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UNIDADE 1 sistema financeiro nacional SSisSistema Financeiro Nacionalsitema Financeiro Nacionalistema Financeiro Nacional Para iniciarmos o nosso estudo nesse tema é muito importante compreender e entender o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional (SFN) que abrange um conjunto de instituições financeiras. De acordo com Fortuna (2011), o SFN procura proporcionar condições entre os fluxos de recursos satisfatórios entre os poupadores e investidores. Com base nesse objetivo, quando nós investimos ou poupamos dinheiro através de instituições financeiras estamos ligados ao Sistema Financeiro Nacional. São estes agentes que permitem o crescimento econômico do país, bem como, permitem a elevação ou diminuição das taxas para os investidores, bem como para os poupadores. Antes de iniciar esse assunto, um conceito importante são os agentes superavitários, ou seja, que geram excedentes aos que consomem (poupadores) e os agentes que estão na posição inversa que são chamados de agentes deficitários, ou seja, que precisam de poupança alheia para complementar as suas necessidades.

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UNIDADE 1 sistema financeiro nacional

SSisSistema Financeiro Nacionalsitema Financeiro Nacionalistema Financeiro Nacional

          Para iniciarmos o nosso estudo nesse tema é muito importante compreender e entender o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional (SFN) que abrange um conjunto de instituições financeiras. De acordo com Fortuna (2011), o SFN procura proporcionar condições entre os fluxos de recursos satisfatórios entre os poupadores e investidores.

          Com base nesse objetivo, quando nós investimos ou poupamos dinheiro através de instituições financeiras estamos ligados ao Sistema Financeiro Nacional. São estes agentes que permitem o crescimento econômico do país, bem como, permitem a elevação ou diminuição das taxas para os investidores, bem como para os poupadores.

          Antes de iniciar esse assunto, um conceito importante são os agentes superavitários, ou seja, que geram excedentes aos que consomem (poupadores) e os agentes que estão na posição inversa que são chamados de agentes deficitários, ou seja, que precisam de poupança alheia para complementar as suas necessidades.

          Outro conceito utilizado para explicar o Sistema Financeiro Nacional é do autor Assaf Neto (2012, p. 39):

O Sistema Financeiro Nacional pode ser entendido como um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visa, em última análise, transferir recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os deficitários.

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Para esclarecer, observem a figura abaixo que apresenta a estrutura do SFN e percebam que há duas divisões principais: Subsistema de Intermediação e Subsistema Normativo.

Figura - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

          Sobre o Subsistema de Intermediação pode-se dizer que tem a finalidade de viabilizar o atendimento das necessidades financeiras de curto, médio e longo prazo, manifestados pelos agentes econômicos carentes de recursos, aplicando ao mesmo tempo o excedente monetário dos agentes superavitários, com um mínimo de riscos.

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          Esse subsistema é composto por: Instituições Monetárias e Não Monetárias; Instituições Auxiliares; Instituições não Financeiras e pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos.

          O Subsistema Normativo é formado pelos: Banco Central do Brasil; Conselho Monetário Nacional; Comissão de Valores Imobiliários e através das Instituições Especiais que possuem como finalidade promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir os interesses da coletividade.  

Para conhecer com detalhes cada órgão vinculado ao Sistema Financeiro Nacional, vamos acessar o Portal do Investidor e conhecer as principais funções de cada instrumento ou instituições financeiras mencionadas acima.Acesse o link:<http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Investidor_Estrangeiro/o_mercado_de_valores_brasileiros/Estrutura_Funcionamento.html>.

          Após essa pesquisa, com certeza percebemos que alguns Bancos têm foco específico, ou seja, tem maior atuação na habitação como faz a Caixa Econômica Federal.

          As atividades vinculadas ao Sistema Financeiro Nacional podem ser alteradas ou modificadas, assim por ser uma área em constante mutação, devemos conhecer e acompanhar quais são os programas lançados pelo Governo, e analisar qual a instituição que melhor pode auxiliar a sua organização de forma a favorecer o crescimento e o desenvolvimento.

          Assim, foca-se nesta primeira unidade O Sistema Financeiro Nacional, ou seja, a instituição que regulamenta os recursos financeiros entre os agentes superavitários e os deficitários no Brasil. Porém é importante ressaltar que em cada país, há instituições e órgãos específicos que permitem a organização do mercado financeiro.

            Para entender as diferenças do sistema financeiro em outras nações, Rosseti (1997 apud PINHEIRO, 2012) apresenta os seguintes aspectos:

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Os padrões com que as instituições normativas interferem nas regras de intermediação;

A diversidade das instituições de intermediação e de suas carteiras operacionais;

A estrutura dos ativos financeiros, monetários e não monetários, quanto a taxas de participação de cada um deles no estoque do sistema como um todo;

Os graus de abertura em relação ao sistema financeiro internacional.

Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)

          É comum ouvir no noticiário que a Taxa Selic aumentou ou abaixou, e a pergunta que vem à nossa mente é: que diferença isso faz nas nossas vidas? Para que serve a SELIC?

          Para conhecer esse assunto temos que compreender que a taxa SELIC representa um serviço coordenado pelo Banco Central, destinado à custódia de títulos públicos federais, estaduais e municipais, bem como à liquidação e registro de operações com base nesses títulos.

          Como grande parte dos títulos públicos e privados não são emitidos fisicamente, exige-se maior organização em sua liquidação e transferência. Assim, foi desenvolvido o Selic e Cetip para controlar essas operações em tempo real.

          Um exemplo dessa operação é realizado através do computador que imediatamente transfere o registro do título para banco comprador e faz o crédito na conta do banco vendedor, e ambas as partes envolvidas têm a garantia da validade da operação efetuada.

            Deste modo, o Selic visa promover a segurança e a eficiência na administração dos títulos, de forma a operacionalizar os negócios no mercado e reduzir o risco e mal-entendidos.

          Como todo o mercado financeiro é interligado, não poderia deixar de citar o comitê que desenvolve as diretrizes da política monetária, chamada de Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa Selic a ser praticada no Brasil.

