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Um
inho |
2013
Outubro de 2013
Tiago João da Silva Matos Vieira Mendes
Parametrização de variáveis na
plataforma NAVIATM
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Universidade do Minho
Escola de Engenharia
Outubro de 2013
Dissertação de Mestrado
Mestrado integrado em Engenharia Biológica
Trabalho efetuado sob a orientação do
Universidade do Minho
Escola de Engenharia
Professor João Monteiro Peixoto
Engenheiro Adriano Magalhães e do
Tiago João da Silva Matos Vieira Mendes
Parametrização de variáveis na
plataforma NAVIATM
ii
Agradecimentos
Expresso a minha gratidão:
– À Universidade do Minho pelas valias adquiridas ao longo do decorrer do curso que me
possibilitaram a execução deste trabalho;
– À empresa Águas do Noroeste, SA pela ótima receção e integração na empresa;
– Ao Professor João Peixoto pela acessibilidade e orientação e incentivo à realização deste
trabalho;
– Ao Engenheiro Adriano Magalhães pela sua supervisão, orientação, motivação e incentivo no
decorrer do meu estágio;
– À equipa da Águas do Noroeste que sempre me apoiou e orientou na concretização deste
trabalho. Entre eles: Eng.ª Bárbara Cardozo, Eng.º Jorge Lopes e Tiago Barros.
– À minha família que sempre me apoiou e acarinhou ao longo do meu percurso académico;
– À minha namorada e amiga Lais por me ter incentivado e apoiado na finalização do meu
precurso académico, e também pela sua paciência, carinho e suporte no decorrer deste
trabalho.
– E por último, mas não menos importante, aos amigos e amigas que sempre me apoiaram e
suportaram durante este período da minha vida. Um abraço especial a: Carlos Pereira, Ricardo
Sampaio, Pedro Pires e João Pires.
iii
Resumo
O âmbito deste trabalho é a agilização da implementação da plataforma NAVIATM, ferramenta de gestão operacional de sistemas de captação, tratamento e distribuição de água para consumo, e de tratamento de águas residuais, na empresa Águas do Noroeste, SA. Também foi efetuada uma breve abordagem teórica à descoloração de um efluente de industria têxtil. Após a fusão da empresa esta necessitava da uniformização de práticas, da agregação de dados e, em geral, da otimização da gestão operacional. O centro operacional (COP) do Cávado foi o sistema do ramo de saneamento onde a implementação foi efetuada. Todo o sistema do centro operacional do Cávado encontra-se com as árvores de localização criadas, parametrizado, com tarefas planeadas, e implementado no terreno. Os resultados da implementação incluem a evidente adaptação e integração dos operadores e supervisores à plataforma, a execução da totalidade dos registos, a facilidade de acesso e análise dos dados no terreno, o aumento de dados registados, os dados são dotados com mais características qualitativas e quantitativas, a diminuição do tempo de registo no terreno. Constatou-se a otimização da gestão operacional do COP Cávado no que respeita ao ramo do tratamento de águas residuais.
Palavras-chave: Plataforma de gestão operacional; Implementação; Parametrização; Des-
coloração.
iv
Abstract
The scope of this work is to expedite the implementation of NAVIATM platform, an operational
management collection systems tool for captation, treatment and distribution of drinking water,
and treatment of wastewater in the company Águas do Noroeste, SA. A brief theoretical approach
to discoloration of a textile industry effluent was also made. Following the merger of this
company, the standardization of practices, data aggregation and, in general, the optimization of
operational management was required. The operating center (COP) of Cávado was the sanitation
system where implementation was performed. In the whole system of the operating center of
Cávado location trees were created, parameterized with planned tasks and implemented on the
ground. The implementation results include the obvious adaptation and integration of operators
and supervisors to the platform, the implementation of all the records, the simplification of the
access to the analyzed field data, and an increase of recorded data. The data are endowed with
more qualitative and quantitative characteristics, shortening the time of registration on the
ground. It was observed an optimization of the operational management in the COP Cávado with
regard to the branch of wastewater treatment.
Keywords: Operational management platform; Implementation; Parameterization; Decoloring.
v
Índice
1. Introdução ....................................................................................................................................... 1
1.2 Objetivos ...................................................................................................................................... 3
1.3 Descrição da Empresa: Águas do Noroeste, SA ............................................................................. 4
1.3.1 Contexto da empresa............................................................................................................. 4
2. Fundamentação Teórica ................................................................................................................ 7
2.1 NAVIATM ......................................................................................................................................... 7
2.1.1 Enquadramento e processo de implementação da ferramenta NAVIATM na Águas do Noroeste,
SA .................................................................................................................................................. 7
2.1.2 Origem e Desenvolvimento .................................................................................................... 9
2.1.3 A plataforma informática NAVIATM .........................................................................................12
2.1.4 Implementação da ferramenta NAVIATM .................................................................................14
2.2 Descoloração de efluente têxtil ....................................................................................................16
3. Metodologia ..................................................................................................................................24
3.1 Fundamentação .........................................................................................................................24
3.2 Implementação...........................................................................................................................24
3.2.1 Árvore de localizações .........................................................................................................26
3.2.2 Variáveis .............................................................................................................................28
3.2.3 Equipamentos .....................................................................................................................32
3.2.4 Parametrização ...................................................................................................................33
3.2.5 Planeamento .......................................................................................................................35
3.2.6 Consultas ............................................................................................................................37
3.2.7 Painel de Operador ..............................................................................................................37
4. Resultados .....................................................................................................................................40
5. Conclusão ......................................................................................................................................60
Referências Bibliográficas......................................................................................................................62
Anexos ..................................................................................................................................................63
Anexo I .................................................................................................................................................... I
vi
Índice de Figuras
Figura 1 – Municípios abrangidos pela Águas do Noroeste. ...................................................................... 4
Figura 2 – Ganhos e vantagens NAVIATM na perspetiva da hierarquia de uma equipa. .............................11
Figura 3 – Processos operacionais que o sistema NAVIATM suporta. ........................................................14
Figura 4 – Workflow do dia-a-dia da operação. .......................................................................................15
Figura 5 – Painel do Gestor. ..................................................................................................................25
Figura 6 – Exemplo teórico de árvore de localizações. ...........................................................................27
Figura 7 – Interface da configuração de uma variável global (Passo 1). ..................................................29
Figura 8 – Interface da configuração de uma variável global (Passo 2). ..................................................29
Figura 9 – Interface da primeira etapa de criação de variável totalizador. ...............................................31
Figura 10 – Interface segunda etapa de criação de variável totalizador. .................................................31
Figura 11 – Interface da criação de equipamento. .................................................................................32
Figura 12 – Interface inicial de rondas e registos standard.....................................................................33
Figura 13 – Interface do primeiro passo do registo de determinada ronda. ............................................34
Figura 14 – Interface do único passo do registo standard e Interface do segundo passo de ronda. .........35
Figura 15 – Quadro de planeamento de tarefas. ....................................................................................36
Figura 16 – Painel de Operador. ...........................................................................................................38
Figura 17 – Exemplo do campo "Observações" num registo. .................................................................39
Figura 18 – Diagrama da ETAR de Forjães. ...........................................................................................40
Figura 19 – Esquema representativo das entidades envolvidas nas amostragens. ..................................43
Figura 20 -- Árvore de Localizações ETAR Forjães ..................................................................................48
Figura 21 – Registo diário típico (ETAR Esposende) ...............................................................................54
Figura 22 – Consulta de variáveis: n.o de horas de funcionamento das turbinas 1 e 2, e oxigenio
dissolvido (Tanque de arejamento 1 – ETAR Esposende) .......................................................................57
Figura 23 – Consulta alarmes de variáveis: ETAR Apúlia durante 1 mês.................................................59
1
1. Introdução
A água como bem essencial à vida, é um bem único, insubstituível e não reprodutível,
que deve ser salvaguardado e valorizado. A água é um elemento indispensável, de primeira
necessidade para o homem, animais e plantas, devendo ser preservada por todos os seus
utilizadores e consumidores.
A importância da água é sublinhada pela legislação internacional e nacional em vigor,
com o objetivo de proteger, preservar e salvaguardar este bem público. Neste âmbito as
estações de tratamento de águas residuais (ETAR) têm a missão de proceder ao tratamento para
que os efluentes, e.g., domésticos e industriais, sejam posteriormente emitidos para o ambiente
de acordo com os limites de descarga definidos na legislação em vigor.
Das muitas ferramentas de gestão operacional disponíveis no mercado, e.g., SAP e
NAVALTIC, a decisão da holding da empresa Águas do Noroeste, SA, recaiu sobre o NAVIATM. A
plataforma NAVIATM teve origem num levantamento de necessidades e na inexistência de uma
plataforma de gestão operacional dedicada a infraestruturas de captação, tratamento e
distribuição de água para consumo, tal como para infraestruturas de tratamento de águas
residuais. As plataformas existentes no mercado foram desenvolvidas no sentido da direção para
o setor de gestão operacional e a solução encontrada tinha a particularidade de ser no sentido
da gestão operacional para a direção, o que denota a orientação e especificidade da ferramenta
na gestão operacional dos sistemas de estações de tratamento de água e dos sistemas de
estações de tratamento de águas residuais.
O NAVIATM é uma ferramenta uniformizadora, agregadora e especializada com o objetivo
de racionalizar recursos e melhorar o serviço prestado, o que se traduz na otimização da gestão
operacional.
Ao longo deste trabalho irá ser abordada a implementação da plataforma informática
NAVIATM v1.10.3.13, incluindo todas as parametrizações e planeamentos de tarefas efetuados até
à sua implementação no terreno. No âmbito deste trabalho, o estágio na empresa Águas do
2
Noroeste, SA decorreu sob a orientação académica do Professor João Peixoto da Universidade
do Minho e a supervisão e orientação do Eng.º Adriano Magalhães da Águas do Noroeste, SA.
Para uma melhor compreensão do âmbito da dissertação, refere-se que a sua estrutura
compreende uma parte teórica e outra prática. Na parte teórica, referente ao capítulo 2, foram
abordados os fundamentos teóricos relativos à Plataforma Informática NAVIATM, a respetiva
implementação e a breve abordagem sobre a descoloração de um efluente têxtil. Após a
contextualização da empresa e da ferramenta NAVIATM, é descrito no capítulo 3, a metodologia no
que concerne a implementação da plataforma de gestão operacional. Na parte prática, referente
ao capítulo 4, são demonstrados os resultados da implementação na Empresa Águas do
Noroeste, SA, da ferramenta NAVIATM. Por último, no capítulo 5, são apresentadas as conclusões
relativas à implementação da plataforma de gestão operacional e as propostas a levar à empresa
MdeMáquina e à equipa de projeto de implementação da empresa Águas do Noroeste, SA.
3
1.2 Objetivos
O estágio foi desenvolvido com o propósito de agilizar a implementação da plataforma
informática NAVIATM, uma ferramenta de gestão operacional, no centro operacional (COP) do
Cávado.
Durante o período de estágio, que decorreu durante 6 meses (8 horas por dia útil), foi
proposto ao estagiário a implementação da plataforma informática NAVIATM no COP Cávado. Para
o cumprimento deste objetivo foi necessário:
– Abordagem geral e formação à ferramenta NAVIATM pela empresa MdeMáquina;
– Recolha de informação das ETAR de Esposende, Fão, Apúlia, Guilheta, Marinhas, S.
Paio de Antas, Forjães, Curvos, Penices e Água Longa, ao nível de infraestruturas, equipamen-
tos, rotinas dos operadores, etc.;
– Recolha de informação ao nível do modelo de gestão operacional implementado na
ETAR de Viana do Castelo – Cidade;
– A partir das informações recolhidas criar árvores de localizações, parametrizar e
planear registos, adequados a cada subsistema do sistema COP Cávado;
– Dar formação à equipa de operadores do sistema COP Cávado e ao engenheiro
responsável;
– Acompanhar o período de adaptação dos utilizadores ao novo paradigma da ferra-
menta;
– Criar consultas de variáveis quantitativas e qualitativas, para o elemento final de
análise e avaliação de dados;
– Propor novas soluções para melhorar o funcionamento da plataforma de forma a
responder a necessidades observadas no período de implementação;
– Por último, foi também proposto uma abordagem teórica sobre a descoloração de
efluentes de indústria têxtil numa estação de tratamento de águas residuais.
4
1.3 Descrição da Empresa: Águas do Noroeste, SA
1.3.1 Contexto da empresa1
A empresa Águas do Noroeste, SA é responsável pela exploração e gestão do sistema
multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento da região noroeste do país,
resultado da fusão de três empresas, Águas do Cávado, SA, Águas do Minho e Lima, SA e Águas
do Ave, SA. Como se pode observar na figura 1, integram-se neste sistema os municípios:
Amarante, Amares, Arcos de Valdevez, Barcelos, Cabeceiras de Basto, Caminha, Celorico de
Basto, Esposende, Fafe, Felgueiras, Guimarães, Lousada, Maia, Melgaço, Monção, Mondim de
Basto, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Varzim,
Santo Tirso, Terras do Bouro, Trofa, Valença, Viana do Castelo, Vieira do Minho, Vila do Conde,
Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Famalicão, Vila Verde e Vizela.
Figura 1 – Municípios abrangidos pela Águas do Noroeste. Fonte: www.adnoroeste.pt
1 As informações dessa secção foram recolhidas através do endereço eletrónico: http://www.adnoroeste.pt
5
Missão
Conceber, construir e explorar as infraestruturas de abastecimento de água e de
saneamento do sistema multimunicipal, num contexto de sustentabilidade económica, social e
ambiental, contribuindo para a melhoria da qualidade dos cidadãos, do meio ambiente e para o
desenvolvimento socioeconómico da região.
Visão
Alcançar um estatuto empresarial de referência nacional no setor da água, pela
qualidade do serviço prestado, e um parceiro ativo no desenvolvimento sustentável da região.
Valores
Satisfação dos clientes e das outras partes interessadas
Procurar de forma continuada, objetiva e sistemática, a satisfação das expectativas e
necessidades, com adequada sensibilização para a importância do produto fornecido, dos
serviços prestados e do equilíbrio do meio hídrico.
Envolvimento dos Colaboradores
Assegurar condições de trabalho, formação e atualização adequadas, incentivando e
motivando de forma permanente, desenvolvendo as atividades dos colaboradores com respeito
pelo ambiente e pela segurança.
Aperfeiçoamento e Inovação
Prendar a região de infraestruturas capazes de garantir a missão da empresa, em busca
do constante aperfeiçoamento e inovação em todas as fases e processos, e adotar soluções
tecnológicas que asseverem a sustentabilidade económica e ambiental da empresa.
Desenvolvimento Sustentável
Cumprir toda a legislação, requisitos aplicáveis, e as expectativas das partes
interessadas apostando nas vertentes económica, social e ambiental, e incitar um modelo de
6
organização que dê lugar a um desenvolvimento que não prejudique as necessidades das
gerações futuras.
