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UNIVERSIDADE PAULISTA PROGRAMA DE PS GRADUAO EM ADMINISTRAO E NEGCIOS PS-GRADUAO LATO SENSU EM ADMINISTRAO GERAL

ADMINISTRAO DE MATERIAIS E ESTOQUE NA EMPRESA

ALUNO: RICHARD ROBERTO CAIRES RA:9085054

CIDADE : CAMPINAS-SP 2010

RICHARD ROBERTO CAIRES RA:9085054

ADMINISTRAO DE MATERIAIS E ESTOQUE NA EMPRESA

Trabalho de Curso apresentado programa de Psgraduao lato sensu em Administrao e Negcios da Unip Interativa, como parte dos requisitos necessrios para a obteno do ttulo de especialista em Administrao Geral Orientador: Prof. Dr. Cristiane Betanho

CIDADE: CAMPINAS-SP 2010

UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP INTERATIVA PS-GRADUAO LATO SENSU EM ADMINISTRAO GERAL CAMPINAS /2010

RICHARD ROBERTO CAIRES

TTULO DO TRABALHO: ADMINISTRAO DE MATERIAIS E ESTOQUE NA EMPRESA

APROVADO EM ____/____/____

BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________________ Dr. Cristiane Betanho ORIENTADOR E PRESIDENTE DA BANCA

______________________________________________________________ NOME DO PROFESSOR EXAMINADOR

______________________________________________________________ NOME DO PROFESSOR EXAMINADOR

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo descrever como desenvolvida a logstica empresarial e as reas de administrao de materiais dentro de uma organizao. A logstica de materiais em grandes empresas facilita o fluxo de produtos do ponto de aquisio da matria-prima at o ponto de consumo final, e fluxos de informao que colocam os produtos em movimento, obtendo nveis de servio adequados aos clientes, a um custo razovel. um tema de grande importncia por estar ligado a lucratividade e sobrevivncia da empresa num mundo globalizado e competitivo. Para realizao do trabalho foi realizada pesquisa na rea de Logstica, atravs de livros, papers, apostilas e internet. Buscou-se informaes sobre logstica de materiais de empresas de grande porte e as principais ferramentas administrativas que compe o escopo da administrao moderna, buscando sempre a satisfao do cliente desde a aquisio de matrias primas at o produto final. O resultado obtido atravs da pesquisa foi a identificao de que a globalizao tem mudado drasticamente a forma de administrar as empresas. Multinacionais ou transnacionais contriburam para a efetivao do processo de globalizao, tendo em vista que essas empresas desenvolvem atividades em diferentes territrios. A importncia deste estudo para o avano da pesquisa de gesto organizacional descrever o processo logstico e administrao que se faz necessrio em empresas no mundo e refletir que dentro de um processo complexo dentro da organizao como um todo existem muitas vezes outras empresas, funcionrios, colaboradores que precisam estar alinhados a filosofia da empresa que pretende se manter e se destacar no mercado competitivo. A logstica tornou-se fundamental com a globalizao. V-se que feitos no mercado de trabalho da globalizao so evidentes, com a criao de empregos em pases com mo-de-obra de salrios baixos em execuo de servios que no tem necessidade de alta qualificao. Com a produo distribuda entre vrios pases, seja para criao de um nico produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criao do mesmo produto em vrios pases para reduo de custos e ganhar vantagem competitiva no acesso de mercados regionais. Conclui-se que a globalizao o fator fundamental que afeta todas as reas da

sociedade, principalmente o comrcio internacional e liberdade de movimentao, com diferente

intensidade dependendo do nvel de desenvolvimento e integrao das naes ao redor do planeta. Funcionrios precisam estar cada vez mais capacitados, pois a necessidade em processar informaes ficou mais importante que a sua capacidade de trabalhar como operrio graas a automao. O mundo esta todo interligado, onde crises financeiras afetam todos a nvel mundial.

Palavras-chave: Administrao. Logstica. Cliente. Globalizao

ABSTRACT: This paper aims to describe how it is developed business logistics and the areas of materials management within an organization. The logistics of materials in large enterprises facilitates the flow of products from the point of acquisition of raw materials to the point of consumption and information flows that put products on the move, getting adequate service levels to customers at a reasonable cost . It is a subject of great importance because it is linked to profitability and survival in a globalized and competitive. To perform the work was carried out research in the area of Logistics, through books, papers, handouts and internet. We tried to information on material logistics companies large and the main tools that make up the scope of modern management, always striving for customer satisfaction since the acquisition of raw materials to finished product. The result obtained by the research was the identification that globalization has changed the way of managing companies. Multinational or transnational contributed to the realization of the globalization process, given that these companies carry out activities in different territories. The importance of this study to advance research in organizational management to describe the process and logistics management that is required in companies in the world and reflect that in a complex process within the organization as a whole there are often other companies, officials, employees that need to be aligned with the philosophy of the company you want to stay and stand out in a competitive market. Logistics has become central to globalization. It is seen that done in the labor market globalization are evident, with the creation of jobs in countries where labor-intensive low-wage service running that does not need highly qualified. With distributed among several countries, is to create a single product, where each company creates a part, is to create the same product in several countries to reduce costs and gain competitive advantage in access to regional markets. We conclude that globalization is the key factor that affects all areas of society, especially international trade and freedom of movement, with different intensity depending on the level of development and integration of nations across the globe.

Staff need to be increasingly capable, as the need to process information was more important than the ability to work as a laborer through automation. The whole world is interconnected, where financial crises affect all the world. Keywords: Administration. Logistics. Customer. Globalization

LISTA DE ILUSTRAES

FIGURA1 Logstica internacional Globalizao.........................................................6 FIGURA 2 Atividade da distribuio fsica....................................................................17 FIGURA 3 Relao entre distncia e tempo Transportes.............................................20 FIGURA 4 Transporte para abastecimento e atendimento a clientes..............................23 FIGURA 5 Curva ABC (Valor x Quantidade)................................................................31 FIGURA 6 Software de controle estoque........................................................................33 FIGURA 7 Sistema de apoio e decises MRP.............................................................35

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. ERP Enterprise resource planning GR WEB Software de Controle Estoque - GR WEB de Aplicativos Comerciais MRP Planejamento das necessidades de materiais SAP R/3 Empresa alem criadora do Software de Gesto de Negcios

SUMRIO

1 1.1 1.2 1.3 2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 3 3.1 3.2 3.3 4 4.1 4.2 4.3 4.3.1

INTRODUO.......................................................................................... Objetivos....................................................................................................... Procedimentos Metodolgicos..................................................................... Estrutura do trabalho.................................................................................... DEFINIO LOGISTICA........................................................................ Conceitos de logstica................................................................................... Logstica empresarial.................................................................................... Misso Logstica........................................................................................... Custos........................................................................................................... Logstica - Servios...................................................................................... Indicadores................................................................................................... LOGSTICA INTEGRADA...................................................................... Distribuio Fsica........................................................................................ Gesto de Transporte.................................................................................... Logstica Reversa......................................................................................... ADMINISTRAO DE MATERIAIS NA ORGANIZAO.............. Subsistemas Tpicos..................................................................................... Subsistemas Especficos.............................................................................. Armazenamento de Material na Empresa.................................................... Armazenamento............................................................................................

1 2 2 3 5 7 8 9 10 11 12 15 17 18 23 25 26 27 28 28

4.4 4.4.1

Instrumentos para administrao.................................................................. Curva ABC...................................................................................................

30 30

4.6 4.6.1 5 6 7

Softwares de Gerenciamento e Controle de Estoque ................................ ERP (Enterprise Resource Planning)............................................................ RESULTADOS E DISCUSSO............................................................... CONCLUSO............................................................................................. REFERNCIAS.........................................................................................

32 34 38 40 42

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INTRODUO:

Este trabalho apresenta conceitos relacionados atividade logstica e como esta atividade pode ser melhor compreendida e implementada em qualquer tipo e porte de organizao. O gerenciamento logstico tem a misso de planejar atividades necessrias sempre

buscando nveis desejveis dos servios e qualidade com custos competitivos. A logstica a juno de quatro atividades bsicas: as de aquisio, movimentao, armazenagem e entrega de produtos. Para atender a satisfao do cliente a importncia com a Qualidade Total dentro da Administrao de Materiais deve ser contnua. Para que possa ser gerenciada de forma integrada muito importante que a logstica seja tratada como um sistema, um conjunto de componentes interligados, que funcione de forma coordenada, com o objetivo de atingir um objetivo comum. Um movimento em qualquer um dos componentes de um sistema tem, em princpio, efeito sobre os outros componentes do mesmo sistema. Com o mundo globalizado torna-se necessrio que organizaes se planejem de forma estratgica para poder se manter neste espao competitivo. Ferramentas de TI para gerenciamento de informaes se tornaram importantes dispositivos para empresas integrarem seus sistemas que antes no proporcionavam a confiabilidade e transparncia que o mercado exige, gerenciando assim a organizao de forma integrada conforme deve ser tratado logstica. Um ponto de grande importncia para todo sistema logstico o comprometimento de todos os funcionrios e pessoas ligadas ao trabalho de logstica, independente da especialidade. Os trabalhadores devem ter conhecimento bsico da importncia que a sua tarefa tem para o bom desempenho do processo no contexto geral. Desafios so enormes dentro do gerenciamento logstico, mas um desafio que deve ser encarado com maior ateno fazer a integrao com os funcionrios, mostrando como funes especficas esto ligadas entre si e que a atividade no acaba em si mesma, portanto a comunicao entre pessoas envolvidas muito importante para que os resultados sejam positivos.