Uma curiosidade da SELIC é que, por se tratar de um serviço, com o tempo se tornou o nome de uma taxa, a famosa taxa Selic. Originalmente tem o nome de Taxa Básica de Juros ou Taxa Meta. A

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taxa Selic é a taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais.

Uma curiosidade da SELIC é que, por se tratar de um serviço, com o tempo se tornou o nome de uma taxa, a famosa taxa Selic. Originalmente tem o nome de Taxa Básica de Juros ou Taxa Meta. A taxa Selic é a taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais.

Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip)

Conforme Pinheiro (2012, p. 84), “[...] a Cetip é o local em que se custodia, registra e liquida financeiramente as operações feitas com todos os papéis privados e os títulos estaduais e municipais que ficaram fora das regras de rolagem”.

As sensibilizações financeiras por meio sistema ocorrem, obrigatoriamente, no dia útil seguinte dos processamentos (sistemática D + 1).

Para saber mais sobre a Taxa Selic, o cálculo e também sobre o Sistema Financeiro. Acesse: http://www.bcb.gov.br/?SELICTAXACliquem nos quatro tópicos disponíveis:Descrição, Diária, Mensal e Variação. Aproveitem e se atualizem sempre!!!

UNIDADE 2

POLÍTICA MONETÁRIA, FISCAL E CAMBIAL

          Na unidade 1, comentamos sobre o SFN e toda sua estrutura, bem como, nos seus agentes e a importância de cada subsistema. E durante todo o tempo falamos das políticas econômicas que compreendem: monetária, fiscal e cambial. Alguns autores inserem a

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política de rendas também como parte da política econômica, porém, para o nosso estudo vamos nos ater apenas aos três primeiros acima mencionados.

          Mas antes de iniciar o tema, temos que entender que o Estado exerce sua atividade através das políticas econômicas, objetivando promover o desenvolvimento econômico.

          Quando falamos em políticas de desenvolvimento econômico, elas abrangem: garantir pleno emprego e sua estabilidade, equilibrar o volume financeiro das transações econômicas com o exterior, a estabilidade de preços e o controle da inflação e promover a distribuição das riquezas e das rendas.

          Com essa definição, percebemos que toda e qualquer atividade relacionada ao cotidiano como: compra no supermercado, utilizar a energia da sua casa, entre outras, está vinculada à política econômica e à importância de compreender como atua.

Política Monetária

          Primeiramente, precisamos entender o conceito de política monetária. Conforme Lagioia (2007, p. 2), a política monetária pode ser definida como “[...] o controle da oferta da moeda e das taxas de juros que garantam a liquidez ideal de cada momento econômico, ou seja, é a maneira como o Estado controla a quantidade de dinheiro que circula na economia”.

          “A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento, títulos públicos e taxas de juros, modificando o custo e o nível de oferta do crédito” (ASSAF NETO, 2012, p. 20).  

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          Com isso podemos deduzir que se houver um recolhimento compulsório menor, terá mais recursos para a economia, reduzindo consequentemente a taxa de juros cobrada.

Política Fiscal

          A política fiscal é a que mais interfere nas nossas vidas, pois a carga tributária que pagamos é utilizada para despesas e receitas do Governo. Nesse caso, temos agora o Congresso Nacional que aprova

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os orçamentos do governo. Já na política monetária descrita anteriormente o órgão responsável é o Banco Central.

          Para Lagioia (2007, p. 7), política fiscal: “É a política de receitas e despesas do governo. Envolve a definição e a aplicação da carga tributária exercida sobre os agentes econômicos, bem como a definição dos gastos do governo, que tem como base os tributos captados”.

          Diferentemente da política monetária, temos como objetivos na política fiscal: a função alocativa, distributiva e estabilizadora.

          “A tributação deve servir como instrumento para a correção de desequilíbrios conjunturais para a obtenção de taxas satisfatórias de crescimento” (REZENDE, 2001; GIAMBIAGI; ALÉM, 1999 apud LIMA; CRAVEIRO, 2003, p. 9). Podemos concluir nesse contexto a relevância do tema nas definições dos tributos.

          Com o equilíbrio, pode-se entender que o contribuinte deve contribuir com uma parcela justa para cobrir os custos do governo, e que quem ganha mais deve ter um tributo proporcionalmente maior e que para que sejam justos, os impostos devem ser tais que minimizem os possíveis impactos negativos da tributação.

          É relevante dizer que quando o governo não arrecada o montante necessário para pagar as dívidas, ele será obrigado a recorrer ao endividamento, absorvendo recursos no setor privado.

Política Cambial

Iremos verificar no estudo da política cambial, o último item deste tópico, onde as cotações de câmbio são fundamentais para que as transações internacionais aconteçam, e claro, de modo que as exportações e importações interfiram no mercado financeiro. Vamos a seguir, entender os dois conceitos:    

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A política cambial está baseada na administração das taxas de câmbio, promovendo alterações das cotações cambiais, e, de forma mais abrangente, no controle das transações internacionais executadas no país. É fixada de maneira a viabilizar as necessidades de expansão da economia e promover seu desenvolvimento econômico (ASSAF NETO, 2012, p. 26).    

          Para Lagioia (2007), o conceito de política fiscal está ligado ao de política monetária, e destaca-se desta, por atuar mais diretamente por se tratar com as transações econômicas do país com o exterior.

          Podemos dizer assim, que a política cambial está ligada diretamente atrelada à taxa de câmbio, que expressa à relação entre unidades de uma moeda e outra. Portanto, a taxa representa o valor monetário que um país aceita para negociar sua moeda, seja para venda seja para compra.

          Um exemplo muito conhecido é o Dólar e a nossa moeda, o Real. Assim quando sabemos que $1 dólar é igual a R$2,00 estamos fazendo a relação entre as duas moedas, atualizada diariamente de acordo com as transações financeiras do dia.

          O desempenho das exportações pode ter grande impacto monetário na medida em que o ingresso de divisas significa conversão para reais e emissão da moeda. Uma política cambial favorável deverá permitir ao nosso país um volume maior da nossa moeda com o exterior, tanto na exportação como na importação.