Compromissos Sociais
Respeitar a liberdade e promover a valorização dos colaboradores e das partes
interessadas, rejeitando o trabalho infantil, valorizando a liberdade na relação de trabalho, a
liberdade de associação e representação, a igualdade de oportunidades, promovendo a
segurança e a higiene, prevenindo a ocorrência de lesões, ferimentos e danos para a saúde,
assegurando o recurso a uma cadeia de fornecimento que partilhe os mesmos valores.
Melhoria contínua
A revisão periódica e regular da política, dos processos, dos objetivos e das metas, e do
desenvolvimento dos recursos humanos, aumenta a eficiência do sistema de responsabilidade
empresarial de forma a alcançar níveis de desempenho mais elevados e atingir um
aperfeiçoamento contínuo e uma inovação constante. Assume-se deste modo, com a envolvência
de todos os colaboradores um compromisso de prevenção da poluição, da minimização
relevante de riscos, e dos impactes ambientais e sociais inerentes à atividade da empresa.
Transparência
A adoção de estratégias e ações em sintonia com elevados padrões de ética garante a
integração, o relacionamento contínuo e transparente com a totalidade das partes interessadas.
Comunicação
Divulgar, interna e externamente, a política da empresa – comunicando a sua evolução e
concretização – à totalidade das partes interessadas.
Atividade
Saneamento de Águas Residuais – Sistema multimunicipal de saneamento de águas
residuais do noroeste.
7
O sistema multimunicipal de saneamento está dimensionado para a recolha, tratamento
e rejeição de 80 x 106 de m3 de águas residuais por ano produzidas por uma população
residente estimada em 1.2 milhões de habitantes. Este sistema abrange os seguintes centros
operacionais delimitados em função de determinadas áreas geográficas:
– Centro operacional do Minho;
– Centro operacional do Lima;
– Centro operacional do Ave;
– Centro operacional do Cávado;
– Centro operacional Tâmega/Sousa.
A empresa explora no domínio do saneamento 95 ETAR, 267 Estações Elevatórias,
1415 km de intercetores o que corresponde a 1.9 milhões de habitantes equivalentes.
2. Fundamentação Teórica
2.1 NAVIATM
2.1.1 Enquadramento e processo de implementação da ferramenta NAVIATM na
Águas do Noroeste, SA
A fusão das empresas Águas do Cávado, Águas do Minho e Lima e Águas do Ave, na
empresa Águas do Noroeste revelou aspetos prementes de caráter operacional a solucionar. A
harmonização de um conjunto de práticas adequadas à gestão de infraestruturas foi essencial
dado a grande variedade de tecnologias, a dimensão, a dispersão geográfica, e as distintas
culturas empresariais [1].
Apesar da grande heterogeneidade de instalações e práticas existentes, aspetos comuns
eram identificados nas empresas. Entre esses, o facto do controlo dos processos ser funda-
8
mentado em registos em papel, arquivados nas instalações de tratamento e em planos de ope-
ração suportados por instruções, procedimentos e fichas diversas – documentos normativos –,
relacionados a cada uma das infraestruturas. A certificação de cada empresa nas normas da
qualidade, ambiente e segurança, efetuada anteriormente à fusão das empresas, justificou a
produção de elementos de suporte auditáveis e capazes de demonstrar a execução das normas
aplicáveis [1].
No período posterior à fusão, foi feita uma procura de soluções no mercado para suprir a
necessidade de criação de processos uniformes, tendo como linhas orientadoras [1]:
– Garantir um suporte informático à totalidade de processos operacionais, efetuando o
interface com os intervenientes na operação das infraestruturas, em tempo real;
– Conceber uma plataforma comum e única para todos os utilizadores, implementando
o fluxo de trabalho – workflow – associado à operação e ao seu acompanhamento em tempo
real;
– Criar uma base de dados única que garanta a consistência, a disponibilidade e o trata-
mento da totalidade de dados operacionais;
– Tornar acessível ferramentas de reporte e quadros indicadores.
Nesse sentido a empresa Águas do Noroeste implementou a plataforma informática
NAVIATM, a qual se mostrou a melhor solução para o suprimento das necessidades colocadas. O
suporte que a implementação desta ferramenta proporcionou ao nível de gestão operacional e
controlo de qualidade do sistema é evidente na forma como controla o fluxo de trabalho, no que
concerne ao planeamento, registo e gestão e análise de informação [1].
O processo de implementação da solução adotada pela empresa Águas do Noroeste, SA,
foi planeado preliminarmente para uma implementação gradual em todo o sistema. Este plane-
amento dividiu-se em três fases de execução [1], sendo que:
– A primeira fase foi elaborada com o objetivo de executar testes de implementação em
duas instalações, uma Estação de Tratamento de Água (ETA) e uma Estação de Tratamento de
Águas Residuais (ETAR);
9
– A segunda fase foi elaborada com o objetivo de implementar a ferramenta NAVIATM a
todos os centros operacionais de tratamento de água e de saneamento, tendo em atenção a uni-
formização dos diferentes modos de operação herdados das empresas anteriores ao processo de
fusão;
– A terceira fase foi elaborada com o objetivo de integrar os diferentes softwares utiliza-
dos pela empresa no NAVIATM.
Após a delineação do projeto: foi criado um cronograma de execução, ajustado às
equipas no terreno; foram definidas as infraestruturas para os projetos-piloto; foi criada uma
equipa interna promotora do projeto, responsável pela integração da plataforma em diferentes
infraestruturas, processos de tratamento instalados, realidades e equipas presentes no terreno.
A implementação decorreu de forma célere, foram definidos domínios, parâmetros,
alarmes e operações e desenvolvidos vários módulos – Caudais, Placard, Reagentes, Ocorrên-
cias, Notificações e Alarmes – num curto espaço de tempo (dois meses), o que fez adiantar o
cronograma de execução e alargar o número de instalações piloto. O sucesso deveu-se à
natureza muito amigável da plataforma NAVIATM e à colaboração muito próxima dos técnicos da
empresa MdeMáquina com a equipa de projeto da empresa Águas do Noroeste, SA [1].
A empresa encontra-se atualmente na parte final da segunda fase de implementação, na
qual está contextualizado este trabalho, e também já deu início à integração da plataforma
NAVIATM com outros sistemas de informação, nomeadamente a telegestão.
2.1.2 Origem e Desenvolvimento
A plataforma informática NAVIATM foi criada em 2002 pela empresa MdeMáquina,
localizada em Matosinhos. Esta ferramenta teve origem no levantamento de necessidades e na
constatação da inexistência de uma plataforma de gestão operacional ao nível de infraestruturas
de captação, tratamento e distribuição de água para consumo, tal como para infraestruturas de
tratamento de águas residuais.
Os fatores motivadores para o desenvolvimento desta ferramenta prendem-se com a
complexidade e expressividade das infraestruturas, mas também com a elevada responsabili-
dade que lhes é atribuída. Destes fatores, salienta-se [1]:
10
– Grande dispersão de equipamentos e instalações;
– Operação dos sistemas (24h)/(24h);
– Muito pessoal envolvido e disperso pelas instalações;
– Custos elevados de energia, reagentes e pessoal;
– Muitos dados e muita informação provenientes de diversas fontes;
– Atividade fortemente tutelada, o que obriga a uma permanente produção de relatórios
e disponibilização de indicadores;
– Grande exposição pública e grande pressão ambiental.
As dificuldades explanadas são o motivo para a uniformização, agregação e especializa-
ção de uma ferramenta que tenha como objetivo a racionalização de recursos e melhoria do ser-
viço prestado, ou seja, a otimização da gestão operacional [1].
Nas empresas de sistemas públicos existe normalmente uma hierarquia de três níveis:
operadores, gestão operacional e administração. Cada um destes níveis é dependente dos ou-
tros e apresenta uma perspetiva única sobre os eventos no terreno, e as suas próprias
dificuldades relativas à operação do sistema. Entre as várias reclamações no campo, distin-
guem-se: a falta de informação atempada e completa; o tempo despendido a preencher
relatórios, registos e formulários; a falta de tempo devido ao solucionamento de imprevistos e
urgências; a desinformação que provoca situações que poderiam ser impedidas caso a informa-
ção fosse fornecida ou previamente conhecida [1].
A solução para todas as dificuldades operatórias do sistema é encontrada no NAVIATM de-
vido ao que esta ferramenta acrescenta a cada nível hierárquico do sistema de gestão opera-
cional. Os ganhos ou vantagens do emprego da plataforma NAVIATM, relativamente aos diferentes
níveis, administrativo, gestão operacional e operador, estão representados na figura 2, [1].
A importância da água como recurso fundamental à vida e a crescente preocupação da
opinião pública por um recurso que durante muito tempo foi considerado um recurso ines-
gotável, o que deu azo ao seu desrespeito, são fatores que estão inevitavelmente ligados a esta
atividade. Na atualidade o crescente consumo deste recurso está a ser motivo para uma moni-
torização social cada vez mais apertada o que coloca pressão sobre empresas com atividades
relacionadas com a água. Esta pressão é composta por várias partes interessadas, de domínio
11
público, institucional e privado, das quais são exemplos: a opinião pública, entidades reguladoras
e entidades oficiais – autarquias e estado [1].
Figura 2 – Ganhos e vantagens NAVIATM na perspetiva da hierarquia de uma equipa.
Fonte: Barroca, Costa & Tavares
A pressão imposta pela monitorização social é exercida nas empresas a todos os níveis,
atingindo, como no caso das empresas que operam sistemas de água ou efluentes, desde os
operadores até à administração [1].
A ferramenta NAVIATM foi desde a sua origem, desenvolvida tendo em consideração a
“pressão social” mencionada. Os mecanismos que integra são essenciais a uma gestão
operacional pró-ativa. Esses mecanismos são: o suporte de todos os processos em tempo real, a
responsabilização individual, o armazenamento de toda a informação num único repositório, a
disponibilização em tempo real de toda a informação contida no repositório, e a automatização
de todos os relatórios e indicadores exigidos por quem regula [1].
Surge assim um “novo paradigma” de gestão, capaz de aumentar a eficiência com os
mesmos recursos disponíveis, com menos carga de trabalho e que minimiza ocorrências e
imprevistos com impacto social negativo [1].
12
2.1.3 A plataforma informática NAVIATM
O NAVIATM é uma aplicação informática capaz de gerir todos os processos referentes à
gestão operacional de sistemas de tratamento de água e efluentes, e que abrange na totalidade
a empresa e o ciclo hidrológico. A aplicação é direcionada para o trabalho colaborativo, na qual
todos os membros das equipas constituintes são responsabilizados dentro dos limites das suas
permissões [5].
Um fator que dota esta ferramenta de grande flexibilidade e autonomia, relativa à
empresa que a desenvolveu – MdeMáquina –, é a configuração e a parametrização serem
efetuadas pelos técnicos da empresa na qual está a ser implementada. Deste modo, a
ferramenta não é alvo de sucessivas operações de manutenção externas e os modelos de
funcionamento criados são adaptados à realidade da empresa [5].
A ferramenta NAVIATM suporta os processos de gestão operacional que se seguem [5]:
– Gestão, definição e planeamento de trabalho:
Agenda – geração automática do plano de trabalho para turnos e
equipas;
Rondas – planeamento, registo e análise;
Tarefas/Registos – planeamento, registo e análise.
– Gestão de Reagentes: receção, consumo, stocks, qualidade.
– Placard/E-mail: solução de comunicação interna.
– Ocorrências/Incidentes: registo, tratamento e análise.
– Gestão de Resíduos: controlo do processamento de lamas e gradados.
– Alarmes/Notificações: sistema automático de alertas.
– Controlo Analítico: planeamento e execução.
– Caudais para Faturação: aquisição, controlo e emissão de relatórios de faturação.
– Relatórios e Indicadores: consulta, edição e análise de dados.
– Integração com outras aplicações informáticas: telegestão, manutenção e gestão de
ativos, gestão administrativa e financeira, laboratório.
13
O uso de apenas uma ferramenta informática pela empresa acarreta uma perspetiva
global à gestão e consequentemente ao seu enriquecimento pelas seguintes vantagens [5]:
Integração: uma aplicação informática para todos os dados, desenvolvida para integrar
softwares específicos – telegestão, manutenção e laboratório.
Tempo real: a gestão é efetuada em tempo real, passando de uma abordagem corretiva
para uma abordagem preditiva.
Proatividade: automatização de alertas e notificações para alertar situações ou desvios
perigosos.
Desmaterialização: elimina o uso de registos em papel, tornando os registos disponíveis
para consulta em tempo real e a gerar alarmes se for caso disso.
Mobilidade: tratando-se de uma aplicação WEB que está instalada num servidor e opera
numa rede intranet, a aplicação é acessível de vários pontos de acesso (computadores,
PDAs, etc.). Esta característica da ferramenta dota, desde os operadores aos gestores da
empresa, de uma grande autonomia de movimento, e impõe mecanismos de controlo
de trabalho.
Apoio à decisão: apresenta ferramentas de consulta e reporte que fornecem os dados
necessários para a análise de resultados e a possibilidade de implementar melhorias ao
processo. Todos os dados estão disponíveis, com a opção de se observar cruzamento de
dados de qualquer uma das variáveis, de diferentes pontos de vista.
Completo: o suporte da aplicação abrange todos os processos de gestão operacional da
empresa.
Flexível: a facilidade de configuração da aplicação proporciona ao NAVIATM uma
adaptabilidade a qualquer sistema pois quem configura o sistema são os técnicos que
acompanham os processos, fornecendo a organização e gestão mais adequada a cada
sistema.
Amigável: adapta o ambiente de trabalho às necessidades, interesses e capacidades dos
utilizadores.
Robusto e Seguro: desde 2005 que inúmeros processos de gestão operacional e cente-
nas de utilizadores estão (24h)/(24h) dependentes do sistema, com uma disponibilidade
de 100 %.
14
Figura 3 – Processos operacionais que o sistema NAVIATM suporta.
Fonte: Tavares, Costa & Barrocas
2.1.4 Implementação da ferramenta NAVIATM
Ao caráter unificador de gestão operacional, esta ferramenta acrescenta também a
gestão de equipas e de trabalho. Sendo o controlo do parâmetro trabalho um processo
preponderante, é implementado um fluxo de trabalho – workflow – adequado à realidade das
equipas da empresa. Este workflow permite controlar a totalidade dos processos operacionais,
responsabilizando quem planeou, executou e avaliou cada passo do processo [5].
No planeamento a plataforma NAVIATM apresenta ferramentas referentes ao planeamento
de processos (tarefas, rondas e registos), aos recursos humanos (atribuição de tarefas) e a
outros recursos (energia, reagentes e equipamentos) [5].
O registo pode ser efetuado de diversas origens e ter diferentes procedimentos. Assim os
registos podem ser: dos operadores, automáticos, de gestão, originários de outras aplicações
informáticas, de laboratórios, e de trabalhadores de empresas subcontratadas [5].
