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Três projetos que mostram diferentes estilos de arquitetura e decoração para os que aproveitam a quaresma e começam a subir a serra em direção a Gravatá Os nove anos de decoração do Carnaval recifense pelo escritório de Carlos Augusto Lira Três estilistas que foram destaque com suas criações exclusivas para o Carnaval pernambucano Loja Novo Desenho completa 5 anos de garimpagem do bom design nacional Cartas/Trajetos explora a comunicação em trânsito nos trabalhos de 12 artistas plásticos na Paraíba Eu quero uma casa no campo... Carnaval Design Arte ARQUITETURA - DECORAÇÃO - DESIGN - ARTE - ESTILO ANO IX - Nº 62 - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

Revista SIM! 62

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Revista sobre arquitetura, design e artes

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Três projetos que mostram diferentes estilos de arquitetura e decoração para

os que aproveitam a quaresma e começam a subir a serra em direção a Gravatá

Os nove anos de decoração do

Carnaval recifense pelo escritório

de Carlos Augusto Lira

Três estilistas que foram destaque

com suas criações exclusivas para

o Carnaval pernambucano

Loja Novo Desenho completa 5 anos

de garimpagem do bom design nacional

Cartas/Trajetos explora a comunicação

em trânsito nos trabalhos de

12 artistas plásticos na Paraíba

Eu quero uma casa no campo...

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ARQUITETURA - DECORAÇÃO - DESIGN - ARTE - ESTILO ANO IX - Nº 62 - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

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Foto de Felipe MendonçaDetalhe de fachada de casa em Gravatá, projetada pelo arquiteto Pedro Motta.

CAPA

CASAS DE CAMPO_p.36

NOVO DESENHO_p.18 CARTAS/TRAJETOS_p.32

FOLIA_p.50

Moda_p.58

5 anos de uma loja que garimpa o melhor do design nacional no Rio de Janeiro.

Depois do carnaval é tempo de subir a serra e começar a curtir o friozinho do campo em Pernambuco. Confira alguns projetos de arquitetura e interiores em Gravatá!

A comunicação em trânsito na visão e 12 artistas plásticos em exposição na Paraíba.

Nove anos arquitetando a decoração do Carnaval recifense com Lira Arquitetos.

Três estilistas e suas criações que se destacaram no Carnaval pernambucano.

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o Diretor Executivo Márcio Sena([email protected])

Coordenação Gráfica e EditorialPatrícia Marinho ([email protected])Felipe Mendonça([email protected])

REDAÇÃOAndré Clemente([email protected])Lívia Martins([email protected])Maria Leopoldina([email protected])

RevisãoFabiana Barboza([email protected])

Consultoria EditorialRoberto Tavares

Arquiteto ColaaboradorAlexandre Mesquita

Operações ComerciaisMárcio Sena([email protected])

Eliane Guerra (81) 9282.7979([email protected])

Assessoria JurídicaAldemar Santos - O.A.B. 15.430

SIM! é uma publicação bimestral da MIRAIMÍDIA DESIGN E EDITORA LTDA

Redação R. Rio Real, 49 - Ipsep - Recife - PE CEP [email protected] / Fax: (81) 3471.3705

ComercialR. Bruno Veloso, 603 - Sl 101Boa Viagem - Recife - PECEP [email protected] / Fax: (81) 3327.3639

Os textos e artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista.

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10 anos! É esta a marca que a Revista SIM! alcança em dezembro de 2009. E até chegar lá, durante todo o ano estaremos mais uma vez renovando matérias e seções da SIM!, ampliando o alcance de nosso site (www.revistasim.com.br) e abrindo mais espaço para arquitetos decoradores, designers, artistas plásticos, estilistas... Enfim, o ano será de comemoração.

Nesta edição, nós já celebramos o trabalho de profissionais que imprimem uma marca própria em seus trabalhos e atuações no mercado local e nacional. Em Pernambuco, o escritório Lira Arquitetos, pelo nono ano consecutivo, em parceria com a designer Joana Lira, enfeita a cidade do Recife para um Carnaval que ganhou novas cores enchendo as ruas de alegria para a folia de Momo. Certamente um case de sucesso que Carlos Augusto e Joana Lira podem se orgulhar de apresentar em todo o mundo.

Ainda falando de Carnaval, mesmo já passados os dias da folia de Momo, deixamos registrado os trabalhos de três estilistas que se inspiraram no Carnaval para criar sandálias, roupas e máscaras para os foliões pernambucanos: Jaílson Rodrigues, Xuruca Pacheco e Thaís Asfora.

Celebramos também o trabalho dos designers Túlio Mariante e Cristina Borges, que há cinco anos expõem e comercializam os mais variados objetos de design criados por profissionais brasileiros em sua loja, a Novo Desenho, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

E, em tempos de Quaresma, o recifense começa a subir a serra em direção a Gravatá. Com o friozinho se aproximando, mostramos três projetos bem diferentes de casa de campo que refletem bem o estilo de seus donos. O arquiteto Pedro Motta nos apresenta um projeto de arquitetura que mescla o rústico da madeira com a modernidade do vidro em uma casa que convida ao convívio e ao lazer. Já os clientes da arquiteta Gisele Carvalho têm um ar mais intimista e, em sua casa de campo, ganharam um projeto bem família com jeitinho de casa de interior mesmo. E o estilista-gourmet Márcio Costa abre as portas de seu flat, um misto de empório e casa de campo que ele montou sobre o seu restaurante de temporada, o Empório Mineiro.