          Para aprofundar sobre a política cambial, iremos diferenciar as taxas de câmbio: o câmbio fixo, o câmbio flutuante e o currency board. Segundo Assaf Neto (2012, p. 27):

 

Câmbio fixo: tem seu valor atrelado a um referencial fixo, como ouro, dólar, ou até mesmo uma cesta de moedas de diversas economias. Permite maior nível de certeza ao comercio internacional, por revelarem, previamente, o valor futuro da moeda.

Câmbio flutuante: pela sua flexibilidade permite maior liberdade às economias na execução de suas políticas monetárias. Com mais agilidade no tratamento de eventuais desequilíbrios econômicos, promovendo alterações nas taxas de câmbio.

Currency board (conselho de moeda): é um sistema em que a autoridade monetária assume o compromisso legal de efetuar o câmbio de moeda nacional por moeda estrangeira forte em uma cotação fixa.

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É valido ressaltar que no Brasil atualmente trabalha-se com o câmbio flutuante na economia brasileira, e que nesse regime não está prevista a obrigação do Governo de intervir no mercado.

Mercados e Ativos Financeiros

            Agora entraremos com o tema principal da disciplina. Para isso, foi necessário conhecer os agentes participantes de todo o mercado financeiro que foi resumidamente comentado anteriormente. É claro que eventualmente, o setor sofre mudanças, mas comparado a outras áreas, o mercado financeiro é considerado um dos mais bem estruturados no país.

            Apesar da sua estrutura, podemos ter crises e também, cenários não imaginários acontecendo a todo instante. Quando se fala em finanças, temos que avaliar todas as variáveis pertinentes e ligadas ao nosso interesse.

            Vamos nos aprofundar agora, nos tipos de mercados financeiros e suas possíveis classificações e ativos financeiros, bem como as operações e os seus aspectos tributários.

Podemos definir o mercado financeiro como mecanismo ou ambiente através do qual se produz um intercâmbio de ativos financeiros e se determinam seus preços.

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Para Pinheiro (2012) são mercados nos quais os recursos financeiros são transferidos desde unidades superavitárias, isto é, que tem um excesso de fundos, até aquelas deficitárias, ou seja, que tem necessidades de fundos.

Antigamente, o mercado financeiro era o lugar físico ou ponto de encontro entre ofertadores e tomadores. Mas hoje, com o avanço da informática e das telecomunicações, esta exigência física perdeu sua importância. O contato entre os agentes ocorre de diversas formas: telefone, fax, correio, Internet, e outras ferramentas, como se verifica na imagem ao lado, com pessoas operacionalizando as transações de compra e venda de ativos financeiros.

Com o passar do tempo, o mercado financeiro pode ser classificado de outras formas, além do espaço físico, mas também pela amplitude, tipos de serviços, segundo suas obrigações e direitos.

Utilizaremos nesse contexto, as instituições que operam no mercado financeiro que podem ser classificadas segundo a natureza das obrigações que emitem e pelos tipos de operações a que estão autorizadas a realizar, que podem ser bancárias ou não bancárias.

s instituições bancárias são aquelas que recebem depósito a vista, pode emitir moeda secundária ou escritural e podem oferecer empréstimo como os Bancos Comerciais. As instituições não bancárias não podem receber depósito, nem operações cambiais, mas podem oferecer crédito. Lembrando que a emissão da moeda

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legal ou primária é monopólio do Banco Central, e o recebimento de depósitos à vista é uma concessão realizada deste Banco aos bancos comerciais.

Dentre as não-bancárias, distinguem-se as instituições de crédito daquelas cuja função principal é a distribuição de títulos e valores mobiliários. A estas últimas, denominam-se instituições auxiliares e compreendem basicamente, as Sociedades Corretoras de câmbio, títulos e valores mobiliários e as Distribuidoras. Os instrumentos financeiros também podem ser classificados.

Além da classificação das instituições e instrumentos, podemos também classificar os mercados financeiros de acordo com o tipo de operação que realizam. Assim, temos o mercado de capitais, assunto que veremos na próxima Web Aula, onde há a angariação de capital com as operações de risco.

Após compreender que o mercado pode ser classificado de várias maneiras, vamos entender o processo de intermediação que ocorre no mercado financeiro, composto por agentes que fornecem o dinheiro e outros que emprestam o dinheiro.

Como visto anteriormente, o objetivo do mercado financeiro, explicado de maneira simples, é a transferências dos recursos de pessoas que tem muito para pessoas que não tem. Claro, desde que isso só pode ser realizado com uma análise da possibilidade de pagamento, através de garantias, e também verificada a possibilidade real do tomador de recurso pagar sua dívida.

Sabemos que tanto as pessoas que tomam recursos como as que fornecem os recursos são as mesmas, ou seja, tanto uma organização pode ter recursos disponíveis para emprestar como pode precisar de recursos. Para ficar mais visível vamos analisar a figura abaixo

Figura - Processo da intermediação financeira

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Fonte: Pinheiro (2012, p. 26)

Com base na figura, percebemos como o processo de intermediação acontece no mercado financeiro, e como algumas vezes podemos ser tomadores de recursos e outros fornecedores.

E o intermediário são as instituições financeiras que podem ser bancos, fundos, seguradores, entre outras. Porém, muitos podem questionar aqui, sobre o porquê da necessidade do papel do intermediário, já que ele cobra para realizar essas transações?

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Um exemplo bem interessante é o cartão de crédito. A empresa aceita receber pelo cartão de crédito muitas vezes pela razão dele ser mais seguro, pois ele repassa a divida para operadora do cartão, mesmo sabendo que a operadora do cartão irá cobrar uma porcentagem sobre o dinheiro, a empresa prefere receber menos a não ter a certeza. E a operadora arca com a responsabilidade de cobrar do cliente o valor devido.

E o cliente nesse caso não tem acréscimo no valor caso pague em dia, porém a operadora também cobra juros caso tenha atraso. Pois já disponibilizou o dinheiro para empresa da qual o cliente comprou algo.

