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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
MICHELE DE LIMA TELLES
LAMINÁRIO VIRTUAL - UM SOFTWARE PARA AUXÍLIO NA
IDENTIFICAÇÃO DE MADEIRAS
CURITIBA
2011
MICHELE DE LIMA TELLES
LAMINÁRIO VIRTUAL - UM SOFTWARE PARA AUXÍLIO NA
IDENTIFICAÇÃO DE MADEIRAS
Trabalho de Conclusão apresentado à Disciplina Estágio Profissionalizante em Engenharia Industrial Madeireira - Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal, do Curso de Engenharia Industrial Madeireira, Setor de Ciências Agrárias, da Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de “Engenheiro Industrial Madeireiro”. Orientador: Profa. Dra. Silvana Nisgoski Co-orientador: Profa. Dra. Graciela I. B. de Muñiz
CURITIBA
2011
À Deus, pela vida.
Aos meus pais, Raquel e Gilberto Cirilo Telles, pela educação.
À minha irmã, Gisele, pelo amor.
Ao meu noivo Guilherme; pela compreensão e carinho.
Dedico.
AGRADECIMENTO
À Deus pela oportunidade de aprendizado e superação, me
proporcionando equilíbrio e sabedoria para vivenciar e superar as adversidades.
À minha família pela educação, amor e paciência em tolerar a ausência.
À orientadora Professora SILVANA NISGOSKI pelo incentivo, simpatia e
presteza no auxílio às atividades e discussões sobre o andamento e normatização
deste Trabalho de Conclusão de Curso.
À Professora GRACIELA I. B. DE MUÑIZ pelo seu espírito inovador e
empreendedor na tarefa de multiplicar seus conhecimentos, pela oportunidade de
participação em seus projetos, como minha orientadora em três anos de grande
aprendizado.
Aos servidores do Departamento de Tecnologia e Engenharia Florestal e
aqueles que direta ou indiretamente participaram da execução deste trabalho.
Ao amigo GUILHERME FERREIRA DA SILVA pela ajuda na execução do
estudo e auxiliar no desenvolvimento do software.
Aos colegas de curso pela espontaneidade e alegria na troca de
informações e materiais numa rara demonstração de amizade e solidariedade.
RESUMO
A identificação de madeiras está baseada na análise das estruturas macro e microscópicas que a compõem, sendo efetuada através de cortes histológicos que, com o auxílio de chave de identificação, possibilitam o reconhecimento até o nível de gênero da madeira. A realização deste procedimento gera a necessidade de um local equipado com diversos instrumentos de alto custo de aquisição e manutenção, além de vários livros contendo as chaves de identificação e imagens de espécies arbóreas. O desenvolvimento de um software capaz de relacionar estas informações, tanto para uso didático quanto para uso aplicado, torna mais dinâmico o processo de caracterização anatômica, além de reduzir custos operacionais. O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um software em formato de um laminário virtual associado a chaves de identificação, baseado em banco de dados com imagens e informações em nível de espécie. As imagens obtidas do laminário do Laboratório de Anatomia da Madeira da Universidade Federal do Paraná foram somadas às já existentes em banco de imagens do supracitado laboratório. As informações relacionadas às espécies foram obtidas na literatura consultada e na observação de lâminas, e submetidas à identificação através de uma chave. A utilização do software se faz através do preenchimento de índices, relacionados às características anatômicas observadas que, ao final da consulta, retornará ao usuário a(s) provável (is) espécie(s), o qual poderá ser utilizado tanto por alunos, quanto por profissional qualificado, para uma identificação mais rápida e precisa da madeira de espécies arbóreas.
Palavras-chave: software, imagens, identificação de madeira.
ABSTRACT
Wood identification is based on analysis of its macro and microscopic structures constituent, being done throw histological cuts that, with identification keys, make possible the recognize until wood genus. This procedure produce the necessity of a local equipped with a kind of instruments which has higher costs of acquisition and maintenance, beside several books with identification keys and images from wood species. The development of an software capable of relate this information, as much as for didactic or applied use, can make more dynamic the anatomical characterization process, as well as reduce operational costs. The objective of this work was the development of software with format of a virtual slide collection associated with identification keys, based on data with images and information on a level with species. The images obtained from slice collection at Wood Anatomy Laboratory of Federal University of Parana were added to the data image from this laboratory. The information related to species were obtained from literature and slice observation, and submitted for an identification key. The use of software is done by filling of indices related to anatomical characteristics observed that, in final process, give to user probable specie (s), which can be used by student or qualified professional, for an identification more fast and precise of the wood species.
Key words: software, image, wood identification.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 - SISTEMA ÓPTICO-DIGITAL (OLYMPUS MICROSUIT TM BASIC.) 28
FIGURA 2 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA DE CADASTRAMENTO DAS
CONÍFERAS. .................................................................................... 31
FIGURA 3 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA DE CADASTRAMENTO DAS
FOLHOSAS. ..................................................................................... 33
FIGURA 4 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA DE CADASTRAMENTO DAS
FOLHOSAS - RAIOS. ....................................................................... 34
FIGURA 5 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA DE PROCURAR CONÍFERAS COM
CARREGAMENTO DE IMAGEM. .................................................... 35
FIGURA 6 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA RESULTADO PESQUISA
CONÍFERAS. .................................................................................... 36
FIGURA 7 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA RESULTADO BUSCA CONÍFERAS. 37
FIGURA 8 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA DE PROCURAR FOLHOSAS. .......... 38
FIGURA 9 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA RESULTADO PESQUISA
FOLHOSAS. ..................................................................................... 39
FIGURA 10- VISUALIZAÇÃO DA JANELA RESULTADO BUSCA FOLHOSAS. . 40
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 9
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 11
2.1 IDENTIFICAÇÃO DE MADEIRAS .................................................................. 11
2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS MADEIRAS ............................................................... 15
2.2.1 Descrição microscópica de Gimnospermas ................................................ 16
2.2.2 Descrição microscópica de Angiospermas. ................................................. 18
2.3 ESTRUTURAÇÃO DE SOFTWARE BASEADOS EM BANCOS DE DADOS. 25
2.3.1 O Banco de Dados MySQL ......................................................................... 26
2.3.2 Linguagem Orientada a Objetos .................................................................. 27
3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 28
3.1 MATERIAIS .................................................................................................... 28
3.2 MÉTODO ........................................................................................................ 29
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 30
4.1 DESCRIÇÃO DE UTILIZAÇÃO DO CIDMA (CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO
DIGITAL DE MADEIRA) ....................................................................................... 30
4.1.1 Cadastramento das Espécies no Software .................................................. 30
4.1.1.1 Cadastramentos de Coníferas. ................................................................. 31
4.1.1.2 Cadastramentos de Folhosas. .................................................................. 32
4.1.2 Procura de Espécies no Software ............................................................... 34
4.1.2.1 Procura de Coníferas ............................................................................... 34
4.1.2.2 Procura de Folhosas ................................................................................ 37
5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 42
ANEXOS .............................................................................................................. 44
9
1 INTRODUÇÃO
O conhecimento das características de qualquer material é essencial para
sua melhor utilização. Segundo Coradin (2002), que cita Frank Loud Wright, "Nós
podemos usar madeira com inteligência somente se entendermos a madeira".
Portanto, o conhecimento da estrutura, sua variação e causa são indispensáveis
para uma utilização mais racional.
O estudo da anatomia do lenho depende do conhecimento técnico básico
em relação aos diferentes tipos de células e da utilização de vários equipamentos,
nem sempre acessível a todos aqueles que querem ou precisam realizar uma
identificação de madeiras, além da literatura altamente especializada.
O acesso a computadores tem se tornado mais comum no ambiente
acadêmico, e tem sido uma ferramenta importante e praticamente indispensável
no desenvolvimento do ensino e pesquisa, sendo que a utilização de softwares
especialistas, comum em diversas áreas do conhecimento, tem auxiliado na
geração e na gestão de resultados. Segundo Heuser (1998), muitas vezes, a
implantação da Informática em organizações ocorre de forma evolutiva e gradual.
Inicialmente, apenas determinadas funções são automatizadas. Mais tarde, à
medida que o uso da Informática vai se estabelecendo, novas funções vão sendo
informatizadas.
Segundo Burger e Richter (1991), computadores vêm sendo empregados
nas mais variadas formas: estereologia, taxonomia numérica, tanto em simples
identificações como em estudos mais complexos, tais como os que visam agrupar
ou separar espécies taxonomicamente semelhantes, separar espécies
relacionadas, prever propriedades e uso potencial de madeiras, etc.
