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E d it o r i a l Simcafé desperta cooperados para uma nova realidade Ricardo Lima de Andrade Diretor Secretário
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lSimcafé desperta cooperados para uma nova realidade
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O 1º Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana, promovido pela Cocapec atingiu seus objetivos com sucesso, pois mais de 850 pessoas prestigia-ram o evento. Dirigentes da Cocapec e Credicocapec, pesquisadores, técnicos, professores, estudantes, lideranças do sistema cooperativista, representantes do Sebrae, Sindicato Rural, Cati e Emater/MG, prefeitos da região, empresários, cooperados da Cocapec, representantes de mais de 40 empresas ligadas direta-mente ao agronegócio, membros da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Es-cola Superior de Agricultura Luis de Queirós (Esalq/USP), Faculdade Francisco Maeda (Fafram) e da Escola Técnica Estadual Prof. Carmelino Correa Junior de Franca/SP, todos interessados no desenvolvimento do agronegócio café, que estiveram presentes no simpósio. O Simcafé – 2009 teve como objetivo principal, oferecer aos partici-pantes informações sobre assuntos voltados à gestão e tecnologia na produção e comercialização de café. É válido ressaltar que, a cooperativa em toda a sua his-tória sempre esteve atenta na busca de alternativas que resultassem em melhorias na eficiência produtiva dos cafeicultores cooperados. Este importante trabalho resultou em grandes incrementos de produtividade e qualidade do café na Alta Mogiana, que conquistou, uma das maiores produtividades do país. Porém, jun-tamente com toda esta evolução tecnológica, novas demandas surgem, os me-canismos do mercado se alteram, e isto traz a necessidade da profissionalização, para que o cafeicultor tenha mais chances de realizar os melhores negócios. Desta forma, o Simcafé 2009 despertou o cooperado para estes impor-tantes assuntos ao mostrar as principais evoluções tecnológicas ocorridas na ca-feicultura, as formas de melhorar a eficiência e o manejo da adubação e nutrição do cafeeiro, formas de planejamento, gestão e otimização dos recursos da fazen-da, a administração financeira da propriedade rural, os custos de produção, as linhas de créditos e as ferramentas de comercialização de café. Desde já agradecemos a presença de todos, em especial aos dedicados cooperados sempre atuantes nas ações da Cocapec. Este evento nos leva a acre-ditar, que a cooperativa abriu uma boa frente para que o café da Alta Mogiana tenha sempre reconhecimento como o melhor café produzido no Brasil, e que Franca e região sejam projetadas como centro dessa produção, além de manter a Cocapec na posição de uma das principais cooperativas de café do estado de São Paulo. Manteremos incansavelmente o empenho nos trabalhos e ações, para que os cooperados tenham cada vez mais competitividade e mercado para compensar seu trabalho, zelo e dedicação pela cafeicultura. Para tanto, a continuidade dos serviços de assistência técnica, negócios ofertados, capacitações, evolução dos conceitos de gestão, parcerias com insti-tuições de pesquisa, prestação de contas da administração aos cooperados, ga-rantem e garantirão que a Cocapec cumpra seu real papel de cooperativa, con-tribuindo para o desenvolvimento dos cooperados e da cafeicultura regional.
Ricardo Lima de Andrade Diretor Secretário
4 Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009
Índice
CREDICOCAPEC
Fundo garantidor SICOOB
Capa
1º Simcafé
Gestão é a nova ordem
Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados
Diretoria Executiva CocapecMaurício Miarelli – Diretor Presidente
Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-PresidenteRicardo Lima de Andrade - Dir. Secretário
Conselho de Administração Cocapec Galileu de Oliveira Macedo
João José CintraJosé Amâncio de Castro
Luis Clóvis GonzagaPaulo Henrique Andrade Correia
Wanderley Cintra Ferreira
Conselho Fiscal CocapecCyro Antonio Ramos Donizeti Moscardini
Renato Antônio Cintra
Cocapec FrancaAvenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052
Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270
FiliaisCapetinga: (35) 3543-1572Claraval: (34) 3353-5257Ibiraci: (35) 3544-5000
Pedregulho: (16) 3171-1400Serra Negra: (19) 3892-7099
Diretoria Executiva CredicocapecJosé Amâncio de Castro - Dir. Presidente
Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. AdministrativoEdnéia Ap.V. B. Almeida - Dir. Créd. Rural
Conselho de Administração CredicocapecIsmar Coelho de OliveiraJosé Henrique Mendonça
Nivaldo Antônio RodriguesWanderley Cintra Ferreira
Conselho Fiscal CredicocapecAmilcar Alarcon Pereira
Giane BiscoRenato Antônio Cintra
CredicocapecFone (16) 3720-0030 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SP
PAC - Pedregulho:(16) 3171-2118PAC - Ibiraci (35) 3544-2461
[email protected] - www.credicocapec.com.br
CoordenaçãoEliana Mara Martins
Núcleo de CriaçãoComunicação/MKT COCAPEC
DiagramaçãoLuis Eduardo Facioli
Apoio Gráfico / FotosMarcelo Siqueira
RedaçãoLuciene Reis
RevisãoDenise Resende de Oliveira
Jornalista ResponsávelRealindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781
Tiragem: 2.400 exemplares
Home Pagewww.cocapec.com.br
É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.
A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira
responsabilidade de seus autores.
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Revista COCAPEC
Eventos
10 anos da filial de Capetinga
Café
Cuidados na hora da colheita
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Conheça sua cooperativa
Setor Técnico
E agora José?
Café
Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009 5
Eventos
Evento promove recolhimento de embalagens de defensivos agrícolas
Serra Negra recebe cafeicultores em Dia de Campo da Cocapec
A Cocapec promoveu no sá-bado, 5 de junho, o 5º Dia de Campo Circuito das Águas. O evento ocor-reu no Sítio Santa Joana, no Bairro dos Leais, em Serra Negra e contou com a participação de 150 cafeiculto-res da região do Circuito das Águas, de Minas Gerais e São Paulo. O evento iniciou com ativi-dades de campo, onde houve demons-tração de tecnologias para a cultura do café, na forma de novos produtos como insumos e ainda apresentação de implementos e técnicas de manejo da lavoura. Após a visita ao campo, os participantes assistiram a palestra “O manejo de podas do cafeeiro”, minis-trada pelo engenheiro agrônomo Dr. Edson Gil. O dia terminou com a confraternização entre os presentes. De acordo com Eduardo Lei-te, engenheiro agrônomo da Cocapec na região, o evento alcançou o obje-tivo de transmitir novas tecnologias para a cultura do café aos produtores de Serra Negra e região, além de ter recolhido embalagens de defensivos agrícolas que precisam ter destino correto. Há seis anos, os produtores de Serra Negra e região, conhecendo o trabalho realizado pela Cocapec na Alta Mogiana, perceberam sua importância, se organizaram e viabi-lizaram uma filial no município.
Cooperados assistem a palestra “O manejo de podas do cafeeiro”.
Engenheiro Agrônomo, Dr. Edson Gil fala aos presentes
Luciene ReisAnalista de Comunicação
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Eventos
Cooperados, diretores e colaboradores da Cocapec participaram de café da manhã festivo realizado na unidade
Filial de Capetinga comemora 10 anos
A filial de Capetinga completou 10 anos pro-movendo a cafeicultura e o cooperativismo. Inaugura-da em 10 de junho de 1999, inicialmente, a unidade da Cocapec em Capetinga contava com um quadro social de 39 cooperados. Hoje são 123 associados, e a Filial ain-da atende os municípios de Cássia, Delfinópolis e São Tomás de Aquino. Para comemorar a data foi realizado um café da manhã especial, com a presença de funcionários, diretores e cooperados. Mauricio Miarelli, presidente da Cocapec, resgatou momentos importantes da filial mineira e destacou os números que permeiam a história da unidade, “festejamos hoje esta importante data, res-saltando a dedicação dos colaboradores desta unidade, que com determinação, vêm promovendo a melhoria da qualidade de prestação de serviço e atendendo com mui-to zelo o nosso principal parceiro, o cooperado”, disse Miarelli aos presentes.
O diretor ressaltou que nestes 10 anos a Coca-pec de Capetinga passou por reestruturações e amplia-ções, o prédio onde funciona a filial foi adquirido, o que melhorou o atendimento comercial. A capacidade ini-
Luciene ReisAnalista de Comunicação
Maurício Miarelli, presidente da Cocapec resgata história da filial
Camilo José Custodio FaleirosCoordenador do Comitê Educativo de CapetingaEm nome do comitê educativo de Capetinga, e dos cooperados, gostaria de parabenizar a filial e seus funcionários pelos seus 10 anos.
Joana D. F. Lemos da Silva Coordenadora da Filial de CapetingaAgradecemos cada pessoa que fez parte desta década, seja cooperado, cliente, fornecedor ou funcionário. São pessoas que farão estes 10 anos se multiplicarem.
Depoimentos
Adilson Marques da Silva Colaborador da Filial de CapetingaAgradeço a Deus, pela força, sabedoria e por sermos protagonistas desta história. Parabéns Cocapec pelos 10 anos em Capetinga.
Ricardo Faleiros Guilherme Colaborador da FilialEstou orgulhoso e feliz em pertencer ao quadro de funcionários da Cocapec de Capetinga. Que-ro aqui deixar meus parabéns por estes 10 anos de cooperativismo em nossa região.
