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ATIVIDADE FÍSICA EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA ...................... 276 AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES FUNCIONAIS, ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA, QUALIDADE DE VIDA E EQUILÍBRIO EM HOMENS COM DOENÇA DE PARKINSON. .................................................... 280 ESTUDO DA MARCHA DE HEMIPLÉGICOS EM FISIOTERAPIA EM GRUPO ....................................... 285 HIDROTERAPIA NO TRATAMENTO DOS PORTADORES DE LESÕES POR ESFORÇO REPETITIVO/DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO (LER/Dort) .... 289 OS EFEITOS DO MÉTODO DE REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL (PRG) NO TRAÇADO ELETROMIOGRÁFICO DO MUSCULO RESPIRATORIO ACESSORIO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO E NA FUNÇÃO PULMONAR DO PACIENTE COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: ESTUDO DE CASO ........................................................................................................................................... 293

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ATIVIDADE FÍSICA EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA...................... 276

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES FUNCIONAIS, ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA, QUALIDADE DE

VIDA E EQUILÍBRIO EM HOMENS COM DOENÇA DE PARKINSON. .................................................... 280

ESTUDO DA MARCHA DE HEMIPLÉGICOS EM FISIOTERAPIA EM GRUPO ....................................... 285

HIDROTERAPIA NO TRATAMENTO DOS PORTADORES DE LESÕES POR ESFORÇO

REPETITIVO/DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO (LER/Dort).... 289

OS EFEITOS DO MÉTODO DE REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL (PRG) NO TRAÇADO

ELETROMIOGRÁFICO DO MUSCULO RESPIRATORIO ACESSORIO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO

E NA FUNÇÃO PULMONAR DO PACIENTE COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:

ESTUDO DE CASO........................................................................................................................................... 293

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ATIVIDADE FÍSICA EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA

MEDINA LAR1; VANDERLEI FM2; TORRES DB1; VANDERLEI LCM4; SILVA FL3

; PADULLA SAT4.

1Aluno do Curso de Graduação em Fisioterapia da Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE, Presidente Prudente ² Aluna do Curso de Graduação em Fisioterapia da FCT/UNESP, Presidente Prudente 3 Departamento de Fisioterapia - UNOESTE, Presidente Prudente 4Departamento de Fisioterapia – FCT/UNESP, Presidente Prudente. [email protected]; Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE Rua José Bongiovani, 700 – Cidade Universitária – CEP 19050-900 – Presidente Prudente – São Paulo

Palavras – chave: Atividade física, prevenção, efeitos benéficos

1. INTRODUÇÃO

A atividade física tem sido proposta para indivíduos com Doença Renal Crônica

(DRC) para melhorar o condicionamento físico, capacidade funcional, força muscular e/ou

a qualidade de vida desses pacientes (MARIEKE et al., 2004).Utilizando uma análise

especifica dos componentes da aptidão física, é possível avaliar o perfil físico dos

indivíduos portadores de DRC, verificando o impacto desta doença e orientando quanto à

execução de programas de atividade física. Geralmente estes indivíduos apresentam baixa

tolerância ao exercício e capacidade funcional limitada devido principalmente á fadiga,

dispnéia, capacidade aeróbica e força muscular reduzida, portanto é fundamental conhecer

o nível de atividade física destes indivíduos para fomentar a implementação de programas

de atividade física (PAINTER, 2005).

Para que seja realizada uma mensuração apropriada da atividade física, vários

instrumentos estão disponíveis, sendo um deles o questionário Internacional Physical

Activity Questionnarie – IPAQ que é composto por perguntas que avaliam a atividade

física, em uma semana normal, a qual é subdividida em atividade como meio de transporte,

atividade no trabalho, exercícios e esporte (GUEDES, 2005).

2. OBJETIVOS

Levando em consideração que indivíduos portadores de DRC submetidos à

hemodiálise apresentam diminuição da capacidade funcional e conseqüentemente alteração

no seu estilo de vida, o presente estudo tem como objetivo avaliar o nível de atividade

física por meio do Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ e verificar

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naqueles que praticam atividade física, se a praticam de acordo com as normas e

recomendações básicas de prescrições de atividade física.

3. METODOLOGIA

Para execução deste trabalho foram analisados dados de 100 voluntários (55,60 ±

14,00), homens e mulheres, portadores de DRC submetidos à hemodiálise três vezes por

semana no Hospital Universitário “Dr. Domingos Leonardo Cerávalo” e no Instituto do

Rim da Santa Casa de Misericórdia.

A análise do nível de atividade física foi realizada por meio da aplicação do

questionário IPAQ em sua versão curta, o qual classifica os voluntários em muito ativo,

ativo, insuficientemente ativo A e B e sedentário. A aplicação do questionário foi feita de

forma individual antes ou durante o horário da sessão de hemodiálise, sendo que os

voluntários responderam ao questionário com o auxilio do entrevistador, possibilitando

assim um melhor esclarecimento em casos de dúvidas.

Aqueles que praticavam atividade física regularmente responderam a um segundo

questionário contendo 14 questões, sendo elas abertas e fechadas, as quais abordaram: se o

indivíduo pratica atividade física regularmente, se a pratica, qual a freqüência e duração

desta atividade, se receberam algum tipo de orientação médica e se a segue, se foi

submetido à avaliação médica e, como se sentem comparado à época que não praticava

atividade física. Indivíduos que apresentaram dificuldade de compreensão do questionário

ou não aceitaram respondê-lo foram excluídos. Estatística descritiva foi utilizada para

análise dos dados.

4. RESULTADOS

O gráfico 1 mostra o perfil do nível de atividade física obtido por meio da aplicação

do IPAQ.

Gráfico 1: Valores percentual do nível de atividade física segundo IPAQ.

Análise da Atividade Física

0%5%

10%15%20%25%30%35%

muito ativo

ativo

insuficientementeativo Ainsuficientementeativo Bsedentário

277

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Podemos observar que apenas 9% dos voluntários foram considerados muito ativo e

19% ativos. A maior parte dos voluntários foi classificada como insuficientemente ativo B

(23%) ou A (20%) e 29% foram classificados como sedentários.

