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# ALERJ 2017 # Prova de Contabilidade Pública Comentada Equipe Possati www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 15 Pessoal, a seguir comentamos as questões de Contabilidade Pública aplicadas no concurso para Especialista Legislativo – Ciências Contábeis da ALERJ. A prova estava dentro do esperado e nosso curso abordou todo o conhecimento necessário para resolver as questões. Encontramos duas possibilidades para recurso. Bons estudos! Gilmar Possati [email protected] Curta a nossa página e fique ligado(a) em todas as nossas atividades. www.facebook.com.br/profgilmarpossati Inscreva-se no nosso canal no YouTube: Contabilizando. Siga-me no Instagram: @profgilmarpossati Prova de Contabilidade Pública Comentada Especialista Legislativo – Ciências Contábeis ALERJ (2017)

Prova de Contabilidade Pública Comentada - ALERJ 2017

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Pessoal, a seguir comentamos as questões de Contabilidade Pública aplicadas

no concurso para Especialista Legislativo – Ciências Contábeis da ALERJ.

A prova estava dentro do esperado e nosso curso abordou todo o conhecimento

necessário para resolver as questões.

Encontramos duas possibilidades para recurso.

Bons estudos!

Gilmar Possati [email protected]

Curta a nossa página e fique ligado(a) em todas as nossas atividades.

www.facebook.com.br/profgilmarpossati

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Especialista Legislativo – Ciências Contábeis ALERJ (2017)

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1. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) Uma transação sem

contraprestação é aquela em que a entidade recebe ativos ou serviços ou tem

passivos extintos e entrega valor irrisório ou nenhum valor em troca (Portaria

STN nº 700/2014).

Considerando a estrutura da Administração Pública brasileira e a perspectiva das

transações sem contraprestação, é correto afirmar que:

(A) ativos oriundos de transação sem contraprestação devem ser reconhecidos

quando a entidade tiver controle dos recursos;

(B) essas transações representam uma parte pouco significativa das VPA das

entidades públicas;

(C) nas transações sem contraprestação, os impostos deverão ser conhecidos

como VPA quando arrecadados;

(D) o ativo obtido em transação sem contraprestação deverá ser inicialmente

mensurado pelo custo;

(E) recursos recebidos antecipadamente não serão reconhecidos como ativos em

transações sem contraprestação.

Segundo o MCASP, em geral, transação sem contraprestação é aquela em que a

entidade recebe ativos ou serviços ou tem passivos extintos e em contrapartida

entrega valor irrisório ou nenhum valor em troca. Considera-se, ainda, como

transação sem contraprestação, a situação em que a entidade fornece

diretamente alguma compensação em troca de recursos recebidos, mas tal

compensação não se aproxima do valor justo dos recursos recebidos.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errado. O gabarito preliminar indica que esse item está certo. No entanto,

há espaço para recurso. Não basta ter o controle do recurso para que o ativo

seja reconhecido.

Segundo o MCASP (7ª edição), “a entidade deve reconhecer o ativo oriundo de

uma transação sem contraprestação quando obtiver o controle de recursos que

se enquadrem na definição de um ativo e satisfaçam os critérios de

reconhecimento a seguir:

a. Seja provável que benefícios econômicos futuros e potencial de serviços

associados com o ativo fluam para a entidade; e

b. O valor justo do ativo possa ser mensurado em conformidade com as

características qualitativas e com observância das restrições da informação

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contábil”.

Para embasar o recurso devemos considerar o MCASP (6ª edição), pois a questão

informa a Portaria STN nº 700/2014, que aprovou o MCASP 6ª edição. De

qualquer forma, veja que o texto é praticamente o mesmo (grifos no original):

A entidade deve reconhecer o ativo oriundo de uma transação sem

contraprestação quando obtiver o controle de recursos que se enquadrem na

definição de um ativo e satisfaçam os critérios de reconhecimento a seguir:

a. seja provável que benefícios econômicos futuros e potencial de serviços

associados com o ativo fluam para a entidade; e

b. o valor justo do ativo possa ser mensurado de maneira confiável.

b. Errado. Segundo o MCASP, ao contrário do que ocorre no setor privado, a

maior parte das variações patrimoniais aumentativas (VPA) das entidades do

setor público decorrem de transações sem contraprestação, principalmente as

relativas a tributos, transferências e multas.