O valor dos computadores sob este aspecto é indiscutível. Mas não
bastam informações somente codificadas para a identificação e classificação de
10
espécies com base na estrutura anatômica da madeira. É imprescindível, também
uma interpretação e análise visual em termos diagnósticos (BURGER e
RICHTER, 1991).
Pela necessidade de desenvolver métodos de estudo eficientes e com
custo menor do que os convencionais, além de facilitar a assimilação de
conhecimento, bem como o uso aplicado, o objetivo deste projeto foi o
desenvolvimento de um software no formato de um laminário virtual associado a
chaves de identificação, baseado em banco de dados com imagens e
informações de espécies.
11
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 IDENTIFICAÇÃO DE MADEIRAS
Segundo Zenid e Ceccantini (2007), que citam Chimelo (1992), a
anatomia de madeiras tem sua origem assinalada no século XVI, com os estudos
de Cordus e Caesalpino. No século seguinte são desenvolvidos alguns trabalhos
por Leewnhoek e Duhanel. Já no século XIX, encontram-se os trabalhos
realizados por Auguste Mathieu e Hermann Hodlinger, que são considerados os
verdadeiros precursores desse ramo da anatomia vegetal.
Citam ainda Pereira (1933) e Chimelo (1992) comentando que no final do
século XIX e nas primeiras décadas do século XX, a anatomia de madeiras foi
impulsionada pelo aperfeiçoamento do microscópio óptico e pela necessidade de
identificação das madeiras cuja caracterização tecnológica (propriedades físicas e
mecânicas) vinha sendo realizada pelos laboratórios das escolas de engenharia e
por institutos afins.
No Brasil, os primeiros estudos de anatomia de madeiras remontam a
década de 20 do século XX, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e no
Laboratório de Ensaios de Materiais da Escola Politécnica de São Paulo, hoje
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT (CHIMELO,
1992, citado por ZENID e CECCANTINI, 2007).
A madeira é produzida pelas árvores, não com o objetivo de ser usada
pelo homem, mas devido às suas funções, como parte integrante de uma planta
viva. Por se tratar de um produto do metabolismo da árvore, a madeira é
heterogênea e variável, apresentando, muitas vezes, defeitos relacionados ao
crescimento. O grande atrativo para o uso da madeira é exatamente a variação de
sua estrutura, possibilitando os mais variáveis e sofisticados usos. Mas, em certos
casos, tem desvantagem em relação a outros materiais mais homogêneos
12
(CORADIN, 2002).
De acordo com INDEA-MT (2011), são vários os objetivos para identificar
as essências florestais (madeiras) extraídas no território nacional, destinadas à
exportação para outras unidades da Federação, podendo citar os seguintes:
1- Identificar cientificamente os recursos florestais (madeira) exploradas;
2- Dar suporte à fiscalização, exploração, abate e transporte das
essências florestais;
3- Proteger as espécies florestais com restrições legais como: proibidas
de corte e/ou em vias de extinção e/ou interesse científico;
4- Garantir aos consumidores o recebimento correto das espécies e
volumes solicitados.
Segundo Costa (2001), a anatomia da madeira é o ramo da ciência
botânica que procura conhecer o arranjo estrutural dos diversos elementos que a
compõe. O estudo da anatomia do lenho, sem dúvida alguma, tem por principal
finalidade o reconhecimento microscópico da madeira. As vantagens resultantes
dessa verificação de identidade são de real alcance para o comércio e a indústria
madeireira. Assim, dentre as numerosas madeiras semelhantes pelo aspecto,
somente uma ou duas se prestam, freqüentemente, à determinada aplicação. O
seu exame anatômico representa o único meio seguro para identificá-las,
fornecendo, aos vendedores e compradores, a necessária garantia de que
carecem, quanto à lisura da transação.
No processo de seleção do material mais adequado a cada uma das
variadas formas de emprego, ou no caso de substituição de madeiras escassas
por espécies novas ou de outras origens, surge com freqüência o problema da
sua identificação, que é de primordial importância tanto sob o ponto de vista
tecnológico como econômico. Tal necessidade de identificação torna-se mais
evidente e necessária, como medida preventiva, no caso de substituição, às
vezes fraudulentas, de madeiras de boa qualidade por outras, aparentemente
13
idênticas, mas de qualidade inferior (MAINIERI, 1983).
De acordo com INDEA-MT (2011), são muitas as vantagens que ocorrem
com a identificação da madeira entre as quais pode-se enumerar as seguintes:
1. Cumprimento da legislação vigente;
Segundo Angelo (2002), as indústrias madeireiras são diretamente afetadas
pelo crescente número de regulamentações, mudanças na política do setor
e oscilações dos principais mercados consumidores. São propostas e atos
visando à restrição no comércio de madeiras tropicais, produtos derivados
de florestas com manejo sustentado, ou mesmo proibição do comércio. A
diferença está no fato de que, em muitas dessas propostas, as razões são
de cunho ambientalista e não de proteção ou fomento da indústria
madeireira doméstica.
2. Aumento da confiança e respeito no nome da empresa por parte da
sociedade que exige um meio ambiente equilibrado;
3. Comprova que a madeira tem origem;
4. Agrega valor ao produto, pois foi identificado pelo órgão oficial;
5. Auxilia na redução do desmatamento ilegal;
6. Garante o recolhimento correto dos impostos estaduais relacionados à
madeira (volume e espécie);
7. Certifica ao consumidor o produto recebido.
8. As informações adquiridas alimentam o banco de dados do sistema de
madeira e servem de suporte para tomadas de decisões na política
ambiental;
9. Auxilia os órgãos ambientais na exclusão dos maus empresários do setor.
Segundo Zenid e Ceccantini (2007), no processo de extração e de
transformação da árvore em madeira serrada, obviamente, as características
morfológicas do vegetal, necessárias para a identificação, são eliminadas. É
nesse contexto que anatomia de madeiras tem demonstrado ser uma excelente
14
ferramenta alternativa para se obter uma identificação científica de uma madeira
ou árvore, com bom grau de confiabilidade.
A madeira é um produto do tecido xilemático dos vegetais superiores,
localizado em geral no tronco e galhos das árvores, com células especializadas
na sustentação e condução de seiva. O xilema é um tecido estruturalmente
complexo composto por um conjunto de células com forma e função diferenciadas
e é o principal tecido condutor de água nas plantas vasculares. Possui ainda as
propriedades de ser condutor de sais minerais, armazenar substâncias e
sustentar o vegetal. Nem todas as espécies que produzem tecido xilemático são
reconhecidas comercialmente como produtoras de madeira. Portanto, toda
madeira é proveniente de tecido xilemático, mas sob a ótica comercial, nem todo
tecido xilemático produz madeira (COSTA, 2001).
Nos estudos anatômicos de identificação de madeiras são utilizadas duas
abordagens distintas, a macroscópica e a microscópica.
Considera-se estrutura macroscópica da madeira aquela visível a olho nu
ou, no máximo, com o auxílio de lentes de dez vezes de aumento (COSTA, 2001).
Na identificação macroscópica são observadas características que requerem
pouco ou nenhum aumento, as quais são reunidas em dois grupos: as
organolépticas e as anatômicas. As características organolépticas ou sensoriais
englobam: cor, brilho, odor, gosto, grã, textura, densidade, dureza e desenhos. As
características anatômicas, como camadas de crescimento, tipos de parênquima,
poros (vasos) e raios (ZENID e CECCANTINI, 2007).
Já na identificação microscópica são observadas as características dos
tecidos (muito freqüentemente já definidas no exame macroscópico) e das células
constituintes do lenho, que não são distintas sem o uso de microscópio, tais
como: tipos de pontoações, ornamentações da parede celular, composição celular
dos raios, dimensões celulares, presença de cristais, etc (ZENID e CECCANTINI,
2007).
15
Os mesmos autores comentam que a utilização de um processo ou outro,
ou a simultaneidade, depende da habilidade e treinamento do observador. Porém,
para ambos, é de fundamental importância que o observador disponha de uma
coleção de madeiras, cujos exemplares sejam rastreáveis as amostras-padrão
disponíveis em laboratórios especializados. Nestes, na medida do possível, as
amostras devem provir de árvores identificadas botanicamente (com
rastreabilidade) ou, ao menos, que tenham sido identificadas anatomicamente por
um laboratório idôneo.