Podemos perceber então, que o intermediário pode conseguir resultados positivos e negativos, e por isso é importante verificar com detalhes os impostos e taxas cobrados na utilização de serviços financeiros.

ATIVOS FINANCEIROS

            Agora vamos iniciar o último tópico dessa Web Aula, falando um pouco dos ativos que podem ser considerados um produto, uma ação, uma poupança, ou seja, algo que tenha valor de troca.

Um bom exemplo disso é quando vamos trocar um produto por outro, que fazemos no dia-a-dia, na compra de um automóvel, saca de grãos, imóvel, entre outros.

Entretanto, no mercado financeiro o ativo tem características especificas e também são controlados pelo Sistema Financeiro, ou seja, não pode ser um produto qualquer, como um livro. Os mais

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conhecidos são: os títulos, as ações, poupança e fundos de investimentos.

Agora vamos conhecer alguns conceitos sobre o ativo financeiro:

Um ativo financeiro é um instrumento que canaliza a poupança até o investimento. As empresas em sua busca por financiamento podem acudir ao mercado mediante ou ativos financeiros emitindo ações ou emitindo títulos de dívida (PINHEIRO, 2012, p. 102).

            Para Assaf Neto (2012, p. 352) o termo ativo financeiro refere a todos os direitos e benefícios futuros. Há diversas categorias de ativos financeiros que geralmente são formados por títulos e valores mobiliários em geral.

            Com base nesses conceitos, percebemos que os ativos financeiros podem ser para captar recursos à organização e também para investir o dinheiro da organização. Porém como investidor, é necessário uma análise/estudo do ativo e refletir sobre a viabilidade do ativo.

Nesse contexto, para Pinheiro (2012, p. 102), as características principais dos ativos financeiros concentram-se em:

Liquidez: o é a facilidade entendida tanto de rapidez como de certeza

na recuperação do valor nominal investido, com que o investidor possa obter os recursos investidos no ativo. Capacidade de conversibilidade em outros bens.

Risco: o Entendido como variabilidade ou instabilidade esperada

ou a possibilidade de que o emissor descumpra com o pactuado, isto é, o pagamento do principal e dos juros. O risco dependerá, portanto, de um conjunto de variáveis relacionadas com o emissor, o mercado e outros fatores diversos.

Rentabilidade: o Que é a capacidade de o ativo produzir juros ou outros

rendimentos para o adquirente como pagamento de sua cessão de fundos e sua assunção de riscos ao longo de um período de tempo determinado. Capacidade de ganho que esses ativos podem auferir aos seus possuidores.

O interessante dessas características é que todas são muito utilizadas para avaliação não apenas de ativos financeiros, mas em nosso cotidiano. Quando compramos um bem, como uma casa, por exemplo, analisamos a liquidez, ou seja, a facilidade em vender

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novamente esse imóvel; analisa-se o risco observando o estado físico e documentação, e também a possibilidade de rentabilidade se o imóvel pode valorizar ou não, podemos utilizá-lo para alugar ou arrendar. Pensem como é interessante isso!!! Podemos aplicar na prática todos esses conceitos, o tempo todo no nosso dia-a-dia.

Os ativos financeiros, se analisados profundamente, podem classificar-se de múltiplas formas, atendendo a alguma de suas características descritas anteriormente. Podem ser segundo se materializem em documentos com suporte físico ou constituam simples lançamentos contábeis, sejam negociáveis ou não negociáveis, segundo seu grau de liquidez, em função da unidade de gasto que os emite etc.

 

Aspectos de Tributação

Sempre pensamos sobre a tributação no Brasil e muitos jornais e meios de telecomunicação informam que as taxas tributárias são exorbitantes e que o valo arrecadado pelo Tesouro Nacional é considerado exagerado para o país.

Esse detalhe não vai entrar no mérito se é muito ou pouco, porém precisamos saber que através do mercado financeiro como captador, via instituições, que o Tesouro Nacional recebe parte dos recursos necessários à execução financeira das contas do governo.

            Neste momento não vamos mencionar os custos de tributação de emissão, compra ou venda de títulos, ações, produtos do mercado bancário, pois cada um tem sua especificidade. Apenas vamos mencionar os impostos incidentes sobre as operações realizadas com títulos e valores mobiliários:

Imposto de Renda (IR): cobrado sobre o ganho de capital (é a diferença do valor final alcançado menos o valor investido de um bem), a alíquota cobrada depende do tipo de operação e também das normas estabelecidas.

IOF: este imposto é cobrado sobre as operações financeiras, com incidência sobre o valor da operação.

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Quando se trata de tributação, teremos impostos e taxas que dependem de cada tipo de transação financeira. É importante argumentar e pesquisar no momento de investimento/captar dinheiro que essas taxas ou impostos geralmente incidem na compra e na venda. Assim, na grande maioria das transações financeiras incidem taxas ou impostos embutidos que interferem no ganho real e muitas vezes na análise de decisão do administrador.

Títulos Públicos

Como mencionado, sobre o mercado financeiro, a política econômica, o sistema financeiro econômico, e em nesses momentos citamos os títulos públicos constantemente.

De acordo com Assaf Neto (2012, p. 64) segue o conceito dos títulos públicos: “[...] são emitidos e garantidos pelo Governo Federal, Estadual e Municipal e têm por finalidade financiar a dívida pública, antecipar as receitas, ou serem utilizados como instrumento de política monetária”.

            Geralmente são utilizadas mediante três formas: oferta pública com a realização de leilões, oferta pública sem a realização de leilões e emissões destinadas a atender a necessidades específicas previstas em lei.

Os principais títulos públicos são:

Notas do Tesouro Nacional – NTN Letras Financeiras do Tesouro – LFT Letras do Tesouro Nacional – LTN Certificados do Tesouro Nacional – CTN Certificados Financeiros do Tesouro – CFT 

            Sabemos que os títulos são para garantir e pagar as dívidas do Governo, e muitos pensam que isso significa que o investimento não é seguro. Porém para um perfil de investidor conservador, é o ideal, pois existe a possibilidade de renda fixa. E para investir, o governo disponibiliza muitos dados e prazos pré-fixados de recebimento do ganho do titulo, ou seja, o lucro.