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Eventos
Marca Senhor Café é divulgada pela cooperativa através de co-patrocínio ao vôlei
Cocapec renova co-patrocínio ao vôlei feminino
A Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaris-tas - Cocapec, confirmou a renovação do co-patrocínio da equipe Carmen Steffens / Senhor Café - Franca. O propósito é continuar incentivando a equipe e através dela, divulgar nacionalmente a marca Senhor Café, que foi criada e lançada pela Cocapec há 20 anos. O co-patrocínio da equipe de vôlei é resultado dos enten-dimentos com a diretoria da Associação Francana de Voleibol, e vem desde o ano passado. O Senhor Café passa por uma rigorosa seleção dos melhores grãos produzidos na região da Alta Mo-giana, reconhecida mundialmente por produzir grãos fi-nos que conferem qualidade inigualável aos blends mais apreciados. O Senhor Café transmite sabor e requinte inigualáveis, que já conquistaram o Brasil e o mundo. Para Mauricio Miarelli, presidente da Cocapec, o café da Alta Mogiana é tradicional devido à bebida ser real-mente superior e insuperável em qualidade.
Realindo Junior Jornalista
cial de armazenamento de café que era de 20 mil sacas passou em 2006, com a ampliação do armazém, para 60 mil sacas de café. E o recebimento de café que era de 30 mil sacas de café em 2002 evoluiu para 58 mil sacas em 2008, o que mostra a participação dos cooperados e a representatividade da cooperativa na região. Outros benefícios, destacados por Miarelli para o município, são o Projeto Escola no Campo, que em 8 anos já atendeu em torno de mil crianças de 6ª sé-rie, promovendo a conscientização para a preservação do meio ambiente, a produção de alimentos saudáveis e a saúde do trabalhador e produtor rural. A campanha anual de recolhimento de embalagens, também é suces-so na cidade. Outro benefício que demonstra o engaja-mento dos cooperados, é o Programa 4C, onde 15% dos cafeicultores atendidos são de Capetinga.
Priscila, capitã da equipe, convocada pela Seleção Brasileira para disputar o 25º Universiade em Belgrado (Sérvia)
Antenor Faleiros, primeiro cooperado da região, corta o bolo
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Social
Pelo segundo ano consecutivo, as cooperadas e esposas de cooperados vivem momentos especiais proporcionados pelas duas cooperativas
Cocapec e Credicocapec realizam 2º Encontro de Mulheres
Cooperativistas
A Cocapec e a Credicoca-pec promoveram seu 2º Encontro de Mulheres Cooperativistas. O evento foi realizado das 7h30 às 17h30, na Fazenda Jaborandi, na região de Franca. Foram inscritas 150 mu-lheres, cooperadas e esposas de cooperados dos 13 municípios da área de atuação das cooperativas. O objetivo deste evento é promover o agronegócio café e o cooperativis-mo, além de inserir ainda mais as mulheres na realidade de cada coo-perativa.
O tema deste ano foi “A Mulher e o Agronegócio Café”. O assunto foi tratado através de pa-lestras e atividades em grupo, que possibilitaram discussões sobre o assunto. Para isso, tivemos a parti-cipação dos especialistas, Anselmo Magno de Paula, gerente de café da Cocapec e Ednéia AP. V. B. Almei-da, diretora de crédito rural da Cre-dicocapec, que trataram da impor-tância deste negócio para o Brasil e o mundo. O Encontro também con-tou com a presença do barista Márcio Alves, apresentando as par-ticularidades desta bebida e da fi-sioterapeuta Larissa Brentini. Para encerrar, a psicoterapeuta Daniela Godinho falou sobre a auto-estima e valorização feminina. O dia foi marcante e repleto de conhecimento para as mulheres participantes, pois elas puderam discutir em grupo o papel da mu-lher no agronegócio café. As incrições foram realiza-das mediante a doação de agasalhos que, posteriormente foram entre-gues em duas instituições filantró-picas de Franca.
Agasalhos ajudam instituições de Franca Duas instituições de Franca receberam os agasalhos doados pe-las mulheres. O Lar de Ofélia que atualmente abriga 105 idosos rece-beu as roupas de adulto, e o Recan-to Infanto-juvenil, que atende 100 crianças de 6 a 12 anos, ficou com os agasalhos infantis. Quase 200 peças socorreram essas casas no inverno mais rigoroso dos últimos anos, em uma só iniciativa geramos conhecimento e calor.
Bruna MaltaAnalista de Comitê
Fotos: Marcelo Siqueira/Cocapec
Eliana M. Martins, coordenadora da comunicação, abre evento
Colabore com as Instituições
As duas instituições que receberam os agasalhos necessitam de colaborações da comunidade.
Para ajudar entre em contato.
Lar de Ofélia (16) 3727.6975
Recanto Infanto - Juvenil (16) 3722.1269
Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009 9
Social
Concurso de culinária O Concurso de Culinária foi criado para esta edição do Encontro. O intuito foi fazer com que as mu-lheres tivessem um papel ativo na realização do evento, além de pro-porcionar um envolvimento ainda maior entre as mulheres presentes. Dezenas de pratos foram inscritos e o café da manhã foi um verdadeiro festival de sabores, com-provando o talento culinário das participantes. Todas que estavam presentes escolheram os três melhores pratos do dia, veja quem são as premiadas:
Acompanhe receitas vencedoras na página 10
1º lugar - Rita Ap. dos Santos Souza, Capetinga/MGReceita: Pão de calabresa
Diretores das duas cooperativas dão boas-vindas Anselmo Magno fala sobre agronegócio café
O dia começa com atividades de alongamento
Mulheres participam de atividades em grupo Café da manhã com receitas caseiras
Daniela Goldinho fala sobre a valorização feminina
Goldinho finaliza palestra com alegre dinâmica de bexigas
Atividade promove intregação entre as presentes
2º lugar - Elizabete Moscardini Freitas, Cristais Paulista/SPReceita: Bolacha de goiabada com amendoim
3º lugar - Sandra Carla Nonato Carrijo, Ibiraci/SPReceita: Bolo de iogurte
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Receitas
INGREDIENTES 4 ovos inteiros 1 copo de iogurte natural 2 copos (iogurte) açúcar cristal 2 copos (iogurte) de farinha de trigo ¾ copo (iogurte) de óleo 1 colher (sopa) de pó Royal
INGREDIENTESMassa 50g de fermento biológico 2 colheres de açúcar ½ colher de sal 50g de margarina 2 ovos 1 cebola ralada 100g de bacon picado fino 100g de uva passa Erva doce, orégano, azeitona 500g de farinha de trigo 1 copo de leite morno ou água morna
Recheio 200g de lingüiça calabresa picada 50g de queijo ralado 300g de ricota temperada
Pão de Calabresa Bolacha de goiabada com amendoim
Bolo de iogurte
MODO DE PREPARO Amassar todos os ingredientes até a massa ficar macia. Enfarinhe a massa e abra com um rolo, coloque o recheio, enrole e achate a mas-sa com as mãos. Corte com uma faca em três partes. Faça uma trança. Coloque em forma untada e deixe crescer. Pincele gema e coloque para assar.
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MODO DE PREPARO Bata todos os ingredientes no liquidifi-cador. Unte a forma com óleo, açúcar cristal e canela (se gostar) e asse em forno médio (180°C) por cerca de 40 a 45 minutos. Desenforme ainda morno.
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INGREDIENTES 3 ovos 1 copo de (requeijão) de leite 1 copo de (requeijão) de nata 2 xícaras de açúcar 2 colheres (bem cheias )de sal amoníaco ½ xícara de coco ralado (opcional) 1 kg aproximadamente de farinha
MODO DE PREPARO Bata no liquidificador todos os ingredientes, menos a farinha. Coloque em um recipiente e acrescente a farinha. Amasse bem, abra a massa com um rolo, re-cheie com goiabada e enrole fazendo cordões. Corte-os. Bata no liquidificador o amendoim cru e na sequência passe as bolachas no leite e no amen-doim. Asse em forno brando (aproximadamente 180°C)
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Social
Aliança Cooperativa Internacional (ACI) define tema para a comemoração do 87º Dia Internacional do Cooperativismo
Impulsionar a recuperação global por intermédio das cooperativas
“Impulsionar a recuperação global por intermédio das cooperati-vas”. Ao definir o tema do 87º Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado no primeiro sábado de julho, a ACI traz a tona caracterís-ticas essenciais do movimento e nos faz refletir, mais uma vez, sobre a força do setor. Presente em 85 paí-ses, o cooperativismo é referência no Brasil por sua participação na econo-mia nacional e desenvolvimento do País. Hoje, o Sistema Cooperativista Brasileiro, formado por um universo de 7.687 cooperativas, 7,8 milhões de associados e 254 mil empregados, responde por 6% do PIB brasileiro e 40% do PIB agropecuário local. O fato de ter como raiz e maior capital a “sua gente”, faz do co-operativismo esse movimento forte. Diferencial este, que impulsiona um processo de consolidação e desenvol-vimento constantes. São pessoas que se unem em busca de melhoria de renda, de crescimento, aliando efi-ciência econômica à eficácia social, e encontram no cooperativismo um caminho de empreendedorismo. Focada no desenvolvimento sustentável, a ampliação desse espaço é uma meta do setor cooperativista. Destaca-se, então, a importância de se ter cooperativas sólidas para se chegar a esse objetivo maior. É preci-
so ter clara a percepção de que os be-nefícios de ser representado por uma cooperativa vão além de uma atuação eficaz em processos de negociação de preços. As vantagens não são apenas diretas e operacionais, restritas a um melhor retorno na comercialização das sacas de café ou dos insumos, por exemplo, mas também indiretas. Além de trabalhar pela agre-gação de renda de seu quadro social, as cooperativas funcionam como re-ferência e centros de segurança para seus cooperados. É necessário fazer um exercício de abstração do foco nos retornos imediatos e visualizar os resultados em longo prazo, com uma visão estratégica. Mais uma vez, fica evidente a importância das cooperativas, des-tacando-se que são os associados os donos do próprio negócio e respon-sáveis pela definição das estratégias e rumos a serem seguidos. Em momentos de turbulên-cia, como os ocasionados pela crise financeira internacional, iniciada no segundo semestre de 2008 e com re-flexos ainda hoje, isto se ratifica no-vamente. Com a retração dos merca-dos interno e externo e diminuição da oferta de crédito, as cooperativas tomaram a frente em diversas situa-ções, fazendo desse, um momento de novas oportunidades. Elas tiveram
papel preponderante na disponibi-lização de recursos para garantir o custeio e a comercialização da safra de seus cooperados, solucionando a retração de crédito conseqüente da saída das tradings. Para mitigar e também contornar esses efeitos, as cooperativas investem ainda mais em projetos de intercooperação e também em processos de integração com organizações de outros países. Os resultados das exporta-ções diretas do setor no primeiro quadrimestre de 2009 confirmam essa postura naturalmente empreen-dedora do cooperativismo. Como previsto, foi registra-da queda nas vendas externas das cooperativas brasileiras, 8,6%, po-rém menor que o valor contabiliza-do pelos embarques totais do Brasil, de 17,53%. Os efeitos da crise se-riam sentidos, porém de forma mais abrupta, individualmente. Daí a ne-cessidade de se trabalhar para um fortalecimento e crescimento pro-gressivos do cooperativismo e, como proposto pela ACI, “impulsionar a recuperação global por intermédio das cooperativas”.