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1.1 Objetivos O objetivo deste trabalho descrever a logstica moderna e as reas de administrao de materiais dentro de uma empresa. Entender a logstica de materiais em grandes empresas, que facilita o fluxo de produtos do ponto de aquisio da matria-prima at o ponto de consumo final, e fluxos de informao que colocam os produtos em movimento, obtendo nveis de servio adequados aos clientes, a um custo razovel. Entende-se que a Qualidade visa o atendimento das necessidades do cliente continuamente. Para uma boa administrao de materiais, existem pontos importantes que sero descritos neste trabalho, como controle de estoques, preservao de material, alocao de material, curva ABC, classificao de materiais, inspeo de materiais, sistemas de gerenciamento ERP, entre outros pontos importantes que fazem parte do escopo da logstica empresarial moderna que assume uma nova postura com o mundo globalizado.

1.2 Procedimentos Metodolgicos Para realizao do trabalho foi realizada pesquisa na rea de logstica, Administrao de Materiais, atravs de livros, papers, apostilas e internet. Foi estudado como realizada a logstica de materiais em grandes empresas e as principais ferramentas administrativas que compe o escopo da administrao moderna, buscando sempre a satisfao do cliente desde a aquisio de matrias primas at o produto final. Vive-se hoje uma grande busca de mercado e maiores lucros entre as empresas a nveis mundiais, pois efeitos na indstria e servios com a globalizao so evidentes. de grande importncia o estudo da logstica que um conjunto de funes que devem ser racionalizadas desde a aquisio de matrias primas, preservao de produtos at a entrega, assegurando vantagens competitivas dentro da cadeia de abastecimento e conseqentemente a satisfao de seus clientes. A tamanha importncia do assunto em questo levou a pesquisa a esta direo.

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1.3 Estrutura do trabalho: O trabalho aborda o que a Logstica de Materiais, as ferramentas para a Administrao, o controle e gerenciamento da informao nos servios de logsticas. Com o mercado extremamente e o mundo globalizado, conforme IMAM (2008), empresas foram obrigadas a traar sua estrutura reunindo os meios necessrios como capitais, mercadorias, recursos humanos de forma lgica e objetiva com maior controle e identificao de oportunidades para reduo de custos, reduo nos prazos de entrega, disponibilidade constante dos produtos nos clientes, programao eficientes de entregas, facilidade na gesto dos pedidos e constante adequao dos negcios, necessitando de servios com maior controle de qualidade. V-se que empresas para manter-se no mercado precisam estar alinhadas, buscando atender seus clientes de forma satisfatria e buscando sempre a melhoria contnua de seus servios, produtos enfim satisfazer seus clientes. Portanto de grande importncia o estudo e aplicao da logstica de materiais em empresas. Conforme o Gerente (2009), Logstica o conjunto de Planejamento, Operao e

Controle do Fluxo de Materiais, Mercadorias, Servios e Informaes da Empresa, integrando e racionalizando as funes sistmicas desde a Produo at a Entrega, assegurando vantagens competitivas na Cadeia de abastecimento e a conseqente satisfao dos clientes. Existem diversas ferramentas para administrao de materiais que fazem parte da logstica da empresa. O Sebrae (2009), demonstra que a Administrao de Materiais pode ser definida como um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou no, destinadas a suprir as diversas reas. Decompondo esta atividade atravs da separao e identificao dos seus elementos componentes, encontramos as seguintes subfunes tpicas da Administrao de Materiais, alm de outras mais especficas de organizaes mais complexas como: controle de estoque, classificao de material, aquisio / compra de material, armazenagem / almoxarifado, movimentao de material, inspeo de recebimento, cadastro, inspeo de suprimentos, padronizao / normalizao e transporte. Para um bom gerenciamento destas atividades e maior confiabilidade necessrio aplicao de sistemas integrados de gesto, o qual integra as atividades de processamento de

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transaes das reas funcionais de toda a empresa. Portanto conforme a Escola de Educao Profissional (2008), o sistema ERP foi inicialmente ampliado para incluir fornecedores internos e clientes e, posteriormente, para incorporar fornecedores e clientes externos, o que chamado de software de ERP/SCM ampliado. O principal objetivo do ERP integrar todos os departamentos e funes da empresa em um sistema unificado de informtica, com capacidade de atender todas as necessidades da organizao informao prvia do pedido. Esta disponibilidade de informao aumenta a produtividade e a satisfao do cliente. Para satisfazer os clientes e obter a melhoria continua, deve-se implantar a qualidade total em servios de logstica que atendimento das necessidades do cliente continuamente. Procura evitar erros, defeitos na realizao de servios e produo de bens, tempo desperdiado, demoras, falhas, falta de segurana nas condies de trabalho, erro na compra de produtos, servio desnecessrio e produtos inseguros conforme (IMAM, 2008). Nas consideraes finais, conclui-se que efeitos na indstria e servios com a globalizao so evidentes. Portanto ferramentas para a administrao logstica em geral, quanto para rea gerencial, facilitam a descoberta de problemas e suas origens. Para uma boa estratgia logstica na organizao fundamental treinamento aos funcionrios para que entendam a sistemtica logstica, assim servios prestados possam atingir nveis de excelncia e atendam o que seus clientes buscam.

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2 DEFINIAO LOGISTICA:

Logstica o conjunto de todas as atividades de movimentao e armazenagem necessrias facilitando o fluxo de produtos do ponto de aquisio da matria-prima at o ponto de consumo final, como tambm dos fluxos de informao que colocam os produtos em movimento, obtendo nveis de servio adequados aos clientes, a um custo razovel. A logstica um campo relativamente novo, embora esta atividade h muito seja desenvolvida pelo homem. Por ser uma rea que envolve operaes complexas e devido a sua particularidade geogrfica caracterstica, seu processo est sempre se renovando e a implementao das melhores prticas logsticas tornou-se uma das reas mais desafiadoras e interessantes da administrao nos setores privado e pblico, (BOWERSOX; CLOSS, 2009 p. 19). A logstica a rea da administrao que cuida do transporte e armazenamento das mercadorias. Logstica o conjunto de planejamento, operao e controle do fluxo de materiais, mercadorias, servios e informaes da empresa, integrando e racionalizando as funes sistmicas desde a produo at a entrega, assegurando vantagens competitivas na cadeia de abastecimento e a conseqente satisfao dos clientes conforme o Gerente (2009). Pode-se definir logstica como sendo a juno de quatro atividades bsicas: as de aquisio, movimentao, armazenagem e entrega de produtos. Para que essas atividades funcionem, imperativo que as atividades de planejamento logstico, quer sejam de materiais ou de processos, estejam intimamente relacionadas com as funes de manufatura e marketing. O termo Logstica, de acordo com o Dicionrio Aurlio, vem do francs logistique e tem como uma de suas definies:A parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realizao de: projeto e desenvolvimento, obteno, armazenamento, transporte, distribuio, reparao, manuteno e evacuao de material para fins operativos ou administrativos. Logstica tambm pode ser definida como a satisfao do cliente ao menor custo total (FERREIRA, 1986, p. 1045).

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A definio de Council of Logistics Management, logstica a parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econmico de matrias-primas, materiais semi-acabadas e produtos acabados, bem como as informaes a eles relativas, desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com o propsito de atender s exigncias dos clientes. Foi utilizado na rea militar de modo a combinar da forma mais eficiente, quanto a tempo e custo, e com os recursos disponveis realizar o deslocamento das tropas e supri-las com armamentos, munio e alimentao durante o trajeto, expondo-as o mnimo possvel ao inimigo. Atualmente so utilizadas diferentes modalidades de transporte, moedas, sistemas cambiais, polticas de incentivo ou conteno pelos pases. A logstica internacional necessita de alguns cuidados dispensveis quando se opera unicamente com o mercado domstico.

Figura 01 Logstica internacional Globalizao Fonte: www.enciclopedia.com.pt/images/221_post.jpg

O mercado atual exige maior controle e identificao de oportunidades para reduo de custos, reduo nos prazos de entrega, disponibilidade constante dos produtos nos clientes, programao eficientes de entregas, facilidade na gesto dos pedidos e constante adequao dos negcios necessitando de servios que atendam as necessidades do cliente. Portanto necessrio

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conhecer a sistemtica da logstica que precisa trabalhar de forma coordenada e com muito planejamento.

2.1 Conceitos de logstica

A logstica teve inicio na rea militar e foi a partir de ento que veio a tona seu reconhecimento, mas ao longo do tempo seu conceito foi ganhando espao e sua aplicabilidade na rea empresarial tornou-se muito importante. Diversos outros autores discorrem sobre este assunto to importante e que cada vez vem ganhando mais ateno pelas empresas. A Logstica o fluxo de processos e informaes que garantem os produtos no local necessrio na hora desejada, desde os armazns e centros de distribuio at os clientes. Segundo o Council of Logistic Management (CLM),Logstica o processo de planejamento, implantao e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, servios e das informaes relativas desde o ponto de origem at o ponto de consumo com o propsito de atender s exigncias dos clientes.