No que toca às ferramentas de informação, a plataforma oferece as seguintes [5]:
– Agenda: gera automaticamente tarefas e atividades nos turnos.
15
Figura 4 – Workflow do dia-a-dia da operação.
Fonte: Tavares, Costa & Barrocas
– Placard: a comunicação entre a equipa é efetuada de forma controlada, referindo
quem comunicou e quando, e também detalhando quem tomou conhecimento.
– E-mail interno;
– Alarmes: são gerados em tempo real, e são relativos a ocorrências e a valores limite e
críticos de variáveis.
– Notificações: uma forma de comunicação dirigida de ocorrências ou irregularidades
que requerem intervenção ou tomada de conhecimento do gestor ou administrador.
– Gestão de acessos e permissões;
– Controlo de acessos e trabalho realizado.
Para uma gestão eficaz e alvo de melhorias contínuas, a plataforma apresenta diferentes
tipos de relatórios e consultas para análise e avaliação: controlo pessoal e do processo,
consumos, alarmes, quantidades, ocorrências, etc.
Após a abordagem geral à plataforma NAVIATM, fica vincado o término do uso de
documentação em papel no registo de processos de gestão operacional, ou seja, a informação
passa a estar disponível em tempo real para consulta, o que vem acrescentar ganhos na
funcionalidade de todo o sistema de informação [5].
16
2.2 Descoloração de efluente têxtil
No ramo da indústria têxtil a tinturaria de tecidos é uma arte milenar que se apresenta
na atualidade com uma enorme disponibilidade comercial. As novas tecnologias do tingimento
envolvem processos que são dependentes da natureza da fibra têxtil, das características
estruturais, da classificação e disponibilidade do corante a aplicar, das propriedades de fixação
para que sejam concordantes com o último destino do material a ser tingido, dos aspetos
económicos a considerar, entre outros fatores [3].
O processo de tingimento envolve três etapas: montagem, fixação, e tratamento final. Na
montagem e fixação, o corante é fixado à fibra através de variadas reações químicas. A insolu-
bilização do corante ou de derivados gerados ocorre nas referidas etapas do processo. No
tratamento final existe uma etapa na qual é efetuada a lavagem em banhos correntes para a
remoção do excesso de corante, tanto o original como o hidrolisado, que não foi fixado às fibras
no decorrer do processo [3].
O processo de tingimento é essencial ao sucesso comercial dos produtos têxteis. Os
elevados padrões dos consumidores levam à exigência de certas características base dos
produtos, e.g., padrão e beleza da cor, elevado grau de fixação, no que concerne ao uso
prolongado, em relação à luz, às lavagens e à transpiração. Essas propriedades são garantidas
pela alta afinidade, uniformidade da coloração, resistência aos fatores responsáveis pelo
desbotamento e à viabilidade económica, que nada mais são do que características das
substâncias que conferem coloração à fibra [3].
O facto de que cada tipo de fibra requer corantes com características próprias e bem
definidas traduz-se na grande diversidade de corantes na atualidade. As fibras podem ser
divididas em dois grupos: as fibras naturais e as fibras sintéticas. As fibras naturais são
baseadas em celulose e proteínas e encontram-se presentes na lã, algodão, seda e linho. As
fibras sintéticas são comercializadas como xantato de celulose, acetato de celulose, poliamida,
poliéster e acrílico [3].
A fixação da molécula de corante às fibras é efetuada, normalmente, em solução aquosa
e pode envolver quatro tipos de interações [3]: iónica, de hidrogénio, de van der Waals e
covalente.
17
As interações iónicas são evidentes nos tingimentos que envolvem interações mútuas
entre a parte positiva dos grupos amina e carboxilato presentes nas fibras e a carga da molécula
do corante, e vice-versa [3]. Sã exemplos o tingimento da lã, seda e poliamida.
As interações de van der Waals são baseadas na interação originada pela aproximação
entre orbitais π da molécula do corante e a molécula da fibra, proporcionando o firme
“ancoramento” da molécula do corante sobre a fibra por um processo de afinidade. A atração é
particularmente efetiva quando a molécula de corante é estruturalmente linear, longa e/ou
achatada, o que proporciona a aproximação máxima da molécula de corante à molécula da fibra
[3]. São exemplos deste tipo de interação a tintura de lã e poliéster através de corantes com alta
afinidade por celulose.
As interações de hidrogénio constam em tinturas com origem em ligações entre átomos
de hidrogénio constituintes da molécula de corante e pares de eletrões desemparelhados de
átomos doadores em centros presentes na molécula da fibra [3]. São exemplos a tintura de lã,
seda e fibras sintéticas.
As interações covalentes provêm da formação de uma ligação covalente entre o grupo
eletrófilo da molécula do corante e o grupo nucleófilo da molécula da fibra [3]. É exemplo a
tintura de fibras de algodão.
Os corantes são classificados conforme a sua estrutura química ou o método pelo qual
são fixados à fibra. Na abordagem seguinte aos corantes a sua classificação é feita de acordo
com o seu modo de fixação [4]:
– Corantes Ácidos: são caracterizados por ser substantivos em relação às fibras
proteicas como a lã, a seda, as fibras poliamidas (e.g., nylon 6 e nylon 6.6), ou a fibras que
contenham grupos básicos. Os corantes ácidos são normalmente aplicados em banho ácido ou
neutro. Estes corantes contêm grupos acídicos, normalmente grupos sulfonados, tanto como
grupos –SO3Na ou –SO3H, porém grupos carboxílicos podem por vezes estar incorporados. A lã,
seda e as fibras poliamidas contêm grupos amina (–NH2) que num banho ácido são protonados
para produzir “sítios” básicos para o corante. O anião do corante ácido é, deste modo,
substantivo em relação à fibra e é adsorvido, formando uma ligação iónica no local da fibra a
tingir. Esta classe de corantes apresenta estruturas químicas com base em compostos, e.g., azo,
antraquinona, triarilmetano, que oferecem ampla faixa de coloração e grau de fixação.
18
– Corantes Mordentes: os corantes de crómio são o único tipo de corante mordente
com algum significado comercial. São usados na tinturaria exaustiva para tingir lã ou,
ocasionalmente, fibras de poliamida, a cores vulgares com elevada resistência de coloração a
tratamentos húmidos e de luz. Os procedimentos de redução de corante de crómio podem
promover a exaustão do crómio para as fibras, diminuindo o risco de poluição ambiental do
efluente da tinturaria.
– Corantes Básicos: trata-se de corantes catiónicos que são caracterizados por serem
substantivos para o acrílico standard, modacrylic, poliéster básico capaz de ser corado e fibras
de nylon básicas capazes de ser coradas. Os corantes básicos podem ser aplicados a fibras
proteicas e outras fibras, e.g., acetato de celulose secundário, mas a resistência à luz dos
corantes básicos nas fibras hidrofílicas é fraca. A maior saída para este tipo de corantes são as
fibras de acrílico e modacrylic, nas quais os corantes básicos podem transmitir cores vivas com
considerável brilho e fluorescência. São amplamente utilizados retardantes catiónicos nas fibras
acrílicas e modacrylic para promover o nível de tingimento e os corantes básicos devem ser
escolhidos mediante o valor de compatibilidade semelhante ao do retardante. A absorção de
corante básico é limitada ao número de locais de corantes ácidos na fibra, porém
aproximadamente 95% de todas as cores nas fibras acrílicas são tingidas por corantes básicos.
– Corantes Azoicos: são formados dentro da fibra, habitualmente fibras celulósicas,
geralmente por adsorção de um composto aromático que contem um grupo hidroxilo, como o
naftol ou o naftolato (componente azoico de acoplamento) seguido do acoplamento com um
composto aromático diazo estabilizado (apelidado também de base rápida ou sal) para formar
um composto azo colorido insolúvel. A cor final é obtida depois de “soaping off” para remover
qualquer rasto de corante azoico na superfície da fibra que pode proporcionar resistência à cor
inferior ao lavar e friccionar. Apesar de serem económicos para a produção de vermelho e preto,
o alcance de cores é agora limitado devido à remoção de alguns compostos diazo que são
baseados em aminas aromáticas com natureza cancerígena. Este método de síntese de corante
permite um tingimento de fibras celulósicas com alto nível de fixação e grande resistência contra
a luz e humidade.
– Corantes Diretos: trata-se da primeira classe de corantes sintéticos a tingir algodão
diretamente sem o uso de mordente. Os corantes diretos são corantes diazos, triazos, ou
poliazos sulfonados e são corantes aniónicos, os quais são substantivos de fibras celulósicas
19
quando aplicados a partir de um banho aquoso contendo eletrólitos. Corantes diretos baseados
em estruturas de estilbeno, de azos com complexos de cobre, oxazina, tiazole, e ftalocianina
também são utilizados. Um eletrólito na forma de sulfato de sódio é habitualmente adicionado ao
banho de corante para se alcançar a carga negativa da superfície das fibras celulósicas, o que
em caso contrário iria repelir a aproximação dos aniões do corante direto. Os catiões de sódio do
eletrólito neutralizam a carga negativa da superfície das fibras, o que permite aos aniões do
corante a serem adsorvidos e retidos dentro da fibra. Atrações coulômbicas, ligações de
hidrogénio e forças não polares de van der Waals podem operar dependendo do corante direto
especificado e a estrutura da fibra. Este tipo de corantes são normalmente moléculas lineares e
planas permitindo vários pontos de anexação às moléculas de celulose em cadeia, mas as forças
de atração entre corante e fibra são relativamente fracas quando o corante é imerso em água
(fraca resistência a lavagens). A resistência é melhorada a partir de tratamentos posteriores ao
tingimento. Os novos tratamentos fazem uso de fixadores catiónicos que podem simplesmente
complexar com os corantes aniónicos, e/ou formar um complexo metálico, e/ou reagir com
grupos hidroxilos das fibras celulósicas para formar ligações covalentes fortes. Após o tratamento
pode ocorrer melhoramento na resistência da cor às lavagens, acompanhado de uma diminuição
da resistência da cor à luz. Este grupo de corantes apresenta um alto grau de exaustão durante
o processo, o que se traduz numa menor quantidade de corante nas águas de rejeito.
– Corantes Reativos: por vezes denominados corantes fibra-reativos, são uma classe
importante de corantes no tingimento de fibras celulósicas e são também usados no tingimento
de fibras proteicas como a lã e seda. Apesar de relativamente dispendiosos, fornecem uma
ampla gama de cores vivas com boa resistência da cor à lavagem. Isto deve-se aquando da
fixação do corante, usualmente conduzida sob condições alcalinas, são formadas ligações
covalentes fortes entre o corante e a fibra. Os corantes reativos podem reagir por substituição ou
por adição. Os corantes reativos hidrolisam em contacto com a água e meios alcalinos, e
durante o processo de tingimento algum corante reativo hidrolisado é adsorvido pelas fibras
porque se comporta como um corante direto substantivo, mas com menor resistência da cor à
lavagem do que o corante reativo que está covalentemente ligado. De forma que após a fase de
tingimento deve sempre haver uma extensa lavagem para retirar o corante reativo hidrolisado.
Este tipo de corantes são sulfonados, apresentam uma alta solubilidade em água, e são
esgotados na fibra utilizando eletrólitos e fixados ao utilizar um alcalino adequado. A alta
solubilidade cria grandes problemas ambientais nas estações de tratamento de águas residuais
20
devido a que apenas 0 % a 30 % do corante reativo hidrolisado é removido no processo de
tratamento. Corantes reativos com poucos sais têm também sido introduzidos de forma a reduzir
os custos associados ao tingimento e para evitar a corrosão do betão nas redes de condutas de
águas residuais, causadas pelas altas concentrações de aniões sulfato.
– Corantes de Enxofre: são corantes quimicamente complexos e são preparados
aquecendo várias diaminas aromáticas, nitrofenóis, etc., com enxofre ou sulfito de sódio. Os
corantes de enxofre são produzidos na forma de pigmentos sem se apresentarem substantivos à
celulose. O tratamento com um agente redutor num banho de corante em meio alcalino converte
o corante de enxofre na forma reduzida alcalino solúvel com substantividade para fibras
celulósicas. Ao ser absorvido dentro da fibra, o corante é depois oxidado, habitualmente com
peróxido de hidrogénio, voltando à forma de pigmento insolúvel. Os corantes de enxofre têm
baixo custo quando comparados a outros corantes, mas o seu efluente do tingimento necessita
de tratamento especializado antes de ser conduzido a uma estação de tratamento de águas
residuais convencional.
– Corantes à Cuba: corantes insolúveis em água, mas que contêm duas ou mais
cetonas separadas por um sistema conjugado de ligações duplas que são convertidas em
compostos alcalino-solúveis enolato leuco por redução alcalina, um processo chamado de
vatting. A aplicação do corante envolve três fases ou estágios, nomeadamente, redução alcalina
e dissolução do corante à cuba (através de hidróxido de sódio e ditionato de sódio), absorção do
composto leuco substantivo à fibra, com a ajuda do eletrólito (e.g., sulfato de sódio e
humedecimento, agentes dispersantes e agentes de nivelamento), seguida pela regeneração do
corante à cuba dentro da fibra através da oxidação em ar ou peróxido de hidrogénio. A fibra
tingida é depois rigorosamente lavada, com sabão ou detergente, a alta temperatura para
remover qualquer corante à superfície e para completar qualquer agregação de corante dentro
das fibras, para a obtenção da cor final. Corantes à cuba são baseados em estruturas
indantrona, flavantrona, pirantrona, dibenzantrona, acilaminoantraquinona, azoantraquininona
carbazol, indigoide e tioindiogoide. Este tipo de corante é relativamente dispendioso apesar de
oferecer uma grande resistência na cor à luz e às lavagens em fibras celulósicas. Na forma não
reduzida alguns corantes à cuba comportam-se como corantes dispersivos e podem, por esse
motivo, ser aplicados a poliésteres e misturas de poliésteres/celulose para atingir profundidades
de cor pálidas. Os problemas ecológicos, derivados da utilização de ditionito de sódio,
inflacionam o seu custo.
21
– Corantes Dispersivos: são corantes substancialmente insolúveis em água que
apresentam substantivo para um ou mais fibras hidrofóbicas (e.g. acetato de celulose). As
maiores classes químicas usadas são aminoazobenzeno, antraquinona, nitrodifenilamina, estiril
(metino), quinoftalona e corantes baseados em benzodifuranona. Os corantes dispersivos são
essencialmente corantes não iónicos que são atraídos a fibras hidrofóbicas como o poliéster,
triacetato de celulose, acetato de celulose secundário e nylon, através de forças atrativas não
polares. Os corantes dispersivos são moídos juntamente com um agente dispersivo, que é vital
devido ao seu auxílio no processo de diminuir o tamanho da partícula de corante e permitir o
corante a ser preparado na forma de pó e líquido. Para além disso, os agentes dispersivos
facilitam a reversibilidade de pó para dispersão durante a preparação do banho de tingimento e
mantêm as partículas em dispersões finas durante o tingimento. A solubilidade do corante
durante o banho de tingimento pode ser aumentada utilizando agentes de nivelamento e
transportadores.