* Organização das Cooperativas Bra-sileiras (OCB) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo.
Márcio Lopes de FreitasPresidente do Sistema OCB* e cooperado da Cocapec
12 Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009
Técnico
Flórida é o maior produtor de laranja norte americano, posicionando os EUA como o segundo produtor mundial, atrás apenas do Brasil
Universidade possui campus voltado exclusivamente para citrus
Conhecer novas tecnologias e inovações no campo norte america-no foram os objetivos da viagem até a Universidade da Florida, na cidade de Orlando, EUA. A viagem ocorreu em abril, ocasião em que nos reuni-mos em um grupo de engenheiros agrônomos brasileiros. Com a proposta de buscar informações sobre tecnologias, apli-cações e avanços do segmento de pulverização e adubação, visitamos além da Universidade, algumas fa-zendas e dias de campo para uma melhor visualização de uma grande
tecnologia que avança todos os dias na agricultura Americana. Uma viagem de suma importância, pois a visão de tecnologia e inovação no campo que tivemos devem permitir que aperfeiçoemos a nossa atuação no campo brasileiro. A Universidade do Estado da Flórida (Florida State University - FSU) é uma universidade pública localizada em Tallahassee, no estado americano da Flórida. Durante os últimos 90 anos, a Universidade da Flórida (UF), e o Citrus Investigação e Centro de Educação (CREC), são
organizações para o desenvolvimento de Pesquisa, Extensão, Ensino e Di-fusão de Tecnologia. A citricultura na Flórida tem sido historicamente um importante setor da economia agrícola do estado, e continua assim até hoje. Cítricos, incluindo laranjas, tangerinas, limas, frutas e outras especialidades, são as maiores commodities agrícolas do estado, que é responsável por 80% do fornecimento de citros dos Esta-dos Unidos que é o segundo maior produtor mundial de laranja atrás do Brasil, que figura como primeiro. Atualmente, a ênfase do programa é a extensão sobre cancro cítrico e greening. Essas doenças representam grave ameaça para a citricultura da Flórida. O restante da programação é voltada principalmente para con-trolar doenças fúngicas foliares, para melhorar a produtividade e qualida-de dos frutos cítricos da Flórida. A Universidade auxilia os produtores na execução e controle químico, pro-gramas culturais através de reuniões no âmbito estadual, artigos técnicos, bem como orientação sobre a doença de citros Hotline. Além disso, diag-nosticar problemas nas frutas, onde surgem manchas e decai a produtivi-dade da árvore, fornecendo recomen-
Alex CarrijoEng. Agrônomo Cocapec
Fazenda produtora de laranja no estado da Flórida, EUA
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Técnico
Lavoura, no “coração” da cidade de São Paulo, produz uma tonelada de grãos
Sabor da Colheita de Café
Assessoria de Comunicação da Secretaria da Agricultura de São Paulo Adaptação Equipe de Comunicação Cocapec
dações para lidar com Phytophthora, doenças bacterianas e outros proble-mas. Tivemos enfim grandes ex-periências inovadoras no setor citros norte-americano, onde as mesmas podem ser aplicadas para a cafeicul-tura brasileira. Apesar de ter visitado um ou-tro país e outra cultura foco, vejo que alguns pontos podem ser comuns, e que levam ao sucesso que destaco do modelo americano como: organiza-ção, sintonia entre instituições, pla-nejamento, informações, tecnologias, orientações para o mercado e abertu-ra para mudanças tecnológicas.
O tradicional even-
to “Sabor da Colheita de Café” foi realizado no Instituto Biológico, que é ligado à Agência Paulista de Tec-nologia dos Agronegócios da Secre-taria de Agricultura e Abastecimen-to do Estado (IB/Apta/SAA), no dia 18 de junho. O secretário João Sam-
paio, produtores, representantes de instituições ligadas à cadeia, como cooperativas, sindicatos, indústrias e supermercadistas, estiveram pre-sentes. O evento foi organizado pela Coordenadoria de Desenvolvimen-to dos Agronegócios da Secretaria (Codeagro) e pela Câmara Setorial
do Café. A realização esteve a cargo do Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé) e do IB, com o apoio da Associa-ção Brasileira da Indústria de Café (Abic). O IB abriga o único cafezal situado no “coração” da cidade de São Paulo. A lavoura produz uma
tonelada de grãos, que são doados ao Fundo de Solidariedade e Desenvol-vimento Social e Cultural/SP. Desde 2006, é realizado um ato simbólico que marca o início da colheita do café no Estado. Os presentes fazem a colheita seletiva (grãos maduros), utilizando todo o aparato necessário (óculos de proteção, luvas, avental, chapéu, peneiras e balaios). Para Plaucius F. Seixas, Co-ordenador de Operações Café da Cocapec que representou a coopera-tiva na ocasião, o “Sabor da Colhei-ta de Café” é um evento importante que deve ser realizado todo ano, pois o café é um produto tradicional e de qualidade no estado de São Paulo.
Campos da Universidade do Estado da Flórida, EUA
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14 Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009
Comitê
O que move o comitê educativo é a interação entre cooperado e cooperativa
Qual a importância da participação?
Os comitês existem com o propósito de ser uma ferramenta de apoio, não apenas para a diretoria, mas também para os cooperados. Com estes encontros, o coo-perado tem maiores oportunidades de exercer seus direitos e deveres. Mas para que isso aconteça, é essen-cial a participação dos cooperados e familiares. Sem esta presença, as reuniões perdem sentido e valor, e a região fica sem representatividade no núcleo cooperativo. E, quais os direitos e de-veres garantidos pelos comitês aos associados? Dentre eles, manter os cooperados informados a respeito da cooperativa. Nas reuniões. os produtores ficam sabendo das ações promovidas pela cooperativa, dos resultados de cada exercício, das no-
Bruna MaltaAnalista de Comitê
vidades de mercado e das políticas agrícolas. Desta forma, o coopera-do participativo conhece e utiliza melhor os benefícios que a coope-rativa oferece, além de ter um canal para apresentar suas reivindicações.
A participação traz melho-rias, informação e poder de compe-tição diante dos novos desafios. O cooperado que participa dos comitês está mais preparado para falar e dis-cutir as dificuldades da cooperativa, além de ficar muito mais informado sobre o agronegócio café. Os comitês também reali-zam e apóiam cursos, treinamen-
tos, dias de campo e palestras para aprimorar o conhecimento dos pro-dutores, tanto com relação à cafei-cultura, como assuntos referentes ao cooperativismo. Um exemplo rico, são os encontros de mulheres e cur-sos promovidos pelo Senar e Sebrae em nossa região.
Como o cooperado se desenvolve participando dos comitês?
Como estar mais próximo das decisões da cooperativa?
Apontar falhas ou dar opi-niões, são ações asseguradas aos cooperados através do comitê, pois este representa a diretoria e está de portas abertas para ouvir e reportar às pessoas competentes as sugestões e opiniões dos cooperados. O comi-tê permite que todos sejam ouvidos e atendidos da melhor maneira. Desta forma, os cooperados serão cada vez mais conhecedores da co-operativa. A participação dos coopera-dos, portanto, é essencial para ma-nutenção desta ferramenta que tem o propósito de contribuir para o desenvolvimento do cooperado e da gestão da Cocapec. Com esta troca de informação, as idéias evoluem e caminham para o ideal almejado por todos.
Participe, é seu direito e dever!