A multiplicidade de espécies existentes faz da identificação anatômica
uma tarefa relativamente complicada. Na tentativa de diminuir as dificuldades, os
anatomistas de madeira procuraram desenvolver métodos auxiliares como: a
publicação de manuais ilustrados, as chaves dicotômicas, os cartões perfurados e
os bancos de dados eletrônicos
Além dos estudos anatômicos do lenho, alguns trabalhos têm
demonstrado a utilidade do estudo anatômico da casca na identificação de
árvores e de madeiras. (ZENID e CECCANTINI, 2007; BURGER e RICHTER,
1991).
Finalmente, cabe mencionar alguns métodos não anatômicos que podem
auxiliar na identificação de madeiras como: fluorescência do extrato aquoso ou
etílico, testes com cromoazurol, saponina, e a espectroscopia do infravermelho
próximo (NIR) (IAWA, 1989; ZENID e CECCANTINI, 2007).
2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS MADEIRAS
As árvores são plantas superiores, de elevada complexidade anatômica e
fisiológica. Botanicamente, estão contidas na Divisão das Fanerógamas. Estas,
por sua vez, se subdividem em Gimnospermas e Angiospermas (CHIMELO, 1986;
BURGER e RICHTER, 1991; COSTA, 2001).
Madeiras de Gimnospermas, também conhecidas como Coníferas,
16
resinosas, não porosas ou “softwoods”, são produzidas por espécies da ordem
das Coniferales (CHIMELO, 1986). Segundo Burger e Richter (1991), dentro do
reino vegetal, as Gimnospermas são exemplares primitivos, apresentando a sua
madeira constituição anatômica bem mais simples e menos especializada do que
as Angiospermas. A sua identificação, tendo em vista o menor número de
caracteres diagnósticos que oferecem, é conseqüentemente mais difícil.
As madeiras de Angiospermas são também chamadas de folhosas,
porosas ou “hardwoods”. Nas Angiospermas são as Dicotiledôneas que
representam, quase que exclusivamente, pela produção de madeiras (CHIMELO,
1986). As Angiospermas Dicotiledôneas são vegetais mais evoluídos e
correspondentemente a sua composição anatômica é bem mais especializada e
complexa do que a das Gimnospermas, oferecendo um número bem maior de
caracteres para a sua identificação (BURGER e RICHTER, 1991).
2.2.1 Descrição microscópica de Gimnospermas
As características que devem ser analisadas de acordo com Muñiz e
Coradin (1991) e IAWA (1989) são citadas a seguir.
a) Camadas de crescimento
- Visibilidade: Distintas ou Indistintas
- Transição entre lenho inicial e tardio: Brusca; Suave ou Gradual
b) Traqueóides Axiais
- Formato da seção transversal: Poligonal; Quadrangular; Hexagonal
Observação: Fazer as medições em materiais dissociados, apresentando
o valor médio, mínimo, máximo e desvio padrão. Estabelecer o número de
medições relativas ao comprimento, diâmetro ou largura e espessura da parede
dos traqueóides. Medir, separadamente, os traqueóides do lenho tardio e do
lenho precoce.
17
- Detalhes da parede interna dos traqueóides: Espessamentos helicoidais;
Espessamentos calitrisóides; Trabéculas; Placas resinosas; Pontoações
areoladas (Unisseriadas; Multisseriadas;Opostas; Alternas)
Observação: Descrever, quando forem observados, detalhes de
pontoações.
c) Parênquima axial
Citar a presença ou ausência e, quando presentes, descrever sua
disposição e suas paredes (lisas ou nodulares).
d) Canais de resina ou secretores
- Disposição: Axiais ou verticais; Radiais ou horizontais
- Espessura das paredes das células do parênquima epitelial
Observação: Citar o número de células do parênquima epitelial.
e) Raios
- Tipos de raios: Unisseriados; Bisseriados, Em partes ou Completo
Observação: Descrever os raios quanto à largura, em número de células,
e altura, em micrômetros. Apresentar o valor mínimo, médio, máximo e desvio
padrão para “n” medições.
- Freqüência de raios por mm (Citar o número médio).
- Constituição dos raios: Homogêneos (de células parenquimatosas);
Heterogêneos (de células parenquimatosas e traqueóides radiais)
- Traqueóides radiais: Quando presentes, descrevê-los de acordo com sua
localização nos raios, pontoações e paredes com presença de identuras
(espessamentos helicoidais).
- Tipos de pontoações no campo de cruzamento: Fenestriformes;
Araucarióides; Cupressóides; Piceóides; Pinóides; Podocarpóides; Taxodióides.
Determinar o número médio das pontoações por campo de cruzamento.
Contar, no mínimo, 25 campos.
18
f) Cristais
Citar quando presentes, tipo e localização.
2.2.2 Descrição microscópica de Angiospermas.
As características que devem ser analisadas de acordo com Muñiz e
Coradin (1991) e IAWA (1989) são citadas a seguir.
a) Vasos (Poros)
- Porosidade:
Em anéis porosos: os vasos do lenho primaveril (precoce) são
distintamente maiores que os vasos do lenho outonal (tardio) do
mesmo anel e do anel prévio, formando um anel bem distinto.
Em anéis semi porosos: os vasos do lenho primaveril são
distintamente maiores que os do lenho outonal do anel prévio, mas
existe uma mudança gradual na parte intermediária do lenho tardio,
dentro do mesmo anel.
Difusa: os vasos possuem mais ou menos o mesmo diâmetro,
através do anel. Observação: É observada na maioria das espécies
tropicais.
- Arranjo dos vasos:
Tangencial: vasos em arranjo perpendicular aos raios, formando
linhas tangencias curtas ou longas, podendo ser representadas ou
onduladas.
Diagonal e/ou radial: vasos em radial ou intermediário entre radial ou
intermediário entre radial e tangencial.
Chamas ou dendríticos: vasos em arranjo ramificado no sentido
radial e tangencial.
- Agrupamento de vasos: Solitários; Múltiplos; Em cacho.
Observações: Considerar vasos exclusivamente solitários, quando 90%
19
ou mais destes se encontrarem sem contato com outros vasos na seção
transversal. Referir a porcentagem de cada tipo especificar os predominantes.
- Freqüência: número de vasos por mm²
Observação: Mencionar os valores mínimos, médios, máximo e desvio
padrão.
- Diâmetro tangencial do lume
O diâmetro é medido em micrômetros, na seção transversal. Em madeiras
com anéis porosos e semi porosos, a medição deve ser efetuada no sentido
radial, para abranger a maior variabilidade dentro da camada de crescimento. No
caso de múltiplos, medir o maior elemento. Nas madeiras com dois tamanhos
distintos de vasos, especificar que há duas classes de tamanhos e realizar as
medições separadamente.
Observação: o diâmetro dos vasos deve ser medido na seção transversal,
excluindo a espessura da parede. Mencionar os valores mínimo, médio, máximo e
desvio padrão.
- Forma da seção: Arredondada; Angular
- Comprimento dos elementos vasculares em m:
Observações: Medir o comprimento total de cada elemento vascular, de
preferência em material macerado. Mencionar os valores mínimo, médio, máximo
e desvio padrão.
- Apêndices: Ausentes; Presentes; Em uma das extremidades ou Em
ambas as extremidades.
Observação: deve ser verificado em material macerado.
- Detalhes da parede interna dos vasos: Espessamentos helicoidais:
Estriações: Ornamentações.
- Placa de perfuração: Simples; Múltiplas (Escalariforme (indicar o número
médio de barras), Reticulada, Foraminada, Radiada, Outros)
- Tilos: Abundantes; Presentes mas não abundantes
20
Os tilos podem ser de paredes finas e/ou grossas/esclerosadas com ou
sem pontoações, com ou sem amido, cristais, resinas, gomas, etc.
- Depósitos em vasos: Cor; Abundância; Localização
Observação: É essencial verificar a cor dos depósitos, além de mascarar
a cor dos depósitos em cortes não submetidos à classificação e coloração, pois
os corante podem causarem confusão com os depósitos.
- Pontoações intervasculares
Arranjo: Escalariforme; Opostas; Alternas
Pontoações de transição podem ser indicadas por combinações dos três
arranjos, indicar o tipo predominante.
