desenvolvimento humano do escritório de Pequim do Banco Mundial. "Não vimos isto em nenhum outro país".

Mesmo assim, em grande parte da China a qualidade da assistência médica continua insatisfatória. Quase metade dos médicos do país não possui mais que um certificado de conclusão do ensino médio, de acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico.

Os cuidados básicos são escas-sos, então os hospitais públicos - notáveis pelos seus preços exces-sivos - normalmente são a primeira paragem dos pacientes em cidades, até mesmo para pequenas indispo-sições. Uma pesquisa estimou que um quinto dos pacientes de hos-pitais apresentava simplesmente uma gripe ou constipação.

sAúde ou negócio?Uma vez admitidos, os pacientes têm risco maior de passar por cirur-gias desnecessárias; por exemplo, um em cada dois recém-nascidos chineses nasce através de cesariana, um índice três vezes maior do que a recomendação de especialistas.

Os doentes parecem ter uma probabilidade ainda maior de receber receitas de remédios des-necessários. A venda de medica-mentos é a segunda maior fonte de rendimento dos hospitais, e muitos oferecem incentivos que podem levar os médicos a prescrever em excesso ou juntar ao salário o di-nheiro gerado com as receitas de remédios e solicitação de exames de diagnósticos caros. Algumas empresas farmacêuticas oferecem incentivos adicionais por debaixo da mesa para que os médicos pres-crevam medicamentos, de acordo com médicos e especialistas.

Um artigo publicado no "The Guangzhou Daily", no sudeste da China, citou um exemplo de trata-mento desnecessário: um paciente pagou cerca de US$ 95 por um check-up, várias injecções e uma dezena de drogas diferentes, incluindo compri-midos para uma doença no fígado. Estava apenas constipado.

O ministro da Saúde ordenou que os hospitais baixassem os preços de drogas específicas 23 vezes numa década, mas o Banco Mundial afirma que os hospitais

responderam, em parte, solicitando alternativas mais caras. Alguns especialistas temem que a tornei-ra novamente aberta do dinheiro do seguro governamental inspire ainda mais excessos.

De facto, um estudo mostra apenas uma leve queda na partici-pação nos gastos domésticos com saúde: 8,2% em 2008, contra 8,7% em 2003. "A protecção pode não estar realmente a melhorar com o seguro", disse Langenbrunner, do Banco Mundial. "Essa é a parte assustadora".

médicos tAmbémse queixAmOs médicos parecem tão insatis-feitos quanto os doentes. Dizem que recebem pouco, não são va-lorizados e que todos desconfiam da classe. Um em cada quatro mé-dicos sofre de depressão e menos de dois em cada três acreditam ser respeitados pelos pacientes, de acordo com uma pesquisa da Peking University concluída em Outubro do ano passado.

Em Junho, mais de cem médi-cos e enfermeiros da província de Fujian realizaram o seu próprio protesto depois do seu hospital ter pago US$ 31 mil à família de um paciente que tinha morrido.

Os médicos revoltaram-se por-que, depois da morte do paciente, os parentes fizeram um médico refém, iniciando uma confusão com o lançamento de uma gar-rafa que acabou por ferir cinco funcionários.

Algumas outras cidades, como Shenyang, tem procurado formas de evitar agitações, incluindo o estabelecimento de centros de mediação hospitalar.

Mesmo assim, a cidade re-portou 152 "graves conflitos" entre pacientes e médicos no ano passado.

No Hospital Nº 5, a memória do ataque de Janeiro continua viva: um médico encaminhou um paciente que apresentava temperatura ele-vada para uma clínica que tratava febre - uma prática padrão na China -, parentes frustrados bateram no médico e em vários enfermeiros com esfregões e bastões.

Agora, um faixa está pendura-da na varanda do átrio principal do hospital. "Todos participam da resolução de problemas de lei e ordem!", está escrito.

O esforço de moderação de Pequim tem sido prosseguido com base em três variáveis: primeiro, a redução de disputas territoriais no mar do Sul da China sobre recursos minerais existentes no subsolo de ilhas, cuja soberania disputa com vizinhos; segundo, na retenção da habitual agressividade discursiva face ao Japão e aos seus crimes de guerra; terceiro, apagar o rasto de Taiwan como principal preocupação da sua política externa e de segurança. Arnaldo Gonçalves P.15

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políticaquarta-feira 25.8.2010

4www.hojemacau.com

O Gabinete para a Protec-ção de Dados Pessoais (GPDP) deu já início ao processo de re-gisto de tratamento de dados pessoais no sector público, por fases, para dar cumprimento à legislação que regulamenta o registo e protecção desses da-dos, de acordo com uma nota à Imprensa ontem divulgada pelo GCS.

Até 31 de Julho de 2010, o GPDP recebeu 438 noti-ficações de tratamento de dados pessoais entregues por 68 serviços públicos. Por enquanto, o Gabinete está a proceder ao trabalho de acompanhamento, coor-denação e registo relativo às notificações recebidas.

Kahon [email protected]

LeGisLaçãO sObre salário mínimo será oficialmente incluída na ordem do dia do Conselho Per-manente de Concertação Social e o Governo antecipa que será alcan-çado um "consenso básico" no ano que vem. Do lado dos trabalhado-res reclama-se mais informação no sentido de uma tomada de decisão com conhecimento de causa e os empregadores urgem os empresá-rios para que estejam alerta quanto à viabilidade do sistema.

A Comissão Executiva do Con-selho Permanente de Concertação Social reuniu na terça-feira e con-cordou em incluir na ordem do dia da próxima reunião, a discussão sobre a lei do salário mínimo, o que representa o início do debate, dentro e fora da Comissão, sobre os desafios e soluções para a introdu-ção do salário mínimo. O Director da DSAL, Shuen Ka Hung, disse à TDM Rádio que o Governo espera que empregadores e trabalhadores cheguem a um consenso no ano que vem, uma vez que ambas as partes demonstraram boa vontade para legalizar o salário mínimo, após resolução na próxima reunião de todas as questões levantadas.

Embora exista já uma situação de salário mínimo nos subcontra-tos do Governo nas áreas de servi-ços de limpeza e de segurança, esta não é considerada como referência para a legislação, dado tratar-se

GPDP está a reGistar arquivos De informação Pessoal

Dados mais protegidosPara facilitar o procedi-

mento de registo, o GPDP organizou 6 sessões de esclarecimento sobre o re-gisto de tratamento de dados pessoais e 2 sessões de esclarecimento sobre o acompanhamento do res-pectivo procedimento, teve ainda vários encontros de trabalho e esclarecimento individualmente com 21 serviços públicos.

A implementação do re-gime de registo obrigatório

para o tratamento de dados pessoais nos termos da Lei da Protecção de Dados Pessoais é um trabalho com significado profundo e de longo alcance. Nesta área, é de referir que Macau é uma das primeiras regiões da Ásia a implementar este regime.

O GPDP, ainda de acor-do com a mesma nota à Imprensa, vai analisar as experiências de trabalho concreto e opiniões formula-

das, aperfeiçoando a forma de promoção do respectivo regime. Logo que este-jam reunidas as condições, contando sobretudo com a aprovação de legislação complementar, este regime será implementado em todas as entidades responsáveis pelo tratamento de dados pessoais, para regularizar o tratamento de dados pesso-ais a realizar pelas entidades quer do sector público quer privado.

valor a Definir será DiscutiDo no conselho De concertação social

Salário mínimo no próximo ano

de um único empregador relativa-mente rico. O salário mínimo foi legalmente estabelecido no Artigo 7º da Lei de Bases da Política do Emprego e dos Direitos Laborais, que refere "o estabelecimento de um salário mínimo e a sua actu-alização regular" como uma das edidas, mas nunca foi posto em prática desde a sua promulgação em 1998.

Tam Pou long, um represen-tante laboral da FAOM, disse que propuseram começar a discussão dentro comissão em reuniões anteriores mas que o governo tinha respondido vagamente e

tinha sugerido que se aguardasse pelo exemplo de Hong Kong. No entanto, o tom mudou na reunião de terça-feira tendo o Governo concordado em introduzir formal-mente este assunto delicado na ordem do dia. "Também exigimos que o Governo faculte estatísticas para facilitar a análise, disse. "O salário mínimo é uma tendência irreversível, mas precisamos estar de posse da análise e da opinião de todos para podermos determinar como deve ser implementado".

A FAOM encomendou na pri-meira metade do ano um estudo a um instituto chinês sobre o salário

mínimo, sendo que o nível de sa-lário mínimo preferido se fixa em cerca de 30 patacas à hora, embora os dirigentes da FAOM tenham ainda que aprovar a divulgação do relatório completo.

Dominic Sio, outro dos membro da Comissão que representa as Câ-maras, concordou que a discussão nos próximos meses apontará para uma legislação, havendo contudo a possibilidade de ser abandonada se se provar não ser viável. "Eu penso que deveríamos manter uma atitude aberta na qual os emprega-dores não deveriam ver no salário mínimo um monstro poderoso e os

trabalhadores deveriam pensar se este sistema salvaguardará os seus direitos com falta de protecção. As coisas acontecem em cadeia e nós começaremos a pensar em como elaborar a lei depois de saber exactamente quais são os benefícios".

Sugeriu também que o processo poderá arrastar-se por um período consideravelmente longo devido à experiência em outras jurisdições, mas foi relutante em dar a própria opinião sobre o salário mínimo dado ter ainda de formalmente consultar as câmaras. Entretanto, apelou para que o público tomasse parte no futuro debate a fim de melhor esboçar o mecanismo do salário mínimo.

Embora exista já uma situação de salário mínimo nos subcontratos do Governo nas áreas de serviços de limpeza e de segurança, esta não é considerada como referência para a legislação, dado tratar-se de um único empregador relativamente rico.

