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Palestra Profa. Patricia Almeida Ashley sobre o contexto de mudança da responsabilidade social, reposicionando em um contexto maior de redes, mercados e territórios.
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Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental/Tópicos Especiais em Ciência Ambiental
1° Ciclo de Seminários em Consciência, Cidadania Socioambiental e Ecodesenvolvimento
2° Encontro – 05/11/2010
Profa. Patricia Almeida AshleyContatos: [email protected]
Universidade Federal FluminenseInstituto de GeociênciasDepartamento de Análise Geoambiental
Responsabilidade Social em Contexto de Mudança:
De empresas e organizações para redes, mercados e territórios
Primeira Parte sobre Responsabilidade Social: Formando e integrando conceitos (de 14:00 às 15:00)› Liberdade, responsabilidade› Pensamento sistêmico: A relação todo-partes› O todo e as partes da responsabilidade social
corporativa (em especial empresas) Segunda Parte: Os limites e desafios da
Responsabilidade Social (de 15:00h às 16h)› Para além da responsabilidade social empresarial e
organizacional› Destaque no Contexto Global: ISO 26000
Tópicos
Liberdade, Responsabilidade e Reflexividade
TEMPO / ESPAÇO
Liberdade, Alteridade e Responsabilidade noTempo/Espaço
P.A. Ashley - MBA em Gestão Ambiental e Social - UFSJ - Agosto/2006
O Indivíduo como Ser Bio-Psico-Social e Histórico
TEMPO / ESPAÇO
O “Eu”
Socialização e Individuação
Hereditariedade, Gênero, Astrologia, Família, Vizinhos, Geografia, Ecologia, Moradia, Alimentação
Escola, Cultura, Escolaridade, Religiosidade, Crenças, Costumes e Tradição, Mídia
Renda e Patrimônio, Tecnologias, Estado, Nação e GovernoTrabalho e Profissão, Segurança e Violência,Estágio de ciclo de vidaSOU O MEU CORPO (0 a 1 ano)
E MEUS SENTIMENTOS/EMOÇÕES (1 a 3 anos)E MEUS PENSAMENTOS (3 a 6 anos)EU
Os “Outros”
Os vários papéis sociais do indivíduo
Relações Sociais e Cultura
Linguagem
Experiências e
Expectativas
ValoresSentimentos
Responsabilidade Social Empresarial
Metáfora da Linha até a Roupa
Esta ORGANIZAÇÃO chamada SOCIEDADE EMPRESARIAL...
Empresário – Novo Código Civil› Considera-se empresário quem exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços
Sociedade Empresarial – Novo Código Civil› Considera-se empresária a sociedade
que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro
Os vários papéis sociais da empresa
P.A. Ashley - MBA em Gestão Ambiental e Social - UFSJ - Agosto/2006
TEMPO / ESPAÇO
Ciclo de Vida do Produto
Metáfora da Linha,Trama,Tecido...
TEMPO / ESPAÇO
O Planeta e o Cosmos
A Humanidade
Os Mercados, a Sociedade, os Ambientes
e os Governos
As Redes de Parceiros
Organizacionais
A Organização
Unidades Organizaciona
is
Pessoase
Grupos
Responsabilidade Social diante de Quem? Tendência Histórica em RSE..
Acionistas Comunidade Empregados Natureza Governo/Estado Fornecedores Financiadores Compradores/Consumidores Todos os atuais e futuros stakeholders – sociedade sustentável
Escopo de visão e de mudança
Visão Contemporânea
+
1970
2010
Visão Inovadora
Visão Clássica +
“Trata-se do compromisso contínuo nos negócios pelo comportamento ético que contribua para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, pressupondo a realização de decisões dos agentes econômicos (stakeholders) que sejam resultado da reflexão quanto aos seus impactos sobre a qualidade de vida atual e futura de todos que sejam afetados por estas decisões.” (Ashley, nov/2001)
Responsabilidade Social nos Negócios: Uma definição
Três Níveis de Desafios Éticos: Responsabilidade Social até que ponto?
Nível mínimo:
Cumprir a Lei
1
Nível de aspirações a Ideais
Éticos
3
Nível de Atendimento a Expectativas
Atuais, além do que a Lei define
2
Relações de Parceria/Multilaterai
s
Relações de Mercado
Relações Hierárquicas
? ? ?