c. Errado. Nas transações sem contraprestação, os impostos deverão ser

conhecidos como VPA quando lançados.

d. Errado. Segundo o MCASP, o ativo obtido por meio de uma transação sem

contraprestação deverá ser inicialmente mensurado pelo seu valor justo na

data de aquisição

e. Errado. Os recursos recebidos antecipadamente são reconhecidos como

ativos em transações sem contraprestação. Os recursos de tributos recebidos

antes da ocorrência do fato gerador são reconhecidos como um ativo, pela

entrada no caixa, e um passivo – recebimentos antecipados – porque o evento

que origina o direito da entidade aos tributos não ocorreu e o critério para o

reconhecimento da variação patrimonial aumentativa (VPA) não foi satisfeito,

apesar de a entidade já ter recebido uma entrada de recursos. Os recebimentos

antecipados relativos a tributos não são, em essência, diferentes de outros

recebimentos antecipados.

Gabarito Preliminar: A (possibilidade de recurso para anulação, pois não

apresenta opção válida)

2. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) Dentre as

informações que devem ser geradas e disponibilizadas pelo Poder Legislativo em

todos os entes governamentais está o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), previsto

na LRF. Considerando as disposições legais e normativas para elaboração do RGF,

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é correto afirmar que:

(A) no primeiro e segundo quadrimestre, as assembleias legislativas publicarão

somente o demonstrativo da despesa com pessoal e o demonstrativo

simplificado do RGF;

(B) no último quadrimestre, as informações fiscais do Poder Legislativo são

publicadas apenas de forma consolidada com o Poder Executivo;

(C) o anexo relativo ao demonstrativo da dívida consolidada será publicado pelos

órgãos do Poder Legislativo apenas no último quadrimestre;

(D) o anexo relativo ao demonstrativo da despesa com pessoal dos órgãos do

Poder Legislativo será publicado em todos os quadrimestres;

(E) o controle do limite de despesa com pessoal da assembleia legislativa e do

tribunal de contas é realizado de forma consolidada.

Vamos ver o que estudamos sobre o assunto em nosso curso:

O Relatório de Gestão Fiscal conterá demonstrativos comparativos com os

limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes:

a) despesa total com pessoal, evidenciando as despesas com ativos, inativos

e pensionistas;

b) dívida consolidada;

c) concessão de garantias e contragarantias; e

d) operações de crédito.

No último quadrimestre, o RGF deverá conter, também, os

seguintes demonstrativos:

a) do montante da disponibilidade de caixa em trinta e um de dezembro; b) da

inscrição em Restos a Pagar das despesas liquidadas, das empenhadas e não

liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa e das não

inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram

cancelados;

c) do cumprimento do disposto na LRF, no que se refere à operação de crédito

por antecipação de receita, liquidada com juros e outros encargos incidentes,

até o dia dez de dezembro de cada ano, com observância da proibição de

contratar tais operações no último ano de mandato do Presidente, Governador

ou Prefeito Municipal.

Além disso, o referido relatório indicará as medidas corretivas adotadas ou

a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites. Em todos os demonstrativos

será permitido o desdobramento das informações julgadas necessárias, para

melhor transparência. Ademais, as receitas e despesas intraorçamentárias

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deverão ser computadas juntamente com as demais informações, não havendo,

portanto, a necessidade de segregação em linhas específicas. Cabe destacar que

o RGF do Poder Executivo é diferente dos demais poderes. Observe o quadro a

seguir:

RGF - Poder Executivo RGF - Poderes Legislativo, Judiciário

e do Ministério Público

I – Comparativo com os limites da LRF

dos seguintes montantes:

a) Despesa Total com Pessoal,

distinguindo a com inativos e

pensionistas;

b) dívidas consolidada e mobiliária;

c) concessão de garantias;

d) operações de crédito, inclusive por

ARO.

II – Indicação das medidas corretivas

adotadas ou a adotar, se ultrapassado

qualquer dos limites.

III – Demonstrativos que compõem o

RGF do último quadrimestre.

I – Comparativo com o limite da LRF do

seguinte montante:

a) Despesa Total com Pessoal,

distinguindo a com inativos e pensionistas.