A grande diversidade de corantes e processos de tingimento à disposição das indústrias
têxteis dificulta os métodos de remoção de cor dos respetivos efluentes. Isto deve-se à
dificuldade que um método apresenta para responder satisfatoriamente às exigências de cada
situação, pois cada efluente demonstra características diferentes relativamente ao processo de
tingimento, aos reagentes envolvidos e ao procedimento em si. Os métodos a utilizar no âmbito
deste trabalho devem ter em conta os custos de investimento e operação, local de
implementação e a capacidade do tratamento em proporcionar um efluente com consistência na
qualidade. De seguida serão sucintamente apresentados alguns métodos utilizados no
tratamento da coloração de um efluente da indústria têxtil [2]:
– Oxidação biológica: o processo de tratamento por lamas ativadas convencional é o
mais utilizado no tratamento de efluentes têxteis. A eficiência na remoção de sólidos suspensos
e da carência química de oxigénio não é acompanhada pela remoção da cor do efluente. Existe
alguma remoção de cor através da floculação e biossorção, apesar de não serem atingidas as
metas de eficiência requeridas ao nível da remoção de cor do efluente.
– Oxidação química: trata-se de um processo oxidativo com o objetivo de quebrar
ligações da molécula do corante e destruir o cromóforo, tornando a molécula biodegradável. Os
melhores resultados de descoloração utilizados atualmente são o ozono e o peróxido de
hidrogénio. O peróxido de hidrogénio necessita de ser ativado por radiação UV ou por reagentes
22
de Fenton, onde ocorre a formação de radicais hidroxilo, e o ozono necessita de precauções de
segurança relativamente ao seu manuseamento devido à toxicidade e risco de explosão. Este
processo pode dar origem a subprodutos mais tóxicos que o corante na sua forma original. No
entanto sublinha-se a rapidez de reação e a redução da carência química de oxigénio.
– Coagulação/floculação química: reagentes químicos que provocam a formação de
precipitados, nos quais durante a formação ou durante a deposição arrastam elementos
indesejáveis, sedimentando-os. A remoção destes elementos pode ser efetuada através de
flotação, sedimentação ou por outros processos físicos. Demonstra-se eficiente relativamente a
corantes dispersivos e sulfurosos, apresentando como desvantagens a grande produção de
lamas, a contínua adição de produtos químicos, elevados custos de operação, e, como vanta-
gens, a rapidez de remoção da cor e a redução da carência química de oxigénio (CQO). A regula-
ção de coagulante é flexível e relativa ao efluente a tratar.
– Adsorção: é o uso de adsorventes, com elevada área específica, para a remoção de
compostos presentes numa corrente líquida. É essencialmente um tratamento de afinação que
demonstra eficiência na remoção da cor. Neste tipo de tratamento, são utilizados resíduos com
capacidades de adsorção elevadas para corantes – adsorventes. Os absorventes de baixo custo
que apresentam melhores qualidades de remoção da cor de efluentes têxteis são:
O carvão ativado, granulado ou em pó, apresenta boas eficiências na remoção
da cor de efluentes constituídos por corantes: reativos, básicos, azoicos e metalizados 1:2. O
carvão ativado granulado é utilizado em colunas de adsorção e origina um efluente final de boa
qualidade, enquanto o carvão ativado em pó é utilizado principalmente no processo de lamas
ativadas e adiciona vantagens ao processo: aumenta a eficiência de remoção da carência
bioquímica de oxigénio (CBO), de carbono orgânico total (COT) e de CQO; adsorção de
compostos orgânicos refratários; proteção de sistema biológico de compostos tóxicos;
melhoramento da sedimentação; maior flexibilidade de tratamento do efluente; baixo custo de
investimento conjugado com aumento da capacidade efetiva do projeto; remoção de cor. A
regeneração do carvão ativado em pó é mais difícil do que a regeneração do carvão ativado
granulado (GAC), sendo que a regeneração é efetuada por regeneração térmica. A deposição do
carvão ativado requer proteção adequada no seu destino final (aterro) para que não haja possibi-
lidade que os compostos adsorvidos possam ser dessorvidos ou lixiviados.
23
Os bioadsorventes são polímeros naturais, biodegradáveis, que apresentam
estruturas passíveis de adsorver espécies ou atuar como permutadores de iões. Existe grande
disponibilidade de materiais que se enquadram nesta categoria, e que apresentam baixo custo.
Entre os vários bioadsorventes de baixo custo, com boas capacidades de adsorção, seguem-se
alguns exemplos: serrim, carvão vegetal, canas de milho, cascas de arroz, turfa e lenha. O
carvão vegetal é denotado como um bom substituinte ao carvão ativado granulado.
No âmbito deste trabalho, procedeu-se a uma abordagem teórica geral às tecnologias de
baixo custo existentes para a remoção de cor do efluente de indústria têxtil. No entanto, devido à
falta de informação sobre as características do efluente a tratar, especificamente, ao tipo de
corantes utilizados pela tinturaria têxtil, não se tornou possível um maior desenvolvimento deste
estudo.
24
3. Metodologia
3.1 Fundamentação
Toda a implementação é baseada na documentação existente na empresa, essencial-
mente nos registos escritos, no plano de controlo da qualidade água residual e do processo dos
subsistemas de saneamento do COP Cávado, e na recolha de informações no terreno.
O plano de controlo da qualidade da água residual e do processo (PCQARP) é constituído
pelo plano de controlo da qualidade da água residual (PCQAR), onde se encontram definidos os
parâmetros legais obrigatórios para o cumprimento das licenças de descarga, e pelo plano de
controlo da qualidade do Processo, onde se encontram definidos os parâmetros de controlo do
processo de recolha, tratamento e rejeição de água residual tratada no meio hídrico. Este
documento foi elaborado para auxiliar o cumprimento da legislação em vigor, a qual é enqua-
drada a nível geral no Decreto-Lei n.o 152/97, de 19 de Junho, que se aplica à “recolha, trata-
mento e descarga de águas residuais urbanas no meio aquático” (Decreto-Lei n.o 152/97, Artigo
1.o). Ainda, segundo o referido artigo, a sua aplicação não coloca em causa o cumpri-mento das
normas de qualidade das águas regulamentadas no Decreto-Lei n.o 74/90 de 7 de Março. Entre-
tanto este último foi revogado pelo Decreto-Lei n.o 236/98, de 1 de Agosto, o qual estabelece
”normas, critérios e objetivos de qualidade com a finalidade de proteger o meio aquático e me-
lhorar a qualidade das águas em função dos seus principais usos” (Decreto-Lei n.o 236/98,
Artigo 1.o), designadamente, os valores máximos admissíveis para asseverar o cum-primento dos
“objetivos ambientais de qualidade mínima para as águas superficiais” (Decreto-Lei n.o 236/98,
ANEXO XXI), isto é, valores de referência para descarga de águas residuais no meio hídrico.
3.2 Implementação2
A ferramenta NAVIATM v1.10.3.13 apresenta dois tipos de interfaces ou painéis para os
utilizadores: o painel de gestor e o painel do operador. O processo de implementação da plata-
forma informática NAVIATM v1.10.3.13 é efetuado através do painel do gestor (figura 5), o qual é
2 As figuras que serão apresentadas ao longo desta secção foram extraídas da ferramenta Navia TM.
25
responsável pela parametrização e planeamento de tarefas, e posterior análise e avaliação dos
dados e alarmes registados nas tarefas executadas.
Figura 5 – Painel do Gestor.
O painel do gestor é idêntico ao do administrador, apenas sofrendo pequenas limitações
relativas: ao acesso aos subsistemas dos centros operacionais, que é limitado ao centro
operacional do qual o gestor é responsável; às opções da árvore de localizações; e à gestão de
equipas e respetivas permissões. As mencionadas limitações do gestor no sistema estão
disponíveis ao administrador. Os menus BASE, TAREFAS, MÓDULO, RELATÓRIOS, GESTOR,
AJUDA, e os separadores Notificações, Tarefas e Alarmes, constituem a interface principal do
painel do gestor.
No Menu BASE são disponibilizadas as entradas domínio, parâmetros, alarmes tipo,
localizações, módulos, relatórios, modificar utilizador, e parametrização. Das entradas referidas,
destaca-se a entrada localizações, onde se definem todos os pontos de aquisição de variáveis,
hierarquizados de forma a traduzir a organização da empresa – árvore de localizações.
No menu TAREFAS, as entradas disponíveis são a parametrização, planeamento,
consulta, legendas e motivos. Destas destacam-se, no âmbito de parametrização de tarefas, a
parametrização e planeamento. A parametrização pretende traduzir as folhas de registos de
26
dados e define o tipo de registo a utilizar no terreno. O planeamento da tarefa define a
periodicidade do registo de dados.
O menu RELATÓRIOS apresenta as entradas consultas e relatórios. Põe-se em relevo as
consultas de dados registados e do histórico de alarmes, que são efetuadas a partir da entrada
consultas.
No menu GESTOR é o ponto de acesso do painel de gestor para o painel do operador.
No menu AJUDA é apresentado o manual NAVIATM, onde se encontra todo o processo de
implementação da ferramenta.
Os separadores apresentam funções específicas: – no separador Notificações podem ser
gerados avisos automáticos de acordo com o tipo de notificação, ou seja, no caso das
notificações automáticas estarem configuradas para o efeito, o operador ao registar uma
anomalia, essa irá surgir no separador Notificações; – o separador Tarefas detalha uma lista das
últimas tarefas planeadas, referindo a sua descrição e o respetivo módulo; – o separador
Alarmes apresenta os alarmes ativos e os últimos valores registados, responsáveis pela sua
origem.
3.2.1 Árvore de localizações
Na figura 6 é apresentado um exemplo de árvore de localizações onde se observa a
estrutura geral e os pontos de acesso às configurações da árvore e à criação de variáveis. Na
árvore de localizações, cada localização é constituída por nós agregadores, nós, unidades
agregadoras e unidades standard. com as seguintes especificações:
– Nó agregador representa uma entidade global que agrupa várias entidades específicas.
Este tipo de nó apresenta uma cor verde e é representativo do abastecimento ou saneamento.
– Nó representa uma das entidades agrupadas no nó agregador, como grandes e peque-
nas instalações. As grandes instalações são mais abrangentes e retratam instalações que se
dedicam a todo o processo de tratamento de água, desde a entrada à saída. As pequenas
instalações são mais específicas e apenas abrangem determinados processos da atividade.
27
Figura 6 – Exemplo teórico de árvore de localizações.
– Unidade agregadora, é a entidade que especifica uma das etapas do processo de
tratamento (por exemplo: Fase do tratamento, como o Tratamento Secundário), e que pode
agrupar várias unidades agregadoras e/ou standard.
28
– Unidade Standard é a entidade mais específica nesta hierarquia do NAVIATM e está
associada a pontos de leitura nos quais são definidas variáveis, operações, equipamentos e
depósitos. Nos equipamentos existe a possibilidade de definir variáveis e operações. As
operações não foram utilizadas durante o processo de implementação de forma a simplificar o
processo, pois as variáveis apresentavam todos os parâmetros e domínios constituintes das
operações.
Ao nível de edição da árvore de localizações as funções presentes, clicando em [Op], nos
nós e nas unidades são as de Editar, Ordenar, Mover e Apagar, sendo que a opção de Apagar é
dependente das permissões do utilizador que constam no sistema. Neste sistema apenas o
Administrador tem acesso a todas as funções, sendo que os gestores apenas têm acesso à
função Apagar nas variáveis e equipamentos, presentes em unidades standard. Existe também a
função Copiar presente nas variáveis e equipamentos, à qual tanto o gestor como o
Administrador têm acesso.
3.2.2 Variáveis
A diversidade de variáveis à disposição na plataforma NAVIATM é uma das vantagens
desta ferramenta. As variáveis são entidades que definem os valores a registar na plataforma,
sendo que cada variável pertence apenas a uma unidade e corresponde à associação de um
parâmetro a uma unidade. Das variáveis disponíveis pode-se encontrar os seguintes tipos: global,
calculada, totalizadora, mensal e constante. Na ferramenta, o tipo de variável é escolhido na
árvore de localizações, especificamente na unidade standard da instalação e na entrada
Variáveis, ao clicar [Criar Variável].
A variável global é geralmente mais utilizada, e trata-se de uma variável que define os
valores a registar diretamente pelos operadores e gestores. Na criação de uma variável global
surgem duas interfaces (figura 7 e 8), na qual a variável se vai definir.
29
Figura 7 – Interface da configuração de uma variável global (Passo 1).
Os campos a preencher que constam na segunda interface (figura 8) são:
– O domínio, que pode ser nominal – “em bom funcionamento/em funcionamento
deficiente/avariado”, “aberto/fechado” – e numérico – pH, potencial redox, temperatura, etc. –,
sendo que todos os domínios nominais e um percentual (0 %/25 %/50 %/75 %/100 %) haviam
sido criados pela equipa do processo de implementação do NAVIATM na empresa.
– O parâmetro, campo no qual aparecem todas as variáveis existentes passíveis de se-
rem registadas – temperatura, condutividade, pH, peso, volume, carência bioquímica de
oxigénio, etc. – e que apresentam unidades específicas e estandardizadas – por exemplo: m3,
kg, °C, µS – que podem ser utilizadas para variáveis que apresentam as mesmas unidades –
por exemplo: Volume de água de rede e volume de lamas, em m3 –.
Figura 8 – Interface da configuração de uma variável global (Passo 2).
30
– A descrição curta e a descrição têm a utilidade de referir a variável, sendo que a
descrição curta apresenta limitação de carateres e é o nome que vai ser apresentado nos
registos standard e no PDA, e a descrição apresenta o nome da variável por extenso. Neste
campo, houve a necessidade de introduzir o mesmo nome ou um nome similar nos dois para
não haver confusão relativa ao nome da variável.
– Método de aquisição de dados, este campo define para que tipo(s) de registo a
variável em questão está disponível. Os registos apresentados são: o registo standard, registo
dinâmico, ronda, registo de amostragem e telegestão.
Após a definição do parâmetro, domínio, descrição da variável (nome) e do tipo de
registo, segue-se a definição dos valores limite de alarme e crítico (superior e inferior), a fonte de
origem, o período de estabilização e os valores limite (máximo e mínimo), numa nova janela de
interface. Os referidos campos são definidos:
– Fontes de origem. Neste campo procede-se à identificação do método de origem dos
dados, por exemplo: o registo de pH pode ser efetuado in loco ou num laboratório, registos que
apresentam metodologias diferentes;
– Valores limite (alarme e crítico). É um campo que é opcionalmente preenchido, para
cada nível de alarme criado em Alarmes Tipo. São definidos limites para os dados registados, da
variável em questão, que ao serem ultrapassados geram um alarme no sistema. Em cada valor
que ultrapasse os limites previamente definidos, é requerido ao operador a confirmação do valor
introduzido para verificar a sua veracidade, e apenas depois é gerado o alarme.