Formas: Arredondadas; Estendidas; Poligonais
Mencionar o tipo predominante
Ornamentações: Presentes; Ausentes
Diâmetro tangencial em m:
Fornecer os valores mínimos, médios, máximos e desvio padrão. Fazer
medições na parte mais larga da pontoação, geralmente, na direção horizontal.
- Pontoações raio-vasculares
Descrever as formas observadas, comparando-as com as intervasculares,
e mencionar as mais freqüentes.
- Pontoações parênquimo-vasculares
Descrever as formas observadas, comparando-as com as intervasculares
e mencionar as mais freqüentes.
- Madeiras sem elementos vasculares:
Com a presença de elementos traqueais perfurados, parênquima e
distinguindo-se das coníferas por raios multisseriados altos.
b) Traqueóides
- Traqueóides vasculares:
Células não perfuradas assemelhando-se em tamanho, forma,
21
pontoações e ornamentações das paredes a elementos vasculares estreitos e
interligados a eles.
- Traqueóides vasicêntricos:
Células não perfuradas, com pontoações distintamente areoladas em
suas paredes tangenciais e radiais, presentes ao redor dos vasos, diferentes do
tecido fibroso, muitas vezes, mas, nem sempre, de forma irregular.
c) Fibras
Fibras com pontoações simples a areoladas muito pequenas (menor
que 3 m) – Fibras libriformes.
Fibras com pontoações distintamente areoladas (maior que 3 m) –
fibrotraqueóides.
Pontoações das fibras nas paredes radiais e tangencial ou somente
na radial.
Fibras septadas e/ou não septadas.
Faixas de fibras semelhantes a parênquima alternadas com fibras
normais.
Fibras gelatinosas.
- Comprimento:
Muito curtas – Menores ou igual a 900 m.
Curtas – de 900 a 1600m.
Longas – Maiores ou igual a 1600 m.
Observações: Medir o comprimento de, no mínimo, 25 fibras em material
macerado obtido do tronco adulto e determinar o valor mínimo, o máximo, a
média e o desvio padrão. Em madeiras com anéis de crescimento distintos,
quando possível, retirar amostras no meio do anel.
- Espessura da parede em m.:
Fibras de paredes delgadas – lume no mínimo três ou mais vezes
mais largo que o dobro da espessura da parede.
22
Fibras com paredes delgadas a espessas – lume no máximo três
vezes do dobro da espessura da parede, mais distintamente
perceptível.
Fibras muito espessas- lume quase totalmente imperceptível.
Nota: Definições IAWA Committee,1989.
- Espessamentos helicoidais:
Paredes internas com relevo proeminente semelhante aos que ocorrem
nos vasos.
d) Parênquima axial
Ausente
Presente:
o Apotraqueal: Difuso; Difuso em agregados
o Paratraqueal: Escasso; Vasicentrico; Aliforme (Linear ou
Losangular); Confluente; Unilateral
o Faixa: Faixas com mais de três células de largura; Faixas
estreitas ou linhas com menos de 3 células de largura;
Reticulado; Escalariforme; Marginal a marginal irregular
Observação: Os tipos de parênquima devem ser observados na seção
transversal. Chamar atenção para o parênquima mais freqüente.
- Tipos de células de parênquima: Fusiforme; Seriado
Observação: Deve ser observado na seção tangencial, indicado o tipo
mais freqüente e o número de células por série. Parênquima fusiforme é pouco
freqüente e, geralmente, ocorre em madeiras com estrutura estratificada e
elementos axiais curtos.
- Disposição das células de parênquima (seriado e fusiforme):
Estratificadas: citar o número de linhas de estratificação por mm.
Não estratificadas
e) Raios
23
Ausentes
Presentes
- Larguras dos raios: em números de células: Unisseriados; Multisseriados
Citar se os raios são unisseriados e/ou multisseriados, indicando a
freqüência de cada um para os raios multisseriados, determina a largura na seção
tangencial, contando o número de células na parte mais larga do raio
perpendicular ao seu eixo. Em madeiras de raios muito largos a largura pode ser
referida em micrômetros.
- Altura em mm:
Medir a altura total do raio na seção tangencial, ao longo do eixo do raio.
Medir a altura apenas em raios que não sejam fusionados. Mencionar os valores
mínimo, médio, máximo e desvio padrão.
- Freqüência por mm linear:
Observações: O número de raios por mm deve ser determinado na seção
tangencial, ao longo de uma linha perpendicular ao eixo. Mencionar os valores
mínimo, médio, máximo e desvio padrão.
- Composição celular dos raios:
Homocelulares: compostos por um único tipo de célula: Todas as
células procumbentes; Todas as células quadradas/eretas
Heterocelulares: são compostos por dois ou mais tipos de células.
Descrever os raios heterocelulares citando: Tipos de células;
Localização de cada tipo; Número de fileiras marginais; Presença
de células Latericuliformes, Envolventes, Outras.
Usar a seção radial para observar as células quadradas, procumbentes e
eretas. Para observar células envolventes, utilizar a seção tangencial.
Células perfuradas de raios
Células de raios com as mesmas dimensões ou mais altas que as células
adjacentes, mais com perfurações que, geralmente, estão nas paredes laterais,
24
conectando dois vasos em cada lado do raio (IAWA Committee,1989).
Raios fusionados
Raios agregados
Raios de dois tamanhos distintos
f) Canais intercelulares
Canais intercelulares normais: Axiais
Canais intercelulares de origem traumática
Observação: mencionar a ocorrência em localização desses canais. É
possível ter mistura destes tipos em uma mesma madeira.
g) Canais celulares
Mencionar sua ocorrência e localização.
- Laticíferos: Tubos contendo látex, o qual pode ser incolor, amarelo claro
ou marrom. Podem estar localizados radial ou axialmente. Sinônimo: Tubo de
látex ou canal de látex.
- Tubos taníferos: tubos contendo taninos, geralmente de cor vermelha
amarronzado.
h) Cistos glandulares
Mencionar sua ocorrência e sua localização
i) Estruturas estratificadas
Devem ser observadas no plano tangencial.
Mencionar se a estratificação é regular ou irregular, e qual tecido está
estratificado.
j) Cristais
Descrever a forma, localização e o número de inclusões silicosas por
células.
Observação: Corpos silicosos devem ser observados em seções radiais,
em montagens permanentes ou temporárias, ou em células obtidas por meio de
macerado com solução de Jeffrey. Não usar glicerina como meio de montagem,
25
pois o seu índice de refração dificulta a observação de sílica. Para observar sílica
vítrea ver IAWA Committee (1989).
k) Floema incluso
Concêntrico
Difuso
Outras variantes
l) Células Oleíferas e Mucilaginosas
Mencionar presença, localização e abundância.
m) Máculas medulares
Mencionar, quando presentes.
2.3 ESTRUTURAÇÃO DE SOFTWARE BASEADOS EM BANCOS DE DADOS.
Segundo Reni (s/d), Banco de Dados está associado ao conjunto de
tabelas (ou arquivos, dependendo do banco de dados em uso) existente para a
administração de um determinado evento do mundo real. De acordo com Heuser
(1998), dados são necessários no planejamento de produção, pois para planejar o
que vai ser produzido, é necessário conhecer como os produtos são estruturados
(quais seus componentes).
Galante et al. (2005) citando Elmasri (2005), comenta que Banco de
Dados são conjuntos de dados estruturados que organizam informação. Para
manipular as informações que estão contidas nesse banco de dados, é utilizado
um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD), que é responsável
pelo gerenciamento dos dados.
O SGBD está relacionado ao software (ferramenta) que possibilita a
facilidade de gerenciar as funções de edição, consulta, controle e remoção de
registros ou tabelas de um banco de dados (RENI (s/d).
Um SGBD tem que ter algumas particularidades, e deve facilitar o
processo de definir (especificar tipos de dados a serem armazenados), construir
26
(armazenar dados que possam ser manipulados por um SGBD) e manipular
(inserir, atualizar e remover base dados de diversas aplicações) (GALANTE et al.,
2005).
Segundo Silva (2001), o sucesso atual dos SGBD que usam o modelo
relacional fez com que estes produtos dominassem cerca de 90% do mercado de
bancos de dados corporativos. Juntamente com a linguagem SQL e as interfaces
de comunicação, este modelo facilitou a implementação de vários processos
disponíveis na vida dos usuários. Hoje é comum encontrar aplicações de bancos
de dados relacionais cliente/servidor em diversos ambientes de sistemas
empresariais, seja na Internet ou em ambientes corporativos mais restritos.