II – Indicação das medidas corretivas

adotadas ou a adotar, se ultrapassado os

limites de despesa com pessoal.

III – Demonstrativos que compõem o RGF

do último quadrimestre.

Essas diferenças basicamente ocorrem porque quem contrai dívida e concede

garantias é o Poder Executivo, não é mesmo? Logo, não faz sentido para os

demais Poderes essas informações.

Do exposto, percebe-se que apenas a opção D é válida.

Gabarito: D

3. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) O Código Civil

apresenta uma classificação dos bens públicos de acordo com a sua utilidade no

âmbito das atividades da Administração Pública. De acordo com essa

classificação:

(A) o uso comum dos bens públicos deve ser sempre gratuito;

(B) os bens de uso especial apresentam estrutura de direito privado;

(C) os bens dominicais constituem objeto de direito pessoal das entidades

públicas;

(D) os bens de uso comum são alienáveis enquanto conservarem sua

qualificação;

(E) todos os bens de uso comum possuem significância histórica, cultural ou

ambiental.

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Trata-se de uma questão literal, vamos ver o que diz o Código em relação a este

tópico:

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas

jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual

for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou

estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,

inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de

direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas

entidades.

Gabarito: C

Considere os dados do Quadro 02 a seguir, originados do sistema de

contabilidade de uma entidade pública, relativos ao último exercício financeiro:

4. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) A partir dos dados

apresentados, as operações que causam redução no patrimônio líquido da

entidade totalizam:

(A) 135.000,00;

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(B) 153.000,00;

(C) 263.000,00;

(D) 513.000,00;

(E) 1.180.000,00.

Vamos identificar as operações que geram VPD:

Descrição Valor

Baixa de ativos por obsolescência 32.000,00

Doação de bens inservíveis 18.000,00

Juros e encargos da dívida 37.000,00

Perdas de ativos por furto 45.000,00

Redução ao valor recuperável de ativos 21.000,00

Total 153.000,00

Gabarito: B

5. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) Considerando os

dados apresentados no Quadro 02, o total das operações que não têm impacto

no patrimônio é:

(A) 1.510.000,00;

(B) 1.423.000,00;

(C) 1.187.000,00;

(D) 1.180.000,00;

(E) 820.000,00.

Vamos identificar as operações que não impactam o PL, ou seja, as variações

qualitativas:

Descrição Valor

Amortização de empréstimos 110.000,00

Aquisição de veículos 130.000,00

Construção de imóveis 690.000,00

Contratação de operações de crédito 250.000,00

Total 1.180.000,00

Gabarito: D

6. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) De acordo com o

Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, editado pela Secretaria do

Tesouro Nacional, o valor justo (fair value) é o valor pelo qual um ativo pode ser

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intercambiado ou um passivo pode ser liquidado entre partes interessadas que

atuam em condições independentes e isentas ou conhecedoras do mercado. Para

fins de reconhecimento inicial como elemento patrimonial, trata-se de um

exemplo de ativo que deve ser registrado a valor justo:

(A) ativos intangíveis;

(B) ativos imobilizados obtidos a título gratuito;

(C) disponibilidades financeiras em moeda estrangeira;

(D) estoques de resíduos e refugos;

(E) participações em consórcios públicos.

Nos termos do MCASP,

Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a título gratuito, devem ser

registrados pelo valor justo na data de sua aquisição, sendo que deverá ser

considerado o valor resultante da avaliação obtida com base em procedimento

técnico ou valor patrimonial definido nos termos da doação.

Logo, a opção B está correta, conforme gabarito preliminar.

No entanto, veja o que dispõe o MCASP tanto na 6ª edição (base desta prova)

como na 7ª edição.

É importante destacar que o órgão ou a entidade inicialmente devem realizar

ajustes para que as demonstrações contábeis reflitam a realidade dos seus

elementos patrimoniais. Dessa forma, por exemplo, imobilizados e

intangíveis devem ser mensurados inicialmente pelo custo ou valor

justo, adotando-se, posteriormente, procedimentos de mensuração após o

reconhecimento (como a depreciação para o caso do ativo imobilizado).

Assim, a opção A também está igualmente correta.