– Período de estabilização. O campo em questão serve para controlo do número de alar-
mes. Quando uma variável deixa de estar em alerta, e se durante o período de estabilização
ultrapassar novamente um valor limite na tabela de históricos, será considerado o mesmo
alarme. Quando ocorre um alarme após o período de estabilização, é criada uma nova entrada
no histórico de alarmes.
– Valores limite (máximo e mínimo). É o campo que define os valores de limite físico da
variável, por exemplo, o pH: [1,14]. Os valores acima do limite máximo e abaixo de limite míni-
mo, não são registados, para evitar erros grosseiros ao introduzir os dados.
A variável totalizadora define os valores a registar nos casos de contabilização crescente
de valores e a apresentação diária destes valores (valores totais e valores parciais). A utilização
31
deste tipo de variável é característica de contadores de energia, de caudais, e de horas de
funcionamento, daí a grande utilização na implementação em cada subsistema.
As variáveis totalizadoras apresentam campos a definir (figura 9 e 10), semelhantes aos
da variável global. Dos campos presentes – domínio, descrição curta e descrição, método de
aquisição de dados, fontes de origem, valor limite (alarme e critico), período de estabilização –
apenas o campo ‘valores máximo totalizador’, que consta na segunda interface (figura 10), é
diferente. A diferença baseia-se no tipo de variável a configurar, ou seja, por se tratar de uma
Figura 9 – Interface da primeira etapa de criação de variável totalizador.
variável totalizadora é necessário um máximo para o qual a contagem retorne ao valor mínimo,
zero. Desta forma quando ocorre a “volta ao contador” existe uma concordância de dados (por
exemplo: quando a volta ao contador é efetuada ao valor 999999, ou seja, volta ao zero, neste
Figura 10 – Interface segunda etapa de criação de variável totalizador.
campo irá ser preenchido 1000000 devido ao facto de que a volta ao contador neste tipo de
variável volta à unidade).
32
A variável calculada define valores que resultam do cálculo de valores registados noutras
variáveis, por exemplo: a soma de dois caudais à entrada de uma instalação, provenientes de
regiões diferentes e que apresentam caudalímetro para cada efluente a montante da obra de
entrada.
A variável mensal define valores em que apenas um registo por mês é aceite. A sua
utilização é efetuada pelo gestor para a construção de relatórios.
A constante representa uma variável de valor fixo e é utilizada para a construção de
relatórios.
3.2.3 Equipamentos
Os equipamentos são criados nas unidades standard e são geralmente referentes à fase
de tratamento em que estão inseridos. Na sua criação (figura 11) apenas é necessário de-finir o
nome do equipamento, sendo que posteriormente são parametrizadas as variáveis a se-rem
registadas pelos operadores. Cada equipamento apresenta variáveis características e re-
presentativas do que o gestor exige conhecer para uma melhor gestão e manutenção do equi-
pamento.
Figura 11 – Interface da criação de equipamento.
Os equipamentos criados podem incluir variáveis que não fazem parte do referido
equipamento, mas de uma parte ou equipamento secundário relativo ao principal, por exemplo:
a ponte raspadora pode conter variáveis referentes ao estado da roda, da borracha ou do
redutor, dependendo da especificidade requerida. No âmbito desta implementação deu-se
preferência a um registo por omissão, no qual os erros e anomalias observadas pelo operador
são mencionados numa variável que alerta para a existência de anomalias para que,
33
posteriormente, o operador detalhe a anomalia observada, nos comentários relativos ao
equipamento principal.
3.2.4 Parametrização
À elaboração a árvore de localização e parametrização das variáveis associadas a cada
unidade standard e equipamento, segue-se a parametrização das tarefas. Neste passo associa-
-se as variáveis criadas a um registo. Os registos podem ser classificados por: registo standard,
rondas, registo dinâmico, registo de amostragem e telegestão. As formas de registo mais
utilizadas para os operadores são o registo standard e as rondas, sendo que: o registo dinâmico
tem origem em registos pontuais não planeados e se encontra desatualizado relativamente às
características que tanto o registo standard como as rondas podem tomar no que se refere ao
planeamento; o registo de amostragem é referente aos registos efetuados em laboratório, e
compreende variáveis planeadas semanal, quinzenal, mensal, e trimestralmente; o registo por
telegestão é automatizado e não implica intervenção do operador.
Em cada tipo de registo o primeiro passo (figura 12) prende-se com a data de execução
do registo a efetuar. A data planeada é previamente parametrizada pelo gestor/supervisor
responsável pelo subsistema e o responsável pelo registo é identificado ao efetuar o seu login no
painel de Operador, na equipa que integra.
Figura 12 – Interface inicial de rondas e registos standard.
Nesta implementação foi optado o uso de registo standard devido ao tipo de
planeamento escolhido. Este baseia-se em visitas diárias dos operadores às ETAR, nas quais os
turnos são inexistentes. Um fator que levou à escolha de registos standard foi também a
simplificação do método de introdução de dados, relativamente às rondas. A diferença entre
ronda e registo standard é a extensão do registo e a facilidade de introdução de dados no regis-
to. A ronda apresenta a árvore de localizações (figura13), na qual o operador seleciona, na linha
34
operatória, a unidade standard a preencher, e de seguida é efetuado o registo parametrizado
para o efeito (figura14). O registo standard é constituído pelas variáveis escolhidas, na parame-
trização do registo, que estão associadas à respetiva origem na árvore de localizações, e apre-
senta apenas um passo no seu processo de registo (figura 14).A parametrização de registo é
efetuada no menu TAREFAS, onde se escolhe a instalação a parametrizar e de seguida o tipo de
registo. Na definição do registo a elaborar, os campos a preencher são a descrição, o campo
tolerância, limite, legenda e o mostrar o último valor. Cada campo é necessário e definido:
Figura 13 – Interface do primeiro passo do registo de determinada ronda.
– A descrição é o nome a atribuir ao registo;
– O campo tolerância é o intervalo de tempo dentro do qual o registo deve ser executa-
do;
– O limite é o intervalo de tempo limite para a execução do registo, ou seja, intervalo de
tempo que ao ser ultrapassado faz com que o registo deixe de ser visualizado no painel do
operador e é considerado não executado;
– Na legenda é selecionado um tipo de legenda que posteriormente, no quadro de
planeamento de tarefas, serve de indicador do tipo de registo relativo à periodicidade (por
exemplo: diário, semanal, quinzenal, mensal, etc.). Cada tipo é diferenciado por iniciais e por
cor.
35
Figura 14 – Interface do único passo do registo standard e Interface do segundo passo de ronda.
– A opção de mostrar o último valor é assinalada quando os valores do registo em
questão são normalmente iguais, e para auxiliar o registo do operador são pré-preenchidos com
os últimos valores registados.
Esta etapa é seguida da seleção de variáveis que se pretendem registar, a partir da
árvore de localizações. A seleção requer a escolha da fonte de origem de cada variável, quando a
variável apresenta várias fontes de origem (por exemplo: Operador, Laboratório de Processo,
Laboratório Externo, etc.). Posteriormente à seleção de variáveis relativas ao registo criado, o re-
gisto é disponibilizado no quadro de planeamento de tarefas, onde se irá proceder à definição de
periodicidade de cada registo elaborado.
3.2.5 Planeamento
O planeamento de tarefas é efetuado num quadro de planeamento, que na sua essência
é um calendário em que a periodicidade de cada registo pode ser definida de forma automática
ou manual.
Na figura 15 é evidente a disposição do quadro de planeamento, no qual a árvore dos
subsistemas presentes se encontra nas linhas e os dias referentes ao mês em questão se
encontram nas colunas. Cada tarefa definida previamente na parametrização do registo é dispos-
ta no seu respetivo subsistema e pode apresentar a sua respetiva periodicidade.
Para a definição do planeamento de tarefas é necessário selecionar o quadrado
correspondente ao dia do registo e ao registo que se requer planear e, na janela de interface de
planeamento, definir uma nova tarefa. De seguida é definida a periodicidade através do campo
36
Figura 15 – Quadro de planeamento de tarefas.
Periodicidade, no qual é definida a periodicidade do registo, ou seja, é definido de quanto em
quanto tempo a tarefa é registada, optando entre: única, diária, semanal, mensal, e anual. Cada
opção define os campos a configurar posteriormente, sendo que a opção única não apresenta
mais nenhuma definição por se tratar de uma tarefa pontual/ocasional sem possibilidade de
repetição ou sem ser possível prever quando poderá ser efetuada. Assim, dentro das opções,
podemos entrar em detalhe:
– Diária. Define-se o campo “a cada: x dias”, no qual se prevê a execução de
determinada tarefa com a periodicidade x dias;
– Semanal. Define-se o planeamento de determinada tarefa com a periodicidade x
semanas, no campo “a cada: x semanas”, e os dias da semana em que a tarefa é executada, no
campo “nos dias: 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sábado, Domingo”;
– Mensal. É definido o planeamento de tarefas mensais, ou seja, prevê-se a execução de
uma tarefa a cada x meses, no campo “a cada: x mês”, e de seguida é configurado o dia do mês
(por exemplo: dia 1) ou o dia da semana e a semana referente a esse mês (por exemplo: na
primeira semana, e na segunda-feira da semana previamente definida);
– Anual. Define-se o planeamento de tarefas anuais. Nesta opção, é configurado o mês,
a semana e o dia de execução da tarefa. Os campos apresentados são semelhantes aos da
periodicidade mensal. A diferença existente é relativa ao mês de execução. Aparece um mês
específico ao invés de se definir uma periodicidade de determinado número de meses.
37
Os registos são disponibilizados, automaticamente, no painel do operador ao ser definido
o planeamento da tarefa. O facto de o planeamento poder ser efetuado no dia da tarefa requer
que haja particular atenção à tolerância e ao limite de execução da tarefa. Note-se que era para
este tipo de tarefas, de características “on the spot”, que foi inicialmente criado o registo
dinâmico. No entanto, a definição do planeamento de tarefas relativo a um método de aquisição
de dados pode ser efetuada em tempo real, e desde que a tarefa a implementar no terreno seja
posterior à hora de planeamento, a tarefa a desempenhar será apresentada no painel do
operador possibilitando a sua conclusão. De modo que, não é necessário a criação de um
registo dinâmico bastando apenas uma ronda ou registo standard, com periodicidade única,
para a tarefa em questão.
3.2.6 Consultas
As consultas têm por objetivo a análise dos valores e alarmes registados, referentes a
uma ou várias variáveis, e a avaliação do responsável pela sua execução. Assim, as consultas
facilitam a análise, permitindo observar o cruzamento de dados e a sua variação ao longo de um
determinado período de tempo. Ao mesmo tempo as consultas podem ter um caráter avaliativo
sobre a equipa responsável pelo registo no terreno.
O menu RELATÓRIOS apresenta duas entradas, consultas e relatórios. As consultas são
referentes à análise de dados registados (Variáveis) e à análise do histórico de alarmes de
variáveis (Alarmes de Variáveis). A entrada relatórios não se encontra disponível devido à
inexistência de consultas de relatórios configuradas, tanto para a subentrada Variáveis como
para a subentrada Balanço Hídrico. No documento localizado em anexo, é demonstrada a
configuração de consultas de alarmes de variáveis e de consultas de variáveis.
3.2.7 Painel de Operador
Na formação da MdeMáquina foi criada a equipa de operadores e gestores constituintes
do COP Cávado, na qual as permissões do gestor foram configuradas pelo administrador do
sistema. As permissões proporcionam o acesso do gestor ao painel do operador, ao defini-lo
como parte constituinte da equipa de técnicos do centro operacional da sua responsabilidade,
38
COP Cávado no âmbito deste trabalho. Ao aceder o painel de operador o gestor necessita de
fazer o login, na entrada Gerir Turnos.
O painel do operador é constituído por quatro menus – TAREFAS, MÓDULOS,
RELATÓRIOS e AJUDA – e por três separadores – Agenda (inclui os alarmes ativos no sistema),
Placard e Notificações.
Na figura 16 é apresentado o painel de operador típico. O painel é visivelmente diferente
do painel do gestor. Denota-se principalmente a sua orientação para as tarefas a executar.
No separador Agenda são listadas todas as tarefas a executar, detalhando a data e hora
planeada, a instalação, o tipo de registo (Std – standard, Rnd – ronda), e a descrição da tarefa a
Figura 16 – Painel de Operador.
executar (Registo Diário, Registo Semanal, Registo Mensal, etc.). Na descrição da tarefa é
mencionado o estado da tarefa, referindo se a tarefa se encontra em progresso (Em registo), em
pausa ou suspensa (Susp), ou se a tarefa ainda não foi acedida para registo (neste caso, não
apresenta notificação). A tarefa, ao estar concluída, não aparece no separador Agenda e fica
disponível para verificação e validação do gestor responsável pelo centro operacional. O operador
tem acesso ao registo efetuado, através da entrada consulta do menu Tarefas, para verificação
de dados, de acordo com as suas permissões e da equipa que integra.
39
O separador Placard é uma listagem de notas informativas que se encontra visível a
todos os operadores, e que pode ser colocada pelo gestor ou pelos operadores ao preencherem
o campo de observações de um registo, apresentado na figura 17, e selecionarem a opção de
“Colocar no placard”.
O separador Notificações é uma forma de comunicação entre o operador e o gestor. Foi
desenvolvido para que o operador tenha a possibilidade de enviar informações importantes ao
gestor, durante a execução de tarefas, ao preencher o campo das observações do registo (figura
17) e selecionar a opção de “Notificar Supervisor”.
Figura 17 – Exemplo do campo "Observações" num registo.
40
4. Resultados
O processo de implementação baseou-se na informação recolhida pelo estagiário no terreno
(figura 18) e no plano de controlo e qualidade do processo (PCQP) de tratamento de águas
residuais no COP Cávado. A partir desta informação o primeiro subsistema a ser criado foi o da
ETAR de Forjães pela sua estabilidade ao nível do processo de tratamento e pelas suas
características ao nível de infraestruturas, de equipamento e de gestão operacional.
Figura 18 – Diagrama da ETAR de Forjães.
Fonte: Tiago Barros.
Iniciou-se a criação da árvore de localizações, na entrada Localizações do menu BASE,
onde se definiu o subsistema em duas linhas de operação, linha líquida e linha sólida, e uma
linha Geral. As linhas operatórias e a linha geral são ordenadas, em cada subsistema, da seguin-
te ordem: linha geral, linha líquida, linha sólida, e, caso exista, linha gasosa. No caso da ETAR de
Forjães, a pedido dos operadores, esta ordem sofreu alteração de forma a facilitar o registo
conforme as rotinas utilizadas, remetendo a linha geral para a última posição.