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quarta-feira 25.8.2010www.hojemacau.com

5Chui Sai On envia condolências a Donald Tsang“Foi com grande pesar e tristeza que recebi a notícia que dava conta do sequestro de um grupo de residentes de Hong Kong que se encontravam numa excursão turística nas Filipinas, cujo incidente resultou em mortos e feridos”, referiu o Chefe do Executivo, numa carta enviada ao seu homólogo de Hong Kong. “Toda a população de Macau tem acompanhado a situação com elevada atenção e preocupação sobre a segurança dos reféns, compreendendo os sentimentos de dor e aflição da população de Hong Kong”, diz ainda a carta.

Secretário para oS aSSuntoS SociaiS viSita taiwan

Visita oficial com política de foraPaulo [email protected]

A visitA de Cheong U a Taiwan, integrada numa iniciativa de pro-moção do território - a “Semana de Macau em Taipé”, que decorre entre 3 e 10 de Setembro - reveste-se de maior importância política devido ao facto de ser a primeira de um secretário do Governo de Macau, após a transição.

No entanto, não ficou claro, na conferência de Imprensa tripartida do director do Gabinete de Co-municação Social (GCS), da chefe de Gabinete do secretário para os Assuntos Sociais e da subdirectora dos Serviços de Turismo (DST), se a hipótese de Cheong U se reunir com membros do governo de Taipé estará ou não em cima da mesa.

A agenda final ainda não está fechada e, como referiu Vítor Chan,

o governo de Macau ainda aguarda uma resposta de Taiwan.

Questionado sobre o porquê de a visita se efectuar agora, o director do GCS, Vítor Chan, explicou que as decisões, em matéria de relações com Taiwan, são responsabilidade do Governo Central da China.

Na delegação de Macau, com-posta por cerca de uma centena de pessoas, vão representantes

de vários organismos oficiais, como a Direcção dos Serviços de Turismo e o Instituto Cultural. Para além destes representantes oficiais, outras personalidades, ligadas à área das indústrias criativas e da cultura também se deslocam a Taipé, para a “Semana de Macau”.

A criação de um escritório de representação de Macau em Taipé não será uma questão a

abordar durante a deslocação de Cheong U, frisou o director d o GCS, embora as negociações para a instalação dessa represen-tação, acrescentou, decorram a bom ritmo.

O objectivo principal desta visita é o de “aprofundar” o intercâmbio entre a ilha nacionalista e o território de Macau, sobretudo na área turísti-

ca e da Cultura e ampliar o papel de Macau como plataforma entre Taipé e o continente, como referiu a chefe de Gabinete de Cheong U.

Pensões ilegaisA questão do combate às pensões ilegais também foi abordada, na conferência de Imprensa. Ques-tionada pelos jornalistas, a subdi-rectora da DST admitiu que a taxa de ocupação das pensões legais e hotéis de 2 estrelas é relativamente baixa (50 e 76 por cento, respecti-vamente) o que torna menos claras as razões por que um número razoável de visitantes opta pelas pensões ilegais – razões que se tor-nam ainda menos claras, quando a maioria dos utilizadores desses estabelecimentos ilegais têm a sua documentação em ordem, não es-tando no território ilegalmente.

A subdirectora dos Serviços de Turismo garantiu ainda que as ope-rações de combate às pensões ilegais vão continuar, de forma permanente e adiantou que a DST irá contratar mais pessoal, para reforçar os seus recursos, nessa área.

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a deslocação de cheong u a taiwan não tem ainda agendado nenhum encontro com dirigentes políticos de taipé. a chefe de Gabinete do secre-tário para os Assuntos Sociais não confirmou nem desmentiu a hipótese de se realizar um encontro desse género, afirmando que estavam à espera que Taipé enviasse a agenda final.

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sociedadenovo empreendimento da Galaxy aposta na “diversificação”

Classe média de luxo

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Faz-se saber, nos termos do n.º 4 do artigo 58.º, do Regulamento do Imposto Complementar de Rendimentos, aprovado pela Lei n.º 21/78/M, de 9 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 37/84/M, de 28 de Abril, que durante o mês de Setembro próximo, estará aberto o cofre da Recebedoria da Repartição de Finanças de Macau destes Serviços para a cobrança do referido imposto.

Mais se faz saber que, tratando-se de colecta superior a $3.000,00 (três mil patacas), a mesma pode ser paga em duas prestações vencíveis em Setembro e Novembro, de harmonia com o disposto no artigo 57.º do mencionado

Regulamento, com a nova redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 4/90/M, de 4 de Junho.

E, para constar, se passou este e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos de costume, e publicados nos principais jornais chineses e portugueses, sendo reproduzido no Boletim Oficial da Região Admin-istrativa Especial de Macau.

Aos 5 de Agosto de 2010.

O Director dos Serviços, SubstitutoIong Kong Leong

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE FINANÇAS

EDITAL

COBRANÇA DO IMPOSTO COMPLEMENTARDE RENDIMENTOS RESPEITANTE

AO EXERCÍCIO DE 2009

Kahon [email protected]

Francis Lui, vice pre-sidente do Galaxy Enter-tainment, disse ontem aos jornalistas que as receitas do jogo em Macau atingiriam um crescimento anual de 50% em 2010, mesmo que se verifique um abrandamento na segunda metade do ano. Lui defendeu o projecto da Galaxy no Cotai como sendo o mais diversificado de Macau, após o apelo do Gabinete de Ligação para que os concessionários do jogo “funcionem melhor” no âmbito do esforço de Macau para se tornar uma economia diversificada.

Chen Qi-ming, vice-director do Gabinete de Ligação em Macau, fez uma declaração invulgar à imprensa local, na segunda-

feira, quando a administra-ção da Wynn Macau doou um cheque ao Gabinete para ajuda ao desastre do desliza-mento de terras em Gansu. De acordo com a TDM Rádio, Chen Qi-ming afirmou que os empreendimentos do jogo “funcionariam melhor” através da promoção da diversificação económica de Macau, ao mesmo tempo que implementam “ordenada-mente” o desenvolvimento da indústria do jogo, o que seria benéfico tanto para a economia de Macau como para a indústria do jogo.

O Gabinete de Ligação

e as autoridades de Pequim raramente fazem comentá-rios directos à indústria do jogo. Os grandes casinos controlados por investido-res estrangeiros geraram preocupações em Pequim devido à influência exterior nas políticas de Macau e às suspeitas de lavagem de receitas não declaradas, obtidas no continente chinês, através de canais ilegais. No entanto, Davis Fong, Director do Instituto para o Estudo do Jogo Comercial da Universidade de Macau, disse ao Hoje Macau estar convencido que, nos últimos

anos, há menos altos funcio-nários e chefes de empresas estatais corruptos nas listas confidenciais de grandes apostadores dos casinos locais por causa do controlo de Pequim.

Luxo A Galaxy Entertainment tem vindo repetidamente a frisar o esforço feito para o cariz diversificado do seu pro-

jecto do Cotai inclui o foco na crescente classe média de chineses do continente que podem aplicar alguns rendimentos na “estância tropical”. Com uma “piscina com ondas artificiais” com 4000 metros quadrados e cinco outras piscinas na cobertura, o complexo tam-bém albergará “mais de 600 mesas de jogo e 1500 slots-machines” compreendendo

uma área de 39 mil metros quadrados, incluindo uma área VIP designada “Jinmen Premium Players Club”.

Ao contrário dos seus vizinhos do Cotai, a estân-cia não terá nenhuma área para concertos – terá, isso sim, uma discoteca ultra exclusiva para actuações ao vivo. Na área de retalho, há aproximadamente 30 lojas de “marca e de novidades” para a venda de jóias e ouro, tabaco, acessórios de luxo e moda. Também não foi mencionada, nos seus mais recentes materiais promocionais, qualquer área específica para exposições ou conferências.

Quando inquirido sobre se a chamada de atenção do Gabinete de Ligação seria indicativo do descon-tentamento de Pequim no “esforço de diversificação”, o vice-presidente Francis Lui defendeu que o “desen-volvimento diversificado” sempre foi a meta para o projecto e que está convicto de que “todos os lados fica-rão satisfeitos” com o plano da empresa. Entretanto, recusou-se a dar estimativas do ratio das receitas prove-nientes do jogo e das não provenientes do jogo.

Francis Lui também informou a imprensa que espera um crescimento de 50 por cento nas receitas de jogo, tanto para a empresa, como para o restante merca-do de Macau, acrescentando que os recentes episódios de mão-de-obra ilegal nas obras do Cotai não iriam resultar num atraso da abertura do projecto.

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Quarta-feira 25.8.2010www.hojemacau.com

7cultura

O padre António Fontes, que impulsiona há 27 anos o Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, em Montalegre, afirmou ontem que o objectivo da iniciativa mantém-se atua porque, pretende dar a co-nhecer às pessoas “o valor da medicina popular e o poder das plantas para combater doenças”.

“A junção do sagrado e do profano protagonizado por um padre deu mais valia e chamariz ao congresso. Foi como que a arte de sacra-lizar o profano e profanar o sagrado”, acrescentou o responsável.

O Congresso de Medi-cina Popular de Vilar de Perdizes realiza-se entre 2 e 5 de setembro, juntando o sagrado ao profano e se reunindo curandeiros, bru-xos, adivinhos e ervanários entre muitos curiosos.

Congresso dos “bruxos” em Vilar de Perdizes

O encontro dos mágicosO padre António Fontes

nasceu em Cambezes do Rio, em 22 de Fevereiro de 1940, tendo ingressado no Seminário de Vila Real em 1950, de onde saiu em 1960. Foi ordenado sacerdote em 1963.