Fechando, fica o convite aos que passarem por João Pessoa-PB para visitar a exposição Cartas/Trajetos que reúne trabalhos de 12 artistas em obras que exploram o trânsito na comunicação. A curadoria é de Bitu Cassundé e a expô acontece na Usina Cultural Energisa.

Enfim, leia a SIM! Felipe Mendonça [email protected]

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PortinariA Luthier acaba de incorporar à sua vasta gama de revestimentos a Portinari, grife brasileira que possui porcelanatos e revestimentos cerâmi-cos de última geração. A Portinari é conhecida pela fabricação de revestimentos que vão além do “bege tradicional”, fornecendo ao mercado peças que exploram o lado sensorial do produto, pois, chamam atenção pela sua textura e cores com efeitos de luz até pouco tempo inimaginá-veis no mercado deste segmento.Luthier | Av. Conselheiro Aguiar, 1472, Boa Viagem – Recife - PE | Fone: (81) 3091-1068

Super seguroJá imaginou um veículo que freia sozinho? Apresentado durante a última edição do Salão do Automóvel de São Paulo, o XC60, fabricado pela Vovlo, é equipado com o sistema “City Safety”, que freia o carro sozinho na proximidade de uma colisão de até 30 km/h, caracte-rística de boa parte dos acidentes no trânsito urbano. O crossover XC60 possui, também, controle anticapo-tamento, controles dinâmico de estabilidade e tração, proteção contra impactos laterais e contra lesões na coluna cervical, cortinas infláveis e sistema inteligente de informação, que já lhe renderam o título de carro mais seguro da Volvo. Com motor 3.0 turbo de seis cilindros, o veículo já está disponívvel para test-drive na Rota Premium.Rota Premium - Av. Domingos Ferreira, 2025 - Boa Viagem - Recife - PE | Fone: (81) 3464-5454

Closet com acessórios A Todeschini coloca à disposição em seu show room uma proposta de closet com várias novidades . O padrão uti-lizado para o armário é o Latte, um dos lançamentos da nova coleção da marca, a Natural Tech. Esta padronagem é um laminado plástico que não agride à natureza que lembra um amadeirado branco. Os Acessórios ficam por conta da gaveta com freios e trilho oculto, última novidade para parte interna de armários; ou ainda, porta-jóias ave-ludado, acessório de fabricação própria da Todeschini que também é lançamento da marca e ideal para closet.Todeschini | Av. Conselheiro Aguiar, 3114, Boa Viagem – Recife - PE | Fone: (81) 3465-4755

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DadosUma das grifes mais conceituadas da moda nacional, a Le Lis Blanc está com peças no segmento ‘Casa’. Entre os destaques da nova temporada, o ‘Dado Chic’, feito em madeira e chifre, é um dos novos itens que podem ser encontrados nas lojas da grife.Composto por cincos pequenos dados, que podem ser guardados na parte interna do dado maior, o objeto é uma excelente opção de presente para quem aprecia gamão ou por quem deseja utilizá-lo como peça decorativa.Le Lis Blanc | Shopping Center Recife Fone: (81) 3466-1595Casa Forte - Av. Dezessete de Agosto, 917.Fone : (81) 3441-2146

VickyA delicadeza e romantismo estão presentes na cole-ção de peças intitulada Vicky, da Fabbian, revendi-das no Recife com exclusividade pela Daluz Ilumi-nação. O produto é feito em pasta de vidro cristal, moldada e carimbada com desenhos românticos. É possível encontrar a Vicky nas versões abajur ou pendente, este último, com uma ou mais unidades acopladas. Por ser uma peça pequena, transmite le-veza. A sofisticação fica por conta da luz de cristal. Daluz IluminaçãoRua Padre Bernardino Pessoa, 238, Boa Viagem – Recife - PE Fone: (81) 3465-9433

OrusFabricada em alumínio, a luminária Orus, da Light Design,

tem como característica principal o design de linhas arredon-dadas, o que permite que sua estrutura quando instalada ao

teto seja parte integrante da luminária. O disco central possi-bilita uma iluminação indireta e sem ofuscamentos, além de

um visual que lembra uma auréola ou até mesmo um eclipse. A peça pode vir nas cores branco, prata e preto, e recebe duas lâmpadas halógenas de 100w ou duas fluorescentes

compactas de 23w. A Orus, que é assinada pelos designers Fred Mamede, Ruana Barros e Willames Verçoza, foi premia-

da em 2008 pelo iF Product Design Award.Light Design | Rua Padre Bernardino Pessoa, 247, Boa Via-

gem – Recife – PE | Fone: (81) 3327-0845

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ECO NATUREA Cerâmica Portinari, revendida na Ultra Revesti-mentos, lançada na última edição da feira italiana Cersaie, a coleção intitulada Eco Nature, tem como grande trunfo dar às peças a textura da ma-deira de demolição. Com quatro opções de cores, a coleção tem a vantagem de não precisar de ma-nutenção quando usada em áreas molhadas, ao contrário de pisos de madeira natural ou cimen-tícios com aparência semelhante. O porcellanato rústico pode ser encontrado nas versões natural ou lapada e é retificado em todos os formatos. Re-sistente, a coleção Eco Nature pode ser utilizada também em áreas de tráfego intenso. Ultra Revestimentos | Rua José Mariano Filho, 13, Pina – Recife - PE | Fone: (81) 3463-2100