De acordo com

Bowersox e Closs (2009, p.19), O objetivo da logstica tornar

disponveis produtos e servios no local onde so necessrios, no momento em que so desejados. Novaes (2001) explica que a Logstica moderna procura coligar todos os elementos do processo prazos, integrao de setores da empresa e formao de parcerias com fornecedores e clientes para satisfazer as necessidades e preferncias dos consumidores finais.

De acordo com o Dicionrio Aurlio, logstica :[...] parte da guerra que trata do planejamento e da realizao de: projeto e desenvolvimento, obteno, armazenamento, transporte, distribuio, reparao, manuteno e evacuao de material (para fins operativos ou administrativos).

Conforme as tecnologias esto avanando nos setores empresariais o conceito de logstica vem mudando e acompanhando as mudanas. Inovaes na rea tecnolgica, principalmente na telecomunicao e na informtica, deram incio ao processo de globalizao. Com a rede de telecomunicao como telefonia fixa e mvel, internet, televiso, aparelho de fax, entre outras

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inovaes, tornou possvel a difuso de informaes entre as empresas e instituies financeiras ligando os mercados do mundo.

2.2 Logstica Empresarial

Logstica

a juno de quatro atividades bsicas: as de aquisio, movimentao,

armazenagem e entrega de produtos. A integrao de todas as atividades envolvidas na logstica constitui a logstica integrada e embora essa integrao das operaes seja um passo para o alcance do bom desempenho necessrio que a logstica seja administrada, Para que essas atividades funcionem, imperativo que as atividades de planejamento logstico, quer sejam de materiais ou de processos, estejam intimamente relacionadas com as funes de manufatura e marketing.

A logstica empresarial trata de todas atividades de movimentao e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisio da matriaprima at o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informaes que colocam os produtos em movimento, com o propsito de providenciar nveis de servio adequados aos clientes a um custo razovel. (BALLOU, 1993, p. 24).

Pode-se dizer que a logstica empresarial o gerenciamento da integrao de todas as etapas do processo logstico que facilitam o fluxo dos produtos desde quando esta se adquirindo a matria prima at o ponto de consumo final. Abrange processos que vo desde o recebimento de pedidos at a entrega do pedido e s termina quando o cliente atendido. A maior parte de suas operaes ocorre sem a superviso direta do gerente, por possuir uma caracterstica geogrfica dispersa. Deve existir comprometimento de todas as pessoas ligadas ao trabalho de logstica, independente da especialidade. Os funcionrios devem ter conhecimento bsico da importncia que a sua tarefa tem para o bom desempenho do processo no contexto geral. Existem diversos desafios em gerenciamento logstico, mas um desafio que deve ser encarado com maior ateno fazer essa integrao com os funcionrios, mostrando como funes especficas esto ligadas entre si e que a atividade no acaba em si mesma, e neste sentido, Lima (2000, p.35) afirma que:

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Para que possa ser gerenciada de forma integrada, a logstica deve ser tratada como um sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados, trabalhando de forma coordenada, com o objetivo de atingir um objetivo comum. Um movimento em qualquer um dos componentes de um sistema tem, em princpio, efeito sobre os outros componentes do mesmo sistema.

Esta viso tambm compartilhada por Novaes (2001, p.14):Na nova conceituao de cadeia varejista, todo o processo logstico, que vai da matria-prima at o consumidor final, hoje considerado uma entidade nica, sistmica, em que cada parte do sistema depende das demais e deve ser ajustado visando o todo.

Num espao competitivo, a empresa precisa alcanar vantagens competitivas e ter como estratgia a criao de valor para seus clientes. Precisam satisfazer seus clientes com desafios de equilibrar gastos de modo a alcanar seus objetivos de negcio e atendelos satisfatoriamente.

No mundo globalizado que se vive, pode-se afirmar que as organizaes trabalham com logstica seja direta ou indiretamente.

Ballou (2006, p.45) afirma, seja qual for a perspectiva a partir da qual se examina a questo custo, valor para os clientes, importncia estratgica para a misso da empresa a logstica vital.

Ballou (2006, p.45), defende que as atividades logsticas a serem desenvolvidas variam de acordo com o negcio da empresa. Tambm defende que a logstica pode ser definida como a integrao da administrao de materiais com a distribuio fsica.

Como a logstica tem foco seus clientes buscando atend-los de maneira satisfatria, necessrio que as organizaes busquem atender a misso da logstica e assim seus servios e produtos que fazem parte da cadeia de suprimentos atinja a qualidade necessria, que ser visto posteriormente.

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2.3 Misso logstica O gerenciamento logstico tem a misso de planejar atividades necessrias sempre

buscando nveis desejveis dos servios e qualidade com custos competitivos. Segundo Ballou (1993, p.23):

A logstica empresarial rene planejamento e gerenciamento dos fluxos de bens e servios e da informao agregada que o pe em movimento (...), ou seja, sua misso colocar a mercadorias ou os servios certos no lugar e no instante corretos e na condio desejada, ao custo mais competitivo possvel.

V-se que a logstica deve ser entendida como uma importante conexo entre o mercado e a atividade operacional da empresa, atingindo metas e atendendo seus clientes de forma rpida, disponibilizando bens e servios de forma eficiente e eficaz. uma misso de grande

importncia para a empresa, pois envolve custos e atendimento ao cliente que o ponto principal para a organizao. Na administrao o custo deve ser estudado com muito cuidado como explanado a seguir.

2.4 Custos

Um dos maiores desafios que so enfrentados pelos administradores na atualidade so os custos logsticos, onde produtos e servios devem ter qualidade e com custos competitivos, conforme Lima (2000), o nvel de exigncias dos servios tem aumentado, mas estes clientes no esto dispostos a pagar mais por isso.

O preo est caminhando para ser um qualificador, e o nvel de servio, um diferenciador, perante o mercado. Desta forma, a logstica ganha a responsabilidade e agregar valor ao produto por meio do servio oferecido por ela. (LIMA, 2000, pg.251)

De acordo com Ballou (1993, p. 78), os custos afetam o nvel de servio, uma vez que, custos logsticos tendem a aumentar com taxas crescentes medida que nvel de servio

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empurrado para nveis mais altos. Com isso, a medida que o servio tem um nvel mais elevado o custo tambm ser maior para o cliente. O que ocorre que em busca da reduo de custos, empresas tm concentrado a produo e armazenagem em nicas plantas, onde em decorrncia da necessidade de reduzir custos, estas procuram investir em fbricas para propiciar o crescimento da produo de um conjunto mais reduzido de produtos, em planta nica, para obter economias de escala e centralizando

estoques, pois com estoques centralizados reduzem nveis de estoque. Conseqentemente essa concentrao pode-se tambm proporcionar: Aumento dos custos logsticos, pelo aumento das distncias que resultam em reduo do nvel de atendimento ao cliente, pelo motivo do afastamento dos mercados. Portanto, estas circunstncias tornam necessrio um maior esforo para oferecer ao cliente um diferencial, que pode ser adquirido com a administrao logstica.

2.5 Logstica - Servios

O esforo logstico tem como resultado um bom servio ao cliente. Segundo Razzolini (2008), o valor limitado de alguns produtos com relao ao seu preo de venda pode ocorrer, mas dependendo da necessidade do consumidor, pode apresentar grande valor. Conforme estas informaes, o grande desafio logstico buscar atender prontamente necessidade do cliente, e para tanto, as empresas podem utilizar e ter como grande apoio a tecnologia da informao que possuem caractersticas bsicas de agilidade, rapidez e tambm flexibilidade. A qualidade do fluxo de produtos e servios tem como necessidade que exista um gerenciamento chamado nvel de servio. Conforme Ballou (1993, p. 73), nvel de servio pode ser descrito como o desempenho que fornecedores oferecem aos seus clientes no atendimento de pedidos. De acordo com Bowersox e Closs (2009), o nvel de servio bsico tem como ser alcanado considerando disponibilidade, desempenho operacional e confiabilidade conforme expresso abaixo:

disponibilidade - a capacidade ter imediatamente o produto para atender o cliente assim que o este solicitar para atender imediatamente sua necessidade. Para Lavalle (2003, pg.

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155) Esta a dimenso de maior importncia do servio ao cliente, Receber uma solicitao de pedido e aceitar este pedido, mas no realizar a entrega, pode ser visto como um modo de perder os cliente para os concorrentes;

desempenho operacional - medido com o ciclo das atividades, tempo gasto entre o pedido e a gerao da ordem de compra at sua entrega, o desempenho operacional pode ser definido pela agilidade na entrega do produto, coerncia das informaes, flexibilidade para atender solicitaes inesperadas e planos de contingncia para recuperar falhas no servio que possam vir a acontecer. Procura atender o cliente no prazo estimado.

confiabilidade a capacidade de possuir disponibilidade do produto e desempenho operacional que foram planejados. Manter informaes da solicitao sempre atualizadas e a disposio do cliente que o fator to importante quanto a entrega do pedido. A empresa que pretende ter um desempenho de alto nvel deve estar sempre atenta e deve medir os erros e os apurar, transformando em informaes e indicadores que facilitem a sua melhoria continua.

Lima (2000, p.146) v que o nvel de servio um grande indicador como um todo e pela sua importncia, este deve ser monitorado sempre.