Fotos: Arquivo Cocapec
Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009 15
Comitê
Trabalho realizado pela cooperativa está cada vez mais valorizado
Comitê atrai mais de 250 pessoas em maio
A participação dos coope-rados nos encontros dos comitês é essencial, tanto para o cooperado, como para a Cocapec. Esses mo-mentos possibilitam ainda mais a aproximação da cooperativa com seus sócios, e permite que ela conhe-ça as necessidades de cada região, o que possibilita um melhor atendi-mento aos produtores. Um exemplo disso aconteceu na última rodada de reuniões. A di-retoria e o departamento de comer-cialização estiveram presentes em to-das as reuniões, esclarecendo para os
cooperados as mudanças aprovadas na última Assembléia Geral Ordiná-ria (AGO). Foram apresentadas as novas condições de taxas de armazenagem que, durante o exercício de 2009, terá um valor diferenciado. Outro item tratado na reunião foi a resti-tuição, de parte do valor investido em sacaria adquiridas na cooperati-va, para o cooperado que armazenar e comercializar na Cocapec. O va-lor será restituído em dezembro de 2009, sendo que, o depósito do café deverá ocorrer até 30 de novembro
deste ano. Informações detalhadas sobre estes benefícios podem ser ad-quiridas no Departamento de Café da matriz ou na filial da Cocapec mais próximo de você. A participação do cooperado e seu envolvimento com os comitês permitem que este seja cada vez mais dinâmico e informativo, proporcio-nando integração ao universo da Cocapec. Por isso, você que é coope-rado e não participa dos comitês, informe-se melhor sobre as regiões atendidas e exerça o seu direito.
Bruna MaltaAnalista de Comitê
Comitê Educativo de Itirapuã / Patrocinio PaulistaComitê Educativo de Capetinga
Comitê Educativo de Pedregulho
Comitê Educativo de ClaravalComitê Educativo de JeriquaraComitê Educativo de Ibiraci
16 Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009
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A cafeicultura da Alta Mogiana, com mais de um século de existência, se tornou bastante competitiva e profissional. Os solos desta região, o clima bem defi-nido e as altitudes elevadas somados ao profissionalis-mo de cafeicultores dedicados e empreendedores, foram condições importantes para toda esta evolução. Neste cenário destacamos o importante trabalho da Cocapec na prestação de serviços, como a assistência técnica, o laboratório de análise de solo e folha, a comercialização de café, o GIS (Sistemas de Informações Geográficas), o ATA/FC (Assistência Técnica Agronômica / Força no Campo), o CPC (Custo de Produção de Café), e a co-mercialização de fertilizantes e insumos. Não podemos deixar de destacar também os agrônomos extensionistas que estão diretamente ligados ao produtor no campo, levando tecnologias e serviços que aumentem a produti-vidade e qualidade do café. As instituições de pesquisa também estão em continuo desenvolvimento de tecno-logias, tais como fertilização de solos, irrigação, contro-les fitossanitários, variedades para as mais diferentes si-tuações, formas de plantio, mecanização dentre outras. De forma geral, é notório que todos os elos li-
gados à cadeia produtiva do café desempenham com muita competência suas funções, e isto sim faz da cafei-cultura na Alta Mogiana um segmento do agronegócio que emprega as mais altas tecnologias, o que resulta em consideráveis incrementos de produtividade e manuten-ção da qualidade, oferecendo ao mercado, um produto diferenciado com características qualitativas únicas. Mas ao longo do tempo, o que estamos sentin-do é que embora ocorra todo um profissionalismo dos sistemas de produção, o produtor amarga momentos de dificuldade, com margens apertadas e consequentemen-te lucros diminuídos. O mercado também sofreu suas evoluções, no-vas exigências surgiram por parte dos consumidores e sem dúvida alguma, o acesso a informações e a veloci-dade que estas se deslocam propiciam respostas rápidas do mercado, alterando o preço pago ao produtor, princi-palmente no mercado futuro. Devido a estas mudanças, os produtores e torrefadores utilizam cada vez mais as ferramentas de comercialização, visando se proteger do comportamento incerto do mercado e garantindo uma margem que pague os custos de produção, e de certa
Saulo FaleirosEng. Agrônomo da Cocapec
1º SimcaféPrimeiro Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana alcança mais de 850 participantes
Fotos: Telephoto
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forma, resulte em lucro. Toda esta evolução tecnológica e mercadológica é muito positiva para o produtor, porém isto exige um maior grau de profissionalismo em assuntos gerenciais, para que as tomadas de decisão sejam as mais assertivas possíveis. Para isto, é necessário que o empresário rural desperte o interesse em buscar informações ligadas aos processos de gestão de seus negócios, e da mesma forma que as tecnologias de produção foram adotadas, as fer-ramentas de gestão também deverão ser desenvolvidas e implantadas nas propriedades. Com o objetivo de despertar e atualizar seus co-operados da importância da gestão, a Cocapec realizou o Primeiro Simcafé – Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana, que contou com a presença de pelo menos 850 pessoas que participaram de forma assídua do evento. No primeiro dia do evento, foi realizada a sole-nidade de abertura com a presença de várias autoridades que representaram a prefeitura local e cidades regionais, produtores, sindicatos, instituições de pesquisa e ex-tensão e demais organizações e cooperativas ligadas ao
Prof. Dr. Ricardo de Souza Sette“Quando vi mais de 800 presentes, foi impactan-te. Isso reflete a lide-rança da Cocapec, pois os resultados obtidos representam uma boa condução da coopera-tiva. O Simcafé superou todas as minhas expec-tativas.”
Ao centro Prof. Dr. José Laércio Favarin recebe o kit Senhor Café dos diretores da Cocapec
Prof. Dr. Ricardo de Souza Sette recebe kit Senhor Café de colaboradora da Cocapec
Prof. Msc Uriel Rotta comenta evento para a equipe da Cocapec
Prof. Dr. Fabio Moreira recebe kit Senhor Café do presidente da Cocapec
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agronegócio café. Na seqüência, o Agrônomo Saulo C. Faleiros do departamento técnico da Cocapec, fez uma breve apresentação explicando as principais evoluções tecnológicas ocorridas nos últimos tempos na cafeicul-tura, e explanou os objetivos do Simcafé, colocando os participantes no clima do evento. E para fechar a noite, uma apresentação do mágico Hendrigo descontraiu to-dos os participantes, que em seguida aproveitaram um coquetel e visitaram os stands dos expositores. No segundo dia o Prof. Dr. José Laércio Fava-rin, Esalq – USP / Piracicaba – SP, abriu o evento com uma palestra sobre as formas de melhorar a eficiência e o manejo da adubação e nutrição do cafeeiro, que com certeza resulta em menores custos e economia de recur-
sos para o produtor, uma vez que o fertilizante é um im-portante fator de custo de produção do café. Seguindo a programação do evento foi servido um café da manhã especial, para que fosse comemorado o Dia Nacional do Café. Em seguida, o Prof. Dr. Ricardo de Souza Sette da Universidade Federal de Lavras – UFLA / Lavras – MG, ministrou a segunda palestra do dia, apresentando formas de planejamento, gestão e otimização dos recur-sos da fazenda, quer eles sejam físicos, humanos e /ou mercadológicos, o que certamente resulta em melhorias do sistema organizacional da fazenda, despertando o produtor para assuntos muitas vezes desconhecidos ou ignorados. No período da tarde, após o almoço que foi ser-vido aos participantes, os trabalhos iniciaram com a pa-lestra do Prof. Msc Uriel Rotta do Centro de Inteligência em Mercados – PENSA / São Paulo - SP, que conduziu sua apresentação focando a administração financeira da propriedade rural, os custos de produção, as linhas de créditos e as ferramentas de comercialização de café, como estes fatos se interagem, e o que o produtor pode fazer para otimizar a utilização destes recursos. Fechan-do o evento, o Prof. Dr. Fabio Moreira da Universidade Federal de Lavras – UFLA / Lavras - MG, apresentou uma brilhante palestra sobre colheita, uma vez que esta ocupa um lugar de destaque nos custos de produção. Foram abordadas as vantagens da colheita mecanizada, comparando-se os custos com a colheita manual. O que também chamou a atenção foram as alternativas de me-
Wanderley Cintra Ferreira, cooperado. “Foi muito importante a mudança do Dia de Campo Café para o Simcafé. Percebemos isso na presença maciça dos coopera-dos que com sua participação já deram resposta ao trabalho da cooperativa.”
Mauricio Miarelli, presidente da Cocapec abre o evento dando boas-vindas aos participantes
Barista prepara bebidas para os visitantes no stand da Cocapec
Público presente aproveita o intervalo de visita aos stands dos parceiros
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Fernanda Silveira Maciel Raucci, cooperada. “O Simcafé cumpriu sua finalidade. O evento foi um sucesso e eu espero que seja o primeiro de muitos.”
canização para a maioria dos tipos e tamanhos de pro-priedades, e que cabe ao produtor se adequar e utilizar da forma mais otimizada possível seus recursos, sempre pensando em melhorar sua competitividade. Ao final do evento, a comissão organizadora, as mais de 40 empresas presentes e a diretoria da Cocapec, comemoraram muito o sucesso, pois os objetivos do Si-mcafé foram alcançados com a presença de grande parte de seus cooperados que realmente despertaram para os assuntos abordados. Por fim, cabe a nós agradecer a presença de todos os participantes e também, as empresas de máquinas e insumos que participaram do patrocínio, para que este evento se tornasse viável. É importante lembrar que a cooperativa continua desenvolvendo ações sobre o apri-moramento da gestão das propriedades cafeeiras, e logo mais estará levando mais este serviço a seus cooperados, possivelmente com mais treinamentos e juntamente com assistência técnica.