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Para saber complementar o estudo, e caso queira como comprar e vendar títulos públicos, acesse o link: <http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/como_comprar_vender.asp>.Descubram a possibilidade de investir e a forma de realizar essa transação online.

Títulos Privados

A estratégia utilizada pelo governo, também foi utilizada pelas organizações privadas, ou seja, as empresas. Com o objetivo de captar dinheiro as organizações emitem títulos para uma determinada ação.

Conforme JM Malucelli Investimento (2013, p. 1) “[...] um título privado é um empréstimo para uma empresa ou instituição financeira. O orçamento destas companhias, devido a necessidades de capital de giro ou aumento de investimentos, por exemplo, pode precisar de mais recursos em determinado momento”.

Os títulos privados tornaram-se uma alternativa que as companhias detêm para tornar isto possível. Porém isso é um ativo com um determinado risco, e no Brasil, são poucas as empresas que publicam títulos, a grande maioria, emite ações.

Nesse contexto, “Os principais tipos de títulos privados podem ser considerados os Certificados de Depósito Bancário e os Depósitos a Prazo com Garantia Especial, em relação às instituições financeiras, e as debêntures em relação às demais empresas” (JM MALUCELLI INVESTIMENTO, 2013, p. 1).

É importante lembrar que geralmente as instituições privadas geram maior rentabilidade nos seus ativos financeiros, por terem maior flexibilidade de ações, do que as organizações privadas. Porém o investidor precisa ser mais agressivo, no sentido de possibilidade maior de ganho, mas também de perda que chamamos de retorno x risco.

Fundos de Investimentos

Outro item muito importante dos ativos são os fundos de investimentos, que é a junção de empresas, para captação de recursos. Hoje, muito utilizada pelos investidores como opção de diversificação da carteira, ou seja, aplicar o dinheiro em várias opções de operações financeiras.

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É muito comum fazer essa diversificação, pois aplicar o dinheiro em apenas um ativo pode ser perigoso, pois o mesmo pode se desvalorizar e todo o recurso pode ser perdido. Para isso há investidores que contratam gestores de investimento, e uma outra considerada razoavelmente segura como o título público, é o fundo de investimento.

Segundo a CVM, Fundos de Investimento “[...] são condomínios constituídos com o objetivo de promover a aplicação coletiva dos recursos de seus participantes. São regidos um regulamento e têm na Assembleia Geral seu principal fórum de decisões” (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, 2009, p. 5).

Fundo de Investimento é uma comunhão de recursos, constituído sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em carteira de títulos e valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais (ASSAF NETO, 2012, p. 202).

            Para compreender melhor os fundos de investimentos, vamos assistir ao vídeo abaixo, que trará muitas informações importantes para vocês.

Vídeo: http://dxe.com.br/financas/entenda-o-fundo-de-investimentos/

            Como vimos no vídeo, existem possibilidades e oportunidades para aplicar nos fundos de investimentos, e com pouco dinheiro, de corretoras, bancos, entre outras instituições financeiras.

          O importante como dito no vídeo é conhecer os tipos, que são muitos, e principalmente ler o prospecto que contêm os detalhes das características de um ativo. Muitos dos ativos citados, também serão mencionados na próxima Web.

            Assim, nessa Web aprendemos bastante sobre o Sistema Financeiro, a política econômica, bem como o mercado financeiro e também seus ativos financeiros.

            Iremos na próxima Web Aula trabalhar com o Mercado Bancário, Mercado de Capitais e também com Derivativos, ou seja, outros ativos que também estão disponibilizados no mercado financeiro.

            Percebemos assim, que os produtos financeiros são inúmeros, e que aprender sobre os conceitos e entender suas funcionalidades, pode ajudar sua organização a crescer através de recursos, como o BNDES, e também aplicar.

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Aspectos de Tributação

Sempre pensamos sobre a tributação no Brasil e muitos jornais e meios de telecomunicação informam que as taxas tributárias são exorbitantes e que o valo arrecadado pelo Tesouro Nacional é considerado exagerado para o país.

Esse detalhe não vai entrar no mérito se é muito ou pouco, porém precisamos saber que através do mercado financeiro como captador, via instituições, que o Tesouro Nacional recebe parte dos recursos necessários à execução financeira das contas do governo.

            Neste momento não vamos mencionar os custos de tributação de emissão, compra ou venda de títulos, ações, produtos do mercado bancário, pois cada um tem sua especificidade. Apenas vamos mencionar os impostos incidentes sobre as operações realizadas com títulos e valores mobiliários:

Imposto de Renda (IR): cobrado sobre o ganho de capital (é a diferença do valor final alcançado menos o valor investido de um bem), a alíquota cobrada depende do tipo de operação e também das normas estabelecidas.

IOF: este imposto é cobrado sobre as operações financeiras, com incidência sobre o valor da operação.

Quando se trata de tributação, teremos impostos e taxas que dependem de cada tipo de transação financeira. É importante argumentar e pesquisar no momento de investimento/captar dinheiro que essas taxas ou impostos geralmente incidem na compra e na venda. Assim, na grande maioria das transações financeiras incidem taxas ou impostos embutidos que interferem no ganho real e muitas vezes na análise de decisão do administrador.

Títulos Públicos

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Como mencionado, sobre o mercado financeiro, a política econômica, o sistema financeiro econômico, e em nesses momentos citamos os títulos públicos constantemente.

De acordo com Assaf Neto (2012, p. 64) segue o conceito dos títulos públicos: “[...] são emitidos e garantidos pelo Governo Federal, Estadual e Municipal e têm por finalidade financiar a dívida pública, antecipar as receitas, ou serem utilizados como instrumento de política monetária”.

            Geralmente são utilizadas mediante três formas: oferta pública com a realização de leilões, oferta pública sem a realização de leilões e emissões destinadas a atender a necessidades específicas previstas em lei.