Gabarito Preliminar: B (possibilidade de recurso para anulação, tendo em vista

a existência de duas opções igualmente válidas).

7. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) O departamento de

contabilidade de uma entidade pública precisa registrar um ativo no subgrupo

Imobilizado, como Máquinas e Equipamentos, e definir sua vida útil para fins de

depreciação. O manual do fabricante informa que a vida útil máxima da máquina

é de 8 anos; o regulamento do Imposto de Renda permite que máquinas e

equipamentos sejam depreciados em até 5 anos; a entidade, por questões

operacionais, tem a prática de trocar esse tipo de máquina a cada 4 anos. De

acordo com as definições do MCASP, a vida útil desse ativo é de:

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(A) 4 anos;

(B) 5 anos;

(C) 5 anos e 8 meses;

(D) 8 anos;

(E) depende de legislação específica.

Vejamos o que dispõe o MCASP:

As tabelas de depreciação contendo o tempo de vida útil e os valores

residuais a serem aplicadas pelos entes deverão ser estabelecidas pelo

próprio, de acordo com as características particulares da utilização

desses bens pelo ente. Assim, um veículo, por exemplo, poderá ser

depreciado em período menor ou maior, devido às características do uso desse

bem. Ao final do período de vida útil, o veículo ainda pode ter condições de ser

utilizado, devendo ser feita uma reavaliação do bem, caso o valor residual não

reflita o valor justo, atribuindo a ele um novo valor, baseado em dados técnicos.

A partir daí, pode-se iniciar um novo período de depreciação.

Do exposto, percebe-se que, para fins de depreciação, a vida útil desse bem é

de 4 anos.

Gabarito: A

8. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) Ao final do exercício

de 2015, uma determinada entidade pública iniciou o processo de revisão do

valor patrimonial dos seus ativos. O extrato a seguir (Quadro 03) refere-se a um

conjunto de equipamentos adquiridos para a Secretaria de Saúde do ente.

A partir dos dados informados e considerando que o conjunto de ativos entrou

em operação logo que foi adquirido, o valor líquido contábil ao final do exercício

de 2015 é:

(A) 81.000,00;

(B) 90.000,00;

(C) 97.200,00;

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(D) 108.000,00;

(E) 117.000,00.

De acordo com o MCASP, valor líquido contábil é o valor do bem registrado na

contabilidade, em determinada data, deduzido da correspondente depreciação,

amortização ou exaustão acumulada. Efetuando os cálculos, temos:

Custo de aquisição 360.000,00

(-) Valor Residual (36.000,00) 360.000,00 x 10%

(=) Valor Depreciável 324.000,00

Depreciação anual = 324.000/10 anos = 32.400,00

Depreciação Acumulada

Ano de 2008 (6 meses) = 32.400/2 = 16.200,00

2009 a 2015 (7 anos) = 32.400 x 7 = 226.800,00

Total = 243.000,00

Valor Líquido Contábil = Custo de aquisição – Depreciação Acumulada

Valor Líquido Contábil = 360.000,00 – 243.000,00 117.000,00

Gabarito: E

9. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) O processo de revisão

do valor patrimonial do conjunto de ativos representado no Quadro 03 revelou

necessidade de revisão do seu valor recuperável. Dessa forma, foi apurado que

o valor em uso desses ativos ao final de 2015 representa 100.000,00. Como se

trata de ativos específicos para a necessidade do ente, o valor líquido de venda

não pode ser apurado. A partir das informações apresentadas, ao final de 2015,

a entidade:

(A) deverá reconhecer uma valorização de 9.000,00;

(B) deverá reconhecer uma valorização de 2.800,00

(C) deverá reconhecer uma perda de 8.000,00;

(D) deverá reconhecer uma perda de 17.000,00;

(E) não deverá reconhecer nenhuma perda ou ganho.

De acordo com o MCASP,

Valor recuperável é o valor de mercado de um ativo menos o custo para a sua

alienação, ou o valor que a entidade do setor público espera recuperar pelo uso

futuro desse ativo nas suas operações, o que for maior.

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Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou

de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

Redução ao Valor Recuperável (impairment): É a redução nos benefícios

econômicos futuros ou no potencial de serviços de um ativo, que reflete um

declínio na sua utilidade além do reconhecimento sistemático por meio da

depreciação.

