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Prof.ª M. Sc. Margareth Teixeira Rodrigues
Interpretação de exames:Diagnóstico de diabetes mellitus:
Glicemia de jejumTeste de tolerância a glicoseDiagnóstico de dislipidemias
Perfil lipídico
Definição de Diabetes MellitusDefinição de Diabetes MellitusHiperglicemia decorrente
da deficiência de insulina
deficiência absoluta de insulina
deficiência relativa de insulina
Hiperglicemia?Glicemia normal:Até 110mg/dl
Glicemia elevada = DM ≥126mg/dlGlicemia alterada:> 110 e <1 26mg/dl
Teste de tolerância a glicoseTTG-75g(glicemia basal e 2h após a ingesta)
Glicemia de 2h:Normal : <140mg/dl
DM: ≥200mg/dlIntolerantes a glicose:≥140mg/dl e < 200mg:dl
O teste de tolerância à glicose (TTG- 75g)O teste de tolerância à glicose (TTG- 75g)
Considerações: Período de jejum entre 10-16 horas; Ingestão de pelo menos 150g de glicídios
nos três dias anteriores à realização do teste;
Atividade física normal; Comunicar a presença de infecções,
ingestão de medicamentos ou inatividade; Utilizar 1,75g de glicose/Kg/ peso até no
máximo de 75g
Em que situação solicitar o teste de tolerância a glicose(TTG-75)?
Indicações de TOTGIndicações de TOTG
Indivíduos com glicemia de jejum entre 110 e 125 mg/dl.
Indivíduos com glicemia normal, mas com pelo menos dois fatores de risco.
Diabetes gestacional prévio, com glicemia de jejum normal.
Quem e quando investigar 0 DM?Quem e quando investigar 0 DM?
Adultos ≥45 anosAdultos <45 anos, especialmente os presença de fatores de risco:
– Obesidade– Dislipidemia-HDL baixo e triglicérides elevados– Hipertensão arterial– Doença cardiovascular– Antecedente familiar de diabetes– Diabetes gestacional prévio, macrossomia e
abortos de repetição.
Se resultado normal, repetir em 3 anos ou mais freqüentemente conforme avaliação
Definição de Diabetes MellitusDefinição de Diabetes MellitusHiperglicemia decorrente
da deficiência de insulina
deficiência absoluta de insulina
deficiência relativa de insulina
Vias metabólicas da biossíntese de insulina Vias metabólicas da biossíntese de insulina (célula (célula ββ))
Pré- pró- insulina (grande polipeptídio secretado no retículo endoplasmático rugoso) →
pró-insulina ( se armazena no aparelho de golgi ) →enzimas proteolíticas(exocitose) →
insulina + peptídio C
Mecanismo proposto para a ação da glicose Mecanismo proposto para a ação da glicose sobre a secreção de insulina pela célula sobre a secreção de insulina pela célula ßß
Cinética da secreção de insulina pela célula Cinética da secreção de insulina pela célula ß, em ß, em resposta ao estímulo constante da glicoseresposta ao estímulo constante da glicose
800
6
Secreção de insulina em indivíduos normais e portadores de DM2
Sec
reçã
o de
Ins
ulin
a (p
mol
/min
)
Tempo (horas)10 14 18 22 2 6
700
600
500
400
300
200
100
Normal
Diabetes tipo 2
Adaptado de Polonsky KS. N Engl J Med 1996; 334: 777
Refeição Refeição Refeição
Valores de glicose plasmática para diagnóstico de Valores de glicose plasmática para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré- clínicosdiabetes mellitus e seus estágios pré- clínicos
>200*Com sintomas
> 200>126*Diabetes
>140 e <200<126Tolerância à glicosediminuída
>110 e <126
Glicemia de jejum alterada
<140< 110Normal
Casual2h após 75g de glicose
Jejum (8h)Categorias
Glicemia (mg/dl)
*Necessita confirmação OMS, 1999
_
_
_
_
Diabetes mellitusDiabetes mellitus
O diabetes mellitus é um grupo de doenças metabólicas, com etiologias diversas, caracterizado por hiperglicemia, que resulta de uma deficiente secreção de insulina pelas células ß, resistência periférica à ação da insulina, ou ambas.
Classificação etiológica do diabetes mellitusClassificação etiológica do diabetes mellitus..
