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Tecnologia como Metodologia
Elaine Cristina NascimentoMestre em Tecnologia – UTFPRPedagoga da Rede Estadual de Educação do Paraná
Rosangela GonçalvesMestre em Educação – UFPRProfessora da Rede Estadual de Educação do Paraná
Comecemos por um simples exercício...
Pense em aspectos da sua vida diária que envolvam direta ou indiretamente o
computador.
Eis alguns exemplos bem conhecidos....
• O contracheque é emitido por computador;
• O extrato bancário, é emitido por computador;
• As contas de luz, água, telefone, etc...são preparadas e emitidas por computador;
• O relatório de notas, boletins e históricos escolares, são emitidos por computador;
• Os programas de TV que são transmitidos diariamente, não poderiam ter sido produzidos e transmitidos sem o auxílio do computador;
• O telefone que utilizamos nos dias atuais, não funciona mais sem o computador , pois as chamadas locais, interurbanas e internacionais são todas completadas e contabilizadas por computador;
• Em aparelhos domésticos, como televisores, aparelhos de DVD, microondas, geladeiras, entre outros...microprocessadores já controlam o funcionamento de uma série de processos;
• Se você vai ao médico, grande parte dos equipamentos usados em exames a que você se submete, são computadorizados;
• Na política, já se vota eletronicamente e prevê-se o fim próximo da democracia representativa, a ser substituída pela democracia direta, eletrônica, em que plebiscitos e referendos sejam feitos instantaneamente;
Continuemos nosso exercício...
Pense em situações da sua vida diária que envolvam direta ou indiretamente
tecnologia.
Mas afinal... O que é tecnologia?
O QUE ENTENDEMOS POR TECNOLOGIA....
VARGAS (1994) nos diz que o termo tecnologia surgiu com os gregos e foi muito confundido com a techné:
...a techné não se limitava à pura contemplação da realidade. Era uma atividade cujo interesse estava em resolver problemas práticos, guiar os homens em suas questões vitais, curar doenças, construir instrumentos e edifícios.... O que entretanto, designamos hoje de forma geral, por técnica não é exatamente a techné grega, onde os conhecimentos eram repassados de geração em geração. A técnica no sentido geral, é tão antiga quanto o homem, pois aparece com a fabricação de instrumentos e essa fabricação já corresponderia a um saber fazer: uma técnica (p.18)
GAMA (1986), descreve o que não seria tecnologia:
• Não é um conjunto de técnicas, e nem uma sofisticação da técnica.
• Não é a “maneira como os homens fazem as coisas”, visto que há muitas coisa que os homens fazem que não são técnicas.
• Não é o conjunto de ferramentas, máquinas, aparelhos ou dispositivos, quer sejam eletrônicos, manuais, mecânicos ou automáticos.
• Não é o conjunto de invenções ou qualquer uma delas individualmente, muito embora seja esta a acepção mais difundida em marketing.
BUENO (1999), conceitua tecnologia como sendo:
“...um processo contínuo através do qual a humanidade molda, modifica e gera a sua qualidade de vida. Há uma necessidade constante do ser humano de criar e grande capacidade de interagir com a natureza, produzindo instrumentos desde os mais primitivos até os mais modernos, utilizando-se de um conhecimento científico para aplicar a técnica e modificar, melhorar, aprimorar os produtos oriundos do processo de interação deste com a natureza e com os demais seres humanos.”
Para MARCUSE (1979), “... a tecnologia é concebida como produção social e como patrimônio da humanidade na produção da vida e na
extensão das possibilidades e potencialidades do homem.”
Tecnologia é...
• Um elemento fundante da vida social;
• É parte da cultura e como tal deve ser compreendida;
• É um vetor fundamental de expressão da cultura da sociedade;
É ESSENCIALMENTE...
“ O conjunto de práticas sociais e históricas, de saberes tácitos e de conhecimentos sistematizados que permitem a satisfação das necessidades humanas – ao mesmo tempo que produzem continuamente novas necessidades – mediante extensão das possibilidades e potencialidades humanas, sendo assim, o desenvolvimento da ciência do trabalho produtivo.” (LIMA FILHO, 2005)
E A ESCOLA?
• Como concebe a tecnologia?• Como relaciona tecnologia e
educação em sua prática educativa?
• Como utiliza os recursos tecnológicos disponíveis em seu interior e fora dela?
• Como aborda a metodologia na tecnologia e a tecnologia como metodologia?
Tecnologia como metodologia
Recursos Tecnológicos
• A fala como tecnologia;• A escrita como tecnologia;• A impressão como tecnologia;• A tecnologia da imagem;• A tecnologia do som;• A tecnologia digital e
multimídia;
Recursos Tecnológicos
Enfim, precisamos orientar o corpo docente :
* Para que tenham clareza de quais são os fins da educação;
• Para que as ações do cotidiano possam ser definidas, considerando os recursos disponíveis para o trabalho escolar e sua intencionalidade;
• Para que busquem através dos recursos tecnológicos,uma análise crítica da realidade e da sociedade;
E principalmente...