Equipe organizadora do 1º Simcafé Eng. Agr. Saulo Faleiros, fala sobre a evolução do
agronegócio café na Alta Mogiana
Presentes aproveitaram stand da Cocapec para discussão dos temas apresentados no evento
Área de exposição de máquinas permite realização de negócios
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Um espresso excelente só pode ser obtido com grãos de qualidade superior
Cuidados práticos na hora da colheita
O nicho de cafés especiais para espresso vem ocupando um espa-ço cada vez maior entre os consumi-dores, por oferecer uma bebida com mais aroma e sabor. Esse mercado tem crescido, entre 10 e 15% ao ano, em todo o mundo – tendência que deve ser mantida nos próximos dez anos, enquanto os cafés tradicionais, comercializados como commodity, crescem apenas de 1 a 1,5% ao ano. Uma particularidade do es-presso – forma de preparo com extra-ção mais rápida, alta pressão e tem-peratura – é o fato de que ele ressalta as características de sabor e aroma da bebida, oferecendo, ao mesmo tem-po, menos cafeína. Assim, se os grãos forem de boa qualidade, o espresso é excelente; se não forem, é terrível. Por isso, uma xícara de bom nível só pode ser obtida com grãos de qualidade superior, sem a presen-ça de defeitos capitais, o que exige do cafeicultor cuidados especiais desde a colheita, o preparo, o armazena-mento e o beneficiamento. Apesar de requerer tanta cautela, esse segmento é interessante ao produtor porque oferece remune-ração em patamares superiores aos praticados pelo mercado de cafés in-diferenciados. Muitas vezes, porém, por desconhecimento ou falta de cuida-
do, o produtor que busca a qualidade “tropeça” em duas etapas fundamen-tais: na colheita, muitas vezes inicia-da antes do prazo ideal, e na seca-gem, um dos pontos mais críticos do processo de preparo do café. Esses dois aspectos podem significar a diferença entre uma sa-fra de qualidade superior e um café commodity, com sabor e preço infe-riores. Tanto é verdade que eles nor-teiam a maioria dos cursos, palestras e workshops promovidos pela tor-refadora italiana illycaffè nas regiões produtoras, por meio do Clube illy do Café e da Universidade do Café Brasil (UDC). A colheita é a única etapa na qual os grãos imaturos, provenientes de frutos verdes – que deixam a bebi-
da mais amarga, adstringente e sem aroma – podem ser evitados. Por isso, antes de iniciar a colheita, o produtor deve verificar o estágio de maturação dos frutos. Para isso, basta colher algumas amostras aleatórias na par-te alta, média e baixa da planta, em dois lados, e calcular a porcentagem dos frutos em cada estágio. A inci-dência de frutos verdes e verdoengos deverá ser a menor possível, em torno de 5%. Depois da colheita, o café deve ser conduzido o mais rapido possível para o lavador e, a seguir, sem água escorrendo para o terreiro de secagem para evitar a fermentação indesejável. A secagem, etapa natural-mente delicada, merece ainda mais
Engº Agrº Dr. Aldir Alves TeixeiraConsultor científico da illycaffè no Brasil.
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cuidado quando envolve cafés des-cascados, segmento que vêm ocu-pando cada vez mais espaço. O cuidado deve começar já na escolha do terreiro, que deve ter tamanho adequado, ser bem locali-zado (nunca em baixadas úmidas), de preferência com superfície perme-ável e com boa declividade. Antes da colheita, o terreiro deve ser limpo e passar por manutenção. O café, que não pode chegar ao terreiro com água, deve ser espa-lhado em camadas bem finas e mo-vimentado constantemente durante todo o dia, para perder a umidade. Nesta fase inicial de secagem, o café precisa de mais ventilação e menos calor. Por isso, recomenda-se terrei-ros bem localizados, expostos ao sol e ventilados. No final da tarde, já nos primeiros dias, os frutos devem ser colocados em fileiras, no sentido da declividade do terreiro, para favore-cer a homogeneização da secagem e evitar o orvalho da noite. Quando o café atingir o estágio de meia seca (ao redor de 20% de umidade no grão), ele deve ser amontoado e coberto com lona de pano, nunca de plásti-co preto, para ser protegido da chuva
e do orvalho, e dar continuidade à homogeneização. Pode também, ser colocado no secador. O secador deve ser limpo e passar por manutenção antes do iní-cio da safra, para cumprir sua função adequadamente e não misturar com grãos da safra anterior com a atual. O produtor deve dar preferência aos secadores de fogo indireto, nos quais é mais fácil controlar a temperatura e a fumaça. A carga deve ter lotes homogêneos, permitindo boa venti-lação, sem calor excessivo. A rigor, especialmente no início da secagem, a ventilação é mais importante do que a temperatura. Não se deve misturar lotes e o secador deve ter a carga completa antes de iniciar a secagem. A lenha, normalmente utilizada, deverá ser bem seca para evitar perda de ener-gia e cheiro de fumaça. Os cafés descascados exigem uma secagem mais lenta, em tempe-ratura máxima de 40ºC, com inter-valos para descanso e igualação. A seca contínua deverá sempre ser evi-tada. No final do processo, o grão deverá ter um teor máximo de umi-
dade de 11%, pois grãos muito úmi-dos se deterioram e contaminam os outros. É importante aferir se o ins-trumento utilizado para mensurar a umidade está adequadamente cali-brado. A armazenagem deverá sem-pre ser feita em local que tenha boas condições de ventilação, no escuro, sem umidade e temperatura nunca superior a 22ºC. Pássaros cujas fezes podem causar contaminação e produtos quí-micos que podem transmitir gostos e cheiros indesejáveis não devem ficar nas tulhas e armazéns que abrigam o café. Antes de ir para beneficiamen-to, o café deve permanecer pelo me-nos 30 dias em descanso. Assim, o grão manterá sua qualidade por um período maior de tempo e permitirá aos torrefa-dores prepararem blends capazes de satisfazer os mais exigentes consu-midores. Os cafés preparados des-sa maneira podem ser inscritos em prêmios de qualidade – como o Prê-mio Ernesto Illy de Qualidade do Café para ‘Espresso’, promovido anu-almente pela illycaffè desde 1991.
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Entenda o que vem acontecendo com o real
Câmbio: e agora José (não só do café)!?
Em maio a valorização do café foi de 12% em dólares, mas, calculado em reais, o aumento foi de apenas 4%, o que justifica a pre-ocupação do setor cafeeiro quanto a trajetória do câmbio. O valor do câmbio, no entanto, afeta não só o café, mas todas commodities e seto-res ligados a exportação, inclusive a nossa indústria de calçado de Fran-ca. Não é preciso ser economis-ta para entender o que tem aconteci-do com o câmbio. Basta imaginar o dólar como um bem qualquer, cujo valor de mercado é determinado pelas condições de oferta e deman-da. Se existem muitos dólares nesse mercado, sua cotação cai, ou seja, valoriza o real; se existe escassez,
sua cotação sobe, ou seja, desvalo-riza o real. O importador fica feliz com a valorização do real: assim, se era preciso desembolsar R$ 230,00 (câmbio de R$ 2,30) para importar um bem que valia US$ 100,00 em março, o desembolso hoje é de ape-nas R$ 197,00 (imaginando o câm-bio a R$ 1,97). Para o exportador, a situação se inverte: se antes, com a exportação de U$ 100,00 em mer-cadorias ele recebia R$ 230,00 (100 x 2.30), com a mesma operação hoje receberá apenas R$ 197,00 (100 x 1,97). Por isso que os exportadores vêm pressionando o governo para tomar medidas visando desvalorizar o real. Num regime cambial flexí-vel, o próprio mercado se encarrega de estabelecer a taxa de câmbio. Já países, como China, têm tomado medidas artificiais para manter o câmbio num patamar competitivo para suas exportações. Com essas considerações, é fácil entender o processo de valori-zação do real. O principal fator que con-tribui hoje para valorização do real é a boa imagem que se tem do Brasil lá fora. Além da consolidada demo-cracia, o país é visto como quem fez bem a chamada “lição de casa”, jus-tificado pelo seu equilíbrio macro-
econômico, conseguido, sobretudo, com os saldos comerciais na expor-tação. A imagem positiva está ligada ainda aos mais de US$ 200 bilhões de reservas cambiais acumuladas no país. O Banco Central (BC) teve mérito na formação das reservas, in-clusive por inibir ainda mais a apre-ciação do real. Mas deve-se destacar também que isso só foi possível com o contínuo aumento nos saldos das exportações, superando de longe as importações, levando o Brasil a ter saldo nas transações correntes (en-trada e saída de dinheiro no país) bem administrável, indicador fun-damental para as decisões de inves-timento entre países, juntamente com o saldo na balança comercial, dívida externa e inflação sob con-trole. Uma prova dessa boa imagem é o IED (investimento estrangeiro direto), indicador que aponta o Bra-sil com um dos países a serem mais bem aquinhoados com entrada de recursos externos em 2009. A segunda razão da valori-zação do real está relacionada com a própria desvalorização do dólar em relação a outras moedas (euro, ien, etc). A mídia tem dado pouca aten-ção para o fato de que o que está acontecendo com o dólar beneficia o próprio USA. Esse país tem um
Luiz Moricochi Engenheiro Agrônomo, pós-graduado em Economia (USP), cooperado da Cocapec
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grande problema de desequilíbrio das contas externas e com a desva-lorização de sua moeda se consegue dois objetivos ao mesmo tempo: fa-vorecer as exportações e dificultar as importações. Um pouco mais de inflação, provocado pela desvalori-zação, poderia até lhe trazer benefí-cios econômicos na medida em que reduziria o valor real de sua dívida pública, que aumenta de forma as-sustadora com a intervenção no sis-tema econômico (financeiro e pro-dutivo). Um alerta importante a ser feito: uma grande expansão da dívi-da pública vem ocorrendo nos países desenvolvidos, o que apontaria para um período futuro, sombrio, de ju-ros muito elevados, o que afetará o fluxo de recursos entre países e por conseqüência suas taxas de câmbio. Terceiro fator na valoriza-ção do real: o grande aumento nos preços das commodities (agrícolas e não agrícolas), ocorrido a partir de 2003, fato a ser destacado por ser responsável pelo inicio do proces-so de valorização da nossa moeda. Isso, aliado ao grande volume de exportação para atender a deman-da chinesa, provocou uma entrada maciça de dólares no país, fazendo com que o Brasil apresentasse su-cessivos saldos positivos na balan-ça comercial, liquidando inclusive com a sua dívida externa. Na nossa opinião, preços das commodities e demanda chinesa foram os princi-pais responsáveis por tudo de bom que aconteceu na nossa economia, por conveniência, não reconhecidos por muitos políticos. Por último gostaria de men-cionar os elevados juros internos co-brados no Brasil. Por muito tempo, fomos o campeão mundial na co-brança de juros. Ninguém discorda de que juro alto é o principal antí-