O sacerdote recordou que o congresso de Vilar de Perdizes nasceu numa altura em que as tradições e a medi-cina popular antiga estavam a cair em desuso devido à concorrência ou oposição da “medicina química ou moderna”.

Em 1983, disse, “reve-laram-se em Vilar de Per-dizes e os seus congressos como ponto de encontro de culturas, credos, me-dicinas, religiões, saberes, uma feira original popu-lar e erudita, um espaço para questionar métodos e crenças, novidades e an-tiguidades e uma ocasião

para conhecer o país real, profundo, oculto, esqueci-do, marginalizado”.

Durante quatro dias, assinalou o padre, vão estar espalhados pelos stands

videntes, médiuns, massa-gistas, videntes, astrólogos, ervanárias, bruxos e taró-logos.

Quem quiser poderá ainda comprar livros, chás,

fazer visitas guiadas pelo Barroso ou provar a queima-da preparada pelo próprio Padre Fontes.

Os trabalhos em Vilar de Perdizes arrancam, dia

2, com o próprio sacerdote a fazer uma retrospectiva dos 27 anos de Medicina Popular, seguindo-se uma palestra sobre curandei-ros.

Sexta feira, Lurdes Fon-seca vai falar sobre as “Plan-tas medicinais e o comunita-rismo barrosão”, Jorge Lage aborda o tema “A castanha no imaginário popular” e Telma Teixeira debruça-se sobre actualidade da medi-cina popular.

Faustino Santos leva a “Hipnoterapia” ao congres-so, Tiago Cunha vai revelar “A arte de estar quieto” e Margarida Dourado vai falar sobre a “Procura da imorta-lidade emMeixide”.

Sábado, David Simões vai percorrer o “Itinerá-rio terapêutico rural e urbano”, João Sanches debruça-se sobre as “Dro-gas, mezinhas e lendas: verdades e mentiras sobre as curandeiras”, “Cogume-los, gastronomia e saúde” é o tema que vai ser abordado por Hélder Alvar, enquanto que Félix Vicente vai reve-lar as “Lendas e magias de São Cipriano”.

O homem por detrás da obraAos 70 anos, o padre António Lourenço Fontes continua igual a si próprio: irreverente, polé-mico e incómodo para a Igreja. Em entrevista recente ao jornal Diário das Beiras, o padre Fontes salientou a conexão existente entre religião e bruxaria, uma relação que tem a ver com o “culto da crença num único Deus criador e o temor do desconhecido, do mágico, dos poderes maléficos e dos espíritos diabólicos que povoam o imaginário popular”. Quanto a acreditar ou não em bruxas, o sacerdote foi um pouco atrás do velho ditado espanhol, ao admitir que sim, elas existiriam, “mas sem as crenças doentias de ignorantes ou mal infor-mados”. Ao ser questionado sobre o celibato dos padres, o organizador do Congresso de Medicina Popular defendeu a “livre opção” de cada um e acrescentou que a sua imposição, como acontece actualmente, torna o celibato “desumano”. Sobre a pedofilia, outro tem po-

lémico dentro da Igreja, o padre Fontes refere que esses casos “são comuns a todas as so-ciedades, idades e mentalidades”, tartando-se de “um fenómeno ao qual a Igreja também não escapa”. Mas o inconformismo do sacerdote tem limites e o casamneto homossexual é um deles. O padre Fontes discorda frontalmente desse direito, afirmando que “perante Deus e a Igreja, o casamento é celebrado entre um homem e uma mulher.” Quanto a ser um” enfant terrible” da Igreja Católica, o homem que tornou Vilar de Perdizes famosa diz-se “um simples cidadão interveniente em áreas do proibido, do secreto, do oculto, do perigoso, do desconhecido, em favor da religião e do cidadão”. Com Platão como filósofo preferido, as escolhas do Padre Fontes em matéria polí-tica, são mais polémicas. Antes, diz, admirava Fidel Castro. Acatualmente, a sua preferência vai para Barak Obama.

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Billie, ella, Basie e muitos mais | Mil gravações inéditas no Museu de Jazz eM HarleM

a estranha mania do sr. savoryUma colecção de quase mil discos com gravações inéditas de actuações ao vivo de grandes ícones do jazz, mantida em segredo durante cerca de 70 anos, tornou-se o bem mais precioso do nova-iorquino Museu de Jazz do Harlem. Dela constam, entre muitos outros, temas canta-dos pelas divas Billie Holiday e Ella Fitzgerald.

«Tem um valor incalcu-lável. Pode-se pôr preço a uma estátua de um faraó da qual só existe um exemplar? Não», disse o director do museu, Loren Schoenberg, o responsável pela recuperação da colecção, depois de a per-seguir durante anos.

Com a sua chegada ao bairro de Nova Iorque onde ocorreu a gestação de varian-tes do jazz como o bebop e se passearam músicos como Charlie Parker (1920-1955), o Harlem recupera material essencial para conhecer a

Um qUadro pintado pelo artista austríaco Egon Schiele voltou hoje a ser exibido no Leopold Museum, em Viena, após 12 anos de uma batalha judicial pela posse da obra roubada pelos nazis durante a II Guerra Mundial.

A tela - “Wally” (1912), que retrata uma das amantes do pintor - foi devol-vida ao museu durante o fim de semana,

tela de egon scHiele regressa à Áustria após 12 anos

Wally, a cobiçada

história da música nascida em finais do século XIX na Louisiana, nas comunidades afro-americanas.

A enigmática compi-lação, que inclui mais de 100 horas de música em directo, foi registada entre

1935 e 1941 pelo engenheiro de som William Savory que, aproveitando os recursos técnicos do seu trabalho,

gravou actuações únicas dos grandes nomes da era dourada do jazz.

A colecção de Savory foi durante anos uma obsessão para o director do Museu Nacional de Jazz do Harlem, que soube da sua existência em 1980 quando trabalhava para o clarinetista Benny Goodman (1909-1986) e conheceu o engenheiro. Sa-vory manteve as suas grava-ções escondidas e foi o único a desfrutar das actuações exclusivas e “jam sessions” que os melhores intérpretes daquele género musical fize-ram em diferentes locais dos Estados Unidos.

«Todos os dias, durante 20 anos, lhe pedi que me deixasse ouvi-la (a colecção), mas nunca mo permitiu», re-latou o próprio Schoenberg, assegurando que durante anos Savory foi o único afor-tunado que pôde deleitar-se com a música de vultos do jazz como Artie Shaw (1910-2004) ou Lionel Hampton (1908-2002).

Depois da morte de Sa-vory, em 2004, Schoenberg, que também é pianista e saxofonista, iniciou intensos esforços para entrar em con-tacto com o filho de Savory e cumprir, por fim, o desejo que durante tanto tempo lhe

havia negado o proprietário da colecção. Em Abril, Scho-enberg conseguiu finalmente não só ouvir parte dos quase mil discos como convenceu o herdeiro de Savory, que vive em Chicago (Illinois), para que vendesse a colecção ao museu nova-iorquino.

A liberdade de que desfru-taram os artistas durante es-sas actuações em directo teve como resultado raridades repletas de improvisações, que dificilmente podem ser encontradas em gravações mais convencionais. As gra-vações de Savory servirão também para reconstruir a história do jazz, já que contêm fragmentos únicos das actua-ções que Count Basie e Stuff Smith realizaram em 1938 no Carnival of Swing, na ilha de Randalls (Nova Iorque), considerado o primeiro fes-tival dedicado àquele género musical ao ar livre e do qual até agora se pensava que não existiam quaisquer provas musicais.

A colecção, que está a ser submetida a um processo de digitalização que levará pelo menos um ano, poderá ser ouvida a partir de Setembro numa série de serões musicais que se realizarão todas as quintas feiras e sábados no museu nova-iorquino.

depois de as entidades austríacas terem pago 19 milhões de dólares como parte do acordo.

As autoridades norte-americanas estavam a recusar a entrega da pintura ao Museu Leopold após a sua exibição em Nova Iorque, altura em que herdei-ros dos antigos proprietários a reclama-ram, e o quadro foi confiscado.

Para o director da entidade austrí-aca, Peter Weinhaeupl, a exibição do quadro, ao fim de 12 anos, é um “mo-mento simbólico para o museu”.

Egon Schiele (1890-1918) nasceu em Viena, no seio de uma família humilde, e destacou-se pela sua li-gação ao movimento expressionista, tendo deixado uma obra sobretudo com retratos de mulheres da alta so-ciedade, das próprias amantes e de paisagens.

Está muito representado em mu-seus da Áustria e da Suíça, mas tam-bém em colecções particulares.

Billie Holiday ella fitzgerald

cultura

Documentos de Alexandre Herculano dispuníveisBiblioteca Nacional (BNP) decidiu criar no seu Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea (ACPC) uma colecção documental exclusivamente referente a Alexandre Herculano cujo duplo centenário do nascimento é celebrado este ano. “Esta decisão - que também se reveste de carácter simbólico – permite concentrar numa mesma colecção a maioria da documentação esparsa que a BNP foi adquirindo ao longo de mais de um século e que se encontrava dispersa por diversas colecções da Divisão de Reservados”, explicou à Lusa o director da Biblioteca, Jorge Couto.