A linha Geral é elaborada para variáveis que não se enquadram no processo de
tratamento, mas que são necessárias de gerir para efeitos de faturação ou manutenção –
energia, caudal de efluente, água de rede, reagentes, limpeza do edifício.
A linha líquida descreve:
41
– o estado do efluente durante todo o processo de tratamento – água bruta, licor misto e
efluente final – através de variáveis de caráter físico-químico;
– o estado dos equipamentos presentes no processo – step-screen (gradagem), difuso-
res/compressores (tanque de arejamento), ponte raspadora (decantador), bombas de recircula-
ção e de escumas;
– o estado dos depósitos/contentores de gradados.
A linha sólida descreve a gestão de lamas no que toca à armazenagem, espessamento e
recolha para posterior desidratação, ou o processo de desidratação, no caso das instalações que
apresentem sistema de desidratação de lamas.
No caso da ETAR de Forjães a linha Geral abrangeu as variáveis totalizadoras dos
equipamentos (número de horas de funcionamento) e o seu estado de funcionamento para
facilitar o registo de dados na rotina de terreno dos operadores, incluindo as variáveis
características desta linha.
A otimização da monitorização, manutenção e gestão operacional está subjacente nas
variáveis criadas. Cada variável é desenvolvida de forma a englobar desde informações específi-
cas, como parâmetros físico-químicos, a informações gerais de funcionamento, como anomalias
detetadas. Para que isso ocorra é necessário que as variáveis criadas estejam em concordância
e sejam representativas da instalação a gerir. De seguida, iremos detalhar o contexto de
variáveis elaboradas, e que se encontram presentes em todos os subsistemas criados:
– “Estado de Funcionamento” e “Horas de Funcionamento”: variáveis criadas para
verificação do funcionamento de equipamentos. A existência de casos de equipamentos a
funcionar de forma anormal, requer, para além da variável “Horas de funcionamento” (utilizada
nas folhas de registo anteriores à implementação da ferramenta NAVIATM) a qual pode não
traduzir esse funcionamento anormal, uma variável que acrescente a perspetiva do operador
sobre o problema do equipamento;
– “Anomalias” e “Estado Geral”: variáveis criadas para reduzir o número de campos a
preencher pelo operador no terreno. Trata-se de variáveis que englobam várias especificidades
de determinado equipamento, ou o equipamento na sua totalidade, e do efluente, e que
apresentam o domínio “Sim/Não”, no caso da “Anomalias”, e “Operacional/Avariado”, no caso
da “Estado Geral”. Dependendo da resposta (Sim | Avariado) o operador descreve o tipo de
42
anomalia detetada, no campo de “Observações”, e seleciona o seu supervisor e/ou a equipa
que integra. As especificidades de equipamentos são partes do equipamento principal. Exemplo
prático: a maioria dos decantadores apresenta ponte raspadora que, por sua vez, é constituída
por partes que se deterioram com o tempo, como a roda, a borracha raspadora e a redutora,
assim para englobar as partes constituintes da ponte raspadora e a totalidade da ponte
raspadora, foi utilizada a variável “Anomalias detetadas” na unidade standard “Decantador
Secundário”. As especificidades do efluente estão definidas no PCQP e apenas alguns
parâmetros foram englobados neste tipo de variável devido à sua invariabilidade: - “Anomalias
obra de entrada” incluiu-se a coloração, odor e aspeto visual; - “Anomalias tanque de
arejamento” incluiu-se a cor do licor misto, cor escumas e tipo de floco.
– Parâmetros físico-químicos (e.g., pH, oxigénio dissolvido, potencial redox): variáveis
medidas no terreno, necessárias para cumprir a legislação em vigor e asseverar o funciona-
mento efetivo do processo de tratamento e rejeição de águas residuais tratadas em cada
subsistema.
– “Energia”, “Caudal”, “Água de rede”: variáveis criadas para efeitos de faturação e
controlo do processo de tratamento (e.g., “Caudal”).
Para além das variáveis orientadas para a gestão operacional foram criadas as variáveis
relativas aos laboratórios de processo e externo, que constam no PCQP. Dependendo do
planeamento definido no PCQP, no laboratório de processo são efetuados testes de
periodicidades semanais ou quinzenais, e no laboratório externo são efetuados testes de
periodicidades mensais ou trimestrais. Os testes são realizados a amostras provenientes de
pontos de monitorização do processo na linha líquida e na linha sólida (e.g., obra de entrada,
tanque de arejamento, efluente final), os quais podem variar consoante as instalações.
A partir das amostras é feita a caracterização do efluente, a verificação dos parâmetros
físico-químicos medidos no terreno, e a comprovação dos valores obtidos no laboratório de
processo através de uma entidade externa (laboratório externo). Este processo é representado no
esquema das entidades envolvidas nas amostragens (figura 19).
43
As variáveis de caracterização do efluente englobam a quantificação de sólidos
suspensos totais e voláteis, da carência bioquímica de oxigénio, da carência química de oxigénio,
do azoto total e amoniacal, e do fósforo total. Foram também elaboradas as variáveis vigentes no
PCQP relativas à caracterização de gradados, gorduras, areias e lamas, sendo o seu registo
remetido para o laboratório de processo e para o laboratório externo conforme especificado no
PCQP.
Os testes biológicos relativos aos locais de descarga do efluente, a montante e a jusante,
são protagonizados por uma entidade externa, que verifica e quantifica a presença de
microrganismos capazes de pôr em risco a saúde pública. Das variáveis criadas para este efeito
são exemplo, e.g., Coliformes fecais, Coliformes totais, Salmonella spp, E.Coli.
As variáveis referentes às fontes origem, laboratório de processo e externo, foram
parametrizadas e foram criados registos de amostragem para posterior planeamento. Entretanto,
denotou-se o indesejável sobrecarregamento do painel do Operador, devido às permissões
existentes para os utilizadores, e o planeamento das tarefas referentes aos laboratórios de
processo e externo foi adiado aquando da criação das respetivas equipas pelo Administrador do
sistema.
Na figura 20, das páginas 44 a 48, é apresentada a árvore de localização da ETAR de
Forjães.
Amostras recolhidas
(Operadores)
Laboratório Externo Laboratório de
Processo
(Verificação/Comprovação de valores)
Periodicidade:
mensal, trimestral
Periodicidade:
semanal, quinzenal
Figura 19 – Esquema representativo das entidades envolvidas nas amostragens. Figura 19 – Esquema representativo das entidades envolvidas nas amostragens.
44
BASE TAREFAS MÓDULOS RELATÓRIOS GESTOR AJUDA Adriano Magalhães | INÍCIO
Localizações
Subsistema de Forjães -FD11
Colectores e condutas
ETAR acima de 2 000 até 15 000 hab.
ETAR FORJÃES [Op]
Estação Elevatória ETAR Forjães [Op]
Variáveis (4)
Operações (0)
Equipamentos (0) [Op]
Depósitos (0) [Op]
Linha Líquida [Op]
Entrada ETAR [Op]
Variáveis (12)
Operações (0)
Equipamentos (0) [Op]
Depósitos (0) [Op]
* Bypass à tamisagem mecânica* [Op]
Pré-Tratamento [Op]
Variáveis (1)
Operações (0)
Equipamentos (0) [Op]
Depósitos (1) [Op]
Contentor gradados [Op]
Variáveis (38)
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
Estado Geral Estado Operacional/Em avaria Global[Op]
L impeza de boias de nível Operação Ex ecutado/Não executado Global[Op]
Bypass Estado S im/Não Global[Op]
Válvula bypass Estado A berto / Fechado Global[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
A nomalias obra de entrada Estado S im/Não Global[Op]
Condutividade Condutividade N umérico Global[Op]
pH pH N umérico Global[Op]
P otencial Redox P otencial Redox N umérico Global[Op]
R ecolha de amostra Estado Executado/Não executado Global[Op]
CQO CQO N umérico Global[Op]
CBO5 CBO5 N umérico Global[Op]
S S T S S T N umérico Global[Op]
S S V S S V N umérico Global[Op]
A z oto Total Az oto Total (N) N umérico Global[Op]
A z oto Amoniacal A z oto Amoniacal (NH4+) N umérico Global[Op]
F ósforo Total F ósforo Total (P) N umérico Global[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
L impeza geral Operação Executado/Não executado Global[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
A specto Visual Resíduos A specto Visual A parência normal/atípica Global[Op]
Ní vel contentor N ivel *0%/25*/50%/75%/100%*gGlobal[Op]
S ólidos VoláteisResíduos S ólidos Voláteis N umérico Global[Op]
S ólidos Totais Resíduos S ólidos Totais N umérico Global[Op]
Zinco Resíduos Zinco N umérico Global[Op]
Chumbo Resíduos Chumbo N umérico Global[Op]
Mercúrio Resíduos Mercúrio N umérico Global[Op]
Ní quel Resíduos N í quel N umérico Global[Op]
Crómio Resíduos Crómio N umérico Global[Op]
Cádmio Resíduos Cádmio N umérico Global[Op]
A rsénio Resíduos A rsénio N umérico Global[Op]
Cobre Resíduos Cobre N umérico Global[Op]
Compostos Orgânicos Voláteis Halogenados ResíduosCompostos Orgânicos Voláteis HalogenadosNumérico Global[Op]
Compostos orgânicos voláteis não halogenados ResíduosCompostos orgânicos voláteis não halogenadosNumérico Global[Op]
S ubstâncias lipofílicas Resíduos S ubstâncias lipofílicas N umérico Global[Op]
P erda 50ºC-105ºC Resíduos P erda 50ºC-105ºC N umérico Global[Op]
variável, local
Subsistema de Forjães -FD11
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18-10-2013 http://srvnavia02/Base/Localizacoes/
45
Operações (0)
Tratamento Secundário [Op]
Tanque de Arejamento [Op]
Variáveis (13)
Operações (0)
Equipamentos (0) [Op]
Depósitos (0) [Op]
Decantador Secundário [Op]
Variáveis (7)
Operações (0)
Equipamentos (0) [Op]
Depósitos (0) [Op]
Efluente Final [Op]
Variáveis (18)
P erda 105ºC Resíduos P erda 105ºC N umérico Global[Op]
P onto de Inflamação P onto de Inflamação N umérico Global[Op]
Condutividade Eluato Condutividade N umérico Global[Op]
COT Eluato COT N umérico Global[Op]
pH Eluato pH N umérico Global[Op]
Chumbo Eluato Concentração Metais N umérico Global[Op]
Crómio Total Eluato Crómio Total N umérico Global[Op]
Crómio VI Eluato Crómio VI N umérico Global[Op]
N í quel Eluato Concentração Metais N umérico Global[Op]
F enois Eluato F enois N umérico Global[Op]
Cloretos Eluato Cloretos N umérico Global[Op]
F luoretos Eluato F luoretos N umérico Global[Op]
S ulfatos Eluato S ulfatos N umérico Global[Op]
Ni tratos Eluato N itratos (NO3-) N umérico Global[Op]
A mónio Eluato A mónio N umérico Global[Op]
Cianetos Eluato Cianetos N umérico Global[Op]
Mercúrio Eluato Mercúrio (mg/L) N umérico Global[Op]
Cobre Eluato Cobre (mg/L) N umérico Global[Op]
A rsénio Eluato A rsénio (mg/L) N umérico Global[Op]
A OX Eluato A OX (mg/L) N umérico Global[Op]
Zinco Eluato Zinco (mg/L) N umérico Global[Op]
Cádmio Eluato Cádmio (mg/L) N umérico Global[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
A nomalias tanque de arejamento Estado S im/Não Global[Op]
Oxigénio Dissolvido Concentração N umérico Global[Op]
Condutividade Condutividade N umérico Global[Op]
pH pH N umérico Global[Op]
P otencial Redox Potencial Redox N umérico Global[Op]
Ensaio V30 Concentração (V30) N umérico Global[Op]
R ecolha de amostra Estado Executado/Não executado Global[Op]
S S T S ST N umérico Global[Op]
S S V S S V N umérico Global[Op]
A nálise Microfauna Estado S im/Não Global[Op]
IVL IVL N umérico Global[Op]
Idade de Lamas Tempo N umérico Global[Op]
Carga Mássica (F/M) Carga Mássica (F/M) N umérico Global[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
Estado Geral Estado Operacional/Em avaria Global[Op]
Existência escumas Estado S im/Não Global[Op]
L impeza geral Operação Executado/Não executado Global[Op]
R ecolha de amostra Estado Executado/Não executado Global[Op]
S S T recirc. S S T N umérico Global[Op]
Ensaio V30 Recirc Concentração (V30) N umérico Global[Op]
R azão de Reciclo Racio de Recirculação N umérico Global[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
Condutividade Condutividade N umérico Global[Op]
pH pH N umérico Global[Op]
P otencial Redox P otencial Redox N umérico Global[Op]
A speto Geral Descarga Estado A parência normal/atípica Global[Op]
Colocação Amostrador Estado Executado/Não executado Global[Op]
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18-10-2013 http://srvnavia02/Base/Localizacoes/
46
Operações (0)
Equipamentos (0) [Op]
Depósitos (0) [Op]
Linha Sólida [Op]
Tanque de Lamas [Op]
Geral [Op]
Variáveis (4)
Operações (0)
Equipamentos (0) [Op]
Depósitos (1) [Op]
Espessamento [Op]
Meio Hídrico [Op]
MH Jusante [Op]
Variáveis (6)
Operações (0)
Equipamentos (0) [Op]
Depósitos (0) [Op]
MH Montante [Op]
Variáveis (6)
Operações (0)
Equipamentos (0) [Op]
Depósitos (0) [Op]
Geral [Op]
Variáveis (11)
R ecolha de amostra Estado Executado/Não executado Global[Op]
CQO CQO N umérico Global[Op]
CBO5 CBO5 N umérico Global[Op]
S S T S S T N umérico Global[Op]
S S V S S V N umérico Global[Op]
P Total F ósforo Total (P) N umérico Global[Op]
N Total Az oto Total (N) N umérico Global[Op]
N Amoniacal A z oto Amoniacal (NH4+) N umérico Global[Op]
N itratos N itratos (NO3-) N umérico Global[Op]
OD Saída ETAR Concentração N umérico Global[Op]
A z oto Kjeldhal (N) A z oto Kjeldhal (N) N umérico Global[Op]
Cor A specto Visual Cor normal/Cor atípica e esgoto diluídoGlobal[Op]
pH (L.E.) pH N umérico Global[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
R emoção de lamas Estado Executado/Não executado Global[Op]
Q uantidade de lamas removida Volume N umérico Global[Op]
P urga de Lamas Estado S im/Não Global[Op]
Extração de Sobrenadante Estado S im/Não Global[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
E.Coli E.Coli N umérico Global[Op]
Coliformes Fecais Coliformes N umérico Global[Op]
Coliformes Totais Coliformes N umérico Global[Op]
S almonella spp Salmonella spp A usência/Presença Global[Op]
Colocação recipiente para amostragEstado Executado/Não executado Global[Op]
R ecolha de amostra Estado Executado/Não executado Global[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
E.Coli E.Coli N umérico Global[Op]
Coliformes Fecais Coliformes N umérico Global[Op]
Coliformes Totais Coliformes N umérico Global[Op]
S almonella spp Salmonella spp A usência/Presença Global[Op]
Colocação recipiente para amostragEstado Executado/Não executado Global[Op]
R ecolha de amostra Estado Executado/Não executado Global[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
Caudal Caudal N umérico Totalizador[Op]
Volume de água rede Volume N umérico Totalizador[Op]
Estado do tempo Estado S ol/Chuva Global [Op]
Energia vazio 67 Energia N umérico Totalizador[Op]
Energia ponta 68 Energia N umérico Totalizador[Op]
Energia cheia 69 Energia Nu mérico Totalizador[Op]
Energia super vazio 70 Energia Nu mérico Totalizador[Op]
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47
Operações (0)
Equipamentos (9) [Op]
EE Bomba 1 [Op]
Variáveis (1)
Operações (0)
EE Bomba 2 [Op]
Variáveis (1)
Operações (0)
Arejador n.º1 [Op]
Variáveis (2)
Operações (0)
Arejador n.º2 [Op]
Variáveis (2)
Operações (0)
Bomba n.º1 -recirculação lamas [Op]
Variáveis (2)
Operações (0)
Bomba n.º2 -recirculação de lamas [Op]
Variáveis (2)
Operações (0)
Bomba n.º3 escumas/sobrenadantes [Op]