doto contra a inflação, mas, seria necessário impor taxas tão elevadas à sociedade para que tal objetivo fosse alcançado? Essa era dúvida de muitos analistas! Ainda mais: até que ponto os juros fixados pelo BC (tx selic) eram baseados em decisão técnica, ou eram imposição do sis-tema financeiro privado? Esse setor estava sempre atento às necessidades de recursos por parte do governo para cobrir juros da dívida públi-ca. Quando se fala na relação juros/câmbio deve-se chamar atenção para o fato de que o importante não é o nível em si da taxa de juros, mas, sim, o diferencial entre esses juros e os juros praticados no exterior. Essa diferença é que faz com que os re-cursos migrem de um país para ou-tro. Existe hoje corrente de analistas que questionam a eficácia dos juros altos para atrair recursos externos, sob argumento de que esses recur-sos não estariam sendo canalizados para aplicação em renda fixa, como foi no passado. Nesse caso, baixar juros poderia aumentar no exte-rior a percepção do equilíbrio nos-sa economia e assim até contribuir para entrada de mais recursos em dólares. Como o BC aparentemente é partidário dessa corrente, foi uma surpresa para o mercado financeiro a redução da taxa Selic de 10,25% para 9,25% decidida na última reu-nião do Copom (dia 10/06). Des-contada a inflação, esses de 9,25% poderão propiciar rendimento real em torno de 5% a.a., expondo cla-ramente a absurda taxa de adminis-tração de 3% cobrada por alguns fundos (por ex., renda fixa), não per-cebida quando as Selics eram muito elevadas. Essa distorção ficará mais evidenciada nas reduções futuras da taxa referencial. Não seria essa tam-bém a razão (e não a inflação) pela
qual os bancos quase sempre foram contra a redução da Selic? Frente a essa realidade, o que se pode fazer? Dificultar, por exemplo, a entrada de recursos com fins apenas especulativos? Sem po-der de decisão, só resta aos agentes econômicos privados tomarem me-didas visando o bom gerenciamento de suas atividades, o que pressupõe combinação racional dos fatores produtivos que leve a um menor custo de produção sem sacrifício da qualidade. É um desafio ao real for-te. Câmbio valorizado e desenvol-vimento fazem lembrar as lições da história econômica: Japão e Alema-nha, no passado, aumentaram em muito sua participação no mercado mundial, mesmo com suas moedas valorizadas. Eficiência produtiva era o segredo É evidente que se deve exi-gir do governo a contrapartida. E o leque de reivindicações é grande. As opções criadas, para redução de riscos na comercialização do café, já é um avanço. Mas queremos insis-tir na questão da taxa de juros no sistema econômico como um todo. Além de inflação, a política de juros deveria de se preocupar (e se somar) também com o esforço contra cí-clico que se vem fazendo no Brasil para atenuar os impactos da crise mundial, sobretudo sobre o empre-go. Além disso, o Brasil está entre os primeiros países a saírem da cri-se, o que justifica deixar as estru-turas produtivas e de serviços bem preparados e calibrados para esse momento. A produção de café (e toda cadeia), particularmente afeta-da por juros altos, por ser ativida-de capital intensivo. Não esquecer também que o Brasil é o país que mais tributa suas atividades produ-tivas.
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21ª SCAA contou com representantes mundiais da cadeia do café
Feira possibilita acompanhar tendências do mercado de café
Aconteceu em Atlanta-EUA entre os dias 17 e 19 de abril, a 21ª edição da SCAA (Specialty Coffee Association of America, ou Asso-ciação Americana de Cafés Espe-ciais). Esta feira é anual e conta com a participação de toda a cadeia do café, representada por inúmeros países produtores e por várias em-presas de torrefação, embalagens, essências, torradores, equipamen-tos, máquinas de moagem e revistas especializadas do setor.
O Brasil, como principal produtor mundial de café, esteve presente com o stand CAFÉS DO BRASIL, juntamente com a BSCA – Associação Brasileira de Cafés Es-peciais. Participou da feira o gerente do Departamento de Comercializa-ção de Café da Cocapec, Anselmo Magno. Para Magno, o evento é uma oportunidade muito interes-sante e importante, pois possibilita estar próximo dos nossos clientes e ao mesmo tempo acompanhar as
tendências e inovações da cadeia do café, aproximando-nos do mercado consumidor. A cada ano, um país produ-tor é homenageado na SCAA, sen-do que a Nicaragua foi o tema des-te ano, com apresentações culturais do país. O evento também promo-ve o Concurso Mundial de Baris-tas (World Barista Chanpionship). A próxima feira, em 2010, será em Los Angeles – Anaheim.
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Anselmo MagnoGerente Dep. Com. Café
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Cocapec e Cooxupé promovem visitas às principais regiões produtoras de café do país
Rally do Café
Entre os dias 11 e 16 de maio a Cocapec e a Cooxupé pro-moveram o Rally do Café, um tour pelas principais regiões produto-ras de café do país. Representando a Cocapec, Anselmo Magno de Paula, Gerente do Departamento de Café da Cocapec, revelou que foram 3000 km percorridos, dos quais mais de 400 km de estradas de terra. O grupo visitou áreas de arábica no Sul de Minas, na região da Zona da Mata e também a região de Linhares, no Espírito Santo, tra-dicional zona produtora de café ro-busta. “Foi muito importante ver de perto as lavouras, acompanhar a co-lheita, conversar com os produtores,
analisar as oportunidades e limita-ções do parque cafeeiro brasileiro, a
fim de propor estratégias para nossa cooperativa”, afirmou o Gerente.
Anselmo MagnoGerente Dep. Com. Café
Produção de robusta é tradicional no Espírito Santo
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Produtividade das lavouras de cafeicultores cooperados é superior a dos não cooperados
Cafeicultor cooperado é melhor cafeicultor
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica e Extensão Rural e do Instituto de Economia Agrícola, concluíram o chamado Levantamento de Unidades de Pro-dução Agrícola (LUPA). Os resul-tados do levantamento censitário já estão disponíveis para análise, e para a cafeicultura paulista os resul-tados são bastante auspiciosos. A dimensão da lavoura ca-feeira paulista alcançou 211,53 mil hectares com um parque produtivo de 511,84 milhões de plantas. As unidades de produção dirigidas por cafeicultores pertencentes a coope-rativas de produção somam 7.407 propriedades, número esse menor do que aqueles que não participam de organizações dessa natureza. To-
davia, a área pertencente às unida-des de produção em que o cafeicul-tor é associado a uma cooperativa, perfaz mais de 58% da área total com cafezais no Estado. (Tabela 1) A produtividade das lavouras dos cafeicultores cooperados é signi-ficativamente superior à encontrada para os não cooperados. Tal fato, de-corre da maior densidade de plantas que os dados também evidenciam. Somados os fenômenos, qual seja, maior área cultivada, maior núme-ro de plantas, melhor produtividade concentradas em menor número de unidades agropecuárias, permite-se concluir, que tais cafeicultores as-sumem um perfil mais empresarial no sentido de unidades produtivas mais especializadas e agronomica-mente mais eficientes. Os resultados do levanta-
mento indicam que a maior área cultivada com café no Estado são manejadas sob estandes considerados tradicionais, com igual dimensão de área tanto entre cooperados como com não cooperados. Nos estandes de maior densidade populacional de plantas, as áreas pertencentes aos cafeicultores cooperados são maiores que aquela de seu congênere não co-operado, representando mais que o dobro quando considerada a área cul-tivada sob adensamento (Tabela 2). Dentre as opções tecno-lógicas disponíveis de mais baixo custo com sensível impacto sobre a produção, o adensamento é aquela que melhor custo/benefício exibe. Estandes adensados, mantidos os demais componentes do sistema de produção (adubação, correção de solo e tratos fitossanitários), invaria-
1. Área cul vada, Número de Plantas, Produ vidade e Número de UPA’S,Lavoura de Café, Estado de São Paulo, 2007/08
Perfil
Total Estado*Unidade de Produção Agrícola
Fonte: Elaborada a par r de dados básicos do Projeto LUPA, 2008.
211.533,7
87.753,2
123.780,5
41,48
58,51
194.510.277
317.322.223
38,00
62,00
23,8
27,1
14.335
7.407
100,00 511.842.500 100,00 - 21.742
Área Nº plantas Rendim/o UPA’Shectares
Não Cooperado
Cooperado
1.000 pl sacas/hectare número% %
Celso Luis Rodrigues VegroPesquisador Científico do IEA
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velmente oferecem maiores produ-tividades por unidade de área com efeitos reducionistas sobre o custo unitário de produção. No levantamento censitá-rio anterior, realizado em 1996, o parque cafeeiro era de apenas 380 milhões de plantas. Assim, deduti-vamente, temos que ocorreu o in-cremento de 131 milhões de plantas em 10 anos. Adotando-se, conser-vadoramente, que nesse período cerca de 20% da área dos talhões em produção foram reformados, te-mos que o parque produtivo da ca-feicultura paulista passou por uma
verdadeira reconstrução nesses últi-mos dez anos. Plantas mais jovens provenientes de materiais genetica-mente superiores, em maior grau de adensamento, permitem que se pre-veja um auspicioso horizonte para a cafeicultura paulista, pois a maturi-dade produtiva do cafeeiro é alcan-çada por volta do nono ao décimo ano fase essa que perdura pelas pró-ximas cinco ou seis safras consecu-tivas, quando então, a planta inicia uma tendência de diminuição da produtividade caso medidas como as podas não sejam imediatamente empregadas.