Para que concretizem em seu Plano de Trabalho Docente, e em seu fazer pedagógico, ações integradas de
educação e tecnologia, utilizando-as como metodologia de grande valia no processo
formativo dos alunos.
O uso da tecnologia como suporte metodológico: uma possibilidade concreta
Rho Gonçalves [email protected] 2008 25
Algumas sugestões METODOLÓGICAS
Rho Gonçalves [email protected] 2008 26
• Se nos primórdios da TV brasileira existiam apenas 100 aparelhos no país, quatro anos depois do seu lançamento, em 1954, este número passou para 120 mil unidades.
• Na década de 70, foram mais de 6 milhões de unidades.
IBGE(http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/televisao/tvemnumeros.html)
FONTE: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/infografico/2008/09/18/ult3224u91.jhtm
REFERENCIAS TEÓRICAS
BARBERO, J. Martín, REY, Germán; tradução de Jacob Gorender. O exercício do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. 2ª ed., São Paulo: Senac, 2004.
CANCLINI, Nestor García. A globalização imaginada. São Paulo: Iluminuras, 2003. DALLA COSTA, Rosa Maria Cardoso. Le rôle des journaux télévisés: étude de la
réception chez les ouvriers de la ville de curitiba, au Brésil. Tese de Doutorado. Saint-Denis: Université Vencennes Paris VIII, 1999.
FISCHER, Rosa Maria Bueno. Televisão & Educação: Fruir e pensar a TV. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. (Coleção Temas & Educação, 1).
FERRÉS, Joan. Televisão Subliminar: socialização através de comunicações despercebidas. Tradução de Ernani Rosa e Beatriz Affonso Neves. Porto Alegre, RS: Artmed, 1998.
MATTELART, Armando e Michele. Histoire des théories de la communication. Paris: La Decouverte, 1995.
MORAN, José Manuel. Leituras dos meios de Comunicação. São Paulo: Pancast, 1993.OROZCO, Guillermo. JACKS, Nilda Pesquisa de recepção: investigadores, paradigmas,
contribuições latino-americanas. INTERCOM – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, Comunicação para o Desenvolvimento & Comunicação e Extensão, São Paulo, Vol. XVI, n. 1, p. 22-33 janeiro/junho de 1993.
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. Cultura brasileira e indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1988.
WOLTON, Dominique. Penser la communication. Paris: Flammarion, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1998
CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed, 2000.
_______. Os jovens e o saber: perspectivas mundiais. Porto Alegre: Artmed, 2001.
FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1993.
GRAMSCI, Antonio. Cronache Torinesi (1913 – 1917). Primeira Edição: “Avanti!”, ano XX, n.351, 24 de dezembro de 1916.Torino: Einaudi, 1980. Homens ou máquinas (A cura di Sergio Caprioglio). pp. 669 – 671.
WILLIANS, Raynond. Cultura e sociedade: 1780-1950. Tradução de Leônidas H. B. Hegenberg, Octanny Silveira da Mota e Anísio Teixeira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969.
REFERENCIAS TEÓRICAS
Rho Gonçalves [email protected] 2008 29
Algumas possibilidades de análise do Telenovela
A. Semelhanças com contos populares (heróis, vilão, moral da história)
B. Conceitos que o enredo traz (classe, trabalho, sucesso, religiosidade, feio, bonito, certo, errado, amor, etc)
C. Contextualização, locações, passagens de tempo, deslocamentos no espaço (em que tempo e lugar a trama se passa, como esses espaços estão representados)
D. Trilhas musicais (como são intensificados os momentos de interpretação)
Algumas possibilidades de análise do Telejornal
A. Quem apresenta a notícia?
B. Quem produz a notícia?
C. Em que contexto essa notícia é dada?
D. Porque aparecem tais notícias e não outras? Porque umas notícias têm mais tempo e outras menos? Porque uma tem imagem outras não? Porque uma é mais explicada, outra não? Como uma notícia aparece?
A história do Chapeuzinho
Uma matéria significativa apresentada pelo JN sobre a
economia
Grandes financiadoras e bancos começaram a emprestar para quem não podia pagar. Comprar um imóvel ficou fácil demais. O financiamento a longo
prazo saía sem muitas perguntas.
Grandes financiadoras e bancos começaram a emprestar para quem não podia pagar. Comprar um imóvel ficou fácil demais. O financiamento a longo
prazo saía sem muitas perguntas.
• Busquei um exemplo de casa para ilustrar mais uma possibilidade de pesquisa.
• Sítios de instituições públicas, científicas ou pesquisadores que vocês conhecem a reputação.http://www.bullying.com.br/BConceituacao21.htm
Facilitadores e dificuldades
Para pensar...