MinimalismoAlém de apostar nos materiais ecologicamente corre-tos, a Novo Projeto acompanha o conceito europeu, que prima pelo minimalismo e apresentam poucos detalhes nos móveis. Um dos destaques são as mesas de centro mais baixas, feitas, no máximo, com dois materiais, como a madeira de demolição, o aço inoxi-dável, o vidro, a fibra e o couro. Para os que dispõem de pouco espaço, um puff que serve como mesa de centro, que pode vir acompanhado de bandeja de ma-deira, fibra, ou vidro, em cima da peça. Ao todo, são mais de 26 opções do móvel. Novo Projeto | Av. Conselheiro Aguiar, 2088, Boa Viagem – Recife - PEFone: (81) 3466-2859 / 3327-0637

GossipSe os móveis já demonstram marcas do verão passado, o consumidor pode substituí-los por outros novos e mais resistentes. As cadeiras da nova linha “Gossip”, da Brasita (distribuidora no Brasil), em policarbonato e com design diferenciado, quase transparente, são bastante versáteis. Nessa época, em que áreas externas como varandas, jardins e piscinas ganham destaque na rotina familiar, o bom mesmo é preparar os espaços e deixar tudo pronto para usufruir os bons momentos de lazer. Disponí-veis em várias cores, as cadeiras dão o destaque merecido aos ambientes dentro e fora da casa. Casapronta | Av. Domingos Ferreira, 1274, Boa Viagem – Recife – PE | Fone: 3465.0010

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Indispensável Com acabamento em inox e vidro incolor ou colorido, a nova coleção de mesa de centro Sky, da Florense, garante um charme especial à Sala de Estar. A mesa é composta por lâminas de madeira natural EW (Eu-ropean Wood), importadas da Itália, e obtidas através de processos de extração e tecnologia ecologicamente corretos, que preservam as florestas e o meio ambien-te. As estruturas dos pés em barras quadradas de aço dão a estabilidade necessária, tanto para o uso em festas, quanto para o dia a dia.Florense | Av. Domingos Ferreira, 4264, Boa Via-gem – Recife – PE | Fone: (81) 3320-3800

0800 do cimento e do concretoQual a melhor forma de armazenar cimento? Quais os tipos de blocos de concreto mais utilizados? Como e por quan-to tempo curar uma laje para evitar trincas? Como preparar argamassa? Essas e outras dúvidas sobre a utilização do cimento podem ser esclarecidas por meio do Disque Cimento e Concreto – 0800-0555776 serviço gratuito que a Asso-ciação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) criou com o objetivo de evitar desperdício, auxiliar na escolha do material adequado e melhorar a qualidade e segurança na construção.Segundo Arnaldo Battagin, técnico responsável pelos laboratórios da ABCP, todas as dúvidas são respondidas diretamen-te por um profissional especializado e treinado, por isso, as respostas, na maioria das vezes, já podem ser obtidas no ato da ligação. “Perguntas mais complexas, que dependem de pesquisa, são respondidas posteriormente. Caso a informação solicitada não esteja disponível, o técnico indicará a bibliografia especializada ou o órgão que possa esclarecer melhor o assunto”, explica Battagin. www.abcp.org.br.

Fachadas ventiladas O sistema KeraGaiL de fachadas ventiladas chega ao Brasil com o conceito de utilização de revestimentos não aderidos ao corpo das edificações, fazendo uso de subestrutura de fixação. No caso do KeraGail, o revestimento é composto por placas cerâmicas extrudadas em grandes formatos. Seu sis-tema de fixação, através do encaixe entre ranhuras presentes na face posterior dos painéis cerâmicos e perfis de alumínio pré-perfurados, permite que a subestrutura de fixação fique oculta, não interferindo na estética das fachadas.Segundo o fabricante, o sistema ainda apresenta fachada livre de descolamentos, trincas e eflorescências; redução de pres-são vento na vedação interna; montagem sobre revestimento pré-existente; possibilidade de troca simples, não destrutiva, peça à peça; e a melhora no desempenho térmico e a qua-lidade de conforto ambiental interno, possibilitando redução real do consumo de energia elétrica. www.keragail.com.br | SAC:(11) 24232622 [email protected]

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Para adolescentesA Diminuti. pilotada pelas empresárias Roberta Longman e Luiza Luck, já está com a linha de móveis Adapt, para o público teen, exposta em sua loja. A mobília criada pela sócia- proprie-tária, arquiteta e designer de móveis, Roberta Longman é toda componível e composta por dois modelos base que são multifuncionais. Ao mesmo tempo um módulo pode ser beliche e bicama, cama com dossel, cama elevada e closet,entre outras opções. O legal desta linha, confeccionada em MDF, em 700 cores diferen-tes, é que o móvel além de ocupar pouco espa-ço vem no formato de carro, castelo e casa. Diminuti | Av. 17 de Agosto,823 - Casa Forte - Recofe - Pe | Fone: (81) 3268-1117.

“Santos=Dumont designer” Com recursos multimídia e filmes de época, o Museu da Casa Brasileira, abre no dia 24 de março a mostra “Santos=Dumont designer”, que revela Alberto Santos Dumont (1873-1932) como o pioneiro do design de produto no Brasil e permite aos visitantes pilotarem os aviões 14 Bis e Demoiselle em simuladores de voo. Há uma animação da experiência de Santos Dumont com o triciclo e a reconstituição do voo do Dirigível nº 6, cuja façanha foi dar a volta ao redor da torre Eiffel, além de filmes do 14 Bis de época e de sua mais fiel reconstituição. Em uma das 12 telas LCD, haverá o projeto em 3D do 14 Bis e, em outra, do Demoiselle. A concepção e montagem é do artista Guto Lacaz e a exposição também conta-rá com modelos em escala dos aviões 14 Bis e Demoiselle, que podem ser vistos voando dentro de dois túneis de vento. Exposição: “Santos=Dumont designer”Museu da Casa Brasileira Av. Faria Lima, 2705 - Jardim Paulistano - São Paulo - SP - Fone: (11) 3032-3727Visitação: de 25 de março a 3 de maio, de terça a domingo, das 10h às 18hwww.mcb.sp.gov.br

