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Água da chuva, água destilada e água pura A água na Terra Cátia Viana, nº10, 11ºA Física e Química A Professora Sónia Caraslindas

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Água da chuva, água destilada e água pura

A água na Terra

Cátia Viana, nº10, 11ºAFísica e Química A

Professora Sónia Caraslindas

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Índice

A água na Terra e a sua distribuição. Problemas de abundância e escassez. Os consumos. A gestão. A poluição. A qualidade da água e a legislação.

Água da chuva, água destilada e água pura.

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A água na Terra e a sua distribuiçãoProblemas de abundância e escassez

A Terra é normalmente apelidada do «Planeta Azul», isto acontece porque nosso planeta é maioritariamente constituído por água, ela cobre 71% da superfície total, que se pode apresentar nos mais diversos estados físicos.

Apesar do nosso planeta ter um valor tão elevado de quantidade de água, apenas 2,5% da água total é água doce utilizável e, desta, apenas uma pequena percentagem (0,1%) é água potável. A água contida nos mares e oceanos constitui 97,5% da água total.

A água doce encontra-se sobretudo sob a forma de glaciares e neves eternas (68,9%), águas subterrâneas (29,9%) na humidade do solo e da atmosfera (0,9%) e nos lagos e rios (0,3%)

Constituição da superfície terreste:

Água71%

Ilhas e continentes29%

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A precipitação é um fator decisivo no que diz respeito a recursos hídricos superficiais e subterrâneos. A água da chuva é parcialmente absorvida pelo solo e pela vegetação, sendo uma parte devolvida à atmosfera pela evapotranspiração. A parte que não volta à atmosfera nem penetra no solo, chamada água de superfície, escorre para as bacias hidrográficas. Uma outra parte penetra no subsolo até encontrar uma superfície impermeável, as águas de infiltração.

Quando as águas de infiltração encontram uma falha de grande dimensão escorrem até cerca de centenas de metros de profundidade e formam reservas subterrâneas onde podem permanecer durante milhares de anos.

Como podemos concluir a partir da análise da imagem que representa a distribuição da água na Terra, a água está desigualmente distribuída na Terra, sendo grande as assimetrias entre as várias regiões. A maior parte do continente africano, do Médio Oriente, da Austrália e de algumas zonas do continente americano debatem-se com problemas graves de escassez de água.

Podemos concluir também que a escassez da água potável é um problema mundial, mas ao contrário do que era esperado a abundância dela pode não ser uma benesse. Pois como consequência das alterações climáticas, devidas ao aquecimento global, a abundância de água pode provocar inundações, um fenómeno que se verifica em diversas partes do globo. As inundações provocam a lixiviação dos solos (a água arrasta os principais nutrientes do solo, degradando-o e comprometendo a qualidade da água).

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Os consumos

É cada vez maior o consumo da água potável, o que agrava o problema da escassez da mesma. Estima-se que a média anual do consumo de água é de 600 metros cúbicos por pessoa e por ano, sendo cerca de 50 metros cúbicos de água potável, isso corresponde a um consumo diário de 137 litros de água. Visto que a distribuição de água é desigual, o consumo da mesma também o é, portanto o consumo de água em regiões favorecidas é muito superior ao consumo de água em áreas desfavorecidas.

O aumento da procura de água pode ser justificado pelo facto de, em algumas dezenas de anos, o crescimento demográfico, o desenvolvimento industrial e a irrigação multiplicaram as utilizações de água.

Podemos concluir que o consumo de água aumenta com o desenvolvimento, pois nas sociedades pré-industriais, o consumo de água é baixo, mantendo-se constante ou aumentando lentamente. Em compensação, o consumo de água cresce muito em países em vias de industrialização e naqueles em que a agricultura irrigada tende a corresponder a um forte crescimento demográfico.

Na Índia e no México a agricultura é responsável por um elevado consumo de água, noutros países como a Alemanha, a indústria é o principal responsável pelo consumo de água.

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A gestão

A gestão e a qualidade dos recursos hídricos é um dos desafios cruciais do século XXI. A crise mundial ao nível da água deve-se à sua escassez crescente, a diminuição da sua qualidade em consequência da poluição e também deve-se às secas.

Contudo a água disponível bastaria para satisfazer as necessidades de toda a população se fosse gerida adequadamente, tendo em vista um aproveitamento eficaz e uma repartição equitativa avertendo catástrofes humanitárias e conflitos armados.

A gestão da água tem de se enquadrar no conceito de desenvolvimento sustentável 1, de modo que satisfaça os objetivos da sociedade no presente e no futuro e que assegure, em simultâneo, a preservação ambiental dos sistemas de recursos hídricos.

Para que exista, como foi já mencionado anteriormente, um aproveitamento eficaz e uma distribuição equitativa da água devem ser implantadas políticas que tenham como objetivo combater a crise da água.