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quarta-feira 25.8.2010

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Morreu o escritor argentino Rodolfo FogwillO escritor argentino Rodolfo Enrique Fogwill morreu sábado, em Buenos Aires, aos 69 anos. Estava internado num hospital por enfisema pulmonar. Além de romancista, escreveu poemas, contos, crónicas, ensaios e era colaborador do jornal “Perfil” onde escreveu a sua última crónica no dia 13 de Agosto. Fogwill era, juntamente com César Aira e Ricardo Piglia, um dos escritores argentinos mais importantes da actualidade, depois da morte de Borges e de Cortázar nos anos 1980. Autor de mais de 20 livros, de romances como “Los Pichiciegos” (que escreveu em seis dias durante a guerra das Malvinas com ajuda de 12 gramas de cocaína, diz o “El País”), “Muchacha punk”, “Urbana”, “La experiencia sensible” e “Runa”. Foi professor de sociologia na Universidade de Buenos Aires (de 1966/1973), depois dedicou-se à publicidade até 1983 e aos 39 anos dedicou-se à literatura.

Billie, ella, Basie e muitos mais | Mil gravações inéditas no Museu de Jazz eM HarleM

a estranha mania do sr. savoryantónio Falcã[email protected]

a Ilha de Jeju na Coreia do Sul é conhecida pela sua notável beleza e é uma área que dá testemunho da história natural mais convincente do nosso planeta. Com uma his-tória milenar repleta de lendas, a ilha tem quase 60 vezes a dimensão do território de Macau é também uma província autónoma e a maior ilha da Coreia do Sul, nascendo através de erupções vulcânicas à dois milhões de anos atrás. Essa é ainda uma das suas marcas com a sua cratera central a revestir todos os folhetos turísticos.

Devido ao relativo isolamento da ilha, o povo de Jeju desenvolveu uma cultura e linguagem que são distintas das da Coreia do conti-nente. Jeju é o lar de milhares de lendas locais. Talvez o maior dos artefactos culturais sejam as om-nipresentes esculturas “hareubang dol” (“avô de pedra”) esculpida num bloco de basalto e espalhadas por toda a ilha. Trazendo algu-mas semelhanças com os Moais, esculturas igualmente esculpidas a partir de rochas vulcânicas com origem na Ilha da Páscoa no Chile do outro lado do Pacífico.

Listado como um sítio de Patri-

o maIor conjunto de frescos conhecido em Portugal e o único nos Açores, existente na Igreja Matriz de São Sebastião, Angra do Heroísmo, está a ser alvo de uma complexa intervenção de conservação, revelou a Di-recção Regional de Cultura.

“Trata-se do único conjunto de frescos actualmente conhecido nos Açores, de maior dimensão conhecido em Portugal, bem es-tudado do ponto de vista científico e icono-

chrIstoph schlIn-gensIef, um dos directores de teatro, ópera e cinema mais polémicos e provocadores da Alemanha, morreu este sába-do, aos 49 anos, de cancro do pulmão. Schlingensief, cujo nome fica ainda associado às artes plásticas, deveria ter estreado este mês S.M.A.S.H. – Sufocar em Ajuda, na trie-nal de Ruhr, mas o rápido

centro do patriMónio Mundial natural na coreia do sul

Jeju, um espelho da Natureza

Maior conJunto de frescos portugueses serÁ recuperado

São Sebastião agradeceMorreu scHlingensief, “enfant-terriBle” do teatro aleMão

O homem que ousava demaisdeclínio do seu estado de saúde levou o próprio artista a cancelar a apresentação. O alemão, que estava a cerca de dois meses de completar 50 anos, esteve sempre associa-do à provocação.

Na sua produção de “Ha-mlet”, utilizou actores ama-dores neo-nazis, chegando a queimar uma imagem do antigo primeiro-ministro

israelita Ariel Sharon. No seu programa de televisão “Auslaender raus!” (“Estran-geiros fora!”), denunciou o crescimento do racismo e populismo, com uma espécie de “Big Brother”, onde can-didatos reais a asilo político viviam em contentores, se-melhantes às carruagens de comboio que transportavam os judeus para os campos de concentração, recebiam votos de telespectadores para serem escolhidos.

Foi ainda o produtor da ópera “Parsifal”, de Richard Wagner, em 2004 no Festival de Bayreuth, que provocou a ira de alguns críticos, chegando o cenário a ser comparado a um campo de refugiados. Desde Janeiro, o director germânico trabalhava ainda no projecto Casa de Espectáculos África (Festspielhaus Afrika), cuja construção foi iniciada em Ou-gadougou, capital de Burkina Faso, em Fevereiro deste ano.

gráfico”, refere uma nota ontem divulgada.Os frescos da Igreja de S. Sebastião ocu-

pam uma área com 2,52 metros de altura, tendo 8,02 metros de largura na parede sul e 9,16 metros na parede norte.

O conjunto corresponde a dois géneros distintos de pintura, apresentando figuras autónomas separadas por molduras decora-tivas com grotescos na parede sul e diversas cenas narrativas na parede norte.

O estilo da pintura revela, no entanto, que se trata de “uma obra realizada toda pela mesma mão”, acrescenta a nota da Direcção Regional de Cultura.

A recuperação deste conjunto de frescos está a decorrer desde Janeiro de 2007, no qua-dro do plano de preservação do património cultural dos Açores, e está a ser supervisio-nada pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico.

O Instituto dos Museus e da Conserva-ção colaborou nesta intervenção através da realização das análises laboratoriais de iden-tificação dos pigmentos e dos constituintes das argamassas.

A Direcção Regional de Cultura não adiantou os custos desta intervenção de conservação, nem o prazo para a sua con-clusão.

mónio Mundial da UNESCO, com o distinto nome de “Ilha Vulcânica e Tubos de Lava de Jeju”, a ilha vai albergar em breve um novo Centro de Património Mundial Natural, sendo previsto tornar-se um lugar de reunião definido para educar e promover a importância da pre-servação da ilha e da natureza a uma escala global para as futuras gerações.

A construção do edifício requer alguma complexidade sem ferir o espaço onde se integra. Desenha-do por uma equipa de arquitectos coreanos, a estrutura encaixa-se de forma amigável dentro da pai-sagem existente, sob a ondulação natural dos montes circundantes e das montanhas vulcânicas. As paredes externas utilizar, um material local, e toda a estrutura apresenta um corte de tecto aberto com grandes janelas de vidro que melhoram a iluminação natural e ventilação.

O centro será composto por áreas dedicadas a exposições, edu-cação, pesquisa e conservação. O edifício será coroado com um am-plo telhado verde que representa o deslocamento da vegetação exis-tente no local, oferecendo vistas panorâmicas sobre o tão celebrado vulcão Halla-san.

cultura

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NOTIFICAÇÃO EDITAL(Solicitação de Comparência do Trabalhador)

Nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugado com o artigo 58.º e n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, notifica-se FORTO NINO DUMELOD, ex-trabalhador da sociedade “MGM GRAND PARADISE S.A.”, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do primeiro dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, comparecer na Inspecção do Trabalho sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221 a 279, Edifício Advance Plaza, Macau a fim de prestar declarações no processo n.º 3008/2009, proveniente do acidente de trabalho ocorrido em 7 de Abril de 2009, em que o notificado foi vítima.

Mais se comunica que nos termos da alínea a), n.º 2 do artigo 103.º do aludido Código, o procedimento é extinto quando por causa imputável ao notificando este esteja parado por mais de seis meses.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento da Inspecção do Trabalho, aos 19 de Agosto de 2010.

A Chefe do Departamento Substª

Lei Sio Fong

N.º 215/2010

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO PARA “EMPREITADA DE CONSTRUÇÃO DA VIA DE CIRCULAÇÃO

DESNIVELADA NA ROTUNDA DO ISTMO COLOANE - TAIPA”1. Entidade que põe a obra a concurso: Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas.2. Modalidade de concurso: Concurso Público.3. Local de execução da obra: Rotunda do Istmo.4. Objecto da Empreitada: Construção de uma via de circulação desnivelada com 2 faixas de Rodagem de dois sentidos.5. Prazo máximo de execução: 730 (setecentos e trinta) dias.6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do Acto Público do Concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por Série de Preços.8. Caução provisória: $7 200 000,00 (setenta e dois milhões de patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).10. Preço Base: não há.11. Condições de Admissão: serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem como

as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: Local: sede do GDI, sito na Av. Dr. Rodrigo Rodrigues Edifício Nam Kwong – 10º andar; Dia e hora limite: dia 11 de Outubro de 2010 (segunda-feira), até às 17:00 horas.13. Local, dia e hora do acto público: Local: sede do GDI, sito na Av. Dr. Rodrigo Rodrigues Edifício Nam Kwong – 10º andar, sala de reunião; Dia e hora: dia 12 de Outubro de 2010 (terça-feira), pelas 9:30 horas. Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80º do Decreto-Lei n.º74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo: Local: sede do GDI, sita na Av. Dr. Rodrigo Rodrigues Edifício Nam Kwong – 10º andar; Hora: horário de expediente. Preço: $3 500,00 (três mil e quinhentas patacas).15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação: - Preço razoável 55%; - Prazo de execução razoável 5%; - Plano de trabalhos 10%; a) Coerência com o prazo; b) Encadeamento e caminho crítico; - Experiência e qualidade em obras semelhantes 15%; - Registo que os sócios da sociedade concorrente, ou membro da sua administração ou o próprio concorrente não tenha sido sentenciado pelo tribunal por implicação em acto de corrupção activa ou passiva nos últimos cinco anos 10%; - Registo que os sócios da sociedade concorrente ou o próprio concorrente não tenha sido sentenciado pelo tribunal ou órgão

administrativa de terem empregado trabalhadores ilegais, contratado trabalhadores para o exercício de funções fora da empreitada, ou não autorizados nos últimos cinco anos 5%;

16. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer na sede do GDI, sita na Av. Dr. Rodrigo Rodrigues Edifício Nam Kwong – 10º andar, a partir de 27 de Setembro de 2010 (inclusivé) e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais es-clarecimentos adicionais.