Variáveis (2)
Operações (0)
Ponte raspadora [Op]
Variáveis (2)
Operações (0)
Tamisador/Grelha [Op]
Variáveis (2)
Energia total 81 Energia Nu mérico Totalizador[Op]
L impeza edf. geral Estado Executado/Não executado Global [Op]
Verificação de caixa de primeiros socorrosEstado Verificado/Não Verificado Global [Op]
Calibração Equi. de Monitorização e MediçãoEstado Executado/Não executado Global [Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
H oras de funcionamento Tempo N umérico Totalizador[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
H oras de funcionamento Tempo N umérico Totalizador[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
Estado Funcionamento Estado Operacional/Em avaria Global [Op]
H oras funcionamento Tempo N umérico Totalizador[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
Estado Funcionamento Estado Operacional/Em avaria Global [Op]
H oras funcionamento Tempo N umérico Totalizador[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
Estado Funcionamento Estado Operacional/Em avaria Global [Op]
H oras funcionamento Tempo N umérico Totalizador[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
Estado Funcionamento Estado Operacional/Em avaria Global [Op]
H oras funcionamento Tempo N umérico Totalizador[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
Estado Funcionamento Estado Operacional/Em avaria Global [Op]
H oras funcionamento Tempo N umérico Totalizador[Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
H oras funcionamento Tempo N umérico Totalizador[Op]
A nomalias a reportar Operação S im/Não Global [Op]
[Criar variável]
Descrição Parâmetro Domínio Tipo
Estado Funcionamento Estado Operacional/Em avaria Global [Op]
h oras de funcionamento Tempo N umérico Totalizador[Op]
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48
Operações (0)
Depósitos (1) [Op]
Estações Elevatórias
Monitorização, Automação e Telegestão
Outros
[Criar variável]
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Figura 20 – Árvore de Localizações ETAR Forjães
Figura 20 -- Árvore de Localizações ETAR Forjães
49
A árvore de localizações representada anteriormente demonstra todos os parâmetros
necessários para a gestão operacional do respetivo subsistema da ETAR de Forjães. A partir da
árvore elaborada passou-se à parametrização das tarefas, na qual foram criados registos que
dependem da tarefa a executar. Registo Diário, Registo Semanal, Registo Quinzenal, Registo
Mensal, Colocação de amostradores, e Recolha de amostras foram os registos criados para o
efeito. As tarefas a executar em cada subsistema apresentam periodicidades diferentes de forma
a cumprirem o plano de controlo da qualidade da água residual e do processo (PCQARP),
definido pela empresa. No que se refere às exceções presentes no plano em vigor:
-- O registo quinzenal foi criado pela exceção da ETAR de Forjães que apresenta uma
periodicidade de análise, para laboratório de processo, quinzenal;
-- Os meios hídricos, a montante e a jusante da descarga, sujeitos a análise são: Curvos,
Penices, Água Longa, Guilheta, S.Paio de Antas e Forjães. Isto quer dizer que apenas estas insta-
lações são alvo de registos trimestrais.
Na figura 21, das páginas 50 a 55, é apresentado um registo diário típico (ETAR
Esposende).
50
Adriano Magalhães | INÍCIO
Registo Standard Registo Diário
Registo Standard
Data planeada: 18/Out 16h30
ETAR ESPOSENDE » Geral
ariáveis Unidade
Caudal: m3/d
Volta contador
Último registo: 3124391 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Volume água rede:
m3
Volta contador
Último registo: 92857 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Estado do tempo: Chuva | 18/Out/2013 10h00
Energia vazio 8.1: kWh
Volta contador
Último registo: 1629180 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Energia ponta 8.2:
kWh
Volta contador
Último registo: 7839 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Energia cheia 8.3: kWh
Volta contador
Último registo: 2064766 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Energia super vazio 8.4:
kWh
Volta contador
Último registo: 450 8 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Energia total 20: kWh
Volta contador
Último registo: 4702342 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Caudal água de rede:
m3/d
Volta contador
Último registo: 92857 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha líquida » Entrada da ETAR
ariáveis Unidade
A nomalias obra de entrada:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Condutividade: µ S 970 | 18/Out/2013 10h00
pH: 8.82 | 18/Out/2013 10h00
Potencial Redox: mV - 170.5 | 18/Out/2013 10h00
Observações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha líquida » Pre-Tratamento
ariáveis Unidade
L impeza geral: Executado | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Tamisador n.º1 / Step-screen
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras de fu ncionamento: h 37912 | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Tamisador n.º2 / Step-screen
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Compressor Blower
Estado Centrifuga:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
Estado Compressor:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
horas de fu ncionamento compressor:
h
Volta contador
Último registo: 44105 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
ariáveis Desarenador
Estado Compressor:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras de fu ncionamento compressor:
h
Volta contador
Último registo: 89603 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
ariáveis Classificador de Areias
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras de fu ncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 30549 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
ariáveis Contentor gradados
A specto Visual
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18-10-2013 http://srvnavia02/Tarefas/RegistoStandard/Execucao/registoStandard_2.php
51
R esíduos: A parência normal | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Contentor de Resíduos de Desarenamento
A specto Visual Resíduos:
A parência normal | 18/Out/2013 10h00
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha líquida » Tratamento Secundário » Tanque Arejamento -Linha 1
ariáveis Unidade
A nomalias tanque de arejamento:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Oxigénio Dissolvido: mg/L 1.05 | 18/Out/2013 10h00
Condutividade: µ S 997 | 18/Out/2013 10h00
pH : 7.52 | 18/Out/2013 10h00
Potencial Redox: mV - 40.1 | 18/Out/2013 10h00
Ensaio V30: mL/L 200 | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Turbina n.º1
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras F uncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 67471 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
ariáveis Turbina n.º2
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras F uncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 66909 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha líquida » Tratamento Secundário » Tanque Arejamento -Linha 2 » Tanque Arejamento -Linha 2
ariáveis Unidade
A nomalias tanque de arejamento:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Oxigénio Dissolvido: mg/L 1.10 | 18/Out/2013 10h00
Condutividade: µ S 1002 | 18/Out/2013 10h00
pH : 7.57 | 18/Out/2013 10h00
Potencial Redox: mV - 1.4 | 18/Out/2013 10h00
Ensaio V30: mL/L 200 | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Turbina n.º3
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras F uncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 70210 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
ariáveis Turbina n.º4
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras F uncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 70544 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Observações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha líquida » Tratamento Secundário » Tanque Arejamento -Linha 3
ariáveis Unidade
A nomalias tanque de arejamento:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Oxigénio Dissolvido: mg/L 1.00 | 18/Out/2013 10h00
Condutividade: µ S 907 | 18/Out/2013 10h00
pH : 7.06 | 18/Out/2013 10h00
Potencial Redox: mV - 32.4 | 18/Out/2013 10h00
Ensaio V30: mL/L 400 | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Difusor/Compressor n.º1
Estado Compressor:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras F uncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 82445 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
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18-10-2013 http://srvnavia02/Tarefas/RegistoStandard/Execucao/registoStandard_2.php
52
ariáveis Difusor/Compressor n.º2
Estado Compressor:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras F uncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 81610 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha líquida » Tratamento Secundário » Decantador Secundário -Linha 1
ariáveis Unidade
Existência escumas:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Limpeza geral: Executado | 18/Out/2013 10h00
Estado Geral: Operacional | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Ponte raspadora n.º1
H oras fu ncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 17415 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
A nomalias a reportar:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha líquida » Tratamento Secundário » Decantador Secundário -Linha 2 » Decantador Secundário -Linha 2
ariáveis Unidade
Existência escumas:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Limpeza geral: Executado | 18/Out/2013 10h00
Estado Geral: Operacional | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Ponte raspadora n.º2
H oras fu ncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 17176 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
A nomalias a reportar:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha líquida » Tratamento Secundário » Decantador Secundário -Linha 3
ariáveis Unidade
Existência escumas:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Limpeza geral: Executado | 18/Out/2013 10h00
Estado Geral: Operacional | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Ponte raspadora n.º3
H oras fu ncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 17223 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
A nomalias a reportar:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha líquida » Tratamento Secundário » Recirculação de Lamas -Linha 1 + Linha 2
ariáveis Bomba n.º1
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras de F uncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 78939 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
ariáveis Bomba n.º2
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras de F uncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 72545 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha líquida » Tratamento Secundário » Recirculação de Lamas -Linha 3
ariáveis Bomba n.º3
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras de
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53
F uncionamento: h
Volta contador
Último registo: 68513 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
ariáveis Bomba n.º4
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
H oras de F uncionamento:
h
Volta contador
Último registo: 71000 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha líquida » Descarga no Meio Hídrico » Descarga Meio Hídrico
ariáveis Unidade
A speto Geral Descarga:
A parência normal | 18/Out/2013 10h00
Condutividade: µ S 905 | 18/Out/2013 10h00
pH : 7.46 | 18/Out/2013 10h00
Potencial Redox: mV - 49.7 | 18/Out/2013 10h00
Turbidez: NTU 4.02 | 18/Out/2013 10h00
Temperatura : ºC 21.5 | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Medidor de Turvação
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha Sólida » Tanque de Lamas Espessadas
ariáveis Espessador
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Bomba n.º1 ->Desidratação
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Bomba n.º2 ->Desidratação
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Bomba n.º3 ->Recirc. Desarenador
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
Observações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha Sólida » Desidratação » Sistema de desidratação
ariáveis Unidade
A nomalias sistema desidratação:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha Sólida » Desidratação » Desidratação -Filtro Banda
ariáveis Unidade
A specto Visual: A parência normal | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Bomba n.º1
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Bomba n.º2
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Filtro banda
Estado de F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
Observações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha Sólida » Desidratação » Desidratação -Centrifuga
ariáveis Unidade
A specto Visual: A parência normal | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Bomba n.º3
Estado F uncionamento:
Operacional | 18/Out/2013 10h00
ariáveis Centrifuga
Estado de Operacional | 18/Out/2013 10h00
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54
Figura 21 – Registo diário típico (ETAR Esposende)
F uncionamento:
Observações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Linha de Reutilização de água » Reutilização
ariáveis Unidade
Caudal água reutilizada:
m3/d
Volta contador
Último registo: 15942 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
Caudal água do poço:
m3/d
Volta contador
Último registo: 2976 | 18/Out/2013 10h00 Parcial:
A nomalias detetadas:
N ão | 18/Out/2013 10h00
Ob servações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
ETAR ESPOSENDE » Estação Elevatória de Gandra
ariáveis Unidade
Estado Geral: Operacional | 18/Out/2013 10h00
L impeza de boias de nível:
Executado | 18/Out/2013 10h00
Bypass: N ão | 18/Out/2013 10h00
Válvula bypass: A be rto / Fechado | 18/Out/2013 10h00
Observações: Colocar no placard
Notificar Supervisor
Terminar Suspender Cancelar
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55
O Registo Diário trata-se de um registo que é efetuado de segunda-feira a sexta-feira. Ao
longo do fim-de-semana o reduzido número de Operadores torna inviável o registo diário pela sua
extensão, de modo que foi criado um Registo de fim-de-semana no qual foram parametrizadas
as variáveis indispensáveis à gestão de cada subsistema. Os casos dos subsistemas de Água
Longa e Penices são exceções, já que o registo diário é executado ao fim-de-semana, não sendo
necessário a criação de um registo de fim-de-semana.
Na figura 22, das páginas 56 a 57, é apresentada uma consulta de variáveis, em que as
variáveis envolvidas são referentes ao tanque de arejamento 1 da ETAR de Esposende, e as
variáveis são o oxigénio dissolvido (OD) e o número de horas de funcionamento das duas
turbinas existentes. Esta consulta tem como objetivo o relacionamento entre as horas de funcio-
namento das turbinas e o oxigénio dissolvido presente no tanque de arejamento.