Assim, para efetuarmos o teste de recuperabilidade basta confrontar o valor

contábil (calculado na questão anterior) com o valor recuperável fornecido pela

questão.

Valor Recuperável = 100.000,00

Valor Líquido Contábil = 117.000,00

Como o valor contábil é maior que o valor recuperável, devemos reconhecer uma

perda pelo valor da diferença (117.000 – 100.000 = 17.000,00).

Vale destacar que se o valor contábil fosse menor que o valor recuperável “deixa

quieto”, ou seja, não reconhece nenhuma perda.

Gabarito: D

10. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) Uma entidade

pública foi acionada judicialmente em decorrência de constrangimento que um

usuário alega ter sofrido por parte de um servidor da entidade. Em decorrência

dos autos processuais e do julgamento de casos semelhantes, o setor jurídico

considera provável que a entidade seja condenada na ação, mas ainda não tem

elementos suficientes para fazer estimativas confiáveis do valor a ser

desembolsado. De acordo com as disposições do International Public Sector

Accounting Standards (IPSAS) 19 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos

Contingentes e do MCASP, o tratamento a ser dado a esse fato é:

(A) reconhecer como provisão, por ser provável a saída de recursos;

(B) reconhecer como passivo contingente, por ser obrigação presente;

(C) registrar um passivo contingente em contas de controle;

(D) reconhecer como obrigações contingentes, em decorrência da incerteza;

(E) não registrar o fato, por não haver informações precisas sobre o

desdobramento do processo.

Apesar de a saída ser provável, o que configuraria uma provisão a ser

reconhecida, a entidade não tem elementos suficientes para fazer estimativas

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confiáveis do valor a ser desembolsado. Logo, estamos diante de um passivo

contingente. Segundo o MCASP,

Os passivos contingentes não devem ser reconhecidos em contas

patrimoniais. No entanto, deverão ser registrados em contas de controle

do PCASP e divulgados em notas explicativas. A divulgação só é dispensada nos

casos em que a saída de recursos for considerada remota.

Do exposto, percebe-se que apenas a opção “C” está correta.

Gabarito: C

11. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) A metodologia

utilizada para a estruturação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público

(PCASP) foi a segregação das contas contábeis em grandes grupos, de acordo

com as características dos atos e fatos nelas registrados. De acordo com as

disposições com a segregação das contas:

(A) a consolidação de contas ocorre com as informações do quarto nível de

segregação;

(B) as classes de contas podem ser integradas entre as diferentes naturezas de

informação;

(C) as classes que envolvem contas de receitas e despesas reconhecidas por

competência são de natureza patrimonial;

(D) os entes da federação não devem detalhar as contas além dos níveis do

PCASP em decorrência da consolidação;

(E) os planos de contas dos entes da Federação deverão ter pelo menos cinco

níveis.

Segundo o MCASP, a metodologia utilizada para a estruturação do PCASP foi a

segregação das contas contábeis em grandes grupos de acordo com as

características dos atos e fatos nelas registrados. Essa metodologia permite o

registro dos dados contábeis de forma organizada e facilita a análise das

informações de acordo com sua natureza.

Nesse sentido, o PCASP está estruturado de acordo com as seguintes naturezas

das informações contábeis:

a. Natureza de Informação Orçamentária: registra, processa e evidencia os atos

e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária.

b. Natureza de Informação Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos

financeiros e não financeiros relacionados com a composição do patrimônio

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público e suas variações qualitativas e quantitativas.

c. Natureza de Informação de Controle: registra, processa e evidencia os atos

de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade

do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.

Vamos analisar as opções.

a. Errado. A consolidação de contas ocorre com as informações do quinto nível

de segregação.

b. Errado. Negativo. Trata-se de uma regra de integridade do PCASP:

O registro contábil deve ser feito pelo método das partidas dobradas e os

lançamentos devem debitar e creditar contas que apresentem a mesma natureza

de informação.

c. Certo. De acordo com o MCASP, as contas que segregam informações

relativas a receitas e despesas por competência, são as contas patrimoniais.

d. Errado. Segundo o MCASP, caso algum ente entenda necessário, poderá,

também, desdobrar as contas contábeis além do 7º nível (subitem).