Macau, aos 12 de Agosto de 2010.

O CoordenadorChan Hon Kit

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desporto quarta-feira 25.8.2010

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Marco [email protected]

É um dos mais conceitu-ados torneios de golfe da Ásia Oriental, trouxe até Macau atletas do gabarito de Padraig Harrington, Colin Montgomerie ou Lee Westwood, mas o desfile de grandes nomes da mo-dalidade pelos exigentes buracos do green de Colo-ane difícilmente se voltará a repetir.

Organizado ininter-ruptamente desde 1998, o Open de Golfe de Macau deveria conhecer a sua 13ª edição entre os dias 21 e 24 de Outubro próximo, mas os custos inerentes à organização do certame e a ausência de um patroci-nador que assuma o gros-so das despesas deverão impedir que a edição de 2010 da competição veja a luz do dia.

A notícia foi ontem avançada pelo South China Morning e posteriormente confirmada por José Tava-res. Em declarações ao Hoje Macau, o vice-presidente do Instituto do Desporto (IDM) confirma os con-tornos do diferendo e a mais que provável “morte anunciada” da competição: “Não havendo alguém com interesse em investir na prova e em cooperar connosco na organização do torneio, o Open de Golfe não se realizará. Esta questão já não é nova e já se colocou noutras edições do certame. O golfe é uma modalidade muito onero-sa, com um retorno pouco significativo e a prova representa um esforço fi-nanceiro considerável para o erário público”, explicou o dirigente.

Ao longo do último meio ano, os responsá-veis pela organização do certame tentaram encon-trar um patrocinador ou investidores interessados em assumir o grosso da factura da competição, mas a demanda por um eventual mecenas acabou por não surtir os resultados desejados, pelo que a prova deverá pura e simplesmen-te deixar de se realizar. O Instituto do Desporto do território já riscou, de resto, o Open de Golfe de Macau

Open de GOlfe canceladO pOr falta de patrOcíniOs

Era verde e acabou-se

1998 satoshi Oide/Jpn1999 lee Westwood/inG2000 simon dyson/inG2001 Zhang lian-wei/cHi2002 Zhang lian-wei/cHi2003 colin Montgomerie/esc2004 Jason Knutzon/usa2005 Wang ter-chang/tWn2006 Kane Webber/aus2007 lu Wen-teh/tWn2008 david Gleeson/aus2009 thaworn Wiratchant/tHa

todos os vencedores do Open de Golf de Macau

do calendário oficial dos eventos patrocinados pelo Executivo, mas Kyi Hla Han ainda não perdeu a esperança de que a edição de 2010 do certame venha a conhecer a luz do dia. Em declarações ao South China Morning Post, o director Executivo do Asian Tour garante que o organismo mantém o interesse na or-ganização da prova e que

continua em negociações com o governo para que o torneio de Coloane se mantenha no calendário do circuito asiático: “A possibilidade do Open de Macau se manter ainda não se esgotou. Continuámos a dialogar com o Instituto do Desporto para manter a prova entre as que integram o Asian Tour”, explica o antigo golfista birmanês.

José Tavares reconhece que a via do diálogo ainda não se esgotou, mas ga-rante que o IDM não está disposto, nem disponível para assumir por si só a factura da competição. Em 2009, o executivo da RAEM investiu quase dez milhões de patacas na organização do certame. Para além de assumir os custos com o prize money do evento (que o ano passado se quedou nos 500 mil dólares norte-americanos, quase cinco milhões de patacas), o Instituto do Desporto ban-queou também despesas tão diversas como o custo da utilização das instala-ções do Macau Golf and Country Club, a promoção internacional do torneio ou os honorários pagos pela organização aos cabeças de série da competição.

Para José Tavares, os benefícios obtidos com a organização do evento não justificam os elevados mon-

tantes investidos. O vice-presidente do Instituto do Desporto diz compreender o interesse do Asian Tour na manutenção da prova, mas reitera que a sentença de morte da competição está traçada se não aparecerem interessados no evento: “O Asian Tour é um organismo comercial com um projecto definido e com os seus pró-prios patrocinadores, que no mais dos casos mantém de ano para ano. Para se realizar, o Open de Macau teria que grangear os seus próprios patrocínios e isto é algo que a organização não tem conseguido fazer desde 2003, se não estou em erro. Além do mais, a prova não tem suscitado o devido interesse nos últimos anos. O torneio quase não leva público a Coloane”, justi-fica José Tavares.

Duro GolpeO mais que provável de-

saparecimento do Open de Golfe do território constitui

um golpe duro para os res-ponsáveis pela organização do Asian Tour e um episó-dio mais na amarga guerra travada pelo organismo contra os rivais da OneAsia Tour pela supremacia nos greens da região.

Constituída em 2009 pelas federações de golfe da Austrália, da Repúbli-ca Popular da China e da Coreia do Sul, a OneAsia Tour começa a assumir um protagonismo indese-jado pelos atletas e antigos golfistas que conceberam o circuito asiático que se materializa ano após ano sob os auspícios da Asian Tour. A decisão, tomada pelos responsáveis pela organização dos Opens da Indonésia e da Tailândia, de quebrar a ligação que mantinham com a Asian Tour em detrimento de uma parceira com a OneAsia Tour criou mossa junto dos responsáveis pelo or-ganismo dirigido por Kyi Hla Han.

O braço-de-ferro entre as duas entidades adquiriu contornos quase bélicos depois de uma série de jogadores (entre os quais o escocês Simon Yates) terem colocado a Asian Tour em tribunal pelo que conside-ram ser “abuso de poder”, depois do organismo ter imposto multas na ordem de vários milhares de dó-lares a jogadores que par-ticiparam em competições organizadas pela OneAsia Tour.

Os atletas que habitu-almente disputam o mais antigo circuito de golfe do continente asiático já terão sido informados sobre o cancelamento do Open do território, apesar do certa-me ainda integrar a lista oficial de provas presente na página da Internet da Asian Tour. Em 2009, o circuito asiático abarcou um total de 28 eventos, distribuíndo um total de 38 milhões de dólares norte-americanos. Este ano, o número de torneios caiu para as 26 provas, mas o valor dos prémios pecuni-ários a serem distribuídos mantém-se, em parte de-vido à introdução de dois novos eventos milionários, um na Malásia e o outro em Singapura.

lee Westwood

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o H o j e [ r ] e c o m e n d a

Su doku [ ] Cruzadas

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

Solução do pRoblEmAdo dIA AntERIoR

www.mAcAucAblEtv.com[ Te l e ] v i s ã o

«Bandarra», BandarraNão sendo uma importação, os Bandarra são uma espécie de Gogol Bordello ilhéus, que reforçam o pelotão de bandas cultoras da relação entre a tradição e a pop. A música portuguesa está em contraciclo com o país. Enquanto a classe média operária vai perdendo poder de compra, o nível médio daqueles que escrevem canções vai subindo. Para a posteridade, ficam algumas ideias esparsas mas ainda longe da dita classe média rica...em ideias.

HORIZONTAIS: 1-para este lugar. omniforme. 2-mau cheiro, fedor (bras.). Antiga forma de oui. lugar onde se tomam bebidas. 3-Género de plantas a que pertencem a erva-moura, a batateira, o tabaco. outorgar. 4-procedimento, tratamento. As partes mais largas dos remos. 5-Encrespar. capa sem mangas. 6-Acolá. Força que imprime movimento a uma máquina. Apeadeiro (abrev.). 7-portanto. beco sem saída. 8-vida (pref.). Ressoar. 9-três (pref.).predição de sucesso futuro. 10-legislação. Acrescenta. textualmente. 11-Que vive no estado de poligamia. Em partes iguais (Fram).

VERTICAIS: 1-Fortaleza de altos muros (pl.). long-play (abrev.). 2-dar a forma de corno. deus, divindade (pref.). 3-da asa. mocidade (fig.). 4-peixe da família dos tunídeos.2 (Rom). 5-o que sofre de monofobia. prata. (s.q.). 6-ninho. Aperte com fita. Adicione. 7-49 (Rom.). preservam. 8-outorga. bácoro, porco (prov.). 9-Gordo. Génios, grandes lalentos (fig.). 10-presentear . Gratificaria. 11-Agente (Suf.). comida, refeição (pop.).

HoRIZontAIS: 1-cA. omnImodo. 2-AcA. oIl. bAR. 3-SolAno. dER. 4-tRAto. pAS. p. 5-EnRuFAR. opA. 6-olA. motoR. Ap. 7-oRA. bEtESGA. 8-S. bIo. EcoAR. 9-tRI. AGoIRo. 10-lEI. AdE. SIc. 11-polIGAmo. AA.vERtIcAIS: 1-cAStEloS. lp. 2-AcoRnAR. tEo. 3-AlAR. AbRIl. 4-o. Atum. II. I. 5-monoFobo. AG. 6-nIo. AtE. AdA. 7-Il. pRotEGEm. 8-m. dA. REco. o. 9-obESo. SoIS. 10-dAR. pAGARIA. 11-oR. pApARocA.