Dos 100 voluntários analisados apenas 20 praticam atividade física regularmente,

sendo que nestes os resultados mostraram que em relação à freqüência de atividade

realizada, a maior parte dos praticantes a realiza de forma correta, sendo 10% de 1 a 2 vezes

por semana, 40% de 3 a 5 vezes e 50% mais de 5 vezes na semana. Dos indivíduos que

praticam atividade física regularmente, 45% a praticam durante 30 a 60 minutos, 50% a

praticam por mais de 60 minutos e 5% menos de 30 minutos.

Todos os voluntários realizam à atividade física por mais de um ano e 85 % se

sentem melhor comparado ao período que não praticavam atividade física, porém, 80% dos

praticantes não receberam orientações prévias, 85% não realizou avaliação médica, 95%

não são supervisionados por profissionais e 90% não controlam a intensidade desta

atividade.

5. DISCUSSÃO

A maioria dos voluntários analisados apresenta baixo nível de atividade física, o que

pode estar relacionado às limitações nas funções cardiovasculares e capacidade aeróbica. O

nível de atividade física destes indivíduos contribui para o aparecimento de doenças

cardiovasculares, que é a principal causa de morte em pacientes renais crônicos (STACK et

al., 2005; MANSUR et al., 2007).

É importante avaliar como a atividade física está sendo executada pelos indivíduos

com DRC fisicamente ativos e o grau de conhecimento sobre a forma correta de sua

execução. Desta forma, esta população poderia obter todos os benefícios do exercício sem

riscos, o que reverteria em melhor qualidade de vida e diminuição de custos com a saúde

populacional (LEITE, 1985).

Nos voluntários analisados que praticam atividade física regularmente, esta atividade é

executada com freqüência de 3 a 5 vezes por semana por 40% dos participantes, sendo que

50% a executam mais de 5 vezes por semana, tendo duração na maioria dos participantes

superior a 60 minutos. É necessário que a atividade física seja realizada com freqüência, de no

mínimo 3 vezes por semana, e o tempo será determinado pela intensidade da atividade, ou

seja, a atividade de maior intensidade deve ser realizada por menos tempo e com menor

freqüência, e a de menor intensidade deve ser realizado por mais tempo e com maior

freqüência, respeitando sempre os limites individuais de cada praticante (LEITE, 1985).

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Em relação às orientações médicas, a maioria dos indivíduos não passaram por

algum tipo de exame, não obtiveram orientações sobre a forma de execução da atividade,

não são supervisionados e nem controlam a intensidade da atividade física, isso é um dado

importante à medida que o exercício físico mal executado, sem orientações e controle, pode

resultar em riscos à saúde (GHORAYEB et al., 1999).

Para que a atividade física seja eficaz, uma prescrição adequada de exercícios

físicos deve ser feita, a qual precisa abordar tipo de exercício que deve se realizar,

freqüência, duração e intensidade do mesmo (CARVALHO et al., 1996). Além disso, a

orientação e supervisão de atividades físicas por profissionais capacitados são fundamentais

para garantir os efeitos benéficos que ela pode proporcionar e evitar os inconvenientes

esportivos (LEITE, 1985).

6. CONCLUSÃO

A maioria dos voluntários analisados apresenta baixo nível de atividade física e nos

voluntários fisicamente ativos a atividade física realizada apresenta vários aspectos fora de

normas e recomendações para prática da atividade física, o que reforça a atuação de

profissionais que possam orientar adequadamente estes indivíduos quanto a prática correta

da atividade física.

7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA CARVALHO, T. et al. Posição da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: Atividade Física e Saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.2, p.79-81, 1996. GORAYEB, N.; CARVALHO, T.; LAZZOLI, J.K. Prevenção da morte súbita na atividade física esportiva. In: GORAYEB, N., TURÍBIO, B. O exercício – Preparação fisiológica, avaliação medica. Atheneu: São Paulo, cap.26, p.289-293, 1999. GUEDES, D.P., LOPES, C.C, GUEDES, J.A.R. Reprodutibilidade e validade do Questionário Internacional de Atividade Física em adolescentes. Revista Brasileira de Medicina Esportiva. v.11 n.2, 2005. LEITE, P.F. Aptidão física, esporte e saúde, Santa Edwiges: Belo Horizonte, p.120, 1985. MANSUR, H.N.; LIMA, I.R.P.; NOVAES, J.S. Nível de atividade física e risco cardiovascular de pacientes com doença renal crônica. J. Bras. Nefrol. 2007; 29(4):209-214 MARIEKE CBAV, MATHIEU HGG, ROEL MH. The effects of a low-to-moderate intensity pre-conditioning exercise programme linked with exercise counselling for sedentary haemodialysis patients in The Netherlands: results of a randomized clinical trial. Nephrol Dial Transplant 2004;20(1):141-46. PAINTER P. Physical functioning in end-stage renal disease patients: update 2005. Hemodial Int 2005; 9:218-235. SATCK, A.G.; MALONY, D.A.; RIVES, T.; TYSON, J.; MURTHY B.V.R. Association of physical activity with mortality in the US dialysis population. Am J Kid Dis 2005; 45(4):690-710.

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AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES FUNCIONAIS, ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA, QUALIDADE DE VIDA E EQUILÍBRIO EM HOMENS COM DOENÇA DE

PARKINSON.

1. Fernanda Corrêa Yamashita 2. Tane Christine Saito

3. Suhaila Smaili Santos

1. Graduanda do Curso de Fisioterapia / UEL – Londrina – Pr 2. Graduanda do Curso de Fisioterapia/ UNIFIL – Londrina – Pr 3. Professora Adjunta do Departamento de Fisioterapia da UEL e UNIFIL – Londrina Pr / E-mail:

[email protected] Palavras-chave: Doença de Parkinson, fisioterapia, avaliação neurofuncional. Introdução

A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem progressiva do funcionamento dos

núcleos da base, de evolução lenta, que geralmente afeta a população de meia-idade e idosos

com pico de incidência na sexta década de vida. É composta por vários sinais e sintomas

relacionados às desordens da motricidade, devido à degeneração primária da substância negra

compacta onde é sintetizada a dopamina (STOKES, 2000). A tríade clínica característica da

DP é o tremor, rigidez e hipocinesia, todas causadas pela deficiência da dopamina (PORTO,

2001). A etiologia é idiopática, entretanto, existem evidências do envolvimento de causas

genéticas e causas externas (CALNE, 2005).