2.3.1 O Banco de Dados MySQL
Segundo Maciel (2008), ao longo da era da informática, os
programadores vem batalhando com diversos bancos de dados, muitos foram
criados, muitos apresentaram problema de alguma forma, uns muito lentos, outros
instáveis, outros sem recursos. Com todos os problemas, as empresas que
desenvolvem, tiveram de corrigir alguns bugs e até lançar outros para atender
nossas necessidades, depois de famosos bancos de dados como: Oracle, SQL
Server, Access, Interbase, etc. chegou o MySQL, um tipo desenvolvido para Linux
que agora pode funcionar em Windows.
O MySQL é um sistema de banco de dados relacional de código aberto,
projetado para oferecer um suporte a banco de dados cliente/servidor, oferecendo
rapidez e flexibilidade. Pode ser capaz de rodar em qualquer servidor e suportar
diferentes aplicações cliente, além de prover interação com diferentes
ferramentas de administração e interfaces de programação (SILVA, 2001).
O MySQL é somente o banco de dados, necessitando também de um
software que interaja com o usuário a fim de guardar as informações (em um
banco de dados) que o usuário adicionou em um site da internet ou em um
27
software (MACIEL, 2008).
2.3.2 Linguagem Orientada a Objetos
O paradigma da linguagem orientado a objeto vem ganhando ao longo do
tempo muita importância. Passou a ser a linguagem mais utilizada para
construção de software. Hoje existem diversas linguagens de programação
orientada a objeto: Objective-C, C++, CLOS (Common Lisp Object System),
Object Pascal, Eiffel, Java, Python, JavaScript, Ruby, C# entre outras (GALANTE
et al., 2005).
Segundo Guimarães (s/d), de acordo com a Microsoft, a linguagem oficial
agora é o C#. O C# (C Sharp) é uma linguagem de programação desenvolvida
pela Microsoft que é completamente suportada pela plataforma NET Framework,
abrange o poder e a versatilidade do Visual Basic, a força e a criatividade do C++
e a inteligência do Javascript para validações. Além disso, por ser derivado de
C++ e C e por possuir uma grande semelhança com a linguagem de programação
Java, permitiu que desenvolvedores destas linguagens pudessem se adaptar com
facilidade ao C#.
O C# é uma linguagem de uso geral, com uma tendência para a
programação de sistemas e que suporta abstração de dados, programação
orientada a objetos e programação genérica. A programação C# é muito utilizada,
pois fornece ao programador um grande controle do computador, tornando-se
uma combinação perfeita entre o controle e o poder de programação (MACIEL,
2008).
Guimarães (s/d), ainda apresenta algumas vantagens da utilização de C#,
que é a programação orientada a objetos, e o recurso do ambiente Windows.
28
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
Com base na lista de características da IAWA - Associação Internacional
dos Anatomistas de Madeira (Anexo I) e nas Normas e Procedimentos em
Estudos da Anatomia da Madeira da Secretária do Meio Ambiente foi elaborada
uma chave de identificação para Gimnospermas e outra para Angiospermas
apresentadas no Anexo II e III respectivamente, utilizando a nomenclatura popular
de coníferas e folhosas, respectivamente.
As informações para testes e cadastramento das espécies foram retiradas
da literatura como: Lorenzi (1992), Mainieri e Chimelo (1989), Mainieri (1983),
Marchiori (2009), entre outras. As imagens foram obtidas do laminário do
Laboratório de Anatomia da Madeira da Universidade Federal do Paraná através
de câmera fotográfica acoplada ao microscópio Olympus, como mostra a Figura 1
a seguir.
FIGURA 1 - SISTEMA ÓPTICO-DIGITAL (OLYMPUS MICROSUIT TM BASIC.) FONTE: O AUTOR (2009).
29
3.2 MÉTODO
Não existe uma metodologia para softwares com essa finalidade, no
entanto, o desenvolvimento do produto foi baseado em conhecimentos de
informática relacionado à arquitetura e desenvolvimento de softwares e bancos de
dados.
Para a montagem do banco de dados foi utilizado o sistema MySQL que é
um sistema de gerenciamento de banco de dados que utiliza a linguagem SQL
(Structured Query Language - Linguagem de Consulta Estruturada). A escolha
desse sistema se deve às suas características como a compatibilidade para
diversas linguagens de programação, ser pouco exigente quanto a recursos de
hardware, possuir facilidade de uso, ser um Software Livre, aceitar controle
transacional e possuir replicação facilmente configurável. A linguagem para a
programação desse projeto é a linguagem de programação C#, pelo fato de ser
uma linguagem gratuita e de fácil acesso, além de promover a interação
necessária com o sistema MySQL.
Os dados, depois de inseridos no banco de dados, são interligados, a fim
de criar uma interface de pesquisa, pela qual se fará a utilização do produto.
30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este software foi chamado de CIDMA (Chave de Identificação Digital de
Madeira) e a sua utilização é feita através do preenchimento de índices,
relacionados às características anatômicas observadas que, ao final da consulta,
retornará ao usuário a(s) provável (is) espécie(s).
Uma das possibilidades aplicáveis ao CIDMA é a capacidade de
apresentar todas as espécies cadastradas no banco de dados que possuem uma
determinada característica, por exemplo, chega ao laboratório uma amostra de
conífera que tem por característica pontoações areoladas opostas, sabendo
dessa informação, essa característica é marcada na seção de Procura de
Coníferas e ao clicar em Pesquisar, retornara ao usuário as espécies, com essa
característica. Assim como o CIDMA é capaz de selecionar espécie(s) com uma
determinada característica para Coníferas ele também procede da mesma
maneira para as Folhosas. Portanto quanto mais características referentes à
espécie que está sendo identificada forem selecionadas no CIDMA, maior será a
probabilidade de encontrar a espécie buscada, sempre levando em consideração
que a probabilidade de acerto do CIDMA está relacionada com a quantidade de
espécies cadastras em seu banco de dados.
4.1 DESCRIÇÃO DE UTILIZAÇÃO DO CIDMA (CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO
DIGITAL DE MADEIRA)
4.1.1 Cadastramento das Espécies no Software
A geração das informações desta etapa é feita de acordo com o grupo de
madeiras ao qual a espécie pertence, ou seja, dividido em Coníferas
(Gimnospermas) e Folhosas (Angiospermas).
31
4.1.1.1 Cadastramentos de Coníferas.
Para a realização do cadastramento das espécies de coníferas o usuário
deve seguir os seguintes passos:
Clicar no índice cadastra.
Selecionar a opção Coníferas.
Após clicar na opção Coníferas irá aparecerá uma janela com
características das Coníferas para serem preenchidas de acordo com as
características da chave elaborada (Figura 2).
FIGURA 2 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA DE CADASTRAMENTO DAS CONÍFERAS. FONTE: O AUTOR (2009).
Na janela de cadastramento das coníferas é possível visualizar os
campos de preenchimento: espécie; espaço para a adição de imagens dos três
cortes histológicos transversal, radial e tangencial com a possibilidade de
diferentes aumentos 10, 20 e 40 vezes, além da possibilidade de uma imagem
extra.
32
Para dar continuidade ao cadastramento das características o usuário
deve clicar no índice Raios, onde aparecerá uma nova janela contendo as
características relacionadas aos raios.
Após o preenchimento das características e das imagens o usuário
deverá clicar no índice Cadastrar, assim as informações referentes à espécie
serão armazenadas no Banco de Dados do CIDMA.
4.1.1.2 Cadastramentos de Folhosas.
Para a realização do cadastramento das espécies de folhosas o usuário
deve seguir os seguintes passos:
Clicar no índice cadastra.
Selecionar a opção Folhosas.
Após clicar na opção Folhosas irá aparecerá uma janela com
características das Folhosas para serem preenchidas de acordo com a
características da chave elaborada (Figura 3).
33
FIGURA 3 VISUALIZAÇÃO DA JANELA DE CADASTRAMENTO DAS FOLHOSAS. FONTE: O AUTOR (2009).
Na janela de cadastramento das folhosas é possível visualizar os campos
de preenchimento da espécie; espaço para a adição de imagens dos três cortes
histológicos transversal, radial e tangencial com a possibilidade de diferentes
aumentos 10, 20 e 40 vezes, além da possibilidade de uma imagem extra.
Cadastramento de características principais das fibras, parênquima axial,
pontoações, vasos também são efetuadas.