SoluçõeS do problema

[ f ] u t i l i d a d e s

www.hojemacau.comquarta-feira 25.8.2010

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(MCTV 40) Star Movies23.05 CITy Of EMbER

INfORMAçãO MACAu CAblE TV

TDM13:01 tdm news - Repetição13:25 Jornal das 24h14:40 Rtpi directo18:00 liga dos campeões 2010/2011: Sevilha vs braga (Repetição)19:30 olhos de Água20:25 1 minuto de Astronomia20:35 telejornal21:05 Jornal da tarde da Rtpi22:10 novela: o clone22:55 1 minuto de Astronomia23:05 tdm news23:35 cinema português: o leão da Estrela01:30 Rtpi directo

InFoRmAção tdm

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TVb PEARl 8306:00 bloomberg Rewind07:30 nbc nightly news08:00 cctv news – lIvE08:30 Etv10:30 Inside the Stock Exchange11:00 market update11:30 Inside the Stock Exchange11:32 market update12:00 Inside the Stock Exchange12:02 market update12:30 Inside the Stock Exchange12:35 market update13:00 cctv news - lIvE14:00 market update14:40 Inside the Stock Exchange14:43 market update15:58 Inside the Stock Exchange16:00 what’s Your news?16:30 dennis and Gnasher17:00 Escape From Scorpion Island17:30 let’s Get Inventin’18:00 putonghua news18:10 putonghua Financial bulletin18:15 putonghua weather Report18:20 Financial Report18:30 Foot brazil19:00 vertical city19:30 news At Seven-thirty19:50 weather Report19:55 Earth live20:00 new Scandinavian cooking with Andreas viestad20:30 desperate Housewives21:30 well being: How does Your memory work?22:30 marketplace22:35 Fringe23:30 world market update23:35 news Roundup23:50 Earth live23:55 pushing daisies01:50 money magazine01:15 Sports woman01:40 European Art At the mEt02:00 bloomberg television05:00 tvbS news05:30 cctv news

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Finals

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ceske Republiky 19:00 AFc champions league 2010 Zobahan vs. Al lttihad21:00 Inside Grand prix 21:30 (lIvE) Score tonight 22:00 FA classics FA cup 1993/94 Final manchester united vs.

chelsea23:00 thailand vs challenger Series

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CINEMAX 4212:00 the Incredible Hulk14:00 ogre 16:00 Sahara 18:00 the Incredible Hulk20:00 Shoot ‘Em up 22:00 Spartacus: blood And Sand22:55 tmz 307 23:15 Eraser

MGM 4312:15 double trouble13:45 the chocolate war15:30 bojangles17:15 of mice and men19:15 bridge to Silence21:00 wicked Stepmother22:45 palookaville00:15 child in the night

DISCOVERy CHANNEl 5013:00 mythbusters - water Stun Gun14:00 time warp - Goop, Goo, Glop And Germs15:00 Raging planet 2 - Hurricane16:00 How Stuff works17:00 dirty Jobs - bug breeder18:00 Factory made19:00 Kuala lumpur Flood control20:00 time warp - Arrows, dogs, Strong men, And Yo-Yos21:00 How Stuff works22:00 Raging planet 2 - Sea Storm23:00 I Shouldn’t be Alive - nightmare on the mountain00:00 How Stuff works

NATIONAl GEOGRAPHIC CHANNEl 5113:00 In the Footsteps of the Ice bear14:00 Sea Eagles: bird with the Golden Eye15:00 Ethiopian wolf16:00 up close And dangerous 17:00 the web of life18:00 Animal cops Houston - undercover19:00 the most Extreme - Gadgets20:00 wild Goose chase21:00 Running with wolves22:00 King cobra And I23:00 the web of life - puffins, cliff top clowns23:30 Fooled by nature - crazy climbers00:00 wild Goose chase

ANIMAl PlANET 5213:00 Jane Goodall:china diary14:00 Gray whale obstacle course15:00 uSA - the big Apple16:00 world’s deadliest Animals - Australia17:00 I didn’t Know that18:00 made In china19:00 crash course20:00 Jane Goodall: china diary21:00 Jaws Slayer22:00 River Invasion23:00 made In china00:00 crash course

HISTORy CHANNEl 5413:00 dogfights - p-51 mustang14:00 Iwo Jima: Fight to the death15:00 the white tigers16:00 Spy planes17:00 the bridge of no Gun Ri18:00 batteries19:00 the women who dared 20:00 Ancient Secret Agents21:00 malaysia’s very Able troopers 22:00 tolkien’s monsters23:00 Forbidden Sex00:00 Henry vIII’s megastructures

STAR WORlD 6313:00 Everybody loves Raymond14:00 Australia’s next top model15:20 9021017:00 canada’s next top model18:00 How I met Your mother18:30 American Idol19:30 two and a Half men20:00 America’s next top model21:00 Glee22:00 How I met Your mother22:30 American Idol23:30 America’s next top model00:30 Glee

Page 13: Hoje Macau • 2010.08.25 #2195

[ O ] b j e c t i v a

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Perde-se por entre palavras e ilusões, só para dizer que só sabendo o que se quer, é que se fica a saber que já tudo se tem ou tudo se perdeu. Quero um sonho, quero um beijo, quero uma noite suada de amor, um cigarro e uma aguardente a bater forte no meu peito.Sentir a vida para além da morte, a noite logo de manhã mergulhado por entre mil lençois.Uma doce voz rouca que me sussura estre-mecida e envergonhada, levando-me a fugir de seguida para o refugio do seu sorriso.Não te quero a ti, quero algo mais.Quero fugir do amor que me prende ao chão.Não sei quem és, o meu amor pela utopia leva-me a pensar assim, a ser fatalista ao mesmo tempo que me lança na eterna procu-ra da felicidade. Sei que na altura ideal certa não irei saber quem tu és, que me levarias embrulhado nas tuas asas de encontro ao meu destino final.

R a i o[ X ]

[ Ju é um ilustre desconhecido]

Árvores

o que quero e tenhoJu Lee

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INCEPTION [ ] C i n e m aCINETEATRO | pub

The SoRCeReR’SAPPRENTICE

anúncio: tem aLgum raio X para mostrar ao mundo?

o hoje macau recicla as suas radiografias, sem custos, sem uso de maquinaria moderna, sem corpo médico. Basta que as envie ao nosso cuidado para [email protected] e nós tratamos das suas maleitas. mostre-nos o que os outros não vêem. sem medo. Ficamos à sua espera. obrigado.

SAlA 1INCEPTION [C]um filme de: christopher nolancom: leonardo dicaprio, Ellen page14.15, 16.45, 21.30

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um filme de: Akira Shigino14.15, 16.00, 17.45, 19.30

The SoRCeReR’SAPPRENTICE [b]um filme de: Jon turteltaubcom: nicolas cage, Jay baruchel21.30

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quarta-feira 25.8.2010www.hojemacau.com

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Page 14: Hoje Macau • 2010.08.25 #2195

opiniãoquarta-feira 25.8.2010

14www.hojemacau.com

Sr. Director,

Como jornalista que sou prezo muito a li-berdade e pugnarei sempre por ela. Antigo residente em Macau e autor do Blog Macau Antigo onde dou o meu contributo para perpetuar a história de Macau, venho por este meio sublinhar e ‘assinar por baixo’ o artigo de opinião do Sr. Paulo Reis, publicado no Hoje Macau de 19 do corrente.

Estão lá os factos colocando em evidência o que salta à vista como uma grande trapalhada ao nível das explicações - quer da parte chinesa quer da parte portuguesa. Mas está lá acima de tudo, o mais importante, o reclamar de uma resposta clara a ambos os países. Quais os requisitos necessários para que o navio-escola ‘Sagres’ possa atracar em Macau?

Colocando de lado quaisquer ‘naciona-lismos’ bacocos e sem quer ‘puxar a brasa à minha sardinha’, convém relembrar que o “Sagres” não é um navio qualquer, nem é a primeira vez que faz uma viagem de circum-navegação tendo já passado por Macau em viagens anteriores. Estamos a falar de um navio militar de treino pelo que não me parece que seja este aspecto que os chineses possam temer. Ou serão as cruzes da Ordem de Cristo que ostenta nas usa imponentes velas? É no mínimo para rir, se não fosse patético.

Mais, atente-se na simbologia heráldi-ca do Navio-Escola (cujo patrono é o mesmo do Liceu onde estudei em Macau há cerca de 20 anos) que pode ser consultada na página web da Marinha. “A Cruz de Cristo (vermelho) foi utilizada nas velas (branco) dos navios portugueses a partir do século XV. Era o símbolo da Ordem Militar de Cristo, da qual o Infante D. Henrique foi “regedor e go-

vernador”, desde 1420. Este facto constituiu um importante suporte económico e tornou possível o início da Expansão e dos Descobri-mentos Portugueses que nos levou até Macau no século XVI. O ramo de carrasqueira (ouro) era o símbolo pessoal do Infante e exprime a tenacidade, a rusticidade e o desapego pelos bens materiais e honras fáceis.” E tantas lições Macau poderia tirar destes princí-pios.” Por fim, temos, “o astrolábio náutico (ouro), embora ainda não utilizado durante a vida do Infante, representa a ciência e a instrução da arte de navegar que permitiu aos pilotos portugueses demandarem novos portos, novos continentes e novas ilhas. O fundo azul, onde se encontram inscritos os motivos a ouro acima referidos, representa o “mar oceano” que, legado de Portugal, une e deixou de separar.” Mas será que alguém informou disso as autoridades chinesas?

Fiquei perplexo com tudo isto e mais ainda fiquei quando tomei conhecimento

cartoonpor Steff

ataque naS filipinaS

que ainda há pouco tempo outros navios estrangeiros, ‘literalmente’ de guerra, tinham estado ‘estacionados’ em Hong Kong (outra RAE) sem qualquer tipo de restrição.

Sou dos que sempre acreditou no futuro de Macau depois da transferência de sobera-nia e estes pequenos mal-entendidos acabam sempre por manchar um futuro que se quer pelo melhor. Pode até ser um pormenor... mas para mim é um ‘pormaior’ e nos pequenos detalhes podem vislumbrar-se horizontes mais ou menos sombrios. O navio-escola “Sagres” é um autêntico embaixador de Portugal no mundo e deveria ser recebido à altura dos seus pergaminhos.