Porém, conhecendo o entu-siasmo dos nossos cafeicultores e o brilhantismo de suas cooperativas e de seus agrônomos, sou levado a crer que haverá ainda maior incor-poração de tecnologia com substan-ciais avanços na produtividade das lavouras e reflexos positivos sobre a sustentabilidade econômica das ex-plorações. Os catastrofistas das mu-danças climáticas terão que rever suas análises, pois os dados estão a desmentir suas apocalípticas pre-visões para o futuro da lavoura no Estado de São Paulo.
2. Area Cul vada por Faixas de Densidade de Cul vo, UPA’S,Estado de São Paulo, 2007/08
(em mil ha com café)
Perfil
Total Fonte: Elaborada a par r de dados básicos do Projeto LUPA, 2008.
83,60
41,40
42,20
Tradicionalaté 1.700 pl/ha
64,10
26,00
38,10
Semi-adensadode 1.700 a 3.000 pl/ha
62,60
19,80
42,80
Adensadoacima de 3.000 pl/ha
Não Cooperado
Cooperado
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Índice pluviométrico* de Franca nos úl mos 5 anosAno jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2005 307 132 194 11 152 21 17 0 134 162 300 2662006 283 327 178 19 2 16 6 33 31 355 330 3282007 545 175 113 117 45 4 72 0 3 75 190 2732008 325 230 128 108 38 32
320 26 39 87 168 410
2009 382 228 282 53 58Média 368 218 179 62 59 21 24 15 52 170 247 319*Dados em milímetros ob dos na Cocapec Matriz - Franca, SP
Índice pluviométrico* de Cape nga nos úl mos 5 anosAno jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2005 504 279 111 56 152 0 10 0 110 188 280 2362006 591 251 144 54 5 20 0 28 93 319 285 4432007 745 238 135 66 61 0 0 0 69 58 217 2802008 573 236 116 78 40 5
210 26 37 113 222 428
2009 354 249 286 165 54Média 553,4 250,6 158,4 83,8 62,4 9 2,5 13,5 77,25 169,5 251 346,8*Dados em milímetros ob dos na Filial da Cocapec em Cape nga, MG
Agora a Revista Cocapec conta com os índices pluviométricos coletados na matriz em Franca, e na filial mineira de Capetinga. Os dados apresentados fazem um comprativo dos últimos cinco anos.
Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009 29
R$ US$ R$ US$
Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F**
2008 2009
Janeiro 267,84 150,95 268,10 116,04Fevereiro 285,19 165,21 269,34 116,44Março 263,28 154,25 262,46
260,10268,02257,19
113,54Abril 256,35 151,93Maio 254,84 153,56Junho 255,76 158,03Julho 250,52 157,47Agosto 248,86 154,29Setembro 261,58 145,56Outubro 256,84 118,00
*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, po 6, bebida dura para melhor** Escola Superior de Agronomia Luiz Queiroz / Bolsa de Mercadorias e Futuros
Dezembro 261,18 108,96Novembro 261,28 115,06
Média Anual 260,29 144,44 264,19 120,89
117,99130,09131,23
R$ US$
Média mensal do preço* de Milho2009
Janeiro 23,67 10,25Fevereiro 22,26 9,63Março 20,62 8,92Abril 21,29
22,259,66
10,8022,24 11,35
MaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro
*Fonte: Índice Esalq/BM&F
DezembroNovembro
Média Anual 22,06 10,10
R$ US$
Média mensal do preço* de Soja2009
Janeiro 49,21 21,30Fevereiro 47,56 20,57Março 45,35 19,62Abril 47,95
50,3949,89
21,7524,4525,46
MaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro
*Fonte: Índice Esalq/BM&F
DezembroNovembro
Média Anual 48,39 22,19
R$ US$
Média mensal do preço* de Boi2009
Janeiro 84,01 36,38Fevereiro 81,54 35,25Março 77,54 33,53Abril 87,88
79,4780,85
39,6838,5841,26
MaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro
*Fonte: Índice Esalq/BM&F
DezembroNovembro
Média Anual 81,88 37,45
Na edição anterior, a Revista Cocapec passou a divulgar a média mensal do preço de café arábica, segun-do índice Esalq/BM&F. A partir desta edição será pos-sível acompanhar ainda, a média mensal dos preços de milho, boi e soja.
30 Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009
Setor Técnico
O setor técnico é compos-to por 16 profissionais, sendo 13 agrônomos um técnico de campo e 2 agrônomos internos. Os atuantes no campo estão diretamente ligados aos cooperados, levando assistência técnica, conhecimento, informações da cooperativa, oportunidades de negócios e desenvolvendo trabalhos que aumentem a produtividade e competitividade dos cooperados. É responsabilidade destes profissio-nais, fornecerem dados da previsão de safra e levantamento das áreas cafeeiras da região da Alta Mogia-na, realizada anualmente em parce-ria com o setor GIS/Cadastro, além de fazer laudos para aprovações de crédito na Credicocapec e abastecer o ATA/FC (Programa de Assistência Técnica Agronômica). O setor técnico se relaciona com quase todos os setores da Co-capec, tais como o laboratório de análises de solo e folha, orientando o cooperado a retirar as amostras e após sair os resultados, interpretá-los e recomendar opções de adubação técnica e economicamente viáveis. Mantém também laços estreitos com a comercialização de café, le-vando informações ao cooperado sobre melhorias na qualidade e co-laborando com o planejamento das vendas de café ao longo do ano. O setor técnico avalia todos
os produtos comercializados pela co-operativa, com o objetivo de levar ao cooperado soluções eficientes para os problemas técnicos. Mantém par-cerias com instituições de pesquisa, buscando alternativas que melho-rem toda a cadeia produtiva do café, como exemplo, a Fundação do Café em parceria com o IAC (Instituto Agronômico de Campinas), onde é testado 28 variedades de arábica, avaliando diversos aspectos técnicos que gerem mais resultados aos pro-dutores. Na constante tarefa de man-ter o cooperado bem informado e
melhorar seu relacionamento com a cooperativa, o departamento técnico participa das reuniões dos Comitês Educativos, realizado em todas as áreas compreendidas pela coopera-tiva. Oferece também estágios para estudantes de nível superior (agro-nomia) e nível técnico, aperfeiçoan-do conhecimentos práticos e coope-rativistas aos interessados. Este setor representa a coo-perativa em vários eventos realizados na cafeicultura brasileira, tais como congressos, simpósios, reuniões téc-nicas em várias regiões produtoras de café, mantém relacionamento
Saulo FaleirosCoordenador Programa 4C
Roberto MaegwaCoordenador Setor Técnico
Equipe técnica-agronômica da Cocapec
Mar
celo
Siq
ueira
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apec
Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009 31
com outras cooperativas, visita em-presas de insumos e fertilizantes, e quaisquer outros eventos de interes-se para o cooperado. A responsabilidade ambien-tal está ligada ao departamento téc-nico, que acompanha as devoluções de embalagens de defensivos e exe-cuta as coletas itinerantes nas filiais mineiras da Cocapec abrangendo 150 cooperados e recolhendo 8000 embalagens anualmente. Eventos como dias de cam-po, palestras técnicas, difusão de tecnologias e estratégias de gestão estão sob a responsabilidade deste departamento, bem como o desen-
volvimento do programa de susten-tabilidade 4C (Código Comum para a Comunidade Cafeeira). A partir deste ano, o setor técnico passou a realizar, juntamen-te com outros setores da cooperativa e com apoio da diretoria, o Simca-fé – Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana, evento que contou com a participação de 850 coopera-dos. Com o objetivo de sugerir estratégias de diversificação para os cooperados, desenvolve o projeto da silvicultura, onde disponibiliza tecnologia para o plantio de euca-lipto nas áreas que são inaptas para
o cultivo de café, além de desenvol-ver produtos e aperfeiçoar máquinas agrícolas. Enfim, o departamento téc-nico presta serviços ao cooperado com o objetivo de desenvolver a ca-feicultura, melhorar a competitivi-dade dos produtores e levar informa-ções que possam ser úteis para toda a cadeia envolvida na cafeicultura, e agradece a todos aqueles que de uma forma ou outra, participam para que este departamento continue sempre contribuindo para o crescimento de todos os envolvidos com a coopera-tiva.