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É entre os jardins de Burle Marx, a baía de Guanabara e o parque do Fla-mengo, que a Novo Desenho está situada. Inaugurada em 2003, a loja não poderia estar em melhor lugar para expor mercadorias tão especiais. O designer Túlio Mariante, idealizador do projeto, e a designer de interiores Cristina Borges, vendem e a expõem os mais variados objetos de design criados pelos profissionais brasileiros. A loja reúne peças de consagrados e, também, novos talentos, que têm, na loja, seu primeiro espaço expositivo comercial.

“Quando estudava na Escola Superior de Design Industrial (ESDI), eu fi-cava com muita vontade de mostrar para todos os projetos que nós, futu-ros designers, criávamos. Sonhava com um espaço onde pudesse exibir e vender estes produtos. Muitos anos depois, tive a oportunidade de propor a instalação dentro do MAM-RJ, de uma loja especializada em produtos projetados por todos os designers brasileiros”, relata Mariante.

Com um perfil de exposição, a loja Novo Desenho, instalada no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, completa cinco anos

Idealização de um sonho

Foto: Rogério Reis

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O espaço interno da Novo Desenho foi projetado pelo arquiteto Maurício Nóbrega. Com pouquíssimas divisões, a loja é um grande ambiente modula-do, com expositores ripados e organizados de acordo com a arrumação das mercadorias. A Iluminação é mais forte em algumas prateleiras e bem suave em outras, e conta com a participação de Maneco Quinderé, que destacou, ainda mais, a ideia de exposição, além de atribuir sofisticação ao ambiente de 136.60 m2.

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Sem nenhuma alteração deste a inauguração, a Novo Desenho trabalha com uma linguagem de exposição, com a correta distribuição e iluminação dos seus produtos, mostrando o nome dos seus designers e fabricantes. “Túlio me deixou em total liber-dade para criar o espaço, procurei fazer uma arquitetura limpa e contemporânea para dar destaque aos produtos” afirma Nóbrega.

A Novo Desenho, desde o início, teve a preocupação de lançar e divulgar produtos e novos designers, sempre organizando exposições e cuidando da sua divulgação. Em 2005, a loja recebeu o prêmio “Rio Faz Design”, promovido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, por oferecer, permanentemente, novidades e apoio a iniciativas no uni-verso do design brasileiro. “Com o prestígio da loja junto aos profissionais e o público em geral, passamos a ser uma espécie de ‘termômetro’ do design brasileiro. Hoje em dia, os designers querem ter seus produtos na loja”, pontua Túlio Mariante.

Todo esse trabalho de divulgação rendeu bons frutos não só para a loja como também para os profissionais. E é nessa “vitrine” que podemos encontrar produtos contempla-dos por premiações importantes para os designers. Exemplo disso é o ventilador de teto “Spirit” de Guto Índio da Costa, banqueta “Onda” de Ilse Lang, “Cadeira Aviador” da dupla, Fernando Mendes de Almeida e Roberto Hirth, entre outros.

São cerca de 150 produtos e diversos nomes conhecidos aparecem expostos, como Sérgio Rodrigues, José Carlos Bornancini, Lina Bo Bardi, Ricardo Fasanello, Fernando Mendes de Almeida, Maurício Klabin, Guto Índio da Costa, entre tantos outros que estão iniciando neste mercado.

Acima, A luminária Ledegges pro-

duzida dentro de um ovo de galinha

pelo designer Levi Domingos, que

também assina a luminária e uma

luminária dentro de uma garrafa

PET na página ao lado.

Na página ao lado:

No canto superior, a Luminária Xibó

do designer Sergio Rodrigues

Cadeira Aviador, 1° lugar no concur-

so do Museu da Casa Brasileira de

2008, na categoria mobiliário cria

da dupla carioca Fernando Mendes

de Almeida e Roberto Hirth.

No canto esquerdo, um detalhe do

interior da Novo Desenho.

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Novo Desenho no Museu de Arte Moderna (MAM) Av. Infante Dom Henrique, 85 / Parque do Flamengo - RJ Telefone: (21) 2524-2290 ou 2524. 2291

“Acho um perfil espetacular! Ter um produto na loja é uma referência de bom design, além de ser um endere-ço reconhecido mundialmente,” comenta Guto Índio da Costa. O prestigio é um dos pontos fortes da Novo De-senho. Lá, a qualidade e o conceito do produto são mais importantes do que a visão puramente comercial.

A Novo Desenho expõe e comercializa projetos coorde-nados por designers em sociedade com comunidades carentes, como os puffs fabricados com garrafas PET pelos moradores das favelas do Jacarezinho, os brinque-dos feitos de madeira produzidos por presidiários de São Paulo, as tapeçarias de flores produzidas pela comuni-dade “Flor do Cerrado”, de Brasília, entre outros.

Túlio Mariante antecipa a vontade de levar este trabalho para outros Estados. “Estamos estudando a implanta-ção de uma segunda loja fora do Rio de Janeiro, den-tro do mesmo espírito da atual Novo Desenho. Estamos avaliando alguns convites em diversas cidades brasilei-ras”, ratifica.

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Abaixo, o Carro Obvio ! 828/2, projetado por um grupo de

designers com colaboração de alunos da PUC-Rio.

Ventilador Spirit, case de suceso da Índio da Costa Design.