Portugal, 19 de Agosto de 2010

carta ao directorJoão f. O. Botas

está tudo louco?

Page 15: Hoje Macau • 2010.08.25 #2195

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quarta-feira 25.8.2010

15www.hojemacau.com

ProPriedade Fábrica de Notícias, Lda director carlos Morais José editor Paulo reis redacção antónio Falcão; Kahon chan; rodrigo de Matos; Vanessa amaro coLaboradores carlos Picassinos; Francisco isöo; João carlos barradas; José Manuel simões; Marco carvalho; Maria João belchior (Pequim); rui cascais; sérgio Fonseca; severo Portela coLuNistas arnaldo Gonçalves; boi Luxo; correia Marques; duarte santos; Gilberto Lopes; Hélder Fernando; João Miguel barros; Jorge rodrigues simão; José i. duarte; Marinho de bastos; Paul chan Wai chi; Pedro correia; Zélia ribeiro cartooNista steph GraFisMo Paulo borges; catarina Lau iLustração rui rasquinho aGêNcias Lusa; Xinhua FotoGraFia antónio Falcão; antónio Mil-Homens; Lusa; Gcs; Xinhua secretária de redacção e PubLicidade Laurentina silva ([email protected]) assisteNte de MarKetiNG Vincent Vong iMPressão Tipografia Welfare Morada av. dr. rodrigo rodrigues nº 600 e, centro comercial First Nacional, 14º andar, sala 1407 – Macau teLeFoNe 28752401 FaX 28752405 e-MaiL [email protected] sítio www.hojemacau.com

Quantos navegam num navio errado que nunca os levará ao almejado porto!Padre Manuel teixeira [1912-2003]

crepúsculo dos ídolosarnaldo Gonçalves

XIStE um efeito de achatamento do tempo que nos leva a olhar para trás e dizer que a constante dos últimos quinze minutos foi a tendência de todo o período. Isso explica-se por um raciocínio por simpatia, porque nos obrigamos a dividir os proble-mas complexos em elementos mais simples para os compreendermos e o mais próximo (de nós) é o que se nos afigura mais importante.

Há pouco mais de trinta anos a Região Ásia-Pacífico vive numa situação de paz duradoura. O último confronto que instabilizou a região foi a curtíssima guerra sino-vietnamita. A Re-pública Popular lançou uma ofensiva militar, na sequência da invasão do Cambodja, pelo Vietname, a qual poria fim ao reino de terror dos Khmer Vermelhos. A China mobilizaria para essa guerra duzentos mil soldados e quatrocentos tanques dos destacamentos es-tacionados em Kunming e Guangzhou. Um mês depois retiraria para as suas posições originárias. Segundo fontes independentes, o balanço deste curto confronto foi de vinte e seis mil mortos pelo lado chinês e vinte mil pelo lado vietnamita, e os feridos de cerca de vinte mil combatentes, para cada um dos lados.

talvez pela elevada factura humana paga pela projecção do seu poder “duro”, a China tem reafirmado em todos os eventos que a sua ascensão a grande potência (regional) é pacífica e que por  forma alguma procu-rará a hegemonia. Não há razões para não acreditar na sua boa-fé, embora a história dos povos nos ensine que as boas intenções dificilmente  resistem  ao  teste  da  vontade de poder projectada. Algo que subsiste no

Manobras navaisinconsciente dos grandes países com um génio dentro de uma garrafa.

O esforço de moderação de Pequim tem sido prosseguido com base em três variáveis: primeiro, a redução de disputas territoriais no mar do Sul da China sobre recursos minerais existentes no subsolo de ilhas, cuja soberania disputa com vizinhos; segundo, na retenção da habitual agressividade discursiva face ao Japão e aos seus crimes de guerra; terceiro, apagar o rasto de taiwan como principal preocupação da sua política externa e de segurança.

Em qualquer destas variáveis, a actuação da China tem sido bem sucedida, reganhando a confiança dos seus vizinhos e afirmando-se quer no plano regional quer internacional como uma nação “normal”, ciente da sua his-tória e predicados, mas respeitosa e responsá-vel. Uma nação disposta a jogar pelas “regras do jogo” e não contra estas. A participação em iniciativas regionais como a ASEAN+3, a Cimeira Europa-Ásia ou a Organização de Xangai, reforça a ideia de uma nação que se prepara para um papel de grande importância mas de forma serena e consensual.

Existem contudo variáveis que podem conduzir este raciocínio beatífico à desordem e ao conflito. Um, tem a ver com a relação histórica com o vizinho norte-coreano; ou-tro, com o programa de capacitação militar e estratégica, habitualmente designado por programa de modernização do Exército Popular de Libertação.

Estados Unidos e Coreia do Sul iniciam, em breve, a segunda etapa dos exercícios na-vais conjuntos que envolvem o porta-aviões USS George Washington e vários navios da Sétima Esquadra americana do Pacífico. Estes exercícios são uma resposta estratégica ao afun-damento da corveta sul-coreana Cheonan, em Março passado, por um míssil norte-coreano. Os exercícios, diz o Pentágono, têm por objec-tivo passar uma clara mensagem ao regime de Pyonyang sobre a determinação dos aliados em responder às agressões contra Seoul, e incluem manobras navais e tácticas anti-submarinos. Os exercícios terão lugar nas águas do Mar Amarelo, zona localizada entre a costa oriental chinesa e a costa oeste da Coreia do Sul.

A instabilidade regional deflagrada pelo incidente “Cheonan” e pela queda de um caça norte-coreano junto à fronteira com a China, chama a atenção para a complexidade da relação sino-norte-coreana e para o pouco à vontade do regime chinês em lidar com um aliado que é visto por toda a comunidade internacional (excepto o Irão e a Venezuela, provavelmente) como um rufia, um desor-deiro e uma ameaça nuclear.

O falhanço do Diálogo a Seis e os avanços do programa de produção de armamento nuclear de Pyongyang acentuam a fragili-dade de Pequim em lidar com uma efectiva ameaça à sua fronteira oriental. Se por qual-quer infeliz circunstância, Pyonyang decidir lançar um ataque terrestre ou aéreo contra

alvos no Sul ou a marinha sul-coreana (ou dos Estados Unidos), Pequim não conseguirá evitar os estilhaços dos projécteis.

A segunda variável é o programa de reforço das capacitações militares da China. Segundo o último relatório do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, tornado pú-blico há pouco, o EPL continua a expandir as suas capacidades operativas para a área geográfica  adjacente  ao  território  chinês e elas incluem a “projecção de poder de alcance alargado”.

A China detém o programa de mísseis ba-lísticos e de cruzeiro mais dinâmico do mundo, o qual inclui o desenvolvimento de tecnologia anti-míssil. O relatório do Pentágono adianta que Pequim está a desenvolver a produção de um míssil balístico de longo-alcance que alcan-çará as 800 milhas, o que lhe dará a capacidade de atacar navios à distância, inclusive porta-aviões no Oceano Pacífico ocidental. A China iniciará, também, a produção do seu primeiro porta-aviões este ano, afirmando observadores que disporá de uma pequena frota de cinco a seis porta-aviões até 2020.

Daqui há que extrapolar que a China se verá dotada de capacitações ofensivas dentro em pouco, colocando-se questões importan-tes: o que fará a China com este complexo militar-industrial? Usá-lo-á para propósitos meramente defensivos e em que condições? E porque não criar uma zona de influência alargada que corresponda ao desenho do Império do Meio, durante a dinastia Ming? O que farão os vizinhos da China, designa-damente a Coreia do Sul, o Japão e mais a Sul a Austrália, perante esta corrida?

Perguntas para já sem resposta.

E

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secre-tário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 12 de Agosto de 2010, se encontra aberto o Concurso Público nº. 28/P/2010 “Fornecimento e Instalação de uma Ecografia Ultrasónica aos Serviços de Saúde”, cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos encontram-se à disposição dos interessados desde o dia 25 de Agosto de 2010, todos os dias úteis, das 9:00 às 13:00 horas e das 14:30 às 17:30 horas, na Divisão de Aprovi-sionamento e Economato sita na Cave 1 do Centro Hospitalar Conde de S. Januário, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao paga-mento do custo das respectivas fotocópias ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo).

As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de S. Januário e o respectivo prazo de entrega das propostas

termina às 17:45 horas do dia 20 de Setembro de 2010.

O Acto Público deste concurso terá lugar em 21 de Set-embro de 2010, pelas 10:00 horas na sala do “Museu” situada no r/c do Edifício da Administração dos Serviços de Saúde junto do C.H.C.S.J..

A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de vinte mil patacas (MOP$ 20 000,00) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.

Serviços de Saúde, aos 17 de Agosto de 2010

O Director dos Serviços, Subst.º,Chan Wai Sin

AVISO

ANÚNCIOFaz-se saber que em relação ao concurso público para «EMPREITADA DE CONSTRUÇÃO DE SISTEMA DE DRENA-

GEM E ATERRO A SUL DA ESTRADA FLOR DE LÓTUS (2ª FASE), NO COTAI», publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 29, II Série, de 21 de Julho de 2010, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 2.2 do programa do concurso, e foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e juntos ao processo do concurso.

Os referidos esclarecimentos e aclaração complementar encontram-se disponíveis para consulta durante o horário de

expediente no Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, sito na Av. Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10º andar, Macau.

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 25 de Agosto de 2010.