Para dar continuidade ao cadastramento das características o usuário
deve clicar no índice Raios, onde aparecerá uma nova janela contendo as
características relacionadas aos raios e estruturas secundárias, como mostra a
Figura 4.
34
FIGURA 4 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA DE CADASTRAMENTO DAS FOLHOSAS - RAIOS. FONTE: O AUTOR (2009).
Após o preenchimento das características e das imagens o usuário
deverá clicar no índice Cadastrar, assim as informações referentes à espécie
serão armazenadas no Banco de Dados do CIDMA.
4.1.2 Procura de Espécies no Software
A etapa de procura de espécies também é efetuada em separado para
coníferas e folhosas.
4.1.2.1 Procura de Coníferas
Para a realização da busca da espécie de conífera o usuário deve seguir
os seguintes passos:
Clicar no índice Procurar.
Selecionar a opção Coníferas.
Após clicar na opção Coníferas aparecerá uma janela com características
35
das Coníferas para serem preenchidas e dois índices.
Um dos índices é Raios, que ao usuário clicar aparecerão as
características referentes aos raios para o preenchimento, o outro índice é
Carregar Imagem, onde o usuário tem a possibilidade de inserir a foto da espécie
a qual está sendo submetida à identificação (Figura 5).
FIGURA 5 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA DE PROCURAR CONÍFERAS COM CARREGAMENTO
DE IMAGEM. FONTE: O AUTOR (2009).
Após o preenchimento das características o usuário deverá clicar no
índice Pesquisar, onde aparecerá uma nova janela denominada Resultado da
Pesquisa Coníferas, demonstrada na Figura 6.
Na janela Resultado da Pesquisa Coníferas é possível visualizar todas as
espécies de Coníferas armazenadas no Banco de Dados do CIDMA, mas
ordenadas de acordo com o nível de semelhança das características fornecidas
pelo usuário. Assim a primeira espécie apresentada na relação de resultados é a
36
espécie mais semelhante com a do usuário, podendo ser a espécie buscada ou
não, por depender dos registros contidos no Banco de Dados do CIDMA.
FIGURA 6 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA RESULTADO PESQUISA CONÍFERAS. FONTE: O AUTOR (2009).
Para dar continuidade a busca pela espécie o usuário possui a opção de
clicar no índice referente ao número da espécie, onde retornará ao usuário uma
nova janela, Resultado Busca, como mostra a Figura 7, sendo possível a
visualização das imagens e característica contidas no Banco de Dados do
CIDMA.
37
FIGURA 7 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA RESULTADO BUSCA CONÍFERAS. FONTE: O AUTOR (2009).
4.1.2.2 Procura de Folhosas
Para a realização da busca da espécie de folhosa o usuário deve seguir
os seguintes passos:
Clicar no índice Procurar.
Selecionar a opção Folhosas.
Após clicar na opção Folhosas irá aparecer uma janela com
características das Folhosas para serem preenchidas e dois índices.
Um dos índices é Raios, que ao usuário clicar aparecem as
características referentes aos raios para o preenchimento, o outro índice é
Carregar Imagem, onde o usuário tem a possibilidade de inserir a foto da espécie
a qual está sento submetida a identificação como apresenta a Figura 8.
38
FIGURA 8 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA DE PROCURAR FOLHOSAS. FONTE: O AUTOR (2009).
Após o preenchimento das características o usuário deverá clicar no
índice Pesquisar, onde aparecerá uma nova janela denominada Resultado da
Pesquisa Folhosas (Figura 9).
Na janela Resultado da Pesquisa Folhosas é possível visualizar todas as
espécies de Folhosas armazenadas no Banco de Dados do CIDMA, mas
ordenadas de acordo com a com o nível de semelhança das características
fornecidas pelo usuário. Assim a primeira espécie apresentada na relação de
resultados é a espécie mais semelhante com a do usuário, podendo ser a espécie
buscada ou não, por depender dos registros contidos no Banco de Dados do
39
CIDMA.
FIGURA 9 - VISUALIZAÇÃO DA JANELA RESULTADO PESQUISA FOLHOSAS. FONTE: O AUTOR (2009).
Para dar continuidade à busca pela espécie o usuário possui a opção de
clicar no índice referente ao número da espécie, onde retornará ao usuário uma
nova janela, Resultado Busca, como mostra a Figura 10, sendo possível a
visualização das imagens e característica contidas no Banco de Dados do
CIDMA.
41
5 CONCLUSÃO
O software foi desenvolvido de maneira a apresentar custos menores do
que os convencionais, além de apresentar resultados eficientes para facilitar a
assimilação de informações, bem como o uso aplicado. O software recebeu o
nome de CIDMA-Chave de Identificação Digital de Madeira.
Através da análise do software e o seu desenvolvimento, foi possível
perceber que o projeto deve avaliar muitos fatores em sua interrelação com o
usuário e a sua destinação, a fim de desenvolver um sistema para aperfeiçoarem
as operações, pois nem todas as pessoas ou instituições que necessitam de
identificação de madeiras, possuem materiais e pessoas qualificadas, para
fazerem uso do CIDMA.
O desenvolvimento do CIDMA gerou um projeto de extensão desse
software, o qual se constitui no desenvolvimento de uma ferramenta
computacional para o processamento de imagens de microscopia do xilema
secundário, com o objetivo realizar a segmentação e caracterização da imagem,
de modo que seja possível extrair automaticamente diversas informações desta
imagem. Esta ferramenta está sendo desenvolvida pelo Laboratório de Anatomia
da Madeira da Universidade Federal do Paraná com suas parcerias.
42
REFERÊNCIAS
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das florestas no Brasil. Brasília; Ministério do Meio Ambiente, 2002. BURGER, L.M.; RICHTER, H.G. Anatomia da madeira. São Paulo, Editora Nobel, 1991. CHIMELO, J.P.; Manual de preservação de madeiras Volume I; Capitulo III -
Anatomia da Madeira. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT, São Paulo,1986. CORADIN, V.T.R. ; CAMARGOS, J. A. A. A estrutura anatômica da madeira e princípios para a sua identificação. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; Laboratório de Produtos Florestais LPF, 2002. COSTA, A. Anatomia da madeira. Coletâneas de Anatomia da Madeira ,2001. Disponível em: http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/materiais/APOSTILANATOMIA1.pdf . Acesso em 14/01/2011. GALANTE, A.C.; MOREIRA, E.L.R.; BRANDÃO, F.C. Banco de dados orientado a objetos: Uma Realidade. 2005. Disponível em: <http://www.fsma.edu.br/si/edicao3/banco_de_dados_orientado_a_objetos.pdf>. Acesso em 25/01/ 2011. GUIMARÃES, R. Conceitos Básicos de Programação e Introdução a C#. Disponível em: http://www.microsoft.com/brasil/msdn/csharp/default.mspx>. Acesso em 31/01/2011 HEUSER, C.A. Projeto de banco de dados. Instituto de Informática da UFRGS; Série Livros Didáticos nº4; 4ª edição, 1998. IAWA. List of microscopic features for hardwood identification. IAWA Bulletin,
v.10, n.3, p.219-332, 1989. INDEA-MT - Instituto de Defesa Agropecuária do Estado do Mato Grosso. Identificação e cubagem de madeiras. Disponível em:
http://www.indea.mt.gov.br/html/internas.php?tabela=paginas&codigoPagina=22 ; Acesso em 7/01/2011 LORENZI, H. Árvores brasieliras manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Editora Plantarum,1992.
43
MACIEL, F. Série “Iniciando em C# - O que é C#”,
http://www.dotnetraptors.com.br/start/artigos/artigos_cpp/1294.aspx Acesso em 15/07/2008. MAINIERI, C.; CHIMELO, J.P. Fichas de características de madeiras brasileiras, 2ªed. São Paulo: Instituto de pesquisas Tecnológicas. Divisão de Madeiras (Publicação, IPT), 1989. MAINIERI, C. Manual de identificação das principais madeiras comercias brasileiras. São Paulo, IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo e Companhia de promoção de pesquisa cientifica e tecnológica do estado de são Paulo, 1983. MARCHIORI, J. N. C.; MUÑIZ, G.I.B.; SANTOS.S.R. Madeiras do Rio Grande do Sul: descrição microscópica de 33 espécies nativas. Santa Madeira: [s.n],
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Laboratório de Produtos Florestais. Série Técnica 15, 1991. RENI,S. Banco de Dados Modulo III. Apostila. FAETEC- Fundação Educacional Volta Redonda; Fundação de Apoio a Escola Técnica. Sem data. SILVA, E.K.O. Um estudo sobre sistemas de banco de dados cliente/servidor. Monografia. Curso de Processamento de Dados da Faculdade Paraibana de Processamento de Dados. João Pessoa – PB, 2001. ZENID, G.J.; CECCANTINI, G.C.T. Identificação macroscópica de madeiras.