O diagnóstico da DP é definido em pacientes com parkinsonismo progressivo na

ausência de etiologia conhecida associado à resposta positiva após introdução da L-dopa.

(HOEHN e YAHR, 1967).

Com a progressão da doença, freqüentemente ocorrem alterações posturais e

instabilidade postural (MENESES e TEIVE, 1996). Adicionalmente, as alterações de

equilíbrio e marcha contribuem significativamente para a perda de função e dependência do

paciente (RUBINSTEIN e GILADI, 2002).

Atualmente, os profissionais de saúde estão convencidos que o objetivo do cuidado

médico não é somente tratar a doença, mas melhorar a qualidade de vida desses indivíduos

(BEHARI et al, 2005). Deste modo, a fisioterapia torna-se parte imprescindível ao tratamento

dos pacientes com DP, objetivando a melhora da independência funcional e da qualidade de

vida dos mesmos.

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Justificativa

O número de idosos cresce cada vez mais no Brasil e no mundo. Juntamente a este

crescimento aumenta também o número de patologias relacionadas ao envelhecimento,

estando a DP entre as doenças degenerativas mais prevalentes de todo o sistema nervoso

central. A fim de proporcionar melhor qualidade de vida para os indivíduos portadores de DP,

a fisioterapia está cada vez mais presente no processo de reabilitação destes pacientes e a

avaliação fisioterápica torna-se primordial para a elaboração de um plano terapêutico eficaz.

Objetivo

Avaliar a marcha, atividades funcionais, atividade de vida de diária, qualidade de vida

e equilíbrio em homens com Doença de Parkinson.

Materiais e Métodos

A amostra foi constituída por 15 indivíduos, do sexo masculino, com diagnóstico de

DP, com faixa etária acima de 54 anos, não institucionalizados e classificados entre os

estágios 1-3, segundo a Escala de Estadiamento de Hoenh e Yahr modificada. Todos os

participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido segundo os critérios do

Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina.

Foram excluídos do estudo indivíduos que realizavam outro tratamento terapêutico

além do medicamentoso ou que apresentavam outras doenças neurológicas associadas.

Integraram a avaliação os seguintes testes e instrumentos: avaliação fisioterápica

neurofuncional, Escala de Berg, Escala Unificada para a Avaliação da Doença de Parkinson

(UPDRS) – utilizando os domínios atividade de vida diária e exame motor –, Questionário

para Qualidade de Vida na Doença de Parkinson (PDQL) - utilizando os domínios Sintomas

da DP, Sintomas Sistêmicos, Itens Sociofuncionais e Função Emocional -, Escala de

Depressão em Geriatria (GDS -15).

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Resultados Tabela 1 – Avaliação Inicial – Características dos pacientes e escalas e avaliações específicas.

Média ± Desvio Padrão Mediana (Min – Max)

Idade (Anos) 63,00 (54,00 – 78,00)

Tempo de Diagnóstico (Meses) 48,00 (6,00 – 168,00)

H&Y 1,63 ± 0,87

Berg 47,20 ± 7,62

UPDRS II 15,00 (2,00 – 31,00)

UPDRS III 15,00 (2,00 – 46,00)

PDQL I 47,00 (32,00 – 65,00)

PDQL II 28,00 (18,00 – 36,00)

PDQL III 27,00 (16,00 – 43,00)

PDQL IV 29,00 (21,00 – 45,00)

GDS-15 6,00 (0,00 – 13,00)

H&Y: Escala de estadiamento de Hoehn e Yahr modificada. BERG: Escala de equilíbrio funcional de Berg. UPDRS: Escala unificada de avaliação para Doença de Parkinson: Parte II: atividades de vida diária, Parte III: exame motor. PDQL: Questionário para Qualidade de Vida na Doença de Parkinson: Parte I: Sintomas da Doença de Parkinson, Parte II: Sintomas Sistêmicos, Parte III: Itens Sóciofuncionais, Parte IV: Função Emocional.

Discussão Todos os pacientes avaliados foram classificados entre os estágios 1 e 3 da escala de

Hoehn e Yahr modificada, sendo a média 1,63 ± 0,87. A idade e o tempo diagnóstico foram

representados em mediana, com valores de 63 anos e 48 meses, respectivamente.

Todos os pacientes avaliados apresentaram alterações funcionais na UPDRS, tanto

no domínio II (atividades de vida diária - AVDs) quanto no III (exame motor). De acordo

com os dados obtidos nas avaliações, encontrou-se mediana de 15,00 nos domínios II e III.

Na escala GDS-15, foram encontrados pacientes sem nenhum indício de depressão e

paciente com grave suspeita de depressão. Os resultados tiveram mediana 6,00. De acordo

com a classificação desta escala, o paciente que apresenta escore maior de 5 pontos

apresenta suspeita de depressão.

Quando aplicado o questionário para avaliação da qualidade de vida, obteve-se no

domínio “Sintomas da DP” mediana de 47,00, no domínio “Sintomas Sistêmicos” 28,00, no

domínio “Itens Sociofuncionais” 27,00 e no domínio “Função Emocional” 29,00.

De acordo com a classificação da escala de Berg, o paciente que soma o escore

variando de 0-20 necessita de cadeira de rodas, de 21 -40 necessita de assistência para

deambulação e aquele que soma 41-56 é completamente independente. Brotherton, em

estudo realizado no ano de 2005 avaliou, entre outros critérios, o equilíbrio por meio da

Escala de Berg em 72 indivíduos de diferentes grupos populacionais, obtendo os seguintes

resultados expostos em média e desvio padrão: indivíduos adultos jovens saudáveis

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55.9±0,2; idosos saudáveis 54.9±1,4; indivíduos com doença de Parkinson (escala de

Hohen e Yahr entre II e III) 48,8±5,2 e adultos idosos com neuropatia periférica 52,3±2,6.

No presente estudo, a aplicação da escala de Berg nos participantes, evidenciou

média de 47,20 ± 7,62 pontos, sendo abaixo da prevista para indivíduos idosos saudáveis e

próxima à obtida por Brotherton para indivíduos com DP.