O Coordenador, SubstitutoChau Vai Man

Page 16: Hoje Macau • 2010.08.25 #2195

a fecharquarta-feira 25.8.2010www.hojemacau.com

Acidentes já mataram 460 pessoasOs acidentes nas estradas portuguesas entre 1 de janeiro e sábado passado resultaram em 460 mortos e 1632 feridos graves, números semelhantes àqueles registados no mesmo período de 2009, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. O acidente que ocorreu na segunda feira na A25 e que fez seis mortos e causou 72 feridos, ainda não está contabilizado nestes dados da ANSR. Os últimos dias ficaram também marcados pela morte de sete portugueses na sequência de dois acidentes em estradas espanholas. No site da ANSR são referidos 461 mortos no ano passado e 1637 feridos graves a que se juntam 27 031 feridos leves contra 26 115 contabilizados de 1 de janeiro a 21 de agosto de 2010. Na semana terminada no sábado, a ANSR aponta 14 mortos e 65 feridos graves devido a acidentes rodoviários. No período desde o início do ano até sábado, o distrito do Porto lidera o número de vítimas mortais, com 63 casos, e Lisboa está à frente na lista de feridos graves, com 215.

Salários em Portugal sobem maisOs salários acordados em Portugal apresenta-ram no primeiro semestre de 2010 uma variação média de 2,5 por cento, contra 1,3 por cento verificados em Espanha. Apesar de terem os vencimentos mais baixos da Zona Euro, os portugueses viram os seus ordenados duplicar em relação aos espanhóis, nos primeiros seis meses do ano. Nas 148 convenções colectivas publicadas até ao mês de Junho, que abran-giam cerca de 1,2 milhões de trabalhadores, os vencimentos acordados apresentaram uma variação média de 2,5 por cento em Portugal. Em Espanha houve uma actualização de apenas 1,3 por cento, mostram dados do Ministério do Trabalho, citados pelo Jornal de Negócios. Em termos nominais, a oscilação verificada em Por-tugal é a mais baixa desde 2001, mas em termos reais é a segunda mais alta da década.

“Mercador da morte” extraditado hojeO traficante de armas russo Viktor But, conhe-cido como o “mercador da morte” e detido na Tailândia, será extraditado hoje para os Estados Unidos, de acordo com uma decisão da justiça, disse fonte policial. But, antigo oficial da Força Aérea soviética que inspirou a personagem de Nicolas Cage no filme “O Senhor da Guerra”, foi detido em março de 2008 em Banguecoque. Depois de ter sido rejeitado no ano passado, o pedido dos Estados Unidos de But ser extradi-tado por “terrorismo” foi finalmente aceite pelo tribunal, apesar dos protestos de Moscovo. Supisarn Bhakdinarinath, chefe da Divisão de Supressão do Crime tailandesa, disse que o russo será escoltado por, pelo menos, 50 soldados dos comandos até ao aeroporto, antes de ser entregue aos norte-americanos.

Audi duplica produção na ChinaO fabricante alemão Audi AG, filial da Volkswa-gen, planeia duplicar a produção na China durante os próximos cinco anos devido ao aumento da procura no país, afirmou Johannes Thammer, responsável por vendas da Audi na China. A companhia oferece na actualidade 16 modelos de carro na China e, em 2015, o número aumentará até 35, disse Thammer em entrevista publicada no jornal “China Daily”. Thammer disse que a Audi espera vender mais de 200 mil carros na China este ano, número que antecipa em dois ou três anos os objectivos de vendas previstos pela companhia. Na primeira metade de 2010, as vendas da Audi na China cresceram 64% em relação ao mesmo período do ano passado, situando-se em 108,6 mil unidades, o que ultrapassa até o volume da sua produção nacional da Alemanha e torna a China o seu maior mercado.

O deputadO do PSD Luís Campos Ferreira acusou o ministro da Defesa de ter “ma-lhado” nas Forças Armadas ao ter adiantado que Portugal pode vir a ter uma célula de informações militares na missão da UNIFIL, no Líbano.

Para o coordenador dos de-putados sociais democratas na Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República, Augusto Santos Silva protago-nizou mesmo “a maior malha-dela que as Forças Armadas portuguesas receberam nos últimos anos de um ministro da Defesa”.

“O senhor ministro da Defe-sa já nos habituou a expressões menos simpáticas, como por exemplo que gostava de ma-lhar na direita. Mas isso é uma

SantoS Silva revelou planoS da “Secreta” portugueSa

Ministro incompetente

um engarrafamentO numa estrada próxima de Pequim durou nove dias e chegou a ter 100 quilómetros. O congestionamento foi registado em um trecho da Via Expressa Pequim-Tibete, que liga Pequim à província vizinha de Hebei e Mongólia Interior, e teve início a 14 de Agosto, quando camiões que iam para a capital, muitos deles transportando car-vão, começaram a diminuir de velocidade para passar por um trecho de estrada em construção. O problema foi agravado pela avaria de veícu-los parados no engarrafamento. Moradores da região aproveitaram a situação para vender co-

trânSito infernal preocupa chineSeS

Nove dias de engarrafamento

china fecha fábricaS poluidoraS

Desta vez é a sérioa China, segunda economia mundial e primeiro emissor global de gases de efeito estufa, determi-nou o encerramento de milhares de fábricas poluidoras, antes de sediar, em Outubro próximo, uma conferência preparatória da Cimeira do Clima de Cancún.

As autoridades chinesas querem mostrar-se responsá-veis, embora argumentem que o gigante asiático emite menos gases estufa por habitante do que os países desenvolvidos. O encerramento súbito de fábricas é “um gesto para mostrar que o país faz tudo o possível para

questão político-partidária. Desta vez o senhor ministro da Defesa malhou nas Forças Armadas. E malha nas Forças Armadas porque torna público algo que é da sua esfera de com-petências, mas que é da reserva de confidencialidade do Estado português”, salientou, em decla-rações à agência Lusa.

Em entrevista ao jornal “i” publicada segunda feira passada, o ministro da Defesa aponta o Líbano como um tea-tro de operações onde Portugal pode passar a ter uma célula de espiões, depois de referir que no outono já será enviada uma equipa para o Afeganistão.

“Ao tornar pública uma questão tão sensível como esta coloca em perigo as Forças Ar-madas portuguesas, coloca em

perigo cidadãos portugueses”, defendeu Luís Campos Ferreira, acrescentando: “O PSD só pode tirar uma consequência e uma conclusão: este ministro não tem nível, categoria ou maturidade para ocupar as funções de Esta-do que ocupa”.

No entender do deputado social democrata, tratou-se “provavelmente da atitude mais

caricata dos últimos ministros da Defesa pós-25 de abril”.

“É a maior malhadela – utili-zando uma expressão dele – que as Forças Armadas portuguesas receberam nos últimos anos de um ministro da Defesa”, declarou.

Considerando o episódio “a prova dos nove da competência e da imaturidade” do titular da pas-ta da Defesa, Luís Campos Ferrei-ra salientou que a manutenção de Augusto Santos Silva no executivo se trata agora de “um problema do primeiro ministro”.

“O senhor ministro é incom-petente, não tem categoria para o lugar que ocupa, malhou nas Forças Armadas, pôs em perigo aquilo que é a segurança das nossas Forças Armadas e con-sequentemente põe em perigo a segurança do Estado português porque divulga publicamente matérias que são da reserva e da confidencialidade, o que demonstra a imaturidade do ministro para ocupar as funções que ocupa”, reforçou.

mida a preços inflacionados. Nove dias depois do início do engarrafamento, as autoridades de trânsito finalmente conseguiram colocar os veículos em movimento novamente, e o fluxo começou a voltar ao normal.

Pequim bloqueado em 5 anosCerca de 1.900 novos veículos chegam dia-riamente às ruas de Pequim e, se o parque automóvel continuar a crescer a este ritmo, dentro de cinco anos o trânsito na cidade pode-rá ficar “bloqueado”, alertou um responsável municipal.

Os veículos particulares já param um dia por semana, de acordo com o último número das respectivas matrículas - uma medida in-

troduzida durante os Jogos Olímpicos de 2008 e que permite retirar da circulação um quinto dos automóveis da cidade - mas, mesmo assim, o trânsito em Pequim é cada vez mais lento.

Às horas de ponta, sobretudo de manhã, a velocidade média actual em Pequim é de 24,1 km/hora, menos 3,6 km/hora do que em 2009, indicou o diretor do Centro de Investigação de Transportes de Pequim, Guo Jifu.

No final do primeiro semestre de 2010, Pequim tinha 4,4 milhões de veículos (mais 400.000 do que em dezembro passado) e se o crescimento não abrandar, em 2015 chegará aos 7 milhões. As ruas da capital chinesa só tem capacidade para 6,7 milhões de veículos, disse Guo Jifu.

alcançar seus objectivos”, disse à Andy Xie, economista inde-pendente radicado em Xangai. “Os dirigentes precisam salvar a pele”, acrescentou Andy Xie.

Nas últimas semanas, o governo determinou o encerra-mento, até Setembro, de 2.087 si-derúrgicas, cimenteiras, fábricas de alumínio e vidro, sob pena de ser interrompido o fornecimento

de energia eléctrica e os seus proprietários ficarem privados do acesso ao crédito.

As tentativas precedentes de encerramento das fábricas poluidoras terminaram, com frequência, em fracasso, já que novas fábricas abriam no mesmo local onde outras fechavam. Mas o governo parece encarar o tema com mais seriedade desta vez,

advertindo os dirigentes locais que não seriam promovidos se não alcançarem os objectivos de redução de emissões, disse Ma.

Para Yang Ailun, responsável do Greenpeace China, o encer-ramento de fábricas parece uma medida enganosa, uma vez que os problemas de poluição na China não param de se agravar nas três últimas décadas de crescimento económico. “Estas fábricas devem fechar, mas seria mais conveniente para o governo tomar medidas de longo prazo agindo sobre os pre-ços (da energia)”, disse a militante ecologista.