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Vascularização do encéfalo Vascularização O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio. O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sangüíneo muito intenso. Quedas na concentração de glicose e oxigênio no sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do fluxo sangüíneo ao encéfalo não são toleradas por um período muito curto. A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda da consciência. Após cerca de cinco minutos começam aparecer lesões que são irreversíveis, pois, como se sabe, as células nervosas não se regeneram. O fluxo sangüíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do coração. Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue aproximadamente igual ao seu próprio peso. Vascularização Arterial do Encéfalo Polígono de Willis : O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: vértebro-basilar (artérias vertebrais) e carotídeo (artérias carótidas internas). Estas são artérias especializadas pela irrigação do encéfalo. Na base do crânio estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis, de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral. ARTÉRIAS CARÓTIDA INTERNA E VERTEBRAL

Vascularização Do Encéfalo

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VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO

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Vascularizao do encfalo

VascularizaoO sistema nervoso formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxignio. O consumo de oxignio e glicose pelo encfalo muito elevado, o que requer um fluxo sangneo muito intenso. Quedas na concentrao de glicose e oxignio no sangue circulante ou, por outro lado, a suspenso do fluxo sangneo ao encfalo no so toleradas por um perodo muito curto.A parada da circulao cerebral por mais de sete segundos leva o indivduo a perda da conscincia. Aps cerca de cinco minutos comeam aparecer leses que so irreversveis, pois, como se sabe, as clulas nervosas no se regeneram.O fluxo sangneo cerebral muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do corao. Calcula-se que em um minuto circula pelo encfalo uma quantidade de sangue aproximadamente igual ao seu prprio peso.Vascularizao Arterial do EncfaloPolgono de Willis:O encfalo vascularizado atravs de dois sistemas: vrtebro-basilar (artrias vertebrais) e carotdeo (artrias cartidas internas). Estas so artrias especializadas pela irrigao do encfalo. Na base do crnio estas artrias formam um polgono anastomtico, o Polgono de Willis, de onde saem as principais artrias para vascularizao cerebral.ARTRIAS CARTIDA INTERNA E VERTEBRAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

As artrias vertebrais se anastomosam originado a artria basilar, alojada na goteira basilar. Ela se divide em duas artrias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisfrios cerebrais.As artrias cartidas internas originam, em cada lado, uma artria cerebral mdia e uma artria cerebral anterior.As artrias cerebrais anteriores se comunicam atravs de um ramo entre elas que a artria comunicante anterior.As artrias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais cartidas internas atravs das artrias comunicantes posteriores.POLGONO DE WILLIS - ESQUEMA

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

POLGONO DE WILLIS - ESQUEMA

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ARTRIAS DO ENCFALO - VISTA INFERIOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Artria Cartida InternaRamo de bifurcao da cartida comum, a cartida interna, aps um trajeto mais ou menos longo pelo pescoo, penetra na cavidade craniana pelo canal carotdeo do osso temporal. A seguir, perfura a dura-mter e a aracnide e, no incio do sulco lateral, dividi-se em dois ramos terminais: as artrias cerebrais mdia e anterior. A artria cartida interna, quando bloqueada pode levar a morte cerebral irreversvel. Um entupimento da artria cartida uma ocorrncia sria, e, infelizmente, comum. Clinicamente, as artrias cartidas internas e seus ramos so freqentemente referidos como a circulao anterior do encfalo.VISTA ANTERIOR DAS ARTRIAS CEREBRAL ANTERIOR E MDIA

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ARTRIA CEREBRAL MDIA

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Artria Vertebral e Basilar (Sistema Vrtebro-basilar)As artrias vertebrais seguem em sentido superior, em direo ao encfalo, a partir das artrias subclvias prximas parte posterior do pescoo. Passam atravs dos forames transversos das primeiras seis vrtebras cervicais, perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura-mter e a aracnide, penetrando no crnio pelo forame magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e, aproximadamente ao nvel do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco nico, a artria basilar. As artrias vertebrais originam ainda as artrias espinhais e cerebelares inferiores posteriores.A artria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar as artrias cerebrais posteriores direita e esquerda. A artria basilar d origem, alm das cerebrais posteriores, s seguintes artrias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artria do labirinto, suprindo assim reas do encfalo ao redor do tronco enceflico e cerebelo. O sistema vrtebro-basilar e seus ramos so freqentemente referidos clinicamente como a circulao posterior do encfalo.ARTRIA CEREBRAL POSTERIOR E ANTERIOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ESQUEMA DAS ARTRIAS CEREBRAIS

Abaixo, temos um resumo esquematizado da vascularizao enceflica:

Vascularizao Venosa do EncfaloAs veias do encfalo, de um modo geral, no acompanham as artrias, sendo maiores e mais calibrosas do que elas. Drenam para os seios da dura-mter, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas, que recebem praticamente todo o sangue venoso enceflico.As veias jugulares externa e interna so as duas principais veias que drenam o sangue da cabea e do pescoo. As veias jugulares externas so mais superficiais e drenam, para as veias subclvias, o sangue da regio posterior do pescoo e da cabea. As veias jugulares internas profundas drenam a poro anterior da cabea, face e pescoo. Elas so responsveis pela drenagem de maior parte do sangue dos vrios seios venosos do crnio. As veias jugulares internas de cada lado do pescoo juntam-se com as veias subclvias para formar as veias braquioceflicas, que transportam o sangue para a veia cava superior.As veias do crebro dispem-se em dois sistemas: sistema venoso superficial e sistema venoso profundo. Embora anatomicamente distintos, os dois sistemas so unidos por numerosas anastomoses.Sistema Venoso Superficial Drenam o crtex e a substncia branca subjacente. Formado por veias cerebrais superficiais (superiores e inferiores) que desembocam nos seios da dura-mter.Sistema Venoso Profundo Drenam o sangue de regies situadas mais profundamente no crebro, tais como: corpo estriado, cpsula interna, diencfalo e grande parte do centro branco medular do crebro. A veia mais importante deste sistema a veia cerebral magna ou veia de Galeno, para a qual converge todo o sangue do sistema venoso profundo do crebro.VASCULARIZAO VENOSA DO ENCFALO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

VASCULARIZAO VENOSA DO ENCFALO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.