Laboratório de Madeira e Produtos Derivados; Centro de Tecnologia de Recursos Florestais; Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT; Setembro de 2007
44
ANEXO I - LISTA DE CARACTERÍSTICAS IAWA
Camada de crescimento p. 234
1. Limite da camada de crescimento distinta. 2. Limite da camada de crescimento indistinta ou ausente. Vasos p. 236 Porosidade p. 236 3. Lenho com anel poroso. 4. Lenho com anel semi-poroso. 5. Lenho com porosidade difusa. Arranjo dos Vasos p. 238
6. Vasos dispostos tangencialmente. 7. Arranjo dos vasos diagonal e ou radial. 8. Arranjo dendrítico dos vasos. Agrupamento dos vasos 9. Vasos exclusivamente solitários (90% ou mais). 10. Vasos múltiplos, serie radial com cadeias de 4 ou mais. 11. Vasos dispostos em cachos (ou grupos). Contorno de vasos solitários (forma dos vasos) p. 242
12. Vasos solitários contorno angular. Placas de perfuração 13. Placas de perfuração simples. 14. Placas de perfuração escalariforme. 15. Placas de perfuração escalariforme com ate 10 barras. 16. Placas de perfuração escalariforme com 10 a 20 barras. 17. Placas de perfuração escalariforme com 20 a 40 barras. 18. Placas de perfuração escalariforme com mais ou igual a 40 barras. 19. Reticulada, foraminada e ou outros tipos de placas de perfuração múltipla. Tipos e arranjos de pontoações intervasculares
20. Pontoação intervascular escalariforme. 21. Pontoação intervascular oposta. 22. Pontoação intervascular alterna. 23. Silueta das pontoações alternas poligonais. 24. Diminuta< 4. 25. Pequeno 4-7. 26. Médio 7-10. 27. Grande ≥10. 28. Intervalo mínimo e máximo das pontoações intervasculares
45
Pontoações radiovasculares
30. Pontoações radiovasculares com bordas distintas semelhante as pontoações intervasculares em tipo e tamanho em todo raio. 31. Pontoações arredondadas ou angulares. 32. Pontoações escalariformes a verticais. 33. Dois tipos ou tamanhos distintos na mesma célula do raio. 34. Pontoações radiovasculares unilateralmente compostas e grandes (acima de
10 m). 35. Pontoações radiovasculares restritas a margem dos raios. Espessamento nos vasos helicoidal
36. Elemento de vaso com espessamento helicoidal. 37. Espessamento helicoidal por todo o corpo do elemento de vaso. 38. Espessamento helicoidal somente nas extremidades dos elementos de vaso. 39. Espessamento helicoidal somente em elementos de vaso estreitos. Diâmetro tangencial do lúmen dos vasos
40. ≤ 50 m.
41. 50-100 m.
42. 100-200m.
43. ≥ 200m. 44. Media +/- padrão de desvio.intervalo n = x. 45. Vasos de dois tipos distintos de diâmetro e não porosa. Vasos por milímetro quadrado p. 259
46. ≤ 5 vasos por milímetro quadrado. 47. 5-20 vasos por milímetro quadrado. 48. 20-40 vasos por milímetro quadrado. 49. 40-100 vasos por milímetro quadrado. 50. 100 vasos por milímetro quadrado. 51. Média +/- desvio padrão,intervalo n = x. Média do comprimento dos elementos de vasos
52. ≤350m.
53. 350-800 m.
54. ≥800m. 55. Média +/- desvio padrão, intervalo n = x. Deposito de tilos nos vasos
56. Tilos freqüentes. 57. Tilos esclereficados. 58. Resinas e outros tipos depósitos, obstruindo os vasos. Madeira sem vaso p. 262 59. madeira sem vasos. Traqueídes e fibras
60. presença de traqueídes vasculares e vasicentricos.
46
Tipos de fibras
61. Fibras simples e diminutamente areoladas. 62. Fibras com pontoações distintas areoladas. 63. Fibras com pontuações comuns, simples,em amboasb as paredes radiais e tangenciais. 64. Espessamento helicoidal na parede da fibra. Fibras septadas e fibras semelhantes a parênquima 65. Fibras septadas. 66. Fibras não septadas. 67. Fibras semelhantes a parênquima alternando com fibras simples. Espessamento da parede das fibras
68. Fibras de paredes muito finas. 69. Fibras de paredes finas e espessas. 70. Fibras muito espessas. Média do comprimento das fibras p. 269 71. 900. 72. 900-1600. 73. 1600. 74. Média +/- desvio padrão, intervalo n = x. Parênquima axial p. 270 75. Parênquima axial ausente ou extremamente raro. 76. Parênquima axial apotraqueal. 77. Parênquima axial difuso em agregados. Parênquima axial paratraqueal p. 272
78. Parênquima axial paratraqueal escasso. 79. Parênquima axial paratraqueal vasicentrico. 80. Parênquima axial aliforme. 81. Parênquima axial aliforme losangular. 82. Parênquima axial aliforme linear. 83. Parênquima axial confluente. 84. Parênquima paratraqueal unilateral. Faixas de Parênquimas. p.276 85. Parênquima axial em faixas largas, com mais de 3 células de espessura. 86. Parênquima axial em faixas estreitas ou linhas com ate 3 células de espessura. 87. Parênquima axial reticulado. 88. Parênquima axial escalariforme. 89. Parênquima axial marginal ou aparentemente marginal. Tipo de células do parênquima axial/comprimento da serie p. 280 90. Parênquima axial com células fusiformes. 91. Duas células por serie axial do parênquima. 92. 4 (3-4) células por serie axial do parênquima.
47
93. 8 (5-8) células por serie axial do parênquima. 94. Acima de 8 células por serie axial do parênquima. 95. Parênquima não lignificado. Raios p.282 Largura dos Raios 96. Raios exclusivamente unisseriados (uma fileira de células). 97. Largura de raio de 1 a 3 células. 98. Largura de raio de 4 a 10 fileiras de células. 99. Largura dos raios com mais de 10 células. 100. Raios com porções multisseriadas da mesma largura que as unisseriadas. Raios agregados p. 284
101. Raios agregados. Altura dos raios p.284 102. Comprimento dos raios. Raios com dois tamanhos distintos p.286
103. Raios com dois tamanhos distintos. Raios :composição celular p. 286 104. Todas as células do raio procumbentes. 105. Todas as células do raio eretas e/ou quadradas. 106. Corpo do raio com células procumbentes e uma fileira marginal de celular quadradas e/ou eretas. 107. Corpo do raio com células procumbentes com 2-4 fileiras marginais com células quadradas ou eretas. 108. Corpo do raio com células procumbentes e mais de quatro fileiras marginais de celular quadradas ou eretas. 109. Raio com células procumbentes quadradas e eretas, misturadas em todo o raio. Células envolventes p292 110. Células envolventes. Células latericuliformes p 292
111. Células latericuliformes. Células perfuradoras do raio p 294 112. Células perfuradoras do raio. 113. Paredes das células do raio disjuntivas. Raio por milímetro p296 114. 4 mm 115. 4-12 mm 116. 12 mm
48
Madeiras sem raio p297
117. Madeiras sem raio Estruturas estratificadas p 298 118. Todos os raios estratificados. 119. Raios baixos estratificados raios altos não estratificados. 120. Parênquima axial e/ou elementos de vaso estratificados. 121. Fibras estratificadas. 122. Raios e elementos axiais cm estratificações irregulares. 123. Número de estratos de raios por mm axial. Elementos secretores e variação cambial p. 300 Células oleíferas e mucilaginosas
124. Associados com o raio parenquimático. 125. Associados com o parênquima axial. 126. Entre fibras. Canais intercelulares p. 302 127. Canais axiais em longas linhas tangenciais. 128. Canais axiais em linhas tangenciais curtas. 129. Canais axiais difusos. 130. Canais radiais. 131. Canais intercelulares de origem traumática. Tubos/túbulos p. 306
132. Tubos laticiferos ou taniferos. Variações cambiais p. 308 133. Floema incluso, concêntrico. 134. Floema incluso, difuso. 135. Outras variações cambiais. Inclusões minerais p. 310
136. Presença de cristais prismáticos. 137. Cristais prismáticos em células quadradas e ou eretas do raio. 138. Cristais prismáticos em células procumbentes. 139. Alinhamento dos cristais nas células procumbentes. 140. Cristais prismáticos em células quadradas e ou eretas subdivididas do raio. 141. Cristais prismáticos em células quadradas e ou eretas não subdivididas do parênquima axial. 142. Cristais prismáticos em células subdividida do parênquima axial. 143. Cristais prismáticos em fibras. Drusas 144. Presença de drusas. 145. Drusas no raio. 146. Drusas no parênquima axial. 147. Drusas nas fibras. 148. Drusas em células subdivididas.
