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02/04/2016 - Saúde - Edição 3.220

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Bento GonçalvesSábado | 2 de Abril de 2016

Mudar alguns de seus hábitos cotidianos pode ser a solução para esse problema

Página 2

Como acabar com a insônia

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Texto: Ivan SeibelFonte Folha do Mate

Sábado, 2 de abril de 20162

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De tempos em tempos en-contramos pessoas com as ve-lhas queixas: não conseguem dormir quando tanto o preci-sam, ou seja, durante a noite. Estas pessoas não conseguem adormecer e quando conse-guem, passam a ter um sono intranquilo, frequentemente interrompido e seguido de um novo e longo período de vigília.

Para entendermos melhor todo esse problema, será preciso considerar que não há um tem-po de sono padrão. Cada pessoa tem o seu ciclo de vigília e sono o qual está sujeito à influência de uma série de fatores e que vão desde hábitos comporta-mentais, hábitos alimentares e mesmo fatores extrínsecos e alheiro à própria vontade.

Comecemos, pois, pelos há-bitos comportamentais. Pesso-as com o seu dia a dia muito desorganizado, que “dormem” muito, isto é, que passam mui-tas horas por dia acamadas, por não terem o que fazer ou por serem depressivas, tendem a desorganizar o seu horário de sono. Com isto, não conseguem estabelecer um ciclo vigília-so-no regular: dormem até tarde, manhã adentro, cochilam após o meio dia e depois, quando a noite chega, começam a con-tar as batidas do relógio: meia noite, duas horas, três horas, e assim por diante. Entre os fa-tores alimentares podemos ci-tar as refeições fartas, tarde da noite, especialmente aquelas muito gordurosas ou a ingestão de bebidas estimulantes como o chimarrão e o café, próximo

ao horário de deitar. Entre os fatores ambientais ou extrín-secos poderíamos considerar o consumo de grande quantidade de bebida alcoólica, o tabagis-mo, o estresse e também a prá-tica de exercícios físicos próxi-mo aos horários de dormir.

Temos que lembrar também que o tempo ideal de sono muda de pessoa para pessoa. Assim, alguns necessitam de cinco ho-ras e outros precisam de oito ou nove horas bem dormidas para se sentirem revigorados. Além disto, há também uma grande variação relacionada ao sexo e à própria idade das pessoas: crianças de colo dor-mem dezoito a vinte horas, um indivíduo de quarenta anos, de uma atividade intelectual muito intensa, pode conseguir descansar com cinco horas de sono enquanto que um ancião de oitenta anos talvez necessi-te de dez ou mais horas para conseguir este resultado.

O que fazer para solucio-nar este problema? Diria que,

antes de qualquer coisa, uma vida regular e saudável e uma boa alimentação poderão solu-cionar esta dificuldade. Fazer cinco ou seis refeições peque-nas ao longo do dia, certamen-te irá trazer um maior bem estar o qual contribuirá para a chegada do tão merecido sono ao final da jornada diária de trabalho. Há um antigo ditado que diz: “Der Mensch ist ein Gewohnheitstier”, ou seja o ser humano precisa de hábitos para viver bem. Quase todos os seres vivos estão ativos du-rante o dia e dormem durante a noite. O ser humano também não é muito diferente. Portan-to, “quem cedo madruga...”. Ló-gico, não precisamos acordar o galo para seu primeiro canto. Assim, quem consegue aprovei-tar bem o dia, com a chegada da noite certamente poderá cair “nos braços de Morfeu” para o devido descanso.

Insônia

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Grupos de apoio ao luto: vidasreconstruídas e fortalecidasFranciele Sassi

Psicóloga Especialista em Teoria,

Pesquisa e Intervenção em Luto e Perdas

CRP 07/24082Telefone 9934.1643

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Sábado, 2 de abril de 2016

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Os grupos de apoio existentes nas diferentes esferas da vida social possibilitam o compartilhamento de objetivos, anseios e necessida-des. Configuram-se como suportes sociais de apoio e amparo frente às dificuldades de atravessamento e superação do processo de mudança imposto pela vida. A participação em grupos permite que os indiví-duos apreendam normas de proce-dência sociais, ensina a sedimentar as relações estabelecidas, identifi-car objetivos pessoais, criando uma série de benefícios à saúde mental de seus participantes. Por meio da experiência prática de grupos de apoio ao luto, num contexto de trabalho com a reconstrução de histórias para o fortalecimento da vida, observou-se que tal experiên-cia demonstra aspectos positivos, uma vez que o compartilhamento das emoções num ambiente seguro de trocas mútuas parece promover o desenvolvimento e/ou o aprimo-ramento de habilidades para o reconhecimento dos sintomas e re-ações de luto como naturais deste processo, a fim de que, ao longo do tempo de cada pessoa, seja possível reinvestir na vida e no viver.