De agora em diante:
De empresas e organizações para redes, mercados e territórios
De empresas e organizações para redes, mercados e territórios
Educação e Capacitação Contínua:› Para a formação de profissionais para atuar
em todos os processos de negócios em empresas responsáveis e nas organizações de seus parceiros governamentais, do setor financeiro e da sociedade civil
› Para a formação de consumidores e famílias que decisões de compra e consumo com base na história social, ambiental e econômica de bens e serviços no mercado
Práticas Alinhadas de Recursos Humanos:› Qualificação e alinhamento estratégico das
práticas de recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento, avaliação e remuneração de recursos humanos para atuarem com competências diferenciadas nos processos de negócio de empresas orientadas para a responsabilidade social
De empresas e organizações para redes, mercados e territórios
Cadeia de Fornecedores alinhada:› Estabelecer programas de
desenvolvimento de fornecedores para estarem alinhados com os princípios e práticas da responsabilidade social Programas em cada empresa Programas em associações por ramo de
negócio Programas em federações e Sistema S Programas em parceria com Universidades e
Agências de Fomento
De empresas e organizações para redes, mercados e territórios
Demanda no Mercado:› Cadeia de fornecedores e compradores, local,
regional, nacional e internacional, alinhados com a orientação estratégica de rede de negócios para a responsabilidade social
› Disponibilização online de informação sistemática sobre fornecedores e compradores de bens e serviços sustentáveis para ser acessível pública e gratuitamente por empresas, governo, famílias e sociedade civil – Em português e em inglês
De empresas e organizações para redes, mercados e territórios
Disponibilização de produtos financeiros:› Regulamentação do Banco Central e
Febraban para valorizar o mercado financeiro público e privado voltado para financiamento de iniciativas empresariais, isoladas ou articuladas com outras empresas, para renovação de práticas nos processos de negócio orientadas para a responsabilidade social
De empresas e organizações para redes, mercados e territórios
Alinhamento com Investimento Socialmente Responsáveis:› Políticas, lobbies e missões empresariais e
governamentais para a promoção e o desenvolvimento de cadeias de investidores estrangeiros e brasileiros alinhados com a responsabilidade social e sustentabilidade nos negócios
De empresas e organizações para redes, mercados e territórios
Intercâmbio de Experiências Nacionais e Internacionais:› Realização de Foruns, Encontros, Concursos,
Cursos, Assessoramento, Publicações, Certificações para empresas, sempre em parceria entre empresas, Associações Empresariais, Universidades e Agências de Fomento para viabilizar a conversão de conhecimento em tecnologias que viabilizem a incorporação a sua incorporação na produção e consumo sustentáveis por todos os portes de empresas
De empresas e organizações para redes, mercados e territórios
De agora em diante:
Destaque no Contexto Global: A ISO 26000 (entre outros avanços)
A Agenda Global: Vários Instrumentos, mas principalmente...
Princípios› Global Compact (Pacto Global das Nações Unidas)› Principles for Responsible Management Education
– PRME (Nações Unidas) Diretrizes
› OECD Guidelines for Multinational Companies (em revisão)
› Global Reporting Initiative (diretrizes para relatórios)
› AA1000 (para envolvimento e diálogo com stakeholders na gestão da responsabilidade social)
The Ten Principles of the Global Compact
Human Rights› Principle 1: Businesses should support and respect the
protection of internationally proclaimed human rights; and› Principle 2: make sure that they are not complicit in
human rights abuses. Labour Standards
› Principle 3: Businesses should uphold the freedom of association and the effective recognition of the right to collective bargaining;
› Principle 4: the elimination of all forms of forced and compulsory labour;
› Principle 5: the effective abolition of child labour; and› Principle 6: the elimination of discrimination in respect of
employment and occupation.
The Ten Principles of the Global Compact
Environment› Principle 7: Businesses should support a
precautionary approach to environmental challenges;
› Principle 8: undertake initiatives to promote greater environmental responsibility; and
› Principle 9: encourage the development and diffusion of environmentally friendly technologies.
Anti-Corruption› Principle 10: Businesses should work against
corruption in all its forms, including extortion and bribery.