Os principais títulos públicos são:

Notas do Tesouro Nacional – NTN Letras Financeiras do Tesouro – LFT Letras do Tesouro Nacional – LTN Certificados do Tesouro Nacional – CTN Certificados Financeiros do Tesouro – CFT 

            Sabemos que os títulos são para garantir e pagar as dívidas do Governo, e muitos pensam que isso significa que o investimento não é seguro. Porém para um perfil de investidor conservador, é o ideal, pois existe a possibilidade de renda fixa. E para investir, o governo disponibiliza muitos dados e prazos pré-fixados de recebimento do ganho do titulo, ou seja, o lucro.

Para saber complementar o estudo, e caso queira como comprar e vendar títulos públicos, acesse o link: <http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/como_comprar_vender.asp>.Descubram a possibilidade de investir e a forma de realizar essa transação online.

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Títulos Privados

A estratégia utilizada pelo governo, também foi utilizada pelas organizações privadas, ou seja, as empresas. Com o objetivo de captar dinheiro as organizações emitem títulos para uma determinada ação.

Conforme JM Malucelli Investimento (2013, p. 1) “[...] um título privado é um empréstimo para uma empresa ou instituição financeira. O orçamento destas companhias, devido a necessidades de capital de giro ou aumento de investimentos, por exemplo, pode precisar de mais recursos em determinado momento”.

Os títulos privados tornaram-se uma alternativa que as companhias detêm para tornar isto possível. Porém isso é um ativo com um determinado risco, e no Brasil, são poucas as empresas que publicam títulos, a grande maioria, emite ações.

Nesse contexto, “Os principais tipos de títulos privados podem ser considerados os Certificados de Depósito Bancário e os Depósitos a Prazo com Garantia Especial, em relação às instituições financeiras, e as debêntures em relação às demais empresas” (JM MALUCELLI INVESTIMENTO, 2013, p. 1).

É importante lembrar que geralmente as instituições privadas geram maior rentabilidade nos seus ativos financeiros, por terem maior flexibilidade de ações, do que as organizações privadas. Porém o investidor precisa ser mais agressivo, no sentido de possibilidade maior de ganho, mas também de perda que chamamos de retorno x risco.

Fundos de Investimentos

Outro item muito importante dos ativos são os fundos de investimentos, que é a junção de empresas, para captação de recursos. Hoje, muito utilizada pelos investidores como opção de diversificação da carteira, ou seja, aplicar o dinheiro em várias opções de operações financeiras.

É muito comum fazer essa diversificação, pois aplicar o dinheiro em apenas um ativo pode ser perigoso, pois o mesmo pode se desvalorizar e todo o recurso pode ser perdido. Para isso há investidores que contratam gestores de investimento, e uma outra considerada razoavelmente segura como o título público, é o fundo de investimento.

Segundo a CVM, Fundos de Investimento “[...] são condomínios constituídos com o objetivo de promover a aplicação coletiva dos recursos de seus participantes. São regidos um regulamento e têm na

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Assembleia Geral seu principal fórum de decisões” (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, 2009, p. 5).

Fundo de Investimento é uma comunhão de recursos, constituído sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em carteira de títulos e valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais (ASSAF NETO, 2012, p. 202).

            Para compreender melhor os fundos de investimentos, vamos assistir ao vídeo abaixo, que trará muitas informações importantes para vocês.

Vídeo: http://dxe.com.br/financas/entenda-o-fundo-de-investimentos/

            Como vimos no vídeo, existem possibilidades e oportunidades para aplicar nos fundos de investimentos, e com pouco dinheiro, de corretoras, bancos, entre outras instituições financeiras.

          O importante como dito no vídeo é conhecer os tipos, que são muitos, e principalmente ler o prospecto que contêm os detalhes das características de um ativo. Muitos dos ativos citados, também serão mencionados na próxima Web.

            Assim, nessa Web aprendemos bastante sobre o Sistema Financeiro, a política econômica, bem como o mercado financeiro e também seus ativos financeiros.

            Iremos na próxima Web Aula trabalhar com o Mercado Bancário, Mercado de Capitais e também com Derivativos, ou seja, outros ativos que também estão disponibilizados no mercado financeiro.

            Percebemos assim, que os produtos financeiros são inúmeros, e que aprender sobre os conceitos e entender suas funcionalidades, pode ajudar sua organização a crescer através de recursos, como o BNDES, e também aplicar.

            Espero que tenham se interessado nesse assunto, e principalmente ter lido, os link e assistido os vídeos para complementar os seus estudos.

Empréstimo

            Depois de captado o recurso, o banco tem nesse momento que “trabalhar” com o dinheiro para conseguir remunerar o dinheiro angariado, ter lucro, e realizar a uma boa gestão do empréstimo para não ter muita inadimplência.

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            Existem como na captação muitos produtos disponíveis na mesa de empréstimo que se diferenciam pelas taxas, prazos, garantias, entre outras formas regulamentadas pelo Banco Central.

            Vamos conhecer alguns produtos de empréstimos:

Hot Money: É o empréstimo de curtíssimo prazo, normalmente por um dia, ou um pouco mais, no máximo por dez dias [...];

Contas Garantidas/ Cheques Especiais: Abre-se uma conta de crédito (conta garantida) com um valor-limite que normalmente é movimentada diretamente pelos cheques emitidos pelo cliente, desde que não haja saldo disponível, na conta corrente de movimentação. À medida que nesta última, existam valores disponíveis, estes são transferidos de volta, para cobrir o saldo devedor da conta garantida [...];

Desconto de Títulos: É o adiantamento de recursos as clientes, feito pelo banco, sobre valores referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissória, para antecipar o fluxo de caixa do cliente [...];

Vendor Finance: É uma operação de financiamento de vendas baseada no principio da cessão de crédito, que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e receber o pagamento à vista [...];

Crédito Direto ao Consumidor: É o financiamento concedido por uma financeira para aquisição de bens e serviços por seus clientes. Sua maior utilização é normalmente, para a aquisição de veículos e eletrodomésticos [...];

            Como nas operações de captação, a mesa de empréstimos possuem outros produtos que podem se adaptar a uma necessidade especifica do cliente, o ideal é estar se atualizando constantemente.