Nome Telefone E-mail Região de Atuação
Alex Ponce Faleiros (16) 9233-5657 [email protected] Franca, Rib. Corrente, Cristais Paulista e S. José da Bela Vista
Evanilton Antônio de Souza (35) 9991-5252 / (16) 9174-7652 [email protected] Ibiraci
Gabriel Rosa Vilhena Andrade (16) 9209-3347 [email protected] Batatais, Franca, Cristais Paulista e Jeriquara
Dercy Pavão Junior (16) 9244-6544 [email protected] Franca e Ibiraci
Eduardo Leite Maraccini (16) 9143-8505 [email protected] Serra Negra, Socorro, Amparo, Monte Alegre do Sul, Lindóia, Aguás de Lindóia, Monte Sião e Ouro Fino
Geraldo Nascimento Junior (16 ) 9969-2745 [email protected] Claraval
Ricardo Ravagnari F. Silva (16) 9233-1226 [email protected] Claraval e Ibiraci
Henrique Rheda (16 ) 9999-9495 / 9253-6165 [email protected] Franca, Cristais Paulista e Ribeirão Corrente
Marcelo Augusto Ferreira e Silva (16 ) 9175-8366 [email protected] Franca, Jeriquara, Itirapuã e Restinga
Roberto Nobuioshi Maegawa (16 ) 3711-6265 [email protected] Coordenador do Setor Técnico
Leonam Vilhena (16) 9222-1810 [email protected] Capetinga e Ibiraci
Eder Carvalho Sandy (16 ) 9231-6260 [email protected] Jeriquara, Pedregulho e Sacramento
Guilherme Ubiali Zamikhowsky (16 ) 9222-0619 [email protected] Capetinga, Itirapuã e Patrocínio Paulista
Alex Carrijo (16 ) 9222-3139 / 9116-0000 [email protected] Cristais Paulista e Jeriquara
Saulo Faleiros (16 ) 3711-6233 [email protected] Coordenador do Programa 4C
Rubens Manreza (16 ) 9221-7681 [email protected] Franca, Jeriquara, Pedregulho e Sacramento
Corpo técnico-agronômico da Cocapec:
FUNDO GARANTIDOR SICOOB
32 Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009
De acordo com o Sistema de Cooperativa de Crédito do Bra-sil (SICOOB), o Fundo Garantidor SICOOB é uma associação civil, sem fins lucrativos e com persona-lidade jurídica de direito privado, regido por Estatuto Social e por dispositivos legais e regulamentares aplicáveis. Ele foi implantado em 2002, com o objetivo de proteger os depósitos à vista e a prazo dos associados de cooperativas singula-res filiadas que, eventualmente, se apresentarem em situação de dese-quilíbrio patrimonial e econômico-financeiro. A constituição do Fundo Garantidor para as cooperativas singulares do SICOOB decorreu do fato de o Fundo Garantidor de Cré-dito (FGC) - Fundo Garantidor dos Bancos - não oferecer cobertura aos depósitos de associados de coopera-tivas de crédito, visto que, o mesmo tem como objetivo garantir prote-ção aos correntistas, poupadores e investidores, permitindo recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira comercial, em caso de falência ou de sua liqui-dação. O Fundo Garantidor SI-COOB, atualmente apresenta as mesmas coberturas do Fundo dos demais bancos, pois prevê a cober-tura dos dépositos a vista e a prazo dos associados das cooperativas sin-gulares participantes, até o valor de R$ 60 mil, identificados por CPF ou CNPJ. Porém, ele é ainda um ins-trumento adicional de controle, que
até o presente momento possui 290 cooperativas singulares associadas, entre elas a CREDICOCAPEC. As cooperativas que desejam associar-se ao Fundo SICOOB são submeti-das a rigoroso processo de avaliação, instituído por regulamento próprio, de forma que o direito de cobertura de todas as cooperativas participan-tes possa ser assegurado. Conforme o SICOOB, os recursos do Fundo são utilizados somente no caso de insolvência de uma singular associada. Nessa situ-ação, verifica-se o saldo das contas e o cooperado (CPF ou CNPJ) rece-be o valor depositado, até o limite máximo de R$ 60 mil. Outra possi-bilidade é a utilização dos recursos no caso de incorporação, exclusiva-mente se a cooperativa incorporada
estiver insolvente, existindo o limite máximo de participação do Fundo ao total de depósitos garantidos da singular incorporada. O Fundo SICOOB de acor-do com o Informativo do Banco Central (BACEN), encerrou o ano de 2008 com o patrimônio de R$ 62 milhões e apresentou um cresci-mento de R$ 2 milhões/mês, que é o somatório da contribuição mensal das singulares associadas mais os rendimentos das aplicações. E por possuir características conservado-ras, o Fundo aplica os recursos em títulos públicos federais, papéis com baixo risco e garantia de liquidez no mercado. Para dar mais segurança às entidades participantes, as opera-ções passam anualmente, pela aná-lise de auditores independentes.
FUNDO GARANTIDOR SICOOB FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO
Foi criado em 2002;Possui cobertura limite de R$ 60.000,00 para depósitos a vista ou a prazo;Pagamento é realizado por cooperado (CPF ou CNPJ);Adesão livre: depende do interesse da coopera va - Resolução 3.442 Bacen;São associados exclusivamente coopera vas filiadas a uma central do sistema SICOOB.
Foi criado em 1995;Possui cobertura limite de R$ 60.000,00 para depósitos a vista ou a prazo;Pagamento é realizado por pessoa ou conta;Adesão obrigatória: conformeresolução 3.400 do Banco Central;São associados ins tuiçõesfinanceiras, e associações de empréstumos e poupança emfuncionamento do país.
Fonte: Informa vo Bancoob – janeiro a março de 2009
CREDICOCAPEC continua no Conselho Fiscal do SICOOB
CENTRAL COCECRER/ SP
Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009 33
O SICOOB CENTRAL COCECRER, Cooperativa Central de Crédito Rural do estado de São Paulo, com sede em Ribeirão Preto, realizou sua Assembléia Geral Ordi-nária em 31 de março de 2009, data em que foi eleito um novo Conselho Fiscal, para o qual a Srª. Ednéia Apa-recida Vieira Brentini de Almeida, nossa diretora de Crédito Rural, foi reeleita como Conselheira Fiscal Efe-tiva e poderá continuar participando ativamente e representando a CRE-DICOCAPEC no Conselho Fiscal do SICOOB CENTRAL COCE-CRER/SP. Os membros efetivos do Conselho Fiscal da COCECRER, eleitos neste ano são: Célio Terra do SICOOB CREDIGUAÇU – Des-calvado/SP; Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida do SICOOB
CREDICOCAPEC – Franca/SP e Osvaldo Pereira Caproni do SI-COOB/SP CREDLÍDER – Votu-poranga/SP. Os membros suplentes são: José Luiz Gottardi da COOP-
CRED – Valparaíso/SP; Peter Jo-hannes Beckers da CREDICERIPA – Itaí/SP e Ari Rosa do Nascimento do SICOOB/SP - SUDOCRED – Itapetininga/SP.
Dicionário de Economia
AvalAto pelo qual uma terceira pessoa, distinta do sacado, do sacador e dos endossantes, garante o pagamento de um título na data de seu vencimento .
COPOMComitê de Política Monetária do BACEN é o órgão que decide a política da taxa de juros.
Diretora da Credicocapec continua no conselho fiscal do SICOOB
Diretora de Crédito Rural da Credicocapec, Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida é reeleita
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34 Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009
Diretoria e colaboradores visitaram as modernas instalações do centro da Embrapa monitoramento por satélite em Campinas/SP
Cocapec e Embrapa, na busca de mais uma parceria
No dia 03 de junho, a Co-capec representada pelo Diretor Se-cretário Ricardo Lima de Andrade, Victor Ferreira e Danilo Tasso os dois últimos do setor GIS/Cadastro, visitaram as modernas instalações do Centro da Embrapa Monitoramento por Satélite em Campinas/SP, fo-mentada pelo Parcintec / Embrapa, na presença do Dr. Clóvis Isberto Biscegli e do Engenheiro Agrônomo Antônio Carlos Cintra, responsáveis pelo Parcintec – Franca/SP.
O objetivo da visita é cons-truir uma relação de parceria com este centro de tecnologia da Em-
Victor Alexandre FerreiraCoordenador GIS / Cadastro
Gis / Cadastro
Placa de recepção aos visitantes
brapa. Os pri-meiros contatos foram feitos de maneira muito positiva, já que foram apre-sentados pela Cocapec seus objetivos como c o o p e r a t i v a , além de tra-balhos ligados a área de geo-processamento, cadastro e ser-viços prestados aos cooperados. “As instalações da Embra-pa Monitoramento por Satélite são ótimas, um lugar muito agradável e moderno, algo do que os brasilei-ros podem se orgulhar. Fica situada dentro do Campo Militar do Exer-cito em Campinas, coberto de toda segurança que precisa ter, já que ali são encontradas informações estraté-gicas do governo brasileiro”, diz Ri-cardo Lima de Andrade. O Centro foi idealizado pelo Dr. Evaristo Edu-ardo de Miranda, atual chefe geral da Embrapa Monitoramento por Sa-télite, com quem o grupo se reuniu e almoçou. O Dr. Evaristo possui uma história de 30 anos como pesquisa-dor da Embrapa, foi o primeiro e é o atual chefe geral do Centro.
A Cocapec busca com essa parceria, aproximar-se de centros de pesquisas e neste caso acessos a imagens de satélites com melhores resoluções. Atualmente, a coopera-tiva desenvolve trabalhos com ima-gens Landsat 7 com 15m de reso-lução (cada pixel da imagem possui 15 metros de lado), a Embrapa pode fornecer imagens de até 60 centíme-tros de resolução, o que seria um ga-nho muito grande na qualidade da imagem e conseqüentemente mais precisão das informações, contri-buindo para melhores serviços aos cooperados e dados mais reais do perfil agrícola regional.
Da esquerda para a direita: Dr. Clovis I. Biscegli, Dr. Wilson Holler, Engº Agrº Antonio Carlos, Victor Alexandre Ferreira, Ricardo Lima de Andrade, Danilo Gimenes Tasso,
Dr. Carlos Ronquin e Dr. Claudio A. Spadotto
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36 Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009