ISO 26000
Processo de Elaboração Inovador› Delegações de indicadas por órgãos nacionais
de normas técnicas de 99 países (maio/2010), compostas por representantes de entidades em vários segmentos de stakeholders, além de observadores: Indústria Governo Consumidores Trabalhadores ONGs Especialistas e Acadêmicos
ISO/FDIS 26000 – Responsabilidade Social de Empresas e demais Organizações
Método transparente para exibição de documentos e eventos realizados ao longo de 5 anos, aberto para comentários de vários especialistas
Resoluções por consenso e votações pelas delegações dos 99 países
Aprovação do texto “rascunho” final em 13 de setembro de 2010 – Só votaram contra EUA, Cuba, Turquia, Luxemburgo e Índia
ISO/FDIS 26000 – Responsabilidade Social de Empresas e demais Organizações
A destacar:› Princípios de responsabilidade social organizacional› Temas centrais necessários no conceito da
responsabilidade social organizacional: governança organizacional, direitos humanos, práticas
trabalhistas, meio ambiente, práticas operacionais justas; questões dos consumidores; e envolvimento com e desenvolvimento da comunidade
› Fronteiras da responsabilidade social de acordo com o escopo de influência da organizacional no espaço e no tempo
ISO/FDIS 26000 – Responsabilidade Social de Empresas e demais Organizações
Mais informações em www.iso.org/wgsr e www.abnt.org.br e www.fnq.org.br
Itemização dos Temas da ISO 26000
Global Agenda: ISO 26000 as a Global Consensus on Guidance
Core subject: Organizational governance › Decision-making processes and structures
Core subject: Community involvement and development › Issue 1: Community involvement› Issue 2: Education and culture› Issue 3: Employment creation and skills
development › Issue 4: Technology development› Issue 5: Wealth and income creation› Issue 6: Health› Issue 7: Social investment
Global Agenda: ISO 26000 as a Global Consensus on Guidance
Core subject: Human rights › Issue 1: Due diligence› Issue 2: Human rights risk situations› Issue 3: Avoidance of complicity› Issue 4: Resolving grievances› Issue 5: Discrimination and vulnerable
groups› Issue 6: Civil and political rights› Issue 7: Economic, social and cultural
rights› Issue 8: Fundamental rights at work
Global Agenda: ISO 26000 as a Global Consensus on Guidance
Core subject: Labour Practices› Issue 1: Employment and employment relationships› Issue 2: Conditions of work and social protection› Issue 3: Social dialogue› Issue 4: Health and safety at work› Issue 5: Human development and training in the
workplace Core subject: The environment
› Issue 1: Prevention of pollution› Issue 2: Sustainable resource use› Issue 3: Climate change mitigation and adaptation› Issue 4: Protection and restoration of the natural
environment
Global Agenda: ISO 26000 as a Global Consensus on Guidance
Core subject: Fair operating practices› Issue 1: Anti–corruption› Issue 2: Responsible political involvement › Issue 3: Fair competition› Issue 4: Promoting social responsibility in the sphere of influence› Issue 5: Respect for property rights
Core subject: Consumer issues› Issue 1: Fair marketing, information and contractual practices› Issue 2: Protecting consumers’ health and safety› Issue 3: Sustainable consumption› Issue 4: Consumer service, support, and dispute resolution› Issue 5: Consumer data protection and privacy › Issue 6: Access to essential services › Issue 7: Education and awareness
Ética e Responsabilidade Social nos Negócios 2ª Ed. SARAIVA, 2005
Responsabilidade Social - Série Rede SESI de Educação Vol. 13, SESI-DN, 2010
Próximo EncontroDia 19/11 – Horário: 10:30h às 12:00h – Sala 509
A insustentabilidade de projetos de desenvolvimento de turismo de base comunitária
Resumo: Acredita-se que na última década aproximadamente 10 bilhões de dólares foram investidos em projetos de desenvolvimento comunitário na America Latina e África. Parte incerta do mesmo foi aplicado diretamente em TBC, porém não há resultados mensuráveis evidenciando o sucesso dos mesmos. Ao contrario, a literatura aponta fortemente para os insucessos, onde há questões criticas quanto a processos metodológicos de desenvolvimento propriamente dito envolvendo todos os elementos da cadeia de valor locais , bem como agencias de desenvolvimento, mercado e as próprias comunidades. Neste contexto e diante da crise econômica de 2009, algumas perguntas foram feitas, porém respostas não surgiram. Tal realidade torna-se preocupante ao futuro dos investimentos sociais na área do turismo comunitário na America do Sul, onde o Brasil pode tem um papel fundamental.Conferencista: Eduardo Jorge Costa Mielke
Doutor em turismo pelo Programa de Doutorado em Gestión y Desarrollo Turístico Sostenible pela Universidad de Málaga (Espanha, 2007), Depto de Economía y Política, Mestre em Ciências Florestais (área de concentração Economia Florestal) pela Universidade Federal do Paraná (2002) e graduado em Engenharia Agronômica (1999) pela mesmo instituição. Desde 2001 tem experiência no trabalho com empresas de economia social atuando principalmente nos seguintes temas: planejamento e desenvolvimento turístico de base local, cooperativismo, associativismo, turismo rural e interação entre atores sociais. Autor do Livro Desenvolvimento Turístico de Base Comunitária (ed. Átomo & Alínea).