2.6 Indicadores Mundialmente, empresas esto mais conscientes de que a tarefa de atender s

expectativas de nvel de servio dos clientes e ao mesmo tempo, satisfazer os objetivos de custo da organizao sem trabalhar de forma conjunta com outros integrantes da cadeia de suprimentos praticamente impossvel (FLEURY E LAVALLE, 2000). Indicadores logsticos so instrumentos de grande importncia e auxiliam no monitoramento da eficincia e eficcia das atividades logsticas internas e externas organizao, tem como objetivo maximizar lucros, diminuir perdas e ainda melhorar a relao ente os clientes e fornecedores.

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Portanto, estes indicadores logsticos, conforme Ballou (2006) proporcionam encontrar uma mensurao com abrangncia suficiente garantindo uma avaliao efetiva do desempenho logstico. A corrida pela eficincia tem como pr-requisito a grande qualidade dos servios

prestados ao cliente (FLEURY E LAVALLE, 2000 apud NGELO, 2005). A busca por qualidade em servios e nas relaes empresariais fator de grande importncia para a competitividade. Indicadores logsticos tem o papel de transformar isso em uma realidade, tornando-se uma tima ferramenta estratgica para tomadas de deciso na organizao. O indicador de desempenho logstico tem como finalidade monitorar a qualidade das atividades logsticas internas executadas na empresa ou tambm a de seus fornecedores. Conforme NGELO, (2005) podem ser:

Interno: Estes indicadores internos verificam o desempenho de processos internos empresa. Pode ter como exemplo a ruptura de estoque, pedidos perfeitos, tempo de ciclo do pedido, giro de estoque, pedidos por hora, estoque disponvel para venda, tempo de permanncia do veculo de transporte, custo por pedido, coletas no prazo e capacidade de carga de transporte.

Externo: Estes indicadores externos verificam a performance de servios prestados pelos fornecedores da empresa como entregas realizadas dentro do prazo, tempo de ressuprimento do fornecedor, entregas devolvidas parcial ou integrais, atendimento do pedido realizado, recebimento de produtos que atendam as especificaes de qualidade

Dentro de uma organizao existem evidentemente vrios processos logsticos, o que torna muito difcil e at invivel o acompanhamento de todos atravs de indicadores, devido esta enorme dificuldade na coleta de diversos dados, que pode afetar negativamente todo o processo de tomada de deciso, causando um efeito contrrio sua criao. Desta maneira, cada empresa deve medir o desempenho dos processos mais importantes que so considerados chave para terem sucesso e atender positivamente seus clientes. A logstica deve ser tratada como um

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sistema composto de componentes interligados, trabalhando coordenadamente, como ser visto posteriormente.

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3 LOGISTICA INTEGRADA

A logstica integrada surgiu logo no incio dos anos 80. Introduzido pelo movimento da qualidade total e a produo enxuta, ela evoluiu rapidamente nos anos posteriores, alavancado principalmente pela revoluo tecnolgica e pela exigncia do mercado por desempenhos melhores em servios de distribuio. Logstica Integrada pode ser definido como o conjunto das atividades logsticas executadas que buscam a atingir um objetivo comum, conforme Lima (2000, p. 35):

Para o gerenciamento de forma integrada, a logstica deve ser tratada como um sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados, que trabalha de forma coordenada, buscando atingir um objetivo comum. Um movimento em qualquer dos componentes do sistema tem, em princpio, efeito sobre outros componentes do mesmo sistema.

De acordo com Bowersox e Closs (2009, p. 43), a logstica integrada a integrao de todas as funes e atividades envolvidas na logstica. Neste contexto, est rea de distribuio fsica, que ser tratada mais adiante, devida sua grande relevncia. Bowersox e Closs (2009, p.43) dizem que a logstica tida como a competncia que vincula a organizao a seus clientes e fornecedores, as informaes recebidas de clientes e sobre os prprios circulam na organizao e passam a planos de compra e produo, onde ocorrendo o seu suprimento de produtos e materiais disponveis, avanam num fluxo de bens de valor agregado at a fase dos produtos estarem acabados para o cliente. Tradicionalmente a logstica sempre foi uma fragmentao, dificultando o processo de implementao da logstica integrada que complexa, apesar do ganho com a sua utilizao. Aperfeioar processos agindo de forma isolada pode prejudicar o desempenho do fluxo logstico, empurrando todo o sistema a uma subutilizao. Esta prtica o trade-off como chamada, ou princpio das compensaes ou tambm conhecido como perdas e ganhos. A integrao de processos logsticos pode ocorrer atravs da integrao interna e externa, de acordo com Fleury (2000, p. 37):

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1) Integrao interna:

a integrao e gerncia dos processos logsticos para que

organizaes possam chegar a excelncia operacional a um custo menor. Portanto necessrio ter bom conhecimento com relao aos trade-offs de cada processo para que decises sejam tomadas de forma integrada.

2) Integrao externa o desenvolvimento e interatividade de relacionamentos cooperativos entre diversos integrantes da cadeia de suprimentos, com o objetivo busca de informaes, reduo de custos, eliminar duplicidades, agilidade no aprendizado e a melhora contnua em atender cliente.

Neste foco o conceito de Supply Chain Management (SCM) ou gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (CGS) surgiu. Embora a integrao da logstica seja de grande importncia para o sucesso da mesma, no garantia de que a empresa alcance o desempenho esperado, sendo uma expresso recente e que tange a essncia da logstica integrada, conforme Ballou (2006, p. 29):

O gerenciamento da cadeia de suprimentos tem como destaque as interaes logsticas que acontecem entre as funes do marketing, logstica e produo no mbito de uma empresa, e dessas mesmas interaes entre as empresas legalmente separadas no mbito do canal de fluxo de produtos.

O SCM comeou a ser reconhecido no Brasil no final da dcada de 90, empurrado pelo movimento da logstica integrada e tambm pela revoluo da tecnologia da informao, que deu condies excelentes para a implementao de processos eficientes de coordenao. O SCM ficou conhecido por este esforo de coordenao em canais de distribuio, por meio da integrao de processos de negcios que uniam seus integrantes. um elemento que diferencia da logstica, por identificar e explorar novas vantagens competitivas, atravs da integrao de fluxo de materiais e informaes dentro e fora das organizaes (LIMA, 2000). Com esta ferramenta de gerenciamento dos processos da cadeia de suprimentos, a organizao tornar-se mais competitiva, garantindo um nvel de servio aos clientes melhor.

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Mesmo sendo enorme o potencial de reduo de custos na cadeia, um elenco de profundas mudanas tem que ser realizado, apesar das vantagens, so poucas as empresas que conseguem introduzir o SCM com sucesso. Conforme Lima (2000, p. 48), as razes da dificuldade so: falta de profissionais com capacidade para operar com base nos novos requisitos do SCM, e a grande dificuldade da implantao do conceito, porque uma abordagem que exige mudanas profundas nas prticas j existentes dentro da organizao. Introduzir o SCM uma operao de enorme desafio, mas de grande oportunidade para o momento atual, j que a reduo de custos pode ser o grande diferencial para as empresas sobreviverem e se destacarem em um mercado to competitivo.

3.1 Distribuio fsica

a parte da logstica que movimenta mercadorias desde o incio da produo at o consumidor final. Novaes (2001, p. 107) diz que a distribuio fsica trata-se de processos operacionais e tambm de controle que permitem transferir os produtos desde o ponto de fabricao, at o ponto em que a mercadoria finalizada entregue ao consumidor. Para atender as entregas, a distribuio fsica segue a um ciclo de atividades de acordo com (LACERDA, 2003), conforme apresentado na figura 02 :

Figura 02 - Atividades da distribuio fsica - Ciclo Fonte: Adaptado de (LACERDA, 2003, p.198)

A distribuio fsica um processo que tem grande influncia para o sistema logstico, a distribuio de materiais deve ser tratada com grande ateno em uma organizao que procura ter a maior satisfao do cliente, alm de reduzir os custos e aumentar os ganhos. Com um

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projeto de distribuio de mercadorias e servios bem elaborados e alinhados com cenrios que esto envolvidos com a rede logstica, pode ser fator diferencial no cenrio atual. Fronteiras deixaram de existir, dando espao a um comrcio ou uma negociao de produtos e servios de todos os gneros e tipos. Hoje a matria prima que sai do ocidente e chega ao oriente para ser transformada em produto acabado e retornar ao lugar de origem para

satisfazer as necessidades do cliente final. Conforme Bowersox e Closs (2009, p.44):A rea de distribuio fsica trata da movimentao de produtos acabados para entrega aos clientes. Na distribuio fsica, o cliente o destino final dos canais de marketing. A disponibilidade do produto parte vital do trabalho de marketing de cada participante do canal.

Para a distribuio fsica acontecer muito importante uma boa localizao dos seus centros distribuidores. Anteriormente era indispensvel que uma empresa estivesse instalada no local de distribuio de seu produto, mas com o avano da tecnologia da informao, transportes mais adequados que proporcionaram maior rastreabilidade das cargas, tornou possvel que o centro de distribuio se localize de forma flexvel, em locais mais estratgicos. Afirmam Bowersox e Closs (2009, p. 415) que a empresa pode ter sofisticados instrumentos analticos associados a teorias slidas capazes de orientar a seleo de localizao de fbricas, proporcionando maiores vantagens competitivas e econmicas. A boa distribuio fsica com certeza facilita a Gesto de transportes reduzindo custos.