Segundo Goulart (2004), a necessidade de monitorar a evolução dos pacientes faz com

que o fisioterapeuta deva conhecer e utilizar as medidas sistematizadas e de fácil

aplicabilidade para avaliar pacientes com doença de Parkinson. A mensuração do estado

funcional e do quadro motor do paciente é de grande importância para o planejamento do

tratamento fisioterapêutico.

Conclusões As desordens do movimento e postura tipicamente presentes na doença de

Parkinson relacionam-se diretamente às alterações do padrão da marcha, equilíbrio e ao

comprometimento funcional registrado na maioria dos pacientes avaliados, contribuindo

para diminuição da mobilidade e independência. Todas estas alterações impactuam

negativamente na qualidade de vida, tornando o indivíduo com DP mais propenso à

depressão. A fisioterapia é amplamente utilizada no processo de reabilitação e, desta

maneira, o conhecimento e a mensuração das alterações funcionais e das habilidades de

marcha e equilíbrio por meio de métodos descritivos e objetivos torna-se fundamental para

a orientação de um programa fisioterapêutico adequado e para a monitorização freqüente da

evolução do paciente dentro deste programa, proporcionando um tratamento voltado às

reais necessidades do indivíduo.

Referências D. Calne.A definition of Parkinson's Disease Parkinsonism and Related Disorders.2005,11,39-40. F.Goulart; L. X. Pereira. Análise do desempenho funcional em pacientes portadores de doença de Parkinson. Fisioterapia & Pesquisa. 2005, II, 1, p. 12-6. M.Behari; A.Srivastavaak; R.M. Pandey. Quality of Life in pacients with Parkinson's disease. Parkinsonism and Related Disorders. 2005,11(4), 221-6. M.M. Hoehn; M.D. Yahr. Parkinsonism: onset, progression and mortality. Neurology. 1967, 17, 427-442. T.Rubinstein; N. Giladi. The power of cueing to circumvent dopamine déficits: a review of physical therapy treatment of gait disturbances in Parkinson's Disease. Movement Disorders. 2002, v.17, n.6. S.S. Brotherton; H.G. Williams. Are Measures Employed in the Assessment of Balance Useful for Detecting Differences among Groups that Vary by Age and Disease State? Journal of Geriatric Physical Therapy. 2005, 28, 14-19.

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M.S. Meneses; H.A.G. Teive. Doença de Parkinson: aspectos clínicos e cirúrgicos. Ed: Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, 1996. C.C. Porto. Semiologia médica. Ed: Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2001.

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ESTUDO DA MARCHA DE HEMIPLÉGICOS EM FISIOTERAPIA EM GRUPO João Domingos Augusto dos Santos Pereira1, Cristiano Rocha da Silva2, Adriana Carla de

França3, Francieli Maques Vanderlei4, Tânia Cristina Bofi5, Augusto Cesinando de Carvalho6

1UNESP-FCT/Departamento de Fisioterapia, Presidente Prudente - SP, [email protected] 2UNESP-FCT/Departamento de Fisioterapia, Presidente Prudente - SP, [email protected] 3UNESP-FCT/Departamento de Fisioterapia, Presidente Prudente - SP, [email protected] 4UNESP-FCT/Departamento de Fisioterapia, Presidente Prudente - SP, [email protected] 5UNESP-FCT/Departamento de Fisioterapia, Presidente Prudente - SP, [email protected]

6UNESP-FCT/Departamento de Fisioterapia, Presidente Prudente - SP, [email protected] Palavras-chave: Hemiplegia; marcha; avaliação.

Introdução e Justificativa

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das mais freqüentes causas de

impedimentos e perda de habilidades. O decréscimo na mobilidade é um obstáculo limitante

da autonomia de hemiplégicos em suas atividades de vida diária. O ato de andar é o objetivo

mais freqüente para pacientes hemiplégicos em reabilitação (MERCIER et al., 1999).

Na reabilitação, a avaliação qualitativa é um método que dificulta a correlação dos

dados levantados. Este problema pode ser resolvido com o emprego de escalas. As escalas

representam um bom modelo de avaliação quantitativa, traduzindo a informação clínica em

uma linguagem objetiva e universal, proporcionando uma base científica para a comunicação

em comum entre os vários profissionais (GARCIA, 1994). Uma das escalas quantitativas mais

utilizadas e importantes na avaliação da marcha é o Time Up and Go Test (TUGT).

Objetivos

Este trabalho apresentou como objetivo avaliar a evolução do desempenho da marcha

dos pacientes do Projeto Hemiplegia.

Materiais e Métodos

O estudo foi realizado no Centro de Estudos e Atendimento em Fisioterapia e

Reabilitação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista -

UNESP, em Presidente Prudente, no período de agosto de 2006 a fevereiro de 2008. Um total

de 10 pacientes portadores de hemiplegia direita ou esquerda, com idade 61,00 ± 11,25 anos

de ambos os sexos, e tempo de lesão de 3,17 ± 1,86 anos, capazes de deambular, com ou sem

apoio de órtese foram inclusos neste trabalho. Excluíram-se os pacientes incapazes de

deambular.

Para participar deste estudo, os hemiplégicos assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido e trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da FCT-UNESP. Para

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avaliarmos os pacientes hemiplégicos utilizamos o TUGT. Antes da aplicação, o teste foi

devidamente explicado a cada paciente, e realizado num mesmo momento.

O TUGT é um teste simples e rápido para avaliar a mobilidade e habilidade funcional

dos idosos durante a marcha (SHAMAY; CHRISTI; HUICHAN, 2005; PODSIADLO;

RICHARDSON, 1991), capaz de detectar os problemas de equilíbrio que afetam as

capacidades de mobilidade diária dos pacientes idosos (SHUMWAY-COOK;

WOOLLACOTT, 2003). O TUGT iniciou-se com o indivíduo sentado numa cadeira

confortável, com apoio para as costas e braços, utilizando seus calçados usuais e seu

dispositivo de auxílio à marcha. Solicitou-se ao paciente que andasse em linha reta até um

cone, distante 3 metros, para sentar-se novamente. O tempo requerido para completar a tarefa

foi mensurado em segundos por um cronômetro e anotado numa planilha para posterior

análise.

Análise estatística foi realizada utilizando estatística descritiva e o teste não-

paramétrico de Friedman, sendo que neste último, a significância (α) utilizada foi de 0,05.