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O deslocamento da MensagemO trânsito na comunicação. Dos encontros e desencontros do deslocamento. O recurso principal de Cartas/Trajetos é a poética que habita o sentido de carta para estabelecer relações de trajetos de redes, que se cruzam pelas proposições contemporâneas de 12 artistas brasileiros.

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As cartas, geralmente escritas em primeira pessoa e associadas a relatos confessionais e de cunho afetivos, consolidaram-se no imaginário popular. Atualmente, elas aparecem em outro circuito, no regido pela velocidade dos meios de comunicação e de tecnologia, configurando novas proposi-ções e sentidos ajustados a esse novo tempo.

Na exposição Cartas/Trajetos, elas constituem um dos eixos ao estabele-cer diálogos nas construções que sucedem os seguintes agrupamentos: Carta/Corpo; Carta/Palavra; Carta/Cidade; Carta/Paisagem. “Os grupos se localizam na aliança, não na temporalidade da questão do “início” ou do “fim”, mas no ‘’entre’’, na sintaxe que os conectam, num território não localizável, no intermédio, e assim como o Rizoma, conjugam o verbo ‘’SER’’ entre as conjunções ‘’e...e...e...’’, exemplifica Bitu Cassundé, cura-dor da exposição.

As cartas ao se aproximarem das redes, circuitos, ramificações, tramas, traçados, trajetos, acercam-se do conceito de Rizoma, e é através des-sas sobreposições que a exposição Cartas/Trajetos elege a poética de 12 artistas brasileiros na produção contemporânea para compor a mostra: Brígida Baltar, Bruno Farias, Cao Guimarães, Carlos Melo, Efrain Almeida, Gaio Matos, José Rufino, Pablo Lobato, Rosana Ricalde, Vitor César, Wa-léria Américo, Yuri Firmeza.

Carlos Melo, um dos artistas em exposição, mostra três obras. A primei-ra é uma autoretrato, onde destaca a questão da concepção. “Quando a gente se desenha, parece estranha”, define Carlos.

A segunda trata-se de um série de fotos, contínua porém desordenada. Mais uma vez, aparece, só que parcialmente. “Estou atrás de um pau Brasil, passando o conceito do trajeto, da passagem do tempo, da conti-nuidade”, completa o artista.

Pra finalizar sua participação, destaca uma publicação de jeito simples. Em 28 páginas só com imagens, os atores em preto e branco, em algu-mas, apontam para coisas diferentes e passam o ar de curiosidade, pois não sabem exatamente o que é.

Ainda no espaço, Yuri Firmeza apresenta a oficina “Desmodelando: Obje-to Permeável”, que tem como conceito base as questões apontadas em toda a exposição Cartas/Trajetos. Primeiramente, serão discutidos textos que tenham convergência com a proposta curatorial da exposição. Em se-guida, serão apresentados trabalhos de artistas cujas obras dialogam com tais questões abordadas nos textos e, por fim, os participantes realizam ações em grupo ou individualmente que problematize as discussões ini-ciais da oficina, encerrando com reflexões acerca do que foi produzido.

Usina Cultural EnergisaAv. Juarez Távora, 243 - Torre - João Pessoa - PB - (83) 3221.5346 / [email protected][email protected]@hotmail.com

Nas duas imagens acima,

detalhes da vídeo instalação de

Cao Guimarães e Pablo Lobato

Título: Acidente - Material: HDV, Cor - 72min

Ano: 2006

Na página ao lado:

No topo, José Rufino, 2001

Auto-retrato da série Cartas de Areia (tríptico)

Técnica mista sobre cartas de família

Coleção do artista

Na parte inferior,

Carlos Melo

Título: sem titulo da série “Abismos”

100 x 90 cm

Grafite sobre papel, 2007

Rosana Ricalde

Título: Viagem de Marco Pólo

Dimensão: 150 x 162cm, serie de 03

Desenho feito com o livro de mesmo nome recorta-

do, 2008.

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Passado o carnaval, para muitos a quaresma já é o perío-do de planejar subir a serra. Gravatá, a 85 km do Recife, é rumo de boa parte dos pernambucanos, principalmente recifenses, que mantém suas casas de campo. para apro-veitar o friozinho em ambientes aconchegantes.

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Eu Quero uma

Fotos: Felipe Mendonça

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O arquiteto Pedro Motta ressalta a questão do clima. “Os fatores climáticos são fundamentais na concep-ção de um projeto. Devem-se levar em consideração principalmente a insolação e os ventos predominan-tes, aliados à preocupação com os ângulos visuais interessantes para a paisagem do entorno”, ratifica.

O principal material utilizado na casa de campo pro-jetada por Pedro Motta foi o eucalipto, madeira com reflorestamento, certificada, que além de incorporar beleza ao projeto, tem grande durabilidade quan-do recebe o tratamento adequado. Completando a estrutura das cobertas, foi utilizada telha plana da Tégula em concreto pintado, quebrando a lumino-sidade do local. A iluminação baixa é proposital e confere um ar de aconchego ao espaço”, destaca o arquiteto.

A busca do bem-estar dos usuários, através da ado-ção de soluções que busquem o objetivo do cliente é bastante relevante no resultado. Normalmente, a re-

lação com o cliente é boa, pois ele já procura o pro-fissional porque já se identifica com o seu portfólio. “No meu caso, o cliente havia iniciado uma reforma, em uma construção térrea existente, e quando atin-giu a altura da primeira laje, ficou insatisfeito com o andamento e nos procurou. Foi formatada uma re-forma no que já havia sido construído (o pavimento térreo), e foram acrescentados o pavimento superior e a coberta. Também foi projetado o apoio com área de lazer e piscina, explica Pedro Motta.