Sentir a dor do luto e permitir--se pertencer a um grupo de apoio promove a extensão do indivíduo para espaços de partilha e com-partilhamento de informações, orientação emocional e resolução

de conflitos. Sua participação au-toriza a redução de sentimentos de inadequação frente à perda; desenvolve habilidades de comu-nicação e expressão das emoções; oportuniza aprender a manejar com as próprias limitações e pro-move a retomada do controle sobre determinadas situações. Além dis-so, a experiência compartilhada da perda e sua colocação em contexto auxilia na integração da experi-ência da perda na vida dos enlu-tados, promovendo um sentido de continuidade e conexão familiar, cultural e humana, oportunizando recursos terapêuticos capazes de fortalecer a cada membro para o resgate do senso de si mesmo como parte de um processo de transfor-mação e ressignificação.

Os grupos de apoio ao luto têm, como objetivos essenciais, educar para a morte; apoiar e incentivar a expressão das emoções emergen-tes de modo a compreendê-las e trabalhá-las; promover orientação psicológica frente a determinadas condutas e formas de pensar e

sentir; possibilitar a socialização do grupo para que seja possível a consolidação de uma rede de apoio capaz de fortalecer os seus mem-bros; criar conhecimento a respei-to de sintomas e reações normati-vas e esperadas frente ao processo de luto e transformar práticas de modo que cada membro possa, com o tempo, reinvestir na sua vida e nas demais relações

Permitir-se fazer parte de um grupo de apoio ao luto significa autorizar-se a si mesmo e ao outro o processo de mudança. Integrar--se como um membro, por sua vez, refere-se à possibilidade de novas construções e de modos de ser e viver diferentes. Diz respeito à transformação e ressignificação de crenças e valores. Grupo também é laço, é a formação e consolidação de novos vínculos. A união de indiví-duos que estabelecem uma aliança para auxiliarem uns aos outros, com a finalidade comum de trans-formar a dor do luto em momentos de lembranças e saudade é, sobre-tudo, uma proposta de amor.

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Fotos Reprodução

Calorias, crença a ser questionada

Médico

Cézar de Moura

Sábado, 2 de abril de 20164

Peço que reflita em relação a crença de que obesidade resulta do consumo calórico, será que 100 calo-rias de cenoura é o mesmo que 100 calorias de gelatina diet, por exem-plo? Seu descontentamento é com o peso na balança ou com a sua ima-gem corporal, refletida no espelho e no caimento das roupas? Vejamos, tudo na vida é dependente do modo como relacionamos a realidade com as nossas crenças, saúde e obesi-dade não é diferente. Observemos o quanto a realidade do estresse gerado pela guerra com a balança é sustentado por uma crença no balanço calórico, como fonte gerado-ra de obesidade e doenças, mesmo vendo que a medida em que conta-mos calorias, a obesidade e as doen-ças parecem aumentar, pior do que isto é saber que 100 calorias de bar-ra de cereal é diferente de 100 ca-lorias de cenoura, mas muitas jus-tificativas continuam sendo usadas para sustentar um paradigma de crenças que deve, sim, ser questio-nado, quando quisermos amenizar sofrimento próprio ou alheio.

Saibamos que os principais ali-mentos de um ser humano são as sensações de segurança, prazer e conforto, estes alimentos interfe-rem na relação de gastos e consumo de calorias, mas não contém caloria alguma ... talvez por isso você saiba, “inconscientemente”, que sua busca é por melhorar a imagem corporal ... talvez o grande problema seja a estratégia usada, quando a orien-tação recebida, simplesmente, é calcular calorias, situação em que 100 calorias de cenoura parece ser o mesmo que 100 calorias de gela-tina diet, porém na cenoura temos fitonutrientes e enzimas, enquanto na “gelatina diet” temos uma série de produtos químicos capazes de gerar mais estresse e, quem sabe, doenças ao seu corpo, entretanto, muitos, continuam defendendo tal crença.

Entretanto, quando a imagem corporal estiver em desacordo com os nossos sentimentos, natural-mente isto gera estresse excessivo, capaz de interferir em tudo na nos-

sa vida, ser fonte de desequilíbrio entre o consumo e gasto calórico, desequilibrar neurotransmissores (fonte de ansiedade), desequilibrar sistema imunológico, dificultar a recuperação da autoestima, que faz perder a autoconfiança, pois passamos a irradiar sensações que dificultam o bom estado de relacionamento social, familiar e profissional, interferindo, então na saúde. Por tudo isto, não temos como separar aquilo que muitos chamam simplesmente de estética, mas eu prefiro chamar com binô-mio, “estética- saúde”, pois tanto a estética quanto à saúde, são sen-sações e sentimentos que cada ser irradia para o seu ambiente social, familiar e profissional.

Sendo assim, questione tudo, quando o assunto for a sua saú-de, saiba que você pode melhorar sua imagem corporal e facial sem cortes, sem cicatrizes e sem lhe afastar do trabalho, para mais in-formações, busque um profissional da saúde. Seja feliz!