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USJT – UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Mestrado em Educação Física
Raquel Stoilov Pereira
A EDUCAÇÃO FÍSICA NAS SÉRIES DA FASE INICIAL DO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE SANTO ANDRÉ:
O Olhar dos Professores Polivalentes
São Paulo
2007
Raquel Stoilov Pereira
A EDUCAÇÃO FÍSICA NAS SÉRIES DA FASE INICIAL DO ENSINO
FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE SANTO ANDRÉ: O Olhar dos Professores Polivalentes
Dissertação apresentada à Banca Examinadora da USJT - Universidade São Judas Tadeu, como exigência parcial para obtenção do título de mestre em Educação Física. Orientadora: Profª. Dra. Vilma Lení Nista- Piccolo.
São Paulo 2007
Pereira, Raquel Stoilov
A educação física nas séries da fase inicial do ensino fundamental das escolas públicas municipais de Santo André: o olhar dos professores polivalentes. - São Paulo, 2007.
204 f. ; 30 cm
Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2007.
Orientador: Profª. Dra. Vilma Lení Nista-Piccolo
1. Educação Física escolar. 2. Educação Física - Formação. 3. Educação Física
para crianças. I. Título CDD- 796
Ficha catalográfica: Elizangela L. de Almeida Ribeiro - CRB 8/6878
DEDICATÓRIA
Nunca tive a vontade de realizar a dedicatória após a finalização de
trabalhos anteriores. Como, de acordo com as normas da ABNT, é considerada um
elemento opcional, portanto, não obrigatório, sua inserção nos trabalhos tornava-se
ainda mais desnecessária.
Digo isso porque entendia que os agradecimentos davam conta de
expressar os sentimentos por todas as pessoas que tinham participado, direta ou
indiretamente, de minhas conquistas. Aqueles que nos acompanham (marido, pais,
familiares e professores) e que, de fato, expressam carinho em nossas conquistas,
sentem-se partícipes de nossas vitórias, pois percorrem várias etapas de nossa luta
e, apesar do cansaço e vontade de desistir, estão sempre ao nosso lado.
No entanto, pela primeira vez, senti vontade de dedicar este trabalho a
alguém muito especial e que tem feito muita falta. Falta: pelo abraço gigante em que
me perdia em seus braços; da mão gigantesca que tomava toda a minha face
durante um gesto de carinho, que sempre antecipava um doce beijo e caloroso
abraço; das risadas gostosas em que toda a face ficava vermelha e as lágrimas
escorriam no rosto, sendo que para tomar um pouco de ar, apoiava a cabeça na
mão direita e ria descontroladamente; dos pacotes de paçoca e pés-de-moleque que
acabavam na primeira rodada; das palavras de incentivo e lembrança de nossas
conquistas passadas e avanços recentes; do viva aos noivos e brindes freqüentes
em que, não importando quem fosse, sempre realizava.
Por todas essas e muitas outras faltas, dedico esta vitória ao querido,
amado e inesquecível Sylvio Marangon (em memória): filho, irmão, marido, pai, avô,
tio e amigo. Um homem como poucos, mas exemplo para todos aqueles que
pretendem traçar uma jornada de humanidade e amor pelo próximo.
A você meu querido Tio este pequeno gesto de amor, agradecimento e,
acima de tudo, saudade.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por permitir a conquista de mais esta etapa e de tantas outras
em minha vida.
Ao meu marido Evando. Nossa caminhada pode não ser muito longa,
mas, sem dúvida, mudou minha vida. Desde a época em que você era apenas um
professor dedicado que mostrava os caminhos da Educação Física Escolar e me fez
ter a certeza de que essa era minha vocação, aos tempos de orientador e orientanda
quando você me iniciou no mundo da pesquisa, até hoje, quando casados,
permanece sendo meu professor e orientador que partilha idéias, sonhos e leituras
intermináveis. Você é o maior responsável por esse acontecimento, pois foi a sua
persistência e incentivo que me convenceram de que eu era capaz. Obrigada por
seu apoio, dedicação, carinho e, principalmente, seu amor que tanto me faz feliz,
orgulha e completa... amo muito você
Aos meus pais, Jacinto e Márcia, pela vida, pela educação e pelos
princípios, que carregarei sempre em meu coração e, se um dia tiver a oportunidade,
passarei aos meus filhos. Obrigada por tudo, amo muito vocês.