Em um terreno com área aproximada de cinco hec-tares, o projeto possui sala, cozinha, área de serviço e uma suíte no térreo, mais três suítes com closet no pavimento superior. A casa é cercada por generosos terraços e varandas que integram o interior com o exterior, proporcionando um melhor aproveitamento da iluminação, da ventilação e da visualização para a paisagem. Na suíte-master, encontra-se um mezani-no de madeira sobre a cama do casal, que funciona como atelier e biblioteca.

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O apoio de lazer é formado por uma cobertura de três hexágonos interligados e apresenta, no pri-meiro hexágono, uma cozinha gourmet com fogão à lenha e forno de pizza, bar da piscina, terraço e lavabo. Nos outros dois hexágonos, foram implantados uma sala de refeições, sala com home-theater, lareira e terraço. Todos esses ambientes têm vista para a piscina e para a bonita paisagem do entorno. Por isso, a casa possui grandes aberturas e é um projeto limpo.

A casa principal tem área de 592m², e a área de apoio, 208m², totalizando o conjunto com 800m² de área construída. O toque final fica para detalhes da decoração e a paisagem.

Decorar a casa com elementos que remetem ao universo do lugar é uma das formas mais eficazes de conseguir um resultado positivo e, ao mesmo tempo, conferir um charme extra aos ambientes. O projeto de arquitetura é pensado integrado ao projeto de paisagismo, encontrando uma medida certa para decorá-los sem promover a quebra de alguma das partes.

Fotos: Felipe Mendonça

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Acima, a fachada da casa projetada por Gisele Carvalho. Desenho contemporâneo, mas com aconchego nos ambientes internos..

Ao lado, a piscina com jardim que fica nos fundos da casa. Am-biente leve para curtir os dias quentes, típicos do interior.

Na outra página, a adega projetada para ser um espaço tranquilo de degustação de vinhos com os amigos.

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Uma casa próxima do estilo urbano, esse foi o pedido dos clientes

da arquiteta Gisele Carvalho para sua casa de campo num condo-

mínio em Gravatá. O resultado foi um lugar com o jeitinho de casa

de interior e com o sutil aconchego do campo.

O projeto contempla os espaços comuns da casa como salas, pis-

cina e adega. Como fica num terreno íngrime, a adega pode in-

clusive ser projetada no subsolo da casa, favorecendo bastante a

conservação dos vinhos. Trata-se de um espaço bem intimista e

acolhedor voltado para a degustação com amigos.

Fotos: Felipe Mendonça

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Nos ambientes, Gisele destaca o uso de um mo-biliário típico: rústico, prático e de fácil manu-tenção (lavável e que não dá medo de usar). “O bom do campo é relaxar. A madeira tem que aguentar todo tipo de uso. Sem preocupação de estragar”, completa Gisele.

Os vidros coloridos nas janelas e portas reforçam o ar interiorano. Na sala, o desnível em relação ao hall de entrada confere um ar de conforto ideal para receber amigos nas noites mais frias.

Nos quartos e no segundo pavimento, simplici-dade e conforto em ambientes mais privativos. Destaque para a varanda comum aos quartos e a sala de TV.

Segundo a arquiteta, o fator mais importante para uma casa de campo é que o lugar tenha um caráter diferenciado do urbano. “A idéia é expe-rimentar uma nova atmosfera. Não faz sentido sair da cidade e ter uma casa de campo com o mesmo conceito. O bom mesmo é brincar com uma sensação diferente”.

Nas fotos abaixo, a sala de TV no primeiro pavimento com detalhe da varanda comum a todos os espaços.

Na página ao lado, a sala de estar que fica em um nível mais baixo que o hall de entrada e favorece o conforto para receber bem.

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Fotos: Felipe Mendonça

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IoFotos: Felipe Mendonça

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A madeira é o elemento principal utilizado pelo estilis-ta e gourmet Márcio Costa na criação de seu flat em Gravatá. Além de ser utilizada em piso, paredes e teto, também aparece na maioria dos móveis e nos muitos elementos decorativos.

Janelas e portas são peças de demolições e, assim como parte dos móveis, também vieram de Minas Ge-rais. Os móveis mais antigos são herança de família do estilista e estão, em sua maioria, no quarto do flat, mas também aparecem na sala, como as duas poltronas re-vestidas em couro.

Contrabalanceando o uso da madeira, o espaço desti-nado ao quarto tem as paredes em alvenaria e tijolos aparentes, mantendo a aparência rústica do local. Um tapete de couro branco ajuda a manter a leveza do quar-to, enquanto o colorido fica por conta de uma manta de retalhos na cama, das almofadas no sofá feito de puffs e de um arranjo de minúsculas flores feitas de tecido que mais parecem naturais.

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O uso de várias peças de artesanato fazem o flat parecer uma extensão do Empório Mineiro, res-taurante de Márcio Costa que funciona no piso térreo, e onde também comercializa várias peças de artesanato garimpadas diretamente em Minas Gerais. Além disso, elas reforçam o estilo rústico da decoração.

Fotos: Felipe Mendonça

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Em 2001, mesmo com bastante experiência no mercado, o escritório Lira Arquitetos Associados se surpreendeu com o convite para fazer o projeto decorativo do carnaval recifense. Carlos Augusto Lira, à frente da equipe, teve sua resposta: seu empenho em trabalhar com a arte popular. “É uma responsabilidade que deixa o arquiteto muito feliz. Sou um profissional muito vaidoso e decorar um evento desse porte me deixa muito lisonjeado”, afirma Carlos Augusto Lira.