Resultados

As médias do TUGT foram 23,82 ± 10,21; 19,06 ± 10,72; 19,78 ± 8,32 e 21,18 ±

11,89; respectivamente para os teste de 1 a 4; tabela 1. A quantidade de sujeitos que

obtiveram tempos menores que 20 segundos foram 5; 6; 6 e 6, respectivamente para os teste

de 1 a 4; tabela 2. Na tabela 2 os valores em negrito correspondem aos sujeitos que utilizaram

órteses. As diferenças entre as médias nos quatro momentos distintos apresentaram

significância estatística (α = 0,004).

Tabela 1. Médias e desvios padrão, em segundos, obtidos nas avaliações com o Time Up and Go Test

Teste 1 2 3 4

Média 23,82 19,06 19,78 21,18

Desvio padrão 10,21 10,72 8,32 11,89

Tabela 2. Valores individuais, em segundos, obtidos nas avaliações com o Time Up and Go Test

n Teste 1 Teste 2 Teste 3 Teste 4 1 38,33 41,30 30,16 42,02 2 35,71 27,07 24,24 28,54 3 13,72 10,25 11,14 11,06

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4 17,25 12,23 13,44 11,61 5 20,32 15,12 18,39 15,93 6 32,60 22,94 28,57 27,16 7 17,53 14,09 13,38 14,44 8 34,74 29,06 32,17 38,06 9 14,14 10,75 16,32 13,47 10 13,89 7,80 10,04 9,47

Discussão

Estudos na literatura apresentam diferentes valores limítrofes para a execução do

TUGT, associando estes valores aos riscos de quedas; a realização de atividades de vida diária

ou a mobilidade.

Por exemplo, em um estudo da previsão do risco de quedas em idosos utilizando o

TUGT os autores identificaram que um tempo maior que 14 segundos, há um risco pertinente

de quedas (SHUNWAY-COOK; BRAUER; WOOLLACOTT, 2000); em outro o valor

encontrado foi de 30 segundos (PODSIADLO; RICHARDSON, 1991), porém neste último os

sujeitos possuíam problemas neurológicos.

Em um estudo realizado, no qual analisaram 413 idosas da comunidade e 78 idosas

institucionalizadas, 92% das idosas obtiveram tempos menores que 12 segundos e todas

abaixo de 20; em contraste somente 9% das idosas institucionalizadas obtiveram tempo menor

que 12 segundos, 42% abaixo de 20, 32% tiveram resultados entre 20 e 30 segundos e 26%

conseguiram acima de 30 segundos ()

Nós investigamos se os sujeitos do projeto hemiplegia apresentaram melhoras no

desempenho da marcha. Nossos resultados indicaram que ocorreu uma manutenção da

qualidade da marcha dos hemiplégicos, tanto nas médias quanto nos tempos individuais.

Nenhuma das quatro médias ficou acima de 30 segundos e duas ficaram abaixo de 20;

indicando que os pacientes apresentam alguma limitação na execução de suas marchas.

Conclusão

Neste estudo observou-se que os comprometimentos ocasionados pelo AVC afetaram

negativamente o desempenho da marcha e a fisioterapia garantiu a manutenção da mesma.

Referências BISCHOFF, H.A.; STAHELIN, H.B.; MONSCH, A.U.; IVERSEN, M.D.; WEYH, A.; DECHEND, M.; AKOS, R.; CONZELMANN, M.; DICK, W.; THEILER, R. Identifying a cut-off point for normal mobility: a comparison of the timed ‘up and go’ test in community-dwelling and institutionalised elderly women. Age and Ageing. v.32, p.315–320, 2003.

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FULLER G. F. Falls. American Academy of Family Physicians. v.61, n.7, p.2159-68, abril. 2000. GARCIA, M. F. Escalas de valoriación funcional: aplicaciones, características y criterios de selección. Rehabilitación Real, v.28, n. 6, p. 373-376, 1994. HARRIS, J. E.; ENG,J. J.; MARIGOLD D. S.; TOKUNO, C. D.; LOUIS C. L. Relationship of balance and mobility to fall incidence in people with chronic stroke. Physical Therapy. v.85, p.150-9. 2005. MERCIER, C.; BOURBONNAIS, D.; BILODEAU S.; LEMAY, J. F.; CROSS, P. Description of a new motor re-education programme for the paretic lower limb aimed at improving the mobility of stroke patients. Clinical Rehabilitation. v.13, p.199-206, 1999. PODSIADLO, D; RICHARDSON S. The timed "up & go": A test of basic functional mobility for frail elderly persons. Journal Am. Geriatr. Soc., v. 39, p. 142-148, 1991. SHAMAY S. NG; CHRISTI W.; HUI-CHAN. The Timed Up & Go test: its reliability and association with lower-limb impairments and locomotor capacities in people with chronic stroke. American Journal of Physical Medicine Rehabilitation. v.86, p.1641-7, 2005. SHUNWAY-COOK, A.; BRAUER, S.; WOOLLACOTT, M. Predicting the probability for Falls in community-dwelling older adults using the Time up and Go Test. Physical Therapy. v.80, p.896, Sep. 2000. SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT M. Controle Motor: teoria e aplicações práticas. São Paulo; Manole, 2003.

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HIDROTERAPIA NO TRATAMENTO DOS PORTADORES DE LESÕES POR ESFORÇO REPETITIVO/DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS

AO TRABALHO (LER/Dort) Ana Carla Lima de Campos¹; Amanda Casoti²; Maria Rita Masselli³; Iracimara de Anchieta

Messias4. ¹ [email protected] ² [email protected] ³ [email protected] (Orientadora docente) 4 [email protected] Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Palavras chaves: Hidroterapia, Síndrome do túnel do carpo, Lesão por esforço repetitivo.

INTRODUÇÃO

As Lesões por Esforço Repetitivo (LER) representam uma síndrome de dor nos

membros superiores, com queixa de grande incapacidade funcional, causada primariamente

pelo próprio uso das extremidades superiores com movimentos repetitivos, ritmados e

intensos no trabalho e as várias pressões geradas pela organização do trabalho (BARBOSA et

al, 2006).