3.2 Gesto de transportes

Transporte para muitas empresas, um dos mais importante dos processos logsticos, tanto pela quantidade e pelo custo dos recursos que consome, como por movimentar materialmente produtos de um local ao outro. uma parte da logstica que tem grande destaque e muito visvel dentro do processo, pois a entrega das mercadorias efetiva a finalidade dos processos. As primeiras manifestaes no Brasil de atividades logsticas se deram na Distribuio Fsica de Produtos, processo qual o transporte adquire uma dimenso bastante expressiva e considerando o Brasil um pas com grandes dimenses continentais, exige que se de uma importncia ainda maior ao processo do transporte (TABOADA, 2002).

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A gesto de transportes muito importante dentro do sistema logstico. Consome grande nmero de ativos, que se encontram dispersos geograficamente, tornando a gesto de transportes ainda mais complexa. parte integrante de sistema logstico tambm responsvel pelos fluxos de matria-prima e produto acabado e todos os processos da cadeia, trabalhando com vrios integrantes da cadeia de suprimentos como produtores, distribuidores, varejistas e consumidores, satisfazendo tambm as necessidades de seus participantes. A gesto de transporte, apesar de ser considerada como a responsvel por grande parcela dos custos logsticos totais, tem enorme importncia e pode facilitar o movimento de mercadorias. Ballou (1993, p. 24) defende que:[...] essencial, pois nenhuma firma moderna pode operar sem providenciar a movimentao de suas matrias-primas ou de seus produtos acabados de alguma forma. Sem transporte, o produto no chega ao cliente, podendo deteriorar-se ou tornar-se obsoleto.

Conforme a

Agncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que o orgo

regulamentador dos transportes no Brasil, basicamente temos cinco modalidades de transporte de cargas e cada uma tem suas particularidades prprias:

1) Dutovirio bastante limitado, embora seja uma das modalidades mais econmicas de transporte para grandes volumes, como de leo, gs natural e derivados, especialmente quando comparados com os mais utilizados como rodovirio e ferrovirio.

2) Ferrovirio utilizado para distncias maiores e baixa velocidade, mais utilizado no transporte de matrias-primas como minrio, madeiras, produtos qumicos e manufaturados de baixo custo, como alimentos e papel. Ferrovias oferecem diversos servios, como a carga e descarga parciais entre a origem e o destino.

3) Aerovirio o grande diferencial do transporte areo a sua agilidade, incomparvel dos outros mais comuns. Mas seu custo proporcionalmente, muito elevado. Segundo Bowersox e Closs (2006, pg. 155) as taxas so mais de duas vezes maiores s do transporte rodovirio e 16 vezes mais elevadas que a do transporte ferrovirio.

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4) Aquavirio possui objetivo de servios bastante limitados. O tempo para transporte e entrega de produtos chega a ser menor ao ferrovirio. Tem a vantagem de ter possibilidade de transportar grandes volumes e o custo no ser muito alto;

5) Rodovirio Usa o servio porta-a-porta, sem a necessidade de carga e descarga entre origem e destino obrigatoriamente. Tem maior a freqncia entre os modais, alm de enorme disponibilidade, velocidade e comodidade ao servio.

Conforme os estudos realizados por Piercy (1977 apud BALLOU, 2006, p. 152), com mais de 16 mil carregamentos militares e industriais por servios selecionados de transporte apontam para o desempenho de transportadores que utilizaram os transportes mais comuns como areo, ferrovirio e rodovirio. A figura 03 demonstra a relao entre a distncia e o tempo mdio de trnsito gasto, podendo observar facilmente a vantagem do frete areo sobre os demais, quando for considerado o tempo de entrega:

Figura 03 Relao entre distncia e tempo - Transportes Fonte: (PIERCY, 1977 apud BALLOU, 2006, pg.152),

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Para atender seus clientes a logstica conta com diversos tipos de transporte para que os materiais cheguem de forma mais rpida e eficaz dependendo da urgncia ou emergncia, levando em considerao o tipo e especificao dos produtos que devem ser transportados.

Apesar de ser um transporte de menor velocidade, o transporte ferrovirio, pode fazer viagens longas, de muitos quilmetros. Ele oferece uma reduo no custo do frete e tem a possibilidade de transportar maior volume de produtos em uma nica vez, como alimentos em gros de soja, milho. Pode transportar carvo, cimento entre outros produtos pesados. Tem a vantagem de executar as viagens sem problemas de congestionamento. Segundo Ballou (1993, p. 127):A ferrovia basicamente um transporte lento de matrias-primas ou manufaturados de baixo valor para longas distncias.

Pode-se afirmar que no Brasil o meio de transporte mais utilizado o rodovirio. Em segundo lugar destaca-se o transporte ferrovirio, mesmo tendo o custo do frete maior e

carregando menor quantidade. O transporte rodovirio responsvel por levar ao destino entregas variadas que limitam o tamanho e o peso dos carregamentos, portanto o mais utilizado no transporte de pequenas cargas e nas entregas de mercadorias dentro das cidades e entre alguns estados. Segundo Ballou (1993, p. 127):O transporte rodovirio difere do ferrovirio, pois serve rotas de curta distncia de redutos acabados ou semi-acabados. A carga mdia por viagem tambm menor do que no caso ferrovirio. As vantagens inerentes do uso de caminhes so (1) o servio porta a porta, de modo que no preciso carregamento ou descarga entre origem e destino, como freqentemente ocorre com os modos areo e ferrovirio (2) a freqncia e disponibilidade dos servios e (3) sua velocidade e convenincia no transporte porta a porta.

O transporte aerovirio avaliado como um meio de transporte mais caro. Normalmente este transporte utilizado para pequenas cargas de alto valor. Mesmo com alto custo do frete, tem sua vantagem pela velocidade de entrega. Produtos que precisam chegar com urgncias para atender solicitao de clientes podem utilizar este servio de transporte.

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De acordo com Ballou (1993, p. 128):O transporte areo tem tido uma demanda crescente de usurios no segmento de cargas com servio regular, mesmo apesar de seu frete exceder o valor do frete rodovirio mais de trs vezes e quatorze vezes o ferrovirio.

Outro tipo de transporte o hidrovirio que tem a desvantagem de ser mais lento que a ferrovia; mas possui a grande vantagem de transportar um maior nmero de cargas de diferentes tamanhos. Podem transportar materiais entre pases de diversos continentes. As ms condies climticas podem atrasar a entrega e a disponibilidade dos produtos para o cliente. Conforme Ballou (1993, p.129):O servio hidrovirio tem sua abrangncia limitada por diversas razes. As hidrovias domsticas esto confinadas ao sistema hidrovirio interior, exigindo, portanto, que o usurio ou esteja localizado em suas margens ou utilize outro modal de transporte, combinadamente. Alm disso, o transporte aqutico , em mdia, mais lento que a ferrovia. Disponibilidade e confiabilidade so fortemente influenciados pelas condies meteorolgicas.

O transporte por duto tem a finalidade de transportar principalmente petrleo bruto e derivados como gs natural e apesar de ser bastante lento, um tipo de transporte bastante seguro. Tem operao de 24 horas por dia e sete dias por semana, resultando uma velocidade efetiva superior a outros modais. bastante confivel em termos de tempo de trnsito e os fatores meteorolgicos no so significativos como no caso do transporte hidrovirio.

De acordo com Ballou (1993, p. 130):At hoje, o transporte dutovirio oferece um rol muito limitado de servios e capacidades. Petrleo bruto e derivados so os principais produtos que tm movimentao economicamente vivel por dutos.

Contudo a atividade de transporte tem muitos atributos de desempenho que so passveis de quantificao como freqncias, distncias percorridas, nmero de transferncias e que esto sujeitos a alteraes em face da percepo dos usurios como tempos de viagem e tempo de espera. Com o intuito de gerir efetivamente suas operaes, o prestador de servio de transporte tem necessidade de entender interaes entre elementos que so essenciais ao sistema de

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distribuio e que tem em mente o que o mercado exige, para desempenhar seu papel de forma mais competitiva.

Transporte de Materiais

Fontes de abastecimento

Fbricas/operaes

Clientes

Figura 04 Transporte para abastecimento e atendimento a clientes. Fonte: Adaptado de (BALLOU, 2006, p. 31)

Depois de todo o processo para atender o cliente final, alguns produtos podem ter a necessidade de retornar aps seu consumo, realizando um caminho reverso, seja por naturezas econmicas, ecolgicas, entre outras conforme ser visto.

3.3 Logstica reversa Quando temos um processo logstico, ele nem sempre nem sempre acaba com a entrega do produto ao cliente final, diversas vezes, por algum motivo, os bens ou materiais voltam empresa seguindo etapas do ciclo reverso. Assim nasceu a logstica reversa, ou logstica verde, que reflete uma preocupao atualmente com o meio ambiente. Leite (2003, p. 16), afirma que:Logstica reversa como a rea da logstica empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informaes logsticas correspondentes, de retorno dos bens de psvenda e de ps-consumo ao ciclo de negcios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuio reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econmico, ecolgico, legal, logstico, de imagem corporativa, entre outros.