Em 2009, depois de projetar 8 carnavais seguidos no Recife, Carlos Augusto, juntamen-te com Joana Lira, designer e ilustradora, afirmam que o trajeto pelas ilustrações de um evento que reúne tanta gente trouxe um grande aprendizado. “É um verdadeiro trabalho de vestir a cidade. É quando o carnaval multicultural do Recife recebe uma identidade visual”, destaca.

Relatando o trabalho dos carnavais, a designer Joana Lira lançou o livro “Outros Car-navais”, onde conta os bastidores da elaboração do projeto de ilustração da cidade dos carnavais de 2001 a 2008. No livro, detalhes de reuniões, decisões e a história de como surgiu, cresceu e apareceu o trabalho de cenografia da maior festa de rua da cidade.

O Carnaval que o Recife vêA identidade visual do maior evento popular da capital pernambucana está pronta. Enéas Freire, Cícero Dias e Carlos Fernando, homenageados deste ano, vão vestir a cidade com cores, frevos e traços

Fotos: Divulgação

Imagens do carnaval de 2001 e, na página ao lado, do ano de 2005

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Em um depoimento do prefeito João Paulo, atuante do primeiro ano de atuação de Joana em relação ao projeto carnavalesco, ele destaca o rumo que a artista seguiu e não podia fugir. “Ela viveu a infância e juventude entre o Recife e Olinda, respirando toda a efervescência cul-tural que envolve essas duas cidades, particularmente, curtindo os seus dois carnavais como folia de primeira linha”, assina o prefeito, também no seu primeiro man-dato, em 2001. “De lá para cá, a cidade tem sido tes-temunha da qualidade e do encanto do seu trabalho, fundado na riqueza e na pluralidade dos nossos ritmos, das nossas cores e das figuras tão bem realçadas pelos traços da artista, completa.

O projeto de decoração deste ano teve um custo de R$ 221 mil. Uma redução de R$ 500 mil em relação ao orçamento aplicado ao do ano passado. O material uti-lizado, bem como a montagem dos elementos de deco-ração dos projetos especiais (Caras do Recife, Lambe-Lambe, Projetos Sociais, Mais Vida), além da confecção de banners, estão estimados em R$1,5 milhão. Mesmo com essa redução, os cortes foram feitos discretamente, como nas montagens feitas no centro do pátio de São Pedro, que, inclusive, era uma reclamação dos foliões do local.

Acima, imagens do carnaval de 2008 (topo) e 2007.

Na página ao lado, a Rua do Bom Jesus no ano de 2006.

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“Nada compromete o resultado”, garante Carlos Augusto. “Em 2001, por exemplo, tivemos que transformar a decoração do natal do ano anterior na ilustração de carnaval. Não tínhamos as medidas das ruas, uma grande equipe se dedicou ao traba-lho”, relembra.

A prefeitura do Recife solicitou uma economia de gastos, mas nada que comprometesse a beleza do projeto. “O Carnaval des-te ano terá muita força poética na sua decoração. Os homena-geados são elementos da arte e da história da cidade. Traços de Cícero Dias, frevos de Carlos Fernando e o amor pelo carna-val do folião Enéas Freire”, afirma.

Enéas Freire não fez decoração durante a sua vida, mas é o fundador do Galo da Madrugada. Toda a representatividade do bloco deu subsídio para a equipe de arquitetos trabalhar. “Além disso, Ary Nóbrega, cenógrafo do Galo, abriu todo o arquivo do Galo pra gente, o que ajudou bastante no projeto de identidade visual para Enéas. Cícero Dias tem uma obra vasta. Seus tra-ços, cores e obras em grandes painéis nos deram muito pano pra manga. Todas as suas figuras estampam o carnaval da ci-dade”, relata o arquiteto.

No projeto, ainda estão contemplados o Terminal Integrado de Passageiros (TIP), o Aeroporto e o Baile Municipal. Detalhes estarão expostos em elementos como máscaras do famoso Clu-be de Enéas, principalmente no bairro de São José, local onde sempre viveu o carnavalesco.

Presente, também, está o grande painel de Cícero Dias, “Eu vi o mundo... Ele começava no Recife”, através de portais e pórti-cos que serão instalados no Pólo Multicultural, no marco Zero, além de postes líricos que reverenciam a Rosa dos Ventos, que vai decorar, também, o teto do Municipal. As peças decorati-vas são feitas de materiais variados: Estruturas de ferro, luzes, impressões sobre MDF, malha, etc. Elas estarão distribuídas pelos oito pólos da cidade.

A questão do material é um assunto muito bem pesquisado e pensado, segundo a equipe de projetistas. Detalhes, como a visualização do material, devem favorecer, da mesma forma, no dia e à noite. A iluminação é outro fator importante, já que o bairro do Recife é escuro. “Temos que pensar nos vândalos também. Já fiz iluminação sob as pontes e as pessoas, de bar-co, roubavam as lâmpadas e os materiais aplicados”, revela Carlos Augusto.

As estampas de cada pólo estão bem específicas. Cada ele-mento está a 2,5m do chão, norma do ministério público. Para preservar, o projeto gráfico não está preso às estruturas das pontes. Algumas estão em restauração e foi necessário um iso-lamento da área.

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Imagens da decoração para o carnaval de 2009, ainda sendo

montadas nas ruas doa Recife Antigo.