A Síndrome do Túnel do Carpo é a neuropatia compressiva mais comum entre as

patologias relacionadas às lesões por esforço repetitivo/distúrbio osteomuscular relacionado

ao trabalho. O nervo mediano pode ser comprimido na região do túnel do carpo por qualquer

proliferação tenossinovial, anormalidade da articulação do punho, tumor ou anomalia

muscular (KOUYOUMDJIAN, 1999). Os sintomas dessa patologia são dor, parestesia,

adormecimento, perda de força e edema, sendo responsáveis por uma parcela significativa das

causas da queda do desempenho no trabalho (REGIS; MICHELS; SELL, 2006).

De acordo com cartilha do Ministério da Saúde, o trabalho em equipe multidisciplinar

é o ponto fundamental de partida para o sucesso terapêutico. O tratamento fisioterapêutico

consiste em termoterapia, eletroterapia, massagens, cinesioterapia, órteses, RPG e outras

técnicas. As atividades citadas e outras como a terapia ocupacional, hidroterapia, osteopatia e

acupuntura e às vezes bloqueios anestésicos, devem ser combinadas entre si (MAENO et al.,

2001).

Dentre os principais efeitos terapêuticos da água estão à promoção do relaxamento

muscular pela redução da tensão, a diminuição dos espasmos musculares pela temperatura

aquecida da água e a redução da sensibilidade à dor. Outro importante efeito terapêutico é o

aumento da facilidade na execução dos movimentos articulares. A flutuação na água

contrapõe-se à gravidade aliviando o peso corporal e reduzindo as forças de compressão sobre

as articulações (SALVADOR; SILVA; ZIRBES, 2005).

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JUSTIFICATIVA

Foram encontrados na literatura trabalhos nos quais a hidroterapia foi utilizada como

parte do tratamento de portadores de fibromialgia e em todos os resultados foram satisfatórios

como a melhora do bem estar geral do paciente (ROCHA et al., 2006; MOSMANN et al.,

2006; SALVADOR; SILVA; ZIRBES, 2005). Entretanto, até o momento, não foram

encontrados trabalhos e pesquisas aplicando-se as técnicas da hidroterapia em tratamentos de

portadores de LER/Dort. Diante disso, surgiu a idéia de propor o tratamento hidroterapêutico

para esses pacientes.

OBJETIVOS

Os objetivos deste trabalho foram elaborar um programa de exercícios a ser realizado

em piscina aquecida e verificar o resultado do tratamento, através da comparação dos índices

obtidos pelo questionário de Boston, antes e após 10 sessões de hidroterapia.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram selecionados 10 voluntários entre 30 e 60 anos, de ambos os sexos, portadores

de LER/Dort com diagnóstico de síndrome do túnel do carpo (projeto aprovado pelo Comitê

de Ética da FCT/Unesp, processo no.179/2007).

O questionário de Boston consta de duas partes: escala de gravidade dos sintomas e

escala do estado funcional. A escala de gravidade dos principais sintomas é composta de 11

questões e a escala funcional aborda 8 atividades usuais. O índice é obtido pela soma da

pontuação dividida pelo número de questões, determinando uma variação entre 1 e 5, sendo

que 1 representa sintomatologia mínima e 5 a máxima. Os voluntários responderam o

questionário antes e após dez sessões de hidroterapia. As sessões tinham duração de 60

minutos e realizadas três vezes por semana. A análise dos dados contou com testes estatísticos

não paramétricos de Soma das Ordens Assinaladas e de Correlação de Spearman, para avaliar

se houve efeito do tratamento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através da aplicação do questionário de Boston encontramos uma média de índice

para Gravidade dos Sintomas de 3,02 no pré-tratamento e 2,09 no pós-tratamento, diferença

estatisticamente significante (p=0,003). Para a Escala Funcional uma média de índice de 3,61

no pré-tratamento e 2,89 no pós-tratamento, (p=0,004) diferença estatisticamente significante

(Tabela 1).

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TABELA 1: Valores dos índices obtidos através do questionário de Boston para a escala de gravidade dos sintomas e para a escala funcional, antes e após sessões de hidroterapia.

Sintomas Funcional

Voluntários Pré-tratamento Pós-tratamento Pré-tratamento Pós-tratamento

1 2,09 1,63 3,37 2,42 2 2,90 2,27 3,12 2,75

3 2,81 2,09 4,14 2,42

4 3,81 2,27 3,57 3,0

5 3,63 2,72 4,50 4,0 6 3,09 1,63 3,57 2,71

7 3,63 1,81 4,0 2,62

8 2,90 1,90 3,75 3,0 9 2,45 2,09 3,38 3,62

10 2,91 2,18 2,75 2,37

Média 3,02 2,09 3,61 2,89

Diante da escassez de trabalhos sobre os efeitos da hidroterapia no tratamento de

portadores de LER/Dort, temos que fazer referência a trabalhos com portadores de

fibromialgia. Salvador; Silva; Zirbes (2005) realizaram estudo com mulheres fibromiálgicas e

concluíram que a realização da hidroterapia causou uma redução da sintomatologia dolorosa,

da fadiga e dos distúrbios do sono. Houve também uma melhora na realização das atividades

de vida diária. Mosmann et al. (2006) compararam a eficácia dos tratamentos não

farmacológicos com paciente portadores de fibromialgia e concluíram que a hidroterapia foi

mais eficaz do que a fisioterapia convencional para promoção do relaxamento muscular,

diminuição dos espasmos e redução da sensibilidade da dor. Rocha et al. (2006) estudaram os

efeitos da hidroterapia associada a pompagem e alongamentos gerais no tratamento de uma

paciente portadora de fibromialgia, e concluiram que as atividades na água proporcionaram

uma redução da dor e um bem estar.

Os doentes com dor crônica geralmente exibem sintomas neurovegetativos, como

alterações nos padrões do sono, apetite, peso e libido, associados à irritabilidade, alterações de

energia, diminuição da capacidade de concentração, restrições da capacidade para atividades

familiares, profissionais e sociais (FIGUEIRÓ, 2000).

Um estudo sobre as relações da LER/Dort com os processos produtivos e suas

conseqüências sobre a saúde física e mental de trabalhadores traz depoimentos de sofrimento

pela dor, angústia e culpa pela incapacidade de continuar trabalhando (MERLO, 2003). Nos

relatos do grupo deste estudo compareciam queixas de alterações do sono e excessiva

preocupação com o prejuízo da renda familiar. Para abordar essas questões adequadamente os

portadores de LER/Dort deveriam contar com atendimento de um psicoterapeuta, que fica

então como sugestão para novas pesquisas.