I. Diabetes tipo 1 destruição das células beta, usualmente
levando à deficiência completa de insulina
A. auto-imune, tipo 1A : ICA,AAI e GAD B. idiopática, tipo 1BII. Diabetes tipo 2 Graus variados de diminuição de
secreção e resistência à insulinaIII. Outros tipos específicosIV. Diabetes Gestacional
Classificação etiológica do diabetes Classificação etiológica do diabetes mellitusmellitus
Diabetes Gestacional É definido como a tolerância
diminuída aos carboidratos, de grau variados de intensidade ,diagnosticado pela primeira vez durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto.
ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICASALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS
Paciente com Diabetes Mellitus tipo 1 possuem anticorpos que causam especificamente a morte das células beta.
Auto anticorpos antiilhotas ( ICA )
Auto anticorpos antiinsulina ( AAI )
Anticorpos antiproteínas 64 KD da ilhota – essa proteína foi identificado como uma enzima, a desidrogenase do ácido glutâmico ( GAD )
Antitirosina-fosfatase(IA2 e IA2B)
MÉTODOS LABORATORIAS ÚTEIS NA MÉTODOS LABORATORIAS ÚTEIS NA CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE DIABETESCLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE DIABETES
Medidas dos auto-anticorpos-anticorpo anti-ilhotas=ICA-anticorpo anti-insulina=IAA-anti-desidrogenase do ácido glutâmico(GAD)
Avaliação da reserva pancreática de insulina-medida do peptídio C-medida da insulina após estímulo da glicose
Classificação etiológica do diabetes mellitusClassificação etiológica do diabetes mellitusIII. Outros tipos específicosA. Defeitos genéticos da função da célula ß(Mody 1, 2.....6)
B. Defeitos genéticos da ação da insulina (leprechaunismo, etc)
C. Doenças do pâncreas exócrino(pancreatite,traumas,etc,)D. Endocrinopatias (acromegalia,síndrome de
Cushing,etc)E. Indução por drogas ou produtos químicos
(diazóxido,ác.nicotínico, pentamidina, etc)F. Infecções(rubéola congênita,citomegalovirus,etc)G. Formas incomuns de diabetes imuno
mediado( anticorpo-anti-receptor de insulina, outrasH. Outras síndromes genéticas associadas ao
diabetes(Síndrome de Down,Klinelfelter,Turner,outras)
Diagnóstico clínico do DMDiagnóstico clínico do DM
Sintomas clássicos
Poliúria
Polidipsia
Polifagia Perda não explicada de peso
Interpretação de exames:exames de controle
glicemia pós-prandialHemoglobina glicada
Glicemia pós prandial (exame de controle)Glicemia de 1,5h a 2h após uma refeição habitual
Bom controle <140mg/dlControle razoável ≥140mg/dl
Mau controle ≥160mg/dl
Aspectos clínicos e laboratoriais da Aspectos clínicos e laboratoriais da HEMOGLOBINA GLICADA(A1C)HEMOGLOBINA GLICADA(A1C)
Conceito: Reação irreversível entre a glicose sanguínea e a hemoglobina normal do adulto, hemoglobina A(HbA- A1C)
Utilidade clínicas dos testes A1CUtilidade clínicas dos testes A1C
Avaliação do nível de controle glicêmico e da eficácia do tratamento
Reflete a glicemia de 2 a 3 meses anteriores à data de realização do teste
Hemoglobina glicadaHemoglobina glicada Níveis recomendados de A1c
até 8% ou maisIdosos fragilizados, pessoas com baixa esperança de vida
<6%Gestantes
Até 8%Faixa pré-puberal
< 8,5%Faixa puberal
< 7%Fase final da puberdade
<7 %Adultos
Objetivos glicêmicos e da hemoglobina glicada por idadeObjetivos glicêmicos e da hemoglobina glicada por idade**
* Método laboratorial:cromotografia líquida de alta eficiência(CLAE) ou rastreável Método não rastreáve a meta é de um limite máximo de 1% acima do valor máximo normal para cada método
Correlação entre os níveis de hemoglobina glicada e os Correlação entre os níveis de hemoglobina glicada e os níveis médios de glicemia dos 2-3 meses anterioresa aos níveis médios de glicemia dos 2-3 meses anterioresa aos testestestes
DCCT, Diabetes DCCT, Diabetes ControlControl and and ComplicationsComplications Tr ialTr ial..
1. Adaptado de 1. Adaptado de SkylerSkyler JS. JS. EndocrinolEndocrinol MetabMetab ClinClin NorthNorth Am. Am. 1996;25:243-254.1996;25:243-254.2. DCCT. 2. DCCT. N N EnglEngl J J MedMed.. 1993;329:977-986. 1993;329:977-986.3. DCCT. 3. DCCT. DiabetesDiabetes. 1995;44:968-983.. 1995;44:968-983.