Operações de Intermediação

É o conjunto de operações em que as instituições financeiras assumem o papel de intermediadoras ou gerenciadoras de uma determinada operação, cobrando uma comissão pelos serviços prestados.

Exemplificando sem se tratar de um banco, é um processo financeiro que principalmente as grandes empresas do mercado de crédito, em vez de captar recursos dos bancos - um intermediário que repassa recursos tomados junto ao público - passam a acessar diretamente os investidores, via o mercado de capitais.

Operações de Captação Externa

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            Para finalizar os produtos do Mercado Bancário, as operações de captação externa não poderiam ficar de fora. Antigamente, as captações externas eram realizadas por meios de empréstimos e financiamentos regulamentados pelo Banco Central.

            Através da Lei 4.131, da Resolução 3.844 e com o objetivo de aumentar o fluxo externo de dinheiro nos países, acrescentou a forma de emissão de títulos de dívida no exterior.

MERCADO DE CAPITAIS

O Mercado de Capitais tem suas atividades fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que compõe o Sistema Financeiro Nacional, visto anteriormente. Vamos aprofundar e conhecer os tipos de mercados que são inseridos neste tópico.

Segundo Pinheiro (2012, p. 174) o conceito de Mercado de Capitais pode ser definido como:

[...] um conjunto de instituições e de instrumentos que negociam com títulos e valores mobiliários, objetivando a canalização dos recursos dos agentes compradores para os agentes vendedores. Ou seja, o mercado de capitais representa um sistema de distribuição de valores

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mobiliários que tem o propósito de viabilizar a capitalização das empresas e dar liquidez aos títulos emitidos por elas.

Esse mercado surgiu da necessidade de crédito do mercado. Os dois principais motivos foram:

Contribuir para o desenvolvimento econômico, atuando como propulsor de capitais para os investimentos, estimulando a formação da poupança privada.

Permitir e orientar a estruturação de uma sociedade pluralista, baseada na economia de mercado, permitindo a participação coletiva de forma ampla na riqueza e nos resultados da economia.

Como existem diferentes tipos de valores mobiliários o Mercado de Capital também está subdividido de acordo com a natureza das operações e dos papéis que transacionam (TIPOS..., 2012, p. 1, grifo do autor):

Mercado à Vista - O investidor negocia o título com base em seu preço corrente, praticado no pregão do Sistema de Negociação Eletrônica. Uma vez que a operação é fechada e registrada, o vendedor deve disponibilizar os títulos para liquidação até o segundo dia útil (D+2), recebendo o valor da venda no terceiro dia útil (D+3);

Mercado Primário e Mercado Secundário - Chama-se de mercado primário ao processo de geração dos títulos para distribuição. É uma transação entre a companhia emissora e os investidores, com intermediação de instituições financeiras, e é nesse momento que os recursos são captados pela companhia. Chama-se de mercado secundário às negociações de títulos já emitidos. É uma transação entre investidores;

Mercado de Balcão e Leilão em Bolsa - A distribuição de títulos pode ser feita em leilão especial em Bolsa de Valores. Dessa forma, o emissor tem a certeza de obter o melhor preço que o mercado se dispõe a pagar no momento do leilão;

Mercado Futuro - Os participantes deste mercado fazem um depósito inicial e que serve de garantia da operação, além de pagar um ajuste sobre o preço diário da ação. Se paga o preço estabelecido nesta oportunidade

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para pagamento em vencimento determinado pela Bolsa de Valores;

Mercado de Opções - São negociados direitos de compra ou de venda de ações, com um preço pré-estabelecido (preço de exercício) e prazo de pagamento específico. O comprador pagará o prêmio ao vendedor em D+3. Os direitos de opção de compra podem ser exercidos a qualquer momento até a data do vencimento. Nas opções de venda, o exercício das opções é efetuado apenas na data do vencimento. As opções são negociadas no sistema pregão viva voz ou no sistema eletrônico de negociação a um preço (prêmio) formado livremente no mercado;

Mercado a Termo - Este mercado caracteriza-se pela compra de títulos para pagamento após 30, 60, 90, 120, 150 ou 180 dias. A diferença entre o preço à vista e o preço do vencimento do contrato é o juro pago.

Foram citados os tipos de mercados que envolvem o Mercado de Capitais e a CVM, porém não basta como empresário abrir uma empresa é necessário que essa organização esteja caracteriza como sociedade anônima. Veja no quadro abaixo as espécies de sociedades anônimas.

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            Através do quadro podemos concluir que uma companhia para emitir ações e/ou titulos, ela tem que ser aberta e ter seus valores mobiliários registrados na CVM.

            Para a abertura do capital, segundo a Lei nº 6.385/76, a empresa pode emitir os seguintes tipos de títulos de propriedade:

Ações; Bônus de subscrição; Debêntures; Partes beneficiárias; e Notas promissórias para distribuição pública.

Ações

Ações é o tema mais comentado no Mercado de Capitais e muitos questionam sobre a segurança de realizar a compra de ações, qual o valor a ser pago, como saber em que ação investir.

É necessário muito tempo para responder todas as questões, então nesse momento iremos diferenciar os tipos de ações e saber o conceito e direcionar onde encontramos todas as respostas.

De acordo com Pinheiro (2012, p. 210) as ações são: “[...] títulos de propriedade de uma parte do capital social da empresa que as emitiu. Quem tem ações, portanto pode-se considerar sócio da empresa emissora”.

Por ter uma ação, o acionista se considera sócio da empresa que é obrigada a divulgar seus resultados trimestralmente para seus acionistas. Algumas empresas com o objetivo de valorizar a ação, transmitir confiança, passar o sentimento de transparência fornecem mais informações que as especificadas pela CVM.