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CONCLUSÃO

Apesar da amostra pequena verificamos que a hidroterapia melhora a realização de

atividades de vida diária e é eficaz na redução da sintomatologia dolorosa. Diante destes

resultados concluiu-se que um programa especialmente elaborado de hidroterapia traz

evidentes benefícios para os portadores de Síndrome do Túnel do Carpo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, V.R.N.; DANTAS, F.G.; CARDOSO, M.A.A.; MEDEIROS, J.L.A. DE. Dor e parestesias nos membros superiores e diagnóstico da Síndrome do Túnel do Carpo. Arquivos Neuropsiquiatria, v.64, n.4, p.997-1000, 2006. FIGUEIRÓ, J.A. A Dor. São Paulo: Publifolha, 2000, p.52. KOUYOUMDJIAN, J.A. Síndrome do Túnel do Carpo aspectos atuais. Arquivos Neuropsiquiatria, v.57, n.2, p.504-512, 1999. MAENO, M.; ALMEIDA, I.M. DE.; MARTINS, N.C.; TOLEDO, L.F. DE.; PAPARELLI, R. Diagnóstico, Tratamento, Reabilitação, Prevenção e Patologia das LER/DORT. Ministério da Saúde do Brasil, Brasília/DF, série A, n.105, p.27-39, 2001. MERLO, A.R.C.; VAZ, M.A.; SPODE, C.B.; ELLBERN, J.L.G.; KARKOW, A.R.M.,VIEIRA, P.R.B. O trabalho entre o sofrimento e o adoecimento: a realidade dos portadores de lesões por esforços repetitivos. Revista Psicologia e Sociedade, Porto Alegre, v.15, n.1, jan/jun. 2003. MOSMANN, A.; ANTUNES, C.; OLIVEIRA, D. DE; NEVES, C. L. M. Atuação fisioterapêutica na qualidade de vida do paciente fibromiálgico. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 16, n. 4, p. 172-177, out./dez. 2006. REGIS FILHO, G.I.; MICHELS, G.; SELL, I. Lesões por esforços repetitivos/ distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho em cirurgiões-dentistas. Revista Brasileira de Epidemiologia, v.9, n.3, p.346-359, 2006. ROCHA, M.O.; OLIVEIRA, R.A. DE; OLIVEIRA, J. DE; MESQUITA, R.A.Hidroterapia, Pompage e Alongamento no tratamento da fibromialgia- relato de caso. Fisioterapia em Movimento, v.19, n.2, p.49-55, abr/jun. 2006. SALVADOR, J.P.; SILVA, Q.F.; ZIRBES, M.C.G.M. Hidrocinesioterapia no tratamento em mulheres com fibromialgia: estudo de caso. Fisioterapia e Pesquisa, v.11, n.1, p.27-36, 2005.

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OS EFEITOS DO MÉTODO DE REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL (PRG) NO

TRAÇADO ELETROMIOGRÁFICO DO MUSCULO RESPIRATORIO ACESSORIO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO E NA FUNÇÃO PULMONAR DO PACIENTE COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: ESTUDO DE CASO1

Edvani Regina Bornia Cuice [email protected]

INTRODUÇÃO

De acordo com a Global Iniciative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD),

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um estado patológico caracterizado por uma

limitação do débito aéreo que não é totalmente reversível. A limitação ventilatória é,

geralmente, progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anômala dos pulmões à

inalação de partículas ou gases nocivos.

Ao contrário de outras doenças, que nas últimas décadas cursaram com redução

significativa da mortalidade, tanto a prevalência como a morbidade e a mortalidade por

DPOC continuam aumentando em diversos países. Nos Estados Unidos da América (EUA),

pelo menos 10% dos homens acima de 40 anos sofrem com a doença. (TARANTINO, 2002)

Conforme estudos de Paulin et at. (2003) as várias adaptações estruturais dos

músculos da caixa torácica, seriam provocadas pelo mecanismo de hiperinsuflação pulmonar,

que geraria uma remodelação dos músculos inspiratórios, especialmente do diafragma, que

tende a se retificar, podendo originar dispnéia.

Apesar de a literatura apontar com clareza a importância da manutenção do

comprimento muscular adequado, a ação do alongamento sobre os músculos respiratórios

permanece pouco explorada. (TEODORI et al.,2002)

A reeducação postural global, mais freqüentemente designada por suas iniciais RPG, é

um método de alongamento criado por Phillippe Emanuel Souchard em 1981 na França e tem

por base a compreensão das cadeias musculares posturais, procurando alongar um conjunto de

músculos estáticos e antigravitários, os rotadores internos e os inspiratórios em função da

patologia de cada paciente.

O método da RPG apresenta preocupação especial com o alongamento da musculatura

respiratória, e seus benefícios, são claramente demonstrados na prática clínica. Diante da

necessidade de alongamento da musculatura respiratória do paciente portador de DPOC e de

um estudo mais detalhado sobre as mudanças estruturais ocorridas nos músculos respiratórios

1 Monografia apresentada ao Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista (UNESP), como requisito para conclusão do Curso de Especialização em Fisioterapia Cardiorespiratória.

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acessórios, muito comprometidos nestes pacientes, propôs-se a análise destes músculos após

alongamento através das técnicas do método da RPG.

Em vista disso, o alongamento dos músculos respiratórios, preferencialmente os

músculos acessórios da respiração, poderia contribuir para melhorar sua força muscular e

flexibilidade, melhorar a mobilidade torácica e diminuir a complacência estática pulmonar

nos pacientes portadores de DPOC.

OBJETIVO

O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do método da RPG, na atividade

eletromiográfica do músculo esternocleidomastoideo (acessório da respiração), na função

cardiorespiratória e na qualidade de vida de um indivíduo portador de DPOC.

MATERIAL E MÉTODO

Participou deste estudo, um paciente portador de DPOC de grau moderado, que ao

corresponder aos itens de inclusão, foi submetido a uma avaliação geral e medidas específicas

como espirometria, manovacuometria, toracometria, teste da caminhada de seis minutos,

avaliação do traçado eletromiográfico do músculo esternocleidomastoideo e avaliação clínica

postural. Dando seqüência ao protocolo, o paciente também foi submetido a um questionário

de qualidade de vida e escala de dispnéia de BORG, ressaltando que todos os testes foram

realizados no início e no final do tratamento proposto.