A logstica reversa no uma novidade e j acontecia com fabricantes de bebidas que precisa gerenciar o fluxo de retorno de garrafas at o ponto de origem, o uso de sucata como insumo na produo e reciclagem de vidro, j vem sendo praticados faz bom tempo. Tambm tem se visto que o conceito tornou-se mais abrangente e a escala das atividades de reciclagem e reaproveitamento de produtos e embalagens aumentou drasticamente nos ltimos anos. Fatores

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que contriburam para isso podem ser:

um maior interesse por questes relacionadas ao

ambiente, legislao ambiental, reduo de custos com a reutilizao de materiais, tornar-se um diferencial de servio ou de imagem, estarem frente da concorrncia conforme (Lacerda, 2003). Conforme Leite (2003, p. 33) a maior preocupao da logstica reversa o equacionamento de processos e caminhos que esses bens percorreram ou pelos seus materiais constituintes aps o fim de sua vida til. A distribuio reversa de ps-venda tem como canais diversos e infinitas formas para retorno de um produto, que podem ser com ou mesmo sem uso. Seguem um fluxo inverso que vai do consumidor ao fornecedor e muitas vezes por possurem problemas de qualidade do produto ou at de processos comerciais entre empresas retornam ao ciclo de negcios de alguma maneira. (LEITE, 2003). Estes produtos podem retornar ao mercado aps passarem por processos de conserto ou reforma. Quando retornam ao mercado novamente so conhecidos como secundrio, agregando novamente valor comercial a estes produtos, conforme Leite (2003, p. 206)A Logstica reversa de ps-venda especfica rea de atuao da logstica reversa que se ocupa do planejamento, da operao e do controle do fluxo fsico e das informaes logsticas correspondentes de bens de ps-venda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuio direta.

Empresas que utilizam como estratgia a logstica reversa exigem de seus parceiros, rede de fornecedores e clientes entre outros, um comportamento tico e responsvel ambientalmente, pleiteando sempre o desenvolvimento sustentvel, que conforme a ONU (Organizao das Naes Unidas), afirma ser aquele que atende s necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de geraes futuras atenderem s suas necessidades prprias. Leite (2003, p. 139) fala que novas condies de sensibilidade ambiental se refletiro em novas posies estratgicas nas organizaes, dado por instinto de conservao ou por esprito proativo. Para que a logstica de materiais tenha resultados positivos importante que se administre a empresa de forma adequada desde a aquisio de materiais, estoque e transporte dos mesmos at que o produto chegue ao cliente final. O prximo captulo descreve como a administrao de suprimento de materiais e ferramentas administrativas que faz parte do sistema logstico e so indispensveis ao funcionamento da organizao.

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ADMINISTRAO DE MATERIAIS NA ORGANIZAO

A Administrao de Materiais pode ser

definida como um conjunto de atividades

desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou no, destinadas a suprir as diversas reas, com os materiais necessrios ao desempenho normal das respectivas atribuies. A Administrao de Materiais trabalha para garantia de existncia contnua do estoque, organizado de modo a nunca faltar nenhum dos itens que o compem, sem tornar excessivo o investimento total. Hoje a administrao de Materiais conceituada e estudada como um Sistema Integrado em que diversos subsistemas prprios interagem para constituir um todo organizado. Destina-se a dotar a administrao dos meios necessrios ao suprimento de materiais que so indispensveis ao funcionamento da organizao, com agilidade, quantidade necessria e na qualidade requerida visando o menor custo. Lima (2000, p.35) afirma que:Para que possa ser gerenciada de forma integrada, a logstica deve ser tratada como um sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados, trabalhando de forma coordenada, com o objetivo de atingir um objetivo comum. Um movimento em qualquer um dos componentes de um sistema tem, em princpio, efeito sobre os outros componentes do mesmo sistema.

Viso que tambm compartilhada por Novaes (2001, p.14):Na nova conceituao de cadeia varejista, todo o processo logstico, que vai da matriaprima at o consumidor final, hoje considerado uma entidade nica, sistmica, em que cada parte do sistema depende das demais e deve ser ajustado visando o todo.

Por se tratar de um sistema to complexo, onde envolve muitas pessoas e cada parte depende de outra, todos precisam trabalhar de forma coordenada e com enfoque nas atividades logsticas. Portanto a comunicao fator fundamental para que os resultados sejam positivos.

Segundo Cecatto (2004, p. 01):Hoje, o novo enfoque das atividades logsticas e de gesto de informao exigem trabalhar em equipe, valorizando a integrao de todos os departamentos da empresa, e estabelecendo alianas com outras organizaes, o que ainda uma barreira nas empresas brasileiras, onde muito comum encontramos estruturas muito departamentalizadas e com m comunicao interna.

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Na Administrao de Materiais, os subsistemas integrados de forma sistmica, fornecem, meios necessrios consecuo das quatro condies bsicas para uma boa Administrao de material.

Decompondo esta atividade atravs da separao e identificao dos seus elementos componentes, encontramos as seguintes subfunes tpicas da Administrao de Materiais, alm de outras mais especficas de organizaes mais complexas:

4.1 - Subsistemas Tpicos

Conforme SEBRAE (2009), segue abaixo os subsistemas tpicos mais importantes que fazem parte do escopo da administrao de materiais: Controle de Estoque - subsistema responsvel pela gesto econmica dos estoques, atravs do planejamento e da programao de material, compreendendo a anlise, a previso, o controle e o ressuprimento de material. O estoque necessrio para que o processo de produo-venda da empresa opere com um nmero mnimo de preocupaes e desnveis. Os estoques podem ser de: matria-prima, produtos em fabricao e produtos acabados. O setor de controle de estoque acompanha e controla o nvel de estoque e o investimento financeiro envolvido.

Classificao de Material - subsistema responsvel pela identificao (especificao), classificao, codificao, cadastramento e catalogao de material.

Aquisio / Compra de Material - subsistema responsvel pela gesto, negociao e contratao de compras de material atravs do processo de licitao. O setor de Compras preocupa-se sobremaneira com o estoque de matria-prima. da responsabilidade de Compras assegurar que as matrias-primas exigida pela Produo estejam disposio nas quantidades certas, nos perodos desejados. Compras no somente responsvel pela quantidade e pelo prazo, mas precisa tambm realizar a compra em preo mais favorvel possvel, j que o custo da matria-prima um componente fundamental no custo do produto.

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Armazenagem / Almoxarifado - subsistema responsvel pela gesto fsica dos estoques, compreendendo as atividades de guarda, preservao, embalagem, recepo e expedio de material, segundo determinadas normas e mtodos de armazenamento. O Almoxarifado o responsvel pela guarda fsica dos materiais em estoque, com exceo dos produtos em processo. o local onde ficam armazenados os produtos, para atender a produo e os materiais entregues pelos fornecedores

Movimentao de Material - subsistema encarregado do controle e normalizao das transaes de recebimento, fornecimento, devolues, transferncias de materiais e quaisquer outros tipos de movimentaes de entrada e de sada de material.

Inspeo de Recebimento - subsistema responsvel pela verificao fsica e documental do recebimento de material, podendo ainda encarregar-se da verificao dos atributos qualitativos pelas normas de controle de qualidade.

Cadastro - subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores, pesquisa de mercado e compras.

4.2 Subsistemas Especficos

Conforme SEBRAE (2009), segue abaixo os subsistemas especficos mais importantes que fazem parte do escopo da administrao de materiais:

Inspeo de Suprimentos - subsistema de apoio responsvel pela verificao da aplicao das normas e dos procedimentos estabelecidos para o funcionamento da Administrao de Materiais em toda a organizao, analisando os desvios da poltica de suprimento traada pela administrao e proporcionando solues.

Padronizao e Normalizao - subsistema de apoio ao qual cabe a obteno de menor nmero de variedades existentes de determinado tipo de material, por meio de unificao e especificao dos mesmos, propondo medidas de reduo de estoques.

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Transporte de Material - subsistema de apoio que se responsabiliza pela poltica e pela execuo do transporte, movimentao e distribuio de material. A colocao do produto acabado nos clientes e as entregas das matrias-primas na fbrica de responsabilidade do setor de Transportes e Distribuio. nesse setor que se executa a Administrao da frota de veculos da empresa, e/ou onde tambm so contratadas as transportadoras que prestam servios de entrega e coleta. Para maior agilidade entre suprimento e as necessidades de produo, ou atendimento de seus clientes necessrio que matrias primas ou produtos semi-acabados ou acabados estejam bem acondicionados, por isso a logstica conta com funo de armazenamento de material.

4.3 Armazenamento de Materiais na Empresa 4.3.1 Armazenamento:

A funo de armazenamento de material agir com maior agilidade entre suprimento e as necessidades de produo.

O armazenamento incorpora diversos aspectos diferentes das operaes logsticas. Devido interao, o armazenamento no se enquadra nitidamente em esquemas de classificao utilizados quando se fala em gerenciamento de pedidos, inventrio ou transporte.

Segundo IMAM (2000, p. 209-210):A funo do armazm representa mais uma atividade de custo agregado do que uma de valor agregado. A questo fundamental que precisa ser perguntada , portanto: Por que precisamos de um armazm? Estocagem: o armazm atua como pulmo entre a oferta e a demanda, uma funo que se torna especialmente importante quando a sazonalidade est envolvida. Consolidao: o armazm atua como um ponto de consolidao para puxar o produto dos fornecedores para um local que consolida e ento movimenta ao cliente final. Este armazm pode ser somente para consolidao sem nenhum estoque mantido. Distribuio: a rede de armazm permite que o produto seja empurrado do fabricante atravs da rede ao usurio final. Servio ao cliente: finalmente, no pode haver outro motivo para ter um armazm do que para fornecer o nvel de servio desejado que principalmente ser o tempo de entrega.