As ações são classificadas por dois tipos, que o autor Assaf Neto (2012) diferencia pelas suas características que serão descritas a seguir:

As ações ordinárias são as que comandam a assembleia de acionistas de uma empresa, conferindo ao seu titular o direito

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de voto. Os acionistas ordinários podem eleger e destituir os membros da diretoria e do Conselho Fiscal da companhia; decidir sobre o destino dos lucros; reformar o estatuto social; autorizar emissões de debêntures e aumentos de capital social; votar contas patrimoniais etc.

As ações preferenciais não atribuem a seu titular o direito de voto, porém conferem certas preferências, como:

o Prioridade no recebimento de dividendos, geralmente um percentual mais elevado que o valor das ações ordinárias;

o Prioridade no reembolso do capital na hipótese de dissolução da empresa.

Pelos dois tipos de ações podemos dizer que o acionista pode escolher de acordo com sua prioridade e seu perfil de investimento. É valido ressaltar que o ideal para o investidor é diversificar sua aplicação para conseguir obter melhor retorno e o menor risco.

Citamos agora o ponto de vista do cliente no momento da compra da ação, mas é importante também analisar os benefícios e também as possíveis dificuldades da organização para emissão de ações.

Nesse contexto, a aplicação em ações geram vantagens e desvantagens como fonte de fundo das empresas, os principais itens estudados pelo autor Pinheiro foram descritos na figura a seguir. É importante conhecer e ponderar os pontos citados para não prejudicar uma organização.

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            Para finalizar o tema ações, vejam o vídeo abaixo que irá apresentar os principais pontos que um iniciante ao investimento na bolsa de valores deve saber.

Avaliação das Ações

            Depois conhecer um pouquinho sobre as ações, temos que pensar que esse investimento envolve risco e o que todo investidor deseja é retorno, então antes de comprá-las pode-se fazer algumas avaliações através de alguns critérios de análise como analisar gráficos e indicadores numéricos.

            É importante ressaltar novamente que todos os dados aqui analisados são obrigatoriamente fornecidos pelas empresas que emitem ações e que o perfil do investidor nesse caso é mais arrojado e que pretende fazer um investimento geralmente de longo prazo.

            Os principais indicadores para avaliar ações são:

Lucro por Ação

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Esse índice tem como objetivo a apresentar a parcela do lucro pertencente a cada ação, ou seja, se temos um lucro de R$1500,00 e ocorreu uma emissão de 100 ações temos como Lucro por ação de R$15,00.

Quando chega ao resultado de R$15,00, isso não significa que cada acionista irá receber esse valor como retorno esperado, pois o retorno da ação é definido pela política de dividendos adotada pela empresa.      

Indicadores de Dividendos

Antes de iniciar os indicadores de dividendos é necessário saber que dividenda é uma parcela do lucro que é direcionada para o pagamento aos acionistas. É relevante saber que o mínimo a ser direcionado é de 25% e pode ser maior de acordo com a decisão do estatuto da empresa, por isso é importante ler o prospecto da ação antes de investir. Existem os dois indicadores descritos abaixo:

 

O payout apresenta um indicador que informa a porcentagem que de dividendos que a empresa está utilizando para pagar os acionistas e a diferença seria o restante do lucro convertido em ações ou reserva da organização. Então se o LPA da empresa é de R$2,00, e temos um dividendo de R$0,60 por ação, chega-se ao resultado de 0,3 ou 30% de payout, ou seja, 30% do lucro líquido foi destinado aos acionistas.

            Esse indicador proporciona ao acionista saber a remuneração sobre o capital investido, ou seja, sobre o valor pago pela ação. Então se temos um dividendo de R$3,00 por ação e cotação media dessa ação está em R$20,00, sabe-se o acionista que os resultados indicam um retorno de 15% sobre o preço da ação.

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Índice Preço/Lucro

            Esse indicador é o mais utilizado pelos avaliadores de ação, pois representa a proporção do preço da ação com o lucro que alcançado pela a empresa. Geralmente é analisado o histórico dos resultados obtidos e assim realizado uma projeção para o investimento.

            O resultado representado o percentual do preço com relação ao retorno. Através do indicador pode-se comparar com outras ações e outros tipos de investimentos.

A análise dos indicadores é fundamental e fácil de ser realizada, pois não envolvem cálculos complicados e não há impedindo de obter os dados para isso. Porém existem outras análises que podem ser feitas que são divididas em duas bases: a análise técnica e a análise fundamentalista.

Para Assaf Neto (2012, p. 244) os conceitos dos dois tipos de análise são:

Análise Técnica ou Gráfica: dedica-se a estabelecer projeções sobre o comportamento das ações a partir de padrões observados no desempenho passado do mercado.

Análise Fundamentalista: adota a hipótese da existência de um valor intrínseco para cada ação, com base nos resultados apurados pela empresa emitente. O estudo dessa análise está baseado no desempenho econômico e financeiro da empresa e processa, ainda, sofisticadas avaliações e comparações setoriais, bursáteis e conjunturais.

            Para saber mais detalhes da diferença entre a análise técnica e análise fundamentalista, peço que assistam ao vídeo abaixo e percebam que cada uma das técnicas tem características diferentes de acordo com o prazo de investimento.

< http://www.youtube.com/watch?v=Lk4_APD0Uxs >

            Através do vídeo percebemos que cada tipo de análise possuem vantagens e desvantagens. E que nenhuma das técnicas garantem o retorno esperado pelo investidor. É certo que muito

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investidores como mencionado que utilizam sua prática de mercado e, em alguns casos, uma previsão sem critérios.

Debêntures

Para não passar em branco, não poderia deixar de comentar as Debêntures que são definidas pelo Assaf Neto (2012) como são títulos emitidos apenas por:

[...] sociedades anônimas não financeiras de capital aberto (as sociedades de arrendamento mercantil e as companhias hipotecárias estão autorizadas a emiti-las), com garantia de seu ativo e com ou sem garantia subsidiaria da instituição financeira, que as lança no mercado para obter recursos de médio e longo prazos, destinados normalmente a financiamento de projetos de investimentos ou alongamento do perfil do passivo.