Outros níveis poderão ser utilizados, por exemplo, para o registro de

informações complementares na conta contábil.

e. Errado. Segundo o MCASP, os planos de contas dos entes da Federação

deverão ter pelo menos 7 níveis. Eventuais níveis não detalhados deverão

ser codificados com o dígito 0 (zero).

Gabarito: C

12. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) Dentre as DCASP, o

Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia a situação

patrimonial da entidade pública por meio de contas representativas do

patrimônio público. Acerca da estrutura do Balanço Patrimonial proposta pelo

MCASP, é correto afirmar que:

(A) a conta VPD paga antecipadamente pode ser evidenciada tanto no Ativo

Circulante como no Não Circulante;

(B) a conta de Resultado Diferido é apresentada como detalhamento do

Patrimônio Líquido;

(C) a segregação das contas obedece à lógica da necessidade de autorização

legislativa para movimentação;

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(D) as contas relativas aos restos a pagar não processados são evidenciadas no

Passivo Circulante;

(E) o quadro principal do Balanço Patrimonial evidencia o superávit financeiro do

exercício.

Vamos analisar cada opção, de acordo com o MCASP.

a. Certo. (A) a conta VPD paga antecipadamente pode ser evidenciada tanto no

Ativo Circulante como no Não Circulante;

“[…] Ativo Circulante

[...] Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) Pagas Antecipadamente

Compreende pagamentos de variações patrimoniais diminutivas (VPD) de forma

antecipada, cujos benefícios ou prestação de serviço à entidade ocorrerão no

futuro.”

[…] Ativo Não Circulante

[...]Realizável a Longo Prazo

Compreende os bens, direitos e despesas (VPD) antecipadas realizáveis no longo

prazo.”

b. Errado. (B) a conta de Resultado Diferido é apresentada como detalhamento

do Patrimônio Líquido;

“[…] Passivo Não Circulante

[...]

Resultado Diferido

Compreende o valor das variações patrimoniais aumentativas já recebidas que

efetivamente devem ser reconhecidas em resultados em anos futuros e que não

haja qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da entidade.

Compreende também o saldo existente na antiga conta resultado de exercícios

futuros em 31 de dezembro de 2008.”

c. Errado. (C) a segregação das contas obedece à lógica da necessidade de

autorização legislativa para movimentação;

“NATUREZA DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL

A metodologia utilizada para a estruturação do PCASP foi a segregação das

contas contábeis em grandes grupos de acordo com as características dos atos

e fatos nelas registrados.”

Page 15: Prova de Contabilidade Pública Comentada - ALERJ 2017

# ALERJ 2017 # Prova de Contabilidade Pública Comentada

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d. Errado. (D) as contas relativas aos restos a pagar não processados são

evidenciadas no Passivo Circulante;

As contas relativas aos restos a pagar são evidenciadas nas classes 5, 6, 7 e 8.

O passivo circulante corresponde à classe 2, grupo 1 do PCASP.

e. Errado. (E) o quadro principal do Balanço Patrimonial evidencia o superávit

financeiro do exercício.

“Quadro do Superávit / Déficit Financeiro

Superávit Financeiro

Corresponde à diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro.

O superávit financeiro do exercício anterior é fonte de recursos para abertura de

créditos suplementares e especiais, devendo-se conjugar, ainda, os saldos dos

créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas, de

acordo com o artigo 43 da Lei nº 4.320/1964, caput, § 1º, inciso I e § 2º.”

Gabarito: A.

13. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) Considerando a

estrutura de demonstrações contábeis proposta no MCASP, a demonstração

contábil que apresenta o detalhamento das receitas originárias e derivadas é o

(a):

(A) Balanço Financeiro;

(B) Balanço Orçamentário;

(C) Demonstração dos Fluxos de Caixa;

(D) Demonstração das Variações Patrimoniais;

(E) Demonstrativo da Receita Corrente Líquida.

Segundo o MCASP a DFC é composta por:

a. Quadro Principal

b. Quadro de Receitas Derivadas e Originárias

c. Quadro de Transferências Recebidas e Concedidas

d. Quadro de Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função

e. Quadro de Juros e Encargos da Dívida.

Gabarito: C