Para avaliação do traçado eletromiográfico do músculo esternocleidomastoideo

(ECOM), o paciente integrante da pesquisa, portador de DPOC, foi avaliado juntamente com

um indivíduo normal, sem a doença. No teste, o voluntário normal foi submetido à análise do

traçado eletromiografico deste músculo apenas uma vez, e o portador da doença realizou dois

testes, que ocorreram antes e após a realização do tratamento proposto. Este procedimento

teve a finalidade de comparar o traçado eletromiográfico do músculo ECOM do paciente

portador da doença, antes do tratamento, com o traçado do indivíduo normal e posteriormente

compara-lo com o obtido após tratamento realizado.

Segundo o protocolo de atendimento, o paciente foi submetido à duas sessões de RPG

semanais durante um período de dois meses, tendo a sessão duração de 45 minutos. Cada

sessão constou de duas posturas, que foram a de “rã no chão” com braços fechados e a de “rã

no ar” com braços fechados.

Como método estatístico, adotou-se uma análise descritiva de um estudo de caso.

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RESULTADOS

Para apresentação dos resultados da atividade eletromiográfica captada no músculo

ECOM direito e esquerdo durante inspiração forçada, antes e após o tratamento com o

método, cabe ressaltar que foram obtidos valores de ativação muscular (quantificados em

Root Mean Square – RMS). Observou-se que existe diferença de ativação muscular entre o

voluntário normal e o paciente com a doença que necessita de maior ativação do músculo

ECOM durante a inspiração forçada do que o voluntário normal. Após o programa de

tratamento realizado no paciente com a doença, o músculo ECOM do lado direito (2.3)

apresentou atividade muscular que se aproxima da atividade muscular do voluntário normal

(2.1). Na observação do lado esquerdo, esse fato permaneceu praticamente inalterado

(indivíduo com a doença 3.1 e indivíduo normal 1.2).

Com relação aos valores espirométricos, houve um acréscimo da capacidade vital

forçada (CVF) (de 2,39 para 2,76 representando 15,48%) e do volume expiratório forçado no

primeiro segundo (VEF1) (de 1,06 para 1,22 representando 15,09%). Já os valores do volume

expiratório forçado no primeiro segundo em relação à capacidade vital forçada (VEF1/CVF)

apresentou-se praticamente inalterado (de 79,5% para 79,4%) e os valores do pico de fluxo

expiratório (PFE) apresentaram um pequeno declínio (de 3,84 para 3,35, representando

12,76%). Na toracometria, observou-se aumento tanto no coeficiente de amplitude axilar

(6,5cm para 7,0cm) quanto no coeficiente de amplitude xifoideana (3,0cm para 5,0cm) sendo

este mais significativo. Houve um ganho importante na capacidade submáxima ao exercício

avaliada pelo teste da caminhada de seis minutos (de 500m para 573m).A qualidade de vida

avaliada pelo Chronic Respiratory Questionnaire apresentou melhora no domínio dispnéia

(de 4,0 para 4,8).

No quadro postural, após tratamento com o método, houve diminuição da projeção

anterior da cabeça e melhora da horizontalidade do olhar, diminuição da hipercifose dorsal e

da lordose diafragmática, ganho de flexibilidade em cadeia posterior e normalização da

posição das escápulas.

DISCUSSÃO

Com relação ao teste eletromiográfico do músculo ECOM, observou-se o músculo

direito e esquerdo do paciente com DPOC quase duas vezes mais ativo que o músculo do

indivíduo controle sem a doença. Após o tratamento, essa ativação do músculo do lado direito

do paciente portador da doença se assemelhou à ativação do mesmo músculo do lado direito

do paciente controle.

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O paciente tratado apresentou melhora de mobilidade torácica mais acentuada na

região torácica inferior, sugerindo melhora da excursão diafragmática e um melhor

recrutamento das fibras mais baixas dos músculos intercostais e, menor trabalho dos músculos

respiratórios acessórios.

Ao se avaliar a capacidade submáxima ao exercício, o paciente submetido ao

tratamento, apresentou melhora de 73m na distância percorrida no Teste da Caminhada de 6

minutos, sendo que se considera significante um aumento de 54m para o indivíduo portador

de DPOC.

Com relação à análise postural do paciente, após dois meses de tratamento,

observamos principalmente um alinhamento da posição da cabeça, com aquisição do olhar

horizontal, que denota um melhor sincronismo entre a musculatura posterior (espinhais do

pescoço) e anterior (esternocleidomastoideo) e ganho de flexibilidade pelo alongamento de

sua cadeia posterior.

CONCLUSÃO

O tratamento com o método da RPG melhorou os índices de ativação muscular do

músculo acessório da respiração esternocleidomastoideo na avaliação do traçado

eletromiográfico, melhorou parâmetros cardiopulmonares como função pulmonar, capacidade

de exercício, expansibilidade torácica, redução da dispnéia e melhorou a sincronia e

flexibilidade muscular deste paciente portador de DPOC.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GOLD – Estratégia Global para o Diagnóstico, Controle e Percepção da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Relatório do Workshop do NHLBI e da OMS, 1998. GUIRRO, R. SERRÃO, F.V., MAGDALON, E.C. & MARDEGAN, M.F.B., Alterações do sinal mioelétrico decorrentes do alongamento muscular. In: Congresso Brasileiro de Biomecânica, 9., São Paulo: Anais, 2001, São Paulo, p. 245-250. PAULIN, E.; BRUNETTO, A.F.; CARVALHO, C.R.F. Efeitos de Programas de Exercícios Físicos direcionados ao aumento da mobilidade torácica em pacientes portadores de doenças pulmonar obstrutiva crônica. Jornal de Pneumologia. V. 29 (5), p. 287-294, 2003. TARANTINO, A. B. Doenças pulmonares. 5. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. TEODORI, R.M.; MORENO, M.A.; FIORI JUNIOR, J.F.; OLIVEIRA, A.C.S. Alongamento da Musculatura Inspiratória por Intermédio da Reeducação Postural Global (RPG). Revista Brasileira de Fisioterapia, v.7,n.1, p. 25-30, 2002.