A minha avó Terezinha a quem tanto estimo, admiro e com quem espero
partilhar muitos momentos. Vozinha, saiba que você é muito importante para mim, te
amo.
A minha orientadora, Profª Dra. Vilma Lení Nista-Piccolo, que confiou em
mim desde o primeiro momento e sempre mostrou-se disposta para nossas
discussões e minhas dúvidas. Obrigada por esta oportunidade, pelos momentos de
aprendizado e por sua grande dedicação.
A Profª Maria Luiza Jovanovic pela elaboração carinhosa e competente do
abstract deste estudo.
A Secretaria Municipal de Educação de Santo André e aos diretores e
professores dessa rede de ensino que tanto colaboraram para a realização deste
estudo.
Ao Governo do Estado de São Paulo que financiou parte desta pesquisa,
em especial, a Profª Solange Dias que sempre mostrou-se atenciosa e prestativa.
A todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a
realização e conclusão desta pesquisa, principalmente, aos muitos professores que
passaram pela minha vida e tanto contribuíram em minha formação. Espero um dia
ser importante na vida de meus alunos da mesma forma como vocês foram e
continuam sendo importantes na minha.
EPÍGRAFE
[...] para mim é muito difícil começar a estudar. Estudar não é uma tarefa livre. Não é um dom. Estudar é trabalhoso, duro, difícil. Mas dentro da dificuldade, a felicidade começa a ser gerada. Em um determinado momento, subitamente ficamos totalmente felizes com os resultados, que surgem por termos sido sérios e rigorosos. Então, para mim, um dos problemas que temos como educadores na nossa linha de trabalho é nunca, nunca perder essa complexidade de nossa ação e como nunca perder até mesmo um único ingrediente dessa prática. Não consigo entender uma escola que faz as crianças ficarem tristes por ter que ir à escola. Uma escola assim é ruim. Mas também não aceito uma escola em que as crianças passam o tempo todo só brincando. Essa escola também é ruim. A boa escola é aquela na qual ao estudar, eu também tenho o prazer de brincar. (HORTON; FREIRE, 2003, p. 170).
RESUMO
Este estudo surge pela vivência anterior em uma das escolas públicas do município de Santo André, Região do Grande ABC de São Paulo, onde detectou-se que das 44 escolas existentes na rede, apenas 10 contavam com professor de Educação Física (especialista na área), sendo que nas demais 34 o professor regente da sala (polivalente) era o responsável por essas aulas. Tal circunstância suscitou alguns questionamentos acerca da organização dessas aulas de Educação Física ministradas tanto pelos professores polivalentes como pelos especialistas. Assim, o objetivo desta pesquisa qualitativa, do tipo descritiva, é verificar como se dá a organização das aulas de Educação Física nas séries da fase inicial do Ensino Fundamental, das escolas públicas municipais de Santo André, descritas a partir da visão dos professores polivalentes. Para tanto, em um primeiro momento, realizou- se uma revisão bibliográfica sobre: as teorias que pudessem levar a uma compreensão das normas que permeiam tanto a Educação Física, como o Ensino Fundamental, bem como as suas relações; os estudos específicos sobre as características físicas, cognitivas e sócioafetivas das crianças na faixa etária dos seis aos dez anos, visando compreender quem são essas crianças, suas necessidades e interesses como um ser global que faz, pensa, sente e interage; e, a partir desses trabalhos, identificar questões voltadas à prática da Educação Física na fase inicial do Ensino Fundamental, visando detectar aspectos coerentes que pudessem justificar a importância das atividades para essa etapa do ensino. Este estudo contou com a participação de 28 escolas e 143 professores polivalentes, os quais responderam a questionários fechados (levantamento da identificação dos professores, infra-estrutura e recursos materiais das escolas) e abertos (organização das aulas de Educação Física). As informações do questionário fechado permitiriam uma verificação da realidade nas escolas, mas, principalmente, um elemento adicional para a compreensão das respostas a pergunta aberta, a qual foi analisada com base nos estudos de Bardin (1977) e permitiu a discussão de alguns pontos sobre as aulas de Educação Física, tais como: freqüência e duração; atividades desenvolvidas; participação e interesse dos alunos; falta de espaço e/ ou material; falta de sistematização e conhecimento sobre a área culminando nas dificuldades dos professores polivalentes, na não realização dessas aulas e na valorização do professor especialista. Conclui-se que a realidade encontrad