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O Pólo Afro contará com quatro portais no Pátio do Terço, com predominância das cores vermelho, verde e amarelo e mandalas em MDF representando figuras da cultura afro. Haverá refletores direcionados para as passarelas, igreja e pórtico. Já o Pátio de São Pedro (Todos os Ritmos) exibirá totens, lembrando o clube de máscaras Galo da Madrugada. O pólo de todos os frevos (Av. Gua-rarapes) receberá, mais uma vez, o galo gigante de 35m de altura e 62 toneladas. Sua estrutura metálica é toda revestida com fibra de vidro. O galo será instalado na ponte Duarte Coelho e, este ano, recepciona os foliões fantasiado nas cores azul, vermelho, amarelo e verde. Vai usar gravata borboleta de lamê prateado e cartola do mesmo tecido, azul, bem característicos de Enéas Frei-re. O rabo e as asas serão de cetim nas quatro cores básicas e o corpo em borracha vermelha e verde.

A Avenida Guararapes será decorada com o grande pálio nas cores do galo gigante e com 300m de Fitas TNT e metálicas nas cores vermelho, amarelo e dourado, que vão decorar, também, os pó-los descentralizados. O Pólo das Agremiações, por onde passam os blocos músicos, será decorado com 42 elementos alusivos à história de Enéas, com elementos em referência a instrumentos musicais. O Pólo das Tradições abrigará totens gigantes homena-geando o Galo. Nas vias de entrada das avenidas Rio Branco e Marquês de Olinda, bem como Maurício de Nassau, serão colo-cados portais, totens e pórticos com o tema Rosa dos Ventos e Folia de Enéas.

Equipe Carnaval 2009Carlos Augusto Lira

Eduardo LiraLuiz André Alves

Paula VillocqIlustrações e Projeto Gráfico:

Joana LiraDesign:

Clara GouvêaApoio:

Andressa Rangel

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Carnaval da cabeça aos pésEstilista criam coleções especiais para a folia

Influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa, em países como Itália e França, o Carnaval chegou ao Brasil por volta do século XVII, em forma de desfiles de rua, nos quais as pessoas usavam máscaras e fantasias.

Ate hoje as festas de Olinda e do Recife Antigo mantêm as tradições de antigamente e são reconhecidas no Brasil e no mundo como uma das mais fervorosas. As pessoas saem em troças, ao som do frevo e do Maracatu e, de tempos para cá, do axé e da música eletrônica, que foram incorporadas à folia.

O uso de fantasias continua, são muitos os foliões que não dispensam a caracterização, seja para ir para as festas do Recife Antigo, Olinda ou para os bailes em clubes fechados. Há também aqueles que preferem seguir a moda do momento, vestindo roupas leves, soltas, mas sem deixar de lado a alegria e as cores que representam a festa.

Para se jogar na folia, deve-se lembrar que a temporada pede produções divertidas-coloridas-irreverentes, que brincar é im-prescindível e deixar a imaginação fluir é fundamental. O look deve remeter a uma imagem sexy e ao mesmo tempo inocente. Pensando nisso, três estilistas locais preparam uma coleção inédita para os dias de momo.

Fotos: Felipe Mendonça

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Thaís Asfora, estilista da grife Madame Surtô, vive moda o ano inteiro e, mesmo de olho no que vem por aí no inverno 2009, foi buscar criatividade para dar vida à coleção especial que mistura o tema férias e Carnaval. As peças são coloridas, leves e despojadas. “Para compô-las, pensei até na dificuldade de locomoção das ladeiras de Olinda e na falta de banheiros”, diz Thaís. As cores vermelho e amarelo, dominam, por con-ta de um dos mais tradicionais blocos da cidade, o “Acho é Pouco”, mas também há modelitos estampados, listrados e de bolinhas.

Para compor vestidos, shortinhos, tops, saias e macaquitos, Thaís usou cam-braia de algodão e estamparia forte. O diferencial fica por conta de aplicações de bordados, marca registrada da grife. Na linha de acessórios, a Madame Surtô oferece colares floridos, flores para a cabeça e para a lapela. Tudo feito à mão com resíduos das peças.

Madame Surtowww.madamesurto.com.brAdd Store - (81) 3325.4200Avesso – (81) 3301.7692.

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Xuruca Pacheco idealizou máscaras colori-das, chiques e que valem por uma fantasia. Os materiais que compõem o adereço vão de penas e miçangas a lantejoulas. O uso de máscaras em festas é uma tradição de vários países. Já tiveram conotações religio-sas culturais e contaram um pouco do mis-ticismo de vários povos. Para os africanos, representava os deuses, que a usavam em rituais. Já os índios a tinham como objeto de magia. No teatro grego, serviam para criar personagens e, em Veneza, para expressar a transgressão das ações. Pelo mundo, ganha-ram força quando passaram a representar a brincadeira e, por isso, se transformaram em ícone do Carnaval no mundo inteiro.

XurucaRua dos artistas, 106 - Torre - Recife - PEFone: (81) 3236.5339

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À convite da empresária Cris Pontual, da Avesso, Jailson reeditou três modelos feitos em outros tempos. As cores são preto, amarelo e vermelho e as sandá-lias, todas rasteiras e em couro, são as de dedo coberto sem fivela, com fivela e a Galo da Madrugada, que tem tiras finas por entre os dedos e uma parte oval que cobre o calcanhar e lembra as penas do galo.

Como Carnaval é tempo de festa, de alegria e vale tudo, o bom folião vai poder sair por aí, brincando a valer com as máscaras de Xuruca, os modelitos da Madame Surtô e as sandálias de Jailson Marcos.

Jailson Marcos www.jailsonmarcos.com.brAvesso - (81) 3301.7692.

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