Segundo a Organização Mundial de Saúde há mais de mil milhões de pessoas que em todo o mundo que não tem acesso a água limpa, e segundo dados de 2003, 2400 milhões de pessoas não dispõem de saneamento básico. Os problemas com a água são responsáveis pela morte de 1,6 milhões de pessoas todos os anos e cerca de 6000 crianças morrem todos os dias de doenças que poderiam ser evitadas, caso se melhorasse a qualidade da água e do saneamento.

Melhorar a qualidade da água requer meios financeiros, técnicos e culturais, que a maioria dos países não tem. A UE emitiu uma diretriz que diz: “A água não é um bem negociável como os outros, mas um património que é preciso proteger a defender como tal.”

Em Portugal a legislação que estabelece critérios e normas de qualidade com a finalidade de proteger, preservar e melhorar a água em função das suas principais utilizações é o Decreto-Lei 74/90, de 7 de Março.

Desenvolvimento sustentável 1- Satisfazer as necessidades do presente sem retirar às futuras gerações a possibilidade de satisfazer as suas.

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A poluição

A ação humana está a perturbar consideravelmente o ciclo hidrológico natural. A procura aumenta mais depressa do que a capacidade de reposição pelo ciclo hidrológico natural. Para além de gastarmos água, e de a desperdiçarmos, também poluímos.

A água não se renova ao ritmo a que o Homem a polui. A faculdade de regeneração natural das águas doces ou autodepuração é definida como a faculdade que um rio, troço de rio ou um lago tem de absorver, sem dificuldade, uma determinada carga de poluição e de assegurar a destruição ou a mineralização dos elementos poluentes.

A poluição da água pode ter origens diversificadas e manifestar-se de diferentes maneiras.

Dos vários tipos de poluição podemos destacar três:

Tipos de poluição

Poluição biológica: por microrganismos patogénicos que podem provocar doenças e até a morte

Poluição térmica: aquecimento da água por descargas de águas residuais usadas nos processos de arrefecimento industriais e nas centrais térmicas

Poluição química: a mais grave é causada pela presença de produtos químicos prejudiciais

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A qualidade da água e a legislação

A água, dependendo do fim a que se destina, fins industriais, agricultura ou utilização doméstica, nem sempre é suficientemente pura para ser utilizada, pois muitas vezes se encontra poluída, por lixiviação ou descargas ilegais, especialmente por matéria orgânica proveniente dos solos, por fertilizantes e pesticidas.

Existe legislação destinada a estabelecer parâmetros de valores para certas espécies químicas poderem existir na água, os quais são designados por parâmetros de qualidade, podendo variar consoante os objetivos subjacentes à utilização da água. Para cada um dos parâmetros, a legislação indica os seguintes valores:

VMA – valor máximo aceitável. Este valor não pode ser ultrapassado sob pena de prejuízo para a saúde pública.

VMR – valor máximo recomendado. Este valor não deve ser ultrapassado, podendo ser indício de contaminação, sob pena de colocar em risco a saúde pública.

Norma de qualidade VMR/ g dm-3 VMA/ g dm-3

F- 1,0 1,5NO-

3 25 50

Relativamente à água doce há uma enorme e complexa teia de leis, desde as normas de Helsínquia de 1966, passando pela Carta Europeia da Água, em 1968, que inspirou todas as regulamentações adotadas, desde então, na Europa.

A legislação portuguesa que estabelece os valores de VMR e VMA para os parâmetros da água é o Decreto-Lei 236/98, de 1 de Agosto.

Para o consumo humano, os critérios de pureza são naturalmente os mais rígidos e estão expostos no Decreto-Lei nº 306/2007 de 27 de Agosto.

Atualmente, é uma Diretiva Europeia de 1983 que define a potabilidade da água por meio de mais de sessenta parâmetros organoléticos, físico-químicos, tóxicos e microbiológicos. Esses parâmetros só podem ser modificados no sentido de uma maior rigidez.

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Água da chuva, água destilada e água pura

A água quimicamente pura (ponto de fusão igual a 0 º C, ponto de ebulição igual a 100ºC e densidade igual a 1,00 g cm-3), isenta de quaisquer substâncias nela dissolvidas, não existe na natureza.

Se não existisse poluição a água que mais se aproximaria da água pura seria a água da chuva uma vez que só conteria algum dióxido de carbono.

A água da chuva, caso não existisse poluição, seria comparável à água destilada, a qual é obtida por um processo de vaporização seguido de condensação por arrefecimento do vapor de água.

Quando no rótulo da água engarrafada se lê “água pura” tal não quer dizer que esta é quimicamente pura, mas somente que do ponto de vista alimentar esta é própria para consumo.