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Outros tipos de cristais 149. Ráfides. 150. Cristais aciculares. 151. Cristais estilóides e ou alongados. 152. Outras formas na maioria pequenos. 153. Cristais areniformes. Outras características diagnósticas de cristais
154. Mais de um cristal por câmara mais ou menos isodiamétrica. 155. Dois tipos de cristais por câmara. 156. Cristais em células dilatadas maiores que as adjacentes. 157. Cristais em tilos. 158. Cistólitos. Sílica p. 318 159. Corpos silicosos presentes. 160. Corpos silicosos do raio. 161. Corpos silicosos no parênquima axial. 162. Corpos silicosos nas fibras. 163. Sílica vítrea.
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ANEXO II - CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO ELABORADA PARA CONÍFERAS
Pontoações Areoladas Unisseriadas Multisseriadas opostas Multisseriadas alternas Espessamentos
Espiral Crássulas Calitrisóide Identuras Parênquima Radial
Homogêneo Heterogêneo Pontoações Campo de Cruzamento
Fenestriforme Pinóide Piceóide Cupressóide Taxodióide Parenquima Axial Presente Ausente Células Epiteliais Parede espessa Parede fina Ausente Canais resiníferos
Presentes Ausentes Traqueóides em séries verticais
Presentes Ausentes Raios Largura dos Raios Raios exclusivamente unisseriados Largura de 1 a 3 células Largura de 4 a 10 fileiras de células Largura maior que 10 células Raios com porções multisseriadas da mesma largura que unisseriadas
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Inclusões minerais
Presença de cristais prismáticos Cristais prismáticos em células quadradas ou eretas do raio Cristais prismáticos em células procumbentes Alinhamento de cristais nas células procumbentes Cristais prismáticos em células quadradas ou eretas subdivididas do raio Cristais prismáticos em células quadradas ou eretas não subdivididas do parênquima axial Cristais prismáticos em células subdivididas do parênquima axial Cristais prismáticos em fibras Drusas Presentes No raio No parênquima axial Nas fibras Em células subdivididas Outros tipos de Cristais
Ráfides Cristais aciculares Cristais estilóides e/ou alongados Outras formas (a maioria pequeno) Cristais areniformes Outras características diagnóstica de cristais Mais de um cristal por câmara, mais ou menos isodiamétricos Dois tipos de Cristais por câmara Cristais em células dilatadas maiores que as adjacentes Cristais em tilos Cistólitos Sílica
Corpos silicosos presentes Corpos silicosos do raio Corpos silicosos do parênquima axial Corpos silicosos nas fibras Sílica vítrea
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ANEXO III - CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO ELABORADA PARA FOLHOSAS Camada de Crescimento
Distinta Indistinta Porosidade
Anel Poroso Anel Semi-poroso Porosidade Difusa Arranjo dos Vasos Vasos dispostos tangencialmente Arranjo diagonal ou radial Arranjo dendrítico Agrupamento dos Vasos
Solitários (90% ou mais) Solitários e Geminados Múltiplos Dispostos em cachos Placa de perfuração
Simples Escalariforme Escalariforme com até 10 barras Escalariforme com 10 a 20 barras Escalariforme com 20 a 40 barras Escalariforme com igual ou mais de 40 barras Reticulada, foraminada, e ou outros tipos Tipos e Arranjos de Pontuações Intervasculares Pontoação intervascular escalariforme Pontoação intervascular oposta Pontoação intervascular alterna Silhueta das pontoações alternas poligonais Pontoações Radiovasculares Com bordas distintas, semelhantes às intervasculares Arredondadas ou angulares Escalariformes à verticais Dois tipos distintos na mesma célula Unilateralmente composta e grandes Restrita às margens dos raios Espessamentos nos vasos Helicoidal Elemento de vaso com espessamento helicoidal Por todo o corpo do elemento Somente nas extremidades dos elementos
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Somente em elementos de vaso estreitos Depósito de Tilos
Tilos freqüentes Tilos ocasionais Tilos esclerificados Resinas e outros compostos obstruindo o vaso Madeira sem vaso
Madeira sem vaso Traqueídes e fibras Presença de traqueídes vasculares e vasicêntricos Tipo de Fibras
Com pontoações areoladas Com pontoações distintamente areoaladas Com pontoações simples, em ambas as paredes radial e tangencial Espessamento helicoidal na parede da fibra Fibras Septadas e fibras semelhante à parênquima
Fibras Septadas Fibras Não septadas Fibras semelhantes à parênquima alternando com fibras simples Espessura da parede das fibras Paredes muito finas Paredes finas a espessas Fibras muito espessas Parênquima axial
Ausente ou extremamente raro Apotraqueal Difuso em agregados Parênquima axial paratraqueal Paratraqueal escasso Paratraqueal vasicêntrico Aliforme Aliforme Losangular Aliforme Linear Confluente Paratraqueal unilateral Parênquima em faixas
Em faixas largas, com mais de 3 células Em faixas finas ou linhas, com até 3 células Reticulado Escalariforme
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Marginal ou aparentemente marginal Raios Largura dos Raios Raios exclusivamente unisseriados Largura de 1 a 3 células Largura de 4 a 10 fileiras de células Largura maior que 10 células Raios com porções multisseriadas da mesma largura que unisseriadas Raios Agregados
Raios Agregados Raios com tamanhos distintos Raios com tamanhos distintos Raios: composição celular
Todas as células procumbentes Todas as células eretas e/ou quadradas Corpo do raio com células procumbentes e fileira marginal de células
ereta/quadrada Corpo do raio com células procumbentes com 2-4 fileiras marginal de
células ereta/quadrada. Corpo do raio com células procumbentes com mais de 4 fileiras marginais
de células ereta/quadrada Raio com células procumbentes , eretas e quadradas, misturadas em todo
o raio. Células envolventes
Células envolventes Células Latericuliformes Células Latericuliformes Células Perfuradas do raio
Células Perfuradas do raio Paredes das células do raio disjuntivas Madeira sem Raio
Madeira sem Raio Estrutura Estratificada Todos os raios são estratificados Raios baixos estratificados, Raios altos não estratificados Parênquima axial e/ou elementos de vaso estratificados Fibras estratificadas Raios e elementos axiais com estratificações irregulares
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Elementos secretores e variação cambial Células oleíferas e muscilaginosas
Associadas com o raio parenquimático Associadas com o parênquima axial Entre fibras Canais intercelulares Canais axiais em longas linhas tangenciais Canais axiais em linhas tangenciais curtas Canais axiais difusos Canais radiais Canais intercelulares de origem traumática Tubo/Túbulos
Tubos laticíferos ou taniníferos Variações Cambiais Floema incluso, concêntrico Floema incluso, difuso Outras variações cambiais Inclusões minerais
Presença de cristais prismáticos Cristais prismáticos em células quadradas ou eretas do raio Cristais prismáticos em células procumbentes Alinhamento de cristais nas células procumbentes Cristais prismáticos em células quadradas ou eretas subdivididas do raio Cristais prismáticos em células quadradas ou eretas não subdivididas do parênquima axial Cristais prismáticos em células subdivididas do parênquima axial Cristais prismáticos em fibras Drusas Presentes No raio No parênquima axial Nas fibras Em células subdivididas Outros tipos de Cristais
Ráfides Cristais aciculares Cristais estilóides e/ou alongados Outras formas (a maioria pequeno) Cristais areniformes Outras características diagnóstica de cristais Mais de um cristal por câmara, mais ou menos isodiamétricos