Ris
co
Re
lati
vo
Ris
co
Re
lati
vo
A1c(%)A1c(%)
1515
1313
1111
99
77
55
33
1166 77 88 99 1010 1111 1212
A1C e Risco Relativo de ComplicaçõesA1C e Risco Relativo de ComplicaçõesMicrovascularesMicrovasculares: DCCT: DCCT
(Diabetes Control and Complications Trial - 1993)RetinopatiaRetinopatiaNefropatia Nefropatia NeuropatiaNeuropatiaMicroalbuminúriaMicroalbuminúria
2020
Restrições do método e interferências analíticasRestrições do método e interferências analíticas
Interpretação de exames:Diagnóstico de Dislipidemias
CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNASCLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS::
1. Quilomicron ( Qm )
3. Lipoproteína de muita e baixa densidade ( VLDL )
5. Lipoproteína de densidade intermediária ( IDL )
7. Lipoproteína de baixa densidade ( LDL )
9. Lipoproteína de alta densidade ( HDL )
Avaliação Laboratorial das DislipidemiasAvaliação Laboratorial das Dislipidemias
O perfil lipídico é definido pela determinação do:
CT HDL-C TG LDL-C
Fórmula de Friedewald: LDL-C=CT-HDL-C-TG/5 (Válida se TG < 400mg/dl)
DISLIPIDEMIASDISLIPIDEMIAS
APRESENTAÇÃO LABORATORIAL - QUATROAPRESENTAÇÃO LABORATORIAL - QUATRO
• Hipercolesterolemia isolada ( CT e ou LDL-C )• Hipertrigliceridemia isolada ( TG )• Hiperlipidemia mista ( CT e TG )• Diminuição isolada do HDL-C ou associada a
aumento dos TG ou do LDL-C
VALORES DE REFERÊNCIAS – PARA INDIVÍDUOS COM VALORES DE REFERÊNCIAS – PARA INDIVÍDUOS COM > 20 ANOS DE IDADE ( MG/DL)> 20 ANOS DE IDADE ( MG/DL)
Nível Ótimo Desejável Limítrofe AltoColesterol < 200 200-239* > 240Triglicerídio < 150 150-199 =ou >200HDL-C > 40 > 60**LDL-C < 100 100-129 130-159* > 160
* Considerado alto quando associado a 2 ou mais fatores de risco.** Considerado como fator de risco negativo, ou seja, subtrair-se um fator na
avaliação do risco coronário.
Novos marcadores laboratoriais do risco Novos marcadores laboratoriais do risco
cardiovascularcardiovascular Dosagem da hemocisteína,
lipoproteina(a)- Lp(a)e fatores hemostáticos(fibrinogênio), não é recomendada de modo rotineira
Proteína C reativa de alta sensibilidade ( PCR-as) - níveis alto (acima do 3° percentil e colesterol aumentam significantemente os riscos de DCV e AVC
CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICO DAS DISLIPIDEMIAS:CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICO DAS DISLIPIDEMIAS:
a) Primária – causa genéticab) Secundária – causada por outras doenças ou uso
de medicações
Dislipidemias secundáriasDislipidemias secundárias
______↑Anabolizantes
___↑↑Corticosteróides
↓↑___Beta- bloqueador
↓↑___Diuréticos
↓↑ ↑↑Obesidade
↑ ↑→↓Normal ou levemente↑↑ a↑↑↑↑↑Icterícia Obstrutiva
↑↑IRC
↑↑S. Nefrótica
↑ ou↓↑↑↑Hipotireoidismo
↓↑___D. Melitos
HDLTriglicéridesColesterolCausa
Fatores de risco para a aterosclerose que Fatores de risco para a aterosclerose que modificam as metas de LDL-C:modificam as metas de LDL-C:
Fumo. Hipertensão arterial sistêmica ( PA ≥ 140/90 mmHg ). HDL-C* < 40 mg/dL. Diabetes melito ( diabéticos são considerados
portadores de aterosclerose). Idade ( homens ≥ 45 anos e mulheres ≥ 55 anos. Histórico familiar precoce de aterosclerose ( parentes
de 1° grau: homens < 55 anos e mulheres < 65 anos ).
* HDL-C > 60mg/dL é considerado um fator protetor, devendo ser subtraído um fator de risco da soma.
A redução do colesterol afeta a história A redução do colesterol afeta a história natural da doença.natural da doença.
FIMFIM