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O armazm normalmente visto como um lugar para se guardar ou armazenar produtos ou materiais. Entretanto, nos sistemas de logstica contemporneos, a funcionalidade dos armazns pode ser mais bem compreendida como um conjunto de produtos. Para movimentar os materiais dentro ou fora do armazm so necessrios alguns equipamentos de movimentao, podendo ser: paleteiras, empilhadeiras, transelevador, esteiras, carrinhos, entre outros. Estes equipamentos variam de acordo com o tipo de material a ser transportado, para que haja segurana e rapidez, assim evitando avarias nas embalagens e at mesmo, perda do material.

Conforme Ballou (1993, p. 172):O manuseio ou movimentao interna de produtos e materiais significa transportar pequenas quantidades de bens por distncias relativamente pequenas. atividade executada em depsitos, fbricas e lojas, assim como no transbordo entre modais de transporte.

Segundo Bahia, 2008, o termo controle de estoques, dentro da logstica, em funo da necessidade de estipular os diversos nveis de materiais e produtos que a organizao deve manter, dentro de parmetros econmicos. Esses materiais e produtos que compem os estoques so: matria-prima; material auxiliar; material de manuteno; material de escritrio; material e peas em processos e produtos acabados. E a razo pela qual preciso tomar uma deciso acerca das quantidades dos materiais a serem mantidos em estoques est relacionada com os custos associados tanto ao processo como aos custos de estocar. Embora os sistemas logsticos efetivos no possam ser projetados para manter estoques por um longo perodo, h ocasies em que a manuteno de estoques se justifica, em termos de custo e servio. Empresas no devem possuir grandes estoques para evitar custos desnecessrios com armazenagem e capital parado. Devem possuir estoques clientes e pedidos de emergncias. Existem casos de empresas terem de manter grandes estoques de materiais sobressalentes por possurem equipamentos importados. No caso de emergncia para no parar um determinado equipamento ou mquina, recorre-se ao estoque de sobressalentes. para atender as necessidades dos

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Segundo Ballou (1993, p. 152):Se as demandas pelos produtos da empresa forem conhecidas com exatido e se as mercadorias puderem ser fornecidas instantaneamente, teoricamente no h necessidade para manter espao fsico para o estoque. Portanto, as empresas usam estoques para melhorar a coordenao entre oferta e demanda e diminuir os custos totais.

4.4 Instrumentos para administrao 4.4.1 Curva ABC Independentemente de se automatizar ou robotizar as atividades de produo, vendas, transportes, distribuio e as de apoio e suporte, sempre ter oportunidades para a introduo de melhorias de produtos e de processos como o kaizen (contnuo aperfeioamento) e eliminao de todas as formas de desperdcios. As empresas sempre se preocuparam com estas questes e promoveram com sucesso campanhas diversas e incentivaram seus empregados a fazerem sugestes mediante premiao (BAHIA, 2008). O ABC conceitualmente algo muito simples. Trata-se de uma metodologia desenvolvida para facilitar a anlise estratgica de custos relacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos de uma empresa. O princpio da curva ABC ou 80-20 foi observado por Vilfredo Pareto, na Itlia, no final do sculo passado, num estudo de renda e riqueza, segundo o qual, uma parcela aprecivel da renda concentrava-se nas mos de uma parcela reduzida da populao, numa proporo de aproximadamente 80% e 20% respectivamente. A curva ABC um instrumento de grande importncia e tem como objetivo examinar estoques, permitindo a identificao daqueles itens materiais que justificam ateno e tratamento adequados quanto sua administrao. Consiste na verificao, em um perodo de tempo (normalmente 6 meses ou 1 ano), do consumo em valor monetrio, ou quantidade dos itens de estoque, para que eles possam ser classificados em ordem decrescente de importncia (SEBRAE, 2009). Aos itens mais importantes de todos, segundo a tica do valor, ou da quantidade, d-se a denominao de itens da classe A, aos intermedirios, itens da classe B, e aos menos importantes, itens da classe C.

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A experincia demonstra que poucos itens, de 10% a 20% do total, so da classe A, enquanto uma grande quantidade, em torno de 50%, da classe C e 30% a 40%, so da classe B. De acordo com SEBRAE (2009), a curva ABC muito usada para a administrao de estoques, para a definio de polticas de vendas, para estabelecimento de prioridades, para a programao da produo entre outros. Conforme Bahia , 2008 a utilizao da Curva ABC extremamente vantajosa, porque se pode reduzir as imobilizaes em estoques sem prejudicar a segurana, pois ela controla mais rigidamente os itens de classe A e, mais superficialmente, os de classe C. A classificao ABC usada em relao a vrias unidades de medidas como peso, tempo, volume, custo unitrio etc.

Figura 05 - Curva ABC (Valor x Quantidade). Fonte: Artigo o Gerente, disponvel em http://www.ogerente.com.br/img_artigos/logistica/logistica-colunaclassificacao_abc1.jpg

Podem-se observar tambm diversas empresas preocupadas em usar o ABC para avaliar inventrios, ou seja, para fins de elaborao de balanos e outros relatrios financeiros complementares. Embora isto seja perfeitamente possvel, desde que feito de maneira adequada, a rea de eficcia do ABC ainda a da anlise estratgica de custos.

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4.4.2

Softwares de gerenciamento e controle de Estoque

Na administrao de materiais, existem instrumentos para se examinar estoques, permitindo identificao daqueles itens que justificam ateno e tratamento adequados quanto sua administrao como a curva ABC. O transporte de materiais deve ser visto com muito critrio por ter elevados custos e ter que atender seus clientes para que materiais cheguem de forma mais rpida e eficaz dependendo da urgncia ou emergncia. Para o auxilio do

gerenciamento de materiais e controle de estoque existe ferramentas de TI que auxiliam em tomadas de decises importantes. Facilitam a visualizao, quantificao e necessidades reais da empresa. Na rea de almoxarifados o controle de estoques tem como objetivo evitar a falta de material sem que esta diligncia possa resultar em estoque excessivo com as reais necessidades da empresa. O controle de estoques procura manter os nveis estabelecidos em equilbrio com as necessidades de consumo ou das vendas e custos decorrentes dos mesmos. Quando no dimensionamos bem as necessidades do estoque, podemos ter excesso de material ou ultrapassagem dos seus nveis em relao demanda real, com prejuzos para a circulao de capital. Portanto o equilbrio entre a demanda e a obteno de material, onde atua, sobretudo, o controle de estoque fundamental.

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Figura 06 - Software de Controle Estoque Fonte: GR WEB de Aplicativos Comerciais

O setor de controle de estoques de muita importncia e tem como objetivo pontos que esto descritos a seguir e devem ser executados para um gerenciamento adequado de estoque.

a) determinar "elementos" que devem permanecer em estoque. Nmero de itens; b) determinar "quando" se estes elementos devem reabastecer os estoques. Periodicidade; c) determinar "quantidade" de estoque que ser necessrio para um perodo predeterminado; quantidade de compra; d) acionar o Departamento de Compras para aquisio de estoque; e) receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; f) controle dos estoques em termos de quantidade e valor, e fornecer informaes a respeito a posio do estoque; g)manter inventrios peridicos visando avaliao das quantidades e como esto o estado geral dos materiais estocados; h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.

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Um gerenciamento onde integrem diversos sistemas e integrem todos os departamentos e funes da empresa em um sistema unificado de informtica, com capacidade de atender todas as necessidades da organizao necessrio o uso de softwares destinados a gesto empresarial. O ERP um sistema que vem crescendo em grandes organizaes.

4.4.3

ERP ( Enterprise resource planning)

A utilizao de softwares destinados gesto empresarial, conhecidos como sistemas ERP Enterprise esource Planning (Planejamento de Recursos Empresariais) - teve enorme crescimento, a partir da dcada de 1990, iniciando nos mercados americano e europeu e, a partir de 1996, o mercado brasileiro vem presenciando uma demanda crescente pelo uso dessas ferramentas. O ERP forma um sistema integrado e possui uma arquitetura aberta, com facilidade de operao com diversos sistemas operacionais, banco de dados e plataformas de hardware. Com isto, possvel a visualizao completa das diversas transaes efetuadas por uma empresa. Sistemas esses que oferecem s organizaes a capacidade de modelar todo o panorama de informaes que possui e de integr-lo de acordo com suas funes operacionais. Eles devem ser capazes de relacionar as inmeras informaes para a produo de respostas integradas a consultas que digam respeito gesto de todo negcio (JAMIL,2001). Nos anos 60, o foco dos sistemas de manufatura era o controle de estoque. Nos anos de 70, o fato de os computadores terem evoludo e se tornado mais poderosos e com custo de aquisio menor, surge o MRP, sigla para Material Requirement Planning (Planejamento de Necessidades de Materiais), voltados para aplicaes em empresas manufatureiras. O sistema MRP basicamente traduzia o planejamento de produo de vendas na necessidade de materiais para produzi-los medida que estes conjuntos, subconjuntos e componentes fossem necessrios no cho de fbrica (SLACK ET AL, 1996,pg. 139).