56
Adriano Magalhães | INÍCIO
Consulta de Variáveis
Período de Consulta: 24/Set/2013 00h00 até 24/Out/2013 23h59
Valores
Data
ETAR ESPOSENDE Tanque Arejamento 1 Oxigénio Dissolvido
(mg/L)
ETAR ESPOSENDE Tanque Arejamento 1
Turbina n.º1 Hor as Funcionamento Parcial
(h)
ETAR ESPOSENDE Tanque Arejamento 1
Turbina n.º2 H oras Funcionamento Parcial
(h)
24/Set/2013 00h00 21 19
24/Set/2013 10h00 1.000
25/Set/2013 00h00 21 19
25/Set/2013 10h00 1.000
26/Set/2013 00h00 20 19
26/Set/2013 10h00 1.000
27/Set/2013 00h00 15 16
27/Set/2013 10h00 2.500
28/Set/2013 00h00 12 13
29/Set/2013 00h00 13 14
30/Set/2013 00h00 13 14
30/Set/2013 10h00 0.900
01/Out/2013 00h00 13 13
01/Out/2013 10h00 1.500
02/Out/2013 00h00 12 12
02/Out/2013 10h00 1.200
03/Out/2013 00h00 12 13
03/Out/2013 10h00 1.250
04/Out/2013 00h00 12 13
04/Out/2013 10h00 1.400
05/Out/2013 00h00 13 13
06/Out/2013 00h00 13 13
07/Out/2013 00h00 13 13
07/Out/2013 10h00 1.100
08/Out/2013 00h00 12 13
08/Out/2013 10h00 1.000
09/Out/2013 00h00 13 13
09/Out/2013 10h00 1.000
10/Out/2013 00h00 13 14
10/Out/2013 10h00 1.000
11/Out/2013 00h00 16 18
11/Out/2013 10h00 1.100
12/Out/2013 00h00 13 14
13/Out/2013 00h00 10 10
14/Out/2013 00h00 11 12
14/Out/2013 10h00 1.150
15/Out/2013 00h00 12 13
15/Out/2013 10h00 0.900
16/Out/2013 00h00 13 13
16/Out/2013 10h00 1.000
17/Out/2013 00h00 13 14
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24-10-201 http://srvnavia02/Consultas/Variaveis/listaLeiturasVariaveis.php
57
Figura 22 – Consulta de variáveis: n.o de horas de funcionamento das turbinas 1 e 2, e oxigenio dissolvido (Tanque de arejamento 1 – ETAR Esposende)
17/Out/2013 10h00 1.000
18/Out/2013 00h00 12 13
18/Out/2013 10h00 1.050
19/Out/2013 00h00 12 13
20/Out/2013 00h00 12 14
21/Out/2013 00h00 13 18
21/Out/2013 10h00 1.200
22/Out/2013 00h00 12 12
22/Out/2013 10h00 2.500
23/Out/2013 00h00 12 10
23/Out/2013 10h00 1.900
24/Out/2013 10h00 1.500
Obs: Para alterar os valores clique na célula respectiva.
Exportar Excel Voltar
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58
A consulta de alarmes de variáveis é uma ajuda essencial à gestão operacional e à
manutenção, pois fornece informações sobre todas variáveis parametrizadas passíveis de registo
pelos operadores que se encontram com alarmes ativos e inativos. A consulta tipo de alarmes de
variáveis da figura 23, da página 59, é referente à ETAR da Apúlia e retrata todos os alarmes ge-
rados no período de um mês.
59
Figura 23 – Consulta alarmes de variáveis: ETAR Apúlia durante 1 mês
Adriano Magalhães | INÍCIO
Consulta de Alarmes de Variáveis
Filtro
Tipos de Alarme: Todos
Estados: Todos
Período de Consulta: 24/Set/2013 00h00 até 24/Out/2013 16h53
Localizações [Adicionar]
Não foi seleccionado nenhum local.
Totais por variável
Local Variável Nú mero
total ( 9)
Valor de
alerta (9)
Valor crítico
( 0) D uração
ETAR APÚLIA -> Entrada da ETAR Potencial Redox 4 4 0 12 dias
ETAR APÚLIA -> Bomba Estado F uncionamento
1 1 0 1 dias
ETAR APÚLIA -> Bomba de gorduras Estado F uncionamento 1 1 0
ETAR APÚLIA -> Contentor gradados N ível contentor61 1 0
ETAR APÚLIA -> Contentor de Resíduos de Desarenamento Aspecto Visual Resíduos 1 1 0 1 dias
ETAR APÚLIA -> Contentor gradados Aspecto Visual Resíduos 1 1 0 1 dias
Listagem
Local Variável Início F im Silêncio6Reactivação6Duração Tipo Ultimo Valor
Ultima Variação Estado
ETAR APÚLIA -> Entrada da ETAR Potencial Redox
23/Out/2013 09h00 Valor de alerta -268.40
mV % Activo6[detalhes]
ETAR APÚLIA -> Bomba Estado F uncionamento
21/Out/2013 09h00
22/Out/2013 09h00
22/Out/2013 12h00 1 dias Valor de alerta Em
avaria % N ã o activo [detalhes]
ETAR APÚLIA -> Entrada da ETAR Potencial Redox
18/Out/2013 09h00
21/Out/2013 09h00
21/Out/2013 12h00 3 dias Valor de alerta
- 279.50 mV %
N ã o activo [detalhes]
ETAR APÚLIA -> Bomba de gorduras Estado Funcionamento
16/Out/2013 09h00
Valor de alerta Em avaria
% Activo6[detalhes]
ETAR APÚLIA -> Contentor gradados Nív el contentor 15/Out/2013 09h00 Valor de alerta675% % Activo6[detalhes]
ETAR APÚLIA -> Entrada da ETAR Potencial R edox
08/Out/2013 09h00
16/Out/2013 09h00
16/Out/2013 12h00 8 dias Valor de alerta
- 287.10 mV %
N ã o activo [detalhes]
ETAR APÚLIA -> Contentor de Resíduos de Desarenamento Aspecto Visual Resíduos
08/Out/2013 09h00
09/Out/2013 09h00
09/Out/2013 12h00
1 dias Valor de alerta Aparência atípica
% N ã o activo
[detalhes]
ETAR APÚLIA -> Contentor gradados Aspecto Visual Resíduos
05/Out/2013 09h00
06/Out/2013 09h00
06/Out/2013 12h00 1 dias Valor de alerta Aparência
atípica % Nã o activo [detalhes]
ETAR APÚLIA -> Entrada da ETAR Potencial Redox
02/Out/2013 09h00
03/Out/2013 09h00
03/Out/2013 12h00 1 dias Valor de alerta
-260.80 mV %
Nã o activo [detalhes]
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60
5. Conclusão
A implementação da ferramenta informática NAVIATM na empresa Águas do Noroeste, SA
foi bem-sucedida, revelando-se uma ferramenta de gestão operacional de utilização fácil e
intuitiva. Os objetivos propostos foram cumpridos com a exceção da abordagem teórica à
descoloração de efluentes industriais têxteis numa estação de tratamento de águas residuais que
não teve a continuidade desejada por falta de informação relativa ao tipo de corantes utilizados
nas tinturarias e lavandarias pertencentes aos subsistemas de Penices e Água Longa.
Desde a implementação da plataforma é evidente:
– Todas as árvores de localização referentes a cada subsistema (instalação) foram
criadas e parametrizadas;
– Todos os subsistemas passíveis de serem alvo de gestão operacional encontram-se
com as tarefas parametrizadas e planeadas;
– A adaptação e formação dos operadores e dos supervisores à plataforma;
– A melhoria do sistema de comunicação de dados registados de cada instalação;
– Todos os registos são executados sem exceções;
– A facilidade de acesso e de análise dos dados registados no terreno;
– Um aumento de dados registados dotando os dados com mais características qualitati-
vas e quantitativas;
– As variáveis criadas para efeitos de registo por omissão estão a ser bem aceites e a
ser registadas nos devidos registos (diário e de fim-de-semana);
– A diminuição do tempo de registo por parte dos operadores.
No decorrer da implementação as maiores dificuldades encontradas ao implementar a
plataforma NAVIATM foi a resistência dos operadores devido à fase de adaptação, na qual para
além dos registos clássicos, em papel, tinham de introduzir posteriormente os dados numa folha
de Excel, e finalmente introduzir os mesmos dados na plataforma. Esta redundância era
importante para haver um backup dos dados registados, caso ocorresse alguma anomalia ou
61
erros na introdução de dados no NAVIATM. Após este período, deixou-se de efetuar registos na
folha de Excel e iniciou-se a introdução de dados apenas na plataforma. Para facilitar este
período foram criadas novas folhas de registo de dados, em papel, específicas para cada
instalação, de forma a facilitar o preenchimento dos registos (e.g., diários, fim-de-semana). É de
referir que a presença de registos em papel ainda é prática comum. No entanto, denota-se uma
grande redução no seu uso, estando a empresa a poucos passos da eliminação quase total
desta prática.
Ao longo da implementação do NAVIATM, alguns pontos da plataforma foram questiona-
dos para levar à consideração da empresa MdeMaquina, nomeadamente questionou-se a possi-
bilidade:
– De verificar variáveis não carregadas durante os registos;
– De verificar os responsáveis pelos registos de uma forma mais célere e, se possível,
com agrupamento de relatórios, em forma de lista (por instalação, data de planeamento, tipo de
registo [Descrição], e estado da tarefa) na plataforma.
Ao administrador do sistema foi pedido:
– Para analisar a situação de sobrecarregamento do painel do operador aquando do pla-
neamento de tarefas do laboratório de processo, sugerindo a criação de uma equipa de técnicos
do laboratório de processo orientada para o carregamento dos registos de amostragem. Esta
prática pode simplificar tanto o separador Agenda do painel de operador, para os operadores
como para os técnicos de laboratório de processo;
– Para analisar a hipótese de dividir a equipa de operadores COP Cávado por zonas –
Esposende Norte, Esposende Sul, Famalicão/Santo Tirso – de modo a que as tarefas sejam
direcionadas, de forma simples e clara, para as equipas no terreno e evitar confusões em futuras
situações de rotatividade de zonas e instalações.
62
Referências Bibliográficas
[1] L. Afonso, P. Bastos, J. Tavares, C. Costa, & A. César, "A Importância de uma Plataforma Agregadora de Processos na Gestão Operacional de um Sistema Multimunicipal: o case study da aplicação da plataforma NAVIA™ no processo de fusão da Águas do Noroeste ", ed.
[2] S. Figueiredo, "Remoção de Cor em Efluentes de Tinturarias Têsteis," Mestrado em
Engenharia do Ambiente, Engenharia Química, Universidade do Porto, Porto, 1996. [3] C. Guaratini and M. V. Zanoni. (1999) Corantes têxteis. [4] A. Horrocks and S. Anand, Handbook of Technical Textiles. Cambridge: Woodhead
Publishing Limited, 2000. [5] J. Tavares, C. Costa, & G. Barrocas, "NAVIA™: Gestão Operacional de Sistemas de Água
e Efluentes - Uma solução para a Operação ", ed. [6] MdeMáquina, “NAVIA – Sistemas de água e saneamento, infraestruturas ambientais, gestão
operacional”. Endereço eletrónico: www.navia.pt [acedido: 27 de Março de 2013] [7] Quodis Webdesign, “Águas do Noroeste – Grupo Águas de Portugal”. Endereço eletrónico:
www.adnoroeste.pt [acedido: 25 de Março de 2013]
I
Anexo I
Configuração de consulta: respectivamente consulta alarmes de variáveis e consulta de variáveis
II
Adriano Magalhães | INÍCIO
Consulta de Alarmes de Variáveis
Descrição: (apenas se pretende guardar consulta)
Tipos: Valor de alerta
Estados: Activo
Período: Últimos 2 dias
Equipa Virtual: COP Cávado -Equipa Técnicos
Variáveis Águas do Noroeste
G. Sanea. -Trat. e Destino Final(Alta)
Centro Operacional Cávado
Subsistema de Esposende --FD11
Colectores e condutas
ETAR acima de 15 000 até 100 000 hab.
ETAR ESPOSENDE
Geral
Variáveis globais (12)
Linha líquida
Linha Sólida
Meio Hídrico
Linha de Reutilização de água
Estação Elevatória de Gandra
Estações Elevatórias
Subsistema de Curvos --FD11
Subsistema de Fão -FD11
Subsistema de Apúlia --FD11
Subsistema de Antas/Guilheta --FD11
Subsistema de Forjães --FD11
Subsistema de Marinhas -FD11
Subsistema de S. Paio de Antas
Subsistema de Ave --FD10
Subsistema de Vairão
Subsistema de Penices -FD8
Subsistema de Água Longa -FD7
Variáveis Globais
Caudal
Volume água rede
Estado do tempo
Energia vazio 8.1
Energia ponta 8.2
Energia cheia 8.3
Energia super vazio 8.4
Energia total 20
Calibração Equi. de Monitorização e Medição
Verificação de caixa de primeiros socorros
Limpeza edf. geral
Caudal água de rede
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III
Adriano Magalhães | INÍCIO
Consulta de Variáveis
Período: Últimas 24 horas
Tabela única: Não
Variáveis
Águas do Noroeste
G. Sanea. -Trat. e Destino Final(Alta)
Centro Operacional Cávado
Subsistema de Esposende -FD11
Co lectores e condutas
ETAR acima de 15 000 até 100 000 hab.
ETAR ESPOSENDE
Geral
Variáveis (12)
Operações (0)
Equipamentos (0)
Depósitos (0)
Linha líquida
Linha Sólida
Meio Hídrico
Linha de Reutilização de água
Estação Elevatória de Gandra
Estações Elevatórias
Monitorização, Automação e Telegestão
Ou tros
Subsistema de Curvos -FD11
Subsistema de Fão -FD11
Subsistema de Apúlia -FD11
Subsistema de Antas/Guilheta -FD11
Subsistema de Forjães -FD11
Subsistema de Marinhas -FD11
Subsistema de S. Paio de Antas
Subsistema de Ave -FD10
Subsistema de Vairão
Subsistema de Penices -FD8
Subsistema de Casal -FD7
Subsistema de Maganha -FD9
Subsistema de São Gonçalo -FD9
Subsistema de Muro -FD9
Subsistema de Coronados -FD7
Subsistema de Carreira -FD7
Subsistema de Santa Luzia
Subsistema de Barca
Variáveis Fontes de OrigemGUnidade de medida
Caudal [Unidade]
Valor parcial m3/d
Séries separadas
Ver alarmes
Volume água rede [Unidade]
Valor parcial m3
Séries separadas
Ver alarmes
Estado do tempo [Unidade] [Nenhuma] Séries separadas
Ver alarmes
Energia vazio 8.1 [Unidade]
Valor parcial kWh
Séries separadas
Ver alarmes
Energia ponta 8.2 [Unidade]
Valor parcial kWh
Séries separadas
Ver alarmes
Energia cheia 8.3 [Unidade]
Valor parcial kWh
Séries separadas
Ver alarmes
Energia super vazio 8.4 [Unidade]
Valor parcial kWh
Séries separadas
Ver alarmes
Energia total 20 [Unidade]
Valor parcial kWh
Séries separadas
Ver alarmes
Cal ibração Equi. de Monitorização e Medição [Unidade] [Nenhuma] Séries separadas
Ver alarmes
Verificação de caixa de primeiros socorros [Unidade] [Nenhuma] Séries separadas
Ver alarmes
Limpeza edf. geral [Unidade] [Nenhuma] Séries separadas
Ver alarmes
Caudal água de rede [Unidade]
Valor parcial L /h
Séries separadas
Ver alarmes
Subsistema de Forjães -FD11
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IV
Subsistema de Monte Córdova -FD7
Subsistema de Água Longa -FD7
Subsistema de Reguenga -FD7
Subsistema de Agra
Subsistema de Rabada
Subsistema de Queimados -FD9
Subsistema de Matosinhos -FD10
Subsistema ETL de Esposende -FD11
Subsistema de Hab. Social Terroso -FD10
Subsistema de Laúndos -FD10
Ver uardar Consulta C ancelar
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