Nos anos 80, o sistema e o conceito do planejamento das necessidades de materiais foram expandidos e integrados a outras partes da empresa e o MRP evolui para o MRP II, uma extenso do antigo sistema para o cho de fbrica e o gerenciamento da distribuio das atividades. O

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MRPII era usado para o planejamento e monitoramento de todos os recursos de uma empresa de manufatura: Manufatura, Marketing, Finanas e Engenharia (SLACK ET AL, 1996).

A evoluo do MRP permitiu a integrao de sistemas de informao e tornou-se cada vez mais aplicada. Com esta evoluo em contnuo crescimento levou ao conceito de ERP (enterprise resource planning), ou sistemas integrados de gesto, que integra as atividades de processamento de transaes das reas funcionais de toda a empresa de forma de fcil gerenciamento.

Figura 07 Sistema de apoio e decises MRP Fonte: Corra et al (1999, p. 67)

O ERP foi inicialmente difundido para incluir fornecedores internos e clientes e, logo mais, para incorporar fornecedores e clientes externos, o que nomeado de software de ERP/SCM ampliado.

O principal objetivo desta poderosa ferramenta ERP integrar todos os departamentos e funes da empresa em um sistema unificado de informtica, com capacidade de atender de forma organizada todas as necessidades da organizao. Por exemplo, uma melhor organizao na entrada de pedidos permite acesso imediato ao estoque, dados dos produtos, histrico de crdito do cliente e informao prvia do pedido. Com estas facilidades e disponibilidade de informao, resulta em aumento de produtividade e a satisfao do cliente.

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O principal benefcio que pode ser identificado a integrao propiciada pelo novo sistema, pois como a empresas geralmente utilizam diferentes sistemas para as diferentes reas, diversas vezes ocorrem inconsistncias de informaes entre eles. Com o sistema ERP espera-se que exista integrao de todos departamentos, mas quando ocorre a unificao das informaes, pode ser encarada como um problema, pois qualquer erro do usurio interfere diretamente nos demais departamentos. Isso acontece pelo fato que usurios no conhecem o processo como um todo e no tem conhecimento de como um erro seu pode influenciar o restante do sistema. No final dos anos 90, os sistemas ERP comearam a serem implantados e estendidos ao longo da cadeia de suprimentos at os fornecedores e clientes. Eles podem receber funcionalidades para interao com o cliente e para gerenciar relaes com fornecedores e distribuidores, tornando o sistema mais voltado para o sistema externo, de acordo com a Escola de Educao Profissional (2008, p .07). O ERP possui algumas vantagens com sua implementao numa empresa como:

Acabar com o uso de interfaces manuais Diminuir custos Melhorar o fluxo da informao e a qualidade da mesma dentro da organizao (eficincia) Otimizar todo o processo de tomada de deciso Eliminar as redundncias de atividades Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado Reduzir incertezas do lead-time do sistema

Sem dvidas um grande sistema de gesto empresarial a nvel mundial, que vem sendo aplicada em grandes organizaes como estratgia de gesto administrativa. Ao se analisar uma organizao, precisa-se considerar diversos fatores como seu

ambiente externo, composto por clientes, concorrentes, Governo, fornecedores entre outros, pois ele quem condiciona o desenvolvimento das organizaes, que interferem significativamente em decises organizacionais, pois a empresa deve se adaptar aos fatores externos e s novas situaes do mercado. Conforme Hehn (1999), esta afirmao validade, quando este afirma que a deciso de adotar ou no uma nova tendncia tecnolgica pode estar fora do controle da organizao quando determinada tecnologia se torna de uso generalizado. Com isso, empresas no tm mais as

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alternativas de adot-las ou no, e acabam por ser levadas pela deciso da maioria, pois caso no venham a adotar esta nova tendncia, acabam ficando obsoletas. Toda mudana causa receio em trabalhadores, principalmente porque a atividade exercida impactada com as modificaes em razo da nova tecnologia. Novos conhecimentos e habilidades so necessrios, portanto a introduo de novas tecnologias causam desconforto em parte dos funcionrios.

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5 RESULTADOS E DISCUSSO:

Este trabalho um estudo de como realizada a logstica de materiais de empresas de grande porte e as principais ferramentas administrativas que compe o escopo da administrao moderna, que busca a satisfao do cliente desde a aquisio de matrias primas at o produto final. Procura-se expor como a composio da logstica empresarial e demonstrar de forma simples a estrutura do sistema que bastante complexo que envolve custos, velocidade de atendimento ao cliente e mais importante a satisfao dos mesmos. A grande competitividade entre empresas leva organizaes a estudarem a melhor forma de implantar uma logstica inteligente. Um conjunto de funes que racionalizam a aquisio de matrias primas, preservao de produtos at a entrega, localizao geogrfica, assegurando vantagens competitivas dentro da cadeia de abastecimento e conseqentemente a satisfao de seus clientes. Num espao competitivo, a empresa precisa alcanar vantagens competitivas e ter como estratgia a logstica de forma integrada e sistmica, visando atender de forma satisfatria seus clientes. A importncia deste estudo para o avano da pesquisa de gesto organizacional descrever o processo logstico e administrao que se faz necessrio em empresas no mundo e refletir que dentro de um processo complexo dentro da organizao como um todo existem muitas vezes outras empresas, funcionrios, colaboradores que precisam estar alinhados a filosofia da empresa que pretende se manter e se destacar no mercado competitivo. Portanto o comprometimento de todos, independentes de sua especialidade ou funo fundamental. O conhecimento bsico do processo como um todo pelos envolvidos necessrio para que estes colaboradores entendam que a logstica moderna deve ser encarada com muita ateno e com muita integrao. Deve-se atentar que diversas funes esto correlacionadas entre si e que a atividade no acaba em si mesma, mas sim inicia uma nova atividade. A logstica tornou-se fundamental com a globalizao. Efeitos no mercado de trabalho da globalizao so evidentes, com a criao de empregos para pases com mo-de-obra mais baratas para execuo de servios que no tem necessidade de alta qualificao, com a produo distribuda entre vrios pases, seja para criao de um nico produto, onde cada empresa cria

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uma parte, seja para criao do mesmo produto em vrios pases para reduo de custos e ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais. Outro fato importante descrito no trabalho a utilizao de softwares para administrao de empresas em geral. de grande importncia empresas estarem alinhadas com relao a inovao de tecnologia na rea administrativa para se manterem no mercado. Ferramentas na rea de logstica como softwares destinados gesto empresarial, denominados sistemas ERP Enterprise Esource Planning (Planejamento de Recursos Empresariais) podem ser um grande diferencial em uma organizao, porque possvel a visualizao completa das transaes efetuadas por uma empresa trazendo maior transparncia, facilidades de anlise de toda corporao pelos diretores, facilidade de visualizao grfica entre outras que o sistema permite. Empresas que no estiverem alinhadas com a logstica moderna, no sobrevivero com um mercado to agressivo como na atualidade. Um mercado globalizado que corre em busca de vantagens e custos cada vez mais reduzidos.

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6 CONCLUSO

A pesquisa atingiu o objetivo geral proposto, possibilitando descrever como a logstica moderna e as reas de administrao de materiais dentro de uma empresa. A importncia deste estudo para o avano da pesquisa de gesto organizacional refletir que dentro de um processo complexo na organizao, todos devem estar alinhados a filosofia da empresa que pretende se manter e se destacar no mercado competitivo. Portanto o comprometimento de todos e o treinamento dos envolvidos fundamental para a organizao. A metodologia empregada para realizao do trabalho foi pesquisa na rea de logstica e administrao, atravs de livros, papers, apostilas e internet que foi suficiente para coleta de informaes para elaborao do trabalho. A bibliografia correspondeu s expectativas, pois foram selecionados livros e apostilas de autores de grande conhecimento do assunto. Um bom exemplo foi a apostila da IMAM que uma grande consultora na rea de logstica que favoreceu muito para a elaborao do trabalho. Nota-se que na biografia pesquisada tem-se muita teoria, pouca informao de pesquisas da realidade das empresas e como estas vm se desenvolvendo no mercado atual, quais suas maiores dificuldades, alm de falta de informaes dos setores que esto sendo mais afetados com o mercado globalizado. Conclui-se que a globalizao o fator fundamental que afeta todas as reas da sociedade, principalmente o comrcio internacional e liberdade de movimentao, com diferente intensidade dependendo do nvel de desenvolvimento e integrao das naes ao redor do planeta, com isso a logistica empresarial se tornou fundamental. A capacidade do funcionrio em processar informaes ficou mais importnte que a sua capacidade de trabalhar como operrio graas a automao. Fenmenos mundiais como crises financeiras afetam o mundo. Paises esto dependentes uns dos outros e j no h possibilidade de se isolarem ficando espostos a estes contgios finaceiros positivos ou negativos. Com relao implantao de novos sistemas destinados a gesto empresarial como o ERP conclui-se que causam receio nos funcionrios, pois existem modificaes que interferem no trabalho e impactos tecnolgicos na realizao do mesmo, principalmente, s novas habilidades e conhecimentos exigidos dos operadores. Essas mudanas acabam interferindo nos aspectos

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psicolgicos, despertando medo devido necessidade de aquisio de novos conhecimentos e responsabilidade sobre as informaes inseridas no sistema. O trabalho desenvolvido pode ser mais aprofundado ficando como sugesto o aprofundamento na pesquisa em softwares destinados gesto empresarial que vem ganhando espao mundialmente em grandes empresas e estudo das empresas que vem ganhando mercado e quais esto perdendo mercado no modelo atual.

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